No meio da floresta

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Rio Branco - Acre, domingo, 26, e segunda-feira, 27 de outubro de 2008 Jornal Página 20 - ENCARTE ESPECIAL NO MEIO DA FLORESTA Santa Rosa sofre com o espinho do isolamento

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Santa Rosa sofre com o espinho do isolamento

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Rio Branco - Acre, domingo, 26, e segunda-feira, 27 de outubro de 2008 Jornal Página 20 - ENCARTE ESPECIAL

No meio da florestaSanta Rosa sofre com o espinho do isolamento

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Encarte EspecialTexTos: LeoniLdo RosAs FoTos: odAiR LeAL

A cidade ainda acordava quando eles atravessa-ram o rio. Vieram num bando de 200 e invadi-

ram ruas, quintais e casas. Não demorou muito para o primeiro cidadão pegar sua espingarda e disparar o primeiro tiro. Logo, formou-se um tiroteio. Os animais caíam uns sobre os outros. Quem não tinha arma de fogo improvi-sava com terçados, pedaços de madeiras ou ferro. Era necessário garantir a carne para alimentar a família por um bom tempo.

Um dos primeiros a pegar em arma foi um pastor evangélico da Assembléia de Deus, que dispa-rou num dos animais que acabara de entrar no quintal do subdele-gado do município. O policial se assustou, mas logo percebeu que não era ele o alvo.

O secretário de Finanças não economizou chumbo: matou mais de uma dezena. Ao seu lado, um agente da Polícia Federal não sabia o que fazer para impedir a carnificina.

Fora da cidade, o secretário de Saúde, Zé Brasil, recebeu o telefonema de um filho, que, aperreado, informou: “Pai, os queixadas estão invadindo a ci-dade”. O pai limitou-se a mandar

fechar o portão.Por mais de uma hora, a confu-

são se estabeleceu. Foi preciso o prefeito Tamir de Sá (PT) chegar para pôr ordem na situação. Quan-do a normalidade foi restabeleci-da, mais de 100 porcos-do-mato, ou queixadas, jaziam por todos os lugares.

No fim da tarde, formou-se uma fila em frente à prefeitura para receber a carne. Amonto-ados, os animais eram partidos ao meio e distribuídos para as famílias mais necessitadas.

“Teve uma mulher que pas-sou seis meses fazendo quibe com carne de queixada para vender. Só parou de fazer quan-do o pessoal enjoou”, comenta o vereador licenciado e secretário municipal de Meio Ambiente, Julinho Brandão.

Essa não foi a primeira vez que Santa Rosa do Purus sofreu um ataque de queixadas. O município está incrustado em plena floresta amazônica, numa área de 614 mil hectares. Os animais estão no habitat natural. Os homens é que foram chegando aos poucos, ergueram casas, abriram ruas, mu-daram a paisagem da região.

Santa Rosa do Purus, apesar do vasto território, tem pouco es-paço para expandir. Faz fronteira com o Peru, é cercada pelo Parque Estadual do Chandells, pela Flo-

resta Nacional de Santa Rosa do Purus e unidades de conservação indígenas. O que sobra são apenas 300 hectares, que ainda depen-dem de regularização fundiária junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

“Além das áreas de reservas, há dois seringais, o Triunfo e o Sobral, que são de terceiros. Também há um processo para discriminar mil hectares no extremo norte e oeste do muni-cípio”, informa o presidente do Instituto de Terra do Acre (Itera-cre), Felismar Mesquita.

O processo de regularização agrária não é fácil. É necessário atender uma série de exigências burocráticas que passam pela Secretaria do Patrimônio da União e pela Controladoria-Geral da União.

Apesar de uma imensa cober-tura florestal, a região onde foi instalado o município não é pro-pícia para o extrativismo porque praticamente não há castanha e seringueira.

Segundo o superintendente do Incra, Carlos Augusto Paz, há uma comissão tratando da regularização dos vários muni-cípios acreanos com problemas semelhantes. Ele revelou que ainda este ano será possível enviar o processo de Santa

Uma viagem tranqüila e o isolamento

Rosa do Purus para análise em Brasília, quando passará pelo Conselho de Desenvolvimento Nacional e o Ministério do De-senvolvimento Agrário.

“O Acre passou da Bolívia para o Brasil e nunca houve uma preocupação para regularizar a si-tuação agrária, que ainda é muito

complexa”, comentou Paz.A questão fundiária é apenas

um dos muitos problemas de um dos municípios mais isolados do planeta. Diante das dificul-dades enfrentadas por quem mora em Santa Rosa do Purus, as invasões de queixadas viram pura diversão.

Olhando a partir de Rio Bran-co, capital do Acre, parece fácil chegar a Santa Rosa do Purus. São 75 minutos de avião bimotor. Durante a viagem, é possível notar as clareiras abertas pelas grandes fazendas ao longo da BR-364 e da Estrada Transacreana.

A paisagem começa a mudar a partir de Sena Madureira. A flo-resta vai se fechando. São lugares aonde a estrada não chegou nem os homens com as motosserras para derrubar as árvores para plantar capim e boi.

Na medida que o avião se aproxima do município, forma-se um mar verde de floresta. No meio da mata, o reflexo do alumínio nas

casas revela que há uma cidade entre um rio barrento e o verde.

No pouso, numa pista de terra e capim com mil e quinhentos metros, o piloto comenta: “Aqui é aeroporto internacional”.

O piloto é Edson Antunes, que tem 40 anos voando na região amazônica. Já trabalhou em Ro-raima e Amazonas. A pista que ele chama de “internacional” é esbu-racada. As aterrissagens e decola-gens são feitas em apenas metade do trecho, porque o restante não oferece a menor condição.

Essa pista é responsável por tirar os moradores do isolamento nesta época do ano. A população vive a expectativa de construção

de um aeródromo. O governo informa que a obra está em fase de elaboração de projeto e custará ao erário R$ 8,2 milhões.

A execução dessa obra irá facilitar, segundo boa parte da po-pulação, que Santa Rosa do Purus saia do isolamento total. A pista, embora em condições precárias, é o único meio de acesso ao muni-cípio nesta época do ano.

Outra forma de chegar ao muni-cípio é pelo rio. No inverno, quando há mais possibilidades de navega-ção, são oito dias subindo a partir de Sena Madureira. No verão, com as águas baixas, o tempo de viagem sobe para até 20 dias.

A cidade tem mais problemas

do que solução. O poder público está presente em todas as ocasi-ões, mas não pode evitar situa-ções provocadas pelo isolamento. É comum faltarem gás de cozinha e combustível. O botijão, quando há, custa em torno de R$ 60. O litro de gasolina é comercializado a R$ 4,50 e o óleo diesel, a R$ 3,50.

Não há posto para abasteci-mento. Os produtos chegam em barris de alumínio e são guardados sem condições de segurança numa casa de madeira sem ventilação. Os litros são vendidos em garrafas plásticas de refrigerantes.

O combustível não é tão fun-damental para fazer rodar os

veículos. São poucos os carros no município. Há apenas quatro par-ticulares, mas apenas um está em circulação permanente. Os demais ficam na garagem por absoluta falta de manutenção.

Gasolina e óleo diesel são importante para abastecer carros oficiais, barcos para fazer aten-dimento no rio e as roçadeiras da prefeitura para fazer a limpeza urbana.

“Cidade sem combustível não gira. Se alguém nos rios precisar de atendimento de saúde, teremos dificuldade para atender. Infelizmente, não pode-mos atender a todos”, comenta o prefeito Tamir de Sá .

Maioria dos habitantes da cidade é de etnia indígena

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Encarte Especial

Um município marcado pela pobreza

Índios viram evangélicos para não pecar

Os 614 mil hectares de Santa Rosa do Purus representam ape-nas 0,6% de toda a área territorial do Acre. É um município com 3.948 habitantes, 64% deles mo-rando na zona rural.

Santa Rosa do Purus é forma-da em sua maioria por indígenas.Os índios são kaxinawas, kulinas e jaminawas. É um município que, embora tenha 16 anos de fundação, não tem a menor au-tonomia financeira. Depende sobremaneira dos repasses cons-titucionais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) - 22,93% - e das transferências constitucionais da União - 76,73%. Apenas 0,33% é receita própria.

Está em Santa Rosa do Purus um dos menores Índices de De-senvolvimento Humano (IDH) do Estado - 0,525% - , segundo pesquisa realizada pelo PNUD/Ipea.

Os indicadores sociais tam-

bém não são confortáveis na área de educação. 56,8% da população com 15 anos de idade ou mais são analfabetos.

Tantos problemas sociais le-vam à dependência quase total do poder público municipal. A prefeitura conta com 280 funcio-nários, o que gera uma folha de pagamento de quase R$ 400 mil para uma receita de aproximada-mente R$ 500 mil.

A pobreza é minimizada nas aldeias porque a prefeitura inves-tiu nas lideranças. Cada cacique recebe um salário mínimo do poder público para ajudar na fis-calização dos demais funcionários municipais junto aos povos indí-genas. Mensalmente são gastos mais de R$ 15 mil.

A maioria das ruas não tem pavimentação. As poucas que foram pavimentadas estão com os tijolos quebrados e necessitando de manutenção. Faltam esgoto e saneamento.

Há 10 anos, os pastores evangélicos visitam aldeias. Com a Bíblia nas mãos e o discurso afinado, têm obtido bons resultados. Atualmente, são mais de 200 os índios que se converteram ao Evangelho e afirmam que suas vidas muda-ram após a decisão.

Um dos índios evangélicos é o secretário municipal de Povos Indígenas, Francisco Augusto Kaxinawa, 36. Can-didato derrotado nas eleições municipais de 2004, afirma que as igrejas evangélicas dentro das aldeias são impor-tantes porque levam paz para as comunidades, evitando a bebedeira, a traição e a disputa entre os parentes.

Francisco Augusto é mem-bro da Igreja Batista e diz que o fato de abraçar uma religião evangélica não o fez abrir mão da cultura e tradição do seu povo.

“Nossa religião não atrapa-

lha nossos rituais, mas evita os excessos”, diz.

O discurso do secretário municipal é praticamente re-petido por Paulo Kaxinawa, 30. Membro da Assembléia de Deus, afirma que a religião é importante porque, por meio do conhecimento da Bíblia, também é possível valorizar a cultura que acumulou ao longo dos anos.

Segundo Paulo Kaxinawa, que entrou na igreja quando estudava na cidade para ser auxiliar de enfermagem, a religião fez com que os maus costumes fossem tirados do seio da comunidade. “A gen-te bebia, cometia adultério, brigava muito entre a gente e havia a prostituição. Hoje, a realidade é outra”, garante.

A entrada das igrejas evan-gélicas não conta com o apoio de todos os índios. É o caso de Edmar e Gonçalo Kaxinawa, que se dizem católicos e de-

fensores das tradições indígenas. “Continuamos nos pintando e seguindo nossas tradições. Quem vira evangélico é porque quer ser branco”, dizem.

Contradições entre conceito de religiosidade ou não, o pastor da Assembléia de Deus Clau-

denir Feliciano se diz satisfeito com as almas que conseguiu conquistar. Revela que montou uma congregação dentro da maior aldeia do município, a Nova Aliança.

Além de responsável pelo rebanho, o pastor é pedreiro,

Primeiro prefeito foi eleito com 50 votosAntonio Roque de Carvalho

chegou em 1958. Veio do Nordes-te atrás de terra para plantar e água para viver. Tinha então 17 anos de idade. Primeiro, estabeleceu-se nas proximidades do Rio Jurupari e, em seguida, no Rio Iaco.

Sua chegada a Santa Rosa do Purus aconteceu em 1964. O lo-cal onde se construiu a cidade era mata fechada. “Seu Roque”, com é chamado, foi um dos raros se-ringueiros que virou seringalista numa das regiões mais inóspitas do país.

“Quando cheguei aqui, não tinha uma casa. Tudo era mato”, relembra.

Em outubro de 1992, “Seu

Roque” foi eleito o primeiro prefeito da história de Santa Rosa. O município acabara de ganhar a emancipação política e administrativa por meio de um plebiscito.

A primeira eleição em Santa Rosa do Purus ganhou destaque nacional. Houve vereador que fora eleito com apenas cinco vo-tos. O atual prefeito, Tamir de Sá (PT), elegeu-se com apenas seis sufrágios. O vereador mais bem votado conseguiu 17 votos.

“Seu Roque” ganhou a eleição concorrendo pelo PMDB. Obteve 50 votos contra 35 do adversário. “Fizemos a eleição numa casa velha. Saímos pedindo para as

pessoas se candidatarem. Houve muitos votos brancos e nulos”, comenta.

A experiência como prefeito foi marcante na vida do hoje proprietário do único hotel do município. Ele lembra que na sua época as dificuldades eram maio-res do que no dias atuais. “Eu não tinha experiência sobre o que era administração pública. Para você ter uma idéia, meu salário era de menos de mil reais.”

O ex-prefeito lembra que o primeiro repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) foi parar na conta de uma prefeitura homônima no Rio Grande do Sul. Para a situação

não se repetir, foi feita uma emen-da na Constituição acrescentando “Purus” no “Santa Rosa” inicial.

Depois de 16 anos, o ex-

prefeito enxerga facilidades nos dias atuais. “Nós começamos do zero. Hoje, temos telefone, luz e até internet.”

carpinteiro, operador de mo-tosserra e músico. O religioso está no município há cinco anos e meio. Antes, trabalhou no Bujari. É autor de uma das letras que concorrerá à escolha do hino de Santa Rosa do Purus. Acredita que sairá vitorioso.

“O hino deve contar a his-tória da localidade. A minha letra faz isso.”

Efetivamente, as igrejas evangélicas chegaram ao mu-nicípio primeiro do que a católica. Ao longo dos anos, o trabalho católico limitou-se ao trabalho periódico pela paróquia de Sena Madureira, por meio do trabalho de deso-briga do padre Paolino Maria Baldassari.

Somente há cerca de dois meses, chegou um padre para trabalhar com a comunidade. Veio de Volta Redonda (RJ) e ainda está conhecendo a comunidade.

Francisco Kaxinawa é um dos índios convertidos

antônio Roque foi o primeiro prefeito de santa Rosa do Purus

Meninos levam patas de bois que serão usadas para a alimentação da família

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Encarte Especial

Uma cidade sem crime

Prefeito foi eleito pela primeira vez com seis votosQuando concorreu pela primeira vez

a um cargo eletivo, o prefeito Tamir de Sá obteve seis votos. Foi o penúltimo colocado na composição da primeira legislatura de vereadores de Santa Rosa do Purus.

Nas eleições seguintes, em 1996, Sá se reelegeu vereador com 33 votos. Em 2000 se elegeu prefeito e obteve novo mandato em 2004 com mais de 60% dos votos válidos.

Atualmente, o prefeito é o único po-lítico com mandato desde a criação do município, mas revela que não pretende concorrer novamente ao cargo que ocupa no futuro. “As coisas estão ficando difí-

ceis. Os órgãos de controle são rigorosos. Trabalhar dentro da lei num município como o nosso é muito difícil porque tudo depende da prefeitura”, diz.

Tamir de Sá nasceu no seringal Triun-fo. Faz questão de dizer que cresceu no meio dos índios e conhece a região em que vive como a palma da mão.

Essa convivência com os índios não está apenas no discurso. O vice-prefeito é kaxinawa e três vereadores são da mesma etnia. A prefeitura também paga um sa-lário mínimo para cada um dos caciques das 38 aldeias existentes.

Eleito para o primeiro mandato com 19 anos, Sá tem 35 de idade. Segundo ele, em

1993 só existiam sete casas no município. “Atualmente, temos quatrocentas.”

O prefeito lembra o passado e afirma que o município evoluiu em todos os sentidos nos últimos anos. Segundo ele, o acesso ainda é o maior problema de Santa Rosa do Purus.

“No inverno, a pista de pouso alaga e não dá para os aviões aterrissarem e decolarem. No verão, o rio seca. Tudo é muito difícil.”

Numa cidade isolada e sem perspec-tivas de geração de empregos por meio de indústrias e o comércio, a prefeitura acaba sendo o esteio de toda a população. O poder público emprega, diretamente,

280 pessoas. Também é responsável pelo transporte de doentes dos rios para a cidade e, nos casos mais graves, para Rio Branco.

“Normalmente, o frete do avião é três mil reais. Mas, como a prefeitura é cliente dos pilotos, é possível fazer o transporte por dois mil e oitocentos reais”, diz.

Sá destaca que até 1999 falava-se em transformar o município num bairro de Rio Branco, transferindo os moradores para a capital. Segundo ele, a realidade mudou porque o então governador Jorge Viana, em visita à localidade, resolveu transformar o município numa cidade com características florestais e indígenas.

Se Santa Rosa do Purus sofre com o isolamento, o mesmo não se pode dizer de um dos grandes males que afligem os moradores das cidades de maiores portes: a violência urbana.

Desde que foi fundada, no dia 28 de abril de 1992, o município nunca registrou um homicídio provocado por armas de fogo ou branca. O único crime ocorreu entre dois indí-genas, mas não foi comprovada a autoria.

O índio acusado de matar o “parente” cumpriu prisão tem-porária de seis meses em Sena Madureira, mas quando retornou à aldeia foi executado pelos pró-prios membros da tribo.

“Para cometer um crime aqui, a pessoa tem que pensar duas vezes. Não há como fugir”, explica o subdelegado Manoel Braga.

Manoel Braga está no mu-nicípio desde fevereiro de 1997 e completará tempo para se aposentar dentro de cinco anos.

Além de cuidar do policiamento civil, também é proprietário do único clube do município. “Nós aqui temos uma unidade de polícia integrada com a Polícia Militar. Também sofremos. Nos-sa única viatura está quebrada. A sorte é que ainda dormimos com as janelas abertas.”

Se não há crimes, a fronteira de Santa Rosa do Purus é per-manentemente vigiada. Os rios são corredores para a passagem de drogas provenientes do Peru, que entram no Acre por Manuel Urbano e Sena Madureira.

Para garantir a segurança e o combate ao tráfico, há uma unidade da Polícia Federal e o 1º Batalhão Destacado de Sel-va, composto por mais de 50 homens permanentemente em vigilância.

“Nossa cidade não é tão abençoada. Não há crimes por-que as polícias e o Exército fa-zem um bom trabalho”, comenta o secretário municipal de Meio Ambiente, Julinho Brandão.

Crianças brincam na saída da escola e cidadãos passeiam pelas calmas ruas de Santa Rosa