OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · ... Características das imagens produzidas...
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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
UNIVERSIDADE DO CENTRO-OESTE DO PARANÁ
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
FORMAÇÃO CONTINUADA EM REDE
ROSENY DALLA VALLE
ENSINANDO ÓPTICA GEOMÉTRICA COM BANCO ÓPTICO DE BAIXO CUSTO
GUARAPUAVA
2013
ROSENY DALLA VALLE
ENSINANDO ÓPTICA GEOMÉTRICA COM BANCO ÓPTICO DE BAIXO CUSTO
Material Didático apresentado ao Programa
de Desenvolvimento Educacional – PDE.
Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência da Educação.
Departamento de Políticas e Programas
Educacionais do Estado do Paraná -
UNICENTRO
Orientadora: Dra Celia Kimie Matsuda
GUARAPUAVA
2013
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013
Título: Ensinando Óptica Geométrica com Banco Óptico de Baixo Custo.
Autor: Roseny Dalla Valle
Disciplina/Área: Física.
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Prof. Victório E. Abrozino.
Cascavel.
Município da escola: Cascavel.
Núcleo Regional de Educação: Cascavel.
Professor Orientador: Dra. Celia Kimie Matsuda.
Instituição de Ensino Superior: Universidade do Centro Oeste – UNICENTRO.
Relação Interdisciplinar: Matemática e Química.
Resumo:
O material desenvolvido no decorrer do projeto de implementação pode vir a contribuir para o processo ensino-aprendizagem do conteúdo óptica, oferecendo aos professores do ensino médio elementos que podem ser utilizados em suas aulas para o desenvolvimento dos conceitos e oportunizando aos alunos participarem efetivamente das aulas, usando para tanto atividades experimentais realizadas com a utilização de um banco óptico de baixo custo.
Palavras-chave: Atividades experimentais; óptica;
metodologia; ensino de Física.
Formato do Material Didático: Unidade didática.
Público: Alunos da 3ª Série do Ensino Médio.
Sumário Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013 .................................... 3
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................ 5
METODOLOGIA ................................................................................................................................... 8
ATIVIDADE 1 .................................................................................................................................... 9
ATIVIDADE 2 .................................................................................................................................... 9
ATIVIDADE 3 .................................................................................................................................. 10
ATIVIDADE 4 .................................................................................................................................. 10
ATIVIDADE 5 .................................................................................................................................. 11
ATIVIDADE 6 .................................................................................................................................. 11
ATIVIDADE 7 .................................................................................................................................. 11
ATIVIDADE 8 .................................................................................................................................. 11
ATIVIDADE 9 .................................................................................................................................. 11
ATIVIDADE 10 ................................................................................................................................ 12
BANCO ÓPTICO E ACESSÓRIOS ................................................................................................. 12
ATIVIDADES EXPERIMENTAIS SUGERIDAS: ............................................................................ 16
EXPERIMENTO 1 – A luz preenche espaço? ........................................................................... 17
EXPERIMENTO 2 – Propagação da luz em meio óptico. ....................................................... 18
EXPERIMENTO 3 – Sombra e Penumbra. ................................................................................ 19
EXPERIMENTO 4 – Reflexão especular e difusa. .................................................................... 20
EXPERIMENTO 5 – Características das imagens produzidas por lentes. ........................... 20
EXPERIMENTO 6 – Características das imagens produzidas pelos espelhos esféricos. . 21
EXPERIMENTO 7 – Meios ópticos .............................................................................................. 22
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 24
ANEXOS .............................................................................................................................................. 26
5
NÍVEL DE ENSINO: Ensino Médio
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Eletromagnetismo
CONTEÚDO BÁSICO: A natureza da luz e suas propriedades.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Refração, reflexão e absorção da luz.
APRESENTAÇÃO
Este material é parte das atividades realizadas pelo PDE 2013, constituindo-
se em uma Unidade Didática, que tem por objetivo auxiliar o desenvolvimento de
atividades experimentais em Óptica Geométrica, conteúdo destinado aos alunos que
cursam a 3ª série do Ensino Médio.
Deste modo, o material desenvolvido no decorrer da implementação, pode
vir a contribuir para o processo ensino-aprendizagem, oferecendo aos professores
do ensino médio elementos que possam ser utilizados em suas aulas para o
desenvolvimento dos conceitos e oportunizando aos alunos participarem
efetivamente das aulas, usando atividades experimentais realizadas com a utilização
de um banco óptico alternativo confeccionado com os alunos.
O desenvolvimento deste trabalho prevê a aplicação de pré-teste para
diagnosticar os conhecimentos prévios dos alunos, servindo como parâmetro para
iniciar a intervenção do professor, e pós-teste para avaliar o aprendizado adquirido
pelos discentes.
Constata-se que grande parte dos professores apresentam dificuldades em
realizar aulas experimentais com seus alunos, vários são os fatores que interferem
na realização das mesmas, desde a falta de um espaço físico (muitas escolas não
dispõem de laboratório); equipamentos que foram com o tempo sofrendo desgaste e
perdendo-se seus componentes ou acessórios; falta de profissional responsável pelo
laboratório; dificuldade de manusear os equipamentos para colocá-los em
funcionamento; turmas com excesso de alunos; dificuldade de aliar os conteúdos às
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atividades experimentais que podem ser realizadas; ausência de capacitação para
os professores, entre outros. Conforme salienta Carvalho:
Apesar de as atividades experimentais estarem há quase 200 anos nos currículos escolares e apresentarem uma ampla variação nos possíveis planejamentos, nem por isso os professores têm familiaridade com essa atividade. (CARVALHO, et al, 2010, p. 53).
Especificamente neste enfoque a abordagem através de experimentos pode
levar o aluno a compreender melhor os conceitos relacionados aos fenômenos
físicos de tal maneira que ele assimile com maior facilidade do que de modo
tradicional de ensino, voltada para as aulas expositivas e resolução de listas de
exercícios. Como é colocado por Carvalho:
Tradicionalmente o ensino de Física é voltado para o acúmulo de informações e o desenvolvimento de habilidades estritamente operacionais, em que, muitas vezes, o formalismo matemático e outros modos simbólicos (como gráficos, diagramas e tabelas) carecem de contextualização. (CARVALHO, et al, 2010, p. 57).
De acordo com texto de Saviani (2003), a escola deve propiciar a aquisição
dos instrumentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado, sendo necessária a
utilização de novos métodos para permitir a aproximação com o sujeito que se quer
ensinar. Portanto, para a assimilação dos conteúdos é necessário que se utilize de
meios que favoreçam este aprendizado, esses meios, métodos ou formas, são a
maneira de proceder no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem; ou
seja, como ocorre a transmissão do conhecimento formal por parte dos professores
aos seus alunos, conforme enfatiza Saviani:
Daí surge o problema da transformação do saber elaborado em saber escolar. Essa transformação é o processo por meio do qual, se selecionam, do conjunto do saber sistematizado, os elementos relevantes para o crescimento intelectual dos alunos e organizam-se esses elementos numa forma, numa sequência tal que possibilite a sua assimilação. (SAVIANI, 2003, p. 75).
Disto podemos perceber que a escola deve promover o acesso ao
conhecimento para os alunos, pois este é o seu papel, para tanto, várias estratégias
podem ser realizadas para que ocorra a transmissão do conhecimento onde
acreditamos; que a realização de atividades experimentais pode aproximar o aluno
do conhecimento científico. Percebe-se que a prática usual de aulas expositivas e
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resolução de exercícios, sem que se utilize de demonstrações ou simulações do
fenômeno físico a ser estudado não garante efetivo aprendizado ao aluno.
De acordo com as Diretrizes Curriculares (DCE, 2008, p.71), muitos autores
consideram importante o uso de atividades experimentais para melhor compreensão
dos fenômenos físicos e salienta que “Uma diversidade de aparatos experimentais
pode ser construída na própria escola, pelos estudantes, orientados pelo professor.”
(DCE, 2008, p.74). As DCE argumentam que ao “explicar um fenômeno físico” o
professor deve “adotar uma postura questionadora”, oportunizando aos alunos
levantar suas ideias acerca do assunto tratado.
Outros autores argumentam que quando o aluno é levado a realizar
atividades experimentais ou acompanhar uma demonstração e/ou simulação de um
fenômeno físico, realizada pelo professor, pode possibilitar uma melhor
compreensão e apreensão dos conteúdos estudados, como salienta Villatore, Higa,
Tychanowicz:
No experimento, tem-se o objeto em que ocorre manipulação do concreto, pelo qual o aluno interage através do tato, da visão e da audição, contribuindo para as deduções e as considerações abstratas sobre o fenômeno observado. (VILLATORRE; HIGA; TYCHANOWICZ 2009, p.107).
O conteúdo escolhido para desenvolver o trabalho poderá permitir uma
primeira aproximação dos estudantes com o estudo da natureza da luz, pois de
acordo com Halliday, Resnik, Walter (1996), a óptica geométrica não dá conta de
explicar todos os fenômenos relacionados a luz, porém pode ser trabalhada em
primeira aproximação para que o aluno compreenda os principais fenômenos como
reflexão, refração e absorção da luz.
“... dissemos que a óptica geométrica só é válida quando as fendas, orifícios e outras aberturas ou obstáculos colocados no caminho dos raios luminosos não têm dimensões da mesma ordem que o comprimento de onda da luz ou menores. Vemos agora que isto é equivalente a dizer que a óptica geométrica só é válida quando os efeitos da difração podem ser desprezados.” (HALLIDAY; RESNICK; WALTER, 1996, p.65).
A óptica geométrica vai dar conta de explicar macroscopicamente os fenômenos luminosos relacionados com a reflexão, refração e absorção da luz.
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METODOLOGIA
O público alvo serão os alunos que cursam a 3ªA, no Colégio Estadual
Professor Victório Emanoel Abrozino, na cidade de Cascavel, estado do Paraná.
Normalmente as turmas variam de 40 a 45 alunos, que serão organizados em 4 a 5
grupos, sendo que a média será 8 a 10 alunos por grupo, justifica-se tal quantidade
pelo fato de que estarão desenvolvendo um trabalho em que deverão construir,
mesmo que o material utilizado seja de baixo custo ou sucata, terão que investir um
pouco dinheiro, para aquisição de alguns materiais.
Inicialmente será apresentado a classe, o material produzido e organizado
em forma de apresentação de slides, relacionando e destacando a função de cada
item que o compõe um banco óptico.
Os alunos, distribuídos em grupos, após pesquisa em diferentes fontes
sugeridas, deverão esboçar de que forma realizarão a atividade, após discussão em
grupo, levantamento de sugestões eles deverão construir o banco óptico do seu
grupo, para desenvolverem atividades experimentais previamente distribuídas sobre
os conteúdos que podem ser inicialmente explicados pela óptica geométrica, tais
como: reflexão, refração e absorção da luz. O trabalho será socializado aos demais
alunos do período da manhã em forma de Feira de Ciências, onde estarão
apresentando-se todos os alunos que desenvolveram o projeto. Concluídas as
apresentações, e a Feira de Ciências, os grupos deverão entregar relatório de todo o
processo desenvolvido. A avaliação se dará em cada uma das etapas descritas, o
critério avaliativo será o entendimento que os alunos apresentarem ao longo do
processo, a funcionalidade do material construído, o domínio dos conceitos
utilizados na apresentação, tanto da pesquisa inicial como a final e a clareza no
relato entregue.
Para coletar os resultados, será aplicado pré-teste e pós-teste. O pré-teste,
constitui um instrumento onde, de acordo com as respostas obtidas, será analisado
o entendimento dos alunos acerca dos conceitos e algumas aplicações dos
fenômenos luminosos que serão trabalhados na implementação do projeto de
intervenção. O pós-teste poderá avaliar o desenvolvimento da implementação, o
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aprendizado adquirido pelos alunos, os pontos que poderão ser trabalhados
novamente com outras metodologias, entre outros.
No desenvolvimento da intervenção pedagógica pretende-se que ocorra da
seguinte maneira:
Explanação das atividades que serão realizadas para o
desenvolvimento do projeto.
Aplicação do pré-teste.
Apresentação em slides de banco óptico construído e simulações de
atividades experimentais que podem ser desenvolvidas.
Pesquisas em diversas fontes sugeridas sobre construção do banco
óptico e dos experimentos que serão desenvolvidos.
Apresentação pelos grupos de como irão desenvolver o trabalho,
discussão das prováveis formas de realização.
Confecção do banco óptico
Apresentação das demonstrações.
Feira de Ciências.
Entrega dos relatórios.
Aplicação do pós-teste.
ATIVIDADE 1
Duração: 1 aula
Explanação das atividades que serão realizadas para o desenvolvimento do
projeto, destacando a necessidade de que parte da implementação ocorra em contra
turno, para que se possa dar conta dos conteúdos previstos para a série.
ATIVIDADE 2
Duração: 1 aula
Aplicação do pré-teste.
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A realização do pré-teste tem como objetivo verificar os conhecimentos
prévios dos alunos e ser a partir da análise das respostas dos alunos, o ponto de
partida para a introdução do conteúdo.
PRÉ-TESTE
Questões:
1. Que acontecimentos na natureza que você tenha observado podem estar
relacionados com Óptica?
2. Ao olhar sua imagem em um espelho o que você pode destacar quanto ao:
Tamanho de sua imagem?
Distância da sua imagem ao espelho e sua distância em relação ao
espelho?
Sua mão esquerda em relação a sua imagem e em relação ao seu
corpo?
3. Ao olhar sua imagem na parte interna de uma colher o que você pode
observar?
4. E quando olhar em relação à parte externa de uma colher o que pode ser
observado?
ATIVIDADE 3
Duração: 2 aulas
No decorrer do desenvolvimento da Unidade Didática, optou-se pela
construção do material, ou seja, para verificar se o mesmo é executável, antes de
solicitar que o aluno faça a construção é importante que o professor construa o que
está sendo pedido. As fotos do material bem como a relação de experimentos
possíveis de realização em sala de aula serão utilizadas para a preparação de slides
que serão apresentados para a turma. Divisão em três grandes grupos, para que se
implemente a pesquisa e a construção, bem como a preparação de atividades
experimentais.
ATIVIDADE 4
Duração: 8 aulas
Esta atividade será realizada em dois encontros de quatro aulas, em
contraturno no laboratório de informática da escola, os alunos serão direcionados a
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pesquisa dos fenômenos luminosos, atividades experimentais que possam realizar e
subsídios para a construção do banco óptico.
ATIVIDADE 5
Duração: 8 aulas
A atividade será realizada em dois momentos de quatro aulas, em
contraturno e consistirá na construção do banco óptico, utilizaremos o laboratório de
Ciências da escola.
ATIVIDADE 6
Duração: 2 aulas
Apresentação dos grupos para os colegas. Os integrantes dos grupos
apresentarão o banco óptico e demonstrarão as atividades experimentais, além de
informações relativas a construção dos equipamentos utilizados.
ATIVIDADE 7
Duração: 5 aulas
Organização da feira de ciências em contraturno. Os grupos organizarão os
estandes, a sequência das atividades, o cronograma para a visitação das turmas do
turno em que será realizada a feira, o convite aos professores, equipe pedagógica e
direção da escola.
ATIVIDADE 8
Duração: 4 aulas
A Feira de Ciências será realizada no saguão do Colégio e tem por
finalidade socializar os conhecimentos adquiridos pelos alunos com os demais
alunos, professores, equipe pedagógica e direção do mesmo turno.
ATIVIDADE 9
Duração: 1 aula
Aplicação de pós-teste.
No final do desenvolvimento do projeto será aplicado pós-teste, para a
verificação da compreensão apresentada pelos alunos, analisando-se estes
resultados e comparando-os com os do pré-teste se ocorreu melhoria no
aprendizado.
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PÓS-TESTE
O pós-teste terá o objetivo de verificação da aprendizagem do aluno,
constituir-se-á das seguintes questões:
1. Quais fenômenos luminosos estão relacionados com a Óptica Geométrica?
2. Em alguns espelhos as posições das imagens podem ser invertidas, direitas
ou revertidas, quais são os tipos de espelhos para cada situação?
3. Em alguns espelhos as imagens distam o mesmo espaço em relação ao
espelho e em relação a posição da imagem, que tipo de espelho é este?
4. A luz ao atravessar meios transparentes como vidro, água e ar, apresenta
algumas características, quais são e a(s) qual(is) fenômeno(s) luminoso(s)
isso está relacionado. Cite exemplos.
5. Vários fenômenos em nosso dia a dia estão relacionados com ao
comportamento da luz, cite dois e explique porque eles ocorrem.
ATIVIDADE 10
Duração: 1 aula
Recolhimento dos relatórios, discussão dos resultados e análise dos alunos
em relação a implementação do projeto, levantamento de pontos positivos e
negativos.
O modelo de relatório que será solicitado aos alunos encontra-se no anexo
1.
BANCO ÓPTICO E ACESSÓRIOS
Na sequência encontra-se a forma como será construído o banco óptico,
baseado no material Banco Óptico de Baixo Custo, publicado na revista Física na
Escola, v. 5, n. 1, 2004, p. 15. É importante destacar que o objetivo principal da
produção didática é que o material e as atividades experimentais sejam
desenvolvidos pelos alunos, porém, segue o passo a passo da construção para que
os professores que vierem utilizar-se deste material possam realizar em suas
escolas.
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FIGURA 1 – MATERIAIS BÁSICOS DO BANCO ÓPTICO ALTERNATIVO. FONTE: Autora
OBJETIVO
Desenvolver instrumento para a realização de atividades experimentais
relacionadas aos fenômenos luminosos.
MATERIAL
Canaleta retangular (com partes encaixáveis), de PVC com as medidas: 5x2x250cm.
Lentes de diversos tamanhos.
Cola de silicone e cola branca.
Tesoura.
Régua, compasso e lápis.
Cinco pedaços de vidro, sendo três nas dimensões 5x10cm e dois de 5x5cm; pode
ser substituído por caixa de acrílico de tinta para impressora.
Espelhos planos e esféricos.
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Disco de papelão de 10cm de diâmetro, revestido com papel de embrulho branco ou
um disco de papelão e dois discos de papel sulfite, todos com as mesmas
dimensões.
Lâmpada.
Bateria.
FIGURA 2 – BANCO ÓPTICO COM FONTE DE LUZ, BLOCO RETANGULAR E ANTEPARO. FONTE: Autora
CONSTRUÇÃO
A canaleta é composta de duas partes uma lisa e outra corrugada, a parte
lisa será utilizada para o trilho, a parte corrugada será cortada em pedaços de 5cm,
que serão as bases das lentes, espelhos e fonte de luz, para o tanque de água será
necessário base de 15cm.
O tanque de água será confeccionado com os cinco pedaços de vidro que
formarão um bloco retangular com a parte superior sem vidro, colando as laterais
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dos vidros com cola de silicone, após colar, coloque um pouco de água para verificar
se está bem vedado.
A lâmpada pode ser do tipo que encaixa diretamente na rede elétrica, no
caso será ligada a uma extensão que será anexada ao trilho óptico. Na figura 2, a
lâmpada é ligada na bateria, entretanto, pode ser substituído por laser ou pode ser
confeccionada pelo professor, no site da Sociedade Brasileira de Física fornece
informações de como confeccionar uma fonte de luz de baixo custo no endereço
eletrônico: www.sbfisica.org.br/fne/Vol13/Num1/a04.pdf.
Para o anteparo será usado um papelão, que será cortado em forma de um
disco com 10cm de diâmetro e encapado com papel branco. O anteparo também
pode ser feito com disco de papelão e dois discos de papel sulfite colados em
ambos os lados do disco de papelão.
FIGURA 3 – ACESSÓRIOS: CAIXA DE TINTA DE IMPRESSORA A ESQUERDA, LENTE A DIREITA. FONTE: Autora
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FIGURA 4 – ACESSÓRIOS: ESPELHO PLANO. FONTE: Autora
ATIVIDADES EXPERIMENTAIS SUGERIDAS:
Durante o desenvolvimento das atividades com os alunos, pretende-se que
os mesmos, a partir do conteúdo previamente escolhido, apresentem as atividades
experimentais pesquisadas e desenvolvidas pelo seu grupo, porém, algumas
atividades serão apresentadas a seguir para que os professores que venham a
utilizar esse material didático possam estar demonstrando em suas aulas ou
sugerindo aos seus alunos.
As atividades experimentais sugeridas foram adaptadas de Experiências
Demonstrativas de Óptica – Volume lI, para serem realizadas em banco óptico
alternativo de baixo custo.
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FIGURA 5 – ALGUNS OBJETOS PARA DESENVOLVER OS EXPERIMENTOS. FONTE: Autora
EXPERIMENTO 1 – A luz preenche espaço?
Objetivo:
Observar o comportamento de um feixe de luz que atravessa um espaço
obscurecido.
Materiais:
Trilho óptico.
Caixa.
Pedaço de canaleta corrugada e cola.
Fonte de luz.
Anteparo.
Tesoura.
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Procedimento:
Faça um orifício de 0,5cm no centro de cada uma das faces laterais menores
da caixa.
Faça um orifício maior na tampa para observar o seu interior.
Cole a caixa no pedaço de canaleta corrugada para inserir no trilho óptico.
Coloque a fonte de luz e a caixa no trilho óptico.
Posicione o anteparo em frente a um dos orifícios menores.
Com a sala escura, incida um feixe de luz através do outro orifício menor, de
modo a atravessar na caixa e sair pelo orifício posicionado no anteparo.
Questionamento:
Observe o interior da caixa através do orifício maior. A luz preenche totalmente o
espaço onde penetra?
EXPERIMENTO 2 – Propagação da luz em meio óptico.
Objetivo:
Estudar a propagação da luz em meio óptico homogêneo e em meio óptico
heterogêneo.
Materiais:
Bloco retangular de vidro.
Funil de plástico.
Tubo de borracha.
Fonte de luz.
Anteparo.
Reagentes: fluoresceína, cloreto de sódio, álcool etílico e água.
Procedimento:
Dissolva a fluoresceína com álcool etílico, dilua em água, preencha o bloco
retangular com essa solução que é o meio óptico homogêneo.
Faça incidir a luz no lado de menor dimensão, observe a trajetória da luz
através da solução até o anteparo.
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Prepare uma solução saturada de água e cloreto de sódio. Adicione a solução
ao conteúdo que se encontra no bloco retangular, (utilizando o funil acoplado
ao tubo de borracha, pois a solução deve ser colocada na parte de baixo do
bloco retangular), aguarde alguns minutos para que ocorra a difusão da
solução salina, isso constitui um meio óptico heterogêneo
Incida o feixe luminoso e observe a trajetória dos raios luminosos.
Questionamento:
Compare as duas trajetórias, represente através de raio de luz como foi a trajetória
nos dois meios.
Estabeleça relações com fenômenos observados em seu dia-a-dia.
EXPERIMENTO 3 – Sombra e Penumbra.
Objetivo:
Estudar a formação da sombra e penumbra de um corpo.
Material:
Fonte de luz extensa
Duas fontes de luz de feixe menor ou caixa com pequenos orifícios e outra
com orifícios maiores que poderão cobrir a fonte de luz, obtendo assim uma
fonte de feixes menores e outra como fonte extensa.
Corpo (objeto).
Anteparo.
Procedimento:
Posicione o corpo entre a fonte extensa e o anteparo. Apague as luzes e
acenda a fonte extensa.
Repita, substituindo a fonte extensa por uma fonte de luz de feixe menor.
Repita, utilizando duas fontes de luz de feixe menor colocadas paralelamente
uma em relação a outra.
Questionamento:
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O que pode ser observado nas três situações? Como foi formada a sombra? O que
constitui a penumbra? O que variou com as duas fontes paralelas?
EXPERIMENTO 4 – Reflexão especular e difusa.
Objetivo:
Diferenciar a reflexão difusa e regular da luz, verificar em quais condições cada uma
ocorre.
Material:
Fonte de luz.
Espelho plano.
Pó de giz.
Anteparo.
Procedimento:
Incida um feixe luminoso sobre o espelho plano, de modo a refletir o feixe no
anteparo. Observe.
Espalhe pó de giz sobre a superfície do espelho. Observe o que ocorre no
anteparo.
Questionamento:
Esquematize as duas situações e associe a forma de reflexão ocorrida.
EXPERIMENTO 5 – Características das imagens produzidas por lentes.
Objetivo:
Estudar as características das imagens produzidas em lentes esféricas.
Material:
Lente convexa.
Lente côncava.
Vela e fósforos.
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Anteparo.
Fita métrica.
Procedimento:
Disponha no banco óptico a vela, a lente côncava e o anteparo.
Acenda a vela, observe, em seguida disponha a vela a 10cm, 20cm e depois
40cm da lente côncava.
Substitua a lente côncava pela convexa e faça novamente os procedimentos
anteriores.
Questionamento:
Esquematize os resultados obtidos para a lente côncava e a convexa. Houve
diferenças nos resultados? O que pode ser concluído com o experimento?
EXPERIMENTO 6 – Características das imagens produzidas pelos espelhos
esféricos.
Objetivo:
Visualizar as características das imagens dadas por espelhos esféricos.
Material:
Trilho óptico.
Vela.
Anteparo.
Espelhos côncavos e convexos.
Fita métrica.
Procedimento:
Coloque a vela sobre a um pedaço de canaleta para então ser colocado o
conjunto no trilho óptico.
Anexe a fita métrica na lateral do trilho óptico.
Disponha o anteparo, a vela e o espelho côncavo, nesta ordem, faça
variações na posição da vela para perceber as diferentes imagens formadas
no espelho.
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Substitua o espelho por um convexo, varie a posição da vela.
Questionamento:
Preencha a tabela com os resultados obtidos.
O que você observou? Existem diferenças nas imagens formadas nos espelhos?
Como são formadas as imagens no espelho côncavo? Você pode intuir o fato das
imagens neste tipo de espelho apresentam tais características? Ou: Por que razão
elas são diferentes?
Espelho esférico Distância da vela
em relação ao
espelho
Posição da vela
em relação ao
espelho
Características
das imagens
Côncavo
Convexo
EXPERIMENTO 7 – Meios ópticos
Objetivo:
Observar o comportamento de um feixe de luz em meios transparentes,
translúcidos e opacos.
Material:
• Fonte de luz com feixe paralelo.
• Trilho óptico.
• Pedaço de vidro liso, pedaço de canaleta corrugada, cola, tesoura, fita
adesiva.
• Papel manteiga, papel carbono ou papel na cor preta.
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Procedimento:
• Cole o pedaço de vidro na canaleta corrugada, incida o feixe de luz e observe
a propagação da luz.
• Cubra o pedaço de vidro liso com o papel manteiga, incida o feixe de luz,
observe.
• Retire o papel manteiga e substitua-a pelo papel carbono ou papel na cor
preta. Incida o feixe de luz e observe.
Questionamento:
O que pode ser observado nas três situações? Em que situação foi observado
refração, reflexão e absorção da luz? Justifique.
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REFERÊNCIAS
ARAÚJO, M. S. T.; ABIB, M. L. V. S. Atividades Experimentais no Ensino de
Física: Diferentes Enfoques, Diferentes Finalidades, disponível em
www.scielo.br/pdf , acesso em 30/05/2013
CARVALHO, A. M. P. et al. Ensino de Física. Coleção Ideias em Ação. São Paulo: Cengage learning, 2010.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A.; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências:
fundamentos e métodos, 3 ed. São Paulo: Cortez, 2009.
GASPAR, A. Experiências de Ciências para o 1° Grau. 7 ed. São Paulo: Ática,
1999.
GREF. Física 1 - Mecânica. 7. ed. São Paulo: Edusp, 2001.
_____ Física 2 – Física Térmica Óptica. 7 ed. São Paulo: Edusp, 2001.
HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física – Ótica e Física Moderna, vol . 4. 4. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos S.A., 1996.
MOREIRA, A. C. S. Uma visão vygotskyana das atividades experimentais de
física publicadas em revistas de ensino de ciências, dissertação de mestrado,
2011, disponível em twiki.ufba.br/twiki/pub/.../Dissertação, acesso em 10/07/2013.
MOREIRA, M. A. Teorias de Aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999.
PARANÁ , Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Física. Curitiba: SEED, 2008.
ROSA, C. T. W.; ROSA, A. B. Aulas experimentais na perspectiva construtivista:
proposta de organização do roteiro para aulas de física. Disponível em
.sbfisica.org.br fne Vol 3 Num a02.pdf , acesso em 15/08/2013.
SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico-Crítica. 8. ed revista e ampliada.
Campinas, SP: Autores Associados, 2003.
VILLATORRE, A. M.; HIGA, I.; TYCHANOWICZ, S. D. Didática e Avaliação em Física. 1. ed. São Paulo: Ed Saraiva, 2009.
SILVA, T. R. Banco Óptico de Baixo Custo, publicado na revista Física na Escola,
v. 5, n. 1, 2004, p. 15 disponível em .sbfisica.org.br fne Vol5 Num v5n a0 .pdf , acesso em 12/08/2013.
25
SOUZA, A. A. L.S. Experiências Demonstrativas de Óptica, v. II, 1999. Disponível em http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/9900/4/2692_TM_02_P.pdf, acesso em 09 de setembro de 2013.
26
ANEXOS
Anexo 1:
RELATÓRIO
DISCIPLINA: PROFESSOR(a):
GRUPO: INTEGRANTES:
TÍTULO:
1. Complete o quadro abaixo com as informações colhidas pelo seu grupo:
Item Local pesquisado Material utilizado Desenvolvimento
Conhecendo o Banco óptico
Construindo o banco óptico
Pesquisando atividades experimentais
Realizando as atividades experimentais
2. Relacione enumerando, de acordo com as opções abaixo, as dificuldades
encontradas para a realização do trabalho.
( ) aquisição dos materiais utilizados;
( ) construção do banco óptico;
( ) apresentação e realização das atividades experimentais;
( ) pesquisa e organização do trabalho;
( ) distribuição de tarefas e organização interna do grupo;
( ) apresentação na feira de ciências;
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( ) outros. (Especifique).
3. Analise a execução da atividade, por parte de seu grupo, ressaltando a
contribuição do trabalho para o entendimento dos fenômenos físicos desenvolvidos.
4. Conclusões: