Manual 3537
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FORMAÇÕES MODULARES CERTIFICADASFORMAÇÕES MODULARES CERTIFICADASQuadro da Psicologia Evolutiva
ACÇÃO Nº 2.3/22/01 – 73196/2012
Redes de Apoio
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ACÇÃO Nº 2.3/22/01 – 73196/2012
ÍNDICE
Ficha Técnica
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Índice …………………………………………………………………………………………..Página 2
Ficha Técnica……………………………………………………………………………….………… 3
Introdução……………………………………………………………………………………………… 4
As pessoas idosas e o meio ambienteA diversidade do meio ambienteA família e a comunidadeAs instituições formais
Caracterização e natureza das instituições formaisInstitucionalização das pessoas de idadeA vida quotidiana nas instituições
Bibliografia……………………………………………………………………...…………………….
FORMAÇÕES MODULARES CERTIFICADASFORMAÇÕES MODULARES CERTIFICADASQuadro da Psicologia Evolutiva
ACÇÃO Nº 2.3/22/01 – 73196/2012
FICHA TÉCNICA
Módulo: Quadro da Psicologia Evolutiva
Destinatários: População em geral.
Carga Horária: 50 horas
Manual Elaborado por: Ana Sofia Dias
Objetivos Específicos:
No final da formação os formandos deverão ser capazes de:
Reconhecer os princípios básicos de Psicologia Evolutiva, dando particular ênfase à
velhice como etapa do desenvolvimento humano.
Reconhecer, caracterizar e distinguir as diferentes redes de apoio disponíveis e
possíveis de serem utilizadas junto de pessoas idosas.
Reconhecer a importância das pessoas idosas na forma como contribuem para uma
cidadania interveniente e responsável.
Objetivo do Documento
Este Manual foi concebido por Ana Sofia Dias, formadora deste módulo. Pretende-se que seja
usado como elemento de Estudo e de Apoio aos temas abordados. O Manual é um
complemento da Formação e do Módulo, não substitui os objetivos das sessões de formação,
mas complementa-as.
Condições de Utilização:
Este Manual não pode ser reproduzido, sob qualquer forma, sem autorização expressa do autor.
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INTRODUÇÃO
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PSICOLOGIA EVOLUTIVA
CONCEITO
Segundo a Psicologia Evolutiva o cérebro consistirá num conjunto de mecanismos
funcionais psicológicos que evoluíram, e continuam a evoluir, por seleção natural.
Também se sustenta na ideia de que os nossos processos cognitivos são superiores aos
processos biológicos e culturais. O raciocínio humano, como acontece hoje, é fruto das pressões
evolutivas, relacionadas com as necessidades de sobrevivência dos nossos antepassados.
Posto isto, a Psicologia Evolutiva procura reconstruir os problemas com os quais os nossos
ancestrais se defrontaram nos seus ambientes primitivos e as soluções que criaram para
resolver esses desafios específicos.
O principal objetivo da Psicologia Evolutiva é identificar a evolução das adaptações
emocionais e cognitivas que representam a “natureza humana psicológica”, isto é, estudar e
perceber de que forma os humanos tiveram de evoluir de forma a poderem adaptar-se às
condições e situações que lhes surgem ao longo da vida.
Este estudo é realizado em humanos dividindo-os por faixas etárias:
Estádio pré-natal (conceção até nascimento)
Primeira infância (nascimento até 3 anos)
Segunda infância (3 a 6 anos)
Terceira infância (6 a 12 anos)
Adolescência (12 a 20 anos)
Jovem adulto (20 a 40 anos)
Meia-idade (40 a 65 anos)
Terceira idade (65 anos em diante)
A Psicologia Evolutiva recebe contributos de:
Ecologia comportamental
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“Refere uma determinada forma de aplicar a teoria evolutiva da mente,
com ênfase na adaptação.”
Steven Pinker
É a ciência que busca explicar, graças aos mecanismos
universais de comportamento, o porquê das ações dos
seres humanos.
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Inteligência artificial
Genética
Etologia
Antropologia
Arqueologia
Biologia
Zoologia
PRINCÍPIOS BÁSICOS
A Psicologia Evolutiva assente nos seguintes princípios:
1. O cérebro é um sistema físico que funciona como um computador. Os seus circuitos são
criados para gerar comportamentos apropriados às circunstâncias ambientais.
2. Os nossos circuitos neuronais foram selecionados de forma natural para resolver
problemas/questões que os nossos antepassados enfrentaram durante a história
evolutiva da nossa espécie.
3. A consciência é apenas a ponta do iceberg, a maioria das coisas que se passa na nossa
cabeça está escondida de nós próprios. Em resultado disso, a nossa consciência pode
fazer-nos crer que um problema é muito simples de resolver, quando pode ter requerido
processos muito complexos.
4. Existem diferentes circuitos neuronais especializados na resolução de diferentes
problemas adaptativos.
5. A nossa mente moderna alberga uma mente da idade da pedra.
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TAREFA EVOLUTIVA: O CONCEITO
A vida dos seres humanos desenvolve-se por etapas que constituem o ciclo de vida. Ao
longo dessas etapas, o indivíduo vai-se confrontando com desafios que tem de ultrapassar, para
passar à etapa seguinte. A esses desafios, a Psicologia Evolutiva chama TAREFAS
EVOLUTIVAS.
É a forma como se resolvem estas tarefas que leva ao desenvolvimento do ser humano,
à sua maturidade.
A resolução das tarefas evolutivas depende das necessidades e características
individuais assim como das pressões externas. Esta resolução prepara cada individuo para a
etapa seguinte de desenvolvimento deverá promover ajustamento pessoal e social.
As tarefas evolutivas são desafios normativos associados à idade cronológica. Esses
desafios são influenciados por:
Maturação biológica
Pressão da sociedade, expectativas sociais
Desejos e aspirações pessoais
Oportunidades e competências
Valores que fazem parte da personalidade
Vejamos então como é estudada a velhice no campo da Psicologia Evolutiva.
O ESTUDO DA VELHICE NO CAMPO DA PSICOLOGIA EVOLUTIVA
Afinal quando somos considerados velhos?
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O envelhecimento bem-sucedido é visto como um processo geral de adaptação. Com a
crescente limitação imposta pela natureza biológica e no intuito de aumentar as suas
potencialidades a tarefa adaptativa do idoso consiste em selecionar metas e objetivos mais
importantes, otimizar recursos e compensar perdas.
Embora o envelhecimento seja acompanhado de uma série de adversidades, a pior delas é
o abandono social. É preciso que o indivíduo tenha projetos que não envelheçam, é preciso
cimentar uma cultura positiva da velhice com interesses, trabalhos, responsabilidades que
tornem sua sobrevivência digna. É importante a seleção de prioridades de vida para uma
regulação efetiva dos processos desenvolvimentais, ou seja, selecionar tarefas evolutivas.
O indivíduo deve desempenhar certas tarefas evolutivas, para se desenvolver
adequadamente. As tarefas evolutivas são marcadas pelas preferências individuais, as
expectativas quanto ao futuro, as realizações e as metas.
Tais tarefas são enfrentadas de maneira diferente, devido aos diferentes valores, maturação
física, expectativas sociais, oportunidades, preferências, competências e recursos.
Um ambiente agressivo, assuntos familiares não resolvidos, ausência de cuidadores
adequados podem dificultar este processo.
A integridade do ego é a tarefa evolutiva do idoso: adaptação a triunfos e desilusões e
gerador de produtos e ideias. É ter, em suma,
dignidade, sabedoria, aceitação do modo de
vida e ser único.
Para a alcançar é importante que o idoso
possa fazer uma revisão da sua vida para lhe
dar sentido e reorganizar criativa e
positivamente sua personalidade.
Contudo, o idoso é influenciado pela
sociedade onde vive e esta influência também domina o atingir das suas tarefas evolutivas.
Os principais fatores de influência da sociedade sobre o indivíduo são:
A resposta social ao declínio biológico,
O afastamento do trabalho,
A mudança da identidade social,
A desvalorização social da velhice
A falta de definição sociocultural de atividades em que o idoso possa perceber-se útil e
alcançar reconhecimento social.
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A sociedade é importante devido aos papéis sociais (posição no espaço social)
desempenhados por cada um. Estes papéis são influenciados pelo que se espera de uma
pessoa e pelo que a própria pessoa espera de si mesma.
Podem ser vistos de acordo com uma de duas perspetivas. Por um lado, favorecerem
oportunidades de aquisição e uso de habilidades; por outro, geram tensões, conflitos e
ambiguidades.
A experiência do envelhecimento envolve a mudança de papéis.
A psicologia divide o estudo de cada fase vital entre: principais desenvolvimentos e
tarefas evolutivas!
Quando estuda a velhice, importa centrar-se na meia-idade (40-65 anos) e na terceira
idade (acima dos 65 anos).
No que diz respeito à meia-idade, analisemos os quadros abaixo!
MEI
A-ID
AD
E
PRIN
CIP
AIS
DES
ENVO
LVIM
ENTO
S
Certa deterioração da saúde física e declínio da resistência e perícia.
Menopausa.
A sabedoria e capacidade de resolução de problemas práticos são acentuadas; a
capacidade de resolver novos problemas declina.
O sentido de identidade continua a desenvolver-se.
A dupla responsabilidade de cuidar dos filhos e pais idosos pode causar stress.
A partida dos filhos deixa o ninho vazio.
Para alguns, o sucesso na carreira e ganhos atingem o máximo; para outros ocorre
um esgotamento profissional.
Busca do sentido da vida assume importância fundamental.
Para alguns, pode ocorrer a crise da meia-idade.
Aceitação do corpo que envelhece.
MEIA-ID
AD
E
TA
REFA
S EVO
LUTIVA
S
Aceitação da limitação do tempo e da morte pessoal.
Manutenção da intimidade.
Reavaliação dos relacionamentos.
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Relacionamentos com os filhos: deixar ir, atingir igualdade, integrar novos
membros.
Relação com os pais: inversão de papéis, morte e individualização.
Exercício do poder e posição: trabalho e papel de instrutor.
Novos significativos, habilidades e objetivos dos jogos na meia-idade.
Preparação para a velhice.
Relativamente à terceira idade, passa-se o seguinte.
TER
CEI
RA
-IDA
DE
PRIN
CIP
AIS
DES
ENVO
LVIM
ENTO
S
A maioria das pessoas é saudável e ativa, embora a saúde e a capacidade física
declinem um pouco.
Atraso do tempo de reação afeta muitos aspetos do funcionamento.
A maioria das pessoas é mentalmente ativa. Embora a inteligência e a memória
possam deteriorar-se em algumas áreas, a maioria das pessoas encontra modos de
compensação.
A reforma pode criar mais tempo para o lazer mas pode diminuir os rendimentos.
As pessoas precisam de enfrentar perdas em muitas áreas (perdas de suas próprias
faculdades, perda de afetos) e a iminência de sua própria morte.
Manter a saúde física com a prevenção das doenças degenerativas.
TER
CEIR
A-IDA
DE
TA
REFA
S EVO
LUTIVA
S
Independência económica.
Ter o seu próprio espaço físico ou moradia.
Ter laços de amizade e ligações fortes com a família.
Manter um relacionamento íntimo com um(a) companheiro (a).
Ter laços com a comunidade.
Manter-se sempre ocupado e com planos para o futuro.
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Se possível, manter uma união com seu antigo trabalho ou profissão.
Buscar ajuda na comunidade.
Praticar exercício, manter uma atividade física regular.
TEORIAS
A compreensão do desenvolvimento adulto e do envelhecimento exige esforços
concentrados, se desejarmos identificar as mudanças e as transformações vivenciadas por esta
faixa etária.
Espera-se que a Psicologia forneça informações sobre o curso, as condições e as
variações da vida adulta, bem como sobre os indicadores de uma velhice bem-sucedida.
Grande parte dos estudos sobre o desenvolvimento do adulto tem-se apoiado na
perspetiva teórica do desenvolvimento de curso de vida.
Se não há uma adaptação ajustada às exigências, o envelhecimento pode ser
vivenciado com alto nível de stress, dificultando a realização das tarefas evolutivas. Por isso,
deve-se aprender a construir os principais papéis de vida com bastante flexibilidade, de forma a
que eles sejam compatíveis com a etapa de vida. Isso requer conhecimento mais profundo dos
papéis sociais e suas propriedades, especialmente as positivas.
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ERIK ERIKSON
– TEORIA DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL
A teoria de
fases, não ocorre ao acaso e depende da interação da
pessoa com o meio que a rodeia. Cada estágio é
atravessado por uma crise psicossocial entre uma vertente
positiva e uma vertente negativa. As duas vertentes são
necessárias mas é essencial que se sobreponha a positiva.
A forma como cada crise é ultrapassada ao longo de todos os estágios irá influenciar a
capacidade para se resolverem conflitos inerentes à vida.
IDADE CRISE DE
DESENVOLVIMENTO
CARACTERÍSTICAS VIRTUDE
Nasciment
o até 12-18
meses
Confiança vs
Desconfiança
O bebé desenvolve um sentimento em
relação ao mundo como um lugar bom e
seguro ou não
Esperança
12-18
meses até
3 anos
Autonomia vs
Vergonha
A criança desenvolve um equilíbrio entre a
independência e a dúvida e vergonha. Vontade
3 a 6 anos Iniciativa vs Culpa
A criança desenvolve iniciativa quando
experimenta coisas novas e não é
subjugada pelo fracasso
Propósito
6 anos até
à
puberdade
Produtividade vs
Inferioridade
A criança/jovem deve aprender as
habilidades da cultura ou enfrentar
sentimentos de inferioridade
Habilidade
Puberdade
ao início da
idade
adulta
Identidade vs
Confusão
O adolescente deve determinar a sua
própria noção de identidade ou
experimentar confusão entre papéisFidelidade
Jovem
adulto
Intimidade vs
Isolamento
A pessoa procura estabelecer um
compromisso com os outros; caso não
tenha êxito pode sofrer com o isolamento e
o egocentrismo
Amor
Idade Geratividade vs O adulto maduro preocupa-se em Cuidado
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adulta Estagnação
estabelecer e orientar a geração seguinte,
caso contrário sente empobrecimento
pessoal
Terceira
idade
Integridade vs
Desespero
A pessoa aceita o seu percurso de vida, o
que lhe permite aceitar a própria morte;
caso contrário cai em desespero por
incapacidade de reviver a vida
Sabedoria
Geratividade VS. Estagnação
Para um envelhecimento harmonioso, o adulto maduro deve desenvolver a Geratividade,
em equilíbrio com a estagnação.
Geratividade significa contribuir para causas futuras por meio de produção de algo
significativo, pelo cuidado e manutenção dos outros. Dedicar-se a algo, acreditar e empenhar-se.
Validar a própria existência. Implica:
Investir nos seus conhecimentos e nas suas qualidades, preocupando-se em deixar um
legado pessoal de experiências.
Cuidar de outros seres humanos (família e fora dela).
Atuar como conselheiro, educador, orientador.
Envolver-se na manutenção e progresso de instituições sociais, da sociedade, no bem-
estar da humanidade.
Integridade vs Desespero
A integridade caracteriza-se por uma adaptação a sucessos e desilusões inerentes à
condição humana. É ter dignidade, sabedoria, aceitação do modo de vida, sensação de
realização.
Para alcançar a integridade a pessoa deve fazer uma reflexão e revisão da própria vida
dando-lhe sentido e reorganizando-a de forma positiva.
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A resolução das crises psicossociais inerentes aos ciclos do desenvolvimento descritas por
Erikson é um exemplo de tarefa evolutiva.
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O desespero é a vertente negativa que advém quando se renega a vida, mas se sabe
que já não se pode recomeçar uma nova existência.
A sabedoria e a renúncia são as virtudes que resultam da crise psicossocial desta idade.
– TEORIA DO CICLO DA VIDA/CICLO VITAL
A teoria do ciclo da vida de Erikson postula que o desenvolvimento humano ocorre
durante toda a vida, sendo cada período do ciclo de vida influenciado pelo que aconteceu antes
e afetando o que virá depois.
Este modelo compreende um processo abrangente, influenciado pelo contexto histórico,
que procura um equilíbrio entre ganhos e perdas.
Considera também fatores normativos e fatores não normativos que interagem,
produzem mudanças no indivíduo, variam de pessoa para pessoa e têm efeito cumulativo.
De acordo com Baltes, as características fundamentais
desta formulação são:
Multidirecionalidade – o desenvolvimento durante a vida
envolve um equilíbrio entre crescimento e declínio. As
pessoas ganham numa área, mas podem perder noutras.
Plasticidade – muitas capacidades podem ser modificadas
com treino e prática, mesmo tarde na vida, mas o potencial
para a mudança não é ilimitado.
História e contexto – cada pessoa desenvolve-se num conjunto específico de
circunstâncias ou condições definidas pelo tempo e pelo lugar. Os seres humanos
influenciam e são influenciados pelo seu contexto histórico e social, não respondem
apenas ao ambiente, interagem com ele e modificam-no.
Causalidade múltipla – o desenvolvimento humano é influenciado por diversos fatores
e deve ser analisado tendo em conta todos eles.
Em 1991, este mesmo autor alemão, defendeu que:
O curso do desenvolvimento varia de pessoa para pessoa;
Existem diferenças importantes entre envelhecimento normal, ótimo e patológico;
Durante o envelhecimento fica resguardado o potencial de desenvolvimento;
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Os prejuízos deste período podem ser minimizados pela ativação das capacidades de
reserva para o desenvolvimento;
As perdas cognitivas podem ser compensadas por ganhos no domínio da inteligência
prática;
Com o envelhecimento, o equilíbrio entre ganhos e perdas torna-se menos positivo;
Os mecanismos de auto-regulação da personalidade mantêm-se intactos em idade
avançada.
Em jeito de conclusão, pode dizer-se que, se não há uma adaptação ajustada às
exigências, o envelhecimento pode ser vivenciado com alto nível de stress, dificultando a
realização das tarefas evolutivas. Por isso deve-se aprender a construir os principais papéis de
vida com bastante flexibilidade, de forma a que eles sejam compatíveis com a etapa de vida.
Isso requer conhecimento mais profundo dos papéis sociais e suas propriedades, especialmente
as positivas.
O ESTUDO CIENTÍFICO DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
Quando falamos em envelhecimento, surgem dois conceitos recentes que importa
esclarecer: Gerontologia e Geriatria.
GERONTOLOGIA
Campo de estudos interdisciplinar que investiga os fenómenos fisiológicos, psicológicos,
sociais e culturais relacionados com o envelhecimento do ser humano. É um campo
multiprofissional e multidisciplinar.
A Gerontologia procura alternativas adequadas de intervenção junto da população idosa,
tendo como perspetiva final a melhoria da qualidade de vida e a manutenção da capacidade
funcional desta população.
GERIATRIA
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Ramo da medicina associado ao estudo, prevenção e tratamento das doenças e da
incapacidade em idades avançadas.
O termo deve ser distinto de gerontologia, que é o estudo do envelhecimento em si.
Os objetivos da Geriatria são:
Manutenção da saúde em idades avançadas.
Manutenção da funcionalidade.
Prevenção de doenças.
Deteção e tratamento precoce.
Máximo grau de independência.
Cuidado e apoio durante doenças terminais.
Tratamentos seguros.
ENVELHECIMENTO BEM-SUCEDIDO?
Quando se coloca a questão do envelhecimento bem ou mal sucedido estamos a definir
padrões de adaptação do idoso às suas atuais capacidades de funcionamento, no seu contexto
de vida, implicando com isso quer critérios externos sociais (relativos ao que se espera do idoso
em cada cultura), quer critérios internos - individuais (o sentir e a vontade subjetiva).
Se a pessoa, apesar das mudanças, continuar a ter objetivos de vida, a gostar de si, a
ter prazer em fazer determinadas coisas, a sua vida decorrerá de forma mais fácil, mais leve e
com maior qualidade.
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BIBLIOGRAFIA
Correia, J. Martins. (2003). Introdução à Gerontologia. Lisboa: Universidade
Aberta.
Gauthier, Serge & Qwyther, Lisa P. Maximizar a Capacidade Funcional na
Doença de Alzheimer. Lisboa: Novartis Farma.
Leitão, Olívia R. & Morais, Manuela. Manual do Cuidador da Pessoa com
Demência. Lisboa: Ponticor – realizações gráficas.
Oliveira, Barros. (2008) Psicologia do Envelhecimento e do Idoso. Porto:
Livpsic/Legias Editora.
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