EXERCÍCIOS DE CLASSIFICAÇÃO TRIÂNGULOS. Classifica o triângulo m: Triângulo equilátero acutângulo.
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projeto pedagógico
marcados pelo triângulo rosa
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O Bibliotecário, contador de histórias e crítico literário, Ken Setterington sempre acreditou na imaginação como principal ferramenta para am-pliar a visão de mundo das pessoas. É membro do Queers in Your Ears, grupo de contadores de histórias ca-nadense, tendo publicado os recon-tos “The Snow Queen” e “The Wild Swans”. Em 2001, Ken recebeu o Toronto Arts Award for Writing and Publishing e publicou o livro Mom and Mom Are Getting Married!. Pela obra Marcados pelo Triângulo Rosa, tornou-se finalista de diver-sos prêmios literários canadenses, além de vencedor do Prêmio Cana-dian Jewish Book de literatura sobre o Holocausto, em 2014.
Um doloroso inventário que resgata a memória daqueles que foram per-seguidos, torturados e mortos no regime nazista por causa de sua orien-tação sexual. Marcados pelo Triângulo Rosa mostra de que maneira as ideias de Hitler impregnaram o cotidiano e as leis alemãs, a ponto de transformar o país num palco de extermínio de ho-mens gays, nas ruas, nas casas e nos campos de concentração. Os relatos, nesta obra, dos bravos sobreviventes existentes são importantes lições de amor e coragem para inspirar o mun-do contra a divisão e a ignorância. E para não deixar que novamente acon-teça. Porque ainda acontece.
O autor ResumoAutor: Ken SetteringtonTítulo: Marcados pelo Triângulo RosaTradutora: Sandra PinaFormato: 17 x 24 cmNo de páginas: 136Elaboração: Clara de Cápua e Mariza Junqueira
Marcados pelo Triângulo Rosa
Ficha
12anos
IndIcação:
Leitor crítico:
a partir de
ensinofundamental
Temas principais: Homofobia, regime nazista e Segunda Guerra Mundial. Temas transversais: Sexualidade, diversidade, ética e cidadaniaInterdisciplinaridade: Língua Portuguesa, História, Geografia, Ciências, Filosofia e Arte.
Quadro sinóptico
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A pertinência de uma obra como Marca-dos pelo Triângulo Rosa é indiscutível em qualquer tempo. Mas numa época marca-da pelo retorno de políticas conservadoras na Europa, nos Estados Unidos e ao redor do mundo e pela ascensão de regimes vio-lentos e fundamentalistas, sua publicação torna-se ainda mais relevante. O autor, Ken Setterington, nos mostra relatos, documen-tos e tristes histórias de homens gays que viram sua vida transformada num inferno com a chegada do Partido Nazista ao po-der. Um contexto sociopolítico degradante e uma Alemanha mergulhada na miséria e desesperança após a derrota na Primei-ra Grande Guerra favoreceram a elevação daquele que se tornaria um dos perso-nagens mais aterrorizantes da história do Ocidente: Adolf Hitler. Chamar a atenção dos jovens leitores
para a perseguição e a violência sofridas pelos homossexuais no período da Se-gunda Guerra Mundial significa muito
mais que uma mera visita ao passado. A obra traz os testemunhos de homens ale-mães comuns que viviam uma vida cheia de anseios e projetos até que os nazistas decidiram fazer do Parágrafo 175, que cri-minalizava o comportamento homosse-xual, uma autorização para matar. Por mais distante que possa parecer tal con-texto, é importante lembrar que em diver-sas partes do mundo a homossexualidade continua sendo uma sentença de morte, como no Irã e no Sudão. E mesmo em paí-ses desenvolvidos, cuja legislação alcançou importantes avanços no que diz respeito aos direitos da comunidade LGBT (lésbi-cas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros), o preconceito e a igno-rância ainda fazem vítimas. O Brasil é um dos países que mais testemunham crimes motivados por homofobia; assim, sensibi-lizar os jovens quanto à grandeza ilimitada dos afetos é essencial para a construção de uma sociedade diversa e tolerante.
Palavras iniciais
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É verdade que o mundo já conhece com riqueza de detalhes as agruras sofridas pelos judeus nos campos de concentração durante o Holocausto, mas pouco se sabe especificamente sobre esta parcela da população que também foi alvo do regime e cuja me-mória permaneceu soterrada pelo preconceito. O livro traz à tona a brutal transformação na vida dos gays ale-mães a partir de 1933, quando Hitler tornou-se chanceler. Uma das primei-ras ações do Partido Nazista foi banir organizações que cuidavam dos direi-tos dos homosse xuais, e rapidamente as agressões a eles aumentaram ver-tiginosamente. Rudolf Brazda foi uma das vítimas do cerco feito pelo regime. Preso por “luxúria antinatural” e de-pois levado ao campo de concentração Buchenwald, Rudolf recebeu em seu
Sobre a obrauniforme a marca que o identifica-ria como “bicha” em meio a outros prisioneiros: um triângulo rosa preso do lado esquerdo do peito. Como muitos outros prisioneiros condena-dos por homossexualidade, Rudolf sofreu violência e teve de se subme-ter aos abusos de um supervisor para escapar da morte, destino pratica-mente certo à maioria dos gays que chegavam aos campos de trabalho forçado. A história de Rudolf e mui-tas outras presentes na obra formam um complexo painel que joga luz às implicações políticas e ideológicas que favoreceram o projeto de Hitler para fortalecer a “raça ariana”. Pro-jeto ao qual não só os judeus eram obstáculo, mas também os homosse-xuais, que, por serem “incapazes” de reproduzir, deveriam ser eliminados.
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Para aproximar os alunos dos temas abordados na obra e do universo no qual ela está inserida, propõe-se uma roda de conversa em que a homosse-xualidade possa ser debatida em di-ferentes âmbitos. Ao professor cabe exercer um papel mediador, suscitando testemunhos, opiniões. O intuito é cons-truir coletivamente um panorama por meio de exemplos particulares, histórias pessoais e casos conhecidos de pessoas que sofrem ou já sofreram algum tipo de preconceito e violência em razão de sua sexualidade. A função principal des-sa atividade é sensibilizar e trazer foco ao universo da obra por meio do coti-diano dos jovens leitores.
Primeira parteNos dois primeiros capítulos, os leitores
terão a oportunidade de conhecer o solo sobre o qual o Regime Nazista se ergueu na Europa e o contexto social e político em que se encontrava a Alemanha após a Primeira Guerra Mundial. Neles o au-tor destaca as características boêmias da cidade de Berlim no início do século XX, que oferecia bares e boates a um púbico gay vindo de diversas partes da Europa, realidade alterada completamente com a radicalização do Parágrafo 175, que cri-minalizava as relações homossexuais. Su-gere-se buscar relações com a atualidade: Como os alunos enxergam sua cidade no que diz respeito ao acolhimento à comu-nidade LGBT?
Leitura da obra
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Segunda parteRelatos de homens gays perseguidos pelos soldados de Hitler ocupam a maior parte do
livro. As histórias recuperadas narram aos leitores o alcance do nazismo na vida privada dos alemães e as marcas indeléveis deixadas em sua memória. Os homens marcados pelo triângulo rosa mostrados na obra eram pessoas comuns, jovens estudantes ou trabalhado-res que, antes de serem levados aos campos de concentração, viviam sua vida e seus afetos como podiam. Tais relatos demonstram que o nazismo foi responsável não somente pelo extermínio étnico de judeus, mas atuou no controle e na formatação da sociedade alemã conforme os desígnios conservadores de Hitler e seu projeto de purificação racial. Os rela-tos narrados com certeza carregam uma carga emocional muito pesada, dada a grande violência do contexto histórico que os envolveu. Ainda assim, será possível reconhecer na atualidade histórias similares de perseguição a homens e mulheres homossexuais?
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Terceira parteNos dois últimos capítulos, o leitor en-
trará em contato com algumas conse-quências do nazismo para suas vítimas diretas e com o atraso no reconheci-mento dos homens gays como reféns do regime. Há ainda uma amostra dos importantes avanços conquistados pela comunidade LGBT com relação a seus direitos e da pluralidade de visões da sexualidade humana e da moral, que continuam influenciando as políticas ao redor do mundo. Embora esses avanços precisem ser valorizados, ainda estamos longe de viver em uma sociedade iguali-tária e livre de preconceitos. Na opinião dos alunos, quais avanços nos direitos LGBT ainda estão por vir?
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Ciências (sexualidade e diversidade)
Filosofia (ética)
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A variedade de conteúdos explicitados pelo livro proporciona discussões perti-nentes a diversas áreas, com destaque para os seguintes temas transversais:- sexualidade;- diversidade;- cidadania;- ética.
História (cidadania)
Geografia (ética)
• Buscar na legislação brasileira leis e parágrafos que digam respeito aos direitos dos homossexuais: união ci-vil, casamento gay, possibilidade de adoção de filhos, herança e outras implicações. Pode-se propor uma dis-sertação que aproveite dados adquiri-dos durante a pesquisa.
• Pesquisar sobre os territórios invadidos e influenciados pelo Regime Nazista durante a Segunda Guerra Mundial, as modificações no cotidiano desses lugares e suas consequências na vida de seus habitantes.
• Assistir a alguns filmes que se relacio-nam diretamente com a obra: Bent, Triunfo da Vontade, A Vida É Bela, O Menino do Pijama Listrado.
• Ler artigos e ensaios que abordem a visão da ciência sobre a homossexua-lidade, o comportamento homossexual em outras espécies e a visão de psicó-logos e neurocientistas sobre o assunto em contraponto à moral religiosa.
• Propor uma pesquisa sobre os filó-sofos que teriam influenciado Hitler e a manipulação feita com base em suas ideias para que elas pudessem servir às teses de purificação racial. (Algumas hipóteses: Nietzsche, Scho-penhauer, Heidegger e Kant.)
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Valendo-se da multiplicidade do assun-to tratado em Marcados pelo Triângu-lo Rosa, convém propor uma avaliação também plural que possa utilizar mate-riais resultantes das diversas atividades realizadas. A sugestão é a realização de um seminário expositivo, feito em gru-pos, no qual cada grupo trace seu pró-prio painel dando conta das relações entre a homossexualidade dentro do Re-gime Nazista e como ela é encarada hoje no Brasil e em outros países. Para tanto, cada grupo pode se utilizar de testemu-nhos e imagens trazidos na obra e re-lacioná-los a outros relatos conhecidos de seu próprio universo. O que vale fri-sar nessa avaliação é a possibilidade de cada aluno traçar paralelos entre a obra e a vida e também expressar-se de ma-neira genuína perante a sala de aula.
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