Klaxon : mensário de arte moderna, n. 05, set. 1922

download Klaxon : mensário de arte moderna, n. 05, set. 1922

of 23

Transcript of Klaxon : mensário de arte moderna, n. 05, set. 1922

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    1/23

    m e nded e r n

    nor t ein o

    n o

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    2/23

    S E T E M B R O 1 5 1 9 2 2

    k I si x o ilMEN SA BIO ^ D E A STE MO D ERN AREDACQO E ADM IN1STRA0;S. PAULO Bua Diret ta , 33 Sala 5ASSIGNATURAS - Anno 12$000 Numero avulso -^ IfOOOREPRESENTAQO:EIO DE JANEIRO Sergio Buarque de Hol landa(Bua S. Salvador, 72-A.)

    FRANCA L. Charles Baudouin (Paris) .SUISSA Albert Ciana (Genebra Bampe de la TreiBfe, 3).BELGICA Boger Avermaete {Antuerpia .-Avenue d'Amrique, n. 16p)'" *A Redacgo no se responsabiliza pelas ideias de seus collaboradores. Todosos artigos devem ser assignados por extenso ou pelas iniciaes. E' perstti-do o pseudonimo, urna vez que fique regstrada a identidade do autor, uredasgao. Na e devolvem ma nus cripto s. R IO. A C. Conto de BarroGuillerme de TorreSerge MillietGuilherme de Almeida

    Gaetano Cristaldi. Manoel BandeiraRubens de Morae*.

    SUMMAO M N IB U S ., ... .....A L V O L A N T E / . . .V ISIO NS ( I ) . . .A S C O R T E Z S , : v .E G L O G A S E N T I M E N T A L EP O M E . .A O S H O M E N S D E

    E X P E R I E N C I A . . .CHRONICAS :T H E A T R O D O S B O N E C O S .L I V R O S & R E V I S T A Sa N E M AL U Z E S E R E F R A C Q E SE X T R A - T E X T O . ; ,

    R. AvermaeteM . A ,M . A .Annita Malfatti

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    3/23

    m em\ WAftvI

    OmnibusESPIBITISMOeomecando a medir, o homem creou odom inio scientifico. Po i notav elacntecimento, quando a aguadeixou de ser considerada um corpo simples, passando para o rol dos com-postos. Entretanto, esse acntecimentoso principiou a ser interess ante, no momento em que. se verificou que, p ar aa formacao da agua, o hydrogenio e o oxy-genio so se combinavam na proporcao de2:1. E' que introduzir o numero nos phe-nomenos universaes implica submettel-os aleis determinadas, Tem-se, desse modo, urnavisao economica e lisongeira do Kosmos...Todo s os phenomenos sero passiveisde medida? Um delles, at agora rebeldeao jugo mathematico, a emocao esthetica.Si fosse possivel determinar a sua qualida-de e intensidade, estaria creada, scientificamente, a Esthetica. Ha de parecer queincorro em pleonasmo, quando fal em determinar a qualidade da emoco esthetica; Pois si eu puz o adjectivo estheticaao lado do substantivo emogo, corno po-deria determinar o que de si mesmo j estdeterminado?! Mas, si eu dissesse, agora,que ella um pheuomeno complexo; que

    a resultante de innumros factores, todoshao de convir, por forga, que a simples mu-danca na ordem desses factores ,ou a pre-ponderancia de uns sobre os demais, e obastante para imprimir urna nuance dif-ferente a emoc&o esthetica, corno o simplesmovimento num kaleidoscopio modifica omosaico colorido.. .Assim, da mesma maneira que, na chimica organica, existem centenas de Icor-pos isomeros, correspondendo mesma formula molecular, tambem existem centenas de emoces esthticas (isomeras),correspondendo aos mesmos factores psy-chologicos... Representando por X a emoco esthetica, estabelecerei a seguinte equa-c&o: X=p+q-f-r-f-s. . . E' evidente que o valor de X se modificar, na proporg&o que

    variarem os valores de p , q, r ou s, E ' oque, em algebra, se chama um problema in-determinado.Estou dizendo todas essas cousas, maisou menos cabalisticas, para mostrar que aEs thetic a urna nebulosa, um simplesschema, urna sciencia branca. Consequen-cia: Quando alguem ataca musico, pin-tores, poetas, em nome da Esthetica,k 1 a x o n

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    4/23

    2est invocand o um espec t ro , um fantas m a . . E ne sse c a so, a n te s que o s qua d roscomecem a dancar sobre a parede e a mezaa descrever parabolas no a r , semprebom que alguem aperte o botfto da luz ele-c t r i c a . . . * P U Z Z L E

    A sc ienc ia procura dar urna v isao cadavez mais impessoa l do universo . Nesse sen-t i d o , Einste in , com o seu ce lebre In te r vallo, deu mais um passo frente . Ao inverso do que acontece com a sciencia , aa r te inc l ina-se para o subjec t iv ismo. A a r temoderna , na sua genera l idade , p rofunda-mente subjec t iva . Para o poe ta de hoje naoha them as preestabe lec idos, nem app are-Ihos compl icados em que deva f i l t ra r assuas emocoes. Seu eu deixou de ser mer-cador ia vendida a re ta lho , em ca ix inhas dedif fe ren tes tamanhos e fe i t ios , ao gosto dosr. Todo o Mundo. Agora, o poeta seofferece todo , com elle , num deter mi n fido ponto do tempo e do espaco . Dahi , svezes , ce r tas in fan t i l idades , ce r tas assoc ia -ces chocantes . Is to quasi sempre desconso la os am adore s de puzz le psychologico ,que p re fe re m pe r sona l ida de s r e t a l ha d a s .a f im de possib i l i ta rem a volupia ineffave lde poderem junta r os f ragmentos d isper-sos, form ando, desse modo, urna f igura

    qua lque r , a ma r fa nha da , e s tup ida , mor ta . . . *M I L E U M A N O I T E SO extremo subjec t iv ismo leva ao her-met ism o, urna po r ta fechada . E quemno souber d izer : Sesamo, abre- te ! , quepasse deante de l la , sem olhar . Est a t t i tu -de, que a minha , mi l i to mais prudente eavisada do que a daque l les que , sabendo aformula , conseguem entra r , mas, u rna vez

    l dentro, f icam sem poder sahir , pois que,deslumbrados com o que vem, esquecemmagicamente a pa lavra magica . Estes , emge ra l , e n lo uqu e c e m . . . ,A J A N E L L A A B E R T A

    O que pde salvar o extremo subjectiv ismo do hermet ismo a i ron ia . A i ronia ,sendo o resu l tado de urna comparacao en t reo ind iv idua i (que sempre supposto se rsuper io r , embra nem sempre venca) e ocollectivo, o no eu, presuppe urna at tenevo e las t ica , repar t ida en t re o mundo sub-jectivo e o objectivo. O individuo, assim,nunca es t encerrado dentro de s i mesmoe, de vez em quando, abre a janella parav e r a v i d a p a s s a r t u m u l t u a r i a m e n t e . . .Alm disso , a i ron ia um desdobramentodo instincto de conservacelo. E quando asnossas tendenc ias mais in t imas e incons-c ien tes per ic l i tam, quando se f ragmentamou vo fragmentar-se de encontro as as-perezas do meio em que vivem, ento ellasurge, consolando-nos, auxil iando-nos a viver . . . As sensib i l idades mais de l icadassao e devem ser, consequentemente, as maisi ronicas , porque es to mais expostas , por-que se l a sc a m ma i s f a c i lme n te . . *O CORVO

    Certos theor is tas do modern ismo, depois de enxota rem, dos dominios a r t i s t ico* ,o dogmatismo, esse corvo perclied uponthe bust of Pallas, tomaram-se de ta l te-mor que elle voltasse, que collocaram emfrente da A.rte um espantalho. Mas eis, quede novo, ma nch ando o corpo branc o dePal las , u rna sombra r id icu la se ex tende : as o m b r a d o e s p a n t a l h o . . .A . 0. COUTO DE BA RROS.k 1 a x o n

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    5/23

    3A L V O L A N T Ea POEMA ULTRAISTAI volantetodas l a s ca r re t e ra s se encabr i t anEn el juego de la s ve loc idades

    los peda le sbarajan un kaleido&cooicde pe rspec t ivas t o rna t i l e sEI coche es un a rco combadoque d i spa rat ravec tor i a s i nsac i ab le sAddante Hac ia e l ve r t i ceT r e pa na m os a l de a s a nc l a da sv c a m pi na s que galopanEn e l c ross -count rv cosmicola s montanas r iva l e senanean sus lomos a l sa l ta rConfido de las manosp a r a t a m e n t eavanzamos con los cables y los r iosa ue pe r m u t a n s us c a uc e sSa l tos en t re l a s r edes de i t i ne ra r iosT r e p i da c i one sEI motor padece t aqu ia rn tmiaLas ventani lJas deshoian un albun de paisajesEI parabr i sas mul t ip l ica nues t ros o josaue cosen los panoramas evas ivosY el viento l iquefacciona los so nid osEn la enbriaguez dinamicae l au to s i embrauna es te lade c lu l a s a l adas .

    GUILLERMO DE TORRE (Madrid, 1922)k 1 a x o n

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    6/23

    Ili

    4V I S I O U SlMa jeunesse ne fu t qu 'un tnbreux oragc( B a u d e l a i r e )

    a jeunesse ne fut qu'un long voyageLes paqueb ots et les express m 'ont transportde paysage en paysageet d'hivers en ts travers totit l'universEt &est ainsique j'ai contm tous les payscelui de Baudelaiecelui de Cervantescelui trs grand de Shakespeareet celui plus grand encore de mon me...Simplicit complexe

    C'est le blanc de la baite coleurxDouleurnon pas larmoyanteenfant de siedemais purebianchemalgr l'invmensit de mon sarcasmiun jeit facile de jongleurcar devant ma maison il y un beau cirqueo sia) clowns miment la vieo des cavalires en maillots roses et dcores d'un sourire aimab ledansent sur des chevaux pamaissicns une danse macabreMoi je ferme les yeux et je sourismais les clowns qui miment la viedisent entre deu x mots d'esprit que ines doigts son-t crisps sur la chaise

    O mon me... pays de luxe et de mensonge...J'ai chant la misere et je suis riclie; je puis vendre de grands trsors vii prix sans pour cela me ruiner. Une mine, mon me, une min** inpui-sable, tout un monde, avec des pays plus grands que le pays o je sois n,et des villes plus que celles des lgendes somp tueuses.Palais de marbr et d'or, ruer. asphaltes d'argent ou de platine avecpour rverbres de multicolore^ diamants, jardins susvendus Dar des ballon*captifs o vivent de plantes interplantaires.. .k 1 a x o n

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    7/23

    50 feriques BabylonesEmpires dcandentsExtases et opiumsEt quelle richesse en philosophies audacieuses, explications indites de l'univers, pomes absolus dans la relativitdu temp s... Et qu els tombea ux insondab les de douleurs toute saignantesrougesbleuesblanchesVive la France!Marseillaises enivrantes,e nthou8astes, symphonies diaphanes, opras, dadaistes dans des dcorssubconscients... en jouir dans ma solitude!A h! vous pouvez parcourir tous les pays du mondephotographier tous les paysageLe pays de mon me moi seul le cannaiset moi seul vous peux livrerquelques bribes difformesquand il me plait... Serge MILLIET

    A s C o r t e z a s(Das "Cances Gregas")e l las passam no poente, sunto ao caes. Seus vultosvolantes, nos strphions curtos,azues, doirados e l i lazes,so leves e subtis: parecem grandes avesAs cortezas passam no occaso cor de malva.As suas joias cantam um canto fino de ouro,e os seus cabellos lavados fazem um rolode trigo maduro, sobre a nuca alva.Na tarde do caes, contra o sol obliquo,ellas erguem a ventarolasobre os olhos verdes: e olham o mar longinquo.E, aos ps de cada urna, o sol desenrolaurna longa sombra rxa sobre as pedras pretas,corno si atirasse punhados de violetas. . .

    GU1LHERME DE ALME1DAk 1 a x o n

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    8/23

    0E G L O G A S E N T I M E N T A L Eo ni giornonell'ora in cuid'arancio e d'oro e berillole nugole bistre bigie grigieed il ciel di piombolacera a stromboil Sole per la via sgombrache si dava all'ombracome l'amore al sonnoflessibile solida ferina felinatutta di nero comela notte che gi scendeaella ascendea

    Onde veniva? Dove andava?P a s s a v aNel globulo latteo nell'iride glaucalo stanco fluttuardella malinconiae nel passol'accento d'un sonettoe nel bistro delle ciglie nel bellettonel vermiglio carminiodell'unghie dei labbri dei lobil'offerta cromaticadi amoredi pass ioned i pazz i a i s t e r i ca -col giornoper la via sgombracome l'amore al sonnosi dava all'ombraOnde veniva? Dove andava?PassavaMa pi' non ripassk l a x o n

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    9/23

    7Pi' mai nell 'ombra che scendeaio la rividi Dopo qualche tempo dopo questo ho sentitoE' mortaPensai intristitola fine che il fulgido passatoe quello immondotinge ugualmentedi oonta d'elegia di palloreDiss icerto bella nel bolloredelia verginit ardentecome Tamor al sonnodolorosamenteti desti alla fineDopo qualche tempo dopo questo no sentitoe morta nell'attimo ca otic ouci piacere completosotto un petto ui mascnioTorse ocuo certo ionerapita oal primo turbine01 voiutacon a verginitvoio la VitaOnde veniva? Dove andava eL*a ignote scaturigini o amoretor se p una Viaeoe ic trafisse 11 corevenivarer una meta beilaper la pi oeua aneDeliamenteandavaPassava

    GAETANO CRISTALDI.k l a x o n

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    10/23

    p8

    P O M I :etit chat blanc et gris fReste encore dans la chambre.La nuit est si noire dehors!Et le s i lence pse.Ce soir je crains la nuit.Petit chat, frre du silence,Reste encore. . .Reste auprs de moi,Petit chat blanc et gris,Petit chat. . .La nuit pse. . .II n'y pas de papillons de nuit...Ou sont donc les btes?Les mouches dorment sur le fil de l'lctricit.Je suis trop seul vivant dans cette chambre!Petit chat, frre du silence.Res te mes cts : Car il faut que je sente la vie auprs de moi,Et c'est toi qui fais que la chambre n'est pas vide!Petit chat blanc et gris,Reste dans la chambre.Eveill, minutieux et lucide.Petit chat blanc et gris.Petit chat. . . MANUEL BANDEIRA.k l a x o n

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    11/23

    "U;U7 ZS

    )' ' V / ! ' S-~- ^ ' - ' ^ J o j ^

    ^ t . 3 ^ = = t < ^ > 3

    ( 7 A ^-.S ~ F I V / ' i / i v i n t i 4 \ t em22S r

    ! \n rfi te"* ' ' !1 ' ",J'z- ' j 1 ! I l i ^ 1 / "

    http://tem22sr/http://tem22sr/http://tem22sr/http://tem22sr/http://tem22sr/
  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    12/23

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    13/23

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    14/23

    10tes de comecar a vida seria. Nossa epocha o domingo dos seculos. To da gente sediver te aos domingos, menos eu que meaborreco.Mas qual sera o resultado de tudo isso?Ah! isso urna pergunta muito sria, quasi philosophia. J ouviu com certezafallar nos incroyables" da Revolucofranceza? Pois so os almofadinhas dehoje. Oonhece com certeza o Prefacio e abatalha de Hernani" ? Pois so as bata-lha3 dos modernos. O que provam essesfactos ? Que os fox-trots, os futurista^as ideias modernas so perfeitamente nor-maes.No peco aos seus cabellos braneos quecomprehendam a Arte moderna mas que aacceitem corno um facto.

    A Ar te moderna urna man ifestacinaturai e necessaria. Os artistas modernoso homens convencidos de que precizipro curar novas formas, porque as quexistem no traduzem mais a vida contemporanea. Bandeirantes do pensamento elles estam procura das esmeraldas.Os philosophos barbudos dizem que a humanidade d dois passos para frente e depois um par a t raz . Eu que no sou nemphilosopho nem barbudo, digo que precizo da r dois saltos pa ra frente par a ganhar um salto que vale dois passos.

    Os art ist as de hoje, athle tas elastiscos, estam dando o sublime salto para a frente.RUBENS DE MORAES

    i l i roiii e a*THEATRO DOSBONECOS(Resumo de um ar t igo de Roger Avermaete)

    XNOU'BM est disposto a tornarmi;!-nto a sr io um the atro de bonecos .Entretanto, el le urna cousa ser is s ima . . O tem po que Roger Avermaete e s eus companhei ros gas ta -r am na sua montagem, demons t r acorno elle cap az de ab sorv er aact ividade de muitos espir i tos graves e ref lexi-v o s . . . * * *O pr lmeiro problema que os preoccupou foio da confeccSo de urna "mar ionet te" . Em geral ,os bonecos de engonco s&o informes, sem linba,sem es tylo, com os mo vim ento s dos mem brosquas i que inexpress ivos . Af im de remover esse

    inconveniente, cons truiram, depois de pacientespesquzas , um boneco de duas dimenses , chato.Em vez de ves t i l -o , pintaram-no. E corno o per-sonagem chato e s t , fatal ida de phys ica tema van tage m de dar- lhe maior expressao. Urnavez que o artista tem de recorta,r o boneco numaat t i tude que sera immutavel , urna vez que temde des enb ar brago s, cujos mo vim ento s ser&oforgosamente l imitados , procurar, antes de tudo , dar , da mane ira m ais synth et ica possivel, ocaracter de seu personagem. Os resul tados ob-t idos , nesse sent ido por Henr i Van Straten for a m a d m i r a v i s .Construido o boneco, res tava unicamente en-coh trar um processo prat ico de anim al-o. FoientSo que Franz Buyle alvi t rou que se no di-r igissem os bonecos de cima para baixo, comsemp re se fez. E aprese ntou um sys tem a desua invenco, logo enthus ias t icamente aeolhido,cons i s t en te no segu in te :O boneco mo ntado em angulo recto sobreum tubo duplo, es t rei t inho, des l izando sobre oslo, ' accionado por detraz do panno de fundok 1 a x o n

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    15/23

    1 1pelos manobr is tas . Esse caminho duplo terminapor um cabo, onde vm ter , f ixos por anneis ,os tenues t 'ios de ago , qu a tra vez dos tu bos, di-r igem os movimentos dos bonecos . Desse modo,o jogo de scena pode at t ingir urna precisao no-tavel . Quando um dos bonecos tem que passaradiante do outro, o caminho duplo do pr imeirodesliza, sob re o do segun do, sem qu e o es pec ta-dor perceba.Alm da pos igo bas tante elevada do palco, ostubos so por s i mesmos quas i invis iveis .Na pr imei ra r epresen tago dada em Anver s ,no Club Artes , na presenga de 60 ar t is tas , nin-guem soube expl icar o mechanismo empregado.E' preciso dizer que o panno do l 'undo e transparente e , desse modo, os manobr is tas , sem se-rem vistos, pois f icaon no escuro, estuo ao par,sem difit icuiciade dos menores movimentos exe-cutados pelos bonecos , sabre a scena i i luminada.Os dcors pintados deram resul tades negat i -vos. Roger Avermaete e F ranz Buyle , chegaram solugo de um dcor unico, t ransformavel . Eass im com um scenar io, composto de seis par tesdistinctas, conseguiram. fazer com'binages demise-en- scne quas i innumerave i s . Es sas par tesso l .o um fundo; 2 .o e 3 .o dous pannos ver t i -caes duplos , formando angulo recto com os bas-t idores ; 4 .o um scenar io quadrado tendo a di-mens da aber tura do palco e fechado em tresquar tas par tes ; 5 .0 um fr lzo e f inalmente unipanno horizontal todos elles de seda. O frizo de tres cres (verd e, fulvo, pre to) ; o fundo ,verde, e os demais , cinzentos . A elctr icidade en-carrega-se do res to.LIVROS &REVISTAS

    Alfonso Arino, pw Tr is taode Athayde . Annuar io doBras i l Rio 1922 .

    d i sseram de Lat ino Coelho que eraum es t i lo a procura dum assumptn. . .Pare c-m e es t urna carac ter is t icaf l agran te da l l t r a tu ra con temporanea bras i le ra . Com menos es t i lo po-rem. Nes tes u ' i t imos tempos tem s i -do grande a copia de l ivros em que,necess i tados de expr imir seus pensamentos oudar largas fogos idade alexandr ina, pensado-res e poetas bxas i lei ros retomam assumptos %ve-lhos, ve lhos t emas em que exergam pensamento , es t i lo e metr ica. Sentem a necess i tade depensar , de poetar ; mas pensar sobre que? poetar sobre qu? Parece entao fal lar - Ihes aquele

    movimento lir ico iniciai que condaz s eriagesowgmais. ( .J^ais ou nienw originai*, pois que tul io se repect i , em evoluto; . cas ini iemus ato-ia i iu rfnos wo r " J iaus tu e An asv eru s ' , L)oinouao", -x'Vuoio e .uoiii uoao" e o sur. Alartinsu 'oiices uuiuu escreve urna ane qu iua da pamprovar g.ue esimia com aplicagao o dicionariu.u i iue oo peusauoiei os mUhores l ivros axiare-ciuos ubSLts umnios teinpos taniueni no pos-sutui esse assuiupto originai, ( .urna ou our.rui-aia ei.cepfiaoj ^ao pennata suore uma alea,soore uma aps tracgao mais ou menos pessoai ,pensam sooie uma oDra, um autor que ines fa-cui te o nascimento ae iaeas . in taivez es t faseuo pensamento nacionai se desenne um dia corno eminentemente cr i t ica, mas nao cr iauora.

    A essa sene de oDras crincas inci*rpora-seago ra o "iJ .i tonso A rinos" uo sur. ufist o deAtn ayu e. n; esce autor aiem de se comp arar acat ino por ser um es tuo a procura dum assunto , t a iga- se de pas sagem: comparacao a quanao emp res to o minimo sent iao pejorat ivO) ,am da se equ ipara ao clssico pelo esulo , ,1'emde Jbatuio aquele verbalismo sonoro e comedi-do, aqueie bruno, a mesma ca-dencia, a messmaequi l ibrada e metodica f rase. Ape sar do , ne-nnu m aspecto ae actuaaidade que tal di recgoapresen ta , encan ta s ensua lmente o ouv ido : so nora, musical e serena.Nesse esulo o snr . Tr is to de Athayde es tu-da com perfeigo a figura de Affonso Ari.nos.Livro di tat to pela saudaae e peio amor era de. tem er .que 0 .autor se dsma neriasse em eiogiosexagerad os e hinar ios de quas i rei igiao. Maao astii s ta e daqueUes poucos que aDem amarsem que iste lhes cerceie a faculdatle critica.E escreveu ass im um l ivro de f ina observago,de justp elog io, onde o* erud ito se ent rem ostraapenas , sem vaidade, mas seguro de s i . Umpouco especiosa talvez aquela aubdiViso da li-t e r a tu ra uac iona l i s t a em : das c idades , daspraia s , dos camp os , das selvai*, da ro g a . . . ma sisso no prejudica assolutamente a verdade dacr i t ica. E um l ivro exacto e bpm, com um pre-Itcio de admiraveis consideraveis sobre a criticade hoje. AL de A

    Le Miracle de vivre Charles Baudouin Edipo "Lumire" . Belg ica - i922 .O snr . Car los Baudouin envia-nos de Antu-erpda seus > u i t i m o s p o e m a e : uh& Mirac le deVivre " . B ' mais u rna obra adm irve l do poe ta .Espir i to contem plat ivo e sobrem aneira del ica-dp , o sur . Baudouin n5o se.vol tou ainda resolu-tamente para para a r ea l idade con temporaneak 1 a x o n

    http://our.ru/http://our.ru/
  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    16/23

    13da vida. Os seus tem as , embo ra t r is tonho squas i sempre, speros as vezes , respirami sempre a suavidade um pouco scept ica, duma alma que ve da vida apenas aspectos gerais , f i -losof icos , e ainda ve esses mesmos aspectos pelareproducSo deles nela e no directamente nareal idad e tang ivel . Os poem as do s r . Baudou insaem -lhe, com esses quad ros da Renascen gai t a l i an a ; p in tu ra s de a te l i e r , m as o rdenag5esmuito perfei tas , onde impera uma rara eompre-enso arqu i tectnic a. O sur . Baudo uin tem osenso da ordem; seus poemas so cons trucesperfei tas , em que se desenrola corno que umavida marginai , no vibrante, r idcula e descor tezcorno a real , mas grave, serena, e levemente pie-dosa.

    E , t r a tando embora e te rnos t emas , de ver se corno o poeta se renova, pela imagem imprevis ta e suges t iva, sempre comedida e sem exa-g e r o s :"des vagues d 'humani t , messages des an t ipo-d e s ; crasent nos r ives leurs def lagrante d-c h a r g e s . . . " ;"sur mon f ront , encore endolor i de mon sommeilbrass de brui t gl issaient les clai rs doigts degiace de l 'aube. . ."E fica-se, ao sair do livro, com os olhos maislargos , a ver invis iveis doguras . Desejar iam osporm qu e o snr .. Baudo uin seguisse ma is o con-selho que d, ao terminar o l ivro:"O toi qui vas, les yeux et la tte baisssde gr&ce, lve la tte, ouvre les yeux au x choses !

    Ouvre ta chair , ouvre ton me, auvre- toi tout tle Monde es t l!"Readquir i r ia entao essa forga, essa real idadecomica, dolorosamente comica que apenas passa nos seus versos com a lua que"descend les escaliers du elei, grosse de clameur,[mais suenc leuse" .Alm de poeta suaviss imo, o snr . Baudouin um ar t is ta . Totalmente l ivre de preconcei tos ,ut i l iza-ee da r ima apenas quando e*ta lhe surgenaturai boca da pena. Usa pr incipalmente as-sonucias admiraveis . Eis dos exemplos , ao aca-so :"Une nuit de la f in l 't, une nuit t ide encore[ s e p t e m b r e ,avec sa vie infiniment en fiamme de veilleuse[qui t remble.Les faibles toiles opalines, ces menus coeurs[muets qu i ba t t en t ,la patience blonde des lampes de la grande ville[ i a -bas . . . "" Et je sais que m algr le gout am er et acrequ ' incrus te dans ma bouche le pain noir de la[pe ine ,quand-mme, mon Dieu , quand-mme

    la vie miraculeuse autour de moi def lagro."A r i tmica do au tor do "Mirac le de Vivre" cur iosa, duma cadencia embaladora, multo prpr ia para a indole f ina e levemente romant ica(no bom sentido) do poetia. E corno por outrolado, o apuro do dizer , indi to , mas cont ido, d-lhe caracte r fs t icas class icas , o snr . Baudouinul t ra pa ssa o am bito das escolas , par a colocar-se no paiz mais largo e sem l imites da Poes ia.No sera poss ivel encontrar no l ivro o mais leveimpres s ion i smo. E ' ca rac te r i s t i camente um cons -t ructor , e por isso um dos mais legi t imos poetas de nossa era. E ainda, para l ivra- lo do impress ionismo, tem a propenso para o dialogo,para a monologacelo, para a resposta sem per-gunta que o to rnam eminen temente d ramat icoe tea t r a i . J disso era prova sobeja o seu drama"Ecce Homo", que, s i no fora a es t ranha s i -mi l i tude de Madalena com a Kundr i de Wagner ,ser ia uma obra integrai .

    A edigo do "Miracle de Vivre" , corno todasas edigoes de "Lumire" , magnif ica. Confes-saremos no entanto que as xi lograf ios do snr .Jo r i s Minne soam, s ingu larmente chocan tes , corno um trombone que entrasse em for t iss imo,no quar tet to de cordas dos versos . O snr . Jor isMinne, corno comentador que era do poeta, nodevia ass im sobrepor os tens ivamente a sua per-sonal idade inquieta e tumultuosa personal ida-de r egrada e ca lma do poe ta . O desenhi s ta inegavelmente um ar t i s t a ; mas corno t empera-m e n t e v i b r a n t e e m s c u l o , d e m a s i a d a m e n t e m o derno e s imul tneo , no soube dobrar - se ao pa-pe l de comentador ; e t em-se a impresa lo , s inos permit i rem uma comparago ps icologica, queas ilustragS es so a sensag o e os versos aimagem conservada , s in te t i ca mas enf raquec l -da. Ass im o l ivro, cons iderad o corno obra dear te , saiu des ignai . Cremos porm que com issoos versos do snr . Baudouin nada perderam. Aocontrar io: mais se evidenciou ass im o seu mi-lagre de viver uma exis tencia par te , que deB-l isa entre piedade e paz.

    MARIO DE ANDRADE" P a s c a l e a i n q u i e t a r l o m o derna" Jackson de F igue i -redo Bdi$ao do Centro D.V h a l 1 9 2 a .

    Livro de s&Iida e despretenciosa erudigo. Apar te que se refere propr iamente a Pascal emagni f i ca , embora por uma ev iden te sympa-th la para com o escr ip to r da "Prov inc ias " , oA. lhe perdoe com multa rapidez os er ros .Afl notas sobre a inquietacelo moderna care-com de vigor e mesmo um tanto de real idade.k 1 a x o n

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    17/23

    130 A. no no-la apresenta bem viva, e nem lhedetermina com energia as causas. Dem ais Jackson de F lgueiredo perde tem po e estudarcertos pensadores modernos que, apesar de 11-gados ao pensam ento de Pas cal, no tiverammalto grande influencia sobre a inquietagomoderna. Assim a influencia de Secretan sobre o pensar irrequieto e vaidoso dos nosso sdias no nos parece tao evidente quanto ao A.se s f i gu ra . . . mas o assumpto era vast iss imo;e Jackson de Flgueiredo se cingiti especialmente s Irradiagoes do genio de P a s c a l. . . O por-tngus do livro ruinzinho. O A. lida mal alingua. No lhe d relevo nem numero. E pena. Jackson de Flgueiredo sendo.no ha negar, um dos mais perspicazes e rectos cultoresda filosofia, propriamente dita, no Brasil moderno,, est destinado a escrever, com o evo lvere o aperfeigoar-se, dos milhores livros que nesseramo das sciencias, at hoje se escr.everam emlingua portuguezn.No adinlravel desenvolvimento do seu espiri-. to. Jackson de Flgueiredo, j agora inte ram ente catolico, um dos mais notveis fildsofos doBrasil. Seu novo livro e a manifestaco dumaaltissima nobreza e duma serenidade orgulhosse justn. E demonstrn

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    18/23

    14em detr imento da observacSo da real idade. Carl i to sonhou o que ter ia de son har fata lm ente ,necessar iamente: urna fel icidade angel ical per-turbada por um subconsciente sabio em coisasde soffrer ou de ridiculo. 0 sonho o commentar io mais perfei to que Car l i to poder ia cons truirda sua pessoa cinem atog raph ica. No choca.Commove imm ensam ente , so r r iden teme nte . E ,cons iderado par te , um dos passos mais hu-manos da sua obra, por cer to o mais perfet tocerno psychologia e or iginal idade.

    M. de A.

    LUZES &REFRACgOESEs t ent re ns o escr iptor por tug uez AntonioF e r r o . Ao au tor des sa adorave l "LEV IAN A"offereceram os Klaxis tas um jantar . Houve ale-gr i , amiz ades , discursos e t rocadi lhos , Numdos mom entos um dos convivas escreveu nocardap lo : "S . Pau lo p rec i sa im por ta r f e r ro" . Aoq u e o h o m e n a g e a do i m m e d i a t a m e n t e r e s p o n d e u :"porque Ferro se impor ta com S. Paulo" . O euescureeeu. A Terra t remu. E muitos mortores susc i t a r am.

    Um tal senhor Gas ton O. Talamon espir ra por"La REVUE MUSICALE" umas ind icag5es sobre "O Es tado ac tua l da Mus ica Arg en t in a"stava no seu diret to . A Argent ina Um paizmui honrado e can tador que t ambem deve t e rna sua evolugo sonora um es tado actual . Eratambem jus to que apparecesse um erudi to Gaston que desse noticia da cousa aos leitores da"Revue Musicale" Mas o erudi to Gas ton, espir ra suas indicages de uma maneira or iginal is s ima. No tendo tempo para desoccupar as ven-tas escan carad as que es tav am para respirar operfume sangrento da carne crua, e talvez por

    t ratar de musica, espir rou pelas prelhaa. E, cpn-fessamos, enormes de pavi lho devem el laB serpois so es te s os espir ros do erud i to Ga s ton:"Buenos Ayres to rnou- se o maior cen t ro des sacul tura, el la que aspira a t rduzir os idasque agi tam o Per ' , o Equador , o Cbi le , o Mexico, o BRASIL, o Uruguay , e tc . . . "

    O snr . Henry PrUnires , di rector da "RyueMusicale, naturalmente no leu o espir ro. Quemcom el le escreveu j sobre o concer to real izadono Rio de Janeiro no secujo 18, por occasio dacoroago do Vice-rei (Feuil lets d'A rt) ; quemcorno el le j br igou na "Revue Musicale" uniar t igo do snr . Milhaud spbre a musica bras i lei -ra , cer tamente ter ia escoimado das pagina^ desua re vis ta um ta l asnid ade .

    M as no a poss ivel erudgo ca usad a pelo 'ar t igo nos l e i to res da "R e m e Mus ica le" qu no iinteressa ago ra. O que nos interessa a psychologia do tao argent ino qu erudi to Gas ton. Pensa um pouco lettor, no te irr ites, e r iros ulnahora ' sem cessar . Pois no que um homem, umGaston ! cons t ipa- se t ao pa t r io t i camente , a ponto de i r . espir rar , no corago da Fran ga, qtieBueno s Ayres t rad uz os anceios musicae s doB r a s i l ! C a r a m b a ! Q u e val iente! E ' impagavel !Que nos impor ta se a pianeira de Marselha pro

    curar nos dieciohar ios musicaes a his tor ia deCar los Gomes, ou no ar t igo do snr . Milhaud ospomes de Nepomuceno e Vil las -Lpbos , Nazarethou Tupinamb, todos , todos composi tores argen-t inos , concorrendo para a grandeza musical deBuenos Ayres! Que nos impor ta? E ' tempo dealegr ia ! E' o centenar io da independencia deBuenos Ayres que celebramos a 7 de Setembro!Demo-nos as mos! Bai lemos ante a es tatua deMo nroe! A Am erica para os buen airense s ! Eenviemos ao erudi to Gas ton um sorr dente, muito amigo, espir ro de amizade!k 1 a x o n

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    19/23

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    20/23

    10tm o mo gos to de formar o que el le chama"a pu jan te in te l lec tua l idade bah iana " E c i t ao senhor bahiano dois sonetos parnas ianos , re-presen(at ivo& da moderna poet ica sua patr icia .Parnas ian i smo, na Bahia , pardoxo . Porque aBahia absolutamente no pr ima pela frma, : ovatap, por exemplo, o prato mais inai apre-sen tado que ha no mundo . O senho r bah ianoacha que esses sonetos sao o que se pde chamar o " succo" No so o succo , meu senhor !So o bagago. Conhece as laranjas de umbigoque r eben tam abundantemente na "doce paz do*olar avoengo" de I tapar ica? Pois em l i tera-tura corno em laranjas : chupa-se o succo eat i ra- se fora o bagago. O parn as iah ismo j foio succo: agora so bagago. Creia isso.

    Mas o senhor bahiano incoherente: elogiamuito a vida moderna da sua grande capi tale remata; A' mela not te , "o noct ivago tem detornar o ul t imo bonde, pu dormir nos bancosdos j a rd ins . . . " Nem ty lbur i s i a sua l inda eadean tad a met ropole, caro s enhor? !'Numa cousa estamos, porm, de accordo como senhor bahiano: que a Bahia parece mesmoser "bea t e r r a" Mas es tamos t ambem de accordo com o res to da m odin ha: "el la l e . ,n s a q u i " !

    Os cavalheiros que fazem l i teratura nos cah-tos de rua e de salo esp anta in-se . AntonioFerro representa Por tugal cul to e Klaxis t r i .Dar io Nicodemi sauda Menot t i Del Picchia ea gerago Klaxon num telegramma de amor sol idar io.E ' a onda que cresce para cas t igo dos queacred i tam ainda no rom anc is ta Can to e Mello *lemtorm com saud ade decla ma tor ia os bonstempo* em que o Sr . Ar is teo Seixas era poetae T ina Di L orenzo eh ora va Ros tand no ex-San t 'A n n a . B o n s t e m p i n h o s . . . p i n h o s . . . t em p o dosp i n h o s . . . p u n h o s c e r r a d o s p a r a a s P a u i i c a s iAntonio Ferro, nas luzes de um hal l , aserenala de Por tugal . E ' bel lo . Ao meio-dia, pos tante, aggress ivo, t repidante corno um Klaxon . Impropr iedade . Caixa de soccor ro . . . Dep r e s s a . . . o S r . A l v a ro G u e r r a !No se espan tem, es tamos na Idade do Jazz-B a n d . J v ou t o rn a r o b o n d e . . . A l !(Segue-se o fal lecimento do let tor passadis ta) .

    Depois de Graga Aranha, Antonio Ferro. Agora Dario Nicodemi. E' a familia1 de Klaxonque cresce e se conf i rma.

    Inaugurou-se o pr imeiro salon paul is ta . Aola do de appet i tosa fei ra de alexandr inos , ca-t i ras coisas ; sargent inhos de Wasth, val lea doSr . Paulo do Val le que valem alguma coisa, ro-gas do ISr. Pa ulo Ro ssi, tc . Sd falta o Carlito, s im, o Benedicto Car l i to , o de Santos .Compensag5es . Duas g randes no tas de a r t e Anni ta Mal fa t t i e Tarc i l a Amara i .Emfim, um eaforgo j o disse em dls-curso o nosso Menotti Del Picchia. E um es-:forgo que vale mais que todos os officiaes sa-lons do Rio de Janeiro. N3o somos opt imis tasReproduzimos apenas a opiniao dos expos i to-res paul is tas . Es tamos com el 'es .

    k l a x o n

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    21/23

    De Mario de flndrade

    P a u l i c e aDesia ira do

    E m t o d a s a shvranas

    D e O s w a l d o de f t n d r a d e

    E m t o d a s a slivranas

    D e Ouilherme de Olmelda

    B R E V E M E N T E

    N a t a l i k a edico KLAXONM e s s i d o r ,

    De V i n . Ragognetti

    B B E U E M O N Etraducgo

    fran ceza de Serg e M ILL I ET

    G a z a r r aC i t t a d i n a

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    22/23

  • 8/7/2019 Klaxon : mensrio de arte moderna, n. 05, set. 1922

    23/23

    BRASILIANA DIGITAL

    ORIENTAES PARA O USO

    Esta uma cpia digital de um documento (ou parte dele) quepertence a um dos acervos que participam do projeto BRASILIANAUSP. Tratase de uma referncia, a mais fiel possvel, a um

    documento original. Neste sentido, procuramos manter aintegridade e a autenticidade da fonte, no realizando alteraes noambiente digital com exceo de ajustes de cor, contraste edefinio.

    1. Voc apenas deve utilizar esta obra para fins no comerciais.Os livros, textos e imagens que publicamos na Brasiliana Digital sotodos de domnio pblico, no entanto, proibido o uso comercialdas nossas imagens.

    2. Atribuio. Quando utilizar este documento em outro contexto,

    voc deve dar crdito ao autor (ou autores), Brasiliana Digital e aoacervo original, da forma como aparece na ficha catalogrfica(metadados) do repositrio digital. Pedimos que voc norepublique este contedo na rede mundial de computadores(internet) sem a nossa expressa autorizao.

    3. Direitos do autor. No Brasil, os direitos do autor so reguladospela Lei n. 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998. Os direitos do autoresto tambm respaldados na Conveno de Berna, de 1971.Sabemos das dificuldades existentes para a verificao se um obrarealmente encontrase em domnio pblico. Neste sentido, se voc

    acreditar que algum documento publicado na Brasiliana Digitalesteja violando direitos autorais de traduo, verso, exibio,reproduo ou quaisquer outros, solicitamos que nos informeimediatamente ([email protected]).