Prof. Dr. Domingos Tabajara de Oliveira Martins ILHÉUS - BA 2014 GUIAS PARA CONDUÇÃO DE ESTUDOS...
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Prof. Dr. Domingos Tabajara de Oliveira Martins
ILHÉUS - BA2014
GUIAS PARA CONDUÇÃO DE ESTUDOS TOXICOLÓGICOS PRÉ-CLINICOS DE MEDICAMENTOS
31 de janeiro de 2013 - Versão 2
ANVISA
GERÊNCIA GERAL DE MEDICAMENTOS
ANVISA
GESEF: Gerência de Avaliação de Segurança e Eficácia COPEM: Coordenação de Pesquisa e Ensaios Clínicos e Medicamentos Novos COBIO : Coordenação de Bioequivalência CPBIH: Coordenação de Biológicos
Baseado em documentos de agências e instituições reconhecidas na área
FDA: Food and Drug Administration
EMA: European Medicines Agency
OECD: Organisation for Economic Co-operation and Development
ICH: International Conference on Harmonisation
NCI : National Cancer Institute
WHO: World Health Organization
Fundamento
Possibilitar uma maior harmonização com a regulamentação internacional.;Racionalizar estudos não clínicos, evitando duplicidades e utilização desnecessária de animais sem que isso comprometa a obtenção e confiabilidade de informações referentes à segurança da droga a ser testada;Fornecer dados confiáveis para subsidiar as Pesquisas Clínicas.
Objetivo
De acordo com as Boas Práticas de Laboratório (BPL) - OECD Principles of Good Laboratory Practice; HANDBOOK: GOODLABORATORY PRACTICE (GLP) /WHO (Quality practices for regulated non-clinical research and development), quando aplicável;
Os animais a serem utilizados deverão ser saudáveis, preferencialmente livres de patógenos (SPF – Specific Pathogen Free), e de origem conhecida, além de possuir peso e idade adequados ao experimento.
CONDUÇÃO
1. Estudos de toxicidade de dose única (aguda)2. Estudos de toxicidade de doses repetidas3. Estudos de toxicidade reprodutiva 4. Estudos de genotoxicidade 5. Estudos de tolerância local 6. Estudos de carcinogenicidade 7. Estudos de interesse para a avaliação da segurança farmacológica8. Estudos de toxicocinética 9. Ensaios não clínicos necessários para condução de estudos clínicos com associações em dose fixa
Ensaios de toxicidade para medicamentos
Medicamentos Fitoterápicos X Medicamentos Sintéticos
Fitoterápico Convencional (Síntese ou fitofármaco)
Composição Complexa Simples
Ação farmacológica Frequentemente atribuída a mais de um componente/grupo
Atribuída a um único constituinte ou associação de compostos definida.
Biodisponibilidade Prevista/Assumida frente à eficácia (Farmacol. Clínica)
Comprovada
Controle de Qualidade Quantifica marcadores/Seletividade é crítica
Quantifica princípio ativo/Seletividade simples
Efeitos de sazonalidade
Presentes Ausentes
Perfil de impurezas Nem sempre conhecido (matriz vegetal complexa)
Quase sempre conhecido
Reprodutibilidade de ação
Não é garantida necessariamente pela concentração de marcadores
Depende da concentração do princípio ativo/perfil de impurezas
Liberação/controle
Medicamento fitoterápico
• apresentação de estudos não clínicos e clínicos
• registro simplificado
Produto tradicional fitoterápico
• comprovação da tradicionalidade
• registro simplificado• notificação
simplificada
Controle de qualidade igual
EFICÁCIA
QUALIDADE
SEGURANÇA
Características ou Atributos essenciais aos Fitoterápicos
Formas de utilização
Não regulada Fitoterápic
o Manipulado
Planta medicinal
FitoterápicoIndustrializado
MED. FITOTER. PROD. TRAD. FITOT.
CHÁS MEDICINAIS
PROD. TRAD. FITOT.
Workshop de fitoterápicosBrasília, 12 de maio de 2014
Novas normas para o registro de fitoterápicos
(RDC 26/14 e IN 02/14 da Anvisa)
GUIA PARA A REALIZAÇÃO DE ESTUDOS DE TOXICIDADE PRÉ-CLINICA DE FITOTERÁPICOS
1. Indica métodos padronizados para os estudos de toxicologia pré-clínica de acordo com Resolução vigente para registro e renovação de registro de fitoterápicos.
2. Os estudos de toxicidade devem ser conduzidos com amostras padronizadas do medicamento fitoterápico ou do derivado vegetal a partir do qual é produzido.
Guia para a realização de estudos de toxicidade pré-clínica de fitoterápicos
Amostras padronizadas do fitoterápico ou do derivado vegetal
Amostra
Toxicidade aguda
Toxicidade de doses repetidas
Toxicidade crônicaToxicidade subcrônica
Guia para a realização de estudos de toxicidade pré-clínica de fitoterápicos
Irritação ocular
Irritação cutânea
Sensibilização dérmica
Estudo especial - genotoxicidade
Avaliação toxicológica tópica
Testes adicionais
Quando houverindicação de uso contínuo ouprolongado do medicamentoem humanos
1. Estudos de Toxicidade de Dose Única (Aguda)
• OBJETIVO: avaliar a toxicidade da droga em 1 ou mais doses por período de até 24 horas, seguido de observação dos animais por 14 dias após a administração.
1. Estudos de Toxicidade de Dose Única (Aguda)
• MODELO ANIMAL: no mínimo 2 espécies de mamíferos: um roedor e um não roedor (números iguais de machos e fêmeas) adultos
• VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: (1) pretendida para administração em humanos (oral – gavagem);
• (2) parenteral (endovenosa).
RE Nº 90 : uma espécie de mamífero evitando-se animais com características genéticas especiais. No mínimo 6 machos e 6 fêmeas por dose.
• DOSE: a dose limite: evidência de toxicidade não letal ou até no máximo 1000 mg/kg/dia para roedores e não roedores.
1. Estudos de Toxicidade de Dose Única (Aguda)
• OBS: Não é exigida a determinação de DL50. Podem ser utilizados métodos alternativos para a estimativa da dose letal envolvendo um menor número de animais, tais como os preconizados nos guias da OECD.
(OECD Guideline 425 - Acute Oral Toxicity – Up-and-Down-Procedure )
Oral (OECD 401, 420, 423, 425)
RE Nº 90: doses suficientes para observação de possíveis efeitos
adversos e estimativa da DL50. Se não forem observados efeitos adversos,
utilizar a dose máxima possível.
1. Estudos de Toxicidade de Dose Única (Aguda)
PARÂMETROS
AVALIADOS
latência
sinais clínicos e parâmetros
comporta mentais
variações no peso corporal
análises anatomo e histopatoló
gicas
Variação no consumo de ração e água
patologia clínica
(hematologiabioquímica)
duração e reversibilida-
de da toxicidade
mortalidade
RE Nº 90: Durante as primeiras 24 h, em 0, 15, 30 e 60 min e a cada 4 h ediariamente durante 14 dias após administração
Animais observados 2 vezes no primeiro dia e 1 vez nos dias seguintes
CITOTOXICIDADEMétodo do Alamar blue
Mitocôndrias em células viáveis
Plaqueamento1 x 105 cel/poço
CHO-k1
tratamentos Alamar blue leitura
Overnight37°C 5% CO2
24 h37°C 5% CO2
BI
MEIO + CÉLULAS
MEIO
400 mg/mL
200 mg/mL
100 mg/mL
50 mg/mL
25 mg/mL
12,5 mg/mL
6,25 mg/mL
3,125 mg/mL
EHCb
8 h37°C 5% CO2
Curva de sobrevivência e valores de CI50 do extrato hexânico de Calophyllum brasiliense (EHCb), mistura dos ácidos brasiliênsico e isobrasiliênsico (BI).
CITOTOXICIDADE
citotóxico: IC50< 4 ug/mL (isolado) IC50< 30 ug/mL (extrato) Suffness e Pezzuto
(1990)
2. Estudos de Toxicidade de Doses Repetidas
2. Estudos de Toxicidade de Doses Repetidas
OBJETIVO: caracterizar o perfil toxicológico da droga pela administração repetida sobre diversos parâmetros,indicação da NOEL e NOAEL.
MODELO ANIMAL: no mínimo 2 espécies de mamíferos: um roedor e um não roedor (n° igual de machos e fêmeas em idade adulta jovem)
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: a pretendida para administração em humanos. Pode-se usar uma via parenteral quando a absorção em animais for baixa.
RE Nº 90 : Roedores: No mínimo 10 machos e 10 fêmeas, por dose Não-roedores: no mínimo 3 machos e 3 fêmeas, por doseIncluir um grupo veículo da formulação
2. Estudos de Toxicidade de Doses Repetidas
DOSE: 3 doses: a maior deve produzir efeitos tóxicos observáveis, mas não morte nem sofrimento, no máximo de 1000 mg/kg/dia, seguidas de seqüência descendente com intervalos de 2 a 4 vezes.
OBS: Os dados de segurança obtidos nesses estudos dão suporte às Fases 1, 2 e 3 da Pesquisa Clínica.
2. Estudos de Toxicidade de Doses Repetidas PARÂMETROS AVALIADOS Roedores Não
roedores
Sinais clínicos (incluindo parâmetros comportamentais)
x x
Mortalidade x xVariações no peso corporal x x
Consumo de ração e água x x
Patologia clínica (hematologia, bioquímica)
x x
Duração e reversibilidade da toxicidade
x x
Investigações anatomo e histopatológicas
x x
Oftalmologia x
RE Nº 90 : • alterações comportamentais,• variação do peso corpóreo (semanal), • hemograma completo e análises bioquímicas
de sangue (sódio, potássio, gama glutamiltranspeptidase, aminotransferases, fosfatase alcalina, uréia, creatinina, ácido úrico, colesterol, triglicerídeos, glicose, proteínas totais e bilirrubina);
• Exames anatomopatológicos• Exames macroscópicos órgãos vitais
2. Estudos de Toxicidade de Doses Repetidas
Período de intervenção clínica
Duração mínima do estudo
roedores não roedores
Até 2 Semanas 2 Semanas 2 Semanas
Entre 2 semanas e 6 meses
Entre 2 semanas e 6 meses
Entre 2 semanas e 6 meses
Acima de 6 meses 6 meses 9 meses
2. Estudos de Toxicidade de Doses Repetidas
Período de uso Duração mínima do estudo das doses repetidas
Até 30 dias de uso por ano 4 semanas
Acima de 30 dias de uso por ano
12 semanas
RE Nº 90
3. Estudos de Toxicidade Reprodutiva
3. Estudos de Toxicidade Reprodutiva
OBJETIVO: revelar substâncias toxicas na reprodução de mamíferos
FASES:A. Fertilidade e desenvolvimento embrionário inicial;B. Desenvolvimento pré e pós-natal, incluindo função materna;C. Desenvolvimento embrio-fetal.
3. Estudos de Toxicidade Reprodutiva
•maturação de gametas, comportamento no acasalamento, fertilidade, estágio de pré-implantação e implantação embrionária
Fertilidade e desenvolvimen to embrionário inicial
•Avalia-se o período desde a implantação até a lactação das fêmeas
Desenvolvimento pré e pós-natal, incluindo função
materna
•Fêmeas são submetidas à eutanásia um dia antes da parição. Todos os fetos são examinados quanto à viabilidade e anormalidades.
Desenvolvimento embrio-fetal.
Preferencialmente ratos, mesma quantidade de machos e fêmeas
Preferencialmente ratas
No mínimo em 2 espécies, 1 roedora (rato) e 1 não roedora (coelho).
3. Estudos de Toxicidade Reprodutiva
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: a pretendida para administração em humanos.
DOSE: A escolha da dose alta deve ser baseada nos dados de todos os estudos disponíveis (farmacologia, estudos de toxicidade aguda/ crônica e toxicocinética), seguidas de doses decrescentes e com intervalos que dependem da cinética e de outros fatores de toxicidade.
4. Estudos de Genotoxicidade
4. Estudos de Genotoxicidade
Genotoxicidade:Estudo da ação de qualquer agente físico, químico ou biológico que produz danos no material genético de células (DNA ou cromossomos). Os testes avaliam o dano diretamente na célula.
Mutagenicidade:Mudança ou dano gênico no mecanismo de reparo ao DNA provocado pelo agente físico químico ou biológico, resultando em uma célula alterada. Os testes avaliam a expressão da mutação.
4. Estudos de Genotoxicidade
OBJETIVO: testes in vitro e in vivo desenhados para detectar o potencial de causar mutações genéticas e cromossômicas.
RE Nº 90 : Estudo que deve ser efetuado quando houver indicação de uso contínuo ou prolongado do medicamento em humanos.
Compostos que apresentam resultados “positivos” são potencialmente agentes carcinogênicos e/ou mutagênicos para seres humanos.
TESTE DE MUTAÇÃO GENÉTICA: Para detectar mudanças nos sítios de Guanina-Citosina (G-C) recomenda-se Salmonella typhimurium TA1535, TA1537 (ou TA 97), TA98 e TA100. Para a detecção de pontos de mutação nos sítios de Adenina-Timina (A-T) deve-se utilizar Salmonella typhimurium TA 102, Escherichia coli WP2 uvrA ou Escherichia coli WP2 uvrA (pKM101)
TESTE DE MICRONÚCLEO: in vivo recomenda-se a utilização de roedores (camundongos ou ratos), apenas um sexo, de preferência machos.
TESTES DE ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS: em nucleotídeos de células hematopoiéticas de roedores podem detectar um amplo espectro de mudanças na integridade cromossomal.
MODELOS BIOLÓGICOS
4. Estudos de Genotoxicidade
4. Estudos de Genotoxicidade
Opção 1: Bateria
1- Teste para mutação genética em bactéria;
2- Teste citogenético para avaliação de dano cromossomal ou um teste in vitro de mutação
genética de linfoma de rato;
3- Teste in vivo para genotoxicidade de roedores (geralmente micronúcleo em
células hematopoiéticas de rato) ou aberrações cromossômicas
em células na metáfase.
Opção 2: Bateria
1- Teste para mutação genética em bactéria;
2- Teste in vivo para genotoxicidade de roedores (geralmente micronúcleo em
células hematopoiéticas de rato) e mais outro tecido;
3- Um segundo ensaio de genotoxicidade in vivo.
RE Nº 90 : 1. Avaliação in vitro da reversão de mutação em bactérias incluindo ativação metabólica ou de dano a cromossomas de células de mamíferos ou de linfoma de camundongo;
2. Avaliação in vivo do dano em cromossoma em células hematopoiéticas de roedores (teste de micronúcleo).
4. Estudos de Genotoxicidade
DOSE (quando aplicável):3 doses sendo que a máxima deve ser: a máxima dose tolerada (até 1000 mg/kg) para estudos de 14 ou mais dias.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: (quando aplicável): a pretendida para administração em humanos.
4. Estudos de Genotoxicidade
OBS: Um ensaio de mutação genética dá suporte aos estudos clínicos de administração única. Estudos com doses múltiplas necessitarão de suporte de pelo menos um dos dois conjuntos de testes descritos como “opção 1” e “opção 2”. Para avaliação do potencial de genotoxicidade podem ser utilizados os guias da OECD.
Os testes de genotoxicidade devem estar concluídos anteriormente à realização das Pesquisas Clínicas fase 2.
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL MUTAGÊNICO Teste do Micronúcleo
Testes
Células CHO-K1
citocalasinaPlaqueamento
24 h 48 h 72 hMononucleada
BInucleada
fixação
BrotosBUDs
Pontes dicêntricasPNPs
37°C 5% CO2
37°C 5% CO2
37°C 5% CO2
1 x 106 cel/garrafa
MNa PPDa BUDa IDN
Controle normal 9 ± 0,9 20,5 ± 1,6 2,5 ± 0,2 1,60
BI 10 µg/mL 38 ± 0,8 17,5 ± 1,1 5,5 ± 0,2 1,61
BI 20 µg/mL 58 ± 0,9 * 19, ± 0,9 4,5 ± 0,3 1,58
DOXO 0,00625µg/mL 122 ± 4,2 ** 29,5 ± 0,7 16 ± 0,9 1,84
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL MUTAGÊNICO
Teste do Micronúcleo
Médias das aberrações observadas em células CHO-k1 tratadas com a mistura dos ácidos brasiliênsico e isobrasiliênsico (BI), doxorrubicina (DOXO) e controle normal sem tratamento.
a A contagem das aberrações avaliadas foi realizada em 1000 células binucleadas por lâmina.
IDN=[(1x cél. mononuclear) + (2 x cél. binuc.) + (3 x cél. multin.)/Total de células]
5. Estudos de Tolerância Local
MODELO: Apenas 1 espécie, escolhida em função do problema a ser investigado.
OBJETIVO: saber se a substância ativa (e o veículo e/ou os excipientes) são tolerados em locais do corpo que poderão entrar em contato com o produto durante sua administração.
Os testes avaliam quaisquer efeitos mecânicos ou físico-químicos da substância, distintos de efeitos toxicológicos ou farmacodinâmicos.
5. Estudos de Tolerância Local
DOSE: a real concentração de substância ativa utilizada em seres humanos deve ser testada
PERÍODO: conforme proposta de uso, mas não superior a 4 semanas.
REVERSIBILIDADE:Avaliações de reversibilidade das lesões locais deverão ser incluídas quando relevantes
OBS:Deve ser realizada antes de se iniciar a Fase 1 da Pesquisa Clínica.
5. Estudos de Tolerância Local
ESTUDOS REALIZADOS:A. Testes de Tolerância no Local de AdministraçãoB. Teste de Toxicidade Sistêmica (para substâncias tópicas possíveis de absorção)C. Testes de Tolerância para Vias Específicas de Administração (dérmica, ocular, parenteral, retal, vaginal, etc)D. Potencial de SensibilidadeEnsaio em cobaia: guia EEC/OECD para testes químicos nº406.Ensaio de Linfonodo Local: descrito em: “The Murine Local Lymph node assay: A test method for assessing the allergic contact dermatitis potential of chemicals/compouns”(NIH Publication Nº: 99-4494).
5. Estudos de Tolerância Local
6. Estudos de Carcinogenicidade
6. Estudos de Carcinogenicidade
MODELO: 2 espécies roedoras (ratos e camundongos), mínimo de 50 animais/sexo/ grupo de tratamento e grupo controle.
OBJETIVO: Identificar potencial carcinogênico em consequência da exposição, por tempo considerável de sua vida. Nos estudos o uso clínico deve ser contínuo por no mínimo 6 meses.
6. Estudos de Carcinogenicidade
DOSE: mínimo de 3 doses: máxima dose tolerada, a que produz sinais mínimos de toxicidade e a menor, sem qualquer sinal nenhum de toxicidade
PERÍODO: 24 meses em ratos e, no mínimo, 18 meses em camundongos e hamsters
OBS: Devem ser feitos apenas quando há razão de preocupação para risco de carcinogenicidade. Medicamentos desenvolvidos para tratar doenças graves podem ter seus estudos de carcinogenicidade concluídos após aprovação do registro.
6. Estudos de Carcinogenicidade
a. Máxima Dose Toleradab. Dose-Limite de Efeitos Farmacodinâmicosc. Saturação da Absorçãod. Máxima Dose Disponívele. Mudanças Celularesf. Avaliações Bioquímicas
AVALIAÇÃO: necroscopia e histopatologia em todos os órgõas, tecidos, glândulas, vasos, etc.
7. Estudos de Interesse para a Avaliação da Segurança Farmacológica
7. Avaliação da Segurança Farmacológica
OBJETIVO: avaliar efeitos farmacodinâmicos indesejáveis da substância nas funções fisiológicas dos diversos sistemas orgânicos em relação ao nível de exposição (SNC, SCV, SResp, SNA, SGI, SRenal), e ainda função endócrina, imune e sobre os músculos esqueléticos
DOSE: geralmente dose única
7. Avaliação da Segurança Farmacológica
Estes testes NÃO são necessários:- substâncias de uso tópico com baixa exposição
sistêmica- agentes citotóxicos administrados em pacientes
vítimas de câncer em estágio terminal. - produtos biotecnológicos que são altamente específicos para seu receptor alvo.
7. Avaliação da Segurança Farmacológica
ESTUDOS REALIZADOS:A. Avaliação da toxicidade no Sistema Nervoso Central;
B. Avaliação da toxicidade da droga no Sistema Respiratório;
C. Avaliação da toxicidade da droga no Sistema Cardíaco.
7. Avaliação da Segurança Farmacológica Estudos realizados
A. Avaliação da toxicidade no Sistema Nervoso Central
6 cães (1/sexo x grupo) que deverão ser randomizados para 2 grupos de dose e 1 grupo controle.
Avaliam-se: sinais clínicos, temperatura corporal, peso corpóreo, consumo de água e alimento, patologia clínica, necropsia. Sinais neurológicos: estado mental, andar e postura, reflexos espinhais, exames do nervo craniano e testes sensoriais;Eletromiograma: condução dos nervos motores e sensores
B. Avaliação da toxicidade da droga no Sistema Respiratório;
C. Avaliação da toxicidade da droga no Sistema Cardíaco.
7. Avaliação da Segurança Farmacológica Estudos realizados
A. Avaliação da toxicidade no Sistema Nervoso Central
B. Estudos para avaliar a toxicidade da droga no Sistema RespiratórioNão menciona modelo animal. Avalia-se frequência respiratória, volume de ar inalado e exalado por respiração e saturação da hemoglobina e outros.
C. Estudos para avaliar a toxicidade da droga no Sistema Cardíaco
7. Avaliação da Segurança Farmacológica Estudos realizados
A. Avaliação da toxicidade no Sistema Nervoso Central
B. Estudos para avaliar a toxicidade da droga no Sistema Respiratório
C. Estudos para avaliar a toxicidade da droga no Sistema CardíacoPARA ESTUDOS ELETROFISIOLÓGICOS: In vivo: cão, macaco, suíno, coelho, cobaia.In vitro: células únicas (ex: cardiomiócitos desagregados) ou de múltiplas (ex: Fibras de Purkinge, músculospapilares, coração intacto). Células obtidas de diferentes espécies animais incluindo: coelho, cobaia, cão, suíno, e ocasionalmente humanos.
7. Avaliação da Segurança Farmacológica Estudos realizados
A. Avaliação da toxicidade no Sistema Nervoso Central
B. Estudos para avaliar a toxicidade da droga no Sistema Respiratório
C. Estudos para avaliar a toxicidade da droga no Sistema CardíacoPARA ESTUDOS DE CARDIOTOXICIDADE8 cães beagle (um/sexo/grupo de dose) para 3 grupos de dose e 1 grupo veículo da formulação e 2 macacos Cynomolgus (1 macho e 1 fêmea). Avalia-se sinais clínicos, patologia clinica, hemodinâmica e necrópsia (no caso de cães e macacos que morreram durante a o estudo).
7. Avaliação da Segurança Farmacológica
OBS:Quando eventos adversos potenciais suscitar preocupação para a segurança humana:- pela classe química- propriedades farmacológicas da droga teste, - Estudos experimentais in vitro ou in vivo - Resultados durante ensaios clínicos, farmacovigilância, - dados de literatura Deve-se proceder estudos complementares.
7. Avaliação da Segurança FarmacológicaEstudos complementares
· Sistema Nervoso Central: avaliações de farmacologia comportamental, aprendizado ememória, visuais, auditivas, ligantes específicos, neuroquímica e/ou eletrofisiologia.· Sistema Cardiovascular: avaliações de débito cardíaco, contratilidade ventricular,resistência vascular, efeitos de substâncias endógenas e/ou exógenas sobre as respostascardiovasculares.· Sistema Respiratório: avaliações de resistência de vias aéreas, pressão arterial pulmonar,pH sanguíneo, gasometria.· Sistema Renal/Urinário: avaliações de volume urinário, gravidade específica, osmolalidade,pH, fluidos/balanço eletrolítico, proteínas, citologia, hemácias, bem como determinações químicasde uréia, creatinina, proteínas plasmáticas.· Sistema Nervoso Autônomo: avaliações de ligação à receptores relevantes para o sistemanervoso autônomo, respostas funcionais para agonistas ou antagonistas in vivo ou in vitro,estimulação direta dos nervos autônomo e medição das respostas cardiovasculares e variabilidadedo ritmo cardíaco.· Sistema Gastrintestinal: avaliações de secreção gástrica, potencial prejuízogastrointestinal, secreção biliar, tempo de trânsito in vivo, contração ileal in vitro, pH gástrico.· Outros Sistemas: avaliações de musculatura esquelética, funções imunes e endócrinas.
8. Estudos de Toxicocinética
8. Estudos de Toxicocinética
OBJETIVO: descrição da exposição sistêmica obtida em animais e a sua relação com o nível de dose e o tempo (absorção, distribuição, metabolismo, e excreção).
VIA DE ADMINISTRAÇÃO:Pretendida para uso humano.
DOSE:3 doses: de dose sem efeito tóxico a dose que cause alterações toxicológicas.As coletas de amostras de fluidos corpóreos devem ser periódicas e frequentes.
8. Estudos de Toxicocinética
PARÂMETROS A SEREM AVALIADOS:A quantificação da exposição por dosagens plasmáticas e fluidos corporais, coletados com frequência
PARÂMETROS A SEREM AVALIADOS:A quantificação da exposição por dosagens plasmáticas e fluidos corporais, coletados com frequência
9. Ensaios Não Clínicos Necessários para Condução de Estudos Clínicos com Associações em Dose Fixa
9. Ensaios Não Clínicos Necessários para Condução de Estudos Clínicos com Associações em Dose Fixa
Testes propostos pela ANVISA quando é necessário construir um conjunto racional de evidências que embasem o planejamento de ensaios clínicos para associações.
A seleção desses testes dependem de uma serie de fatores incluindo a natureza de interações e toxicidade
8. Circunstâncias:
1. Quando uma interação farmacocinética justifique a combinação de fármacos.2. Ocorrência de interseção nos tecidos-alvos da ação das drogas combinadas3. Possibilidade de interação farmacodinâmica.4. Drogas que exibem afinidade para os mesmos receptores ou alvos biológicos 5. Drogas que provocam toxicidade grave ou não-monitorável em doses próximas à clínica.6. Qualquer outro motivo para existir grave preocupação clínica.
Ilhéus, 28 de outubro de 2014.