Jornal Opa! Novembro 2012

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A volta dos que não foram; A evolução do terror no cinema; A arte de comer bem com os Destemperados; Uma despedida monumental e a Arena do Grêmio; Alemão Ronaldo fala de seus 30 anos de carreira; Onde fazer seu Network crescer.

Transcript of Jornal Opa! Novembro 2012

GENTE BOA

BRUNA LAIS [email protected]

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OPA COMUNICAÇÃO LDTA CNPJ: 12040043/0001-80

Publicação mensal para o público universitário de Porto Alegre e Região Metropolitana

Correspondências: Rua Arabutan 724/302 Bairro Navegantes,

Porto Alegre-RS CEP: 90240-470

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Site: www.jornalopa.com.brEdição: Tuio Moraes >

[email protected] Revisão: Leci e Luiz Erni Moraes

ANUNCIE: João Arthur Moraes

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JUSTIN SEXUALSe você acha que já viu o cantor Justin Bieber de toda

forma, engana-se. Foi lançado nos EUA um boneco de uso sexual inspirado no cantor. batizado “Just-In Beaver”, numa referência nada sutil à gíria “beaver”, usada para designar o órgão sexual feminino.

Na caixa do “brinquedo” vem escrito “Selena pode ‘chupar’ o ouro da minha estátua do Grammy”. Numa das fotos, uma mulher abraçada ao modelo exclama: “Ele ainda precisa de prática”!!!!

O boneco também pode ser adquirido para fazer Woodoo do cantor.

UMA ARTISTA COMPLETAFoi muito bom ler a matéria sobre a Gaby Amarantos. É um ótimo exemplo de que de-vemos acreditar nos nossos sonhos sempre, independentemente do quanto impossível que eles sejam. Gaby, desconhecida saindo do Pará está aí, uma artista completa e autêntica.Caroline Silveira – Porto Alegre

CINEMA RSA matéria sobre o mercado de cinema do RS nos mostra que existe muita coisa boa fora do pouco que é exibido na televisão gaúcha.Pablo Duarte– Porto Alegre

DIZA GONZAGAPresidente da Fundação

Thiago de Moraes Gonzaga@dizagonzaga

Em 2005, na Assembleia das Nações Unidas, a ONU instituiu o terceiro domingo do mês de novembro como um dia dedicado à memória das vítimas de trânsito. Embora reconheça a importância de movimentos e ações nacionais ou internacionais como este, con-fesso que para mim, e com certeza para os pais que tiveram seus filhos arrancados pela violência do trânsito, todos os dias são dias em que a ausência dos nossos filhos é sentida.

Um filho não morre, e é a lembrança de meu Thiago e dos milhares de jovens que perdem a vida nesta guerra previsível e por isso mesmo evitável, que nos motiva a levar permanentemente o trabalho da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga.

O trânsito mata no mundo mais de 1 milhão e 300 mil pessoas, fere e incapacita outras 50 milhões e é a principal causa de morte de jovens entre 10 e 24 anos. Para nós, da Fundação Thiago Gonzaga não são frias estatísticas. Por trás de cada número tem rostos, vidas e sonhos interrompidos prematura-mente. O Dia Mundial em Memória às Vítimas foi instituído para ga-rantir que esta tragédia provocada pelo trânsito não seja esquecida e que também seja uma homenagem e conforto a familiares e amigos.

Em 2009, a convite da Organização Mundial da Saúde (OMS), participei em Moscou, na Rússia, da I Conferência Ministerial Global de Segurança no Trânsito. Um momento de grande emoção foi a homenagem realizada na cer-

imônia de abertura, onde o então presidente Dmitry Medvedev pediu um minuto de silêncio enquanto um imenso painel eletrônico, mostrava a imagem de 15 jovens que representavam as milhões de vidas perdidas no trânsito. O Brasil estava representado na foto de meu filho Thiago. Fui pega de surpresa, para mim ele é especial, não pode virar um número, uma estatística!

Estamos diante de uma guerra que não condecora e não deixa heróis, mas que tem enlutado milhares de famílias no país. Temos consciência de que os efeitos mundiais são resultado de medidas locais e que as ações efetivas para melhorar a segurança global no trânsito necessitam de vontade política, comprometimento e

recursos de todos os níveis. Com a autoridade concedida pela dor, convoco a sociedade para se jun-tar a nós nesta caminhada em defesa da Vida para que os 50 mil mortos por ano e centenas de milhares de feridos não se transformem em uma fantas-magórica estatística.

Talvez os números, as cifras astronômicas que são gas-tas com os acidentes de trânsito, impressionem autoridades e diri-gentes de nosso país, mas para os pais que viram os sonhos de seus filhos interrompidos, elas são apenas um detalhe. Pois por mais que eu tente quantificar, por mais que me esforce para dimensionar essa saudade, a vida do meu lindo Thiago, não tem preço!

TODOS OS DIAS DEVERIAM SER DE VIDA!

A Lei do Estágio completou quatro anos. Na sua opinião, a nova lei melhorou a vida do universitário e por quê? ou poderia mudar em algum aspecto?

Melhorou, mas ainda falta ser incluido na lei o direito a férias remu-neradas.Ranieli Canova Franco Pereira - Via Facebook

Acho que a lei é ótima, mas como é uma questão de prache ela fica no papel, ninguém cumpre, mesmo com o perigo de processos e outras coisas, a valorização do estudante que está buscando qualificação, apren-dizado e espaço no mercado é ridicula em muitos casos. Paloma Mocellin - Via e-mail

ERIK [email protected]

PIADAPRONTA

Foto de Capa:Anele Trentin / Estúdio Bee Happy

MICHELE MENDONÇA

BALADA, CINEMA, LANCHE... TUDO SOBE

De acordo com dados do IBGE, a balada ficou mais cara este ano. Mas não só ela. A cerveja nossa de todo fim de semana, o estacionamento, o cinema e o lanche pós-balada também já pesam mais no nosso bolso.

Com o aumento do imposto,a cerveja teve uma das maiores altas: 9,91%, no período.A refeição fora de casa avançou 6,08%; o estaciona-mento, 7,99%; e o cinema, 7,11%.

Para especialistas o aumento da renda e o acesso de novas classes de consumidores a bens e serviços turbinaram o consumo e, consequent-emente, os preços.

E a bolsa estágio, Ó!

PESSOAS NORMAIS NÃO GOSTAM DE “AI SE EU TE PEGO”

Um dos maiores jornais do mundo, o The Guardian, da Inglaterra, fez duras críticas à música Ai Se Eu Te Pego, de Michel Teló. A publicação critica duramente Teló pelouso de alguns instrumentos em sua versão para o hit. “Michel Teló é um músico brasileiro que acha que é OK colocar acordeões nas músi-cas. Deixa eu te dizer uma coisa, Michel: sanfona não tem lugar na música pop”.

Na Europa, Ai Se Eu Te Pego alcançou o primeiro lugar nas paradas de diversos países,”É o hit número 1 em qualquer lugar menos aqui (no Reino Unido) e nos Estados Unidos, onde as pessoas são normais, pensam direito e não falam português. Deus salve a rainha e tudo mais”, completou o jor-nalista.

BMW CATARINATer um carro BMW está longe do sonho de

consumo de muitos, mas pelo menos podemos dizer que a fábrica fica pertinho da gente. O vice-presidente da empresa alemã BMW, Ian Robertson, anunciou que vai investir US$ 264 milhões (R$ 535 milhões) na construção de uma fábrica em Santa Catarina.Nela, será produzido o utilitário premium X1.

HOMEM, LAVAR A LOUÇA DEIXARÁ VOCÊ MAIS FELIZ

Homens, já pra pia! É hora de ser mais

moderno e colocar a mão na esponja e no lava-

louças. É que, segundo uma pesquisa de uma

universidade sueca, homem que lava a louça

é mais feliz. E não é só isso.Passar a própria

camisa e arrumar a cama também ajudará a sua

saúde.

Pesquisadores acompanharam a vida de

723 pessoas ao longo de 26 anos e concluíram

que aqueles que não dividiam os afazeres domés-

ticos com a parceira tinham maiores problemas

de saúde. Ansiedade, nervosismo e problemas

de concentração eram alguns dos transtornos co-

muns aos, digamos, “preguiçosos”. Por outro lado,

aqueles que topavam fazer metade dos serviços,

se apresentavam mais tranquilos e felizes.

CARTÃO OU DINHEIRO? NÃO. CELULAR

Cartão de crédito será coisa do passado. O negócio será pagamento via celular. O Governo já está organizando a regulamentação dos pagamen-tos por meio de celulares. A ideia é transformar o celular em uma “carteira eletrônica”.

Com a medida, As pessoas poderão com-prar créditos e usá-los não apenas para fazer liga-ções, mas também para pagar outras despesas.

ABERTA A TEMPORADA DE CRUZEIROS

Jovens que têm o inglês na ponta de língua podem tirar uma grana boa na temporada de cru-zeiros na costa brasileira. Deste mês até abril de 2013 o país deve receber cerca de 15 navios com 762 mil turistas a bordo.

O setor de cruzeiros obedece à legislação nacional de cabotagem, que exige que pelo menos 25% da tripulação de cada embarcação seja com-posta por brasileiros.

Os jovens que trabalham a bordo, geral-mente têm entre 18 e 35 anos e ocupam as vagas de fotógrafo, massagista, manicure, cabeleireiro, além de outras nas áreas de restaurante, bar, limpeza e recreação. O salário varia de US$ 550 a US$ 1200.

O “CURTIR” DO TWITTERNada como a competição para fazer as empresas mudarem. O CEO do Twitter, Dick Costolo, con-

firmou, durante um evento, que o microblog está testando um botão no estilo do “curtir” do Facebook. Durante sua palestra, o executivo afirmou que o site está testando dois novos recursos: o “curtir” e o “estrela”, que podem substituir a ferramenta de “favoritar”.

Com a chegada do quarto filme da franquia “Atividade Paranormal” - sucesso absoluto que con-segue fazer com que multidões pulem da cadeira, mostrando um enredo que gira em torno de assombra-ções registradas por câmeras - e de outras produções como a “Entidade” e “Possessão”, que trazem espíritos malignos se apossando das almas, o jornal Opa! voltou ao passado e vai mostrar como os filmes de terror evoluíram e se adaptaram para continuar fazendo o público perder o sono.

Desde 2009, Atividade Paranormal tem domi-nado o imaginário do medo. Câmeras de seguranças constatando presença de “seres” de outro mundo, que podem nos fazer mal, é um susto e tanto, e apesar da consciência de que é apenas uma produção cin-ematográfica a sensação de pânico é incontrolável. A proximidade com a nossa realidade é, talvez, um fator agravante para que os filmes realmente nos façam sen-tir medo. Confesse que agora você fica receoso ao ligar a Webcam e acabar vendo coisas que não deseja?

Diferente de hoje, o gênero de terror, nos primórdios do cinema, apostava em monstros muito diferentes, adaptando da literatura personagens fol-clóricos e horrendos, como o caso de “Dr. Jekyll e Mr. Hyde” (1913), “Nosferatu” (1922) e “O Corcunda de Notre-Dame” (1923). A partir da década de1930, “os monstros da universal” como eram conhecidos, gan-haram suas produções, com destaques para”Drácula” (1931), “Frankenstein” (1931), “A Múmia” (1932), “O Homem Invisível” (1933), “O Lobisomem” (1941) e “O Monstro da Lagoa Negra” (1954). Depois de muitas produções envolvendo estes seres, os monstros, vam-piros e lobisomens esgotaram-se e o terror no cinema passou a conhecer as produções de Alfred Hitchcock, com o famoso “Psicose”, abandonando a maneira caricatural de tratar decinema de horror e passando a assustar mais por antecipação, mantendo um clima de suspense.O estúdio britânico Hammer seguiu investin-

do em versões mais sangrentas de Drácula e Franken-stein, enquanto o diretor George A. Romero dava início ao subgênero dos filmes de zumbis com “A Noite Dos Mortos-vivos” (1968).

As décadas de 1970 e 1980 foram marcadas por filmes envolvendo demônios, caso de “O Exorcista” (1973), de William Friedkin, “A Profecia” (1976), de Richard Donner, “Poltergeist - O Fenômeno” (1982), de TobeHooper, e pelo domínio dos roteiros onde um grupo de jovens é perseguido por um maníaco psicopata tendo como representante o filme de baixo orçamento “O Massacre da Serra Elétrica” (1974), cujo protagonista é o assassino Leatherface. Depois dele surgiram Michael Myers, de “Halloween” (1978), Jason Voorhees, de “Sexta-Feira 13” (1980), e Freddy Krueger, de “A Hora do Pesadelo” (1984).

As produções deste gênero tiveram uma parada brusca em meados da década de 90, recuperando-se com “Pânico” (1996), filme que retoma a ideia do psi-copata assombrando jovens. A série impulsionou filmes como “Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado” (1997) e “Lenda Urbana” (1998). Porém, a grande produção desta década, que viria a influenciar o terror nos anos seguintes, precursor do famoso Atividade Paranormal foi a produção independente “A Bruxa de Blair” (1999).O filme dos amigos Daniel Myrick e Eduardo Sánchez utilizou-se da mesma temática de jovens perseguidos que já havia dado certo em outros tempos, mas com a estética do falso documentário.

Os anos 2000 foram marcados por produções orientais fortes, como “O Chamado” (2002), remake do original japonês “Ringu” (1998), enquanto “Jogos Mortais” (2004) e “O Albergue” (2005) integram o grupo de filmes que se notabilizaram ao abusar da lin-guagem gráfica para retratar vítimas sob tortura. Houve

Estreias aterrorizantes irão preencher de sustos as telas de cinema nestes últimos meses do ano

POR THAMIRES ROSA

também um grandedesejo dos estúdios de apresentar personagens consagrados a um novo público, resultan-do nas refilmagens de “O Massacre da Serra Elétrica” (2003), “Halloween” (2007), “Sexta-Feira 13” (2009) e “A Hora do Pesadelo” (2010).Os remakes não ganharam tanta força como se previa, já que hoje o público está mais exigente em questões de enredo, em um mundo onde grandes efeitos especiais são mera obrigação das produções.

O grande sucesso da atualidade são filmes em estilo documentário, utilizando tecnologias conhecidas do grande público para tornar o filme mais “real” e fazer sucesso. Atividade Paranormal está ai para provar que monstros horrendos assustam bem menos do que simples sombras detectadas por câmeras.

Uma grande mudança do gênero está sendo prometida para 2013 com EvilDead - A Morte do Demônio uma refilmagem do clássico Uma Noite Alucinante - A Morte do Demônio (1981), dirigido por Sam Raimi,onde cinco jovens despertam entidades sobrenaturais, através de um Livro dos Mortos. As cenas fortes que o diretor estreante Fede Alvarez de-cidiu colocar nesta produção devem agradar aos fãs do gênero. Evil Dead será lançado no Brasil dia 19 de abril de 2013 e o produtor Bruce Campbell já avisou: “Nós sabemos do que vocês precisam! Vocês precisam de sangue escorrendo pela tela!”. Pelo trailer oficial que foi liberado no mês passado, parece que a promessa será devidamente cumprida. Enquanto 2013 não chega, nós continuaremos nos assustando com o que as câmeras de Atividade Paranormal nos mostram e as novas possessões demoníacas de “Entidade” e “Pos-sessão” que estão na tela. E para você, qual é o filme que não o deixa dormir?

BEM PERTO DE VOCÊA universidade lhe oferece uma grande rede de contatos profissionais, basta

você saber procurar.POR TUIO MORAES

A vida dos seus professores vai muito além dos muros da universidade! Certamente eles possuem ativi-dades relacionadas à carreira e conexões profissionais em sua área de atuação.

Seu professor de administração de empresas, por exemplo, pode ser o fundador de uma empresa local ou ter seu nome no conselho de uma instituição filantrópica.

Lembre-se de que os professores de um departamento acadêmico específico também ficam por dentro de quais empresas costumam contratar os alunos da sua área. Esses professores podem manter contato com ex-alunos que estão entrando no mundo de trabalho. Ou seja, um bate-papo de 15 minutos com eles pode render muitas coisas boas para a sua carreira.

NETWORKPara aqueles que estão começando uma carreira profissional, o chamado networking é algo muito

importante e gera grande preocupação em formar o seu. Muitos estudantes sofrem terrivelmente com roupas muito formais, preocupados em dar o cartão de visita com a mão esquerda e apertar as mãos com a direita, fazendo o possível para se mostrar interessado e interessante!

O que muitos não sabem é que dentro do campus universitário você possui muitas possibilidades de conexões, sites de relacionamentos acessíveis. Confira algumas das possibilidades:

PROFESSORES:

Uma excelente oportunidade de experimentar os primeiros passos da carreira profissional que você escolheu. Você terá contato com clientes, fornecedores e poderá avaliar suas preferências em sua área de atu-

ação.

EMPRESAS JUNIORES:

A maioria dos campi patrocinam organizações estudantis de todos os tipos, incluindo entidades estudan-tis estaduais e nacionais. Existem ainda associações de estudantes por cursos, áreas profissionais, como encon-tros nacionais de estudantes de comunicação, engenharia, economia e assim por diante.

Muitas dessas entidades realizam eventos periódicos (mensais ou trimestrais no campus), apresentando profissionais que conversam com os alunos sobre as opções de carreira e tendências do setor. Participar de um desses eventos, ou melhor ainda, ajudar a organizá-los, pode colocá-lo em contato com as pessoas que podem indicá-lo, mais tarde, para estágios e possibilidades de empregos.

ORGANIZAÇÕES ESTUDANTIS:

Seus colegas conhecem pessoas importantes e que podem se importar com pessoas como você. Na verdade, muitos empregadores que contratam estudantes universitários para estágios e empregos, recrutam conversando com os alunos que já estão a bordo.

ESTUDANTES E AMIGOS:

WIKIPÉDIA NELES:NETWORK a união dos termos em inglês “Net”, que significa “Rede” e “Work-ing”, que é “Trabalhando”. O termo, em sua forma resumida, significa que quanto maior for a rede de contatos de uma pessoa, maior será a possibili-dade de essa pessoa conseguir uma boa colocação profissional, realizar bons negócios, obter informações e várias outras vantagens que se pode obter da rede formada.

A ARTE DE COMERE BEBER BEMSite Destemperados dá pitadas de experiências inspiradoras.

POR MICHELE MENDONÇA

Sabe quando surge aquela vontade de sair da mesmice e provar novos pratos ou até mesmo na hora de escolher um lugar diferente para o happy hour? É aí que entra o Destemperados, empresa de mídia do seg-mento da gastronomia, fundada em 2007 pelo trio Di-ego Fabris, Diogo Carvalho e Lela Zaniol. Fazendo uso de multiplataformas, o site Destemperados, referência dentro e fora do país, conta com cerca de 150 mil visi-tas mensais, e dá dicas de experiências gastronômicas incríveis, com fotos e depoimentos que dão água na boca - daquele tipo que faz qualquer um pensar em deixar a dieta de lado. Objetivos que desde o princí-pio motivaram a criação: “nasceu da necessidade de oferecer um serviço de consumidor para consumidor”, explica a destemperada, formada em Relações Interna-cionais. Como gostam de comer e beber bem, é claro, fizeram sua própria onda e foram além daqueles guias básicos sobre estabelecimentos. O fato mais divertido é que declaram que não sabem cozinhar “o nosso grande barato é que não somos especialistas, então eu digo que sei fritar um ovo e não vou muito além disso”, confessa Lela.

Boas dicas gastronômicas são sempre bem-vindas, mas nem sempre satisfazem os sentidos. “Tem que sair do lugar com a sensação de que teve bons momentos. Tudo conta: a comida, a música, o atendi-mento, a companhia que se está e até mesmo o esta-do de espírito do dia que se teve a experiência”, define a moça. E sobre o processo de avaliação de novos restaurantes, bares, catinas, Lela explica que apenas contam a verdadeira história, e que a ideia é que cada um viva a própria experiência da maneira que achar que deve. Em relação a divergências, ela observa que muitas vezes não concordam com a opinião um do outro, mas respeitam-se sempre, pois o que vale é a percepção de quem vai escrever o post. Tudo levando em consideração os 10 mandamentos do empreendi-mento - sim, eles tem.

Os amigos-sócios tocam atualmente o projeto FoodHunters, caçadores ‘destemperados’ que ajudam a mapear experiências marcantes - essa rede é for-mada por mais de 100 colaboradores espalhados por diversas regiões do país. Segundo ela, esse é o grande divisor de águas da marca e é ele que a torna cada vez mais relevante nacionalmente. Para 2013 a meta é chegar a 150 FoodHunters, abrindo novas praças de

atuação e aumentar o faturamento em pelo menos 80%.

Neste ano, Lela acha que deve ter comido em uns 100 lugares dife-rentes, a média é de um a cada três dias. Quem não quer essa vida, não é?

Para aventurar-se em novas experiências, não perca tempo e vas-culhe o site, acesse:

www.destemperados.com.br

QUEBRANDO O GELO COM LELA ZANIOLEu, sem os Destemperados, seria... “Uma internaciona-

lista que jantaria fora todos os dias”Boas experiências gastronômicas são... “Um estilo de

vida e um combustível do meu trabalho”Quando vou comer algo, a primeira coisa que penso/

vejo...”Tomara que tenha pedido bem e que seja tudo o que eu espero”

O Destemperados é...”é o meu projeto de vida e a rea-lização de um grande sonho”

O que mais gosto nos Destemperados... “é a possibili-dade de trabalhar com o que me faz feliz”

O que humor e comida têm em comum? “Absolutamente tudo em comum”

O Rambo à la pampas atente pelo nome de Fernando Pereira da Cunha, 45, é locutor, apresentador, entrevistador e ator, mas ultimamente trabalha como massoterapeuta. Conhecido desde a adolescência no bairro onde mora, o Cristal, zona sul de Porto Alegre, tem, além do Rambo, outros personagens como Rocky Balboa e recentemente incorpora Os Mercenários. Como já trabalha com shows está abrindo o Clube dos Sósias com a parceria do Roberto Carlos.

Fernando concorreu pela primeira vez e com o bordão “O povo precisa de heróis”, prometeu combater a corrupção.

Jornal Opa! – Quando surgiu a ideia de se candidatar a vereador?Fernando – Há nove anos eu sou filiado ao PTB e como sou bastante conhecido na zona sul como Rambo Gaúcho, entrei para ver se conseguia

me eleger.Jornal Opa! – Quais eram as suas propostas políticas?Fernando – O combate à corrupção. Acredito que combatendo a corrupção teremos dinheiro para a saúde, educação, cultura...Jornal Opa! – Se ganhasse você trabalharia vestido de Rambo, na Câmara?Fernando – Não. Isso só foi um modo de chamar a atenção na campanha.Jornal Opa! – Você acha que deu certo?Fernando – Acho que deu. Fiquei conhecido na mídia. Muito mais do que eu imaginava.Jornal Opa! – Vai concorrer de novo?Fernando – Sim, na próxima eleição estarei mais conhecido e ganharei o pleito.

O nosso Rei, na verdade, se chama Enodir Nazareno da Rosa, 57, casado há 30 anos e não é pai por opção. Com as duas pernas sadias – aí já leva uma vantagem do eterno Roberto Carlos – Enodir tem um escritório de contabilidade e, juntamente com a sua esposa, é formado em serviço social. Trabalha com jovens e crianças em vulnerabilidade social da Ilha do Pavão e Marinheiros, na companhia de sua digníssima esposa.

Conhecido como Roberto Carlos há muito tempo, ele fez eventos como sósia do Rei e esta foi a primeira vez que ele concorreu a um cargo público.

Jornal Opa! – O que você levou a concorrer?Enodir – Eu sempre tive vontade de fazer política. Mas primeiro eu fiz faculdade, fiz trabalho social para entender um pouco esse meio. Em 2010

eu me filiei a um partido.De lá pra cá eu fiz todos os cursos de formação política e também de oratória. Tudo para estar preparado para concorrer a vereador.

Jornal Opa! – Quais eram suas propostas? Se eleito, o que você faria na Câmara de Porto Alegre?Enodir – Na área de assistência social trabalharia com as desigualdades sociais, com as pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social

e econômica. Promover na rede básica projetos sociais: a cultura, lazer, esporte para as crianças e adolescentes no turno inverso a escola.Na saúde, o acesso imediato conforme a necessidade de cada indivíduo, à consulta, exames, especialistas, medicação, tratamento e reabilitação etc.

Jornal Opa! – Por que a ideia de se candidatar usando o nome de Roberto Carlos?Enodir – O tempo na TV é muito curto e eu sou, há muitos anos, conhecido apenas como Roberto Carlos.Então não tinha como eu usar meu

nome porque ninguém ia me identificar. Foi uma artimanha para vencer as eleições.Jornal Opa! – Você acha que isso foi bom?Enodir – Acho que foi bom, houve uma repercussão bem legal. Há um reconhecimento bem grande do público, um carinho muito especial.Jornal Opa! – Você pretende concorrer de novo?Enodir – Pretendo. Mas tudo depende do partido decidir.

Você, de certo, já viu uma mulher de cabelo ruim, com tetas avantajadas, batom borrado e vestido florido, Arika Mel que tran-scendeu os programas de TV e foi parar no horário eleitoral. Newton Ayala Queiróz, 49, há 15 anos incorpora a personagem que hoje é seu ganha-pão. Casado, pai de dois filhos, já trabalhou também como DJ. Foi candidato a vereador pela primeira vez com o bordão: “quem não Ariska, Mel petisca”.

Jornal Opa! – Quando surgiu a ideia de se candidatar?Ayala – A ideia surgiu de um convite do Dep. Estadual Paulo Borges e do Dep. Federal Onyx Lorenzoni que me chamaram para partici-

par, ser candidato. Acharam que eu tinha perfil bacana, pelo trabalho social que faço.Jornal Opa! – A ideia, desde o inicio, era usar a Ariska Mel na campanha?Ayala – Sim, desde o começo sempre foi acertado usar a Ariska.Jornal Opa! – Você acha que isso ajudou?Ayala – Acho que ajudou um pouco. Mas a estratégia poderia ser um pouco diferente. Se as pessoas pesquisassem a vida do can-

didato antes, o resultado das eleições seria outro. Pois faço vários shows voluntários em escolas, creches, angariando renda para essas instituições.

Jornal Opa! – Quais eram as suas propostas?Ayala – As minhas propostas seriam as do povo. Os projetos do povo. Todos sabem os problemas das comunidades em que moram,

levariam à Câmara e tentaríamos resolver. Jornal Opa! – Na Câmara você trabalharia vestida de Ariska Mel?Ayala – Não, porque não deixariam. Mas não teria problema de subir na tribuna de Ariska e cobrar o que deve ser cobrado.Jornal Opa! – Você foi muito comparado com o Tiririca?Ayala – Não. Aqui no sul o pessoal é muito bairrista – daqueles de“ver para crer”. As pessoas não sabiam das minhas causas, o

quanto eu ajudo, não pesquisaram sobre a minha vida. Muitos, depois de saber, me pediram desculpas. O povo tem os governantes que merece.

Jornal Opa! – Pretende se candidatar de novo?Ayala – Não sei, tem quatro anos ainda para eu decidir.

Eles fizeram mais sucesso no horário eleitoral gratuito do que nas urnas.

É a festa da democracia.POR TUIO MORAESFOTOS: ANELE TRENTIN

ALEMÃO RONALDO É ONDA, ROCK E OCEANOSucesso nos palcos há três décadas, o músico lança novo álbum: “30 anos

de Rock, amor e outras coisas imaginárias”.POR BRUNA LAIS ALVES

O ícone do rock gaúcho, que já embala gera-ções, segue rumo à comemoração de seus 30 anos sem deixar o estilo musical parar.

Sucesso nos palcos do Rio Grande do Sul desde a década de 80, precursor das bandas Tara-natiriça e Bandaliera, o músico se tornou um dos mais requisitados da região sul do Brasil. Seguindo carreira solo desde 2004, Alemão Ronaldo gravou três CDs e dois DVDs.

Em estúdio, gravou o CD “Onde O Amor Se Esconde” em 2004, o CD/DVD acústico “Acústico Rock” em 2005, no Theatro São Pedro de Porto Alegre e o CD/DVD elétrico, registrado ao vivo no show “Quero Mais Do Que Só Me Dar Bem” em 2008, em Santa Maria.

O carismático desempenho de Alemão Ronaldo é acompanhado nos palcos pelos músicos Benhur Borges, na guitarra, violão e vocais; Edu Meirelles, no contrabaixo; André Pereira, na ba-teria; e Murilo Moura, tecladista convidado.

Ainda neste mês, dia 16 de novembro, a Banda Taranatiriça faz show no Bar Opinião em Porto Alegre, marcando a volta aos palcos. Alemão Ronaldo, componente da banda, revelou que seu disco solo estará disponível no ano que vem.

E sobre o álbum que será lançado em 2013, o qual terá a participação de amigos e convidados, o músico nos adiantou alguns dos sucessos que os fãs poderão conferir.São eles: O meu pensando voa, Rock amor e outras coisas imaginárias, Chapéu dos sonhos, entre outros.

O músico esteve presente no último dia 26, em Lajeado, superando expectativas dos frequenta-dores do Galera’s Rock Bar, onde o Jornal Opa! es-teve presente e conversou um pouco sobre carreira

e o rock de Alemão Ronaldo. Confira nosso papo regado à simpatia com o músico, que esbanjou carisma durante o show.

Jornal Opa! - Qual a mudança do rock nos últimos 30 anos?

Alemão Ronaldo - A principal mudança foi que o rock se tornou sustentável, pois agora temos casas somente de rock, como o Galera’s, que cul-tuam e preservam este estilo musical.

Jornal Opa! - O que impulsionou sua car-reira?

Alemão Ronaldo - Ser cantor da Bandalieira foi o que mais meu ajudou.A carreira solo só existe por causa disso. A gravação do DVD em 2005 em Santa Maria foi nosso auge artístico.

Jornal Opa! - Como é o andamento de seus shows?

Alemão Ronaldo - A alma do negócio é equilibrar o show, cantar um pouco de rock agitado, mesclando com o rock mais calmo, ou ”romântico”.

Jornal Opa! - Em sua opinião, por que o rock perdura até hoje?

Alemão Ronaldo - Porque o rock é um oceano, consegue unir vários sons, instrumentos, e sempre se renova, por isso sempre agrada gera-ções.

Em sua página na internet, é fácil perceber o carinho e gratidão aos fãs. “Alemão Ronaldo é feito por cada um de vocês, que curtem o trabalho e que acompanham sempre” é uma das frases que encon-tramos no mural de recados em seu site.

Foto: Adriana Franciosi

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Contrabaixo para iniciantes

Introdução à teoria musical

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CREED

ONDE? PEPSI ON STAGE HORA? 21h30

NORAH JONES

12/12ONDE? ARAÚJO VIANAHORA? 21h40

30SAMBÔ +JEITO MOLEQUE

ONDE? PEPSI ON STAGE HORA? 22h

5 A 8/12

NENHUM DE NÓS

ONDE? THEATRO SÃO PEDROHORA? 21h

ALL YOU NEED IS LOVE

24ONDE? TEATRO DO BOURBON COUNTRY HORA? 21h

SUBLIME WITH ROME

ONDE? PEPSI ON STAGE HORA? 22h

28TONY BENNETT

ONDE? TEATRO DO SESI HORA? 21h

04/12

FIONA APPLE MARIA BETHÂNIA

22 E 23ONDE? TEATRO DO SESIHORA? 21h

ONDE? PEPSI ON STAGE HORA? 21h30

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A nostalgia e o sentimento de saudade apertam o peito do torcedor gremista há algum tempo. Com a mudança de casa para a Arena cada vez mais perto, o estádio Olímpico Monumental, local de tantas glórias, aos apaixonados pelo clube, em breve,

se resumirá em fotos, álbuns de recordação e boas lembranças.POR ÉRIK PASTORIS

Situado onde hoje se encontra o clube Cai-

xeiros Viajantes, o Fortim da Baixada foi a casa gremista nos

primeiros 50 anos do clube e também o local do primeiro e

histórico Gre-Nal vencido pelos tricolores por 10 x 0 no dia

18/07/1909. O crescimento do futebol profissional e a paixão

pelo esporte aflorando na década de 40 fizeram com que o

então presidente Saturnino Vanzelotti (1948-54) realizasse

as transformações que mudariam para sempre a história do

clube.

Com Vanzelotti a frente da instituição, o Grêmio

fez sua primeira excursão internacional, em um tour pela

América do Sul e Central, onde bateu por 3 x 1 o Nacional do

Uruguai, base da seleção que bateria o Brasil no fatídico ‘Ma-

racanazo’ da Copa do Mundo de 1950. O sucesso da viagem

fizera com que ele pensasse em criar uma nova moradia para

que os cada vez maiores e inflamados torcedores pudessem

ser acomodados confortavelmente nas arquibancadas.

Apesar do esforço do presidente, colocar um novo es-

tádio de pé não seria uma tarefa nada fácil. A área escolhida

para ser a nova casa gremista era ocupada por famílias da vila

Cai do Céu, e estas foram transferidas após longas tratativas,

no ano de 1951.

A cargo do arquiteto Plínio Oliveira Almeida que

ganhara a licitação para a construção do estádio, as obras

seguiam em ritmo acelerado até o dia da grande estreia

em 19 de setembro de 1954, contra o Nacional do Uruguai.

Seu João da Costa, de 78 anos, lembra com carinho desta

transição. “Sempre que podia, eu ia ver os jogos na Baixada,

as acomodações não eram as melhores, mas ninguém se im-

portava com isso, queria mesmo era torcer, apesar de saber

que, ali nosso time não poderia mais mandar jogos, pois não

cabia um grande público”.

Diante de pouco mais de 15 mil torcedores o Grêmio

venceu por 2 x 0 e Vitor, autor dos dois gols da partida, se

tornou uma lenda por fazer o primeiro gol da história do

Olímpico. Tido como o melhor estádio particular do mundo

na época, o Olímpico foi palco da Cerimônia de abertura da

III Universíada de Verão, em 1963, competição disputada

por atletas universitários do mundo todo. Os

novos ares parecem ter sido benéficos para a

equipe naquele momento.Sob comando do

folclórico técnico Foguinho, o Grêmio se tor-

nara imbatível conquistando o pentacampe-

onato gaúcho entre os anos de 1956 a 1960

e, mesmo após sua saída, foi hepta gaúcho de

1962 a 1968.

Os anos 70 chegavam e com ele, a

renovação do estádio se fazia cada vez mais

necessária para poder acomodar melhor os

torcedores. O presidente da época, Hélio

Dourado, encabeçou uma grande campanha

para a ampliação do Olímpico. A necessidade de concluir

o anel superior fez com que Dourado percorresse o Rio

Grande do Sul atrás de recursos e em meio a isso, ocorrera

um Gre-Nal que entrou definitivamente para a história do

administrador Régis Fagundes. “Aquele gol do André Catimba,

jamais sairá da minha memória, eu tinha apenas 17 anos e

acompanhava pela tevê o jogo, mas mesmo assim, me sentia

dentro do campo, tamanha euforia tomara conta de mim”,

Régis se refere a final do Campeonato Gaúcho, onde um

desacreditado Grêmio venceu o Inter por 1 x 0 no Olímpico,

interrompendo uma série de oito títulos consecutivos da

equipe liderada por Falcão.Olímpico na década de 50

Após quatro anos de reformas, o estádio estava defi-nitivamente pronto e ampliado, com a ajuda de seu torcedor e no dia 21 de junho de 1980, em amistoso comemorativo à reabertura, o Grêmio venceu o Vasco da Gama pelo placar de 1 x 0, sendo, a partir de então, eternizado pela alcunha de Olímpico Monumental. A imortalidade tricolor começava a dar os seus primeiros passos na conquista da Libertadores de 1983. Após vencer o Flamengo de Zico, a equipe gremista se envolveu em verdadeira guerra na semifinal frente ao Estudi-antes, na famosa ‘Batalha de La Plata’ e, na grande final, teve de encarar o atual campeão do mundo, o Peñarol.

Jornalista e comentarista da rádio ABC de Novo Hamburgo, Darci Filho se recorda do jogo com carinho. “Certamente o jogo contra o Peñarol foi o mais emocionante que eu vi neste estádio, pela atmosfera e pela conquista”. O jovem Renato Portaluppi fora o grande protagonista da partida, em um lance de genialidade levantou a bola na área após um balãozinho e esta encontrou a cabeça de César, para delírio dos mais de 73 mil pessoas que lotaram o Olímpico na ocasião para ver o Grêmio sagrar-se campeão pela primeira

vez em sua história da Copa Libertadores da América. Passada a euforia da conquista, o Grêmio viajou à

Tóquio para enfrentar o Hamburgo, base da seleção alemã na decisão do Mundial de Clubes. Os gaúchos não se intimidaram e bateram o adversário por 2 x 1, transformando Renato em ídolo mor tricolor após seus dois gols na partida. Já em 1989, o Monumental presenciou o título invicto da recém-criada Copa do Brasil pelo Grêmio, ao derrotar o Sport na grande final. Mas os anos 90 sem dúvida foram os mais significativos do estádio.

Comandados por Luís Felipe Scolari, o Felipão, o Grêmio chegou ao bicampeonato da Copa do Brasil em 1994, a posterior conquista da América no ano seguinte e ainda faturou o Campeonato Brasileiro de 96, em uma emblemática vitória contra a Portuguesa por 2 x 0. O torcedor e diretor da ‘Todo Mundo Precisa de um RP’ Guilherme Alf lembra com carinho dessa época e declara todo seu amor ao Olímpico. ”O gol do Ailton, em 1996, na hora em que nos tornamos campeão brasileiro foi o principal (momento), naquelas ar-quibancadas. Comemorei, sorri, fiquei triste, chorei, vi coisas inacreditáveis acontecerem. Não só dentro de campo, mas todo o entorno, pois sempre morei no Menino Deus e Cidade Baixa”.

Com o novo milênio chegando, o Grêmio conquista-va o seu tetracampeonato da Copa do Brasil, com uma equipe tida por muitos como uma das melhores da história do clube por contar com joga

dores do gabarito de Zinho, Anderson Polga e Mar celinho Paraíba, massacrando os adversários dentro e fora do Olímpico, culminando com a vitória de 3 x 1 contra o Corinthians, em pleno Pacaembu na final. Após este título, o Grêmio viveu um período turbu lento, a falência da antiga patrocinadora do clube foi a principal delas e a queda para a segunda divisão se fazia cada vez mais real, até que na temporada de 2004, sem dinheiro nos cofres, a equipe estava rebaixada pela segunda vez em sua história. O Olímpico foi fundamental na volta à elite

do futebol nacional, e a torcida se fez presente apoiando em todos os jogos dos comandados de Mano Menezes, assim como nas temporadas seguintes, onde foi terceiro colocado no brasileiro em 2006 e vice-campeão da América em 2007.

Assídua espectadora dos jogos do Grêmio no Olím-pico, a estudante do curso de Farmácia da UFRGS Jéssica Bauer, enfrentou horas na fila para estar junto do seu time e mesmo assim, não se mostra nem um pouco arrependida. ”Na Libertadores de 2007, Grêmio x São Paulo encarei cinco horas na fila pra conseguir comprar o ingresso, mas valeu cada minuto.”

Com a despedida cada vez mais próxima, o estudante do terceiro ano do Colégio Tubino, Gabriel Netto, conclui dizendo o que o Olímpico representa em sua vida. “Assim como eu desenvolvi o amor que sinto pelo Grêmio eu tam-bém adotei o Olímpico na minha vida como um lugar onde vivi grandes emoções.Vou sentir falta de entrar no estádio e sentir calafrios subindo à espinha, por que dói saber que não vai mais existir esse lugar, e eu vou ter que me acostumar com a nova casa”.

O adeus simbólico já foi dado, no dia em que o clube comemorou 109 anos de existência. Cerca de 12 mil pessoas foram abraçar o Olímpico em um evento que ficará marcado para sempre na história de cada um dos torcedores.

CAPACIDADE: 45 mil pessoas (Aproximadamente)INAUGURAÇÃO: 19/09/1954 Primeiro gol do estádio: Vitor (Grêmio) na vitória por 2 x 0 contra o Nacional, do Uruguai.MENOR PÚBLICO : Juventude x Portuguesa (03/12/1997) quinta rodada do quadrangular semifinal do Brasileirão.MAIOR PÚBLICO:98.421 (85.751 pagantes) - 26/04/81 Grêmio x Ponte Preta - Campeonato Brasileiro.CURIOSIDADES: Artistas como Sting e Rod Stewart em 1984, Eric Clapton (2001), Roger Waters (2002) e Lenny Kravitz (2005) se apresentaram no Olímpico. A cantora Ma-donna é esperada para o dia 09/12, para um show histórico de despedida do estádio.BRASIL: A Seleção Brasileira realizou seu primeiro jogo no Olímpico, em um amistoso no ano de 1981, vitória sobre a Bulgária por 3 x 0.

DE OLHO NA

ARENATorcedores gremistas comentam a mudança para a Arena.

Falta muito pouco para as instalações do complexo da Arena ficarem prontas.De malas prontas para a Arena e se despedindo da antiga moradia, torcedores do Grêmio parecem dividi-

dos quanto à demolição de sua querida casa, pelo significado histórico de conquistas e pela paixão que residem ali na Azenha. Mas com uma coisa todos concordam: os novos ares serão benéficos, seja para jogadores, torcida ou imprensa. É o que pensa o torcedor Guilherme Alf: “tenho muita curiosidade de como vai ser essa relação com a Arena, acho que vai precisar de um tempinho de adaptação, mas como é uma troca boa, um upgrade, acho que vai ser tudo lindo”. Já o estudante Renan Sarubbi é favorável à mudança, apesar de ela acarretar em um forçado adeus: “sendo o motivo da demolição a ida para a Arena, sou obrigado a concordar, pois se trata de uma grande evolução para o Grêmio. Meu sentimento é contraditório, de um lado a tristeza de nunca mais ver o Monumental vibrando com as glórias do Tricolor, de outro lado a satisfação de estarmos indo para uma nova casa que representará a grandeza do clube aqui do Rio Grande do Sul que é sempre o pioneiro das grandes conquistas.”

Fotos: Lucas Uebel