Paciente Terminal - Rodrigo Mont'Alverne
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Sessão Clínica DP
Acd. Rodrigo Mont’Alverne - 2016
Internato em Clínica Médica
Paciente Terminal
“Hospice”
OMS 1990: “Cuidado ativo e total para pacientes cuja doença não é responsiva a tratamento de cura. O controle da dor, de outros sintomas e de problemas psicossociais e espirituais é primordial. O objetivo do Cuidado Paliativo é proporcionar a melhor qualidade de vida possível para pacientes e familiares”.
Cuidados PaliativosDefinições:
OMS 2002: “Cuidado Paliativo é uma abordagem
que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual”.
Cuidados PaliativosDefinições:
Autonomia
Beneficência
Não maleficência
Cuidados Paliativos
Protocolo
s Princípios
Cuidados Paliativos
Terminalidade
Doença que ameaça a
vida
Impossibilidade de Cura
TTO modificador da doença
1. Promover o alívio da dor e outros sintomas
desagradáveis2. Afirmar a vida e considerar a morte como um
processo normal da vida3. Não acelerar nem adiar a morte4. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais
no cuidado ao paciente5. Oferecer um sistema de suporte que
possibilite o paciente viver tão ativamente quanto possível, até o momento da sua morte
Princípios
6. Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares
durante a doença do paciente e a enfrentar o luto7. Abordagem multiprofissional para focar as
necessidades dos pacientes e seus familiares, incluindo acompanhamento no luto
8. Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença
9. Deve ser iniciado o mais precocemente possível, juntamente com outras medidas de prolongamento da vida, como a quimioterapia e a radioterapia e incluir todas as investigações necessárias para melhor compreender e controlar situações clínicas estressantes
Princípios
Brasil, DATASUS, 2006 Faleceram 1.031.691 brasileiros
Óbito por doenças crônico/degenerativas/neoplásicas
> 750mil com possibilidade de sofrimento intenso
Critérios de Recomendação Cuidados
Paliativos Avaliar PrognósticoPerigos:
Morte “social” antes da física Relação medico-paciente x prognóstico
Como avaliar: Capacidade funcional
Critérios de Recomendação Cuidados
Paliativos Critérios indicação Medicare1. A expectativa de vida avaliada é menor ou igual a
seis meses;2. O paciente deve fazer a opção por Cuidados
Paliativos exclusivos e abrir mão dos tratamentos de prolongamento da vida;
3. O paciente deve ser beneficiário do MEDICARE.
Critérios de Recomendação Cuidados
Paliativos
Desde 1992, a American Dietetic Association:
Conforto emocional Prazer Diminuição ansiedade e aumento autoestima Independência Maior integridade e comunicação com familiares
Suporte Nutricional
Condição clínica Sintomas Expectativa de vida Estado nutricional Condição e aceitação da alimentação VO Estado psicológico Funcionalidade do TGI Necessidade de serviços especiais para oferecer dieta
Indicação Suporte Nutricional
VO
Sempre preferencial Pode associar-se a TNE ou TP Disfagia, Pnm de aspiração, perda ponderal e recusa
alimentar Indicação da TNE em doença avançada é ainda controversa
N Parenteral Pouca aplicação na doença avançada Obstrução intestinal irreversível Fístulas intestinais Vômitos intratáveis TGI não funcional
Suporte Nutricional
Reavaliar resultados
Sintomas Aceitação da dieta Expectativa de vida Desidratação e desnutrição Funcionalidade do TGI
Indicação Suporte Nutricional
Vantagens
Prazer (paladar, saciedade)
Oferta nutricional Autonomia Impacto psicossocial nos
familiares
Suporte Nutricional Desvantagens
Perda do apetite Desconforto Aspiração (VO) Extravazamento(OSM) ↑ Infecção (OSM, TP)
Decisão? Multiprofissional Autonomia do paciente Consentimento da família
Considerando:
art. 1º, inciso III, da Constituição Federal - dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos da República
art. 5º, inciso III, da Constituição Federal, que estabelece que “ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante”;
Cabe ao médico zelar pelo bem-estar dos pacientes
Incumbe ao médico diagnosticar o doente como portador de enfermidade em fase terminal;
RESOLUÇÃO CFM Nº 1.805/2006
Paciente Terminal
Resolve:
É permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente em fase terminal, de enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante legal.
O médico tem a obrigação de esclarecer ao doente ou a seu representante legal as modalidades terapêuticas adequadas para cada situação.
A decisão referida no caput deve ser fundamentada e registrada no prontuário.
RESOLUÇÃO CFM Nº 1.805/2006
Paciente Terminal
Resolve:
É assegurado ao doente ou a seu representante legal o direito de solicitar uma segunda opinião médica.
O doente continuará a receber todos os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofrimento, assegurada a assistência integral, o conforto físico, psíquico, social e espiritual, inclusive assegurando-lhe o direito da alta hospitalar.
RESOLUÇÃO CFM Nº 1.805/2006
Paciente Terminal
Manual de Cuidados Paliativos ANCP (Academia Nacional de
Cuidados Paliativos) 2012 - 2ª edição
Diretrizes Assistenciais Avaliação e Monitorização do Paciente em Cuidados Paliativos Versão eletrônica atualizada em mar/2012 – Albert Einstein Hospital Israelita
RESOLUÇÃO CFM Nº 1.805/2006 (Publicada no D.O.U., 28 nov. 2006, Seção I, pg. 169)
Cuidado Paliativo Publicação do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) , 2008. 689 p.
“Curar às vezes, aliviar muito frequentemente e confortar sempre”