Jose_Clemente_Aconselhamento
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Aconselhamento
Aconselhamento
O objetivo do aconselhamento é capacitar o paciente a dominar situações da vida, e engajar-se em atividade que produza crescimento e tomada de decisões eficazes. Como resultado do processo, o aconselhamento aumenta o controle do indivíduo sobre as adversidades atuais e as oportunidades presentes e futuras.
(Patterson e Eisenberg, 1988)
O aconselhar...
Inicia-se com o acolhimento da pessoa que nos procura:
Acolher é dar acolhida, admitir, aceitar, dar
ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender,
admitir;
Expressa uma ação de aproximação, um “estar
com” e um “estar perto de”, ou seja, uma atitude de
inclusão
(Brasil, 2010)
Acolhimento
É uma garantia de acesso aos usuários, com o
objetivo de escutar os pacientes, resolver os
problemas mais simples e/ou referenciá-los se
necessário.
(Carvalho & Campos, 2000)
Objetivos do Aconselhamento
• Reflexão para possibilitar a percepção dos sentimentos e consequente percepção dos próprios riscos;
• Redução do nível de estresse;
• Melhora na adesão ao tratamento;
• Comunicação e tratamento de parceria.
"O QUE AS PESSOAS MAIS DESEJAM É ALGUÉM QUE AS
ESCUTEM DE MANEIRA CALMA E TRANQUILA. EM SILÊNCIO. SEM DAR CONSELHOS. SEM QUE DIGAM: "SE EU FOSSE VOCÊ". O QUE A GENTE AMA NÃO É A PESSOA QUE FALA BONITO. É A
PESSOA QUE ESCUTA BONITO. A FALA SÓ É BONITA QUANDO ELA NASCE DE UMA LONGA E SILENCIOSA ESCUTA. É NA ESCUTA
QUE O AMOR COMEÇA. E É NA NÃO-ESCUTA QUE ELE
TERMINA."
RUBEM ALVES
Aconselhar
• Um processo de escuta ativa, individualizado e centrado no cliente;
• Pressupõe a capacidade de estabelecer uma relação de confiança entre os interlocutores, visando o resgate de potencialidades do cliente para que ele mesmo tenha possibilidade de reconhecer-se como sujeito de sua própria saúde e transformação.
Aconselhamento
• É uma relação de confiança entre profissional e
cliente e se estabelece por meio de uma atitude de
escuta e de uma comunicação clara e objetiva;
• Trata-se de uma relação interpessoal, orientada
para o apoio de ordem emocional e a transmissão
de conteúdos informativos e preventivos, de
maneira a serem apropriados e gerenciados por
cliente segundo suas vivências e singularidade
Um aconselhamento eficaz pressupõe:
• Apoio emocional;
• Educação = Trocas de informações
sobre determinadas situações e
acompanhamento.
ETAPAS PARA UM ACOLHIMENTO EFICAZ
PRIMEIRA ETAPA Compreensão
Para ser verdadeiramente efetivo, o
profissional deve ter uma compreensão do
comportamento humano e ser capaz de
aplicá-la aos problemas que surgem.
SEGUNDA ETAPA Mudança no Cliente
O objetivo final da experiência do
aconselhamento é ajudar o cliente a
operar algum tipo de mudança QUE ELE
JULGUE NECESSÁRIO.
TERCEIRA ETAPA A qualidade da relação
A qualidade da relação de ajuda é
importante para propiciar um clima de
crescimento.
Os profissionais devem transmitir
respeito pelos clientes como pessoas com
direitos, que estão procurando viver do
melhor modo possível.
QUARTA ETAPA Um processo sequencial
O aconselhamento é um processo que
ocorre em uma sequência (início, meio e
fim) e se caracteriza pelo movimento em
direção a resultados identificáveis.
QUINTA ETAPA Auto revelação e auto
confrontação
Auto revelação
Durante o processo de aconselhamento, o
indivíduo expressa seus sentimentos e
pensamentos. Quanto maior for a revelação do
eu, mais o profissional poderá auxiliar o cliente a
descobrir novas estratégias.
QUINTA ETAPA Auto revelação e auto
confrontação
Auto Confrontação
Consiste no processo de examinar e
reexaminar-se sob uma perceptiva ampla
que será fundamental para que haja um
crescimento.
SEXTA ETAPA Uma intensa experiência de
trabalho
Para o conselheiro
As atividades relacionadas ao escutar, a absorção de informação e
ao levantamento de hipóteses requerem uma energia intensa.
Estar em contato com conteúdos emocionais do outro, exige que o
profissional seja capaz de ser tocado pelo paciente, sem trazer
para si o sofrimento e desse modo, prejudicar o processo de
aconselhamento
SEXTA ETAPA Uma intensa experiência de
trabalho
Para o paciente
O processo para compreender o que é necessário, de
realizar as mudanças necessárias, envolve incertezas,
momentos de confusão e conflitos. Tudo isso é bastante
trabalhoso para o paciente, que necessita da presença
constante do profissional nesse processo
SÉTIMA ETAPA Conduta Ética
A prática ética pode ser definida como a
atuação em que o profissional auxilia o
paciente, com atenção e interesse,
desde que tenha preparo para tal.
A POSTURA DO PROFISSIONAL PARA UM
ACOLHIMENTO EFICAZ
Demonstre interesse pelo que está sendo dito;
Ouça;
Evite julgamentos;
Muitas vezes, usamos exemplos pessoais como
forma de exemplificar o que está sendo dito.
C u i d a d o para não interferir na tomada de
decisão do paciente! Somos apenas facilitadores!
A importância da relação do profissional e paciente no
processo de aconselhamento
Para refletirmos...
“O que as pessoas querem de nós? O que queremos, quando somos nós que ficamos imaturos, doentes? Essas condições trazem consigo a dependência. Segue-se que é necessário haver confiabilidade... Somos chamados a ser confiáveis de modo humano (e não mecânico), a ter confiabilidade construída sobre nossa atitude geral.
(Donald Wood Winnicott, 1996)
Para refletirmos...
“ Dado o comportamento profissional
apropriado, pode ser que o doente encontre
uma solução pessoal para problemas
complexos da vida emocional e das relações
interpessoais; o que fizemos não foi aplicar um
tratamento, mas facilitar o crescimento”
(Donald Wood Winnicott, 1996)
)
Referências Bibliográficas
• ALVES, RUBEM. O amor que acende a lua. Campinas: Papirus, 1999.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_praticas_producao_saude.pdf
• CARVALHO, R; CAMPOS, GWS. Modelos de atenção à saúde: a organização de equipes de referência na rede básica da Secretaria Municipal de Saúde de Betim, Minas Gerais. Cad Saúde Pública 2000; 16:507-15. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v16n2/2100.pdf
• WINNICOTT, D.W. A cura, in: DONALD WOOD WINNICOTT. Tudo começa em casa. São Paulo: Martins Fontes, 2ª ed.1996.