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Matlab
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Índice Analítico
1.1 Matlab Básico ....................................................................................... 2 1.1.1 Introdução ......................................................................................... 2 1.1.2 Operações Matriciais ........................................................................ 8 1.1.3 Operações em Array ........................................................................ 10 1.1.4 Manipulação Matricial e Vetorial ................................................... 13 1.1.5 Análise de Dados ............................................................................ 18 1.1.6 Funções Matriciais .......................................................................... 20 1.1.7 Polinômios e Processamento de Sinais ........................................... 21 1.1.8 Funções de Funções ........................................................................ 24 1.1.9 Gráficos ........................................................................................... 28 1.1.10 Controles de Fluxo ...................................................................... 38 1.1.11 Arquivos M ................................................................................. 40 1.1.12 Arquivos de Disco ....................................................................... 47 1.1.13 O Depurador do Matlab .............................................................. 49
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1.1 Matlab Básico
MATLAB é um ambiente de computação técnica de visualização e processamento numérico de alto desempenho. Ele integra análise numérica,cálculo matricial, processamento de sinais, vários aplicativos e gráficos numambiente amigável onde problemas e soluções são expressos como eles sãorepresentados matematicamente sem a necessidade da programação tradicional.
O nome MATLAB é acrônimo de laboratório de matrizes. Ele foioriginalmente escrito para permitir um acesso fácil aos programas de cálculomatricial desenvolvidos pelos projetos LINSPACK e EISPACK, que juntos
representavam o estado da arte em programas de cálculo matricial.
MATLAB também contempla uma família de aplicativos específicoschamados “toolboxes” na forma de coleções de funções MATLAB (M-files),estendendo o ambiente MATLAB na solução de problemas particulares. Entreoutros, temos os seguintes toolboxes: Processamento de Sinais; ControleRobusto; Identificação de Sistemas; Redes Neurais; Otimização, e etc.
Provavelmente a característica mais importante do MATLAB é sua
ampliabilidade. Isto permite que qualquer um possa criar uma toolbox.Aplicativos matemáticos complexos são facilmente desenvolvidos em poucaslinhas no ambiente MATLAB sem a necessidade de programação de uma únicalinha de código C ou outro código de baixo nível.
1.1.1 Introdução
O MATLAB trabalha essencialmente com um tipo de objeto: Matrizretangular numérica (real ou complexa). Em algumas situações existesignificado especial agregado à matrizes de dimensão 1 (escalares) e matrizescom uma só linha ou coluna (vetores). A linguagem MATLAB não usadeclaração preliminar ou dimensionamento de variáveis. Isso é feito de formaautomática.
Matrizes podem ser adicionadas no ambiente de várias formas, contudo aforma mais simples para matrizes pequenas é entrando com a lista doselementos, seguindo a seguinte convenção:
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Tutorial do MATLAB 3
Separe os elementos com espaços ou vírgulas. Delimite os elementos com colchetes [ ].
Use ; (ponto-e-vírgula) para indicar o final da linha.
Exemplo:
» A = [ 1 2 3; 4 5 6; 7 8 9 ]
Resulta: A =
1 2 34 5 67 8 9
Elementos de uma matriz podem ser quaisquer expressões MATLAB. Porexemplo:
» x = [ -1.3 sqrt(3) (1+2+3)*4/5 ]
Resulta:x =
-1.3000 1.7321 4.8000
Elementos individuais podem ser referenciados pelo seu índice (linha,coluna).Veja o exemplo a seguir:
» x(5) = abs(x(1))
Resulta:x =
-1.3000 1.7321 4.8000 0 1.3000
Ao atribuir um valor numérico à x(5), automaticamente x(4) é criado com valornulo. Você pode construir matrizes maiores usando matrizes menores como seuselementos. Por exemplo, vamos adicionar uma linha à matriz A:
» r = [ 10 11 12 ];
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Tutorial do MATLAB 4
» A = [ A; r ]
Isto resulta em:
A =1 2 34 5 67 8 9
10 11 12
Você pode extrair sub-matrizes de uma matriz maior usando “: ” (dois pontos).Por exemplo:
» A = A( 1:3 , : );
Remove as três primeiras linhas e todas as colunas da matriz atual A e coloca oresultado em A.
A =
1 2 34 5 67 8 9
Variáveis e Declarações do MATLAB
Declarações no MATLAB são freqüentemente feitas da seguinte forma:
» variável = expressão
ou simplesmente,
» expressão
Quando o nome da variável é omitido, o nome ans é usado como variáveldefault .
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Tutorial do MATLAB 5
Uma definição normalmente termina com ENTER. Se o último caracter éum ponto-e-vírgula, ele suprime a apresentação no vídeo, embora faça aatribuição da mesma forma. Isto é especialmente importante nas situações que o
resultado é muito grande, tal como uma matriz de 10 linhas e 10 colunas.
Se a expressão é muito grande e não cabe em uma linha, use (...) paracontinuar a definição na linha seguinte. Exemplo:
» s = 1 - 1/2 + 1/3 - 1/4 + 1/5 -1/6 + 1/7 ...- 1/8 + 1/9 - 1/10 + 1/11 - 1/12;
Você pode formar uma variável ou nome de função com uma letraseguida de qualquer quantidade de letras (ou underscore). O MATLABdiferencia letras maiúsculas de minúsculas e usa somente os primeiros 19caracteres do nome.
Obtendo Informação da Área de Trabalho (workspace )
Para listar as variáveis ativas use o comando who . Para obter maisinformações sobre as variáveis como: nome, tamanho, número de elementos,etc., use o comando whos .
O Utilitário de HELP
O comando help produz informações resumidas sobre funçõesespecíficas ou sobre tópicos do MATLAB. Para listar um grupo de funções,digite help seguido do nome do grupo de funções. Exemplo:
» help matfun
Para obter auxílio sobre uma função específica digite help e o nome dafunção. Exemplo:
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Tutorial do MATLAB 6
» help inv
Para localizar palavras-chaves em todos os arquivos do MATLAB, use o
comando lookfor . Exemplo:
» lookfor inverse
invhilb - Inverse Hilbert matrix.ipermute - Inverse permute array dimensions.acos - Inverse cosine, result in radians.acosd - Inverse cosine, result in degrees.acosh - Inverse hyperbolic cosine.ACSCH
Salvando e Saindo
Para sair do MATLAB digite exit . Encerrando uma seção do MATLAB,apaga-se todas as variáveis da área de trabalho (workspace). Se for necessário,salve suas variáveis digitando save . Este comando salvará todas as variáveis emum arquivo chamado matlab.mat. Para recuperar as variáveis use o comando
load . Você também pode salvar somente algumas variáveis e usar o nome deum arquivo qualquer. O exemplo a seguir salva as variáveis x, y e z no arquivotemp.mat.
» save temp x y z
Números e Expressões Aritméticas
O MATLAB usa notação convencional com potência de dez ou unidadecomplexa como sufixo:
-4.534i1.760217e-11
O MATLAB usa 16 dígitos significativos e expressões aritméticas sãocalculadas com a seguinte prioridade, de cima para baixo
^ potenciação
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Tutorial do MATLAB 7
\ divisão à esquerda/ divisão à direita* multiplicação- subtração
+ adição
Algumas funções internas retornam valores especiais. A função pi retornao valor de , a função inf retorna , etc. O MATLAB dispões das funçõesmatemáticas elementares normalmente encontradas em calculadores científicas.Essas funções incluem, por exemplo: abs , sqrt , log , sin . Se uma operaçãoresultar em infinito isso não implica em erro, simplesmente aquela variável teráo valor infinito. O mesmo ocorre para operações inválidas como / ou 0/0. Oresultado é NaN ( Not a Number ).
Formato de Saída
Para alterar a formatação do número a ser apresentado na tela, utilize ocomando format . Exemplos:
» x = [ 4/3 1.2345e-6 ]
» format short
1.3333 0.0000
» format short e
1.3333e+00 1.2345e-06
Funções
Grande parte do poder do MATLAB vem do enorme conjunto de funções.Algumas das funções são internas ao processador MATLAB e outras sãodisponíveis como bibliotecas externas na forma de M-files. O conjunto defunções aplicadas a uma área específica é denominado toolbox. Cada usuário
pode criar suas próprias funções que se comportam como se fossem funçõesinternas. As seções adiante discutem cada uma das diferentes categorias defunções analíticas do MATLAB básico.
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Tutorial do MATLAB 8
É possível combinar funções de várias formas. Exemplo:
» x = sqrt( log(z) )
Algumas funções usam dois ou mais argumentos, e cada argumento podeser uma expressão. Exemplo:
» angulo = atan2(y,3*x)
Existem funções que retornam dois ou mais valores. Nestes casos, os
valores de saída devem estar entre colchetes [ ] e separados por vírgula.Exemplo:
» [ V, D ] = eig( A )
A função eig calcula os autovetores e os autovalores de A,respectivamente.
1.1.2
Operações Matriciais
Transposta de uma Matriz
O caracter ' (apóstrofe) denota transposta de uma matriz. Se z forcomplexo, z ' é o transposto conjugado complexo de z . Exemplo:
» A = [ 1 2; 3 4 ] A =
1 23 4
» B = A'B =
1 32 4
Adicionando e Subtraindo Matrizes
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Tutorial do MATLAB 9
Os símbolos + e - denotam adição e subtração de matrizes. Portanto, aoperação é definida se as matrizes têm a mesma dimensão. Exemplo:
» C = A + BC =
2 55 8
A adição e subtração é definida também para o caso que um dosoperandos é um escalar. Exemplo:
» D = C - 2D =
0 33 6
Multiplicação de Matrizes
O símbolo * denota multiplicação de matrizes e é válida sempre que
dimensões internas dos dois operandos for igual. Exemplo:
» E = A * BE =
5 1111 25
Naturalmente, um escalar (matriz de dimensão 1) pode multiplicar ou sermultiplicado por qualquer matriz. Exemplo:
» F = 2*EF =
10 2222 50
Divisão de Matrizes
Existe dois símbolos de divisão de matrizes: / e \. Os significados são:
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Tutorial do MATLAB 10
X = A\B é solução do sistema A*X = BX = B/A é solução do sistema X*A = B
Funções Elementares e Transcendentais
O MATLAB considera expressões como exp(A) e sqrt(A) como operaçãosobre cada um dos elementos de um vetor (linha ou coluna). Existem funções
para calculo de funções transcendentais de matrizes, quando essas sãoquadradas. Exemplos:
expm exponencial de uma matriz
logm logaritmo de uma matriz sqrtm raiz quadrada de uma matriz
Outras funções elementares sobre matrizes incluem:
poly polinômio caraterístico det determinante trace traço
1.1.3 Operações em Array
Refere-se às operações com array as operações aritméticas realizadas
elemento a elemento ao invés da operação matricial algébrica usual definida pelos símbolos * \ / ^ e '. Para indicar que a operação é elemento-a-elemento usa-se um ponto (.) antes do símbolo da operação.
Somando e Subtraindo Arrays
Para a adição e subtração, as operações de arrays e as de matrizes são asmesmas. Neste caso + e - podem ser usados sem o ponto.
Multiplicando e Dividindo Arrays
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Tutorial do MATLAB 11
O símbolo .* denota multiplicação elemento-a-elemento. Se A e B têmmesma dimensão, então A.*B resulta num array cujos elementos são o produtodos elementos individuais de A e de B. Exemplo:
» x = [1 2 3]; y = [4 5 6];» z = x.*y
z =4 10 18
A expressão A./B e A.\B resulta no quociente de cada elemento. Exemplo:
» z = x.\yz =
4.0000 2.5000 2.000
Usando Potenciação com Arrays
O símbolo .^ denota potenciação elemento-a-elemento. Exemplo:
» z = x.^yz =
1 32 729
Operadores Relacionais
Para se comparar matrizes de dimensões idênticas, existem operadores
relacionais:
< menor maior>= maior ou igual== igual~= diferente
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Tutorial do MATLAB 12
O MATLAB compara os pares de elementos correspondentes. Oresultado é uma matriz de "uns" e "zeros", onde "um" representa "verdadeiro" e"zero" representa "falso". Exemplo:
» 2 + 2 ~= 4ans =
0
O exemplo abaixo, ilustra como encontrar os elementos da matriz A quesão divisíveis por 3:
» A = [8 1 6; 3 5 7; 4 9 2];» G = rem(A,3);» P = (G == 0)
P =0 0 11 0 00 1 0
A função rem(A,3) retorna a matriz dos restos da divisão por 3. Cada umdos elementos de G informa se a operação relacional é falsa (0) ou verdadeira(1).
A função f ind é muito usada em conjunto com operadores relacionais. Oexemplo abaixo ilustra como localizar todos os elementos de Y que são maioresque 3 e substituí-los por 10.
» Y = [1 2 3 4 5 6 7 8 9];» i = find(Y > 3.0);» Y(i) = 10*ones(size(i));
Operadores Lógicos
Os operadores &, |, e ~ são os operadores lógicos "e", "ou" e "não"respectivamente. As funções any e al l são muito utilizadas em conjunto com
operadores lógicos. A função any(x) retorna "1" se qualquer elemento de x fornão nulo e retorna "0" caso contrário. A função all(x) retorna "1" somente se
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Tutorial do MATLAB 13
todos os elementos de x são não nulos. Essas funções são particularmente úteisna declaração de um comando i f .
if all(A < 0.5)faça alguma coisa
end
Funções Matemáticas
Um conjunto de funções matemáticas elementares são aplicáveiselemento-a-elemento. Exemplo:
» A = [ -1 2 -3; 4 -5 6];» B = abs(A)
B =1 2 34 5 6
1.1.4 Manipulação Matricial e Vetorial
A capacidade de indexação do MATLAB permite manipulação de linhase colunas, elementos individuais e submatrizes de matrizes. Os vetores são o
ponto central da indexação e eles são gerados com o uso de “: ” (dois pontos).
Gerando Vetores
A declaração abaixo ilustra a criação de um vetor usando (:) dois pontos:
» x = 1:5x =
1 2 3 4 5
Você pode também criar o vetor com incrementos diferentes da unidade. No exemplo a seguir o passo é de /4.
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Tutorial do MATLAB 14
» y = 0 : pi/4 : piy =
0.0000 0.7854 1.5708 2.3562 3.1416
» z = 6: -1 : 1z =
6 5 4 3 2 1
A uso de (:) permite a criação rápida de tabelas como ilustrado a seguir:
» x = (0 : 0.2 : 3)';» y = exp(-x) .* sin(x);» [x y]
ans =0 0
0.2000 0.16270.4000 0.26100.6000 0.30990.8000 0.32231.0000 0.30961.2000 0.28071.4000 0.2430
1.6000 0.20181.8000 0.16102.0000 0.12312.2000 0.08962.4000 0.06132.6000 0.03832.8000 0.02043.0000 0.0070
Existem outras funções para a geração de vetores tal como logspace que
gera um vetor espaçado logaritmicamente:
» w = logspace(-1,1,5)w =
0.1000 0.3162 1.0000 3.1623 10.0000
Indexando
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Tutorial do MATLAB 15
Elementos individuais de matrizes podem ser referenciados inserindoseus índices de linha e coluna entre parênteses. Se uma expressão for usadacomo índice, o índice é aproximado paro o inteiro mais próximo.
» A = [1 2 3; 4 5 6; 7 8 9];» A(3,3) = A(1,3) + A(3,1)
A =1 2 34 5 67 8 10
Usando (:) dois pontos, podemos indexar todas as linhas ou colunas ou
uma parte:
» A(:,1) A =
147
» A(2:3,1:2)
A = 4 57 8
O exemplo a seguir mostra como fazer referência explícita a algumaslinhas ou colunas. Colocam-se os números das linhas e colunas dentro decolchetes:
» A( [1 3], [1 3] ) A =
1 37 10
Um outro uso para os dois pontos (:) é no empilhamento das colunas deuma matriz qualquer. No caso de vetores, obteremos sempre o vetor coluna:
» A = [1 2; 3 4; 5 6];
» B = A(:)B =
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Tutorial do MATLAB 17
Matrizes Especiais
Existe uma coleção de funções que geram matrizes que são normalmente
encontradas nos problemas de álgebra linear e processamento de sinais.Exemplos:
compan - gera a matriz a partir do polinômio caraterístico diag - matriz diagonal pascal - constrói o triângulo de Pascal zeros - matriz de "zeros" ones - matriz de "uns" eye - matriz identidade logspace - vetores espaçados logaritmicamente linspace - vetores espaçados linearmente rand - elementos randômicos uniformemente distribuídos randn - elementos randômicos normalmente distribuídos etc ...
Construindo Matrizes a partir de Matrizes
É possível formar matrizes maiores a partir de matrizes menores,envolvendo as matrizes menores entre colchetes. Por exemplo, se A é umamatriz quadrada,
» C = [ A A'; ones(size(A)) A.^2 ]
cria a matriz C com o dobro do tamanho de A. Note que na construção de
matrizes usando matrizes, as dimensões das matrizes menores devem sercompatíveis ou então aparecerá uma mensagem de erro.
Manipulando Matrizes
Várias funções estão disponíveis para a manipulação matricial como:rot90 (rotação anti-horária de 90º), tril (parte triangular superior), triu (partetriangular inferior), reshape (alteração da dimensão), etc.
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Tutorial do MATLAB 18
1.1.5 Análise de Dados
Esta seção apresenta uma introdução à análise de dados usando oMATLAB. Técnicas mais poderosas estão disponíveis usando funções deálgebra linear e funções de processamento de sinais na seção 1.1.7 (polinômiose processamento de sinais).
Convenção
Por convenção, as diferentes variáveis em um conjunto de dados sãocolocadas em colunas, permitindo observação vertical dos dados através das
linhas. Portanto, um conjunto de dados de 50 amostras de 13 variáveis éarmazenado numa matriz de dimensão 50-por-13.
O conjunto de dados armazenados na matriz count será usado para ilustraro uso de algumas funções
» count = [11 57 29143 178 101138 163 109561 420 240712 59 287 ]
Para esse exemplo temos 5 observações para 3 variáveis. Isso pode serobtido como segue:
» [n,p] = size(count)
n =5
p =3
Um grupo de funções (abaixo) confere a capacidade de análise de dados básica:
max - máximo valor min - mínimo valor mean - valor médio median - mediana
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Tutorial do MATLAB 19
std - desvio padrão sort - ordenação sum - soma dos elementos
prod - produto dos elementos cumsum - soma cumulativa dos elementos cumprod - Produto cumulativos dos elementos diff - Aproximação da derivada corrcoef - Coeficientes de correlação cov - Matriz de covariância var - Variância
Para argumentos vetoriais não faz diferença se o vetor é linha ou coluna.Para arrays as funções são orientadas por colunas.
Continuando com o exemplo anterior, as declarações abaixo
» mx = max(count);» mu = mean(count);» sigma = std(count);
resultam em:mx =
61 420 2407mu =
1.0e+003 *
0.0330 0.1754 1.0182sigma =
21.4126 147.9503 865.7639
Ajuste de Curvas
Uma das alternativas possíveis no MATLAB para encontrarmos oscoeficientes de p(x) a partir de dados tabelados é através da função polyfit ,onde n é o grau do polinômio.
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Tutorial do MATLAB 20
p x c x c x cd d n
1 2
1
A sintaxe usada é a seguinte, onde x é a abscissa, p o valor da função para
cada x(i) e n o grau do polinômio.
» c = polifit(x,p,n)
1.1.6 Funções Matriciais
Autovalores e Autovetores
Se A é uma matriz n-por-n, os n números que satisfazem a equação Ax = x, são os autovalores de A. Eles são encontrados usando
» eig(A)
Se o comando for usado com dois parâmetros de saída, obteremos osautovalores em D e os autovetores em X :
» [X,D] = eig(A)
Norma, Posto e Condicionamento
As funções MATLAB que calculam a norma, posto e número decondicionamento de uma matriz são:
cond - número de condicionamento usando norma-2 norm - norma-1, norma-2, norma-F e norma- rank - posto da matriz rcond - estimativa do condicionamento
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Tutorial do MATLAB 21
1.1.7 Polinômios e Processamento de Sinais
O MATLAB possui funções para manipulação polinomial e para o processamento digital de sinais. Essas funções operam primordialmente comvetores.
Representação de Polinômios
O MATLAB representa polinômios como vetores linha contendo oscoeficientes ordenados em ordem decrescente dos expoentes. Por exemplo, o
polinômio característico de
A =1 2 34 5 67 8 0
é calculado com
» p = poly(A)p =
1 -6 -72 -27
Esta é a representação MATLAB do polinômio s s s3 26 72 27 . As raízes dessaequação são
» r = roots(p)
r = 12.1229-5.7345-0.3884
Essas raízes são os mesmos que os autovalores da matriz A. Você podereconstruir o polinômio original com a função poly
» p2 = poly(r)p2 =
1 -6 -72 -27
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Tutorial do MATLAB 22
Considere os polinômios a s s s( ) 2 2 3 e b s s s( ) 4 5 62 . O produtodos polinômios é a convolução dos seus coeficientes
» a = [1 2 3]; b = [4 5 6];» c = conv(a,b)
c =4 13 28 27 18
Você pode utilizar a convolução inversa para dividir dois polinômios, eno caso do exemplo, obter b novamente.
» [q,r] = deconv(c,a)q =
4 5 6r =
0 0 0 0 0
A lista de funções de polinômios inclui:
poly - polinômio característico roots - raízes de um polinômio polyval - cálculo do valor numérico do polinômio polyvalm - cálculo do polinômio de matrizes conv - multiplicação (convolução) deconv - divisão (deconvolução) residue - expansão em frações parciais polyder - derivada do polinômio polyfit - ajuste polinomial de curva
Processamento de Sinais
Vetores são usados para armazenar sinais de dados amostrados, ouseqüências, para o processamento dos sinais. Para sistemas com múltiplasentradas, cada linha da matriz corresponde a uma amostra. O MATLAB básicocontém as funções a seguir, enquanto que o Signal Processing Toolbox contémmuitas funções adicionais.
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Tutorial do MATLAB 23
abs - magnitude complexa angle - ângulo de fase conv - convolução
deconv - deconvolução fft - transformada rápida de Fourier ifft - transformada rápida inversa de Fourier fftshift - alterna quadrantes de matrizes fft2 - FFT de duas dimensões ifft2 - FFT inversa de duas dimensões fftshift - rearranja os resultados da FFT conv2 - convolução de duas dimensões
Filtragem de Dados
A função,
» y = filter(b,a,x)
filtra os dados do vetor x com o filtro descrito pelos vetores a e b, criando o
dado y filtrado.
x yH(z)
A estrutura do filtro é dada a seguir pela sua função de transferência detempo discreta
)1(1
)1(1
)()2(1)()2()1(
)()()(
na
nb
z naa z a z nbb z bb
z X z Y z H
A função freqz do Signal Processing Toolbox calcula a resposta emfreqüência de filtros digitais. Além dessa, exemplificada abaixo, esse Toolboxcontém inúmeras funções para o projeto de filtros digitais.
» [h,w] = freqz(b,a,n);
» mag = abs(h);» fase = angle(h);
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Tutorial do MATLAB 24
» semilogy(w,mag)» plot(w,fase)
1.1.8 Funções de Funções
A classe de funções MATLAB para cálculo que não é sobre matrizesnuméricas, mais sim com funções matemáticas é aqui designada por funções defunções ( funfun) e incluem:
Integração Numérica Equações não lineares e Otimização Solução de Equações Diferenciais etc
Para o uso das funções de funções, é usual representar as funfun atravésde arquivos-M (M-files). Por exemplo, a função
f x x x
( )( , ) , ( , ) ,
1
0 3 0 01
1
0 9 0 046
2 2
foi codificada num arquivo com extensão .m, por exemplo chamado humps.m,cuja listagem é mostrada a seguir:
% listagem do arquivo humps.mfunction y = humps(x)y = 1/.((x-.3).^2 + .01) + 1./((x-.9).^2 + .04) - 6;
O gráfico dessa função é obtido como segue
» x = -1:.01:2;» plot(x,humps(x))
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Tutorial do MATLAB 25
-1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2-20
0
20
40
60
80
100
Integração Numérica
Uma função, tal como humps , pode ser integrada numericamente pelo processo chamado de quadratura que é uma funfun. Exemplo:
» q = quad('humps',0,1)q =
29.8583
O MATLAB oferece duas funções para o processo de quadratura:
quad - regra de Simpson adaptativa quad8 - regra de Newton adaptativa
Note que o primeiro argumento da função quad é uma string que contém onome de uma função. Isso mostra porque essa função é chamada função defunção (é uma função que opera com outras funções). Os outros doisargumentos são os limites de integração.
Equações Não Lineares e Funções de Otimização
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Tutorial do MATLAB 26
No MATLAB básico encontramos algumas funções para a manipulaçãode equações não lineares e para otimizações. Exemplos:
fminsearch - mínimo de uma função multivariável fzero - zero de uma função de uma variável
Continuando com o exemplo definido pela função humps.m, a localizaçãodo mínimo da função na região de 0.5 a 1 é calculada com fminsearch :
» xm = fminsearch('humps',0.5, 1)
xm =0.6370
e o seu valor no mínimo é
» y = humps(xm)y =
11.2528
A localização do zero da função que está próximo de x = 0 e de x = 1 é,
» xz1 = fzero('humps',0)xz1 =
-0.1316» xz2 = fzero('humps',1)
xz2 =1.2995
No Optimization Toolbox temos inúmeras outras funções como, porexemplo,
fgoalattain - consecução de metas fmincon - minimização com restrições fminsearch - minimização sem restrições fsolve - solução de equações não lineares
fzero - busca de zeros fminimax - solução do problema minimax
-
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Tutorial do MATLAB 27
linprog - programação linear quadprog - programação quadrática
Equações Diferenciais
Duas das funções disponíveis para a solução de equações diferenciaisordinárias são:
ode23 - método Runge-Kutta de ordem baixa ode45 - método Runge-Kutta de ordem média
Considere a equação diferencial de segunda ordem conhecida comoequação de Van der Pol.
( ) x x x x 2 1 0
Esta equação pode ser escrita como um sistema de equações diferenciais de primeira ordem
( )
x x x x x x
1 1 2
2
2
2 1
1
O primeiro passo para simular este sistema é criar um arquivo que contem estesistema de equações diferenciais. Chamaremos este arquivo de vdpol.m
function xponto = vdpol(t,x)xponto(1,1) = x(1).*(1-x(2).^2)-x(2);xponto(2,1) = x(1);
Para simular a equação diferencial no intervalo 0 20 t , use a função ode23 .
» t0 = 0; tf = 20;» x0 = [0 0.25]'; % condicoes iniciais» [t,x] = ode23( 'vdpol', [t0 tf], x0 );» plot(t,x)
-
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Tutorial do MATLAB 28
0 5 10 15 20
-3
-2
-1
0
1
2
3
Para aqueles que trabalham com equações diferenciais recomenda-setambém o SIMULINK que é uma extensão gráfica do MATLAB para asimulação de equações diferenciais.
1.1.9 Gráficos
O sistema gráfico do MATLAB oferece uma variedade de técnicassofisticadas para representar e visualizar dados. São funções gráficas em 2-D e3-D.
Gráficos 2-D
O MATLAB fornece uma variedade de funções para a visualização dedados em duas dimensões (2-D).
Funções Gráficas Elementares
A lista abaixo sumariza as funções gráficas básicas. Elas diferem apenasna escala dos eixos. Cada entrada pode ser um vetor ou uma matriz e as escalassão ajustadas automaticamente para acomodar os dados de entrada.
plot - gráfico de vetores ou de colunas de matrizes loglog - escala logarítmica nos dois eixos
semilogx - escala logarítmica no eixo x e linear em y semilogy - escala logarítmica no eixo y e linear em x
-
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Tutorial do MATLAB 29
title - adiciona um título ao gráfico xlabel - adiciona um nome ao eixo x ylabel - adiciona um nome ao eixo y
text - mostra um texto na posição especificada gtext - coloca o texto no gráfico usando o mouse grid - coloca linhas de grid
Criando um Gráfico
Se y é um vetor, plot(y) produz um gráfico linear dos elementos de y emfunção do indexador de y. Se você especificar dois vetores como argumentos,plot(x,y) produz um gráfico de y versus x. Você pode também especificar váriosconjuntos de dados e definir o estilo da linha e sua cor para cada conjunto dedados, tudo isso num mesmo comando:
» t = 0:pi/100:2*pi;» x = sin(t);» y1 = sin(t + 0.25);
» y2 = sin(t + 0.5);» plot(x,y1,'r-',x,y2,'g--')» title('Defasagem')» xlabel('x=sin(t)')» ylabel('y=sin(t+)')
-
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Tutorial do MATLAB 30
-1 -0.5 0 0.5 1-1
-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
x=sin(t)
y=sin(t+)
Defasagem
Estilos de Linhas, Marcadores e Cores
Tal como se mostrou no exemplo anterior, você pode passar um caracterecomo um argumento à função plot para especificar um dos vários estilos delinha, símbolos e cores. Na declaração plot(X,Y,S), S é uma string de 1, 2 ou 3caracteres (delimitados por apóstrofes) com as funções definidas pela tabela aseguir. Se você não especificar uma cor, ele usa as cores da tabelaautomaticamente.
-
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Tutorial do MATLAB 31
Símbolo Cor Símbolo Linha
y
m
c
r
g
b
w
k
amarela
magenta
ciano
vermelha
verde
azul
branca
preta
.
o
x
+
*
-
:
-.
--
s
d
v
^
<
>
P
h
ponto
círculo
marca x
marca +
marca *
sólida
pontilhada
traço-ponto
tracejada
quadradodiamante
triângulo (p/ baixo)
triângulo (p/ cima)
triângulo (p/esquerda)
triângulo (p/diereita)
pentragrama
hexagrama
Adicionando Linhas num Gráfico Existente
Você pode adicionar outras curvas em um gráfico que já foi construídousando o comando hold . Quando você seleciona hold on , o MATLAB não
remove as linhas atuais, ao invés disso ele adiciona as linhas atuais ao gráficoatual.
O que ele pode fazer é mudar a escala dos eixos automaticamente se os novosdados não se acomodarem dentro da escala anterior. Exemplo:
» plot(x)» hold on» plot(y1,'--')» plot(y2,'-.')» hold off
-
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Tutorial do MATLAB 32
Resulta,
0 50 100 150 200 250-1
-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
Dados Imaginários e Complexos
Quando os argumentos da função plot são complexos, isto é, eles têm parte imaginária diferente de zero, a parte imaginária é ignorada exceto quandoplot é usado com um único argumento. Nesta situação, o comando é umcomando gráfico resumido da parte real versus a parte imaginária. Portanto,plot(z), quando z é um vetor ou matriz complexa, é equivalente à,plot(real(z),imag(z)). Para ilustrar isso, o exemplo a seguir usa a distribuição dosautovalores de uma matriz 20-por-20 randômica:
» plot(eig(randn(20,20)),’x’)
-
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Tutorial do MATLAB 33
-4 -2 0 2 4 6-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
Distribuição de Autovalores
Exibindo Gráficos de Matrizes
A função plot pode ter um único argumento, como plot(Y). Ela desenhauma curva para cada coluna de Y . O eixo x é formado pelo índice de cada linha.Se X e Y são matrizes, plot(X,Y) exibe o gráfico das colunas de X versus colunasde Y .
» X = 0:pi/50:2*pi;» Y = sin(X); Z = cos(X); W = log(X);» A = [Y' Z' W'];» plot(A)
Resulta,
-
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Tutorial do MATLAB 34
0 20 40 60 80 100 120-3
-2.5
-2
-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
2
Importando Dados
Você pode importar e exibir o gráfico de dados gerados fora doMATLAB. Suponha você tenha um arquivo chamado dados.dat contentovalores de duas funções e da variável independente.
dados.dat
2.3 1.0 1.03.1 1.9 2.04.5 2.2 3.05.6 2.6 4.04.8 3.5 5.04.7 4.7 6.04.4 5.3 7.04.0 6.0 8.04.2 7.1 9.0
O comando load dados.dat produz uma matriz chamada dados, 9-por-3. Aseguir, mostra-se como renomear cada uma das variáveis e como exibir ográfico de cada função separadamente.
» load dados.dat» F1 = dados(:,1);» F2 = dados(:,2);
» X = dados(:,3);» subplot(211), plot(X,F1)
-
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Tutorial do MATLAB 35
» subplot(212), plot(X,F2)
Resulta,
0 2 4 6 8 102
3
4
5
6
0 2 4 6 8 100
2
4
6
8
Funções Gráficas Especializadas em 2-D
O MATLAB inclui uma variedade de funções especializadas, conformedescrito resumidamente a seguir.
bar - gráfico de barras compass - gráfico de ângulos com setas errorbar - gráfico de barras de erros
feather - gráfico de ângulos fplot - calcula e exibe o gráfico de uma função hist - cria um histograma polar - gráfico em coordenadas polares quiver - cria um gráfico de um gradiente rose - histograma em ângulo stairs - gráfico similar ao de barras sem linhas internas fill - desenha um polígono e preenche o interior
-
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Tutorial do MATLAB 36
Gráfico de Funções Matemáticas
Você pode exibir o gráfico de uma função, y f x ( ). A solução pela força
bruta é calcular a função para algumas centenas de pontos no intervalo deinteresse. Por exemplo, a função a seguir oscila com freqüência tendendo parainfinito quando x 0 5, .
» x = (0:1/2000:1)';» plot(x,cos(tan(pi*x)))
Resulta,
. . . .- 1
- 0 . 8
- 0 . 6
- 0 . 4
- 0 . 2
0
0 . 2
0 . 4
0 . 6
0 . 8
1 y = c o s ( t a n ( p i* x ) )
No exemplo, a função é exibida no intervalo [0,1]. Neste caso, a funçãofplot é mais efetiva para obtermos a representação gráfica da função, pois elaescolhe automaticamente uma quantidade maior de pontos na faixa que énecessário maior resolução gráfica. Para usar a função fplot , primeiro crie umarquivo que conterá a função a ser exibida por meio de um gráfico, por exemplocom o nome fofx.m
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Tutorial do MATLAB 37
function y = fofx(x)y = cos(tan(pi*x));
Agora basta passar o nome da função como argumento de fplot.
» fplot('fofx',[0 1], 25,20,10)
Resulta,
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1-1
-0.8
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1y = cos(tan(pi*x))
Gráficos 3-D
O MATLAB oferece uma variedade de funções para a visualização dedados em 3-D, conforme sumarizado pelas funções a seguir. Contudo, nãofaremos um detalhamento, visto que o assunto é muito longo e poucointeressante para os nossos objetivos.
plot3 - desenha linhas e pontos em 3-D. contour, contour3 - gráficos de contornos
pcolor - desenha uma matriz retangular de células cujas coressão determinadas pelos elementos da matriz.
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Tutorial do MATLAB 38
image - mostra uma matriz como uma imagem mapeando oselementos da matriz para o mapa de cores atuais.
mesh, meshc, meshz - cria uma perspectiva em 3-D dos
elementos da matriz. fill3 - cria um polígono 3-D e preenche com uma cor sólida ou
interpola cores. zlabel - cria um label para o eixo z. clabel - adiciona um label ao gráfico de contorno. view - determina o ponto de visualização atual. viewmtx - calcula uma transformação 4x4.
1.1.10 Controles de Fluxo
O MATLAB possui declarações para controle de fluxo tal como aquelesencontrados na maioria das linguagens de computador. O controle de fluxotorna o MATLAB mais do que uma calculadora científica, permitindo que sejausado como uma linguagem de programação de alto nível completa.
FOR
O MATLAB possui a sua versão própria dos loops DO ou FOR. Com issoé possível repetir um grupo de declarações por um número predeterminado devezes. Por exemplo,
» for i = 1:n, x(i) = 0, end
impõe o valor "0" para todos os primeiros n elementos de x. Se n é menor que"1", a construção ainda é permitida, mas as declarações internas ao loop não são
executadas. Se x não existe ou tem menos elementos que x, então espaçosadicionais são alocados automaticamente.
Você pode criar loops dentro de loops e pode fazer as declaraçõesdiretamente no prompt do MATLAB, embora o uso de um M-fi le sejarecomendado nestes casos.
» for i = 1:1:m
» for j = 1:1:n» A(i,j) = 1/(i+j-1);
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Tutorial do MATLAB 39
» end» end» A
A expressão do for é usualmente do tipo m : i : n, onde m é o valor inicial,n o final e i o incremento, sendo que esse pode ser negativo.
WHILE
Tal como o for , a declaração while também é para realizar um grupo dedeclarações um certo número de vezes. A diferença básica é que no while , ocontrole do loop é feito por uma condição lógica. Para ilustrar, vamos resolverum problema: Qual é o primeiro inteiro n para o qual n! (fatorial de n) é umnúmero de 100 dígitos ?
» n = 1;
» while prod(1:n) < 1.e100, n = n+1; end» n
A função prod realiza os produtos dos elementos do argumento. Logo, prod(1:n) é o fatorial de n.
Declarações IF e BREAK
Os exemplos a seguir ilustram a utilização da declaração i f . O primeiro
exemplo mostra como um cálculo pode ser dividido em três casos dependendodo sinal e da paridade de n.
if n < 0 A = -1;
elseif rem(n,2) == 0 A = 0
else A = 1
end
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Tutorial do MATLAB 40
O segundo exemplo envolve um problema não resolvido da teoria dos números:
"Pegue um número inteiro. Se ele for par, divida por dois; se for impar,
multiplique ele por 3 e some 1. Repita esse processo até que o inteiro seja iguala um. O problema é saber se existe algum inteiro para o qual o processo nunca
termina".
Este programa MATLAB ilustra as declarações while e i f . Também é mostradoo uso da função input que interrompe a execução para a entrada de dados e dadeclaração break que permite interromper um loop.
% Problema classico "3n+1" da teoria dos números
while 1n = input('Entre com n [negativo aborta] = ');if n 1if rem(n,2) == 0
n = n/2else
n = 3*n+1
endendend
1.1.11 Arquivos M
A maneira mais simples de se usar o MATLAB é no modo de comando.
Quando você entra com uma linha de comando, ele processa e imediatamentemostra o resultado. O MATLAB também pode executar uma seqüência decomandos que está armazenada num arquivo. Estes dois modos formam umambiente interpretativo. Os arquivos que contém declarações MATLAB sãochamados M-files porque usam a extensão “.m”. Por exemplo, o arquivobessel.m contém declarações MATLAB para o cálculo de funções Bessel.
Um M-file consiste de uma seqüência de declarações MATLAB normais, podendo incluir referencias a outros M-files. Um M-file pode chamar ele
próprio de forma recursiva. Você pode criar um M-file usando um editor detexto tal como o Notepad do Windows, ou outro qualquer. Dois tipos de M-
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Tutorial do MATLAB 41
files podem ser usadas: lotes ( scripts) e funções ( functions). Arquivos scripts automatizam uma seqüência de comandos. Arquivos de função permitem criarnovas funções às existentes. Ambos, scripts e funções são arquivos texto tipo
ASCII.
Arquivos Scripts
O exemplo a seguir ilustra como calcular os primeiros 16 números deFibonacci usando um arquivo script . Suponha que o nome do arquivo sejafibno.m. Digitando fibno (sem a extensão) no prompt do MATLAB, faz com oscomandos contidos no arquivo sejam executados. Note que depois da execuçãodo programa as variáveis f e i permanecem na área de trabalho (workspace) do
MATLAB. Verifique isso com who . Isso acontece porque os scripts operamglobalmente com dados no workspace. Os demos fornecidos junto comoMATLAB são bons exemplos de como usar scripts para realizar tarefas maiscomplexas. Para chamar os demos digite demo no prompt do MATLAB.
% M-file (script) para calcular números de Fibonacci
f = [ 1 1]; i = 1;
while f(i) + f(i+1) < 1000f(i+2) = f(i) + f(i+1);i = i + 1;
end
plot(f)
Arquivos de Funções
Um M-file que contém a palavra function no início da primeira linha é umarquivo de função. Uma função difere de um script no fato de que argumentos
podem ser passados; variáveis definidas e manipuladas no arquivo são locais àfunção e não operam globalmente no workspace. A função listada à seguir temo nome media1.m.
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Tutorial do MATLAB 42
function y = media1(x)% calculo da media% soma / m
% inico do programa[m,n] = size(x);if m == 1
m = n;endy = sum(x) / m;
Por exemplo, se z é um vetor de inteiros de 1 à 99, sua média pode ser calculadacomo segue:
» z = 1:99;» media1(z)
ans =50
A seguir, descreve-se alguns detalhes de mean.m:
A primeira linha declara o nome da função, os argumentos de
entrada e os de saída. Sem esta linha, o arquivo é um script aoinvés de função;
O símbolo % indica que o resto da linha é um comentário edeve ser ignorado;
As primeiras linhas documentam um M-file e são mostradasquando pedimos help media1;
As variáveis m, n e y são locais à função e não existem noworkspace depois que do término da função. (Caso a variável
já existisse antes da chamada de media1, ela continuariaexistindo depois e inalterada);
Não foi necessário colocar os inteiros de 1 a 99 numa variávelchamada x. De fato, nós usamos media1 com uma variávelchamada z. O vetor z foi passado ou copiado dentro da funçãoonde ela tornou-se uma variável local chamada x.
Você pode criar uma função um pouco mais complexa que media1,chamada stat, que também calcula o desvio padrão. Neste exemplo ilustramos ouso de múltiplos argumentos de saída.
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Tutorial do MATLAB 43
function [mean,stdev] = stat(x)
[m,n] = size(x);
if m == 1m = n;
endmean = sum(x) / m;stdev = sqrt(sum(x.^2)/m - mean.^2);
Uma função que calcula o posto de uma matriz usa múltiplos argumentosde entrada: No caso geral teríamos múltiplos argumentos de entrada e de saída.
function r = rank(x,tol)% rank (posto em Portugues) da matrix
s = svd(x);if (nargin == 1)
tol = max(size(x)) * s(1) * eps;endr = sum(s > tol);
Este exemplo também mostra o uso da variável permanente nargin paraencontrar o número de argumentos de entrada. A variável nargout, embora nãousada neste exemplo, contém o número de argumentos de saída.
Criando um Help para Seus Arquivos Pessoais
você pode criar um help online para os seus M-files pessoais entrando otexto em uma ou mais linhas de comentário, começando sempre pela segundalinha do arquivo. Por exemplo, o arquivo da função angle,
function p = angle(h)
% ANGLE Phase angle.% ANGLE(H) returns the phase angles, in radians, of a% matrix with complex elements.%% See also ABS, UNWRAP.
p = atan2(imag(h), real(h));
têm 5 linhas contíguas de comentário a partir da segunda linha. Quandodigitamos help angle, todo esse bloco é mostrado. O mecanismo de help ignora
-
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Tutorial do MATLAB 44
linhas de comentário que aparecem mais a frente, depois de uma declaração oumesmo uma linha em branco.
Informações Úteis
Quando você chama uma função pela primeira vez, o MATLAB compilaa função e a coloca na memória. Ela estará então disponível para os usossubseqüentes sem a necessidade de ser compilada. Permanecerá na memória atéo final da seção ou até que você fique com pouca memória, acarretando na suaeliminação automática.
O comando what mostra uma listagem dos M-files no diretório atual do
disco. O comando type lista os M-files.
De uma maneira geral, quando você digita um nome de algo noMATLAB, por exemplo, whoopie , o interpretador do MATLAB executa osseguintes passos:
1. Procura por whoopie como variável;2. Verifica se whoopie é uma função interna;3. Procura um o arquivo whoopie.m no diretório atual;4. Procura um o arquivo whoopie.m nos diretórios especificados
pelo path do MATLAB.
INPUT, KEYBOARD, PAUSE
A função input permite obter dados do usuário. por exemplo,
n = input('Entre com o valor de n = ')
interrompe a execução, mostra a frase na tela, espera, e então atribui o valor ouexpressão digitada para a variável n.
-
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Tutorial do MATLAB 45
Similar à input é a função keyboard . Esta função torna o teclado docomputador um script . Quando colocada dentro de M-files, torna ágil adepuração e permite a modificação de variáveis durante a execução.
O comando pause interrompe a execução até que o usuário pressionauma tecla qualquer. pause(n) interrompe por n segundos antes de continuar.
Variáveis Globais
Cada função MATLAB possui suas próprias variáveis locais que sãoseparadas daquelas de outras funções e daquelas que estão no workspace.Contudo, se você declarar uma variável como global, todas as funções e oworkspace vão enxergar a mesma variável. Para diferenciar das demaisvariáveis, costuma-se identificar uma variável global declarando-a com umnome longo e em letras maiúsculas, embora isso não seja uma imposição.
Suponha que você queira estudar o comportamento dos coeficientes e no problema do modelo predador-vítima de Latka-Volterra.
y y y y
y y y y
1 1 2 1
2 2 2 1
Crie o arquivo lotka.m:
function yp = lotka(t,y)% modelo Votka-Volteraglobal ALFA BETAyp = [y(1) - ALFA*y(1)*y(2); -y(2) + BETA*y(1)*y(2)];
Interativamente, entre como as seguintes declarações:
» global ALFA BETA» ALFA = 0.01;» BETA = 0.02;» [t,y] = ode23( 'lotka', [0 10], [1; 1] );» plot(t,y)
-
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Tutorial do MATLAB 46
Uma vez que ALFA e BETA são globais você pode alterá-las interativamente enovas soluções podem ser obtidas sem ter que editar nenhum arquivo e sem
passar os valores como argumentos.
Variáveis Alfanuméricas
Variáveis do tipo texto são introduzidas no MATLAB envolvendo o textocom quotas simples (apóstrofos). Por exemplo,
» s = 'Ola's =
Ola
O texto é armazenado num vetor, um caracter por elemento. Desejandoconcatenar textos, use colchetes:
» s = [s, ' Pessoal']s =
Ola Pessoal
Valores numéricos são convertidos em variáveis do tipo texto viasprintf , num2str e int2str . Exemplo,
» c = 23;» title(['A temperatura é ',num2str(c),' graus C'])
A Função EVAL
A função eval é usada com variáveis do tipo texto para implementarrecursos de macros de texto. A função eval(t) força que o texto contido navariável t seja "resolvido". O exemplo a seguir mostra como usar o comandoload para carregar 10 arquivos seqüencialmente numerados: dados1.mat,dados2.mat, ...
» fname = ‘dados’;» for i = 1:10» eval( [ 'load ', fname, int2str(i) ] )» end
-
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Tutorial do MATLAB 47
A função eval é especialmente útil na passagem de argumentos defunções cujo parâmetro é um nome de outra função. Um exemplo típico é ofunção fplot que passa como argumento o nome da função a ser exibida,
exemplo:
» fplot( 'sin', [0 10] )
1.1.12 Arquivos de Disco
Os comandos load e save recuperam e armazenam dados do workspace
no disco.
Manipulação de Arquivos de Disco
Os comandos dir , type , delete e cd servem à manipulação de arquivos.Para a maioria desses comandos devemos especificar o path, wildcards e odrive de destino como normalmente se faz no DOS.
O comando type difere do comando type usual de uma forma importante.
Se nenhuma extensão é especificada, o MATLAB considera a extensão “.m” como default . Portanto, esse comando é normalmente usado para obtermos umarápida listagem de um M-file na teta do computador.
O comando diary cria um diário (log ) da sua seção MATLAB na formade um arquivo ASCII. Todos os comandos e resultados, exceto gráficos, sãoautomaticamente acrescentados ao arquivo de diário.
Transferência de Dados
Você pode introduzir dados de outros programas dentro do MATLAB.Similarmente, você pode exportar dados do MATLAB para outros programas.Também é possível usar o formato que o MATLAB usa para armazenar dados:MAT-files.
Importando Dados
O melhor método de importar dados depende de quantos dados existem,qual o seu formato, etc. A seguir, listamos algumas opções:
-
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Tutorial do MATLAB 48
Entre com os dados como uma lista explícita dos elementos. Seo número de elementos for pequeno (10-15 elementos) é mais
simples digitar os dados explicitamente usando colchetes.
Crie um M-file e escreva os dados de forma explícita usandoum editor de texto.
Carregue os dados de um arquivo ASCII.
Escreva um programa em C ou FORTRAN para converter seusdados no formato dos MAT-files e então use o comando load .
Importe os dados do Excel.
Exportando dados do MATLAB
Para exportar dados também existem várias opções, das quais algumassão listadas a seguir:
Para matrizes pequenas use o comando diary para criar umaarquivo de diário e então liste as variáveis neste arquivo. Você
pode, mais tarde, usar um editor de texto para manipular osdados.
Salve os dados num formato ASCII usando o comando save com a opção -ascii. Por exemplo,
» A = rand(4,3);» save temp.dat A -ascii
cria um arquivo ASCII chamado temp.dat
Salve os dados como MAT-files usando o comando save eentão escreva um programa em C ou FORTRAN parareformatar os dados conforme necessário para a aplicação.
-
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Tutorial do MATLAB 49
Exporte os dados para o Execl.
1.1.13 O Depurador do Matlab
Embora o MATLAB seja uma linguagem menos complexa que outraslinguagens de programação, ele tem sua sintaxe própria e você pode precisarcorrigir alguns erros. O MATLAB encontra erros de sintaxe durante a fase decompilação e esses erros, em geral, são simples de corrigir. O MATLABtambém encontra erros na fase de execução do programa; esses erros tendem aser mais difíceis de solucionar por causa do workspace local às funções ser
perdido quando um erro interrompe a execução. Quando isto ocorre, retornamosao workspace base do MATLAB. Se você usou ponto-e-vírgula para suprimir osresultados intermediários da tela, não terá como saber onde o erro ocorreu.
Para mostrar os resultados intermediários, você pode usar um dosmétodos a seguir:
Remova os ponto-e-vírgula de interesse; Use a declaração keyboard para permitir que o workspace seja
examinado no ponto da declaração; Torne a primeira linha da função uma linha de comentário, de
tal forma que a função possa ser executada como um script ,fazendo com que os resultados intermediários sejam acessíveisno workspace base do MATLAB;
Use o depurador do MATLAB.