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Pium 2010

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Conselho Superior da FAPAF Idealização

Prof. Esp. Heráclito Ney Suiter Coordenação e Tutoria do PROTAC e Projeto

Prof. Esp. Alexandre Sperchi Wahbe Apoio

Pium-TO 2010

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RESUMO A Transdisciplinaridade, segundo Nicolescu (1970), é uma nova abordagem científica, cultural, espiritual e social. O prefixo “trans”, diz respeito ao que está ao mesmo tempo entre as disciplinas, através das diferentes disciplinas, e, sobretudo, além de qualquer disciplina, visando a compreensão do mundo presente, tendo como um de seus imperativos, a unidade dos saberes humanos. O mundo acadêmico, o mundo das ciências, é o mundo das disciplinas autônomas isoladas, que com o passar dos tempos e em função de seu vertiginoso avanço a proliferação de tecnologias, bem como a complexificação dos problemas do cotidiano, tem levado a uma aproximação e a uma reconstrução da associação entre as disciplinas em diferentes graus, partindo desde o mais simples (multidisciplinaridade) até o mais completo (transdisciplinaridade). Esta evolução tem que estar presente nas IES, como forma de se buscar o seu verdadeiro sentido universal e abrangente, o de “universitas”. No contexto da Transdisciplinaridade, não busca-se apenas uma interação e o enriquecimento entre as disciplinas técnico-científicas, mas sim uma abrangência de caráter total, ou seja, todo tipo de disciplina poderá participar dos trabalhos propostos, envolvendo arte, filosofia, ética e espiritualidade, ela se processa através de um sistema totalizante. A Carta de Arrábida foi o marco inicial da Transdisciplinaridade, e foi adotada no Primeiro Congresso Mundial de Transdisciplinaridade, que ocorreu no Convento de Arrábida, Portugal, em novembro de 1994. Os artigos mais significativos desta Carta são :

Artigo 3: "(...) a transdisciplinaridade não procura o domínio sobre várias outras disciplinas, mas a abertura de todas elas àquilo que as atravessa e as ultrapassa (...)" Artigo 5: “A visão transdisciplinar está resolutamente aberta na medida em que ela ultrapassa o domínio das ciências exatas, por seu diálogo e sua reconciliação, não somente com as ciências humanas, mas também com a arte, a literatura, a poesia e a experiência espiritual (...)”. (É por aqui que chegaremos ao significado de “além”) Artigo 7: “A transdisciplinaridade não constitui uma nova religião, uma nova filosofia metafísica ou uma ciência das ciências(...)” Artigo 8: “A dignidade do ser humano é também de ordem cósmica e planetária(...)” Artigo 9: “A transdisciplinaridade conduz a uma atitude aberta com respeito aos mitos, às religiões e àqueles que os respeitam em um espírito transdisciplinar(...)” Artigo 13: “A ética transdisciplinar rejeita toda atitude que recusa o diálogo e a discussão, seja qual for sua origem – de ordem ideológica, científica, religiosa, econômica, política ou filosófica(...)”. (Carta de Arrábida – grifos nosso)

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A transdisciplinaridade vai envolver aspectos espirituais (o que é diferente de religiosos), sendo inclusive salientado pela UNESCO (1986,1998):

“O conhecimento científico, através de seu próprio movimento interno, chegou aos confins, onde pode começar o diálogo com outras formas de conhecimento. Nesse sentido, reconhecendo as diferenças fundamentais entre a ciência e a tradição espiritual, constatamos não a sua oposição, mas sim a sua complementaridade”... “O encontro inesperado e enriquecedor entre a ciência e as diferentes tradições espirituais; permite pensar no aparecimento de uma nova visão da humanidade, que poderá conduzir a uma nova perspectiva metafísica”. (Declaração de Veneza, 1986 – grifos nosso).

A consolidação da perspectiva transdisciplinar deu-se com a construção da Carta da Terra, a partir do Fórum das ONGs, evento ocorrido paralelo ao da ECO 21, no Rio de Janeiro em 1992, mas o documento final somente fora apresentado ao mundo em 2000, após 8 (oito) anos de intensa concertação.

Outro documento imprescindível é o Relatório Jacques De Lors – Educação –

Um Tesouro a Descobrir (UNESCO) e a síntese de aprofundamento, realizada por Edgar Morin, em seu livro intitulado Os Sete Saberes Da Educação no Século XXI, que aprofundou os debates e aplicabilidades da transdisciplinaridade na prática educaional.

É com base nessa nova visão do papel da educação como ferramenta de enfrentamento da complexidade e necessária para o caminhar rumo a um mundo mais solidário, ético e acima de tudo sustentável, que está assentada a proposta do Protac - Programa Transdisciplinar de Aprimoramento de Conteúdos da Fapaf, que hora temos o prazer de traçar seus primeiros alicerces. 1. INTRODUÇÃO O Protac – Programa Transdisciplinar de Aprimoramento de Conteúdos da Fapaf tem como Objetivo Geral, orientar e acompanhar Seminários Transdisciplinares desenvolvidos pelos acadêmicos cujos temas transversais façam uma abordagem de conceitos e valores fundamentais à democracia, à cidadania, à sustentabilidade e a paz, além de questões importantes e urgentes para um processo continuo de uma aprendizagem mais humanitária, despertando o senso crítico e a percepção de que ‘todos são um’. O eixo transversal principal deverá estar conectados com temas relacionados aos Pincípios da Carta da Terra (ética, meio ambiente, pluralidade cultural, cidadania, cultura da paz e da não violência, etc.) partindo de um prisma holístico universal para local, do dia-a-dia dos acadêmicos e do Projeto Vôo da Águia, da

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FAPAF em parceria com o Conselho Mundial de Cidadania Planetária. Sempre sob tutoria do corpo docente da Fapaf; os temas não precisarão estar diretamente relacionados com a grade disciplinar dos cursos, desde que haja uma sinergia entre o eixo principal e os temas trabalhados e sempre sob uma abordagem holística, assumindo dimensões éticas e espirituais mais arraigadas. A promoção e incentivo de atividades de pesquisa, projetos e trabalhos em equipe irão identificar habilidades e melhorar a aplicabilidade conceitual dos discentes. O Programa apresenta ainda os seguintes Objetivos Específicos: • DESENVOLVER uma proposta de intercomunicação entre os saberes humanos; • PROMOVER atividades extra sala, para que se possa investigar e colher informações sobre temas de alcance universal e seus reflexos locais; • DESPERTAR nos discentes o gosto por uma investigação científica menos fragmentária ampliando suas capacidades de percepção de que ‘o todo é formado pelas partes’; • ORIENTAR o desenvolvimento de trabalhos seguindo normas específicas; • OPORTUNIZAR aos alunos atividades das quais possam perceber a relevância dos problemas globais no local onde vivem bem como a influência de seu comportamento e ação para tais problemas; • REGISTRAR as conclusões dos participantes do projeto por meio de banners, artigos, exposição dos resultados em mural e do projeto nos meios de comunicação como internet, jornal e outras mídias. 1.1. Participação no projeto Todos os alunos matriculados regularmente nos cursos em andamento na Fapaf (Tecnologia em Gestão Ambiental e Gestão de Agronegócios) deverão participar do Projeto Transdisciplinar (PT). 2. DESENVOLVIMENTO As turmas deverão constituir equipes de no máximo 03 (três) e no mínimo 02 (dois) componentes para elaborar, discutir e apresentar trabalhos nas áreas pré-determinadas pela coordenação e tutoria do Protac. A composição dos grupos será definida pelos alunos em formulário anexo a este manual. 2.1 Orientação As equipes formadas serão orientadas pelo professor tutor do Programa, ou ainda pelos professores das disciplinas ministradas nos períodos onde os alunos se encontram matriculados, a desenvolverem um trabalho voltado para o tema ou titulo

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do projeto. O tema proposto pelo grupo deverá ser entregue em tempo hábil ao professor tutor, assim como o objetivo dentro do tema principal. Os temas / títulos deverão ser escolhidos pelo grupo podendo ser sugerido pelos professores que fazem parte do corpo docente da IES; ou poderão ser estabelecidos pela Coordenação do Curso a critério desta última e sempre dentro do tema principal proposto pelo Protac. 2.2 Sistema e Procedimentos de Avaliação A avaliação deste projeto será evolutiva, ou seja, dependerá de uma série de critérios (que se não cumpridos acarretarão perda de pontos) descritos a seguir. Qualquer indicativo de cópia de trabalhos ou aproveitamento de trabalhos anteriores, se comprovado, levará a anulação do projeto com nota 0 dentro dos 2 (dois) pontos passíveis por disciplina dentro desses trabalhos O sistema de avaliação obedecerá ao seguinte critério de pontuação: a) Parte escrita _________________________________ 1 (um) ponto b) Parte de pôster e apresentação do grupo___________ 1 (um) ponto Total do Projeto Transdisciplinar_________ 2,0 (dois) pontos 2.2.1 Organização As equipes deverão cumprir as atividades nas datas e horários previstos. Este critério será avaliado durante o período letivo pelo professor tutor, que observará itens como a formação do grupo, a participação de todos os componentes no projeto (avaliada por meio de entrevista individual, ou por informações repassadas pelos líderes de equipe) e a apresentação dos trabalhos teóricos e práticos. Atas de reuniões para o desenvolvimento do trabalho deverão ser anexadas no relatório final (um mínimo de 02 reuniões deverão ser comprovadas, podendo ser presenciais ou on-line), a critério do professor tutor e com consentimento dos grupos. 2.2.2 Pôsteres e Apresentações A apresentação teórica deverá ser feita por meio de pôster (cartolina da cor desejada pelo grupo) e valerá 50% da nota final do projeto. A equipe poderá montar o painel em em outro material, desde que em qualidade superior, e fixar no espaço de convivência da Fapaf para exposição. Neste espaço deverá conter todas as informações inerentes ao trabalho, dispostas na forma de introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia. A avaliação do pôster bem como da apresentação dos trabalhos será feita pelo professor tutor dos trabalhos transdisciplinares ou pelos coordenadores de curso, considerada no final a média das notas, observando:

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• Discussão das questões envolvidas; • Criatividade e metodologia científica; • Da escrita: planejamento, organização, estilo e qualidade geral do texto e da apresentação do grupo. A apresentação poderá ser realizada por qualquer meio ou forma (exposição com data show, peça teatral, filme, etc.) e poderá ser feita por parte da equipe, não sendo necessária a presença de todos os componentes, porém os alunos que não apresentarem serão arguidos pelos professores presentes na avaliação do trabalho. 2.2.3 Nota final A nota final será uma composição de notas de teoria e prática comprovadas pelo cumprimento de atividades nas datas previstas, participação nas reuniões convocadas pelo professor tutor e entrega de relatórios, além das penalidades de redução de pontuação pelo não cumprimento das atividades previstas. Esse processo de avaliação começa desde a data de formação das equipes até a entrega do relatório final (conforme cronograma previsto), ou seja, o resultado do projeto. 2.2 Divisão das equipes As turmas deverão constituir equipes de no máximo 03 e no mínimo 02, que serão inscritos por meio de formulário padrão preenchido pessoalmente por cada componente da equipe na presença de um professor até a data prevista em cronograma. O caso de grupos com componentes fora da faixa especificada será julgado pelo professor tutor do Protac. 2.3 Representante de grupo Cada equipe deverá ter um representante que deverá informar ao coordenador tutor qualquer alteração na composição da equipe, além de assinar o cumprimento das atividades previstas na ficha de acompanhamento. A assinatura é o comprovante de atividade, e, portanto o representante de grupo deve procurar o professor tutor do Protac para assinar cada etapa cumprida. 2.4 Coordenação de grupos O coordenador tutor do Protac estará a disposição dos alunos em datas e horários especificados ou ainda via on-line para acompanhar, orientar e sanar

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dúvidas, o agendamento das consultas devem ser programado logo no início do período ou requisitadas com antecedência pelos representantes das equipes. 2.5 Papel dos professores Para o sucesso do Projeto Transdisciplinar, é determinante a participação dos professores de cada disciplina, no sentido de: • Decidir e informar no início do período o peso que o Projeto Transdisciplinar terá no cálculo da média semestral de sua disciplina (dois pontos) ; • Comentar e repassar as atividades da disciplina no projeto de acordo com o calendário de apresentações; • Identificar nos projetos, se possível, as possíveis aplicações da sua disciplina, enriquecendo-o; • Sugerir a qualquer momento idéias que possam vir a melhorar o resultado esperado do PT; • Dar orientações a todas as equipes ao longo do período de projeto, tirando-lhes quando possível suas dúvidas e sugerindo idéias; 2.6 Dicas para relatório final Este manual serve como modelo para o relatório final de projeto transdisciplinar, que deverá ser entregue por um representante de equipe ao professor tutor do Protac. Isto não poderá ser feito por outra pessoa como secretária ou outro funcionário da Fapaf. Será entregue uma cópia do relatório final ao professor tutor do Protac (conforme padrão ABNT). São informações obrigatórias no relatório final:

• O tema e sua importância para o processo de ensino aprendizagem – Transdisciplinaridade e contextualidade. O tema deve ser pesquisado e apresentado em breve resumo no relatório:

• Comentários, entrevistas e pesquisas bibliográficas, filmes ou trechos do

mesmo ou site ou blogs inerentes ao trabalho;

• Ilustrações em geral do projeto;

• Conexão com os Princípios da Carta da Terra ou ligação com projetos e pessoas premiadas no Vôo da Águia 2010, e quando possível sua relação com alguma disciplina/matéria do curso no período.

A pesquisa representa uma etapa essencial para o projeto e deverá ser a primeira etapa de desenvolvimento do mesmo.

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Qualquer indicativo de cópia de trabalho implicará em nota zero para todas as disciplinas do período. 2.7 Cronograma • Verificação do trabalho para percentual referente a P 1 – Entrega do formulário contendo os nomes dos integrantes da equipe e o tema / título do projeto ao professor tutor do Protac. (formulário em anexo) • Verificação do trabalho para percentual referente a P 2 (paralelo ao Vôo da Águia 2010) - Montagem e apresentação dos trabalhos e entrega da parte escrita (modelo em anexo) e pôsteres ao professor tutor. A não apresentação na data implicará em desconto total referente aos trabalhos transdisciplinares na nota final do aluno faltoso e/ou grupo. OBS.: A parte escrita deverá ser entregue com uma semana de antecedência a apresentação do trabalho, ou em data a ser estipulada pela coordenação. As normas para a elaboração da parte escrita ou modelo encontram-se disponíveis em anexo a este documento. -Toda sugestão, reclamação ou pedido deverá ser encaminhado, por escrito, ao professor tutor do Protac, dez dias antes das datas limites sugeridas acima, pelo email. 3. DATA DE APRESENTAÇÃO DO PROJETO TRANSDISCIPLINAR A apresentação dos trabalhos será realizada entre os dias 29 de novembro e 3 de dezembro, paralelo ao projeto Vôo da Águia – no Auditório e Corredores da Fapaf, através dos painéis. O professor tutor aferirá nota e verificará a apresentação de todos os trabalhos durante um período específico a ser determinado, durante o mesmo evento. Caso haja alteração do local, data e horário das apresentações as mesmas serão divulgados pela Instituição com antecedência mínima de uma semana da nova data de apresentação. 4. PROFESSORE TUTOR O responsável pela coordenação e tutoria do Protac, será o Prof. Esp. Heráclito Suiter que poderá ser contatado pessoalmente através de agendamento com a secretaria ou por meio eletrônico através do endereço: [email protected]. 5. CONCLUSÃO

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A transdisciplinaridade e contextualidade, bem como a interdisciplinaridade (caso o tema proposto se enquadre em uma das disciplinas do curso/período) são aplicadas nos cursos por meio do desenvolvimento deste projeto, sendo o mesmo uma necessidade para a adequação a estas novas metodologias de ensino. O projeto transdisciplinar permitirá ao aluno o aprimoramento de seus conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades específicas para a sua formação profissional.

Prof. Esp. Heráclito Ney Suiter Professor tutor do Protac

Pium, 09 de setembro de 2010

“A educação da mente custa esforço; um esforço voluntário e consciente. Esse esforço é vida, porque cria energias que suprem amplamente os

desgastes que todo esse esforço ocasiona...”

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MODELO PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DO PROJETO TRANSDISCIPLINAR * Seguir o modelo abaixo enviando 1 (uma) cópia em arquivo word para o e-mail do Prof. Heráclito: RELATORIO DESCRITIVO DO PROJETO TRANSDISCIPLINAR DO PROTAC-

FAPAF 2010-2 FORMULÁRIO DE COMPOSIÇÃO DE GRUPOS DO PROJETO

TRANSDISCIPLINAR

Eixo temático transversal

16 PREMISSAS DA CARTA DA TERRA OU AÇÕES E PERFIL DOS PREMIADOS PELO VÔO DA ÁGUIA

2010 Curso(s)

���� TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL ���� TECNOLOGIA EM GESTÃO DE AGRONEGÓCIOS

Período Turma

Professor Tutor

HERÁCLITO SUITER Nome

da Equipe

*Componentes / Equipe do Projeto

1

2 3 Representante da Equipe

E-mail de contato

Titulo do trabalho

(subtítulo dentro do

tema central)

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ANEXO I

RELEASE COMPLETO DO PROJETO VÔO DA ÁGUIA (08/09/2010)

(TEMÁTICAS PARA PROJETOS - VIDE PREMIADOS CONFIRMADOS)

CONSELHO MUNDIAL DE CIDADANIA PLANETÁRIA

O que é?

O Conselho Mundial de Cidadania Planetária – CMCP/WCPC* é um órgão vinculado ao Instituto Sinergia, com CNPJ 08.686.254/001-17, com sede na Cidade de Palmas-TO, e visa implementar e intermediar projetos e ações propostas na Carta de Pium, como segue abaixo:

CARTA DE PIUM-TO/TERRITÓRIO DA ILHA DO BANANAL/CANTÃO/BRASIL

CRIAÇÃO DO CONSELHO MUNDIAL DE CIDADANIA PLANETÁRIA

Os homenageados presentes no ato da primeira entrega do título de Cidadania Planetária pela Faculdade Antônio Propício Aguiar Franco – FAPAF, entre 23, 24 e

25 de junho de 2010, decidem, em uníssono, o seguinte:

1 - É criado o Conselho Mundial de Cidadania Planetária.

2 - O Conselho Mundial de Cidadania Planetária é uma estrutura vinculada ao Instituto Sinergia.

3 - Todos os premiados com o título honorífico de Cidadania Planetária pertencerão automaticamente ao Conselho.

O Conselho Mundial de Cidadania Planetária possui os seguintes objetivos:

· Salvaguardar a memória dos trabalhos e instituições dos premiados com o título de Cidadania Planetária;

· Garantir e facilitar a multiplicação das estratégias e ferramentas para promoção de cidadãos planetários já certificados e em potencial por todo o planeta;

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· Incrementar as ferramentas para a geração de ações afirmativas correlatas por todo o planeta.

O Conselho Mundial de Cidadania Planetária reconhece a Carta da Terra e suas premissas como ideário e documento de base para suas ações.

Pium-TO/Brasil, 25 de junho de 2010

Vera Lúcia de Mendonça; Tânia Maria Ribeiro Cavalcante; Paulo Roberto Cabral Medeiros; Eduardo Sejanes Cezimbra; Antônio Carlos Pereira Santiago; Mirtzi Lima Ribeiro; Alexandre Sperchi Wahbe – fundadores do CMCP/WCPC.

* CMCP/WCPC: siglas de Conselho Mundial de Cidadania Planetária, em Português e World Council of Planetary Citizenship, em Inglês.

PROJETO VÔO DA ÁGUIA - CONSELHO MUNDIAL DE CIDADANIA

PLANETÁRIA MAPEIA CIDADÃOS EMPREENDEDORES POR TODO O

GLOBO

Em 2010 a Faculdade Antônio Propício Aguiar Franco, localizada anexa a

maior Ilha Fluvial do mundo (Ilha do Bananal), no Brasil, que tem como base

a atuação transdisciplinar pela Carta da Terra, criou o Projeto pioneiro a nível

mundial “Cuidar da Terra”, que mapeou e certificou academicamente 11

(onze) Cidadãos Planetários – Guardiões da Terra, entre 23 a 25 de junho de

2010. Na oportunidade foi criado o Conselho Mundial de Cidadania

Planetária, pois os premiados verificaram que nada existia a nível mundial

similar em termos de reconhecimentos de cidadãos planetários.

Assim que aconteceu o Cuidar da Terra e com a divulgação dos seus

resultados iniciais, os membros do conselho verificaram o surgimento de

demandas por reconhecimento e a interatividade de pessoas de diversos

países, na tradução e envio dos materiais, verificando assim uma lacuna real

e urgentemente passível de preenchimento pelo empoderamento e

exponenciação de pessoas e organizações chave por todo o Globo.

Abriu-se caminho então para esta primeira ação do CMCP.

O projeto “Vôo da Águia” é a maior estratégia global organizada, justa,

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transparente, includente e participativa já lançada a nível mundial, e visa

estabelecer a unidade e a interação com a comunidade de Empreendedores

Sociais/Cidadãos Planetários que estão fazendo a mudança necessária pela

transformação e preservação da Terra e plenitude humana. Cada Cidadão

Planetário é um verdadeiro Guardião da Terra, e merece ser reconhecido,

exponenciado e apoiado. O Vôo da Águia representa essa projeção, esse

“vôo”.

O projeto “Vôo da Águia” visa:

Mapear, certificar e exponenciar empreendedores sociais transdisciplinares

nos 5 continentes;

Expedir títulos acadêmicos honoríficos de Cidadania Planetária;

Inserir e estimular pessoas em projetos de vida pertinentes.

Instituições nacionais e internacionais, redes e pessoas de bem estão

sedentas para apoiar, interagir, multiplicar essas idéias e crescer com este

público, afinal, sempre é tempo de fazer a história, construir novos caminhos

para humanidade, e mudar grandes estigmas como este, lançado por Luther

king: “O que mais me preocupa é o silêncio dos bons”.

Em 2010 serão premiados mais oitenta e nove cidadãos planetários, em

complemento do projeto Cuidar da Terra 2010. As inscrições para candidatos

podem ser feitas até 01 de novembro pelo email [email protected] ,

Qualquer pessoa pode candidatar-se ou indicar outra.

O evento de entrega dos títulos acadêmicos eméritos será entre 29 de

novembro e 3 de dezembro de 2010, na sede da FAPAF, em PIum/TO (Ilha

do Bananal), cidade que fica a 119 km da capital, Palmas.

VOU PRA PIUM! E AGORA?

Para chegar até Pium-TO, pegue um avião para Palmas – todas as rotas

nacionais vão para Brasília, somente depois Palmas, aí tem conexão para

Pium em VAN que vem as 4 da tarde para Pium ou vários ônibus que vão até

Paraíso, que dista 70 km de palmas, de Paraíso para Pium tem ônibus de

hora em hora, e Paraíso fica apenas 50 km de Pium.

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Para quem vier de ônibus pode tentar rota diretamente para Paraíso do

Tocantins, pegando conexão de hora em hora para Pium.

Se vier de Carro pode vir por:

Brasília – rumo a estrada Coluna Prestes, buscando Arraias em Tocantins,

até Porto Nacional, depois Fátima, Rosalândia, Cristalândioa e Pium.

ou

Pela Belém Brasília pode vir por Goiânia, direto por Gurupi, Fátima,

Rosalândia, daí pega Cristalândia e Pium.

ONDE HOSPEDAR-SE EM PIUM?

Pousada Portal – Quartos coletivos com ar e TV – Eugênia pelo 63 - 3368-

1404 (valor para o evento da diária R$ 20,00 ou R$ 80,00 para os 5 dias)

Pousada da Odília – Quartos com ventilador – 63 – 3368-1587

Pousada Paraná – quartos com ar condicionado, TV e frigobar – 63 – 3368-

1435. (todos Hotéis ficam muito próximos da FAPAF).

TENHO QUE FICAR OS 5 DIAS DO EVENTO EM PIUM?

Não! Agende o melhor dia entre 29 de Novembro e 3 de Dezembro para

receberes o título, junto à secretaria executiva do evento.

SECRETARIA EXECUTIVA DO EVENTO:

A secretaria executiva do evento é adjunta à Faculdade Antônio Propício

Aguiar Franco - FAPAF, que fica na Avenida Diórgenes de Brito sem número,

Pium-TO - Cep 77470000. Os fones de contato são 63 3368 1569/1365, com

o Diretor Geral Alexandre Wahbe, que é co-gestor do Conselho.

INFORMAÇÕES ABAIXO FORAM ATUALIZADAS ATÉ 08/09/2010

VÔO DA ÁGUIA 2010 - PARCEIROS E CONTATO

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Movimento pela Vida - http://transnet.ning.com

Fapaf - www.fapaf.edu.br

OPEN - Organização Psicopedagógica Equilíbrio Natural -

[email protected]

Telepatas.ning - www.telepatas.ning.br

RedeTranscultural Holista - www.transnet.ning.com

yvy Kuraxo (Coração da Terra) - www.yvykuraxo.org.br

Instituto Consciência Adamantina - www.claudiovelasco.ning

Civilização Solar - www.civilizacaosolar.org

Conselho Mundial de Cidadania Planetária -

http://transnet.ning.com/profile/CMCP e em www.fapaf.edu.br

Expandindo a Consciência - www.expandindo-a-consciencia.com

Bandeirantes da Luz – www.bandeirantesdaluz.com.br

Outro Mundo - http://www.outromundo-noticiaboa.com.br/

CIDADÃOS PLANETÁRIOS SELECIONADOS PARA O EVENTO ENTRE

29/11 E 03/12.

Pierre Weill - Criação da UNIPAZ – (in memorian)

Dr. José Caitano Neto – Médico, Pastor e Presidente da OSEAD – Projeto da

Reconstrução do Ensino Superior no Brasil

Sheikh Mohammad Ragip - Ordem Sufi Halveti Al-Jerrahi – Conselho Global

da URI

Divaldo Franco - Educador, Humanista e Autor com 7.000.000 de livros

vendidos

Cilon Estivalet - RPPN Bosque de Canela - evento Jardinação- POA

Erica Mylius - ONG Cataventus - evento JardinAção - POA

Marta Neves - Programa Reciclar Banrisul - evento Jardinação - POA

José Fernando Vargas - Educação ambiental do Jardim Botânico de POA -

evento JardinAção

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Liana Utinguassú - projetos indígenas - POA

Cláudio Velasco – SP -Mobilizações pelo blog Instituto Consciência

Adamantina - POA

Hélcio Totino - Ambientalista

Luiz Fernando Contatori Romano Meneses Botelho – RJ - consultor

transdisciplinar

Engenheiro Sidnei Augusto – projetos sociais - Tucuruvi – SP

Luis Roberto Carrazza - Cooperativa Central do Cerrado - Produtos

Ecossociais – Brasília - DF

Sergio Soares de Carvalho - Bandeirantes da Luz – São Paulo – SP

Marly Cuesta - Direitos Humanos, Culturas Populares, proteção ambiental,

Sustentabilidade e Espiritualidade. Educadora Popular - RS

Leyde Christina - Instituto Humanitatis – Campinas – SP

Lucinéia Vieira - NEP Perus Aldeia Guarani do Jaraguá – SP

Irene Maria dos Santos – Instituto Brasil Central – Goiânia – GO

Madison Alexandre - Rede N.A.V.E - Cavalcante – GO

Monja Isshin - Águas da Compaixão – SP

Bernadete Aparecida Ferreira - Casa da Mulher 8 de março - Palmas - TO

Salete Castro - Direitos Humanos - Palmas-TO

Rosimar Mendes – Direitos das Minorias – Palmas-TO

Milton Aizenberg - Casa Corpo Brasis - São Saulo – SP

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Dr. Eduardo Manzano – Consaúde – Porto Nacional – TO

Dra. Heloísa Lotufo – Consaúde – Porto Nacional - TO

Saara Nousiainen – Programa 5 Minutos Valores Humanos – Fortaleza – CE

Jornalista André Trigueiro – Programa Cidades e Soluções – Globo News

EMBAIXADORES DO CONSELHO MUNDIAL DE CIDADANIA PLANETÁRIA

Elizabete Otelac - Brasília – DF - [email protected]

Cira Munhoz - Belo Horizonte - MG - [email protected]

Vera Brasileiro - São Paulo - SP - [email protected]

Wiara di Candia - Alto Paraíso - GO - [email protected]

Isadora Florão Reichembach – Alemanha - [email protected]

Luiza Gosuen - Ativista Greenpeace / Blog Feminino -

[email protected] -

Lucinéia Vieira - NEP Perus/Aldeia Guarani Jaraguá - SP -

[email protected]

Sergio Soares de Carvalho – São Paulo - SP -

[email protected]

Rossany Mouji – Campo Grande – MS - [email protected]

Fernando Gomes (Fernando Cerrado) - Palmas-TO -

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Salete Castro - Palmas – TO - [email protected]

Bernadete Aparecida Ferreira - Palmas-TO - [email protected]

Arnaldo Speluzzi - Argentina - [email protected]

Natália Ulhôa - Passos – MG - [email protected]

Ricardo Martins - Porto Alegre - RS - [email protected]

Sebastião Vieira de Melo – Palmas – TO - [email protected]

Liana Utinguassú – Porto Alegre - RS- [email protected]

Giridari Das (Gustavo Dauster) – Embaixador para o Distrito Federal, Europa,

América do Norte, Oceania e Índia – [email protected]

Jornalista André Trigueiro – Programa Cidades e Soluções – Globo News

GUARDIÕES DA TERRA

Saara Nousiainen – Materiais transdisciplinares – Coordenadora do Programa

Cinco Minutos de Valores Humanos para a Escola [email protected]

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ANEXO II

16 PREMISSAS DA CARTA DA TERRA

PRINCÍPIOS I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA 1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade. a. Reconhecer que todos os seres são interdependentes e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos. b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade. 2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor. a. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais, vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas. b. Assumir que, com o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder, vem a maior responsabilidade de promover o bem comum. 3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas. a. Assegurar que as comunidades em todos os níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada pessoa a oportunidade de realizar seu pleno potencial. b. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a obtenção de uma condição de vida significativa e segura, que seja ecologicamente responsável. 4. Assegurar a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e às futuras gerações. a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras. b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra a longo prazo. II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA 5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial atenção à diversidade biológica e aos processos naturais que sustentam a vida. a. Adotar, em todos os níveis, planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável que façam com que a conservação e a reabilitação ambiental sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento. b. stabelecer e proteger reservas naturais e da biosfera viáveis, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural. c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçados. d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que causem dano às espécies nativas e ao meio ambiente e impedir a introdução desses organismos prejudiciais. e. Administrar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de forma que não excedam às taxas de regeneração e que protejam a saúde dos ecossistemas. f. Administrar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que minimizem o esgotamento e não causem dano

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ambiental grave. 6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução. a. Agir para evitar a possibilidade de danos ambientais sérios ou irreversíveis, mesmo quando o conhecimento científico for incompleto ou não-conclusivo. b. Impor o ônus da prova naqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que as partes interessadas sejam responsabilizadas pelo dano ambiental. c. Assegurar que as tomadas de decisão considerem as conseqüências cumulativas, a longo prazo, indiretas, de longo alcance e globais das atividades humanas. d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas. e. Evitar atividades militares que causem dano ao meio ambiente. 7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário. a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos. b. Atuar com moderação e eficiência no uso de energia e contar cada vez mais com fontes energéticas renováveis, como a energia solar e do vento. c. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias ambientais seguras. d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam às mais altas normas sociais e ambientais. e. Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável. f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito. 8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover o intercâmbio aberto e aplicação ampla do conhecimento adquirido. a. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento. b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano. c. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, permaneçam disponíveis ao domínio público. III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA 9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental. a. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, alocando os recursos nacionais e internacionais demandados. b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma condição de vida sustentável e proporcionar seguro social e segurança coletiva aos que não são capazes de se manter por conta própria. c. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem e habilitá-los a desenvolverem suas capacidades e alcançarem suas aspirações.

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10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável. a. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações. b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e liberá-las de dívidas internacionais onerosas. c. Assegurar que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas. d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas conseqüências de suas atividades. 11. Afirmar a igualdade e a eqüidade dos gêneros como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas. a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas. b. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias. c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e o carinho de todos os membros da família. 12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, com especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias. a. Eliminar a discriminação em todas as suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social. b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas com condições de vida sustentáveis. c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu papel essencial na criação de sociedades sustentáveis. d. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual. IV. DEMOCRACIA, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ 13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e prover transparência e responsabilização no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões e acesso à justiça. a. Defender o direito de todas as pessoas receberem informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que possam afetá-las ou nos quais tenham interesse. b. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações interessados na tomada de decisões. c. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de reunião pacífica, de associação e de oposição. d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos judiciais administrativos e independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos. e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas. f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente.

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14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável. a. Prover a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável. b. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade. c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no aumento da conscientização sobre os desafios ecológicos e sociais. d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma condição de vida sustentável. 15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração. a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de sofrimento. b. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável. c. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas. 16. Promover uma cultura de tolerância, não-violência e paz. a. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações. b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para administrar e resolver conflitos ambientais e outras disputas. c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até o nível de uma postura defensiva não-provocativa e converter os recursos militares para propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica. d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em massa. e. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico ajude a proteção ambiental e a paz. f. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte. O CAMINHO ADIANTE Como nunca antes na História, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa destes princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta. Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável nos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global que gerou a Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca conjunta em andamento por verdade e sabedoria. A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar

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escolhas difíceis. Entretanto, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade tem um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva. Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacionalmente legalizado e contratual sobre o ambiente e o desenvolvimento. Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação dos esforços pela justiça e pela paz e a alegre celebração da vida.