Manual de Ritualistic A Grau 1

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GRANDE SECRETARIA GERAL DE ORIENTAÇÃO RITUALÍSTICA GRANDE SECRETARIA GERAL ADJUNTA DE ORIENTAÇÃO RITUALÍSTICA PARA O REAAMANUAL DE DINÂMICA RITUALÍSTICA DO 1º GRAU APRENDIZ RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO (REAA) Álvaro Gomes dos Santos Ex- GrSecrGerde Orientação Ritualística GOBFuad Haddad GrSecrGerAdjde OrientRitualística para o REAAGOB

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GRANDE SECRETARIA GERAL DE ORIENTAÇÃO RITUALÍSTICA

GRANDE SECRETARIA GERAL ADJUNTA DE ORIENTAÇÃO RITUALÍSTICA PARA O

R∴E∴A∴A∴

MANUAL DE DINÂMICA RITUALÍSTICA

DO 1º GRAU APRENDIZ

RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO (R∴E∴A∴A∴)

∴ Álvaro Gomes dos Santos

Ex- Gr∴ Secr∴ Ger∴ de Orientação Ritualística G∴ O∴ B∴

Fuad Haddad Gr∴ Secr∴ Ger∴ Adj∴ de Orient∴ Ritualística para o R∴E∴ A∴ A∴

G∴ O∴ B∴

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ÍNDICE I - APRESENTAÇÃO II – PREFÁCIO III - TEMPLO MAÇÔNICO NO R∴E∴A∴A∴

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3 III.1 - Arquitetura do Templo no Grau de Aprendiz III.2 - Utensílios e Decoração IV - DINÂMICA E PROCEDIMENTOS RITUALÍSTICOS IV.1 - Indumentária Maçônica IV.2 - Circulação em Loja e Saudação IV.3 – Sinais Maçônicos e Uso da palavra IV.4 - Ordem dos Trabalhos

a – Sessão Ordinária - Preparação

- Entrada - Abertura Ritualística - Transmissão da Palavra Sagrada - Ata - Expediente - Saco de Propostas e Informações - Escrutínio Secreto - Ordem do dia - Entrada de Visitantes - Tempo de Estudos - Tronco de Beneficência - Palavra a Bem da Ordem e do Quadro - Encerramento - Cadeia de União

b – Sessão Magna de Iniciação - Introdução - Orientações Gerais para uma Sessão de Iniciação

- Atividades exercidas pelo Mestre de Cerimônias - Atividades exercidas pelo Experto - Culto ao Pavilhão Nacional

- Entrada e Saída do Pavilhão Nacional - Normas Gerais de Comportamento Ritualístico e Litúrgico c – Orientações Gerais - Protocolo de Recepção e Tratamento - Lembretes Administrativos - Corrigendas - Figuras

- Instruções I - APRESENTAÇÃO

Este "Manual de Dinâmica Ritualística", foi concebido e idealizado com o objetivo prin-cipal de uniformizar a prática da ritualística em todas as reuniões do Grau de Aprendiz nas Lojas jurisdicionadas ao Grande Oriente do Brasil, que praticam o Rito Escocês Antigo e Aceito.

A partir da publicação do Dec 0097 de 03.03.98 do G∴O∴B∴, aprovando e determinan-do a aplicação do novo Ritual do Grau de Aprendiz, verificou-se a necessidade da elaboração de

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4um guia, que possibilitasse de forma fácil e objetiva, a prática correta e com todas as formalidades, do Rito em questão, por todos aqueles que têm a responsabilidade da condução dos trabalhos em Loja, principalmente o Mestre de Cerimônias nas sessões Ordinárias e os Ex-pertos nas de Iniciação, sempre com a preocupação de se manter e preservar suas principais ca-racterísticas de origem.

É fundamental que se busque sempre a padronização dos comportamentos ritualísticos no desenvolvimento dos trabalhos maçônicos em Loja constituída, a fim de que haja sempre homo-geneidade nos procedimentos e se eliminem de vez as formas diversificadas e o invencionismo que tanto tem deturpado e deformado a prática do R∴E∴A∴A∴ Desta forma, durante este período e através de uma pesquisa séria e comprometida com a verdade, buscou-se de forma criteriosa a elaboração deste Manual de Dinâmica Ritualística, que esperamos, atinja na sua totalidade, os objetivos para os quais foi elaborado.

Faz-se necessário ressaltar que este trabalho não se encerra com este Manual, pois a pes-quisa é dinâmica e a busca da verdade permanente. Assim, ele se acha aberto a sugestões e as criticas construtivas e enriquecedoras, para que possamos aperfeiçoá-lo sempre. Isto ocorrendo, veremos ser praticado na grande maioria das Lojas, com todas formalidades, rigor e em toda sua plenitude, um dos mais belos ritos maçônicos conhecido, ou seja, o Rito Escocês Antigo e Acei-to. II - PREFÁCIO Finalmente, volta, o Grande Oriente do Brasil, a editar um Manual de Instruções do Rito Escocês Antigo e Aceito, depois de décadas de abandono dessa prática, que, no século XIX, era comum e que vinha se tornando raridade, com exceção dos esforços de alguns Grandes Orientes estaduais, que os publicaram a revelia do setor ritualístico do Poder Central e sem, portanto, ca-ráter oficial. Há necessidade de entender --- o que vinha sendo esquecido --- que um ritual é, apenas, a citação cronológica dos acontecimentos de uma sessão maçônica, sem detalhes de execução, os quais devem ficar a cargo do Manual de Instruções, que, assim, o complementa. E essa comple-mentação é importante, na medida em que, esclarecendo e eliminando dúvidas, representa a voz oficial da Obediência, em matéria ritualística, pondo fim às especulações, geralmente sem base, as quais, muitas vezes, são feitas, em Loja. Com este Manual, o Grande Oriente do Brasil dá mais um passo à frente, nas questões ri-tualísticas, complementando o esforço que foi a pesquisa, profunda e exaustiva, no sentido de resgatar as origens do Rito Escocês Antigo e Aceito, num novo ritual, livre, em grande parte, dos apêndices e penduricalhos extravagantes, que muitos lhe impuseram, através do tempo, desfigu-rando-o e deturpando-o. Fruto de um trabalho consciente e sério da Grande Secretaria Geral de Orientação Ritualís-tica, dirigida pelo Emin∴ Ir∴ Álvaro Gomes dos Santos, com a inestimável colaboração do Pod∴ Ir∴ Fuad Haddad, Grande Secretário Geral Adjunto da mesma Grande Secretaria, especi-ficamente para o Rito Escocês Antigo e Aceito, este trabalho deve merecer os sérios estudos da Loja. Terá que ser o breviário dos obreiros, principalmente das Dignidades e Oficiais, para que a ritualística escocesa seja absolutamente uniformizada, em todo o país, acabando com o esdrúxulo cenário de vários ritos “escoceses” praticados na mesma Obediência, levando ao cúmulo de uma Loja trabalhar de maneira diferente de outra, como se praticassem ritos diferentes.

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5 Que esse trabalho seja respeitado e entendido, é o que se espera. Criticado também, é lógico, se for o caso. Mas criticado construtivamente, no sentido da evolução e não da destrui-ção, com base lógica e racional em pesquisas e não com base movediça e instável em especula-ções, invenções e achismos. Parabéns a ambos os Irmãos, por este trabalho, talvez ambicioso, mas profundamente ne-cessário e útil, pois, no dizer do marquês de Maricá, “nobre e ilustrada é a ambição que tem por objeto a sabedoria e a virtude”. José Castellani 33.: Grande Secretário Geral de Educação e Cultura do Grande Oriente do Brasil Grande Secretário de Cultura e Comunicação do Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito

III - O TEMPLO MAÇÔNICO NO R∴E∴A∴A∴

III . 1 - ARQUITETURA DO TEMPLO NO GRAU DE APRENDIZ

O Templo Maçônico, assim como as Igrejas, são construídos, de maneira geral, com base na arquitetura e na decoração do Templo de Jerusalém. São orientados da mesma maneira, repre-sentam o Universo com suas três divisões (terra, mar e céu) e possuem uma separação entre a parte correspondente ao Santo e ao Santo dos Santos do Templo Hebraico e o restante do recinto.

Nas Igrejas, o Santo dos Santos (Kodesh há Kodashim) corresponde ao altar–mor e, no

Templo Maçônico, ao espaço sob o dossel onde fica o trono (sólio). O Santo (Kodesh) corres-ponde, nas Igrejas, ao presbitério, onde ficam os oficiantes dos serviços religiosos, e, no Templo Maçônico, corresponde ao restante do Oriente. Todo o espaço descoberto do Templo de Jerusa-lém corresponde nas Igrejas, à nave, local onde fica o público, e no Templo Maçônico corres-ponde às Colunas, do Norte e do Sul, e ao espaço entre elas no Ocidente.

Embora as dimensões simbólicas de um Templo Maçônico representem a terra, ele deve, materialmente, ter, em conjunto com o átrio, um comprimento igual o triplo da largura, de modo a formar três quadrados perfeitos (Oriente – um cubo; Ocidente – um cubo e meio; átrio – meio cubo) formando um quadrilongo ou paralelepípedo regular, representando como no Tabernáculo e no Templo de Jerusalém, as três divisões do Universo.

Como no Templo de Jerusalém, as Colunas Vestibulares do Templo Maçônico (B e J) es-tão fora dele, à entrada, no átrio, ladeando a Porta do Templo. São do tipo egípcias, com influen-cia babilônica, sempre na cor do bronze. As colunas marcam a passagem dos trópicos de Cân-cer, ao norte, e de Capricórnio, ao sul. A linha que passa no centro, entre elas, estendendo-se até ao Delta, no Oriente, é o equador do Templo.

O Pavimento Mosaico é um elemento decorativo encontrado nos Templos do Rito Esco-cês (embora antigos Rituais escoceses nem o citem). É constituído por quadrados brancos e ne-gros alternados, assentados em diagonal, recobrindo pelo menos o solo do Ocidente, inclusive o do Àtrio. Sua origem esta na Mesopotâmia e ele não existia no Templo de Jerusalém. A Orla Denteada contorna todo o Pavimento Mosaico sendo colocada junto ao rodapé, como guarnição do pavimento.

As Colunas Zodiacais são meias colunas caneladas verticalmente, de preferência da or-dem jônica, tendo em seu capitel os Pentaclos (representação dos signos). São colocadas seis ao

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6Norte e seis ao Sul somente nas paredes laterais do Ocidente. Em lugar de colunas zodiacais, é permitida a representação dos símbolos dos signos no teto. A seqüência correta dos signos é: Á-ries (primeira ao Norte), Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Ca-pricórnio, Aquário e Peixes (ultima ao Sul).

No alto ao redor das paredes verticais do Templo, junto ao teto e acima das Colunas Zodi-acais, encontra-se a Corda de Oitenta e Um Nós, com o nó central, acima do dossel se ele for baixo, ou, abaixo dele e acima do Delta se o dossel for alto, tendo, de cada lado, quarenta nós, que se estendem pelo norte e pelo sul, terminando, os seus extremos, em ambos os lados da porta ocidental de entrada, em duas borlas. Preferencialmente a corda deverá ser natural e os nós (laços de amor) eqüidistantes.

A decoração do Teto dos Templos escoceses é, geralmente, estrelar. Ele deve conter, além da representação do Sol e da Lua, os planetas Mercúrio, Júpiter e Saturno; as estrelas Arcturos (avermelhada), Spica, Aldebaran, Régulos e Fomalhaut, e as constelações de Órion, Híadas, Plêiades e Ursa Maior. A Estrela Flamejante fica entre o Sol e a Lua, pendente, ao meio dia, so-bre a mesa do 2º Vigilante.

Nos antigos Templos do escocesismo não existia o Altar dos Juramentos, pois os com-promissos eram tomados sobre o Altar onde tem assento o Venerável, sobre o qual ficavam as Três Grandes Luzes Emblemáticas da Maçonaria. Posteriormente foi criada uma pequena mesa triangular, que foi considerada uma extensão do Altar da Sabedoria, sendo denominada de Altar dos Juramentos, que fica localizada no Oriente onde estão colocados o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso, não existindo nenhum tipo de iluminação elétrica ou com velas.

No Oriente do Templo, sob o Dossel e atrás do Sólio (cadeira do Venerável), encontra-se o Painel do Oriente ou Retábulo de fundo azul–celeste emoldurado de vermelho e dourado, con-tendo o Delta Radiante ou Luminoso, que é um triângulo eqüilátero, ladeado pela estrela Sol, à direita, correspondente ao Orador e pelo satélite Lua, à esquerda, correspondente ao Secretário. No interior do Delta existe a representação do nome hebraico de Deus com as letras iôd, hé, vav e hé, cujo tetragrama pode ser substituído apenas pela letra inicial iôd. Esta representação da di-vindade é a mais apropriada para um Rito teísta, como o escocês, já que o emprego do olho es-querdo é também usado nos Ritos agnósticos.

À disposição do Mobiliário da Loja e dos lugares que os Irmãos tomam nas Colunas tem a sua origem no Parlamento britânico. As cadeiras ou bancos, devem ser confortáveis, e quando estofados, devem ser em vermelho que é a cor do escocesismo. Não é obrigatório e já está em desuso construir o Oriente e o Ocidente em planos diferentes. Não existe número fixo de de-graus, podendo ser somente um ou até mesmo nenhum, desde que, no Oriente, haja um ligeiro aclive em relação ao Ocidente. O Oriente é separado, à direita e à esquerda, por uma grade ou pequena mureta denominada de Balaustrada. O acesso ao Altar, ao qual tem assento o Venerá-vel Mestre, se faz por três degraus; à mesa do 1º Vigilante por dois degraus e a do 2º Vigilante por um único degrau. No centro do Templo, em um cavalete, se encontra o Painel do Grau em torno do qual os Obreiros fazem a circunvolução. A sudoeste do Templo fica localizado o Mar de Bronze.

No Altar e nas mesas retangulares dos Vigilantes, são colocados Castiçais de Três Braços com iluminação elétrica ou através de velas, acendendo-se somente a do centro no Grau de A-prendiz. Nas demais mesas retangulares destinadas aos Oficiais poderá ou não, existir iluminação auxiliar para escrita, mas sem qualquer simbolismo. À direita do Trono (cadeira do Venerável),

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7sobre o estrado, deve estar colocada uma única cadeira destinada ao Grão Mestre, quando pre-sente em Loja.

As Jóias Fixas do Templo são: a Pedra Bruta, colocada à frente da mesa do 1º Vigilante, a Pedra Cúbica, colocada à frente da mesa do 2º Vigilante e a Prancheta ou Tábua de Deline-ar que se encontra à frente do Altar, lado Norte, sobre um cavalete de madeira. As Jóias Móveis são: o Esquadro, com ramos desiguais, para o Venerável, o Nível, para o 1º Vigilante e o Pru-mo, para o 2º Vigilante, devendo ser representadas, em alto ou baixo relevo, no altar e mesas dessas Dignidades.

As paredes e o teto do Templo de Aprendiz devem ser azuis - celestes, porem para se cumprir uma tradição do escocesismo a decoração deve ser predominantemente vermelha (en-carnado ou carmesim), presente no Dossel com franjas douradas, nas almofadas, tapeçarias, toa-lhas, cortinados, sacos de proposta e de beneficência, entre outros ornamentos, caracterizando a cor original do Rito, que é vermelha.

No Templo do Rito Escocês, encontram-se, ainda, três materiais que existiam no Templo de Jerusalém: Ouro (espiritualidade), Cedro do Líbano (materialidade) e a Pedra (estabilida-de). Na impossibilidade de se contar com estes materiais eles podem ser substituídos simbolica-mente por: Pedras Lavradas ou Mármore, Madeiras de Lei e ornamentos dourados. III.2 - UTENSÍLIOS E DECORAÇÃO

BASTÃO: Consiste em um pedaço de madeira longo, de forma aproximadamente cilíndrica, usado

como arma ou insígnia de comando. É o instrumento de trabalho do Mestre de Cerimônias. Pos-sui um comprimento aproximado entre 1,80 a 2,00 metros, encimado por uma régua, que repre-senta a jóia do cargo.

O Bastão é empunhado com a mão direita, punho para a frente, antebraço na horizontal e o braço colado ao corpo, formando uma esquadria, e sempre portado e conduzido na posição verti-cal.

O Bastão é utilizado pelo Mestre de Cerimônia na abertura e encerramento dos trabalhos, na condução de pessoas ou quando o ritual determinar.

ESTRELAS: São bastões de madeira com aproximadamente 1,50 metros de comprimento, com um foco

luminoso no topo. As estrelas são utilizadas sempre em número impares pelas comissões, para a recepção de autoridades ou quando o cerimonial assim o exigir, e variam em número conforme o protocolo de recepção previsto no RGF.

A forma de empunhar as estrelas obedece a mesma orientação empregada para o bastão. ESPADAS:

a) COMUM - formada por uma lâmina metálica com dois gumes, sem corte, comprida, reta e pontiaguda com punho e guardas, ou copos. É sempre empunhada com a mão direita. Não se faz sinal com a espada em uso ou mesmo portando qualquer instrumentos.

A Ordem com a espada, faz se portando a espada coma mão direita, punho junto a lateral do corpo, à altura da cintura, lâmina com a ponta voltada para cima, verticalmente, colada na la-teral direita do corpo rente ao ombro. Isso ocorre, por exemplo, na recepção à Bandeira Nacio-nal; mas, em sessão, o sinal de ordem é sempre feito com a mão.

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8A Continência com a espada, faz-se apontando a espada para baixo em diagonal, do

lado direito, em prolongamento com o braço direito, formando um ângulo aproximado de 45º com a lateral direita do corpo.

Quando não estiver em uso, a espada deve estar sempre embainhada pelo Obreiro. b) FLAMEJANTE – caracterizada por ter a lâmina sinuosa em forma de língua de fogo,

tem o punho cruciforme e não possui gume. Deve estar sempre acondicionada em um estojo apropriado e não exposta sobre a mesa do Venerável. Usada para as sagrações de candidatos, só pode ser empunhada por um Venerável Mestre em exercício ou por um Mestre Instalado.

COLUNAS VESTIBULARES: Como o nome indica, as Colunas B (Norte) e J (Sul), estão do lado de fora, no Vestíbulo

ou Átrio, lateralmente junto a porta de entrada do Templo. São ocas, na cor bronze, despropor-cionais e de ordem Egípcia, com influencia babilônica, representando, artisticamente, folhas de papiro e folhas de lótus, que são as duas plantas sagradas do Egito. No capitel são colocadas as fileiras de romãs e sobre cada uma das Colunas, há um globo, um terrestre, representando a Ter-ra, e o outro a esfera celeste, representando o Universo.

COLUNAS ZODIACAIS: Em número de 12 (doze), colocadas verticalmente, seis ao Norte e seis ao Sul, somente nas

paredes laterais do Ocidente, são meias Colunas caneladas da ordem Jônica, ou Pilastras - pilar retangular ou quadrado, com as mesmas proporções e ornatos que as Colunas. Possuem em seu capitel os Pentaclos, representando os signos existentes. Em lugar das Colunas Zodiacais, é per-mitida a representação dos símbolos dos signos no teto. A seqüência correta dos signos é: Áries (primeiro ao Norte), Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capri-córnio, Aquário e Peixes (ultimo ao Sul).

PAVIMENTO MOSAICO: É um elemento decorativo encontrado nos Templos escoceses. É constituído por quadra-

dos brancos e pretos alternados, assentados em diagonal, recobrindo, pelo menos, todo o solo do Ocidente do Templo, inclusive o do Átrio. Sua origem esta na Mesopotâmia e não existia no Templo de Jerusalém. A Orla Denteada contorna todo o Pavimento Mosaico, sendo colocada junto as paredes, no rodapé, como guarnição do pavimento.

ALTAR DOS JURAMENTOS: Considerado uma extensão do Altar da Sabedoria, fica localizado no centro do Oriente.

Pode ser uma pequena mesa triangular ou uma coluna de um metro de altura, com caneluras (sul-cos, ranhuras) e truncada (cortada), em cima da qual ficam: o Livro da Lei, um Esquadro de ra-mos iguais e um Compasso.

PRANCHETA OU TÁBUA DE DELINEAR: Diante da face frontal, Norte, do Altar, fixado em um cavalete, coloca-se a Prancheta ou

Tábua de Delinear, confeccionada em uma prancha de madeira, onde se encontram traçadas, du-as figuras: a cruz quádrupla, formada por duas linhas paralelas cruzadas, simbolizando a capa-cidade limitada do homem, e a cruz de Santo André com o formato de um “xis”, com quatro ângulos opostos pelo vértice simbolizando o infinito, os opostos e as díades.

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IV - DINÂMICA E PROCEDIMENTOS RITUALÍSTICOS

IV . 1 – INDUMENTÁRIA MAÇÔNICA

O Traje Maçônico, bem como os Paramentos dos Graus Filosóficos, a ser usado nas ses-sões maçônicas nos Graus Simbólicos, serão aqueles conforme o previsto no RGF e na Legisla-ção Maçônica vigente. Admite-se o uso do Balandrau (veste talar, de mangas compridas, na cor preta, sem insígnia ou símbolo estampados), desde que usado com calças pretas ou azul marinho, sapato e meias pretas. Deve-se ressaltar que, originalmente, o verdadeiro traje maçônico é o Avental, símbolo do trabalho, sem o qual o maçom é considerado desnudo.

IV . 2 - CIRCULAÇÃO EM LOJA E SAUDAÇÃO

A circulação em Loja aberta, é feita com passos naturais e sem o Sinal de Ordem. Trata-se de uma prática que impõe ordem e disciplina aos trabalhos. Quando a circulação ocorre no Oci-dente, é feita no sentido destrocêntrico, da esquerda para a direita, ou seja, no sentido horário, tendo como referência o Painel do Grau que está localizado ao centro do Ocidente. O giro neste sentido, representa o caminho aparente do Sol em redor da Terra.

No Oriente não existe padronização na circulação, podendo o Irmão circulante se deslocar livremente, sem necessidade de fazer a saudação ao Venerável. Tanto a circulação do Sac∴ de PProp∴ e IInfor∴, do Tr∴ de Benef∴, e para o Escrut∴, é feita com toda formalidade que exige a ritualística, obedecendo a seguinte ordem: Ven∴, 1º e 2º VVig∴; Orad∴, Secr∴ e Cobr∴ Int∴; MMest∴ do Or∴, das CCol∴ do Sul e do Norte; CComp∴, AApr∴ e, antes de encerrar a coleta, e se colocar entre CCol∴, coloca sua proposta, óbolo ou voto, ajudado pelo Cobr∴ Int∴

Quando da entrada e saída do Oriente, a saudação é feita somente ao Ven∴, e, ao Ven∴ e VVig∴, quando da entrada ao Templo após o inicio dos trabalhos em Loja aberta, e quando da saída, definitiva do Templo, antes do encerramento dos trabalhos, em Loja aberta.

Toda saudação, no grau de Aprendiz, é feita pelo Sinal Gutural, exceto quando estiver por-tando algum instrumento ou objeto de trabalho, e neste caso, fará uma parada rápida e formal, dirigindo o olhar ao Venerável, sem nenhum movimento ou inclinação com a cabeça, pescoço ou tronco. IV.3 – SINAIS MAÇÔNICOS E USO DA PALAVRA IV. 3.1 - Sinal de Ordem:

É o sinal executado, de acordo com o grau e da maneira prescrita no referido ritual, quan-do :

a – estiver em pé e parado, pois não se caminha com o sinal, bem como não se faz sinal quando sentado;

b - ao fazer uso da palavra durante as sessões ritualísticas; c – para se abster durante um processo de votação; d – como forma de agradecimento;

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10e – durante a marcha ritualística; f – quando assim determinar o Ritual. Obs: O Sinal de Ordem só poderá ser desfeito por determinação e a critério exclusivo do

Venerável Mestre. Sinal de Aprovação: Empregado nos processos de votação, é feito estendendo – se o bra-

ço direito para a frente, em linha reta, com a palma da mão voltada para baixo e os dedos unidos. IV.3.2 - Uso da Palavra:

O maçom, em Loja aberta, se manifesta através da palavra, solicitada no momento ade-quado, conforme previsto no Ritual, diretamente aos Vigilantes, quando tiver assento nas Colu-nas, e ao Venerável, quando no Oriente.

Quando concedida, ficará em pé e com o Sinal de Ordem, saudando hierarquicamente as Dignidades, Autoridades e os Irmãos presentes.

Havendo necessidade da palavra, após passar pelas Colunas, retornar, ela será solicitada pelos Vigilantes ao Venerável, que poderá ou não concede-la, sempre de forma ritualística.

Ao fazer uso da palavra, o maçom, deve ser objetivo, falar pouco e corretamente, contando e medindo suas palavras, empregando sempre expressões comedidas, evitando discursos inter-mináveis, prolixos e repletos de lirismo. IV.3. 3 – Entrada Após Inicio dos Trabalhos :

Independente do Grau em que a Loja está trabalhando, o Ir∴ em atraso, deverá dar somen-te três batidas na porta. Se não for possível seu ingresso no momento solicitado, o Cob∴ Int∴ responderá pelo lado interno da porta com a mesma bateria. Caso a Loja esteja trabalhando no grau de Comp∴ ou Mest∴, o Cob∴ Int∴ deverá se dirigir a sala dos PP∴ PP∴ e verificar se o Ir∴ possui qualidade para participar da sessão, através do telhamento relativo ao grau. Não exis-te repique, nem aumento do número de batidas para atingir o grau acima subseqüente. Con-cedida autorização para adentrar ao Templo, o Ir∴ procederá com toda formalidade, realizando a marcha do Grau , saudando as Luzes hierarquicamente IV.4 - ORDEM DOS TRABALHOS A) - SESSÃO ORDINÁRIA

PREPARAÇÃO Cabe ao Arq∴, verificar antes da abertura dos trabalhos, se o recinto do Templo está devi-

damente composto, para o Ritual que será realizado. O M∴ de Harm∴ deve selecionar, as músicas adequadas para serem executadas durante a sessão. Todos aguardam na sala de P∴P∴, até a chamada do M∴ CCer∴ para se dirigirem ao Átrio, onde os IIr∴ devem se paramentar para adentrar o Templo.

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11 No Átrio deve existir um quadro, com as jóias dos respectivos cargos, para que o M.∴ de CCer∴ proceda a composição da Loja. Antes da formação do cortejo para se adentrar ao Templo, todos os IIr∴ deverão estar devidamente paramentados, e as Dignidades e Oficiais, re-vestidos com suas insígnias.

No Átrio deve ser observado silêncio absoluto. ENTRADA RITUALÍSTICA

Orientados pelo M∴ de CCer∴, portando o Bastão na mão direita, os IIr∴ organizarão uma fila dupla, obedecendo a seguinte ordem: Fileira do Norte (lado esquerdo de quem entra) Aprendizes MM∴ MM∴ - sem cargos OOfic∴ - com assento ao Norte Orador Primeiro Vigilante Fileira do Sul – lado direito de quem entra; Companheiros MM∴ MM∴ sem cargos. Obreiros com assento na Coluna do Sul. Secretário. Segundo Vigilante. Entre as duas fileiras e um pouco atrás dos VVig∴, colocam-se os MM∴ II∴ e por último o Venerável Mestre. Autoridades maçônicas, pertencentes ao Quadro, em Sessão Ordinária, entrarão junto com os MM∴ II∴ Nas demais sessões, sua entrada dar-se-á segundo o Protocolo previsto no RGF. Nessa oportunidade, se a autoridade houver por bem dispensar as formalidades a que tem direito, comunicará ao M∴ de CCer∴ e entrará junto com o cortejo, antes do Ven∴ Mestre. Os IIr∴ visitantes, regulares, poderão entrar em família quando apresentado por Ir∴ do Quadro ou a critério do Ven∴ Mestre, desde que não esteja previsto assunto de economia do-méstica, caso em que entrarão após a Ordem do dia. Não existe oração, preleção, minuto de silêncio e outros procedimentos similares, no R∴E∴A∴A∴ antes do início dos trabalhos (dentro ou fora do Templo). Formadas as fileiras para o cortejo de entrada, o M∴ de CCer∴ dá as pancadas do Grau na porta do Templo. O Cobr∴ Int∴, que já estará no interior do mesmo, juntamente com o M∴ de Harm∴, abre a porta e coloca-se ao lado dela, no Sul. As duas fileiras de IIr∴ adentram no templo, uma pelo Norte e outra pelo Sul, indo todos ocupar seus respectivos lugares, tanto no Ocidente como no Oriente, permanecendo em pé, em silêncio e sem o Sinal de Ordem, enquanto o Ven∴ Mestre acompanhando o M∴ de CCer∴ dirige-se ao Trono, pelo lado Norte do Altar. O M∴ de CCer∴, após conduzir o Ven∴ Mestre, ocupa seu lugar em Loja. Durante o cortejo de entrada dos IIr∴, o M∴ de Harm∴, executará música apropri-ada e adequada para o tipo de Sessão que será realizada.

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12 ABERTURA RITUALÍSTICA O Ven∴ Mestre manda verificar se o Templo está coberto. O Cobr∴ Int∴ bate, com o cabo da espada ou com a mão fechada, a bateria do Grau, pelo lado interno da porta do Templo. O Cobr∴ Ext∴, ou Guarda do Templo, ou Telhador, ao ouvir a bateria, verificará se existem IIr∴ do Quadro no Átrio, que serão convidados a entrar informalmente, sem saudar as LLuz∴, já que a Loja ainda não foi aberta. Verifica em seguida, se o Templo está coberto e res-ponde pela face externa da porta, de igual forma. O Cobr∴ Int∴ informará então o 1º Vig∴ que o Templo está coberto. Na ausência de Cobr∴ Ext∴, o Cobr∴ Int∴ após receber ordem, se dirige até o Átrio e verifica a existência de IIr∴ do Quadro. Se o templo está coberto, fecha a porta que dá acesso ao Átrio, entra a seguir no Templo, executando a bateria do grau na face interna da porta, e dá conta ao 1º Vig∴ de sua missão. Em seu trabalho, quando cumprem as suas funções relativas à segurança do Templo, os CCobr∴ portam Espadas na mão direita, verticalmente, com o punho à altura da cintura. Nas demais situações, a Espada permanece na bainha. No diálogo inicial de abertura dos trabalhos, além das falas dos VVig∴e DDiác∴, ocorre a participação do Chanc∴ e do M∴ de CCer∴, nos seus respectivos lugares (pag. 24 – Ritual). TRANSMISSÃO DA PALAVRA SAGRADA O 1º Diac∴ (sem portar espada ou bastão) sobe os degraus do Trono pelo lado Norte, com passos normais, colocando-se à frente do Ven∴ Mestre, se aproxima, recebendo no ouvido direito a Pal∴ Sagr∴ do Grau, letra por letra, sem nada responder

O 1o Diac∴ ao sair do Oriente, dirigindo-se à mesa do 1o Vig∴, fazendo o giro pelo lado Sul, ao qual transmite a Pal∴ do mesmo modo que a recebeu, voltado a seguir ao seu lugar.

O 2º Diac∴ dirige-se ao 1º Vig∴ com a mesma formalidade do 1º Diac∴ (sem portar es-pada ou bastão), e da mesma forma recebe a Pal∴ Em seguida leva a Pal∴ ao 2º Vig∴, depois de executar o giro em torno do Painel. Após comunicar a Pal∴ da mesma forma que a recebeu, retorna ao seu lugar

O M∴ de CCer∴ por determinação do Ven∴ Mestre, toma o seu bastão com a mão direi-ta, adentra o Oriente, parando na frente do Orador, que o acompanha até o Altar dos JJur∴ O M∴ de CCer∴ se coloca atrás do Orador, segurando o Bastão na posição vertical. No R∴E∴A∴A∴ não existe a formação do Pálio.

O Or∴ toma o L∴ da L∴ com ambas às mãos, abre-o no texto bíblico apropriado e faz sua leitura, sem estar com o sinal de Ordem. A seguir recoloca o L∴ da L∴ no altar dos JJur∴, aberto, sobrepondo o Esq∴ e o Comp∴ na posição do Grau. Nesse momento, ao comando do Ven∴ Mestre, todos ficam à Ordem.

O Orador saúda o Ven∴ Mestre (que responde a saudação) e retorna ao seu lugar acompa-nhando o M∴ de CCer∴, que a seguir expõe o Painel do Grau, voltando ao seu lugar. O Ven∴

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13Mestre e os VVig∴ acendem suas luzes, na ordem hierárquica. Se as luzes forem de velas, o acendimento será feito pelo M∴ de CCer∴.

Na aclamação (H∴H∴H∴) os IIrm∴ estarão à Ordem. A T A

A Ata, ou Balaústre, da ultima Sessão, será lida, discutida e aprovada por todos os pre-

sentes. Após sua aprovação, o M∴ de CCer∴ colhe as assinaturas do Ven∴ Mestre e Orador, retornando a mesma ao Secretário. Caso ocorram emendas, estas serão submetidas à votação, dela participando somente os IIr∴ que estavam, naquela oportunidade, presentes à Sessão. Os IIr∴ que não estavam presen-tes ficarão em Pé e à Ordem, a fim de não serem confundidos com votos contrários à emenda apresentada. O M∴ de CCer∴, ficando em pé à Ordem, confere os votantes e conta o nume-ro de votos nas CCol∴ e no Or∴, dando conta ao Ven∴ Mestre se a proposta foi, ou não, aprovada. Não se utiliza as expressões: “por maioria“, “pela totalidade“, “por unanimida-de“, entre outras. Para aprovação ou reprovação em qualquer votação, basta a manifestação da metade mais um dos votos válidos presentes. Os IIr∴ manifestam seu voto através do sinal de costume: braço direito para a frente, com a palma da mão voltada para baixo. Existido emendas de caráter legal, haverá necessidade do parecer da Oratória, somente sobre a legali-dade das mesmas. As emendas aprovadas serão consignadas na ata do dia. EXPEDIENTE Neste período, o Secretário, de forma organizada e objetiva, tendo já elaborado um resumo, divulga o expediente fazendo parte deste: as comunicações das Oficinas e Obedi-ências, os Boletins Oficiais, os convites de Lojas e de Irmãos, pranchas diversas, propostas, etc. Após a leitura o Ven∴ Mestre dará o devido destino ao expediente. Nos casos de necessidade de aprovação, o expediente será remetido para a Ordem do Dia. Se houver Leis ou Decretos, os textos serão lidos pelo Orador. Os IIr∴ permanecem sentados. Somente quando da entrega de diploma, medalha, placa comemorativa ou outro mimo, a critério de quem estiver dirigindo os trabalhos, os Irmãos estarão "à Ordem", quando se tratar de sessão privativa de Maçons ou apenas "em pé", quando não for. Os Atos podem ser lidos pelo próprio Ir∴ Secretário com todos sentados. (Lei nº 0041/99 - AFL) SACO DE PROPOSTAS E INFORMAÇÕES O M∴ CCer∴ após se posicionar entre CCol∴ e portando o Saco de PProp∴ e I-Inf∴ com ambas as mãos, à altura da cintura, do lado esquerdo do corpo, inicia o giro que deverá ser executado com toda formalidade, ou seja: Ven∴ Mestre, 1º e 2º VVig∴, Orad∴, Sec∴, Cobr∴ (formando a Estrela de Seis Pontas), MM∴ do Or∴, MM∴ das CCol∴ Sul e Norte, CComp∴, AApr∴, o próprio M∴ CCer∴ coloca sua proposta (ajudado pelo Cobr∴) que a seguir volta para entre CCol∴, com a mesma postura inicial, sem fazer nenhum tipo de sinal.

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14 No Ocidente, a circulação é feita no sentido horário. Ao entrar e sair do Oriente fará uma parada rápida e formal em saudação ao Ven∴ Mestre. No Oriente não existe padronização para a circulação. Ao comando do Ven∴ Mestre, dirige-se ao Oriente, chegando ao Altar pelo lado Norte onde deposita todo o conteúdo da bolsa, tomando o cuidado de exibir ao Ven∴ Mestre, Orad∴ e Secr∴, que presenciam sua conferência, que nada foi esquecido no seu interior. Excepcionalmente, quando houver grande número de IIr∴, presentes na sessão, o Ven∴ Mestre poderá convocar o M∴ de CCer∴ Adj∴ para ajudar na coleta percorrendo as Colunas, após o M∴ de CCer∴ completar a formação da Estrela de seis pontas com toda a formali-dade ritualística. ESCRUTÍNIO SECRETO Sua ritualística é idêntica ao do Saco de PProp∴ e IInf∴ quanto ao giro em Loja. A distri-buição das esferas é feita pelo M∴ de CCer∴, que apresenta aos IIr∴ um recipiente contendo esferas brancas e pretas, do qual o Ir∴ votante retira uma de cada. O Ir∴ Exp∴ faz o mesmo giro coletando o escrutínio, ocasião em que o Ir∴ coloca a esfe-ra da cor que expressará o seu voto (esferas que aprovam ou rejeitam). IIr∴ que não desejarem fazer uso de seu legítimo direito de voto, poderão solicitar cober-tura temporária do Templo, assim que o Ven∴ Mestre anunciar que vai ler as sindicâncias para a seguir, efetuar o escrutínio secreto. Porém, em permanecendo, não poderá abster-se de votar. Após proclamado o resultado do escrutínio, o nome dos apresentantes e dos sindicantes do candidato, o M∴ CCer∴ recolherá, ritualisticamente, as outras esferas. ORDEM DO DIA

É um período destinado, exclusivamente, à discussão e votação de propostas. A Ordem do

Dia deverá ser preparada previamente, com antecedência, pelo Secr∴, e se possível com as propostas que já tenham obtido parecer da Comissão competente. Outros assuntos poderão ser incluídos na pauta, independentemente dos pareceres regimentais, porém com a aquiescência da Oratória. Após a discussão de qualquer assunto, é indispensável a conclusão do Orador, do ponto de vista estritamente legal, não lhe competindo dar opinião, favorável ou contrária, em rela-ção a qualquer proposta. Se legal, será votada pelos IIr∴ presentes, que se manifestaram pelo sinal de costume. Se ilegal (inconstitucional, anti-regulamentar, ou anti-regimental) o Orador dará como encerrada qualquer discussão. ENTRADA DE VISITANTES É uma prerrogativa tradicional constante em nossos Landmarks o direito de visitação, desde que maçom regular. Depois da Ordem do Dia, após passar pelo telhamento, exibir documentação maçônica atualizada, acompanhada da identidade civil profana e dar prova de sua regularidade através da

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15Pal∴ Sem∴, quando da mesma Obediência, serão recebidos neste período, com as formalidades prescritas no Ritual. Quando o Ir∴ visitante for conhecido de Obr∴ do Quadro que por ele se responsa-bilizar ou já tenha visitado a Loja, pode o Ven∴ Mestre conceder permissão para sua en-trada, juntamente com o cortejo ritualístico, em família. Os visitantes portadores de representação especial ou títulos de autoridade, bem como as autoridades Maçônicas do Simbolismo, serão recebidos conforme o Protocolo de Recepção pre-visto no RGF. TEMPO DE ESTUDOS É o período destinado para apresentação de peças de arquitetura pelo Venerável, Orador ou Irmão convidado, sobre temas maçônicos ou de interesse geral, tais como: história, filosofia, legislação, simbologia, instrução do grau, ritualística, científico ou artístico. Após a exposição do tema, deve-se sempre que possível, colocar a palavra nas Colunas para perguntas e debates. O Ritual prevê um quarto de hora de estudos, ou seja, 15 minutos, podendo ser dilatado no caso de palestra previamente programada. O Tempo de Estudos não pode ser suprimido, sob nenhum pretexto ou argumentos de atraso ou adiantar da Sessão, esquecimento entre outros, como alias, nenhum trecho do ritual. Nunca é demais frisar que não deverão ser abordados temas proibidos por nossas leis, co-mo o político-partidário e religioso-sectário. As instruções em Loja relativas ao grau, devem ser ministradas respeitando a hierarquia dos cargos existentes: Ven∴ Mestre é o responsável pelas instruções aos MM∴ MM∴ (Grau 3); 1º Vig∴ pelas instruções aos CComp∴ (Grau 2) e o 2º Vig∴ pelas instruções aos AApr∴ (Grau 1).

Obs. – O Tempo de Estudos não faz parte dos tradicionais rituais escoceses. Ele só foi introduzido, nos rituais do Grande Oriente do Brasil, a partir de 1970, como uma maneira de fa-zer com que as Lojas dediquem uma parte do tempo da sessão ao aperfeiçoamento cultural dos obreiros de seu quadro. TRONCO DE BENEFICÊNCIA O Hosp∴ após se posicionar entre CCol∴ e portando o Tronco de Beneficência ou Solida-riedade com ambas as mãos, à altura da cintura, do lado esquerdo do corpo, inicia sua circulação de modo idêntico ao do Saco de PProp∴ e IInf ∴, com todas as formalidades ritualísticas. Após o giro o Hosp∴ aguarda ordens entre CCol∴ se dirigindo a seguir, até a mesa do Tesoureiro, e com ele confere o produto da coleta. O Tes∴ comunica em voz alta ao Ven∴ Mestre o resultado da coleta em moeda corrente no país na mesma sessão, que ficará entre-gue ao Tes∴ à disposição da Hospitalaria, que deverá ser destinado exclusivamente às obras de beneficência da Loja, sendo vedado seu destino para atender pedidos de construção e refor-mas de Templos. Não existe o procedimento de deixar o conteúdo do Tronco sob malhete para ser conferido na próxima sessão, em respeito aos visitantes, autoridades, etc. Em toda e qualquer reunião, ele corre somente entre os Maçons e é conferido na mesma sessão, sendo de imediato

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16anunciado o valor arrecadado, para que todos presentes e que contribuíram para o mesmo, dele tomem conhecimento. PALAVRA A BEM DA ORDEM E DO QUADRO Os VVig∴ concedem a palavra diretamente ao Ir∴ que dela queira fazer uso, em su-as CCol∴. No Oriente a palavra é solicitada diretamente ao Ven∴ Mestre. Para fazer uso da palavra o Ir∴ deverá levantar o braço, aguardando autorização do Vig∴. Uma vez concedida, se colocará em pé e à ordem, iniciando a saudação às Luzes, Autoridades do Simbolismo presentes, respeitando a hierarquia dos cargos e empregando corretamente o trata-mento previsto no RGF. Poderá o Ven∴ Mestre, por sua liberalidade e após o término das sau-dações, dispensar o Ir∴ do Sinal. Neste caso, deverá o Ir∴ manter uma postura correta, como cruzar as mãos para trás ou sobre o avental. Ao final da exposição, faz o Sin∴ Gut∴ e senta-se. O Ir∴ deve procurar, ao fazer uso da palavra, ser breve e objetivo, evitando ser re-petitivo e prolixo. Deve-se utilizar da palavra, quando se tem algo novo à acrescentar ao que já foi dito. Ao final da exposição, faz o Sin∴ Gut∴ e senta-se. Saudar e agradecer a presença dos visitantes é de competência do Orador. Nenhum Ir∴ poderá fazer uso da palavra sem autorização. No caso da necessidade de se manifestar após a circulação da palavra, para acrescentar algo importante e relevante ao assun-to em pauta, o Ir∴ solicitará a palavra ao Vig∴ de sua Col∴. Este comunicará ao Ven∴ Mestre, que poderá ou não autorizar o retorno da palavra a Col∴. Se autorizada, a palavra retornará ritualisticamente e com todas as formalidades necessárias à sua circulação. Não existe autoriza-ção para o Ir∴ mudar de Col∴ ou se deslocar até o Or∴, a fim de fazer novamente uso da pa-lavra. O Ven∴ Mestre pode cassar a palavra do Ir∴, se entender que o assunto está sendo abordado em momento inoportuno ou de forma inadequada. Se persistir em falar, tumultu-ando assim o transcorrer da Sessão, o Ven∴ Mestre, se não for possível manter a ordem, poderá suspender os trabalhos sem as formalidades do ritual, não podendo os trabalhos assim suspensos prosseguirem na mesma data, conforme determina o RGF. Reinando silêncio no Oriente, o Ven∴ Mestre fará os avisos e recomendações necessárias, passando em seguida a palavra ao Orador para saudar e agradecer a presença dos visitantes e a-presentar suas conclusões finais. É uma prática já consagrada e justificável, pois estão sem-pre manuseando livros e papéis, permanecerem sentados em seus lugares o Orador e Secre-tário ao fazerem uso da palavra durante a sessão.

Obs – Esse período não é para apresentação de propostas e muito menos para discus-são e votação delas, já que isso é feito na Ordem do Dia. É apenas um espaço para a apresenta-ção de assuntos maçônicos, ou gerais, que possam ser de interesse da Loja e/ou da Ordem. ENCERRAMENTO O Orador faz as conclusões da Sessão sob o ponto de vista legal, reportando de forma su-cinta o que ocorreu, evitando fazer comentários pessoais, saúda os visitantes, dando ao final de sua fala, a Sessão como “Justa e Perfeita”, voltando assim a palavra ao Ven∴ Mestre para o encerramento ritualístico.

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17 Estando presente o Grão-Mestre ou Grão-Mestre Geral, este é o momento em que fará uso da palavra; passando-se, imediatamente após, ao encerramento ritualístico. O Ven∴ Mestre autoriza o M∴ de CCer∴ a conduzir o Orador para fechamento do L∴ da L∴. O Orador acompanha o M∴ de CCer∴, saúda o Ven∴ Mestre e após o fechamento da Loja pelo 1º Vig∴ fecha o L∴ da L∴. Todos desfazem o Sinal. O Orador volta ao seu lugar acompanhando o M∴ de CCer∴, que em seguida cobre o Painel e volta ao seu lugar. O Ven∴ Mestre e os VVig∴ apagam suas luzes em ordem inversa. No encerramento, a aclamação, H∴ H∴ H∴, é executada sem os IIr∴ estarem à or-dem, uma vez que ao fechar o L∴ da L∴ todos desfazem o sinal. Não havendo formação da Cadeia de União, o Ven∴ Mestre determinará que o M∴ de CCer∴ dirija a saída dos IIr∴, que ocorrerá em ordem inversa a da entrada. Por último sai o Cobr∴ Int∴, após apagar as luzes e fechar o Templo. CADEIA DE UNIÃO A Cadeia de União deve ser realizada depois de concluídos os trabalhos da Loja, exclusi-vamente para a comunicação da Pal∴ Sem∴. Não é permitida sua prática para qualquer outra finalidade. Somente os IIr.∴ regulares do Quadro da Loja poderão tomar parte nela. Para a formação da Cadeia de União, todos os IIr∴ ficam em pé no Ocid∴, formando um círculo ou uma oval. Cada Ir∴ cruza o antebraço direito sobre o esquerdo, dando as mãos aos IIr∴ que estão a seu lado. O Ven∴ Mestre ocupa o lado mais oriental da Cadeia, sendo ladeado pelo Orador à sua direita e pelo Secr∴ à esquerda. O M∴ de CCer∴ ocupará o lado mais oci-dental, de frente para o Ven∴ Mestre, tendo à sua esquerda o 1º Vig∴ e à sua direita o 2º Vig∴. Os demais Mestres comporão a Cadeia indistintamente; os CComp∴ ficarão ao Sul e os AApr∴ ao Norte. O Ven∴ Mestre diz ao ouv∴ esq∴ do Orador a Pal∴ Sem∴, e no ouv∴ dir∴ do Secr∴. A palavra seguirá de ambos os lados até o M∴ de CCer∴, que após recebe-la, sai da Cadeia pelo lado de dentro, tendo o cuidado de fechá-la com os IIr∴ que o ladeavam, dirige-se até o Ven∴ Mestre e lhe diz ao ouv∴ esq∴ a palavra que recebeu do lado esq∴ e ao ouv∴ dir∴ a que rece-beu do lado direito.

Se ambas as palavras forem iguais, o Ven∴ Mestre diz: “A palavra está certa”. Se houver divergência na transmissão da Pal∴ Sem∴, repete-se novamente todo o proce-dimento. B) - SESSÃO MAGNA DE INICIAÇÃO INTRODUÇÃO

Considerando que a Sessão Magna de Iniciação é a prática Ritualística que mais requer

esmero e dedicação de todos participantes, solicitamos aos Irmãos sua atenção para as Orienta-ções abaixo relacionadas, a fim de se evitar desencontros e situações constrangedoras durante os trabalhos Ritualísticos.

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18È importante ressaltar que todos os Irmãos presentes na sessão são meramente

coadjuvantes, onde o ator principal é sempre o Candidato. Ele é o centro das atenções, e tudo deve ser feito para que os ensinamentos transmitidos durante os trabalhos sejam pôr ele assimi-lados. Sua visão temporariamente impedida, possibilita uma audição aguçada e sensível. A pre-sença de alguém sempre ao seu lado, deve sempre inspirar confiança e gerar tranqüilidade.

Todo cuidado no desenvolvimento do trabalho ritualístico e total atenção no desenrolar do mesmo se faz necessário para que se atinja na sua plenitude o objetivo principal ou seja, o de possibilitar o inicio do processo de transformação do Homem Comum em um Homem Maçom. Todo tipo de brincadeira, chacota, conversa paralela, insinuações entre outras atitudes não condizentes com os princípios maçônicos e que possam provocar qualquer tipo de constrangi-mento ou pondo às vezes em risco a integridade física da pessoa são inadmissíveis e inaceitá-veis, quer durante a preparação do Candidato antes dos inicio dos trabalhos, quer durante o transcorrer dos trabalhos. Iniciação não é "trote". A Maçonaria é uma instituição séria compos-ta de homens sérios, e como tal devemos agir e portar.

O Candidato após ser preparado, deve estar tranqüilo e confiante. Deve ser orientado quanto à importância da cerimônia simbólica pela qual vai passar, onde sua atenção deve ser to-tal em tudo que vai ser falado e perguntado, para que suas respostas sejam sinceras, espontâneas e naturais. Durante o desenvolvimento dos trabalhos, deverá ser conduzido com moderação, sendo proibido usar de violência e excessos, principalmente nas provas da Taça Sagrada e duran-te as viagens. É necessário que o candidato esteja emocionalmente tranqüilo e equilibrado, to-talmente confiante e seguro em relação ao seu guia e convicto de que está no meio de amigos, futuros irmãos. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA UMA SESSÃO DE INICIAÇÃO

01 - Leitura prévia e cuidadosa do Ritual por todos aqueles que terão participação direta

nas sessão. É indispensável pelo menos um ensaio com todos para se evitar falhas imperdoáveis, que descaracterizam e quebram a ritualística dos trabalhos de Iniciação.

O cuidado com a preparação de qualquer trabalho ritualístico, principalmente em uma Sessão Magna de Iniciação, deve ser ponto de honra para qualquer administração.

Durante o decorrer dos trabalhos, as leituras devem ser feitas com desenvoltura, em tom firme, voz empostada, segura e de forma audível por todos presentes, sem titubeio e erros, que fazem com que até de olhos vendados o Candidato perceba que os protagonistas estão inseguros e não dominam o que estão fazendo. Existindo mais de um Candidato, porem nunca mais de três, as perguntas podem ser feitas de forma alternadas entre eles.

O Templo deve ser adequadamente preparado. O sistema de ar condicionado ou de venti-lação, devem ser revisados para funcionarem a contento, principalmente nos períodos de calor intenso. No R∴E∴A∴A∴ não existe a queima de incenso ou similar antes, durante ou de-pois da sessão.

Todos devem estar rigorosamente vestidos e paramentados, conforme determina a legisla-ção maçônica pertinente.

02 - O Secretário deve preparar a documentação do Candidato com antecedência, onde deverá incluir o Testamento a ser preenchido, o Ritual do Grau 01, as Constituições do Grande Oriente do Brasil e do Grande Oriente Estadual, o RGF e o Regimento Interno da Loja, o Certifi-cado ou Carteira provisória bem como um avental de Aprendiz e dois pares de Luvas Brancas.

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1903 - O Mestre de Harmonia deve ter o cuidado de montar a trilha sonora adequada

para a solenidade, sempre preferencialmente com clássicos orquestrados. Sua total atenção para o desenrolar da Ritualística é imprescindível para não cometer fiascos, deixando de colocar música nas horas apropriadas ou utilizando de trilhas sonoras que não condizem com o desenvolvimento dos trabalhos. Deixar preparada a trilha sonora do Hino a Bandeira com a primeira e ultima es-trofe (RGF Art.221-III d) mais o estribilho, que deve conter a palavra "juvenil". Durante toda a sessão a música deve se fazer presente de forma harmônica, cabendo ao Mestre de Harmonia manter a tonalidade e o volume do som o mais adequado possível para cada momento.

04 - O Arquiteto da Loja, deve deixar preparado e nos seus devidos lugares, o Pavilhão Nacional (fora do Templo), as Estrelas e Espadas, o Mar de Bronze, o Banco (e não cadeira) das Reflexões, a Chama da Purificação (utilizar velas, lamparina ou pedaço de estopa), as Taças Sa-gradas e as Bebidas Amarga (de preferência de raízes naturais) e Doce (utilizar água e adoçante diet).

05 - A Ritualística de Culto ao Pavilhão Nacional (entrada e saída da Bandeira) está nor-matizada pelo Decreto Maçônico nº 0084 de 19.11.97 do GOB e pela legislação profana através das Leis 5.700 de 01.09.71 e 5.812 de 13.10.73, que devem ser observadas na integra. De acordo com o artigo 134 da Constituição do G∴O∴B∴, o Hino Nacional e o Hino à Bandeira devem ser CANTADOS por todos os Irmãos presentes. 06* - O Orador fará a leitura somente do Artigo 1º da Declaração de Princípios da Ma-çonaria Universal contidos na Constituição do G∴O∴B∴. Na circulação do Tronco de Benefi-cência, é função do Orador, de forma objetiva, explicar o significado desta prática ao iniciado, bem como conferir o valor arrecadado e anunciá-lo em moeda corrente no país na mesma sessão. Não se deixa o resultado da coleta sob malhete, pois isto é um desrespeito aos presentes. O O-rador deve preparar sua fala de modo que em poucas palavras sintetize a filosofia do Grau de Aprendiz, e na mesma oportunidade saudar o Iniciado em nome de todos IIr∴ da Loja, permi-tindo com isto que na "palavra relativa ao ato" ela fique integralmente disponível aos con-vidados.

07 - Os efeitos da Ritualística e da Liturgia em qualquer dos trabalhos maçônicos somente podem ser sentidos se o ritual for seguido integralmente. Não se pode suprimir parte do Ritu-al. Não existe trabalho ritualístico “sem formalidades”.

08 - O emprego do Malhete por parte do Ven.∴ e VVig∴, deve ser sincronizado, nítidos e com firmeza, caracterizando atenção e segurança quanto aos trabalhos. Os VVig∴ devem estar atentos para os momentos de repique com o Malhete que deverão ser BATIDOS COM FORÇA E FIRMEZA, porem sem exageros.

09 - O Mestre de Cerimônias e o Experto, são peças fundamentais para o desenvolvi-mento correto dos trabalhos, com toda formalidade e rigor que exige o Ritual. Devem conhecer todos os procedimentos ritualísticos previstos para a sessão e dominar com segurança os textos maçônicos envolvidos na cerimônia. 10 - O traje dos Maçons no R∴E∴A∴A∴ é o Terno Escuro (preto ou azul marinho), a camisa branca, meias pretas, sapatos pretos e gravata preta. Nas Sessões Magnas não se admite o uso de Balandrau. O Avental juntamente com as luvas brancas fazem parte do vestuário maçôni-co. * Quem confere o tronco é o tesoureiro e não o orador

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20ATIVIDADES EXERCIDAS PELO MESTRE DE CERIMÔNIAS

O cargo de MESTRE DE CERIMÔNIAS é um dos cargos mais importantes de uma Loja

Maçônica. Além das atribuições que lhe são competentes e previstas na legislação, ele deverá ser um “exímio” executor da Ritualística do Grau em que estiver trabalhando. É indispensável que este Oficial tenha o mais completo domínio do Cerimonial Maçônico em todas as Sessões, quer seja Administrativas, Magnas ou Públicas.

01 - Após compor a Loja e distribuir as insígnias, deverá formar o cortejo e dar entrada ao Templo aos IIr∴, respeitando a hierarquia de graus e cargos maçônicos do simbolismo. Após conduzir o Ven∴ ao Altar pelo lado Norte, deverá convidar os M∴I∴ e Autoridades Maçônicas a ocuparem assentos nos lugares reservados no Oriente. 02 - Todo cerimonial relativo a Entrada e Saída da Bandeira do Brasil (Culto ao Pavilhão Nacional) deverá estar de acordo com o Dec. 0084 de 19.11.97 - G∴O∴B∴. A Guarda de Hon-ra será composta pelo M∴CCer∴ e mais dois MM∴ MM∴. A Comissão de Recepção será constituída por 13(treze) MM∴ MM∴ munidos de estrela e espada, distribuídos 07(sete) na Co-luna do Norte e 06(seis) na do Sul. Todos devem estar de luvas brancas. 03 - Para a realização da prova da Taça Sagrada, cabe ao M∴ CCer∴ conduzir o candida-to até o Altar, entregando-o ao Ir∴ Sacrificador(Experto), voltando a seguir ao seu lugar.

04 - No momento do candidato prestar seu Juramento, orienta-lo em relação à posição cor-reta de se ajoelhar (j∴ esq∴). Sobre o L∴L∴ deverá estar também um exemplar da Constitui-ção do G∴O∴B∴. Nunca utilizar o compasso que esta sobre o L∴ L∴ para o candidato apoiá-lo junto ao peito. 05 - Após o Juramento o candidato é retirado para recompor suas vestes retornando ao Templo, ainda vendado, postando-se entre Colunas. Alguns Irmãos Mestres que ocupam a pri-meira fila nas Colunas, munidos de Espadas na mão direita, ficam de pé em seus lugares, com a espada voltada (apontada) para o Candidato. Apagam-se todas luzes do Templo, menos as auxi-liares para leitura.

06 - Após o terceiro repique de malhetes, a venda é retirada totalmente. As luzes do Tem-plo deverão ser acesas por etapas, porém de forma contínua, para que o Neófito readquira ao poucos a plenitude de sua visão.

07 - Acompanhar o Neófito até o Altar de JJur∴ no Oriente e prepará-lo corretamente quanto a postura para a cerimônia de Sagração. Solicitar a presença do Porta-Espada com a Es-pada Flamejante para se colocar ao lado do Altar. O Porta-Estandarte, empunhando o Estandarte da Loja, deverá se posicionar atrás dos Neófitos no momento da Sagração. No momento da Sa-gração a Espada Flamejante não deverá tocar a cabeça do Neófito, pois simbolicamente sua lâmina representa uma chama.

08 - Terminada a Sagração, posicionar o Neófito para que fique do lado Norte do Orien-te, afim de que possa receber as primeiras orientações do Venerável, bem como o Avental, Lu-vas, Ritual, Carteira Provisória, Constituições, RGF, Regimento Interno da Loja e as instruções iniciais ministradas pelo M∴ CCer∴, ou sejam: Sin∴ de Ord∴ e Bat∴ do Gr∴.

ATENÇÃO: A Bat∴ do Gr∴ é dada mantendo-se a mão esquerda parada e com a pal-ma voltada para cima e sobre ela movimenta-se a mão direita, em bateria, por três vezes. Ba-teria não é aplauso.

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2109 - Depois de receber o Trip∴ e Frat∴ abraço do Ven∴ em nome de todos Irmãos,

conduzir o Neófito até a mesa do 1º Vig∴ para que possa aprender a trabalhar na P∴ B∴. A maneira correta de como entrar ritualisticamente e com toda formalidade no Templo fica para ser ministrada, na forma de instrução, na próxima sessão do grau.

ATENÇÃO: O Trip∴ e Frat∴ Abr∴ é dado pôr três vezes, de forma alternada, manten-do sempre a mão esquerda apoiada junto as costas do Neófito, e a direita livre para se mo-vimentar, em bateria, por três vezes. 10 - Com o Neófito entre Colunas, receber e retribuir a Tríplice Bateria do Grau recebida. Conduzi-lo até a mesa do Chanceler, para assinatura no livro de presença e logo a seguir, orien-ta-lo para que possa tomar assento no topo da Coluna do Norte. ATENÇÃO: A Expressão “topo da Coluna”, significa qualquer assento entre os lugares reser-vados aos Aprendizes, e não necessariamente na extremidade próxima a Balaustrada. Topo não significa “ponta” ou "extremidade”, mas sim toda a extensão da Coluna do Norte. ATIVIDADES EXERCIDAS PELO EXPERTO

O EXPERTO, como o nome já diz, é o perito da Loja e suas funções são múltiplas. Hie-

rarquicamente, é o sexto oficial da Loja, o primeiro depois das “Cinco Dignidade”. Este cargo, por tradição, é confiado a um Maçom experimentado que conhece a fundo os Rituais e a dinâmi-ca do trabalho ritualístico em uma sessão, principalmente Magna de Iniciação, pois o seu papel é essencial em todas as Cerimônias maçônicas, sendo executor de todas as decisões tomadas.

Nas Sessões Magnas de Iniciação cabe ao Irmão Experto (corretamente paramentado utilizando um capuz para não ser reconhecido e um balandrau preto talar) a tarefa e o cui-dado de receber e preparar o candidato para que passe pelo cerimonial simbólico da Iniciação, conduzindo-o e instruindo-o com segurança. Cabe também ao Experto, coibir e proibir exage-ros e brincadeiras de mau gosto com o candidato, pois ele merece todo o nosso respeito.

01 - Recepção do Candidato - o candidato, deve ser introduzido ao prédio da Loja de modo que não veja, nem identifique a ninguém, senão o seu introdutor, isto pelo menos uma hora antes do início da sessão. Em seguida vendar-lhe os olhos e conduzi-lo a sala do átrio.

02 - Câmara de Reflexão - trinta minutos antes do início da sessão, introduzir o candidato a Câmara de Reflexão previamente preparada pelo Arquiteto. Retirar a venda dos olhos e entre-gar-lhe o testamento a ser preenchido e assinado. Orientá-lo para observar atentamente e re-fletir sobre os símbolos e dizeres presentes na câmara.

03 - Cerimonial da Iniciação - após o diálogo inicial, o questionário é entregue ao Exper-to pelo irmão Secretário, espetando-o na sua espada. Sua devolução, após respondido pelo can-didato, é feita ao Irmão Orador da mesma forma. Ao subir o Oriente o Irmão deverá saudar o Ven:. Mestre (com uma parada rápida e formal) e ter o mesmo procedimento ao sair do Orien-te, antes de descer os degraus. Faz-se necessário ressaltar que a espada é sempre conduzida "à ordem", ou seja, junto ao lado direito do corpo, na vertical, e com o punho na altura da cintura.

04 - Paramentação do Candidato - os olhos devem ser vendados, descobrem-lhe o lado esquerdo do peito; arregaça a perna direita da calça acima do joelho direito, ficando também o pé direito descalço (se necessário, utilizar um chinelo). Todos os metais são retirados, depositados em uma bolsa e entregues ao Irmão Tesoureiro.

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22 Após a paramentação do candidato, o Exp∴ o acompanha até a porta do Templo. Fazer a leitura do Nome, Nacionalidade, Profissão e Endereço em voz alta e pausada. Todo diá-logo inicial é travado entre o Ven∴ e o Experto diretamente, ou através do 1º Vig∴.

05 - Entrada ao Templo - assim que autorizado, o candidato é conduzido ao interior do Templo pelo Ir∴ Exp∴ ficando entre Colunas. Depois da segunda interpelação feita pelo Ven∴, coloca-se a ponta da espada em contato com o peito, de modo que o candidato a sinta espe-tando.

06 - Oração - antes do início, o Experto deve conduzir o candidato à mesa do 1º Vigilante e faze-lo ajoelhar-se, isto significa que deverá faze-lo com os 2 (dois) joelhos simultaneamente. Após este procedimento, o candidato é colocado novamente entre colunas.

ATENÇÃO: durante os questionamentos e perguntas, ficar atento para orientar o candida-to, repetindo a questão ou pergunta se necessário for, porem tomando o máximo de cuidado para “não responder por ele”, ou, "colocar palavras e respostas na sua boca". As respostas do candidato deverão ser próprias dele, sem constrangimento, com a maior liberdade e franqueza possível.

07 - Prova da Taça Sagrada - o candidato é encaminhado ao Oriente pelo M∴ CCer∴ junto ao Altar do Ven∴, que fará a entrega do mesmo ao Experto que desempenhará a função de Irmão Sacrificador. Utilizar no preparo da bebida doce, água com adoçante diet e raízes naturais para a bebida amarga. Não permitir ao candidato ingerir toda bebida doce, pois se o fizer, não poderá "esgotar o amargo dos seus restos", como previsto no Ritual. Ao adicionar a bebida amarga, faze-lo com todo cuidado para o candidato não perceber o que esta ocorrendo.

A retirada do candidato deverá ocorrer com moderação, sendo proibido qualquer tipo de exagero, violência ou brutalidades .

08 - Banco das Reflexões - empregar um banco comum, sem encosto e com as pernas de tamanho iguais, e não uma cadeira. É proibido o uso da tábua com pregos ou similares, bem como cruzar espadas sobre o assento. O Experto faz o Candidato dar um giro em torno de si mesmo, para em seguida sentar-se, onde deve permanecer por alguns minutos em reflexão no mais profundo e absoluto silêncio.

09 - Viagens - são em número de três representando os três elementos: o Ar, a Água, e o Fogo. O Experto conduz o Candidato pelo braço durante todo tempo, transmitindo com este ges-to segurança e tranqüilidade. Ao final de cada viagem, ao chegar ao seu destino, o Experto bate por três vezes, com sua própria mão aberta, sobre as mesas dos VVig∴ e altar do Venerável. Fi-car atento para a pergunta a ser-lhe dirigida, bem como para a resposta a ser dada, que deverá já estar memorizada. ATENÇÃO: 1ª Viagem - com ruídos, trovões e cheio de obstáculos simulados ou que não comprometam a integridade física do Candidato (usar a criatividade). Final da 1ª viagem - dirigir até à mesa do 2º Vig∴. Executar a bateria do grau sobre a mesa. Após a interpelação, o candidato é colocado entre colunas, SENTADO. 2ª Viagem - com ruído que imitam o tinir de espadas (empregar ruídos previamente gravados ou mesmo o bater real de espadas) e percorrendo um terreno mais plano, com obstáculos imaginá-rios. Final da 2ª viagem - dirigir até à mesa do 1º Vigilante. Executar a bateria do grau sobre a mesa. Após a interpelação, levar o candidato para ser purificado pela Água junto ao Mar de Bronze, que deverá estar situado a sudoeste do Templo, próximo a Harmonia. Após a purifica-

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23ção pela Água, o candidato fica em PÉ entre colunas, sentando somente após o comando do Venerável. 3º Viagem - sem ruídos e sem nenhum tipo de obstáculos. Final da 3ª viagem - dirigir ao Orien-te até ao Altar. Executar a bateria do grau sobre o mesmo. Após a interpelação, descer do Orien-te, e levar o candidato a ser purificado com o fogo, através de uma chama auxiliar colocada junto ao M∴CCer∴ e por ele auxiliado. Passar as mãos espalmadas por 3 vezes sobre a chama. Não é mais permitido o emprego do "cachimbo de breu e enxofre", bem como de qualquer tipo de chamas através de substâncias inflamáveis contidas em "aerossóis" ou "spray", pois comprome-tem a integridade física do Candidato além do risco de explosões e queimaduras irreversíveis. Após a purificação pelo Fogo, o candidato é colocado entre colunas SENTADO.

A partir deste momento o Mestre de Cerimônia assume a condução do Candidato, encer-rando a participação direta do Experto nos trabalhos ritualístico na Sessão Magna de Iniciação.

10 - ATENÇÃO: O Irmão EXPERTO deverá estar rigorosamente paramentado, ou seja, de balandrau negro com capuz cobrindo todo o rosto. O Capuz é utilizado somente nos momen-tos de contato com o candidato para não ser reconhecido. Após a participação do Irmão na ritua-lística, o balandrau é retirado, permanecendo o Irmão de terno, paramentado e com sua insígnia.

BRETES DE PROVIDÊNCIAS QUE DEVERÃO SER TOMADAS QUANDO DA

REALIZAÇÃO DE UMA SESSÃO DE INICIAÇÃO 1. Taça 2. Pé de Chinelo direito. 3. Bebidas – AMARGA E DOCE 4. Malhete Extra e cinzel junto à mesa do 1o Vig∴ 5. Compasso Extra no ALTAR DOS JURAMENTOS 6. Água e Toalha no MAR DE BRONZE 7. Venda(s) 8. Capuz(es) 9. Lanternas (Ven∴, 1o Vig∴ e 2o Vig∴) 10. Espadas nas Colunas para formação da abóbada de aço 11. Espadas para Diáconos e M∴ de CCer∴ 12. Pavilhão Nacional 13. Velas para Chama da Terceira Viagem 14. Constituição do GOB sobre o ALTAR DOS JURAMENTOS 15. Almofada para o iniciando se ajoelhar 16. Água mineral para os presentes 17. Rascunhos para o Sec∴, Or∴, Chanc∴ e Ven∴ 18. Digitar papeleta contendo NOME, PROFISSÃO, NACIONALIDADE E ENDEREÇO do

iniciando e distribuir entre os Oficiais 19. Rituais para todos os Oficiais 20. Livros de presenças antes do início da sessão 21. Certificados de Presença previamente assinados 22. Hino Nacional para a entrada da Bandeira Nacional 23. Hino à Bandeira(com a palavra JUVENIL) para a saída da Bandeira Nacional 24. Espada Flamejante no ALTAR do Ven∴ 25. Fósforos ou isqueiro para acender as estrelas

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2426. Fósforos ou isqueiro para acender velas para a 3a Viagem 27. Envelope para recolher os metais em poder do candidato 28. Banco sem encosto 29. Reproduzir o compromisso da página 112 do Ritual para facilitar para o Ven∴ 30. Para a Câmara de Reflexão:

a) Questionário; b) Testamento Simbólico do GOB; e c) Testamento do PEMEG(para as Lojas vinculadas). CULTO AO PAVILHÃO NACIONAL

O Culto ao Pavilhão Nacional nos Templos maçônicos, deve obedecer ao Regulamento

Geral da Federação e ao Decreto nº 0084 de 19.11.97, bem como a Lei profana de nº 5.700 de 01.09.71, modificada pela Lei nº 5.812 de 13.10.72 que trata especificamente dos Símbolos Na-cionais.

É a maior autoridade dentro de uma Loja Maçônica, e portanto devemos lhe prestar as honras previstas em nossa legislação.

A Bandeira Nacional tem presença obrigatória nos Templos Maçônicos em todas as Ses-sões Magnas. (Art. 1º - Dec. nº 0084 de 19/11/97 - G∴O∴B∴).

Nas Sessões Litúrgicas Ordinárias, realizadas nos Templos, a Bandeira Nacional poderá ser colocada em seu pedestal antes da abertura dos trabalhos. (Art. 2º - Dec. nº 0084 de 19/11/97 - G∴O∴B∴). Já nas Sessões Magnas de Iniciação, o Pavilhão Nacional dará entrada no Templo antes de iniciar a Ordem do Dia. Sua presença é obrigatória, devendo à sua entrada ser entoado (canta-do) por inteiro o Hino Nacional Brasileiro (Art. 134 - Const. G∴O∴B∴) e à sua saída o Hino a Bandeira, somente nas suas primeira e última estrofes (Art. 221 III d - RGF).

O Pavilhão Nacional será introduzido no recinto do Templo, após a entrada da mais alta autoridade Maç∴ presente à Sessão. Após o ingresso da Bandeira, ninguém mais entrará com formalidades, nem mesmo o Grão-Mestre Geral (Art. 221. II RGF e Art. 4º do Dec. 0084 - G∴O∴B∴). ENTRADA DO PAVILHÃO NACIONAL

De acordo com RGF, em seu Art. 221 e Art. 3º do Dec. 0084 de 19/11/97 - G∴O∴B∴, a Bandeira será recebida por uma Comissão composta de 13 (treze) IIr∴ MM∴ MM∴, armados de Espadas e munidos de Estrelas, e de uma Guarda de Honra de três membros, um dos quais o M∴ CCer∴ (também poderá ser formada pelos DDiac∴ e o M∴ CCer∴, ou por MM∴ e o M∴ CCer∴).

Estando tudo devidamente preparado, o M∴ CCer∴ dá as pancadas regulares na porta do Templo, e depois de receber ordens para dar entrada à Bandeira, faz com que primeiramente en-tre a Comissão de treze membros, em fila dupla, ficando sete ao Norte e seis ao Sul, parados e voltados para o eixo central do Templo, à Ordem, com espada portada na mão direita e estrela na mão esquerda. (Art. 221. b RGF e Dec. nº 0084 de 19/11/97). A Ordem com a Espada: faz-se portando a espada com a mão direita junto a lateral do corpo, punho à altura da cintura, ponta voltada para cima, verticalmente.

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25ATENÇÃO: durante todo o cerimonial de entrada do Pavilhão Nacional, a Guarda de

Honra permanece com a espada sempre à Ordem. O Port∴ Band∴ usando luvas brancas (assim como os demais IIr∴ da Comissão e da

Guarda de Honra, por fazer parte do traje ritualístico) aguarda no Átrio, a ordem do M∴ CCer∴ para entrar no Templo acompanhado da Guarda de Honra.

O Ven∴ colocará os IIr∴ de Pé e à Ord∴ (ou somente de Pé tratando-se de Sessão Magna Pública), autorizando a seguir o M∴ CCer∴ a dar entrada ao Pavilhão Nacional. O Port∴ Band∴ acompanhado da Guarda de Honra, com a Bandeira apoiada no ombro, entra e se põe entre CCol∴, colocando a Bandeira na vertical, ao lado direito do corpo, segura com as duas mãos pela haste, cruzando o braço esquerdo na frente do corpo, antebraço na horizontal; a mão direita sustenta o mastro mais abaixo no alongamento do braço. Antes do inicio da execução do Hino Nacional, o Ven∴ colocará os IIr∴ Perfilados e sem cobertura, para cantarem o Hino. Ao seu final todos retomam o sinal de ordem (Dec: nº 0084 - Art. 5º).

Após a execução do Hino Nacional, a Comissão de recepção ao Pavilhão, deverá fazer continência com a espada para a passagem da Bandeira. Continência com a Espada: faz-se apontando a espada para baixo, do lado direito do corpo, formando um angulo de 45º em prolongamento com o braço direito, voltando o olhar para a Bandeira.

Após o término do Hino Nacional, o Port∴ Band∴, sempre com a Bandeira na posição vertical, rompe a marcha com sua guarda. A Comissão de treze membros deverá acompanhar com o olhar, a passagem da Bandeira, e quando esta passar pelo último membro, todos ao mes-mo tempo, voltam à Ord∴ com a espada.

Durante o deslocamento, todos presentes, devem acompanhar com o olhar até que a Ban-deira seja conduzida diretamente ao seu pedestal, em passos marciais, pelo Port∴ Band∴, a-companhado da Guarda de Honra.

A Guarda de Honra pára nos degraus ou junto à Balaustrada, entrando no Oriente, somente o Port∴ Band∴ (Art. 2º, IV do Dec. nº 0084 de 19/11/97).

Após colocar a Bandeira em seu pedestal, ao lado direito do Venerável em posição verti-cal, o Port∴ Band∴ retorna ao seu lugar, ficando de Pé e à Ord∴.

O Ven∴ Mestr∴ solicita ao M∴ CCer∴ que desfaça a Comissão e a Guarda de Honra, e autoriza os presentes a sentarem-se.

Neste momento, os componentes da Comissão voltam ao Átrio, para deixar as Espadas e Estrelas retornando após aos seus lugares, o mesmo ocorrendo com a Guarda de Honra. SAÍDA DO PAVILHÃO NACIONAL

A Bandeira sempre precederá a saída das autoridades presentes antes do encerramento da

Sessão. Após reconstituir a mesma Comissão e Guarda de Honra o Ven∴ coloca os presentes de

Pé e Ord∴ (ou somente de Pé em Sessão Magna Pública), autorizando o Orad∴ ou convidando outro Ir∴ previamente designado, a fazer a saudação ao Pavilhão Nacional, sem em nenhum momento tocá-lo ou segurá-lo.

Durante a saudação, somente a Guarda de Honra faz continência com as espadas - (Art. 8º - V, Dec. 0084).

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26A Bandeira é erguida verticalmente pelo Port∴ Band∴ no Oriente. A Guarda de Honra

se coloca no Ocidente à entrada do Oriente. A saudação poderá ser a constante no Dec. nº 0084 - G∴O∴B∴, ou pequena peça de ar-

quit∴ alusiva à Bandeira, à Pátria e ao amor que os MMaç∴ a ela devotam, desde que nos mes-mos limites de honra e respeito a Bandeira Nacional - (Art. 7º do Dec. nº 0084).

Após a saudação o Port∴ Band∴ aguarda que a Col∴ de Harm∴ execute o Hino à Ban-deira apenas na sua primeira e ultima estrofe. Terminada a execução do Hino, à Bandeira sai do Oriente e acompanhada da Guarda de Honra, passar pela Comissão que estará em continên-cia com as espadas.

ATENÇÃO: A letra correta do Hino à Bandeira na sua origem, trás no seu estribilho a pa-lavra "juvenil" e não varonil, que foi introduzida indevidamente em algumas versões editadas posteriormente

Ao passar pelo último membro da Comissão, as espadas voltam à Ord∴. Em seguida o Port∴ Band∴ e os IIr∴ da Guarda de Honra retornam aos seus lugares.

A Comissão aguarda entre CCol∴ que o M∴ CCer∴ receba ordens para desfaze-la, após o que, voltam a seus lugares. OBSERVAÇÕES:

1) - É recomendável que o M∴ CCer∴ escolha com antecedência, os IIr∴ que farão parte

da Comissão, certificando-se que os mesmos estejam cientes de como praticar este ato ritualísti-co(se necessário, orientá-los), e de que compareçam à Sessão, em traje apropriado ou seja: terno preto ou azul marinho, camisa e luvas brancas, gravata preta, sapato e meias pretos (RGF. Art. 84).

Assim procedendo, o M∴ de CCer∴ ao receber ordens para compor a Comissão solicitará a presença dos MM∴ MM∴ previamente designados para esta função.

ATENÇÃO: Nunca é demais lembrar que este cerimonial deve ser ensaiado com antece-dência, sempre que deva ser executado, ou em períodos regulares, para que seja desenvolvido com todo o rigor e brilho requeridos.

2) - A Bandeira, as Espadas e as Estrelas deverão estar no Átrio, para facilitar o trabalho da Comissão e do Porta-Bandeira. O Arquiteto acenderá as Estrelas previamente para não tumul-tuar a entrada da Comissão. O M∴ de Ccer∴ que é o responsável pelo cerimonial, deverá usar de todo o rigor, para que o mesmo seja cumprido fielmente.

3) - O M∴ CCer∴ fazendo ou não parte da Guarda de Honra, será sempre o responsável pela organização de todo o cerimonial relativo ao Culto ao Pavilhão Nacional.

4) - O Hino Nacional poderá ser de simples execução instrumental, tocando-se a música integralmente, mas sem repetição, ou de execução vocal, onde sempre serão cantadas as duas partes do poema fazendo-se canto em uníssono (Lei dos Símbolos Nacionais nº 5.700 de 01/ 09/ 1971 - Art. 24).

5) - Postura correta durante o Culto ao Pavilhão Nacional: a)Sessões Maçônicas - de Pé e a Ordem. b)Sessões Maçônicas Públicas – de Pé e Perfilado

6) - Sempre que for executado o Hino Nacional, todo Maçom deve ficar descoberto. Quando o Hino Nacional e o da Bandeira for entoado (cantado), mesmo nas sessões Maçôni-

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27cas, o Maçom deve ficar de Pé e Perfilado(Art. 5º do DEC. 0084-G∴O∴B∴) e não com o Sinal de Ordem. Também é considerada como postura incorreta a colocação da mão sobre o peito.

7) - Importante lembrar que Aprendizes e Companheiros não tomam parte na Comissão de Recepção e nem na Guarda de Honra ao Pavilhão Nacional, uma vez que não podem portar espadas, pois são de uso exclusivo dos MM∴ MM∴. Não existindo a presença de 13(treze) MM∴ MM∴, a Comissão poderá ser formada por um número menor, porem sempre com um total impar (11, 9, 7, 5 e 3 - Irmãos Mestres).

8) - O seis IIr∴ componentes da Comissão de recepção ao Pavilhão Nacional (coluna sul) deverão, ao dar entrada ao Templo, circular ritualisticamente (sentido horário - Norte/Sul). O mesmo procedimento deve ter os Sete IIr∴ da Comissão (coluna norte) ao se retirarem do Tem-plo.

9) - É vedada a execução de quaisquer arranjos vocais do Hino Nacional, a não ser o de Alberto Nepomuceno, bem como não é permitida a execução de arranjos artísticos-instrumentais (Lei 5.700, Art. 34).

10) - Conforme a Lei 5.700, quando a Bandeira se apresentar em marcha ou cortejo, todos devem tomar atitude de respeito e em silêncio, sendo vedada qualquer outra forma de sauda-ção. Logo não existe bateria incessante de palmas ou aplausos.

ATENÇÃO: O Culto ao Pavilhão Nacional é uma prática normatizada por legislação pro-fana específica - Lei dos Símbolos Nacionais nº 5.700 de 01.09.71, modificada pela 5.812 de 13.10.72, que devem ser acatadas e respeitadas por todos. É um procedimento cívico, que foi in-corporado aos trabalhos maçônicos e regulamentado pelo Dec. nº 0084 de 19.11.97 do G∴O∴B∴. ENTRADA E SAÍDA DO PAVILHÃO NACIONAL - QUADRO RESUMO ( Conforme Dec. 0084 de 19.11.97 - GOB ) ENTRADA: 1) Comissão de 13 Mestres Maçons (7 na coluna Norte e 6 na coluna Sul). 2) Guarda de Honra com 03 M∴ M∴ - (portando espadas). 3) Depois de cantado o Hino Nacional a Comissão de Recepção(13 IIr∴) abate as espadas em

continência a Bandeira. Após passar por toda comissão, todos voltam a ordem com as es-padas. Obs: Ao iniciarem o canto do Hino Nacional, os Irmãos ficam de pé, perfilados e descober-

tos. Ao seu término restabelecem o Sinal de Ordem.

4) A Guarda de Honra e o Mestre de Cerimônias não sobem o Oriente, somente o Ir∴ Port∴ Band∴ com a bandeira e a coloca no seu lugar(do lado direito do venerável próxima a parede de fundo).

SAÍDA: 1) O Porta-Bandeira retira a Bandeira do pedestal e a sustenta na vertical, acima do corpo, sem segurar pelo pano.

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282) O Ir∴ que vai fazer a saudação posta-se de frente a Bandeira. 3) A Guarda de Honra aguarda no “OCIDENTE”, na entrada do Oriente. 4) Quando iniciar a Saudação a Bandeira, a Guarda de Honra(somente ela) abate as espadas em continência. Após a saudação voltar à Ordem com as espadas. 5) Após execução e canto do Hino a Bandeira, a Comissão de Recepção (13 IIr∴) abate as es-padas em continência. Depois da passagem da Bandeira, a comissão volta com as espadas na posição original ou seja, a ordem. Obs: Ao iniciarem o canto do Hino a Bandeira, os Irmãos ficam de pé, perfilados e descober-

tos. Ao seu término restabelecem o Sinal de Ordem. ATENÇÃO - Quando o Porta-Bandeira estiver parado, para a execução do Hino Na-

cional (entrada), a Bandeira deverá estar na posição vertical, do lado direito do Ir∴ Port∴ Band∴, segurando o mastro(haste) com as duas mãos, cruzando o braço esquerdo na fren-te do corpo, antebraço na horizontal e a mão direita sustentando o mastro mais ao alto, no alongamento do braço. NORMAS GERAIS DE COMPORTAMENTO RITUALÍSTICO

Respeitando as particularidades, os procedimentos e a ritualística específica de cada Rito,

relacionamos algumas normas gerais de comportamento ritualísticos básicos para os trabalhos em Loja, principalmente para a prática do R∴E∴A∴A∴ em particular.

1 - Não são feitos Sinais quando se circula normalmente pelo Templo, por dever de o-fício ou não.

2 - Os Sinais maçônicos, de ordem e saudação, só são feitos quando o Obr∴ está em pé e parado; assim é um grave erro fazer o Sinal enquanto se anda pelo Templo (a exceção é a mar-cha do Grau) e enquanto se está sentado. 3 - Todos os Sinais maçônicos são feitos com a mão e jamais com instrumentos de tra-balho (Malhetes, Espadas, Bastões, Sacolas, etc.) 4 - Qualquer sessão maçônica deve ser aberta e fechada com todas as formalidades ritua-lísticas, pois não é maçônica a sessão aberta e/ou fechada a um só golpe de malhete, ou com eli-minação das principais passagens ritualísticas, salvo nos casos previstos na legislação maçôni-ca. 5 - Não é permitido ao Maçom, paramentar-se no interior do templo; isso deverá ser feito no átrio, tanto por aqueles que participam do cortejo de entrada quanto por aqueles que chegam com atraso. 6 - Da mesma maneira, não se deve tirar os paramentos dentro do Templo. 7 - Qualquer Maçom retardatário, ao ter o acesso ao Templo permitido, deverá fazê-lo com as devidas formalidades do Grau; é errado ele se dirigir ao seu lugar sem formalidades e sem autorização do Venerável. 8 - Em Loja Simbólica, no Livro de Presenças, só deve constar o Grau simbólico do Maçom - Aprendiz, Companheiro, ou Mestre - ou a sua qualidade de Mestre Instalado (que não é Grau), não sendo permitido o uso dos Graus Filosóficos em que ele esteja colado. 9 - Também não são permitidos paramentos de Altos Graus ou Graus Filosóficos em Loja Simbólica em sessões exclusivas de maçons. 10 - É errada a prática de arrastar os pés no chão como sinal de desaprovação a um pronunciamento.

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29 11 - Também são errados os estalos feitos com os dedos polegar e médio, para demonstrar aprovação ou aplauso, com exceção no Rito Adonhiramita. 12 - Qualquer Obreiro ao sair do Templo durante as Sessões, deve fazê-lo andando nor-malmente e não de costas como muitos fazem, alegando um pretendido respeito ao Delta. 13 - Não é permitido retirar metais do tronco de Solidariedade durante a sua circula-ção. O Tronco deve ser sempre engrossado e nunca esvaziado ou diminuído por retiradas indevi-das. 14 - É errado, ao colocar a sua contribuição no Tronco, o Obreiro anunciar que o faz por ele e por Irmãos ausentes ou Lojas, pois a contribuição é sempre pessoal e presencial. 15 - A Transmissão da palavra Semestral através da Cadeia de União, exige absoluto si-lêncio e postura ereta; assim, é um erro arrastar os pés e/ou balançar o corpo ou os braços nessa ocasião. 16 - Independentemente do Grau em que a Loja esteja funcionando, o Obreiro que chegar atrasado à Sessão deverá dar somente três pancadas na porta. 17 - O Cobridor, quando não puder dar ingresso, ainda, a um irmão retardatário, respon-derá com outras três pancadas no lado interno da porta. 18 - Não pode haver acúmulo da Sessão de Iniciação com qualquer outra, a não ser a de filiação. 19 - A circulação ordenada no Templo, no espaço entre as Colunas do Norte e do Sul é feito no sentido horário, circundando o painel do Grau, já que o Pavimento Mosaico, quando existir, ocupa todo o piso do Templo. 20 - No Oriente não há padronização da marcha. 21 - Nos Templos que possuem degraus de acesso ao Oriente (que não são obrigatórios), os Obreiros devem subi-lo andando normalmente e não com passos em esquadria. 22 - O Obreiro que subir ao Oriente, deve fazê-lo pela região Nordeste (à esquerda de quem entra), saindo, depois, pelo Sudeste(à esquerda de quem sai). 23 - Aprendizes e Companheiros não podem ter acesso ao Oriente (exceto na Iniciação e Elevação) que é o fim da escalada iniciática, só acessível aos Mestres. Da mesma maneira, os Aprendizes não devem ter acesso à Coluna dos Companheiros. 24 - Com mais razão, os “profanos” presentes às Sessões abertas ao público (Sessão Pú-blica e não Sessão Branca como se emprega erradamente), não devem ter acesso ao Oriente. Os homens sentam-se, exclusivamente, na Coluna da Força (a do 1º Vigilante), e as mulheres, exclusivamente, na Coluna da Beleza (a do 2º Vigilante). 25 - Nas Sessões abertas ao público (Sessão Pública) não é permitido correr o Tronco de Beneficência entre os “profanos”. 26 - Nenhum Obreiro pode sair do Templo sem autorização do Venerável. 27- Se o Obreiro for sair definitivamente do Templo, deverá, antes, colocar a sua contri-buição no Tronco de Beneficência, e entre colunas fazer a saudação ao Ven∴ e VVig∴, sempre acompanhando M∴ Cer∴. 28 - Se a Loja possuir Cobridor Externo, este ficará no átrio durante toda a cerimônia de abertura da Sessão portando Espada, entrando depois e ocupando o seu lugar a noroeste; só sairá se alguém bater à porta do Templo. 29 - Sempre que um maçom desconhecido apresentar-se à porta do Templo ele deverá ser telhado pelo Cobridor. Telhar é examinar uma pessoa nos Toques, Sinais e Palavras, cobrin-do-se o examinador contra eventuais fraudes (telhar é cobrir, claro); o termo é confundido com

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30Trolhar que significa passar a trolha, aparando as arestas (apaziguando irmãos em eventual litígio). O termo certo, para o exame descrito é telhamento (trolhamento nesse caso, é incorreto) e é por isso que o Cobridor é, também chamado de Telhador (nos países de língua inglesa é o Tiler; nos de língua francesa é o Tuileur; na Itália é o Tegolatore; e assim por diante). Deve-se também durante o telhamento, solicitar a documentação maçônica(Carteira de Identificação Maçônica com data de validade em vigor ou documento similar) e profana (Carteira de Identi-dade) para se verificar a regularidade do visitante bem como da Obediência e Loja maçôni-ca à qual pertencer.

30 - A hora em que os Maçons simbolicamente iniciam os seus trabalhos, é sempre a do meio-dia porque esse momento do dia tem um grande significado simbólico para a Maçonaria: é a hora do sol a pino, quando os objetos não fazem sombra; assim, é o momento da mais absolu-ta igualdade, pois ninguém faz sombra a ninguém. 31 - A maneira maçônica correta de demonstrar em Loja, o pesar pelo falecimento de um irmão é a bateria fúnebre, ou bateria de luto: três pancadas em surdina (ou surdas), dadas com a mão direita, sobre o antebraço esquerdo (surdina é uma peça que se coloca nos instrumentos para tornar surdos, ou abafados os seus sons; em surdina, significa: com som abafado). O tradi-cional minuto de silêncio é homenagem “profana”. 32 - Os Obreiros com assento no Oriente “têm o direito”, se assim desejarem, de falar sentados. 33 - Irmãos visitantes só são recebidos após a Ordem do Dia e nunca depois da circula-ção do Tronco, não devendo, também participar das discussões de assuntos privativos da Loja visitada.

34 - Um obreiro do Quadro, se chegar atrasado à Sessão, não poderá entrar durante o processo de votação de propostas, já que não participou da discussão; também não poderá in-gressar depois da circulação do Tronco e durante a abertura Ritualística. 35 - Não é permitida a circulação de outros Troncos cuja finalidade não seja a de benefi-cência. 36 - Em qualquer cerimônia em que sejam usadas velas, elas serão sempre apagadas com abafador e não soprando a chama. 37 - Só o Venerável Mestre ou outro Mestre Instalado é que pode fazer a sagração do candidato à iniciação, à Elevação ou à Exaltação. Também só um Venerável ou outro Mestre Instalado é que pode tocar a Espada Flamejante, símbolo do poder de que se acham revestidos, ao fazer a sagração. 38 - Só o Maçom eleito para o Veneralato de uma Loja é que pode receber a dignida-de de Mestre Instalado, depois de passar pelo Ritual de Instalação. 39 - A Aclamação, nos Ritos que a possuem, deve ser feita em altos brados, O certo é Aclamação e não exclamação, como dizem alguns Rituais. 40 - Depois que a palavra circulou pelas Colunas e está no Oriente, se algum Obreiro das Colunas quiser acrescentar algo, deverá solicitar ao seu Vigilante que a palavra volte a elas; se o Venerável concordar, haverá todo o giro regulamentar de novo. Não se justificam os famo-sos pedidos “pela ordem”, para falar sobre o mesmo assunto, pois esse pedido é apenas uma questão de ordem que só deve ser levantada para o encaminhamento de votações e para chamar a atenção para eventuais alterações da ordem dos trabalhos. 41 - Não é permitido aos Obreiros, passar de uma para outra Coluna ou até para o O-riente durante as discussões de assuntos em Loja, para fazer uso da palavra, para réplicas ou para

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31introduzir um novo enfoque da questão. Nesses casos, o correto é que a palavra volte as colunas e faça o seu giro normal, para que o assunto torne-se esgotado e fique definitivamente esclarecido.

42 - Durante as Sessões de Iniciação não pode ser dispensada nenhuma formalidade Ritualística em função da crença religiosa do candidato; isso, em relação principalmente à genu-flexão, que muitos acham que pode ser dispensada se a crença do candidato não permiti-la. To-davia, se o Rito exigir que o candidato ajoelhe-se ele será obrigado a fazê-lo mesmo contrari-ando sua formação religiosa. O que deve ser feito antes da aceitação do candidato, é o padrinho ou os sindicantes avisá-lo dessa exigência do Rito, para que ele possa apresentar sua proposta a outra Oficina, cujo Rito não exija a genuflexão. 43 - A Cadeia de União deve ser formada exclusivamente para a transmissão da Pala-vra Semestral, com exceção do Rito Schroder, onde ela é formada ao final de qualquer Sessão. 44 - Não pode, um Aprendiz, ser impedido de falar, em Loja, já que é só simbólico o seu impedimento de fazer uso da palavra, já que em qualquer sociedade iniciática, o recém-iniciado, simbolicamente, só ouve e aprende, não possuindo, ainda, nem os meios e nem o co-nhecimento para falar. Esse simbolismo é mais originado do mitraismo persa e do pitagorismo. 45 - Não existe um tempo específico para a duração de uma Sessão maçônica, já que dependendo dos assuntos a serem tratados, ela poderá durar mais ou menos tempo. Qualquer li-mitação do tempo de duração das Sessões é medida arbitrária, pois cerceia a liberdade dos mem-bros do Quadro, impõem restrições à Loja e interfere na sua soberania, quando tal medida é to-mada pelas Obediências. Os Obreiros é que devem ter discernimento para evitar perda de tempo com assuntos irrelevantes; o Venerável também tem que ter discernimento para evitar que a Ses-são se estenda sem motivo justificado. Mas isso é uma decisão da Oficina e não pode ser medida impostas pela Obediência. 46 - Não é permitida a presença de imagens de santos, ou símbolos religiosos, no templo, para não interferir com a crença pessoal dos OObr∴; são permitidos, apenas, nos Ritos teístas, os símbolos alusivos ao G∴A∴D∴U∴, como o Delta Radiante. Errado é, portanto, colocar no Templo, como fazem algumas OOf∴, imagens de S. João Batista, S. João Evangelista, S. Jorge, etc. Todavia, é permitida a presença de representações de Zeus (Júpiter dos romanos), ou Atená (Minerva dos romanos), para o Ven∴, Ares (Marte dos romanos), para o 1º Vig∴ e Afrodite (Vênus dos romanos) para o 2º Vig∴, pois, além da assimilação aos atributos desses cargos, es-ses são deuses da mitologia greco-romana, que hoje não representam mais qualquer grupo religi-oso. 47 - Tanto na circulação do Tronco como na da sacola para coleta de propostas e informa-ções dos OObr∴, o Oficial designado (Hospit∴, ou M∴ de CCer∴) deverá apresentar o recipi-ente, alargando-lhe a boca e virando a cabeça discretamente, para o lado. O Obr∴, sentado e sem qualquer sinal, colocará a sua mão fechada na sacola, retirando-a aberta (no caso do Tronco, principalmente, para que fique em segredo a sua contribuição). 48 - A Cerimônia de Incensação do Templo, no início da Ses∴, só existe no Rito Ado-niramita; nos demais, é prática errada. 49 - Quando um Apr∴ tiver que apresentar algum trabalho (para aumento de salário, ge-ralmente) ele deverá fazê-lo de seu lugar, na Coluna, e não do Or∴, que lhe é vedado, ou Entr∴ CCol∴, local que tem uso específico.

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32 50 - O uso da palavra “Entre Colunas” é específico: caso algum Obr∴, que tenha o Grau de Mestre Maçom, seja flagrantemente, impedido de falar - ou ignorado, em seu pedido - pelo Vig:. de sua Col∴, num flagrante desrespeito aos seus direitos, poderá colocar-se Entr∴ CCol∴, de onde pode pedir a palavra diretamente ao Ven∴ e onde não pode ser interrompido, ou ter a palavra cassada, a não ser que se comporte sem o decoro exigido de um Maç∴ em Assembléia de MM∴ 51 - O único membro do Quadro de uma Loja que, se chegar atrasado à Ses∴, tem o direi-to de ser recebido com formalidades, com todos os OObr∴ de pé e à ordem - é o Venerável. 52 - Em LLoj∴ simbólicas, só são consideradas autoridades maçônicas os portadores de cargos em altos corpos simbólicos - do Executivo, do Legislativo e do Judiciário - além de VVen∴ e ex-VVen∴ 53 - Durante os trabalhos os Sinais são: o de Ordem e a Saudação. Inclinação de cabeça ou tronco não são Sinais Maçônicos, pode ser religioso, ou de saudação em Artes Marciais - (Atenção - Templo Maçônico não é Igreja e nem Tatami de Judô, Caratê, etc.). 54 - Na leitura do texto bíblico na abertura de Sessão, não existe uma “prece” invocativa ou de súplica, mas sim um relato histórico-mistico, ou um cântico. Logo não se admite a expres-são “Amém” ou “Assim Seja”, empregados ao final de uma oração (prece). 55 - Não existe no R∴E∴A∴A∴, nenhuma reflexão, mensagem e principalmente uma “prece” no átrio, preconizada pelo Rito Adonhiramita e introduzida no escocesismo pelos mís-ticos e ocultistas.

56 - Durante as Cerimônias de Iniciação é expressamente proibido se utilizar de práticas que possam comprometer a integridade física e psíquica do candidato, tais como: movimentos bruscos, tábua de pregos, arame farpado, agulhas, prova da coragem, visita a cemitérios, passeio em porta malas, rampas inclinadas, gangorras, cachimbo de chamas, entre outros exageros e absurdos que se acham, infelizmente, ainda presentes em algumas cerimônias.

C – ORIENTAÇÕES GERAIS PROTOCOLO DE RECEPÇÃO E TRATAMENTO

Faixa 1 Tratamento: Ilustre Irmão. São recebidos pelo M∴ CCer∴ com uma Comissão de três membros armados de espadas e mu-nidos de estrelas, abóbada de aço, uma salva de bateria nos três altares: - Veneráveis; - Mestres Instalados; - Beneméritos; - DDep∴ Honorários das Assembléias EEst∴ e do D∴ Federal; - DDep∴ Honorários da Assembléia Federal; - Juízes dos Tribunais de Justiça Estaduais e do D∴ Federal; - Conselheiros do Conselho de Contas.

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33 Faixa 2 Tratamento: Venerável Irmão. São recebidos pelo M∴ Cder∴ com uma Comissão de cinco membros armados de espadas e munidos de estrelas, abóbada de aço, três salvas de baterias nos três altares. - Delegados dos Grãos-Mestres Estaduais; - Deputados Estaduais e do D∴ Federal; - Membros dos Conselhos Estaduais e do D∴ Federal; - Subprocuradores Estaduais; - Presidentes dos Tribunais Eleitorais EEst∴ e do D∴ Federal; - Presidentes dos Conselhos de Contas EEst∴ e do D∴ Federal; - Presidentes dos Tribunais de Justiça EEst∴ e do D∴ Federal; - Grandes Beneméritos da Ordem; - Juízes do Tribunal de Justiça do Poder Central. Faixa 3 Tratamento: Poderoso Irmão. São recebidos pelo M∴ CCer∴ com uma Comissão de sete membros armados de espadas, mu-nidos de estrelas, abóbada de aço, três salvas de baterias nos três altares; o Ven∴ vem à grade do Oriente e convida o mais graduado a sentar-se à sua direita. O Grão-Mestre Adjunto Estadual ou do Distrito Federal, representando o respectivo Grão-Mestre, será recebido com as honras e da mesma maneira que o representado: - Grãos-Mestres Adjuntos Estaduais e do D∴ Federal; - Delegados do Grão-Mestre Geral; - Grandes Secretários Estaduais e do D∴ Federal; - Deputados Federais; - Subprocuradores Gerais; - Procuradores Estaduais e do D∴ Federal; - Portadores da Condecoração “Estrela de Distinção Maçônica”; - Membros do Conselho Federal; - Presidente do Tribunal de Justiça do Poder Central; - Ministro do Superior Tribunal Eleitoral; - Ministros do Tribunal de Contas; - Grandes Dignidades Estaduais e do D∴ Federal Honorários; Faixa 4 Tratamento: Eminente Irmão. São recebidos pelo M∴ CCer∴ com uma Comissão de nove membros armados de espadas, mu-nidos de estrelas , abóbada de aço, bateria incessante, tendo o Grão-Mestre Estadual e/ou do Distrito Federal precedência sobre os demais, em suas respectivas jurisdições; O Ven∴ vem ao centro do Templo e aí oferece o malhete ao Grão-Mestre Estadual ou do Distrito Federal, quando em sua jurisdição, que ocupa a Cadeira de Salomão e coloca à sua direita o Venerável. Quando o

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34Grão-Mestre Estadual ou do Distrito Federal não estiver na sua jurisdição, o Venerável ofe-rece o lugar no altar, à sua direita, ao mais graduado. - Grãos-Mestres Estaduais e do Distrito Federal; - Grandes Secretários Gerais; - Chefe do Gabinete do Grão-Mestre Geral; - Primeiro Grande Vigilante do Conselho Federal; - Grande Procurador Geral; - Portadores da Cruz de Perfeição Maçônica; - Presidente do Superior Tribunal Eleitoral; - Ministros do Supremo Tribunal de Justiça; - Dignidades Federais Honorárias; - Presidentes das AAs∴ EEst∴ Legislativas e do D∴ Federal; - Presidente do Tribunal de Contas; - Garantes de Amizade. Faixa 5 Tratamento: Sapientíssimo Irmão. São recebidos pelo M∴ CCer∴ com uma Comissão de dez membros portando espadas e muni-dos de estrelas, abóbada de aço, bateria incessante, tendo o Presidente da Assembléia Federal Legislativa e Presidente do Supremo Tribunal de Justiça precedência sobre os demais; o Venerá-vel vem acompanhado do Orador e do Secretário, entre colunas e o mais graduado ocupa a cadei-ra à direita do Venerável. O Grão-Mestre Geral Adjunto representando o Grão-Mestre Geral, se-rá recebido com as honras e da mesma maneira que o representado. - Grão-Mestre Geral Adjunto; - Presidente da Assembléia Federal Legislativa; - Presidente do Supremo Tribunal de Justiça; - Detentores da Condecoração da Ordem do Mérito D. Pedro I. Faixa 6 Tratamento: Soberano Irmão ou Soberano Grão-Mestre. O M∴ CCer∴ o recebe com uma Comissão de doze membros armados de espadas e munidos de estrelas, abóbada de aço, bateria incessante; o Venerável vem entre colunas com o Orador, o Secretário, o Porta-Estandarte o Porta-Bandeira. O Grão-Mestre Geral recebe o malhete e assume a Cadeira de Salomão e põe, à sua direita, o Venerável. Se estiver presente o Grão-Mestre Geral Adjunto, este fica à sua direita e o Venerável à sua esquerda. - Grão-Mestre-Geral. Os demais Mestres-Maçons têm o tratamento de Respeitável Irmão. LEMBRETES ADMINISTRATIVOS

1. “É nulo qualquer ato maçônico praticado por maçom em Loja, cujos direitos estejam suspensos”. (Art. 139 da Constituição do G∴O∴B∴).

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352 - São irregulares os maçons que estiverem com seus direitos suspensos, que não

possuam documentos de regularidade ou que esteja vencido e os que pertencem a organização maçônica não reconhecida pelo G∴O∴B∴. (Art. - 34, § 2º, da Constituição).

3 - Não admitir maçons irregulares em seus trabalhos (Art. 68, Inciso VII do RGF). - O Obreiro irregular por falta de pagamento ou freqüência poderá ter seus direitos maçônicos reabi-litados, desde que não seja reincidente (Art. 51 do RGF).

O maçom excluído de uma Loja, por falta de pagamento, só poderá pleitear filiação em ou-tra Loja ou retornar à atividade, depois de saldar seu débito com a Loja que o excluiu (Art. 39 do RGF).

A Loja, ao filiar maçom que não estiver quite com a Loja a que pertencer ou a que tenha pertencido, será responsabilizada pelo débito do filiado. (Art. 40 do RGF).

4 - O Mestre Maçom ativo pode pertencer, como efetivo, a mais de uma Loja da Federação e será declarado irregular, em qualquer delas, se faltar com os compromissos de freqüência e contribuição pecuniárias. (Art. 33 do RGF).

5 - O maçom irregular por falta de pagamento ou por falta de freqüência, será privado de seus direitos maçônicos, em todo o Grande Oriente do Brasil. (Art. 50 do RGF).

6 - Não regularizar maçom, nem iniciar profano, sem prévia e expressa autorização do Grão-Mestrado, Publicada no Boletim Oficial. (Artigo 68, Inciso III do RGF).

7 - São direitos do Maçom: Freqüentar os trabalhos de outra Loja e dela receber Atestado de Freqüência. Ter seu nome registrado em livro próprio de sua Loja as presenças nos trabalhos de outras do Grande Oriente do Brasil, mediante a apresentação dos Atestados de Freqüência, que valerão para todos os efeitos legais. (Art. 33, incisos VIII e IX da Constituição do GOB).

8 - O Maçom estando em pleno gozo de seus direitos, poderá solicitar licença da Loja por um prazo de até 6 meses, podendo a mesma ser prorrogada uma vez por igual período. (Art. 43 do RGF).

9 - O pedido de Quite-Placet feito pelo interessado verbalmente em Sessão ou através de Pr∴ dirigida ao Ven∴ Mestr∴, desde que posto em caráter irrevogável será atendido pela ad-ministração da Loja, na mesma Sessão em que for apresentado (Art. 44 § 3º do RGF).

10 - A Proposta de Admissão de candidatos poderá ser discutida, bem como correr o es-crutínio, desde que transcorrido quarenta e cinco (45) dias da publicação no Boletim Oficial do GOB (Art. 9º e 10º do RGF). INSTRUÇÕES DO GRAU DE APRENDIZ

As instruções aos Aprendizes durante seu período de interstício no grau, são de responsa-bilidade do 2º Vigilante. Cabe a ele orientar permanentemente os novos iniciados, quanto a sua postura em Loja, aos procedimentos ritualísticos e litúrgicos e a filosofia do grau. É importante ressaltar que a responsabilidade pelas instruções nos graus simbólicos estão de acordo com a hierarquia dos cargos em Loja, ou seja: o Venerável, primeiro dirigente na hie-rarquia da Loja, é responsável pelas instruções aos Mestres Maçons (Grau 03 ); o 1º Vigilante, segundo dirigente na hierarquia da Loja, é responsável pelas instruções aos Companheiros Maçons(Grau 02) e o 2º Vigilante, terceiro dirigente na hierarquia da Loja, é responsável pelas instruções aos Aprendizes Maçons ( Grau 01 ). INTRODUÇÃO:

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VEN∴ - ( o ) - Meus IIr∴, de acordo com os preceitos que nos regem, vamos proceder à primeira instrução, destinada, especialmente, aos nossos IIr∴ AApr∴.

Do mesmo modo que os antigos sábios egípcios, para subtrair seus segredos e mistérios aos olhos dos profanos, ministravam seu ensino por meio de símbolos, a Maçonaria, continuando a tradição egípcia, encerra seus ensinamentos e filosofia em símbolos, pelos quais oculta suas verdades ao mundo profano, só as revelando àqueles que ingressam em seus Templos. Sendo o 1º grau o alicerce da filosofia simbólica, resumindo ele toda a Moral maçônica de aperfeiçoamento humano, compete ao Ap∴ Maç∴ o trabalho de desbastar a P∴ B∴, isto é, des-vencilhar-se dos defeitos e paixões, para poder concorrer à construção moral da Humanidade, o que é a verdadeira obra da Maçonaria. VEN∴- ( o ) - IIr∴ 1º Vig∴ e Orad∴, ajudai-me a dar a primeira instrução aos nossos IIr∴ AAp∴

ORAD∴ - ( o ) - Meus IIr∴, o Painel da Loja que vedes representa o caminho que deveis trilhar, para atingirdes, pelo trabalho e pela observação, o domínio de vós mesmos. Vosso único desejo deve resumir-se em progredir na GRANDE OBRA que empreendestes ao entrardes neste Templo.

Quando, no término do trabalho de aperfeiçoamento moral, simbolizado pelo desbastar das asperezas dessa massa informe a que chamamos P∴ B∴, houverdes conseguido pela fé e pelo esforço, transformá-la em PEDRA POLIDA, apta à construção do edifício, podeis descansar o maço e o cinzel, para empunhardes outros utensílios, subindo a escala hierárquica maçônica.

Para isso recebereis cinco instruções a lembrarem os cinco anos de aprendizado dos anti-gos maçons operativos.

PRIMEIRA INSTRUÇÃO

VEN∴ - (o) - Simples, mas muito simbólica, é esta 1ª instrução. No Painel da Loja se condensam todos os símbolos que deveis conhecer e, se bem os interpretardes, fáceis e muito claras ser-vos-ão as instruções subseqüentes.

A forma da Loja é a de um quadrilongo; seu comprimento é do Oriente ao Ocidente; sua largura, do Norte ao Sul; sua profundidade, da superfície ao centro da Terra, e sua altura, da Ter-ra ao Céu. Essa tão vasta extensão da Loja simboliza a universalidade da nossa Instituição e mos-tra que a caridade do Maçom não tem limites, a não ser os ditados pela prudência.

Orienta-se a Loja do Oriente ao Ocidente, porque, como todos os lugares do Culto Divino e Templos antigos, as Lojas Maçônicas assim deve estar e porque:

1º - o Sol, que é a maior Glória do Senhor, nasce no Oriente e se oculta no Ocidente; 2º - a civilização e a ciência vieram do Oriente, espalhando suas benéficas influências para

o Ocidente; 3º - a doutrina do Amor e da Fraternidade e o exemplo do cumprimento da Lei vieram,

também, do Oriente para o Ocidente, trazidos pelo Divino Mestre. A primeira notícia que temos de um local destinado exclusivamente ao Culto Divino é a do

Tabernáculo, erguido, no deserto, por Moisés, para receber a Arca da Aliança e as Tábuas da Lei.

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37Esse Tabernáculo, cuja orientação era Leste para Oeste, serviu de modelo para a planta e posição do Templo de Salomão, cuja construção, por seu esplendor, riqueza e majestade, foi con-siderada a maior maravilha da época. Eis porque as Lojas Maçônicas, representando simbolicamente o Templo de Salomão, são orientadas do Oriente para o Ocidente.

1º VIG∴- ( o ) - Sustentam nossa Loja três Colunas, denominadas SABEDORIA, FORÇA E BELEZA.

A SABEDORIA deve nos orientar no caminho da vida; a FORÇA, nos animar e sustentar em todas as dificuldades e a BELEZA, adornar todas as nossas ações, nosso caráter e nosso espí-rito.

O Universo é o Templo da Divindade, a quem servimos; a Sabedoria, a Força e a Beleza estão em volta de seu Trono, como pilares de suas Obras. E sua Sabedoria é infinita; sua Força onipotente e a sua Beleza manifestam-se em toda a Natureza.

Essas três colunas representam também: SALOMÃO, pela Sabedoria em construir, com-pletar e dedicar o Templo de Jerusalém ao serviço de Deus; HIRAM, rei de Tiro, pela Força que deu aos trabalhos do Templo, fornecendo homens e materiais, e HIRAM-ABIF, por seu primoro-so trabalho em adorná-lo, dando-lhe Beleza sem par, até hoje nunca atingida.

A essas Colunas foram dadas três ordens de Arquitetura: a Jônica, para representar a Sa-bedoria; a Dórica, significando a Força e a Coríntia, simbolizando a Beleza.

Todo esse simbolismo nos indica que, na Obra Fundamental de nossa construção moral, devemos trazer para a superfície, para a Luz, todas as possibilidades das potências individuais, despojando-nos das ilusões da personalidade. E, nesse trabalho, só podemos ser SÁBIOS se pos-suirmos FORÇA, porque a Sabedoria exige sacrifícios que só podem ser realizados pela Força; mas ser Sábio com Força, sem ter BELEZA, é triste, porque é a Beleza que abre o mundo inteiro à nossa sensibilidade.

O teto das Lojas Maçônicas representa a Abóbada Celeste de variadas cores. O caminho para atingir essa Abóbada, isto é, o Céu, o Infinito, é representado pela escada, conhecida como Escada de Jacó, nome que, como fiel guardiã das antigas tradições, a Maçonaria conserva. Com-posto de muitos degraus, cada um deles representa uma das Virtudes exigidas ao Maçom para caminhar em busca da perfeição moral.

SABEDORIA, FORÇA E BELEZA, nada mais são que a velha Trilogia que ornava os an-tigos Templos iniciáticos: FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE, virtudes morais que devem ornar o espírito e o coração de qualquer ser humano, principalmente do Maçom, que não se esquecerá, jamais, de depositar Fé no G∴ A∴ D∴ U∴, Esperança, no aperfeiçoamento moral e Caridade para com os seus semelhantes. A Fé é a Sabedoria do espírito, sem a qual o homem nada levará a termo; a Esperança é a Força do espírito, amparando-o e animando-o nas dificuldades encontra-das no caminho da Vida, e a Caridade é a beleza que adorna o espírito e o coração bem formado, fazendo com que neles se abriguem os mais puros sentimentos humanos.

ORAD∴ - ( o ) - O interior de uma Loja Maçônica contém: Ornamentos, Paramentos e Jóias. Os Ornamentos são: o PAVIMENTO MOSAICO, A ESTRELA FLAMEJANTE e a ORLA DENTEADA.

O PAVIMENTO MOSAICO, com seus quadrados brancos e pretos, nos mostra que, ape-sar de diversidade, do antagonismo de todas as cousas da Natureza, em tudo reside a mais perfei-ta harmonia. Isso nos serve de lição para que não olhemos as diversidades de cores e de raças, o antagonismo das religiões e dos princípios, que regem os diferentes povos, senão e apenas como

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38uma exterioridade de manifestação, pois toda a Humanidade foi criada para viver na mais perfeita harmonia, na mais perfeita e íntima Fraternidade.

A Estrela Flamejante, neste 1º grau, representa o Homem dotado de espírito e iluminado pelo Sol da Sabedoria. O símbolo é de luz intermediária entre o brilho do Sol e o da Lua. Em ou-tro grau aprendereis outros segredos do símbolo.

Espalhando luz e calor (ensino e conforto) por toda parte onde atingem seus raios vivifi-cantes, o Sol nos ensina a praticar o Bem, não em um circulo restrito de amigos ou de afeiçoa-dos, mas a todos aqueles que necessitam e até onde nossa Caridade possa alcançar.

A Orla Denteada, enfim, mostra-nos o princípio da atração universal, simbolizado no A-mor. Representa, com seus múltiplos dentes, os planetas que gravitam em torno do Sol; os povos reunidos em torno de um chefe; os filhos reunidos em volta dos pais, enfim, os Maçons unidos e reunidos no seio da Loja, cujos ensinamentos e cuja Moral aprendem, para espalhá-los aos qua-tro ventos do Orbe.

O Paramento da Loja é constituído pelo LIVRO da LEI, Compasso e Esquadro. O Livro da Lei representa o Código de Moral, que cada um de nós respeita e segue; a filo-

sofia que cada qual adota e, enfim, a Fé, que nos governa e anima. O Compasso e o Esquadro, que só se mostram unidos em Loja, representam a medida justa

que deve presidir a todas as nossas ações, que não podem afastar-se da Justiça nem da Retidão que regem todos os atos do Maçom.

As pontas do Compasso, ocultas sob a Esquadro, significam que o Apr∴, trabalhando so-mente na P∴ B∴, não pode fazer uso daquele, enquanto sua obra não estiver perfeitamente aca-bada, polida e esquadrejada.

VEN∴ - ( o ) - As JÓIAS da Loja são três móveis e três fixas. As móveis são: o Esquadro, o Nível e o Prumo, assim chamadas porque são transferidas a

cada mandato aos novos Veneráveis e Vigilantes, com a passagem da Administração. As fixas são a Prancheta da Loja, a P∴ B∴ e a P∴ P∴. A Prancheta da Loja serve para o Mestre desenhar e traçar, o que, simbolicamente, expri-

me que o Mestre guia os AApr∴, no trabalho indicado por ela, traçando o caminho que eles de-vem seguir para o aperfeiçoamento, a fim de poderem progredir nos trabalhos da Arte Real. A Prancheta é também a chave do Alfabeto Maçônico.

A Pedra Bruta serve para nela trabalharem os AApr∴, marcando-a e desbastando-a, até que seja julgada Polida, pelos Mestres da Loja.

A Pedra Bruta - o material retirado da jazida, no estado na natureza, até que, pela constân-cia e trabalho do Obr∴ fique na devida forma, para poder entrar na construção do edifício. Ela representa o estado primitivo, áspero e despolido, e que nesse estado se conserva até que, pelo cuidado de seus Pais e instrução dos Mestres, adquira educação liberal e virtuosa, tornando-se um ente CULTO, capaz de fazer parte de uma sociedade civilizada. A Pedra Polida ou Cúbica é o material, perfeitamente trabalhado, de linhas e ângulos retos, que o Compasso e o Esquadro mostram estar talhado de acordo com as exigências da Arte. A Pedra Polida ou Cúbica representa o saber do homem no fim da vida, quando a aplicou em atos de piedade e virtude, verificáveis pelo Esquadro da Palavra Divina e pelo Compasso da própria consciência esclarecida.

Chamam-se fixas estas jóias porque permanecem IMÓVEIS em Loja, como um Código de Moral, aberto à compreensão de todos os Maçons.

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39Do mesmo modo que a Prancheta da Loja é o traçado “objetivo”, o Livro da Lei é o

traçado “espiritual” para o aperfeiçoamento do Maçom que deseje atingir o topo da Escada de Jacó, após haver desbastado as asperezas de seu “eu”, representadas pela ambição, orgulho, ego-ísmo e demais paixões que torturam os corações profanos.

Pendentes da Corda de Nós e nos quatro cantos da Loja há quatro Borlas; a JUSTIÇA e a PRUDÊNCIA, no Oriente, a servirem de exemplo a todos os que são escolhidos para dirigir uma coletividade; a TEMPERANÇA e a CORAGEM, no Ocidente, qualidades que todo iniciado deve conservar em si mesmo.

O Sinal de Ordem ou Gutural representa, em parte, a contenção das paixões, dos instintos e da materialidade. Lembra a TEMPERANÇA.

O Passo Regular ou Ponto Pedestal representa o Caminho da Retidão, que é o da vereda dos justos. Lembra a JUSTIÇA, que consiste em FAZERMOS AO PRÓXIMO O QUE DESE-JAMOS QUE NOS FAÇAM.

Na iniciação, o candidato, no ato do Juramento, pousa a ponta de um compasso no peito, perto do Coração. Eis o PONTO CORDIAL que marca a CORAGEM de desprender-se e AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO. Essa máxima representa o Compasso aberto na Justa Medida para a construção do mundo de Fraternidade Universal.

Finalmente, a Cabeça acima da Mão direita em Esquadro representa a PRUDÊNCIA, ou domínio da Mente ou do Espírito sobre a Matéria. É o ponto capital ou mental. Aí estão os QUATRO PONTOS FUNDAMENTAIS DA MAÇONARIA SIMBÓLICA.

SEGUNDA INSTRUÇÃO

VEN∴ - ( o ) - Ir∴ 1º Vig∴ que há de comum entre nós? 1º VIG∴ - Uma verdade, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Que verdade, meu Ir∴? 1º VIG∴ - A existência de um Gr∴ Arq∴, CRIADOR DO UNIVERSO, de tudo que existiu, existe e existirá. VEN∴ - Como sabeis isso, meu Ir∴? 1º VIG∴ - Porque, além dos órgãos do nosso ser material, o Ente Supr∴ nos dotou de inteligên-cia, que nos faz discernir o Bem do Mal. VEN∴ - Essa faculdade, a que chamais inteligência, é independente de nossa organização física? 1º VIG∴ - Ignoro, Ven∴ Mestre, porém, como nossos sentidos, ela é suscetível de progresso e de aperfeiçoamento, tendo sua infância, adolescência e maturidade. Rudimentar nas crianças, manifesta-se nos adultos, aperfeiçoa-se e eleva-se, progressivamente, ao mais alto grau de con-cepção. VEN∴ - A inteligência é suficiente para discernir o Bem do Mal? 1º VIG∴ - Sim, Ven∴ Mestre, quando dirigida por uma sã Moral. VEN∴ - Onde encontraremos os ensinamentos dessa moral? 1º VIG∴ - Na Maç∴, Ven∴ Mestre, porque aqui se ensina a Moral mais pura e mais propícia à formação do caráter do homem, quer considerado sob o ponto de vista social, quer sob o indivi-dual. VEN∴ - (o ) - Ir∴ 2º Vig∴, sois Maçom? 2º VIG∴ - MM∴ IIr∴ C∴ T∴ M∴ R∴. VEN∴ - Em que se baseia a Moral ensinada pela Maçonaria?

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402º VIG∴ - No amor ao próximo, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Esta, porém, não deve ser a base de todos os princípios de qualquer ensinamento mo-ral? 2º VIG∴ - Sem dúvida, Ven∴ Mestre, mas a Moral Maçônica é o sistema mais apropriado para o seu ensino e aplicação. VEN∴ - Em que consiste este sistema? 2º VIG∴ - Em mistérios e alegorias. VEN∴ - Quais são esses mistérios? 2º VIG∴ - Não me é permitido revelá-los, Ven∴ Mestre, interrogai-me e chegareis a descobri-los e a compreendê-los. VEN∴ - Que vos exigiram para serdes Maçom? 2º VIG∴ - Ser livre e de bons costumes. VEN∴ - Como livre? Admitis, por ventura, que o homem possa viver na escravidão? 2º VIG∴ - Não, Ven∴ Mestre. Todo homem é livre; porém, estar preso a entraves sociais, que o privem, momentaneamente, de parte de sua liberdade e, o que é pior, o tornem escravo de suas próprias paixões e de seus preconceitos. É precisamente desse jugo que se deve libertar aquele que aspira pertencer à nossa Ordem. Assim, o homem que voluntariamente abdica de sua liberdade, deve ser excluído de nossos Mis-térios, porque, não sendo senhor de sua individualidade, não pode contrair nenhum compromisso sério. VEN∴ - ( o ) - Ir∴ 1º Vig∴, como fostes recebido Maçom? 1º VIG∴ - Nem nu nem vestido, Ven∴ Mestre. Despojaram-me de todos os metais e vendaram-me os olhos, a fim de que ficasse privado da vista. VEN∴ - Que significa isto, meu Ir∴? 1º VIG∴ - Várias são as significações, Ven∴ Mestre. A privação dos metais faz lembrar o ho-mem antes da civilização, em seu estado natural, quando desconhecia as vaidades e o orgulho; a obscuridade, em que me achava imerso, figurava o homem primitivo na ignorância de todas as cousas. VEN∴ - Quais as deduções morais que tirais dessa alegoria? 1º VIG∴ - A abdicação das vaidades profanas e a necessidade imprescindível de instrução, que é o alicerce da Moral Humana. VEN∴ - ( o ) - Que fizeram para vos instruir, Ir∴ 2º Vig∴? 2 º VIG∴ - Fizeram-me viajar do Ocidente para o Oriente e do Oriente para o Ocidente. A prin-cípio, por um caminho escabroso, cheio de dificuldades, repleto de obstáculos, em meio de ruí-dos e de trovões atordoadores; depois, por uma estrada menos difícil, ouvindo o tilintar incessan-te de armas e o ruído de ondas do mar; finalmente, em uma terceira viagem, por caminho mais plano e suave, envolto no maior silêncio. VEN∴ - Que significam os ruídos, as dificuldades e os obstáculos da primeira viagem? 2º VIG∴ - Fisicamente, representam o caos, que se acredita ter precedido e acompanhado a or-ganização dos mundos. Moralmente, significam os primeiros anos do homem e os primeiros tempos da sociedade, durante os quais as paixões, ainda não dominadas pela razão e pelas leis, conduziam homem e sociedade a excessos condenáveis. VEN∴ - ( o ) - Que significam os ruídos de armas que ouvistes em vossa segunda viagem, Ir∴ 1º Vig∴?

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411º VIG∴ - Representam a idade da ambição; os combates que a sociedade é obrigada a sustentar, antes de chegar ao estado de equilíbrio; as lutas que o homem é forçado a travar e ven-cer para se colocar dignamente entre seus semelhantes. VEN∴ - Pôr que encontrastes facilidade em vossa terceira viagem? 1º VIG∴ - Porque esta nos mostra o estado de paz e de tranqüilidade resultantes da ordem e da moderação das paixões do homem que atinge a idade da maturidade e da reflexão. VEN∴ - ( o ) - Como terminou cada uma dessas viagens, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴ - O término de cada viagem foi uma porta, onde bati. VEN∴ - Onde se achavam situadas essas portas? 2º VIG∴ - A primeira, ao Sul, (meio-dia); a segunda, no Norte e a terceira, no Oriente. VEN∴ - Que vos disseram, quando batestes? 2º VIG∴ - Na primeira, mandaram-se passar; na segunda, fizeram-me purificar pela água e na terceira, fui purificado pelo fogo. VEN∴ - Que significam essas purificações? 2º VIG∴ - Que, para estar em condições de receber a Luz da Verdade, necessário se torna ao homem desvencilhar-se de todos os preconceitos sociais ou de má educação e entregar-se com ardor à procura da Sabedoria. VEN∴ - ( o ) - Que representam as três portas em que batestes, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴z - As três disposições necessárias à procura da Verdade: Sinceridade, Coragem e Per-severança. No Painel da Loja são as Três Luzes de Três Janelas. VEN∴ - Que vos aconteceu, em seguida? 1º VIG∴ - Ajudaram-me a dar três passos num quadrilongo. VEN∴ - Para que, meu Ir∴? 1º VIG∴ - Para fazer-me compreender que o primeiro fruto do estudo é a consciência justa, que faz o homem prudente. VEN∴ - O que vos deram depois? 1º VIG∴ - A LUZ, Ven∴ Mestre. VEN∴ - ( o ) - Que vistes então, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴ - Raios cintilantes feriram-me a vista; vi, então, que eram espadas, empunhadas pôr meus IIr∴ e apontadas para mim. VEN∴ - Sabeis o que significa isso, meu Ir∴? 2º VIG∴ - Compreendi, depois, que essas espadas figuravam os raios da LUZ da VERDADE, que ofuscam a visão intelectual daquele que ainda não está preparado, pôr sólida instrução, para recebê-la. VEN∴ - Como vos ligastes à Ordem Maçônica? 2º VIG∴ - Pôr um Juramento e uma Consagração. VEN∴ - Que prometestes, meu Ir∴? 2º VIG∴ - Guardar fielmente os segredos que me fossem confiados; amar, proteger e socorrer meus IIr∴, sempre que tivessem justa necessidade. VEN∴ - Estais arrependido de terdes contraído esta obrigação? 2º VIG∴ - Absolutamente não, Ven∴ Mestre. Estou pronto a renová-la, se preciso for, perante esta Aug∴ Assembléia. VEN∴ - ( o ) - Quais são, Ir∴ 1º Vig∴, os indícios pelos quais se reconhecem os Maçons?

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421º VIG∴ - Além dos atos que praticam, revelando o influxo da Moral ensinada em nossos Templos, eles se reconhecem pelo S∴, pela P∴ e pelo T∴. VEN∴ - Qual é o S∴? 1º VIG∴ - (depois de fazer o S∴) - Ei-lo, Ven∴ Mestre. VEN∴ - ( o ) - Qual é a P∴, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴- Não sei lê-la nem pronunciá-la, Ven∴ Mestre, por isso, não vo-la posso dar s∴ n∴s∴. VEN∴ - (depois de regularmente dada a P∴) - Por que só se dá a P∴ S∴? 2º VIG.’. - Porque ela caracteriza o primeiro grau de iniciação, que é o emblema do homem e da sociedade na fase da ignorância, quando o estudo e as artes, pôr deficiência das faculdades inte-lectuais, ainda não lhe são conhecidos. Assim, o Apr∴ recebe primeiro para dar depois. VEN∴ - ( o ) - Dai ao Ir∴ Exp∴ o T∴, para que ele mo transmita. (pausa até cumprimento da ordem) - Dissestes que, quando fostes recebido, estáveis nem nu nem vestido, Ir∴ 1º Vig∴, e agora estais vestido? 1º VIG∴ - Estou vestido com este avental (mostra o avental). VEN∴ - ( o ) - Ir∴ 2º Vig∴, sois obrigado a trazer sempre, em Loja, o avental? 2º VIG∴ - Sim, como todos os IIr∴, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Por que? 2º VIG∴ - Porque ele nos lembra que o homem nasceu para o trabalho e que todo Maçom deve trabalhar incessantemente para a descoberta da Verdade e para o aperfeiçoamento da Humanida-de. VEN∴ - Onde trabalhamos, meu Ir∴? 2º VIG∴ - Em uma Loja, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Como é constituída nossa Loja? 2º VIG∴- Tem a forma de um quadrilongo, estendendo-se do Or∴ ao Oc∴, com a largura do N∴ ao S∴; sua altura é da Terra ao Céu, sendo sua profundidade da superfície ao centro da Ter-ra. VEN∴ - ( o ) - Como é coberta nossa Loja, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴ - Pôr uma abóbada azul, semeada de estrelas e nuvens, na qual figuram o Sol , a Lua e inúmeros astros, que se conservam em equilíbrio pela atração de uns sobre os outros. VEN∴ - Quais são os sustentáculos dessa abóbada? 1º VIG∴ - Doze lindas Colunas, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Que representam essas Colunas, meu Ir∴ ? 1º VIG∴ - Os doze signos do Zodíaco, isto é, as l2 constelações que o sol percorre no espaço de um ano solar. VEN∴ - ( o ) - Ir∴ 2º Vig∴, nossa Loja tem outros apoios? 2º VIG∴ - Sim Ven∴ Mestre, apóia-se, também, sobre três fortes pilares. VEN∴ - Quais são eles? 2º VIG∴ - Sabedoria, Força e Beleza. VEN∴ - Como são representados, em nossa Loja, esses pilares? 2º VIG∴ - Por três grandes Luzes, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Onde são colocadas essas Luzes? 2º VIG∴ - Uma no Or∴, outra ao Norte e a terceira ao Sul.

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43VEN∴ - ( o ) - O que se nota mais em nossa Loja, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴ - Diversas figuras alegóricas. VEN∴ - Dizei-me quais são essas figuras! 1º VIG∴ - 1º - O Pórtico, elevado sobre degraus e ladeado pôr duas Colunas, sobre cujos capi-téis descansam três romãs, abertas, mostrando as sementes; 2º - A Pedra Bruta; 3º - A Pedra Cú-bica; 4º O Esquadro, o Compasso, o Nível e o Prumo; 5º - O Maço e o Cinzel; 6º - O Painel da Loja; 7º - Ao Or∴, o Sol e a Lua; 8º - O Pavimento Mosaico: 9º - A Prancheta. VEN∴ - Que significa o Oc∴ em relação ao Or∴? 1º VIG∴ - O Or∴ indica o ponto de onde provem a Luz e o Oc∴, a região para a qual ela se dirige. O Oc∴ representa, portanto, o mundo visível, que os nossos sentidos alcançaram, e, de um modo geral, tudo que é MATERIAL. O Or∴ simboliza o mundo invisível, tudo que é abstra-to, isto é o Mundo ESPIRITUAL. VEN∴ - ( o ) - Que representam as duas Colunas de bronze, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴ - Os dois pp∴ “Solsticiais”. VEN∴ - Que significam as romãs colocadas nos capitéis das Colunas? 2º VIG∴ - Pela divisão interna, mostram os bens produzidos pela influência das estações; repre-sentam as Lojas e os Maçons espalhados pela superfície da Terra; suas sementes, intimamente unidas, nos lembram a Fraternidade e a União que devem existir entre os Homens. VEN∴ - ( o ) - Que quer dizer a Pedra Bruta, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴ - Representa o homem sem instrução, com suas asperezas de caráter, devidas à igno-rância em que se encontra, e às paixões que o dominam. VEN∴ - E a Pedra Cúbica, que representa? 1º VIG∴ - O homem instruído que, dominando as paixões e abandonando os preconceitos, se libertou das asperezas da Pedra Bruta, que poliu. VEN∴ - Que vos recordam o Esq∴, o Comp∴, o Niv∴ e o Pr∴? 1º VIG∴ - Pôr serem instrumentos imprescindíveis às construções sólidas e duráveis, eles nos recordam o papel de Construtor Social que compete a todos os Maçons e, ao mesmo tempo, nos traçam as normas pelas quais devemos pautar nossa conduta; o Esq∴, para a RETIDÃO; o Comp∴ para a JUSTIÇA; o Niv∴ e o Pr∴, para a IGUALDADE E JUSTIÇA que devemos aos nossos semelhantes. VEN∴ - ( o ) - Que representam o Malho e o Cinzel, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴ - A Inteligência e a Razão, que tornam o homem capaz de discernir o Bem do Mal. VEN∴ - Que significa a Prancheta de Desenho? 2º VIG∴ - A memória, faculdade preciosa de que somos dotados para fazermos julgamento, conservando o traçado de todas as nossas percepções. E também a escrita maçônica. VEN∴ - Por que o Sol e a Lua foram colocados em nossos Templos? 2º VIG∴ - Porque os dois astros representam a luz ativa e a luz reflexa ou passiva, ou a Sabedo-ria e seus efeitos. VEN∴ - ( o ) - O Pavimento Mosaico, com a Orla Denteada, que significa, Ir∴ 1’ Vig∴ ? 1º VIG∴ - O Mosaico representa a variedade do solo terrestre, formado de pedras brancas e pre-tas, ligadas pelo mesmo Cimento, simboliza a União de todos os Maçons, apesar de diferenças de cor, de climas e de opiniões políticas e religiosas. É, também, a imagem do BEM e do MAL, de que se acha semeada a estrada da Vida. A Orla denteada, que o cerca, exprime a UNIÃO que de-verá existir entre todos os homens, quando o AMOR FRATERNAL dominar todos os corações.

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44VEN∴ - Que se faz em nossa Loja? 1º VIG∴ - Levantam-se Templos à Virtude e cavam-se masmorras ao vicio. VEN∴ - ( o ) - Ir∴ 2º Vig∴, em que espaço de tempo se executam os trabalhos dos AApr∴ MM∴? 2º VIG∴ - Do meio-dia à meia-noite, Ven∴ Mestre. VEN∴ - Que vindes fazer aqui? 2º VIG∴ - Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer novos progressos na Maço-naria. VEN∴ - Que trazeis para a vossa Loja? 2º VIG∴ - Amor, Paz e Harmonia para a prosperidade de todos os meus IIr∴. VEN∴ - ( o ) - Que idade tendes, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴ - T∴ AA∴, Ven∴ Mestre. VEN∴ - ( o ) - Meus IIr∴, como o futuro depende do trabalho feito durante a juventude, traba-lhai, para que sejais felizes na velhice e para que vossa passagem pôr este mundo não seja estéril, quando voltardes ao seio da natureza de onde saístes. Repousemos, meus IIr∴.

TERCEIRA INSTRUÇÃO

VEN∴ - ( o ) - Meus IIr∴, de acordo com os preceitos que regem os nossos estatutos, vamos proceder à 3ª Instrução, destinada aos IIr∴ AApr∴ e a recordar nossos conhecimentos. Ir∴ 1º Vig∴, entre mim e vós existe alguma cousa? 1º VIG∴ - Sim, Ven∴ Mestre, um culto. VEN∴ - Que culto é esse? 1º Vig∴ - Um segredo. VEN∴ - Que segredo é esse? 1º VIG∴ - A Maçonaria. VEN∴ - Que é a Maçonaria. 1º VIG∴- Uma associação íntima de homens escolhidos, cuja doutrina tem pôr base o G∴ A∴ D∴ U∴, que é Deus; como regra, a Lei Natural; pôr causa, a Verdade, a Liberdade e a Lei Mo-ral; pôr princípio, a Igualdade, a Fraternidade e a Caridade; pôr frutos, a Virtude, a Sociabilidade e o Progresso; pôr fim, a Felicidade dos Povos, que, incessantemente, ela procura reunir sob sua bandeira de paz. Assim, a Maçonaria nunca deixará de existir, enquanto houver o gênero huma-no. VEN∴ - ( o ) - Sois Maçom, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴ - MM∴ IIr∴ C∴ T∴ M∴ R∴. VEN∴ - Quais são os deveres do Maçom? 2º VIG∴ - Honrar e venerar o G∴A∴D∴U∴, a quem agradece, sempre, as boas ações que pra-tica para com o próximo e os bens que lhe couberem em partilha; tratar todos os homens, sem distinção de classe e de raça, como seus iguais e irmãos; combater a ambição, o orgulho, o erro e os preconceitos; lutar contra a ignorância, a mentira, o fanatismo e a superstição, que são os grandes flagelos da humanidade, que entravam o progresso; praticar a Justiça, como verdadeira salvaguarda dos direitos e dos interesses de todos, e a Tolerância, que deixa a cada um o direito de escolher e seguir sua religião e suas opiniões; deplorar os que erram, esforçando-se, porém, para reconduzi-los ao verdadeiro caminho; enfim, ir em socorro dos infortunados e dos aflitos. O

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45Maçom cumprirá todos estes deveres, porque tem a Fé que lhe dá coragem; a Perseverança, que vence os obstáculos e o Devotamento, em que o leva a fazer o Bem mesmo com risco da própria vida e sem esperar outra recompensa que a tranqüilidade de consciência e a satisfação do dever cumprido. VEN∴ - Como podereis vos fazer reconhecer Maçom? 2º VIG∴ - Por SS∴ TT∴ e PP∴. VEN∴ - ( o ) - Como fazeis o S∴, Ir∴ M∴ de CCer∴. M∴ DE CCER∴ - (levanta-se e à ordem) - Pelo Esq∴, Niv∴ e Perpendic∴. VEN∴ - Que significa este S∴? M∴ DE CCER∴ - A honra de saber guardar o segredo, preferindo ter a G∴ C∴ a revelar nos-sos Mistérios. Significa, também, que o braço direito, é o símbolo da força, da Ordem, suas Dou-trinas e Princípios. Os pés em esquadria ou a Ord∴ representam o cruzamento de duas perpendi-culares, único caso em que forma quatro ângulos retos e iguais, significando a Retidão do Cami-nho a seguir e a Igualdade, um dos princípios fundamentais da nossa Ordem (saúda e senta-se). VEN∴- ( o ) - Ir∴ Diácono, dai o T∴ ao Ir∴ 1º Vig∴. 1º VIG∴ - (Depois de recebido o T∴) - Está certo, Ven∴ Mestre. VEN∴ - ( o ) - Dai-me a P∴ S∴, Ir∴ 1º Diácono. 1º DIAC∴ - N∴ V∴ P∴ D∴ S∴ S∴, D∴ a P∴ L∴ Q∴ V∴ D∴ a S∴. VEN∴ - Que significa esta P∴ 1º DIAC∴ - Força e Apoio. (saúda e senta-se). VEN∴ - ( o ) - Por que o Ap∴ Maç∴ não tem P∴ de P∴ , Ir∴ Cobridor? COBR∴ INT∴ - Porque ainda não está em condições de passar para o estudo do Cosmos e da Obra da Vida. VEN∴ - Por que quisestes ser Maçom? COBR∴INT∴- Porque, sendo livre e de bons costumes e estando nas trevas, ambicionava a Luz. VEN∴ - ( o ) - Como estáveis preparado, Ir∴ Secr∴? SECR∴ - (levanta-se) - Nem nu nem vestido; despojaram-me de todos os metais, emblemas do vício, para recordar-me do estado primitivo da Humanidade, antes da época da civilização. VEN∴ - Onde fostes recebido Maçom? SECR∴ - Em uma Loja Justa, Perfeita e Regular. VEN∴ - Que é preciso para que uma Loja seja justa e perfeita? SECR∴ - Que três a governam, cinco a componham e sete a completem. VEN∴ - Que é uma Loja regular? SECR∴ - É a que, sendo justa e perfeita, obedece a uma Potência Maçônica regular e pratica rigorosamente todos os princípios da maçonaria (saúda e senta-se). VEN∴ - ( o ) - Como conseguistes entrar no Templo, Ir∴ Orador? ORAD∴ - (levanta-se) - Por três pancadas, cuja significação é: “Batei e sereis atendido”, “Pedi e recebereis”, “Procurai e encontrareis”. VEN∴ - Que vos fizeram praticar? ORAD∴ - Depois de colocado entre CCol∴, fizeram-me praticar três viagens, para que me lembrasse das dificuldades e atribulações da vida; purificaram-me pelos elementos e, depois, fui conduzido ao Altar dos Juramentos, onde fizeram-me ajoelhar; coloquei a M∴ D∴ sobre o L∴ da L∴ tendo na M∴ E∴, um Comp∴ aberto, com uma das pontas na região cordial de meu pei-

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46to, que estava nu. Nessa posição prestei meu juramento de guardar os segredos da Ordem (saúda e senta-se). VEN∴ - ( o ) - Que vistes, ao entrar em Loja, Ir∴ Tes∴ ? TES∴ - (Levanta-se à Ord∴) - Nada Ven∴ Mestre, pois uma espessa venda cobria meus olhos. VEN∴ - Que vistes, quando vos concederam a Luz? TES∴ - Estando entre CCol∴, vi o Pavimento Mosaico e o Livro da Lei no Altar (saúda e senta-se). VEN∴ - ( o ) - Podeis explicar-me, Ir∴ 1º Vig∴, a interpretação de tudo que ouvistes falar em Loja? 1º VIG∴ - A venda sobre os olhos significa as trevas e os preconceitos do mundo profano e a necessidade que têm os homens de procurar a Luz entre os iniciados. O P∴ E∴ D∴ era para manifestar respeito por este lugar sagrado. O B∴ E∴ e o Peit∴ E∴ desnudos exprimiam que eu dava meu braço à Instituição e meu coração a meus IIr∴. A ponta do Comp∴ sobre o peito lem-brava-me a vida profana, na qual nem meus sentimentos nem meus desejos foram regulados pôr esse símbolo da exatidão, que, desde então, regula meus pensamentos e ações. O Comp∴ simbo-liza as relações do Maçom com seus IIr∴ e com os demais entes; fixada uma de suas pontas, descreve, pelo maior ou menor afastamento das pernas, círculos sem conta, imagens de nossa Loja e da Maçonaria, cujo domínio é o infinito. Os Tr∴ PP∴ formando cada um e a cada junção dos pés um ângulo reto, significam que a retidão é necessária a quem deseja vencer na ciência e na virtude. As três viagens simbolizam a conquista de novos conhecimentos. O número três indi-ca os centros da Pérsia, Fenícia e Egito, onde foram, primitivamente, cultivadas as ciências. A purificações, feitas no decurso das viagens, lembraram-me que o homem não é bastante puro pa-ra chegar ao Templo da Verdade. A idade do Ap∴ é de T∴ AA∴ porque, na Antigüidade, esse era o tempo necessário a seu preparo; a idade significa também o grau maçônico. A P∴ B∴ é o emblema do Ap∴, de tudo que se encontra no estado imperfeito de sua natureza. As duas CCol∴ são tidas como de 18 côvados de altura, l2 de circunferência, l2 de base e 5 nos capitéis, num total de 47. Suas dimensões estão contra todas as regras de arquitetura, para mostrar que a Sabe-doria e o Poder do Divino Arquiteto estão além das dimensões e dos julgamentos dos homens; são de bronze para resistirem ao dilúvio, isto é, à barbárie, pois o bronze é o emblema da eterna estabilidade das leis da natureza, base da doutrina maçônica. São ocas, para guardar os utensílios apropriados aos conhecimentos humanos; enfim, as romãs são símbolo equivalente ao feixe de Esopo: milhares de sementes contidas no mesmo fruto num mesmo germe, numa mesma subs-tância, um mesmo invólucro, imagem do povo maçônico, que pôr mais multiplicado que seja, constitui uma e mesma Família. Assim, a romã é o símbolo da harmonia social, porque só com as sementes, apoiadas umas às outras, é que o fruto toma sua verdadeira forma. O Pavimento Mosaico, emblema da variedade do solo, formado de pedras brancas e pretas, unidas pelo mesmo cimento, simboliza a união de todos os MMaç∴ do Globo, apesar da dife-rença de cores, de climas e de opiniões políticas e religiosas; é a imagem dos contrastes da natureza e da vida. VEN∴ - ( o ) - Que outras explicações ouvistes, Ir∴ Orador? ORAD∴ - A espada Flamejante, arma simbólica, significa que a insubordinação, o vício e o cri-me devem ser repelidos de nossos Tempos e que a Justiça de Salomão, Justiça Maç∴ é pronta e rápida como os raios que despede a espada, emblema também dos mais justos e nobres sentimen-tos. O Esq∴ suspenso do Colar do Ven∴ significa que um chefe deve ter, unicamente, um sen-

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47timento, o dos Estatutos da Ordem e que deve agir de uma única forma: com Retidão. O Nív∴ que decora o 1º Vig∴ simboliza a igualdade Social, base do Direito Natural. O Pr∴ do 2º Vig∴ significa que o Maç∴ deve ser reto no julgamento, sem se deixar dominar pelo interesse nem pela afeição. O Pr∴ não pende como as oblíquas. O Nível sem o Prumo, nada vale, do mesmo modo que este sem aquele, em qualquer cons-trução. Por isso, os dois se completam para mostrar que o Maçom tem o culto da Igualdade. Ni-velando todos os homens e cultuando a Retidão, não se deixará pender pela amizade ou pelo in-teresse para qualquer dos lados. VEN∴ - ( o ) - Por que os AAp∴, trabalham do meio-dia à meia-noite, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴ - É uma homenagem a um dos primeiros instituidores dos Mistérios, Zoroastro, que reunia, secretamente, seus discípulos ao meio-dia e terminava seus trabalhos à meia-noite, por um ágape fraternal. VEN∴ - ( o ) - Terminada a terceira instrução, voltemos a outros trabalhos, da nossa Loja, tam-bém necessários.

QUARTA INSTRUÇÃO VEN∴ - ( o ) - Que forma tem nossa Loja, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴ - A de um quadrilongo. VEN∴ - Que altura tem? 1º VIG∴ - Da terra ao Céu. VEN∴ - Qual seu comprimento? 1º VIG∴ - Do Oriente ao Ocidente. VEN∴ - E sua largura? 1º VIG∴ - Do Norte ao Sul. VEN∴ - Qual a sua profundidade? 1º VIG∴ - Da superfície ao centro da Terra. VEN∴ - Por que essas dimensões? 1º VIG∴ - Porque a Maçonaria é universal e o Universo é uma Oficina. VEN∴ - ( o ) - Por que razão está nossa Loja situada do Oriente ao Ocidente, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴ - Porque assim como a luz do Sol vem do Oriente para o Ocidente, as Luzes da civili-zação vieram do Oriente, espalhando-se no Ocidente. VEN∴ - Em que base se apóia nossa Loja? 2º VIG∴ - Em três CCol∴: SABEDORIA, FORÇA E BELEZA. VEN∴ - Quem representa o pilar da Sabedoria? 2º VIG∴ - O Venerável Mestre, no Oriente. VEN∴ - E os da Força e da Beleza, quem os representa? 2º VIG∴ - O Ir∴ 1º Vig∴, no Setentrião, o da Força, e o 2º Vig∴, no Sul, o da Beleza. VEN∴ - Por que o Venerável Mestre representa o pilar da Sabedoria? 2º VIG∴ - Porque dirige os Obreiros e mantém a ordem. VEN∴ - ( o ) - Por que representais o pilar da Força, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴ - Porque pago aos Obreiros o salário, que é a força e a manutenção da existência. VEN∴ - E por que o Ir∴ 2º Vig∴ é o da Beleza? 1º VIG ∴ - Porque faz repousar os Obreiros, fiscalizando-os no trabalho. VEN∴ - Por que a Loja é sustentada por três CCol∴?

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481º VIG∴ - Porque a Sabedoria, a Força e a Beleza são o complemento de tudo; sem elas nada é perfeito e durável. VEN∴ - Por que, meu Ir∴? 1º VIG∴ - Porque a Sabedoria cria, a Força sustenta e a Beleza adorna. VEN∴ - Por que a Maçonaria combate a ignorância, em todas as suas formas? 1º VIG∴ - Porque a ignorância é a causa de todos os vícios e seu princípio é NADA SABER; SABER MAL O QUE SABE, E SABER COUSAS OUTRAS ALÉM DO QUE DEVE SABER. Assim o ignorante não pode medir-se com o sábio, cujos princípios são a Tolerância, o Amor Fraternal e o respeito a si mesmo. Eis porque os ignorantes são grosseiros, irascíveis e perigosos; perturbam e desmoralizam a sociedade, evitando que os homens conheçam seus direitos e sai-bam, no cumprimento de seus deveres, que mesmo com contribuições liberais, um povo ignoran-te é escravo. Os ignorantes são inimigos do progresso que, para dominar, afugentam as luzes, intensificam as trevas e permanecem em constante combate contra a Verdade, contra o Bem e contra a Perfeição. VEN∴ - ( o ) - E por que combatemos o fanatismo, Ir∴ 2º Vig∴? 2º VIG∴ - Porque a exaltação perverte a razão e conduz os insensatos a, em nome de Deus e para honrá-lo, praticarem ações condenáveis. A superstição é um falso culto mal compreendido, contrário à razão e às idéias que se devem fazer de Deus; é a religião dos ignorantes, das almas timoratas. Fanatismo e superstição são os maiores inimigos da religião e da felicidade dos povos e os maiores flagelos da humanidade. VEN∴ - Para fortalecermo-nos no combate, que devemos manter contra esses inimigos, qual o laço sagrado que nos une? 2º VIG∴- A Solidariedade, Ven∴ Mestre. VEN∴- Será por isso, que, comumente, se diz que a Maçonaria proporciona a seus adeptos van-tagens morais e materiais? 2º VIG∴- Essa afirmação não corresponde à verdade. O proveito material, como interesse uni-camente individual, não entra nas nossas práticas, e as vantagens morais resumem-se no adquirir a firmeza de caráter, como conseqüência natural da nítida compreensão dos deveres e dos altos ideais da Ordem Maçônica. VEN∴- Como podeis fazer tal afirmação, se todos dizem que a solidariedade maçônica consiste no amparo incondicional de uns aos outros Maçons, quaisquer que sejam as circunstâncias? 2º VIG∴- É a mais funesta interpretação que se tem dado a esse sentimento nobre que fortalece os laços da fraternidade maçônica. O amparo moral e material, que, individual e coletivamente, devemos aos nossos IIr∴, não vai até o dever de proteger aos que, fugindo de suas responsabili-dades sociais, se desviam do caminho da Moral e da Honra. VEN∴- ( o ) - Que solidariedade, então, é a que deve existir entre nós, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴- É a solidariedade mais pura e fraternal, mas somente para os que praticam o Bem e sofrem os revezes da vida; para os que nos trabalhos lícitos e honrados são infelizes; para os que, embora rodeados de fortuna, sentem na alma os amargores das desgraças; enfim, a Solidariedade Maçônica está onde estiver uma causa justa e nobre. VEN∴- Não jurastes, então, defender e socorrer vossos IIr∴? 1º VIG∴- Jurei, sim, Ven∴ Mestre, e, sempre que posso, correspondo a esse juramento. quando, porém, um Ir∴ esquecido dos princípios e dos ensinamentos maçônicos, se desvia da Moral que nos fortifica, para se tornar mau cidadão, mau esposo, mau pai, mau filho, mau irmão, mau ami-

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49go; quando cego pela ambição ou pelo ódio, pratica atos que consideramos indignos de um Maçom, ele, e não nós, rompeu a Solidariedade que nos unia e que não mais poderá existir, por-que se assim não procedêssemos, seria pactuarmos com ações de que a simples conivência moral nos degradaria, pôr isso que o Maçom que assim procede deixou de ser Ir∴, perdeu todos os direitos ao nosso auxílio material e, principalmente, ao nosso amparo moral. VEN∴- Não deveis, porém, dar preferência, na vida pública, a um Ir∴ sobre um profano? 1º VIG∴- Em igualdade de circunstâncias, é meu dever preferir um Ir∴, sempre que para fazê-lo, não cometa injustiça, que fira a minha consciência. Os ensinamentos da nossa Ordem nos o-brigam a proteger um Ir∴ em tudo que for justo e honesto. Não será justo nem honesto proteger o menos digno mesmo que seja Ir∴, preterindo os direitos do mérito e do valor moral e intelec-tual. VEN∴- Então, não favoreceis, sistematicamente a um Ir∴? 1º VIG∴- Sem boas e justas razões, não. Nossa Ordem nos ensina a amar a Pátria e a sermos bons cidadãos. Não o seríamos, nem nos poderíamos julgar merecedores desse nobre título e da confiança de nossos II∴, se ao bem público antepuséssemos os interesses de uma pessoa menos apta ou menos digna de trabalhar pelos interesses da Sociedade e da Pátria. VEN∴- Como, então, a voz pública acusa os MMaç∴ de progredirem no mundo profano, graças ao nosso sistema de proteção. 1º VIG∴- São afirmações dos que, não conhecendo a razão das coisas, julgam incondicional nossa solidariedade. Se há MMaç∴ que galgam posições elevadas e de grandes responsabilida-des sociais, a razão se oculta, evidentemente, no seguinte: nossa Ordem não acolhe profano, sem, antes, examinar-lhe inteligência, caráter e probidade de homens livres e bons costumes. Daí, é natural que da nossa Ordem surjam cidadãos que se destaquem pôr suas qualidades pessoais, tor-nando-se, assim, dignos de serem aproveitados na conquista do progresso e da felicidade do po-vo. VEN∴- Concluís, então, que em nossa Ordem não surjam, às vezes desonestos? 1º VIG∴- Nada é perfeito, ainda, no mundo. Não deixo de reconhecer que, muitas vezes, nos temos enganado na escolha de alguns elementos, apesar do rigor de nossas sindicâncias. Assim, infelizmente, maus elementos têm-se infiltrado no seio da nossa Sublime Ordem. Para esses in-sensíveis à ação de nossa Moral e dos nossos Princípios, nossa Lei nos fornece meios seguros e prontos de separarmos o joio do trigo, o que devemos fazer sem temor nem vacilação. É, portan-to, pela exclusão dos elementos refratários aos ensinamentos austeros e elevados dos Princípios Maçônicos, que poderemos fortificar nossa Ordem. VEN∴- Em que consiste, então, nossa Fraternidade? 1º VIG∴- Em educarmo-nos, instruirmo-nos, corrigindo nossos defeitos e sendo tolerantes para com as crenças religiosas e políticas de cada um. Nossa Fraternidade nos ensina a dar e não a pedir, sem justa necessidade. VEN∴- ( o ) - Sob o influxo destas Doutrinas, continuemos, meus IIr∴, nossos trabalhos, para maior glória, honra e esplendor de nossa Ordem.

QUINTA INSTRUÇÃO

VEN∴- ( o ) - Meus IIr∴, vamos dar a última instrução do grau de Apr∴ Maç∴. Depois de co-nhecido o Painel da Loja, isto é, a forma pôr que deve proceder para galgar os degraus da escada

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50que há de, futuramente, transportá-lo do plano físico ao plano espiritual, O Apr∴ recebeu três outras instruções, que o puseram ao corrente dos SSimb∴ e EEmbl∴ concernentes ao Grau. Nesta quinta instrução completará os conhecimentos de que necessita para avançar na tri-lha que encetou, ficando de posse do conhecimento da simbologia dos quatro primeiros números: 1 - 2 – 3 e 4, pela qual verá como estes números, além do valor intrínseco, representam verdades misteriosas e profundas, ligadas, intimamente, à própria simbologia das alegorias e emblemas que, em nossos Templos, se patenteiam à sua vista. Ir∴ Orad∴, tende a bondade de encetar esta instrução. ORAD∴- Com certeza já notastes, IIr∴ AApr∴, a coincidência que apresentam a Bat∴, a Mar-cha e a Id∴ do Apr∴ Maç∴. Todas encerram o número “três”. TRÊS pancadas, TRÊS passos e TRÊS anos. Como vedes o número 3 é primordial no grau de Apr∴. É de toda conveniência que o Maçom “especulativo” não se desinteresse desta parte do Ensino Iniciático, maxime se tiver o legítimo desejo de compreender qualquer coisa da Arquite-tura da Idade Média e da Antigüidade e, em geral, das grandes obras concebidas e executadas pelas Ordens de Companheiros-Construtores. O emprego dos números, sobretudo de alguns números, em todos os monumentos conhe-cidos, é muito freqüente, para que se creia que só o acaso os tenha produzido. E, neste ponto, a História vem em nosso auxilio. Todos os povos da antigüidade fizeram uso emblemático e simbólico dos números e das fórmulas e em geral do número e da medida. Todos os povos da antigüidade tiveram um sistema numérico ligado intimamente à religião e ao culto. E este fato é o resultado da idéia que, então, se fazia do mundo, idéia segundo a qual a matéria é inseparável do espírito, do qual exprime a imagem e a revelação. Enquanto a matéria for necessária à forma e à dimensão; enquanto o mundo for uma soma de dimensões, existirá o número e cada coisa terá seu número, do mesmo modo que forma e di-mensões. Há entretanto números que parecem predominar na estrutura do mundo, no tempo e no espaço, e que formam, mais ou menos, a base fundamental de todos os fenômenos da natureza. Esses números foram tidos sempre como sagrados, pelos antigos, como representando a expres-são da Ordem e da Inteligência das coisas, como exprimindo mesmo a própria divindade. Se, com efeito, supusermos que as coisas materiais são apenas um invólucro que cobre o invisível, o imaterial; se as considerarmos somente como símbolos dessa imaterialidade, com mais forte razão os números, concepção puramente abstrata, poderão ser considerados sagrados, pois que eles representam, até certo ponto, a expressão mais imediata das Leis Divinas (e das Leis da Natureza), compreendidas e estudadas neste mundo. A China, a Índia, a Grécia, mesmo antes de Pitágoras, conheceram e empregaram a “Ciên-cia dos Números”, e seu simbolismo é, em grande parte, baseado nesta ciência. Vemos, pois, que os números se prestam facilmente a tornarem-se símbolos, figuras das idéias e de suas relações. E toda a doutrina das relações morais e de ligação indestrutível com o mundo material, isto é, a filosofia, foi sempre exposta por um sistema numérico e representada por números. VEN∴- ( o ) - Explicai-nos, Ir∴ 1º Vig∴, o símbolo do número 1. 1º VIG∴- O número um, a unidade, é o princípio dos números, mas a unidade só existe pelos outros números. Todos os sistemas orientais começaram pôr um SER PRIMITIVO. Conquanto esta abstração não tenha positivamente uma existência real, tem, contudo um lado positivo que o

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51torna suscetível de uma existência definida: “é o que os antigos denominavam Pothos, isto é, o desejo ou a ação de sair do absoluto, a fim de entrar no real, considerado por nós, concreto”. Nos sistemas panteístas, nos quais a divindade é confundida, como unidade, com o Todo, ela tem o nome de Unidade. A unidade só é compreendida por efeito do número dois; sem este, ela torna-se idêntica ao todo, isto é, identifica-se com o próprio número. A natureza do número dois, em sua relação com a unidade, representa a divisão, a diferen-ça. VEN∴- ( o ) - Ir∴ 2º Vig∴, explicai-nos algo sobre o número dois. 2º VIG∴- O número dois é o símbolo dos contrários e, portanto, da dúvida, do desequilibro e da contradição. Como prova disso, temos o exemplo concreto de uma das sete ciências maçônicas a aritmética, em que 2 + 2 = 2 x 2. Até na matemática o número dois produz confusão, pois ao vermos o número 4, ficamos na dúvida se é o resultado da combinação de dois números dois, pela soma, ou pela multiplica-ção, o que não se dá em absoluto, com outro qualquer número. Ele representa: o Bem e o Mal; a Verdade e a Falsidade: a Luz e as Trevas; a Inércia e o Movimento, enfim, todos os princípios antagônicos, adversos. Por isso, representava, na antigüidade, o “Inimigo”, símbolo da Dúvida quando nos assalta o espírito. O Apr∴ Maç∴ não deve se aprofundar no estudo deste número, porque, fraco ainda do cabedal cientifico de nossas tradições, pode enveredar pelo caminho oposto ao que deveria se-guir. Esta é, ainda, uma das razões pela qual o Apr∴ Maç∴ é guiado em seus trabalhos iniciáti-cos; sua passagem pelo número 2, duvidoso, pode arrastá-lo ao Abismo da Dúvida. VEN∴- ( o ) - Ir∴ 1º Vig∴, como poderá ser vencida a dúvida aniquiladora do número dois? 1º VIG∴- A diferença, o desequilíbrio, o antagonismo que existem no número dois, cessam, re-pentinamente, quando se lhes ajunta uma terceira unidade. A instabilidade da divisão ou da dife-rença, aniquilada pelo acréscimo de uma terceira unidade, faz com que, simbolicamente, o núme-ro Três se converta, também, em unidade. A nova unidade, porém, não é uma unidade vaga, indeterminada, na qual não houve inter-venção alguma; não é uma unidade idêntica com o próprio número, como se dá com a unidade primitiva; é uma unidade que absorveu e eliminou a unidade primitiva, verdadeira, definida e que se tornou unidade de vida, do que existe por si próprio, do que é perfeito. Eis porque o neófito vê no Or∴ o Delta Sagrado, luminoso emblema do “SER” ou da “VIDA”, no centro do qual brilha a letra IOD, inicial do tetragrama IEVE. O triângulo, conquanto composto de 3 ângulos e 3 linhas, forma um todo completo. Todos os outros polígonos subdividem-se em triângulos, e estes são, assim, o tipo primitivo, que serve de base à construção de todas as outras superfícies. É, ainda, pôr esta razão que a figura do triân-gulo é o símbolo da existência da divindade, bem como de sua “Potência produtora” ou da Evo-lução. VEN∴- ( o ) - Por que, Ir∴ 2º Vig∴, quando o iniciado penetra no Templo, nada encontra que se relacione, simbolicamente, ao número um? 2º VIG∴- Porque, para facilitar o estudo dos números, a Maç∴ faz uso de emblemas, para atrair a atenção sobre suas propriedades essenciais. E assim deve ser, porque nada do que é sensível pode ser admitido a representar a Unidade, mesmo porque só percebemos, fora e em volta de nós, diversidade e multiplicidade. Nada é simples na natureza; tudo é complexo. No entanto, se a

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52Unidade não nos aparece naquilo que nos é exterior, parece residir em nosso íntimo, pois todo ser pensante tem a convicção, o sentimento inato de que é um. VEN∴- E como se manifesta esta unidade, que está em nós? 2º VIG∴- Por nossa maneira de pensar, agir e sentir. Nossas idéias, levadas ao pensamento de um “todo harmônico”, fazem nascer em nós a noção do “Verdadeiro”. Este é o mais precioso talismã que pode possuir o iniciado, quando condensa seu ideal no JUSTO, no BELO e no VERDADEIRO. VEN∴- E qual o símbolo que oculta esta verdade? 2º VIG∴- O candelabro de 3 braços, que se vê sobre o Altar do Ven∴. Mestre e dos Vigilantes, ideal que é o único pólo para o qual tendem todas as aspirações humanas. VEN∴- Por que o neófito não deve estacionar no número dois? 2º VIG∴- Porque sendo o binário símbolo dos contrários, da divisão, seria condenar-se à luta estéril, à oposição cega, à contradição sistemática; ficaria, em suma, escravo desse princípio de divisão, que a antigüidade simbolizou e estigmatizou sob o nome de “inimigo” (Agramaniu, Sa-tan, etc.). VEN∴- E como se conseguiu evitar a influência desse INIMIGO”? 2º VIG∴- Procedendo à conciliação dos antagônicos, condensando, no Ternário, o Binário e a Unidade. VEN∴- ( o ) - Assim concebido, qual a significação do número 3, Ir∴ 1º Vig∴? 1º VIG∴- TRÊS é o número da Luz (Fogo, Chama e Calor). Três são os pontos que o Maçom deve se orgulhar de apor a seu nome, pois, esses 3 pontos, como o Delta Luminoso e Sagrado, são emblemas dos mais respeitáveis; representam todos os ternários conhecidos e, especialmente, as três qualidades indispensáveis ao Maçom. VONTADE AMOR INTELIGÊNCIA VEN∴- E estas qualidades são inseparáveis? 1º VIG∴- São absolutamente inseparáveis uma das outras, pois devem agir, em perfeito equilí-brio, no candidato à iniciação, para que ele possa ter a iniciação real, “vivida” e não emblemáti-ca. VEN∴- E que poderá suceder se, por ventura, estas qualidades estiverem isoladas? 1º VIG∴- Separando-as, veremos surgir o desequilíbrio. Suponhamos um ser dotado, unicamen-te, de Vontade, de energia, mas sem o menor sentimento afetuoso e desprovido de inteligência, teremos um verdadeiro bruto. Dotemo-lo, agora, de Inteligência e suprimamos-lhe a Vontade e a Sabedoria que é a expressão do Amor, e teremos o pior dos egoístas e dos inúteis; um terreno onde a “boa semente” não germinará e que as ervas daninhas inutilizarão. Demos-lhe, enfim, unicamente o Amor (sabedoria), sem sombra de Vontade e de Inteli-gência, e veremos que sua bondade é inútil, suas melhores aspirações serão condenadas a esteri-lidade, porque não serão, jamais, acionadas pôr uma Vontade forte, agindo sob o controle da Ra-zão. VEN∴- ( o ) - Se, apenas, uma dessas qualidades estiver separada, quais as conseqüências, Ir∴ 2º Vig∴?

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532º VIG∴- Dotado de Vontade e Inteligência, mas sem sentimento afetuoso para com seus semelhantes, o homem poderá ser um gênio, mais, forçosamente, será, também, um monstro de egoísmo e, como tal, condenado a desaparecer. Possuindo Coração e Inteligência, mas não tendo Vontade nem energia, o homem será uma criatura fraca, de caráter passivo, que, embora não faça mal a ninguém e nutra belas aspira-ções e elevado ideal, jamais chegará a realizá-lo, pôr faltar-lhe a energia; será, em suma , um inú-til. A Energia, unida ao Amor, daria melhor resultado, mas a falta de Inteligência impedir-lhe-ia de ser Bom e Ativo, de fazer obra verdadeiramente útil, porque o Discernimento, função da Inteligência, lhe faltaria. Não poderia aplicar suas belas qualidades; correria, mesmo, perigo de, sob a direção de um mau intelecto, tornar-se servidor das forças do mal, pôr falta de discerni-mento. VEN∴- ( o ) - Vede, pois, IIr∴ AApr∴, que todo Maçom que quiser ser digno deste nome, de-ve cultivar “igualmente” essas três qualidades, representadas pelos três pontos (∴), que apõe a seu nome, quais as três estrelas que brilham ao Or∴ da Loja. Ir∴ 1º Vig∴, o ternário pode ser estudado sob outros pontos de vista? 1º VIG∴- Sim, Ven∴ Mestre. Dentre esses pontos de vista, citarei, apenas, os principais, que são: Do tempo: Presente, Passado e Futuro; Do movimento diurno do Sol: - Nascer, Zênite e Ocaso; Da vida: - Nascimento, Existência e Morte; Mocidade, Madureza e Velhice: Da Família: - Pai, Mãe e Filho; - Do Hermetismo: - Arqueu, Azote e Hilo; Da Gnose: - Princípio, verbo e Substância; Da Cabala Hebraica: - Da qual são tirados as PP∴ SS∴ e de P∴ da Maçonaria: - Keter (Coroa), Hockma (Sabedoria) e Binah (Inteligência); Da Trindade Cristã: - Pai, Filho e Espírito Santo; Da Trimurti: - Brama, Vishnu e Siva; Sat, Chit e Ananda; Dos “Três GOUNAS”, ou qualidades inerentes à Substância Eterna (Maia), na índia; - Tamas (Inércia), Rajas (Movi-mento) e Sattva (Harmonia); Do Budismo: - Buda (Iluminado), Dharma (Lei) e Sanga (Assem-bléia de fiéis); Do Egito: - Osiris, Isis e Horus; Ammon, Mouth e Khons; Do Sol, no Egito: - Ho-rus (Nascer), Ra (Zênite) e Osiris (Ocaso); Da Caldéia: - Ulomus (Luz), Otosurus (Fogo) e Elium (Chama). VEN∴- ( o ) - Como vedes, IIr∴ AApr∴, em toda parte encontra-se o número três, o Ternário, do qual o Delta Sagrado é o mais humano e o mais puro emblema. Nas Lojas Maçônicas, o terná-rio é, ainda, simbolizado pelos três grandes pilares: SABEDORIA - FORÇA - BELEZA, que re-presentam as Três Luzes, colocadas: a primeira no Or∴, a segunda no N∴ e a terceira no Sul, de acordo com a orientação das “Três Portas” do Templo de Salomão. Ir∴ Orad∴, que letra se vê no centro do Delta? ORAD∴- No centro do Delta está a letra IOD, inicial do Tetragrama (4 letras) IEVE, símbolo da Grande Evolução, ou “do que existiu”, do que existe e “do que existirá”. VEN∴- ( o ) - Ir∴ Apr∴, está terminada a quinta e última instrução. Lede e meditai, sobre esta instrução; ela vos abrirá os olhos aos problemas mais transcendentais, cujo estudo ainda não vos é permitido, mas que se apresentarão pôr certo, ao vosso espírito, agora fortificado e esclarecido pelo simbolismo dos números. Continuemos nossos trabalhos meus IIr∴.

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