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QUER APRENDER GUITARRA ONLINE?

Olá! Meu nome é Raphael Gomes e o meu objetivo é que você aprenda música

de maneira consciente e satisfatória.

Sou Licenciando em Música pela Universidade Federal de Goiás e educador

musical há mais de dez anos. Durante a minha vivência musical pude perceber

vários tipos de dificuldades apresentadas por alunos de diversos níveis e

idades, porém a mais recorrente ainda é a falta de insistência e o não

cumprimento das etapas necessárias para o alcance dos objetivos.

Acredito na importância do estudo por etapas e de maneira direta, mesmo

sabendo que é possível ser muito abrangente em música.

Com um pouco de paciência podemos alcançar nosso objetivo principal

TOCAR MÚSICA!

Neste e-Book você encontrará uma etapa preliminar – CAPÍTULO I –, etapas

principais – CAPÍTULO II e III –, etapas paralelas – intrínsecas em todos

capítulos – e a etapa conclusiva – CAPÍTULO IV.

A você que é iniciante, considero imprescindível o estudo de todas as etapas,

porém você pode, ao passar para o CAPÍTULO II, começar pelos conceitos de

figuras rítmicas, pulsação, exemplos e exercícios e, posteriormente,

retornar aos demais conceitos para o aprendizado teórico.

Ao aluno que já possui esses conhecimentos, sugiro consultar o sumário, para

um melhor ponto de partida!

Desejo-lhe FOCO e BONS ESTUDOS!

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I ......................................................................................................................... 5

ETAPA 0 – NOÇÕES PRELIMINARES .............................................................................. 5

Algumas partes da guitarra ..................................................................................... 5

Postura ..................................................................................................................... 7

Mão direita e mão esquerda.................................................................................... 8

Diagrama ............................................................................................................... 12

Cifra ........................................................................................................................ 13

Tom e Semitom ..................................................................................................... 14

Sons naturais e alterados ...................................................................................... 14

Afinação ................................................................................................................. 15

Leitura musical ....................................................................................................... 17

CAPÍTULO II ...................................................................................................................... 20

ETAPA 1 - ACORDES ....................................................................................................... 20

Exemplo 1 - tríades................................................................................................ 21

Exemplo 2 – tétrades ............................................................................................. 23

Figuras rítmicas ..................................................................................................... 25

Pulsação ................................................................................................................ 27

Exercícios – figuras rítmicas na prática ................................................................ 29

Exercício 1 ............................................................................................................. 29

Exercício 2 ............................................................................................................. 30

Exercício 3 ............................................................................................................. 30

Exercício 4 ............................................................................................................. 31

Exercício 5 ............................................................................................................. 31

Exercício 6 ............................................................................................................. 32

Exercício 7 ............................................................................................................. 32

Exercício 8 ............................................................................................................. 33

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Exercício 9 ............................................................................................................. 33

Exercício 10 ........................................................................................................... 33

Exercício 11 ........................................................................................................... 34

Exercício 12 ........................................................................................................... 34

Exercício 13 ........................................................................................................... 35

Exercício 14 ........................................................................................................... 35

Exercício 15 ........................................................................................................... 35

Acordes da música – parte 1................................................................................. 35

Exercício 16 ........................................................................................................... 37

Exercício 17 ........................................................................................................... 38

Exercício 18 ........................................................................................................... 38

Exercício 19 ........................................................................................................... 39

Exercício 20 ........................................................................................................... 39

Exercício 21 ........................................................................................................... 40

Exercício 22 ........................................................................................................... 40

Exercício 23 ........................................................................................................... 41

CAPÍTULO III ..................................................................................................................... 42

ETAPA 2 - RIFFS ............................................................................................................... 42

Exercício 23 ........................................................................................................... 43

Exercício 24 ........................................................................................................... 44

Acordes da música – parte 2................................................................................. 44

Exercício 25 ........................................................................................................... 45

Exercício 26 ........................................................................................................... 46

Exercício 27 ........................................................................................................... 47

Exercício 28 ........................................................................................................... 47

CAPÍTULO IV ..................................................................................................................... 48

ETAPA 3 - MÚSICA ........................................................................................................... 48

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CAPÍTULO I

Antes de iniciar as etapas de Desenvolvimento Principal, é importante conhecer

ou reforçar noções sobre: algumas partes da guitarra, postura, mão direita e

mão esquerda, diagrama, cifra, tom e semitom, sons naturais e alterados,

afinação e leitura musical.

Observação: se você já possui esses conhecimentos, sugiro passar para

o CAPÍTULO II deste e-Book (mencionar página).

A seguir, você um panorama geral sobre partes essenciais da guitarra,

importantes para o estudo que será desenvolvido durante os próximos

capítulos.

Figura 1

ETAPA 0 – NOÇÕES PRELIMINARES

Algumas partes da guitarra

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Corpo: parte da guitarra que abarca elementos menores, fundamentais

para o seu funcionamento, como os captadores, a ponte e a entrada do

cabo, por exemplo. Além de receber a mão direita do guitarrista (destro), é

fundamental para o início do estudo, sobretudo no que diz respeito à

postura (mencionar página).

Ponte: mecanismo que fixa as cordas na extremidade do corpo e as

direciona para o braço e a cabeça da guitarra. Pode ser fixa ou móvel.

Captadores ou pickups: responsáveis por captarem o som que será

transmitido para o amplificador. Podem ser simples (conhecidos como

single coils – como o do meio) ou duplos (conhecidos como hambuckers –

como os das extremidades).

Chave seletora de captadores: seleciona o captador ou a combinação de

captadores a ser transmitida para o amplificador. A guitarra representada

pela Figura 1, por exemplo, apresenta cinco possibilidades a serem

acionadas pela chave seletora: captador da ponte (da esquerda),

combinação entre captador da ponte e captador médio, captador médio,

combinação entre captador médio e captador do braço (captador da direita)

e captador do braço.

Entrada do cabo: permite a conexão entre a guitarra e o amplificador, por

meio de cabo tipo P10 (cabo compatível com violão, contrabaixo, teclado).

Pino(s) para correia: tem a função de “abotoar” a correia (alça), que

permite ao guitarrista fixar a guitarra em seu corpo. Com isso, o

instrumentista pode tocar de pé.

Braço: parte que recebe a mão esquerda do guitarrista (destro) e abarca

partes fundamentais para a tocabilidade da guitarra, como, por exemplo, os

trastes e as cordas.

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Trastes: peças metálicas responsáveis por dividir o braço em casas, que

receberão os dedos do guitarrista.

Casas: espaços proporcionados pela presença dos trastes. Cada casa

gera um som diferente, com o pressionar da(s) corda(s).

Cordas: fios de aço, responsáveis por gerar o som (notas musicais) a ser

captado e amplificado.

Cabeça ou mão (headstock): parte da guitarra onde se situam as

tarrachas.

Tarrachas: responsáveis pela fixação e pela afinação das cordas.

Ao tocar sentado, você poderá apoiar o corpo da guitarra, conforme as

imagens a seguir:

Figura 2 Figura 3

Na Figura 1, temos a postura popular, na qual a guitarra será apoiada em sua

perna direita e estará levemente inclinada para cima.

A Figura 2 representa a postura clássica (proveniente do violão clássico), que

se assemelha à postura do guitarrista que toca de pé. Para o uso desta

postura, a guitarra deve ser apoiada em sua perna esquerda e estará mais

inclinada que na postura anterior.

Postura

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Nota: para o uso da postura clássica, é necessário o uso de um pedal de apoio

para o pé esquerdo, conforme a Figura 4.

Figura 4

Ao praticar na postura popular, é importante fazer uso de cadeira que

proporcione um bom encosto para as costas e altura que permita o apoio

confortável dos pés no chão. Com a postura clássica, as costas não fazem uso

de encosto, pois necessitam de posição ereta.

O estudo ininterrupto por longo período de tempo pode causar cansaço e

desgaste. Pausas regulares são aconselháveis. As duas posturas podem

proporcionar bons resultados. É importante que você se posicione da maneira

que se sentir mais confortável.

Importante: se você é canhoto, deve praticar com uma guitarra construída

para canhotos (left handed) ou com uma guitarra para destro com as

cordas invertidas. Tudo o que for dito a partir deste tópico a respeito das

mãos direita e esquerda, para você será esquerda e direita.

A sua mão direita será responsável pela parte rítmica das músicas. Dessa

forma, a condução rítmica para um acompanhamento (base) e as células

rítmicas aplicadas para um riff ou solo podem ser obtidas pelo uso dos dedos

ou da palheta na mão direita.

Mão direita e mão esquerda

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Neste e-Book, o uso dos dedos não será trabalhado na mão direita, portanto,

vamos nos ater ao uso da palheta.

O contato da palheta com os dedos pode variar de acordo com o conforto de

cada um, entretanto devo sugerir a você o uso de apenas dois dedos para

segurá-la. Digo isso porque há a possibilidade de mesclar a palhetada com o

uso dos demais dedos e você pode querer usar isso no futuro. Esta técnica é

conhecida como “palhetada híbrida”.

Sendo assim, recomendo que você segure a palheta entre os dedos polegar e

indicador, direcionando a ponta mais fina da palheta às cordas. Observe a

Figura 5 e a Figura 6.

Figura 5

Figura 6

Palhetada para baixo:

Palhetada para cima:

Com a palheta fixa e bem posicionada entre os dedos polegar e indicador, você

poderá tocar a palheta para baixo ou para cima, de acordo com a sonoridade

que a música pede, verificando, ao estudar determinada música, os símbolos

mencionados na figura acima.

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A sua mão esquerda será responsável pela montagem dos acordes e pela

digitação dos riffs. Para a compreensão da representação gráfica dos acordes

e das digitações dos riffs que você irá aprender, cada dedo de sua mão

esquerda será representado por um número, conforme a figura a seguir.

Figura 7

Dedo 1 – indicador

Dedo 2 – médio

Dedo 3 – anelar

Dedo 4 – mínimo

Os dedos 1, 2, 3 e 4 irão pressionar as cordas sobre as casas do braço da

guitarra, para a obtenção dos sons a serem praticados. Dessa forma, unhas

compridas nos dedos da mão esquerda não são bem vindas.

O polegar da mão esquerda, embora não tenha sido mencionado na figura

anterior, tem função importante e o seu posicionamento pode influenciar o

resultado sonoro final. Observe a imagem a seguir.

Figura 8

Conforme apresentado, o local mais adequado para o apoio do polegar é,

aproximadamente, no centro da parte de trás do braço da guitarra, podendo

estar levemente inclinado para a sua esquerda.

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Embora haja outras maneiras de posicionamento da mão esquerda, a princípio,

evite a posição do polegar nas extremidades superior e inferior do braço.

Dessa forma, existirá um espaço entre a palma de sua mão e a madeira do

braço, espaço este que valoriza a projeção e a curvatura de seus dedos em

relação às casas do braço da guitarra.

Figura 9 Figura 10

A Figura 9 mostra, em outro ângulo, o posicionamento apresentado pela

Figura 8 e o espaço entre a palma da mão e a madeira do braço.

A Figura 10 apresenta a posição frontal da postura adequada para o uso da

mão esquerda, conforme a Figura 8 e a Figura 9.

A Figura 11 mostra o contato entre a palma da mão e o braço do instrumento,

com o polegar na extremidade superior do braço da guitarra. Esta postura pode

ser utilizada em momentos em que for preciso usar mais força, de acordo com

a necessidade da música.

Figura 11

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É a representação vertical (neste e-Book) do braço da guitarra para a

compreensão dos acordes. As linhas verticais representam as cordas e os

espaços horizontais representam as casas. Observe a imagem a seguir.

Figura 12

Observação: a primeira corda da guitarra é a corda mais fina, situada na

parte inferior do braço da guitarra e, consequentemente, a sexta corda é a

mais grossa. É possível perceber que as três primeiras cordas são

“lisas”, pois não possuem encapagem. Possuem som mais agudo e são

chamadas de primas. As três últimas são encapadas e possuem som

mais grave. São chamadas de bordões.

A seguir, um exemplo de representação de acorde:

Figura 13

Os círculos pretos representam os sons obtidos por cordas presas e os

círculos brancos simbolizam as cordas soltas. Os “x” constituem cordas que

não devem emitir sons.

Diagrama

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Os números abaixo dos diagramas correspondem aos dedos da mão esquerda

que devem ser utilizados para pressionar as cordas.

A seguir, uma representação prática da Figura 13.

Figura 14

Representação de notas e acordes por intermédio de letras maiúsculas. As

letras são as primeiras do alfabeto:

Figura 15

A: Lá B: Si C: Dó

D: Ré E: Mi F: Fá

G: Sol

Cifra

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O Tom é a distância entre dois sons, formada por dois Semitons. Na prática, é

a distância de duas casas entre uma nota e outra.

O Semitom é a menor distância entre dois sons. Na prática, é a distância de

uma casa entre uma nota e outra.

As imagens a seguir representam respectivamente as distâncias de Tom e

Semitom.

Figura 16 Figura 17

Os sons naturais representam as sete notas musicais naturais apresentadas

na Figura 15: Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá e Sol. Tradicionalmente, é comum

aprendermos a sequência das notas a partir da nota Dó: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá

e Si, que na forma cifrada se apresenta assim: C, D, E, F, G, A e B.

Entre as notas naturais há distâncias de Tom e Semitom, porém há o

predomínio de distâncias de Tom.

Nos momentos em que a distância entre um som natural e outro for de Tom,

haverá um som intermediário, conhecido como som alterado. Portanto, os sons

alterados são notas intermediárias entre as notas naturais.

Neste e-Book, iremos representar as notas alteradas com o sustenido (#),

embora haja, também, a alteração bemol (b). Exemplos: Dó sustenido = C#; Ré

sustenido = D#.

Tom e Semitom

Sons naturais e alterados

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Figura 18

A Figura 18 mostra as notas naturais na cor verde e as alteradas na cor azul.

Note que as notas alteradas estão posicionadas entre as naturais.

A imagem apresenta a sequência dos sons nota por nota, saindo da nota Dó

até chegar à nota Dó novamente.

As cinco notas alteradas somadas às sete notas naturais totalizam as doze

notas musicais.

No braço da guitarra, essas doze notas podem aparecer em vários lugares

diferentes, com digitações diferentes.

Para afinar a guitarra, você precisa, primeiramente, compreender a

nomenclatura das cordas da guitarra. Há diferentes tipos de afinação, porém,

neste e-Book, iremos trabalhar com a afinação padrão (standard), que é a

mais tradicional, usada pela maioria dos guitarristas.

Primeira corda: nota E (mais fina)

Segunda corda: nota B

Terceira corda: nota G

Quarta corda: nota D

Quinta corda: nota A

Sexta corda: nota E (mais grossa)

Embora existam formas distintas de se afinar, eu sugiro a você a utilização de

um afinador eletrônico, ou aplicativo para afinação.

C C# D D# E F F# G G# A A# B C

Afinação

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Atualmente, há muitas opções de aplicativos gratuitos para a afinação.

Portanto, se você não possui um afinador eletrônico, você pode baixar ou

acessar online, pelo navegador do seu celular ou computador, algum aplicativo

que possa atuar no processo de afinação.

Exemplos: Afinador Cifra Club, Afinador e Metrônomo, Afinador Guitarra –

Guitar Tuna, Afinador de violão grátis, entre outros.

Figura 19 Figura 20

Nas imagens acima, diferentes tipos de headstock, com a nomenclatura das

cordas para afinação.

Ao afinar sua guitarra, é normal que determinada corda não apresente a nota

correta, conforme a afinação padrão. Cabe a você apertar ou afrouxar a tarraxa

para alcançar a nota correta. Por exemplo: se ao tocar a terceira corda (G) o

aplicativo ou afinador eletrônico mostrar a nota F, você precisará apertar a

tarraxa até alcançar a nota G.

Figura 21

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A maioria dos aplicativos apresenta a frequência de afinação de cada corda.

Para uma afinação precisa, é importante que você esteja atento a isso também.

Observe a relação abaixo:

1ª – E (329.6 Hz)

2ª – B (246.9 Hz)

3ª – G (195.9 Hz)

4ª – D (146.8 Hz)

5ª – A (110.0 Hz)

6ª – E (82.4 Hz)

Sugiro a você que, ao tocar a corda a ser afinada, aperte ou afrouxe a tarraxa

lentamente, para maior precisão na obtenção da nota e da frequência correta.

Neste tópico você irá conhecer os tipos de leitura que serão abordados neste

e-Book.

Cifra com divisão rítmica

É a escrita dos acordes (conforme Figura 15) que serão estruturados pela

mão esquerda sob as figuras rítmicas que serão conduzidas pela mão direita.

Os acordes e a parte rítmica serão divididos por barras de compasso.

Figura 22

Leitura musical

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Os compassos são os trechos separados pelas barras de compasso, que,

neste caso, são representados por acordes. Na Figura 22, cada compasso

possui um acorde, embora haja casos em que cada compasso pode incluir dois

ou mais acordes.

O complemento dos acordes (G5, Em7) está relacionado ao seu tipo e serão

explicados no CAPÍTULO II deste e-Book.

Todo trecho a ser tocado e repetido deve estar entre os dois sinais do

ritornelo, como na imagem abaixo.

Figura 23

O ritornelo delimita um trecho que será tocado duas vezes. Quando a

quantidade de repetições for acima de duas vezes, precisa ser informada na

parte superior direita do símbolo.

As figuras rítmicas podem ter valores de tempo específicos, de acordo com a

necessidade da música. Os tipos de figuras rítmicas e seus respectivos valores

de tempo serão apresentados no CAPÍTULO II deste e-Book.

Cada compasso terá duração de quatro tempos. Sendo assim, a cada quatro

tempos, haverá uma barra de compasso para indicar o término de um

compasso e o início do próximo.

Tablatura

Registro gráfico musical que contém a apresentação das notas musicais com a

indicação do local exato onde serão tocadas. As linhas horizontais da

tablatura representam as cordas da guitarra e os números representam as

casas que serão pressionadas pelos dedos da mão esquerda.

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Cada número (nota musical) é associado a uma figura rítmica, que por sua vez

tem seu respectivo valor de tempo. Explicações sobre as figuras rítmicas para

tablatura serão abordadas no CAPÍTULO II.

Figura 24

É importante dizer que o número zero (0) representa a corda solta.

Como já mencionado anteriormente, o compasso corresponde ao trecho

separado por barras de compasso. Na Figura 24 corresponde a uma

sequência de notas musicais.

Na tablatura, cada compasso terá duração de quatro tempos. A cada quatro

tempos, haverá uma barra de compasso para estabelecer o fim de um

compasso e o início do próximo.

Trechos em que houver repetição precisam estar entre os dois sinais do

Ritornelo, conforme Figura 23.

Conforme dito anteriormente, trechos com três ou mais repetições necessitam

do número de repetições na parte superior direita do símbolo.

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CAPÍTULO II

A seguir, iremos iniciar a primeira etapa de estudo para assimilação e

aprendizado. Lembrando que os exemplos e exercícios apresentados aqui são

muito importantes, pois você irá assimilar o conteúdo visual e agregá-lo à

prática.

Aqui você irá aprender acordes de forma teórica e prática, de modo a assimilar

a escrita do acorde à aplicação no instrumento.

É relevante dizer que, embora o cerne deste capítulo seja o aprendizado de

acordes, você também irá aprender aqui conceitos como figuras rítmicas

(leitura rítmica) e pulsação, que são fundamentais para o aprendizado

musical.

Muitos dos exemplos e exercícios apresentados nesta etapa estão, de

alguma maneira, ligados com as músicas que você irá aprender.

Ao realizar exercícios, você estará assimilando partes da música que é o foco

deste material.

O acorde é uma estrutura de sons (notas musicais) tocados simultaneamente.

Teoricamente, é representado pelo conceito de harmonia. É, também,

conhecido como acompanhamento ou base e dá suporte a cantores e/ou

outros instrumentos.

Existem vários tipos de acordes, porém iremos trabalhar quatro tipos: maiores,

menores, amodais e suspensos. São representados graficamente por cifras,

conforme apresentado na Figura 15 do CAPÍTULO I, ou por tablaturas, através

da verticalização das notas (números).

ETAPA 1 - ACORDES

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Para simbolizar cada um dos tipos de acordes mencionados anteriormente, são

usados complementos como letra minúscula, expressões e números.

Através dos exemplos de escrita e exemplos gráficos a seguir, você poderá

visualizar e tocar os tipos de acordes supracitados, para conhecer suas

sonoridades.

Exemplo de acordes em LÁ:

A LÁ MAIOR

Am LÁ MENOR

A5 LÁ AMODAL (também conhecido como LÁ POWER CHORD)

Asus4 LÁ SUSPENSO COM QUARTA

Os acordes exemplificados acima, com exceção do LÁ AMODAL, pertencem à

categoria de acordes tríades, ou seja, acordes de três sons.

O acorde amodal (sem modo) não se enquadra nessa categoria por possuir

apenas dois sons, devido à ausência do intervalo de terça.

O intervalo de terça (3ª) é responsável por designar o modo do acorde: se o

acorde possui terça Maior, será um acorde maior (modo maior); se possui

terça menor, será um acorde menor (modo menor); se não possui a terça,

será um acorde amodal (sem modo); se tem a terça substituída por outro

intervalo (quarta, nona), será um acorde suspenso (sem modo).

Vale lembrar que a presença ou a ausência do intervalo de terça reflete na

escrita do acorde de maneiras distintas. Os acordes maiores e menores são os

mais recorrentes, pois dialogam diretamente com a música tonal, ou seja, com

a tonalidade maior ou a tonalidade menor em música.

Exemplo 1 - tríades

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Quando o acorde é maior, a terça se comporta de maneira oculta (sem

complemento) na escrita, bastando a presença da cifra do acorde. Se o acorde

for menor, a letra “m” irá complementar a cifra do acorde.

Os acordes amodais e suspensos já se diferenciam dos anteriores pela

ausência da terça. Os amodais, embora possuam diferentes maneiras de

escrita (3omit, no3), geralmente usam o número “5” como complemento, de

modo a indicar que o acorde só possui a fundamental (nota que gera o acorde)

e o intervalo de quinta (terceira nota da tríade). Os suspensos, fazem uso da

expressão “sus” e do número do intervalo que substituirá a terça, como a

quarta (4) ou a nona (representada pelo número 2). Exemplos de acordes sus:

Asus4, Asus2.

Em suma, os exemplos de acordes apresentados mostram a movimentação do

intervalo de terça ascendentemente (acima), descendentemente (abaixo) ou a

sua supressão. Esses acordes serão retratados a seguir.

Observe a imagem a seguir:

Figura 25

Os diagramas retratam a representação gráfica dos tipos de acordes

mencionados no Exemplo 1.

Na Figura 25, a o intervalo de terça se movimenta na segunda corda dos

diagramas. No acorde maior (terça maior) ela se situa na segunda casa,

passando à primeira casa no acorde menor (terça menor), posteriormente à

terceira casa no acorde suspenso com quarta (quarta) e desaparecendo no

acorde amodal.

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A seguir, imagens que exemplificam, na mesma ordem, os acordes

representados na Figura 25.

Figura 26 Figura 27

Figura 28 Figura 29

A seguir, você irá aprender acordes com sétima menor (7), pertencentes à

categoria dos acordes tétrades, ou seja, acordes de quatro sons.

Analise o exemplo a seguir.

A7 LÁ MAIOR COM SÉTIMA MENOR

Am7 LÁ MENOR COM SÉTIMA MENOR

A7sus4 LÁ COM SÉTIMA MENOR SUSPENSO COM QUARTA

Em síntese, são os acordes tríades (de três sons) com o acréscimo do intervalo

de sétima menor.

Exemplo 2 – tétrades

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Os acordes supracitados preservam a sonoridade do intervalo de terça (terça

maior, menor) ou da ausência desta (sus4), com o acréscimo da sétima menor,

que proporcionam um novo “colorido” ao som do acorde.

A imagem a seguir mostra a representação gráfica dos acordes mencionados

no Exemplo 2.

Figura 30

Conforme os diagramas da Figura 30, o intervalo de sétima com relação à

fundamental Lá é a nota Sol, que aparece na terceira corda solta.

A seguir, imagens que exemplificam, na mesma ordem, os acordes

representados na Figura 30.

Figura 31 Figura 32

Figura 33

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A seguir, iniciaremos o estudo das figuras rítmicas. Elas serão a base para a

leitura dos acordes, que podem ser representados pela cifra com divisão

rítmica ou pela tablatura.

Para a compreensão do funcionamento da mão direita, vamos conhecer as

figuras rítmicas de som e silêncio e seus respectivos valores de tempo.

Tabela 1

Nomes Cifra com divisão rítmica

Tablatura Pausas Valor de Tempo

Semibreve

4

Mínima

2

Semínima

1

Colcheia

1/2

A Tabela 1 apresenta os quatro tipos de figuras rítmicas que iremos utilizar

para o desenvolvimento musical neste e-Book, cujos os nomes estão listados

na primeira coluna.

Na segunda coluna se encontram os símbolos das figuras de som que irão

compor a escrita das cifras com divisão rítmica. Já na terceira coluna, temos

os símbolos das figuras de som que serão utilizadas nas tablaturas.

Figuras rítmicas

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Na quarta coluna, as figuras de silêncio, ou seja, a simbologia das pausas

que correspondem a cada uma das figuras de som.

Na quinta coluna temos os valores de tempo que correspondem às figuras de

som e de silêncio, mencionadas anteriormente.

É importante perceber a semelhança entre as figuras de som para cifra com

divisão rítmica e para tablatura. Já as figuras de silêncio, têm formas

específicas.

Note que, para a escrita da tablatura, a semibreve não terá um símbolo

representativo. Como ela possui valor de quatro tempos, preencherá todo o

compasso.

Na tablatura, a escrita das figuras irá mostrar apenas as hastes, suprimindo as

cabeças das notas. A mínima (valor de dois tempos) tem haste menor e a

semínima (valor de um tempo), haste maior. A colcheia (valor de meio tempo)

se diferencia por uma pequena barra lateral na base da haste.

A colcheia é a primeira figura musical a apresentar o colchete junto à haste.

Devido ao seu valor de tempo (1/2), as colcheias, geralmente, se agrupam em

pares, de modo que os colchetes se transformam em uma barra lateral que

representa o elo entre o par.

Observe a imagem a seguir.

Figura 34

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O agrupamento em pares de colcheia te ajuda a compreender melhor o valor

de tempo de cada figura. A ideia é pensar que a cada par de colcheias você

tem o valor de um tempo.

Brincadeira para assimilação: para uma memorização efetiva das figuras de

som, você pode fazer associações entre os símbolos e suas formas. Por

exemplo:

Bolinha: semibreve;

Branca: mínima;

Preta: semínima;

Um galho: colcheia.

Brincadeira para assimilação 2: para facilitar o aprendizado das pausas

(figuras de silêncio) e seus respectivos valores de tempo, criei algumas

comparações que, inclusive, me ajudaram a aprender os símbolos. Tente

memorizar:

Chapéu para baixo: pausa de semibreve;

Chapéu para cima: pausa de mínima;

Galo Garnizé: pausa de semínima;

Um pontinho: pausa de colcheia.

A pulsação musical é a marcação do tempo na música, representada pela

unidade de tempo. Por exemplo: quando você ouve uma música e,

naturalmente, bate o pé no chão de maneira regular, acompanhando o

andamento da música, você está marcando a pulsação.

A unidade de tempo é a figura que possui valor de um tempo, compatível com

a pulsação. Neste caso, a semínima.

Pulsação

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Na prática, quando você for praticar exercícios rítmicos com semínimas, a

batida do seu pé de forma regular – como o tique-taque de um relógio – tem

que estar igual ao som da semínima.

A pulsação pode ser variável de acordo com o andamento, ou seja, pode ser

mais rápida ou mais lenta, de acordo com o a velocidade da música.

O metrônomo é um dispositivo eletrônico programado para realizar a

marcação regular do tempo. Com ele, você pode programar a pulsação na

velocidade que desejar, bem como a quantidade de batidas por compasso

(duas, três, quatro, etc.). É possível encontrar dispositivos dois em um, que

exerçam as funções de afinador e metrônomo num mesmo aparelho.

Felizmente, com os avanços tecnológicos, há também aplicativos para celular

e/ou computador que realizam a função do metrônomo com qualidade. Um dos

mais conhecidos é o metrônomo do Google, que funciona dentro do navegador

Google Chrome. Basta fazer uma busca no Google, pesquisando a palavra

“metrônomo”.

Para o estudo dos acordes e dos riffs, que são o cerne deste e-Book, é de

fundamental importância que você tenha uma referência de pulsação.

Aconselho a você o uso do metrônomo, juntamente com a batida do pé.

A pulsação no metrônomo é medida em BPM (Batidas Por Minuto).

Para praticar os exercícios propostos, é importante começar em andamentos

mais lentos, aproximadamente em 60 BPM. À medida que você perceber

fluência nos exercícios poderá aumentar a pulsação. A maneira que irá

aumentar a pulsação está relacionada ao seu desenvolvimento. Por exemplo:

se você conseguir executar com fluência em 60 BPM, pode aumentar para 63

ou 65, de acordo com o que você achar melhor. O importante é a fluência nos

exercícios. Pratique no seu tempo!

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Para o desenvolvimento das atividades propostas neste e-Book, sugiro praticar

entre 60 e 100 BPM.

Então vamos lá! Vamos desenvolver a sua mão direita! Comecemos com a

semibreve.

Com a palhetada para baixo ( ), você irá tocar da sexta à primeira corda

(cordas soltas), deslizando a palheta em um único movimento.

Tablatura 1

Como a semibreve não apresenta nenhum símbolo na leitura de tablatura,

temos apenas os números zero, representando as cordas soltas. Entretanto,

embora não haja símbolo para a semibreve, é necessário tocar de quatro em

quatro tempos, ou seja, você irá palhetar na primeira batida do metrônomo (e

do pé) no compasso 1 e só irá palhetar novamente na quinta batida, que na

verdade é a primeira batida do próximo compasso. Cada compasso possui

quatro tempos.

Você pode, juntamente com as batidas do metrônomo e as batidas do seu pé,

fazer a contagem de cada um dos quatro tempos em voz alta: “um, dois, três,

quatro, um, dois, três, quatro, um, dois, três, quatro...”. A cada quatro

contagens, o compasso se encerra e começa o próximo.

Exercícios – figuras rítmicas na prática

Exercício 1

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Importante: o empilhamento ou verticalização das notas musicais

(números) na tablatura resulta no som simultâneo das mesmas, ou seja,

elas têm que ser tocadas ao mesmo tempo. Você irá perceber que os

acordes poderão ser representados dessa forma.

O exercício pode ser executado quantas vezes forem necessárias para a

assimilação e fluência. Só passe para o próximo exercício quando conseguir

executar o exercício com naturalidade, ou seja, sem sustos ou imprevistos.

Estude no seu tempo!

Conforme o Exercício 1, aqui você irá tocar com a palhetada para baixo. Note

que neste exercício as pausas já estão presentes, de modo que, no compasso

onde houver pausa de semibreve, você bloqueia (com a mão direita ou

esquerda) o som das cordas durante quatro tempos.

Tablatura 2

Tablatura 3

Exercício 2

Exercício 3

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Este exercício apresenta as figuras de som e as figuras de silêncio em uma

ordem diferente.

Aqui, você irá praticar a mínima (valor de dois tempos) com a palhetada para

baixo.

Tablatura 4

Neste exercício, você irá tocar a cada dois tempos, ou seja, uma palhetada no

tempo 1 e outra palhetada no tempo 3 de cada compasso.

Note que neste exercício há os símbolos de mínima na parte inferior da

tablatura.

A seguir, um exercício com figuras de som e figuras de silêncio em mínimas.

No momento em que houver a pausa, deve haver um bloqueio de dois tempos.

Tablatura 5

Exercício 4

Exercício 5

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Tablatura 6

Este exercício é uma variação do Exercício 5.

Neste ponto, você irá praticar em semínimas (unidade de tempo – valor de um

tempo). Você irá palhetar para baixo no exato momento em que soar a batida

do metrônomo e, ao mesmo tempo, a batida do seu pé.

Tablatura 7

Agora, exercícios com figuras de som e figuras de silêncio, em semínimas. No

momento em que houver pausa, você deve bloquear o som das cordas para o

contraste entre o som e o silêncio.

Observe que o símbolo que representa a semínima é consideravelmente maior

do que o símbolo que representa a mínima.

Exercício 6

Exercício 7

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Tablatura 8

Tablatura 9

A seguir, você irá praticar com colcheias (valor de meio tempo). É importante

entender como a divisão rítmica será feita e como a palhetada irá se comportar.

Cada colcheia vale meio tempo (1/2), ou seja, a cada batida do metrônomo e

do seu pé deve haver dois sons de valores iguais.

Facilita se você pensar assim: “ao bater o pé de maneira regular, vou palhetar

uma vez para baixo ( ) na batida do pé e uma vez para cima ( ) na subida do

pé.” Dessa forma você terá dois sons de mesmo valor.

Tablatura 10

Exercício 8

Exercício 10

Exercício 9

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A seguir, exercícios, em colcheias, com figuras de som e figuras de silêncio. É

importante que você fique atento à posição da pausa.

Se ela aparecer na primeira colcheia do par, a palhetada para baixo será

bloqueada e você voltará a tocar na segunda colcheia do par, palhetando para

cima. Se a pausa aparecer na segunda colcheia do par, você irá palhetar a

primeira para baixo e bloquear a próxima, que seria para cima.

Tablatura 11

Tablatura 12

Após ter assimilado os quatro tipos de figuras e suas respectivas pausas

separadamente, a seguir você irá praticar exercícios que integram mais de um

tipo de figura.

Conforme os exercícios anteriores, você irá tocar as seis cordas soltas da

guitarra.

Esteja atento à direção da palheta – para baixo ( ) ou para cima ( ) – por meio

dos símbolos na parte inferior da tablatura. Na ausência do símbolo de direção

da palheta, aconselho a palhetada para baixo.

Exercício 11

Exercício 12

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Tablatura 13

Tablatura 14

Tablatura 15

Neste tópico, os exercícios irão apresentar alguns dos acordes que serão

utilizados na música proposta por este e-Book.

Além de comporem a música proposta por este material, os acordes que você

irá aprender neste capítulo e no próximo estão presentes em várias outras

músicas do repertório brasileiro em geral.

Acordes da música – parte 1

Exercício 13

Exercício 14

Exercício 15

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Figura 35

Vejamos, na prática, os acordes apresentados pela Figura 35.

Figura 36 Figura 37

Figura 38

O acorde de “G5”, representado pela Figura 36, necessita de um bloqueio na

quinta corda, representado pelo “x” no diagrama da Figura 35, para evitar a

vibração da corda solta. Para isso, você precisa de uma postura um pouco

mais inclinada do seu dedo 2, conforme a imagem da Figura 36.

Os acordes anteriormente apresentados pertencem a três dos tipos

mencionados na Figura 25 e na Figura 30 (mencionar página): amodal,

menor com sétima menor e maior. Trata-se do Sol amodal (G5), do Mi menor

com sétima menor (Em7) e do Ré Maior (D).

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A transição entre os acordes é um ponto muito importante para a fluência e a

boa qualidade sonora da progressão harmônica (sequência de acordes). Para

isso, é importante entender um conceito importante, chamado de

encadeamento.

O encadeamento ocorre quando há pelo menos uma nota em comum entre

dois acordes. Na prática, isso quer dizer que há a possibilidade de pelo menos

um dedo ocupar o mesmo lugar em dois acordes distintos.

Com isso, você pode transitar de um acorde para outro mantendo um dedo

estático, ou seja, sem se movimentar, se mantendo pronto para o próximo

acorde. Por exemplo: os acordes de “G5” e de “D”, apresentados na Figura 35,

possuem em comum o dedo 3 posicionado na segunda corda, na terceira casa.

Isso quer dizer que, ao transitar do acorde de “G5” para o acorde de “D”, você

não precisará retirar o dedo 3, preocupando-se apenas com os demais.

Os próximos exercícios têm como foco o trabalho com os “desenhos” ou

shapes dos acordes, apresentados pela Figura 35. É um trabalho exclusivo

da mão esquerda.

Transição G5 – Em7 (ida e volta):

o Faça a montagem do acorde de G5 e permaneça por um tempo;

o Posteriormente, mantendo o dedo 3, retire o dedo 1 e o dedo 4;

o Encaixe o dedo 1 na quinta corda/segunda casa e o dedo 2 na

quarta corda/segunda casa, para a montagem do Em7;

o Permaneça no Em7 por um instante;

o Mantendo o dedo 3, retire o dedo 1 e o dedo 2;

o Encaixe o dedo 2 na sexta corda/terceira casa e o dedo 1 na

quinta corda/segunda casa, para retornar à montagem do G5.

Exercício 16

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Transição G5 – D (ida e volta):

o Faça a montagem do acorde de G5 e permaneça por um tempo;

o Posteriormente, mantendo o dedo 3, retire o dedo 1 e o dedo 4;

o Encaixe o dedo 1 na terceira corda/segunda casa e o dedo 2 na

primeira corda/segunda casa, para a montagem do D;

o Permaneça no D por um instante;

o Mantendo o dedo 3, retire o dedo 1 e o dedo 2;

o Encaixe o dedo 2 na sexta corda/terceira casa e o dedo 1 na

quinta corda/segunda casa, para retornar à montagem do G5.

Transição Em7 – D (ida):

o Faça a montagem do acorde de Em7 e permaneça por um tempo;

o Posteriormente, mantendo o dedo 3, retire o dedo 1 e o dedo 2;

o Encaixe o dedo 1 na terceira corda/segunda casa e o dedo 2 na

primeira corda/segunda casa, para a montagem do D;

Para estes processos de transição entre os acordes, aconselho a você o

encaixe da quantidade total de dedos de uma única vez. Isto é, ao passar do

acorde de “Em7” para o acorde de “D”, por exemplo, você deverá soltar os

dedos 1 e 2 do “Em7” e tentar encaixá-los ao mesmo tempo na montagem do

“D”. O encaixe sucessivo (um dedo de cada vez) pode gerar modificação na

sonoridade real do acorde.

Estes processos devem ser repetidos até que você consiga fluência na

montagem e na transição entre os acordes. Repita quantas vezes forem

necessárias!

Após a repetição dos processos apresentados no Exercício 16, no Exercício

17 e no Exercício 18 para a obtenção da fluência na transição dos acordes,

você irá acrescentar a mão direita.

Exercício 17

Exercício 18

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Cifra com divisão 1

Neste exercício, a mão direita deve tocar, da sexta à primeira corda, cada

acorde uma vez por compasso, no valor de semibreve (quatro tempos). Fique

atento ao fim da contagem de quatro tempos de cada acorde para uma

transição precisa, de modo que você consiga sair do acorde vigente e passar

ao próximo em tempo hábil para o início da nova contagem.

Embora haja um número específico de repetições (três vezes), treine o

suficiente para conseguir uma transição fluente.

Cifra com divisão 2

Assim como no Exercício 19, aqui você vai tocar, da sexta à primeira corda e

em um único movimento, cada acorde uma vez a cada quatro tempos

(semibreve). Fique atento e treine o suficiente para a transição fluente entre os

acordes.

Além do conteúdo já visto, o Exercício 21 e o Exercício 22 apresentam a

conexão entre as figuras de som, através da ligadura de prolongamento.

A ligadura de prolongamento promove o prolongamento do valor de tempo de

uma figura de som ligando-a a outra figura de som. Como exemplo, podemos

Exercício 19

Exercício 20

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citar a ligação entre duas semibreves, que irá resultar em um valor de oito

tempos.

Cifra com divisão 3

No Exercício 21, você deverá tocar o acorde de “G5”, que possui o valor de

quatro tempos, e manter o acorde soando por mais quatro tempos (total de oito

tempos). Logo em seguida, você fará o mesmo com o acorde de “Em7”.

Embora não haja símbolo de repetição (ritornelo), é importante que você repita

o exercício quantas vezes for preciso, para fluência e assimilação.

Cifra com divisão 4

No Exercício 22, você deverá tocar o acorde de “Em7” em semibreve (valor de

quatro tempos) e manter o acorde soando por mais dois tempos (total de seis

tempos). Em seguida, há pausa de colcheia seguida de colcheia (célula rítmica

bastante estudada no Exercício 11, Exercício 12 e Exercício 15, mencionar

página), cada uma com valor de meio tempo (1/2), e semínima (valor de um

tempo) para o acorde de “D”. Embora não haja símbolo de repetição (ritornelo),

é importante que você repita o exercício quantas vezes for preciso, para

fluência e assimilação.

Fique atento quanto à direção da palheta no último acorde do Exercício 22.

Exercício 21

Exercício 22

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Cifra com divisão 5

Neste exercício, você terá, em primeiro momento, a transição entre os acordes

de “G5” e “D”, já estudada no Exercício 20. Posteriormente, você terá o acorde

de “D” sob uma mínima (valor de dois tempos) e, em seguida, uma célula

estudada no Exercício 22 – pausa de colcheia, colcheia e semínima (meio

tempo, meio tempo e um tempo).

Fique atento quanto à direção da palheta no último compasso do Exercício 23.

Exercício 23

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CAPÍTULO III

A seguir, iremos iniciar a segunda etapa de estudo para assimilação e

aprendizado. É importante lembrar que muitos dos exercícios a serem

apresentados dialogam com a sonoridade da música alvo deste e-Book, de

modo que são fundamentais para o desenvolvimento da mesma.

Você irá desenvolver a leitura na tablatura, considerando conceitos como

figuras rítmicas (leitura rítmica) e pulsação, estudados no capítulo anterior.

Este capítulo se dedica ao estudo de riffs, abordando sua definição e função na

música. Você irá visualizá-los na tablatura para a aplicação na prática.

Os riffs são trechos ou frases musicais marcantes no contexto de determinada

música, que geralmente se repetem. Podem representar partes da música,

como o refrão por exemplo.

Podem ser harmônicos (baseados em acordes ou intervalos harmônicos),

representando acompanhamento (base), ou melódicos (sucessão de notas),

como solos.

É importante lembrar que, para a realização das atividades propostas neste

capítulo, também iremos trabalhar com o metrônomo entre 60 e 100 BPM e

com a batida do pé.

Para exemplificar na prática, façamos alguns exercícios por meio da

visualização da tablatura.

Lembre-se que a tablatura possui as figuras de ritmo em sua parte inferior.

Vamos começar com cordas soltas:

ETAPA 2 - RIFFS

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Tablatura 16

Note a presença dos símbolos de direção da palheta. Dessa vez a articulação

da palheta com colcheias irá se comportar de maneira diferente, se comparada

aos os exercícios do capítulo anterior.

Embora haja essa diferença, a divisão de duas notas para um tempo

permanece igual: uma palhetada na descida e outra na subida do pé, só que,

dessa vez, no mesmo sentido (duas para baixo, duas para cima).

No Exercício 23, trabalharemos com o conceito de aproveitamento de palheta.

Isso quer dizer que você deve tocar com um único movimento as palhetadas

que estiverem na mesma direção, deslizando a palheta corda por corda.

Fique atento aos símbolos de repetição (ritornelo) nas extremidades do

exercício. Embora a escrita do exercício mostre que ele deve ser tocado duas

vezes, você deve treinar quantas vezes for preciso, para a fluência e a

assimilação dos movimentos da palheta na mão direita.

Diferente do CAPÍTULO II, aqui você irá visualizar os acordes pela tablatura e

não somente pela cifra. A tablatura permite a visualização de diferentes

maneiras de se tocar o acorde, sobretudo pela sucessão de suas notas, que é

interpretada neste e-Book como riff.

No Exercício 24, utilizaremos a mão direita na mesma perspectiva do exercício

anterior. Entretanto, faremos o acorde de “A7sus4”, apresentado pela Figura

33 (mencionar página), no CAPÍTULO II.

Exercício 23

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Tablatura 17

Note que, embora as notas do acorde apareçam sucessivamente (uma por

vez), sua mão esquerda deverá permanecer fixa, com o acorde estruturado.

A seguir, os acordes que complementam a música proposta por este e-Book.

Figura 39

Na prática e em ordem, observe as imagens dos acordes representados na

Figura 39:

Figura 40 Figura 41

Exercício 24

Acordes da música – parte 2

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Figura 42

Os acordes apresentados pela Figura 39 pertencem, respectivamente, aos

tipos maior, maior e com sétima menor suspenso com quarta.

O último fora apresentado no CAPÍTULO II, portanto falaremos dos dois

primeiros.

O primeiro acorde é do tipo maior e não se enquadra na categoria tétrade. Ele

é um acorde tríade com a presença do intervalo de nona. A escrita “Cadd9”

representa “Dó maior com nona adicionada”.

O segundo acorde é do tipo maior e possui uma inversão na sua formação. Ao

invés de ter a nota fundamental Sol no baixo (nota mais grave do acorde), ele

possui a terça (3ª) Si. Isso justifica a escrita “G/B”, que quer dizer Sol maior

com baixo em Si.

Considerando o conceito de encadeamento, mencionado no CAPÍTULO II,

vamos praticar o Exercício 25 e o Exercício 26. Estes exercícios têm como

foco o trabalho com os “desenhos” ou shapes dos acordes, apresentados pela

Figura 39. É um trabalho exclusivo da mão esquerda.

Transição Cadd9 – G/B (ida e volta):

o Faça a montagem do acorde de Cadd9 e permaneça por um

tempo;

Exercício 25

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o Posteriormente, mantendo o dedo 3 e o dedo 4, retire o dedo 1 e

o dedo 2;

o Encaixe o dedo 1 na quinta corda/segunda casa, para a

montagem do G/B;

o Permaneça no G/B por um instante;

o Mantendo o dedo 3 e o dedo 4, retire o dedo 1;

o Encaixe o dedo 2 na quinta corda/terceira casa e o dedo 1 na

quarta corda/segunda casa, para retornar à montagem do G5.

Transição entre G/B – A7sus4 (ida)

o Faça a montagem do acorde de G/B e permaneça por um tempo;

o Posteriormente, mantendo o dedo 3, retire o dedo 1 e o dedo 4;

o Encaixe o dedo 2 na quarta corda/segunda casa, para a

montagem do A7sus4;

Lembre-se de prezar pelo encaixe total dos dedos ao montar e/ou transitar

pelos acordes, mesmo que em pulsação lenta, para a garantia da integridade

do som dos mesmos.

A seguir, você vai praticar os novos acordes e as novas transições,

considerando a sucessão de notas (riffs) proposta pela tablatura.

Conforme visto no capítulo anterior, você irá encontrar nos próximos exercícios

a presença de ligaduras de prolongamento. A ideia dessas ligaduras é tornar

determinado som mais duradouro, conforme a necessidade da música.

Ao visualizar uma nota (número) que estiver ligada a outra, basta tocar a

primeira e adicionar o tempo da segunda sem precisar palhetá-la. As notas

(números) que estiverem ligadas estarão entre parênteses, como forma de

demonstrar que o som ainda se mantém.

Exercício 26

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Fique atento aos símbolos de direção da palheta, bem como às figuras rítmicas

na parte inferior da tablatura.

Tablatura 18

Conforme o Exercício 24, as notas aparecem sucessivas, mas mantenha o

seu acorde fixo, estático.

Tablatura 19

Com este exercício, encerramos o CAPÍTULO III e mais uma etapa deste e-

Book. No próximo capítulo, você poderá praticar a música na íntegra.

Além da progressão de acordes em cifras com divisão rítmica e em

tablaturas, você terá acesso à forma da música, ou seja, à sequência

completa das partes da música, que você estudou até aqui em forma de

exercícios.

Exercício 27

Exercício 28

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CAPÍTULO IV

Após ter praticado os exercícios propostos até aqui, considerando os conceitos

já estudados, como leitura rítmica (figuras rítmicas), pulsação (metrônomo e

batida do pé), cifra com divisão rítmica, tablatura, encaixe (montagem) dos

acordes, palhetada, entre outros, você está pronto para praticar os acordes e

os riffs na forma da música.

A seguir, a música dividida por partes e a forma completa da música.

Posteriormente, algumas considerações acerca da obra e a relação com o que

foi estudado.

DIAS MELHORES

Autor: Rogério Flausino

Intérprete: Jota Quest

Introdução:

Parte A:

ETAPA 3 - MÚSICA

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Parte A’

Parte B

Refrão

Interlúdio

Parte C

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Ao fazer uma análise das partes da música “Dias Melhores”, interpretada pela

banda Jota Quest, você irá perceber que:

A Introdução está no Exercício 19 e no Exercício 20;

A Parte A está no Exercício 21 e no Exercício 22;

A Parte A’ está no Exercício 21 e no Exercício 22;

A Parte B está no Exercício 27;

O Refrão está no Exercício 28;

O Interlúdio está no Exercício 19 e no Exercício 23;

A Parte C está no Exercício 20, no Exercício 21 e no Exercício 22.

Por meio de todos os exercícios que compõem as etapas deste e-Book, você

pode perceber que, com determinação e insistência na resolução dos

exercícios, é possível fluir, assimilar, aprender!

Confira o infográfico a seguir, que representa o mapeamento do estudo

desenvolvido.

Forma:

Introdução

Parte A

Parte A’

Parte B

Refrão

Interlúdio

Parte A

Parte A’

Parte B

Refrão

Parte C e Fim.

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Infográfico

O processo de aprendizagem funciona assim, por etapas. Com paciência e

dedicação, nós chegamos lá!

E lembre-se, ESTUDE NO SEU TEMPO!

Espero ter contribuído para a sua aprendizagem! Até a próxima!