Manual PTGI Cap 01 Colposcopia
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Federao Brasileira das Associaes
de Ginecologia e Obstetrcia
Manual de Orientao
Trato Genital Inferior
CAPTULO 01
Colposcopia normal e alterada
2010
-
Este Manual de Orientao foi gentilmente patrocinado pela GlaxoSmithKline (GSK)
Todo contedo deste manual responsabilidade exclusiva da FEBRASGO
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Federao Brasileira das Associaes
de Ginecologia e Obstetrcia
Manual de Orientao
Trato Genital Inferior
2010
Comisses Nacionais Especializadas
Ginecologia e Obstetrcia
Trato Genital Inferior
FEBRASGO - Manual de Orientao em Trato Genital Inferior e Colposcopia
1
Apoio:
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Federao Brasileira das Associaes
de Ginecologia e Obstetrcia
FEBRASGO - Manual de Orientao em Trato Genital Inferior e Colposcopia
Manual de Orientao
Trato Genital Inferior e Colposcopia
DIRETORIA
Presidente
Nilson Roberto de Melo
Trinio 2009 - 2011
Secretario Executivo
Francisco Eduardo Prota
Secretaria Executiva Adjunta
Vera Lcia Mota da Fonseca
Tesoureiro
Ricardo Jos Oliveira e Silva
Tesoureira Adjunta
Maringela Badalotti
Vice-Presidente Regio Norte
Pedro Celeste Noleto e Silva
Vice-Presidente Regio Nordeste
Francisco Edson de Lucena Feitosa
Vice-Presidente Regio Centro-Oeste
Hitomi Miura Nakagava
Vice-Presidente Regio Sudeste
Claudia Navarro Carvalho Duarte Lemos
Vice-Presidente Regio Sul
Almir Antnio Urbanetz
2
-
3Federao Brasileira das Associaes
de Ginecologia e Obstetrcia
Manual de Orientao
Trato Genital Inferior
2010
Comisses Nacionais Especializadas
Ginecologia e Obstetrcia
Trato Genital Inferior
Presidente: Nilma Antas Neves (BA)
Vice-Presidente: Newton Srgio de Carvalho (PR)
Secretaria: Mrcia Fuzaro Cardial (SP)
MEMBROS
Adalberto Xavier Ferro Filho (DF)
Adriana Bittencourt Campaner (SP)
Angelina Farias Maia (PE)
Cludia Mrcia de Azevedo Jacyntho (RJ)
Edison Natal Fedrizzi (SC)
Garibalde Mortoza Jnior (MG)
Isa Maria de Mello (DF)
Jos Focchi (SP)
Maricy Tacla (SP)
Neila Maria Gis Speck (SP)
Paulo Srgio Vieiro Naud (RS)
Silvia Lima Farias (PA)
COLABORADORES
Adalberto Xavier Ferro Filho (DF)
Adriana Bittencourt Campaner (SP)
Angelina Farias Maia (PE)
Cntia Irene Parellada (SP)
Cludia Mrcia de Azevedo Jacyntho (RJ)
Edison Natal Fedrizzi (SC)
Garibalde Mortoza Jnior (MG)
Isa Maria de Mello (DF)
Joana Fres Bragana Bastos (SP)
Jos Focchi (SP)
Mrcia Fuzaro Cardial (SP)
Maricy Tacla (SP)
Neila Maria Gis Speck (SP)
Newton Srgio de Carvalho (PR)
Nilma Antas Neves (BA)
Paula Maldonado (RJ)
Paulo Srgio Vieiro Naud (RS)
Silvia Lima Farias (PA)
-
Federao Brasileira das Associaes
de Ginecologia e Obstetrcia
Manual de Orientao
Trato Genital Inferior
2010
a
1 . Reunio de Consenso da FEBRASGO sobre
Preveno do Cncer do Colo Uterino
Luciano Brasil Rangel (SC)
Luz Carlos Zeferino (SP)
Manoel Afonso Guimares Gonalves (RS)
Mrcia Fuzaro Cardial (SP)
Maricy Tacla (SP)
Neila Maria Gis Speck (SP)
Newton Srgio de Carvalho (PR)
Nilma Antas Neves (BA)
Nilson Roberto de Melo (SP)
Paulo Srgio Vieiro Naud (RS)
Petrus Augusto Dornelas Cmara (PE)
Walquria Quida Salles Pereira Primo (DF)
4
PARTICIPANTES
Adalberto Xavier Ferro Filho (DF)
Adriana Bittencourt Campaner (SP)
Angelina Farias Maia (PE)
Celso Luz Borelli (SP)
Edison Natal Fedrizzi (SC)
Etelvino de Souza Trindade (DF)
Francisco Alberto Rgio de Oliveira ((CE)
Garibalde Mortoza Jnior (MG)
Gustavo Py Gomes da Silveira (RS)
Isa Maria de Mello (DF)
Jesus Paula Carvalho (SP)
Joana Fres Bragana Bastos (SP)
Jurandyr Moreira de Andrade (SP)
So Paulo / SP
21 de agosto de 2010
-
Federao Brasileira das Associaes
de Ginecologia e Obstetrcia
Manual de Orientao
Trato Genital Inferior
Comisses Nacionais Especializadas
Ginecologia e Obstetrcia
Trato Genital Inferior
FEBRASGO - Manual de Orientao em Trato Genital Inferior e Colposcopia
NDICE
Colposcopia normal e alterada
Ectopia
Vulvoscopia normal e alterada
Dermatites vulvares
Dermatoses vulvares (Liquens)
Vulvovaginites
Vulvovaginites na infncia
Herpes genital
lceras genitais (no DST)
Condiloma
Alteraes citolgicas
Rastreamento do cncer do colo uterino no Brasil
Condutas em exames colpocitolgicos alterados
Neoplasia intra-epitelial cervical (diagnstico)
Neoplasia intra-epitelial cervical (tratamento)
Leses glandulares do colo uterino
Carcinoma microinvasor do colo uterino
Neoplasia intra-epitelial vaginal
Neoplasia intra-epitelial vulvar
Leso anal HPV-induzida
Vacinao contra HPV
9
28
35
45
50
60
94
106
115
122
130
144
150
156
167
175
185
193
199
207
212
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FEBRASGO - Manual de Orientao em Trato Genital Inferior e Colposcopia
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FEBRASGO - Manual de Orientao em Trato Genital Inferior e Colposcopia
Todo contedo deste Manual de Orientaes pode ser encontrado
no site: www.febrasgo.org.br
Todos os direitos reservados Federao Brasileira das Associaes de Ginecologia e Obstetrcia
Federao Brasileira das Associaes
de Ginecologia e Obstetrcia
FEBRASGO - Federao Brasileira das Associaes de Ginecologia e Obstetrcia.
Presidncia
Rua Dr. Diogo de Faria, 1087 - cj. 1103/1105
Vila Clementino - So Paulo / SP - CEP: 04037-003
Tel: (11) 5573.4919 Fax: (11) 5082.1473
e-mal: [email protected]
Secretaria Executiva
Avenida das Amricas, 8445 - sala 711
Barra da Tijuca - Rio de Janeiro / RJ - CEP: 22793-081
Tel: (21) 2487.6336 Fax: (21) 2429.5133
e-mail: [email protected]
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Todo o contedo deste manual responsabilidade exclusiva da FEBRASGO
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9FEBRASGO - Manual de Orientao em Trato Genital Inferior e Colposcopia
A Colposcopia, como um exame para deteco de microcarcinoma de colo uterino, como
a desenvolvida por Hinselmann, vem sofrendo muitas mudanas ao longo do tempo
quanto s suas indicaes, tcnica e instrumental, forma de registro, etc.
Com o passar dos anos, a Colposcopia assumiu um papel bem mais amplo, no se
restringindo a um simples mtodo de orientao do local a ser realizada uma bipsia. Ao
Colposcopista necessrio um grande conhecimento das bases anatmicas e fisiolgicas
do colo uterino, vagina, vulva e perneo, e uma grande experincia clnica, compatvel s 1
suas responsabilidades .
A associao complementar da Colposcopia com a Colpocitologia trouxe a possibilidade
de estudo de leses em colo e vagina, especialmente, com a definio de topografia e
gravidade das leses, facilitando assim a deteco precoce de alteraes pr-invasivas e a 2
conduta a ser seguida .
Com a definio do Papilloma Vrus Humano (HPV) como principal cofator para
desenvolvimento do cncer de colo uterino, a Colposcopia adquiriu maior importncia,
considerando que a nica forma de visualizao das leses subclnicas do HPV e 3
consequentemente, de avaliao da evoluo dessas leses , que podem chegar de pr-
invasoras a invasoras. O perfeito registro da Colposcopia, atravs de fotografias e laudo,
hoje chamada de Videocolposcopia digital, tem possibilitado o acompanhamento dessas
leses de forma bastante confivel e assim possibilitando condutas mais conservadoras
das leses HPV induzidas.
COLPOSCOPIA NORMAL E ALTERADA
INTRODUO
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FEBRASGO - Manual de Orientao em Trato Genital Inferior e Colposcopia
MATERIAL E TCNICA
Colposcpio - A escolha do Colposcpio deve se basear, fundamentalmente, na
possibilidade de avaliao da profundidade:
Obrigatoriamente binocular com uma boa iluminao de todo o campo luz fria;
Distncia focal adequada para manipulao dos materiais no exame pelo menos 28
centmetros;
Diferentes aumentos cerca de cinco vezes para exame panormico e cerca de vinte 4
vezes para definio de detalhes e fotografias .
Muito cuidado com os aumentos atravs de zoom, pois h uma grande distoro da
imagem. Existe hoje, grande variedade de modelos de colposcpios e fundamental o
perfeito conhecimento do funcionamento pelo profissional na execuo do exame.
Sala de exame Alm de um espao confortvel para exame, a sala deve conter uma
mesa adequada, com altura regulvel ou com mocho regulvel, fcil manipulao do
colposcpio, espao para uma auxiliar de consultrio, equipamentos acessrios j
Fig.1 - Colposcpio binocular, com
tambor de 5 aumento
Fig. 2 Cmera digital
acoplada
Fig. 3 - Captura de imagem digital
disponvel
Fig. 4 - Registro do exame em laudo com
fotografias digitais
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FEBRASGO - Manual de Orientao em Trato Genital Inferior e Colposcopia
Sala de exame Alm de um espao confortvel para exame, a sala deve conter uma
mesa adequada, com altura regulvel ou com mocho regulvel, fcil manipulao do
colposcpio, espao para uma auxiliar de consultrio, equipamentos acessrios j
instalados, de fcil manuseio, como material para bipsia, dilatao de canal cervical,
anestsicos, bisturi eltrico de alta frequncia (CAF) e aspirador de fumaa, pinas e
solues mo e material para coleta de material para colpocitologia.
Equipamentos e solues Em um consultrio que se realiza exame colposcpico
necessrio no s a presena de todo o material para uma consulta ginecolgica de rotina,
mas tambm so necessrios alguns materiais especficos, tais como:
- soluo fisiolgica, cido actico a 3 e 5%, soluo de Schiller, hipossulfito de sdio,
soluo para assepsia, cido tricloroactico entre 70 a 100%, cotonetes;
- seringa, agulha e anestsico tpico;
- pina de explorao de canal cervical Menckel ou similar, pina de bipsia Allis,
saca-bocado Gaylor-Medina ou similares, punch dermatolgico, pina de Pozzi e
material de sutura simples;
- bisturi eltrico com eletrodos adequados especialmente bisturi de alta frequncia
(CAF) e aspirador de fumaa, prontos para uso imediato e uma tcnica de enfermagem
como auxiliar.
Tcnica do exame O exame colposcpico deve ser feito, preferencialmente, em um 1
tempo diferente da coleta de material para colpocitologia, mas no necessariamente . A
Colposcopia pode ser realizada em mulheres gestantes sem restries, mas avisar que a
partir do stimo ms, o exame mais desconfortvel e, de maneira geral, devemos evitar
procedimentos associados que possam provocar sangramento. No existe uma poca
melhor do ciclo menstrual para executar o exame, mas de preferncia, deve-se evitar o
perodo menstrual. Em quadros de colpocervicites agudas intensas, devemos tratar o
processo e repetir o exame, bem como nos casos de hipoestrogenismo importantes, aps
fazer a correo prvia do estado hipoestrognico.
Aps a colocao do espculo, de preferncia descartvel, realizamos a limpeza do
excesso de secreo vaginal, com gaze e soro fisiolgico. Aplicamos soluo de cido
actico de 3 a 5% por cerca de 1-2 minutos, seguida de uma observao minuciosa de
fundos de saco e paredes vaginais e suas pregas com o auxlio da bolinha de algodo 5
embebida no cido e depois segue-se o exame do colo uterino .
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FEBRASGO - Manual de Orientao em Trato Genital Inferior e Colposcopia
A durao da ao do cido actico efmera e a reaplicao do mesmo deve ser feita,
constantemente, durante o exame. Dar ateno especial para identificao da juno
escamo-colunar (JEC), a zona de transformao (ZT) e epitlios escamoso e colunar.
Aps esta avaliao devemos utilizar a soluo de Schiller no colo e vagina e identificar
possveis reas iodo negativas. A retirada do excesso de soluo fundamental para
maior conforto da paciente. Por ltimo, realizamos a avaliao da vulva, perneo e nus,
sendo que o uso do cido actico a 5% poder facilitar a identificao de algumas reas de
atpicas. Devemos sempre estar preparados para realizao da explorao de canal
cervical, de bipsias, retiradas de plipos, entre outros procedimentos correlatos. O uso
do hipossulfito de sdio nos possibilita uma descolorao das reas iodo positivas para
uma segunda anlise quando conveniente.
Registro de exame colposcpico o registro do exame em pronturio e o laudo
colposcpico so fundamentais e devem seguir a terminologia colposcpica atual 6
disponvel . O laudo colposcpico pode, perfeitamente, ser confeccionado sem
fotografias, com registros esquemticos dos achados encontrados e uma boa descrio
escrita, sempre com comentrios, concluses diagnsticas e recomendaes
teraputicas.
Devemos ter em mente que o registro do exame deve ser feito tanto pelo ponto de vista
legal, para nossa segurana, como pela possibilidade de comparao com exames futuros 7
e assim avaliarmos a evoluo das leses encontradas . No podemos nos esquecer que a
videocolposcopia digital nos d maior chance de esclarecimento s nossas pacientes e
nos auxiliam na adoo de condutas mais conservadoras, juntamente com as pacientes.
A Associao Brasileira de Genitoscopia recomenda que essa classificao seja usada
para diagnstico clnico, tratamento e pesquisa na rea de cncer e nas doenas do trato
genital inferior.
I. Achados Colposcpicos Normais
Epitlio Escamoso Original
Epitlio Colunar
Zona de Transformao
TERMINOLOGIA COLPOSCPICA - BARCELONA 2002
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FEBRASGO - Manual de Orientao em Trato Genital Inferior e Colposcopia
II. Achados Colposcpicos Anormais
Epitlio acetobranco plano
Epitlio acetobranco denso *
Mosaico fino
Mosaico grosseiro *
Pontilhado fino
Pontilhado grosseiro *
Iodo Parcialmente positivo
Iodo Negativo *
Vasos atpicos *
*Alteraes maiores
III. Alteraes colposcpicas sugestivas de cncer invasivo
IV. Colposcopia insatisfatria
Juno Escamo-colunar no visvel
Inflamao severa, atrofia severa, trauma,
Crvice no visvel
V. Miscelnea
Condiloma
Queratose
Eroso
Inflamao
Atrofia
Deciduose
Plipo
Caractersticas colposcpicas sugestivas de alteraes metaplsicas:
A) superfcie lisa com vasos finos, de calibre uniforme.
B) alteraes acetobrancas leves.
C) iodo negativo ou parcialmente positivo, com soluo de Lugol.
Caractersticas colposcpicas sugestivas de alteraes de baixo grau
(alteraes menores)
A) superfcie lisa com borda externa irregular.
B) alterao acetobranca leve, que aparece lentamente e desaparece rapidamente.
C) iodo negativo, frequentemente com parcial captao de iodo positivo.
D) pontilhado fino e mosaico fino regular.
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FEBRASGO - Manual de Orientao em Trato Genital Inferior e Colposcopia
Caractersticas colposcpicas sugestivas de alteraes de alto grau
(alteraes maiores) A) superfcie lisa com borda externa bem marcada.
B) alterao acetobranca densa, que aparece rapidamente e desaparece lentamente;
podendo apresentar um branco nacarado que lembra o de ostra.
C) iodo negativo (colorao amarelo-mostarda) em epitlio densamente acetobranco.
D) pontilhado grosseiro e mosaico de campos largos, irregulares, e de tamanhos
diferentes.
E) acetobranqueamento denso no epitlio colunar pode indicar doena glandular
Caractersticas colposcpicas sugestivas de cncer invasivo
A) superfcie irregular, eroso, ou ulcerao.
B) acetobranqueamento denso.
C) pontilhado grosseiro, irregular, e mosaico grosseiro de campos largos desiguais.
D) vasos atpicos.
A Classificao Colposcpica de Barcelona de 2002, tambm define a
zona de transformao, conforme sua localizao:
TIPO I completamente ectocervical e completamente visvel, pode ser pequena
ou grande
TIPO II componente endocervical, totalmente visvel, podendo o
componente ectocervical ser pequeno ou grande
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FEBRASGO - Manual de Orientao em Trato Genital Inferior e Colposcopia
TIPO III componente endocervical que no completamente visvel e
podendo ter um componente ectocervical que pode ser pequeno ou grande
Indicaes do exame colposcpico
Este um tpico de frequentes controvrsias, considerando que a Colposcopia no
um exame que possa ser executado seriamente em uma consulta ginecolgica de
rotina, mas por outro lado, temos os frequentes falsos negativos da colpocitologia,
levando alguns profissionais a preconizarem a realizao dos dois exames como 1
mtodo de preveno o que impossvel de se realizar na prtica .
Sendo assim citamos abaixo algumas indicaes que consideramos razoveis:
colpocitologias alteradas
leso intraepitelial de baixo grau e alteraes de clulas escamosas de significado
indeterminado em dois exames consecutivos, com intervalo de seis meses;
alteraes em clulas glandulares de significado indeterminado;
leso intraepitelial de alto grau e adenocarcinoma in situ de colo uterino e
alteraes celulares compatveis com carcinoma micro invasor ou invasor.
outras indicaes:
+ sinais clnicos de metrorragia e dispareunia,
+ prurido vulvar crnico e condilomatose vulvo perineal,
+ controle ps-tratamento de leses pr-invasivas e invasivas em
colo, vagina e vulva,
+ pr-operatrio de intervenes no trato genital,
+ aspecto anormal em colo e vagina no exame a olho nu e
+ desejo da paciente em condies especiais.
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FEBRASGO - Manual de Orientao em Trato Genital Inferior e Colposcopia
Exemplos de exames colposcpicos, seguindo Terminologia Colposcpica
atual
I - Achados colposcpicos normais
1 - Epitlio Escamoso Original
2 - Epitlio Colunar
Fig.5 - Colo normal JEC em +1 Fig.6 - Colo normal JEC em 0
Fig. 7 - Colo normal JEC no canal
Fig. 8 - Epitlio colunar normal
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3 - Zona de Transformao
,
Fig. 9 rea de re-epitelizao Fig. 10 - Linguetas de re-epitelizao
em epitlio colunar
Fig. 11 - ZT iodo positiva Fig. 12 - JEC em 0 e ZT em lbio anterior
Fig. 13 - ZT com JEC em 0 Fig. 14 - ZT com captao de iodo
Fig. 15 - ZT com cisto de reteno (Naboth)
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II - Achados colposcpicos anormais
1 - Epitlio acetobranco plano
2 - Epitlio acetobranco denso *
Fig. 16 - Lbio anterior e canal cervical Fig.17 - Lingueta em lbio
Fig. 18 - EAB em epitlio colunar Fig. 19 - EAB em epitlio colunar
Fig. 20 - EAB denso NIC III Fig. 21 - EAB denso em epitlio
colunar NIC III
Fig. 22 - EAB denso extenso NIC II Fig. 23 - EAB denso periorificial NIC III
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3 - Mosaico fino
Fig. 24 - EAB denso, sobrelevado,
com pontilhado Ca epidermoide IA1
Fig. 25 - EAB denso, pontilhado
mosaico fino NIC II
Fig. 26 - EAB denso, pontilhado e
mosaico fino (detalhes)
Fig. 27 - EAB e mosaico, com rea de
hiperemia frivel NIC III
Fig. 28 - EAB plano e mosaico fino
NIC II
Fig. 29 - EAB e mosaico fino e extenso Fig. 30 - Mosaico fino em gestao
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FEBRASGO - Manual de Orientao em Trato Genital Inferior e Colposcopia
4 Mosaico grosseiro *
5 - Pontilhado fino
6 - Pontilhado grosseiro *
Fig. 31 - Mosaico com congesto NIC III Fig. 32 - EAB denso, mosaico e pontilhado
grosseiro - CA epidermide IA1
Fig. 33 - EAB denso e Mosaico grosseiro NIC III
Fig. 34 - EAB e pontilhado fino Fig. 35 - EAB e pontilhado - detalhe
Fig. 36 - EAB e pontilhado congesto
NIC III
Fig. 37 - Hiperemia periorificial NIC III
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FEBRASGO - Manual de Orientao em Trato Genital Inferior e Colposcopia
7 - Iodo Parcialmente positivo
8 - Iodo Negativo *
Fig. 38 - EAB e pontilhado grosseiro NIC III Fig. 39 - EAB denso e pontilhado grosseiro
AIS e NIC III
Fig. 40 - Captao parcial de iodo NIC II Fig. 41 - NIC I
Fig. 42 - Iodo parcialmente positivo
ps-cone
Fig. 43 - Mesmo colo anterior aps 12 meses
Fig. 44 - Iodo negativo no centro NIC II Fig. 45 - Iodo negativo franco NIC III
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FEBRASGO - Manual de Orientao em Trato Genital Inferior e Colposcopia
9 - Vasos atpicos *
III. Alteraes colposcpicas sugestivas de cncer invasivo
Fig. 46 - EAB com vasos atpicos
NIC III e AIS
Fig. 47 - Vasos atpicos com filtro verde
CEC invasor franco
Fig. 48 - Vasos atpicos com
filtro azul - CEC
Fig. 49 - Vasos atpicos sem filtro CEC
Fig. 50 - Adeno Ca invasor com tumor vegetante,
perda de substncia e friabilidade
Fig. 51 - Tumor com hemorragia e
necrose tumoral
Fig. 52- Tumor vegetante - CEC invasor Fig. 53 - Tumor com hipervascularizao
Adenocarcinoma de colo
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IV. Colposcopia insatisfatria
V. Miscelnea
1 - Condiloma
Fig. 54 - Atrofia intensa com JEC no visvel Fig. 55 - Cervicite aguda intensa
Fig. 56 - Endocervicite purulenta. Clamdia Fig. 57 - Endometriose cervical severa.
JEC no canal
Fig. 58 - Cervicite erosiva intensa Fig. 59 Atrofia intensa e JEC no canal
Fig. 60 - Condiloma cervical volumoso Fig. 61 - Colpite micropapilar em fundo
de saco vaginal e colo
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2 - Queratose
Fig. 62 - Condilomas em colo e fundos de saco Fig. 63 - Condilomas cervicais
Fig. 64 - Queratose em colo Fig. 65 - Ceratose em colo ps-conizao
Fig. 66 - Ceratose em lbio anterior Fig. 67 - Ceratose e LIE-BG em Colpocitologia
Fig. 68 - Ceratose em detalhe
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FEBRASGO - Manual de Orientao em Trato Genital Inferior e Colposcopia
3 - Eroso
4 - Inflamao
Fig. 69 - Eroso sem cido actico Fig. 70 - Colo com eroso ps-cido actico
Fig. 71 - Eroso em vagina Adenose Fig. 72 - Adenose e eroso em colo
Fig. 73 - Endometriose cervical Fig. 74 - Colpite difusa e focal. Tricomonase
Fig. 75 - Colpite micropapilar Fig. 76 - Endometriose cervical sangrante
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- Atrofia
]
6 - Deciduose
Fig. 77 - Cervicite crnica com eroso Fig. 78 - Cervicite aguda
Fig. 79 - Atrofia cervical Fig. 80 - Atrofia cervical intensa e sangrante
Fig. 81 - Atrofia e alteraes actnicas em vagina
Fig. 82 - Ndulo em lbio anterior Fig. 82 - Ndulo em lbio anterior
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7 Plipo
A grande variedade de achados colposcpicos, s vem corroborar a necessidade de
muito conhecimento anatmico e fisiolgico, dedicao, esforo e responsabilidade
na formao de um mdico Colposcopista capacitado.
1 - Cartier R; Cartier I. Colposcopia prtica. 3. ed.- So Paulo: Roca, 1994
2 - Singer A; Monaghan JM. Colposcopia, Patologia e Tratamento do Trato Genital Inferior. Porto Alegre:
Artes Mdicas,1995.
3 - Gross GE; Barrasso R. Infeco por Papilomavrus Humano. Porto Alegre: Artmed, 1999.
4 - De Palo G. Coloscopia e Patologia do Trato Genital Inferior. Medsi, 1993.
5 - Salgado C; Rieper JP. Colposcopia, 4. ed. Rio de Janeiro:FAE,1984.
6 - International Agency for Research on Cancer Screening group(internet) - http://screening.iarc.fr
7 - Associao Brasileira de Genitoscopia (internet) http://www.colposcopy.org.br
Fig. 84 - Aspecto vegetante Fig.85 - Ndulo isolado em lbio anterior
Fig. 86 - Plipo cervical pediculado Fig. 87 - Plipo aps cido actico, sem atipias
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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2010
Apoio:
1473237 OUT/2010
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