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PPLLAANNOO EESSTTRRAATTÉÉGGIICCOO DDEE DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO
DDOO BBAAIIXXOO AALLEENNTTEEJJOO 22001144--22002200
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PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO
DO BAIXO ALENTEJO 2014-2020
Este documento foi produzido pela CIMBAL – Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo com o apoio técnico da IImmpprroovveeCCoonnssuulltt –– CCoonnssuullttoorriiaa
ee EEssttuuddooss,, LLddaa.
EEQQUUIIPPAA TTÉÉCCNNIICCAA
João FERMISSON [Co-Coord.] Nuno DUARTE [Co-Coord.] Cristina NUNES Helena PEIXOTO Sérgio CARAMELO
DDEEZZEEMMBBRROO || 22001133
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ÍÍNNDDIICCEE
11.. AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO GGEERRAALL .......................................................................................................................................................................................... 33
22.. EELLEEMMEENNTTOOSS CCEENNTTRRAAIISS DDEE DDIIAAGGNNÓÓSSTTIICCOO ................................................................................................................................................ 44
33.. EESSTTRRAATTÉÉGGIIAA DDEE DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO .......................................................................................................................................................... 99
44.. PPRROOGGRRAAMMAA DDEE AAÇÇÃÃOO .......................................................................................................................................................................................... 1133
55.. MMOODDEELLOO DDEE GGOOVVEERRNNAANNCCEE ............................................................................................................................................................................ 1166
AANNEEXXOO -- FFIICCHHAASS DDAASS AAÇÇÕÕEESS EESSTTRRUUTTUURRAANNTTEESS .................................... EERRRROO!! MMAARRCCAADDOORR NNÃÃOO DDEEFFIINNIIDDOO..
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11.. AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO GGEERRAALL
O Plano Estratégico de Desenvolvimento do Baixo Alentejo 2014-2020
(PEDBA’2020) assume-se como um exercício integrado de planeamento estratégico
conducente à definição das grandes orientações de desenvolvimento para esta região
no horizonte temporal de 2020, coincidindo assim com a implementação do próximo
período de programação dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI) em
Portugal (2014-2020). Esta circunstância permite articular eficazmente a estratégia
regional com os objetivos prosseguidos a nível europeu através da Estratégia Europa
2020 e, bem assim, maximizar a capacidade de mobilização do conjunto de recursos
comunitários que serão disponibilizados através dos FEEI para apoiar financeiramente a
concretização da estratégia adotada.
Muito embora o PEDBA’2020 corresponda a uma iniciativa promovida e dinamizada
pela Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL), considerou-se fundamental
que a mesma incorporasse plenamente o contributo específico dos principais stakeholders
da região. A expectativa da CIMBAL é, portanto, a de que o PEDBA’2020 se venha a
afirmar como um verdadeiro Pacto para o Desenvolvimento do Baixo Alentejo,
agregando à ação dos Municípios todo o conjunto de recursos, competências e
capacidades de iniciativa disseminadas pelos vários diferentes stakeholders (públicos e
não-públicos) com relevância para a trajetória futura de desenvolvimento da região.
Neste sentido, o presente documento explicita os elementos fundamentais da Estratégia
de Desenvolvimento preconizada para o Baixo Alentejo, globalmente validados pelos
stakeholders que marcaram presença nas sessões de trabalho e nos workshops temáticos
realizados, assim como a identificação preliminar da carteira de Ações Estruturantes que
se perspetiva virem a integrar o Programa de Ação que permitirá concretizar a sua
materialização no terreno. A fase seguinte dos trabalhos será fundamentalmente
dedicada à objetivação e especificação das Ações Estruturantes apontadas, processo
que constituirá um primeiro teste à adequação do modelo de governance proposto para
servir de suporte à implementação do PEDBA’2020 durante o seu período de vigência.
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22.. EELLEEMMEENNTTOOSS CCEENNTTRRAAIISS DDEE DDIIAAGGNNÓÓSSTTIICCOO
A análise da realidade atual do Baixo Alentejo revela um território bastante
fragilizado em termos socioeconómicos, reflexo de um percurso de mais de meio século
onde predominou uma trajetória de progressivo e continuado definhamento da sua base
demográfica e produtiva, apesar das fortes tentativas criadas na segunda metade dos
anos 70 que amenizaram a tendência neste período. Perante esta constatação inicial, a
adoção de uma leitura realista da situação de partida constitui uma condição central
para estruturar um padrão de atuação consistente e efetivo, o que significa não
escamotear as condicionantes estruturais de caráter endógeno que afetam atualmente a
região nem ignorar o peso específico das principais tendências que lhes estão
associadas.
Assim, e tendo por base os diversos estudos de caracterização e diagnóstico disponíveis
sobre a região, essas condicionantes estruturais possuem tradução a três níveis principais
(i.e. pontos fracos, cf. Quadro 1):
a escassez de massa crítica para viabilizar apostas que exijam um suporte humano
mais numeroso, tanto de iniciativa empresarial (p.ex. investimentos industriais ou
turísticos de grande dimensão e intensidade em recursos humanos) como na própria
oferta de serviços públicos (educação, saúde, etc.), muito agravada pela tendência
estrutural de despovoamento e envelhecimento demográfico instalada na região;
a menor capacidade competitiva do tecido empresarial da região, maioritariamente
caracterizado pela sua introversão face a espaços e circuitos económicos mais vastos
(i.e. confinado apenas à satisfação de procuras locais) e por uma incorporação
restrita de fatores avançados de competitividade (recursos humanos qualificados,
I&D, etc.), como consequência de um conjunto de tendências pesadas que se foram
arrastando através dos tempos e que contribuíram para limitar a propensão da
classe empresarial para a modernização/ inovação e o surgimento de uma nova
geração de empreendedores;
a dificuldade de afirmação da região como espaço atrativo para a fixação de
residência, fruto da escassez de oportunidades de emprego suficientemente
diversificadas e remuneradas (sobretudo fora da esfera pública) e da persistência de
lacunas relevantes em fatores básicos e avançados de qualidade de vida (serviços
coletivos, programação cultural, etc.), potenciando processos de despovoamento – em
particular protagonizados pela saída de jovens, qualificados ou não – para outras
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regiões ou países e afetando negativamente a capacidade de atração de
populações exteriores à região.
QQUUAADDRROO 11 –– MMAATTRRIIZZ SSWWOOTT DDOO BBAAIIXXOO AALLEENNTTEEJJOO
Pontos Fortes Pontos Fracos
identidade regional forte e diferenciadora
capacidade de fixação/ atração demográfica dos principais centros urbanos e sedes de concelho
potencial de conectividade externa/ internacional possibilitado pela existência de uma infraestrutura aeroportuária
relevância económica do stock de recursos minerais presentes na Faixa Piritosa Ibérica (cobre, zinco e prata)
dinâmica de modernização agrícola decorrente do aproveitamento da capacidade de regadio já instalada e a instalar
atratividade revelada na captação de investimentos exógenos (nacionais e estrangeiros) de média e grande dimensão nos setores agrícola, energético e mineiro (com reflexo crescente na geração de receita fiscal)
potencial de aproveitamento turístico do stock de recursos ambientais e culturais
alguma densidade institucional (sobretudo pública) associada aos principais centros urbanos (instituições de ensino superior e de investigação aplicada, escolas de formação profissional, etc.)
persistência de lacunas (ainda) relevantes no domínio do stock de infraestruturas/ equipamentos de natureza ambiental, social, económica e de mobilidade
persistência de níveis salariais e de vida (aferido através do PIB per capita e do poder de compra) inferiores à média nacional
escassez de massa crítica nos planos demográfico e económico
dinâmica instalada de retração e envelhecimento do efetivo populacional
forte dependência em relação a instrumentos financeiros públicos de apoio social (p.ex. pensões de velhice)
debilidade estrutural do tecido empresarial (com impacte negativo na sua capacidade de modernização e afirmação competitiva)
introversão da base económica regional e fraca expressão de atividades ligadas a bens transacionáveis
insipiência da capacidade organizativa de acolhimento, estímulo e apoio ao desenvolvimento empresarial
debilidade quantitativa e qualitativa da base de recursos humanos disponível
Oportunidades Ameaças
posicionamento ativo em termos de captação dos fluxos migratórios dirigidos ao território nacional
exploração de relações de proximidade e complementaridade em relação aos polos turísticos envolventes (Algarve, Alentejo Litoral e Évora)
obtenção de visibilidade e dimensão crítica por via da integração em movimentos de cooperação (cultural, científica, económica, etc.) nos âmbitos nacional, ibérico, europeu, mediterrânico e sul-americano
recetividade do mercado à valorização integrada e diferenciada de produtos com identidade territorial reconhecida (marcas-território)
disponibilidade de recursos comunitários para cofinanciamento de projetos de desenvolvimento regional, urbano e rural (2014-2020)
polarização de atividades e fluxos (terrestres e aéreos) nos principais centros urbano-metropolitanos e logísticos do Sudoeste Ibérico
polarização de dinâmicas de consolidação/ crescimento económico e demográfico no eixo do IP7 (Lisboa-Évora-Badajoz) e no polo de Sines
polarização de dinâmicas de investimento e procura
turística nos polos turísticos envolventes (Algarve, Alentejo Litoral e Évora)
desvalorização tendencial das políticas públicas apoiadas em lógicas simples de discriminação positiva/ assistencialismo a regiões pouco desenvolvidas
persistência da atual política de retração económica e as próprias políticas para a região, juntando-se à restante lógica de retração da despesa da Administração Central (em investimento e exploração) em territórios regressivos e de baixa densidade
A este conjunto de condicionantes endógenas, importa também adicionar um leque
diversificado de ameaças exógenas à região que, possuindo maior ou menor expressão
na atualidade, devem igualmente ser consideradas no quadro estratégico de referência
do PEDBA’2020. Tais ameaças englobam dois tipos distintos de riscos para o Baixo
Alentejo:
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risco de periferização/ marginalização em relação aos territórios mais dinâmicos da
sua envolvente imediata, impedindo que a região possa capitalizar plenamente a sua
proximidade a essas dinâmicas;
risco de desinvestimento/ falta de apoio por parte das políticas públicas da
responsabilidade da Administração Central e da própria União Europeia.
No primeiro caso, a análise realizada revela que o Baixo Alentejo parece não estar a
acompanhar as dinâmicas de consolidação/ aumento de centralidade e atratividade
locativa que se estão a desenhar na sua envolvente imediata. Para além do caso
concreto do Algarve, que dispõe já de uma massa crítica significativa em termos
demográficos e económicos (embora vivendo problemas estruturais inequívocos), é hoje
patente que tanto o corredor viário correspondente ao eixo Vendas Novas-Évora-Elvas
(apoiado no IP7) como o polo portuário e industrial de Sines estão a ganhar um novo
protagonismo em termos regionais. Adicionalmente, embora num registo mais setorial,
deve também referir-se a existência de fundadas perspetivas de crescimento turístico
nos territórios envolventes do Algarve, do Alentejo Litoral e do Alqueva, fruto da sua
dotação em recursos turísticos específicos e, muito em particular, por corresponderem a
espaços prioritários da atual política pública de turismo. Face à inserção de alguns dos
concelhos do Baixo Alentejo no designado espaço Alqueva e à proximidade da região
em relação aos espaços turísticos mencionados, interessará conseguir tirar partido desse
potencial e, tanto quanto possível, mitigar eventuais riscos de exclusão face às
respetivas dinâmicas.
Relativamente ao segundo caso apontado, os riscos identificados estão sobretudo
relacionados com o sentido que as diferentes políticas públicas (nacionais e comunitárias)
poderão vir a tomar no médio prazo relativamente a territórios como o Baixo Alentejo.
No que diz respeito à Política Comunitária de Coesão, a grande incerteza prende-se
com o volume de recursos financeiros que poderão vir a ser canalizados para a região,
bem como com o grau de ajustamento (matching) entre as áreas de intervenção a
privilegiar e as necessidades concretas a nível local e regional; da mesma forma, não
são também claros os termos em que a Política Agrícola Comum poderá ser mobilizada
para acorrer eficazmente às necessidades específicas da região, destacando-se aí o
caso particular das medidas agroambientais. Quanto às políticas nacionais, o principal
foco de preocupação relaciona-se com as restrições que vêm sendo impostas em
matéria de despesa pública em diversos domínios setoriais de atuação da
Administração Central (educação, saúde, etc.) e, em concreto, às implicações
especialmente gravosas que assumem em territórios regressivos e de baixa densidade
como o Baixo Alentejo (e, em geral, para todo o interior do país); o impasse que afeta
atualmente a conclusão de infraestruturas determinantes para o futuro da região (como
o IP8 e o IP2) é, neste contexto, uma das manifestações mais recentes daquelas
restrições.
Como facilmente se depreende, a magnitude de todas estas condicionantes configura
um quadro estrutural particularmente adverso ao desenvolvimento da região. A atual
prevalência das debilidades da região sobre as suas potencialidades requer,
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consequentemente, que a estratégia de atuação subjacente ao PEDBA’2020 seja capaz
de construir novos equilíbrios na gestão desta relação.
Assim, uma das vias de intervenção a mobilizar passa necessariamente pela
consolidação de fatores de defesa da região face a ameaças externas, com destaque
para aquelas que decorrem da polarização de pessoas, atividades e fluxos em
territórios vizinhos e da racionalização/ retração da despesa pública da Administração
Central em espaços regressivos de baixa densidade. A título exemplificativo, este esforço
de consolidação requer que:
a armadura formada pelos principais aglomerados urbanos da região (tipicamente
sedes de concelho, a par de outros aglomerados de dimensão relevante) ganhe massa
crítica, condição que se afigura essencial para viabilizar dinâmicas sustentadas de
realização de investimento (público e privado) e de fixação/ atração populacional;
a cooperação intermunicipal seja assumida como uma opção de racionalização
económica e financeira da intervenção autárquica, designadamente em domínios de
atividade onde sejam identificáveis economias de escala e/ou potenciais de
aprendizagem e transferência de know-how relevantes (programação cultural,
transporte público, gestão de serviços e equipamentos coletivos, ação social, etc.);
essa cooperação intermunicipal seja catalisadora de uma gama mais alargada de
iniciativas da sociedade civil, apoiando as que revelem maior potencial de
diversificação, enraizamento no território e demonstração de resultados;
os recursos turísticos primários da região sejam melhor organizados numa ótica de
produto e beneficiem de uma intervenção mais estruturada em termos de distribuição
e promoção, desenhando uma oferta distinta dos empreendimentos existentes e/ou
previstos na sua envolvente (contra os quais dificilmente poderá concorrer) que se
apoie primordialmente em segmentos adaptados à sua realidade económica,
sociocultural e geográfica (turismo em espaço rural, turismo de natureza soft, touring
cultural e paisagístico, gastronomia e vinhos, etc.);
a projeção externa dos fatores e das vantagens de que a região dispõe para
fomentar a atração de novos investimentos e de novos residentes ganhe maior
consistência e capacidade de penetração junto dos segmentos de procura pertinentes,
assegurando em paralelo uma elevada capacidade de resposta às expectativas
geradas.
A exploração de vantagens competitivas constitui outra das vias de intervenção que
deverão ser prosseguidas no âmbito da estratégia de desenvolvimento do Baixo
Alentejo, envolvendo a capitalização de oportunidades (externas) com base num
adequado aproveitamento dos pontos fortes da região. Um domínio claro onde esta
opção se coloca é o da procura de complementaridades entre a oferta turística regional
(tal como anteriormente preconizada) e a oferta turística existente/ prevista para os
territórios envolventes (Algarve, Alentejo Litoral, etc.), dado que:
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não é expectável que o Baixo Alentejo venha a evidenciar, per se, uma capacidade
de atração turística tão significativa como a que tem ou previsivelmente terá lugar
nesses territórios;
a maior parte dos recursos públicos (e também privados) destinados à expansão,
qualificação e promoção da oferta turística será tendencialmente concentrada nesses
territórios;
a diferenciação de ambas as ofertas poderá estimular práticas de cross-selling com
relevância para o desenvolvimento turístico do Baixo Alentejo (potenciadas pela
localização na região do Aeroporto de Beja), incrementando economias de gama na
oferta turística global dos territórios que mantêm uma proximidade às plataformas
turísticas da Área Metropolitana de Lisboa e da região do Algarve.
A exploração deste tipo de oportunidades pressupõe uma postura ativa por parte dos
agentes (públicos e privados) da região, podendo complementar de modo significativo
o efeito decorrente de uma política turística exclusivamente baseada numa lógica de
produto stand-alone. Dito de outra forma, poderá afirmar-se que a concretização do
potencial turístico regional será tanto mais eficaz quanto maior for a capacidade de
fazer evoluir a atual oferta em termos de produto, distribuição e promoção, não sendo
a mera disponibilidade de recursos turísticos primários (ou mesmo de uma infraestrutura
aeroportuária) um garante dessa dinâmica.
Por último, a terceira via de atuação considerada pertinente para a formulação
estratégica do PEDBA’2020 passa pela assunção de um conjunto de necessidades de
reorientação, as quais visam ultrapassar o efeito de bloqueio que alguns dos pontos
fracos da região representam sobre o potencial gerado pelas oportunidades externas.
Mantendo a abordagem ilustrativa seguida nos pontos anteriores, merece aqui ser
especialmente destacada a fraca capacidade de captação de fluxos migratórios
dirigidos ao país (ou provenientes de outras regiões do país), a qual, revelando-se
fundamental para mitigar a incapacidade de auto-regeneração demográfica da
região, terá de ser encarada no quadro mais amplo da atração de investimento
exógeno à região e do reforço das condições de estímulo à fixação residencial.
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33.. EESSTTRRAATTÉÉGGIIAA DDEE DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO
O diagnóstico da região do Baixo Alentejo é inequívoco ao evidenciar o caráter
estrutural da trajetória de progressivo e continuado definhamento da sua base
demográfica e produtiva ao longo do último meio século, salientando a
insustentabilidade dum cenário de continuidade dessa tendência nas próximas décadas.
Esta é uma eventualidade que não pode obviamente ser considerada aceitável do
ponto de vista político nem do ponto de vista social.
Neste contexto, o PEDBA’2020 assume-se declaradamente como um referencial
estratégico que ambiciona marcar um claro ponto de viragem ao nível das políticas
públicas dirigidas a este território, as quais terão forçosamente de estar suportadas
numa base reforçada e aprofundada de cooperação entre as Administrações Local e
Central. Da mesma forma, o conceito de política pública defendido inclui também a
ativação de novas modalidades de governance regional, permitindo assim associar um
leque bastante diversificado de organizações emanadas da sociedade civil à
intervenção dos poderes públicos e, em particular, ao desenho e implementação do
PEDBA’2020. Com efeito, e num território (igualmente) marcado pela fragilidade da
sua base institucional, considera-se ser largamente desejável não coartar o espaço de
atuação próprio dos agentes coletivos não pertencentes ao sector público, entendendo-
os em alternativa como um suporte fundamental para conferir uma vitalidade reforçada
à sociedade civil da região.
Tendo por base este conjunto de princípios, a Visão de Desenvolvimento em torno da
qual o PEDBA’2020 se encontra estruturado assume uma perspetiva de longo prazo e
pode ser expressa do seguinte modo:
VISÃO DE DESENVOLVIMENTO PARA O BAIXO ALENTEJO
O Baixo Alentejo conseguiu suster o processo de desvitalização demográfica e económica através
da criação de condições catalisadoras que permitiram materializar iniciativas empresariais com
capacidade para gerar valor, emprego, valorização do trabalho e fixação residencial de ativos
jovens, tendo assimilado a cultura de empreendimento como um novo valor fundamental da sua
matriz identitária e implementado um modelo de coesão socioterritorial adequado à sua realidade
geográfica e social
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O pleno entendimento desta Visão pressupõe a internalização de seis ideias principais
que estão subjacentes à estratégia de desenvolvimento preconizada para o Baixo
Alentejo:
a reversão do processo de desvitalização demográfica (despovoamento e
envelhecimento) é simultaneamente uma condição e um indicador crítico para a
trajetória futura de desenvolvimento da região;
o surgimento de novas iniciativas empresariais com capacidade para gerar valor,
emprego e fixação de ativos (sobretudo, mas não apenas) jovens na região implica
que se criem e/ou consolidem condições catalisadoras que qualifiquem e diferenciem
a envolvente empresarial, permitindo estimular e atrair investimentos privados;
a endogeneização de uma cultura de empreendedorismo como valor de identidade
futura da região terá de ser vista como uma prioridade estratégica e transversal,
devendo estar presente a níveis tão distintos como a atividade educativa e formativa
ou a própria modernização das instituições (públicas e não-públicas);
a mitigação das diferentes necessidades, carências e problemas sociais com que a
região se confronta deverá fazer-se à luz de um modelo de coesão socioterritorial
ajustado à estrutura e dimensão da sua rede de centros urbanos, tendo presente o
contexto de baixa densidade que caracteriza o território regional;
a oferta de níveis elevados de qualidade de vida deve afirmar-se como um fator de
diferenciação e atratividade do território regional junto dos residentes atuais e
futuros, devendo materializar-se sob a forma de amenidades diversas que contribuam
para efetivar um quadro residencial de excelência em ambiente de baixa densidade;
a aposta na valorização do capital humano, na inclusão e na empregabilidade, bem
como nas potencialidades existentes e suscetíveis de proporcionar um desenvolvimento
sustentável do território e a sua aproximação a níveis elevados de qualidade de
vida.
Ao tomar esta Visão de Desenvolvimento como uma ambição de longo prazo está-se a
assumir, explicitamente, que tanto a inversão de tendências pesadas como a
consolidação de um novo perfil de políticas públicas para a região exigem tempo de
aprendizagem e de sedimentação de novas práticas de intervenção. Esta assunção
significa, portanto, que a verificação de resultados no terreno não será imediata e que
a condução das referidas políticas terá de apresentar elevada consistência na sua
formulação e uma forte persistência na respetiva prossecução. O papel do PEDBA’2020
neste processo é verdadeiramente crítico, esperando-se que a sua natureza de guião
estratégico para o desenvolvimento do Baixo Alentejo consiga mobilizar efetivamente a
diversidade de agentes com contributos relevantes para a concretização daquela Visão.
Neste contexto, os Objetivos Estratégicos propostos para orientar as iniciativas de
suporte à materialização da Visão de Desenvolvimento são, designadamente, os
seguintes:
Posicionar o Baixo Alentejo como um Território Amigo do Investimento;
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Transformar o Baixo Alentejo num Território Empreendedor e Produtivo;
Valorizar o Baixo Alentejo como um Território de Excelência Ambiental;
Reforçar o Baixo Alentejo como um Território Residencial Apelativo;
Dinamizar o Baixo Alentejo enquanto Território em Rede(s).
O primeiro Objetivo Estratégico [Território Amigo do Investimento] visa criar condições
de referência – pelo menos a nível nacional – para a afirmação da região como um
território onde é fácil investir e onde existe uma envolvente de suporte à atividade
económica com efetiva capacidade de resposta às necessidades e solicitações do tecido
empresarial. Concretizar este Objetivo implica sobretudo assegurar aos potenciais
investidores e às empresas já implantadas na região um conjunto diversificado e
complementar de condições e serviços de elevada qualidade ao nível quer da redução
dos designados custos de contexto, quer da disponibilização proativa de condições
materiais e imateriais de apoio à iniciativa empresarial (espaços de acolhimento
empresarial, benefícios fiscais, mecanismos de apoio financeiro, recrutamento e
qualificação de recursos humanos, etc.). A valorização da posição geoestratégica da
região deve constituir uma preocupação constante de todas as iniciativas de promoção
do acolhimento empresarial, no âmbito da qual qualquer nova atividade acolhida deve
funcionar como efeito de demonstração e visibilidade da dinâmica que se pretende
alcançar.
O segundo Objetivo Estratégico [Território Empreendedor e Produtivo] visa estimular a
internalização de uma cultura de empreendedorismo, produtividade e valorização do
trabalho na população, nos empresários e nas organizações (públicas e não públicas)
da região. Concretizar este Objetivo implica fundamentalmente desenvolver iniciativas –
sobretudo imateriais - muito diversas junto de diferentes públicos-alvo, conjugando
abordagens de sensibilização, capacitação, acompanhamento e divulgação/
disseminação em função de parâmetros como o ciclo de vida do indivíduo (desde logo
com especial incidência nos diferentes estádios do percurso escolar) ou a sua situação
perante o mercado de trabalho (p.ex. ativos desempregados). Trata-se de conceber e
pôr em marcha uma estratégia global para o empreendimento, envolvendo todas as
componentes possíveis desde a base tecnológica até ao empreendimento social e
incluindo programas para instituições e organizações empreendedoras, com uma larga
gama de públicos a envolver. Numa região com as características do Baixo Alentejo,
uma política ambiciosa de promoção do intraempreendedorismo que envolva a
generalidade das instituições regionais constitui uma prioridade crucial, devendo tais
entidades ser encaradas como potenciais fornecedoras de nova capacidade de
empreendimento plenamente integrada num novo compromisso para com a região.
O terceiro Objetivo Estratégico [Território de Excelência Ambiental] visa mobilizar as
valias ambientais da região como recursos fundamentais para o seu desenvolvimento,
capitalizáveis ao nível da qualidade de vida dos residentes e da atratividade/
diferenciação junto de turistas e visitantes. Concretizar este Objetivo implica conjugar
intervenções de natureza preventiva e reativa que respondam eficazmente a carências
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e problemas (atuais e potenciais) de degradação ambiental com intervenções que
permitam gerar valor económico e social a partir da utilização sustentada da base de
recursos existente. Esta opção exige das políticas públicas locais uma articulação muito
mais exigente e criativa entre as políticas de ambiente e ordenamento do território e as
políticas de desenvolvimento local e regional.
O quarto Objetivo Estratégico [Território Residencial Apelativo] visa posicionar a
região como um quadro de vida atrativo no segmento das designadas áreas rurais e/ou
pouco urbanizadas de baixa densidade, valorizando-o pela(s) diferença(s) e
especificidade(s) em relação a territórios congestionados de elevada densidade.
Concretizar este Objetivo implica conseguir disponibilizar condições básicas de suporte
à atração e fixação residencial (mercado de habitação, acesso a serviços de natureza
coletiva, etc.), bem como estruturar um conjunto de amenidades complementares que
contribuam de forma ativa para a qualidade de vida das populações. Importa destacar
que estas amenidades não podem ser entendidas apenas na sua dimensão
infraestrutural; pelo contrário, tanto a oferta e as políticas sociais e culturais locais como
as dinâmicas e atmosferas de animação e convivialidade que aquelas podem
proporcionar devem ser vistas como apostas decisivas na criação das referidas
amenidades.
Finalmente, o quinto Objetivo Estratégico [Território em Rede(s)] visa promover a
cooperação interinstitucional no interior da região e com outras regiões portuguesas e
estrangeiras como condição de obtenção de sinergias, acesso a boas práticas e
visibilidade externa. Concretizar este Objetivo implica fundamentalmente ativar novas
modalidades de parceria entre agentes para viabilizar iniciativas de desenvolvimento
mais exigentes do ponto de vista dos recursos e das competências de suporte,
valorizando a dinamização de lógicas de eficiência coletiva, bem como inserir a região
em redes relevantes para partilha de conhecimento e/ou intercâmbio de natureza
económica e sociocultural. Será fundamental, neste domínio, captar para a estratégia
regional as instituições e entidades regionais que revelem uma maior capacidade de
internacionalização e de inserção em redes internacionais.
PPEEDDBBAA''22002200 || PPLLAANNOO EESSTTRRAATTÉÉGGIICCOO DDEE DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO DDOO BBAAIIXXOO AALLEENNTTEEJJOO 22001144--22002200 13
44.. PPRROOGGRRAAMMAA DDEE AAÇÇÃÃOO
A dimensão do afastamento entre a Visão de Desenvolvimento preconizada e o atual
status quo socioeconómico do Baixo Alentejo (tendencialmente agravado pelas
tendências pesadas que afetam a região) impõem que o PEDBA’2020 se posicione como
um referencial de política pública fortemente voluntarista. Para ser eficaz, tal
voluntarismo terá de partir da identificação de um conjunto de iniciativas com
capacidade para reduzir aquele afastamento e, necessariamente, de conseguir
assegurar a sua concretização no terreno.
Nesta ótica, o Programa de Ação do PEDBA’2020 congrega a carteira de Ações
Estruturantes que se consideram ser decisivas para implementar a estratégia de
desenvolvimento proposta para o Baixo Alentejo no horizonte temporal de 2020 e
alavancar um novo ciclo de políticas públicas que permita reconduzir a região a uma
trajetória sustentada de desenvolvimento. As Ações Estruturantes que integram este
Programa são, designadamente, as seguintes:
AE.01|Rede de Infraestruturas de Acolhimento Empresarial
AE.02|Rede de Serviços de Apoio à Atividade Empresarial
AE.03|Sistema de Apoios Fiscais e Financeiros à Atividade Empresarial
AE.04|Iniciativas Específicas de Valorização Económica de Recursos Endógenos
AE.05|Ações de Promoção e Animação Económica Regional
AE.06|Pacto Regional para a Empregabilidade e o Empreendedorismo
AE.07|Rede para a Inclusão e Desenvolvimento Social
AE.08|Rede de Serviços e Equipamentos Coletivos
AE.09|Rede Cultural
AE.10|Sistema de Apoios à Atração e Fixação de População
AE.11|Rede de Infraestruturas e Serviços Ambientais
AE.12|Combate à Desertificação e Sustentabilidade do Território Rural
AE.13|Promoção da Eficiência Energética e das Energias Renováveis
AE.14|Rede de Infraestruturas e Serviços de Mobilidade
AE.15|Baixo Alentejo Digital
PPEEDDBBAA''22002200 || PPLLAANNOO EESSTTRRAATTÉÉGGIICCOO DDEE DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO DDOO BBAAIIXXOO AALLEENNTTEEJJOO 22001144--22002200 14
AE.16|Capacitação e Modernização da Administração Local
Como se pode constatar, o perfil das Ações propostas destaca-se pelo seu caráter
estrutural e estruturante, incidindo sobre domínios considerados críticos para a
viabilização da trajetória de desenvolvimento preconizada e para concretizar os
Objetivos Estratégicos adotados (Quadro 2). Uma parcela muito relevante destas Ações
está direta ou indiretamente relacionada com a promoção do crescimento económico,
admitindo-se que, na ausência deste, dificilmente existirão condições para (re)criar
condições de atração de novos investimentos e pessoas para a região. Neste domínio,
as Ações propostas combinam lógicas de atuação mutuamente complementares,
articulando a disponibilização de um ambiente favorável à concretização de iniciativa
empresarial com intervenções mais diretamente ligadas à dinamização da atividade
económica e à qualificação do capital humano.
QQUUAADDRROO 22 -- MMAATTRRIIZZ DDEE CCOONNTTRRIIBBUUTTOO DDAASS AAÇÇÕÕEESS EESSTTRRUUTTUURRAANNTTEESS PPAARRAA OOSS OOBBJJEETTIIVVOOSS EESSTTRRAATTÉÉGGIICCOOSS DDOO PPEEDDBBAA''22002200
Sem prejuízo do foco colocado no robustecimento da economia regional e da sua
capacidade para gerar emprego, a carteira de intervenções apresentada não ignora
todo o conjunto de necessidades e expectativas sociais que ainda persistem na região
nem os desafios com que a mesma se confronta ao nível da valorização dos seus ativos
patrimoniais (ambientais, culturais, etc.) e da consolidação de redes infraestruturais (ciclo
urbano da água, transportes, energia, telecomunicações, etc.). Muito embora a
canalização de recursos para estas áreas deva continuar a assumir expressão
orçamental relevante, justificável pelo seu impacte direto na melhoria da qualidade de
vida das populações e pela geração de externalidades económicas, sociais e
ambientais positivas, será no entanto fundamental assegurar a racionalidade dos
AE.01|Rede de Infraestruturas de Acolhimento Empresarial
AE.02|Rede de Serviços de Apoio à Atividade Empresarial
AE.03|Sistema de Apoios Fiscais e Financeiros à Atividade Empresarial
AE.04|Iniciativas Específicas de Valorização Económica de Recursos Endógenos
AE.05|Ações de Promoção e Animação Económica Regional
AE.07|Rede para a Inclusão e Desenvolvimento Social
AE.08|Rede de Serviços e Equipamentos Coletivos
AE.09|Rede Cultural
AE.10|Sistema de Apoios à Atração e Fixação de População
AE.13|Promoção da Eficiência Energética e das Energias Renováveis
AE.11|Rede de Infraestruturas e Serviços Ambientais
AE.14|Rede de Infraestruturas e Serviços de Mobilidade
AE.16|Capacitação e Modernização da Administração Local
AE.15|Baixo Alentejo Digital
OE.1 OE.2 OE.3 OE.4 OE.5
AE.06|Pacto Regional para a Empregabilidade e o Empreendedorismo
AE.12|Combate à Desertificação e Sustentabilidade do Território Rural
OE.1
Território Amigo do Investimento
OE.2
Território Empreendedor e Produtivo
OE.3
Território de Excelência Ambiental
OE.4
Território Residencial Atrativo
OE.5
Território em Rede(s)
Legenda dos Objetivos Estratégicos:
Objetivos EstratégicosAções Estruturantes
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PPEEDDBBAA''22002200 || PPLLAANNOO EESSTTRRAATTÉÉGGIICCOO DDEE DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO DDOO BBAAIIXXOO AALLEENNTTEEJJOO 22001144--22002200 15
investimentos associados e, sempre que possível, otimizar os correspondentes modelos de
gestão ao contexto de baixa densidade que caracteriza a região.
O Quadro 3 atesta o enquadramento e contributo da carteira de Ações Estruturantes do
PEDBA’2020 para os Objetivos Temáticos do Quadro Estratégico Comum (QEC) para o
período 2014-2020, demonstrando assim o seu alinhamento com a Estratégia
Europa'2020 e com as suas prioridades de crescimento inteligente, sustentável e
inclusivo.
QQUUAADDRROO 33 –– MMAATTRRIIZZ DDEE AARRTTIICCUULLAAÇÇÃÃOO AAÇÇÕÕEESS MMOOBBIILLIIZZAADDOORRAASS VVSS OOBBJJEETTIIVVOOSS TTEEMMÁÁTTIICCOOSS DDOO QQEECC 22001144--22002200
Mesmo em face da reduzida definição que ainda caracteriza o próximo período de
programação dos Fundos Comunitários a nível comunitário e em Portugal, considera-se
que o matching estimado entre as prioridades regionais e os referenciais já conhecidos
permite antever um elevado potencial de captação dos recursos financeiros de origem
comunitária.
AE.01|Rede de Infraestruturas de Acolhimento Empresarial
AE.02|Rede de Serviços de Apoio à Atividade Empresarial
AE.03|Sistema de Apoios Fiscais e Financeiros à Atividade Empresarial
AE.04|Iniciativas Específicas de Valorização Económica de Recursos Endógenos
AE.05|Ações de Promoção e Animação Económica Regional
AE.07|Rede para a Inclusão e Desenvolvimento Social
AE.08|Rede de Serviços e Equipamentos Coletivos
AE.09|Rede Cultural
AE.10|Sistema de Apoios à Atração e Fixação de População
AE.13|Promoção da Eficiência Energética e das Energias Renováveis
AE.11|Rede de Infraestruturas e Serviços Ambientais
AE.14|Rede de Infraestruturas e Serviços de Mobilidade
AE.16|Capacitação e Modernização da Administração Local
AE.15|Baixo Alentejo Digital
OT.01 OT.02 OT.03 OT.04 OT.05 OT.06 OT.07 OT.08 OT.09 OT.10 OT.11
AE.06|Pacto Regional para a Empregabilidade e o Empreendedorismo
AE.12|Combate à Desertificação e Sustentabilidade do Território Rural
Reforçar a investigação, o desenvolvimento tecnológico e a
inovação
Legenda dos Objetivos Estratégicos:
Objetivos TemáticosAções Estruturantes
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OT.01
OT.02
OT.03
OT.04
OT.05
OT.06Melhorar o acesso às tecnologias da informação e da
comunicação e fomentar a sua utilização e qualidade
Reforçar a competitiv idade das PME, do setor agrícola
(FEADER), das pescas e da aquicultura (FEAMP)
Apoiar a transição para u ma economia de baixo teor em
carbono
Promover a adaptação às alterações climát icas e a
prevenção e gestão de riscos
Proteger o amb iente e promover a ut ilização sustentável
dos recursos
OT.07
OT.08
Promover os transportes sustentáveis e eliminar os
estrangulamentos nas principais infraestruturas da rede
Promover o emprego e apoiar a mobilidade laboral
OT.09
OT.10Investir na educação, nas competências e na aprendizagem
ao longo da vida
Promover a inclusão social e combater a pobreza
OT.11Reforçar a capacidade institucional e garantir uma
Administração Pública eficiente
PPEEDDBBAA''22002200 || PPLLAANNOO EESSTTRRAATTÉÉGGIICCOO DDEE DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO DDOO BBAAIIXXOO AALLEENNTTEEJJOO 22001144--22002200 16
55.. MMOODDEELLOO DDEE GGOOVVEERRNNAANNCCEE
O PEDBA’2020 assume-se como um instrumento de política pública que parte da
iniciativa da CIMBAL e visa dar corpo à prossecução dos fins públicos que lhe estão
conferidos no âmbito do Estatuto das Entidades Intermunicipais, designadamente em
matéria de promoção do planeamento e da gestão da estratégia de desenvolvimento
económico, social e ambiental para o Baixo Alentejo.
Nesta ótica, a CIMBAL posiciona-se naturalmente como o primeiro e principal tomador
das orientações estratégicas e programáticas constantes deste instrumento, cabendo-lhe
zelar pela sua implementação ao longo do horizonte temporal compreendido entre
2014 e 2020. Para esse efeito, o exercício de funções de direção pela CIMBAL
consagra dois níveis principais que interessa aqui distinguir:
a Direção Política do PEDBA’2020, que será protagonizada pela Assembleia
Intermunicipal e, muito em particular, pelo Conselho Intermunicipal;
a Direção Executiva do PEDBA’2020, que será protagonizada pelo Secretariado
Executivo Intermunicipal com o apoio direto dos serviços da CIMBAL.
Sem prejuízo da natural centralidade que a CIMBAL assume nesta matéria, interessa
reiterar que a concretização da estratégia de desenvolvimento preconizada pelo
PEDBA’2020 para o Baixo Alentejo será sempre um resultado da capacidade coletiva
de organização e de execução que venha a ser evidenciada pela diversidade de
agentes com responsabilidades e contributos relevantes para esse efeito. É o
reconhecimento prévio desta condição que justificou a aposta num processo de
planeamento participado que se traduziu no envolvimento ativo e interessado dos
principais stakeholders da região e que permite encarar o PEDBA’2020 como um
verdadeiro Pacto para o Desenvolvimento do Baixo Alentejo.
A transposição da estratégia de desenvolvimento para o terreno, desde logo
materializável por via da implementação do Programa de Ação proposto, impõe agora
que se criem as condições institucionais e operativas necessárias para esse efeito. Por
esta razão, o modelo de governance associado à implementação do PEDBA’2020
consagra explicitamente o aprofundamento da participação dos stakeholders pertinentes
segundo um modelo baseado em dois níveis distintos (e complementares) de
envolvimento e participação: o Conselho Consultivo do PEDBA’2020 e os Grupos
Temáticos de Operacionalização do PEDBA’2020 (Figura 1).
PPEEDDBBAA''22002200 || PPLLAANNOO EESSTTRRAATTÉÉGGIICCOO DDEE DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO DDOO BBAAIIXXOO AALLEENNTTEEJJOO 22001144--22002200 17
FFIIGGUURRAA 11 -- EESSQQUUEEMMAA DDOO MMOODDEELLOO DDEE GGOOVVEERRNNAANNCCEE
O Conselho Consultivo será formalmente ancorado no Conselho Estratégico para o
Desenvolvimento Intermunicipal previsto no Estatuto das Entidades Intermunicipais, o qual
deverá ser rapidamente constituído e operacionalizado. De acordo com este Estatuto, o
Conselho define-se como um órgão de natureza consultiva destinado ao apoio ao
processo de decisão dos restantes órgãos da CIMBAL, sendo constituído por
representantes das instituições, entidades e organizações com relevância e intervenção
no domínio dos interesses intermunicipais.
Já no que se refere aos Grupos Temáticos de Operacionalização, que assumem uma
natureza tendencialmente mais técnica e operacional, trata-se de organizar e dinamizar
a ação coletiva exigida para implementar o Programa de Ação do PEDBA’2020,
designadamente através da especificação e montagem de cada uma das Ações
Estruturantes propostas (e mesmo de outras que possam vir a emergir). A constituição de
cada um destes Grupos deverá partir da iniciativa da Direção Executiva do
PEDBA’2020 e ser validada pela Direção Política e pelo Conselho Consultivo e assentar
na mobilização dos agentes com relevância para a concretização daquelas Ações
(eventualmente agrupados por clusters de Ações).
Direção Política do PEDBA’2020Assembleia Intermunicipal
Conselho Intermunicipal
Direção Executiva do PEDBA’2020Secretariado Executivo Intermunicipal
Conselho Consultivo do PEDBA’2020Conselho Estratégico para o Desenvolvimento Intermunicipal
Stakeholders(agentes políticos, económicos, sociais, culturais, etc.)
…
Grupos Temáticos de Operacionalização do PEDBA’2020
Grupo Temático
n
Grupo Temático
n+1
Grupo Temático
n+2
Grupo Temático
n+3
Grupo Temático
n+4
Grupo Temático
n+z