MARX & ENGELS. Sobre Literatura e Arte

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SOBRELITERATURAEARTE OOI.lCAO'I'EOIw. N.7" Todososdireitosparaestaedlloestioreservados porEditorialEttampa,Lda.,Lisboa,1971 MARX-ENGELS SOBRELITERATURAEARTE 4.' . Edio 1974 EDITORIALESTAMPA LISBOA TRADUCAO DE ALBANOLIMA lNDICE CAPlTULOI - Omaterialismo histrico eassuperes-n'utrasideolgicas..................13 l.A filosofiaconquistadora ao servio do homem13 2.Afilosofianoexterioraomundo.........14 3.precisodaraoshomensaconscinciadesi prprios........................... .........15 4.Ateoriatransformaseemforamaterial quandopenetranasmassas...............15 5.A.pensamentopuro............16 6.limIte dasidelas..............................17 7.No aconscincia que determina avida,mas a que aconscincia......17 8.Aevoluao daconSClenCla.....................20 9.Asideiasdominantessoasdaclassedomi-nante ...0.00.00.00.00.00.0...0.00'00.00.00'0'22 10.Asmudamconforme ascondloesSOCIaIS........................25 11.Omaterialismohistrico0.00.0,'o0.00.00'027 12.Respostaaum detractordomaterialismohis-trico .......................................28 13.Noexistemverdadeseternas....... ..0.030 14.Amoralfoisempre umamoraldeclasse......31 15.Baseeconmicaesuperestruturasideolgicas33 16.Entreainfra-estruraeconmicaeassuperes-truturasideolgicashacoereacore-cprocas ....................................37 17.Asrelaeseconmicas,araaeoindivIduo40 18.Astarefasdacrticamarxista.........43 7 CAPITULOII - Nasci11lel1toeevoluodaarte47 I.Ohomemaprendeaconhecer-seatravsdo conhecimentodomundoexterior.........47 2.Ocarctcrhistricoesocialdosrgosdos sentidos.................................48 .lSaeducaodossentidospermitiuonas-cimentodasartes...............49 ""-- 4,Apoltica,aartecaliteraturanopodero serestudadasforadahistriadotrabalho cdaindstria...............50 5.A verdadeirariquezaestnaplenitudedavida51 li.Otrabalhoeonascimentodaarte...51 7.Antes.deexecutar,ohomemconcebe52 8.Aarteeadivisodotrabalho......53 9.Aarte,. monopliodasclassesdomin.mtes55 10.A nooesttica eosmetais preciosos.........57 11.Ao b r ~d ~arte,objectodetrocanasociedade capitalista",,,,,,,,,''''''''''''''''''''''57 12.Ocapitalismofazdaobradearteumamerca-doria.. ,.. ,.. ,,c,.. ,.. ,.. '.. ,, .... ,.. ,"'.. ,58 ., 13.Efeitosda obrade arte........................59 14.Arelaodesigualentre '0desenvolvimentoda produomaterialcaarte........."....60 15.Aproduocapitalistacontrriaartec poesia.. ,.. ,, .... ,.. ,.. '.. ,.. ,.. ,.. ,"'.. ,63 16,A comdia, ltimafasedeumaformahistrica64 17,Orecursoaantigasformasliterriasearts-ticaspara exaltar aslutasnovas.........".65 18.Osemprstimosqueopresentepedeaopas-sado.. ,"''''''''''''''''''''''''''''67 ) 9.Osenhor Dhring faztbuarasado passado69 20,AEsttica.,deHegel.. '69 CAPITULOIH -A condiodoesai/or71 1.Aliperdadedacriaoliterria...71 2.Aliberdadedoescritor............72 3.Missorevolucionriadopensadorcdoes-critor.......................................73 4.Asituaodoescritornasociedadecapitalista75 .:;,Osescritoresdevemestudar ascinciasecon-micasesociaisparadaremclasseope-rriaobrasdignasdela............;-.....76 (0..Importnciadoestilo.......................77 7.Nopublicarnadaquenoestejaperfeito78 CAPTULOIV - Aaarte,reflexosdas relaoesSOClats............ .. 1.Homerocasociedadegrega................ .. 2.Apassagemdo"matriarcadoaopatriarcado, reveladapelatragdiaantiga......0.00.0 3.Aignornciaeoerronatragdiaantiga0'0 4.Oamornaantiguidade0.0... 5.Hege.1aarte grega.. . 6.Lucreclo.... ..0.00'0... 7.EspartacovistoporApiano 8.Luciano................... .. 9.OscantosdosVikingseomatriarcado lO.Oamorno.CantodosNibelungos.. .. 11.Oesmagamentopeladimenso0'00.00.0 12.Dante................................ . 13.Apoesia provenal naIdadeMdia..... . 14.Aliteraturadoscanhestros........... . 15.ORenascimento....... ................ . 16.Comeille,ShakespeareeaIdadeMdia 17.RobinsonCrusoeeocapitalismonascente 18.Comomercadomundialsurgeuma literatura universal0.00'00.00.00.00.00.00.00.0 19.Burton.......................... ,........... . 20.LaRochefoucauld.......................... . 21.OsprecursoresdosculoXVIIIfrancs.... .. 22.PierreBayle.................... ............ . 23.Aideologiadaburguesiaascendente........ . 24.DideroteRousseau,dialcticoseprogressistas 25..0 SobrinhodeRameau..................... . 26.Asorigensdomaterialismofrancseosseus prolongamentos:osocialismoeocomu-nismo0'00'00.00.00.00.00.00.00'00'00'0 27.AlitrraturamaterialistadosculoXVIII, apogeudaliteraturafrancesa........... . 28.Oteatroclssico francsutilizado pelareaco 29.AliteraturaalemantesdeLessmg....... .. 30.AimportaodaliteraturafrancesanaAle-manha000o000.0 000 00.00'0 31.AliteraturaalemnofimdosculoXVIII.. . 32.WalterScou,romancistadosclsescooeses.. . 33.Goetheeamisriaalem0'0.. o.............. . 34.GoethevistoporGriin........... ............ . 35.Ascontradies de Goethe.................... . 36.ShakespeareeGoethe - acercadodinheiro.. . 37.Oidealis'modeSchiller eoidealismodeHegel 9 79 \ __ 0 79 81 85 85 85 86 86 87 87 88 89 90 90 92 93 96 96 97 97 98 99 99 100 101 102 103 106 106 107 108 110 111 112 114 116 118 119 Fourier,crticodasociedadeburguesa.. ' 39.GuizoteaInglaterra....... ....... . 40.Oamortrovadorescoeocasamentoburgus naliteratura.................... . 41.Ocapitalismonoinspiraospoetas 42.Alnguaealiteraturarussa 43.Puchkine........ . 44.TChernychevski.. . 45.Flerovski........ . 46.OfuturodaChina CAP1TULOV - Contraoidealismopequeno-l1urgus 1.Osescritorespequeno-burgueses....... .. 2.Opartidooperrioeosliteratos........... . 3.Ocart,odopartidonobastaparasermar-xista..................................... . 4.Omundointelectualcmoraldopequeno--burgus................................... . 5.Omistrioda construoespeculativa.... .. 6.Afalsificaodostiposedasrelaessociais emOsMistriosdeParis........ . 7.Aidealizaoburguesadacostureirinha 8.Osmistriosdaeconomiapoltica 9.Rodolfo...................................... . 10.AJovemAlemanha..... . 11.Asocialismoverdadeiro.... . 12.Apoesiadosocialismoverdadeiro - 13.Osomdotambor.......... .. 14.ArevoluoadocicadaporFreiligrath 15.LouisBlanc,oradorehistoriador... 16.VictorHugocProudhon,historiadoresdo2 deDezembro...................... .. 17.Doisfilisteusingleses:JeremiasBcnthamc MartinTupper........... . 18.Renan,romancista.eclesistico CAPITULOVI - Contraoromantismorcacciomirio 1.CensuracRomantismo...... 2.Osinconvenientesdoromantismo...... 3.AJovemInglaterracThomasCarlylc 4.AconcepodomundodeCarlyle... //.5.ThomasCarlyleeocultodosheris 6.Aslamriasdosocialismofcudal... 7.Oregresso10 120 121 122 124 124 126 127 129 131 133 133 134 135 136 136 141 144 144 145 147 149 150 152 153 154 155 156 157 159 159 160 161 162 164 168 169 8.Aimportncialiterriadapequenaburguesia 9.Contraosgermanfilos................. . tO.ORomantismoreaccionrio......0.0 11.Chateaubriand.escritor .................... . 12.Chateaubriand.diplomataehistoriador.. . 13.Lamartine,homempolitico0'00.0...0.0 14.Aescolahistrico-romnticanaAlemanha 15.RicardoWagnereostemposantigos.. . 16.RicardoWagnereamsicadofuturo.. . CAPITULOVII-Em proldorealismo........ . 1.Nadadecoturnosnos- psnemdeaurolas nacabea0.00.00'00'0......0.00.0...0'00.0 2.Shakespeareealiteraturaalem0'00.00.0... 3.Osrealistasingleses......................... .. 4.FranzvonSickingenearealidadehistrica 5.Atendnciaemliteratura......0.0.' ... .6.OrealismodeBalzac...................... .. 7.Ibseneopequenoburgusalemo....... .. CAPITULOVIII - deumaliteraturarevolu-CtondrUl......................... .. 1.Crticaeliteraturamilitante0.00.00'00.0.... .. 2.Alend!'de eomovimentorevolucio-nrIOalemao............................ .. 3.Aliteraturapopular...0.00.00.00.00.0 4.ThomasHood.......... ................ . 5.O proletariadoinglsealiteratura..... . 6.Branger............................. . 7.Emproldeumanovastiramenipeia 8.HenriqueHeine........................ 9.GeorgWeerth........."0 10.Freiligrathem1848-1849.............. . 11.Aoposioatravsdacano,noSegundQ Imprio.......................... 0 12.UmavelhacanodoscamponesesdaDina-marca0.00.00.00.00.00.00.00.00.00'00'0 13.Acanorevolucionria0.0...0.00'0 0.0,:.0.0 ANEXOI - Documentaoedepoimentosacercade Marx0'00.00.00'00'00'0...0.00.0". 1.OjovemMarxcriticadoporsiprprio 2.Confisso...0.00.0......0.00.00.0._,' 11 170 170 172 173 174 176 176 177 177 179 179 ISO ISO 181' 191 194 200 205 205 206 207 208

210 211 212 218 224 224 225 225 227:""-231 231 236 3.OsgostosliterriosdeMarx....., 4.ByroueShelleyvistosporMarx 5.Marxeoteatro...0.0 6.Marx,lei tar enarrador.......... .. 7.MarxeLassaUeatravsdaspreferncia.slite-rrias0.00.00.00.00'00.00.00'00'0'" 8.Marxeaalegoria."0.0... 9.AsapreciaesliterriasdeMarx... ANEXOII - MaI'x,Freiligratl,e oPartido... I.MarxpedeaFreiligrathquedeponhacontra oseucaluniadorVogt................ .. 2.Freiligrathrompecomaclasseoperria... 3.Marxdefendeopartidodoproletariado =-4.Freiligrath,poetadaguerrade1870...... ANEXO1I1 - Lassallccatragdiadarevoluo 1.Ahabilidadedosrevolucionrios,causado seufracasso0.00.0...0.00.00.00.0...0'0'" 2.Asublevaodanobrezacaguerradoscam-poneses0.00.00.00.00.00.00.00'0.,' Notasbiogrficasdosprincipaisnomescitados 12 237 242 243 243 245 245 247 251 254 255 256 259 261 261 270 277 CAPtTULOI o MATERIALISMOHISTRICO EAS SUPERESTRUTURASIDEOLGICAS 1.Afilosofiaconquistadoraaoserviodohomem Noprefdciodasuat.s.d.douto- DiferenaentreaFilosafia daNatur.zaemD.mcritoeEpicuro>, apr.smineral;notemosentidomineralgico.Porconse-guinte,necessriaaobjectivaodoserhumano,tanto dopontodevistatericocomoprtico.paratama'rhu-mano osentido do homemetambm para criar umsentido humanocorrespondenteatodaariquezadoserhumano enatural. 'Marx:ManuscritosEcon6micoseFilosficos,Deu-vres,t.III,pp.120-121,Mega. 4.Apoltica,aarte,ealiteraturanopoderoser estudadasforadahistriadotrabalhoe -daindstria Comosev,ahistriadaindstriae~existncia.ob;ec-tivaaquechegouaindstriasoolivroabertodasforas doserhumano,apSicologiahumanaapresentadademodo sensvel,histriaeexistnciaque,atagora,foramconsi-deradasnonasuaconexocomoserdohomem.mas sempreimicamentedentrodeumarelaoexteriordeuti-lidade,porque- deumpontodevistadealienao - s setinhalevadoemcontaaexistnciageraldohomem,:1 religio,ouahistrianoseuserabstractoegeral,apol-tica, aarte.aliteratura, etc. como umarealidadedasforas doser humanoecomoactosdaespciehumana.Nainds-triaVItllgar,materiq.l(quesepodeconsiderarquercomo umapartedomOVimentogeral,quercomoumramopar-ticulardaindstria,poistodaaactividadehumanafoiat agoratrabalho,porconseguinte,indstria,actividadealie-nadaasiprpria),temosdiantedens,sobafonnade objectosmateriais.alheiosansprprios,teis,soba forma' daalienao,asforasobjectivadasdoserhumano. Umapsicologiaparaaqualesselivro,isto,aparte mais SOBRELIl1ERATUlMEJ1iRTE presente,materialmente,apartemaisacessiveldahistria estejafechada,nopodetornar-se- umacinciaverdadei-ramen1esubstancialereal. Marx:ManuscritosEconmicoseFilosficos,Oeu-vres,t.IlI,pp.121-122,Mega. 5.Averdadeirariquezaestdnaplenitudedavida V-secomo,em vezdariquezaedamisria da economia poHtica,existeohomemricoeanecessidadehumanarica. Ohomemricoaomesmotempoaquelequetemneces-sidadedeumatotalidadedemanifestaeshumanasda vida.Ohomemparaquemasuaprpriarealizaoexiste comoumanecessidadeinterior,comoumacarncia. Marx:ManuscritosEconmicoseFilosficos,Oeu-vres,t.lII,p.i23,Mega. 6.Otrabalhoeonascimentodaarte Por isso.asoperaescomqueosnossosantepassados. durantemuitosmilnios,aprenderam,poucoapouco,a adaptaramopocadapassagemdosmioaohomem, s6puderamser,inicialmente,operaesmuitosimples.Os selvagensmaisinferiores,mesmoaquelessobreosquais sepodelevantarahiptesedeumretrocessop'araum estadomuitoprximodoanimal,incluindo,umaregresso fsica,encontram-seaindaaumnvelmuitomaiselevado doqueesascriaturasdetransio.Antesqueoprimeiro blocodepedrapudessesermoldadopelamodohomem demaneiraadelefazerumafaca,tiveramde passar PC-rQoo dosemrelaoaosquaisoperodohistricoqueconhe-cemosnoss u r ~ einsignificante.Masopassodecisivoe.stava dado:amottnha-selibertado.Apartirdeento,podiair adquirindooutrashabilidadeseam'aiordestrezaassim adquiridatransmitiu-sehereditriamenteeaumentoude geraoemgerao. 51. MARX-ENGELS Destemodo,amo nos orgodotrabalho,tam-bmoprodutodotrabalho_Apenasdevidoaele,devido adaptaoaopera'essemprenovas,devidotransmisso hereditriadodesenvolvimentoparticulardosmsculos, dostendese,aintervalosmaislongos,dosprpriosossos, devido,emsuma.aplicaoincessantementerepetida dessaafinaohereditriaaoperaesnovasecadavez maiscomplicadas,queamodohomematingiuesse altograudeperfeiosusceptveldefazersurgiromila-gredosquadrosdeRafael,dasesttuasdeThorwaldsen, damsicadePaganini. Engels:DialcticadaNatureza,pp.172-173,Edi-tionssociales,1952. 7.Antesdeexecutar,ohomemconcebe otrabalhoantesdetudoumaetoquedecorreentre ohomemeanatureza.Ohomemrepresenta,eleprprio, emfacedanatureza,o,papeldeumaforanatural.As forasdequeoseucorpodotado,braosepernas,ca-beaemos,soporelepostasemmovimento,afimde seapropriardasmatrias,dando-lhesumaformatil suavida.Aomesmotempoque,atravsdessemovimento, aetuasobreanaturezaexterioreamodifica,modifica tambmasuaprprianaturezaedesenvolveasfaculdades quenelaestavamadormecidas'.Nonosdeteremosneste estdioprimordialdo,trabalhoaindanodespojadodo seumodopuramenteinstintivo.Onossopontodepartida otrabalhosobuma.formaquepertenceexclusivamente aohomem.Umaaranhafazoperaessemelhantessde umteceroeaabelhaconfunde,pelaestruturadassuas clulasdecera,muitosarquitectoshbeis.Masoque,logo deincio,distingueopiorarquitectodaabelhamaisdes--traqueeleconstruiuaclulanacabeaantesdeacons--truirnacolmeia.Oresultadoaquechegaotrabalhador idealmente,naimaginaodotrabalhador.No mudaaformadasmatriasnaturais;realiza,ao mesmotempo,oseuprprioobjectivodequetemcons-cincia,quedeterminacomoleioseumododeaeoe;1 quedevesubordinaravontade.Eestasubordinaono momentnea.Durantetodaasuadurao,almdoes-forodosrgosqueaetnam,aobraexigeumaateno SOBRELITEItATURAEARTE firmequenopoderesultarsenodeumatensocons-tantedavontade. Marx:.0 Capital.,livroI,pp.185-186,DietzVerlag, Berlim,1951 . 0Capital.,livroI,t .. 1.pp.180-181,Editionssacia-les,1948. 8.Aarteeadivisodotrabalho Comosempre,Sancho (1),nestecaso,voltaanoter .surtecomosexemplosprticos.Pensaqueningumpode compor,emteulugar.astuasparti turasmusicais,exe-cutarosteusesboospictricos.Ningumpodesubstituir ostrabalhosdeRafael.Contudo,Sanchodeviasaberque nofoiMozart,masoutro,quemcompsamaiorpartee terminouoRequienzdeMazart,eque Rafaels6executou umanfimapartedosseusfrescos. Imaginalparaelequeosquedesignapororganiza-doresdotrabalhopretendemorganizaraactividadecom-pletadecadaindivduo,quandosoprecisamenteelesque distinguementreotrabalhodirectamenteprodutivo, quenecessrioorganizar,eotrabalh,oquenodirec tamenteprodutivo.Notocanteaestaltimacategoria, nopensam,comosupeSancho,quequalquer,pessoa devasubstituirRafael,masquequemtrouxerdentrode siumRafaeldevepoderdesenvolver-selivremente.ASan-choafigura-sequeRafaelexecutouassuaspinturasinde-pendenLementedadivisodotrabalho,queexistiaem Roma,nasuapoca.SecompararRafaelaLeonardode VincieTiciano,veraquepontoasobrasdeartedopri" meiro condicionadaspelaexpansodeRoma, da,naaltura,influnciaflorentina,aquepontoasde LeonardooforampeloestadosocialdeFlorenae,mais tal"dc,asdeTicianopelocompletamentediferentedesen-volvimentodeVeneza.Rafael,comoqualqueroutroartista, foicondicionadopelosprogressostcnicosdaarte,obtidos antesdele,pelaorganizaodasociedadeepeladiviso dutrabalhonoseupase,finalmente,peladivisodo(I)Nomeque,porescrnio,Engels.lplicaaMax5til'llcr,autorde I.'Flli'fIlCI'f proprifc. - (N.R.) 53 MARX-ENGELS balhoemtodosospasesquetinhamrelaQescomoseu. OfactodeumindividuocomORafaelpoderdesenvolver oseutalentodependeinteiramentedaprocuraque,por suavez,dependedadivisodotrabalhoedascondies deeducaodoshomens,quedaderivam. Stimer. aoproclamarocarcter nicodotrabalho c i e n ~ tificaeartstico,coloca-semuitoabaixodaburguesia. Achou-senecessrio,jnosnossosdias,organizaressa actividade.nica.RoraceVemetnoteriatidotempode executaradcimapartedosseusquadros,seostivesse consideradocomotrabalhosques6essesernicopode levaracabo.Agrandeprocuradeteatrodeevaudevillelt ederomances,emParis,fezsurgirumaorganizaodo trabalhoparaaproduodessesartigos,que,apesarde tudo,fazobramaisperfeitadoqueosseusconcorrentes .nicoslt,naAlemanha.Emastronomia,homenscomo Arago,Herschel,EnkeeBessel,acharamnecessrioorga-nizar-sepondoemcomumassuasobservaesesdepois dissochegaramaalgunsresultadossatisfatrios.Emhis-tria,absolutamenteimpossvelparaonicorealizar oquequerqueseja,eosfranceseshmuitoqueultra-passaram,tambmnestecampo,todasasoutrasnaes, graasorganizaodotrabalho.Deresto,bvioque todasessasorganizaesbaseadasnadivisomodernado trabalhosatingem,porenquanto,resultadosmuitolimi-tadoseapenasrepresentamumprogressorelativamente fragmentaotacanhaqueataexistia. Torna-senecessrioacentuarainda,muitoespecialmen-te,ofactodeSanchoconfundiraorganizaodotrabalho comocomunismo,ficandoespantadoporocomunismo noesclarecerassuasdvidasquantoaessaorganizao. Damesmamaneiraseespantaumjovemcamponsda GasconhaporAragonosaberdizer-lheemqueestrela oPaidoCufixouresidncia. Aconcentraoexclusivadotalentoartsticoemalguns indivduoseoseu aniquilamento nas grandesmassas - que resultadessaconcentrao - umefeitodadivisodo trabalho.. Se 'mesmo,emcertascondiessociais,cadaum pudesse' viraserumpintorexcelente,issonoimpediria que cadaum fossetambmum pintor original,demaneira que,tambmnestecaso,adiferenaentreotrabalhohu-manoeotrabalhonicovemadarnoabsurdo.Com umaorganizaocomunistadasociedadetermina,emto-dQsoscasos,asujeiodoartistaestreitezalocalena-cional- queprovmimic'amentedadivisodotrabalho-easujeiodoindivduoaumadeterminadaarte,oque 54 SOBRELITEIMTUlMEARTE fazdele,exclusivamente,umpintor,umescultor,etc.Ppr si s. estasqualificaesj exprimemsuficientementeaes-treitezadoseudesenvolvimentoprofissionaleasuadepen-dnciadadivisodotrabalho.Numasociedadecomunista nohpintores,mas,quandomuito,homensque,entre outros,fazemtambmpintura. MarxeEngels:AIdeologiaAlem,Oeuvres,t.V, pp.372373,Mega. 9.Aarte,monopliodasclassesdominantes Saescravaturatornoupossvel,emescalasuficiente-mentegrande,adivisodotrabalhoentreagriculturae indstriae,porconsequncia,oapogeudomundoantigo representadopelohelenismo.Semescravatura,nohave-riaEstado grego, nem arte, nem cinciasgregas;sem escra vatura,noexistiriaoImprioRomano.Ora,semabase dohelenismoedoImprioRomanoaEuropamoderna noexistiria.Nuncadeveramosesquecerquetodaanossa evoluoeconmica,polticaeintelectualtemcomocon-dioprviaumestadodecoisasnoqualaescravatura eratonecessriacomogeralmenteadmitida.Nessesen-tido,temosodireitodedizer:semescravaturaantigano haveriasocialismomoderno. Nocustamuitoentrar emguerra,armadodefrmulas gerais,contraaescravaturaeoutrascoisassemelhantes edespejarsobretalinfmiaumaindignaomoralsupe-rior.Infelizmente,noseenunciacomissonadapara" almdoquetodaagentesabe,ouseja,queessasinsti-tuiesantigasjnocorrespondemsnossascondies actuais,nemaossentimentosqueessascondiesdeter-minam em ns. Masissono nosensina nada sobre omodo eomoessasinstituiessurgiram,sobreascausasporque subsistiramesobreopapelquerepresentaramnahis-tria.EsenosdebruarmossobreesteproblemasereI]1OS obrigadosaafirmar,pormuitocontraditrio-.ehertico queissoparea,queaintroduodaescravatura- nascir-cunstnciasdeentorepresentavaumgrandeprogresso. Sumfactoincontroversoqueahumanidadecomeoupelo animaleque,porconseguinte,tevenecessidadederecor-rerameiosbrbaros,quaseanimais,paraseverlivredo barbarismo.Ascomunidadesantigas,ondeessesmeios ss MARX ENGELS ,twbu;,'"istUIl,constituem,hmilnios,abasedamais gn:-;st'll aformadeEstado,odespotismooriental,das atRssia.Ospovoss progrediramnoslocaisonde cs!)asformasdesaparecerameoseuprimeiroprogresso econmicoconsistiunoacrscimoenodesenvolvimento ',;jproduoatravsdotrabalhoservil.O,problemaapre-:'I..'llta-sccomclareza:enquantootrabalhohumanoera topoucoprodutivoqueraroexcedenteforneciapara ::dmdosmeiosdesubsistncianecessrios,oaumento das furasprodutivas,aextensodotrfico, odesenvolvimento doEstadoedodireito,onascimentodaarteedacincia serampossveisgraasaumadivisoreforadadobalhoen treasmassasencarregadasdotrabalhomanual simplesealgunsprivilegiadosentreguesdirecodo -tra-balho,aocomrcio,aosassuntosdoEstadoe,maistarde, socupaesartsticasecientficas.Afonnamaissimples camaisnaturaldestadivi'sodotrabalhoeraprecisa-menteaescravatura.Tendoemcontaosantecendentes histricosdomundoantigo,especialmentedomundogre-go,amarchaprogressivaparaumasociedadebaseadanas oposiesdeclassespoderiarealizar-sesobaformada escrava'tura.Atpara os escravosissorepresentouumpro-gresso.Osprisioneiros- deguerra,ondeerarecrutadaa massadosescravos,conservavamagorapelomenosavida, enquantoque,anteriormente,osmassacravame,numpas-sadoaindamaisremoto,osmandavam'puraesimples-mentequeimar. Devemosacrescentaraquique,athoje,todasascon-tradieshistricasentreclassesexploradraseexplora-das,dominadoraseoprimidas,encontramasuaexplica-onessaprodutividaderelativamentepoucodesenvolvida dotrabalhohumano.Enquantoapopulaoquetrabalha-va,efectivamente,esteveatalpontoocupadapelotraba-lhonecessrioquenolhesobroutempoparasededicar aosassuntoscomunsdasociedade- direcodotrabalho, assuntosdoEstado,questesjurdicas,arte,cincia,etc.-semprefoinecessriaumaclasseparticularque.liberta dotrabalhoefectivo,pudesseocupar-sedessesassuntos: oque,emproveitoprprio.noaimpediudeimpors 'massastrabalhadorasumaporodetrabalhocadavez maispesada.Apenasoenormeacrscimodasforaspro-dutivas,atingidopelagrandeindstria,permiterepartir otrabalhoportodososmembrosdasociedade,semexcep-o,e.assimlimitarotempodetrabalhodecadaum,de maneiraqueatodossobretempolivresuficientepara tomarpartenosassuntosgeraisdasociedade - tantote6-56 SOBRELITERATURAEARTE ricos,comoprticos.Porconseguinte,sagora,qu ....::.. H.b::, asclassesdominanteseexploradorassetornaramsupr-fluaseatconstituemumobstculoaodesenvolvimento social,sagoraqueessasclassesseroimpiedosamenlL' eliminadas,pormuitoquetenhamaindaemseupodera ((\"iolnciaimediata. Engelj:Anti-DllriHg,pp.213-214,Editions 1950. 10.AIlaoestticaeosmetaispreciosos Poroutrolado,oouroeapratanotmsocarctcr negativodascoisassuprfluas,ouseja,dascoisasquepo-demosdispensar.Osseuspredicadosestticosfazem,natu-ralmente,delasosmateriaisdoluxo,daostentao,(h! sumptuosidade,dasnecessidadesuOsdiasdefesta,numa palavra,transformam-nasnaformaconcretadosuprfluo edariqueza.Emcertamedida,essasso aluz,nasuapurezanativa,queohomemextraidasentra-nhasdaterra,apratareflectindotodososraioslumino sosnasuamisturaprimitivaeoouroreflectindoapenas overmelho,aforamaiselevadadacor.Ora,anoodas coresaformamaispopulardanooestticaemgeral. Olaoetimolgicoexistentenasdiferenteslnguasindo--europeias,entreosnomesdosmetaispreciososeasrela-esdascores, foiestabelecido por JacobGrimm(veraSll:.l HistriadaLnguaAlem). Marx:Contribuiopara4CriticadaEconomia{'o ltica.,pp.166-167,DietzVerlag,Berlim,1951. 11.Aobradearte,objectodetroca11(/sociec/",'" capitalista I ovalordetrocasurge,primejramente,comoumafcla-odequantidade,emqueos- valoresdeusose unspelosoutros.Nessarelao,representamumaigual 57 MARX-ENGELs quantidadedeuso.Porisso,1volumedeProprcioe8 onasdetabaco podemter omesmovalor detroca,apesar dadiferenaentreosvaloresdeusodotabacoedaelegia. Enquantovalorde troca,umvalorde usovaletantocomo outroqualquer,seforemtrocadosemproporesexactas. Ovalordetrocadeumpalciopodesere1Cpressoporum certonmerodecaixasdepomadaparacalado.Osfa-bricanteslondrinosdegraxaex:primiramatravsdosseus palciosovalordetrocadassuasimensascaixasdep0-mada.Assim,apesardoseucarcterparticularesemte-remnamnimacontaanaturezaespecficadanecessi-dadeaqueservemdevalordetroca,asmercadorias,a partirdeumadadaquantidade,soiguaisumassQU-tras,substituem-semutuamentenatroca,surgemcomo equivalentese,porconseguinte,apresentam-secomouma mesmaunidade,noobstanteoseuaspectovariegado. Marx:ContribuioparaaCrticadaEconomiaPo-litica.,pp.20-21,DietzVerlag,Berlim,1951. II Sabcndo-se que ocomrciose baseia natroca, por exem-plo,dosprodutosdotrabalhodosapateiro,domineiro,do operriotxtil,dopintor,etc.,ovalordasbotassero maisjustamenteapreciado pelOtrabalhodopintor?Frank linpensava.pelocontrrio,queovalordasbotas,dospro-dutosdamina,dosquadros,etc.determinadopelotra-balhoabstracto.quenopossuiqualquerqualidadeparti-cularesemede.porconseguinte,apenaspelaquantidade. Marx:ContribuioparaaCrticadaEconomiaPo-ltica,p.54,DietzVer/ag,Berlim,1951. 12.Ocapitalismofazdaobradearteumamer-cadoria Talcomo'amoeda,quenodenunciaoquenelase transformou,assim,tudo,mercadoriaouno,setrans formaemmoeda.Nohnadaque .nosetornevenal, quenoseJaobjectodecompra.ouvenda!Acirculao torna-seagrandecornucpiasocialondetudose,precipita SOBRELIl1ERATURco\EARTE paradelasairtransformadoemmoedalegtima.Nadare-aestaalquimia,nemmesmoosossosdossantos,ou outrascoisassacrossantas,aindamaisdelicadas,ressacro--sanctaeextracommercium(1).Assimcomoto-dasasdiferenasdequalidadeentreasmercadoriasdesa-parecemperanteodinheiro,assim,eleprprio,nivelador radical,apagatodasasdistines (2).Masodinheiro tambmumamercadoria,umacoisaquepodecairnas mosdequemquerqueseja.Aforasocialtransforma-se, destamaneira,emforaprivadadosparticulares.Porisso, asociedadeantigaodenunciacomoagentesubversivo, comoodissolventemaisactivodasuaorganizaoecon-micaedosseuscostumespopulares (3). Asociedademoderna,quemalacabadenascer,puxa japeloscabelosodeusPlutodasentranhasdaterra (4), sadanoourooseuSanto-Graal,aincarnaofascinante doprprioprincpio.dasuavida. Marx:.0 Capital.,livro!,pp.137138,DietzVerlag, Berlim,1951. OCapital,livroI,pp.13i-138,Editionssociales, 1948. 13.Efeitosdaobradearte AIntroduoCriticadaEconomia Poltica,aqueMarxfazalusono prefdciodaContribuioparaaCri-(l)Coisassacrossantas,alheiasaocomrciodoshomens. - (N.R.) (2)_Ouro!ouroamarelo,luzidio,precioso!...Eisaquiosuficientepara tomaropretobranco,ofeiobelo,oinjustojusto,ovilnobre,ovelho jovem,ocobardevalente!...Oquetalcoisa.deusesimortais?2oque desviadosvossosaltaresospadreseosaclitos ...Esseescravoamarelo constriedestriasvossasreligies.obrigaaabenoarosmal4,itos,a adoraraleprabranca;colocaosladresnobancodossenadores"con-fere-lhesttulos,homenagensegenuflexes.e elequefazumajovemnoiva davivavelhaegasta...Vamos,argiladanada,prostitutadognero humano... (Shakespeare:TimodeAtenas). - (NotadeKar!Marx)_ (3)_Nada,comoodinheiro,suscitaentreoshomensmsleisemaus costumes.2elequeprovocaasdiscussesnascidadeseexpulsaoshabi tantesdassuascasas;elequedesviaasalmasmaisbelasparatudoo queexistedevergonhosoedefunestoparaohomemelhesensinaa extrairdetodasascoisasomaleaimpiedade.(Sfocles;Antlgona).-(NotadeKarlMarx). (4)Ateneu:OBallquetedosSofistas. - (NotadeKar!Marx). 59 MARX-ENGELS :icadaEC()IfOmiaPolfticao(1859),foi encontrada.entreosmanuscritosde. Marxepublk, Oeuvres,t.VI,p.529,Mega.. ManifestodoPartidoComunista,Editions,Socia-les,p.32,Paris,1954. 19.Burton Foiumaagradvelsurpresa.oquemeenviou.Muitssi-mobrigadolEnvergonho-meatdeconfessarquesupo-nha,naminhaignorncia,queaAnatomiadaMelanco-97 MARX ENGELS lia (1)eraumadaquelasdissertaesseriamentepsicol-gicasdosculoXVIII,quemefazemhorror.Vejo,agora, quesetratadeuma .obrapertencentemelhorpocada literaturainglesa,oinIciodosculoXVII.Voul-lacom prazereoquej videla,permiter-meafirmar,semsombra dedvida,queolivrovaiserparamimumafontede prazerconstante. Engels:CartaaLamphlugh,de10delaneirode1894, escritaeming/8s.Segundoooriginal. 20.LaRochefoucauld Ao'arrumar osmeuslivrosnaprateleira,veio-memo umvolumezinhodeLaRochefoucauld- Reflexes, etc. (2),numavelhaedio.Aofolhelo,encontrei: tiAcomposturaummistriodocorpo,inventadopara esconderosdefeitosdoesprito (3).Sternefoibuscar esta mxima .aRochef(oucauld) (4). Outrasmximassobelas: Todostemosforasuficiente-parasuportarosmales dosoutros. .Osvelhosgostamdedarbonsconcelhosparasecon-solaremdej nopoderemdarmausexemplos. cOsreisfazemhomenscomocunhammoedas;a t r i ~ buem-lhesovalorqueentendemesomosobrigadosarece-b--lossegundoacotaocorrenteenodeacordocomo seupreoverdadeiro. Quandoosvciosnosabandonam,consolarno-noscom acrenadequesomosnsqueosdeixamos. Amoderaoalanguidezeapreguia da alma,como aambioparaelaaactividadeeoardor.> (1)Obrapublicadaem1621.Burton(1576-1639),oautor,eclesistico inglsmuitoerudito,consagrouavidaaoestudoemeditao.Foidesig. nado,vriasvezes,comoo.Montaigneingls. - (N.R.) (2)ReflexesouSentenaseMximasMorais . - (N.R.) (3)_TodasestasmximasdeLaRochefouC8uldsocitadasporMarxno textofrancs. - (N.R.) (4)Encontraseestafraseem.VidaeOpiniesdeTristramShandy deSteme.:eproferidaporYorickquelheatribuiapatelnidadeaum francsespirituab.Marxtinhacitadoestepensamentonoseuartiode 1843,.Obsenaessobreorecenteregulamentodacensuraprussiana. Oeuvres,t.l}oI!.1S4,Mega. 98 SOBRELI11ERATURAEARTE .Perdoamosmuitasvezesaosquenosaborrecem,mas nopodemosperdoarquelesaquemaborrecemos. 0quefazcomqueosamantesnoseaborreamde estarjuntosofactodefalaremsempredelesprprios. Marx:CartaaEngels,de26deJunhode1869,Cor respondnciaentreMarxeEngels,t.W,p.197, Mega. 21.OspercursoresdosculoXVIIIfrancs Numartigopublicadopelosemand riocartistaTheNorthern5tar,em18 deDezembrode1847,e,emalemo,pe-laDeutscheBrsselerZeitung,em30 deDezembrodomesmoano,Engels criticaodiscursonacionalistap r o f ~ ridopelodemocratapequenoburgu's LouisBlanc,nobanquetedeDijon. SeaFrana,nofimdosculopassado,deuum glorioso exemploaomundointeiro,nopodemosesquecerquea Inglaterra,centoecinquentaanosmaiscedo,deuesse exemplonumapocaemqueaFrananoestavasequer preparadaparalheseguiras,pisadas.E,noquerespeita sideias,precisamenteessasideiasqueosfilsofosfrance sesdosculoXVIII- Voltaire,Rousseau,Diderot,d'Alem-berteoutros - tantopopularizaram,ondequeforam concebidassenonaInglaterra?Nuncadeixemosempalide-cer amemriadeMilton,oprimeirodefensordoregicdio. deAlgernonSydney,deBolingbrokeedeShaftesbury diantedobrilhodosseussucessoresfranceses. Engels:ReformMovementinFrance. - Banquetof Dijon.,Oeuvres,t.VI,pp.367e375,Mega. 22.PierreBayle PierreBaylefoiohomemque,tericamente.fezperder todoocrdito'metafsicadosculoXVIIem'etafsica em geral. A sua arma era ocepticismo,forjadacom aajuda 99 MARX-ENGELS dasfrmulasmgicasdaprpriametaflsica.Eleprprio partiu dametafsica cartesiana.Foiaocombaterateologia especulativaqueFeuerbachcl1egouaocombatecontraa filosofiaespeculativa,precisamenteporquereconheciana especulaooltimosuportedateologia"eerapreciso forarOstelogosarenunciarsuapseudo-cinciapara regressaremfgrosseiraerepugnante.Paralelamente, Baylecomeouaduvidarda metafsica quesustentavaessa f,porquetinhadvidasreligiosas. -Porconseguinte,subme-teuametafsica crtica,emtodaasuaevoluohistrica. Fez-seohistoriadordametafsicaparaescreverahistria dasuamorteeargumentousobretudocontraEspinosac Leibniz. PierreBayZe,aodissolverametafsicaatravsdocepti-cismo,fezmaisdoqueprepararaomaterialismoefilo... sofiadobomsenso asuaadoponaFrana.Anuncioua sociedadeateiaquedeviaestabelecer-seembreve,aode-monstrarquepodiaexistirumasociedadedeateuspuros, queumateupodiaserumhomemhonesto,queohomem serebaixavanopelo masatravsdasuperstio edaidolatria. Segundoaexpressodeumautorfrancs,PierreBayle foioltimodosmetafisicos,nosentidodosculoXV/I eo.primeirodosfilsafos,nosentidodosculoXVIII. MarxeEngels:.ASagradaFamilia,Oeuvres,t.III, pp.303-304,Mega . .23.Aideologadaburguesiaascendente Sabemoshojequeessereinodarazonoeraoutra coisasenooreinoidealizadodaburguesia;queajustia eternaencontrouasua realizaonajustiaburguesa;que aigualdade veioadar naigualdade burguesa perante alei; queseproclamoucomoumdosdireitosessenciaisdo homem ...apropriedade burguesa;eque oEstadoracional, ocontratosocialdeRousseausveioespoderiavirao mundosob.8formadeumaRepblicademocrticaguesa.Assimcomonenhumdosseuspredecessores,os grandespensadoresdosculoXVIIInopodiampassar paraalmdoslimitesquelhesfixaraa.suapoca. Engels:AntiDiihring,p.50,EditionsSociales,1950. 100 SOBRELITERATURAEARTE 24.DideroteRousseaudialcticoseprogressistas I Noentanto,aparenoseguimentodafilosofiafrancesa oisdeter ~engendrado,apartirdomundo real.acategona mistrio engendra, por sua vez,omundo realpartindodessacategoria. Osmistriosdaconstruoespeculativavodesven-dar-senaexposiodoSr.Szeligacomtantomaise v i d ~ n eiaquantoelepossuiumaduplavantagemsobreHegel. Porumlado, diante do processo peloqual ofilsofopassa, pormeiodaintuiosensveledarepresentao,deum objectoparaoutro,Hegelentendeexp-Io,comumahabi-lidadedesofista,comooprocessodoprprioserderazo imaginria,desujeitoabsoluto.Mas,poroutrolado,acon-teee-Ihemuitasvezesdar,nointeriordasuaexposio especulativa,umaexposiorealqueapreendeaprpria coisa.Estedesenvolvimentorealnointeriordodesenvol-vimentoespeculativolevaoleitoratomarodesenvolvi-mentoespeculativoporrealeodesenvolvimentorealpor especulativo. ParaoSr.Szeliga,asduasdificuldadesdesaparecem. Asuadialctieaevitaqualquerhipocrisiaoudissimulao. Executaoseunmerodeprestidigitadorcomlouvvel honestidadeecomainteirezadeumcoraodeouro. Assim,nodesenvolveempartealgumaqualquercontedo real,detalmaneiraque,nele,aconstruoespeculativa 140 SOBRELITo.umasvelesmedocre.outro ..Narealidade.BrangerfoioDoetapo-pularenacionaldaSV'"poca,exprimiu asaspiraesdagentehumilde,are-voltadosexplorados.Snecessdrio 210 SOBRELI'I1ERATURAEARTE nuncasepararascanesquecomps dopblicopopularqueencontravane-las,aomesmotempoqueumavelha tradiodaliteraturafrancesa,05seus sentimentos,pensamentoseesperanas. Balzaccompreendeuaimport4nciae oalcancesiJ!.nificativodessapoesiade combate,cujaforaresideinteiramente nocontactodirectocomasmassas:(, verdadeiropanfletdrio- escreve - foi, Branger;osoutrosajudaram,maisou menos,safradosliberais;masfoiele onicoaatingiroalvo,porau'!sediri-giusmassas ... . Goethe,porvdriasvezes,elogioulU-rangerpelaperfeiodasuaarte,pelo seuespritoeutilizaodalingua,que causaramaadmiraonosdaFran-a,masdetodaaEuropaculta. (Eckermann:ConversaesdeGoe the., 3deMaiode1827).Branger,nas suaspoesiaspolticas,revelouseoben feitordanao.(Ibidem,4deMaiode 1827.) Avs,Franceses,avsahonra,avsaglriadeter lanadoosprincipaisfundamentosdessaalianadosPovos toprofeticamentecantadapelovossoimortalBrangl... Marx:Mensagem_daAssociaoDemocrtica ... , Oeuvres,t.VI,p.654,Mega. 7.Emproldeumanovasdtiramenipeia A imprensa londrina, segundo parecia,estava ansiosapor esconder do mundo inteiro ofactode oslordesdaindstria mobilizaremsistemticamenteasuaclassecontraaclasse trabalhadoraedeasmedidassucessivasporelestomadas noseremaconsequnciadirectadascircunstncias,mas osefeitospremeditadosdeumaconspiraocomramifica esprofundas,deumaligaantioperria!Essaligados 211 MARX-ENGELS capitalistasdosculoXIX (1)estaindaesperadeum historiador.ALigaCatlica,emFrana,encontrou-o,no fimdosculoXVI,napessoadosautoresdaSdtiraMeni-peia (2). Marx:.A QuestoOperdri,..,NewYork Daily Tribunc deZ1deOutubrode1853. 8.HenriqueHeine Marxexerceu,avdriosgraus,uma influnciaconsiderdvelsobreosquatro poetasrevoluciondriosdaAlemanhado sculoXIX:Heine(1797-1856),Weerth (18Z1-1856),Freiligrath(181IJ.1876)e Herwegh(1817-1875). AfilhadeMarx,EleonoraMarx--Aveling,quedeixouumdepoimentoco-moventeacercadasrelaesdeMarxe H eine,escrevenassuasrecordaes queopaiera umgrandeadmiradordeReine. Estimava,nomesmop,ohomem easobrasquecriavaeeramuito indulgentecomassuasfraquezas polticas.Diziaqueospoetasso pessoasoriginais,que~precisodei-xd-lospercorreroprpriocaminho equenosedeveaplicar-lhesa mesmabitolaquespessoasco-muns. FoiquandoresidiuemParis(1843--1845)queMarxsetornouamigode Heine.Notemosnecessidadedemui-(1)Trata-seda.UnioparaaDefesadaIndstria_criadaem1853 pelosindustriaisdetecidosdeManchester.afimdeseoporempelafora sreivindicaesdosorganismosoperriOS. - (N.R.) (2)Panfletopoltico.escritoporvriosautoresquetomaramcomo modeloasstirasdeMenipo.filsofogregodosculo111a.C .disclp!Jlo ~ eDigenes.Obraerudita.burlescaepopular.aSdtiraMm,irnia(1594). gritodaFranaferidanosentimentonacionalenarazo,marcoucomo ferretedaignomfniaosfuroresdaguerracivilereligiosa,ofanatismo. aestupidez,asloucuraseoscrimesdaLiga. - (N.R.) 212 SOBRELI'IlERATUAAEtossinaisparanoscompreendermos, escreviaopoetaaMarx,duranteuma queAlemanha,em1844. Quando foiexpulso,emJaneirode1845, Marx,naconfusodapartidaprecipi. tadaparaaBlgica,envioualgumas palavrasaH eine:Detodasaspessoas dequemme afastoasiquemaisme custadeixar.Gostavadeolevarna baKagem ... Maistarde,nacorrespondlnciacom Engels,Marxpeemrelevocertasfra-deH eine.OAugsburgerAlIge-meineZeitungacusouH einedeseter vendidoaoestrangeiro,porogoverno deLuisFilipeterconcedidoumapen-soaopoetareduzidomisria.H eine reagiucalniainvocando,emLutcio aautoridadedeMarx,nosemtomar algumasliberdadesperanteosfactos comorealmentesepassaram.Marxno seindispscomeleporcausadisso (cartadeMarxparaEngels,de17de Janeirode1855),mascriticouosesmo-recimentosprovocadospeladoena,a conversodeReine,a doseutestamentocomoregressoao Deusvivoeacconfissopblicape-ranteDeuse oshomens(cartadeMarx aEngels,de8deMaiode1856)_ MarxeEngelstiveramsempreuma admiraomuitograndepeloescritor revoluciondrio,cujacriaopoticaal-canouo' verdadeiroapogeunesseano de1844,emqueprivoucomMarx,em Paris,esofreuasuainfluenciadirecta. OamargoesombriolamentodosTe-celes,'escritologoaseguirrevolta dostecelesdaSilsia,de4e5de Julhode1844,emPeterswaldaue Lanegnbielau,publicadopeloVorwarts deParis,em10deJulho,entrouno patrimniocomumdasobras-primas dapoesiarevoluciondria. OpoemasatricoAlemanha.Um ContodeInvento,dequeHeineeu-213 MARX ENGELS viouasprovasaMarxemSetembrode 1844,exprimeaspreocupaessociais dopoetaatraldopelocomunismo: EinneuesLied,einbesseresLied, OFreunde,willicheueltdichten! W;rwollenhieraulErdenschon DasHimmelreicherrichten. Wir\VollenaulErdenglcklichsein U'ldwollennichlnzehrdarben; Verschlentmeus01lnichtderfauIe [Baue/1. WasfleissigeHandeerwarbell. EswiicllsthieniedenBra!genug FiiralleMenschenkillder, Aliei!RosenundMyrten,Sc1ronl1eitund [Lus/. UndZuckererbsennichtminder. la,Zuckererbsenfrjedermann, SobalddieScho/enpia/zen! DenHimmelberlassenwir DenEngelnunddenSpatzcl1. EinneuesLied,einbesseresLied! EsklingtwieFlOtenundGeigen! DasMiserereistvorbei, DieSterbeglockenschwl1eigel1(1). (1)Estasestrofessoextrafdasdopoema:Alemanha.UmContode Inverno: Amigos,querocomporparavsumacano, Umacanonova,umacanomelhor) Queremosinstauraraquinaterra, Agoramesmo,oreinodoscus. Queremosserfelizesnestaterra, Aquiqueremosderrotarafome Equeo'ventrepreguiosonode\'ore Oquemostrabalhadorasproduziram. Cresce,8guiembaixo,poquechega Paraosfilhosdoshomens Ehaindarosasemirtos. Beleza,alegriaeervilhasdoces. 214 SOBRELI'I1ERATURAEJ\RTE I HenriqueHeine,omaiordetodosospoetasalemej vivos,voltousnossasfileiras.Publicouumvolumede poemaspolticosque,emalgumaspassagens.enaHecemo socialismo.~oautordoclebreCantodosTecelesSile-sianos,quevaiaseguir numatraduo prosaica. Receioque sejaconsideradoumablasfmianaInglaterra,mas,mesmo assim,avaiele.Chamoapenasasuaatenopara ofacto deopoemasereferiraogritodeguerradosprussianos, em1813:ComDeus,peloreiepelaptria!que,apartir dessaaltura,foiapalavradeordempreferidapelopartido nopoder.Quantoaopoema.aquiotem: Nosolhossombriosnemumalgrima. Sentados, otear em frente,rangemosdentes: Alemanha,tecemosatuamortalha, Aquitecemosatriplamaldio-Tecemos,tecemos! Uma maldiopara ofalsodeusaque erguemospreces, NosfriosdoInverno,nosfriosda fome, Emvoaguardmos,mantivemosaesperana, Poisenganou-nos,riu-sedens,fezdenstolos-Tecemos,tecemos! Umamaldiopara orei,oreidosricos, Queanossamisrianoaplacou, Queatdoltimotostonospriva Eatironosmandaabater comoces-Tecemos,tecemos! Umamaldioparaaf:;lIsaptria, Ondesprosperavergonhaemisria, Ondeasfloresmurchamantesdotempo, Ondelodoepodridoreconfortamoverme-Tecemos,tecemos! Sim,ervilhasdocesparatodos, Logoaoabrirdasvagens! Ocunooqueremosparanada, Fiquemcomeleosanjoseospardais. Umano\'acano,umacanomelhor! Flautaseviolinosdir-se-iam ... OMiserereterminou, Calou-seodobrefnebredossinos.- (N.R.) 215 A lanadeiravoa,otearestala, Tecemosnoiteedia,sempArar, MARX-ENOBLS VelhaAlemanha,tecemosatuamortalha. Aquitecemosatriplamaldio_ Tecemos,tecemos!. (I) Comestesversosque,nooriginalalemo,constituem umdospoemasmaisextraordinriosqueconheo,de&--peo-meesperanadodepoder,em breve,falar-Ihedosnos-sosprogressosposterioresedanossaliteraturasocial. Engels:RapidProgressafCommunisminGermany., 1844,Oeuvres,t_IV,pp.341-342,Mega. 11 o programadaesquerdaeodosradicaistmomrito dehaverementendidoambos'essanecessidade.Osdois programasproclamamcomHeine: (UReproduzimosaseguir()textodooriginalalemio,traduzidopor EnFts,emversos4tgleses.muitobelos: DIEWEBER ImdUsternAugekcintThrline. SiesitzmamWeb.!tuhlundfletschen4UZlIhne: clH.utsch14nd.wirwebmdeinuichmtuch. Wirwebenhine;,.dmdreifaclunFlueh-Wirweben.wirwcbenl EinFluchdemGtzen.tudemwir,ebeten InWintersklilteundHun,ermOten; WirhabenUMgeha"t. Erhatuns,eitfftWIge1!Offtundgenarrt-Wirweben.Wlrwebenl EinFluch(.mKnig.demKSni,derReic1lm. DenUnserBlendnichtkonnteerweichen, Derdenlettten.GroschenvonunSerpresst. UndunswieHundeerschussenliisst_ Wirweben.wirweben/ EinFlllchdemfalschenVaterlande. Wonur,edeihenSchmacltundSchande. WojedeBlumefrllhgdnickt. WoFifulnisundModerde"Wurmerquickt-Wirweben.wirwebenl DasSchiffchen(liegt,derWebstuhlkracht. WirwebenemslgTag"ndNacht-Altdeutschland.wirwebendei"Leichentuch. Wirwebenhirteindendreiftu:henFluch. Wirweben.wirweben!. - (N.R.) 216 SOBRELIl1ERATUAAEARTE -Bedenk'ichdieSache~ a n tgenau, Sobrauc1tenwirgarkelnenKaiser.(1) Marx-Engels:-OProgramadoPartidoRadicaI-Demo-crataedaEsquerdaemFrankfurt.Oeuvrcs, t.VII,p.29,Mega. III ComosucederanaFranadosculoXVIII,arevoluo filosficapreparou,naAlemanhadosculoseguinte,odes-moronamentodopoderpoltico.Masquediferenaentre osdoisfactos!Osfranceseslutavamabertamentecontra todaacinciaoficial,contraaIgreja.frequentementeat, contraoEstado.Assuasobraseramimpressasdooutro ladodafronteira,naHolandaounaInglaterra,eeles prprios,commuitofrequncia,estavamprestesairdar umpasseiopelaBastilha'- Osalemes,pelocontrrio,so professores,mestresdajuventudenomeadospeloEstado, vemassuasobrasadaptadascomomanuaisdeensinoe.o sistemade Hegel,que coroatodo oaperfeioamento, foiat guindado,deumafonnaoudoutra,aonveldefilosofia oficialdamonarquiaprussiana!Podearevoluoestar escondidadetrsdestesprofessores,detrsdassuasfrases pedanteseobscuras,dos.$eusperodospesadoseaborre-cidos?Oshomens"que,napoca,passaramporrepresen-tantes da revoluo,os liberaIS,noeram,precisamente,os adversrms,maisobstinadosdessafilosofiaquelanavaa confusonosespritos?Masoquenoviram,nemog vemo,nemosliberais,viu-oum homem, pelomenos,desde 1833.J!.verdadequeessehomemsechamavaHenrique Heine (I). Engels:LudwigFeuerbacheoFimdaFilosofia CldssicaAlem,emMarx-Engels:EstudosFilo-sficos,p.15,Editionssocia/es,1951. (1)Seeuolharacoisadeperto. Nlotemosnenhumanecessidadedeumkaiser._ EstesdoisversosconstamdopoemadeHeine:Al,emanha.UmConto deInverno_. (1)Engelsrefere-seobradeHeineContribuioparaaHistria daReligill.oedaFilosofianaAlemanha_(1832).NessaobraHeinedefineo papeldesempenhadopelaFilosofiaalemedeclara:Anossarevoluo filosficaterminou.Hegelfechouoseuimensociclo._ - (N.R.) 217 MARX ENGELS 9GeorgWeerlh Entretodosospoetassocialistas,ou quecomotalseafirmavam,nosanos de1840a1850,GeorgWeerthfoi,sem dvida,oquemaissedistinguiu,em economiapoltica,pelaextensodos seusconhecimentose,empoltica,pela clarezadassuasideias. InfluenciadoporMarxeEngels,com quemtevefrequentescontactosem Bruxelas,depoisde1845,Weerthliber tou-sedaspredilecesdajuventude-Feuerbacheosocialismoverdadeiro. Ospoemasqueescreveuapartirdessa pocasoaprovadeumacompreenso perfeitadodesenvolvimentodasocie-dadecapitalistaquemultiplicaossofri-mentosdoproletariado,mas,poroutro lado,criaascondiesdasualiber-tao.Porconseguinte,Weerthsaudou opapelprogressistadaindstria. Quandorebentaarevoluode1848, opoetacombate,primeiro,dearmas namoe,maistarde,atravsdosseus escritos.Publica,naNovaGazetaRe nana,folhetinsemversoeemprosa, espirituaiseincisivos,dirigidosespe-cialmentecontraapequenaburguesia, essepesomortodarevoluo,contra oobscurantismofeudal,osgrandespro-prietriosrurais,etc.Desenhabrilhan-teme,lteacaricaturadojunkerprus siano,numasriedefolhetinsintitu-ladosAVidaeosFeitosdoClebre CavaleiroSchnapphahnski,oqueo levouaresponderemtribunaleaso-frerumacondenao. GeorgWeerthmorreuem1856,de umameningite,emHavana.Tinhas 35anos.UmapoesiadeWeerth,encon-tradaporEngelsnospapisdeMarx, queacabavademorrer,em 14deMaro de1883,inspirou-lheumartigo,publi-cadopeloSozial-DemokratdeZurique, em7deJunhode1883. 218 SOBRELIl1ERATURAEkRTE HandwerksburschliedvonGeorg Weerth(1846) Woltlumdi.Kirschenb/the Dahabenwir/ogierth, WohlumdieKirschenb/the InFrankfurteinstlogiert. EssprachderHerbergsvater: Hab!schlechteRockeanl DulausigerHerbergsvater, Dasgehtdichgarnichtsan! GibunsvondeinemWeine, GibunsvondeinemBier,' GibunszuBierundWeine AucheingebratenThier. DakriihtderHahnimSpunde-DasisteingulerFluss. EsschmecktinunsremMunde AIswieUrinius. Dabracht'ereinenRasel1, InPetersilienkraut; VordiesemtadtenRasen Hatesunssehr gegraut. UndaiswirwarenimBette MilunsremNachtgebet, DastachenunsimBette DieWanzenfrhundsplit. Dasistgescheh'nzuFrankfurt, WohlinderschonenStadt, DasWelSS,derdortgelebet Unddortgelittenhat (I). (I)CantodoAssalariado,deGeorgWeerth(1846): Foipelapocadascerejeirasemflor quelDOSfomoshospedar. Foipelapocadascerejeirasemflor Que,noutrotempo,emFrankfurt,nosfomoshospedar . .. Vocsvmmuitomalvestidos!_ Disse-nosodono "dahospedaria. - .. Estalajadeiropiolhoso, Issonodatuaconta! 219 MARX-ENGELS Encontreiestapoesiadonossoamigo Weerth no esplio literriodeMarx.Weerth.oprimeiroeomaisimportante poetadoproletariadoalemo,nasceunumafamliarenana. 0_paierasacerdoteeinspectordeparquia.Quando,em 1843,eumoravaemManchcster,WeerthveioaBradford, comorepresentante deuma rirma alem, epassAmosjuntos muitosdomingosalegres.Em1845,quandoMarxee;uresi-dfamosemBruxelas,Weerthfoi.encarregadopelafirma paraquetrabalhavadearepresentarnospasesdoconti-nenteelconseguiuarranjarmaneirademontaroquartel generalnacidadebelga.DepoisdarevoluodeMarode 1848,voltAmosaencontrar-nostodosemCo16nia,paraa fundaodaNovaGazetaRenana.Weerthencarregou-se dQfQlhetimeduvidomuitoquealgumjornalpublicasse algumavezfolhetinstodivertidosemordazes.Umadas principaisobrasqueescreveufoicAVidaeosFeitosdo ClebreCavaleiroSchnapphahnski.,ondedescreveasaven-turasdo prncipeLichnovski,queHeine,em .Atta Troll.(l), Serve-nosvinho. Servenoscerveja, Dnosacervejacovinho Comumanimalassado . Atorneira~nobatoque. Queriomaravilhoso I ' Masabebida.nanossaboca, Temumgostoaurina. Trouxe-nosdepoisumalebre Guarnecidacomcouvesesalsa. Masalebremorta Meteu-nosummedoenorme. Quandonosfomosdeitar, Depoisderezannosumaoraio, Ospercevejosmorderamnos,nacama, Denoiteatl!demanhA. Istopassou-seemFrankfurt, Umabonitacidade. Sabe-oquemlviveu, Sabe-Qquemlsofreu. - (N.R.) (1)PoemahumoristicodeHeinc,escritoem1841epublicadoalguns anosmaistarde.OsinimigosdeHeineacusaramnodetercondenadoas ideiasdeprogresso,pori n t e n n ~ i odoursomisantropoAttaTroll.Opoeta escreve.noprefciodaobra,quesemprelutoupelaliberdadeepelajus-tia,masqueodsoseapoderadelediantedas..{ormaspesadasegros-seirascomoqueoscontemporineosalemAesasenfarpelam.Opoetaridi-culariza,porassimdizer,apeledeursodessasideias.(VeraP!15.sagetn emqueMarxeEngelstratamdosocialismo.verdadeiro,noManifesto de1848,eaapreciaodeEngelssobreaaJovemAlemanha).Emnome dapoesiaautntica,Heineinsurge-secontraosqueasufocameapenas obedecemsmaisprosaicasconsideraes. - (N.R.) 220 SOBRELI'I1ERATURAEARTE evocoucomessenome (1).Osfactossotodosverdicos; comodelestivemosconhecimento,talvez,noutra ocasio.EssesfolhetinssobreSchnapphahnskiforamedi tados em livro por Hoffmann eCampe, em1849,eso ainda hojedeleituramuitodivertida. SchnapphahnskiLichnovski,em18deSetembrode 1848,deslocava-se,acavaloemcompanhiadogeneral prussianovonAuerswald(tambmmembrodomento),comaintenodeespiarascolunasdecampone-sesquesedirigiamparaFrankfurt,afimdesejuntarem aoscombatentesdas barricadas. Descobertos,foramambos, segundo os seus mritos, abatidos como espies pelos campo-neses.FoientoqueajustiadoImpriopsumaaco contraWeerth,porterofendidoamemriadeLichnovski, eWeerth,queestavahmuitonaInglaterra,foiconde. nadoatrsmesesdepriso,muitodepoisdeareae-oter liquidadoaNovaGazetaRenana.Opoetateve,efec-tivamente,decumprirapena,porqueosnegciosobriga-vam-DOairAlemanha,umavezporoutra. Em1850e1851,porcontadeoutrafirmadeBradford, fezumaviagemEspanha,depoissIndiasOcidentaise" acabouporpercorrerquasetodaaAmricadoSul.Aps um breve perodo na Europa, voltou ssuasqueridasIndias Ocidentais,ondenopderesistiraogozodevernoHaiti umautnticoprottipodeLus-NapoleoIH,napessoa doreinegroSoulouque.Entretanto,segundoWilhelm WolfcomunicavaaMarx,em28deAgostode1856,o poetateve aborrecimentoscomasautoridadesdequarentena, foiobrigadoarenunciaraosseusprojectoseregres-sou aHavana por, durante aviagem,ter adoecidocom febreamarela.Tevedeficardecama,sobreveio-Ihe umameningitee,em30deJulho,onossoWeerth morreuemHavana_. Chamei-lheoprimeiroeomaisimportantepoetado proletariadoalemo.Comefeito,ospoemassocialistase (I)oprncipeLichnovski(1814-1848)foioficialprussianoealistou-se, em1838,nastropasdeDomCarlos,dequemsetomouajudante-de-campo. DepoisdaabdicaodeDomCarlos.'oprncipeescreveuassuasrecor-daesdaEspanha(.Schnapphahnskiagoraautor.. ,refereumversode AltaTroll.nocapoI).NomeadomembrodoParlamentodeFrankfurtem 1848,Lichnovskidistinguiu-sepelOSataquesfuriososcontraasideiaspro-gressistasepelaatitudeprovocadoraemrelaoaopartidodemocrtico. Engelsnarraascircunstnciasemquefoimorto. - {N.R.l 221 MARX-ENGELS polticosqueescreveuestomuitoalm -dosdeFreiligrath, pelaoriginalidade,humore.sobretudo,peloardorsensual. Servia-se,comfrequncia,dasformasusadasporHeine, massparaasencherdeumcontedooriginal,detodo independente.Almdisso,Weertheradiferentedamaior partedospoetaspelofactodenosepreocuparabsoluta-mentenadacomosversos,depoisdeosterescrito.Logo queenviavaumacpiaaMarxeoutraamim,nuncamais queriasaberdospoemase,muitasvezes,eraatdifcil for-loaqueospublicasse.Ascoisas56sepassaramde maneiradiferenteenquantosepublicouaNovaGazetaRe-nana.OseguintetrechodeumacartaqueWeerthescreveu aMarx,deHamburgo,em28deAbrilde1851,revela-nos asrazesdesseprocedimento: Espero,deresto,voltaraver-te,emLondres,no princpiodeJulho,porquejnopossosuportar estesgrasshoppers (1)deHamburgo.Ameaa-meaqui umaexistnciabrilhante,quemefazmedo.Qualquer umseagarrariaaelacomasmosambas.Masestou velhodemaisparaserumfilisteuedooutrolado domarestolongnquoOcidente... trItimamente,tenhoescritoummontedecoisas, masnoacabeinada,porquenovejoqualqueruti-lidade,quaquerobjectivoemescrever.Quandotu escrevesistoouaquilosobreeconomiapolticah umarazoeumfimaatingir.Maseu? Fabricar ditos deespritoechalaasdem qualidadeparaarrancar umrisoidiotascarascheiasdeesgaresdosnossos compatriotas - decidamente,noconheonadamais dignode lstima.Aminha actvidade literria morreu, nohdvida,comaNovaGazetaRenana. Tenhode confessar:lamentoter perdido,semra-zo,pornada,ostrsanosquepassaram,mascon-solo-me,aomesmotempo,quandopensonanossa vida em Colnia.Nonossujeitmosacompromissos. Aestoessencial!DesdeFrederico,oGrande,nin-gumtinhatratadoopovoalemoencanaille (2) comoANovaRevistaRenana. (1)Gafanhotos. - (N.R.) (2)Emfrancsnooriginal. - (N.R.) 222 SOBRELI1\ERATURAEARTE Noquerodizercomistoquetodoomritome pertena,mascontribui. .. OPortugal!OEspanha!(Weerthacabavadere-gressar destespases).Se, aOmenos,tivssemosoteu cu,essevinho,astuaslaranjasemirtos!Masnem issotemos!Nada,ano ser achuva,narizesdepalmo ccarnefumada! chuva,comumnarizdepalmo,oteu G.Weerth . Weerth era inultrapassvel naexpresso dasensualidade edeapetitescarnaissoserobustos.Nesse aspecto,foiat maisperfeitodoqueHcine(porqueeramaissoeverda-deiro)e,emtodaaliteraturaalem,sGoetheosuplantou nessafacetadasuaarte.AlgunsleitoresdoSocial-Demo-crataficariamhorrorizadosseeumepusesseareproduzir aquicertosfolhetinsdeANovaGazetaRenana.Mas.nem sequerpensonisso.Noentanto,nopossoimpedir-mede observarqueossocialistasalemestambmverochegar omomentoemquedeverorejeitarabertamenteesse ltimopreconceitofilisteualemo,ahip6critaafectaode recatomoral,deraizpequeno-burguesa,que,deresto,S serveparaesconderobscenidadesecretas.Quandosel porexemplo,ospoemasdeFreiligrath,quasepodamos acreditarqueoshomensnotmrgossexuais.E,no entanto,ningumgostavatantocomoFreilligrathdashis-triasobscenascontadassucapa.Masosseuspoemasso ultra-pudicos.Naverdade,jtempodeosoperriosale-mespelomenossehabituaremafalardascoisasnaturais, necessriaseextremamenteagradveis,que elesprprios fazem,dediaoudenoite,comumaliberdadetogrande comoadospovoslatinos,deHomeroePlato,Horcioe Juvenal,comoadoAntigoTestamentoedaNovaGazeta Renana. Weerth,deresto,escreveutambmcoisasmenosre-preensveisdequemeatrevoaenviar,devezemquando, algumaspginasparaofolhetimdoSocial-Democrata. Engels:CantodoAssalariado,deGeorgWeerth (1846)>>.DerSozial-Demokrat,Zurique,7deJunho de1883.(TextofornecidopeloInstitutoMarx-En gels-Lenine.) 223 MARX-ENGELS lO..Freiligrath (1)em1 8 4 8 ~ 1 8 4 9 Sealgumpretendesse,contrriamente"verdade,atri-buir-mequalquerinflunciasobreti,issospoderiarefe-rir-se,nomximo,aocurtopenododeANovaGe1.etaRe-nana,ondepublicastepoesiasadmirveis,semdvidaas maispopularesqueescreveste. Marx:CartaaFreiligrath,de23deNovembrode 1859.Mehring:Freiligrath '.rndMarx inihremBrie-fwechsel,p.32,1912. 11.Aoposioatravsdacano,noSegundoIm-prio Quando,Ultimamente,mandaramainfantariacontraos estudantes,queobrigavamaregressaracasaosr.Nisard. atropa,emrespostaaogritodeVivaatarimba!descan-sou armasefoinecessrio retir-lapressa para que afra-ternizaonosetomasseumfactoconsumado (2).Are-centeintentonanoSudoeste,queprovocoucincomilpri-ses(segundoosnmerosbonapartistas)tinhanumerosas ramificaesnoexrcito.AescoladesargentosdaFlecha foiencerrada.Quasetodososalunostinhamparticipado naconjuraetiveramdeosmandarparaosregimentos, masaverdadequefoimuitodificilencontrarregimentos segurospara osenquadrar.H poucotempo,quandOBona-parteassistiacomaesposa auma representaono Odon, osestudantesqueenchiamascadeirasdaorquestra,cano taramdurantetodaasessooSirdeFranCwBoisy,desta-cando as passagens maissignificativas. Por seu lado,os ope-rriopansiensescantamumacanonetacomoseguinte refrio: .L parte ele, .Jparte ele, Ovendedorzinhodemostarda, L parte para oseu paIs Eleemaisaferramenta! (1)SobreFreiligratb.ver,nofimdovolume.oAnexolI. - (N.R.) (2)EmfraDc:6snoorlainaI. - (N.R.) .224 SOBRELIlIERATURAEARTE Paraque no hajadvidas sobre quem vendedorzfnho demostarda,apolciaproibiuacano. Engels:Carta aMarx,de7 deFevereirode1856.Cor respondnciaentreMarxeEngels,t.11,p.104, Mega. 12.UmavelhacanodoscamponesesdaDina-r1'la,.ca oprimeironmerodoSozial-Demo-krat,rgodaAssociaoGeraldos TrabalhadoresAlemes,saiunodia15 deDezembrode1864,em Berlim,alguns mesesdepoisdamortedeLassalle.Sch-weitzeT, chefedaredaco,pediu a Marx eaEngelsparacolaboraremnojornal. Marx"quecensurouoselogiosditirm-bicos,publicadosnoprimeironmero, emhonradeLassalle,apenasenviou umartigosobreProudhon,queacabava demorrer (Janeirode1865)(1).eEngels publicouumanotasobreoFidalgTid-mann,textoescolhidodepropsitopara levarojornalainiciaralutacontra Bismarkeosfidalgosrurais. Engelsdedicousempreamaioratell oaofolclorerevoluciondrio.Estor ouseporutilizarpoemasecanesdo passadoemproldopresente.Porcon seguinte,publicanoSozial-Demokrat, deZurique,em7deSetembrode1882. atraduodeumavelhacanoinglesa sobreumeclesidsticoquemudadecon-vicesedereligiosegundoosreisse 'sucedemno-poder.Estacanono envelheceuabsolutamentenada,seti-vermosemcontaaactualsituaona Alemanha- acrescentaEngels,alu-(I)Ver,nestevolume,p.77.-(N.R.) 22S MARX-ENGELS "dindoaoservilismodosfuncion4rios prussianos. FidalgoTidmannumavelhacano dinamarquesa.Engelsno iniciodoseucomentdrio.Oassuntore sumidooseguinte:OfidalgoTidmann levanta-secedo,vesteabelacamisa,o fatodeseda,calaasbotasdecouro, pe asesporas douradasedirige-separa oThing.Cadacamponstemdedar-lhe setemedidasdecereaiseum porcopor cadaquatroquepossua.Dirige-se-Ihe umvelho:Nenhumdenspodedar isso.QueofidalgoTidmannnovolte vivodoThing! Denersten Schlagder alie Mannschlug. HermTidmannniederlUBodeer [schlug. DaliegtHerrTidmann,vonihmrinnt [dasBlut DaslobenaliedieSderleute DaliegtHerrTidmann,vonihmrinnt [dasBlut. DochfreigehtderPflugimschwarzen [Grund, FreigehndieSchweineim.Mastungs-[wald. DaslobenaliedieSderleute (1). 1 Este episdiodaguerradoscamponesesnaIdadeMdia tempor palcoaSuderharde(hardeumadivisojudicial), ti)o _golpefoidovelho. o fidalgoTidmannfoiaterra. Ofidal80Tidmannestestendido,osanguecorreaosborbotes. EtodaagentedeSuderlouvaessascoisas. OfidalgoTidmannestestendido,osanguecorreaosbOrbotes. Noentanto,arelhadoaradosulcalivrementeaterranegra, Osporcos,livremente,vAoli.bolotanafloresta. EtodaagentedeSuderlouvaessascoisas. - (N.R.) 226 SOBRELI11ERATURAE~ R T E aonortedeAarhus,naJutlndia.NoThing,aassembleia dejustiadecircunscrio,eramjulgados,almdoscasos judiciais,osqueserelacionavamcomimpostos, ecoma administrao.Acanomostraocomportamentodano-brezaperanteosEdeling(agricultoreslivres)e,aomesmo tempo,amaneiracomooscamponesessabiamprtermo arrognciadosnobres.NumpascomoaAlemanha,onde aclasseprivilegiadaincluitantodenobrezafeudalcomo deburguesia,eoproletariadotantooumaisproletrios agrcolasqueoperriosindustriais,avelhaefortecano ruralnodestoar -doambiente. Engels:FidalgoTidmannllt,Sozial.Demokrat,Berlim, 5 deFevereiro de1865.(TextocedidopeloInstituto Marx-Engels-Lenine.) II Mando aesses sujeitos (1)uma canozinha popular dina marquesa,acercadeTidmann,mortoporumvelho,no Thing,porquererobrigaroscamponesesapagarmaisIm postos.~revolucionria enocaisobaaladadalei.Alm disso,atacaanobrezafeudalecontra_ elaqueojornal deve,impreterivelmente,lutar.Acercadisso,acrescentoa l ~ gumasobservaes. Engels:CartaaMarx,de27deJaneirode1865.Cor-respond2nciaentreMarxeEngels>,t.lU,p.218, Mega. 13.Acanrevolucionria opartidosocial-democrataresolveu, em 1885,editar umacompilaodepoe-masrevoluciondriosepediuparaisso aopiniodeEngels,quepeemrelevo asfraquezasdacanorevoluciondria no passado. (1)SchweitzerearedacodoSozi4l-Demokrat. - (N.R.) 'I AMarselhesadaguerradoscamponesesfoiEin.fesle Burgisl unser GoII (I). Otexto eamelodiadestecantores-piramvitria,mashojeimposslveleintilinterpretlo nessesentido.Houtrascanesdapocanasrecolhas decancCSpopulareS, como,por exemplo,ACornucpiada Abund.2nciadoRapazinho (2),etc.TalvezencontremaIcoi sasquevosinteressem.Masjnessapocaomercenrio confiscavaa' nossapoesiapopular. Quanto scanesestrangeiras. conheoapenasaantiga ebelacanodinamarquesaFidalgoTidmann,quetraduzi noSotialDemokraldeBerlim,em1865. Houvecanescartistasdetodososgneros,masnoh possibilidadedeasencontrar.Umadelascomeavaassim: Britannia'ssons,thoughslaveyoube, God,yourcrealor,madeyoufree, Toalihelifeandfredoomgave, Butnever,nevermadeaslave . (3) Nomelembrodoresto. Tudoissocaiunoesquecimento.Alis,essapoesiano valiagrandecoisa. Em1848,havia,sobretudo,duascanesmuitoemvoga. Tinhamamesmamelodia: 1.Schleswig-Holstein; 2.OCantodeHecker Hecker,hochdeinNameschalle AndemganzendeutschenRheinl DeineGrossmut,jadeinAuge FlossenschonVertrauenein. Hecker,deraIsdeutscherMann Fr dieFreiheitseterbenkann!(4) (1)-OnossoDeusumaslidafortaleza_,hinodeLutero. - (N.R.) (2)Recolhadelendasecan6espopularesalems.editadaem1806 pel05poetasromAnticosAchim.vouAmimeClemensBrentanD. - (N.R.) (3)FilhosdaOrABretanha,emborasejaisescravos, Deus.nossocriador.fezvoslivres, Atodosdeuvidaeliberdade. Enunca.nuncafezumescravo. (4)Hecker.queoteunomeressoebemalto AtravsdetodooRenoalemIol Atuamagnanimidade,teuprprioolhar Jinspiramconfiana. Heckerque.comoalemlo, Sabemorrerpelaliberdade! - (N.R.) SOBRELnERATURAEARTE Achoqueissobasta.Humavariante: .Hecker,Struve,Blenker,ZitzundBlum, BringtdiedeutschenFrsteum!. (1) Emgeral,apoesiadasrevoluesdopassado(conti-nuandoaexceptuarAMarselhesa)raramenteexerceuma influnciarevolucionrianaspocasposteriores,porque, para agir nasmassas, obrigada areflectirospreconceitos dequesofremasmassasdessapoca.Daiasidioticesr e l i ~ giosas,mesmoentreoscartistas. Engels:CartaaSchlter,1885_(TextocedidopeloIns-titutoMarx-Engels-Lenine.) (\)Hccker,Struvc.Blenker,ZitzcBlum, Matem05prncipesalemes!- (N.R.) 229 ANEXOI DOCUMENTAAOEDEPOIMENTOS ACERCADEMARX I.OjovemMarxcriticadoporsiprprio Queridopai, EmDezembrode1836,trsmesesde poisdedarentradanaUniversidadede Berlim,Marxenviatrhcadernosde poemasaJennyvonWestphalen,de quemestavanoivoemsegredo,desde asfriasdomesmoano,emTreves. Nofimdosemestreuniversitdrio,em Fevereiro-Marode1837,preencheum novocadernodeversosqueenviaao pai,naalturaemqueestecompleta 55anos.Algunsmesesdepois,Marx, queacabadefazer19anos,numa carta aopai,de10deNovembrode1837,cri-ticaseveramenteessastentativasjuve-nisimpregnadasdeumromantismoes-tranhovidarealedequedenunciard maistarde,oespl.ritoreacciondrio. Nestacartaddpartetambmdasua passagemdoanti-hegelianismoaohege-tianismo. Hmomentosnavidaquesocomomarcosaolongo daestradapercorrida,masindicam,ao mesmotempo,uma novadirecoeumanOvacerteza. Nessesmomentosdetransio.sentimosanecessidade 231 MARX ENGELS deconsideraropassadoeopresentecomoolhodeguia dopensamento,afimdesabermosqualanossaverdadeira situao.Aprpriahistriasecontemplaecompraznessa visoretrospectiva,oquelhedfrequentementeaaparn-ciadeparar ede regredir quando apenasse atira para uma cadeira,afimdesecompreendera.siprpria.parapene-traratravsdoespritonaprpriaaco,aacodoesp-rito. Ora,nessesmomentos,ohomemisoladotoma.-selrico, porquetodas astransformaesso.por um lado, um canto uecisne c,por outro, ointroito de .um novo egrande poema, queprocuratomarcorponascoresbrilhantes,masainda confusas.Noentanto,gostaramosdeerguer,desdelogo, ummonumento aoquese viveude uma vezpor todas,para queessepassadoencontrassenosentimentoolugarque perdeu na aco. Onde haver para isso um lugar mais santo queocoraodospais,ojuizmaissuave,omaisprofun-damentesimptico,osoldaafeio,cujocaloraqueceo centromaisintimodosnossosesforos?Dequemaneira infortnios eactoscriticveispodero obtermelhor perdo e ser redimidosdo quetornand"se fen6menos de um estado essencialmentenecessrio?Deque outra maneiraosacasos infelizes,asaberraes do espirito poderiamfazer-nosesca-parcensuradenosfaltarnimo? Agora,aofimdeumanopassadoaqui,j quelanoum olharparatrs,paraosacontecimentosdesseperiodoe respondoassim,queridopai,tuatoestimadacartade Ems,gostariaquemefossepermitidoexaminaraminha situaosegundoomodocomoconsideroavidaemgeral, como a, expressodeumactividade intelectual quese mani-festaemtodasasdireces,nosaber,D'aarte,nascoisas pessoais. Nomomentoemquetedeixei,abria-separamimum mundonovo,omundodoamor,deumamoracomear, cheiodedesejos,masvaziodeesperanas.At'aviagem paraBerlimque,noutradisposiodeespfritometeria encantadoimenso,incitadoacontemplaranatureza,infla-madadaalegriadeviver,medeixoufrio,meprovocouat4 umsurpreendentemauhumor,porqueosrochedosquevia noerammaisrudes,maisorgulhososqueossentimentos quemeiamnaalma,asgrandescidadesmaisvivasqueo meusangue,asmesasdoshotismaisrepletas,maisindi-gestasqueasremessasdeilusoqueeulevavae,por ltimo,aartenoera tobelacomoJenny. LogoquechegueiaBerlim,interrompitodasasrelaes queataitinhamantido.Contrariado,fizalgumasvisitas 232 SOBRELI'f.ERATURAE- poucas - etenteientregar-meporinteirocinciae arte. Noestadodeespritoemque,nessaaltura,meencon-trav'8,apoesialricadevianecessriamenteconstituira minhaprimeiratentativa,pelo -menosamaisagradvele acessvel;mas,comooexigiaaminhasituaoetodaa minhaevoluoanterior,essapoesiaspoderiaseridea-lista.Construiomeucueaminhaartedeumalmto longnquocomoomeuamor.Orealdilui-seporcompleto edeixadehaverlimitesparaaquiloquesedilui.Ataques contra opresente,sentimentos vagos econfusos, uma ausn-ciatotaldenaturalidade,construesnasnuvens,ocon-trriodoqueedoquedeveser,reflexesretricasem vezdeideiaspoticas,mastalveztambmumcertocalor sentimental ealgum esforo de elevao, caracteriza'mtodas as poesiasdostrs primeiros cadernosquemandeiaJenny. Amedidadeumaaspiraosemlimitesmanifesta-sea debaixodosaspectosmaisdiversosefazdaminhapoesia limadiluio (I). Masapoesiaspodiaedeviaser umacompanhamento. Tinhadeestudardireitoesentia,sobretudo,anecessidade demedir as minhasforasnocampoda filosofia.Combinei, portanto,asduasdisciplinas.Porumlado,estudava,como umalunoincipienteesemomenorsensocrtico,Heinec-cius,ThibaudeasFontes,traduzindo,porexemplo,em alemo,osdoisprimeiroslivrosdoPandectase,por outro, tentavaconstruirumafilosofiadodireitonodomniodo direito.Aguisadeintroduoanoteialgumasfrasesmeta-fsicaseleveiessaobrainfelizataodireitopblico; oque redundounumtrabalhodepertodetrezentasfolhas . .. .Aochegaraofimdodireitoprivadoreferenteaos bens,reconheciafalsidadedoconjunto,cujoesquemade . baselembraodeKant,masoue,nodesenvolvimento,se afastadeletotalmente..Compreendi,denovo,que,sema filosofia,eraimpossvelchegarabomtermo.Pude,por conseguinte,lanar-meoutraveznosbraosdafilosofiac escreviumnovosistemametafisico.Quandooacabei,foi novamenteforadoareconhecercomo era absurdoecomo eramtambm absurdos todos os meus esforos precedentes. Aomesmotempo,adquiriohbito defazerextractosde (1)MarxopeaquiDichtell(apalavrasignHica,aomesmotempo, poesiaedenso)aBreiten(amplido,prolixidade),oquedumjogode intraduzfvelemportugus. - (N.R.) 233 MARX-ENGELS todososlivrosquelia,porexemplo,LaDcoon,deLessing, Erwin,deSolger,Kunstgeschichte,deWinckel,Deutsc/ie Geschichte,deLuden (1)edeanotar,l!1argem,a 1 ~ a s reflexes.TraduziaGerrrumia,deTcito,eosLibrlTris-tium,deOvdio,e,aUtuloprivado,isto,comoauxilio degramticas,comeceiaaprenderinglseitaliano.oque, porenquanto,nodeuresultado.UoKriminalrecht,de Klein,bemcomoosseusAnaiseasltimasprodues literrias,masestasdemaneiracompletamenteacessria. Nofimdosemestre,procureidenovoasdanasdas Musas,eamsicadosStirose,noltimocadernoquete mandei,oidealismotranspareceatravsdeumhumorf o r ~ ado(SkorpionundFelix)ouatravsdeumdramafan-tsticoefalhado(Oulanem).paramudar,porltimo,de al19abaixoerematarnumaartepuramenteformal.sem objectodeexaltaoesemqualquerelevaonasideias. Estasltimaspoesiasforam,noentanto,asnicasque. repentinamente,mefizeramentrever,comoporartesm-gicas - ah!como esse choque, ao princpio, me perturbou-oreino da verdadeira poesia.resplandecente comoum pal-ciolongnquoeferico.Nessa 'altura,todasasminhascria-espoticassedesfizeramemp. Devidoaessasmltiplasocupaes,duranteoprimeiro semestre,passeimuitasnoitesemclaro,sofrimuitosim-pulsos,tantointernoscomoexternos,luteiemvriasfren-tesparaafinalnomevermaisenriquecidodoqueantes eter,entretanto,desprezadoanatureza,aarte.omundo e !repelidoosamigos - eramestasasconclusesaqueo meu ser parecia chegar. Um mdico aconselhou-meo campo e,pelaprimeiravez,depoisdeteratravessadotodaaci-dade,vi-meem Stralow,foradasmuralhas.Tinhaacerteza dequeoser dbileanmicoqueeuerasedesenvolveria fisicamenteemcontactocomanaturezaesetomaria510 erobusto. Umacortinacaira,estavademolidoomeusanturioe eraprecisosubstituirosdeuses. Depoisdepartirdoidealismoque,diga-sedepassagem, confronteienutricomodeKanteFichte,conseguipro-curaraideianoprprioreal.Se,noutrotempo,osdeuses habitaramporcimadaterra,agorapassavamaconstituir ocentro. JtinhalidofragmentosdafilosofiadeHegel,cujame-(1)HisldriadaAlemanhadaautoriadohistoriadorLuden(1780-1847).-(N.R.) 234 SOBRELIlIERATURAEARTE lodiasperaerotescamedesagradava.Desejavamergu lhar nomar, mais uma vez,mas comodesejobem definido deencontraranaturezaespiritualtonecessria,tocon-cretaetoclaramentedelimitadacomoanaturezafsica. Desejavanovoltaraesgrimirproezas;querialevantara prolapuraluzdosol Escreviumdilogodecercadeoitentafolhas,queinti-tulei.Cleanto,ouAcercadoPontodePartidaedoDesen-volvimentoNecessrio daFilosofia.A arteeacincia,que estav-amcompletamenteseparadas,deummodooudou-tro.tomavam-se.nestecaso,aliadas.Viajanteatento,meti mos obra, auma anlise filosfic!Hlialctica da divindade quesemanifestacomoIdeiaemsi,comoreligio,como natureza,comohistria.Aminhaltimafraseeraoinicio dosistemadeHegeleessetrabalho,atravsdoqualme familiarizeiumpoucocomascinciasnaturais,comSebe!-Ung,comahistria,quemecausouinfinitasdoresdeca-beaeestescritodemodotoconfuso(quando,nareali-dadedeviaserumalgicanova)que,hoje,atempensa-mentomedifcilmergulharnele,essetrabalho,diziaeu, essefilhopreferido,acarinhadoaoluar,arrastou-me,como umasereiaprfida,paraosbraosdoinimigo. Despeitado,vi-me,durantealgunsdias,naimpossibili-dadedepensar.Passeavacomoumdesvairadonojardim dasmargensdoSpre,cuja,guasujadavaasalmase och> (1)eatfuiaumacaadacomodonoda casaondeestavahospedado.CorriaBerlimcomdesejos deabraartodososcomissionistasdaesquina. ... 0aborrecimentoquemecausouadoenadeJenny, ofracassodetodosostrabalhosquefizemvoeodes-peitoquemeroaporter dearvorar em doloumaconcep-oquemeeraodiosapuseram-medoente,comojte . mandeidizer.queridopai.Logoquemevirestabelecido, quimeitodasaspoesias,todososplanosdenovelas,etc., comailusodequemeerapossvelrenunciaraissopor completo eaverdade que,atagora,ainda no deiprovas emcontrrio. Duranteaminhaindisposio,lideumaponta aoutraefamiliarizei-mecomamaiorpartedosseusdis-cpulos.Depoisdevriasreuniesaqueassisti em Stralow, comamigos,entreiparaumclubededoutores,entreos quaisseencontravamalgunscatedrticoseomaisntimo dosmeusamigosberlinenses,odoutorRutenberg.Nadis-(I)VersodeHeinetiradodeumpoemadoBllellderLil'dcr. - (N.R.) 23S MARX-ENGELS cusso,manifestaram-semuitasopiniescontraditriase liguei....,.cadavez.maisaestafilosofiadomundocontem-porneo,aquetinhajulgadopoderescapar;mastudo aquiloqueerasonorosecalouefuitomadodeumaver-dadeiraraivadeironia,o ~ u e .deresto,eradepreverque :Jcontecessefcilmente,a5orenegardetantascoisas. A issoveiojuntar-seosilia deJennyenotiveummo-mentodedescansoenquantonoresgateiomodernismoe aconcepocientficaemv'?Sl'comalgumasmsprodu-es,taiscomoDerBesuch (1). Talveznotetenhacontadoclaramenteesteltimotri-mestre,Diotetenhadadotodosos ponnenores, nemtrans-mitidotodososmatizes.SeasSimfoi,pe&-tequemedes-culpes,queridopai,.eatribuasissoaograndedesejoque tenhodefalardopresente. Osr.deChamlssoenviou-meumbilhetemuitoinsigni ricante,ondemeinformaquelamentaqueoAlmanaque nio possa utilizarosmeusartigos,porquej est impresso hmuitotempo.Engoliapflulaaborrecido.OeditorWi-gandtransmitiuomeuplnoaoDr.Schmidt,editorda firma Wunder, que vende bom queijo em literatura. Junto acarta dele.Osegundo ainda nio respondeu.Norenuncio, noentanto,aesseprojecto,pois,almdomais,todasas celebridades estticasda escola hegelianaprometeram cola-borar,porintermdiodoprofessorBauer,querepresenta umgrandepapelentreelas,eaindadomeucoadjutor, Dr.Rutemberg. Marx:Cartaparaseupai,datadade10d. Novembro de1837.Oeuvres,t.I,11parte,pp.213-220,Mega. 2.Confisso 1ennyeLaurafizeram,umdia,ao pai,porbrincadeira,umasriedeper-guntas,cujasrespostasdeve.riamc0ns-tituirumaespcie.deconfisso-.Esse questiondrioeasrespostll$deMarx, redigidaseminglls.referem-seaos anos de1860-65. (1)AVisita.- (N.Ro) 236 SOBRELI11ERATURAEkRTE Aqualidadequemaisapre-cia: o traocaracterstico: Aideiadafelicidade: Aideia da infelicidade: O defeito que desculpa mais fcilmente:_ Odefeitoquelheinspira maisaverso: Aantipatia: Aocupaopreferida: Ospoetasprefendos: Oprosadorpreferido: Oheripreferido: Aheronapreferida: Aflorpreferida: Acor preferida: Onomepreferido: Opratopreferido: Amximapreferida: Adivisapreferida: Nas pessoas, a simplicidade; noshomens,a(ora;nas mulheres,afraqueza. Aunidadedoobjectivo. Aluta. A submisso. Aconfianaconcedidasem reflectir. Oservilismo. MartinTupper. Frequentarosalfarrabistas. Shakespeare,2squilo, Goethe. Diderot. Espartaco,Kepler. Gretchen.. Olouro. Overmelho. Laura,Jenny. Opeixe. Nadadehumanomees-tranho. Duvidadetudo. Marx:.Confisso., DieNeue Zeite, 1913,pp. 856-857. 3.OsgostosliterdriosdeMarx Marxnopermitiaaningumquepusesseemordem, ouantes,emdesordem,osseuslivrosepapis.Nareali.. dade,adesordemeraapenasaparente.Tudoestavanoseu lugar.Encontravasempresemdificuldadeolivroouoca-dernodequenecessitava.Atnomeiodeumaconversa, muitasvezesseinterrompiaparaprocurarnoprpriolivro acitaoqueacabavadefazerou onmeroquetinhaindi-cado.Faziacorpocomogabinetedetrabalho,ondeos livroslheobedeciamcomosefossemosprpriosmembros. Namaneiradearrumaroslivros,nos'eimportavacom asimetria.Oscin..quarto,oscin-octavoebrochurascon-fundiam-seunscomosoutros.Noosarrumavadeacordo comasdimenses,massegundoocontedo.Oslivroseram paraeleinstrumentosdetrabalhoemvezdeobjectosde 237 MARX-ENGELS luxo.Someusescravos- diziaele - edevemservir-me comobementendo.Maltratava..as,semsepreocuparcom oformato,acapa,abelezadopapeloudaimpresso, dobravaoscantos,cobriaasmargensdetraosalpise sublinhava aspassagens hht6ricas.No faziaanotaesnas margens.Limitava-se,dequandoemquando,aumponto deexclamaooudeinterrogao,quandoumautorse excedia.Osistemadequeseserviaparasublinharper-mitia-lheencontrar muito fcilmenteapassagem procurada. Tinhao hbitodereler,passadosanos,osseuscadernosde notaseaspassagenssublinhadasnoslivros.paraascon-servar bem na memria,queeranotvel.Tinha-aexercitado desdeajuventude,segundooconselhodeHegel,apren. dendodecorversosescritosemUnguasquedesconhecia. SabiadecorHenriqueHeineeGoethe,quecitavafr", quentementequandoconversava.Liaos 1?""tasdetodasas literaturaseuropeias.Todososanosreba:esquilonoori-ginal.Considerava2a,etc.Morreuafo-gado,nogolfodeLaSpezia. So/ger,Kar/(1780-1819)-DiscfpulodeSchelling.Autorde obrasdeesttica. Sou/ouque(1789-1867) - ImperadordoHaiticomonome deFaustino1. Steuart,lame.(1712-1780) - Economistaingls,cujoensino ,segundoMarx,aexpressoracionaldomercanti-lismo. Stirnor,Marx(18()6:1856) - Nolivroqueotomouclebre UnicoeaSua Propriedade. (1845) - sustentaque oindivduonodeveteroutrombilsenooseupr-priointeresse.Foiumdosinspiradoresdo Strau,DavidF,dric(1808-1874) - Telogoehistoriador dareligio.Autordeuma.VidadeJesus.(1835)onde recusaaversodosEvangelhos. Sue.EUllne(1804-1857) - Escritorejornalistafrancs.Au-tordenumerosos,romancespopulares,principalmente, .OsMistriosdeParis.(lOvolumes,1842-1843)e.0 JudeuErrante.(10volumes,1844-1845).Apartirde 1840,evoluiuparaumsocialismosentimental.Depu-tado em1850.Obrigadoaexilar-sepelogolpedeEstado de2deDezembro.fixaresidnciaemAnnecye,fiel ataofimssuasconvices,mandouqueoenter rassemnocemitriodosdissidentes. Sydney,Algemon(1622-1683) - Polticorepublicanoingls. MembrodotribunalquecondenoumorteoreiCar losI(1649). Tchernychevski,Nico/au(1828-1889) - Democratarevolucio-nrio,presoem1862edeportadoparaaSibria,onde permaneceuat1865.Filsofomaterialista.Autorde 291 uma,dasobrasmaisimportantessobreestticados-culoXIX, AArteeassuasRelaescomaRealidade. Publicoutambmestudosecon6micossobreacomuna agrriaeocampesinatoeumromanceQueFazer? que,comoescreveramPlekhanoveDmitrov,exerceu profundainflunciasobreumageraocompletade .revolucionrios.Lenineestimoueadmirouessepensa-dor,combatentedosocialismopr-marxista. Thackeray,William(1811-1863) - Autorde.AFeiradasVai-dades,HistriadePendennis,LivrodosSnobs,~ t c . Denunciouahipocrisiasocial,aestupidez,oesprito dedomnioeafalsafilantropia. Thibaut(1772-1840) - Juristaalemo.Emnomedafilosofia, ops-seescolahistrica. Tkatchev,Pedro(1849-1885) -AdeptodQSJacobinose,mais tarde,deBlanqui,defendeuatomadadopoderpor limaminoriarevolucionria.Emigrou,em1873,para Genebra,ondecomeouapubHcararevistaNabat (