Primeira Lista Micro 1 - Resolvida

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BACHARELADO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS 1º QUADRIMESTRE DE 2014 PRIMEIRA LISTA DE EXERCICIOS – BH 1130 – MICROECONOMIA 1 DOCENTE MÔNICA YUKIE KUWAHARA [email protected] INSTRUÇÕES Prezado(a) estudante, A lista de exercícios a seguir apresenta diversos tipos de desafios. Há desafios de interpretação, de cálculo e de apresentação gráfica. Todos eles procuram combinar “ciência e arte”. As resoluções devem ser acompanhadas de argumentos teóricos ou evidências quantitativas, por isso procure justificar as respostas dadas, inclusive para os desafios do tipo verdadeiro ou falso. Há também exercícios que procuram estimular a reflexão, a criatividade e a intuição. Estes eu sinalizo como “Arte” e são apresentados ao final da lista. Você deve respondê-los de forma dissertativa, como resultado de uma reflexão baseada na bibliografia da disciplina. Mas pode também utilizar sua intuição . Apenas tome cuidado, porque até a Arte requer público, apreciadores. Por isso, procure convencer e cativar o leitor. Bom estudo. Mônica DESAFIOS REFERENCIAS PARA ESTUDO: FRANK, CAP 1; PINDYCK; RUBINFELD, CAP2, 3 E 4 ########## Questão 1. Suponha que você esteja pensando sobre o que fazer no próximo fim de semana. Suas opções, da MENOS preferida à mais preferida, são: (1) estudar para as provas; (2) passar o final de semana na praia; (3) ficar em casa jogando em seu computador. Qual o custo de oportunidade de ficar jogando no seu computador? PADRÃO ESPERADO DE RESPOSTA: A resposta deve evidenciar a idéia de que o custo de oportunidade será o custo das alternativas deixadas de lado. Mesmo que não haja números ou valores, é possível pensar em várias formas de justificativas: a) uma possível forma de justificar é supor custos e benefícios para cada alternativa e evidenciar que a escolha por ficar em casa jogando tem maior beneficio que as outras duas juntas b) ou pode apenas dizer que o custo de oportunidade é o risco de ser reprovado somado ao não benefício de passar o final de semana na praia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

BACHARELADO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS

1º QUADRIMESTRE DE 2014

PRIMEIRA LISTA DE EXERCICIOS – BH 1130 –

MICROECONOMIA 1

DOCENTE MÔNICA YUKIE KUWAHARA

[email protected]

INSTRUÇÕES

Prezado(a) estudante,

A lista de exercícios a seguir apresenta diversos tipos de desafios. Há desafios de interpretação, de cálculo e de

apresentação gráfica. Todos eles procuram combinar “ciência e arte”. As resoluções devem ser acompanhadas

de argumentos teóricos ou evidências quantitativas, por isso procure justificar as respostas dadas, inclusive

para os desafios do tipo verdadeiro ou falso. Há também exercícios que procuram estimular a reflexão, a

criatividade e a intuição. Estes eu sinalizo como “Arte” e são apresentados ao final da lista. Você deve

respondê-los de forma dissertativa, como resultado de uma reflexão baseada na bibliografia da disciplina. Mas

pode também utilizar sua intuição . Apenas tome cuidado, porque até a Arte requer público, apreciadores. Por

isso, procure convencer e cativar o leitor.

Bom estudo.

Mônica

DESAFIOS

REFERENCIAS PARA ESTUDO: FRANK, CAP 1; PINDYCK; RUBINFELD, CAP2, 3 E 4

########## Questão 1.

Suponha que você esteja pensando sobre o que fazer no próximo fim de semana. Suas opções, da MENOS

preferida à mais preferida, são: (1) estudar para as provas; (2) passar o final de semana na praia; (3) ficar em

casa jogando em seu computador. Qual o custo de oportunidade de ficar jogando no seu computador?

PADRÃO ESPERADO DE RESPOSTA:

A resposta deve evidenciar a idéia de que o custo de oportunidade será o custo das alternativas deixadas de

lado. Mesmo que não haja números ou valores, é possível pensar em várias formas de justificativas:

a) uma possível forma de justificar é supor custos e benefícios para cada alternativa e evidenciar que a escolha

por ficar em casa jogando tem maior beneficio que as outras duas juntas

b) ou pode apenas dizer que o custo de oportunidade é o risco de ser reprovado somado ao não benefício de

passar o final de semana na praia

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########## Questão 2

Suponhamos que um clima excepcionalmente quente ocasione um deslocamento para a direita na curva da

demanda de sorvete. Por que razão o preço de equilíbrio do sorvete aumentaria?

Suponhamos que a curva de oferta se mantenha inalterada. O clima excepcionalmente quente

causa um deslocamento para a direita da curva da demanda, gerando, no curto prazo, um

excesso de demanda ao preço vigente. Os consumidores competirão entre si pelo sorvete,

pressionando o preço para cima. O preço do sorvete aumentará até que a quantidade

demandada e a quantidade ofertada sejam iguais.

D1

D2

P1

P2

S

P re ç o

Q u a n tid a d e d e s o rv e teQ1 = Q

2

########## Questão 3

Três estudos recentes tentaram estimar a equação de demanda por cerveja. O modelo implementado nos

trabalhos considerou apenas 3 variáveis explicativas, a saber: o preço da cerveja, a renda dos consumidores e o

preço da cachaça. As amostras utilizadas em cada estudo foram coletadas em regiões distintas da cidade de

São Paulo e os principais resultados estão listados na tabela abaixo.

Estudo Elasticidade-preço

da demanda Elasticidade-

Renda Elasticidade-preço

cruzada

Paper 1 -1,3 1 1,88

Paper 2 -1,1 0,9 0,72

Paper 3 -0,8 -0,5 -0,98

a. Interprete cada uma das elasticidades, dizendo qual paper indica:

maior diminuição de consumo de cerveja com o aumento do preço da cerveja maior elasticidade preço da demanda, em módulo, ou seja paper 1

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maior aumento do consumo de cerveja com o aumento da renda maior elasticidade renda, ou seja paper 1

diminuição do consumo de cerveja com o aumento do preço da cachaça a única elasticidade cruzada negativa, que indica o aumento do preço de um bem afeta negativamente a quantidade outro bem, caracterizando complementariedade de consumo, é a amostra do paper 3

aumento do consumo de cerveja com o aumento do preço da cachaça o aumento do preço de um bem afeta positivamente a quantidade outro bem, caracteriza substituição, é a maior substituição se evidencia na amostra do paper 1 e 2, sendo a maior substituição no paper 1

b. Em qual amostra as pessoas selecionadas apresentaram maior dependência com relação ao álcool? Justifique: Paper 3, mas reparem que a justificativa deve envolver a explicação da elasticidade preço da demanda de cerveja e também a elasticidade preço cruzada. Reparem que no paper 3 a sensibilidade da cerveja ao preço é baixa e que além do mais, a cachaça é um bem complementar a cerveja....

########## Questão 4.

O governo de São Paulo está pensando em alternativas para elevar a sua receita orçamentária. Para tanto, ela

conta com duas alternativas: elevar o preço do bilhete de metrô, que hoje custa $3,00 em R$ 0,10 ou tributar

os consumidores de roupa de grife em 20% do valor da peça. Sabendo-se que a elasticidade-preço da demanda

é de -0,76 no primeiro caso e de -2,4 no segundo, qual das políticas surtiria o efeito esperado? Justifique

Para justificar, basta fazer o cálculo da variação das quantidades e o resultado da receita:

Tributação do bilhete de metro: a variação do preço do metro é de 0,1/3 = 0,0333 que em termos percentuais

representa 3,33%. Se a elasticidade preço do bilhete do metro é de -0,76, multiplicando = 3,33*-0,76 = redução

de 2,533%. A receita do governo antes era RT=P*Q agora seria RT2 = 1,03P*0,9746Q = RT2=1,0070*(P*Q) Ou

seja, temos uma receita do governo 0,7% maior.....

Tributação das roupas de grife: a variação do preço é de 20% e a elasticidade é de -2,4. Temos então que a

quda nas quantidades é de 48%. Assim, a receita do governo com tributação de grife seria RT2g = 1,2P*0,52Q =

0,624*(P*Q) Ou seja, temos uma receita do governo 37,6% menor.....

Resposta: a primeira, mas com ganho pequeno! Ehehe – defensores da não intervenção gostaram......

########## Questão 5.

Considere um mercado competitivo de bananas com as seguintes quantidades anuais demandadas e

ofertadas:

a) Desenhe o gráfico do mercado de bananas

b) Qual o intervalo de preços que evidencia que há excesso de demanda? Preços menores que oitenta

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c) A partir de qual preço haveria excesso de oferta? Preços maiores que oitenta

########## Questão 6.

O Brasil é grande consumidor de trigo e, infelizmente, apesar da grande disponibilidade de terras, não possui

oferta suficiente para atender a demanda interna. Um dos maiores exportadores de trigo para o Brasil é a

Argentina que, envolta em sérios problemas monetários e cambiais, não conseguiu manter a regularidade nas

exportações. Essa irregularidade na oferta de trigo, dada uma demanda crescente pelo produto, significaria, no

curto prazo, uma tendência a:

a) o aumento dos preços do trigo no Brasil

b) a diminuição dos preços do trigo no Brasil

c) o aumento das exportações brasileiras de trigo para outros países, diante do aumento de preços

d) o aumento da tarifa de importação de trigo de outros países

e) nenhuma das anteriores.

Alternativa a. A elevação da demanda e ao mesmo tempo redução da oferta gera excesso de demanda (=

escassez de oferta), obrigando consumidores a aceitarem preços mais altos para o trigo.

########## Questão7

As afirmações a seguir ESTÃO EQUIVOCADAS. Justifique/argumente por que.

a) Se a oferta é de 1.000 unidades ao preço de 2 reais, o lucro é de R$ 2.000,00

Dois mil reais é a receita obtida, o faturamento. O lucro depende dos custos envolvidos na produção.

b) Se há escassez de demanda, os produtores de um bem x qualquer são incentivados a produzir mais e a

aumentarem seus preços.

Se há escassez de demanda, há excesso de oferta. Isso significa que há pressão para que ofertantes

aceitem disponibilizar produtos a preços menores.

########## Questão 8

Considere o mercado hipotético e suas funções de Oferta (Qs) e de Demanda (Qd) colocadas abaixo e responda

às perguntas que se seguem a elas. (utilize duas casas decimais nos cálculos e para o arredondamento use o

critério simples)

Qs = 1800 + 240P

Qd = 3550 – 266P

a) Qual a elasticidade preço de oferta deste bem no ponto de equilíbrio?

A primeira coisa a fazer é achar o ponto de equilíbrio

QS=QD

1800+240p=3550-266p

P=3,46

Q=2630

Considerando que a elasticidade é E = (p/q)*(∆q/∆p)

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E lembrando que (∆q/∆p) é o coeficiente do preço, então Elasticidade

preço da oferta é Es= (3,46/2630)*240 = 0,32

b) Qual a elasticidade preço da demanda deste bem no ponto de equilíbrio?

E para a demanda, Ed = (3,46/2630)*(-266)= │ -0,34 │

########## Questão 9

Suponha que o bem do exercício anterior fosse influenciado também pelos preços de uma segunda

mercadoria X2 qualquer, cujo preço fosse dado por P2. Suponha também que o equilíbrio do mercado fosse o

mesmo que o encontrado na questão 8. Pede-se que:

Supondo uma elasticidade cruzada da oferta Ec = 0,5, defina a função de oferta cruzada para este bem.

Aqui o raciocínio é similar ao da questão anterior. No entanto, estamos admitindo que um segundo preço afeta

a oferta desse bem 1. Então, genericamente, a oferta cruzada seria:

Qs = a + bP1 + c P2 (não se esqueça que Qs refere-se a quantidade do bem 1, afetado pelo preço P1 e que

agora queremos identificar a elasticidade cruzada, ou seja a sensibilidade da Quantidade do bem 1 às variações

de preço do bem 2.

Se (∆q/∆p) é o coeficiente do preço e se E = (p/q)*(∆q/∆p) é a elasticidade, que nos foi dada como 0,5, então

0,5 = (3,46/2630)*c

C= 380

Então a oferta cruzada do bem 1 é :

Qs = 1800 + 240P1 + 380P2

########## Questão 10

A Secretaria estadual de Educação realizou uma pesquisa e descobriu que é provável que a demanda total (Qd)

por vagas nas universidades estaduais é de Qd = 100 - 5P, sendo P o custo de cada aluno matriculado em

centenas de reais por mês e a quantidade em milhares. A oferta (Qs) estimada poderia se expressa por Qs = 50

+ 5P.

a) Suponha que o governo tenha “privatizado” as universidades, mas as funções de oferta e demanda não se alteraram. Qual o preço e a quantidade de matriculas de equilíbrio

Aqui é só calcular o preço e a quantidade de equilíbrio

P = $500 (porque o resultado é apresentado em centenas, de acordo com o enunciado. A “conta” gerou o resultado 5)

Q = 75.000 (porque, de forma similar ao preço, o enunciado afirma que as quantidades são apresentadas em milhares. A “conta” gerou o resultado 75)

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b) Depois da privatização, houve um aumento de 20% na oferta de vagas, sem

alteração na função de demanda, o que aconteceria com o preço e a quantidade de matrículas nesta nova situação

Aumento da oferta implicou em deslocamento da curva de oferta que antes era Qs. A nova curva, que chamaremos de Qs2 é 1,2 (Qs)

Qs2 = 1,2*( Qs = 50 + 5P) = 60 + 6P

O novo ponto de equilíbrio é obtido igualando a antiga demanda com a nova oferta

Qd = Qs2

P = $ 364 (porque o resultado é apresentado em centenas.... veja item anterior e enunciado)

Q = 81.840

c) Suponha que a sociedade tenha se posicionado contra à privatização e a função de demanda por cursos universitários tenha apresentado um recuo de 20% (depois da mudança da oferta). o que aconteceria com o preço e a quantidade de matrículas nesta nova situação

Agora o enunciado indica que DEPOIS da mudança da oferta, ou seja, devemos considerar Qs2, houve também uma redução da demanda.

Se antes a demanda era Qd, a nova demanda que chamaremos de Qd2 é = 0,8(Qd = 100 - 5P)

Qd2 = 80 – 4p

O novo ponto de equilíbrio é obtido com Qd2=Qs2

P = $200

Q = 72.000

########## Questão 11

A partir da estimativa de função de demanda de frango (Qf) abaixo, DETERMINE e EXPLIQUE a) a elasticidade

preço da demanda por carne de frango, b) elasticidade preço cruzada de frango e preço da carne bovina e c)

elasticidade renda da demanda no ponto:

Pf = 1,20 (preço da carne de frango);

Pb = 2,70 (preço da carne bovina)

M = 70 (renda)

Qf = 17 (quantidade de frango)

Qf = 0,227 + 0,333 Pb - 1,25M - 0,757Pf

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a) Elasticidade preço do frango = EPf = (1,2/17)*(-0,757) =│ -0,05│. Indicando inelasticidade da demanda

de frango, ou seja, baixa resposta das quantidades demandadas de frango diante da variação no preço

do frango

b) Elasticidade preço cruzada do frango = EPc = (2,7/17)*0,333) = 0,05. Indicando que frango e carne

bovina são substitutos, embora com pequena intensidade de resposta das quantidades demandadas

de frango diante de variações no preço da carne bovina

c) Elasticidade renda do frango = ER = (70/17)*(-1,25) = -5,14. Indicando que o frango é um bem inferior,

pois aumentos da renda tendem a reduzir as quantidades demandadas de frango.

########## Questão 12

Se: elasticidades preço = -0,18976 e elasticidade renda = 0,56545 com consumo per capita de 3,3Kg

Como a elasticidade é, por definição, uma unidade de medida da variação, indicando em termos

percentuais o efeito nas quantidades diante da variação percentual da variável independente, que

neste item é a renda, ENTÃO, basta multiplicar a variação pela elasticidade que vc já tem o

resultado, em termos percentuais, da variação da quantidade. Se tem o percentual de variação, aí

é só calcular a nova quantidade.

a) Qual o consumo se o preço subir 10% e a renda real não se alterar?

Variação das quantidades será 10*(-0,18976) = 1,8976%

Quantidade nova será aproximadamente 1,9% menor, o que implica em 3,24Kg

b) Qual o consumo se os preços reais se mantiverem, mas a renda aumentar em 10%?

Mesmo raciocínio do item anterior

Quantidade nova, em resposta a mudança da renda é aproximadamente 5,65% maior

Quantidade de 3,49kg

########## Questão 13

O petróleo e o gás natural, normalmente são produzidos conjuntamente. Supondo curvas lineares, defina a

oferta e a demanda cruzada de gás natural a partir dos dados abaixo:

Pg = 2,0 (Preço de equilíbrio do gás natural em t0

)

Pp = 8,0 (Preço de equilíbrio do petróleo em t0

)

Qg = 20 (quantidade de equilíbrio em t0

)

Elasticidade preço da oferta do gás = 0,2

Elasticidade preço cruzada da oferta = 0,1

Elasticidade preço da demanda = -0,5

Elasticidade preço cruzada da demanda = 1,5

Lembre que o formato de uma oferta cruzada é QS = a + bPg + cPp

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A elasticidade cruzada indica quanto o preço de um bem p (no caso petroleo) afeta a

quantidade de um outro bem g (gas natural). Repare que a definição é a mesma, apenas

mudam as variáveis em análise.

Agora lembre que de acordo com a definição de elasticidade, ela pode ser calculada assim E = (p/q)*(∆q/∆p).

Lembre-se também que (∆q/∆p) é o inverso da inclinação da reta, portanto, na formulação da oferta (isso vale

para a demanda) é o próprio coeficiente do preço.

Se isso é verdade, e considerando que o exercício já lhe dá preços e quantidade e elasticidade, veja como é

possivel obter o coeficiente c da equação QS de oferta de gás natural. O coeficiente c é a influencia do preço de

petroleo sobre a quanidade de gas natural, correto? E a medida desta influencia é a elasticidade, já informada

no enunciado como 0,1

então:

0,1 = (preço do petroleo/quantidade de gas)* c

como vc tem os preços e quantidades então

0,1 = (8/20)*c

agora é só resolver esta igualdade.... c = 0,25

Eba! agora vc já tem uma parte da equação

Qs = a + bPg + 0,25Pp

Faça a mesma coisa para a elasticidade preço do gás natural, depois substitua preços e quantidades já

definidos no enunciado na equação obtida para obter o a e, pronto.....

RESPOSTA

Qs = 14 +2Pg +0,25 Pp

Qd 3,75Pp – 5Pg

########## Questão 14

Três indivíduos participam de um comitê encarregado de apreciar os projetos A, B e C. Sabe-se que o símbolo

representa a relação “é pior que”, e que as preferências dos indivíduos são as seguintes:

Indivíduo 1: A B C

Indivíduo 2: B C A

Indivíduo 3: C A B

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O processo decisório do comitê recomenda considerar as alternativas duas a duas,

escolhendo o projeto vencedor por maioria simples. (ANPEC, 1994) Assinale abaixo

Verdadeiro ou Falso para as afirmações a partir das condições dadas. Justifique as falsas.

a) As preferências do comitê são completas (_______verdadeiro_______)

b) As preferências do comitê não são transitivas. (_____verdadeiro __________)

c) O comitê poderia ser considerado um núcleo decisório típico contemplado pela teoria do

consumidor (_____falso_____________)

Um núcleo decisório típico obedeceria aos princípios de racionalidade. Para o comitê, considerado um único

agente, poder ser considerado um núcleo racional de decisão, seria necessário que as preferencias do comitê

(e não as preferencias de cada um dos avaliadores) fossem completas e transitivas. Não é possível que o comitê

estabeleça o melhor projeto, comparando as alternativas em pares, embora cada um dos avaliadores possa

faze-lo.

########## Questão 15

Considere o Gráfico abaixo e responda às questões que se seguem a ele.

a) Qual o ponto de ótimo poderia ser resultante de um aumento de renda ponto C (reta US para RT) b) Qual seria o segmento renda consumo BC c) Qual seria o segmento preço consumo para o caso do alimento, AC Para o caso do vestuário, BA

##############Questão 16

Ainda considerando o gráfico da figura 1 acima, sabendo que no ponto A as quantidades consumidas de

vestuário são 5 e há 10 unidades consumidas de alimentos, sendo que o valor da renda é 30, pergunta-se

a) Qual a reta de restrição RS A restrição é 30 = V*Pv + A*Pa V = 30/Pv – (Pa/Pv)*A Reparem que 5 e 10 são quantidades e que para estabelecer os preços, sem informação sobre a taxa marginal de substituição, temos o preço de v ou de a como uma função de a ou v, respectivamente.

b) Qual o preço de vestuário (Pv) PV =6-2PA

c) Qual o preço do alimento (Pa) Pa = 3-0,5PV

Q td e V e s tu á r io

Q td e

A lim e n to

A

B

C

R

S T0 zy w

U

F ig u ra 1 . E s c o lh a s ó t im a s

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############Questão 17

As frases abaixo são falsas. Apresente argumentos que as invalidem.

a) Se um bem é inferior, um aumento na renda gera um aumento nas quantidades ofertadas proporcionalmente maior que o aumento dos preços de substitutos. Argumento 1 (“facilzinho”), ser inferior ou não é uma percepção do comportamento do consumidor. Argumento 2, no caso de bens inferiores, o efeito substituição é maior que o efeito renda, levando a um efeito nas quantidades em direção contrária ao movimento dos preços. Um efeito renda suficientemente grande que inutilize o efeito substituição é verificado no caso de bens de Giffen.

b) A curva de indiferença indica as várias escolhas de quantidades de dois bens possíveis pelo mesmo preço. São as possibilidades de cestas de bens que permitem o mesmo nível de satisfação (ou de utilidade)

############Questão 18

Renato foi ao supermercado e na hora da escolha do que por no carrinho, na maioria das vezes ele recorreu às

marcas que ele já conhecia. Porém, quando foi compra o sabão em pó, ficou em dúvida do que comprar

porque os preços de todas as marcas aumentaram muito, e ele resolveu mudar de produto, adquirindo sabão

em pedra mesmo. O problema era que o sabão em pedra não deixava na roupa aquele “perfuminho” gostoso

que ele gostava tanto e ele teve que comprar amaciante de roupas, que antes ele não comprava.

a) Apresente na folha de respostas um mapa de indiferenças que possa expressar a escolha de Renato pelos sabões. Não esqueça de dizer o que está em cada eixo. Os sabões seriam colocados nos eixos, em um o sabão em pó e outro eixo com sabão em pedra. São substitutos perfeitos....

b) Apresente na folha de respostas um mapa de indiferenças que possa expressar a escolha de Renato pelo amaciante. Não esqueça de dizer o que está em cada eixo Aqui os produtos são complementares, sabão em um eixo e amaciante em outro.

############Questão 19

Trace num único gráfico restrições orçamentárias, com Y no eixo horizontal e X no eixo vertical onde possamos

verificar os seguintes movimentos:

i) de L1 para L2 a renda dobrou ii) de L2 para L3 o preço do bem x dobrou e os demais valores ficaram constantes iii) de L3 para L4 a renda dobrou novamente iv) de L4 para L5, o preço do bem y caiu pela metade.

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########## Questão 20

Guiado por suas preferências, supostamente racionais, Andre, que é estudante, está disposto a trocar quatro

ingressos para o cinema por um ingresso para um jogo do campeonato paulista de futebl. Se os ingressos do

cinema custam $8 cada, e um ingresso para o futebol custa $40, Andre deve mesmo fazer essa troca? Por

quê?(Dica: o raciocínio aqui deve se utilizar da ideia de taxa marginal de substituição) (adaptado do Pindyck;

Rubenfild, 2009, cap 3)

Andre não deve fazer a troca. Se ele desiste dos quatro ingressos para o cinema então

economizará $8 por ingresso, o que totaliza $32. Entretanto, isso não é suficiente para um

ingresso para um jogo. Na verdade, ele teria de desistir de cinco ingressos para o cinema se

quisesse comprar um ingresso para o jogo. Observe também que a utilidade marginal por real é

maior para ingressos para o cinema, assim Andre ficará melhor se adquirir mais ingressos para o

cinema e menos para o jogo. Para entender melhor isso, basta lembrar que o que Andre está

desejando fazer define sua TMS. Esta é 4, o que significa que a utilidade marginal de um jogo de

basquete é 4 e a de um filme é 1:

TMS = –4 = –UMjogo/UMcinema = –4/1

Agora a utilidade marginal por real pode ser computada:

UMjogo/Pjogo = 4/10 = 1/10

UMcinema/Pcinema = 1/8

########## Questão 21

(Pindyck; Rubenfild, 2009, cap 3)

Trace curvas de indiferença que representem as seguintes preferências de um consumidor por duas

mercadorias: hambúrguer e refrigerante. Indique a direção na qual a satisfação (ou a utilidade) da pessoa está

crescendo.

a) Joe tem curvas de indiferença convexas e não gosta nem de hambúrguer nem de refrigerante.

Uma vez que Joe não gosta de nenhuma das duas mercadorias, seu conjunto de curvas de

indiferença será voltado para dentro em direção à origem, em vez de voltado para fora, como

no caso normal em que se prefere mais a menos. Uma vez que ele não gosta de ambas as

mercadorias, sua satisfação é crescente na direção da origem. A convexidade de preferências

implica que suas curvas de indiferença terão o formato normal, pois elas são voltadas na

direção da satisfação crescente. A convexidade também implica que, dadas quaisquer duas

cestas às quais o consumidor seja indiferente, a ‘média’ das duas cestas estará no conjunto

preferido ou deixará o consumidor no mínimo em uma situação tão satisfatória.

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h a m b ú rg u e r

r e fr ig e ra n te

b) Jane adora hambúrgueres e não gosta de refrigerantes. Se lhe servirem um refrigerante, é mais

provável que ela o despeje no ralo do que o beba.

Uma vez que Jane pode fazer o que quiser com o refrigerante que sirvam a ela, ela o considera

uma mercadoria neutra. (OBSERVAÇÃO: alguns alunos consideraram que se ela joga o

refrigerante no ralo ela odeia, e porque odeia é um mal. Embora a resposta correta seja essa

abaixo, alunos que justificaram que o jogar no ralo é um mal deveriam apresentar um mapa

similar ou próximo ao do item c) Isso significa que para ela tanto faz lhe darem refrigerante ou

não. Com hambúrgueres no eixo vertical, suas curvas de indiferença são linhas horizontais. Sua

satisfação aumenta para cima.

h a m b ú rg u e r

r e fr ig e ra n te

c) Bob adora hambúrgueres e não gosta de refrigerantes. Se lhe servirem um refrigerante, ele aceitará

por educação

Uma vez que Bob beberá o refrigerante por educação, pode-se considerar que este é um ‘mal’.

Quando for servido outro refrigerante a Bob, ele vai querer, ao mesmo tempo, mais

hambúrgueres para manter constante sua satisfação. Mais refrigerantes sem mais

hambúrgueres vão piorar sua utilidade. Mais hambúrgueres e menos refrigerantes vão

aumentar sua utilidade.

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h a m b ú rg u e r

r e fr ig e ra n te

d) Molly adora hambúrgueres e refrigerantes, mas insiste em consumir exatamente um refrigerante para

cada dois hambúrgueres que come.

Molly quer consumir as duas mercadorias em uma proporção fixa, de modo que suas curvas de indiferença têm

forma de L. Para qualquer dada quantidade de uma mercadoria, ela não obtém nenhuma satisfação extra do

consumo da outra mercadoria. Ela apenas aumentará sua satisfação se obtiver mais das duas mercadorias.

h a m b ú rg u e r

r e fr ig e ra n te

e) Bill gosta de hambúrgueres e é indiferente aos refrigerantes.

Assim como Jane, Bill considera os refrigerantes uma mercadoria neutra. Uma vez que para ele tanto

faz obter ou não refrigerante, podemos presumir que, independentemente de quantos refrigerantes

ele obtenha, sua utilidade será a mesma. Seu nível de satisfação depende totalmente de quantos

hambúrgueres ele obtenha.

h a m b ú rg u e r

r e fr ig e ra n te

f) Para Mary, um hambúrguer extra proporciona o dobro de satisfação que um refrigerante extra. .

O grau de satisfação que Mary obtém de um hambúrguer ou refrigerante extra nos diz algo sobre a

utilidade marginal das duas mercadorias ou sobre a TMS dela. Se Mary sempre obtém o dobro de

satisfação com um hambúrguer extra, então sua utilidade marginal do consumo de uma hambúrguer

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extra é o dobro de sua utilidade marginal do consumo de um refrigerante

extra. Sua TMS, com hambúrgueres no eixo vertical, é 1/2. Suas curvas de

indiferença são retas com inclinação de 1/2.

h a m b ú rg u e r

r e fr ig e ra n te

########## Questão 22

(Pindyck; Rubenfild, 2009, cap 3)

A utilidade que Julio obtém ao consumir alimento, A, e vestuário, V, é dada pela função de utilidade U(A,V) =

AV. Além disso, sabemos que o preço do alimento é de $2 por unidade, o do vestuário é de $10 por unidade, e

a renda semanal de Julio é de $50. Qual é a taxa marginal de substituição de vestuário por alimento para Julio,

quando a utilidade é maximizada? Explique.

A utilidade é maximizada quando a TMS (vestuário por alimento) é igual a PV/PA, a razão entre os preços. Dado

que o problema pede a taxa de substituição de vestuário por alimento, estou procurando ∆A/∆V (para facilitar

a visualização, vc poderia traçar o mapa de indiferenças com vestuário no eixo horizontal e alimento, no

vertical), então a razão entre os preços é a inclinação da linha do orçamento, que é o preço do vestuário

dividido pelo preço do alimento, ou –5.

Reparem que se a pergunta fosse qual a taxa marginal de substituição do alimento por vestuário, o alimento

estaria no eixo horizontal e o vestuário no vertical e a razão dos preços seria PA/PV = 2/10 ou a taxa de

substuição (∆v/∆A) seria -0,2

########## Questão 23

(Anpec, 2012) Avalie se são verdadeiras ou falsas e justifique. Com relação às escolhas ótimas dos

consumidores, constata-se que:

a) Se as preferências do indivíduo estão representadas pela função utilidade U(x,y) = 2x +y e os preços

dos bens são px= py= 2, então uma redução de px para px= 1 resulta num Efeito Substituição igual a

zero.

Função indica substitutos perfeitos. No caso de substitutos perfeitos, o efeito substituição é igual ao

efeito preço total e não há influência do efeito da renda. Supondo um ponto de ótimo inicial qdo

px=py=2, neste ponto a razão de preços, ou seja, a inclinação da restrição orçamentária é -1. Com o

novo preço, é de -1/2. Acontece que nesse caso, com mudança de preços, a razão de preços é menor

do que a taxa de substituição, que é de -2.

Lembram do exercício do Yogurt e do sorvete? Com TMs > razão dos preços, solução de canto, onde

há apenas consumo de um bem. Como os preços não são suficientes para a substituição, infere-se que

não há mudança de cesta. (sem efeitos de substituição ou renda)

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b) Se dois bens x e y são complementares perfeitos e o preço do bem x decresce,

então o Efeito Renda é zero e o Efeito Total se iguala ao Efeito Substituição.

Se forem complementares, então o efeito preço total é o próprio efeito renda, pois não são

substituíveis, ou não há substituição.

c) A negatividade do Efeito Substituição decorre diretamente do Axioma Forte da Preferência Revelada.

Desculpem a pegadinha.... Esta seria uma das questões “avançadas” e está apresentada no Varian....

Segundo o Axioma Fraco da Preferência Revelada se o consumidor escolhe a cesta Y qdo poderia ter

adquirido X, então ele só escolherá X quando ele não puder pagar a cesta Y. Isso significa há um efeito

renda que o leva a um comportamento contrário à direção da substituição. Este é o exemplo gráfico

dos efeitos renda e substituição (aula 6).

O axioma forte é mais restritivo, e diz que se a cesta A é revelada como melhor, uma outra qualquer

cesta B não é revelada como melhor, ou seja, a escolha não estaria sendo resultado de efeitos de

substituição ou renda, posto ser revelada a melhor e pronto.

########## Questão 24

(Pindyck; Rubenfild, 2009, cap 4)

Os ingressos para um show de rock são vendidos a $10 cada. No entanto, a esse preço, a demanda é

substancialmente maior do que o número de ingressos disponíveis. O valor, ou o benefício marginal, de um

ingresso adicional é maior, menor ou igual a $10? De que forma você determinaria tal valor?

Se, ao preço de $10, a demanda excede a oferta, os consumidores estão dispostos a aceitar preços de mercado

para um nível mais alto, no qual a quantidade demandada seja igual à quantidade ofertada. O fato de os

consumidores que maximizam sua utilidade estarem dispostos a pagar mais que $10 indica que o aumento

marginal na satisfação (em valor) é maior que $10. Uma possível forma de determinar o valor dos ingressos

seria por meio de leilões de ingressos. Se um lance fosse maior do que o benefício marginal, então não faria

sentido para o consumidor comprá-lo. Se um lance fosse menor do que o benefício marginal, outro consumidor

daria um lance igual ao benefício marginal, compraria o ingresso e ainda assim maximizaria a satisfação.

########## Questão 25

(Pindyck; Rubenfild, 2009, cap 4)

Quais das seguintes funções de utilidade são coerentes com as curvas de indiferença convexas e quais não são?

a. U(X, Y) = 2X + 5Y

b. U(X, Y) = (XY)0,5

c. U(X, Y) = Mín(X, Y), onde Mín corresponde ao mínimo de ambos os valores de X e Y

A primeira pode ser representada como um conjunto de linhas retas; a segunda, como um

conjunto de hipérboles, e a terceira, como um conjunto de Ls. Apenas a segunda função de

utilidade satisfaz a definição de curva de indiferença estritamente convexa.

Para representar graficamente as curvas de indiferença que representam as preferências dadas

por U(X, Y) = 2X + 5Y, considere a utilidade U0 e resolva para Y a fim de obter

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Y U0

52

5X .

Uma vez que esta é a equação para uma linha reta, as curvas de indiferença são lineares com

intercepto U0

5 e inclinação

2

5.

U0

U1

U2

U0

2

U1

2

U2

2

U0

5

U1

5

U2

5

Y

X

Para representar graficamente as curvas de indiferença que representam as preferências

dadas por U (X ,Y ) (XY )0 .5

, considere a utilidade U0 e resolva para Y a fim de obter

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Y U0

2

X.

Inserindo alguns valores para X nessa equação e resolvendo para Y, você será capaz de

representar a curva de indiferença U0, ilustrada abaixo, junto com a curva de indiferença U1.

X

Y

U0

U1

Para representar graficamente as curvas de indiferença que representam as preferência dadas

por U ( X ,Y ) Min ( X ,Y ) , observe, primeiramente, que as funções de utilidade desse tipo

resultam nas curvas de indiferença com formato de L e representam uma relação

complementar entre X e Y. Neste caso, para qualquer nível de utilidade U0, o valor de X e de Y

também será igual a U0. À medida que X aumenta e Y não muda, a utilidade também não muda.

Se tanto X como Y mudarem, a utilidade mudará e nós teremos outra curva de indiferença. Veja

a tabela a seguir.

X Y U

10 10 10 10 11 10 10 9 9 11 10 10 9 10 9 9 9 9

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X

Y

Uo

U1

U0

U1

U0

U1

QUESTÕES ARTE

########## Questão 26

Este é Filipe. Amigo da Mafalda. Usando os conceitos do curso e sua intuição, você diria que Filipe foi racional?

########## Questão 27

Você seria capaz de traçar o mapa de indiferenças e Filipe e indicar a sua preferencia revelada neste mapa? Se

a resposta é sim, faça-o. Se a resposta é não, justifique. (pensou que ia escapar, hein?

########## Questão 28

Considere a piadinha abaixo e procure justificar “a graça”.

— Quantos economistas são necessários para trocar uma lâmpada?

— Isto é irrelevante. As preferências da lâmpadas são dadas.

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########## Questão 29

Escolha alguma notícia veiculada na grande imprensa sobre o desempenho de alguma empresa e procure

justificar o comportamento do consumidor dos produtos ou serviços desta empresa.

########## Questão 30

Para nos preparamos para o último tópico do programa, sobre equilíbrio de mercado, a questão 30 aqui vai ser

proposta agora, no meio do curso e também na próxima lista, até mesmo para você poder comparar a

mudança (ou não) do seu raciocínio.

Considere agora a anedota abaixo e procure explicar o equilíbrio dos mercados.

"Mês de agosto, às margens do Mar Negro. Chovia muito e o vilarejo estava totalmente abandonado.

Eram tempos muito difíceis e todos tinham dívidas e viviam de empréstimos.

De repente, chega ao vilarejo um turista muito rico. Entra no único hotel do vilarejo, coloca sobre o balcão uma nota de 100 euros e sobe as escadas para escolher um quarto.

O dono do hotel pega os 100 euros e corre para pagar sua dívida com o açougueiro.

O açougueiro pega o dinheiro e corre para pagar o criador de gado.

O criador pega o dinheiro e corre para pagar a prostituta do vilarejo, que por conta da crise, trabalhou fiado.

A prostituta corre para o hotel e paga o dono pelo quarto que alugou para atender seus clientes.

Nesse instante, o turista desce as escadas após examinar o local, pega o dinheiro de volta, diz que não gostou de nenhum dos quartos e abandona o vilarejo.

Ninguém lucrou absolutamente nada, mas toda a aldeia vive hoje sem dívidas, otimista por um futuro melhor."