Regionalização hidrológica de vazões e de cargas difusas de ...
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LEI Nº 4.793, DE 04 DE DEZEMBRO DE 2018.
Revisa e atualiza as metas do Plano Municipal de
Saneamento Básico, Lei nº 3.645, de 01 de
dezembro de 2011 e dá outras providencias.
GUIDO HOFF, Prefeito Municipal de Vera Cruz, Estado do Rio Grande do Sul.
Faço saber, que o Poder Legislativo aprovou e eu sanciono a Lei seguinte:
Art. 1o Esta Lei, revisa e atualiza as metas do Plano Municipal de Saneamento
Básico, instituído pela Lei n.º 3.645, de 01 de dezembro de 2011, conforme Anexo Único,
quanto:
I – às metas de curto, médio e longo prazo, com o objetivo de alcançar o acesso
universal aos serviços;
II – aos programas, projetos e ações necessários para atingir os objetivos e as
metas; e
III – às ações para situações de emergências e contingências.
Art. 2
o Esta revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico, elaborada com
ampla participação da população, de associações representativas de vários segmentos da
sociedade, conselhos municipais, está em compatibilidade com as diretrizes, metas e
objetivos:
I - das Políticas Federal e Estadual de Saneamento Básico, de Saúde Pública e de
Meio Ambiente;
II - dos Planos Federal e Estadual de Saneamento Básico e de Recursos Hídricos.
Art. 3o As despesas decorrentes desta Lei correrão a conta de rubricas
consignadas na Lei Orçamentária do exercício ou de créditos adicionais.
Art. 4o Fica o Poder Executivo autorizado a decretar os demais atos necessários
ao implemento desta Lei.
Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.
Gabinete do Prefeito, 04 de dezembro de 2018.
GUIDO HOFF,
Prefeito Municipal.
REGISTRE-SE e PUBLIQUE-SE.
Secretaria Municipal de Administração, 04 de dezembro de 2018.
MARCOS IVAN DOS SANTOS, Secretário Municipal de Planejamento e Finanças,
respondendo pela Secretaria Municipal de Administração.
ANEXO ÚNICO
Município de Vera Cruz - RS
REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE
SANEAMENTO BÁSICO
Equipe de Trabalho
Gilson Adriano Becker
Secretário Municipal de Obras, Saneamento e
Trânsito, Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente.
CREA 213431
CRQ-V 05409220
Coordenador
Ivan Carlos Rodrigues
Coordenador SEMAE
Roberto Mendes
Eng. Civil
CREA RS 38506
Ismael Ricardo Boesel
Eng. Ambiental e de Segurança do Trabalho
CREA RS 177544
Tanise Etges
Técnica em Operações ETA/ETE
Eliza Bischoff
Eng. Civil
CREA RS 193915
Bruna Caroline Noronha
Eng. Civil
CREA RS 215796
Ricardo Moacir Konzen
Eng. Agrônomo
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO9
2.METODOLOGIA9
3.DIAGNÓSTICO AÇÕES REALIZADAS9
3.1. AÇÕES REALIZADAS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE VERA CRUZ9
3.1.1. IMPLANTAÇÃO DE ALTERNATIVAS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA:9
3.1.2. REGULARIZAÇÃO DAS OUTORGAS NOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO
DO MUNICÍPIO13
3.1.3. ESTAÇÕES FLUVIOMÉTRICAS E PLUVIOMÉTRICAS13
3.1.4. INSTALAR PROTEÇÃO DE NASCENTES QUE CONTRIBUEM PARA O
ABASTECIMENTO PÚBLICO13
3.1.5. RESERVAÇÃO DE ÁGUA14
3.1.6. CONCLUSÃO DAS OBRAS E FUNCIONAMENTO TOTAL DA ETA17
3.1.7. REALIZAÇÃO DAS ANÁLISES CONFORME A RESOLUÇÃO 518 MS17
3.1.8. USO RACIONAL DA ÁGUA E POLÍTICA TARIFÁRIA19
3.1.9. QUALIFICAÇÃO DO CORPO TÉCNICO E SOCIALIZAÇÃO DO DIREITO
ADQUIRIDO19
3.1.10. REESTRUTURAÇÃO DA UNIDADE RESPONSÁVEL PELA GESTÃO DA
ÁGUA20
3.1.11. REDUÇÃO DAS PERDAS20
3.2. AÇÕES REALIZADAS PARA ESGOTAMENTO SANITÁRIO20
3.2.1. AÇÕES DE CURTO PRAZO20
3.3. AÇÕES REALIZADAS PARA A DRENAGEM URBANA E O MANEJO DAS ÁGUAS
PLUVIAIS21
3.3.1. PROBLEMAS LIGADOS A ALAGAMENTOS21
22
4.ELABORAÇÃO DOS PROGNÓSTICOS E ALTERNATIVAS PARA A
UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO. OBJETIVOS E
METAS, PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES, E DEFINIÇÕES DE AÇÕES PARA
EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS22
4.1.1. AÇÕES DE CURTO PRAZO (ATÉ 4 ANOS)22
4.1.1.1. IMPLANTAÇÃO DE ALTERNATIVAS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA:22
4.1.1.2. REGULARIZAÇÃO DAS OUTORGAS NOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO
DO MUNICÍPIO22
4.1.1.3. INSTALAR PROTEÇÃO DE NASCENTES QUE CONTRIBUEM PARA O
ABASTECIMENTO PÚBLICO23
4.1.1.4. RESERVAÇÃO DE ÁGUA23
4.1.1.5. USO RACIONAL DA ÁGUA E POLÍTICA TARIFÁRIA23
4.1.1.6. QUALIFICAÇÃO DO CORPO TÉCNICO E SOCIALIZAÇÃO DO DIREITO
ADQUIRIDO24
4.1.1.7. REESTRUTURAÇÃO DA UNIDADE RESPONSÁVEL PELA GESTÃO DA
ÁGUA24
4.1.1.8. REDUÇÃO DAS PERDAS24
4.1.2. AÇÕES DE MÉDIO PRAZO (5º AO 12 ANO)24
4.1.2.1. IMPLANTAÇÃO DE ALTERNATIVAS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA24
4.1.2.2. UNIVERSALIZAR O USO DA ÁGUA NO MUNICÍPIO25
4.1.2.3. APROVEITAMENTO DO USO DE ÁGUA DA CHUVA PARA ECONOMIA DE
ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO25
4.1.2.4. REDUÇÃO DO USO DE ÁGUA26
4.1.2.5. REDUÇÃO DAS PERDAS26
4.1.2.6. RESERVAÇÃO DE ÁGUA26
4.1.2.7. CRIAÇÃO DE UNIDADE AUTÔNOMA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE
ÁGUA E ESGOTO27
4.1.3. LONGO PRAZO (13º AO 20º ANO)27
4.1.3.1. IMPLANTAÇÃO DE ALTERNATIVAS PARA GARANTIA DO ABASTECIMENTO
DE ÁGUA27
4.1.3.2. SUBSTITUIÇÃO DA ADUTORA DA FONTE DIEHL28
4.1.3.3. REALIZAÇÃO DE ADUTORA RINCÃO DA SERRA.28
4.1.3.4. REDUÇÃO DE PERDAS29
4.1.3.5. RESERVAÇÃO DE ÁGUA29
4.1.3.6. UNIVERSALIZAR O USO DE ÁGUA NO MUNICÍPIO29
4.1.3.7. MEDIDAS EMERGÊNCIAS E DE CONTINGÊNCIA29
4.2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O ESGOTAMENTO SANITÁRIO NO
MUNICÍPIO DE VERA CRUZ30
4.2.1. PROJEÇÃO DA REDE COLETORA30
4.2.2. AÇÕES A CURTO PRAZO (ATÉ 4 ANOS)30
4.2.3. AÇÕES A MÈDIO PRAZO (5º AO 12 ANO)30
4.2.4. AÇÕES A LONGO PRAZO (13º ao 20º ano)31
4.2.4.1. CONSIDERAÇÕES31
4.2.4.2. PLANOS DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA32
4.2.5. PROJEÇÕES PARA A ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTE32
4.2.5.1. AÇÕES DE CURTO PRAZO33
4.2.5.2. AÇÕES DE MÉDIO PRAZO33
4.2.5.3. AÇÕES DE LONGO PRAZO33
4.2.5.4. PLANOS DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA – ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE EFLUENTE - ETE33
4.2.6. INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE FOSSA SÉPTICA E FILTRO ANAERÓBICO
NA ZONA URBANA E RURAL34
4.2.6.1. AÇÕES DE CURTO PRAZO36
4.2.6.2. AÇÕES DE MÉDIO PRAZO36
4.2.6.3. AÇÕES DE LONGO PRAZO36
4.2.6.4. PROGRAMA DE DOAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE TRATAMENTO
INDIVIDUAIS37
4.2.6.5. MONITORAMENTO DE CORPOS HÍDRICOS37
4.3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA A DRENAGEM URBANA E O MANEJO
DAS ÁGUAS PLUVIAIS NO MUNICÍPIO DE VERA CRUZ38
4.3.1. AÇÕES A CURTO PRAZO (até 4 anos)38
4.3.1.1. REASSENTAMENTO DE FAMÍLIAS EM ÁREAS DE RISCO38
4.3.1.2. REALIZAÇÃO DO LEVANTAMENTO E DE PROJETOS DE PONTOS
CRÍTICOS COM NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE CANALIZAÇÕES E
APLIAÇOES DA REDE DE DRENAGEM NA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE VERA
CRUZ38
4.3.1.3. ELABORAR E ATUALIZAR INSTRUMENTOS NORMATIVOS38
4.3.1.4. DESENVOLVER UM PLANO DE DRENAGEM URBANA.39
4.3.2. AÇÕES A MÈDIO PRAZO (5º AO 12 ANO)39
4.3.2.1 REALIZAÇÃO DE CADASTRO DA REDE URBANA39
4.3.2.2 EXECUÇÃO DO PROJETO DE DRENAGEM39
4.3.3. AÇÕES A LONGO PRAZO (13º AO 20º ANO)39
4.3.3.1. REALIZAÇÃO DE CADASTRO DA REDE39
4.3.3.2. RECONSTITUIÇÃO DA MATA CILIAR40
4.3.3.3 EXECUÇÃO DO PROJETO DE DRENAGEM40
4.3.3.4. MEDIDAS EMERGÊNCIAS E DE CONTINGÊNCIA40
4.3.3.5. ESTIMATIVA DE CUSTOS40
5.GESTÃO PÚBLICA: ASPECTOS RELATIVOS À SAÚDE PÚBLICA COM INTERFACE
AO SANEAMENTO BÁSICO40
5.1. AUMENTAR A ÁREA DE ABRANGÊNCIA DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE
SAÚDE41
5.2. EDUCAÇÃO CONTINUADA EM SAÚDE42
5.3. READEQUAÇÃO DA EQUIPE DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA E EPIDEMIOLÓGICA42
5.4. EDUCAÇÃO EM SAÚDE E MEIO AMBIENTE43
6. DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS44
6.1. SERVIÇOS PÚBLICOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO
SANITÁRIO44
6.2. SERVIÇOS PÚBLICOS DE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS45
6.3. DEFINIÇÃO DOS ENTES RESPONSÁVEIS PELA REGULAÇÃO E
FISCALIZAÇÃO.45
6.4. DA CRIAÇÃO OU DESIGNAÇÃO DE ÓRGÃO DE GESTÃO E PLANEJAMENTO.45
6.5. DEFINIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE ATUAÇÃO DO ENTE REGULADOR46
6.6. ADOÇÃO DE PARÂMETROS PARA GARANTIA DO ATENDIMENTO ESSENCIAL
À SAÚDE PÚBLICA.47
6.7. FIXAÇÃO DOS DIREITOS E DEVERES DOS USUÁRIOS47
6.8. CRIAÇÃO DE MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL47
6.9. CRIAÇÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE OS SERVIÇOS,
ARTICULADO COM O SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES EM SANEAMENTO -
SINISA47
7. DIMENSIONAMENTO DAS NECESSIDADES DE INVESTIMENTOS PARA A
UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO NO MUNICÍPIO DE
VERA CRUZ47
7.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA47
7.2. ESGOTAMENTO SANITÁRIO51
7.3. DRENAGEM URBANAErro! Indicador não definido.7.4. FONTES DE
FINANCIAMENTO PARA O SETOR DE SANEAMENTO BÁSICO54
7.5. A RESPONSABILIDADE PELA FUNÇÃO INVESTIMENTO55
7.6. A COBRANÇA DE TARIFAS E A PARTICIPAÇÃO DO SETOR PRIVADO56
7.7. REGULAÇÃO TARIFÁRIA60
7.8. REGULAÇÃO POR TAXA DE RETORNO OU POR CUSTO DE SERVIÇO60
7.9. REGULAÇÃO POR PREÇO-TETO (PRICE CAP)61
7.10. REGULAÇÃO POR INCENTIVOS61
8.GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS64
9.CONCLUSÃO64
10.REFERÊNCIA:64
1. INTRODUÇÃO
A presente visa atender o previsto no Plano Municipal de Saneamento Básico
aprovado no ano de 2011, bem como lei 11445/07, realizando avaliação do cumprimento das
metas propostas a curto, médio e longo prazo, descrevendo as intervenções realizadas no
sistema de abastecimento de água, esgoto sanitário e drenagem pluvial.
Referente ao planejamento dos resíduos sólidos presente no plano original, atendendo
a legislação específica, foi realizado Plano Estratégico exclusivo a referida área.
Destacamos que o aumento da população estimada não atinge o previsto atualmente
estando em 25.700 habitantes conforme IBGE 2016, o que permite vislumbrar no momento
uma autonomia maior do atual sistema de abastecimento.
2. METODOLOGIA
Plano de Trabalho:
– Revisão e atualização das metas – setembro de 2018
– Avaliação da comissão de saneamento formada dentro do Conselho Municipal de
Meio Ambiente – setembro de 2018
– Deliberação do COMDEMA – outubro de 2018
– Audiência Pública – novembro de 2018
– Aprovação da Câmara de Vereadores – dezembro de 2018
– Promulgação da Revisão do Plano – dezembro de 2018
3. DIAGNÓSTICO AÇÕES REALIZADAS
3.1. AÇÕES REALIZADAS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE VERA
CRUZ
3.1.1. IMPLANTAÇÃO DE ALTERNATIVAS PARA O ABASTECIMENTO DE
ÁGUA:
– Construção de novos sistemas e perfuração de novos poços: Poço Franke em Linha
Dona Josefa, Poço Stertz em Alto Dona Josefa, Poço Travessa Becker na Travessa Becker,
Fonte São Jacó em Linha São Jacó Alto Ferraz, Poço Jardim Tropical no Loteamento Jardim
Tropical no Bom Jesus e Poço Gonçalves na Entrada de Linha Tapera, todos com outorga.
Figura 01 – Poço Franke
Figura 02 – Poço Travessa Becker
Figura 03 – Reservatorio Loteamento Jardim e
Bela Vista
Figura 04 – Fonte Jacó
Figura
05 – Poço Stertz
Figura 06 – Poço Entrada Tapera.
– Construção de estação de captação de água junto ao Rio Pardinho, com sistema de
recalque e rede adutora de 300 mm, interligando o Rio Pardinho no ponto cerca de 800 metros
a montante da barragem de captação do Lago Dourado, ao Arroio Andréas, cerca de 100
metros a montante da captação de água do município, com vazão inicial de 50 lts/s, visando
estabilizar a vazão do Arroio Andréas em períodos de estiagem.
Figura 07 – Captação Rio Pardinho Figura 08 – Rede de adução
Figura 09 - Captação Rio Pardinho
– Realização da elevação da barragem de nível no ponto de captação de água no Arroio
Andréas em 65 cm, proporcionando maior reserva de água.
Figura 10 e 11 - Barragem de captação de água no Arroio Andréas
– Substituição de um trecho da adutora de água no Rincão da Serra, do reservatório da
localidade até a entrada do Corredor Berger e de 1000 metros de rede na entrada da Linha
Fundinho, proporcionando maior vazão e evitando a despressurização e desabastecimento da
rede.
Figura 12 – Realização do trecho da adutora de água no Rincão da Serra.
– Instalado redes de abastecimento no Corredor Pritsch em Linha Sete de Junho,
Corredor Carvalho no Rincão da Serra e outras de menor porte.
Figura 13 - Rede Linha Fundinho
Figura 14 – Rede Corredor Carvalho
3.1.2. REGULARIZAÇÃO DAS OUTORGAS NOS SISTEMAS DE
ABASTECIMENTO DO MUNICÍPIO
– Foram realizados os pedidos de outorga da captação de água no Arroio Andréas e na
do Rio Pardinho.
– Os novos sistemas de abastecimento construídos no período a partir de 2011 já foram
todos realizados com a solicitação de outorga do DRH RS.
– Foi realizada Licença Ambiental de Operação da ETA que não havia sido realizada até
o momento.
3.1.3. ESTAÇÕES FLUVIOMÉTRICAS E PLUVIOMÉTRICAS
– Foi instalada uma Estação Fluviométrica e Pluviométrica com sistema de medição
ultrassônica no Arroio Andréas, cerca de 200 metros a montante do ponto de captação, com
coleta de dados constante, sendo alimentada por sistema de energia solar. Os dados são
captados no local e armazenados desde a sua instalação pela equipe da UNISC- Universidade
de Santa Cruz do Sul, executora técnica do Projeto Protetor das Águas de Vera Cruz, tendo o
município acesso aos dados para estatística e futuras obras.
3.1.4. INSTALAR PROTEÇÃO DE NASCENTES QUE CONTRIBUEM PARA O
ABASTECIMENTO PÚBLICO
– Iniciou no ano de 2011 o desenvolvimento do Projeto Protetor das Águas na sub-bacia
do Arroio Andréas, iniciativa da Fundación Altadis, Universal Leaf Tabacos, execução
técnica da Universidade de Santa Cruz do Sul – Unisc, com o apoio da Prefeitura Municipal,
Comitê Pardo, Sinditabaco, Afubra, tendo posteriormente a certificação da Agência Nacional
de Águas – ANA que adentrou também como parceira, bem como a Emater. A iniciativa visa
preservar e recuperar as nascentes, áreas ripárias e de contribuição para o Arroio Andréas a
montante do ponto de captação, realizando diversas ações e efetuando o Pagamento por
Serviços Ambientais- PSA aos produtores que aderirem espontaneamente ao projeto por
intermédio de contrato, além da isenção da tarifa de água conforme a lei 4195 de 16/06/2015.
Com o monitoramento da qualidade da água em 20 pontos da área de desenvolvimento das
ações, bem como da vazão do manancial na estação pluviométrica, percebe-se relevantes
resultados, tecnicamente comprovados. A partir de 2018 o Pagamento do PSA está a cargo do
novo parceiro Phillip Morris do Brasil, pagamento este que é exigência da ANA para firmar
convênios de repasse de recursos, como o que foi assinado entre o município e a ANA de R$
654 mil e que está possibilitando a implantação de áreas de plantio direto, readequação de
estradas, recuperação de taludes, capacitação dos produtores e ações de educação ambiental,
ampliando as intervenções do projeto transformado em Programa Municipal de PSA com a
instituição de legislação.
3.1.5. RESERVAÇÃO DE ÁGUA
– Foram construídos um novo reservatório de água tratada de 2000 m³ junto a ETA e um
de 250 m³ junto ao Sistema do Bom Jesus, bem como substituição da adutora de 60 mm por
200 mm.
Figura 15 - Reservatório de água tratada de 2000 m³ junto a ETA.
Figura 16 - Reservatório de água de 250 m³ junto ao Sistema do Bom Jesus.
Figura 17 - Substituição da adutora de 60 mm por 200 mm.
– Na Fonte Kurtz foram instalados três reservatórios de 20 m³ cada para armazenar água
gerada pela fonte e aumentar a autonomia de abastecimento, bem como interligado a rede
deste sistema com a da Fonte Diehl, suprindo demanda de consumo na entrada Ferraz e trecho
da RSC 287 com indústrias instaladas. Realizada s substituição de reservatórios na Fonte
Martin em Alto Ferraz, Poço Tews em Linha Andréas, Loteamento Losenkamp, Poço
Schaefer no Bairro Imigrante e Poço Linha Sítio.
Figura 18 – Reservatório Loteamento
Losenkan
Figura 19 – Reservatório Poço Tews
Figura 20 – Reservatório poço Schaefer
– Interligação da adutora nova de 200 mm do Sistema do Bom Jesus, na entrada do
Loteamento Parque da Figueira, adutora na Linha Henrique Dávila, logo após a Igreja São
José, bem como na rede entre a Fonte Seibert e poços Tews e Franke em Ponte Andréas,
também suprindo desabastecimento e despressurização, além de diversos outros pontos do
interior que tiveram redes interligadas em sua maioria, podendo suprir problemas de
abastecimento por falta de energia ou ocorrências afins. Realizada a substituição de trechos de
rede que apresentavam muitos problemas de manutenção por ocorrência de vazamentos.
– Foi feito projeto para substituição da rede adutora da Fonte Diehl até o centro da
cidade, com cerca de 6 km de fibro cimento com amianto por PVC.
– Referente aos poços Linha Alta 1 e 2, ambos foram interligados com o poço Corredor
Petry, sendo que o poço Linha Alta 2 reforça o abastecimento dos reservatórios de ambos.
3.1.6. CONCLUSÃO DAS OBRAS E FUNCIONAMENTO TOTAL DA ETA
– As obras de ampliação da ETA foram concluídas em 2014, aumentando sua
capacidade de tratamento de 45 lts/s, para 120 lts/s, proporcionando autonomia projetada até
2035. O sistema de lagoas de decantação para destinação das águas de serviço, provenientes
da limpeza de filtros e decantadores está sendo utilizado, estando em estudo alternativas para
secagem e destinação do lodo gerado, tendo sido avaliadas formas de remoção, opções de
utilização junto a FUPASC em Santa Cruz do Sul que produz compostos orgânicos, bem
como análises para caracterização do efluente e de atendimento aos parâmetros do
licenciamento ambiental de operação da estação.
Figura 21 – Obras de ampliação da ETA
3.1.7. REALIZAÇÃO DAS ANÁLISES CONFORME A RESOLUÇÃO 518 MS
– Neste período passou a vigorar a resolução 2914/2011 do MS e posteriormente a
Portaria de Consolidação nº 05 do MS de 03/10/2017, que define os parâmetros de qualidade
da água. A equipe da ETA realiza o abastecimento e coletas diárias para monitoramento de
todos os 24 sistemas de abastecimento do interior, todos possuindo desinfecção com cl e cerca
de 70% destes também já com dosagem fluossilicato de sódio – flúor, atendendo exigência da
legislação estadual, bem como a portaria 320/14 que define o monitoramento dos residuais de
agrotóxicos no estado.
– Na ETA foi iniciado o processo de padronização a NBR 17025, que rege as estruturas
de laboratórios, exigida pela resolução em pauta.
Figura 22 e 23 - Processo de padronização a NBR 17025, que rege as estruturas de laboratórios
Figura 24 e 25 - Processo de padronização a NBR 17025, que rege as estruturas de laboratórios
Figura 26 e 27 - Processo de padronização a NBR 17025, que rege as estruturas de laboratórios
Figura 28 E 29 - Processo de padronização a NBR 17025, que rege as estruturas de
laboratórios
– Realizadas adequações na estrutura geral da estação, na realização de análises e
contratação de empresa terceirizada e habilitada para realização das análises que não são
possíveis de serem realizadas na estação, abrangendo os três maiores sistemas, ETA (água
bruta e tratada), Fonte Diehl e Bom Jesus, intercalando sistemas menores do interior.
3.1.8. USO RACIONAL DA ÁGUA E POLÍTICA TARIFÁRIA
– Para atender uma possibilidade de mudança na Política Tarifária está sendo realizada
gradativamente a renovação do parque de hidrômetros, necessária para reduzir o desperdício,
bem como possibilitar a cobrança por metro cúbico, ou diminuição do volume mínimo
tarifado.
– Fortalecido o trabalho de conscientização do uso racional da água com visitação de
todas as escolas do município a ETA, bem como palestras juntos as escolas, grupos de
mulheres rurais, funcionários municipais entre outras instituições.
– O município possui representantes junto ao Comitê Pardo e acompanha as discussões
referentes a cobrança pelo uso da água.
3.1.9. QUALIFICAÇÃO DO CORPO TÉCNICO E SOCIALIZAÇÃO DO DIREITO
ADQUIRIDO
– Funcionários da ETA e SEMAE participam de cursos técnicos para ampliação dos
conhecimentos, tendo os participantes repassado os conhecimentos e disponibilizado os
materiais teóricos aos colegas.
– Realizado também um curso de tratamento de efluentes teórico e prático, envolvendo
todos os operadores e responsáveis da ETA no ano de 2017.
– Busca-se realizar um revezamento na participação destes, visando manter o
atendimento das atividades normalmente, havendo ainda carência de espaço para participação
de toda a equipe.
3.1.10 – REESTRUTURAÇÃO DA UNIDADE RESPONSÁVEL PELA GESTÃO DA
ÁGUA
– O SEMAE continua como um setor ligado à Secretaria Municipal de Obras,
Saneamento e Trânsito. A recomendação da FUNASA para transformação em autarquia, pelo
porte do município no foi ainda concretizada, ficando dentro das metas a serem executadas a
médio prazo.
3.1.11 – REDUÇÃO DAS PERDAS
– O SEMAE vem realizando a renovação do parque de hidrômetros, que possuem uma
vida útil em muitos casos ultrapassada, substituição de redes mais danificadas e com grande
incidência de vazamentos, bem como monitoramento das equipes constante visando reduzir as
perdas no sistema de abastecimento, que em 2017 ficaram em torno de 35%.
– Foram realizadas adequações em redes com alta pressurização e que
consequentemente aumentavam o índice de vazamentos. Realizada a substituição de trechos
de rede que apresentavam muitos problemas de manutenção por ocorrência de vazamentos,
destacando Travessa Rio Pardinho e Alto Dona Josefa.
3.2. AÇÕES REALIZADAS PARA ESGOTAMENTO SANITÁRIO
3.2.1. AÇÕES DE CURTO PRAZO
– Foi finalizado a licença de operação da ETE no Parque da Figueira, realizado curso
teórico e prático dos operadores da ETA que monitoram e operam diariamente o sistema de
tratamento de esgoto, realizando as análises exigidas pelo licenciamento ambiental, bem como
o cumprimento dos parâmetros no processo de tratamento por lodos ativados e do efluente
lançado ao corpo receptor. Foi contratado laboratório terceirizado para realizar as análises
para as quais não tem estrutura na ETE. Realizada licitação também para automação da ETE,
que hoje opera no modo manual. Cerca de 30% das residências foram ligadas a rede coletora
construída até o momento.
Figura 30 - ETE no Parque da Figueira
– Realizada licitação para contratação de caminhão hidrojato e de sucção para
manutenções nas etes dos loteamentos contruídos após 2005, bem como nas redes coletoras,
tendo a Secretaria Municipal de Obras, Saneamento e Trânsito, equipe estruturada para
manutenções das redes de esgoto cloacal e mista.
– Dentro do Programa Protetor das Águas de Vera Cruz foram instalados dois sistemas
de fossas biodigestoras em propriedades rurais em Dona Josefa, baseado em projeto proposto
pela Embrapa a nível nacional, tendo sido realizado o monitoramento e estudo técnico pela
Unisc, demonstrando excelentes resultados, ficando o efluente no final do processo apto a ser
utilizado como adubação orgânica e irrigação. Desta forma se torna uma proposta para
implantação no meio rural, já tendo sinalização de apoio da ANA- Agência Nacional de
Águas para implantação.
3.3. AÇÕES REALIZADAS PARA A DRENAGEM URBANA E O MANEJO DAS
ÁGUAS PLUVIAIS
3.3.1. PROBLEMAS LIGADOS A ALAGAMENTOS
– Referente aos pontos com ocorrência de alagamentos, no Bairro Imigrante, atingindo
principalmente as ruas Lothar Heine Tews e Leonardo Eichwald, foi construída uma
canalização interligando o Arroio Maria Bonita ao Wolfran, desembocando ao lado da Rua
Valentin Rech, mostrando-se eficiente na solução das inundações das referidas ruas. A
dimensão da ponte sobre o Wolfran na saída para Linha Capão pela Rua Tomaz Gonzaga vem
sendo monitorada, mas não está ocasionando maiores problemas.
– Na Rua Intendente Koelzer com a Cândido de Medeiros foram revisadas as bocas de
lobo e construídas mais duas na Intendente Koelzer. Ao mesmo tempo foi atualizado o projeto
para construção de nova tubulação na Rua Guilherme Lambert em direção a um bueiro de
travessia que tem de espera na Rua Carlos Wild, para aumentar a vazão de drenagem,
solucionando os problemas de inundações nestes dois locais.
– A equipe de limpeza urbana percorre constantemente a cidade revisando bueiros a fim
de evitar entupimentos, acúmulo de sedimentos, prevenindo possíveis alagamentos. Ao
mesmo tempo mantém-se o recolhimento de lixo com empresa terceirizada, bem como
incentivo a coleta seletiva através da ACOTRALI, com pagamento de aluguel do pavilhão de
triagem, destinação de caminhão com motorista para o recolhimento do lixo reciclável,
destacando o trabalho de conscientização para a separação correta do lixo nas residências,
escolas, empresas e demais estabelecimentos, carecendo de uma maior contribuição da
população. Destaca-se as garrafas pet incorretamente descartadas como causadoras de muitos
dos problemas de entupimento de redes de drenagem pluvial mista.
– A Secretaria Municipal de Obras, Saneamento e Trânsito tem destinado uma equipe
com máquina retroescavadeira e demais equipamentos, para manutenções e ampliações de
redes de esgotamento, bem como posterior recuperação das calçadas e demais pontos que
receberam as intervenções.
4. ELABORAÇÃO DOS PROGNÓSTICOS E ALTERNATIVOS PARA A
UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO. OBJETIVOS
E METAS, PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES, E DEFINIÇÕES DE AÇÕES
PARA EMERGENCIAS E CONTINGENCIAS
4.1. MEDIDAS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE VERA CRUZ
4.1.1. AÇÕES DE CURTO PRAZO (ATÉ 4 ANOS)
4.1.1.1. IMPLANTAÇÃO DE ALTERNATIVAS PARA O ABASTECIMENTO DE
ÁGUA:
– Faz-se necessária a execução do projeto que prevê recalque, instalação de rede e
reservatório no trecho final de cerca de 2,5 km em Linha São Jacó, além de implantação de
sistema de abastecimento na região alta de Linha Sete de Junho e São Vendolino.
– Realização da perfuração de um poço na localidade de Linha São João em Alto Ferraz
com implantação de rede ou ampliação de rede das fontes Martin e São Jacó.
– Implantação de um poço e uma rede na localidade de Alto dona Josefa.
4.1.1.2. REGULARIZAÇÃO DAS OUTORGAS NOS SISTEMAS DE
ABASTECIMENTO DO MUNICÍPIO
– O município deverá dar sequência nos processos de outorga dos pontos de captação do
sistema de abastecimento de água. Este processo deve ser feito segundo normas determinadas
pelo Departamento de Recursos Hídricos do Estado do Rio Grande do Sul.
– Deverá ser adequando os poços e nascentes de acordo com as normas determinadas
pelo Departamento de Recursos Hídricos do Estado do Rio Grande do Sul os poços e
nascentes.
4.1.1.3. INSTALAR PROTEÇÃO DE NASCENTES QUE CONTRIBUEM PARA O
ABASTECIMENTO PÚBLICO
– Ampliação do programa Protetor das Águas, que possui uma lista de espera de
produtores interessados em aderir ao programa, bem como a destinação de um percentual da
tarifa de água para preservação e pagamento do PSA, já prevista como fonte de recurso do
Fundo Municipal de PSA, criado por legislação em 2016, através da lei 4.264 de 01 de
dezembro de 2015.
– Cercamento e proteção das nascentes que fornecem água para abastecimento público
através da arborização com plantas nativas. Este procedimento protegerá a qualidade da água,
assim como com o tempo poderá existir a recuperação da mesma em termos da quantidade e
qualidade da água produzida.
Figura 32 - Cercamento e proteção das nascentes
4.1.1.4. RESERVAÇÃO DE ÁGUA
– A implantação de um sistema de monitoramento do nível dos reservatórios ainda
carece de instalação na maioria dos reservatórios fora da ETA e Caixa do Centro.
4.1.1.5. USO RACIONAL DA ÁGUA E POLÍTICA TARIFÁRIA
– Para atender uma possibilidade de mudança na Política Tarifária está sendo realizada
gradativamente a renovação do parque de hidrômetros, necessária para reduzir o desperdício,
bem como possibilitar a cobrança por metro cúbico, ou diminuição do volume mínimo
tarifado.
– Fortalecido o trabalho de conscientização do uso racional da água com visitação de
todas as escolas do município a ETA, bem como palestras juntos as escolas, grupos de
mulheres rurais, funcionários municipais entre outras instituições.
– O município possui representantes junto ao Comitê Pardo e acompanha as discussões
referentes a cobrança pelo uso da água.
4.1.1.6. QUALIFICAÇÃO DO CORPO TÉCNICO E SOCIALIZAÇÃO DO DIREITO
ADQUIRIDO
– Continuar com qualificação do corpo técnico visando melhoria do atendimento dos
serviços do SEMAE e também maior conhecimento no caso de eventuais problemas ocorridos
no sistema.
– Realizar um revezamento na participação destes, visando manter o atendimento das
atividades normalmente, havendo ainda carência de espaço para participação de toda a equipe.
4.1.1.7. REESTRUTURAÇÃO DA UNIDADE RESPONSÁVEL PELA GESTÃO DA
ÁGUA
– O SEMAE continua como um setor ligado à Secretaria Municipal de Obras,
Saneamento e Trânsito. A recomendação da FUNASA para transformação em autarquia, pelo
porte do município no foi ainda concretizada, ficando dentro das metas a serem executadas a
médio prazo.
4.1.1.8. REDUÇÃO DAS PERDAS
– Tem se a necessidade da instalação de um sistema de telemetria que possibilite um
maior controle do sistema de bombeamento, reservação e vazão, bem como a aquisição de
geofones eletrônicos, entre outros equipamentos para melhorar a detecção de perdas.
4.1.2. AÇÕES DE MÉDIO PRAZO (5º AO 12 ANO)
4.1.2.1. IMPLANTAÇÃO DE ALTERNATIVAS PARA O ABASTECIMENTO DE
ÁGUA
– Mantém-se as sugestões propostas no plano original de construção de novos poços
artesianos, adequação dos atuais que não possuem o isolamento geomecânico adequado, bem
como a represa em Dona Josefa, incluindo proposta de construção de reservatórios de água
bruta na Linha Número Um.
– A aquisição de sistemas de geração de energia para situações de falta de energia
prolongadas, visando evitar desabastecimentos, bem como implantação de projeto de geração
de energia fotovoltaica utilizando estrutura do parque de máquinas, diminuindo o custo de
energia elétrica e utilizando fonte de energia ambientalmente correta.
4.1.2.2. UNIVERSALIZAR O USO DA ÁGUA NO MUNICÍPIO
– O percentual de abastecimento de água no município atinge atualmente 94%,
destacando que toda água fornecida recebe desinfecção conforme legislação vigente.
– Continua sendo necessário o cadastro da rede, bem como implantação de programa de
fiscalização e medição, além da constante regularização.
4.1.2.3. APROVEITAMENTO DO USO DE ÁGUA DA CHUVA PARA ECONOMIA
DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO
– Atualmente as residências recebem água do SEMAE, a qual deve respeitar padrões de
portabilidade para consumo humano. Contudo está água também é utilizada para usos menos
nobres, tais como irrigação de jardins, lavagens de calçadas e em descargas de aparelhos
sanitários. Recomenda-se então que condomínios residenciais acima de 4 unidades
habitacionais utilizem sistema de reservação da água da chuva. Devido aos custos de
operação, principalmente ligados à limpeza e possível manutenção de bombas estes sistemas
se tornam onerosos para sistemas pequenos ou residências unifamiliares.
– Para a realização desta proposição sugere-se a alteração do código de obras o qual
determinará que os condomínios tenham sistema para reaproveitamento de água da chuva,
sendo que o mesmo deverá possuir reservatório compatível, com estimativa de reservação de
água de pelo menos 2,5 m3/unidade habitacional. Deve-se respeitar nestes sistemas o
dispositivo de descarte da chuva dos primeiros minutos. Diversos autores sugerem
dispositivos de descarte da primeira chuva; Melo e Andrade Neto (2007), Cilento (2008).
Quanto ao volume de descarte segundo estudos de Annechini (2005), recomenda-se que se
descarte o volume correspondente a 1 mm de chuva. No caso de captação utilizando telhado
com 600 m2 deve-se ter um volume de descarte de 0,6 m3. Este volume pode ser reduzido em
áreas pouco urbanizadas e distantes de indústrias, contudo com estudo específicos que
comprove a redução deste volume. No caso de captação em pátios ou terrenos naturais deve-
se realizar estudo para avaliação da qualidade da água captada para definição do volume de
descarte e viabilidade da captação. Recomenda-se ainda, o uso de cloro para evitar
desenvolvimento de organismos patogênicos dos tanques e previsão de alternativa adequada
para o descarte do lodo formado nos mesmos.
– A adoção de tal alternativa para reservação de água pode indiretamente colaborar para
a atenuação de alguns outros problemas na questão de saneamento básico do município. Estes
problemas são os referentes a alagamentos, os quais podem ter parte da sua ocorrência
atenuada, tanto na quantidade de precipitação como na redução do pico em função do
armazenamento feito para uso dos domicílios.
4.1.2.4. REDUÇÃO DO USO DE ÁGUA
Muitos dos equipamentos sanitários, tais como vasos sanitários, chuveiros e torneiras
utilizam maior volume de água que o necessário para atendimento das necessidades básicas.
A utilização de equipamentos mais eficientes poderia promover grande economia além da
redução de produtos químicos utilizados para tratamento d’água e energia. Para tanto, um
material para ser consultado é a norma NBR 15575 - Desempenho de edifícios habitacionais
de até cinco pavimentos – Parte 6: Sistemas hidrossanitários, essa ação, portanto, tem como
consequência a revisão do código de obras.
4.1.2.5. REDUÇÃO DAS PERDAS
O SEMAE juntamente com a Secretaria de Obras, Saneamento e Trânsito deve reduzir
o desperdício de água tratada que atualmente encontra-se em 35%. Propõe-se a alteração
redução para 20%. Esta redução poderá ser feita por de maior controle da medição, busca de
dispositivos que auxiliem no controle de perdas. Além dos equipamentos citados
anteriormente que auxiliam na detecção de vazamentos, novas tecnologias surgirão nos
próximos anos permitirão a detecção de maneira mais barata e apurada. Também se
recomenda a reabilitação da estrutura, ou seja, a troca periódica de tubulações que já tiveram
sua vida útil, por novas que possuem menor suscetibilidade a falhas.
4.1.2.6. RESERVAÇÃO DE ÁGUA
O município no momento possui atualmente 4500 m3 de capacidade de reservação, as
caixas da zona urbana e dos poços da localidade Bom Jesus são interligados, já algumas das
demais caixas na zona rural não possui interligação, não havendo possibilidade de interligação
entre os sistemas no caso de interrupção por falha do sistema de recalque. Em caso de
interrupção do fornecimento de água por eventos de manutenção, limpeza ou qualquer
eventual paralisação estima-se que os reservatórios tenham capacidade de suprir pelo menos a
demanda por um período de 12 horas. Considerando tal período deve-se realizar projeto
executivo para construção de novos reservatórios que aumentariam a capacidade de
reservação do município entre 97,5 (considerando o cenário 1) e 140 m3 (considerando o
cenário 2). Deve-se ainda construir reservatório que comportem o volume de reservação dos
novos poços.
Nas medidas de curto prazo do item 2.1.1.5 sugeriu-se a colocação de medidores de
vazão nas caixas para atenuar a falta d’água. Contudo para reduzir ainda mais esta deficiência
de aviso de falta d’água que é feita diretamente pelo usuário quando percebe que sua caixa
d’água está vazia pode-se utilizar dispositivos que avisem quando o sistema de bombeamento
está desligado, um grande número de horas sem acionamento do sistema motor-bomba
poderia significar que a bomba está precisa ser inspecionado. Estes sistemas de aviso podem
funcionar por internet 3G, tecnologia atualmente em grande desenvolvimento e que poderia
estar ligada á rede do SEMAE e avisar quando a bomba está ligada, este dado poderia até
indicar possíveis vazamentos no caso uso muito acima do normal de algum sistema. O
investimento em sistemas mais sofisticados poderia mostrar ainda dados de pH e cloro na
água que sai da rede.
4.1.2.7. CRIAÇÃO DE UNIDADE AUTÔNOMA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
DE ÁGUA E ESGOTO
Atualmente o SEMAE é um setor dentro da Prefeitura ligado à Secretaria de Obras,
Saneamento e Trânsito. Sugere-se a transformação do SEMAE em autarquia. Esta ação
possibilitará que os recursos gerados a partir dos serviços de saneamento sejam reinvestidos
no setor, que necessita de investimentos principalmente para a produção e distribuição de
água potável como também nos outros componentes do Plano Municipal de Saneamento
Básico
4.1.3. LONGO PRAZO (13º AO 20º ANO)
4.1.3.1. - IMPLANTAÇÃO DE ALTERNATIVAS PARA GARANTIA DO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
As medidas de longo prazo devem ser tomadas num período de entre 13 e 20 anos,
considerando este horizonte devem ser tomadas medidas que garantam atendimento da
população quanto ao abastecimento de água. Dentre estas está a implantação de poços já
mencionada nas medidas à curto e médio prazo, contudo aqui sugere-se um número maior de
poços para garantir o abastecimento de água no município. Necessitam-se entre 2 (cenário 1)
e 4 poços (cenário 2) para garantir abastecimento do município. Considerando que os poços
nos prazos anteriores foram feitos.
Os novos poços devem ser construídos utilizando as tecnologias empregadas no
momento e respeitando as normas, inclusive as relacionadas ao isolamento sanitário
adequado. Para os poços já existentes deve-se realizar projeto executivo visando a adequação
dos poços que não respeitarem o isolamento sanitário adequado.
4.1.3.2. SUBSTITUIÇÃO DA ADUTORA DA FONTE DIEHL
Com a ampliação da atual estação de tratamento de água, passando da capacidade
atual de 40l/s para até 120l/s, torna-se necessária o redimensionamento desta adutora para
garantir pleno serviço, a enfrentar o rápido crescimento, bem acima da média nacional, e
garantir eficiência do sistema de distribuição com as novas zonas de expansão urbana,
permitindo do município continuar crescendo e se desenvolvendo.
Esta é a adutora principal e responsável por todo abastecimento urbano do município.
É necessária a troca dos tubos devidos constantes manutenções causadas por rompimentos na
ordem de +/- 15(quinze) ao ano, que trazem enormes prejuízos ao Município pelo
desabastecimento generalizado causando bastante demora pelo tempo gasto para conserto,
quem além de prejuízos aos usuários e ao setor produtivo, causam ainda elevadas perdas de
água tratada. Esta adutora é de fibro-cimento, já está comprometida sua vida útil, estimada em
20 anos, sendo que já possui +30 anos. Também é necessária a retificação do trajeto devido ao
crescimento e ocupação urbana e rural por onde passa esta adutora, estando ela hoje sob
grandes açudes, matas de eucalipto, e de várias casas, oferecendo além de sérios riscos,
enormes dificuldades para o conserto; na iminência de causar sérios problemas ao
abastecimento de água e ao município.
4.1.3.3. REALIZAÇÃO DE ADUTORA RINCÃO DA SERRA.
O município vem ampliando a área urbana, e o setor industrial e comercial
significativamente, este crescimento e ocupação faz se necessária a ampliação da distribuição
de água para região.
Estas ligações, normalmente de grande demanda, sugerem que a ampliação imediata
do sistema de adução e distribuição de água é de extrema importância para o desenvolvimento
econômico do município.
A ampliação da adutora de 300 mm localizada na Rua Rudy Mertem no Loteamento
Monte Belo, em direção ao Bairro Rincão da Serra faz necessário visto o crescimento urbano
e industrial da região.
4.1.3.4. REDUÇÃO DE PERDAS
O SEMAE juntamente com a Secretaria de Obras, Saneamento e Trânsito deve reduzir
o desperdício de água tratada que atualmente encontra-se em 35%. Propõe-se a alteração
redução para 10%. Esta redução poderá ser feita por de maior controle da medição, busca de
dispositivos que auxiliem no controle de perdas. Além dos equipamentos citados
anteriormente que auxiliam na detecção de vazamentos, novas tecnologias surgirão nos
próximos anos que permitirão a detecção de maneira mais barata e apurada.
4.1.3.5. RESERVAÇÃO DE ÁGUA
O município no momento possui atualmente 4500 m3 de capacidade de reservação, as
caixas da zona urbana e dos poços da localidade Bom Jesus são interligados, já algumas das
demais caixas na zona rural não possui interligação, não havendo possibilidade de interligação
entre os sistemas no caso de interrupção por falha do sistema de recalque. Em caso de
interrupção do fornecimento de água por eventos de manutenção, limpeza ou qualquer
eventual paralisação estima-se que os reservatórios tenham capacidade de suprir pelo menos a
demanda por um período de 8 horas. Considerando tal período deve-se realizar projeto
executivo para construção de novos reservatórios que aumentariam a capacidade de
reservação do município entre 138 (considerando o cenário 1) e 258 m3 (considerando o
cenário 2). Deve-se ainda construir reservatório que comportem o volume de reservação dos
novos poços.
4.1.3.6. UNIVERSALIZAR O USO DE ÁGUA NO MUNICÍPIO
Atualmente 94% da população do município é atendido pelos serviços de distribuição
de água do SEMAE, propõe-se que a taxa seja aumentado para 100% para médio prazo. Tal
proposta visa garantir adequadas condições de saúde a população do município que receberia
água de qualidade e com tratamento de desinfecção adequado.
Para garantir tal situação deve-se, além da proposta já citada em médio prazo, de
regularização fundiária e urbanística, pode-se aumentar a taxa de população que paga tarifa
social, a qual deverá estar vinculada a famílias de baixa renda cadastradas na prefeitura.
Juntamente com estas ações deve-se também criar um programa de fiscalização e
medição. A criação deste programa tornará necessária a estruturação de uma equipe de
fiscalização.
4.1.3.7. MEDIDAS EMERGÊNCIAS E DE CONTINGÊNCIA
Nos casos de eventos com falta d’água devido a problemas do sistema de distribuição
o município deve buscar junto aos municípios da região caminhões pipas para suprir a
demanda por água da população, privilegiando usuários sensíveis, tais como hospitais. O
município deve também contar com os meios de comunicação locais e regionais,
principalmente rádios, para avisar a população dos problemas ocorridos e da necessidade de
racionamento, além de eventuais faltas d’água devido a reparos e consertos na rede.
4.2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O ESGOTAMENTO SANITÁRIO NO
MUNICÍPIO DE VERA CRUZ
4.2.1. PROJEÇÃO DA REDE COLETORA
- Continua a projeção de implantação de 100% do tratamento de esgoto no horizonte de
20 anos, que está atualmente em torno de 25%, com os sistemas instalados nos loteamentos
novos, que possuem ETEs próprias, totalizando 15 sistemas de tratamento na área urbana.
4.2.2. AÇÕES A CURTO PRAZO (ATÉ 4 ANOS)
– Necessidade de viabilizar legalmente a obrigatoriedade da adesão ao sistema de
tratamento de esgoto.
– Sugestão a ser avaliada a possibilidade de construção de barramento junto ao Arroio
Wolfran e captação do esgoto proveniente da rede coletora de esgoto mista ou absoluta, para
tratamento junto a ETE do Parque da Figueira. A possibilidade vem de encontro ao fato que o
manancial recebe cerca de 70% do esgoto da cidade e evitaria grandes investimentos em redes
coletoras separadoras, bem como aos transtornos nas vias urbanas e consequentes custos de
recuperação.
– Regularização do Licenciamento das ETEs dos loteamentos implantados e repassado
ao Município.
– Realização do Mapeamento das redes de esgotamento sanitário.
– criação uma equipe técnica para realizar a manutenção em caráter preventivo desta
rede coletora, bem como monitorar os indicativos e solucionar problemas de ordem técnica.
Esta equipe deverá estar disponível permanentemente para a execução de reparos.
4.2.3. AÇÕES A MÈDIO PRAZO (5º AO 12 ANO)
Segue o proposto no plano original que visam o atendimento de 60% da população da
zona urbana, logo cerca de 11.959 habitantes deverão ser atendidos por rede coletora absoluta
de efluente, distribuídos em cerca de 3.986 economias, totalizando aproximadamente 60 Km
de redes coletoras instaladas, com uma vazão média em torno de 22,15 L/s.
Os indicativos e os órgãos municipais envolvidos permanecem os mesmos.
4.2.4. AÇÕES A LONGO PRAZO (13º ao 20º ano)
As ações de longo prazo visam o atendimento de 100% da população da zona urbana,
logo cerca de 25.248 habitantes deverão ser atendidos por rede coletora absoluta de efluente,
distribuídos em cerca de 8.416 economias, totalizando aproximadamente 100 Km de redes
coletoras instaladas, com uma vazão média em torno de 46,76 L/s.
Os indicativos e os órgãos municipais envolvidos permanecem os mesmos.
4.2.4.1. CONSIDERAÇÕES
Com relação à instalação e manutenção de rede coletoras, as mesmas deverão ser
realizadas evitando o distúrbio dos moradores das áreas próximas. Sugere-se que
concomitantemente à construção da rede coletora já ocorra a ligação dos ramais prediais,
evitando assim o retrabalho.
A instalação e/ou manutenção destas redes coletoras geralmente provocam
reclamações por parte da comunidade, uma vez que normalmente são instaladas sob as faixas
de rodagem, necessitando a interrupção do transito de veículos e pedestres. Agrava-se a este
fato que o conserto da pavimentação geralmente não ocorre de forma satisfatória, gerando
mais um fator de descontentamento quando se trata de captação de esgoto. Para solucionar
este problema, sugere-se a criação e aparelhamento de uma equipe específica para
recuperação dos locais modificados pela instalação ou conserto da rede coletora de efluente.
Cabe a administração pública modificar a forma como a população do município
entende esgotamento sanitário. A grande barreira na ligação das residências nos troncos
coletores de efluentes deve ser sobreposta com informações ambientais, as quais visam o
esclarecimento da população nos benefício obtidos com a ligação a rede coletora. A legislação
municipal deverá ser observada e modificada quanto couber, sempre visando a adequação e
melhorias nas condições de vida, mais especificamente na saúde e bem estar dos moradores.
As iniciativas devem contemplar as áreas com maior deficiência em esgotamento
sanitário. Para tanto sugere-se que as ações sejam priorizadas na seguinte ordem de
atendimento:
Bairro Arco Íris
Bairro Araçá
Bairro Boa Vista
Área central da zona urbana
As sugestões de áreas de implantação de redes coletoras deverão ser compatíveis com
as projeções de ampliação da(s) ETE(s).
4.2.4.2. PLANOS DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA
A partir do uso da rede coletora absoluta, será necessário prever planos de ações de
contingências e emergência.
Nenhum sistema de coleta de efluente está livre de sofrer danos, como por exemplo
em condições climáticas adversas com baixas temperaturas ou elevados índices
pluviométricos. Outro fator de constantes manutenções de redes de coleta de efluente é
decorrente do desgaste natural do material utilizado na confecção de canalizações e nas
bombas de recalque de efluente. Pode-se atribuir ao próprio efluente uma grande parcela no
desgaste deste material, devido à corrosão e a formação de gases ácidos liberados pelo
efluente.
No caso de interrupção da coleta do efluente por motivo de obstrução, cabe a
realização de manutenção preventiva e periódica de toda a extensão da rede coletora, através
de equipamentos mecânicos/hidráulicos ou robóticos.
Mecanismos de controle de refluxo deverão ser instalados na rede coletora de
efluentes para atuar em situações inundações. Para determinar o número e o local de
instalação destas válvulas de refluxo, deverão ser observadas as áreas de inundação já
identificadas historicamente no município.
– destacando que foi realizado a drenagem, revisão e manutenção do ponto de
extravasamento em casos emergenciais de excessos de volumes pluviométricos, faltas de
energia na ETE, ou causas afins.
4.2.5. PROJEÇÕES PARA A ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES
O tratamento do efluente coletado deverá ter eficiência que atenda a legislação
ambiental vigente, além de não promover a alteração da classe do corpo hídrico receptor
conforme o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo.
Os valores para projeção da estação de tratamento de efluentes – ETE contemplam
toda a população da zona urbana.
Para as demais áreas do município, o tratamento poderá ser realizado em estações de
tratamento descentralizadas, ou seja, cada microbacia existente no município poderia ter a sua
ETE, sendo o efluente direcionado por gravidade. Esta situação deverá observar alguns
critérios como área disponível para a instalação da ETE, distância de moradias, atividades
desenvolvidas nas áreas circunvizinhas e a incidência de alagamentos e enxurradas.
A possibilidade de tratar o efluente de forma descentralizada também acarreta maior
envolvimento com a operação da ETE, além da necessidade de monitoramento para cada
unidade de tratamento.
Independente do número de unidades de tratamento, os subprodutos como lodos biológicos,
embalagens de produtos utilizados no tratamento e demais resíduos sólidos e líquidos que
possam conferir periculosidade aos operadores e ao meio ambiente não poderão ser
descartados de forma insegura e, ambientalmente, inadequada.
Para tanto, sugere-se a implantação junto a(s) unidade(s) de tratamento de sistemas de
secagem de lodo orgânico, proveniente dos sistemas biológicos e de locais para armazenar
resíduos classificados como Classe I conforme a ABNT NBR 10.004/2004, observando todos
os critérios informados nesta norma.
– Destacando que a ETE do Parque da Figueira possui licença ambiental de operação,
cumprindo os parâmetros exigidos pela licença e legislação.
4.2.5.1. AÇÕES DE CURTO PRAZO
Nesta primeira fase, a vazão média de entrada de efluente na ETE, já contabilizando os
diversos coeficientes e taxa de infiltração ao longo da rede coletora é de aproximadamente
10,77 L/s.
4.2.5.2. AÇÕES DE MÉDIO PRAZO
Nesta fase, estima-se o aumento da vazão média, conseqüentemente o aumento do
volume útil da ETE, que deverá proporcionar tratamento adequado para aproximadamente
37,15 L/s.
4.2.5.3. - AÇÕES DE LONGO PRAZO
Para finalizar as projeções em um espaço temporal de 20 anos, nesta fase estima-se
que a vazão média de entrada de efluente na ETE será de 71,75 L/s.
4.2.5.4. PLANOS DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA – ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE EFLUENTE - ETE
Caso ocorra a interrupção de energia elétrica a ETE deverá ser dotada de gerador
autônomo que possibilite a continuidade da operação.
Quando da manutenção dos reatores, a mesma deverá ser realizada no período
noturno, devido à baixa geração de efluentes durante a noite.
Em caso de inundação na área onde será instalada a ETE, sugere-se a construção de
um emissário de efluentes, o qual receberá todo o efluente e o direcionará para um ponto a
jusante da área urbana, evitando assim que o efluente sem tratamento seja lançado em áreas
próximas a ETE.
4.2.6. INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE FOSSA SÉPTICA E FILTRO
ANAERÓBICO NA ZONA URBANA E RURAL
Os sistemas individuais de tratamento compostos por fossa séptica e filtro anaeróbicos
são uma alternativa econômica e tecnicamente viável de tratamento de efluentes domésticos.
As residências da zona urbana construídas antes do Código de Obras do município,
possivelmente não possuem nenhum tipo tratamento, lançando seu efluente in natura direto
na rede pluvial. Nas residências dotadas de sistemas de tratamento, ainda poderá ocorrer casos
com fossas negras, ou simplesmente sumidouros.
A situação na zona rural, notoriamente é mais grave, pois não há exigência legal
obrigando a instalação de sistemas de tratamento, logo o número de casas sem tratamento dos
esgotos domésticos é elevado, possuindo o agravante nos casos em que o descarte das águas
cinzas e negras ocorre diretamente no solo, em arroios e sangas próximas as residências.
Para corrigir esta situação, faz-se necessário um levantamento de todas as edificações
da zona urbana e rural, com o intuito de criar uma radiografia dos locais onde serão
necessárias a instalação ou adequação de sistemas de tratamento. A compra e instalação
destes sistemas de tratamento deverão ser obrigatórias em todas as edificações, sejam na zona
urbana como na rural.
Mas não basta só instalar tais sistemas de tratamento, a falta de manutenção e limpeza
destes sistemas levam a falsa percepção de que o proprietário do imóvel está cumprindo com
as exigências legais.
E é justamente esta sensação de regularidade que ocasiona um dos maiores impactos
ambientais, o lançamento de esgoto in natura no solo e em corpos hídricos, pois transformam
fossas sépticas e filtros anaeróbicos em simples caixas de passagem de efluente.
Esta situação se agrava pela falta de fiscalização por parte da administração pública,
que após a liberação do habite-se, não exige nenhuma medida de manutenção destes sistemas.
Baseado nisso, sugere-se a criação de lei municipal específica, que trate da
obrigatoriedade com relação a instalação e manutenção de sistemas compostos no mínimo por
fossa séptica e filtro anaeróbicos.
A etapa que exige maior acompanhamento por parte da administração pública é com
relação a manutenção e limpeza destes sistemas de tratamento.
No Município de Vera Cruz, não há empresas para o recolhimento deste lodo com
posterior tratamento adequado. Como a municipalidade já é responsável pela coleta e
tratamento de efluentes através da rede coletora e ETE, a mesma poderia realizar este serviço,
o que facilitaria a fiscalização e cobrança do serviço realizado.
Para isso ocorrer, deverá ser observada a capacidade operacional da ETE, pois mesmo
superdimensionada para atender as ações de curto prazo, a mesma poderá não suportar o
tratamento do lodo.
Caso não seja possível tratar o lodo juntamente com o efluente domestico coletado,
deverá ser construída uma estação de tratamento de lodo, devidamente licenciada e operada
com critérios técnicos, sofrendo monitoramento periódico e permanente.
Como forma de comparação, estima-se que cada pessoa gere cerca de 200 litros por
dia de efluente. Segundo Sperling (2001) nos sistemas individuais compostos por fossa séptica
e filtro anaeróbico, cada pessoa gera respectivamente 0,3 a 1 litro de lodo por dia (fossa
séptica) e 0,2 a 1,8 litros de lodo por dia (filtro anaeróbico
As ações de instalação de fossa séptica e filtro anaeróbico deverão ocorrer de forma
gradativa porem irão na direção inversa da implantação da rede de coleta e tratamento de
efluentes implantada na zona urbana de Vera Cruz, pois nas áreas já servidas por redes
coletoras, não haverá mais a necessidade de instalar ou realizar a manutenção de sistemas de
tratamento individual de efluente, bastando o proprietário ligar e rede coletora absoluta.
Na medida em que se avança na instalação das redes coletoras e nas ampliações da
ETE, se reduz nestas áreas a necessidade de instalação e/ou manutenção de sistemas
individuais.
Com relação a limpeza dos sistemas individuais de tratamento e sendo este realizado
pela administração pública ou por empresa privada, os moradores poderiam optar por duas
alternativas:
O poder público municipal ficaria responsável pela limpeza, cobrando uma taxa
referente ao serviço de coleta e tratamento junto ao IPTU.
O proprietário contrataria uma empresa para realizar a limpeza do seu sistema de
tratamento. Ao pagar o IPTU o proprietário apresentaria o comprovante da realização da
remoção do lodo, sendo então isento do pagamento desta taxa junto ao IPTU.
Na zona rural deverão ocorrer as mesmas ações que na zona urbana, porém uma forma
alternativa de operacionalização da cobrança da taxa deverá ser criada, uma vez que para a
área rural não é necessário o pagamento de IPTU. Como na zona rural o distanciamento entre
as residências é elevado, praticamente inviabiliza a instalação de redes coletoras e ETE
centralizadora, sendo os sistemas individuais uma excelente opção de tratamento, desde que
ocorra a remoção anual do lodo gerado.
A periodicidade de coleta de lodo poderia ser estipulada em no mínimo uma vez por
ano.
Recomendações mantidas, ressaltando o citado anteriormente do projeto piloto de
implantação de fossas biodigestores no meio rural e projeção de ampliação das instalações.
4.2.6.1. AÇÕES DE CURTO PRAZO
As ações iniciam-se pela realização do levantamento de todas edificações e dos seus
respectivos sistemas de tratamento de efluentes domésticos.
A partir deste diagnóstico, implantar, em cerca de 20% das edificações tanto na zona
urbana como na rural, os sistemas individuais de tratamento de efluentes, a limpeza e
manutenção de fossas sépticas e filtros anaeróbicos ou a ligação à rede coletora absoluta, nos
casos das áreas já contempladas com este serviço.
4.2.6.2. AÇÕES DE MÉDIO PRAZO
As ações de médio prazo deverão dar continuidade nas atividades de instalação,
limpeza e manutenção de sistemas de tratamento individual, tanto para a zona urbana ou rural.
Nesta fase, cerca de 60% das edificações deverão possuir sistemas individuais compostos por
fossa séptica e filtro anaeróbicos com limpeza e manutenção obrigatórias ou ligadas a rede
coletora absoluta.
4.2.6.3. AÇÕES DE LONGO PRAZO
As ações de médio prazo deverão dar continuidade nas atividades de instalação,
limpeza e manutenção de sistemas de tratamento individual, tanto para a zona urbana ou rural.
Nesta fase, cerca de 100% das edificações deverão possuir sistemas individuais compostos
por fossa séptica e filtro anaeróbicos com limpeza e manutenção obrigatórias ou ligadas a
rede coletora absoluta.
A instalação de rede coletora absoluta de esgoto sanitário em parte da zona urbana do
município, não pode criar a falsa sensação de que todo o município está se adequando com
relação ao esgotamento sanitário. As ações devem andar em dois sentidos distintos, porém
que convergem para um só ponto no final de 20 anos, ou seja, nas áreas onde não ocorrerá em
curto e médio prazo a instalação de rede coletora absoluta, a manutenção e limpeza dos
sistemas individuais será necessariamente obrigatória.
Com relação à zona rural de Vera Cruz, as ações devem iniciar por áreas que
apresentaram um elevado número de casas sem banheiros e/ou sem tratamento de seus
dejetos. Sendo assim, sugere-se que as áreas citadas abaixo sejam atendidas com prioridade
no que se refere a melhorias de infraestrutura dentro das propriedades com a instalação de
sistemas de tratamento individual ou na construção de sanitários.
Linha Ferraz
Linha Fundinho
Linha Henrique D`Ávila
4.2.6.4. PROGRAMA DE DOAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE TRATAMENTO
INDIVIDUAIS
Avaliar viabilidade e posicionamento frente ao proposto no original
Em áreas de ocupações irregulares, ou mesmo em loteamentos regularizados porém
destinados as edificações de baixa renda, deverão ocorre levantamentos dos números de
edificações e dos respectivos moradores, a fim de dimensionamento dos sistemas individuais
de tratamento, os quais deverão ser doados pela administração pública.
Com essa ação, visa-se diminuir a incidência de lançamento de efluente a céu aberto
ou em córregos adjacentes a estas moradias, evitando assim a proliferação de vetores
causadores de doenças, principalmente aquelas de veiculação hídrica e que atualmente são
responsáveis por cerca de 85% das doenças que afetam principalmente crianças e jovens.
Os gastos com as doações destes sistemas, com a sua manutenção e limpeza gratuita,
serão recuperados com a diminuição do número de doentes, consultas, internações, exames
clínicos e medicamentos, além de todo um ganho ambiental e social. Estudos apontam que
para cada real (R$) investido em saneamento básico, evita-se o gasto de quatro (R$) com o
tratamento de doenças.
Estas doações não deverão ser entendidas como um incentivo a novas ocupações
irregulares, mas sim na melhoraria das condições de vida dos moradores.
4.2.6.5. MONITORAMENTO DE CORPOS HÍDRICOS
Como praticamente todo o efluente doméstico gerado é descartado em corpos hídricos,
principalmente no Arroio Wolfran e no Arroio Passinho.
O Comitê Pardo já definiu o enquadramento dos corpos hídricos existente nesta bacia
hidrográfica. Ou seja, todo e qualquer lançamento de efluente, com ou sem tratamento, não
poderá alterar suas características a ponto de modificar (piorar) o seu enquadramento.
Desta forma, faz-se necessário o monitoramento nos principais pontos de lançamentos
de efluentes, tanto na zona urbana como na rural. As condições destes mananciais é de
fundamental importância tanto para a manutenção da vida aquática como para a saúde dos
moradores das localidades.
Após a obtenção de dados de monitoramento, os mesmo deverão ser disponibilizados
à população de forma simples e objetiva, para fácil entendimento e tomada de consciência
sobre a qualidade dos rios, sangas e arroios existentes nas imediações de suas residências e
quão importante é a participação na construção de um sistema de tratamento de efluente, seja
ele coletivo ou individual.
4.3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA A DRENAGEM URBANA E O
MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS NO MUNICÍPIO DE VERA CRUZ
Mantém-se o original previsto no prognóstico a médio e longo prazo, bem como ações
emergenciais com o acréscimos de algumas ações.
4.3.1. AÇÕES A CURTO PRAZO (até 4 anos)
4.3.1.1. REASSENTAMENTO DE FAMÍLIAS EM ÁREAS DE RISCO
Mantém-se o original para o restante do prognóstico a médio e longo prazo, bem como
ações emergenciais.
Outro problema encontrado no momento no município está relacionado às habitações
em áreas de risco. Devem-se buscar alternativas sociais para as famílias localizadas na
comunidade da Coxilha Mandelli e da várzea do rio Pardinho, dado que as alternativas de
engenharia seriam muito onerosas e encontrariam empecilhos ambientais, principalmente na
várzea do Pardinho, local com maiores problemas.
4.3.1.2. REALIZAÇÃO DO LEVANTAMENTO E DE PROJETOS DE PONTOS
CRÍTICOS COM NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO DE CANALIZAÇÕES E
APLIAÇOES DA REDE DE DRENAGEM NA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE
VERA CRUZ
4.3.1.3. ELABORAR E ATUALIZAR INSTRUMENTOS NORMATIVOS
Atualizar instrumentos normativos, incluindo tópicos de drenagem, visando à redução
de sobrecarga no sistema de drenagem, através de alternativas para diminuição quanto da
impermeabilização do solo ou alternativas para armazenamento de água pluvial e recarga dos
lençóis freáticos.
4.3.1.4. DESENVOLVER UM PLANO DE DRENAGEM URBANA.
Para a implementação destes padrões de controle de drenagem, que busquem uma
visão de desenvolvimento sustentável no ambiente urbano, é necessário um Plano de
Drenagem Urbana.
Neste plano devem ser tratados assuntos como a caracterização do desenvolvimento de
um local, planejamento da drenagem urbana em etapas, vazões e volumes máximos para
várias probabilidades de ocorrência, verificação da possibilidade de utilização de reservatório
para amortecimento de cheias(critérios de dimensionamento, tamanhos, localização,
condições de escoamento), medidas para melhorar a qualidade da água, regulamentações
pertinentes. Todos estes itens devem ser desenvolvidos em consistência com objetivos
secundários como recreação pública, limpeza, proteção pública e recarga subterrânea (ASCE,
1992).
4.3.2. AÇÕES A MÈDIO PRAZO (5º AO 12 ANO)
4.3.2.1 REALIZAÇÃO DE CADASTRO DA REDE URBANA
Atualizar o cadastro das estruturas e dispositivos de drenagem pluvial existentes, com
vistas a identificar as possíveis ligações cloacais clandestinas, assim como, ter embasamento
técnico para elaboração de propostas de expansão da rede existente.
Sugere-se o seguinte procedimento:
– Realização de levantamento planialtimétrico das vias e logradouros públicos;
– Retirada dos tampões das bocas coletoras e poços de visita para identificação dos
diâmetros das tubulações e medição da profundidade da tubulação;
– Com os dados da profundidade da tubulação, diâmetro e cota altimétrica da via no
referido ponto, obtêm-se as variáveis para o cálculo quanto das declividades das
tubulações (dado de grande importância para o cálculo de suporte de vazões dos
condutos e velocidade de escoamento dos fluidos);
– Investigação quanto às possíveis contribuições cloacais ligadas à rede de drenagem
pluvial.
4.3.2.2 EXECUÇÃO DO PROJETO DE DRENAGEM
4.3.3. AÇÕES A LONGO PRAZO (13º AO 20º ANO)
4.3.3.1. REALIZAÇÃO DE CADASTRO DA REDE
Realizar o cadastro das redes de micro, meso e macro drenagem no município,
buscando averiguar futuros problemas de drenagem ligados ao crescimento do município,
com especial atenção para as áreas onde ocorrerá colocação de pavimento asfáltico nas ruas, o
que reduz a capacidade de drenagem do pavimento, pela impermeabilização do solo e
aumento da velocidade de escoamento das águas de chuva.
4.3.3.2. RECONSTITUIÇÃO DA MATA CILIAR
Deve-se realizar também a reconstituição da mata ciliar em locais degradados, visando
reduzir o assoreamento nestes locais, diminuindo assim a possibilidade de alagamentos nestas
áreas.
4.3.3.3 EXECUÇÃO DO PROJETO DE DRENAGEM
– Realizar captação de recursos para execução dos projetos desenvolvidos.
– Realizar a execução dos demais projetos desenvolvidos
4.3.3.4. MEDIDAS EMERGÊNCIAS E DE CONTINGÊNCIA
Nos casos de eventos ligados a enchentes o município deve utilizar os meios de
comunicação, principalmente as rádios locais para avisar a população. Também deve avisar a
defesa civil e manter o corpo de bombeiros em prontidão. No caso de enchentes com maior
gravidade utilizar os ginásios e clubes do município como medida de contingência para o caso
de comunidades com graves problemas de alagamento. Nos casos de entupimentos ligados a
drenagem urbana deve-se comunicar os órgãos competentes da Prefeitura para realizar o
possível desentupimento dos bueiros ou canalizações.
4.3.3.5. ESTIMATIVA DE CUSTOS
As ações propostas pelas diferentes ações geraram diferentes programas e projetos os
quais devem ser realizados visando a adequada drenagem urbana e manejo das águas pluviais
do município.
5. GESTÃO PÚBLICA: ASPECTOS RELATIVOS À SAÚDE PÚBLICA COM
INTERFACE AO SANEAMENTO BÁSICO
A área de saúde é uma importante interface com os quatro eixos abordados no PMSB.
O Plano de Saneamento apontou seguintes ações nos aspectos relativos à saúde
pública:
Aumentar a área de abrangência dos agentes comunitários de saúde
Educação continuada em Saúde
Readequação da equipe da vigilância sanitária e epidemiológica
Educação em Saúde e Meio Ambiente
Desta forma, se mantém as ações previstas no plano para manter a população
informada nos temas relacionados aos resíduos sólidos, esgotamento sanitário, abastecimento
de água e drenagem de águas pluviais; assim como manter as equipes de saúde em constante
processo de educação continuada e em número suficiente para que os mesmos possam
transmitir a informação de forma adequada para a comunidade e realizar adequadamente suas
atribuições. Todas as ações abaixo descritas deverão ser realizadas em curto, médio e/ou
longo prazo. Na descrição de cada uma delas, será colocada em que prazo elas devem ser
realizadas.
5.1. AUMENTAR A ÁREA DE ABRANGÊNCIA DOS AGENTES COMUNITÁRIOS
DE SAÚDE
Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) das Equipes de Saúde da Família (ESF) e
da Estratégia de Agentes comunitários de Saúde (EACS) são moradores do território de sua
abrangência e, pelas suas atribuições são considerados importantes aliados na identificação
dos problemas e respectivas propostas de soluções. Essas equipes já trabalham em território
definido, contando com infra-estrutura representada pelas Estratégias de Saúde da Família
(ESF) que podem servir de base para a implementação de programas de promoção e
prevenção da saúde. Aliás, o próprio ESF tem como meta zelar pelo ambiente, sendo a ESF
caracterizada pela Portaria 1886/GM, Anexo 2, Item 10, como “unidade ambulatorial pública
destinada a desenvolver ações de promoção à saúde, tendo como campos de intervenção o
indivíduo, a família, o ambulatório, a comunidade e o meio ambiente”.
Ações:
No município de Vera Cruz 68% do território tem cobertura por ACS, entretanto na
tentativa de reduzir as taxas de doenças de veiculação hídrica, assim como manter a
população bem informada referente aos assuntos relacionados ao PMSB, recomenda-se a
ampliação da área de cobertura pelos ACS, cobrir mais 10% da área em curto prazo, outros
12% em médio prazo e mais 10% em longo prazo.
Recomenda-se que em curto prazo seja para suprir as áreas mais carentes e que tenham
menores taxas de cobertura. A decisão da área de atuação deve ser tomada em conjunto com a
coordenação da EACS municipal.
5.2. EDUCAÇÃO CONTINUADA EM SAÚDE
A educação continuada em saúde tem uma grande importância no que diz respeito à
aquisição e renovação dos conhecimentos profissionais visando à adaptação do cidadão frente
a um mundo em mudanças. De acordo com a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS)
(OGUISSO, 2000), educação continuada é um processo dinâmico de ensino-aprendizagem,
ativo e permanente, destinado a atualizar e melhorar a capacitação de pessoas, ou grupos, face
à evolução científico-tecnológica, às necessidades sociais e aos objetivos e metas
institucionais. A introdução da Educação Permanente em Saúde é estratégia fundamental para
a recomposição das práticas de formação, atenção, gestão, formulação de políticas e controle
social no setor da saúde, estabelecendo ações intersetoriais oficiais e regulares com o setor da
educação (CECCIN, 2004/2005).
A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), voltada para a
formação e o desenvolvimento de trabalhadores do SUS, é compreendida como uma proposta
de ação capaz de contribuir para a necessária transformação dos processos formativos e das
práticas pedagógicas e de saúde, abarcando também a organização dos serviços. Constitui-se
em um trabalho articulado entre o sistema de saúde, em suas esferas de gestão, e as
instituições formadoras, com vistas à identificação de problemas cotidianos e à construção de
soluções. Com a publicação da Portaria GM/MS nº 1.996 em agosto de 2007, houve um
reforço da estratégia de descentralização e regionalização do Sistema, alinhando a PNEPS
com as diretrizes do Pacto pela Saúde.
Ações:
Sugere-se que sejam elaborados programas de educação continuada em saúde para os
profissionais da área, priorizando os ACS e equipes das ESFs e unidades básicas de saúde do
município no intuito de cumprir as normatizações do PNEPS. Dessa forma, com as
capacitações periódicas (semestral) os profissionais terão subsídios suficientes para orientar a
população de forma correta além de melhorar a qualidade dos atendimentos e das informações
em saúde, saneamento e meio ambiente. O melhoramento da qualidade das informações
permitirá melhorar o delineamento das estratégias de prevenção. As capacitações deverão ser
realizadas em curto, médio e longo prazo.
5.3. READEQUAÇÃO DA EQUIPE DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA E
EPIDEMIOLÓGICA
Aumentar o número de funcionários da Vigilância epidemiológica será de suma
importância para facilitar a investigação e notificação de casos de doenças de notificação
compulsória de veiculação hídrica ou causadas por animais sinantrópicos, como a
leptospirose, por exemplo, o que facilitaria o desenvolvimento de medidas de prevenção e
promoção da saúde. A leptospirose é uma doença grave e que aparece em altos índices no
município, conforme descrito no relatório do PMSB, referente à etapa II.
As ações de vigilância sanitária abrangem várias categorias de objetos de cuidado,
partilhando competências com órgãos e instituições de outros setores que também
desenvolvem ações de controle sanitário. A vigilância sanitária é um campo transdisciplinar,
compondo-se de um conjunto de saberes de natureza multidisciplinar e práticas de
interferência nas relações sociais de produção e consumo para prevenir diminuir ou eliminar
riscos e danos à saúde relacionados com objetos historicamente definidos como de interesse
da saúde. Tendo por objeto a proteção e defesa da saúde individual e coletiva, à vigilância
sanitária cabe desenvolver ações dinamizando um conjunto de instrumentos, compondo
políticas públicas para a qualidade de vida. Uma atividade de grande importância realizada
pela Vigilância Sanitária do município é o controle da qualidade da água, conforme a Portaria
N.º 518, de 25 de março de 2004. A Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade
da Água para Consumo Humano – VIGIAGUA – consiste em desenvolver ações contínuas
para garantir à população o acesso à água de qualidade compatível com o padrão de
potabilidade estabelecido na legislação vigente, para a promoção da saúde.
Sabe-se que todas estas atividades demandam tempo e envolvimento da equipe, no
entanto o município de Vera Cruz conta atualmente com uma equipe reduzida, o que traz
dificuldades no desenvolvimento pleno de suas ações.
Ações:
O aumento do número de integrantes na equipe da Vigilância será de suma
importância para que as ações previstas para estes profissionais sejam adequadamente
realizadas. Dessa forma, em curto prazo devem ser contratados por concurso público outros 2
funcionários para completar a equipe da Vigilância Epidemiológica e Sanitária. Após a
contratação sabe-se que será possível a elaboração e instituição de vários programas de
vigilância em Saúde, entre eles sugere-se que um programa de controle e vigilância de
roedores seja instituído em curto prazo na tentativa de reduzir os índices de leptospirose no
município.
5.4. EDUCAÇÃO EM SAÚDE E MEIO AMBIENTE
As causas dos problemas socioambientais e de saúde sempre são múltiplas e podem
envolver ao mesmo tempo aspectos culturais, econômicos, políticos, epidemiológicos,
ambientais e sociais, entre outros. Os processos educativos que visam à busca de melhores
condições de vida e soluções para esses problemas, devem basear-se em pressupostos teóricos
e práticos da educação.
A educação em saúde tem, por exemplo, um papel fundamental no controle de
zoonoses advindas da ausência de sistemas de saneamento, pois a população tendo
conhecimento sobre a problemática e estando sensibilizada para a importância da manutenção
da salubridade habitacional, poderá contribuir, evitando a proliferação de vetores de doenças,
como ratos, baratas, moscas, os quais, muitas vezes, se encontram no ambiente doméstico,
condições estas que favorecem sua reprodução.
O aumento da concentração das populações nas cidades tem contribuído para
intensificar a degradação socioambiental e afetar gravemente a saúde humana, principalmente
devido à falta de planejamento urbano e de saneamento básico, o que resulta em processos de
poluição por meio da contaminação do solo, da água, dos alimentos e do ar, oferecendo,
portanto, riscos à saúde e propiciando a disseminação de doenças.
Assim, a precariedade de sistemas de saneamento básico, que inclui o abastecimento
de água, o esgotamento sanitário, os resíduos sólidos e a drenagem de águas pluviais, tem-se
mostrado importante determinante do processo saúde/doença. Considerando que tais
determinantes também podem ocorrer em domínio doméstico, as medidas estruturais de
saneamento podem não ser suficientemente profiláticas, se não vierem acompanhadas de
processos de educação em saúde e ambiental.
Ações:
Campanhas e programas de educação em saúde e educação ambiental regulares devem
ser organizadas em escolas, creches e unidades de saúde. Deverá ser realizada pelo menos 1
oficina/atividade mensal de educação em saúde e/ou meio ambiente. Os temas a serem
abordados em cada atividade devem ser discutidos previamente para que atendam as
necessidades da comunidade. Esta ação deve ser realizada em curto, médio e longo prazo.
6. DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS
6.1. SERVIÇOS PÚBLICOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO
SANITÁRIO
A municipalidade fornece de forma direta os serviços de abastecimento de água e
esgotamento sanitário, conforme disciplina contida na Lei nº 1.111/1993. Conforme relatório
da Etapa II (diagnóstico) foram observadas algumas incorreções ou lacunas na referida lei
municipal, que deverá ser revista em conformidade com este plano e com a legislação federal.
Conforme prognóstico específico para os serviços de abastecimento de água, sugerese,
neste relatório, que o SEMAE seja transformado em departamento. Esta alteração será uma
ação intermediária entre o sistema atual, no qual o SEMAE é um setor, para a transformação
deste em autarquia, ação recomendada pela FUNASA para municípios do porte de Vera Cruz.
6.2. SERVIÇOS PÚBLICOS DE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
Os serviços relativos ao manejo das águas pluviais e a drenagem urbana estão sob a
responsabilidade da Prefeitura Municipal, através das Secretarias Municipal de Obras,
Saneamento e Trânsito.
6.3. DEFINIÇÃO DOS ENTES RESPONSÁVEIS PELA REGULAÇÃO E
FISCALIZAÇÃO.
O município deverá definir entidade reguladora para os serviços públicos de
saneamento básico. As atividades de regulação poderão ser desempenhadas pelo titular,
mediante órgão ou entidade de sua administração direta ou indireta, inclusive consórcio
público do qual participe, desde que com competência própria de natureza regulatória e
independência decisória, ou mediante delegação, por meio de convênio de cooperação, a
órgão ou entidade de outro ente da federação ou a consórcio público do qual não participe,
instituído para gestão associada de serviços públicos.
Saliente-se que a definição de entidade de regulação, segundo o Decreto nº 7.217, de
2010, é entidade reguladora ou regulador: agência reguladora, consórcio público de
regulação, autoridade regulatória, ente regulador, ou qualquer outro órgão ou entidade de
direito público que possua competências próprias de natureza regulatória, independência
decisória e não acumule funções de prestador dos serviços regulados. O exercício da função
de regulação também deverá atender aos seguintes princípios:
I - independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e
financeira da entidade de regulação; e
II - transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões.
6.4. DA CRIAÇÃO OU DESIGNAÇÃO DE ÓRGÃO DE GESTÃO E
PLANEJAMENTO.
Embora as atividades de regulação incluam as de fiscalização, são princípios dos
serviços públicos de saneamento básico a transparência das ações, baseada em sistemas de
informações e processos decisórios institucionalizados e o controle social. Para efetivar esses
princípios, impõe-se que a municipalidade, independentemente da opção quanto à entidade
reguladora, mantenha órgão responsável pela gestão e planejamento dos serviços públicos de
saneamento.
Este órgão deverá contar com servidores concursados e capacitados para as atividades
de planejamento dos serviços públicos de saneamento. Ressalte-se que planejamento, segundo
o Decreto nº 7.217/2010 são as atividades atinentes à identificação, qualificação,
quantificação, organização e orientação de todas as ações públicas e privadas, por meio das
quais o serviço público deve ser prestado ou colocado à disposição de forma adequada. Entre
as atividades de planejamento do órgão gestor, destaca-se:
a) alimentar o banco de dados do sistema de informações sobre o saneamento;
b) cadastrar redes públicas e de sociedades hídricas, mantendo informações sobre a
quantidade e a qualidade da água;
c) monitorar o plano de saneamento básico e disponibilizar as informações para o
controle social;
d) sistematizar as informações de maneira a verificar o cumprimento das metas e identificar as
razões, caso não sejam atendidas no prazo especificado;
e) articular ações, projetos e programas com outras organizações tais como: Comitê de Bacia
Hidrográfica, Defesa Civil, Vigilância Sanitária, Ministério Público, etc;
f) conduzir a revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico, periodicamente, em prazo
não superior a 4 anos;
g) integrar equipes municipais de elaboração e/ou reavaliações de planos municipais e
regionais que tenham interfaces com o saneamento básico;
h) Integrar equipes municipais de elaboração e/ou reavaliações de planos municipais e
regionais que tenham interfaces com o saneamento básico.
i) fiscalizar a prestação dos serviços, independentemente da fiscalização realizada pela
entidade reguladora.
j) integrar o Conselho Municipal de Meio Ambiente.
6.5. DEFINIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE ATUAÇÃO DO ENTE REGULADOR
O Decreto nº 7.217/2010, em seu artigo 30, determina que as normas de regulação
devem ser criadas pelo titular e pela entidade reguladora. Contudo, compete privativamente
ao titular legislar sobre: a) os direitos e obrigações dos usuários e prestadores, bem como às
penalidades a que estarão sujeitos; b) os procedimentos e critérios para a atuação das
entidades de regulação e de fiscalização.
Assim, infere-se que após a conclusão do presente plano, deverá o município, de
forma imediata, elaborar lei própria sobre a referida matéria.
6.6. ADOÇÃO DE PARÂMETROS PARA GARANTIA DO ATENDIMENTO
ESSENCIAL À SAÚDE PÚBLICA.
A mesma norma que regulamentar a matéria constante no item supra (6.5.) deverá
indicar parâmetros (observadas as normas federais e o presente plano) para garantia do
atendimento essencial à saúde pública.
6.7. FIXAÇÃO DOS DIREITOS E DEVERES DOS USUÁRIOS
Conforme mencionado no item 6.5., deverá ser criada lei municipal sobre saneamento
público que disciplinará direitos e deveres dos usuários, observadas as normas federais e
estaduais.
6.8. CRIAÇÃO DE MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL
O controle social deverá ser realizado mediante ações que contemplem a transparência
pública e a disponibilização de informações para a tomada de decisões de forma participativa.
6.9. CRIAÇÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE OS SERVIÇOS,
ARTICULADO COM O SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES EM
SANEAMENTO - SINISA
O órgão gestor descrito no item 6.5. atuará também como órgão superior do Sistema
Municipal de Informações sobre Serviços de Saneamento Básico.
O sistema municipal será composto por indicadores de monitoramento, de resultados e
de impacto integrantes dos planos nacional e municipal de saneamento. Caberá ao órgão
gestor a coleta, sistematização e disponibilização dos dados municipais de saneamento,
sempre em conformidade com o sistema nacional – SINISA.
7. DIMENSIONAMENTO DAS NECESSIDADES DE INVESTIMENTOS PARA
A UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO NO
MUNICÍPIO DE VERA CRUZ
7.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Para o sistema de distribuição de água, após as devidas atualizações dos custos,
considerando uma inflação média anual de 5% ao ano, adotaram-se os resultados do modelo
matemático que consta no relatório elaborado pela consultoria das empresas JNS/Aquaplan,
para o Programa de Modernização do Setor de Saneamento (PMSS II), do Ministério das
Cidades, objetivando o “Dimensionamento das Necessidades de Investimentos para a
Universalização dos Serviços de Abastecimento de Água e de Coleta e Tratamento de Esgotos
Sanitários no Brasil”. Os valores que inicialmente estavam calculados por domicílio foram
transformados em valores por habitante, considerando uma ocupação média do município de
3,0 habitantes por domicílio.
No relatório para o Programa de Modernização do Setor de Saneamento (PMSS II),
citado acima, na transformação inicial da unidade “metro de extensão de rede” para a unidade
“domicílio atendido” e, posteriormente, para “habitante atendido” foram consideradas as
informações do SNIS quanto à extensão de rede de água por domicílio, à densidade de
economias por ligação e, na segunda transformação de unidades, à quantidade média de
pessoas por domicílio (IBGE). Os valores dos investimentos por habitante foram calculados a
partir dos custos unitários por metro linear e posteriormente por domicílio ou por economia de
cada componente respectivo dos sistemas de água e de esgotos, para o estado do Rio Grande
do Sul. Os custos de distribuição de água e de coleta de esgotos por habitante foram
estimados e atualizados a partir dos custos por domicílio desses componentes. Os custos por
domicílio foram calculados inicialmente dessa forma tendo em vista que esses investimentos
estão mais relacionados com o crescimento do número de domicílios. Já os custos de
produção de água e de tratamento de esgotos foram calculados por habitante, desde o início,
porque estes componentes apresentam uma relação mais direta com a variação do tamanho da
população e com os custos das unidades que compõem esses sistemas.
Para a universalização do abastecimento de água no município, considerando um
consumo efetivo de 143 litros/hab./dia (429 litros/dia/domicílio) e uma perda média de 35%,
havendo, assim, a necessidade de uma disponibilidade per capta de água (consumo+perdas)
em torno de 220 litros/habitante/dia/ (0,22 m3/hab./dia). Com isso, tendo por base a
população urbana estimada, chegou-se a uma demanda (produção e distribuição) anual
variando entre 1,86 e 2,66 milhões de m3, dependendo da taxa de crescimento da população
(tab. 2). Não foram consideradas, nesta, as necessidades de água para o abastecimento das
áreas rurais, exceto os domicílios rurais que atualmente já são atendidos e estão ligados à rede
urbana, porque para esses domicílios que ainda não são atendidos, adotou-se que o
abastecimento será realizado através de poços, que absorverão custos relacionados com a
remoção de íons fluoretos em soluções coletivas, através das sociedades hídricas. Estes
últimos custos foram calculados em separado, tendo em vista que o pagamento por estes
serviços terá que ser determinado de forma diferente do usual, adotado para o serviço de
abastecimento urbano atendido pela SEMAE. Estimaram-se, então, os investimentos
necessários para atender essa demanda em 2035, considerando entre estes investimentos todos
aqueles já em andamento neste ano e os previstos para terem início a partir do próximo ano.
Tabela 1 – Demanda total de água tratada – atual, 2030 e 2035
Neste relatório do PMSB de Vera Cruz, para as estimativas iniciais de demanda desses
serviços foram consideradas as informações relacionadas com a população atual (Censo 2010)
e a estimada para os próximos anos, quantidade de moradores por domicílio (IBGE),
quantidade de ligações ativas de água, número de economias totais e ativas de água do SNIS,
consumo por economia, perda de água e perda desejada (valores utilizados nas estimativas da
demanda). Então, foram calculados os parâmetros utilizados para o município para estabelecer
os custos médios por habitante, a partir dos custos unitários já calculados.
A estimativa dos custos de implantação dos sistemas foi realizada tendo por base os
custos unitários de materiais, serviços e equipamentos com valores estimados tendo como
base o ano de 2010 para atender 100% da população estimada para 2035 (final de plano),
utilizando-se os índices do Programa de Modernização do Setor de Saneamento - PMSS II, de
2003, utilizando uma média dos valores para os municípios “pequenos” e “médios” (com
população de até 40.000 habitantes) para os serviços de produção, tratamento e distribuição de
água e de coleta e tratamento de esgoto sanitário.
Para o cálculo das necessidades de investimentos para o abastecimento de água foi
considerado o déficit de 15% no atual atendimento da população urbana mais o aumento
anual da população nos próximos 25 anos, considerando os dois cenários de crescimento
populacional (1,5% e 4,0-3,0%). Os investimentos foram distribuídos em três grupos,
produção de água (captação, tratamento e adução), rede de distribuição e hidrômetros. Para o
ano de 2035, estes custos foram estimados entre R$ 12,87 e R$ 14,32 milhões, para a
produção, sendo incluído neste valor a projeção da construção de uma barragem de captação
no valor de aproximadamente R$12 milhões em 2012. Para a expansão da rede de distribuição
estimou-se entre R$ 870 mil e R$ 1,32 milhões e para a instalação de hidrômetros estimou-se
um custo entre R$ 145 mil e R$ 220 mil, dependendo da taxa de crescimento da população.
Além desses, foi adotado uma taxa anual de reposição desses investimentos de 1,85% ao ano
(tab. 2).
Tabela 2- Necessidade Total de Investimentos para o abastecimento de Água –
R$1.000,00
Fonte: Moraes, J.A.
Para o atendimento das necessidades de abastecimento da população das áreas rurais,
através de poços artesianos gerenciados por sociedades hídricas, estima-se que para a remoção
de íons fluoretos em soluções coletivas serão necessários recursos anuais em torno de R$ 1,44
milhões, nos próximos anos, R$ 213,00/habitante rural, podendo reduzir esse valor para R$
722 mil em 2035, levando-se em conta a provável redução dessa população nesse período.
Neste cálculo também não foram consideradas as 1.372 economias das áreas rurais que
atualmente são (e continuarão sendo) atendidos pela rede urbana de abastecimento de água.
Mas, não está previsto a expansão da rede urbana para atender a população das atuais áreas
rurais que não serão urbanizadas.
No quadro 1, abaixo, podem ser identificados algumas das principais sugestões de
itens componentes dos investimentos necessários, no curto, médio e longo prazo, para a
universalização do serviço de abastecimento de água em Vera Cruz.
Quadro 1 - Investimentos necessários
ALTERNATIVAS
Curto Prazo
Instalação de rede e reservatório no trecho final de cerca de 2,5 km em
Linha São Jacó
Implantação de sistema de abastecimento na região alta de Linha Sete de
Junho e São Vendolino.
Implantação de sistema de abastecimento na região de Alto Dona Josefa
Realização da perfuração de um poço na localidade de Linha São João em
Alto Ferraz ou interligação/ampliação da rede
Cercamento dos pontos de captação
Compra de equipamentos para redução das perdas
Reestruturação da unidade responsável pela gestão da água
Médio Prazo
Aquisição de sistemas de geração de energia para situações de falta de
energia
Reservatórios
Criação de unidade autônoma para prestação de serviços de água e esgoto
Compra de dispositivos para redução das perdas
Realização do cadastro da rede
Longo Prazo Substituição da adutora da Fonte Diehl
Realização de adutora Rincão da Serra.
Reservatórios
7.2. ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Como necessidade de investimento para execução dos serviços de esgotamento
sanitário do município se manteve as propostas apresentadas no plano de saneamento anterior.
Os sistemas de esgotamento sanitário urbanos foram estudados levando em
consideração a faixa de variação do crescimento populacional anual entre 1,5% e 4,0% até
2015 e entre 1,5% e 3,0% depois, considerando os investimentos necessários para a
implantação de uma rede urbana de coleta de esgoto, uma estação de tratamento (ETE) e um
custo anual de reposição desses investimentos, estimado em 1,3 % do total, na medida em que
estes vão sendo realizados.
Para os sistemas de coleta e tratamento de efluentes, adotou-se a projeção de uma
solução padrão, considerando um consumo efetivo de água de 143 litros/habitante/dia,
gerando 114,4 litros/dia/habitante de esgoto, resultante de um retorno de 80% do consumo
efetivo de água. A extensão da rede de esgotos por habitante é admitida como sendo igual ao
valor da rede de água (no caso de Vera Cruz, sem considerar a extensão da atual rede de
abastecimento de água que atende mais de 1.200 domicílios rurais), o que significa que
quando houver a universalização dos serviços as extensões das redes urbanas de água e de
esgotos serão iguais. Para o ano de 2035, a geração total mensal de esgoto na área urbana
deverá estar entre 67 mil e 101 mil toneladas/mês, dependendo da taxa de crescimento da
população urbana até esse ano. Utilizando-se, após uma atualização, a média entre os índices
do Programa de Modernização do Setor de Saneamento - PMSS II para pequenos e para
médios municípios, de R$ 570,00/habitante para a rede coletora e R$ 220,00/habitante para a
ETE, obteve-se os valores dos investimentos necessários para Vera Cruz nos próximos 25
anos. Para atender essa demanda e universalizar esse serviço, serão necessários investimentos
de até R$ 16,7 milhões para a implantação da rede coletora e de até R$ 6,4 milhões para a
instalação de uma estação de tratamento de esgoto (ETE), totalizando valores que podem
atingir R$ 23,1 milhões, além de um custo anual de reposição desses investimentos na ordem
de R$ 300 mil, correspondente à taxa de 1,3% ao ano sobre o total dos investimentos (tab. 3).
Tabela 3 – Necessidades total de investimentos em esgotamento sanitário (2035) - em R$
1.000
Os custos anuais de manutenção e operação dos serviços de produção, tratamento e
distribuição de água e os de coleta e tratamento de esgotos também foram calculados com
base em estimativas realizadas para a determinação dos índices do Programa de
Modernização do Setor de Saneamento - PMSS II, resultando em um custo médio atualizado
de R$ 7,00/habitante/mês ou R$ 84,00/habitante/ano, o que poderá resultar num custo anual
entre R$ 2,2 a R$ 3,0 milhões, dependendo da taxa de crescimento anual da população.
Para o atendimento de todos os domicílios rurais com sistemas individuais de
saneamento rural (fossa, filtro e sumidouro) foi estimado um custo total de até R$ 2,1
milhões, considerando a atual população rural, um custo individual de aproximadamente R$
600,00 por domicílio rural.
QUADRO 2: Investimentos necessários
Alternativas
Curto Prazo
Ser avaliada a possibilidade de construção de barramento junto
ao Arroio Wolfran e captação do esgoto proveniente da rede
coletora de esgoto mista ou absoluta, para tratamento junto a
ETE do Parque da Figueira
Regularização do Licenciamento das ETEs dos loteamentos
implantados e repassado ao Município.
Realização do Mapeamento das redes de esgotamento sanitário
Criação uma equipe técnica para realizar da manutenção em
caráter preventivo das rede coletora
Médio Prazo
Atendimento de 60% da população da zona urbana com rede de
Esgoto
Longo Prazo O atendimento de 100% da população da zona urbana
7.3. DRENAGEM URBANA
O principal item do custo relacionado com os investimentos necessários no curto prazo
e os serviços de macro drenagem urbana e controle de enchentes seria o reassentamento de 35
famílias, o alargamento da base da ponte do Arroio Wolfram, a construção de uma bacia de
retenção e a construção de condutos e canais com um custo estimada em aproximadamente
R$ 2.965.000,00 milhões. Os custos anuais de manutenção, reposição e operação foram
estimados em R$ 10 mil.
QUADRO 3: Investimentos necessários
Itens dos custos com
drenagem
Investimentos
necessários (R$)
Manutenção/
reposição (R$)
Curto Prazo
Alargamento da base da ponte
do arroio Wolfram 800.000,00 3.000,00
Construção de bacia de retenção 200.000,00 2.000,00
Reassentamento de 35 famílias 1.750.000,00
Custo parcial 2.750.000,00 5.000,00
Médio Prazo Cadastro da rede urbana 25.000,00 1.000,00
Execução dos projetos de
drenagem das Ruas Carlos Wild
e Guilherme Lambert
90.000,00 2.000,00
Custo parcial 115.000,00 3.000,00
Longo Prazo
Cadastro de micro, meso e
macrodrenagem 50.000,00 1.000,00
Reconstituição de mata ciliar 50.000,00 1.000,00
Custo parcial 100.000,00 2.000,00
Total 2.965.000,00 10.000,00
Outros investimentos podem ser realizados em médio e longo prazo, através de
estudos propostos a curto prazo para uma adequada drenagem urbana e manejo das águas
pluviais do município, é a reconstituição da mata ciliar em locais degradados, visando reduzir
o assoreamento nestes locais, diminuindo assim a possibilidade de alagamentos nestas áreas.
7.4. FONTES DE FINANCIAMENTO PARA O SETOR DE SANEAMENTO BÁSICO
Os quatro principais atores intervenientes no setor de saneamento básico são: as
empresas privadas, a União, os estados-membros e os municípios, diretamente ou por meio de
suas autarquias, empresas públicas e demais órgãos da administração pública indireta. Esses
quatro atores podem desempenhar uma ou mais das seguintes funções, necessárias à prestação
de serviços de saneamento básico: o planejamento, a titularidade, a regulação e fiscalização, a
operação e o financiamento. Tendo em vista os objetivos desta seção do relatório, a análise
sobre as fontes de financiamento para o saneamento básico será feita de forma mais detalhada
em uma subseção específica, em seguida.
A função de planejamento dos serviços de saneamento básico (da cadeia industrial e
do serviço público). Enquanto atividade econômica produtiva compete prioritariamente à
União planejar o setor (ainda que os estados-membros e os municípios possam editar
legislação suplementar), o planejamento dos serviços de saneamento básico é de competência
do Titular, que, através dos planos de saneamento básico, deverão: fazer o diagnóstico da
situação do setor e seus impactos nas condições de vida da população; estabelecer as metas de
curto, médio e longo prazo para que se obtenha a progressiva universalização dos serviços;
elaborar os programas, projetos e ações necessárias para atingir esses objetivos e metas; e
determinar as ações para situações de emergência.
Ao responsável pela função de titularidade dos serviços de saneamento básico
compete a prestação do serviço público (diretamente pela administração pública ou
indiretamente por meio de um consórcio público ou de um concessionário, público ou
privado), elaborar o plano de saneamento básico, providenciar a regulação e a fiscalização do
setor, garantir a qualidade do atendimento à população e estabelecer mecanismos de controle
social sobre a rede de serviços.
A função de regulação e fiscalização dos serviços de saneamento básico tem duas
partes complementares: a regulação e fiscalização da cadeia industrial para a provisão de bens
públicos em saneamento básico, com o objetivo de proteger a livre concorrência entre os
operadores e os direitos do consumidor em geral; e a regulação e fiscalização do serviço
público, de modo a garantir o cumprimento do plano de saneamento básico, o equilíbrio
econômico-financeiro do operador e a qualidade dos serviços de saneamento básico. A
primeira parte é de competência da União e a segunda é de competência do titular,
responsável pela prestação direta ou delegada dos serviços e pela definição do responsável
pela sua regulação e fiscalização.
A função de operação dos serviços de saneamento básico envolve a provisão e
manutenção da cadeia industrial e a oferta efetiva dos serviços públicos. O operador pode ser
o próprio titular (prestação direta) ou um terceiro (prestação por meio de terceiros). A
prestação direta pode ocorrer por meio da própria administração pública ou de entes
operadores descentralizados, como autarquias, fundações públicas, empresas públicas ou de
economia mista, vinculadas ao ente federado que detém a titularidade. Neste caso, a figura do
titular confunde-se com a do operador, e não há necessidade legal de conceber-se uma
estrutura regulatória. Para a operação dos serviços de saneamento básico por terceiros deverá
ser realizado um processo licitatório e a celebração de um contrato de concessão a um
concessionário público ou privado.
7.5. A RESPONSABILIDADE PELA FUNÇÃO INVESTIMENTO
Para o financiamento dos serviços de saneamento básico é possível acessar recursos
orçamentários e não-orçamentários para investimento, principalmente através de operações de
crédito aos operadores, mas, a principal fonte de financiamento para a execução desses
serviços públicos é a tarifa cobrada dos usuários ou beneficiários. São os recursos arrecadados
por meio da tarifa que cobrem os custos operacionais do sistema e remuneram os empréstimos
obtidos junto às organizações de fomento, com a finalidade de ampliar a rede de serviços. Por
isso, qualquer discussão sobre o financiamento dos serviços de saneamento básico deve partir
de um debate amplo sobre a sua estrutura tarifária, a política de subsídios e os critérios
contábeis aplicáveis à determinação dos custos operacionais e à amortização dos
investimentos (CUNHA, 2011). A Política Nacional de Saneamento Básico (PNSB)
estabeleceu regras claras sobre a fixação da tarifa, a política de subsídios, a manutenção do
equilíbrio
econômico-financeiro dos operadores e a remuneração de seus investimentos. No entanto, a
PNSB não é clara em relação ao exercício das competências tarifárias quando o titular é,
também, o operador, não existindo um órgão regulador autônomo.
Mesmo considerando que a tarifa seja a principal fonte de financiamento dos serviços
de saneamento básico, a União, os estados-membros e os municípios devem participar
ativamente do financiamento do setor, disponibilizando recursos orçamentários ou não
orçamentários para investimentos. Ao mesmo tempo, trata-se de uma área totalmente aberta à
participação das empresas privadas, que podem atuar livremente como agentes financeiros
dos operadores. Da mesma forma, os operadores do setor podem beneficiar-se muito dos
instrumentos oferecidos pelo mercado de capitais, captando recursos diretamente dos
investidores privados interessados em aplicações de longo prazo. Porém, atualmente apenas
quatro operadores encontram-se listados na BM&FBovespa: a SABESP, a Companhia de
Saneamento de Minas Gerais, a Companhia de Saneamento do Paraná e a Sanesalto
Saneamento S.A. de São Paulo.
As regiões, municípios ou bairros que mais carecem de sistemas de água e esgoto são
os de renda mais baixa, onde a população tem poucas condições de pagar pelo serviço. Nesses
casos, a entrada de uma empresa privada é muito difícil, a não ser que os governos entrem
com pesados subsídios para garantir a rentabilidade do projeto e a infraestrutura necessária.
Geralmente, esses casos exigem uma intervenção direta do governo, por meio de empresas
públicas, autarquias ou administração direta, com a necessidade de financiamentos adquiridos
por instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial.
7.6. A COBRANÇA DE TARIFAS E A PARTICIPAÇÃO DO SETOR PRIVADO
A Lei do Saneamento estabeleceu um marco regulatório para o setor, criando um
ambiente institucional estável para o ingresso de investimentos e a participação de empresas
privadas. A lei estabelece diversos princípios, entre os quais, a universalização do acesso e a
eficiência e sustentabilidade econômica e ambiental, que, se seguidos, podem guiar uma
política de saneamento básico segura para a população e para as empresas privadas. A mesma
Lei define que a prestação de serviços de saneamento básico realizada por empresas públicas
ou privadas que não pertençam ao titular devem ser submetidas a uma relação contratual. Nos
contratos de concessão (para o setor privado) ou de programa (cooperação federativa),
objetivando a eficiência e o equilíbrio econômico-financeiro da empresa, devem constar o
sistema de cobrança e a composição de taxas e tarifas, a sistemática de reajustes e de revisões
de taxas e tarifas e, ainda, os eventuais instrumentos e políticas de subsídios. Além disso, no
contrato devem constar mecanismos de controle social, de regulação e fiscalização.
Essas características buscam associar a possibilidade de participação de uma empresa
(privada ou pública) sustentável economicamente com a universalização do acesso aos
serviços de saneamento básico.
A regulação terá como objetivo estabelecer padrões, garantir as metas, prevenir e
reprimir o abuso econômico e definir tarifas. A entidade reguladora será responsável pelas
normas técnicas, econômicas e sociais, e a concessionária deverá prover todas as informações
necessárias para a avaliação do desempenho. Esta responsabilidade pela regulação pode ser
delegada pelos titulares a qualquer entidade constituída dentro do estado. Aos usuários dos
serviços é assegurado amplo acesso às informações e a participação no controle social dos
serviços. Esses elementos são fundamentais para a transparência e prestação de contas do
processo regulatório.
A cobrança de preços públicos ou de taxas dos serviços visam proporcionar o acesso
universal ao serviço, mediante adoção de subsídios aos usuários que não tenham capacidade
econômica de pagá-los integralmente; visar a recuperação dos custos e gastos incorridos na
prestação do serviço, em regime de eficiência e eficácia, incluindo provisões para a sua
manutenção, melhoria, atualização, reposição e expansão; proporcionar remuneração
adequada do capital investido pelas empresas prestadoras dos serviços; e inibir o consumo
supérfluo e o desperdício dos recursos; induzir a maximização da eficiência dos prestadores
dos serviços; privilegiar o consumo de água e o uso dos serviços destinados à subsistência
humana, assegurando o atendimento das funções essenciais relacionadas à saúde individual e
coletiva; ser compatíveis com o desenvolvimento e o exercício de atividades econômicas;
facilitar a consecução das diretrizes de integralidade e eqüidade; assegurar, por meio de
estrutura adequada, a gestão da demanda em situações de escassez dos recursos hídricos. Os
critérios de fixação de valores dos preços públicos ou de taxas deverão considerar as
condições de eficiência e eficácia estabelecidas para a prestação dos serviços; descrever os
conceitos e a metodologia adotados na formulação da equação econômico-financeira,
inclusive para os reajustes e revisões; ser fundamentados em regimes contábeis e em sistemas
de registro e apuração de custos reconhecidos; explicitar as parcelas dos custos dos serviços
cobertas por subsídios externos recebidos, bem como as contribuições transferidas para
fundos de universalização, de qualquer natureza, destinadas a subsidiar serviços de outra
titularidade; identificar os aspectos fiscais e tributários e os respectivos regimes a que estão
sujeitos.
Não se incluem nos valores das tarifas, das taxas ou de outros preços públicos, os
custos relativos à delegação onerosa da prestação dos serviços; multas legais ou contratuais e
doações realizadas pelo prestador do serviço; participação nos lucros e resultados, pagas aos
empregados ou aos dirigentes da entidade prestadora dos serviços; publicidade, exceto a de
caráter oficial e a institucional de interesse público, autorizadas pela regulação, amortização e
remuneração dos investimentos realizados diretamente pelo titular do serviço, qualquer que
seja a fonte dos recursos, por particulares, pessoas físicas ou jurídicas, que resultem em bens
doados ou transferidos em decorrência de exigência legal aplicável à implantação de
empreendimentos imobiliários; pelo prestador do serviço, diretamente ou sob sua
responsabilidade com recursos provenientes de subsídios externos ou com recursos não
tarifários pagos pelos usuários.
No caso específico de Vera Cruz, as principais receitas projetadas são derivadas da
cobrança pelos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. Para os
cálculos das receitas derivadas dessas cobranças foi estabelecida uma estimativa média de R$
2,30 por m3, de água efetivamente consumida, de forma generalizada, ou seja, estabelecendo-
se que eventuais subsídios ou tarifas sociais que venham a ser concedidos são compensados
por acréscimos tarifários derivados de excessos de consumo. Para a tarifa a ser cobrada pelos
serviços de esgotamento sanitário ficou estabelecido uma tarifa correspondente a 70% daquela
cobrada pelo uso da água. Para a estimativa das receitas com a cobrança pelos serviços de
esgotamento sanitário foi estabelecido um crescimento gradual anual do percentual sobre o
consumo da água, entre 2012 e 2016, partindo dos atuais 30% cobrados até atingir 70%,
quando se estabiliza. O saldo anual e o saldo acumulado foram determinados a partir da
diferença entre as receitas anuais e todos os custos anuais projetados: os custos de
manutenção e operação e as taxas de reposição dos investimentos.
O resultado das estimativas das receitas anuais e do saldo acumulado, levando em
conta a variação da taxa de crescimento da população, pode ser verificado na tabela 6. Deve
ser ressalvado que esses valores somente podem ser obtidos quando a demanda da população
em termos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário for plenamente atendida, ou
seja, com a universalização dos serviços, pois os valores são resultantes do consumo per capta
de água estabelecido inicialmente (143 l/hab./dia) e proporcional à variação da população
urbana, podendo haver saldos anuais (já descontados os custos de manutenção, operação e
reposição) entre os atuais R$ 1,21 e R$ 3,36 milhões em 2035. Dessa forma, para o ano de
2035, o saldo acumulado arrecadado, que poderá ser utilizado para eventuais investimentos,
poderá chegar a um valor nominal entre R$ 50,2 e R$ 62,7 milhões, variando em função da
taxa de crescimento da população.
Com relação aos aspectos socioeconômicos dos serviços de saneamento básico, além
da sustentabilidade econômico-financeira da concessionária e as metas de universalização do
acesso, são diretrizes básicas para a formação de tarifas a ampliação do acesso dos cidadãos e
localidades de baixa renda aos serviços, a recuperação dos custos incorridos na prestação de
serviço e a remuneração adequada do capital investido pelos prestadores dos serviços.
Para isso, podem ser adotados subsídios tarifários ou não tarifários para atender as
localidades de baixa renda. Os subsídios tarifários ocorrem quando a concessionária cobra
preços diferenciados para consumidores com diferente capacidade de pagamento, como as
“tarifas sociais” adotadas pelo município de Vera Cruz. Os subsídios não tarifários podem ser
diretos, quando destinados aos usuários, ou indiretos, quando destinados à concessionária. De
acordo com a LNSB, a União somente pode utilizar recursos orçamentários no setor se estes
sejam concedidos a um órgão federal, a não ser em caso de risco à saúde pública e ao meio
ambiente. Porém, para fomentar os investimentos, a União pode conceder benefícios fiscais
ou creditícios, que são importantes para estimular a entrada de empresas privadas no setor. No
entanto, com exceção da coleta e destinação de resíduos sólidos, a participação de empresas
privadas tem sido quase insignificante, restringindo a parcerias público-privadas (PPP). Por
outro lado, algumas expectativas de empresas privadas interessadas em entrar no setor têm
origem no vencimento de contratos iniciados nas décadas de 1970 e 1980 e na baixa
capacidade financeira das empresas públicas estaduais. Segundo dados da Abcon, o
investimento do setor privado tem sido ainda muito baixo e precisa ser compensado por
investimentos estatais para que seja possível alcançar a universalização do acesso aos
sistemas de saneamento em um período mais curto.
Segundo estimativas dos agentes financeiros existem recursos disponíveis para o setor,
como por exemplo, a Caixa Econômica Federal, BNDES e Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC).
A exigência de um planejamento de longo prazo dos municípios para o setor
contribuiu para uma organização maior e para a estabilidade institucional na busca da
universalização. Essa estabilidade institucional permitiria que as empresas privadas tivessem
maior interesse em investir em saneamento básico. A concorrência com o capital privado
pode tornar mais eficiente as empresas públicas que atuam no setor, melhorando a qualidade e
o acesso da população aos serviços (MADEIRA, 2010).
7.7. REGULAÇÃO TARIFÁRIA
A regulação envolve aspectos qualitativos e tarifários e nesta seção serão apresentados
alguns métodos de regulação dos preços com base na teoria dos incentivos. Para induzir as
empresas a perseguirem as metas desejadas pelo regulador, elas recebem algum tipo de poder.
Segundo Farina, Azevedo e Picchetti (1997), na teoria dos incentivos são fundamentais três
características, metas regulatórias previamente estabelecidas, existência de algum poder
discricionário para a empresa e o estabelecimento de algumas restrições desse poder pelo
regulador. O grande problema dos métodos de regulação de preços apresentados a seguir é
que a complexidade do processo produtivo e a existência de informação assimétrica
impossibilitam um desenho regulatório que possa ser implementado na prática sem qualquer
tipo de deficiência. A empresa normalmente tem mais informação do que o regulador, o que
gera problemas na relação. Portanto, na presença de informação assimétrica, estabelecer um
modelo ideal que atenda aos princípios de eficiência alocativa e produtiva e igualdade
distributiva é extremamente complexo.
7.8. REGULAÇÃO POR TAXA DE RETORNO OU POR CUSTO DE SERVIÇO
O regulador estipula tarifas para cada serviço da empresa como garantia de uma taxa
de retorno para a empresa de forma que permita a sustentabilidade econômica das suas
atividades. O cálculo pode ser feito da seguinte forma: R = CV + x(K), em que R são as
receitas, CV são os custos variáveis (operacionais), K são os ativos que serão remunerados e x
é a taxa de retorno (%), incluindo a depreciação. Então, o valor da tarifa será igual a R. A
regulação por taxa de retorno dá pouca liberdade à empresa, já que as alterações de preço
necessitam da aprovação do regulador. Podem ser identificados as seguintes vantagens:
acompanhamento contínuo do desempenho operacional; oferta adequada de bens e serviços,
na medida em que garante um retorno para a empresa; e, as tarifas ficam em patamares mais
acessíveis para os consumidores em face de as receitas ficarem próximas dos custos.
Esse método, como qualquer outro, mesmo que tenha as suas vantagens, apresenta
problemas e desvantagens, tais como, dificuldades para avaliar a dimensão de K; para definir
uma taxa de retorno adequada; para calcular o CV da empresa (exige um quadro técnico
qualificado) e as receitas (pois é necessário ter um conhecimento preciso da demanda). Outras
desvantagens identificadas nesse tipo de regulação são: o baixo incentivo para a redução dos
custos (ganhos de eficiência) e para o desenvolvimento tecnológico; e o efeito Averch &
Jonhson, ou seja, o fato de o aumento dos lucros ser função do capital da empresa, o que faz
com que a taxa de retorno seja estipulada acima da taxa média de mercado (o que pode
ocorrer com frequência), havendo um sob reinvestimento e uma substituição de trabalho por
capital na empresa. O efeito positivo, no entanto, seria um aumento da qualidade e do uso de
tecnologia na execução do serviço.
Nesse tipo de regulação é de grande importância a periodicidade com que os preços
são reajustados. No tipo ideal de regulação por custo de serviço os reajustes de tarifas
deveriam ser contínuos, de modo a garantir a mesma taxa de retorno sobre o estoque do
capital ao longo do tempo. Como há rigidez nos preços e os reajustes não são contínuos
ocorre na prática um tipo de regulação que se afasta um pouco da ideia principal da regulação
por custo de serviço. No intervalo entre as revisões tarifárias as empresas são estimuladas a
reduzir custo, pois estas reduções poderão se traduzir em ganhos, já que não haverá reajuste
de preços para baixo se a empresa alterar o seu custo.
7.9. REGULAÇÃO POR PREÇO-TETO (PRICE CAP)
Esse método de regulação tarifária caracteriza-se pela existência de um teto na tarifa
cobrada por determinado serviço. O reajuste da tarifa ocorreria a partir do cálculo do índice de
preços, diminuindo o ganho de produtividade. Entre as vantagens desse modelo estão o
estímulo à eficiência produtiva e à inovação, dado que a empresa se apropria da redução de
custos; o custo baixo para regular, na medida em que não é necessário acessar dados contábeis
das empresas; menor chance de captura do regulador pela empresa, pois o processo
regulatório é bem mais simples; e a flexibilidade da empresa para reduzir preços, o que lhe
permite ajustar a sua estrutura de preços relativos. As desvantagens deste tipo de regulação é
que existe a possibilidade de ocorrer um sub-investimento e que existem problemas de
assimetrias de informação (o que também se verifica na regulação por taxa de retorno)
decorrentes do fato de o cálculo da produtividade ser mais difícil. O sub-investimento ocorre
quando, com o objetivo de aumentar a sua taxa de lucro, a empresa reduz a base de capital,
fazendo com que haja efeitos negativos sobre a oferta e a qualidade dos serviços e sobre o
incentivo à inovação.
A principal diferença entre o método por taxa de retorno e o do preço-teto se verifica
nas revisões regulatórias. No primeiro método, essas revisões tendem a ser exógenas,
enquanto no segunda essas revisões tendem a ser endógenas (já que dependem da avaliação
do desempenho operacional da empresa).
7.10. REGULAÇÃO POR INCENTIVOS
Este método de regulação de preços pode ser considerado intermediário entre os dois
anteriores. Trata-se de um compartilhamento entre lucros e custos. Um aumento ou
diminuição dos custos da empresa são repassados apenas parcialmente para as tarifas, fazendo
com que a empresa fique com parte dos aumentos dos custos e internalize apenas uma parte
dos ganhos quando há redução de custos. Esse tipo de regulação incentiva parcialmente a
empresa a reduzir os custos e a aumentar a eficiência.
No setor de saneamento, a tarefa de regular exige uma equipe técnica qualificada (para
observar certas peculiaridades do setor) e comprometida com a atração de investimentos
privados. O monitoramento das condições da infraestrutura (rede de distribuição de água e
coleta de esgoto) é dificultado pelo fato de a distribuição ser feita sob o solo, mas, devido à
essencialidade do serviço, monitorá-lo é fundamental. Considerando todas as falhas de
mercado a que está exposto esse setor, o órgão regulador deve ter competência para avaliar as
tarifas dos serviços, assim como para mensurar o custo social de possíveis externalidades
negativas para o meio ambiente e para a saúde pública. A presença de um marco regulatório
consistente é fundamental para definir as diretrizes para alcançar os objetivos econômicos e
sociais do setor e estimular os investimentos privados por meio de garantias e regras claras
que possam dar suporte ao investidor e diminuir a sua incerteza institucional.
O setor carece de investimentos, mas verifica-se nos últimos anos que apenas recursos
financeiros não são suficientes e faz-se necessário que haja um novo modelo de gestão,
voltado para aperfeiçoar o atendimento aos usuários, buscar o aumento da produtividade e
melhores práticas de governança.
Para os próximos anos, vislumbra-se que o saneamento deverá consolidar as
transformações empresariais já iniciadas. Neste contexto, a participação do BNDES será de
fundamental importância, pois com a sua experiência na utilização de mecanismos de análise,
de produtos financeiros e de mercado de capitais poderá ser o indutor dessa consolidação, da
mesma forma que foi para vários outros setores da economia brasileira (MICELI, 2008).
Como oportunidades de investimentos e futuros apoios do BNDES podem ser citadas
as seguintes ações: modernização das redes de distribuição de água, visando à redução de
perdas; aumento de oferta de água; projetos que visam ao aumento de tratamento de esgoto;
projetos que visam ao reuso da água; revitalização de bacias hidrográficas; e projetos de
disposição final de resíduos sólidos.
De acordo com Miceli (2008), o setor de saneamento apresenta alguns pontos que precisam
ser superados para que as instituições financeiras possam ampliar suas exposições.
Entre os principais pontos, podem ser citados:
Estrutura de Capital – com raras exceções, as principais companhias de saneamento
possuem uma estrutura de capital que inviabiliza a tomada de recursos no montante necessário
às reais necessidades de investimentos.
Capacidade de Endividamento – o setor possui um elevado grau de endividamento e
baixa margem de oferecer garantias para novos contratos.
Contingenciamento ao Setor Público – os atuais critérios utilizados para o
contingenciamento tratam da mesma forma o projeto auto-sustentável e aquele que necessita
de aporte de recursos orçamentários.
Capacidade de Gestão dos Mutuários – de modo geral, o setor apresenta uma gestão
deficiente.
Alta Ingerência Política nas Decisões – o grau de ingerência política é bastante
elevado, no tocante tanto à gestão quanto aos investimentos.
Falta de Agências Reguladoras – a falta de agências reguladoras faz com que não só
as decisões sejam tomadas das formas mais variadas, mas também que os serviços não sejam
prestados adequadamente e que os investimentos sejam postergados.
Além desses pontos, é importante lembrar que o nível de exposição do setor financeiro
perante o setor público é limitado a 45% do patrimônio de referência de cada instituição.
Considerada a estrutura atual e a necessidade de investimentos projetada pelo Ministério das
Cidades, que gira em torno de R$ 10 bilhões/ano, possivelmente o BNDES e a Caixa não
terão espaço, dentro dos respectivos patrimônios de referência (PRs), para financiar o volume
demandado.
O setor de saneamento por um lado apresenta uma forte necessidade de investimentos,
um alto potencial de crescimento e baixos níveis de eficiência e produtividade. Por outro,
encontra-se com seu desenvolvimento contido pela falta de regulação, insuficiente capacidade
de investimento e de endividamento dos prestadores públicos de serviços. Esse diagnóstico
certamente será confirmado, pela maioria dos especialistas em saneamento, como a situação
atual do setor. O BNDES e a Caixa Econômica Federal são atualmente os principais
instituições do sistema financeiro responsáveis pelo financiamento dos serviços de
saneamento básico no Brasil.
O BNDES tem um programa específico com o objetivo de apoiar projetos abrangidos
pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal no âmbito das
linhas de Infraestrutura de operações com estados e municípios, e de leilões do tipo menor
tarifa. As formas de apoio são: direta; indireta não-automática; e mista. As solicitações de
apoio são encaminhadas ao BNDES pela empresa interessada ou por intermédio da instituição
financeira credenciada, através de Consulta Prévia, preenchida segundo as orientações do
roteiro de informações, e enviada ao BNDES.
O BNDES apoia projetos de investimentos, públicos ou privados, que contribuam para
a universalização do acesso aos serviços de saneamento básico e à recuperação de áreas
ambientalmente degradadas, a partir da gestão integrada dos recursos hídricos e da adoção das
bacias hidrográficas como unidade básica de planejamento. Os empreendimentos apoiáveis da
linha Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos financia investimentos relacionados ao
abastecimento de água; esgotamento sanitário; efluentes e resíduos industriais; resíduos
sólidos; gestão de recursos hídricos (tecnologias e processos, bacias hidrográficas);
recuperação de áreas ambientalmente degradadas; desenvolvimento institucional; despoluição
de bacias, em regiões onde já estejam constituídos Comitês; e macrodrenagem. Aos potenciais
clientes são as sociedades com sede e administração no país, de controle nacional ou
estrangeiro, empresários individuais, associações, fundações e pessoas jurídicas de direito
público. As solicitações de apoio são encaminhadas ao BNDES pela empresa interessada ou
por intermédio da instituição financeira credenciada, por meio de Consulta Prévia, preenchida
segundo as orientações do roteiro de Informações e enviada ao BNDES. O produto BNDES
Finem financia empreendimentos de valor a partir de 10 milhões e divide-se em linhas de
financiamento com objetivos e condições financeiras específicas, para atender as demandas
dos clientes devido ao porte e à atividade econômica.
8. GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
O Sistema de Gestão de Resíduos sólidos será abordado no plano especifico.
9. CONCLUSÃO
A revisão do plano procurou dar continuidade nos objetivos, metas, programas,
projetos e ações, além de ações emergenciais e contingenciais bem como diretrizes para a
formação do sistema de informações municipais sobre saneamento e o controle social, ações
propostas no plano anterior.
Buscou desenvolver o trabalho a partir de uma visão integrada do saneamento básico,
para a qual é requerida uma análise das interfaces entre os seus diferentes componentes:
abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e manejo das águas pluviais.
10. REFERÊNCIA:
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