PSICOFARMACOTERAPIA ANTIDEPRESSIVOS Altino Bessa Marques Filho.
Monografia Altino Ciências Contábeis 2011
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEBDEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - DEDC - CAMPUS VII
COLEGIADO DE CIÊNCIAS CONTÁBEISCURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ALTINO NASCIMENTO FERREIRA JUNIOR
A INFLUÊNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NO DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DAS EMPRESAS
DE CERÂMICA VERMELHA DE SENHOR DO BONFIM-BA
SENHOR DO BONFIM2011
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEBDEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - DEDC - CAMPUS VII
COLEGIADO DE CIÊNCIAS CONTÁBEISCURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ALTINO NASCIMENTO FERREIRA JUNIOR
A INFLUÊNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NO DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DAS EMPRESAS
DE CERÂMICA VERMELHA DE SENHOR DO BONFIM-BA
Monografia submetida à Coordenação do Curso de Ciências Contábeis Do Departamento de Educação - DEDC, Campus VII da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Ciências Contábeis.
Orientador: Prof. M.Sc. Raimundo Nonato Lima Filho
SENHOR DO BONFIM2011
ALTINO NASCIMENTO FERREIRA JUNIOR
A INFLUÊNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NO DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DAS EMPRESAS
DE CERÂMICA VERMELHA DE SENHOR DO BONFIM-BA
Monografia submetida à Coordenação do Curso de Ciências Contábeis Do Departamento de Educação- DEDC, Campus VII da Universidade do Estado da
Bahia - UNEB, como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Ciências Contábeis.
Aprovada em ___/___/______
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________
Prof. M.Sc. Raimundo Nonato Lima Filho (Orientador)
Universidade do Estado da Bahia – UNEB
_____________________________________________
Prof. M.Sc. Tânia Ferreira dos Santos Bomfim
Universidade do Estado da Bahia - UNEB
_____________________________________________
Prof. Daniel de Jesus Pereira
Universidade do Estado da Bahia - UNEB
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus, por nos dar a oportunidade de estarmos aqui na Terra, ao lado de todas as pessoas que gostamos, e que são de extrema importância para nossas vidas.
A meus pais, que sempre me deram força em todos as fases da minha vida, e não mediram esforços para me dar conforto e as oportunidades para transpor obstáculos e evoluir nos estudos. Sem esquecer é claro, de minhas duas irmãs queridas.
Aos amigos, e a todos que fazem parte da nossa caminhada, em especial a Franklin, Cleriston, Jerfeson, Johnson e José Daniel, que foram essenciais para que tudo acontecesse da maneira esperada.
Aos vários professores que contribuíram para a nossa jornada rumo ao nosso sucesso profissional, moral e ético, que irá se perpetuar por toda a nossa vida, para que assim, possamos ser personagens de uma sociedade cada vez melhor, pautada no respeito e na honestidade como pilares principais, com destaque mais que especial, ao Professor Marcio Sampaio, por ter me ensinado muito do pouco que eu sei.
Também aos Professores Franklin Regis, Dayse Santiago, Tânia Bonfim Francisco Marton, Daniel Pereira e Francisco Arapiraca, que não foram omissos na presteza do seu labor, e mesmo com as diversas dificuldades e empecilhos encontrados, nunca deixam de lado o compromisso com a gente, sendo portanto heróis para a nossa formação.
É impossível não mencionar uma pessoa, que apesar de sua rápida passagem por aqui, se predispôs a ser meu orientador mesmo não estando mais no Campus e nem nesta instituição de ensino, é o professor Dílson Cerqueira.
Em especial ao Professor Raimundo Lima, que apesar do pouco tempo conosco, me fez aprender bastante, e teve grande relevância na minha formação acadêmica, ensinando-me uma nova forma de pensar e agir.
A todos, meu Muito obrigado!!!
E gostaria que vocês soubessem, nunca me esquecerei de vocês.
“O que me preocupa não é nem o grito dos
corruptos, dos violentos, dos desonestos dos
sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa
é o silencio dos bons.
Martin Luther King 1926-1968
RESUMO
A contabilidade gerencial, tem sido uma ferramenta muito importante no auxilio à continuidade e expansão das empresas, visto o suporte por ela prestado, nas questões mercadológicas a que se tem registrado nos dias atuais, assim como a influência para a obtenção da constante evolução e expansão empresarial atrelada a uma combinação com a contabilidade de custos, porém nas micro empresas essa influência ainda parece ser limitada, tendo em vista a realidade das empresas que reduzem sua capacidade de crescimento por não levar em consideração esses pressupostos, ou mesmo por não obterem o devido acompanhamento para tal finalidade. Diante dessa realidade é que surge o desafio desta monografia, que consiste em elucidar o fato da existência de contribuição significativa da contabilidade gerencial na gestão das empresas de cerâmica vermelha de Senhor do Bonfim-BA. Através de um estudo de caso com as empresas deste ramo que atuam no município, foi constatado que apesar da importância da contabilidade no apoio à gestão e a continuidade da empresa, por meio do aporte em diversas atividades, a carência no apoio gerencial é perceptível, bem como sua aplicabilidade por parte do empresariado, sem contar que a consulta sobre a formação de preços dos produtos era inexistente, chegando, portanto, à conclusão de que podem ser aprimoradas as questões inerentes à contabilidade gerencial para que haja um aprimoramento do gerenciamento destas empresas, visando o desenvolvimento e a continuidade.
Palavras chave: Contabilidade gerencial, cerâmica vermelha, tomada de decisão.
Abstract
Management accounting has been a very important tool to aid in continuity and business expansion, given the support it provided in the marketing issues that have registered today, and the influence to obtain the constant evolution, and business expansion, tied to a combination with the cost accounting, but in the microenterprises that influence still seems to be limited in view of the reality of companies that reduce their ability to grow, why not take into account these assumptions, or even not obtain proper follow up for this purpose; And this reality is that there is the challenge of this research is to clarify that the fact of the existence of significant contribution of management accounting in corporate management of red ceramic Senhor do Bonfim-BA. Through a case study companies in this industry that work in the city, it was found that despite the importance of accounting in supporting the management and business continuity through the contribution in some activities, the lack is noticeable in management support, and as its applicability by the business community, not to mention that the consultation on the pricing of the products did not exist, so reaching the conclusion that can be improved matters pertaining to management accounting, so there is an improvement of the management of these companies, aimed at its development and continuity.
Keywords: Management accounting, red ceramic, decision-making.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO-------------------------------------------------------------------------------------- 09
1 REFERENCIAL TEÓRICO -------------------------------------------------------------------- 16
1.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS E
GERENCIAL---------------------------------------------------------------------------------------- 16
1.2 CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA SOCIAL -------------------------------------------- 17
1.3 SURGIMENTO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS----------------------------------- 19
1.3.1 A contabilidade de custos na atualidade-------------------------------------------- 20
1.3.2 Terminologia de custos nas empresas industriais-------------------------------
23
1.3.3 Sistemas de custeio------------------------------------------------------------------------ 24
1.4 A CONTABILIDADE GERENCIAL----------------------------------------------------------- 25
1.4.1 O contexto histórico da contabilidade gerencial---------------------------------26
1.4.2 Contabilidade gerencial e a tomada de decisão----------------------------------- 29
1.4.3 Contabilidade gerencial e os sistemas de informação------------------------- 32
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS --------------------------------------------------- 35
3 ANÁLISE DOS DADOS-------------------------------------------------------------------------- 38
3.1 ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS----------------------------------------------------------38
3.2 EXPLANAÇÃO E ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS------------- 39
CONSIDERAÇÕES FINAIS------------------------------------------------------------------------ 45
REFERÊNCIAS---------------------------------------------------------------------------------------- 48
APÊNDICES-------------------------------------------------------------------------------------------- 52
8
INTRODUÇÃO
Com as mudanças que vem ocorrendo no mundo globalizado, as empresas
são obrigadas a se adequarem ao novo modelo que impera na economia, como
forma de sobrevivência em meio a esse novo sistema instalado, no qual temos os
produtos e serviços em qualquer parte do mundo, no momento desejado. Forçando
assim as empresas a se adequarem cada vez mais a essa realidade, que move sem
precedentes toda a economia mundial. Ainda que intrínseca a modernidade, essa
concepção já era trazida a algum tempo, com o intuito de buscar evolução e
continuidade às empresas, “No intento de atingir essas expectativas, as empresas
devem investir em tecnologia e pesquisa, para desenvolver as respectivas
vantagens competitivas que lhes garantam conservar os clientes [...]”.GONZÁLES
(2002, p. 26)
Tendo em vista que, com a mudança proposta por esse sistema, o espaço
vai se escasseando proporcionalmente a inércia e falta de mobilidade dos recursos e
pilares que integram as entidades em questão, que são formados por pessoas,
informações, tecnologias e mutações constantes, que acabam por fazer surgir a
supracitada competitividade. Sendo que, a informação parece ser nos dias atuais, a
delimitadora ou a propulsora das outras mudanças, sendo para tal feito e de grande
relevância para a empresa, que se traga como escopo o aperfeiçoamento e
atualização do seu sistema de informações, por meio da utilização de novas
estruturas, mais avançadas, de controle e de análise, que venham a assegurar a
continuidade e permanência dos negócios da empresa.
Desta forma, é crível ainda, que os empreendedores que não estiverem
engajados nos processos de mudança, sejam eles: nos meios de produção, na
forma de gerir e de pensar, estarão sujeitos a extinção e a segregação em meio ao
turbilhão de alterações inerentes ao cotidiano das empresas, e as inovações
mercadológicas que se perfazem como pretensão ao sistema capitalista, implantado
e arraigado na maior parte das economias mundiais. Torna-se então, perceptível e
inevitável, a necessidade das informações atreladas a tomada de decisão.
Com advento da internet, assim como de outros meios de comunicação que
tornam cada vez mais próximas as informações por maiores que sejam os espaços
9
físicos, entre os pontos envolvidos nessa integração, bem como, as tecnologias
implementadas nos meios de produção e de interação entre produtores e
consumidores, faz surgir no atual cenário a permanente e constante necessidade da
rapidez na tomada de decisão, tendo em vista que esta expressão parece reger todo
o mecanismo de atuação das empresas, para que venham a obter êxito, no que
tange ao seu objetivo final, que é a continuidade e evolução, atrelada ao retorno do
capital investido e produtividade. A partir dessas idéias, é que observamos que as
influências da rapidez ao acesso aos dados disponíveis em um curto espaço de
tempo, não é uma preocupação restrita aos últimos anos, pois desde o inicio da
década passada isso já era perceptível.
A tomada de decisão a que mencionamos anteriormente, tem hoje uma
conotação diferenciada daquela que se tinha há tempos atrás, para entendermos a
complexidade do que mencionamos, refutamos a uma análise intrínseca dessa
temática, pois segundo Pereira “e outros” (2010, p. 138) “Decisão é o processo de
análise e escolha, entre várias alternativas disponíveis, do curso de ação que a
pessoa ou a organização deverá seguir.” Desta forma, o que tem se visto é que a
evolução trouxe consigo um leque de mudanças, inclusive a de que: a pouco tempo
atrás bastava ter um custo menor em um produto para se ter sucesso nas vendas,
hoje essa não é mais a questão principal, pois alem de se ter um preço acessível e
competitivo, os produtos e serviços necessitam de outros vários requisitos para se
perpetuarem no mercado e ganhar a confiança dos consumidores, que estão cada
vez mais exigentes, pois encontram nesse interím, um lugar ideal para se
transformar no principal elo de todo o sistema, sendo assim o personagem principal
para a manutenção deste mecanismo, podendo escolher em meio a diversas
possibilidades o que for mais conveniente. Porem, esta conjuntura fez com que,
ficasse ainda mais difícil a tomada de decisão, haja vista, o leque de dificuldades
que a circundam.
Ainda que tratar de custos não seja a meta principal quando se menciona
a estratégia atual das empresas do mundo globalizado, cada caso tem sua
particularidade, pois existem, desde empresas que tem garantida toda a venda de
sua produção, como as do ramo e mineração por exemplo, e que a preocupação
acaba por ser com a capacidade produção e não com a demanda, pois ela sempre
existe, a não ser em cenários atípicos em que a ocorrência de crises diversificadas,
10
a ocorrência de empresas que tem o serviço ou produto a disposição e sofrem com
a restrição de oferta, nesse sentido se manifestam, Kuratomi e Guerreiro (201, p. 01)
“Empresas hoteleiras, de aviação e os restaurantes apresentam restrições de ofertas
que limitam a utilização da contabilidade de custos no gerenciamento dos negócios.”
Pois aqui, observamos que a fluência contínua do escoamento da produção é
emperrada por outros motivos, onde seu principal problema não é a produção do
bem ou serviço, mas sim da incerteza de quem irá consumi-los. Desta forma ainda
segundo Kuratomi e Guerreiro (2011, p. 7) Para esse tipo de empresa, que registrem
a mencionada restrição, com relação a oferta, deixar de comercializar a quantidade
máxima de sua capacidade de produção, irá resultar em uma perda, pois não haverá
redução considerável ou mesmo ausência de custos ao deixar de vender o produto
e/ou serviço, sendo ainda agravado, pela não realização de receita.
A Contabilidade parece ter acompanhado o avanço retro caracterizado, pois
hoje a Contabilidade Gerencial permeia entre as principais responsáveis por todas
as mudanças inerentes a inovação aqui mencionada, em que as empresas estão
obrigadas a submeter-se, pois dela depende sua continuidade e melhoria, que de
fato são objetivadas pelos gestores, e proprietários do capital investido. A
contabilidade gerencial, está entrelaçada a questão da tomada de decisão, pois a
análise de toda a sistemática e envolvimento nesse processo, é possibilitada por
diversos mecanismos de suporte e reenquadramento ao que for pretendido, e que
se tem como meta em períodos pré definidos, desta forma percebemos que a
Contabilidade Gerencial engloba os processos de tomada de decisão.
A gestão de custos pode auxiliar muito na prosperidade das empresas, não
obstante, citamos a decadência da utilização da Contabilidade de Custos em alguns
setores de produção, mas quando utilizada de forma ultrapassada, como muitas
empresas ainda insistem em fazê-la, utilizando-se de mecanismos obsoletos, sem
investimentos e análises mais detalhadas acerca do assunto, além de que, devem
ser observadas as particularidades de cada empresa como mencionamos acima,
porém, uma contabilidade de custos bem implementada, com bases sustentadas na
evolução de todos os possíveis e perceptíveis instrumentos de real aplicabilidade,
nos mais diversos recursos envolvidos na produção, aliado a estudos e a busca dos
melhores resultados, sem dúvida, trará excelente recompensa para a empresa. É
assim que temos observado como ponto crucial para que se faça imergir uma
11
campanha sensata e correta de custos, que apresente bons resultados em meio a
um novo cenário, não bastando apenas às empresas baixarem custos, mas também
manterem produtos com elevado nível de qualidade.
A aliança entre Contabilidade Gerencial e Contabilidade de Custos pode ser
crucial para o desenvolvimento do que se espera numa empresa, pois o
encaminhamento rumo a uma gestão sólida requer uma análise detalhada das duas
áreas, para que assim os ganhos e demais resultados esperados possam surgir,
como conseqüência das decisões certas, no tempo exato, cumprindo-se assim o
papel esperado.
A problemática surge da seguinte forma: existe contribuição significativa da
contabilidade gerencial na gestão das empresas de cerâmica vermelha de Senhor
do Bonfim-BA?
Mostrar a necessidade e a importância do uso da Contabilidade aos
empresários não é fácil, ainda mais se tratando de micro empresas e (EPP)
empresas de pequeno porte, pois muitas vezes estes encaram a Contabilidade
como um mal necessário, e não como uma importante ferramenta de auxilio a
gestão das suas empresas, pois consideram apenas o ônus dos honorários
contábeis devidos a cada mês, e desconsideram as necessidades inerentes a
administração e continuidade que podem ser prestadas pela contabilidade.
As empresas que se norteiam por essas bases de administração dos seus
negócios, geralmente são de grande porte, pois possuem setores específicos para
tal função, tendo em vista a necessidade de adequação ao que já foi dito
anteriormente, além da comunicação e disseminação do conhecimento desta área
para os demais integrantes da alta administração, para isso, um profissional é
considerado de suma importância, pois esse é o papel desempenhado pelo
controller, que desempenha funções inevitáveis em relação a tomada de decisões,
representando função impar dentro da empresa, possibilitando o planejamento e a
execução das pretensões dos administradores.
Nas empresas de pequeno porte, ainda que não seja fácil a absorção da
necessidade que se tem das informações contábeis, é importante citar que apesar
de desobrigadas pela legislação a fazer escrituração de alguns livros contábeis,
12
esses são mecanismos de controle e que muitas vezes são o diferencial, pois seus
relatórios, são essenciais, na ocasião de se contrair empréstimos e financiamentos
nos bancos de fomento, que podem servir para dar alavancagem e fazer com que
estas se movimentem em meio a estagnação que muitas vezes afeta a economia,
ou apenas para reestruturação dos meios de produção que darão também uma
conotação de crescimento para as empresas.
Por meio da Contabilidade como um todo, em especial nestes casos da
Contabilidade Gerencial, é que conseguimos um planejamento sistemático, que
poderá elevar a empresa do patamar onde ela se encontra a algo superior, mas o
convencimento dos empresários depende muitas vezes da sua análise pessoal, que
pode encontrar-se engessada pela ausência de ousadia e inovação, que acaba
muitas vezes por levar a estagnação ou até mesmo a descontinuidade do negócio.
Sendo assim, a Contabilidade Gerencial, torna-se um dos principais
instrumentos de auxílio aos empreendedores, e aos gestores, no que tange a
tomada decisão, desta maneira, o objetivo geral deste trabalho é analisar a
contribuição da contabilidade gerencial na gestão das empresas de cerâmica
vermelha de Senhor do Bonfim-BA, enquanto nos objetivos específicos busca-se;
Identificar a necessidade da utilização da Contabilidade Gerencial para tomada e
decisão; Investigar a possibilidade de melhoria na competitividade mercadológica,
através da utilização da Contabilidade de Custos.
Levando em consideração o fato de que as empresas da Micro região de
Senhor do Bonfim- Bahia, que se destinam a produção de produtos destinados ao
mercado da construção civil, no segmento de produtos confeccionados com
cerâmica vermelha, que pode ser definida assim, segundo Lehmkuhl (2010, p. 2)
“Cerâmica é a denominação comum a todos os artigos ou objetos produzidos com
argila e que são queimados ao fogo. O nome procede da palavra grega keramos que
significa argila.” Sendo ainda, para maior detalhamento, necessária a explicitação do
que se trata cerâmica vermelha, que é aqui alvo deste estudo, ainda segundo as
idéias de Lehmkuhl (2010, p. 4), são materiais de coloração avermelhada que são
utilizados na construção civil, com diversificadas aplicações, sendo: tijolos, blocos,
telhas, elementos vazados, lajes, tubos, alem de outros utilizados como decoração,
na forma de vasos, bem como na confecção de utensílios para utilização domestica,
13
portanto indispensáveis, principalmente na construção civil, representando grande
parte dos materiais usados em uma obra .
A produção destes produtos, tem uma boa aceitação na micro região, sendo
estas empresas, geradoras de renda e emprego, bem como, considerando que
estas empresas deixam uma fatia considerável do mercado a cargo de industrias de
outras localidades do estado, como também de outros estados, a fatia do mercado
que vem sendo perdida para as demais indústrias com atuação na mesma área,
deve-se às telhas de cerâmica, e a outros produtos, que tem como fator principal, a
ausência de produção e a falta de preços competitivos para venda fora da região.
A produção de telhas de cerâmica tem tradição maior no estado do Ceará, no
que tange a região Nordeste, e é perceptível a invasão de produtos oriundos desta
região, deixando transparecer o espaço deixado pelas indústrias locais, com relação
a confecção e comercialização deste produto, que representa uma considerável e
importante integrante dos diversos componentes empregados nas construções, por
isso torna-se imprescindível a utilização da contabilidade Gerencial e de Custos no
aporte aos empresários locais, do ramo mencionado, com vistas a possibilidade de
melhorias e possíveis implantações de mecanismos para a produção desse tipo de
produto.
Uma análise sucinta do mercado regional, traz explicito em seus
demonstrativos a real demanda do produto, pois o mercado da construção civil
encontra-se numa abissal expansão, e apresenta-se contínuo e promissor, pois é o
que vem ocorrendo com o mercado da construção civil em todo o pais, pois as
políticas publicas no setor habitacional fazem com que, cada vez mais, as pessoas
tenham acesso a casa própria, conseqüentemente, aquecendo este tão importante
setor da economia, que sem duvida é uma força motriz para diversos tipos de
industria, como inclusive, o segmento em lide, que é um dos setores com maior
representatividade, e percentual de geração de empregos deste mercado.
A realização do presente trabalho justifica-se pela necessidade de
aproximação do tema à realidade da micro região, em consonância com a
mensuração da proximidade da utilização da contabilidade gerencial em adequação
aos moldes das empresas locais de produção industrial, com foco, nas que atuam
na produção de artefatos produzidos a partir da cerâmica vermelha, que se
14
perfazem como algo basilar para o desenvolvimento e expansão da industria da
construção civil, que acaba por englobar a anterior, por ter maiores influências e ter
uma abrangência com maiores dimensões, bem como a percepção da utilização das
informações contábeis no auxílio a tomada de decisão e ao gerenciamento da
entidade, assim como a melhoria no cenário mercadológico através da utilização da
contabilidade de custos.
Desta forma torna-se necessária e ampara-se a realização desta pesquisa,
pela possibilidade de contribuição à contabilidade gerencial, com o intuito de galgar
degraus de conhecimento rumo ao desconhecido, ou mesmo, ao que foi pouco
explorado, e que sempre é enriquecido com informações que se façam pertinentes
ao estudo em lide, visto que é um tema de interesse regional, podendo ainda ser
aplicado a outros ramos da contabilidade, seja para outros tipos de empresas, ou
mesmo para outras regiões.
Outro fator preponderante para a realização desta pesquisa, se dá pelo fato
de as pesquisas nesta área serem escassas, na região, ainda mais na questão
gerencial, pois constam poucos registros destas, principalmente que tenham ligação
a esta instituição de ensino, demonstrando ainda mais, a necessidade de pesquisa
nesta área, pois este trabalho irá auxiliar no entendimento de questões relacionadas
a contabilidade gerencial, e tomada de decisão baseada em custos, principalmente
nas micro e pequenas empresas de senhor do Bonfim- BA, tendo em vista que seu
objeto de estudo se insere neste contexto, ao mesmo tempo que analisa sua
utilização da real aplicabilidade nas mesmas.
15
1 REFERENCIAL TEÓRICO
1.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL
O presente capítulo tem por objetivo mostrar como os princípios que norteiam
a Contabilidade de Custos e Gerencial, estão ligados a uma boa administração nas
empresas, pois a contabilidade como instrumento de gerenciamento, além de ser
imprescindível para a continuidade de qualquer entidade, parte do pressuposto que
as decisões a serem tomadas, devem conter maior proximidade com as reais
possibilidades que podem ser alcançadas, e servem de suporte para decisões
futuras por parte dos administradores.
A modernidade trouxe várias alterações, no que concernem as decisões
inerentes a contabilidade gerencial atrelada a contabilidade de custos, pois o dever
de garantir a competitividade parece estar cada vez mais próximo destas duas áreas
tão afins da contabilidade, e o que parecia sem valor, hoje permeia dentre os mais
importantes pressupostos como atividades mantenedoras dos mecanismos de
continuidade no mercado.
O combate ao desperdício e a busca contínua do aperfeiçoamento passa a ser uma busca incessante pelas empresas que desejam ser líderes, ou mesmo continuar no mercado. Ferramentas para controle e redução desperdícios como Just-in-Time, Kaizen, Custo-meta, controle da qualidade total, entre outros são implementados com intuito de reduzir custos, eliminar desperdícios, aprimorar a qualidade dos produtos, qualificar a mão-de-obra, alavancando assim, uma busca contínua na melhoria dos processos com foco na qualidade e conseqüentemente na redução de custos. (PINTO, GOMES, 2010, p. 58)
A Contabilidade Gerencial cumpre assim os requisitos para o aprofundamento
dessa questão, no que tange a gestão de uma entidade, Jiambalvo (2002, p. 02) diz
que: “A meta da contabilidade gerencial é fornecer as informações de que eles
precisam para o planejamento, o controle e a tomada de decisão.”
Sendo que o desenvolvimento da contabilidade de custos, que inicialmente
teve outra finalidade, hoje se entrelaça com contabilidade para fins gerenciais, que
sem ela não existiria, pois a profundidade que a contabilidade de custos pode
alcançar, suprir as necessidades pertinentes a mensuração das dificuldades e
possibilidades ainda não exploradas na entidade.
16
Devido ao crescimento das empresas, com o conseqüente aumento da distância entre administrador e ativos e pessoas administradas, passou a Contabilidade de Custos a ser encarada como uma eficiente forma de auxílio no desempenho dessa nova missão, a gerencial. (MARTINS, 2003, p. 14-15)
Desta forma o que se pode dizer é que a tomada de decisão, parte
inicialmente da análise que pode ser feita através da contabilidade de custos, que se
mostra como algo basilar para sustentabilidade ao sistema gerencial em que esta
focada a empresa.
Pode-se considerar a contabilidade de custos como um sistema cujo objetivo é proporcionar à administração da empresa o registro do custo dos produtos, a avaliação dos estoques que geralmente representam um valor material em relação ao total do ativo, bem como proporcionar a análise do desempenho da empresa. (SANTOS “e outros”, 2006,p.13)
Diante dessa definição vemos que a contabilidade de custos é a principal
ferramenta do administrador, devido as condições mercadológicas implementadas
pela globalização, e a sua influência na lucratividade como fator preponderante para
qualquer empreendimento, seja ele industrial, comercial ou de outra natureza, tudo
isso é o que concerne ela o fato de buscar a mais eficiente forma de custeio para
que mantenha grande relevo no campo gerencial. O que concerne a empresa uma
análise estrutural, sistemática e efetiva, fazendo com que a empresa transforme
suas estruturas com o intuito de viabilizar uma continuidade sustentável e sólida
pautada na gerencia dos custos como algo basilar para as políticas futuras, que
estejam embasadas na reestruturação contínua e intrínseca a constante busca pela
correta tomada de decisão, “Tornar a empresa mais competitiva através da redução
de custos e oferecer produtos com qualidade é um processo que demanda observar
toda a cadeia de valor da empresa e fundamental para a sua sobrevivência.”
(PINTO, GOMES, 2010, p. 58)
1.2 CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA SOCIAL
A Contabilidade pode ser definida como a ciência que estuda o patrimônio,
que é, o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade, assim Santos “ e
outros” (2003, p. 62) dizem que: “ O objeto formal da contabilidade, que delimita o
compo de abrangência dessa ciência que pretende estudar, analisar e interpretar de
modo geral, é o estudo do patrimônio das entidades em seus aspectos qualitativos e
17
quantitativos.” Para que a consideremos como ciência, seguiremos com o que se
pode entender por ciência, segundo Sá ( 2008 p. 38) “ O conhecimento científico
exige universalidade, ou seja o saber explicar que condições e como as coisas
acontecem em qualquer lugar e aqualquer hora, sempre da mesma forma.”
Ainda seguindo as idéis de Sá (2008), acerca da definição da contabilidade
como ciência, podemos observar ainda como fator de inserção nesse campo o fato
de que ela cupre todos os requisitos necessários para tal classificação, pois é
reconhecida desta forma pelas mais eminentes Academias, pelas intectualidades
notáveis e gandes gênios da humanidade.
Contabilidade foi definida como a ciência que estuda o Patrimônio e suas modificações. Desta forma, com a evolução das sociedades, a necessidade de informações sobre a situação econômico-financeira das empresas multiplicou-se exponencialmente e a contabilidade é fundamental para divulgar essas informações e subsidiar decisões. Como parte integrante da sociedade e afetada por essa, a contabilidade é uma ciência social. (CARDOZO, TEZOLINI 2010, p. 3)
Para se chegar a estas explanações, existem diversos pilares que dão
sustentação a um crescente e diversifiacado arcabouço de idéias, que possibilitam a
construção contínua do conhecimento contábil e firmam a contabilidade como
ciência social, de extrema importância no desenvolvimento das naçoes, desta forma
sua colocação no campo das ciências sociais é inevitável, se levadas em conta a
lógica natural que se segue na observância de seu objeto de estudo, assim diz Sá
(2008, p. 42) “ O homem, o homem em sociedade, o patrimônio a serviço dele, o
patrimônio do homem a serviço da sociedade parecem ser fortes conexões que
alimentam uma justa classificação dos estudos contábeis no campo social.”
Ainda nesse sentido, de contabilidade como ciência social o Conselho
Federal de Contabilidade (CFC), pronuncia na Resolução Nº 774/94 em seu item
1.1.1 expressa que:
A Contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – e consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e busca das causas, em nível qualitativo semelhante às demais ciências sociais. A Resolução alicerça-se na premissa de que a Contabilidade é uma Ciência Social com plena fundamentação epistemológica. Por conseqüência, todas as demais classificações – método, conjunto de procedimentos, técnica, sistema, arte, para citarmos as mais correntes – referem-se a simples facetas ou aspectos da Contabilidade, usualmente concernentes à sua aplicação prática, na solução de questões concretas.
18
Sendo assim a Resolução 774/94 do CFC em seu item 1.1.1, trata da
contabilidade como ciência social buscando explicitar os motivos da sua real
aplicação, e participação no campo das ciências Humanas.
Quando da necessidade de se explicar as relações entre as variáveis que
afetam o patrimônio das entidades, constituíram-se postulados, princípios e normas,
que são válidas para a todas as entidades que se insira neste contexto, que
englobam todos os fatos ocorridos na entidade e preparam informações tanto para o
âmbito interno (administradores, diretores, gerentes etc.) quanto externo à entidade
(acionistas, governos, fornecedores etc.).
A Resolução do CFC nº 750/93, define os Princípios, que caracterizam o
conhecimento científico, delegandos a função de Pricípios Fundamentais da
Contabilidade, de acordo com o Art. 2º, “Os Princípios Fundamentais de
Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da
Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e
profissional de nosso País.”
Segundo o CFC (1994), esses princípios deverão nortear as atividades os
estudos do patrimônio das Entidades, e são assim elencados em seu artigo 3º:
Princípio da Entidade, da Continuidade, da oportunidade, do Registro Pelo Valor
Original, da Atualização monetária, da Competência, e da Prudência.
1.3SURGIMENTO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
De acordo com Kroetz (2001), a contabilidade de custos tem seu surgimento
a partir da contabilidade financeira, quando surgiu a necessidade da avaliação dos
estoques nas indústrias, o que aconteceu na Revolução Industrial, antes disso os
produtos eram confeccionados por artesãos e logo depois nas manufaturas, sem, no
entanto, constituírem empresas, e portanto, sem a preocupação, ou domínio do
calculo dos custos inerentes a produção, exercendo apenas o conhecimento
empírico para a administração dos seus negócios, com o advento das industrias,
surgiu a necessidade de se ter um maior controle das operações, devido a expansão
da produção.
19
Observando assim, a Contabilidade Financeira servia bastante para fins
comerciais, mas não para as recém formadas indústrias, para Martins (2003, p.13),
“Até a Revolução Industrial (século XVIII), quase só existia a Contabilidade
Financeira (ou Geral), que, desenvolvida na Era Mercantilista, estava bem
estruturada para servir as empresas comerciais.”
Um dos fatores que mostram a deficiência da contabilidade financeira rumo a
nova conjuntura de ordenamento da produção, pautada em indústrias, era o fato da
mensuração dos estoques serem baseados em produtos já prontos, pois as
empresas que se utilizavam da contabilidade eram comerciais, e não industriais,
servindo assim apenas para apuração do resultado do exercício, que contabilizava
os estoque ao final, levando em consideração as compras, e as mercadorias que
restavam, em relação a esse processo.
Para a apuração do resultado de cada período, bem como para o levantamento do balanço em seu final, bastava o levantamento dos estoques em termos físicos, já que sua medida em valores monetários era extremamente simples: o Contador verificava o montante pago por item estocado, e dessa maneira valorava as mercadorias. (MARTINS, 2003, p. 13)
Partindo dessa idéia, observamos que o que acontece numa indústria, é muito
mais complexo, não podendo assim, ser estudado apenas por essa ótica,
principalmente na observação dos estoques, pois essa relação deve ser mais
intrínseca a contabilidade de custos, pois os estoques que a empresa dispunha no
final de exercício não se tratava apenas de produtos acabados, prontos para a
venda, continha também matérias-primas, produtos em processo, nos mais variados
estágios de completude, dificultando assim a alocação da mão-de-obra, das
matérias-primas empregadas, bem como de outros custos inerentes ao sistema
produtivo.
1.3.1 A contabilidade de custos na atualidade
Com o desenvolvimento da Indústria e a das necessidades a que
contabilidade de custos foi submetida ao longo dos anos, ela evoluiu e se
transformou numa ferramenta de suporte a suplementar as diversas áreas da
contabilidade passando a gerar informações, não só para controle, mas também
para o planejamento e tomada de decisão.
20
A contabilidade de custos cuja função inicial era a de fornecer elementos para avaliação dos estoques e apuração do resultado, passou nas ultimas décadas, a prestar duas funções muito importantes na contabilidade gerencial: a utilização dos dados de custos para: AUXILIO AO CONTROLE E PARA TOMADA DE DECISÕES. (SANTOS “e outros”, 2006, p.11)
A partir daí é perceptível a análise da evolução da contabilidade custos, para
entendimento de como ela conseguiu conquistar e manter espaço nas oscilações
pelas quais passou, com variação nos diversos modos de produção das indústrias
ao longo do tempo, surgindo como técnica independente e sistemática, nos Estados
Unidos, envolvendo a produção industrial, estudando principalmente as questões
relacionadas aos problemas de mão-de-obra e que repercutiam no custo industrial,
passando aprofundar-se nas observações ao os custos de material consumido,
diretamente na produção, bem como a procura pelo entendimento maior com
relação custos que não estão diretamente ligados a produção, chamados de custos
indiretos de fabricação.
Chegando assim, depois da inevitável equidade com a necessidade, a um
patamar decisório nas decisões empresariais, de acordo com Martins (2003, p.15)
“[...] a Contabilidade de Custos acabou por passar, nessas últimas décadas, de mera
auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais para importante arma de controle
e decisão gerenciais.”
Fica claro também que as tendências de mercado, que forçam as empresas a
estarem sempre evoluindo, torna sua aplicabilidade eloqüente, como fundamentado
por Martins (2003) “Isto ocorre pois, devido à alta competição existente, as
empresas já não podem mais definir seus preços apenas de acordo com os custos
incorridos, e sim, também, com base nos preços praticados no mercado em que
atuam.” Desta forma podemos ver ainda que, “Em meio a este mercado turbulento,
incerto e globalizado a análise estratégica de custos torna-se um diferencial
competitivo e essencial à subsistência da empresa”. (PINTO, GOMES, 2010, p. 61)
Por conseqüência desta atuação chegamos as várias utilizações da
contabilidade de custos nas empresas da atualidade segundo as idéias de Santos “e
outros” (2006), é possível identificar quatro grandes campos de abrangência e
aplicação de custos na empresas, que são: abrangência de aplicação contábil;
aplicações vinculadas ao planejamento; aplicações controle. E desta forma
percebemos as novas características a qual se inserem as aplicações que são
dadas aos custos.
21
O controle de custos torna-se relevante devido ao fato de que alguns custos podem ser identificados mediante controle e evitados mediante a aplicação de alguma ferramenta. O aperfeiçoamento contínuo através do aprendizado da organização e a identificação pelo o que adiciona valor e a eliminação do que não adiciona valor ao produto e serviço são itens importantes para a criação de uma forte vantagem competitiva para a empresa. (PINTO, GOMES, 2010, p. 60-61)
Sendo assim, todas as empresas deveriam estar norteadas a tomadas de
decisões com base na análise de uma melhoria em seu sistema de custos, que
desencadearia melhoria na qualidade como fator decisivo, porém não é sempre
assim acontece, pois muitas vezes as empresas se negam a implantação e
desenvolvimento de uma adequada e estruturada implementação do sistema
supracitado, pela cultura e idéia de que isso geraria uma elevação nos custos, em
vez de procurar sua otimização como uma conseqüente melhoria na qualidade dos
produtos ou serviços oferecidos.
As organizações possuem custos ocultos sempre resultado direto da falta de qualidade. Exemplos destes custos ocultos são as vendas não concluídas por falta de treinamento do pessoal de vendas, por falta de qualidade no produto e por demora na entrega de mercadorias para citar alguns. Além disto, as organizações possuem ainda custos identificáveis resultado direto da falta de qualidade. Exemplos destes custos são as devoluções de vendas por não atendimento às necessidades dos clientes, o atendimento a garantias, o desperdício ocorrido na produção, o retrabalho para consertar produtos defeituosos, entre outros, que geram custos que poderiam ser evitados. Identificar estas oportunidades, e então, aperfeiçoar a qualidade e assim, eliminar os custos associados (ocultos ou não), torna a empresa mais lucrativa e competitiva. A vantagem de tomar providências sobre os custos da falta de qualidade é uma efetiva chance da empresa aumentar seus lucros sem aumentar suas receitas. (PINTO, GOMES, 2010, p.58)
Porém apesar de muitas empresas e muitos profissionais se utilizarem da
contabilidade de custos e a considerarem de suma importância e relevância para
aplicações nos campos mais variados da contabilidade, ela não é unanimidade junto
aos usuários, estudiosos e pesquisadores desta ciência, fato que se comprova com
a observância feita à teoria das restrições, de acordo com Cogan (2007 p.8) “[...] a
teoria das restrições (TOC – Theory Of Constraints) foi criada pelo físico israelense
Eliyahu Goldratt, que, com ela, tornou-se importante consultor de gestão
empresarial.” Com base nessa teoria os custos não podem ser calculados por
conseqüência de fatores como a inviabilidade do rateio dos custos fixos com
precisão, bem como afirma que a empresa não necessita determinar os custos, ou o
lucro dos produtos, mas lucro total.
22
[...] Hoje toda a comunidade financeira despertou para o fato de que a contabilidade de custos não é mais aplicável e que algo deve ser feito. Infelizmente, não está voltado aos fundamentos, à lógica das demonstrações financeiras e procura dar respostas para estas importantes questões de negócio. Em vez disso a comunidade financeira está totalmente imersa em uma tentativa de salvar uma solução obsoleta [...] (GOLDRATT [19??] apud COGAN, 2003, p. 10)
A Teoria das restrições aponta como principal meta para as organizações
ganhar dinheiro, então a forma como isso vai ser possível pode ou não passar por
uma boa fluência análise dos custos da mesma, assim menciona Kuratomi e
Guerreiro (2011, p. 4 apud GOLDRAT, 2002) “A meta de qualquer organização e
ganhar dinheiro hoje e no futuro. Restrição é qualquer coisa que impede o alcance
da meta da empresa”. Reforçando ainda a necessidade da determinação dos reais
impedimentos ao atingimento da meta, que são aqui denominados gargalo.
De acordo com as idéias e Kuratomi e Guerreiro (2011, p. 4) “Para a teoria
das restrições, o ideal e a decisão que potencialize o ganho, contudo qualquer
decisão que gere um impacto positivo no retorno sobre o investimento estará
aproximando este sistema a meta da empresa.”
1.3.2 Terminologia de custos nas empresas industriais
Para o entendimento das ações implementadas pelas atividades da
contabilidade de custos, para que se chegue a resultados contábeis, devemos saber
que estão ligadas a diversas classificações, destinguindo o que vem a ser: gasto,
desembolso, investimento, custo, despesa e perda, da seguinte forma:
a) Gasto — Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).b) Desembolso — Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço.Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto defasada ou não do momento do gasto.c) Investimento — Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s).d) Custo — Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços.O Custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço.e) Despesa — Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas f) Perda — Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. (MARTINS, 2003, p. 17)
23
Nas empresas industriais, a implantação da contabilidade de custos é
iminente, devido a complexidade da aplicabilidade final dos preços a seu leque de
produção, haja vista a dificuldade encontrada, para a alocação dos fatores
financeiros ligados ao envolvimento com todos os setores e fases pelos quais
passam os produtos provenientes desse processo, até que se chegue ao custo do
produto.
Pela própria definição de custo, podemos entender, ainda mais sabendo da origem histórica, por que se generalizou a idéia de que Contabilidade de Custos se volta predominantemente para a indústria. É aí que existe a produção de bens e onde a necessidade de seu custeamento se toma presença obrigatória. (MARTINS, 2003, p. 18)
Sendo assim na indústria é que se observa a maior necessidade de se ter um
sistema de custos eficiente, mas é valido lembrar , que deve-se atentar para o fato
de que esta área da contabilidade e aplicável e indicada a todos os tipos de
negócios como empresas de serviços, comerciais dentre outras, para que se possa
gerir a empresa de forma sensata e segura, procurando sempre a otimização dos
setores mais deficitários, que serão, a partir das analises de custos, melhor
identificados.
1.3.3 Sistemas de custeio
De acordo com Santos (2006) Os sistemas de custeio, influenciam bastante
no tratamento dos custos em uma empresa, eles são as maneiras de se apropriar os
custos, esses métodos podem ser descritos como: custeio por absorção, custeio
variável e custeio por atividade (Actívity-Based Costing - ABC), além outras formas
menos utilizadas; para que sucintamente seja dada a uma analise introdutória de
cada um deles, é necessário que seja feita uma simplória explanação da
classificação dos custos, que se distribuem em custos diretos e indiretos e fixos e
variáveis; os custos diretos são aqueles aplicados diretamente ao produto ou
serviço; enquanto os indiretos, são todos os outros custos, que não estão
diretamente ligados aos produtos ou serviços e por isso dependem de algum critério
de rateio para que seja atribuído a produção; custos fixos são aqueles que não se
alteram em relação ao volume de unidades produzidas; e os custos variáveis são os
que dependem da quantidade produzida, e são alterados a medida que esta
aumenta ou diminui.
24
Desta maneira, podem ser melhor visualizados os métodos
supramencionados, custeio por absorção, se faz pela absorção de todos os custos,
sejam eles diretos e indiretos, fixos e variáveis, assim diz, Santos “e outros” (2006,
p.77) “No método de custeio por absorção a totalidade dos custos de fabricação, isto
é fixos e variáveis, é incluída no custo produto.” O custeio variável, também é
conhecido como custeio direto, pois considera que só devem ser apropriados ao
produto os custos e as despesas variáveis, nesse pensamento pronuncia Martins
(2003, p.142), “ [...] no Custeio Variável, só são alocados aos produtos os custos
variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período,
indo diretamente para o Resultado; para os estoques só vão, como conseqüência,
custos variáveis”.
Já o método de custeio por atividade (ABC), pode ser analisado sob o
enfoque de um método que procura reduzir as deformidades e deficiências, levadas
a efeito com vistas na utilização dos rateios arbitrários, em relação aos custos
indiretos, assim Jiambalvo (2002, p. 33) diz que “[...] o custeio baseado em
atividades (ABC) é um método de atribuição dos custos indiretos aos produtos que
utilizam inúmeras bases de alocação diferentes. Na abordagem do ABC, as
principais atividades que originam os custos indiretos são identificadas.”
Porém, nem todos os métodos de custos são aceitos pela legislação
brasileira, que requer a utilização do custeio por absorção, pois para o fisco, este
cumpre todos os requisitos necessários a legislação vigente e aos Princípios
Contábeis.
1.4 A CONTABILIDADE GERENCIAL
A contabilidade gerencial parece não ter mais, hoje, na atual conjuntura da
economia globalizada, como sair de cena, pois apresenta-se como característica
limítrofe ao sucesso das empresas da nossa era, objetivo pelo qual se desenvolve e
cria novos mercados de atuação e prossegue, transpondo barreiras impostas por
competitividades mercadológicas iminentes, e inevitáveis, propiciadas ainda, por
uma leva de consumidores modernos e cada vez mais exigentes e sedentos de
novas tecnologias e produtos, tudo isso combinado com exploração proficiente da
acirrada concorrência dos empresários capitalistas, possibilitando a eles extração de
25
um dos poucos bons resultados da competição globalizada, que são as inovações
tecnológicas e redução progressiva de preços em produtos similares, de um mesmo
segmento.
Os clientes de hoje estão exigindo novos produtos e serviços a uma taxa crescente. A intensidade da competição internacional forçou muitas empresas a aumentar a velocidade de inovações de novos produtos e serviços para comercializá-los a um custo o mais baixo possível. Felizmente também estão sendo desenvolvidas inovações nos métodos de contabilidade gerencial, como ferramentas para mensurar e avaliar o desempenho de atividades de projeto e desenvolvimento de produto. (ATKINSON “e outros” 2008, p. 674)
Neste sentido percebe-se que a contabilidade gerencial está pautada nas
referencias de mercado que estão inseridas, as empresas que a utilizam como
elemento crucial a suprimir as necessidades que venham a desencadear com o
desenvolvimento que indubitavelmente irá aflorar no decorrer do tempo. Isso é
possibilitado, através de um conjunto de ações desenvolvidas a fim de solucionar os
problemas interpostos no caminho da administração, que atuem como empecilho,
afugentando o progresso.
a informação contábil gerencial expandiu-se para envolver a informação operacional ou física (não financeira), com qualidade e tempos de processo, bem como uma informação mais subjetiva, como mensuração da satisfação do cliente, capacidade do funcionário e desempenho de novos produtos. (ATKINSON “e outros” 2008, p. 36)
Sendo assim, a contabilidade gerencial mostra que é um dos instrumentos
mais influentes para auxiliar a gerência de uma empresa, seus relatórios abrangem
os diferentes níveis hierárquicos e servem como ferramenta indispensável nas
tomadas de decisões, derivando um grande poder na influência do processo de
planejamento estratégico empresarial e no orçamento, e é destinada aos usuários
internos da contabilidade, sendo por tanto opcional para as empresas.
Todas as empresas devem tomar como bases os conceitos implementados
pela adoção da contabilidade gerencial, independentemente de serem de pequeno
médio ou grande porte, para direcionarem seus negócios, além de procurarem
utilizá-la também como um instrumento de análise de desempenho, monitorando os
resultados auferidos e conseguindo como contrapartida uma maior segurança nas
operações presentes e futuras.
1.4.1 O contexto histórico da contabilidade gerencial
26
O surgimento da contabilidade gerencial se confunde as vezes com o
surgimento da contabilidade de custos, que como foi aqui mencionada, datada da
Revolução Industrial, e servia para suprimir as necessidades das indústrias que
necessitavam de cálculos mais precisos na gestão dos custos, não fossem as duas
áreas tão afins, tornaria difícil o entendimento e a separação das origens de cada
uma, a contabilidade gerencial, surgiu também nessa época, como instrumento
capaz e dinâmico, próprio a fornecer informações úteis que auxiliem o
gerenciamento dos negócios.
A demanda por informação contábil gerencial pode estar relacionada aos primórdios da Revolução Industrial nas tecelagens, no artesanato de armas e de outras operações manufatureiras. Por exemplo, os registros das tecelagens do inicio do século XIX mostram que seus gerentes recebiam informações sobre o custo horário de converter matéria-prima (algodão) em produtos intermediários (fio e linha de costura) e produtos acabados (tecidos) e o custo por quilo de produto por departamento e por operário. (ATKINSON “e outros” 2008, p. 39)
Essas ações seriam tomadas com bases segundo as idéias de Atkinson “e
outros” (2008) para controlar e melhorar a eficiência, e para as decisões de preço e
mix de produção, desta forma teriam bases para aquisição de mais máquinas,
quando fossem realmente necessárias e mensurar a eficiência diferenciada de cada
funcionário compensando-os de acordo com a produção.
Existem várias etapas em que a contabilidade gerencial parece entrar em
confronto com a contabilidade financeira, pois a contabilidade financeira está mais
voltada para demonstração dos resultados econômico-financeiros, e no cumprimento
dos princípios contábeis geralmente aceitos, tudo isso destinado aos usuários
externos, que de acordo com as idéias de Oliveira ([200-?]), podem ser
representados por: Instituições financeiras, ao conceder ou não empréstimos, ou
mesmo estabelecer valores, taxas, prazos e garantias para os mesmos;
fornecedores em geral, quando da análise na concessão de crédito; investidores, no
questionamento de se investir ou não em ações na bolsa de valores; ao fisco, na
verificação ao cumprimento da legislação tributária, bem como na busca por indícios
de sonegação de tributos; dentre outros.
A contabilidade financeira lida com a elaboração e a comunicação de informação econômica sobre uma organização ao publico externo: acionistas, credores ( bancos, financeiras e fornecedores), órgãos reguladores e autoridades governamentais e tributarias. A informação
27
contábil financeira comunica ao público externo as conseqüências das decisões e as melhorias de processos feitas por administradores e funcionários. (ATKINSON “e outros” 2008, p. 37)
Já a contabilidade gerencial tem sua atenção voltada, internamente, na
aquisição de informações contábeis capazes de facilitar a tomada de decisão
gerencial. Estas informações não são necessariamente somente financeiras, como
ocorre com aquela, mas podem ser também de ordem quantitativa e qualitativa, pois
não só analisam números e situações engessadas, mas também dados e situações
que sofrem mutações constantes; a contabilidade gerencial se diferencia também
por estar mais ligada ao planejamento futuro, do que registrar os fatos ocorridos,
como ocorre na contabilidade financeira.
Mas é defensável que elas não devam ser tão separadas conceitual e
usualmente, pois, o limite entre elas é difícil de ser determinado, já que, é
perceptível em varias ocasiões entrelaçamento entre técnicas contábeis utilizadas
na contabilidade financeira, que são bastante tradicionais, e as gerenciais.
Não devemos superestimar as diferenças entre contabilidade financeira e contabilidade gerencial em função dos seus respectivos grupos de usuários. Os relatórios de contabilidade financeira visam principalmente aos usuários externos e os relatórios de contabilidade gerencial visam principalmente aos usuários internos. No entanto, os gerentes também fazem uso significativo dos relatórios de contabilidade financeira e os usuários externos ocasionalmente requerem informações financeiras que são normalmente consideradas apropriadas para os usuários internos. Por exemplo, os credores podem pedir à administração que lhes forneça projeções detalhadas de fluxo de caixa. (JIAMBALVO, 2002, p. 04)
As demonstrações contábeis representam, a parte visualizável do limite entre
a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial, pois representam elementos
que servem preponderantemente aos usuários externos, fator este que não exclui a
possibilidade de elas darem suporte e sustentabilidade a análise do desempenho,
que são próprios da atividade gerencial.
As diferenças são ficam mais dedefinidas quando comparadas lado a lado,
para que tenha visão mais imperiosa dessas duas grandes vertentes da
contabilidade de acordo com o Quadro
1.1.
Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial
Audiência Externa: acionistas, credores, autoridades tributárias.
Interna: funcionários, gerentes, executivos
28
PropósitoRelatar o desempenho passado ao público externo; contratos com proprietários e credores.
Informaras decisões internas toma- das por funcionários e gerentes; dar feedback e Controlar desem -penho operacional.
Posição no Tempo Histórica; atrasada Atual orientada para o futuro.
Restrições Reguladas: regras direcionadas por princípios gerais aceitos pela contabilidade e por auto -ridades governamentais.
Desregulamentada; sistemas e informações determinados pela administração para atender às necessidades estratégicas e opera- cionais.
Tipo de Informação Apenas mensurações financeiras Mensurações financeiras opera-cionais e físicas sobre processos, tecnologias, fornecedores clientes e concorrentes
Natureza da Informação
Objetiva, auditável, confiável,consistente, precisa.
Mais subjetiva e sujeita a juízo de valor; válida, relevante,precisa.
EscopoAltamente agregada; relatórios sobre a organização total.
Desagregada, informa decisões e ações locais.
Quadro 1.1 - Características básicas das contabilidades financeira e gerencial.Fonte: ATKINSON “e outros” (2008, p. 38)
Sendo possível a partir da observação do Quando 1, melhor identificar as
fronteiras da diferenciação entre as contabilidades gerencial e financeira, bem como
as utilizações de cada uma delas.
1.4.2 Contabilidade gerencial e a tomada de decisão
A tomada de decisão, está expressa em uma gama de questionamentos, que
imersos em um conjunto de idéias, transformarão esta, na principal determinante
para o sucesso de uma empresa, com bases fundamentadas na contabilidade
gerencial. E o que ocorre hoje nas organizações empresariais é a busca da meta
final, que é a continuidade e o aumento na produtividade consequentemente na
lucratividade dos negócios, que são possibilitadas através das decisões oriundas da
contabilidade, assim entendem Pinto e Gomes (2010 p. 61) “O papel da
contabilidade na organização moderna passa a ser de gerenciamento e controle de
custos, com o intuito de se obter uma vantagem competitiva em relação aos
concorrentes”. Sendo esta, uma das responsabilidades da contabilidade gerencial.
29
A tomada de decisão é parte integrante do processo de planejamento e controle – as decisões são tomadas para recompensar ou punir os gerentes, para alterar as ações ou revisar os planos. A empresa deve adicionar um novo produto? Deve abandonar um produto existente? Deve fabricar um componente usado na montagem do seu principal produto ou contratar uma outra empresa para produzi-lo? Que preço a empresa deve cobrar por um novo produto? Essas perguntas indicam apenas algumas das decisões-chave que as empresas enfrentam. E a forma como tomam essas decisões irá determinar sua rentabilidade futura e possivelmente sua sobrevivência. (JIAMBALVO, 2002, p. 3)
Vista a importância da tomada de decisão, que finda sendo algo intrínseco a
exploração máxima das técnicas contábeis atreladas as gerenciais, observa-se
também que deve-se depositar total autonomia a quem couber tais
responsabilidades, pois a estes profissionais são incumbidas diversas atividades de
grande relevância e expressão, e em vários momentos ele será colocado sob o
limiar do gerenciamento e do amplo conhecimento contábil, quando da necessidade
de argüir sobre todos os assuntos discutidos. Para delegação desta função
incomensurável, ninguém melhor do que o contador, que aqui atuando como
controller, terá que aplicar todo o conhecimento contábil e seguir com o
embasamento nas novas vertentes desta ciência, evoluindo constantemente.
Quem é responsável por preparar as informações necessárias para o planejamento, o controle e a tomada de decisão? Na maioria das organizações, a posição contábil no topo das organizações é ocupada pelo controller. O controller prepara os relatórios para o planejamento e a avaliação das atividades da empresa (p. ex., decisões relacionadas á compra de equipamentos de escritório ou decisões relacionadas a adicionar ou a abandonar um produto). O controller também é responsável por todos os relatórios de contabilidade financeira e pelo cumprimento das exigências fiscais perante a secretaria da Receita Federal e outros órgãos governamentais, bem como pela coordenação das atividades dos auditores externos da empresa. (JIAMBALVO, 2002, p. 8)
Porém, seu entendimento não poderá ser circunscrito apenas ao vasto
conhecimento em contabilidade financeira e gerencial, apesar destes serem
bastante significativo e admirável, terá que possuir diversas outras habilidades
correlatas a os mais altos postos executivos, pois irá gerenciar atividades de um
crescente e bem preparado grupo de colaboradores.
Para ser um ator importante no corpo gerencial você vai precisar das habilidades exigidas de todos os executivos de alto nível – excelentes habilidades de comunicação escrita e oral, habilidades interpessoais sólidas e um profundo conhecimento da indústria em que sua empresa compete. (JIAMBALVO, 2002, p. 8)
Para que se faça valer esse papel, de determinante do desenvolvimento
empresarial, a contabilidade gerencial através da tomada de decisão como
30
instrumento preponderante na gestão das empresas modernas, é necessário que
vários procedimentos sejam seguidos em um roteiro pré-determinado, e definido
como objetivo final a ser alcançado. Como o foco principal é a tomada de decisão os
passos para que se chegue até ela são: planejamento a avaliação e o controle,
todos estes procedimentos, se seguem após outra série de atividades de gestão que
devem ser adotadas, para a que haja uma efetiva substituição aos quadros atuais
em se encontra a empresa, trazendo para si a melhor forma de gerir os recursos
disponíveis ao seu panorama de trabalho, cumprindo assim o que a contabilidade
gerencial representa para a tomada de decisão.
A contabilidade gerencial é definida pelo Institute of Manegement accountants (Instituto de Contadores Gerenciais) como o processo de identificação, mensuração acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação das informações financeiras usadas pela administração para planejar, avaliar e controlar uma organização e assegurar o uso apropriado e a responsabilização por seus recursos. (ATKINSON “e outros” 2008, p. 67)
O planejamento se perfaz com a necessidade que surge na empresa antes de
se iniciar e tomar qualquer atitude, no que tange a amplitude de abrangência do
extenso campo da contabilidade gerencial, por isso, são precedidos a ele tantas
outras iniciativas, que explicarão seus propósitos, e lhe darão sustentabilidade, para
que desta forma, se consiga chegar ao real propósito, que foi almejado, podendo
assim ser concretizado, Atkinson e “outros” (2008 p. 566) dizem que: “O primeiro
passo do planejamento é identificar o que os proprietários esperam (por exemplo,
aumento da riqueza) de suas participações na empresa. As expectativas dos
proprietários tornam-se objetivos primários da empresa.”
Ainda seguindo as idéias de Atkinson”e outros” (2008) percebemos que o
planejamento é seguido ainda pela escolha de estratégias para que se possa
alcançar os objetivos primários de uma empresa, a estratégia poderá ainda ser
agrupada em duas, sendo uma, a identificação das alternativas que a empresa pode
usar para competir pelos clientes; e a outra, é a avaliação dessas opções
competitivas em relação às capacidades das partes interessadas ou intervenientes
na empresa, expressa pelas relações ou contratos entre empresa, fornecedores,
funcionários e comunidade.
31
Para tal processo uma ferramenta se mostra muito importante, pois irá
possibilitar a programação dos eventos a serem seguidos para o cumprimento da
meta anteriormente planejada, e é denominada orçamento.
Orçamento é uma expressão quantitativa das entradas e saídas de caixa usada para determinar se um plano financeiro atingirá as metas organizacionais. Um orçamento apóia os papéis gerenciais de planejamento e controle, provendo os meios para expressar planos e fundamentar as atividades de controle. (ATKINSON “e outros” 2008, p. 502)
A avaliação pode ser entendida como uma forma de acompanhar e monitorar
a implementação do planejado, e para tal tarefa, se utiliza da formação padrões para
uma análise comparativa do que esta sendo cumprido, com que foi definido como
meta. Desta forma, deve ser focada como uma auxiliar no processo de
desenvolvimento do planejamento, e nesse sentido pode ser definida segundo,
Atkinson e “outros” (2008, p. 566) ao dizer que: “ Julgamento das implicações dos
eventos históricos e esperados e ajuda na escolha do curso de ação ótimo; a
avaliação inclui transformar dados em tendências e relacionamentos; comunicação
pontual e efetiva das conclusões extraídas das análises.”
Instrumento de monitoramento, e mais efetivamente de correção, que atua
através da fiscalização de desempenho do que foi acordado e definido como
possível pela administração quando da implantação da atividade gerencial pela
empresa, ao planejar algo com real viabilidade, este instrumento é denominado de
controle. De acordo com as idéias de Herrera (2007) o controle se vale das
seguintes instituições para sua execução, acompanhamento, que será feito através
da medição, coleta e registro de informações resultantes da execução de uma
atividade; avaliação de dados diversos; e posteriormente, análise e divulgação das
informações resultantes desta avaliação, além de prevenir que os erros das etapas
presentes se alastrem pelas demais etapas da produção.
1.4.3 Contabilidade gerencial e os sistemas de informação
Como podemos observar a tomada de decisão é de suma importância para
uma empresa, haja vista as transformações econômicas do mundo capitalista e
globalizado, e para que surtam efeito, as informações tem que acompanhar a
velocidade acelerada do desenvolvimento tecnológico, mencionando Jones, Ribeiro
e Silva (2009 p. 21) “A informação tem o seu papel de destaque como instrumento
32
fundamental para garantir um processo de tomada de decisões eficaz”. E é a partir
dai que entram os sistemas de informação, que têm por objetivo gerar informações
para a tomada de decisões, por intermediação de um processo que começa pela
coleta dados, o processamento e transformação destes em informações que possam
ser úteis para a contabilidade, “os Sistemas de Informações são apresentados como
determinantes para o sucesso do processo de planejamento e controle financeiro, e
principalmente para instrumentalizar o processo de tomada de decisão”. (JONES,
RIBEIRO, SILVA, 2009 p. 21)
dado: elemento em estado bruto, primário e isolado, sem significação capaz de gerar uma ação. A título de exemplo, podemos citar: ativo, passivo, capital, lucro, vendas, etc. Logo, há necessidade de algum tipo de processamento para se chegar a uma conclusão ou observação sobre a empresa; informação: é o dado trabalhado e processado dentro das especificidades exigidas pelos usuários, com significado próprio, relevante e utilizado para causar uma ação proveniente do processo de tomada de decisão. Prosseguindo o mesmo juízo do exemplo anterior, o ativo de uma empresa devidamente estruturada e organizada, agregado a outros dados como vendas, passivo e lucro, pode informar o giro do ativo, a participação de capital de terceiros e o retorno sobre o investimento; sistema: combinação de partes coordenadas para um mesmo resultado, ou de maneira a formar um conjunto organizado. (SILVA, [200-?], p.3)
Para que toda essa sistematização do conhecimento contábil seja possível, e
bem utilizada, é indispensável que se tenha celeridade no processo de evolução
tecnológica, para que se concretize como instrumento de gestão e desenvolvimento,
sendo assim, estes sistemas são cada vez mais aprimorados para que cumpram as
necessidades evolutivas concernentes a geração de informações, pois não basta
mais gerar informações para uso contábil, é necessário que elas tenham um nível de
confiabilidade elevado, sejam precisas e cheguem com ampla velocidade aos
usuários. É através da implantação da TI (tecnologia da informação) que são
possibilitadas todas as etapas e funcionalidades dos sistemas de informação, pois
se utiliza de varias inovações como desenvolvimento constante de novos softwares,
e hardwares, e comunicação para a implantação e o bom desempenho do sistemas
de informação.
É de fundamental importância que cada empresa tenha como objetivo permanente o aperfeiçoamento e atualização do seu sistema de informações, através da utilização de mecanismos avançados e modernos de controle e de análise, que assegurem a continuidade e permanência dos negócios da empresa, bem como, garantam o subsídio de informações necessárias ao processo de tomada de decisões e avaliação adequada do desempenho empresarial. (JONES, RIBEIRO, SILVA, 2009, p. 25)
33
Só assim a empresa irá conseguir se adequar a nova ordem mundial, que
exige cada vez mais das empresas, como forma de cobrança nos diversos setores
envolvidos na produção e aprimoramento das relações comerciais, a que estão
sujeitas por conta da rapidez e da exigibilidade proposta pela iminente e veemente
cobrança imposta pela globalização, que corrobora com necessidade de
informações.
34
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Foi desenvolvido um trabalho de pesquisa através de uma abordagem
exploratória, que irá expor um assunto pouco estudado na região, e dependerá de
ampla pesquisa, além de ser também descritiva, pois serão descritos fatos a serem
estudados, auxiliados por procedimentos diversificados, que vão estar amparados
por pesquisas de campo, implementadas, por intermédio de estudo de caso, neste
sentido, Prestes (2008, p. 26) se manifesta da seguinte forma: “Na pesquisa
descritiva, se observam, registram, analisam, classificam e interpretam os fatos, sem
que o pesquisador lhes faça qualquer interferência. Assim o pesquisador estuda os
fenômenos do mundo físico e humano, mas não os manipula.” Sendo assim esses
conhecimentos imprescindíveis adquiridos nas pesquisas bibliográficas, que
nortearão o cunho cientifico da pesquisa, tudo isso feito através de uma abordagem
qualitativa, pois realizar-se-á, mediante análise de dados não apenas numéricos
mais de dados escritos, na forma de entrevista, que carecem de interpretações e
explanações diferenciadas acerca dos mesmos.
A pesquisa exploratória configura-se como a que acontece na fase preliminar, antes do planejamento formal do trabalho. Ela tem como objetivo proporcionar maiores informações sobre o assunto que vai ser investigado, facilitar a delimitação do tema a ser pesquisado, orientar a fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses ou descobrir uma nova possibilidade de enfoque para o assunto. (PRESTES, 2008, p.26)
A pesquisa desenvolvida é baseada em estudos de caso, que poderá ser
bastante proveitosa e cumprir as demandas esperadas, segundo Rodrigo (2008 p.
6), “O estudo de caso é um dos vários modos de realizar uma pesquisa sólida.”
Nesse caso o estudo de caso irá servir para que se possam aproximar os conceitos
teóricos levantados até o presente momento, com o que acontece na realidade,
ainda neste sentido observamos que Rodrigo (2008, p. 6), “São encontrados estudos
de caso até mesmo em economia em que a estrutura de uma determinada
indústria/empresa ou a economia de uma cidade/região, pode ser investigada”. Em
todas essas situações, a estratégia de estudos de caso pode contribuir para
aumentar o entendimento de fenômenos sociais complexos.
O estudo de caso será aplicado nas empresas do município de Senhor do
Bonfim-BA, localizada no norte do Estado da Bahia, constituindo para tal, uma
população amostral de duas empresas, que por motivos de segurança terão seus
35
nomes, endereços e outros dados preservados, obedecendo a uma política de
privacidade, vista a cordialidade dos administradores, quando do empenho e
disponibilidade no fornecimento de dados e acesso a documentos e instalações das
mesmas. A coleta de dados ocorreu entre os meses de junho e agosto de 2011, e se
deu pela entrevista aos sócios das empresas e aos responsáveis pela produção,
com o objetivo de se ter conhecimento sobre a gestão de custos nessas empresas,
conhecimento este, que posteriormente fora transformado em informações
importantes para o desenvolvimento da pesquisa.
Além do acesso aos dados contábeis inerentes a ao funcionamento normal
das empresas, bem como dos atos e fatos administrativos que circundam o cotidiano
das mesmas, englobando assim, a análise e apresentação de dados e informações
para constituição de demonstrações contábeis, como Balanços patrimonial,
demonstrativos de resultado de exercícios (DRE), para apreciação através de
índices, em especial neste segmento de empresa, como mostram Poeta, Souza e
Murcia (2010, p. 53) “A análise das demonstrações contábeis por meio dos índices é
ideal para as empresas comerciais e industriais.” Por mais que aqui, na presente
análise, não sejam calculados os mencionados índices, as análises destas
demonstrações contábeis serão estudadas e comparadas umas com as outras,
dando uma maior segurança na aplicação e finalidade do estudo de caso em lide.
A análise dos dados supracitados, que irão integrar este estudo, será de
suma importância para o desenvolvimento da pesquisa, e explicitará a real
aplicabilidade da contabilidade, nos termos inerentes ao estudo aqui almejado,
estarão expressos nas análises dos Balanços e DREs, até mesmo na necessidade
da construção destes, pois como as empresas são optantes pelo Simples Nacional,
estão desobrigadas realizar a escrituração, pois segundo a Lei Complementar
123/2006, mas somente para fins fiscais, a apresentá-los, porém outros diplomas
legais não a dispensam.
A dispensa da escrituração contábil para as microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP) previsto pela Lei Complementar 123, só é válida na legislação do Imposto de Renda, no que se refere à apuração dos tributos federais. Os demais dispositivos legais, tais como Código Civil (Lei 10.406/2002), artigo 1179, bem como a Nova Lei das Falências (Lei 11.101/2005), artigo 51, Legislação Previdenciária, entre outros, continuam exigindo que as empresas mantenham sua escrituração comercial. A escrituração contábil atende à legislação e padrões estabelecidos pelas Normas Brasileiras de Contabilidade. (MACHADO “e outros”. [200?], p. 4)
36
Sendo comum, e natural, para o cumprimento do previsto em outros diplomas
legais, e necessário para análises neste estudo, torna-se imprescindível portanto, a
confecção destas demonstrações, justificando assim a utilização destes dados como
ferramenta de suporte, para uma análise pregressa da empresa, já que os dados
remetem ao ano de 2010, e estarão aqui apresentados.
A respeito das demonstrações contábeis, a resolução de Número 1282/2010,
do CFC ( Conselho Federal de Contabilidade) na parte inicial do seu texto diz que:
[...] por conta do processo de convergência às normas internacionais de contabilidade, o Conselho Federal de Contabilidade emitiu a NBC TG Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, que discute a aplicabilidade dos Princípios Fundamentais de Contabilidade contidos na Resolução CFC n.º 750/93.
Desta forma observamos que é cada vez maior a importância que devem ser
dadas as demonstrações contábeis que deverão sempre ser norteadas pelos
princípios fundamentais da contabilidade, que de acordo com a referida norma deva
ser alterada para Princípios de Contabilidade, pois julga-ser ser o bastante para que
aja o efetivo entendimento dos usuários das demonstrações contábeis e dos
profissionais da Contabilidade.
37
3 ANÁLISE DOS DADOS
3.1 ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS
A análise dos questionários, aplicados através de uma entrevista, e dos dados
levantados, que foram realizados nas empresas com seus proprietários ou gestor
que possuía contato direto com o negócio, que pudesse vir a responder tais
questionamentos, levando em consideração seu papel desempenhado dentro das
atividades e administração da empresa, e a disponibilidade para tal fim, o que
obteve êxito, por alcançar por meio de respostas, que puderam explanar de forma
clara e objetiva, com as reais informações prestadas, a verdadeira aplicação da
finalidade geral deste trabalho, que visa cumprir o objetivo de mensurar a real
aplicabilidade da contabilidade gerencial, atrelada aos custos no auxilio à
administração e apoio a gestão, bem como na possível expansão mercadológica das
referidas empresas.
Estas perguntas por sua vez foram findadas com intuito de englobar um
arcabouço de idéias que viessem a influenciar positivamente e de maneira
proveitosa, cumprindo assim a demanda, que por sua vez, necessitaria de respostas
sensatas e verdadeiras, para dar uma confiabilidade e segurança maior ao trabalho,
o que foi planejado como questões importantes e de grande relevância, vem a ser o
que realmente interessa para buscar paulatinamente uma resposta final, e intrínseca
a realidade, que perpassa pela busca incessante rumo a uma expressão do que aqui
é almejado.
Esse processo de entrevista, permitiu que tivéssemos uma visão mais
abrangente das transformações e acontecimentos por que tem passado as
empresas ao logo dos anos, no que tange a administração, relacionando sua relação
com a tomada de decisão, por meio de consultas ao profissional contábil, por ela
responsável, que vem acompanhada também da mensuração a fim de se buscar a
necessidade desse auxilio, na visão dos proprietários das empresas, para que
assim, se possa interagir e se chegar ao convívio mutuo entre contabilista e
empresário.
38
Sendo assim, os questionários atingiram com êxito sua finalidade, e sua
aplicação foi realizada obedecendo a particularidade do sigilo as nomes, endereços,
documentos e demais dados pertencentes às empresas, suas denominações, para
que houvesse uma distinção entre as duas, foram as seguintes: doravante, neste
trabalho, as empresas em lide são: 01 – denominada Alfa e 02 – denominada Beta,
para que se possa diferenciar facilmente os dados pertencentes a cada uma delas e
garantir a preservação das empresas pesquisadas; Foram realizadas 3 (três)
perguntas que estão expressas a seguir:
1º ) É utilizada a informação contábil de alguma forma, aqui na sua empresa,
para o auxilio na administração, quando da necessidade de tomada de decisão?
2º) Na compra ou aquisição de equipamentos, ou mesmo de novas
tecnologias para aplicação na produção, você consulta o profissional contábil?
3º) Você já se utilizou das informações contábeis, para tentar baixar custos
dos produtos, ou mesmo procurar inserir novos produtos no seu leque de produção?
As respostas encontram-se na integra, no Apêndice, que estão no final deste
trabalho, localizada na página 55, tendo em vista que a analise feita aqui, é uma
sucinta explanação a cerca do assunto, e a real demonstração da aplicação dos
conceitos ate então implementados e que configuram a tentativa de adequação do
entendimento das normas e princípios contábeis com a sua real aplicação.
Apesar da análise dos questionamentos por meio da entrevista aos sócios ter
levado a tona o embasamento e a demonstração de nos fazer poder a partir daqui,
acreditar que mesmo com a pouca influência da contabilidade para fins gerencias, e
de custos nas empresas aqui estudadas, bem como para acatar novas idéias com
vistas a inovação tecnológica e sua conseqüente implantação nos meios de
produção destas empresas, ela parece ser de inenarrável importância para a
sobrevivência das mesmas, visto que auxilia de forma significativa e essencial, de
maneira a propiciar uma confiança dos sócios com relação as demais questões, que
surgem com as atividades corriqueiras e que também sustentam a produtividade e
continuidade da empresa.
3.2 EXPLANAÇÃO E ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS
39
A análise de Balanços através de índices é mais utilizada em grandes
corporações, pois seus balanços exprimem informações fidedignas e que expressam
a efetiva situação a qual se encontra a empresa, pois todos os registros são
devidamente encontrados, e em seu devido lugar, pois abrangência de suas
atividades, não permite desorganização e nem desencontro dos dados, logo suas
demonstrações estão prontas para análises e emissão de relatórios e pareceres,
bem como para a fiscalização de órgãos governamentais, e instituições financeiras,
para isso existem setores específicos, com tempo exclusivo para tal finalidade,
pessoas com treinamento adequado, e todo suporte necessário que irá influenciar
para o bom desempenho e aplicabilidade desta atividade.
Porém, nas micro-empresas e empresas de pequeno porte, ou até mesmo
nas de médio porte, essa atividade não é desenvolvida a contento, principalmente
nas primeiras, que em sua grande maioria terceirizam o serviço de contabilidade, e
conseqüentemente, tem serviços limitados, levando-se em consideração também os
baixos honorários contábeis que se predispõem a pagar, desta forma, aproveitando-
se da situação e desta conjuntura, os referidos escritórios contábeis que prestam
esses serviços, acabam por não realizarem a contabilidade como deveria ser feito, e
só emitem certos tipos de documentos quando provocados pelos proprietários na
realização de tal demanda, tendo em vista o que foi aqui mencionado,
organizaremos uma análise simplória, a cerca das demonstrações, ressaltando
ainda que apenas uma das empresas (Beta) possuía esses demonstrativos, tendo
que ser construído os da empresa (Alfa), a partir do fornecimento de dados do
escritório de contabilidade responsável, e de informações dos sócios. Os referidos
demonstrativos encontram expressos na integra no Apêndice B, localizado nas
páginas 55 a 58 deste trabalho.
A partir daí podemos expressar a análise da situação e da perspectiva das
empresas em lide, bem como do segmento a ser analisado, frisando as questões
que se pretende explorar e demonstrar sua adequação e aplicabilidade nos termos e
afirmações com a realidade, visto que o balanço patrimonial, e a DRE são
ferramentas de aporte e que tem um papel crucial na análise da situação de uma
entidade, seja ela de qualquer porte ou segmento.
Partindo desse pressuposto, observamos que ambas as empresas estão em
um patamar de continuidade relativamente parecido e igualitário, e representam uma
parcela semelhante nos diversos itens a ser analisados, como: receita de vendas,
40
percentuais de custo dos produtos, lucro liquido, além de outros pontos em comum
sintonia, o que nos permite afirmar que apesar de estarem em atuação no mesmo
segmento e local de atuação, conseguem manter seqüência, responsável pelo fluxo
de permanência mercadológica, sujeitos a suportar a concorrência entre elas, e
dentre várias outras atuantes na região.
A análise do balanço patrimonial da empresa 01 (Alfa), nos permite inferir que
apesar de ter uma grande quantia em valores a receber, é superado pelo grande
volume em valores no seu estoque, além de não serem tão elevados as despesas
com fornecedores e com outras obrigações contidas no passivo circulante.
O aumento considerável do patrimônio da empresa, vista a diferença
percebida no atual patrimônio, expresso no patrimônio liquido, na parte das
reservas, em relação ao capital social inicial subscrito pelos sócios, mostra a
evolução da empresa desde a sua criação.
A DRE da empresa mostra que obteve um lucro relativamente baixo, e que
pode ser melhorado, e apesar desta, ter um lucro liquido relativamente maior do que
o da empresa 02 (Beta), haja vista as proporções entre vendas totais e o lucro
liquido apurado ao final, já deduzidos os impostos e as demais deduções.
Na empresa 02(Beta), o balanço patrimonial demonstra semelhança com a
situação e continuidade observada e retro caracterizada, descrito na análise da
empresa 01(Alfa), porém apresenta uma situação um pouco melhor, no que diz
respeito a contas a receber, e um estoque maior, mesmo tendo um passivo
circulante, que expressa as obrigações iminentes, com valores aproximados aos da
empresa 01 (Alfa), o capital social inicial também mostra uma diferença abissal em
relação ao patrimônio atual, como se observa no patrimônio liquido da empresa, que
obteve um crescimento bastante considerável em valores.
Observamos na análise da DRE da empresa 02 (Beta), que obteve um lucro
semelhante ao da empresa01(Alfa), mesmo tendo uma receita de vendas maior, e o
que se pode registrar e tornou-se perceptível, é que essa diferença se deva em sua
maior parte as despesas gerais e administrativas, que apresentou uma discrepância
maior dentre as duas, pois os percentuais de impostos e de custo dos produtos,
mantêm-se bastante parecidos, expressando a homogeneidade do setor.
As explanações pertinentes e que se fazem necessárias ao enfoque do
trabalho, para que se compram os anseios do que é aqui pretendido, como forma de
permear em meio ao estudo as reais carências e necessidades do setor, expressas
41
através das possíveis deficiências encontradas na realização do estudo em relação
a aplicabilidade da contabilidade gerencial, nos permitem dizer que os custos dos
produtos, parecem ser os maiores responsáveis pelos entraves encontrados na
expansão e competitividade deste ramo de negócios e serão apontados no decorrer
deste trabalho.
A redução nos custos estaria pautada numa política de mudança, que
aconteceria gradativamente nos meios de produção, assim como nos diversos
medidores de desempenho, que poderiam ser alcançados pelos gestores, com a
dedicação e aplicação de mecanicismos de medição de índices, que irão mensurar o
desempenho dos diversos setores e equipamentos, que estão expressos na fase
final dos produtos acabados.
Desta forma, a análise partiria da aferição da eficiência dos equipamentos, da
análise da sua obsolescência ou da implantação de possíveis melhorias nos
mesmos, bem como da sua possível substituição por outros mais modernos, assim
como a análise dos processos produtivos merece atenção especial, com o
detalhamento de cada uma das etapas produtivas, o que não condiz com a realidade
atual das empresas analisadas, que por sua vez ainda contam com equipamentos
ultrapassados, que dificultam a eficiência dos processos produtivos, porém isso já
tem apresentado uma melhora significativa, pois estes equipamentos que
apresentam um grau de obsolescência ou defasagem, dividem espaço com
maquinas modernas adquiridas recentemente, bem como veículos novos e
modernos.
Devendo ainda, serem atentadas as questões inerentes a mão- de- obra
como fator preponderante para a otimização total do processo, pois esta, parece se
manifestar como a verdadeira responsável pela aplicação de todos os outros itens
de melhoramento da produção, haja vista que a operacionalização das maquinas e
dos processos fica a cargo dela, que no caso pesquisado deixa a desejar na questão
do aperfeiçoamento e treinamento dos colaboradores, com vistas a melhor
operacionalização das maquinas, e conseqüentemente, melhor aproveitamento,
além da ausência de incentivos pecuniários, atrelados ao aumento da produção.
A estocagem dos produtos finda por ser um dos pontos que poderiam sem
dúvida, ajudar bastante no auxílio a redução dos custos finais, pois a movimentação
demanda tempo e dinheiro, por essa razão, manter grande quantidade de produtos
em estoque, requer movimentação e constante observação, além de cuidados
42
especiais e espaço adequado, recomendando-se apenas um estoque para suprir a
necessidades pré definidas, que estejam embasadas em um ponto de equilíbrio, e
foi percebido portanto uma fuga desses pressupostos, quando da visita in loco, pois
o armazenamento dos produtos demonstrou-se ineficiente, por apresentar grande
volume de produtos danificados, por deficiência ou inadequação dos procedimentos
corretos, causando prejuízos constantes, que acabam por encarecer os produtos,
além da ausência de tecnologias que aumentam significativamente a rapidez do
transporte, e reduzem o risco de acidentes e doenças provenientes desta atividade.
A segurança dos colaboradores é uma grande e importante vertente para que
seja mantida uma adequação as normas vigentes, e para que sejam evitados futuros
passivos trabalhistas, onerando assim a empresa, logo, a prevenção é o caminho a
ser seguido para se precaver de tais acontecimentos, e na visita realizada observou-
se que muitos dos pilares que sustentam estes pressupostos não são compridos a
risca, ou mesmo inexistem, como exemplo das instalações, muitas vezes
inadequadas, proteção dos equipamentos, e EPIs (Equipamentos de proteção
individual) ausentes, ou usados de forma inadequada, pois todos os mecanismos de
segurança a serem aplicados no ramo de olarias e cerâmicas vermelhas, devem
seguir de acordo com a Portaria Nº 3.214/1978 que menciona que para o ramo em
questão, que das 33 Normas Regulamentadoras – NRs, existentes, 23 devem ser
seguidas por empresas deste setor, demonstrando assim, a preocupação que se
deve tratar o assunto, e observada ainda, a vasta gama de riscos inerentes a
atividade.
Um ponto de extrema importância que deve ser analisado pelos gestores,
está no fato da questão energética, ao qual se insere a empresa, quais os pontos a
serem observados, quando da melhor forma de se administrar, esta importante e
essencial força motriz que faz girar todo o mecanismo da empresa, da qual depende
todo o processo produtivo e que tem grande possibilidade de ter seu custo reduzido
após uma detalhada análise, nas mais diversas formas de aplicação e
reestruturação, bem como na implantação de novas tecnologias, como forma de
adequação a uma tendência mundial da economia moderna, e do engajamento nas
energias limpas e renováveis, para que se possa buscar a excelência na maneira
como se constrói o desenvolvimento sem perder o foco das políticas ambientais de
desenvolvimento sustentável. E o que foi constatado nos leva inferir que o sistema
implantado pelas empresas analisadas deve melhorar suas estruturas de queima
43
dos produtos, com vistas ao melhor aproveitamento de energia, que é dissipada por
deficiências passiveis de soluções cabíveis e com retorno garantido, além da
utilização excessiva de energia, que muitas vezes se dá pela ausência de uma maior
análise e observância nos procedimentos aplicados.
Não menos oportuno que os pontos anteriores, a questão ambiental se faz
presente como fermenta de gestão e de continuidade para qualquer empresa, visto
que sem atenção devida, passará a oferecer impossibilidade de expansão e até
mesmo de atuação da empresa, como empecilho ao desenvolvimento, nas
empresas aqui estudadas, e que atuam no ramo em questão, a exigência é ainda
maior, por se enquadrar no ramo de extração de minerais, desta forma a Lei
9.605/98, conhecida como a Lei de Crimes Ambientais, trata dessas e de outras
várias questões correlatas, em especial, para maior observância neste ramo, em
seus artigos 55 e 57, que trazem o seguinte texto:
• Artigo 55 - Executar pesquisa, lavra ou extração de recursosminerais sem a competente autorização, permissão, concessãoou licença, ou em desacordo com a obtida:Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.Parágrafo único - Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperara área pesquisada ou explorada, nos termos da autorização, permissão,licença, concessão ou determinação do órgão competente.• Artigo 60 - Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar,em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos,obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licençaou autorização dos órgãos ambientais competentes, oucontrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penascumulativamente.
Sedo assim, nas referidas empresas devem ser cumpridas tais normas
legais para o cumprimento do dever legal, com vistas a preservação do meio
ambiente, bem como para efeitos corretivos dos danos causados ao meio ambiente,
e como forma de incentivar a forma harmoniosa e sensata de exploração do solo e
dos recursos dele provenientes, demonstrando uma preocupação iminente em
pautar as ações embasadas no desenvolvimento sustentável, o que por sinal não
vem ocorrendo a contento nas empresas analisadas, que pecam nessas questões
de extrativismo, em diversos pontos, principalmente na falta de adequação e
enquadramento às normas, deixando muitas vezes faltar importantes autorizações
provenientes de órgãos fiscalizadores, trabalhando assim na ilegalidade, ainda que
momentaneamente, bem como na questão da poluição ambiental, provocada pela
queima dos produtos nos fornos, ferindo o artigo 60 da referida lei, como também os
44
demais pressupostos a serem seguidos para se ter uma melhor relação entre
produção consciente, em relação ao meio ambiente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como a contabilidade nos dias atuais tem uma grande influência na gestão
das empresas, e perpassa por um longo caminho até chegar ao patamar de ser a
grande responsável pelo desenvolvimento e expansão, que é objetivo final das
entidades, e cumpre os anseios dos empresários, mostrando seu papel em meio a
competitiva e acirrada economia, que forma o atual cenário, e que somos os
principais responsáveis pelo suprimento de idéias, capazes de gerir e fomentar os
mecanismos que dão sustentabilidade para este sistema.
Nas micro empresas e pequenas empresas, a influencia da contabilidade
ainda parece muito pequena, na grande maioria dos casos, pois muitas vezes é
utilizada por ambas as partes de forma simplória, e as vezes errônea, exprimindo
um sentimento apenas de obrigatoriedade entre as partes, pois o que se tem como
convenção para estes muitas vezes é de que a contabilidade serve apenas para o
calculo de impostos e para emissão de formulários da folha de pagamento dentre
outros mecanismos correlatos, esquecendo da verdadeira essência da ciência
contábil, como ciência social, que visa garantir a expansão e a continuidade, como
entidades mantenedoras da célula social, como forma de contribuição para
sociedade.
O que se pode inferir sobre a influência da contabilidade gerencial na gestão
das empresas de cerâmica vermelha de Senhor do Bonfim – BA, está infimamente
ligado ao que se pode entender como relação entre empresário e contador, que de
certo modo, tem deixado a desejar, pois como supracitado não tem efetivamente
servido como poderia ser, tendo portanto um aproveitamento reduzido e pouco
palpável, visto que é eivado de efeitos negativos e traz consigo diversas
possibilidades pouco exploradas, e tem explicação constituída em diversos pontos.
Desta forma observa-se a falta de sintonia por parte das partes interessadas
nos processos gerenciais, que seriam o empresário e o contador, este, por sua vez,
limita seu trabalho, devido a ausência de provocação, à requisição das informações
gerenciais e de custos, que poderiam auxiliar de forma bastante significativa os
processos decisórios de melhoramento e otimização na produção,
conseqüentemente de continuidade e expansão das empresas, por parte dos
45
empresários, a falta de credibilidade e confiabilidade nas informações, parece
emergir como um entrave na percepção da contabilidade e das informações por ela
gerada, como uma ferramenta de gestão e auxílio na administração dos negócios,
que por sua vez acabam por saírem com prejuízos consideráveis por falta de
planejamentos e estratégias, levando muitas vezes a estagnação, em meio a um
cenário que cobra constante evolução.
As informações prestadas para que fosse possível o aprofundamento da
pesquisa como forma de se buscar explicações para tal demanda, pode deixar a
desejar na questão que envolve a fidedignidade das informações prestadas, pois
não encontravam-se todas em registros contábeis, vistos que a empresa estaria
desobrigada a escrituração, de alguns livros contábeis, por ser optante do simples
nacional, e desta maneira, foram utilizados outros tipos de fontes para a confecção
de demonstrativos, assim como de outros meios empregados na confecção e
explanação dos dados.
Um estudo mais detalhado seria necessário no intuito de se observar a real
possibilidade de implantação de novos produtos como exemplo das telhas de
cerâmica, que fazem com que as empresas locais percam espaço para outras de
outras localidades, e sua importância implica no fato de que este produto representa
uma grande fatia de mercado deste segmento, e sua produção depende
principalmente de mão-de-obra especializada, assim como de matéria-prima e
equipamentos diferenciados.
Porém em uma análise mais abrangente, é válido mencionar o fato de que a
contabilidade influencia nas decisões do empresariado deste segmento, pois em
diversas questões, que foram aqui citadas, a contabilidade é utilizada nas decisões e
no suporte a administração destas empresas, porém se restringe aos campos:
tributário, trabalhista e previdenciário, ambiental, mesmo que em grau limitado, e de
auxílio à documentação para instituições financeiras, como forma de se buscar um
apoio e um suporte para a gestão do negócio, mas é crível que a contabilidade
possa influenciar de muitas outras maneiras, dando um aparato maior às decisões,
no planejamento de custos, para formação de preços, como também no suporte e
busca por novas tecnologias e implantação de novos mecanismos de produção.
Podendo ainda, através da contabilidade, por meio da aplicação efetiva e
sistemática da contabilidade gerencial, e do planejamento de custos, se conseguir
todos os projetos que visem a expansão da empresa, e conseqüentemente o
46
crescimento e aumento da produtividade, possibilitando um maior retorno sobre o
capital investido, revertendo para o contador em melhoria nos honorários contábeis
a ele devido, e permanência por mais tempo por parte da empresa, atrelada a seu
escritório, ou serviços, que seria portanto, o responsável por se fazer cumprir tal
demanda.
Conclui-se deste modo, que apesar de uma perceptível ausência de
participação da contabilidade em alguns aspectos gerenciais das empresas em
outros ela é utilizada, com o presente trabalho foi possível observar como ela é
utilizada no dia a dia pelos gestores, e como ela se manifesta em ações concretas,
para o desenvolvimento e efetivação do auxilio no gerenciamento, que por sua vez,
permitirá um engajamento da empresa nos moldes da modernização e expansão
mercadológica.
Sendo assim, com as pesquisas aqui realizadas, foram perceptíveis as
necessidades e os apontamentos dos problemas que assolam as empresas em
questão, que se traduzem nas deficiências nas diversas áreas como foram descritas
com o detalhamento anterior, expressados assim, nas questões inerentes aos
funcionários, seja pela segurança, ou pela preocupação com aprimoramento desse
trabalho, ou pelas questões relativas aos meios de produção, suas deficiências e
suas possíveis modificações, bem como em questões ambientais, energéticas e
correlatas, que visem mostrar a falta de utilização de um planejamento gerencial,
pois muitas vezes, estes problemas poderiam ser facilmente sanados com
aplicabilidade de conceitos e estudos que muitas das vezes não necessitariam de
gastos, apenas da aplicação do conhecimento do contador, e da vontade do
empresário.
Logo, a contribuição deste trabalho se deve ao fato da sua contribuição
instigar a realização de novos estudos embasados na utilização da contabilidade
gerencial por parte dos empresários, em especial nas micro-empresas, que por sua
vez, vem demonstrar-se imprescindível para o desenvolvimento destas, e para sua
expansão mercadológica, promovendo assim, através de planejamentos
estratégicos, sua diferenciação em meio ao competitivo mercado atual em que estão
inseridas.
47
REFERÊNCIAS
ATKINSON, A. A. et al. Contabilidade Gerencial. Traduzido por André Olímpio Mosselman Du Chenoy Castro, revisão técnica Rubens Famá. 2. ed. São Paulo: Atlas 2008.
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51
Apêndice A
Questionários aplicados às empresas, e suas respectivas respostas:
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEBDEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - DEDC - CAMPUS VII
COLEGIADO DE CIÊNCIAS CONTÁBEISCURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Entrevista – Empresa 01, que será doravante, neste trabalho, denominada:
Empresa Alfa.
1- É utilizada a informação contábil de alguma forma, aqui na sua empresa,
para o auxilio na administração, quando da necessidade de tomada de
decisão?
Para algumas decisões utilizamos sim a contabilidade, digo as
informações prestadas pelo escritório que faz o nosso serviço de
contabilidade, pois ele é terceirizado, no tocante a parte trabalhista e
previdenciária por exemplo, tudo o que se faz aqui é consultado antes, ao
contador, também no que diz respeito a legislação ambiental, é de suma
importância a consulta, vista a necessidade de constantes
questionamentos a cerca do assunto, bem como as questões relacionadas
ao fisco, para questões inerentes a nota fiscal eletrônica e saídas para um
melhoramento constante, com o intuito de um planejamento tributário, a
chamada elisão fiscal.
2- Na compra ou aquisição de equipamentos, ou mesmo de novas
tecnologias para aplicação na produção, você consulta o profissional
contábil?
Não, as discussões sobre inovações e aquisição de equipamentos,
veículos e demais implementos necessários ao funcionamento normal e
52
atividades cotidianas, é decidida entre os membros da própria família que
está á frente do negócio, e respeita não só a necessidade de expansão
como também as condições financeiras do período, em que desejamos
realizar a aquisição de equipamentos.
Mas não consultamos o contador, também pelo fato de que achamos que
esta seja uma área que foge do seu domínio, e também por sentirmos
uma falta de interesse do mesmo, sobre essas questões, bem como,
nestes casos nosso interesse se atém, nas questões relacionadas aos
documentos exigidos para financiamento ou empréstimos, principalmente
nos bancos de fomento, que são mantidos pelo governo, onde a exigência
de documentos é muito grande, e o contador é quem detém a grande
maioria deles.
3- Você já se utilizou das informações contábeis para, tentar baixar custos ou
mesmo procurar inserir novos produtos no seu leque de produção?
Não, sentamos aqui sempre, todos juntos, até mesmo com alguns
funcionários mais experientes, para analisar os produtos da concorrência e
a chamada formação do preço de venda, mas, não utilizamos os
documentos contábeis para esta finalidade, quem sabe em breve, quando
a empresa estiver alcançando maiores proporções precisaremos desses
dados para tal finalidade.
Entrevista – Empresa 02, que será doravante, neste trabalho, denominada:
Empresa Beta.
1- É utilizada a informação contábil de alguma forma, aqui na sua empresa,
para o auxilio na administração, quando da necessidade de tomada de
decisão?
53
Veja bem, para as decisões relacionadas, parte trabalhista, ambiental, as
vezes, utilizamos bastante as informações e o auxilio do contador, e
somos dependentes dele, até mesmo por que sua experiência e
conhecimento na área são muito maiores do que os nossos, logo suas
informações são de grande valia, na questão da legislação principalmente,
tem em vista a necessidade de perguntas que fazemos a ele
constantemente, em meio as dúvidas que vão surgindo dia a dia, alem das
questões relacionadas aos programas e aplicativos fiscais que com o
aprimoramento contínuo nos forçam cada vez mais a nos adequarmos a
eles, como exemplo da nota fiscal eletrônica.
2- Na compra ou aquisição de equipamentos, ou mesmo de novas
tecnologias para aplicação na produção, você consulta o profissional
contábil?
Não, a empresa só o procura com relação a esta parte, quando precisa
dos documentos necessários para aquisição de financiamentos ou
empréstimos, para aquisição de caminhões, tratores, ou outras máquinas,
mas quando vamos procurá-lo, já estamos decididos, e já definimos qual o
equipamento queremos, sem no entanto, consultar sua opinião sobre o
assunto. E também não procuramos saber se ele está apár de novas
tecnologias ou informações nesta área, acreditamos que não possa nos
ajudar muito.
3- Você já se utilizou das informações contábeis para, tentar baixar custos ou
mesmo procurar inserir novos produtos no seu leque de produção?
Não, observamos sempre o preço que vem sendo praticado no mercado
regional, para a partir daí, formar o preço final de venda dos produtos, mas
não utilizamos os documentos e informações contábeis para esta
finalidade, não achamos que seja tão importante essas informações, tendo
em vista que nós estamos mais próximos da realidade e sabemos melhor
qual decisão iremos tomar.
54
Apêndice B
Demonstrativos Contábeis da Empresa 01 (Alfa)
BALANÇO PATRIMONIAL – ENCERRADO EM 31/12/2010
ATIVO PASSIVO
ATIVO CIRCULANTE 441.660,50PASSIVO CIRCULANTE 186.621,26
Caixa 25.700,50 Fornecedores 100.456,00
Contas a Receber 120.800,00 Contas a Pagar 45.140,86
Estoques de Produtos 295.160,00Imposto Simples a Pagar 19.800,25
Obrig.Trabalhistas a Pg. 21.224,15
ATIVO ÑÃO-CIRCULANTE
ATIVO NÃO CIRCULANTE 698.500,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 953.539,24
IMOBILIZADO 698,500,00 Capital 50.000,00
Instalações Industriais 278.000,00 Reservas-Lei 11638/07 903.539,24
Máquinas e Equipamentos 420.500,00
ATIVO TOTAL1.140.160,50 PASSIVO TOTAL 1.140.160,50
55
Senhor do Bonfim-Bahia, 31 de Dezembro de 2010.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO FINANCEIRO
D I S C R I M I N A Ç Ã O 2010
RECEITA BRUTAVENDA DE MERCADORIAS
DEDUÇÕESIMPOSTOS FATURADOS
RECEITA LÍQUIDA
CUSTOS CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
LUCRO BRUTO
DESPESASDESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
270.660,25
(13.533,00)
257.127,25
(155.324,15)
101.803,10
(42.540,60)
59.262,50
Senhor do Bonfim-Bahia, 31 de Dezembro de 2010.
56
Demonstrativos Contábeis da Empresa 02 (Beta)
BALANÇO PATRIMONIAL – ENCERRADO EM 31/12/2010
ATIVO PASSIVO
ATIVO CIRCULANTE 499.967,24PASSIVO CIRCULANTE 205.985,73
Caixa 16.887,24 Fornecedores 106.887,42
Contas a Receber 97.925,00 Contas a Pagar 55.198,00
Estoques de Produtos 385.155,00Imposto Simples a Pagar 21.120,63
Obrig.Trabalhistas a Pg. 22.779,68
ATIVO ÑÃO-CIRCULANTE
ATIVO NÃO CIRCULANTE 624.445,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 918.426,51
IMOBILIZADO 624,445,00 Capital 10.000,00
Instalações Industriais 226.000,00 Reservas-Lei 11638/07 908.426,51
Máquinas e Equipamentos 398.445,00
ATIVO TOTAL1.124.412,24 PASSIVO TOTAL 1.124.412,24
57
Senhor do Bonfim-Bahia, 31 de Dezembro de 20010.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO FINANCEIRO
D I S C R I M I N A Ç Ã O 2010
RECEITA BRUTAVENDA DE MERCADORIAS
DEDUÇÕESIMPOSTOS FATURADOS
RECEITA LÍQUIDA
CUSTOS CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
LUCRO BRUTO
DESPESASDESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
288.215,10
(14.375,16)
273.839,94
(167.964,10)
105.875,84
(46.612,15)
59.263,69
Senhor do Bonfim-Bahia, 31 de Dezembro de 2010.