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Rio de Janeiro, setembro/outubro de 2006 Ano XIII – Nº 100 ISSN 1676-3220 R$ 7,50 www.comunitaitaliana.com A MAIOR MÍDIA DA COMUNIDADE ÍTALO-BRASILEIRA Esclusivo: ministro Danieli annuncia novità per l’estero 100 Especial traz histórico das cem edições e mostra evolução da maior revista do gênero na América Latina

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Rio de Janeiro, setembro/outubro de 2006 Ano XIII – Nº 100

Bons frutosIS

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www.comunitaitaliana.com

A m A i o r m í d i A d A c o m u n i d A d e í t A l o - b r A s i l e i r A

Esclusivo: ministro Danieli annuncia novità per l’estero

100Especial traz histórico das cem edições

e mostra evolução da maior revista do gênero na América Latina

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EditorialComunicação de ponta ..................................................................06

Cose NostreBerlusconi é transformado em vírus de computador ........................07

Marco LucchesiO fogo da Grécia ...........................................................................14

EconomiaIl premier Prodi vuole nuova Finanziaria tra polemiche e discussioni ..........................................21

SaúdeA dançaterapia atrai italianos e brasleiros na busca pelo bem-estar .............................................30

Italian StyleColuna traz as novidades que os italianos consomem ............................................................32

CulturaIl nuovo direttore dell´IIC-RJ, Rubens Piovano, parla dei suoi progetti e dell’ammirazione per il Brasile ..................40

ComportamentoDieta mediterrânea leva a Itália ao primeiro lugar em longevidade na Europa .......................................76

16 26 38 82Intervista Franco DanieliIl ministro degli Affari Esteri racconta come il governo lavora nell´interesse dei cittadini italiani all´estero

Turismo Trentino Alto AdigeRegião italiana é opção para turistas tanto no verão como no inverno

Curiosidade ÓculosInstrumento visual ultrapassa os limites da necessidade

Comportamento FerrariA expedição Panamerican 20.000 traz novo modelo da marca ao Rio de Janeiro

CAPA Número 100!ComunitàItaliana comemora centésima edição

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entretenimento com cultura e informaçãoeditorial

Julio Vanni

COSE NOSTREFUNDADO EM MARÇO DE 1994

ComunitàItaliana chega à sua centésima edição. Nosso objetivo é, desde sempre, oferecer jornalismo seletivo, qualificado e didático. A preocupação com a infor-mação correta, com pluralidade de opiniões e uma apresentação apropriada pa-

ra a exigência de nossos leitores são temas discutidos constantemente em nossa Redação. Através de uma união de esforços entre nossos colaboradores e o empenho de ótimos profissionais, hoje, Comunità orgulha-se de ser um veículo diferenciado indispensável para o segmento de nossa enorme comunidade no mercado brasileiro.

Cumprimos a meta de dar maior visibilidade à participação italiana nos vários segmentos de nossa sociedade e valorizar o made in Italy através de sua história e da expertise em campos importantes como a ciência, tecnologia, design, gastronomia, en-tre outros.

Depois de quase 13 anos de muitas lutas, para dar continuidade, não perdeu-se o entusiasmo diante das dificuldades enfrentadas pelo o que era um veículo alternativo. Recebemos o reconhecimento de todos os poderes no Brasil e na Itália, mas, principal-mente, fomos acolhidos nas famílias de nossos leitores que se dividem em milhares espalhados pelo país.

Nesta edição, publicamos um resumo histórico desta ca-minhada. Sendo assim, resta-nos agradecer aos nossos colabo-radores, às empresas que nos apóiam divulgando suas marcas para este público especial, aos funcionários que se dedicam para que cada edição seja melhor e aos nossos leitores, razão da obra.

A edição 100 traz novidades que vão desde um novo projeto gráfico, implantado por Alberto Carvalho, até o con-teúdo, com novas colunas, novos colaboradores e notícias exclusivas.

Já na editoria de Serviços, introduzimos a nova seção Click do Leitor, onde reser-vamos espaço para que você possa publicar uma foto curiosa envolvendo o mundo íta-lo-brasileiro e comentá-la. Il lettore Racconta também abre espaço para que as famílias italianas contem suas histórias com texto e fotografia do próprio leitor. Em uma entrevista exclusiva para este número comemorativo, o vice-ministro das Relações Exteriores, res-ponsável pela pasta dos “Italianos no Mundo”, Franco Danieli, fala da relação bilateral, dos interesses dos cidadãos no Brasil, de novas medidas de segurança e da política ex-terior italiana.

Outra novidade é a coluna Italian Style, que traz o que há de mais moderno e curio-so entre os produtos do cotidiano da Itália. Firenze será a correspondência mensal do colaborador Giordano Iapalucci, com os eventos mais importantes da região que é con-siderada o berço cultural da humanidade, a Toscana.

Esperamos continuar expressando mais ou menos [visto que é impossível qualquer publicação atingir a perfeição e a neutralidade absoluta diante dos fatos] fiel à forma pela qual as opiniões existem e se distribuem no interior da sociedade ítalo-brasileira.

Boa leitura!

DIREtOR-PREsIDENtE / EDItOR:Pietro Domenico Petraglia

(RJ23820JP)

DIREtOR:Julio Cezar Vanni

VICE-DIREtOR EXECUtIVO:Adroaldo Garani

PUblICAÇãO MENsAl E PRODUÇãO:Editora Comunità ltda.

tIRAGEM:30.000 exemplares

EstA EDIÇãO FOI CONClUíDA EM:27/09/2006 às 19:30h

DIstRIbUIÇãO:brasil e Itália

REDAÇãO E ADMINIstRAÇãO:Rua Marquês de Caxias, 31

CEP: 24030-050tel/Fax: (21) 2722-0181 /

(21) 2719-1468

E-MAIl:[email protected]

sUbEDIÇãORosangela Comunale

[email protected]

REDAÇãO:Nayra Garofle

e sílvia souza (estagiária)

REVIsãO / tRADUÇãOAna Paula torres

Elizabeth thompsonGiovanni Crisafuli

PROJEtO GRáFICO E DIAGRAMAÇãO:Alberto Carvalho

CAPA:Editoria de arte

COlAbORADOREs:braz Maiolino – Pietro Polizzo – Venceslao soligo – Marco lucchesi – Domenico De

Masi – Franco Urani – Fernanda Maranesi – Giuseppe Fusco – beatriz Rassele

CORREsPONDENtEs:Guilherme Aquino (Milão)Ana Paula torres (Roma)

Giordano Iapalucci (Florença)Marcos Petti (são Paulo)

ComunitàItaliana está aberta às contribuições e pesquisas de estudiosos brasileiros, italianos

e estrangeiros. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, sendo

assim, não refletem, necessariamente, as opiniões e conceitos da Revista.

la rivista ComunitàItaliana è aperta ai contributi e alle ricerche di studiosi ed esperti brasiliani, italiani e estranieri. I collaboratori e sprimono, nella massima libertà, personali

opinioni che non riflettono necessariamente il pensiero della direzione.

IssN 1676-3220

Filiato all’Associazione

stampa Italiana in brasile

Pietro Petraglia Editor

Comunicação de ponta

O início do ano letivo na Itália, em setembro, foi marcado pela visita do ministro da Instrução Pública, Giuseppe Fioroni, a

algumas escolas. Em um estabelecimento de ensino romano, ele fez a vez de professor e aproveitou para afirmar que “a educação é o elemento fundamental para vencer o terrorismo, eliminando os medos e preconceitos”.

O ministro também inaugurou duas escolas na chamada “cidade eterna”. A solenidade aconteceu na mesma época em que foram lembrados os cinco anos de ataques terroristas ao World trade Cen-ter, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Congresso na ItáliaSeis médicos do Progra-

ma de saúde da Família (PsF) de belo Horizonte fo-ram selecionados para parti-cipar do 12º Congresso Euro-peu de Medicina de Família, em Florença, entre os dias 27 e 30 de agosto. Os traba-lhos dos profissionais da rede municipal de saúde da capi-tal mineira foram seleciona-dos juntamente com outras 13 experiências brasileiras que serão apresentadas no Congresso. Atualmente, em bH, estão implantadas 506 equipes de PsF, que dão co-bertura a aproximadamente 1,8 milhão de habitantes, o equivalente a 76% da popu-lação do município.

Vaticano vende fotoO s fiéis católicos têm, agora, acesso ao imenso arquivo digital

do serviço Fotográfico do l’Osservatore Romano, jornal da santa sé. Mais de cinco milhões de fotos, desde 1930, estão ao alcance de profissionais ou não.

Para tanto, basta acessar o endereço http://www.photo.va e desembolsar uma quantia que vai de E 2 a E 64, dependendo do tamanho desejado, além de sete euros para despesas de correios. O interessado também pode optar pelo formato digital (E 8). se quiser inserir a foto em CD, pagará mais E 1. Os preços valem até dezembro.

“Berlusconi” ataca na ItáliaUm vírus de computador assustou internautas italianos nas

últimas semanas de agosto. Eles clicavam no anexo do e-mail tentados a abrir a mensagem intitulada “berlusconi as-sassinado” e vislumbrando a possibilidade de encontrarem uma fotografia do corpo do ex-primeiro-ministro da Itália. Mas se de-paravam com a instalação de um programa no disco rígido que era transmitido a todos os destinatários da lista de e-mail, além de causar problemas de funcionamento nos sistemas operacio-nais Windows.

Cidade fantasma 1A cidade de Veneza pode per-

der todos seus habitantes em 2030 e ser apenas um desti-no turístico, se continuar o atu-al êxodo de seus cidadãos. A in-formação foi dada pelo jornal “la Repubblica”. segundo o periódi-co, a cada ano, entre 2 e 2,5 mil moradores de Veneza decidem sair da cidade, cuja população passou de 121,3 mil pessoas (1966) para as 62 mil atuais. E desse número, 25% tem mais de 64 anos.

Cidade fantasma 2Em compensação, sem

habitantes, a cidade histórica passaria a ter 100 mil visitantes diários. Um dos fatores que explicam es-te êxodo é o alto custo da habitação, entre 6 e 8 mil euros por metro quadrado, enquanto alugar um aparta-mento de 80 metros custa cerca de 2 mil mensais.

BelíssimasUma pesquisa realizada pe-

la empresa de produtos de beleza Calypso, durante as du-as primeiras semanas de agosto, constatou que as mulheres ita-lianas são as mais saudáveis e as mais belas da Europa. O es-tudo, baseado em um Quozien-te di benessere (Q.B), envolveu mil mulheres de 10 países, com idades entre 25 e 45 anos. Em segundo lugar, ficaram as fran-cesas e, em terceiro, as espa-nholas. A pesquisa comprovou que a pele do rosto e do corpo da mulher italiana era a mais sã e luzidia em 65% dos casos, en-quanto 80% delas tinham cabe-los sedosos e brilhantes.

O mistério de MussoliniGuido Mussolini, neto do ex-ditador italiano benito Musso-

lini, pediu para que o corpo de seu avô fosse exumado a fim de esclarecer as causas de sua morte. Mussolini e sua com-panheira, Claretta Petacci, foram baleados por guerrilheiros em 28 de abril de 1945 quando tentavam sair de um avião da Itália. Os detalhes da morte do ditador até hoje provocam polêmica. segundo relato de Urbano lazzaro, guerrilheiro da resistência italiana que teria prendido Mussolini, ele foi morto por engano em uma tentativa de fuga.

segundo o advogado luciano Randazzo, uma autópsia fei-ta logo após sua morte, indicou que ele foi baleado. No en-tanto, não foi estabelecido o calibre da arma que o matou. “Várias reconstituições são contraditórias e a promotoria ita-liana nunca declarou como exatamente ele foi morto”, disse Randazzo.

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O sobrenome da mãeO lobby “rosa” do Parlamen-

to italiano prepara-se para defender uma proposta destinada a revolucionar o direito de famí-lia na Itália: permitir que os pais escolham qual sobrenome será transmitido aos filhos, acabando com o monopólio masculino. Há 13 propostas de lei sobre o assun-to: 10 na Câmara e três no sena-do. Do total, nove foram assina-das por mulheres parlamentares.

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TIM FesTIval 2006Já foi divulgada a progra-mação. A edição comple-ta do evento acontecerá no Rio de Janeiro somen-te entre os dias 27 e 29 de outubro. Haverá ain-da versões reduzidas em são Paulo, Curiti-ba e Vitória. Dentre as principais atrações está stefano bollani. O publico vai poder conferir o talento do artista que é uma das grandes revelações do jazz italiano. Em são

na estante

agenda cultural

La festa è grande quando i paesani e gli amici si incontrano per festeggiare un

avvenimento importante e storico della vi-ta del paese.

le vie della cittadina sono illuminate con arcate piene di lampadine rosse e gialle, i fe-stoni colorati, gli stendardi, drappi e coperte appesi alle finestre e ai balconi, con la gente affacciata che si sbraccia salutando i dirim-pettai, i vicini, quelli che passeggiano con il vestito delle feste.

la piazza centrale è stracolma di famiglie, i bambini giocano e si rincorrono tra le gambe degli adulti che fingono di arrabbiarsi.

le ragazze sbirciano i giovanotti, e affol-late sono le giostre, la pista dell’autoscon-tro, il tirassegno, le bancarelle che vendono leccornie, castagne e fichi secchi, mandor-le, datteri e uva sultanina, mandorlati, noc-cioline e torrone, gelati, sorbetti, orzata e granite.

le grandi finestre del Municipio sono illu-minate e dal balcone centrale il sindaco, gli Assessori, i Consiglieri, il Farmacista, il Pos-sidente, l`Arciprete e il Maresciallo dei Cara-binieri si godono la festa, accennando ora a questo ora a quello, fieri della propria autore-vole rispettabilità sociale.

Dopo lo scampanío festoso della campana maggiore della Chiesa, si fa silenzio e nella piazza entra l`allegra banda Musicale con le sue marcette d`ogni tempo.

la Festa è allora veramente grande, co-sicché, alla fine del concertino, da dietro la collina sovrastante il paese, si alzano i fuochi che scoppiano fragorosi e variopinti nel cielo nero ammantato di stelle.

Prima del botto finale, quando tutti i nasi sono all`insú, il faro di luce della camionet-ta dei Carabinieri illumina un lungo striscione bianco su cui giganteggia la scritta:

lUNGA VItA E FORtUNA A “COMUNITÀI-TALIANA”.

Poi il grande finale, l`esplosione di felici-tà, gli applausi, i fischi, gli auguri, le pacche sulle spalle, i baci, gli abbracci, lo schiocco dei tappi, il tintinnare dei bicchieri, e mil-le voci, giovani e adulte, ... Auguri! Auguri! Campate per cent`anni, con buona salute.

Qui in paese, lì a Niteroi, vicini e lontani, una sola ComunitàItaliana.

Ecco, cari amici, quello che ho immagina-to: una Festa Grande, perché, diciamola tutta, ve la meritate, Voi, come il Paese, geloso del-le sue tradizioni, ma con gli occhi spalancati verso orizzonti sempre più lontani e vasti, e le orecchie e la mente ben aperte per catturare e capire il tempo che non si ferma e che non torna mai indietro.

ComunitàItaliana, un vivace paese di fa-miglie e di amici, pieni di entusiasmo, come il primo giorno, interpreti e portavoce di tutti, at-tenti, buoni e severi, pronti a lodare e criticare e, quando ce n`è bisogno, ad alzare la voce.

PaRliamONEcon l’Avvocato Giuseppe Fusco

[email protected]

OggI è FesTa grande

opinião serviço

Estação Paraty, de sergio sa-raceni. Em seu último livro, o produtor de cinema e advoga-do fala sobre os amigos que o visitavam no balneário. Dividi-do em capítulos, quase sempre com o nome do estado/cidade do visitante, o livro começa com a chegada do crítico de cinema Almeida salles e um casamen-to, que tem desdobramento no intrigante conto policial “lua-de-Mel”, de luiz lopes Coelho, incluído no volume. Geração Editorial, 160 págs., R$29,90.

Mãe nossa que estais no céu. O primeiro romance do chileno Pablo simonetti reúne as memó-rias de uma chilena descenden-te de italianos que, por conse-qüência da má relação com os pais, sempre buscou construir uma família perfeita. Ao rece-ber a notícia de que está com câncer, Julia, 77 anos, mãe de quatro filhos, nega-se a tratar a doença com quimioterapia. Ela decide esperar pela morte, ati-tude reprovada pelos filhos e médicos. Editora Planeta, 295 págs., R$ 37,50.

Tradição, conhecimento e prática dos Vinhos, de Danio braga e Célio Alzer. O livro traz fatos relacionados à matéria e contribui assim para que mais pessoas se interessem pelo assunto. tudo porque o vi-nho não é apenas, como dizia Pasteur, a mais sã e higiênica das bebidas. É uma bebida que tem o poder mágico de reunir pessoas, provocar a conversa inteligente e, acima de tudo, fazer amigos. José Olympio Editora, 164 págs., R$22.

Estrela de Natale, de Ecy Airoldi. A ítalo-brasileira narra a história de amor vivida entre ela e o empre-sário italiano Natale Airoldi. Num cenário delineado entre o lago de lecco (Itália) e a praia de Copaca-bana (brasil) é mostrado o envolvi-mento familiar do italiano, espor-tista e empresário que, ao conhecer a terra do samba, idealiza um jeito de ser feliz. Natale foi presidente da Associação das Pequenas e Mé-dias Empresas da lombardia. Pro-dução independente, o livro pode ser adquirido pelo telefone (21) 32014501, 133 págs., R$25.

frases“Ci sono troppe bionde ovunque, a Hollywood di brune ce ne sono due o tre, non di più. Meglio per me, lavoro di più, ma non è un buon messaggio per i giovani”

Mônica Bellucci, attrice, al settimanale Elle, proponendo il grande ritorno delle

more e la brune-attitude.

“O desarmamento do Hezbollah no sul do Líbano é uma fábula. Não o conseguimos com os somalis, que eram menos organizados. Como se desarma a um

milhão e meio de militantes?”

Mario Buscemi, general italiano que coordenou as operações

de paz na Somália.

“Veneza é um festival particular, também pelo lugar no qual é realizado, por seu caráter internacional: teve altos e baixos ao longo dos anos, mas atualmente está vivendo um período de muitos ‘altos’. Acho que neste momento é o festival de maior vanguarda da Europa.”

Catherine Deneuve, atriz e presidente do Júri Internacional da 63ª edição do

Festival de Cinema de Veneza

Paulo, o show do milanês será realizado no Auditório do Ibirapuera, no dia 27, às 20h30 e, no Rio, na Marina da Glória, no dia 29 de outubro, às 20h.

FesTIval dO rIO 2006 Em setembro, o evento vai apresentar mais de 300 produções de 60 países, inclusive da Itália, exibidas em 34 locais da cidade, divididos em 25 cinemas, oito lonas cultu-rais e na praia de Copacabana. O destaque

vai para a retrospectiva dedicada a luchino Visconti, em comemoração ao centenário de nascimento e dos 30 anos de morte do grande diretor de Morte em Veneza. Alguns dos títulos italianos presentes ao festival: la seconda Notte di Nozze, de Pupi Avati, la tigre e la Neve, de Roberto benigni e the Caiman, de Nanni Moretti. O festival acontecerá entre os dias 21 de setembro a 5 de outubro. Pelo site, www.festivaldo-rio.com.br, os interessantes poderão obter mais informações.

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Nota da Redação:Todos os leitores podem sugerir pautas e contri-buir com textos. Todos serão encaminhadas para o Conselho Editorial e, caso considerados dentro do padrão de editorias da Comunità, publicados.

serviço

X encOnTrO de HIsTórIa e TeOrIa da arquITeTura dO rsCentrado no tema “As cidades gaúchas como objeto de investigação”, o evento busca con-tribuir para sedimentar a pesquisa acerca do desenvolvimento das cidades gaúchas. Volta-do a alunos, professores e profissionais de Ar-quitetura e Urbanismo. De 5 a 7 de outubro. Local: Auditório do Campus 8, da Universidade de Caxias do sul - Rodovia Rs 122 - Km 69. Informações: (54) 3227-1400.E-mail: [email protected]

MObIlIar 2006 - curITIbaA 11ª Feira de Móveis do Paraná reúne fa-bricantes e lojistas do setor moveleiro da região sul que apresentam seus lançamen-tos diretamente ao consumidor final. De 6 a 15 de outubro. Horário: segunda a sexta: das 17 às 22 horas - sábados: das 14 às 22 horas - domingos: das 14 às 21 horas. Local: Centro de ExposiçõesParque barigüi.Informações: (41) 3335-3377. E-mail: [email protected]

cartas

eventos

Errata: Os créditos das fotos da matéria “A Vittorio Veneto brasileira”, nas páginas 36 e 37, na edição 99, são para a Fundação Pró-Memória de são Caetano, em são Paulo.Na seção sapori d´Italia, incluem-se duas co-

lheres de sopa de gelatina sem sabor na recei-ta de Panna Cotta, publicada na edição 99.Nota da redação: As traduções para o italia-no na edição 99 foram feitas por Elizabeth thompson e Ana Paula torres.

Considero o conteúdo da revista bas-tante interessante para quem apre-

cia a cultura italiana e assuntos diversos. Gostaria de sugerir a inclusão de matérias referentes à comunidade italiana instala-da no sul do Estado de santa Catarina e um encarte, semelhante ao “Mosaico”, que contemple o curso básico de Italiano.

JuaRez CesaR FRassetto, por e-mail

Adorei a matéria da edição 99 sobre o que estava em alta no verão ita-

liano. Mais uma vez, a revista nos mos-trou que podemos acompanhar a moda, as músicas e tudo mais, mesmo que dis-tante, como se estivéssemos por lá.

GRaziella BeRtoNi,por e-mail

Muito bonita a homenagem feita aos atores Raul Cortez e Gianfran-

cesco Guarnieri. Dois ícones culturais como eles mereciam mesmo uma matéria como a da última edição.

CezaR RoMeo CaMpos,por e-mail

Interessante a matéria sobre os queijos. A revista precisa ter, cada vez mais,

reportagens de curiosidades como esta. Incrível como a cada edição a qualidade gráfica fica ainda melhor. Ao acabar de ler e de apreciar a revista, já aguardo ansio-samente pelo próximo número! Parabéns!

aNtoNio RossiSão Bernardo do Campo - SP

Assim como muitos cariocas jamais subiram até o Corco-

vado ou pegaram o bondinho para o Pão-de-Açúcar, muitos milaneses nunca estiveram no alto do Duomo de Milão. Foi assim que, na minha mais recente viagem à Itália, me vi lá em cima, levada por uma amiga, autêntica cidadã de Milão. Ela, co-mo eu, nunca havia subido os inú-meros degraus da Catedral.

também é possível chegar ao topo do Duomo de elevador, mas nós optamos pelos de-graus para já irmos entrando numa atmosfera de tempos passados. lá do alto, como não poderia deixar de ser, a vista é esplêndida! Além de um símbolo mundial da arte gótica, as torres da catedral de Milão são um ponto privilegiado de onde temos uma vista panorâmica de 360 graus dessa cidade particularmente charmosa e que, sem sombra de dúvida, é uma das mais internacionais e “antenadas” de toda a Europa. (tatiana Ribeiro - Niterói - RJ)

click do leitor

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articolo

Lavoro in brasile dal 1964, sostenuto fino al 2000 da un’invidiabile salute e sen-za esperienze dirette di as-

sistenza medica. A questo punto, sarà stata forse la tradizionale crisi del passaggio dei 70 anni, mi ero sentito improvvisamen-te debilitato, con tossi violente e persistenti ed un’inconsueta scarsa disposizione al lavoro.

Dopo molte insistenze fami-liari, decisi di farmi visitare a Rio e quale fu la sorpresa della diagnosi, purtroppo conferma-ta dalle analisi di laboratorio in brasile e Italia, di una seria e diffusa forma di linfoma mantel-lare, cioè, di un cancro del siste-ma linfatico, malattia incurabi-le anche in considerazione della mia età, ma controllabile nei casi meno violenti, se seguita con te-rapie moderne ed efficaci.

Dato il mio frequente pendo-larismo tra Rio e torino, ho po-tuto conoscere l’Istituto per la Ricerca e la Cura del Cancro di Candiolo (IRCC). A questo punto, decorsi ormai quasi 7 anni di mia esperienza diretta, vale la pena di fare qualche cenno su quel-la che per me è stata la scoper-ta dell’organizzazione sanitaria pubblica italiana e sui suoi prin-cipi informatori:

• l’Italia e l’Europa in gene-rale, hanno impostato nel dopo-guerra le loro organizzazioni sa-nitarie nell’intento di offrire ai cittadini la massima assistenza possibile, compatibilmente alla spesa. Ciò a differenza degli UsA, che hanno optato per una gene-ralizzata privatizzazione, con spese mediche a carico dei cit-tadini. Il caso brasiliano, è poi quello di un paese la cui popo-lazione è cresciuta troppo rapi-damente con assistenza pubblica

esistente ma insufficiente, men-tre funziona il sistema privato a pagamento a cui hanno accesso le classi abbienti;

• Per gli stati assistenzia-li tipo Italia, i problemi orga-nizzativi e finanziari sono com-

Esperienzecon la sanità

Franco Urani

Un cenno sulla scoperta dell’organizzazione sanitaria pubblica

plessi, in quanto la popolazione è assai esigente, conscia dei suoi diritti, abusa normalmen-te in medicinali. Inoltre, la ten-denza all’invecchiamento della popolazione provoca inevitabi-li spese mediche crescenti. Vi sono problemi per visite ambu-latoriali ed interventi chirurgi-

ci di natura convenzionale, con liste di attesa che durano per-sino mesi, a meno che si ricor-ra al sistema privato. Di norma, non vi sono invece problemi per la cura del cancro, considerata prioritaria:

• In Italia gli investimenti per la ricerca sono molto bassi ed è normale che i nostri mi-gliori ricercatori emigrino verso paesi che danno maggiori pos-sibilità, primo tra i quali UsA. le spese di ricerca delle case farmaceutiche multinazionali sono ingenti ed il ritrovamen-to di un nuovo farmaco è im-presa di estrema difficoltà, che può richiedere investimenti co-spicui, peraltro poi largamente compensati da anni di brevetto del nuovo prodotto. Da qui, la necessità di una spesa certa-mente rilevante che il ssN ita-liano deve sostenere all’estero per l’acquisto dei farmaci mu-tuabili, come molti contro il cancro, malattia sulla quale si stanno concentrando le ricer-che dato che è la prima causa di morte della popolazione. I nuovi sistemi connessi a nuo-vi farmaci, impianti, trapian-

ti, tecnologie ortopediche per mielomi, e forse in futuro cel-lule staminali, stanno aprendo continuamente nuovi campi.

Venendo al mio caso perso-nale, ero stato sottoposto al-l’IRCC, nel primo semestre 2001, ad un trattamento chemioterapi-co convenzionale, con riduzione significativa del linfoma, seguita annualmente da efficaci sommi-nistrazioni di un nuovo farmaco specifico, senza accusare alcun rilevante inconveniente.

Peraltro, i controlli medici periodici riscontravano ad ini-zio 2006 una pericolosa ripre-sa del linfoma con necessità di dovermi sottoporre, dal maggio scorso, ad un trattamento che-mioterapico assai più forte e tossico rispetto al precedente del 2001, con ricovero in ospe-dale per circa 15/20 giorni al mese per 4 cicli di trattamento, che ora sto terminando. segui-ranno dopo la convalescenza, controlli e trattamenti mirati ogni 2 mesi, con la speranza di potere riprendere da novembre il mio normale lavoro brasile/Italia. speriamo in bene.

Il periodo che sto conclu-dendo in ospedale, è stato per me e mia moglie di grande in-teresse ed edificazione, pren-dendo conoscenza diretta di molti casi di sofferenza sop-portati con estremo coraggio, e spesso si trattava di giova-ni sui 20 anni e non di anziani come me. Direi che c’è la cer-tezza di essere curati nel mi-gliore dei modi e la speranza di potere un domani avere ac-cesso alle incalzanti nuove tec-nologie che potrebbero portare alla guarigione o a sostanziali progressi. Quindi, piena fiducia dei pazienti e familiari, ed un senso spiccato di solidarietà umana che ci ha impressionato, fa riflettere e bene sperare.

Vorrei infine ricordare l’estrema competenza ed effi-cienza del personale medico e di tutti gli addetti dell’IRCC, la loro comprensione, l’ottimi-smo che essi sanno infondere ai pazienti, l’assenza di qualsiasi drammatizzazione, il forte spi-rito di équipe. A tutti loro va il nostro ringraziamento, grati-tudine, simpatia e il riconosci-mento per il magnifico lavoro che svolgono con profonda pas-sione e umanità.

“Gli investimenti per la ricerca sono molto bassi ed è normale che i nostri migliori ricercatori emigrino

verso paesi tra i quali USA”

opinione

E adesso,scorpioni?

Ezio MaranEsi

Scienzati decidono che Plutone non è più un pianetta del sistema solare

T remilacinquecento scien-ziati giunti a Praga da tutto il mondo, il “top del top” dell’intelligenza planetaria,

hanno deciso che Plutone non é piú un pianeta del sistema solare. É diventato una pietruzza che va-ga, lentissima, nell’universo, cosí come altre pietre, ben piú impor-tanti. Caronte, per esempio. l’ave-va giá immaginata Dante che, in modo figurato, le aveva assegna-to il compito di portare le anime dannate all’inferno, che dovreb-be essere da quelle parti. Oppure Xena, nome di cagnolina vezzosa che mal si adatta ad una pietra tetra e gelida. Plutone, secondo Walt Disney, é invece un cane un po’ giocherellone, ma sostanzial-mente serio. Girava ignaro, lentis-simo ma felice attorno al sole; ora é diventato nano, torvo, tetro e

piú freddo che mai. la terra, “per-cossa e attonita” come disse Man-zoni quando morí Napoleone, ha appreso la notizia della esclusio-ne con sgomento e rassegnazione ma, soprattutto, si sveglió diso-rientata. In un mondo dove il tra-scendente, dopo Gesú, Maometto e Paulo Coelho, ha occupato gran parte dello spazio disponibile nei nostri cuori e nelle nostre men-ti, quel che resta dell’immanente dovrebbe essere certezza: le leggi fisiche, le veritá matematiche, le cose concrete. Da 74 anni i libri di astronomia, una scienza esat-ta, ci insegnano che Plutone é il nono pianeta del sistema. Im-provvisamente scopriamo che ci hanno raccontato frottole. A chi mai possiamo piú credere?

I piú angosciati sono gli scorpioniani. I loro reggenti so-

no Marte e Plutone. Ció confe-risce loro, dicono gli astrologi, audacia, virilitá, perspicacia, de-terminazione e intensitá emoti-va. sono uno di loro e mi sento particolarmente colpito. Ci han-no sempre detto che siamo pieni di difetti: individualisti, suscet-tibili, introversi, estremisti, ecc. ma abbiamo, sempre secondo gli astrologi, notevoli pregi, ol-tre quelli giá citati. Il presidente lula é dei nostri. Registrato il 6 ottobre é in realtá nato il 27 ot-tobre, sotto il segno dello scor-pione. Immagino che anche lui, come tutti noi scorpioniani, ora si senta orfano, senta la man-canza di questa áncora nel cie-lo che ci é stata repentinamen-te sottratta e alla quale eravamo tenacemente e ingenuamente aggrappati. Chi siamo noi ora? Come é realmente il nostro carat-tere? Credevamo di essere, e non siamo. Mi sento come uno dei sei personaggi pirandelliani, alla perenne ricerca di un autore che mai troveranno. Non voglio avere un reggente come Caronte, il tra-ghettatore di peccatori, o Xena, la cagnolina vezzosa. Rivoglio il mio Plutone, freddo, lento, lon-tano ma serio, concreto, vero.

Come sempre accade, quando qualcuno cade in disgrazia tutti si accaniscono contro di lui. Di-ce l’astrologo luiz Galano: “ Non cambia assolutamente nulla. Noi astrologi lavoriamo poco con Plu-tone per la sua dimensione ridotta e la sua lentezza. Impiega 29 an-ni per completare un ciclo, e 348 anni per passare dallo Zodiaco.” l’astrologa Cristina Figueredo dice addirittura, negando un assioma universalmente accettato, che “. . non sono i pianeti che influiscono sulla determinazione della poten-zialitá di un segno.” Il coro deni-gratorio é compatto e noi, scorpio-niani e non, ci chiediamo sempre piú disorientati se, finora, abbia-mo solo bevuto panzane. Ma l’af-fascinante mistero del nostro de-stino scritto nelle galassie attrae ed é un argomento inesauribile di conversazione in un approccio ga-lante. E la nostra pigrizia mentale, poveri di fantasia come siamo, ci é di grande conforto.

se nello spazio celeste, domi-nio di scienze esatte, le cose non sono quelle che sembravano es-sere, figuriamoci sulla terra, dove il libero arbitrio regna sovrano. l’essere umano tende a dare di se

stesso l’immagine che il prossimo gradisce. I media danno ai fatti la versione che fa vendere piú gior-nali. la “tardona” nasconde i suoi anni. Il politico vuole apparire un pozzo di virtú, celando con cura i suoi scheletrini. Il frutto sullo scaffale appare bellissimo, co-lorito, ma non ha sapore. te ne accorgi solo quando lo mangi. la domenica di leopardi, dopo un sabato passato ansiosamente ad agghindarsi, si rivela uno schifo. Ha proprio ragione Pirandello: le realtá sono centomila. Ciascuna di esse é confezionata a seconda dei desideri e delle aspettative di coloro che vogliamo impressiona-re. É tempo di elezioni. Ci passa davanti la galleria dei candidati. Ciascuno recita la sua parte. Ma chi sono veramente questi signo-ri? Quali segreti, nel bene e nel male, nascondono? Perché a colo-ro che mentono non cresce il na-so come a Pinocchio? sarebbe la mecca di ogni chirurgo plastico. Alcuni peccati, di alcuni di loro, sono conosciuti. Perché si fa finta di non sapere?

Ma non voglio banalizzare il dramma di Plutone e, di riflesso, dei suoi orfani scorpioniani. Plu-tone, il dio invisibile che regge l’oltretomba, probabilmente non si é neppure accorto di questo star-nazzare che i terrestri hanno fatto, riempiendo telegiornali e riviste di un dramma del quale, francamen-te, non dovrebbe importare niente a nessuno. E noi scorpioniani re-stiamo tranquilli. Il declassamen-to di Plutone non cambia assolu-tamente nulla nel nostro destino: vinceremo alla lotteria e avremo un figlio quando Dio vorrá e non vivremo né un giorno di piú né un giorno di meno rispetto a quan-to é giá scritto nel cielo. Questo “giallo” planetario ci lasci peró al-meno l’insegnamento che bisogna essere molto critici sulle cose che leggiamo e sulle persone che co-nosciamo. Vi puó essere una gran-de differenza tra l’apparenza e la realtá. E noi viviamo, oggi piú che mai, in un mondo dove la mo-glie di Cesare deve apparire one-sta. Che poi lo sia veramente o no, ha relativa importanza.

E da ora in poi, quando alla notte torni a casa e, come sempre, guardi il cielo e conti le stelle, ti accorgerai che ne manca una. Non é cattivo presagio; in realtá quella stella non c’é mai stata. te l’ave-vano fatta immaginare.

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marco lucchesi / articolo

O fogo da GréciaOs estudos da Grécia seguem mais vivos. Como não

sentir na Apologia de sócrates algo de estranho e de maravilhoso, acontecendo agora, diante de nossos olhos, ávidos e atônitos, que não lidam

com um fantasma, mas com um grande pensador, que pagará com a própria vida a sua demanda de verdade? Como não sofrer pelos destinos de Prometeu, com quem, aliás, compartilhamos a mesma sorte, marcados pelo de-sejo de superar inúmeras fronteiras, a despeito da história e dos deuses? Como não sentir a vertiginosa beleza dos diálogos platônicos, e não sair comovido das páginas do Fédon, sobre a imortalidade da alma, ou não perceber a grandeza dos fragmentos de Heráclito, príncipe do fogo, que tantas marcas deixaria séculos afora?

Não, o mundo antigo não é uma curiosa peça de museu, distante dos desafios do mundo moderno. Diversos cursos de letras clássicas já o compreenderam. E começam a viver atitudes complexas e difusas no ensino da cul-tura antiga. Ficou definitivamente sepultada (é o que se espera) a terrível separação entre língua e literatura. A gramática deixou de ser um fim em si mesmo e a filologia começou a recuperar suas reais dimensões. As palavras de fogo dos sofistas, e as idéias de Platão voltaram a brilhar, com as grandes pesquisas de Giovanni Reale. Parece que o estudo abrangente vai ganhando maior espaço diante de uma gélida especialidade... Vico e Nietzsche abriram essa estrada. Não admitem a abordagem do mundo clássico, em termos exclusivamente filológicos. Não questionam a necessidade de um terreno firme, de um bom conhecimen-to material, língüístico e arqueológico. Ignorar, contudo, uma prática maior, de cunho filosófico, implica mobilizar uma grande plêiade informativa, e não lhe emprestar sen-tido, interpretações de conjunto. É justamente isso o que os centros de ensino começam a perceber...

Certos exemplos surgem nos livros de um Vernant ou de um Finley, onde vemos uma participação de múlti-plos saberes, voltados para uma construção geral. E não são pequenos os riscos. Mas é preciso enfrentá-los. E se o erro vencer, há de se preferir um grande erro a um acerto medíocre, para criar novas perspectivas. E quanto a esses grandes erros – ou desvios de paradigmas –, dois gigantes como Vico e Nietzsche acabaram gerando uma guinada nos estudos clássicos, a partir de uma fenomenologia do mito ou de uma nova estética.

Assim, tanto na obra monumental de Wilamowitz-Möllendorff, quanto nas cartas de Jacob burckhardt, como nas conferências de Cornford – não sendo pequenas as diferenças que os separam –, todos endossam uma con-clusão, ao mesmo tempo singela e inevitável: a tradição do Pensamento Ocidental está de todo enraizada no Mun-do Antigo. E, assim, pois, um olhar sobre a Grécia con-stitui sempre, em múltiplas releituras, o ponto de filia-ção ou desfiliação dessas mesmas raízes – trate-se de um

caminho etimológico ou metafísico, de um endosso ou de uma recusa.

Ora, essas considerações fora de lugar têm um mo-tivo concreto. A bela coleção signos, da editora Perspec-tiva, dirigida por Haroldo de Campos, acaba de lançar dois livros: A cultura grega e as origens do pensamento europeu, de bruno snell. É preciso registrar de imediato o ineditismo de snell – em nosso país –, que foi um nome de marca o da geração de eruditos alemães, orig-inários de um contexto positivista, recolhendo e clas-sificando uma vastíssima coleção de documentos. Ao receber esse legado, e ao criticá-lo em diversos pontos, menos ambicioso do que um Willamowitz-Möllendorff, snell procurou repontuar inúmeras questões, que pare-ciam excessivas em seu predecessor, provocando olhares novos em diversas áreas, como em seus estudos sobre a formação da linguagem científica na Grécia. O livro de snell não alcança as generalizações da Paidéia, de Wer-ner Jäger, ou as do Principium sapientiae, de Cornford. Mas tampouco se apressa a seguir paralelos incertos, ou forçadas analogias. snell soube dizer com propriedade e contida emoção as razões da morte de sócrates:

“Ele não cai no niilismo. Para tanto, três coisas lhe dão sustentação inabalável... A primeira é o demônio, a voz divina que o põe em guarda contra o mal. A segunda é a fé ab-soluta no significado de uma ação conduzida em conformidade com o que se julga ser o bem, e no valor da tarefa que todo homem tem na vida e que não lhe foi conferida por jogo. Sócrates selou esse ensinamento com a morte. A terceira é a convicção de que o homem participa do uni-versal e do duradouro através do conhecimento; tem portanto o dever de colocar todo empenho, a honestidade e a coerência no conhecer, ainda que não possa chegar a um saber perfeito. Esse é o meio para ampliarmos os confins da person-alidade e atingirmos a felicidade”.

todo um itinerário da felicidade socrática, da eude-monia, que o leva, tranqüilo, para a própria morte...

De snell ficaram, igualmente, outras contri-buições, como – por exemplo – as da origem da tragédia grega e do nascimento do indivíduo, no esquema já consagrado. Da passagem de Ésquilo para Eurípedes, do coro ao destaque do ator, da cantata ao solo, do drama coletivo e familiar – como na maldição dos labdácidas – ao erro de um só homem, da força escura dos deuses à força escura dos homens.

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intervista

E adesso, la parola al ministro

ana PaUla TorrEsCorrispondente • roma

Comunità Italiana – Quali sono i risultati di questi primi mesi di attività go-vernativa?

Franco Danieli – I settori di in-tervento sono stati vari. Par-tendo dall’informazione dall’Ita-lia verso il mondo, ho convocato una conferenza strategica su Rai International con il Ministro del-le Comunicazioni Paolo Gentilo-ni, il sottosegretario alla Presi-denza del Consiglio Riccardo levi e il direttore di Rai Internatio-nal Massimo Magliaro. Nell’occa-sione, il sottosegretario levi ha comunicato che non firmerà le convenzioni tra la Presidenza del Consiglio e la Rai, che riguarda-no appunto Rai International, se non ci sarà un progetto specifico di rilancio e riqualificazione.

l’altro elemento che ho sotto-lineato è la necessità di aumenta-re l’offerta informativa dell’Italia verso il mondo. Non può essere solo Rai International ad entrare nelle case delle comunità italiane nel mondo, ma anche altri canali della Rai. Una delle ipotesi di la-voro è la diffusione di Rai News 24, cosa che può essere fatta con costi molto contenuti e in tempi molto rapidi. l’obiettivo è quello di aumentare l’offerta informati-va e mi auguro che anche i priva-ti possano collaborare, decidendo di fare la stessa operazione con le loro reti televisive.CI – Allora ci sarebbero vari ca-nali?Franco Danieli – Assolutamente. l’aumento dell’offerta informati-

Franco Danieli, pugliese di Galatone

in provincia di Lecce, laureato in giurisprudenza e specializzato in diritto del

lavoro e internazionale, è l’attuale vice ministro

degli Affari Esteri con delega per gli italiani nel

mondo. Questa carica sostituisce quella svolta

da Mirko Tremaglia, presso il Ministero per gli

Italiani nel Mondo, abolito dall’attuale governo in comune accordo con i

parlamentari italiani eletti all’estero, come aveva dichiarato il senatore Edoardo Pollastri in

un’intervista pubblicata sullo scorso numero di

Comunità. Franco Danieli ha incontrato la nostra corrispondente a

Roma, presso il suo ufficio della Farnesina, sede del

Ministero degli Affari Esteri. Nell’occasione,

Danieli ha raccontato in che modo il governo sta lavorando nell’interesse

dei cittadini italiani residenti all’estero. Tra

gli argomenti affrontati: il potenziamento dei

consolati, l’assistenza sanitaria, e la creazione

di un pacchetto sconti per favorire il turismo dei

connazionali in Italia.

va: questa è la parola d’ordine. Oltre alla riqualificazione della Rai International, con questioni molto concrete. Ho già detto in quella occasione [conferenza su Rai International ndr.] e lo ripeto sempre: non faccio più seminari. Per quanto riguarda le analisi che concernono gli italiani nel mon-do, abbiamo sulle nostre spalle quintali di documenti, quintali di analisi. Non dobbiamo più ragio-nare e analizzare, dobbiamo prov-vedere. Agire per raggiungere gli obiettivi che le analisi del passato hanno posto. l’intenzione del sot-tosegretario levi è di subordinare l’erogazione di 36 milioni di euro alla Rai, per quanto riguarda Rai International.

stiamo lavorando anche sul-l’informazione di ritorno, che vuol dire individuare finestre in-formative in Italia, sulle reti Rai, per dare notizia della comunità italiana residente all’estero. Per informare i cittadini italiani di cosa succede fuori dall’Italia.

Andremo anche ad un’inizia-tiva di incentivazione delle testa-te giornalistiche in lingua italiana che sono presenti in molte parti del mondo, ma che vedono una si-tuazione assolutamente differen-ziata. Ci sono centinaia di testa-te che sono quindicinali, mensili, stampate in maniera più o meno approssimativa, e un numero, ov-viamente più limitato, di testate giornalistiche serie. Il nostro in-tendimento è quello che l’informa-zione italiana nel mondo, prodot-ta localmente, possa avere spalle

larghe. Quindi, individuare stru-menti di incentivazione per quelle realtà giornalistiche informative che hanno dimostrato, con i loro prodotti, di essere in grado di fare un lavoro serio e di qualità. CI – Riguardo invece le altre pro-blematiche come l’attuale situa-zione dei consolati italiani nel mondo, che novità ci sono?Franco Danieli – Ci sono già al-cuni bilanci che si possono indi-viduare e ci sono lavori in corso, perché in due mesi non si fanno i miracoli. E noi, a differenza del precedente Presidente del Con-siglio berlusconi, non siamo at-trezzati per i miracoli. lui era in grado di farli, a noi invece, piace lavorare seriamente, quotidiana-mente e in maniera razionale.

Chiaramente i gravi problemi che abbiamo non possono essere risolti con un colpo di bacchet-ta magica. Ho disposto a luglio la mappatura della rete consolare che comprende sia la rete consola-re di primo grado che quella di se-condo grado, quindi, anche la rete consolare onoraria. Mappatura che vuol dire: numero di persone ad-dette in quel consolato, target o bacino di utenza, tipo di attività svolta, comunità italiana presen-te, comunità di origine italiana, differenziazione per tipologia di pratiche e stato fisico dei luoghi. Abbiamo dei consolati in cui c’è una situazione di inaccettabilità dei luoghi. È un dato che conse-gue ai tagli che la rete consolare ha subito nel corso degli anni del governo berlusconi. Questo ovvia-

mente ha avuto delle ripercussioni sulla qualità e sulla quantità dei servizi erogati, non solo ai citta-dini italiani. Faccio un esempio, in bielorussia, precisamente a Minsk, ci sono solo 42 cittadini italiani stabilmente residenti, però il con-solato italiano locale rilascia ogni anno 40 mila visti. Ogni anno ar-rivano in Italia 28 mila bambini bielorussi, ex-Chernobyl, che ven-gono ospitati da migliaia di fami-glie italiane che, per un mese, li portano al mare perché fa bene al-la loro salute. Quindi, quando par-liamo di rete consolare, parliamo non solo tenendo conto della co-munità italiana, ma della dimen-sione italiana nel mondo. CI – Quando sarà pronta la map-patura?Franco Danieli – sarà pronta il 15 settembre e alla luce di questa fotografia dell’esistente, assume-rò poi delle decisioni che saran-no di potenziamento, ma anche di razionalizzazione. Non siamo in condizioni di individuare soluzio-ni miracolistiche perché abbiamo trovato le casse vuote. Ci sarà una manovra importante, di 30 mi-liardi di euro, che permetterà di riportare l’Italia nei parametri di Maastricht, al di là dei parametri per risanare i conti, per consentire all’Italia di non prendere la stra-da del declino industriale. È evi-dente che con questa finanziaria non potremo fare molto, ma lavo-reremo in modo che le situazioni emergenziali, già nel 2007, pos-sano essere in qualche modo af-frontate, fermo restando che una rete consolare vasta come quella italiana, necessita di un tempo piuttosto lungo per rimettersi in una condizione di accettabilità nella fornitura dei servizi. CI – E riguardo al passaporto elettronico?Franco Danieli – È stato introdot-to il passaporto elettronico in ba-se alle normative comunitarie e ai vincoli ulteriori, che vengono imposti da ragioni di sicurezza. A differenza di alcuni paesi europei, che hanno centralizzato il rilascio del passaporto elettronico, c’è stata invece un’indicazione che ho dato e che è stata accolta. si trat-ta della conservazione del princi-pio del decentramento nel rilascio dei passaporti. Per cui i passaporti saranno rilasciati così com’è oggi per quelli ordinari, presso la re-te di rappresentanza consolare in

“Dal 2007 sarà attiva una card con sconti

per viaggi in Italia, destinata ai cittadini

italiani residenti all’estero”

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intervista

giro per il mondo, che sarà dotata di circa 350 apparecchi di alta tec-nologia, necessari per provvedere al rilascio dei nuovi documenti. Questo ci consente di risparmia-re soldi e tempo, rispetto a quello che sarebbe successo se tutto fos-se stato centralizzato a Roma. CI – Ci sono invece altre iniziati-ve in programma per il prossimo futuro?Franco Danieli – Per quanto ri-guarda in particolare la realtà brasiliana, c’è un progetto che partirà in tempi molto rapidi, di 6 milioni e 200 mila euro, che coinvolge concretamente san Paolo, oltre a Montevideo e bue-nos Aires. È un’attività che ri-guarda la formazione professio-nale, ma è diversa dai corsi di formazione del Ministero del la-voro. stiamo definendo il proget-to proprio in queste ore.

Ci sono tante altre iniziative di natura strategica. Per esem-pio, stiamo ripensando le norma-tive che disciplinano gli istituti di cultura, il sistema di insegna-mento della lingua e della cultura italiana all’estero, le istituzioni scolastiche, ma anche le istitu-zioni private che ricevono fondi dal governo italiano.

Ci sono un paio di tavoli di lavoro. Uno è sulla programma-zione culturale 2007 e parlia-mo di grandi eventi, spettaco-li, festival, iniziative di grande importanza che il governo vuo-le promuovere in collaborazione con le regioni. CI – L’altro tavolo di lavoro inve-ce, di cosa si occuperebbe? Franco Danieli – l’altro tavolo è quello finalizzato al cosiddetto turismo di ritorno, che non è un fenomeno legato solo al turismo, ma al viaggio di tanti nostri con-nazionali che per ragioni diverse, rientrano in Italia. l’intendimen-to è quello di fornire, attraver-so la rete consolare, una card a tutti gli italiani che la richieda-no. Questa card, consentirà di ri-cevere degli sconti consistenti, dal vettore aereo, ai viaggi sui treni, sulle reti locali, sui pull-man, ecc. sconti ulteriori per ca-tene alberghiere, ristoranti, per accedere a musei. In questo ta-volo saranno presenti le regioni, le associazioni di categoria e il governo per determinare insie-me quella che può essere l’entità delle offerte, in modo da mettere

assieme una specie di pacchetto consistente di opportunità.CI – Quanto tempo dovremo at-tendere per vedere attiva questa card?Franco Danieli – È un’attività complessa, però puntiamo di po-ter fornire queste card a partire dalla prossima stagione. Realisti-camente, immaginare maggio o giugno come periodo per dare il via all’operazione.CI – E come funzionerà?Franco Danieli – Presentandola in un circuito, che sarà elencato nel materiale informativo che al-legheremo alla card, si otterranno determinati sconti. l’idea è quella di creare un pacchetto economi-camente interessante per i con-nazionali che vengono in Italia.

CI – Anche per farli tornare più spesso?Franco Danieli – Assolutamente. E offrirgli non solo sconti relativi al viaggio, ma anche opportunità di conoscenza delle regioni, del-la cultura. C’è anche un rappor-to con il Ministro dei beni Cul-turali per l’accesso nei musei. È un’attività complessa, ma credia-mo che se faremo un paniere con molti contenuti dentro, possa di-ventare uno strumento di incen-tivazione notevole. CI – Oltre a iniziative di questo ge-nere, che sono di grande interes-se di chi ha una situazione econo-mica favorevole, avete pensato in un modo per assistere gli italiani che si trovano in difficoltà? Franco Danieli – Questo è un al-tro elemento di discussione con le regioni. Ci sono, soprattutto in

paesi latinoamericani, dei sistemi di assistenza farmaceutica e sa-nitaria privatizzati, o comunque a circuiti differenti, con cui se si vuole una prestazione sanitaria seria e adeguata, bisogna paga-re. Ci sono molti network di cen-tri di eccellenza che propongono pacchetti di assistenza sanitaria a costi accettabili per gli stan-dard italiani, ma impossibili per gli standard economici dei nostri connazionali. l’idea è di lavorare in collaborazione con le regioni per mettere assieme grosse cifre e poi andare a comprare dei pac-chetti presso questi network, de-stinati ai connazionali che sono in condizioni di difficoltà.

C’è una riflessione che va fatta sul tema dell’assistenza. Dal mio precedente incarico governativo

di sottosegretario agli Esteri che si occupava di italiani nel mondo, dal 1999 al 2001, il capitolo re-lativo all’assistenza diretta era a 23 milioni di euro, come l’avevo portato io. Oggi, dopo cinque an-ni di governo berlusconi, questo capitolo è a 13 milioni di euro, quasi dimezzato. Allora bisogna fare uno sforzo per recuperare ri-sorse destinate all’assistenza. Con l’economia di bilancio all’interno della Direzione Italiani nel Mon-do, abbiamo recuperato un milio-ne di euro che ho fatto confluire sul capitolo che riguarda l’assi-stenza ai connazionali in difficol-tà. Mi riferisco essenzialmente a cittadini italiani che vivono prin-cipalmente nei paesi dell’America Meridionale, quindi, brasile com-preso. sulla base di un’indagine consolare che disposi nel 2000, sappiamo che c’è una fascia del-

la popolazione che è in sofferenza sociale. Vogliamo lavorare per re-cuperare risorse da destinare al-la loro assistenza, mentre in al-tri paesi siamo più avanzati. Dove non ci sono queste condizioni che riguardano gli elementi essen-ziali della vita, ci sono richieste che dicono meno assistenza e più promozione dell’identità italiana. Quindi, richieste che si spostano dall’assistenza al campo dall’inse-gnamento della lingua, alla pro-mozione culturale, o a quello dei viaggi della memoria e del recu-pero delle radici in Italia. Questo riguarda i paesi dove le condizioni di vita sono diverse, rispetto al-le realtà dell’America Meridionale. Questo è un ragionamento che bi-sogna fare anche tenendo conto che le migrazioni di massa italia-ne sono cessate a metà degli anni ’70, e quindi, parliamo di comuni-tà italiane ormai insediate stabil-mente nei paesi di residenza. CI – Cosa ne pensa del Brasile e del rapporto con l’Italia?Franco Danieli – È una delle real-tà più importanti dello scenario geopolitico attuale. È emergente da un lato e già emerso dall’altro, ed è un potenziale produttivo di particolare interesse. È un paese con il quale l’Italia può sviluppare e incentivare le già ottime relazio-ni. C’è una sensibilità molto forte del Ministro degli Esteri Massimo D’Alema. Ricordo che lui da parla-mentare europeo fu anche presi-dente della delegazione parlamen-tare europea, nei rapporti con il brasile e i paesi del Mercosul. C’è stata di recente una visita mol-to importante del sottosegretario Donato Di santo in brasile. Io, in-vece, sarò in brasile nei prossimi mesi per incontrare la comunità italiana e per avere rapporti isti-tuzionali con il governo brasilia-no, sempre al fine di valutare lo stato di relazione tra i nostri due paesi, con particolare riferimento alla comunità italiana lì presente. CI – Cosa ne pensa del boom degli ultimi anni di richieste di riconoscimento della cittadi-nanza italiana da parte dei di-scendenti degli italiani emigra-ti? Secondo Lei, a cosa è dovuto questo fenomeno?Franco Danieli – C’è un fenome-no che non è solo brasiliano, ma è generalizzato, ed in qualche modo ciclico. Abbiamo un numero fisio-logico di richieste di cittadinanza

da parte di discendenti di cittadi-ni italiani, che per ragioni diverse, richiedono la cittadinanza. Que-sto numero si aggira su qualche migliaio di unità nel corso di un anno. Poi ci sono, nei periodi di crisi economica in alcuni paesi in cui risiedono importanti comuni-tà italiane, il boom della richiesta di riconoscimento di cittadinanza. la ragione è la connessione con le situazioni di disagio economico e con la voglia legittima di avere un futuro migliore. Chiaramente, que-sto provoca un problema nella re-te consolare.CI – In Brasile dicono che l’atte-sa per avere la cittadinanza è or-mai di 12 anni.Franco Danieli – sì, è differen-ziata, ma è chiaro che qualun-que paese si troverebbe in diffi-coltà, se ci fossero centinaia di migliaia di richieste di ricostru-zione di cittadinanza, nel giro di pochi anni.

Noi faremo di tutto per age-volare questo iter, però chiedere-mo anche a coloro che richiedo-no la cittadinanza di dimostrare che non vogliono avere semplice-mente un pezzo di carta in mano, ma di dimostrare che c’è un vero interesse. Questo è un problema che non riguarda solo i connazio-nali all’estero, ma è un dibattito che si è aperto in questi giorni in Italia, rispetto all’introduzio-ne, accanto al principio dello ju-ris sanguinis anche del principio dello juris soli. C’è un’iniziativa governativa per ridurre il periodo di tempo necessario per acquisire la cittadinanza italiana da parte di coloro che vivono in Italia da alcuni anni, e a coloro che sono nati in Italia da genitori immigra-ti. È il caso di ragazzini che ormai parlano, ad esempio, il dialetto bolognese o quello romano, ma che non hanno la cittadinanza.

C’è però, rispetto ad alcu-ni fatti di cronaca, un dibattito aperto che riguarda una serie di criteri che devono accompagnare l’iter di concessione della citta-dinanza. Il tema dell’accettazio-ne della Costituzione Italiana e del riconoscimento dei principi universali di diritto dell’uomo, nonché la conoscenza della lin-gua italiana, sono i principali. CI – Allora, secondo Lei, le regole attuali di riconoscimento della cittadinanza potrebbero subire dei cambiamenti?

Franco Danieli – Per il momento lavoriamo sulla base delle leggi esistenti, ma c’è un dibattito in corso. Ci sono dei disegni di legge che sono all’esame del Parlamento e che richiederanno qualche me-se per essere discussi, ma ci potrà essere qualche elemento che toc-cherà la concessione della cittadi-nanza in base allo juris sanguinis. CI – Concedere la cittadinanza a chi ha un vero legame con l’Ita-lia e non a quelle persone che vogliono facilitare il loro ingres-so in altri paesi, come negli Stati Uniti. È così?Franco Danieli – Assolutamente. Non siamo degli imbecilli, non siamo stupidi. sappiamo qual è la situazione e quali sono le esi-genze, chi chiede per un moti-vo o per un altro. Noi non rila-sciamo documenti di viaggio. se c’è una richiesta di cittadinanza, chiediamo che questa sia suf-fragata da una volontà esplici-ta, una specie di integrazione di motivazione allo juris sanguinis, altrimenti ci trasformeremo solo in un’agenzia di viaggio. CI – E’ in crescita la richiesta ita-liana di manodopera straniera per svolgere delle attività lavora-tive presso il mercato nazionale. In Brasile, ci sono molti cittadi-ni italiani con livelli alti di istru-zione e conoscenza della lingua italiana che sognano di venire a lavorare in Italia. Sono in pro-gramma delle iniziative che favo-riscono questo tipo di ingresso? Franco Danieli – Questo è uno degli elementi che è stato in di-scussione soprattutto nel perio-do della crisi argentina, quando le diverse regioni svilupparono processi per il rientro degli emi-granti. su questo bisogna stare attenti. la mia opinione, e quel-la del governo, è che non dob-biamo impoverire i paesi che in ragione di crisi economiche sono costretti in qualche modo a pri-varsi di manodopera, molte volte qualificata, o in qualche caso, di cervelli, di intelligenza. Forzare sul tema della emigrazione di ri-torno credo sia un danno ai paesi di residenza, soprattutto perché rallenta la possibilità di una ri-presa economica, come accaduto nel caso dell’Argentina. Quindi, nessuna attività forzata, diret-ta ad incentivare l’esodo, prin-cipalmente quando si tratta di manodopera qualificata. C’è evi-

dentemente un forte interesse ad accogliere cittadini italiani qua-lificati, bravi, lavoratori, specia-lizzati, ma sempre sulla base di motivazioni volontarie e libera-mente determinate.CI – E per gli altri, magari aiutarli direttamente in loco?Franco Danieli – Assolutamen-te. Questo è fondamentale. svi-luppare rapporti di partnership attorno a progetti concreti con le realtà locali, sia attraverso la cooperazione decentrata, sia at-traverso forme di collaborazione economica e commerciale a livel-lo governativo. CI – Cosa ne pensa del terrori-smo internazionale? Franco Danieli – È un fenome-no, che per la sua natura, cambia quelli che sono i parametri del-le azioni di contrasto, nel sen-so che non è un nemico con una divisa e che risiede stabilmente su un territorio. È un soggetto che frequentemente si muove, in luoghi e territori con coperture o con identità che sono assoluta-

mente diverse da quelle che gli stereotipi comuni possono fare immaginare. CI – L’Italia, secondo Lei, è vera-mente in grado di proteggersi?Franco Danieli – sì, l’Italia è pre-parata. Veniamo da una lunga esperienza tragica e decenna-le di lotta al terrorismo interno, di natura politica, che ha provo-cato molti morti, ma che è sta-to sconfitto. Questa esperienza ci ha consentito fino ad ora di contrastare anche il terrorismo internazionale, potenzialmente presente in Italia. CI – Come Lei valuta la presen-za del contingente italiano in Libano?Franco Danieli – È un’iniziativa importante ma anche rischiosa. Però, l’Italia che decide di lavo-rare con questo governo per una ripresa della dimensione multila-terale nelle relazioni internazio-nali, non poteva sottrarsi. È una scelta importante, che colloca l’Italia in una posizione rilevan-te sullo scenario internazionale, dopo gli anni dell’accodamento alla politica dell’amministrazione bush, quando non c’è stata una posizione italiana di autonomia, bensì di subordinazione acritica da parte del governo berlusconi.

È evidente che accanto al-la questione libanese e alla pre-senza del contingente internazio-nale, resta aperta l’altra grande questione, che è l’origine di tutti i vari accanimenti. si tratta del-la questione palestinese, rispetto alla quale c’è bisogno di uno sfor-zo per risolverla alla radice, con il riconoscimento dello stato pa-lestinese. Altrimenti, prima o poi ricominceremo ad avere atti ter-roristici o reazioni militari.

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“Dopo cinque anni di governo Berlusconi, le risorse per l’assistenza dei connazionali all’estero sono state quasi dimezzate”

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Tra una polemica e l’altra, procedono i dibattiti sul-la nuova finanziaria che deve essere conclusa en-

tro il prossimo 29 settembre. Al-l’inizio del mese, il premier Ro-mano Prodi, insieme ai ministri Padoa-schioppa, bersani e al sottosegretario alla Presidenza del Consiglio Enrico letta, hanno convocato a Palazzo Chigi i se-gretari generali di Cgil, Cisl e Uil, Epifani, bonanni ed Angeletti per illustrare le linee guida della ma-novra, nonché le proposte riguar-danti il settore previdenziale.

sono necessari trenta miliardi di euro tra tagli di spesa e nuove entrate, per ridurre il deficit pub-blico sotto il 3% del prodotto in-terno lordo e ridare forza all’eco-nomia. E come succede spesso, l’aria che si respira tra la gente comune è quella di incertezze e paure di vedere in declino il loro livello economico, nonostante la dichiarazione di Prodi: – “Con la finanziaria – ha detto – avvieremo un cammino virtuoso senza am-mazzare il paese, senza dare pesi che l’Italia non riesce a reggere. Non è una scommessa solo di ta-gli ma anche di sviluppo”. Il pre-mier è poi ottimista sulle diver-genze tra l’ala riformista e quella radicale. –“È ovvio e giusto – ha affermato – che ci sia una discus-sione, ogni parte ha i suoi accenti e radici specifici, ma progressiva-mente ci stiamo avvicinando”.

Uno dei temi più caldi è quel-lo sulla riforma delle pensioni che sarebbe anticipata dal 2008 al 2007, permettendo al governo di recuperare tra i 3 e i 5 miliardi. l’età minima per le pensioni pas-

serebbe da 57 a 60 anni. Da que-sti risparmi ne uscirebbero anche le risorse per la parte della rifor-ma Dini che riguarda l’aumento delle pensioni minime e l’avvio della previdenza complementa-re. Ma ancora non c’è niente di definito, mentre Prodi dichiara – “Non so se ci arriveremo con la finanziaria o dopo, ma non vedo strada migliore che il sistema di disincentivi e incentivi e anche regole per il mezzo tempo”.

secondo il ministro dell’Eco-nomia tommaso Padoa-schioppa, i conti pubblici italiani si trova-no in una situazione di disordine e contribuiscono in modo negati-vo alla crescita del paese. Per lui, le pensioni sono uno dei quattro settori di risparmio che gravano sulla spesa pubblica.

– “bisogna fermare questa dinamica di spesa. – ha detto

Padoa-schioppa – Intervenire è possibile, esistono margini tec-nici. Magari non ci sono margini politici”. Inoltre, il ministro ha commentato la politica economi-ca del governo berlusconi. – “la Finanziaria del 2006 era rigorosa ma le cifre non corrispondevano alla realtà”.

Per il presidente della Re-pubblica, Giorgio Napoletano: – “Ci deve essere un impegno comune di maggioranza e op-posizione – ha affermato – per mantenere gli impegni presi con le istituzioni europee da questo e dal precedente gover-no”. Inoltre, Napolitano consi-dera – “naturale e fisiologica la dialettica fra maggioranza e opposizione – e si augura che – il confronto sia più pacato e costruttivo. È tempo che in Ita-lia si realizzi un’effettiva matu-

política economia

Governo prepara la nuova finanziariaCi vogliono 30 miliardi di euro per ridurre il deficit pubblico e ridare forza all’economia

razione del confronto politico con maggiore pacatezza” – ha concluso.

Dall’opposizione arriva la bocciatura già in partenza per la manovra finanziaria, allo stesso tempo che l’ottimismo di Roma-no Prodi non viene condiviso per quanto riguarda la legge di bilan-cio che, secondo il premier, sarà condivisa e approvata entro la fi-ne del mese.

– “Per vincere le elezioni – commenta l’ex ministro del-l’Economia, Giulio tremonti – ha promesso nel suo programma che avrebbe eliminato lo scalo-ne 2008. Adesso è in crisi perché non sa come pagare il conto del-la consumazione” – e prosegue – “Non sa come tappare il buco da lui stesso creato. le polemi-che sono inutili. se c’è uno che mette in rischio i conti pubblici è Prodi stesso”.

Per luigi Casero, responsabile economia di Forza Italia, la ma-novra del centrosinistra non sarà comune e condivisa, ma confu-sa e contraddittoria. – “Che cosa offrirà stavolta il presidente del Consiglio ai suoi alleati per otte-nere il voto favorevole? – chiede – Altre poltrone da sottosegre-tario? Frazionerà la Rai come ha fatto con i ministeri? Aumente-rà le spese dello stato facendole gravare sui cittadini?”

sempre all’interno di Forza Italia c’è chi invece pensa che la manovra sia la grande prova per l’Unione. Mentre Altero Matteoli, capogruppo di Alleanza Naziona-le al senato, crede che – “la frat-tura sulla finanziaria all’interno della maggioranza è evidente e grave. Prodi dovrebbe sentirsi obbligato a venire in Parlamento per riferire sullo stato di salute del suo governo. se non ce la fa a tenere unita la sua fragilissi-ma alleanza lasci il campo libero perché non sarà la Cdl ad offrir-gli soccorso”.

Roberto Calderoli, rappre-sentante della lega, dice che – “l’unica certezza, oggi, è che non c’è una legge finanziaria pronta né tanto meno una maggioranza disponibile a votarla, non sol-tanto per i contenuti, ma an-che per le entità. la barca Prodi – aggiunge – inizia a fare acqua e non basterà certo l’ingegno di Padoa schioppa per tappare i bu-chi che i compagni stanno facen-do nello scafo”.

ana PaUla TorrEsCorrispondente • roma

Em tempos de eleições, a co-munidade ítalo-brasileira do Rio de Janeiro já manifesta preocupação em relação ao

futuro político do brasil. E, como não poderia deixar de ser, recor-re-se sempre àqueles que expli-citarem o apoio às causas a ela pertinentes. É o caso dos candi-datos a deputado estadual e fe-deral, Adroaldo Peixoto Garani e Eduardo Cunha, respectivamente, e a governador, sérgio Cabral.

Por conta disso, a colônia ita-liana ofereceu a eles um coquetel, neste mês, na barra da tijuca, co-mo prova de apoio às candidatu-ras. O evento aconteceu na casa de eventos Ribalta, de proprie-dade do italiano Pasquale Mauro, originário da Calábria.

O cônsul da Itália no Rio de Janeiro, Ernesto Massimo bel-lelli, fez questão de fazer as hon-ras da recepção aos candidatos. Os motivos ele mesmo explica:

— Como cônsul, sou uma fi-gura institucional e nem deveria estar aqui. Mas a Itália sempre apoiou a democracia. Minha pre-sença significa a força que damos ao processo democrático. Os ita-lianos e descendentes represen-tam 10% de toda a cidade do Rio. Por outro lado somos 28 mi-lhões em todo o país. Nossa es-perança é encontrar ouvidos que escutem. sabemos que existem, obviamente, pedidos que mere-cem ser atendidos e outros não. Meu desejo é encontrar um ca-nal aberto para nossas questões — fala bellelli.

O candidato à reeleição para um posto na Assembléia legis-lativa do Rio de Janeiro (Alerj), Adroaldo Peixoto Garani, não es-conde o orgulho de estar, mais uma vez, unido a italianos e des-cendentes [como ele], próximo àqueles que sempre o incentiva-ram na carreira política.

— É sempre uma satisfação estar junto de todos aqueles que têm a mesma origem. Os mesmos

que deixaram a terra natal e vie-ram ao brasil rumo ao desenvolvi-mento e prosperidade do país. Es-te foi um dos motivos pelos quais criei a Frente Parlamentar bra-sil-Itália que congrega 10% dos membros da assembléia. Espero que a Alerj possa sempre ter íta-lo-brasileiros representando tudo isso — afirma.

Mas questões que vêm “as-sombrando” os candidatos tam-bém não passaram despercebi-das. segundo Eduardo Cunha, descendente de italianos, a po-pulação não pode ser desenco-rajada a votar de maneira válida por conta da descrença na polí-tica atual, freqüentemente es-tampada, em muitos veículos de comunicação, devido a erros, ca-sos de corrupção, dentre outros episódios.

— Vivemos um momento de-licado no país com a dificuldade de estimular os eleitores a via-bilizarem votos válidos. Mesmo anulando a cédula, alguém sem-pre ocupa a vaga de qualquer maneira. E, ainda, temos quatro anos para reavaliarmos as deci-sões, tanto os políticos, como os eleitores. Daí a importância de se valorizar o voto — reflete.

Ainda falando sobre a im-portância da participação no processo eleitoral, o presiden-te da Associação Calabresa do Rio de Janeiro, Corrado bosco, aproveitou a ocasião para reve-lar um dos pedidos, provavel-mente presentes nas mentes de

boa parte da comunidade italia-na no brasil.

— Moro no Rio de Janeiro e pago impostos , ou seja, participo da vida cotidiana do brasil. Assim como os brasileiros que se torna-ram cidadãos na Itália podem vo-tar, por que não pode acontecer o contrário? — questiona.

Pelo visto, no que depender do candidato a governador do Rio de Janeiro, sérgio Cabral, atualmente líder nas pesquisas de intenção de voto, italianos e oriundi, podem ficar tranqüilos. segundo ele, todos serão ouvidos e em qualquer momento.

— Me coloco à disposição da comunidade italiana e garanto uma relação fraterna e de parce-ria. As portas estarão abertas por 24 horas — garante.

Cabral ressaltou também a proximidade que sempre teve

com lideranças italianas. De acor-do com ele, durante o tempo em que esteve à frente da Alerj [oi-to anos], um dos momentos mais significativos foi o encontro com o então presidente da Itália Oscar luigi scalfaro.

— Além de recebê-lo con-forme o protocolo, também pu-de trocar idéias com scalfaro. lembro nitidamente da emoção dele quando falou sobre o incên-dio na Galleria degli Uffizi, em Florença. logo depois, ainda nos idos de 90, recebi uma medalha da república italiana. Essa co-munidade tem enorme importân-cia na formação cultural, social e econômica do brasil. De 1995 em diante, o país aumentou a capacidade hospitaleira que ge-rou muitos investimentos es-trangeiros. A Itália figura entre eles — destaca Cabral.

Em prol da comunidadeComunidade italiana oferece coquetel de apoio a candidatos políticos

Adroaldo Peixoto Garani e Sérgio Cabral com o comerciante Pasquale Santoro, durante a festa

Evento contou com discurso do candidato Sérgio Cabral

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A “arte que caminha”

Exposição traz à tona reflexões sobre a indústria de calçados brasileira e italiana

Itália, segundo dados de 2005 da Associazio-ne Nazionale Calzaturifici Italiani (ANCI), está em primeiro lugar na produção de calçados na União Européia e em sexto no ranking mundial. De quase sete mil indústrias em toda a Itália, cerca de mil delas são filiadas à associação.

Os números podem ser perfeitamente ex-plicados pelos elementos comuns à essa pro-dução calçadista e verificados pelo talento criativo, inovações dos procedimentos de fabricação, e capacidade produtiva dos tra-balhadores, desenvolvida por escolas de for-mação. No entanto, o cenário econômico ita-liano no setor não está muito diferente do brasileiro e nem tampouco de outros países.

Um levantamento feito pela ANCI sobre a produção nacional aponta uma queda para 250 milhões de pares (-10,96%) contrastados aos 280 milhões em 2004. As exportações al-cançaram o patamar de 249 milhões em 2005, 30 milhões a menos que no ano anterior, ou seja, a Itália importou mais do que exportou. Esse resultado explica a entrada de fabrican-tes chineses no país que, segundo especialis-tas presentes ao evento, “fazem rápido, mas sem qualidade”. Portanto, as importações de calçados tiveram um balanço positivo nos úl-timos dois anos. De 311 milhões de pares im-portadores em 2004 para 331 milhões no ano seguinte (+6,6%).

Um reflexo negativo também pode ser ob-servado em números de empresas. Eram um pouco mais de sete mil em 2004 e no ano seguinte houve uma queda para 6.831. Con-seqüentemente, o número de empregados nas indústrias caiu também. De 100.934 empre-gados em 2004, o número cai para 97.005 em 2005 (-3,89%).

No entanto, o momento é oportuno para diversas empresas participarem da Micam, a maior feira internacional de calçado e aces-sórios que acontece de 21 a 24 deste mês em Milão.

O setor de calçados no Brasil

Liderança em JaúO município de Jaú, a 296 quilômetros da cidade de são Paulo, tem cerca de 120 mil habitantes e ocupa a primeira posição no estado como pólo calçadista feminino. O mercado conta com 250 empresas para o segmento, com uma produção de 100 mil pares de calçados por dia e tendo 2% de par-ticipação do setor em âmbito nacional. são produzidos também acessórios, como palmi-lhas, saltos, solados, formas e embalagens. O segmento gera mais de 16 mil empregos diretos e indiretos, sendo 10 mil só nas em-presas de calçados, segundo levantamento do Arranjo Produtivo local (APl) de Jaú, programa de desenvolvimento do setor e de apoio técnico-financeiro pelo serviço brasi-leiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (sebrae) de são Paulo.

A indústria calçadista jauense, em 2001, apresentou retração em virtude da depen-

dência com o mercado interno, voltando os esforços para o interior e a Capital. Diante desse quadro, houve demissão de mão-de-obra. Nesse ano a indústria tinha 2.982 tra-balhadores enquanto havia 3.187 no ano de 2000 de acordo com dados do Ministério do trabalho e Emprego. A saída foi apostar no mercado externo a partir de 2002 para com-pensar o período de desaquecimento da eco-nomia local. Foi por meio do APl de calçados femininos que as exportações trouxeram um crescimento favorável. Em 2002, as vendas ao exterior cresceram 250% em comparação ao ano anterior e atingiram Us$ 7,5 milhões. No ano seguinte, os números saltaram para Us$ 12 milhões.

segundo o sindicato de indústrias de cal-çados do município, a razão para este cresci-mento se deu em função da alta do dólar des-se período, o que ocasionou bons frutos para o setor. Em 2004, a exportação não cresceu. Ainda de acordo com o órgão, a baixa do dó-lar fez com que muitas empresas deixassem de exportar.

Metade da produção de sapatos jauen-se vendida ao exterior é comprada por pa-íses da América latina. Assim como ocorre na Itália, a secretária de Cultura e turismo

do município, lucy Rossi, afirma a existência de competitividade com os chineses também no brasil.

— No momento o brasil enfrenta uma concorrência com a China, que é uma grande preocupação — declara.

Mas pelas previsões da Agência de Promo-ção de Exportações e Investimentos (Apex-brasil), o setor calçadista brasileiro poderá respirar com mais calma pelo mercado perdido para a China nos próximos dois anos. segundo o presidente da Agência, Juan Quirós, os pro-dutores nacionais poderão tirar proveito pelo aumento dos custos que a China está passan-do. Num encontro, em berlim, Quirós explicou que o problema enfrentado pela indústria de calçados chinesa se deve à escassez de sua mão-de-obra na região sul do país e, com is-so, poderá ser obrigada a migrar para o Norte. sendo assim, a China deverá sofrer pelo enca-recimento dos custos relativos à logística para o transporte de matéria-prima, no caso, o pró-prio couro, que importa do brasil.

Evolução em FrancaA cidade de Franca, a 400 quilômetros ao Norte de são Paulo, é o segundo maior pólo produtor de calçado masculino. Com a força da industrialização, na década de 50, o mu-nicípio preparou-se para a modernização das empresas, por meio da presença de máquinas no lugar da confecção manual e do aumento da produção. Deste modo, consolidou-se co-mo parque industrial de calçados da cidade.

Mas foi no fim da década seguinte que a expansão no setor se intensificou lançando Franca ao mercado externo. Ao mesmo tem-po, surgiu a indústria de artefatos de borra-cha [saltos e solados].

O município chegou ao seu auge nos anos 80. Porém, para o presidente do sindicato das Indústrias de Calçados de Franca, Jorge Félix Do-nadelli, nem tudo foi perfeito naquela época.

Marcos PETTiCorrespondente • são paulo

“Foi de Cosenza, no Sul da Itália, que veio Giuseppe Contatore,

o pioneiro da indústria de calçados em Jaú.

Começou timidamente em 1894”

Arte, história e design juntos há cinco séculos na Itá-lia. Impossível enfocar tanto tempo numa exposi-ção? se parece improvável, a exposição Arte que Ca-minha, realizada em são Paulo, provou que não é.

Organizada pelo Instituto Italiano de Cultura de são Paulo em parceria com a Caixa Econômica e a Funda-ção Colosseum, a mostra retratou os costumes e estilos de cada época, variando de acordo com o status das classes sociais, dos tempos remotos até à moderni-dade. Esta “moda” teve influência nos cartazes de publicidade e em clássicos filmes, como em “Arabes-que”, de 1966, com sophia loren e Gregory Peck; e em “sciuscià”, uma paródia do título em inglês (shoe shine), de 1946, do diretor Vittorio de sica. À mostra, os visitantes puderam conferir

130 exemplares de calçados de uma coleção particular de dois designers italianos: luigi-

no Rossi, dono da Rossimoda que fabrica sapatos de luxo para estilistas famosos

e, Ulderico Arditi, que produz sapatos para as artes cênicas. A exposição já

esteve na Argentina e Uruguai. Os convidados puderam tam-

bém participar de uma mesa-re-donda no auditório da Câmara

ítalo-brasileira de são Paulo, onde se reuniram represen-

tantes do setor calçadista brasileiro e especialis-

tas de design italiano. tudo isso porque a

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— As previsões eram animadoras, mas as políticas dos governos nada ajudaram desde então — lembra.

Dados do último levantamento de 2004 do Instituto brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IbGE) indicam uma população de mais de 315 mil habitantes. Hoje, Franca acolhe 760 indústrias de calçados. Desse total, 552 são micro empresas com até 19 funcionários e 130 integram a categoria de pequeno porte, ou seja, possuem de 20 a 99 empregados.

Além disso, a cidade responde por 84% da produção de calçados masculinos, contra 14% da de feminino. Porém, é possível obser-var uma queda de 7,5 milhões de pares pro-duzidos em 2005 em comparação ao ano de 2004, quando chegou a 35,4 milhões de pares produzidos, segundo levantamento realizado pelo sindicado da Indústria de Calçados de Franca (sindifranca).

Dessa cidade saem as marcas mais consa-gradas no setor, como Democrata, samello e sândalo, e rumam às lojas dos principais sho-ppings e comércio de são Paulo e do resto do brasil. são 13 as de grande porte.

No entanto, o cenário de contratação não é um dos mais animadores. As indústrias de Franca vêm apresentando demissões ao longo dos últimos seis meses. segundo da-dos do sindifranca, em fevereiro deste ano estavam empregados 16.254 trabalhadores e, em julho, o número já caía para 14.666. Este último se comparado ao mesmo período de 2005, elevou o número de desempregados no setor a 5.436.

A crise calçadista já toma destaque há al-gum tempo por causa da desvalorização do dólar, das altas taxas de juros e da desace-leração do mercado interno. O presidente do sindicato classifica como “uma pedra no sa-pato dos fabricantes”, referindo-se à política cambial e a de juros do governo lula.

Por conta da crise e das demissões, o go-verno federal autorizou a ampliação do se-guro-desemprego para esses trabalhadores. Quem perdeu o emprego até o mês de junho terá direito a receber duas parcelas a mais do benefício, informa a Abicalçados, que reúne todas as empresas calçadistas no brasil. As exportações de janeiro a julho deste ano re-cuaram em 82,58 milhões de dólares em rela-ção ao mesmo período de 2005, quando che-garam a 95,01 milhões de dólares.

A ponte comercial de Franca com o cen-tro-oeste [Goiás e Mato Grosso] e arredores de Minas Gerais facilitou a entrada do arte-sanato de couro vindo de Franca nessa região no começo do século 19. segundo o jornalis-ta francano Antonio Carlos Coutinho, alguns estudiosos da história dessa cidade afirmam que o incremento dessa atividade ocorreu em conseqüência da criação de gado.

— Eles argumentam que, após a chegada dos povoadores mineiros, instalou-se um pó-lo pastoril nas terras de Franca, apareceram os curtidores de pele e havia matéria-prima abundante para abastecer os sapateiros e se-leiros — explica. Franca teve ainda participa-ção na cafeicultura no estado no século 20.

Tradição em BirigüiReferência na fabricação de calçados infantis, a cidade de birigüi fica a Noroeste do esta-do, a 521 km da capital, tem uma população de mais de 100 mil habitantes. A estimati-

va de sua produção, segundo o sindicato das Indústrias do Calçado e Vestuário de birigui (sinbi) equivale a 60% do total produzido no brasil no segmento de calçado infantil. No entanto, o Pólo de birigüi fechou o primeiro semestre com uma redução de 6% na produ-ção e 10% no volume de exportações, segun-do a Abicalçados.

— O dólar desestimula os empresários porque a rentabilidade caiu demais — diz o presidente do sindicato.

Por conta desta redução, algumas empre-sas foram obrigadas a encerrar suas atividades. Em 2004, havia 164 e, em 2005, o número se manteve em 159, entre pequenas, médias e de grande porte. Conseqüentemente, de 19 mil trabalhadores empregados em 2004, as esta-tísticas cairam para 17,5 mil [empregos dire-tos] em 2005. Em junho deste ano, a indústria de birigüi deu férias coletivas parciais aos tra-balhadores pela primeira vez em 20 anos.

A produção em média por pares de sapa-to, no ano passado, foi de 235 mil por dia contra os 250 mil em comparação ao mesmo período de 2004, o que representa uma redu-ção de 8% na produção em um ano.

Entre as empresas de grande porte, a Klin Calçados Infantis produz 40 mil pares diá-rios, gera mais de três mil empregos diretos e 1.200 indiretos. Atende todo o território na-cional e exporta 25% do volume da produção para 56 países, entre América, Europa, Orien-te Médio e áfrica.

O sinbi está finalizando um projeto com o APl/sebrae com o objetivo de identificar as necessidades das empresas, fazer diag-nósticos de problemas como o de gestão, de produção, comércio exterior e logística. Ain-da este mês, o sinbi deverá lançá-lo com a presença de representantes da Federação das Indústrias do Estado de são Paulo (Fiesp) e com empresários da região.

birigüi esteve presente em julho deste ano na Feira de Negócios do setor Calçadis-ta (Feical) 2006, maior evento do setor que aproxima os empresários das novidades em máquinas e equipamentos.

Italiano é pioneiro Foi de Cosenza, no sul da Itália, que

veio Giuseppe Contatore, o pioneiro da indústria de calçados em Jaú. Como todos os italianos, sua história profissio-nal começou timidamente quando, em 1894, ele abriu uma oficina que fabrica-va calçados. Primeiro sozinho e, depois, com uma pequena equipe formada basi-camente por garotos, ele confeccionava os calçados para os jauenses.

Como os negócios foram bem suce-didos, o patriarca dos Contatore decidiu abrir uma modesta loja para vender os calçados que estavam começando a ser produzidos em série. Estava fundada a Casa Contador.

Giuseppe, que durante a guerra mu-dou seu sobrenome para Contador, devi-do ao preconceito vindo da aliança do fascismo de Mussolini com nazismo de Hitler, faleceu em 1923.

As exportações de janeiro a julho deste ano recuaram 82,58 milhões de dólares

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Não é japonês, muito menos america-no. A primeira das seis novas embar-cações que fazem o trajeto entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói,

na região sudeste brasileira, é fruto de tecno-logia e design italianos. A novidade traz boas novas aos cerca de 80 mil usuários que rea-lizam o percurso. se comparado com as an-tigas barcas, algumas já com meio século de existência, o tempo da travessia reduz de 20 para 12 minutos. tudo por conta da existên-cia de uma dupla proa construída justamente para eliminar a necessidade de manobra e, de quebra, encurtar a viagem.

A expertise da obra, feita toda em alu-mínio, teve como responsável a empresa ita-liana Rodriques Cantieri Navali. O catamarã social Gávea I, como foi denominado, tem uma velocidade de 18 nós [33 quilômetros por hora] contra os 10 [24 por hora] das bar-cas mais comuns. Além disso, possui circuito interno de televisão, poltronas acolchoadas, bar, capacidade para 1.300 passageiros e um moderno sistema computadorizado de moni-toramento e navegação.

De acordo com o Consulado Geral do brasil em Milão, o intercâmbio comercial brasileiro com a Itália, foi de 4,4 bilhões de euros em 2005, com aumento de 11% em relação ao ano interior. O saldo comercial, favorável ao bra-

Tecnologia italiana garante espaço no mercado hidroviário do Brasil

sil, resultou em 761 milhões, sendo registra-do um aumento das exportações brasileiras na ordem de 11%, enquanto que as importações provenientes da Itália aumentaram 11,02%. Por outro lado, segundo o Istituto Nazionale di Statistica, no ano de 2004, passou de 300 o número de empresas exportadoras de serviços ao continente americano, o que gerou mais de dois milhões de euros quanto aos valores de exportação.

A Cantieri Navali mantém um estaleiro em Niterói, no Rio de Janeiro, e em outros qua-tro em Messina, savona, la spezia e Napoli. A Rodriquez Cantieri Navali atua no mercado mundial de estaleiros há mais de 60 anos. Foi fundada em 1887 e, em 1956, sagrou-se como a primeira a construir uma barca comercial de

alta velocidade. A empresa já produziu mais de 300 embarcações para os mercados comer-cial, militar e naval em mais de 24 países.

O novo catamarã serve como prova dos bons ventos que sopram na relação econô-mica com a Itália. segundo o engenheiro responsável da Rodriques Cantieri Navali do brasil, Plínio Mattos, mais de cem pessoas trabalharam durante um ano para a constru-ção da embarcação.

— Dispusemos de cerca de 150 funcioná-rios nos trabalhos. Além de ser uma embar-cação mais rápida, leve e ter uma boa capa-cidade de passageiros, também gasta menos combustível — explica.

Para o superintendente da concessioná-ria barcas s. A, voltada ao transporte aqua-viário de passageiros no estado do Rio de Ja-neiro [e que mantém um acordo de construção de embarcações com a Cantieri Navali], lauro Nobre, a empresa italiana é uma das respon-sáveis pelos bons resultados obtidos com o novo catamarã.

— O próprio nome fala por si só devido ao know-how dos funcionários que é internacio-nalmente divulgado. Já temos cinco anos de parceria — comemora.

segundo o prefeito de Niterói, Godofredo Pinto, o evento funciona como o marco de uma nova fase referente ao transporte urbano na cidade e é sinônimo de evolução.

— Demos um passo à frente muito im-portante. Essa aquisição qualifica o transpor-te hidroviário da baía de Guanabara e esti-mula o turismo pelas comodidades oferecidas aos usuários dessa nova embarcação. Já es-tive nessa empresa lá na Itália e apóio qual-quer iniciativa que envolva a municipalidade — reflete Godofredo.

O diretor técnico da Rodriquez Cantieri Navali do brasil, Riccardo Costa, diz que ou-tros seis catamarãs sociais deverão ser inau-gurados até o fim de 2008.

— Inovamos com esse tipo de transporte. Como o Gávea I, devem existir uns 50 pelo mundo. Na Itália, temos alguns semelhantes em regiões como Messina e Reggio Calábria — comenta Costa, que tem 200 funcionários na filial da empresa, fundada em 2001.

também presente à inaguração, a gover-nadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, aproveitou a ocasião para avaliar a entrada de novas empresas no estado.

— O Rio de Janeiro avança com a che-gada de novas empresas ao estado. Com isso quem ganha é a população. Os governantes precisam unir idéias e recursos como esses — declara.

O cônsul geral da Itália no Rio de Janei-ro, Ernesto Massimo belllelli, destacou a im-portância dos trabalhos da Rodriques Cantieri Navali no brasil.

— É um orgulho constatar que uma em-presa como esta vem realizando serviços de excelência no brasil. Isso, sem dúvida, só vem a fortalecer os laços econômicos entre os dois países — afirma.

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“Na Itália, temos alguns semelhantes em

regiões como Messina e Reggio Calabria”

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turismo

Prepare as malasUm pedacinho da Itália

que, com a sua beleza na-tural e a cordialidade de seus habitantes, é capaz

de transformar as férias de qual-quer um em um sonho encanta-do. No começo, parece que são fechados, sérios demais. Depois, basta pedir alguma informação para se deparar com um outro perfil. Aquele de uma gente sim-pática, que adora conversar e ser útil a quem chega por lá.

Essa é a trentino-Alto Adi-ge, região situada no nordeste da Itália, com 900 mil habitan-tes e cuja capital é trento. ter-ritório de fronteira com a suíça e áustria, pertenceu até o fim da Primeira Guerra Mundial (1918) ao Império Austro-Húngaro, pas-sando ao Reino da Itália somente após a assinatura do tratado de saint Germain, em 1919.

A cerca de 30 quilômetros de trento, encontra-se o Altopiano della Paganella, formado pelas cidades de Andalo, Molveno, Fai della Paganella, Cavedago e spor-maggiore. Andalo, cidadezinha localidada a 1.040 metros de alti-tude, possui cerca de mil habitan-tes e com Molveno e Fai della Pa-ganella, compõe a principal oferta turística dessa área de trentino. Atualmente, conta com mais de 60 hotéis e flats, uma área esportiva com campos de futebol e tênis, gi-násio para patinação no gelo, pis-cinas cobertas e escola de equita-ção. Andalo oferece ao turista um ambiente agradável e familiar, on-de além dos esportes, é possível assistir a eventos musicais, tanto no verão como no inverno.

Assim como Andalo, Molveno é um pequeno centro urbano que conta cerca de mil habitantes e se encontra a 864 metros de al-titude. sua fama como localidade turística teve início já no século 19, quando descoberta e divulga-da pelos pioneiros alemães e in-gleses do alpinismo.

É, certamente, a localida-de que desperta maior interesse pelos turistas, devido à presen-ça do homônimo lago, segun-do por extensão e profundidade entre os lagos de trentino, e o maior acima de 800 metros de al-titude, presentes entre as Dolo-mites. Com cerca de 5 quilôme-tros de extensão, 1,5 de largura e uma profundidade que chega a

124 metros, o lago de Molveno surpreende e encanta pela bele-za límpida de suas águas e pe-la variedade de tonalidades cro-máticas entre o azul e o verde, que apresenta de acordo com o período do dia e as estações do ano. Na realidade, as suas águas refletem não somente a sua vi-vacidade – habitat natural para peixes como a truta, o pérsico, a marmorada e o salmerino – mas a beleza de todo o território que o circunda e o protege, composto por bosques e montanhas.

Devido às suas caracterís-ticas, o lago de Molveno é um ambiente ideal para os amantes da água e dos esportes náuticos. Meta de importantes eventos in-

ternacionais, o lago oferece ao visitante a possibilidade de pra-ticar windsurf, canoagem, barco à vela, a remo ou com pedais, além é claro, da natação ou um simples banho nas suas águas cristalinas.

Outra opção de atividade é fazer caminhadas pelas trilhas que partem do centro urbano de Molveno e das proximidades do lago. O centro de informação turística oferece mapas e instru-ções sobre os vários percursos para que o turista possa esco-lher a trilha mais adequada a seu preparo físico. Ao longo do pas-seio, é possível sentir o frescor e o perfume dos bosques, além de admirar a beleza de nascentes

e córregos. Os vários caminhos também levam à descoberta de refúgios e chalés.

A beleza e hospitalidade de Molveno estão se tornando ca-da vez mais famosas. No último 30 de agosto, os protagonistas e produtores do programa Ilha dos Famosos [Isola dei Famosi], da tV Rai Due, apresentado por simona Ventura, desembarcaram na cidadezinha para realizar um treinamento. Houve uma simula-ção das provas de sobrevivência, definidoras da exclusão ou da vi-tória dos concorrentes, que vão enfrentar os desafios da vida em uma ilha deserta de Honduras.

Fai della Paganella, o terceiro centro urbano da região, possui a mesma altitude de Andalo, po-rém, é uma cidadezinha mais pa-cata, que oferece menor número de atrativos mundanos, sendo ideal a quem procura o silêncio e a tranquilidade para relaxar e eli-minar o estresse da cidade gran-de. Encontra-se em uma posição invejável, presenteando o visi-tante com um panorama espeta-cular das montanhas e do vale do rio Adige. No verão, é ponto de partida para trilhas e no inverno, às pistas de esqui.

Cavedago e spormaggiore são as outras duas localidades, situadas a 800 e 700 metros de altitude, respectivamente, que compõem o Altopiano della Pa-ganella. trata-se de vilarejos com menor oferta hoteleira que oferecem uma hospedagem sim-ples e genuína, segundo um rit-mo de vida de tranquilidade e bem estar.

Beleza naturalA cadeia de montanhas rochosas denominadas Dolomites está pre-sente no norte da Itália, nos ter-ritórios do Veneto, trentino Alto Adige e Friuli Venezia Giulia. No Altopiano della Paganella encon-tra-se o grupo de Dolomites de brenta, no qual a montanha mais alta chega a 3,151 metros de alti-tude. Para os amantes dos espor-tes invernais, Andalo, Molveno e Fai della Paganella oferecem 50 quilômetros de pistas de esqui.

O Parque Natural Adamello brenta, instituído em 1967, é a maior área de proteção ambien-tal do trentino. Estende-se por um território de 620 quilômetros quadrados e apresenta uma rica

Conheça um pouco as maravilhas apresentadas na região das montanhas de Trentino

ana PaUla TorrEsCorrespondente • roma

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turismo

fauna que compreende todas as espécies do arco alpino, inclusi-ve a águia real, o urso pardo e o cabrito montês, ameaçado de extinção. O parque também mo-nitora a qualidade das águas dos mais de 80 lagos presentes nes-sa área.

A área apresenta traços ca-racterísticos do ambiente alpino centro meridional, com florestas imensas formadas por pinheiros silvestres, abetos e outras es-pécies da família das coníferas, árvores de vida longa que atin-gem até dois mil metros de al-tura. Graças ao desnível de três mil metros de altura, o parque apresenta uma incomparável va-riedade de condições ambientais, sendo sua flora muito rica, com inúmeras plantas de origem alpi-na, da gentiana à arnica, da es-trela alpina ao lírio.

Mas o que transforma o par-que em ambiente único é a va-riedade da fauna nele presente. trata-se de uma prova de que o território recebe um adequado tratamento por parte das autori-dades e população locais e dos turistas conscientes da impor-tância da preservação do am-biente. É o reino dos camurças [somente na área do parque, vive 40% dos camurças presentes em Trentino] com veados, cabritos montês, muflões, bichos pregui-ça, esquilos, texugos, arminhos, lebres, falcões, corujas e águias reais. Mas a atração principal do parque é, sem dúvida, o urso par-do. Animal tímido que, apesar do tamanho, é uma espécie frágil e pouco suporta as mudanças do território. É por isso que as auto-ridades locais estão trabalhando

para proporcionar um desenvol-vimento sempre maior do turis-mo, sem afetar o ambiente, en-contrando portanto um equilíbrio entre o homem e a natureza.

O urso pardo corria risco de extinção, devido à caça desenfre-ada que sofreu nos últimos sécu-los. Há cerca de cinco anos, teve início um pro-jeto de reinser-ção do animal para evitar que desaparecesse das montanhas do Parque Na-cional Adamello brenta. O pro-jeto, que con-ta com um fi-nanciamento da União Européia, já deu bons re-sultados. Os exemplares im-portados da Es-lovênia deram sinais de boa ambientação, através do nas-cimento de al-guns filhotes. Hoje, a população de ursos é de aproximadamente 20.

Campeões olímpicosAntonio Rossi e Jury Chechi es-colheram o altopiano della Pa-ganella como lugar ideal para treinar e ensinar canoagem e gi-nástica olímpica, esportes que os tornaram famosos. Assíduo fre-qüentador do lago de Molveno, Antonio Rossi, campeão olímpi-co de canoagem, escolheu esse lugar para treinamento pessoal e realização de cursos de verão

de canoagem a jovens, atividade que acontece todos os anos.

De junho a início de setem-bro, Fai della Paganella se tor-nou, como em todos os anos, o centro italiano de ginástica olím-pica, onde centenas de jovens de várias cidades participaram de um retiro em companhia de instruto-

res da federa-ção de ginás-tica italiana e de Jury Chechi, campeão olím-pico de ginásti-ca. tanto o cur-so de canoagem como o de gi-nástica sempre alternam mo-mentos de trei-namento com passeios pela região, permi-tindo que os jovens tenham a possibilidade de conhecer um pouco do terri-tório e da sua cultura.

E para o próximo inverno, está sendo organizada uma competição na neve ao longo das pistas pa-norâmicas da Paganella, segui-da de um almoço especial, em que cada prato, exclusivamente da cozinha típica trentina, será servido em um refúgio diferen-te. Para este evento, é prevista a participação não somente de Antonio Rossi e Jury Checchi, mas de outros personagens do esporte e do mundo artístico. Os recursos arrecadados com essa manifestação serão doados ao

La responsabile per la promozione turisti-ca dell’altopiano della Paganella, Francesca Clementel, racconta che all’incirca un milio-ne di persone visita questa regione durante

l’anno, dividendosi in 500 mila presenze in estate e un’altra metà in inverno.

— Abbiamo la fortuna di possedere il lago di Molveno ed il gruppo delle montagne di brenta e, inoltre, siamo molto vicini all’autostrada situata nella località di san Michele all’Adige. È una regio-ne d’accesso facile sia per chi viene in automobile, in aereo o in treno — spiega.

Il turismo in questa regione è nato già agli ini-zi del secolo scorso, con i primi scalatori, ma si è realmente sviluppato durante gli ultimi tre decenni e con grande intensità negli ulteriori dieci anni, quando oltre ad aumentare l’offerta di hotel e servi-zi, sono state modernizzate tutte le piste da sci.

secondo Clementel, un altro punto positivo è il fatto che non si tratta della solita località di mon-tagna, dove la gente va soltanto a scalare. Nel caso

dell’altopiano della Paganella, questo è solo uno degli aspetti. Una delle altre attrattive è, sen-

za dubbio, il lago di Molveno, dove si posso-no praticare vari sport, dal surf al canot-

taggio, dalla pesca al semplice bagno di sole nella spiaggia, in riva al lago.

Esiste inoltre l’attività dell’agricoltura locale, che si stà avvicinando ogni volta di più al turismo

Oltre al lago, ad Andalo e Fai della Paganella sono localizzati centri sportivi ben attrezzati, do-ve le persone possono decidere di trascorrerci tut-to il giorno, praticando sport, frequentando la piscina, divertendosi nella pista del ghiaccio, o giocando a tennis, a calcio o anche dedicandosi all’equitazione.

— la nostra offerta turistica è realmente mol-to ampia e questo permette che si riesca a lavorare sia in estate quanto in inverno — osserva.

Il turismo è certamente l’attività principale di questi piccoli centri urbani.

— Possediamo 120 strutture alberghiere dis-tribuite per Fai della Paganella, Andalo, Molveno, Cavedago e spormaggiore, essendo la maggior par-te concentrata nei primi tre. Oltre agli hotel, con-tiamo su 2 camping e appartamenti, arrivando al totale di circa 18 mila posti letto. E per comple-tare l’offerta turistica, disponiamo di altre attività commerciali come negozi, ristoranti e prestazione di servizi generali, come scuole da sci. — dice.

Esiste inoltre l’attività dell’agricoltura locale, che si sta avvicinando ogni volta di più al turismo. Oltre a fornire i prodotti tipici, consumati dai turis-ti, esiste la possibilità di visitare queste proprietà.

la passeggiata è molto interessante, principal-mente per i bambini che vivono in città grandi co-

me Roma e Milano e non hanno mai avuto la possi-bilità di vedere da vicino una mucca, una gallina o un cavallo. Il contatto con gli animali, la possibi-lità di provare lo yogurt freschissimo, il formaggio, di passare un giorno in un ambiente nuovo, cos-tituiscono, senza dubbio, esperienze relative alla conoscenza del mondo dei bambini che finiscono per portare tutto ciò a casa come un ricordo. A Molveno, abbiamo la fattoria didattica, molto visi-tata dalle famiglie” afferma.

I turisti che visitano l’altopiano della Paga-nella sono per la maggior parte famiglie. Francesca racconta che l’offerta turistica è sempre stata in-dirizzata a questo pubblico, mettendo a disposi-zione attività specifiche per i bambini, tali come escursioni nel parco. Quest’anno, il segretariato di turismo di questa località del trentino ha fatto l’associazione con Walt Disney. In alcuni hotel so-no stati creati ambienti con i personaggi, stanze e tavoli per pasti personalizzati, oltre a sale per l’esibizione dei cartoni animati. Un’altra iniziativa dedicata ai piccoli è il mini club comunale in es-tate, che offre attività durante tutta la giornata. Qualcosa di simile accade in inverno con l’asilo ne-ve, una specie di scuola maternale per i più piccini e corsi di sci per i più grandi.

Quanto all’origine dei turisti, la responsabile della promozione turistica locale racconta che in estate, quasi tutti gli ospiti sono italiani ma, ad ogni inverno, sta aumentando il numero di pre-senze straniere, in speciale dei paesi dell’est eu-ropeo, come Repubblica Ceca e Ungheria. sempre secondo lei, le presenze straniere sono minime se in paragone a quelle italiane, originarie principal-mente dal centro-nord del paese e la regione è co-nosciuta non soltanto dai turisti, ma anche dagli atleti italiani.

— Jury Chechi ha scelto l’accademia della ginnastica di Fai della Paganella per allenarsi con la squadra nazionale di ginnastica prima delle Olimpiadi di Atene e questo, per noi, è stato moti-vo di molto orgoglio. Da questo momento, è nata una specie di collaborazione con Jury Chechi, che tutti gli anni viene qui con un gruppo di giova-ni per insegnare esercizi di ginnastica olimpica. È ottimo, perché ha emozionato la gente durante le Olimpiadi ed è capace di trasmettere un’immagine positiva dello sportivo. E questo è quello che an-che noi desideriamo trasmettere ai nostri ospiti — conclude.

“Non è la

ana PaUla TorrEsCorrispondente • roma

Francesca Clementel, responsabile della promozione turistica dell’altopiano della Paganella parla dello sviluppo economico della regione

classica”montagna

Instituto Giannina Gaslini, im-portante hospital pediátrico da cidade de Genova.

Regime, palavra proibidaPercorrer a Itália significa fazer uma viagem pela variada histó-ria, cultura, hábitos e também sabores de cada região, cidade e vilarejo. Em trentino não é dife-rente e não há regime que ven-ça a tentação de se deliciar com pratos da culinária local e produ-tos típicos.

É o caso do speck, da polen-ta, dos canederli ou do strudel, só para citar algumas especiali-dades que podem ser apreciadas nos restaurantes dos hotéis ou em cantinas típicas trentinas. O speck é uma espécie de presun-to cru sem osso. Obtido da coxa posterior do porco, repousa por três semanas em um recipien-te com sal, pimenta e espécies, sendo que, durante esse período, a carne recebe freqüentes mas-sagens. Em seguida, o speck é defumado e curtido por cerca de seis meses.

Quem pensa que existe so-mente um tipo de farinha pa-ra polenta se engana. Na Itália, existem várias, da bergamasca à abruzzese, da trentina à ciocia-ra. E mesmo dentro de trentino, é possível encontrar diferentes farinhas, sendo a mais famosa, àquela da Valsugana.

Os canederli são deliciosos bolinhos recheados com speck, cozidos no caldo de carne, ótimo prato para dias frios. E o strudel é uma torta de maçã tradicional dessa região, que produz várias espécies de maçãs de alta quali-dade.

O Altopiano della

Paganella é o destino ideal para famílias que buscam

contato com a natureza sem renunciar ao

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Brasileiro que curaFalar em guaraná nos faz lembrar logo

de bebidas revigorantes. Mas o fato é que o produto, originário da região amazônica, também atua na prevenção e no combate à degeneração e ao en-durecimento das artérias, impedindo dis-túrbios circulatórios. Além disso, ataca as nevralgias, detém hemorragias e reduz enxaquecas.

tudo isso por conta da grande quan-tidade de cafeína que acaba provocando um aumento nos estímulos do sistema nervoso central. Como conseqüência, sur-gem a facilidade na capacidade de con-centração e raciocínio, o favorecimento do trabalho muscular e a diminuição da fadiga motora e psíquica.

No entanto, pessoas cardíacas, hip-ertensas ou com problemas de úlcera de-vem tomar cuidado. O produto só pode ser usado sob supervisão médica.

Mens sana in corpore sanoQuem imaginaria que cultura pode

ser sinônimo de saúde? Pois foi isso mesmo que revelou a pesquisa Rischio & Prevenzione em um dos con-gressos da Organização Mundial dos Médicos de Família (Wonca) realizado em Florença. De acordo com os dados, a pessoa mais instruída possui uma ali-mentação bem equilibrada, fuma menos e não sofre muitos riscos de contrair doenças como a diabetes, a hipertensão e a obesidade.

De onde vem a ansiedade?Pesquisadores italianos descobriram o hor-

mônio que provoca a ansiedade, a aldo-sterona. A informação foi revelada na revista científica Pshychotherapy and Psychosomatics. Eles revelaram a existência de uma variação no estado de ânimo em pessoas que apresentam excesso desse tipo de substância. Daí, surgem também a sensação de medo e os ataques de pânico. Os estudiosos sugerem o emprego de tratamentos mais detalhados e eficazes com base nos resultados da pesquisa.

Vacina contra câncerEm 2007 o continente europeu também

poderá comercializar a primeira vacina contra o câncer de colo de útero, criada pelo australiano Ian Frazer.

Desde junho, o medicamento está dis-ponível na América do Norte e na Nova Zelândia. Na Austrália, o produto acaba de chegar ao mercado.

A vacina combate o vírus Papiloma Hu-mano (HPV), adquirido em relações sexuais e que atinge 70% dos casos de câncer da cér-vice uterina.

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Adesivo ContraceptivoVale tudo para não ter uma gravidez in-

desejada. Há dois anos no mercado, o adesivo contraceptivo foi tema de pesquisas no IMs Health, instituto que faz a auditoria do mercado farmacêutico na Itália. O resul-tado mostrou que 60% das quase mil con-sumidoras italianas entrevistadas admitiram ter requisitado ao médico a permissão para o uso do produto. segundo elas, esse método hormonal trata-se de “um sistema bem tol-erado e mais cômodo, se comparado aos con-traceptivos tradicionais, como a pílula”.

Saudável ma non troppoOs chocólatras de plantão têm mais um motivo pa-

ra comerem sua guloseima favorita. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, de-clararam ter descoberto que o chocolate meio amargo melhora o funcionamento dos vasos sangüíneos. De acordo com os cientistas, o produto possui altas concentrações de flavonóides, substâncias anti-oxidantes. O bom funcionamento das veias e ar-térias auxiliam na prevenção de infartos, der-rames e outras doenças semelhantes.

Apesar da constatação, segundo médi-cos, o chocolate é um alimento calórico e tem grande quantidade de gorduras que, quando ingeridas em grande quantidade, podem trazer problemas de saúde.

Doce remédioAssim como a cor e o cheiro, os po-

deres da tangerina também podem ser considerados marcantes. Afinal de contas, além de ajudar no tratamento de gripes, resfriados, hipertensão arte-rial e prisões de ventre, ela é rica em potássio, mineral importante no pro-cesso de contração dos músculos, e também indicada àqueles que praticam atividades físicas regulares. Cada 100 gramas de tangerina possui em média 43 calorias, ou seja, é ideal para quem quer manter a forma.

Para não “dançar”

Já dizia o escritor norte-americano H. Ja-ckson brown que “a oportunidade dança com aqueles que já estão no salão”. Au-tor do livro “Pequeno manual de instru-

ções para a vida”, brown certamente não es-tava se referindo aos benefícios que a dança pode resultar aos seus praticantes. Mas, se o objetivo é resgatar a auto-estima e a auto-confiança das pessoas, além de incentivar o movimento do corpo, a frase bem que pode ser o primeiro de uma série de passos. Que o diga a Dançaterapia, um método que vem fazendo o corpo e a cabeça de muitos prati-cantes ao redor do mundo.

Comumente associada ao lazer e à saúde física, essa terapia [criada na década de 1940 pela argentina Maria Fux] tem se revelado co-

mo um sistema de imunização ou prevenção contra males conhecidos, como o stress, me-do, depressão e isolamento. Além disso, as aulas também são freqüentadas por portado-res da síndrome de Down e de distintas defi-ciências, a exemplo da surdez, dos problemas motores e da visão. tudo em prol da busca por equilíbrio interno.

O trabalho nesta área do movimento do corpo tem se revelado promissor. Na Itália, o número de praticantes aumentou a ponto de, nos últimos dez anos, 250 profissionais terem se formado dançaterapeutas. Os fre-qüentadores da Scuola di Formazione in Dan-zaMovimentoTerapia, do Centro Sarabanda di Arte e Danzaterapia de Milão [a mais famosa escola a divulgar o método] são moradores da lombardia, Piemonte, lazio, toscana, sar-degna e sicilia.

A prática é tão funcional que a diretora da instituição, Elena Cerruto, esteve no bra-sil para um workshop sobre o tema. A mestra italiana conta que cada aula dura em média duas horas e, para exercitar a comunicação e integração às pessoas, as turmas são for-madas, em média, por oito a 10 alunos. As crianças também podem participar. Durante as aulas, os “alunos” da dançaterapia utili-zam fitas, bolas e materiais que ajudam na concentração e firmeza dos movimentos.

— A Dançamovimentoterapia é uma dis-ciplina específica, orientada a promover inte-gração física, emotiva, cognitiva e relacional, através da maturidade psicológica que advém

sílvia soUza

Sucesso na Itália, Dançaterapia ganha adeptos na busca por saúde física e emocional no Brasil

com o potencial criativo e a qualidade de vida do praticante — explica.

No brasil, a técnica está sendo desenvol-vida há três anos pelo Centro brasileiro de Dançaterapia (CbD), em são Paulo, mas o workshop de Elena Cerruto também vai passar pelo Rio Grande do sul.

— A dançaterapia é aberta a todas as pessoas que buscam, na dança, encontrar ca-minhos, superar desafios e viver mais felizes, pois o movimento está disponível dentro de todos nós. Mas é preciso saber como esti-mulá-lo, respeitando nossos limites e o dos outros — considera a dançaterapeuta Mírian loverro, diretora do CbD.

Como a técnica ainda é recente no bra-sil [na Europa, chega a ter status de medi-cina alternativa, tal qual a Yoga e o Tai Chi Chuan], Mírian enfatiza que não há uma ta-bela com a duração média do acompanha-mento a ser feito pelo dançaterapeuta. Ela acredita que, como o método ainda está em processo de difusão, estudos e pesquisas, profissionais da saúde, da educação e das ar-tes ainda estão despertando para o benefício da Dançaterapia.

— É importante que o facilitador em Dan-çaterapia trabalhe de forma integrada com os demais profissionais da saúde para a troca de informações e, assim, atingirem ambos bons resultados. também em Dançaterapia não se trabalha em aulas particulares, a não ser que a pessoa esteja imobilizada no leito. Pensa-mos sempre na integração — assinala.

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notizie

Oriana FallaciQuesto mese è morta la voce au-

torevole e scomoda del giornali-smo, Oriana Fallaci. lei aveva 77 anni e soffriva di un tumore al polmone. I funerali, per sua espressa volonta’, si hanno svolto in forma privata. Nessuna

camera ardente. la giornalista e scrittrice era rico-verata in una casa di cura di Firenze, sua citta’ natale, dove - secondo sue disposizio-ni - la degenza e’ avvenuta nel piu’ stretto riserbo. Anche di recente, le sue osserva-

zioni sul mondo islamico hanno susci-tato numerose polemiche. Esordi’ non ancora diciassettenne come cronista di un quotidiano fiorentino. Fu inviata di guerra. È stato unanime il cordoglio delle istituzioni, del mondo della poli-tica e della cultura.

Mondiale di nuotoA Rio de Janeiro si è svolta la prima edi-

zione brasiliana del mondiale di Nuo-to Juniors, presso la piscina Julio Delamare - Maracanã sports Complex. Con 61 nazioni rappresentate, l’Italia ha dimostrato supe-riorità tecnica vincendo nove medaglie di oro, sei di argento e due di bronzo.

Il capo delegazione, Maurizio Coco-ni, e il direttore tecnico nazionale della Federazione Italiana Nuoto, Walter bolo-gnani, sono stati ricevuti dal console ita-liano a Rio de Janeiro, Ernesto Massimo bellelli, su invito del delegato del Comi-tato Olimpico Italiano in brasile (Coni), Alfredo Apicella, che durante tutto il pe-riodo della permanenza della nazionale ha offerto il suo supporto. Presenti anche il presidente del Comitato degli Italiani all´Estero (Comites), di Rio de Janeiro, Franco Perrotta, e Gian luca Cantoni, Pre-sidente del Comites, di Paraná.

Hit Parade in ItaliaAi primi posti della classifica PMI/

Nielsen ci sono bandabardo’ con ‘Fuori Orario’ [classifica album]. Nei sin-goli, gli Zero Assoluto sempre in testa con ‘sei parte di me’, mentre nelle com-pilation Hit Mania Estate 2006 tiene il passo. tra i DVD, prima posizione per i Negramaro. la classifica PMI/Nielsen fo-tografa ogni settimana l’andamento delle sole aziende discografiche indipendenti.

Vendita illegaleL’associazione ecologica legambiente ha denunciato il “furto” di sabbia dalle spiag-

ge italiane, principalmente dell’isola d’Elba [nordovest del paese], che è venduta tramite un sito internet tedesco. Il portale coinvolto sarebbe l’ebay, che nella sua versio-ne tedesca, offre pacchetti di sabbia di diverse spiagge italiane a euro 1,99.

In dichiarazione ad un giornale italiano, il direttore per le isole minori di legambien-te, Umberto Mazzantini, chiede l’intervento della Polizia e del Comune di Capoliveri [la località più importante di Elba] per frenare questo tipo di commercio, prodotto di “una nuova moda di collezionismo per gli appassionati di minerali”.

Per Mazzantini, la vendita di sabbia è un “commercio illegale diretto ad un mercato di collezionisti che si trova in pericolosa espansione” e, nonostante sembri un modo “inoffen-sivo di avere un ricordo di un luogo turistico, crea e accelera i danni al litorale” italiano.

italian style

Al- Qaeda minacciaAccusando il Papa benedetto XVI di avere ‘’denigrato’’ l’islam, la rete terroristica di Al

Qaeda in Iraq e’ tornata questo mese a minacciare l’occidente, mentre non si placa la protesta del mondo musulmano dall’Estremo al Medio Oriente. le dichiarazioni del Papa, ‘’so-no una mobilitazione a favore della guerra dei crociati dichiarata da bush’’, sono state ricor-date com il messaggio pubblicato su siti Internet, intitolato ‘’Comunicato sulla denigrazione del Papa dei cristiani contro il nostro profeta’’. ‘’Diciamo al servo dei crociati: ti devi aspettare la sconfitta... Diciamo agli infedeli e ai tiranni: dovete aspettarvi la sofferenza. Non ci ferme-remo fino a quando la bandiera della unicita’ [del dio islamico, ndr] sventolera’ dovunque nel mondo’’, aggiunge il comunicato, firmato dalla shura dei mujaheddin di Al Qaeda in Iraq.

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weekend notizie

Rispetto di impegnoLa correzione dei conti pubblici ita-

liani deve essere portata avanti fi-no a riportare il deficit entro i paletti comunitari per la fine dell’anno prossi-mo, impegno sottoscritto ai partner eu-ropei ormai oltre un anno fa. A ribadirlo una portavoce dell’esecutivo europeo, di fronte alle ultime sollecitazioni in senso opposto tornate a giungere da voci del panorama politico nazionale. — la nostra posizione è esattamente la stessa: il deficit deve essere corret-to entro la fine del 2007 — dice alla stampa Amelia torres — Parlare di pro-roga nella fase attuale è tanto più in-comprensibile, dal momento che stanno migliorando sia l’applicazione della Fi-nanziaria sia l’evoluzione dell’economia. l’Italia ha chiuso il 2005 con un deficit pari a 4,1% del prodotto interno lordo. Ancora a luglio dell’anno scorso, ai tem-pi del precedente governo di centro-de-stra, Roma si è impegnata con le con-troparti europee a ricondurre il deficit entro il 3% e correggere la situazione di deficit eccessivo per la fine dell´anno prossimo. A ottobre la Commissione sa-rà chiamata a dare un giudizio sull’effi-cacia delle misure contenute sulla ma-novra 2007.

Giorno dell’Immigrazione ItalianaPer la prima volta, la comunità italo-

brasiliana ha festeggiato lo scorso 4 settembre, il Giorno dell’Immigrazione Ita-liana, presso il Consolato italiano di Rio de Janeiro. la commemorazione è il risulta-to di un progetto, approvato all’unanimità, del deputato Adroaldo Peixoto Garani, del-l’Assemblea legislativa dello stato di Rio de Janeiro (Alerj). secondo il parlamenta-re, la data si riferisce ad un momento sto-rico in terra fluminense.

— si tratta del giorno dell’arrivo a Rio dell’imperatrice di origine italiana, Maria tereza Cristina, moglie di Don Pedro II. Non esiste data migliore per rendere omag-gio agli italiani che contribuirono e ancora contribuiscono alla prosperità del brasile, principalmente di Rio de Janeiro — spiega il deputato.

Il console generale d’Italia a Rio de Janeiro, Massimo bellelli, ha colto l’occa-sione per inaugurare il salone del secondo piano del consolato e ricordare le traguardi raggiunti fino ad oggi.

— Oggi stiamo inaugurando un nuo-vo salone, con aria condizionata, facendo vedere in anteprima un sito ristruttura-to e modernizzato [www.consriodejaneiro.esteri.it], e ricordando ancora, attraverso la proiezione di un video, i buoni risultati della nostra Festa della Repubblica, a giu-gno, alla quale sono state presenti 38 mila persone. l’idea è stata quella di ricordare la data del 4 settembre. spero che l’Ale-rj continui a ricordare sempre la comunità italiana — dichiara bellelli.

la commemorazione, che ha contato con la presenza di circa 200 persone e la partecipazione di vari stands di degusta-zione di paste e frutti di mare, è anche stata onorata dalla presenza dei presiden-ti del Comitato degli Italiani All´Estero (Comites) di Rio de Janeiro, Franco Per-rotta, dell’Associazione Calabrese di Rio de Janeiro, Corrado bosco, dell’Associazione beneficente Italiana (Abita), Pietro Poliz-zo, e dall’ex segretario di stato, luiz Ro-gério Magalhães.

Spazio ItaliaAnche quest’anno ha riscosso grande

successo “spazio Italia”, manife-stazione organizzata per il quarto anno consecutivo dalla Camera di Commercio italo-brasiliana con sede a san Paolo.

Divenuto ormai uno degli eventi più importanti nella promozione del-l’enogastronomia italiana, spazio Ita-lia, in realtà, fa parte di un più ampio progetto denominato “Dieta mediterra-nea” che, sempre promosso dalla Ca-mera di Commercio, mira alla divulga-zione dei benefici della buona tavola mediterranea in generale, e italiana in particolare.

Per sette giorni, dunque, gli chef dell’Associazione Italiana Cuochi hanno preparato per ospiti e visitatori i piatti più prelibati della cucina italiana, po-tendo contare su forniture di prodotti rigorosamente made in Italy, messi a di-sposizione da alcune delle aziende più famose del comparto agroalimentare. bruno stippe, luciano boseggia, Dou-glas santi, Volmar Zocchi, Guillermo Ci-rillo e Robert Ravioli, veri maghi della cucina, hanno elaborato dei menù per 14 diverse degustazioni, cui hanno pre-so parte circa 700 visitatori.

Cento anni di CGILLa Confederazione Generale Italiana del lavoro [CGIL] festeggia nel

2006 i suoi 100 anni. A uno degli eventi commemorativi, realizzato lo scorso 18 agosto presso la sede della Camera Italo-brasiliana di Commercio e Industria di san Paulo, hanno partecipato la Fondazione di Vittorio [Mi-lano e Roma] e l ´Associazione Anita e Giuseppe Garibaldi [Brasile]. trat-tasi della proiezione, seguita da dibattito, di un lungometraggio di Mimmo Calopresti, regista del film scioperi: un montaggio tratto da circa 50 film italiani [dal dopo-guerra fino ad oggi], film che riproducono temi relazio-nati ao mondo del lavoro in Italia. l’evento ha contato con la presenza di invitati vari, come il console generale d’Italia, Marco Marsilli, la direttrice dell’Istituto Italiano di Cultura, luigina Peddi, il senatore Edoardo Polla-stri, il presidente della Fondazione di Vittorio, Carlo Ghezzi, il membro del Patronato INCA, a Roma, Antonio Galante e l’imprenditore luigi bauducco.

la CGIl, attualmente amministrata da Guglielmo Epifani, ha cinque mi-lioni di associati in Italia ed è il sindacato con maggiore forza in Europa.

LottomaticaLottomatica archivia il primo semestre con un +7,2% dei ricavi e

+10,5% del margine operativo lordo su base annua. si registra però, una flessione del 62,2% dell’utile netto, su cui gravano gli oneri dell’ac-quisizione della Gtech. I ricavi di lottomatica sono saliti da 317,5 a 340,5 mln di euro, il mol è passato da 169,1 a 187 mln e l’utile operativo è au-mentato del 6,3% da 147,1 a 156,3 mln. Il core business è cresciuto del 16% in termini di raccolta.

Griffe falseMettere in commercio griffe false è reato anche se la merce è contraf-

fatta in maniera evidente e venduta per strada a prezzi stracciati. È quanto ha stabilito la Cassazione respingendo il ricorso di un ambulante extracomunitario condannato dalla Corte di Appello di Genova a 2 mesi di reclusione e 200 euro di multa, per aver venduto per strada borse e capi di abbigliamento con marchi non originali.

Trapianto reneL’ospedale Molinette di torino ha raggiunto il record di duemila

trapianti di rene in 25 anni di attività. È il primo centro italia-no a raggiungere questo traguardo. lo scorso 9 settembre sono stati eseguiti gli interventi numero 1.999 e 2.000. Curiosa coincidenza, due dei medici che vi hanno lavorato, il chirurgo vascolare Piero bretto e l’anestesista luciano Comelli, erano presenti già al primo trapianto del 5 novembre 1981.

Il presidente del Comites-RJ, Franco Perrota, il console Ernesto Massimo Bellelli e il deputato Adroaldo Peixoto Garani

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perfil

Em toda entrevista com beldades, é ine-vitável fugir à pergunta sobre os segre-dos de como manter os belos atributos. Neste momento, modelos e atrizes dis-

param dicas de saúde e estética. No entanto, a miss Italia nel Mondo Karinna Michelin, de 26 anos, nos surpreende neste bate-papo. Ao responder a indagação, limita-se a agradecer seus antepassados, do Vêneto, pela beleza e boa forma conquistadas ao longo de sua vida, como se quisesse demonstrar o orgulho senti-do somente por aqueles que têm sangue ita-liano nas veias e sabem como a manutenção da tradição é visceral. Essa paulistana more-na, de sorriso largo e belos olhos verdes, é mãe, modelo, atriz, miss e estudante de Co-municação. Como consegue conciliar tudo is-so ao mesmo tempo? Ela fala sobre o assunto ao ser entrevistada por Comunità.

ComunitàItaliana – De que forma surgiu a idéia de participar do concurso Miss Italia nel Mondo 2006?Karinna Michelin – Fui convidada a participar.CI – Como é ser mãe e miss ao mesmo tempo?Karinna Michelin – Uma coisa não interfere a outra. ser miss faz parte do meu trabalho, de um tipo de vida que levo há mais de 10 anos. Está dentro do contexto do meio artís-tico. ser mãe é o meu prazer e também minha motivação, alegria e energia. Isso é o que me faz dar continuidade a todo esse trabalho.CI – O que mudou na sua vida com a conquis-ta do título? E a faculdade de Comunicação?Karinna Michelin – Virei uma pessoa públi-ca e reconhecida no mundo inteiro. tenho a

Orgulho italianoMiss Italia nel Mondo, Karinna Michelin, fala sobre como ficou sua vida depois de ganhar o concurso de beleza

oportunidade de falar todos os idiomas que eu aprendi durante minhas viagens. Hoje em dia, minha faculdade de Comunicação tam-bém tem feito parte da minha vida e do meio em que estou vivendo.CI – O que mais aprecia na estética da mu-lher italiana?Karinna Michelin – A elegância, seja pela ma-neira de se vestir, como também pelo com-portamento fino e glamuroso.CI – Quem, na sua opinião, seria uma “vera” representante da beleza mediterrânea? E da brasileira?Karinna Michelin – Hoje em dia, a atriz Ma-nuela Arcuri, na Itália e, no brasil, Ana Paula Arósio. CI – O que há de atraente nas duas culturas?Karinna Michelin – Na cultura italiana, a an-tiguidade e a complexidade. Na brasileira, a mistura de influências, principalmente a eu-ropéia com a indígena. CI – Você votou nas últimas eleições parla-mentares e no referendum? O que pensa so-bre o voto dos cidadãos italianos no exterior?Karinna Michelin – Não, porque ainda não ti-nha direito ao voto. Acho que os descenden-tes de italianos com cidadania não dispõem de uma maneira de julgar apropriadamente devido ao afastamento deles no dia-a-dia da política italiana.CI – Quais são seus projetos para o futuro?Karinna Michelin – Meu projeto é continuar trabalhando na minha carreira como atriz no exterior. Assim que eu tiver um maior domínio da língua italiana, quero entrar para o cinema da Itália e também para a televisão européia.

CI – Uma dica de como manter a forma aos 26 anos após ter um filho e ainda levar uma vida cheia de compromissos:Karinna Michelin – Minha herança genética é maravilhosa. Não tenho nada do que recla-mar. Devo isso a meus pais, avós, bisavós... A eles dedico o meu título.

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Karina Michelin, de origem vêneta, foi eleita representando a Amazônia

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curiosidade

— Além dos modelos coloridos, assistimos a um grande “re-vival” das armações leves em metal – afirma o presidente da As-sociação Italiana dos Fabricantes de Artigos Óticos (Anfo), Cirillo Coffen Marcolin.

Para a designer de jóias Manuela trione, as pessoas precisam ter, no mínimo, duas armações para não se tornarem vítima da moda e dos exageros.

— O ideal é ter um par de óculos clássico, de ótima qualidade, para todos os dias e um outro de reserva, mais divertido para os mo-mentos de festa – acrescenta.

Hoje em dia, com a tecnologia das operações oftálmicas, usar ócu-los passou a ser mais uma questão de estética do que de necessidade. As lentes de contato estão aí para não deixar ninguém mentir sobre quanto a dose de vaidade pode ser medida pelo modelo de armações.

— tenho um par para cada ocasião. Para sair de dia com sol forte, para sair com tempo nublado, para a neve, para a praia. Enfim, tenho uma gaveta cheia, mas são todos de grau mesmo – diz a consultora Paola Plet.

Uma das principais responsáveis por tanta diversidade nas vitrines é a fábrica italiana luxottica. Prada, Dolce&Gabbana, Donna Karan, Ray-ban, Versace, Chanel, salvatore Ferragamo, Miu Miu, Moschino e Armani são alguns dos clientes que têm em comum a fabricação de suas armações pela luxottica. A empresa surgiu em 1937 pelas mãos de leonardo del Vecchio. Em 1999 ele comprou da bausch&lomb a marca Ray-ban, os famosos óculos em forma de gota. Das linhas de produção da fábrica saem armações que ocupam, hoje, as prateleiras

de lojas espalhadas nas cidades de 130 países dos cinco continentes.

Profissão: estetaPoucas pessoas sabem, mas Miguel Giannini, de 63 anos, desenvolveu uma profissão que agrada a muitos clientes: esteta ótico. Pode-se dizer que ele é um consultor para a escolha do melhor tipo de armação para o comprador. seu atendimento personalizado conquistou inúmeras pessoas, entre elas, personalidades como José sarney, Fernando Henrique Cardo-so, luis Inácio lula da silva, Antônio Palocci, Marta suplicy, José Dirceu, Ana Maria braga, Glória Menezes e muitas outras.

— Já analisei mais de 400 mil rostos em mais de 40 anos de profissão. Nossa cliente-la é formada por pessoas pertencentes a to-das as classes sociais. O trabalho mais grati-ficante é atender as crianças porque criamos uma sistemática em que elas escolhem os seus óculos. Aliás, na loja de bela Vista, te-mos um cantinho com mesas e cadeiras es-pecialmente criado para elas, onde podem manusear e experimentar suas armações – explica Giannini.

Atualmente, há três lojas na cidade de são Paulo. A primeira, aberta na década de 70, está localizada na Galeria Nova barão, a outra fica dentro do Jockey Club de são Pau-lo, além da loja do bairro bela Vista, onde o esteta atende cerca de 20 clientes por dia.

O consultor é descendente de italianos da toscana e Veneza. seus antepassados já tra-balhavam com óculos e máscaras para pilotos de avião durante a Primeira Guerra Mundial. talvez isso queira dizer que o talento para a profissão corre no sangue. Depois de começar como office-boy numa antiga e famosa ótica de são Paulo quando tinha apenas 13 anos, aos 24, tornou-se um pequeno empresário ao abrir uma loja em um dos prédios da Galeria Nova barão, em sociedade com o amigo Fio-ravante Fernandes.

O atendimento personalizado criado por Giannini consiste em receber o cliente e ana-lisar seu rosto. A altura das sobrancelhas e do nariz, o formato dos olhos, a cor ou a tonali-dade da pele e dos cabelos são detalhadamen-

te avaliados. Desta forma, com dois alicates e uma espiriteira, ele transforma uma armação comum em outra peça de estilo único.

— Os óculos têm de ter a cara do cliente – resume.

Miguel conta ainda que não gosta de tra-balhar exclusivamente com marcas e grifes. Para ele o cliente tem direito de escolher uma armação pelas vantagens que oferece em ter-mos técnicos, estéticos e preço.

— Nas minhas lojas não há marcas mais ou menos vendidas ou procuradas porque não acredito em marca ou grife. O consultor deve conhecer cada modelo e explicar o porquê da escolha. Mas a indústria italiana de armações é representativa, há décadas, porque, de uma certa maneira os óculos foram criados na Itá-lia. Hoje, os italianos continuam sendo os melhores nesse segmento, não só porque a indústria se mantém em constante atualiza-ção, mas porque lá tem uma tradição de pro-fundo conhecimento nesses oito séculos de história dos óculos — revela.

Museu dos óculosApaixonado por óculos, Miguel Giannini criou, há quatro anos, o Museu de Óculos Gio-conda Giannini, localizado no terceiro piso do Casarão, em bela Vista. O nome é uma homenagem à mãe que sempre o ajudou e este-ve presente na vida pessoal e profissional.

— Criei o Museu por vários fatores. sempre colecionei armações an-tigas. Quando saí da loja do centro e vim para o bela Vista, bairro for-mado essencial-mente por

Óculos,

O que antes era para ajudar a ver melhor, agora virou aces-sório também para ser visto. Os óculos, nos mais variados

modelos, cores e tamanhos deixaram de ser objetos apenas de necessidade e

tornaram-se adornos da vaidade. E mais do que nunca a indústria italiana, exce-lência da qualidade reconhecida em to-do o mundo, dita as regras da moda. Aliás, tal fato é justificável, uma vez que a origem dos óculos tem susten-tação na própria Itália.

A primeira referência histórica so-bre a existência do adereço está re-gistrada nos textos do filósofo chinês

Confúcio, 500 anos antes de Cristo. Apesar disso, foi na Roma dos Cesares

que o conceito sobre as len-tes mudou. No século 1 depois

de Cristo, o imperador Nero des-cobriu as coloridas contra a luz do

sol ao usar uma lâmina de vidro verde sobre os olhos, durante as famosas apre-

sentações nas arenas romanas.Os instrumentos iniciais que propiciaram a corre-

ção visual para perto foram algumas pedras precio-sas [o berilo e o cristal de rocha] cortadas em finas camadas e colocadas sobre os textos para aumentar o tamanho das letras. Mais tarde, em Veneza, alguns mestres vidreiros adaptaram essas lâminas para serem usadas sobre os olhos. Em 1270, na Alemanha, foi encontrado o primeiro par de ferros com aros gran-des, unidos por rebite. Enquanto que, em Florença, no mesmo século, um modelo semelhante surgiu e tornou-se sucesso de vendas. Assim, os italianos são considerados os inventores dos óculos, mas a verdadeira origem do objeto é um mistério. Não existiu um único inventor, e sim, inúmeras pessoas anônimas, tanto no Oriente quanto no Ocidente, que foram contribuindo para o aperfeiçoamento deste instrumento visual para a humanidade.

Além do design, os óculos de hoje também põem em voga a tec-nologia. Nas mãos dos estilistas das grifes famosas o produto torna-se cartão de visita para quem o usa.

pra quelhes quero?

Instrumento visual vira quesito de vaidade e tem origem na Itália

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“A indústria italiana de armações é

representativa, há décadas, porque, de

uma certa maneira os óculos foram

criados na Itália”Miguel giannini, esteta

calabreses no começo do século passado, precisava de um imóvel grande para montar a loja, o laboratório de montagem de óculos e mais o museu. Encontrei este casarão de três andares e comprei. Na época, o acervo era pequeno, mas hoje eu tenho uma cole-ção de 800 peças, das quais 200 estão em exposição permanente – conta Giannini.

O único museu de óculos da América la-tina oferece aos visitantes todas as gran-des tendências. A mostra apresenta algumas coletâneas, entre elas a coleção chinesa do século 18 com duas peças originais e seus estojos de pele de peixe, usados pela aristo-cracia 500 anos antes de Cristo. Existe tam-bém réplica dos primeiros óculos, descober-tos na Alemanha, no fim do século 13, que mostra ao visitante a origem das armações e lentes para perto e como elas evoluíram para os demais modelos surgidos entre o século 15 e 16.

O casarão, localizado no bairro Bela Vista, em São Paulo, abriga cerca de 800 peças das quais 200 estão em exposição permanente no Museu de Óculos Gioconda Giannini no terceiro andar

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cultura

Antica passione

la proposta di andare ad assiste-re il noto critico cinematografi-co e docente universitario Guido Fink, uno splendido intellettua-le, nella direzione dell’Istituto Italiano di Cultura di los Ange-les, in California, per 4 anni. Do-po la sua partenza, ho assunto la responsabilità dell’Istituto per quasi due anni, un’esperienza molto istruttiva dal punto di vi-sta professionale. Altri tre anni a Roma ed eccomi qui, pronto alla nuova sfida.CI – Come giudica i legami cultu-rali tra il Brasile e l’Italia?Rubens Piovano – Pochi giorni prima della mia partenza, Max de tomassi, un brillante e com-petente conduttore radiofonico della Rai mi ha invitato a parte-cipare alla sua trasmissione not-turna, intitolata “brasil”, che va in onda su Rai 1. sono rima-sto sorpresissimo nell’apprende-re che un programma dedicato alla musica e alla vita culturale del brasile, che va in onda dalla mezzanotte e mezza alle cinque e mezza di mattina, avesse in media un milione di ascoltato-ri! su Rai 3, in una fascia oraria mattutina, l’antropologa Patrizia Giancotti ottiene un bel succes-so con 8 interessantissime pun-tate radiofoniche sulla storia, le etnie e la cultura del brasi-le di oggi e sa che titolo aveva-no? “siamo tutti brasiliani”! se lei va a visitare il sito web “mu-sibrasil.it” troverà una mole di informazioni sul pianeta brasi-le davvero invidiabile, pensi che il sito lo realizza un gruppo di italiani appassionati del vostro paese, ha moltissimi soci e van-ta un sacco di contatti online. Ad agosto non si trovavano più i biglietti per l’unico concerto ro-mano di Adriana Calcanhoto, e durante la sua esibizione il pub-blico cantava con lei!

Mi farebbe un grande piacere trovare una situazione reciproca qui, o contribuire a crearla. le premesse ci sono, so che il brasi-le riserva all’Italia e alla sua cul-tura una grande simpatia, grazie anche al contributo dato da mi-lioni di italiani alla costruzione di questo paese e del suo affasci-nante stile di vita. CI – Quali sono i suoi programmi per l’Istituto?Rubens Piovano – Vorrei far-ne un centro di attrazione per chi si occupa di cultura e per

artisti locali cercando di offri-re loro possibilità di scambio e di arricchimento con stimolanti presenze italiane. Naturalmen-te intendo continuare a soddi-sfare le esigenze della numerosa comunità di connazionali, che deve sentire l’Istituto come la propria casa. Credo nella poli-tica del “fare squadra”, per cui vorrei coordinarmi per meglio sfruttare tutte le risorse offerte dal “sistema Italia” presente in brasile: l’Ambasciata in brasilia, dove operano un addetto cultu-rale e uno scientifico, l’Istituto Italiano di Cultura di san Pao-lo, il Consolato di Rio e il suo Dirigente scolastico, i lettori universitari, ma anche gli uffici dell’ICE [Istituto per il Commer-cio Estero], del CONI [Comitato Olimpico Nazionale Italiano], dell’ENIt [Ente Nazionale Ita-liano Turismo]. l’obiettivo rima-ne sempre quello di offrire agli amici brasiliani un’immagine di qualità dell’Italia e del suo stile di vita. CI – Ci può anticipare qualcosa dei programmi del 2007?Rubens Piovano – Non dimenti-chiamoci che nel 2007 Rio sarà al centro dell’attenzione mondia-le per via di eventi quali i Giochi Panamericani e la probabile pri-ma visita nel continente di Pa-pa benedetto XVI, per il Concilio delle Conferenze episcopali del-l’America latina. E’ per noi una sfida, dato che senz’altro ver-ranno organizzati in città eventi culturali di rilievo, e rischiamo di venire oscurati. Vedrò di sen-tire anche i colleghi europei per tentare di coordinare una rispo-sta europea all’altezza.

Poi ci sono le ricorrenze di nascite e morti dei famosi cui non si sfugge più ormai, le cele-brazioni si impongono, e l’anno prossimo tocca ai 200 anni dal-la nascita di Giuseppe Garibaldi, l’eroe dei due mondi che cerche-remo di ricordare come merita. In contemporanea ci sono i 300 anni della nascita di Carlo Goldo-ni, il colosso del teatro italiano di tutti i tempi.CI – Per ogni settore culturale, ci dia un’indicazione di come in-tende muoversi:Rubens Piovano – Negli stati Uni-ti le direbbero “that’s a good que-stion!” Ma vediamo: nel settore cinema, già da questa edizione, l’Istituto cercherà di confermare

una presenza di qualità del nuo-vo cinema italiano al Festival in-ternazionale di Rio, ormai il più importante dell’America latina. A dicembre vediamo di presen-tare per la prima volta in città una selezione dei film italiani che hanno preso parte alla biennale di Venezia e di farlo diventare un appuntamento abituale. Non vor-rei poi dimenticare il búzios Ci-ne Festival e il Mix brasil. Credo che due settori di successo pos-sano essere l’architettura ed il design, l’anno prossimo il grande Oscar Niemeyer compirà cent’an-ni e sono certo che grandi nomi dell’architettura italiana verran-no a festeggiarlo, si potrebe or-ganizare una mostra dei disegni delle sue opere in italia, relaiz-zate e non realizzate. l’Istituto Europeo del Design, un’importan-te scuola italiana, sta per aprire i battenti qui a Rio, sarà una bella occasione per celebrare il lavoro dei nostri designer. Credo poi che sia giunto il tempo di non privi-legiare più la cultura umanistica su quella tecnico-scientifica: te-mi come il risparmio energetico, la difesa dell’ambiente, i rappor-ti tra la fisica italiana, tanto per fare degli esempi, e quella bra-siliana avranno sempre più peso nel programma. la musica resta ovviamente il terreno più stimo-lante, visto che il brasile è una potenza mondiale: accanto al-la tradizionale offerta di musica classica, mi piacerebbe aprire le porte al jazz italiano, alla musica da cinema, alla percursionistica, al rock e alla musica contempora-nea, certamente poco conosciu-ta, e la formula vincente potreb-be essere quella di far suonare insieme artisti dei due paesi. Un occhio di riguardo lo daremo alla moda e alla enogastronomia, due cavalli di battaglia per il nostro paese. Potremmo continuare a lungo, mi lasci solo dire che vor-rei sperimentare interessanti for-me di collaborazione con quelle regioni italiane che hanno stipu-lato accordi di cooperazione con il brasile: l’umbria, per esempio, lavora nella favela di santa Mar-ta per favorire l’inclusione socia-le e noi potremo pensare a forme didattiche di teatro di strada per ragazzi.

CI – Che importanza ha per l’Isti-tuto l’insegnamento della lingua italiana?

Rubens Piovano – la diffusione della lingua italiana è uno dei compiti fondamentali che la leg-ge impone ad un Istituto di cul-tura, accanto a quello della diffu-sione della cultura attraverso un programma di eventi adeguati.

E il motivo è ovvio: con un buon evento culturale lei incu-riosisce il pubblico straniero, ma con un corso di lingua lei for-ma un “cliente” permanente del-la cultura italiana, dandogli lo strumento essenziale per godere della nostra produzione cultura-le. Insomma si tratta di un inve-stimento umano fondamentale, che contribuisce ad incrementa-re gli scambi e i contatti tra bra-siliani ed italiani. Ovvio dunque che garantirò il massimo appog-

gio a tutte le università che in-segnano l’italiano, e al Dirigen-te scolastico e agli Enti Gestori che si occupano dell’inserimen-to dell’italiano nelle scuole lo-cali, mentre cercherò di garan-tire la massima qualità ai corsi che sono prerogativa dell’Isti-tuto, rivolti ad adulti, sia brasi-liani che italo-brasiliani. I corsi dell’Istituto dovranno poi spe-cializzarsi e rivolgersi a tradut-tori e interpreti, e anche a chi lavora in settori specifici e ha rapporti con l’Italia. Per quan-to possibile, ci occuperemo an-che della formazione dei docenti locali, un tema delicato ed es-senziale quando si opera lonta-no dall’Italia. Infine, cercherò di aumentare il numero delle borse di studio offerte dal nostro Isti-tuto, perché non c’è nulla che sostituisca il “bagno linguisti-co” e culturale nel paese di cui si studia la lingua, quella full immersion che vale più di tante lezioni ricevute all’estero. CI – Qualche sogno nel cassetto?Rubens Piovano – le potrà sem-brare strano, ma il mio piccolo sogno lo vorrei dedicare all’Isti-tuto, sarei felice che tornasse ad avere competenza sull’inte-ro territorio della giurisdizione consolare di Rio. In altre parole, si tratterebbe di tornare ad oc-cuparsi dello stato di bahia, con l’importantissima sua capitale, salvador, una città culturalmen-te affascinante e vivace. E’ una decisione che spetta alla nostra Ambasciata, e confido in una ri-sposta positiva.CI – Un messaggio per conclu-dere:Rubens Piovano – Visitate il no-stro sito www.iicrio.esteri.it! spero di raggiungere presto i duemila contatti mensili. Abbia-mo l’ambizione di farlo diventare il sito d’eccellenza per chi si in-teressa di cultura italiana qui a Rio e non solo. Per avere succes-so faremo il massimo sforzo per mantenerlo aggiornato e pieno di informazioni e notizie uti-li, non limitandoci a quello che succede in Istituto. È uno stru-mento potente e a buon merca-to di contato e divulgazione. In homepage c’è la possibilità di iscriversi alla nostra newsletter gratuita per posta elettronica. Grazie alla vostra rivista spero di raggingere presto un numero al-to di abbonati.

te bianco. Ho 57 anni, tre figli adorabili e una moglie di cui so-no innamorato. Ho fatto il liceo classico ad Aosta e mi sono lau-reato in Filosofia con il massimo dei voti a torino. Dopo aver la-vorato nel campo dell’educazio-ne di adulti lavoratori in Valle d’Aosta, e dopo aver insegnato italiano all’Università per stra-nieri di Perugia, sono entrato al Ministero degli Affari Esteri nel 1980, quando fui inviato come lettore a siviglia, ad assistere il professore Manuel Carrera Díaz a creare la quarta cattedra di ita-liano in spagna e incrementare il numero di studenti da 40 a ol-tre 1000. Compiuta la missione, ho ricevuto dal Ministero l’inca-rico di creare sempre a siviglia un Istituto Italiano di Cultura, di cui sono stato responsabi-le fino al grande obiettivo del-la grande partecipazione italiana alla Esposizione Universale del 1992. Dopo tre anni di servizio a Roma, nel nostro quartiere gene-rale, ho accolto con entusiasmo

cluso lo stato brasiliano di bahia nella circoscrizione del Consolato Generale d’Italia a Rio de Janei-ro nell’IIC. “È una decisione che spetta alla nostra Ambasciata, e confido in una risposta positiva”, pondera Piovano.

ComunitàItaliana – Perché il Bra-sile?Rubens Piovano – Me ne inna-morai nella mia prima e unica visita 24 anni fa, nel 1982: mi colpì l’estrema dolcezza e dispo-nibilità della gente, che riesce a sorridere anche in condizioni di vita difficili, e l’irresistibile esu-beranza della natura. Quando al Ministero degli Affari Esteri è comparsa anche Rio de Janeiro nella lista delle sedi disponibili non ho avuto dubbi e l’ho inse-rita al primo posto! sono felicis-simo d’averla ottenuta. CI – Ci dica di lei e ci riassuma in breve il suo curriculum:Rubens Piovano – sono nato nel-la più piccola regione italiana, la Valle d’Aosta, ai piedi del Mon-

“Facciamo una foto alla finestra con la veduta del Pão de Açúcar. Non è meglio?” Forse la ri-

chiesta fatta al fotografo di Co-munità, in un venerdì di clima gradevole in pieno centro di Rio de Janeiro, era già un preannun-cio di quello che avremmo ascol-tato più tardi, nell’intervista sulla sua ammirazione per il brasile. È appena arrivato nel paese, il neo-direttore dell’Istituto Italiano di Cultura di Rio de Janeiro (IIC-RJ), Rubens Piovano, di 57 anni, ha ricevuto la nuova carica meno di un mese fa. Durante la conversa-zione, tra gli altri argomenti, l’ita-liano della regione del Valle d’Ao-sta, parla delle culture del brasile e dell’Italia e dei suoi progetti per quest’anno. Inoltre, nel no-stro incontro, sottolinea la com-memorazione, nel 2007, dei 300 anni della nascita di Carlo Goldo-ni, grande figura della commedia italiana, ed anche, Giuseppe Gari-baldi, eroe della storia del brasi-le. Un sogno? Quello di vedere in-

L’italiano Rubens Piovano è il nuovo direttore dell’ICC-RJ e dice di essere un “innamorato” del Brasile

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cultura

Uma parceria renovada nos últimos dois anos atraiu dezenas de pessoas à se-de da Procuradoria Geral

do Estado (PGE) do Rio de Ja-neiro. No local, o anfitrião é um oriundi dedicado às questões im-postas ao mundo contemporâ-neo, o procurador-geral do es-tado Francesco Conte. A missão: mostrar por que o Rio é a Roma Americana.

Em sua quarta edição, o se-minário Rio Roma Americana [expressão cunhada pelo profes-sor Pierangelo Catalano, da Uni-

versità La Sapienza di Roma] discutiu o Império contra a Glo-balização mesclando desde os primórdios da civilização romana até os atuais conflitos no Orien-te Médio e, em especial a guerra Iraque versus líbano, ainda em voga no fim de agosto.

Os debates fazem parte de um acordo firmado entre a PGE e a Associazione di Studi Sociali Latinoamericani (Assla) e foram realizados em três dias. Neste ano, a participação do secretário municipal para as Relações com as Universidades e as Políticas Juvenis de Roma, Jean-leonard touadi, incrementou as discus-sões. Os encontros versaram ba-sicamente pelo Direito, mas não deixaram de lado literatura, eco-nomia e política. Os temas apre-sentados foram O Império na tradição Romana e brasileira, o crescimento da Cidadania e, Di-reito e Paz.

Rio Roma Americana reuniu o cônsul geral da Itália no Rio, Er-nesto Massimo bellelli, o profes-sor do Instituto de Estudos Polí-ticos e sociais, Helio Jaguaribe, o presidente do Instituto Históri-co-Geográfico brasileiro (IHGb), Arno Wehling, além do tradutor,

professor da Universidade Fede-ral do Rio de Janeiro (UFRJ) e es-critor Marco lucchesi.

Conte explicou o porquê da continuidade ao tema Império, abordado no ano passado.

— Nós continuamos com a temática do império, mas dessa vez, na tradição brasileira. trou-xemos a questão do crescimento da cidadania e, neste momento, não poderíamos deixar de falar do direito de paz — relata.

Ao lembrar que o Rio de Ja-neiro foi a única sede de império na América latina, o cônsul bel-lelli chamou atenção para a im-portância de se valorizar as ini-ciativas que a Itália desenvolve na cidade.

— Esse evento sinaliza co-mo o Rio de Janeiro é a ponte de transição entre o brasil e o di-reito romano. A capital do bra-sil já foi aqui assim como a se-de do Império. Esses fatores só demonstram o quanto a cidade é significativa em termos de de-senvolvimento para o brasil de hoje — considera.

Os professores da Universi-dade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Antonio Celso Alves Pe-reira e Daniel sarmento, foram os palestrantes do terceiro dia de seminário. Com um relato sobre os fenômenos da globalização e resistência, Antonio Celso citou o sociólogo polonês Zygmunt bau-man, autor da expressão “liquidez dos tempos modernos” para tra-tar dessa questão que já ultrapas-sou as fronteiras da economia.

— Zygmunt nos fala dessa governança mundial, onde tudo

fica muito palpável, solúvel. Não se combate a globalização. Po-de-se trabalhar junto a esse sis-tema cultural, econômico, social mundial, onde a violação aos direitos humanos resulta em 33 milhões de habitantes vivem na pobreza — comenta.

Ao encerrar o IV Rio Roma Americana, o colaborador de Co-munità Marco lucchesi conquis-tou a platéia presente no Audi-tório Machado Guimarães. Ele leu um texto próprio, escrito duran-te uma estada no líbano. Antes, como se pudesse haver essa pos-sibilidade, o escritor, temeu que sua “ignorância fosse maior que a generosidade do amigo, Fran-cesco Conte”.

— Eu pensei tentar a car-reira diplomática. Ansiava por paz. A cultura é muito fragmen-tada diante de nossa arrogância intelectual. Esse texto é refle-xo da dor das mães nos Campos de shatila (líbano), que não ti-nham onde enterrar seus filhos, depois daquele massacre, co-mo ocorre atualmente. Por que não congregar as diferenças, respeitando as diversas opções religiosas? A guerra ocorre ho-je pelas diferenças. Ou partimos dessa visão crítica ou não par-ticipamos seriamente do debate — alerta.

A parceria que deu origem ao projeto seminário Rio Roma Americana surgiu no ano 2000,

quando eram comemorados os 500 anos de descoberta do bra-sil. Na época, ocorreram dois debates: um no Rio de Janeiro, no fim de outubro e, outro em Roma, um mês depois do pri-meiro. Ambos se dedicaram ao tema Universalismo como Re-sistência. Já em 2005, no Rio de Janeiro apenas, foi realiza-da a primeira parte do encon-tro sobre globalização, mote que, esse ano, ganhou conti-nuidade acrescido do conceito de Paz.

‘O Rio de Janeiro é a ponte de transição entre o Brasil e o

direito romano. Foi a única sede de império na América Latina’

eRnesto MassiMo Bellelli, cônsul geRal no Rio de JaneiRo

Rio de Janeiro: a Roma Americana

Seminário discute globalização e expressa ligação entre o direito brasileiro e o romano

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O procurador-geral do Estado, Francesco Conte

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De uma sala improvisada em sua casa, a partir da con-fiança e do apoio depositados pela família: a base da união italiana. Quem diria que o sonho de um jovem, abrindo-se para os desafios do mundo adulto, pode-ria vislumbrar a união de uma cultura que há muito contribui para a formação do brasil? Quem poderia

imaginar que esse sonho seria como o vinho, ficando melhor a medida que o tempo passa? Impressão em

rotativa, páginas em preto e branco, acúmulo de fun-ções [da redação e edição à fotografia], enfim, poucos acreditavam que ComunitàItaliana fosse uma realida-

de capaz de se sustentar por tanto tempo, alcançan-do, neste mês, a edição 100. Imprescindível ao cha-mado “sistema Itália”, Comunità é o diferencial que

congrega o Made in Italy. A cada número, o resultado da incansável busca transformou os blocos de texto

em páginas claras e leves com o objetivo de gerar informações precisas ao leitor e de tornar a Comunità um instrumento de comunicação ágil, didático e uma aquisição prazerosa, ou seja, um bem que ultrapasse

os olhos e residências dos leitores.

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projetode vida

À esquerda, o colunista Julio Vanni e o diretor-presidente da Comunità,

Pietro Petraglia na década de 90

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Aos 17 anos, Pietro Pe-traglia era um rapaz no terceiro ano do segundo Grau [atual Ensino Médio]

que, por intuição ou desafio, to-mou um rumo sem volta. Fez do jornal revista e de ComunitàIta-liana seu projeto de vida. Nada mal para alguém que começou a interessar-se por jornalismo enquanto participava do movi-mento estudantil. Diria Vladimir Ulianov, mais conhecido como lênin que, quando jovem, ini-ciou seu contato com um mun-do de revoluções numa manifes-tação de estudantes: “É preciso sonhar, mas com a condição de crer em nosso sonho, de exa-minar com atenção a vida real, de confrontar nossa observação com nosso sonho de realizar es-crupulosamente nossa fantasia. sonhos? Acredite neles”.

se hoje o que chega a você, nosso leitor, são páginas, dia-gramadas e escritas com a aten-ção que lhe proporciona a infor-mação mais completa de todo e qualquer assunto referente à co-munidade ítalo-brasileira, nem só de flores foi feita essa cami-nhada de mais de 12 anos. As portas não estavam sempre aber-tas, mas, com ajuda de colabo-radores, parece que a obstinação e os percalços encontrados vale-ram e valerão a pena pelas próxi-mas 100 edições.

— Idealizei um jornal para a União Niteroiense de Estudantes secundaristas, e observei que a comunidade italiana, da qual participo desde meu nascimento e por influência dos meus pais, se achava fragmentada. Falta-va um veículo de comunicação que se ocupasse de divulgar e guiar esses importantes valores da comunidade — explica o di-retor-presidente de Comunità, Pietro Petraglia.

Para dar consistência ao tra-balho, Petraglia contou com a ajuda de personalidades ligadas ao eixo acadêmico. Fizeram par-te da história de nosso jornal/re-vista o jornalista Angelo longo e o escritor Giuseppe D’Angelo. O jornalista Julio Vanni, responsá-vel desde o primeiro número pela coluna Cose Nostre, havia lança-do o livro Itália, meu amor pou-co antes da edição inaugural do jornal. A união entre Petraglia e Vanni ratificou a idéia de se exis-tir uma mídia para se abordar as

tradições, acordos, parcerias e atividades que agrupavam os íta-lo-brasileiros.

Assim, surgia em março de 1994, o jornal ComunitàIta-liana. Em formato tablóide e papel jornal, a publicação cir-culava predominantemente por Niterói e Rio de Janeiro a cada dois meses, por conta dos es-cassos recursos. O veículo era feito quase que artesanalmen-te. Captação de publicidade, re-dação, fotografia, diagramação, impressão, distribuição e con-tatos com assinantes eram to-das funções exercidas pelo mes-mo jovem profissional, o oriundi Pietro Petraglia.

— Por conta dessa pouca ida-de e da falta de pessoal o projeto Comunità enfrentou muitas bar-reiras. Na época do lançamento do jornal, apresentamos a idéia ao Consulado Italiano. O cônsul geral era o diplomata Cláudio Zanghi. Mas esse apoio institu-cional infelizmente só apareceu muito depois — resume.

Mas como dar representativi-dade a um jornal recém-criado? segundo Petraglia, o meio en-contrado para tornar o Comunità significativo foi brindar o leitor com entrevistas com pessoas re-nomadas e fazer com que a cul-tura italiana chegasse ao maior número possível de leitores. Para tanto, no início, os textos eram em sua maioria escritos em lín-gua portuguesa. O objetivo: di-vulgar a comunidade italiana pa-ra além dos muros dela.

Não demorou e a sede do jor-nal foi instalada na Rua Visconde do Uruguai, em Niterói. No ani-versário de três anos de publica-ção, além da impressão em pre-to e branco, a capa e a matéria principal eram apresentadas em cores muito características como verde e vermelho. Já nesta fase, o papel utilizado era o offset.

O diretor-presidente de Co-munità considera a satisfação do leitor seu maior pagamento pe-la ousadia de montar o jornal. Junto a esse trunfo, ele une o ciclo de amizades conquistado. Para Petraglia, os momentos de felicidade e tensão passados na época de estruturação do jornal também eram muito próximos. A alegria era conquistada a cada edição que ficava pronta. A tris-teza vinha com a demora na im-pressão dos jornais.

— Com todas as dificuldades, nunca pensei em desistir. Fazer o Comunità exigia uma dedica-ção exclusiva. Era e é meu proje-to de vida. Rodávamos na tribu-na da Imprensa e, muitas vezes, tínhamos que esperar a ordem de impressão, pois jornais de bair-ro estavam na fila de espera. De-pois, durante algum tempo, eu tinha o cuidado de enviar exem-plares gratuitamente para todas as pessoas interessadas pela pu-blicação, apenas para que conhe-cessem, se familiarizassem com nosso trabalho — recorda.

Petraglia não se esquece de colaboradores como braz Maioli-no, Pietro Polizzo, Ângelo Nero-ni, Guiseppe D’Angelo e o char-gista lanfranco Vaselli que, com seus famosos traços, ilustrou fa-tos marcantes do cotidiano em Comunità.

— D’Angelo era um intelec-tual que também nos ajudava espiritualmente. Apresentou-me nomes importantes da cultura italiana, por conta de ter sido di-retor do Istituto Italiano di Cul-tura (IIC) do Rio de Janeiro. Cer-tamente, ainda contribuiu para minha formação enquanto profis-sional e pessoa — define.

E se pudesse escolher um momento marcante? Pietro ti-tubeia e fica entre a entrevista ao cantor Renato Russo, ícone para a juventude brasileira nas décadas de 1980 e 1990, e a re-portagem com o compositor Do-rival Caymmi. Russo havia lan-

çado o cd “Equilíbrio Distante” [álbum que motivou a entrevis-ta] e morreu pouco depois, em decorrência de complicações de saúde ocasionadas pelo ví-rus HIV. Com Caymmi, sentiu a simplicidade e a emoção de um “italiano da bahia”.

— Renato Russo era referên-cia para jovens como eu. lidei com meu lado fã. sempre tive a consciência de que precisamos ter responsabilidade porque che-gamos ao pensamento das pesso-as. Não podemos dizer qualquer coisa de qualquer jeito. E com Dorival, foi um aprendizado per-ceber sua leveza e sinceridade de sentimentos, sua relação com a cultura — diz.

Enquanto repórter, o dire-tor-presidente de Comunità ele-ge a vinda da ministra susanna Agnelli um dos momentos mais inusitados da história de cober-tura do jornal. Ele relembra que, em visita ao Consulado do Rio, a ministra suspendeu uma reunião com líderes da comunidade após a leitura de um manifesto.

— Um senhor fazia reivindi-cações e falava sobre um défi-cit de investimento do governo quando susanna tomou o micro-fone dele e terminou o encontro. Ninguém esperava aquela atitu-de, até porque o encontro era com as lideranças, aquelas que sabem das necessidades dos íta-lo-brasileiros — avalia.

No entanto, ao falar de um momento de tristeza, com pro-priedade, Pietro Petraglia revive a vinda de uma embaixadora ao brasil para uma inspeção do mi-nistério no Consulado e no Insti-tuto Italiano de Cultura, no Rio de Janeiro. A senhora se reuniu com pessoas que se ocupavam da informação voltada para os ita-lianos e, no momento em que o diretor-presidente de Comunità reivindicava maior apoio e aten-ção do governo berlusconi, ela respondeu ao pedido de modo grosseiro.

— Isso foi em 2003. Por ela ser do alto escalão do governo, a atitude acabou gerando represá-lias. É muito triste você se em-penhar para fazer algo de quali-dade e não ter o reconhecimento

Como nas primeiras edições, Petraglia verifica pessoalmente a impressão

Equipe Comunità durante jornada de trabalho

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devido. O governo italiano não apoiava nem acompanhava o que é feito com esforço e serie-dade para os italianos no brasil — destaca Petraglia.

A referência que não se acomodaCom a captação de recursos, houve a necessidade de se in-vestir em melhorias para o jor-nal. Do desejo de profissionali-zar a atividade surgiu a idéia de criar a Editora Comunità e as-sim, definir novo material grá-fico para os leitores. Hoje, Pe-traglia considera que a revista é um produto de alto nível, mas o diferencial da publicação é a não-acomodação.

— O surgimento do Mosai-co é prova disso. O encarte foi pensado para atender a demanda pela literatura e língua italianas. Muitos estudantes têm no suple-mento uma ferramenta para o aprendizado — conta ele, sobre a parceria firmada entre Comuni-tà, o Istituto Italiano di Cultura e os Departamentos de língua Ita-liana das Universidades Federais brasileiras.

Por esse pensamento de ino-var e estar presente em diversas formas de comunicação, o site www.comunitaitaliana.com.br foi criado em 1999. Este ano, como parte dos festejos pelo 100º nú-mero de Comunità, a ferramen-ta passou por uma reformula-ção oferecendo aos internautas [assinantes ou não da revista], a possibilidade de participar de enquetes e estar informado com notícias sobre a Bota atualizadas diariamente.

— O site é um suporte para o produto principal. É um meio de interatividade com o qual o público pode acompanhar os fa-tos mais importantes do mundo ítalo-brasileiro. Quando comecei, meus pais me deram o primeiro microcomputador. tudo era mui-to demorado. Para apurar, era via correspondência ou telefone. Ho-je, basta um click e em segun-dos temos respostas e opções — compara.

Além disso, Comunità con-tribuiu para outras publicações, pautando importantes veículos diários e semanais. Um exemplo disso foi a cobertura sobre Máfia apresentada pela revista brasi-leira Istoé nos idos de 1999, re-sultado de uma extensa reporta-

gem do jornal que comparava a Comissão Parlamentar de Inqué-rito [CPI] dos bingos e o crime organizado no brasil à corrupção existente na Itália. Outros veí-culos que surgiram na comuni-dade italiana também passaram a espelhar-se não só nas maté-rias, como na disposição gráfica realizada em Comunità.

— Comunità foi e é fun-damental para dar visibilidade à comunidade italiana. Quan-do começamos esse sentimento que agrupa os italianos era uma coisa fragmentada. Hoje, os es-forços são comuns — acredita Petraglia.

Julio Vanni, colunista e consultorReligiosamente, seu Júlio, como é tratado pelas pessoas que tra-balham na redação de Comuni-tà, chega à editora com sorrisos e histórias pra contar. Ninguém

melhor do que um dos diretores da revista para nos deixar a par da relação ítalo-brasileira com o jornalismo.

— A história do jornalismo italiano no Rio de Janeiro re-gistra a presença de cerca de 40 periódicos que circularam entre 1836 e a Primeira Guerra Mun-dial. Destacava-se o la Voce Del Popolo [cujo nome mudou para La Voce d’Italia] dirigido por Gio-vanni luglio. Mas após a segun-da Guerra Mundial, a comunidade ficou carente de publicações ita-lianas de bom nível — destaca o colunista.

Além de La Voce d’Italia, as pesquisas de Vanni dão conta de que Il Bersagliere, de Gaeta-no segreto e Mario Garambone;

e, Gazzetta Italiana Del Brasile, de Carlo Vivaldi gozavam de pres-tígio. No entanto, foi somente quando um grupo de oriundi liga-dos à cultura se apegou à inicia-tiva de Pietro Petraglia, em 1994, que a importância da comunida-de se avivou. Faziam parte dos colaboradores Marco lucchesi, Ângelo longo e Carlos Mônaco, que ansiavam por um espaço vol-tado aos mais de 25 milhões de italianos e descendentes residen-tes no brasil.

— Foi a aliança entre duas gerações distantes, porém de-terminadas em querer resgatar a história e a cultura italiana no Rio de Janeiro — recorda Vanni.

De acordo com o jornalista e escritor, o fato de o jornal ter se transformado em revista, virado editora, ter periodicidade men-sal e tiragem de 30 mil exempla-res comprova que a paixão pela Itália e suas questões podem re-sultar em produto de qualidade para a cultura ítalo-brasileira.

— Cada edição é motivo de alegria e de comemoração ínti-ma. É como se um filho nascesse e fosse cercado do necessário ca-rinho. Não esmorecemos e hoje colhemos os frutos dessa aposta — finaliza.

Lucchesi, o professor amigoEscritor, tradutor, professor, den-tre outras qualificações. Muitas palavras poderiam caber às fun-ções desempenhadas pelo cola-borador Marco lucchesi. Desde os primeiros números, ajudan-do na elaboração de Comunità e referência no meio acadêmi-co, lucchesi lembra de quando conheceu o jornal e do contato com outros amigos.

— Conheci Pietro menino, 17 anos, com o jornal italiano que ele publicou, corajoso, cheio de espe-ranças, realizando uma idéia im-portante no cenário de uma vas-ta imigração, que se materializava com suas raízes passadas, mas fin-cadas absolutamente no brasil. Angelo longo, meu querido ami-go, D’Angelo e Júlio Vanni com-preenderam o alcance da idéia. Acho que colaborei insuficiente-mente com o Pietro — avalia.

Presente com colunas e na edição do Mosaico Italiano, luc-chesi ainda se refere à Comuni-tà como jornal em suas falas. Ele acredita que um dos diferenciais da publicação é “não esbarrar em

seções bizarras ou tendenciosas”. Isso, segundo o tradutor, talvez se deva à inquietude existente no diretor de Comunità.

— O Pietro é um homem in-quieto. Gosta de sua liberdade e a comunidade se observa neste jornal e mede as suas esperanças e dificuldades. No caso do Mo-saico, que é para ser feito por alunos, escrevem os alunos, mas escreveram para o suplemen-to alguns nomes, como Haroldo de Campos, Mario luzi, Ferreira Gullar, dentre outros. E com as suas características, variações de uma língua italiana, mais ou menos precisa. tal como ocor-re e deve ocorrer muitas vezes, porque estamos no brasil. Pa-ra muitos, trata-se de consultar ou reconquistar a língua italiana — pensa.

Ao avaliar a importância de Comunità enquanto veículo for-mador de opinião Marco lucchesi é categórico e compara o papel da revista ao de jornais da virada do século.

— Com vicissitudes, ale-grias, desesperações Comunità pode ser comparado o Il Corrie-re, Maciste Coloniale, dentre ou-tros, a respeito dos quais alguns de meus alunos levaram a cabo pesquisas e dissertações. tenho certeza de que os anos tornaram melhor a revista, como aconte-ce aos que se empenham e se debruçam no fundo das idéias. O avanço aconteceu em muitas frentes, desde a lingüística, a ideológica, a cultural e a iden-titária. Até mesmo porque a me-lhor edição é a que ainda não veio, é a do futuro, do ainda-não — acrescenta.

“Não esmorecemos

e hoje colhemos os frutos dessa

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O ministro Massimo D’Alema, no Brasil, confere edição de Comunità

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Conseguir expressar o compromisso com os leitores, colher a melhor informação, além de organizar um conteúdo de modo visualmen-te agradável. Este foi sempre o objetivo da Comunità. As entrevistas com personalidades de áreas como a política, as artes, a cultura, a economia, a gastronomia e a ciência refletem a busca pelas melhores fontes. E, neste momento de celebração, é importante destacar que tudo isso só é possível por conta da preocupação com a opinião de nosso público. Por isso, parceiros e assinantes sempre têm vez e voz em nossa revista. Abaixo, alguns depoimentos dessas pessoas que nos ajudam a fazer a Comunità e para quem nossa revista é feita.

“Sono abituato a dire le cose in ma-niera molto diretta e sincera, senza

ricorrere al linguaggio diplomatico. Leggo la vostra rivista da tempo, perché mi arri-va puntualmente da anni. Devo dire che è una delle riviste, tra quelle che si occupa-no di comunità italiana nel mondo, che è fatta meglio, sia per l’impaginazione, sia per la struttura grafica, che per i contenu-ti. C’è un mix interessante di attualità po-litica e di elementi di identità nazionale. È ben fatta, ben distribuita. Credo che sia sicuramente una delle migliori sullo scenario dell’informazione italia-na nel mondo. Andate avanti così. Lavorate, rafforzatevi e per quel che ci riguarda, noi vi saremo vicini, perché con i fatti avete dimostra-to nel corso di questi anni quello che siete in grado di realizzare”.

Franco Danieli, vice-ministro das Relações Exteriores da Itália

“Muito agradeço a oportunidade de cumprimentar os leitores dessa importante publicação, Comunitàitaliana, em particu-

lar a comunidade italiana residente no Brasil, e de transmitir os meus mais sinceros parabéns a todos os organizadores e colaboradores da revista. A própria razão dessa justa celebração, ou seja, a divulgação da edição centenária, constitui a prova mais clara do êxito da Comu-nitàitaliana junto ao público ítalo-brasileiro e a sua relevância como instrumento de aproximação e de troca de informações entre nossos dois países. Iniciativas dessa nature-za contribuem de modo direto para um maior conhecimento recíproco e atuam como difusores importantes de amizade entre nossas comunidades.

O trabalho desenvolvido pela revis-ta no sentido de estreitar ainda mais os laços que unem o Brasil e a Itália muito bem ilustra o fato de que a pro-moção das relações entre dois países não é e não deve ser uma tarefa exclu-siva dos Governos. O aperfeiçoamento dos vínculos entre países se faz e deve ser feito também, e muito especial-mente, por todos aqueles que, a partir de suas respectivas funções e posições, possuem a sensibilidade e/ou a vivência. O objetivo é saber que são palpáveis os benefícios de um relacionamento mais profundo e intenso entre países que se ligam de modo tão fraternal, como é o caso do Brasil e da Itália.

Encerraria essa rápida correspondência com uma palavra de enorme otimismo sobre o futuro do relacionamento entre o Brasil e a Itália e da minha grande satisfação, pessoal e profissional, de poder, a partir do cargo que exerço atualmente com grande alegria, contribuir, ainda que de forma modesta, para o aprofundamento dos laços entre nossos países. Reitero meus cumprimentos à Comunitàitaliana e associo-me às comemorações da 100ª edição da revista”.

adhemar o. Bahadian, Embaixador do Brasil na Itália

“Ampiamente diffusa sul territorio la rivista Comunitàita-liana rappresenta un importante strumento di aggiorna-

mento sull’Italia ed un veicolo di informazione privilegiato per gli ita-liani in Brasile ma anche per molti brasiliani. La curata veste tipografi-ca e la varietà degli articoli, le in-teressanti foto e i numerosi servizi dall’Italia e sul ruolo degli italiani e discendenti in Brasile evidenziano le strette influenze tra le due culture ed offrono al contempo, grazie alle puntuali informazioni, nuove oppor-tunità di crescita”.

Massimo Bellelli, Console Generale da Itália no Rio de Janeiro

“In occasione del 100º numero della rivista Comunitàitaliana

desidero inviare al Direttore ed a tutta la Redazione del mensile le mie piu’ cordiali felicitazioni per l’importante traguardo raggiunto.

Cento edizioni rappresentano, per una pubblicazione, la conferma del fatto che essa ha saputo creare nel tempo, attorno a se’, un folto e fedele pubblico di lettori sia nella collettivita’ italiana che italo-brasiliana, nel quale senza dubbio mi iscrivo.

Nella mia, peraltro ancora non lunga, permanenza in Brasile ho avuto infatti ormai ampio modo di apprezzare Comunitàita-liana sia per l’elegante formula grafica che la contraddistingue sia, soprattutto, per la ricchezza dei contenuti che ad ogni nu-mero vengono proposti. Credo che proprio la “miscela” di questi ultimi - abbinando in maniera indovinata qualificati articoli di at-tualita’ sull’ Italia ad altrettanto interessanti rievocazioni storiche - sia una delle ragioni del successo dell’iniziativa editoriale.

Il mio augurio e’ che Comunitàitaliana possa raggiungere, in futuro, ulteriori, prestigiosi obiettivi, nella consapevolezza che il settore dell’ informazione rappresenta un aspetto essenziale nella collaborazione italo-brasiliana e che la stessa puo’ ricavare grossi benefici anche da organi di stampa locale che sappiano presentare un’ immagine del nostro Paese moderna ed in linea con i tempi”.

Marco Marsilli, Console Generale da Itália em São Paulo

“Eu considero a revista Comuni-tàitaliana uma das melhores

que temos em língua italiana aqui no Brasil inteiro. Acho ótima, do ponto de vista de conteúdo e técnica, cores interessantes e visual agradável. É um meio de comunicação que faz um tra-balho interessante trazendo as notí-cias da Itália para os ítalo-brasileiros com total imparcialidade, e leva até os italianos as informações de rele-vância sobre a comunidade que vive aqui. É uma ponte entre os países”.

edoardo pollastri, senador italiano e presidente da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria de São Paulo

“A revista Comunitàitaliana é um dos meios de comunicação de

nossa comunidade mais bem feitos. De uma qualidade excepcional, com matérias extremamente válidas para a nossa comu-nidade. É a mais bela revista do Brasil. Parabenizo o Pietro Petraglia, meu gran-de amigo Julio Vanni e a todos os colabo-radores pelas 100 edições. Sucesso!”

Cláudio pieroni, Conselheiro do CGIE Brasil e Comites São Paulo

“Conheço a Comunitàitaliana des-de o primeiro número, quando

Petraglia era praticamente um adolescen-te e poucas pessoas acreditavam que fos-se dar certo esse trabalho. Eu só tenho a dar parabéns por ele ter apostado nessa idéia que se tornou o maior veículo pa-ra a comunidade italiana. A Comunità aborda com clareza uma variedade de te-mas que nos interessam enquanto ítalo-brasileiros. Sinto-me muito orgulhoso de poder ter contribuído, participar e sem-pre que solicitado, atender as demandas que este projeto tem. Faço votos que esse 100º número seja um marco na contagem para as 100 milhões de edições em que a revista chegará!”.

Franco perrotta, Presidente do Comites do Rio de Janeiro

“Parabenizo a Comunitàitaliana na sua 100ª edi-ção. Seguramente, a revista é o veiculo mais im-

portante e bem feito para cultura e comunidade italianas. Depois de passar por quatro continentes e seis idiomas, conhecer os problemas da imigração, posso dizer que Co-munità foi a melhor publicação a que tive acesso. O tra-balho realizado em parceira com a Embaixada, o Consula-do e o IIC fazem com que tenha credibilidade e divulgue os eventos aos italianos, num esmero em incentivo artísti-co. Além disso, os que lêem a revista se dão conta de sua qualidade gráfica e excelente conteúdo. O Mosaico nasceu de um incentivo do IIC à revista e da parceria com estudo nos departamentos de língua italiana nas universidades brasileiras. Melhorar sempre é bom, mas Comunità já al-cançou lugar mais alto dentre as revistas que se dedicam a falar aos italianos”.

Franco Vicenzotti, ex-diretor do Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro

“A Comunitàitaliana é o melhor veículo de co-municação para a comunidade italiana seja no

Brasil, seja na América Latina. É uma referência, um ícone da comunicação voltada não só para a comuni-dade como também para os brasileiros de uma manei-ra geral. Faço votos que a Comunità chegue a edição de número 200 com a mesma qualidade gráfica e nível de informação, valorizando suplementos que engran-decem a língua italiana, como o Mosaico”.

Francesco Conte, procurador geral do Estado do Rio de Janeiro

“É com muito prazer que apresento o número 100

da revista Comunitàitaliana que há 13 anos está providenciando aos leitores um inegável serviço de informação em todos os âmbitos que caracterizando o estreito rela-cionamento entre Itália e Brasil.

Os dados relativos à difusão da publicação nos estados do Brasil onde a presença de ítalo-brasileiros é mais consistente, demonstram como Comunitàitaliana conse-guiu alcançar um grande público, interessado pelas noticias da atua-lidade política, econômica, cultural e social italiana e brasileira.

Comunitàitaliana é mais um exemplo de como a imprensa italiana no exterior pode contribuir para reforçar os laços das comunidades de origem italiana com seu país de origem. Além disso, a publicação tem o mérito de atrair um público vasto e he-terogêneo, que não apenas inclui os ítalo-brasileiros, mas tam-bém todos os leitores interessados por um maior contato com a Itália e as expressões da italianidade.

Acho que o fator principal deste excelente resultado é a ri-queza e a variedade dos conteúdos oferecidos. As interessantes matérias que a revista oferece mensalmente são integradas pelo encarte Mosaico italiano, apresentando informações e reflexões sobre a cultura italiana, e por um site na internet bem articula-do, apresentando notícias atualizadas e colunas nunca banais.

Ao parabenizar por todas as razões acima referidas o editor Pietro Petraglia e seus colaboradores, desejo à equipe de Comu-nitàitaliana o maior êxito e, aos leitores desta histórica edição, uma excelente leitura”.

Michele Valensise, embaixador da Itália no Brasil

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capa

“Sou assinante da Revista Comunitáitaliana desde 1997. Minha mania de organização me fez achar o recibo que

eu guardei e que me fez lembrar de que paguei a anuidade de R$ 20,00 naquele ano [depósito bancário de 06/06/1997]. Tomei conhecimento da existência da revista numa das minhas idas ao Consulado para resolver algum assunto. Antes de 1997 eu tinha contato com a colônia através do jornal “Il Corrie-re”, editado em São Paulo, e que acabou em 1990. Quem vive aqui, no Brasil, mas nasceu na “Bota” sente uma necessidade visceral de ter algum contato com a colônia. Comigo não é di-ferente; torço quando a Itália ganha [não do brasil, óbvio]. Fico orgulhoso quando vejo um monte de sobrenomes italia-nos nos programas de TV, quando leio que a imperatriz Teresa Cristina trouxe para o Brasil centenas de artistas que deixaram marcas, que perduram até hoje. E fico nervoso quando a Co-munitáitaliana não chega. E quando ela chega, abro logo, olho a data e a hora em que fechou a edição e decido escrever para a editora para reclamar do tempo excessivo que acho que levou entre o término da edição e a entrega. Afinal, não faço nada disso porque eu não entendo nada de editoria e porque quando começo logo a ler tudo fica melhor. Minha ligação com minha terra está plugada. Obviamente, as matérias em italiano têm um gosto todo especial. Já dei exemplares para pessoas que querem informações sobre dupla cidadania. Leio tudo, rá-pido. E quando acaba [e acaba logo, porque eu sou um trator com a palavra escrita, são livros, revistas, jornais, o que cai nas minhas mãos], vem aquela sensação de fome insatisfei-ta. Embora Comunitáitaliana não tenha condições de suprir esta insatisfação [porque não é papel dela, preencher todas as nossas necessidades de relacionamento], pelo menos a va-riação de artigos contidos nela me deixa atualizado sobre os fatos, recentes ou não, de lá e de cá. Pena que acaba logo! E assim como no carnaval o brasileiro começa tudo de novo no dia seguinte ao anúncio da Escola vencedora, eu também fi-co esperando o próximo número de Comunitáitaliana. Estou aguardando ansiosamente a chegada do número 100 da revis-ta, que marca essa comemoração”.

luigi De Felice, representante de vendas e assinante

“Acho que sou uma das primeiras assinantes da Comunità. Acompanhei seu crescimento, os diferentes formatos por que

passou. Aprecio muito as matérias em italiano, pois não esqueço o pouco que aprendi e é a oportunidade para quem está aprendendo a língua. As matérias estão cada vez mais interessantes e são o verda-deiro elo de ligação entre italianos no exterior e os ítalo-brasileiros”.

Judith Malavazzi de souza, advogada e assinante

“Fico contando os dias para receber em mi-

nha caixa de correio a revista que me põe em contato com ‘o mundo ítalo-brasileiro’. As reportagens e crônicas tanto em italiano quanto em por-tuguês, dão a exata dimen-são da intenção da revista de proporcionar a aproximação das duas comunidades, tra-zendo informações tanto da Itália e de italianos quanto do Brasil e de Brasileiros. En-fim, a revista passou a ser leitura obrigatória, não só para mim, como também pa-ra minha esposa e dois filhos que, também fascinados pela riqueza da língua e da cultura, estão estudando italiano. A revista, com sua primorosa formatação, com a beleza das fotografias, com a de-licadeza da encadernação, consegue unir a qualidade dos textos, crônicas e reportagens, à perfeição gráfica, se tornando, assim, leitura indispensável a todos quantos tenham atração e saibam apreciar uma leitura de excelente nível. Obras como essa é que valorizam e dignificam a leitura, a aprendizagem, a cultura e, em conseqüência, a verdadeira irmandade que há se de formar num mundo cada vez mais globalizado em que os povos já não encon-tram barreiras físicas ou geográficas entre os países e regiões”.

Mauro Nicolau Junior, Juiz de Direito titular da 48ª Vara Cível do Rio de Janeiro e assinante

“Comunitá é uma revis-ta nota 100. Sem dú-

vidas é a maior mídia da comu-nidade ítalo-brasileira. Devo parabenizar duplamente este belíssimo projeto liderado pelo Pietro Petraglia. Como jornalis-ta, seja pela qualidade estéti-ca e editorial da diagramação e da impressão, que pela abor-dagem e linguagem de fácil en-tendimento pela diversidade de leitores. Como amante de toda ação em favor do resgate e manutenção do conjunto de valores e aspectos inerentes à cultura italiana, só tenho elogios. Pelo esmero com que mantém a comunidade informada dos fatos atu-ais, paralelo ao resgate histórico, principalmente no suplemento Mosaico. Parabéns Pietro Petraglia e equipe, o trabalho de vocês causa imenso orgulho para toda nação ítalo-brasileira”.

sergio Guizzardi, jornalista, publicitário e assinante

“Em função do meu trabalho como comissária de bor-do da maior companhia aérea brasileira (durante 25

anos, até 1999, agora aposentada) e também dado a minha predileção e gosto por bons livros/revistas, estive sempre em contato direto com todas estas revistas transoceânicas. Daí minha constatação: parabéns pelo jornalismo sério, imparcial, informativo e prazeroso. Parabéns pela conquista e sucesso da centésima edição! Que ela seja infindável! Nós, leitores, fomos privilegiados com seu primoroso conteúdo bilíngüe. Para mim, em especial, ela tornou-se uma rica fonte de pesquisa e estudo em comunhão às minhas aulas de italiano. Além de todos esses aspectos, ela sempre me transporta até nossa magnífica Itália, reacendendo no meu coração saudoso as inúmeras vezes que lá estive, vivenciando extasiada, todas as belezas que a Bota nos presenteia. Na região da Toscana, uma emoção em especial: lá meu avô Domenico Croce nasceu e viveu ate o início de sua fase adulta. Desembarcou no Brasil e fixou residência em Bicas - MG, constituindo uma grande família com Adélia Bragantini Croce. Portanto, este primor de revista faz parte do meu dia-a-dia, pelo que muito agradeço”.

Dora Croce, comissária de bordo e assinante

“Sono molto riconoscente a tut-ti voi di Comunitàitaliana

per la opportunità che ci avete dato occupandovi di noi. Tutte le persone che contribuiscono con il loro impeg-no quotidiano alla nostra associazio-ne “ilsorrisodeimieibimbi” della fave-la Rocinha qui a Rio de Janeiro sono state gratificate dal vostro articolo sul nostro progetto e sui nostri bambini; senza considerare le numerose visite

che abbiamo ricevuto proprio grazie alla vostra divulgazione. E’ sicuramente questo il significato e lo scopo principale di un

giornale.... ed il vostro ha colto nel segno!!!”

Barbara olivi, fundadora da Creche-escola Saci Sabe Tudo na Rocinha, Rio de Janeiro

“É com muito orgulho que faço questão de

dar o meu depoimento so-bre essa revista da mais alta qualidade. Consegue refletir a risca a situação em que nós estamos vivendo no Brasil, este país acolhedor que está de braços abertos para a co-munidade italiana e, ao mes-mo tempo consegue passar a situação que existe na atua-lidade na nossa bela Itália, passando por um olhar inter-nacional, honesto, franco e objetivo!! Parabéns!!”

Danio Braga, sommelier, enólogo e chef de cozinha

“Tenho a maior satisfação em escrever estas poucas linhas

para cumprimentar todos os respon-sáveis e colaboradores da revista Comunitàitaliana. Em primeiro lu-gar quero agradecer pelo privilégio de receber fielmente a revista, que leio com o maior interesse. Sinto-me orgulhoso pela publicação; ape-sar de eu não contribuir diretamen-te, sinto-a como “minha”. Admiro a dedicação e o profissionalismo de quantos não poupam energias para que a revista consiga manter e alimentar seus ideais. Os imigran-tes italianos devem poder respirar. Mesmo sabendo-se transplan-tados em outra terra, o clima e a cultura de origens. Acredito que a revista contribua e muito neste sentido. Parabenizo a todos e a todos faço os melhores votos para manter-se fiéis a própria terra, como primeira e única mãe“.

padre Costantino Mandarino, Pároco Igreja São Francisco de Paula da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro

“Considero a revista Comunitài-taliana, graficamente, digna

da tradição artística da Itália. Ela é diversificada, resgata sempre as raízes italianas dos descendentes no Brasil, sem deixar de priorizar os valores na-cionais. Aprecio sobremaneira o encar-te Mosaico, pois representa verdadei-ras pesquisas sobre assuntos sobre os quais há pouca informação pública. Espero que continue neste patamar, pois ajuda a elevar o nível cultural de seus leitores, oriundi ou não”.

leonardo Boff, teólogo e escritor

“Eu adoro a Comunitàita-liana. Estudo italiano e

adoro recebê-la, os artigos são ótimos, assim como o papel e o formato. Parabéns pela revista!”

paulo Betti, ator

“A revista Comunitàitaliana não é apenas um caso de ‘mídia ét-

nica’. É um veículo relevante para a apro-ximação afetiva entre Brasil e Itália”.

Muniz sodré, presidente da Fundação Biblioteca Nacional e professor da Escola de Comunicação da

Universidade Federal do Rio de Janeiro

“Com muito orgulho e prazer, faço parte desta história. Tudo começou quando em 2001, comecei a estudar italiano, minha amiga Maria Eugenia Moscon, fez comentário sobre a revista que tinha

conhecido. Aí, fizemos a assinatura, recebi a revista de nº 40 (15-06-2001) bem fininha com apenas, 20 páginas. Gostei da revista das matérias, como tudo que diz respeito a Itália me interessa muito, sua história, a imigração italiana, pois sou descendente, meus bisavós vieram de Trento. Então, fomos nos deliciando com a revista, quando chegava lia imediatamente. Começamos a ver e sentir seu crescimento, sempre cada vez melhor, mas bonita, em busca do perfeccionismo em suas matérias abordadas, tanto sociais, políticas, intelectuais e literárias. Agora ela já está na idade adulta, cheia de charme, já com 50 páginas ou mais. Porém, o nosso Espírito Santo não fazia parte desta revista, ninguém conhecia, nada saia de nosso Estado, até que fui a uma grande festa, dos 130 anos da Imigração Italiana em Santa Te-resa [minha terra natal] fotografei tudo e enviei para a revista. O material interessou à Comunità, resul-tando em uma belíssima matéria e fotografia de capa na revista de nº 88 [setembro de 2005]. Ficamos felizes e orgulhosos. Daí com apoio e interesse, fizemos o lançamento da revista em Vitória no Centro da Praia Shopping e em Santa Teresa, na sede da Prefeitura. Portanto minha relação com a revista é muito prazerosa e com muitas emoções”.

Maria Beatriz Rassele C. Costa, empresária e assinante

“Eis uma revista que fun-ciona, essa Comunitài-

taliana, tanto pelas notícias e reportagens quanto pela apresen-tação gráfica. Neto de italianos, só posso lê-la com prazer. A Itália assim fica menos longe”.

affonso Romano de sant’anna, escritor

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Dizem que não existe passado sem memória. Então, foi pensando nessa história escrita ao longo de mais de 12 anos, que escolhe-mos dividir com você, nosso leitor, alguns momentos decorridos. trazemos as coberturas que consideramos significativas nessa tra-jetória de Comunità. Através deste retrospecto, confira um ver-dadeiro registro histórico de fatos que marcaram a comunidade ítalo-brasileira desde 1994.

edições

Edição 1

- Cose Nostre: Julio Vanni di-vulga a classificação da Itália no terceiro lugar entre os paí-ses mais ricos da Europa. A in-formação é dada pelo Instituto Estatístico da Eurostat e a Bo-ta perdia para a Alemanha e a França.- Abita: Pietro Polizzo é reelei-to presidente da Associação be-neficente Italiana (Abita) e con-ta como surgiu a entidade que se dedica a cuidar da saúde de seus sócios e da manutenção da fraternidade entre a comunidade italiana no Rio.

Edição 2- Cose Nostre informa que mais de 18 mil brasileiros têm residên-cia fixa na Itália em 1993, en-quanto os argentinos eram pouco mais de 14 mil.

- sicília: O Etna e toda a historici-dade da região que possui belíssi-mos hotéis. segundo o poeta ale-mão Goethe que, em 1787, visitou a ilha, “a chave para se compre-ender a Itália era a sicília”.

Edição 3- Cultura: Da paixão pelos livros ao surgimento da livraria Ideal

e o nascimento do Calçadão da Cultura, Carlos Mônaco narra sua trajetória e mostra por que se tornou referência literária em Ni-terói, no Rio de Janeiro, estado localizado num país onde mais de 30% da população não tem acesso aos livros

Edição 4- Copa do Mundo: A Comunità traz aos leitores um breve, po-rém imponente, resumo sobre

as conquistas da Itália na maior competição de futebol do plane-ta. Do primeiro título, conquis-tado em casa, em 1934, ao úl-timo, quando derrotou o brasil, em 1982.

Edição 5- Craxi condenado: O ex-primei-ro ministro italiano e ex-líder do partido socialista betino Craxi é condenado a oito anos e meio de prisão por envolvimento na fa-lência fraudulenta do banco Am-brosiano, em 1982.

- lira em desvalorização: A mo-eda tem queda vertiginosa justi-ficada pela falta de confiança no novo gabinete italiano, presidido por silvio berlusconi.

- berlusconi acusa mídia de par-cialidade: A declaração é respos-ta à retirada do ar de um anúncio sobre seus três primeiros meses de administração. A propaganda ia ao ar pela RAI e tinha 45 se-gundos de duração. Edição 6- Paolo Rossi cassado: O atacan-te da seleção italiana na Copa do Mundo de 1982 é punido por diri-gir a 146 km/h em Pádua.

- Clube Italiano completa 15 anos: Almoço e homenagens mar-cam a celebração pelo aniversá-rio do clube. Associados comen-tam suas memórias.

Edição 7- Greve: Funcionários públicos ita-lianos realizam uma greve de 24 horas contra o projeto do gover-no, que prevê o corte de Us$ 33 bilhões do orçamento. O aumento salarial não contempla a todos os setores do funcionalismo.

- Prisão e multa: O promotor An-tonio di Pietro pede que o irmão do premier italiano silvio berlus-coni, Paolo berlusconi, fique pre-so por cinco meses e pague mul-ta de um milhão de liras. Paolo

berlusconi é acusado de financiar ilegalmente partidos políticos e de ter dado 150 milhões de li-ras para a Democracia Cristã na lombardia.

Edição 8- Prejuízo: Chuvas que atingem o noroeste da Bota deixam prejuí-zo calculado em Us$ 4 bilhões, ocasionando 60 mortos, oito mil desabrigados e 27 desaparecidos no pior temporal desde 1913. As regiões mais atingidas são Pie-monte e liguria.

- berlusconi: O premier italiano tem a confiança da Câmara de Deputados na votação para o or-çamento do país em 1995. Além disso, uma pesquisa divulga que 53% da população não deseja a renúncia do primeiro-ministro. Ele consegue, ainda, fazer um acordo com centrais sindicais e evitar uma onda de greves contra as medidas de seu governo.- A cantora baiana Daniela Mer-cury revela paixão pela Itália, onde viveram seus avós. Ela lista as cidades pelas quais já passou.

Edição 9- Inválida: A eleição para pre-sidência do Clube Italiano de

Niterói é considerada irregular. segundo o juiz de Direito da 2ª Vara Cível de Niterói, Mar-cos Alcino de Azevedo torres, o resultado da disputa não deve prevalecer por prejudicar a ma-nifestação de grande parte dos associados. O juiz acata o pedi-do de reconsideração feito por Vicenzo Figlino.- Hospital completa 140 anos: Presidente da sociedade Italiana de beneficência e Mútuo socorro, Gianbattista De Giuseppe explica como surgiu a entidade e quais são os novos projetos para a sI-bMs, reconhecida e ajudada pelo governo italiano.

Edição 10

- Futebol: Depois da morte de um rapaz em rixa antes da partida Genova x Milan, a rodada do cam-peonato italiano é suspensa. A atitude é comemorada como rea-ção pacífica e sensata à violência nos estádios, mas os cartolas dos grandes clubes não ficam muito satisfeitos com a decisão.

Edição 11- Cultura italiana em são Paulo: Um megaevento, promovido pela secretaria de Municipal Cultura da cidade e pelo Conselho Geral

da Itália, dedica um mês a atra-ções musicais, de artes plásticas, design, cinema, teatro e moda. Chama-se brasil-Itália e alcança um investimento de R$ 600 mil.- Morre último partigiano: Miche-le Moretti, último sobrevivente do grupo de guerrilheiros antifa-cistas que matou o ditador be-nito Mussolini, morre em Como, aos 86 anos.

Edição 12- Religião: Nossa senhora (ré-plica da Virgem de Medjugorje) que verteria sangue atrai pere-grinos a Civitavecchia. O caso envolve a justiça italiana, além da Igreja Católica.

- Ministra no Rio: susanna Ag-nelli, da pasta de Relações Ex-teriores da Itália, visita o brasil para o estreitamento comercial e diplomático entre os países. Ela se encontra com o presiden-te Fernando Henrique Cardoso e também é recebida pelo cônsul do Rio, Cláudio Zanghi.

Edição 13- segunda Guerra Mundial: O Co-munità mostra a seus leitores um especial com as principais decla-rações de líderes envolvidos no

conflito. Em duas páginas, há discursos de Mussolini, Ribben-trop e shigemitsu.- Estrela: Mario Monicelli, um dos diretores mais respeitados no cinema mundial, revela, aos 80 anos, como a comédia supe-ra o drama e como os produtores foram perseguidos pela esquerda no neo-realismo.

Edição 14- scalfaro: Depois de 30 anos, um chefe de Estado italiano vem ao brasil. A melhor e maior cober-tura, com imagens do presiden-te italiano: seu discurso, encon-tro com o presidente brasileiro, a defesa da justiça social e a parti-cipação de missa na Paróquia de são Francisco de Paula.

- Analfabetismo: Um ranking divulgado pelo Instituto brasi-leiro de Geografia e Estatística (IbGE) mostra que cidades on-de os habitantes têm origem italiana não sofrem do mal das letras. trinta e três municípios gaúchos são destacados. Em são Paulo, segundo a pesquisa, as cidades de Cândido Rodrigues e Itajaí, ambas de colonização italiana, apresentam índice zero em analfabetismo.

Edição 15- Polêmica: O programa “Roda Vi-va”, da Rede Cultura de tV, vei-cula entrevista com o fotógra-fo publicitário Oliviero toscani, autor de campanhas comerciais chocantes, como aquela em que um padre e uma freira se beijam. O Comunità reproduz a mesa re-donda na qual o leitor pode se

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edições

inteirar mais sobre as concep-ções do fotógrafo.

- RAI paga a ex-nazista: A emis-sora de tV estatal italiana ofere-ce Us$ 30 mil para o ex-oficial nazista Erich Priebke por uma en-trevista exclusiva. Ele é acusado pela morte de 335 italianos, na segunda Guerra mundial.

Edição 16- Alitalia no vermelho: A Com-panhia aérea enfrenta crise que resulta na perda de 200 bilhões de dólares em seis meses. O fa-to acarreta a demissão de 1.500 funcionários.

- Cinema: O Quatrilho, de Fábio barreto, impulsiona a retomada do cinema brasileiro iniciada com Carlota Joaquina, trazendo às te-lonas a saga da imigração italia-na no Rio Grande do sul. Glória Pires e Patrícia Pillar estrelam o longa-metragem, cujo nome ho-menageia um jogo popular da re-gião de Veneto. - Italianos adotam: Mesmo com burocracia que impunha qua-rentena e estudos psicológicos, casais italianos adotam cerca de 25 crianças por mês, a maior parte delas vindas de orfanatos

da bahia e do Rio de Janeiro. Os novos pais queixam-se de que a sociedade brasileira é ra-cista por escolher filhos bran-cos para adotar.- Elas trabalham mais: As italia-nas dedicam 7,75 horas ao traba-lho, segundo relatório da Organi-zação das Nações Unidas (ONU). Os italianos ficam em penúltimo nesse ranking. Eles trabalhavam 6,1 horas.

Edição 17- Pesquisa: A Universidade de turim interroga a classe mais alta da sociedade em seu en-torno. A instituição quer saber os motivos que deixam um ita-liano orgulhoso e as causas de sua vergonha. A cultura e a arte recebem 45,7% dos votos para motivo de orgulho, mas a vida política era motivo de constran-gimento para 39% dos entrevis-tados.

- ídolo: O cantor de pop-rock Renato Russo concede entre-vista à Comunità. Um texto de Nelson Motta dá conta do íco-ne de milhares de adolescentes da década de 1980 e 1990 que, embalados pelas letras do com-positor, pedem um brasil mais justo. A entrevista feita por Pietro Petraglia, talvez uma das últimas antes da morte de Rus-so, traz o lançamento do álbum Equilíbrio Distante, com canções em italiano. O cantor explica o porquê da escolha das músicas e comenta a respeito da iden-tificação com a cantora laura Pausini, da MPb e da história de sua família que emigrou para o brasil, em 1878.- Comunità em JF: A partir deste número, passa a circular em Juiz

de Fora, cidade que disputa com são João Del Rey e Poços de Cal-das o título de mais italiana das cidades mineiras. A distribuição é de responsabilidade do presi-dente da Associação são Francis-co de Paula, salvatore Caruso.

Edição 18- turismo sexual: Italianos, entre 25 e 30 anos, vêm para o Nordes-te nas férias de janeiro, julho e agosto. Eles gastam em média de 180 a 250 dólares por dia.

- Estatais brasileiras nas mãos de italianos: As empresas, incluin-do a Ansaldo e stet, podem usu-fruir de financiamentos do ban-co Nacional de Desenvolvimento Econômico e social (bNDEs). A noticia reforça a tese de que as privatizações são a entrega do brasil ao capital estrangeiro.- Fundo para bens: O investimen-to em cultura representa para a Itália o valor de Us$ 54.382. Es-se é o patrimônio estimado pela Unesco na Bota. É em Roma que está 30 dos 66 por cento do que existe de melhor no mundo.

Edição 19- Pensionistas: Reformas no INPs pegam de surpresa italianos no exterior. O Comunità busca no Istituto Nazionale Assistenza so-ciale (Inas) as respostas para as dúvidas de pensionistas. suspen-são de benefícios sem aviso pré-vio e alteração nos cálculos de renda são as principais medidas tomadas pelo governo italiano para tentar equilibrar gastos pre-videnciários.- Greve no futebol: Atletas, re-presentados pelo ex-jogador do Vicenza, sergio Campana, reivin-dicam permissão de participação

nas decisões tomadas pelo fute-bol italiano, distribuição homo-gênea dos direitos televisivos en-tre clubes de diferentes divisões e regulamentação do esporte.

- Giordano bruno: Historiador renomado na Europa vem ao brasil para um ciclo de pales-tras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Entre-vistado por Marco lucchesi no Instituto Italiano de Cultura (IIC) do Rio de Janeiro, bruno fala sobre fascismo e crise no capitalismo. Edição 20- benção: O sacerdote Renato Chiera deixa Mondovi, região ri-ca da Itália, para dedicar-se à missão de levar Deus aos lugares mais pobres e violentos. Moran-do em Nova Iguaçu, município da baixada Fluminense, o padre funda a Casa do Menor são Mi-guel Arcanjo e lança o livro “Fi-lhos do brasil”.- Vinho: A Itália é país europeu que mais exporta vinho. A reve-lação traz o equivalente a 20 mi-lhões de hectolitros vendidos, o que resulta num total de quatro trilhões de liras.

- Esquerda vence: Pela primeira vez no pós-guerra, a esquerda vence as eleições parlamentares italianas. A coalizão de centro esquerda Olivo, aliada à Refun-dação Comunista, elege o econo-mista Romano Prodi com 45,1% dos votos.

Edição 21- Comunidade quer prédio: A construção abriga a sede da so-ciedade Italiana de beneficên-cia e Mútuo socorro (sIbMs) e fica na Praça da República, 17, no Centro do Rio. A edificação é erguida pelo engenheiro italiano Antonio Januzzi, em 1907, e es-tava muito danificada.

- Cose Nostre: A Calábria tem 200 mil cidadãos desempregados e metade desses possui diploma de qualificação profissional aca-dêmico. Muitas pessoas emigram para o norte da Bota onde, se-gundo elas, há um mercado de trabalho mais promissor.- serafina Corrêa: A cidade do Rio Grande do sul tem 85% dos seus 12 mil habitantes com origem italiana e preserva suas raízes. lá, desde a paisagem até a culi-nária, tudo lembra a Itália

Edição 22- Vassouras: No interior do Es-tado do Rio de Janeiro, o muni-cípio celebra há três anos uma festa que homenageia os imi-grantes. O cônsul Fabio Casse-se e a diretora do Instituto Ita-liano de Cultura (IIC) do Rio de Janeiro, Wanda Grillo, conferem a comemoração. Fundamental para escoar o café produzido no sudeste, Vassouras começou a receber italianos no final do sé-culo 19.

- Absolvição e revolta: Acusado de ter participado do fuzilamen-to de 335 civis italianos duran-te a segunda Guerra Mundial, no chamado Massacre das Fossas Ar-deatinas, o ex-oficial da ss, Erich Priebke, sente na pele a pressão de parentes das vítimas. Julgado no tribunal Militar de Roma, Priebke é preso preventivamente e detido na mesma penitenciária de Regina Celi, onde suas vítimas estiveram antes de ser executadas.

- Unidos pelo Jornalismo: As his-tórias e relações com a Itália do casal Marina Colasanti e Affonso Romano de sant’Anna são narra-das por Comunità. Ela nascida na Etiópia, no meio de uma guer-ra colonialista. Ele, neto de ita-lianos. O casal nos fala de como se conheceram trabalhando no Jornal do brasil, de suas paixões e da união brasil-Itália.- sexo e adolescência: Informar apesar de tabus e preconceitos. Esse é o objetivo da ginecologis-ta Julia Maria salerno Fernandes que lança o livro Sexo: Verdades e mentiras — 150 respostas pa-ra as dúvidas mais comuns dos adolescentes. A médica conta à Comunità as motivações que a levaram a escrever a obra, a di-ferença na adolescência da épo-ca e a recepção dos pais a essas mudanças.- AIDs: Um espetáculo na Pra-ça Navona reúne música, dança, teatro, cinema e arrecada um bi-lhão de liras em prol da quali-dade de vida dos doentes porta-dores do vírus HIV. O montante é destinado às pesquisas do tra-tamento da Anlaids [Associação pela Luta contra a Aids], presidi-da pelo imonulogista Ferdinan-do Aiuti.

Edição 23- Homenagem: O cantor lucio Dalla dedica uma música ao pi-loto brasileiro Ayrton senna em seu álbum intitulado ‘Canzoni’. A canção é escrita por Paolo Mon-tervachi e o cantor chega ao bra-sil com o objetivo de pedir auto-rização à família de senna para gravar a música.

- Família com 800 parentes: A fa-mília Cariello-Carriello, originá-ria de san Giovanni a Piro e de Acqua Vena (salerno), festeja a reunião de 800 membros de di-ferentes cidades e estados. Ao chegarem ao brasil, por volta de 1876, os Carriello se estabelece-ram no interior do estado do Rio de Janeiro, em bom Jardim.- Dia da Comunidade: O dia 15 de agosto é comemorado em Nite-rói, pela Câmara de Vereadores, como o dia da Comunidade Ita-liana. A iniciativa foi proposta pela vereadora Maria Ivone e, na data, é celebrado na Itália, o Fer-ragosto, a festa de Nossa senho-ra de Assunção.

Edição 24- Cônsul: Giuseppe Magno assu-me o posto de cônsul geral do Rio de Janeiro e fala à Comuni-

tà sobre sua carreira e objetivos para a comunidade italiana flu-minense.- Renato Russo na memória: En-trevistado por Pietro Domenico Petraglia, logo após o lançamen-to do álbum Equilíbrio Distante, o cantor morre em outubro de 1996. Ele é lembrado com tre-chos de suas considerações na antológica reportagem.- Flauta: O Instituto Italiano de Cultura (IIC) do Rio de Janeiro realiza homenagem aos 90 anos de nascimento e 20 de morte de luchino Visconti. Além do lan-çamento do livro Ângelo, pela Editora 34, a entidade apresen-ta uma mostra com os filmes de Visconti e um concerto de flau-ta doce.- brasiliando: A MPb e a música italiana reunidas com toquinho e Fred bongusto. O espetáculo se dá no Canecão, no Rio, e Comu-nità conferiu entrevista os reno-mados cantores e compositores.

Edição 25- Mastroianni: O galã que rodou mais de 160 filmes, ao longo de seus 48 anos de carreira, morre em Paris e deixa órfã uma le-gião de fãs. Nesta edição, Co-munità coleta memórias desse ator incomparável e fotogra-fias de obras das quais o artista participou.- Calabreses: É inaugurada a sede da Associação Calabresa do Rio de Janeiro. Com direito à festa, a instituição, baseada em santa te-resa, promete congregar os inte-resses dos cerca de 50 mil italia-nos e oriundi que representaria.- Comites: O que é? Para quem é? E do que se trata? Essas são

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as perguntas que respondemos em matéria que visa divulgar o Comitato degli Italiani all’estero (Comites).

Edição 26- Ângelo Agostini: Cose Nostre anuncia que o professor Antônio luiz Cagnin, da Universidade de são Paulo (UsP), idealiza a expo-sição sobre Angelo Agostini.

- Despedida: Depois de três anos constituindo a ponte entre os governos brasileiro e italiano, o embaixador Oliviero Rossi e a embaixatriz tiya deixam brasília. Mas, antes de voltar, à Itália Oli-viero fala à Comunità da sauda-de que sentiria do brasil e dos momentos marcantes que viveu no país.

Edição 27- laura Pausini: A cantora vem ao brasil para lançar Le cose che vivi, seu terceiro disco e com o qual já vendeu duas milhões de cópias. O país é o primeiro na lis-ta das nações americanas a rece-ber a turnê da artista.

- Cristo italiano: A participação de Ernesto Mansino na obra co-nhecida por abençoar a Cida-

de Maravilhosa. Ele esculpiu as mãos do Cristo Redentor con-sagrado, em 1931, como cartão postal do Rio de Janeiro.

Edição 28- Comites: A melhor cobertu-ra das eleições para o órgão em 1997. Nesta edição, nossa maté-ria de capa mostra as chapas em disputa e seus concorrentes, com propostas e carências. Além dis-so, o leitor pode saber os locais de votação mais próximos a sua residência.

- Cicciolina: Registramos a vinda da atriz italiana Ilona staller ao brasil para gravar participação na novela Xica da silva, da Rede Manchete. - Aposta: Michelangelo Jacobuc-ci chega a brasília como novo embaixador da Itália no brasil dizendo que a Bota deve investir mais aqui. Em entrevista exclusi-va à Comunità, o diplomata tece comentários acerca da coletivi-dade italiana no brasil e do in-tercâmbio cultural e político.

Edição 29- Da Vinci: A aventura do gênio universal é o nome da exposição dedicada a leonardo Da Vinci,

que o Instituto Italiano de Cul-tura (IIC) e a IbM apresentam no Museu da República, no Rio de Janeiro. As obras do mestre são divididas em setores que re-presentam os quatro elementos da natureza.- Política: Dando continuidade ao especial sobre as eleições para o Comitato degli Italiani all’Estero (Comitês) do Rio de Janeiro, Comunità traz o resul-tado do pleito. E mesmo já sa-bendo quem são os doze mem-bros a compor o quadro que dirigiria o órgão, o nome do presidente só seria decidido um mês depois, uma vez que os in-dicados Mario Micelli e Corrado bosco acabam recebendo o mes-mo número de votos.

Edição 30- Justiça social: A busca por uma sociedade em que progresso não fosse sinônimo de economia glo-balizante e concentradora de ren-da, fez surgir, em trento, no ano de 1943, o Movimento Folcolare. A história da presidenta da orga-nização, a italiana Chiara lubich, se confunde com a luta pela dig-nidade travada entre o primeiro e o terceiro mundos e é contada nesta edição.

- INAs: Neste número, a presi-dente do Istituto Nazionale As-sistenza sociale (INAs), Rita Martire, passa a responder per-guntas e esclarecer dúvidas sobre benefícios de italianos em colu-na intitulada Non c’è problema, c’è l’INAS.

Edição 31- Nobel: Dario Fo é o sexto italia-no a receber o prêmio concedi-do pela Academia Real da suécia.

O dramaturgo desbanca o portu-guês José saramago.- tremores: Uma matéria espe-cial sobre os abalos que afetam as regiões de Umbria e Marche. O leitor encontra, nesta edição, as explicações para os fenômenos que fizeram ruir construções dos séculos 13 a 15.

- Imigração e jornaleiros: A parti-cipação dos italianos na distribui-ção de notícias e no cotidiano dos bairros em que se fazem presen-tes. Em Niterói, Pietro Polizzo é o principal empresário do ramo.- O papa no brasil: João Paulo II visita brasil e é recebido por mais de 1,2 mil crianças. sauda-do pelo coro de “A benção João de Deus”, o santo padre celebra missa no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro.

Edição 32- Per Amore: Zizi Possi homena-geia imigrantes e realiza sonho antigo de gravar um disco so-mente com canções em italiano. Nascida no brás, em são Paulo, a cantora diz que passou a infância ouvindo músicas entoadas pelos avós napolitanos.- Caetano, tom Zé e Gil: Artistas celebram os 30 anos de tropica-

lismo e falam da música italiana e do intercâmbio entre o brasil e a Bota. Caetano chega a home-nagear o aniversário de casamen-to de Federico Fellini e Giulietta Masini em um espetáculo.

Edição 33- Cônsul: leonardo bencini é o novo cônsul geral no Rio de Ja-neiro e promete modernização e dinamismo aos trabalhos do

Consulado. Ele, que já havia re-presentado a Itália em questões relativas à Organização das Na-ções Unidas (ONU), diz se inte-ressar muito pela cultura e his-tória brasileiras.- Despedida: Após três anos no Rio de Janeiro, a professora Fe-licetta Wanda Grillo chega ao fim de sua gestão como direto-ra do Instituto Italiano de Cul-tura e volta a Roma para tra-balhar no Ministero degli Affari Esteri.

Edição 34- Italianos na construção de bH: Cem anos depois de inaugurada, belo Horizonte revela a impor-tância dos imigrantes cujo maior representante, na sua constru-ção, é Victor.

Edição 35- Guerra: Acusação de fraude na escolha dos oito membros prin-cipais do Comitato degli Italia-ni all’Estero (Comites) do Rio de Janeiro põe em xeque o papel da instituição. O problema havia si-do delatado pelo candidato der-rotado à presidência da organi-zação, Mario Micelli. Depois de reuniões oficiais, até o cônsul leonardo bencini tenta acalmar os ânimos.

- Murano: A cidade italiana co-nhecida pela arte de tratar do vi-dro é desbravada nesta edição. lembramos o artista bruno Pe-drosa, além de explicarmos como a peça é feita e como se chega à cidade.

Edição 36- Correspondências: A ineficiên-cia do Correio Italiano faz sur-gir, em poucos anos, mais de 700 pequenas e médias empresas es-pecializadas em entregas de cor-respondências. Enquanto na Ho-landa, uma mercadoria chega a seu destino em um dia e meio, na Itália esse prazo pode durar 25 dias.- Veto: Notícia de que os mais de 2,5 milhões de italianos no exte-

rior não podem votar causa irri-tação. Nesta edição, o leitor po-de conhecer os termos que regem a constituição italiana e o veto à participação dos emigrados na eleição.

Edição 37- Favelas: Os arquitetos Franco Purini e laura thermes avaliam o projeto de reurbanização do Rio de Janeiro e acreditam que as fa-velas teriam estrutura moderna, se transformadas em parte inte-grante da cidade.

- Cinema: Responsável pela re-vitalização do cinema brasileiro, com Carlota Joaquina, a ítalo-brasileira Carla Camurati filma La serva padrona, aproximando a ópera dos espectadores da te-lona. A diretora concede entre-vista exclusiva à Comunità.

Edição 38- Diretor: Depois de ficar sete meses sem gestor, o Instituto Italiano de Cultura do Rio de Ja-neiro (IIC-RJ) recebe Pieraugus-to Petacco como novo diretor. O diplomata destaca como desafio promover a língua italiana. - Economia: O Rio de Janeiro se afirma como porta de entrada pa-

ra a Itália na América latina. Um encontro com líderes de Câmaras de Comércio ressalta a importân-cia da cidade maravilhosa como ponte para a Bota.

Edição 39- In brasile: Nesta edição, Co-munità brinda seus leitores com o especial sobre negócios mais completo, segundo inte-resses de ítalo-brasileiros. De quadros e a gráficos pode-se acompanhar a movimentação das exportações e importações entre brasil e Itália. Falamos das principais empresas italia-nas presentes no brasil, a sa-ber: o grupo Papaiz e a Caloi. Entrevistamos personalidades da esfera econômica como Ro-berto Vedovato, executivo da Fiat no brasil.

- tecnologia: laboratório Maio-lino expande seu trabalho reno-vando aparato mecânico e o ser-viço lhe confere credibilidade no mercado. O banco Nacional de Desenvolvimento Econômico so-cial (bNDEs) financia as melho-rias no empreendimento.

Edição 40- Espelho para a mulher brasilei-ra: A Unidos do Viradouro, esco-la de samba carioca, decide levar à avenida a saga da catarinense Anita Garibaldi. A heroína lu-tou pela unificação da Itália nos idos de 1849 e seus feitos ga-nham forma através das mãos e da mente do carnavalesco João-sinho trinta.- Geladinho: técnicas de fabri-cação e essências italianas de

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sorvete são a sensação no verão brasileiro e empresas como Kibon e Yopa (Nestlé) investem na pro-dução da sobremesa.

Edição 41- Ignorância: E o Oscar vai pa-ra... Roberto benigni. A decisão irrita alguns críticos brasileiros e merece um artigo de opinião de nosso editor-presidente Pietro Petraglia, em defesa do diretor e ator de A vida é bela e até mesmo de sophia loren, em quem as crí-ticas resvalaram devido à entrega da estatueta.

- Conhecer o mundo: O Institu-to Italiano de Cultura (IIC) in-tensifica o intercâmbio cultural entre brasil e Itália. Comunità explica o que é necessário pa-ra garantir bolsas em cursos de língua e cultura.- Comunità: A maior mídia pa-ra a comunidade ítalo-brasileira é festejada na Assembléia legis-lativa do Rio de Janeiro (Alerj), recebendo o título de benemé-rito pelos serviços prestados no estado e no brasil.

Edição 42- Repubblica Italiana: Carlo Aze-glio Ciampi é o décimo presiden-

te da República Italiana graças aos votos de 707 grandes elei-tores. - Dorival Caymmi: O ítalo-brasi-leiro com manha de baiano fala à Comunità sobre sua chegada ao Rio, as vocações de sua família, sua relação com a rede, o violão e Pequeri, em Minas Gerais, ci-dade que escolheu como refúgio.

- Economia: O presidente da Câ-mara ítalo-brasileira de Comér-cio e Indústria de são Paulo, Edoardo Pollastri, chama a aten-ção para medidas que o governo brasileiro deve deixar de reali-zar para atrair empresas italia-nas. Pollastri também tece co-mentários sobre a influência da guerra de Kosovo sobre a Europa e o modelo cooperativo italiano, que é exemplo a ser seguido pe-lo mundo.- É gol: Empresas italianas ex-pandem investimentos no fute-bol brasileiro. Parmalat junto ao Palmeiras e bombril-Cirio com o são Paulo são exemplos do ma-rketing esportivo.

Edição 43- Maratona: O caminho demorado para obtenção de cidadania italia-

na passa pela burocracia e desin-formação. Num especial, Comunità aponta uma lista de documentos necessários e as especificidades das leis italianas sobre o tema.- Propaganda: Publicitários se inspiram na cultura italiana pa-ra lançar campanhas e reforçam vendas. Massas e molhos são as principais pedidas da bauducco. Até o McDonalds traz jingle para sanduíche.

Edição 44- Anita: A brasileira que se entre-ga ao amor revolucionário de Giu-seppe Garibaldi é mais admirada na Itália que no brasil. É feita entre-vista com a médica Yvonne Capua-no, que narra a história do casal em livro editado pela Melhoramentos.

- D’Alema: O primeiro ministro da Itália Massimo D’Alema é recebi-do pela comunidade durante a Rio 99 Cimeira Euro-latino-Americana. D’Alema escuta pedidos e reclama-ções de representantes de institui-ções italianas no brasil e discursa abordando temas como imprensa, o poder dos italianos no exterior, nacionalismo e latinidade.

Edição 45- Guarnieri: O milanês Gianfran-cesco Guarnieri se mostra um italiano com alma genuinamente brasileira. Um dos monstros do teatro, televisão e cinema brasi-leiros, o ator concede entrevista à Comunità na qual fala sobre a vida logo depois da chegada ao brasil em 1936 e, é claro, sobre a carreira.- Descaso: O brasil tem apenas seis consulados para atender a mais de 25 milhões de italia-nos e descendentes que residem

aqui. O restrito acesso a bene-fícios prejudica a assistência do serviço oferecido e grande parte da população pouco sabe sobre seus direitos como cidadãos.

Edição 46- Carona: No sucesso da novela das oito, Terra Nostra, dois oriun-di recordam a saga de seus pais e avós para chegar ao brasil. En-quanto isso, o ator Antônio Callo-ni, que fazi o bartolo, rouba a cena na trama global e em entre-vista exclusiva à Comunità.

- semana da Itália: Niterói, ex-capital do estado do Rio de Ja-neiro celebrava a cultura ita-liana dedicando uma semana à Bota. Nesta edição, o Comuni-tà preparou um encarte especial sobre o calendário de atividades que trouxe à terra de Araribóia música, dança, pintura, gastro-nomia e literatura que prestigia-vam a Itália.

Edição 47- CPI: Do crime organizado à in-vestigação dos jogos de bingo. Esta é a política praticada no bra-sil. O Comunità apresenta matéria especial sobre o processo brasilei-ro que investiga esses esquemas,

traçando um paralelo entre o es-cândalo e a máfia italiana.- Cortez: “ser paulista é estar com o pé na Itália”, diz o ator perfeito para tipos italianos em telenovelas brasileiras. De berdinazzi a Fran-cesco, Raul Cortez relembra sua re-lação com a Bota e alerta sobre os desafios do ator brasileiro atual.

Edição 48- Atrapalhando: A Justiça italiana aguarda a extradição de cidadãos presos no brasil para julgamen-to e condenações de envolvidos com a máfia. Mas a justiça bra-sileira parece não ter previsão para resolver os casos. O côn-sul no Rio, Giuseppe Magno, fala

das condições e direitos dos que estão encarcerados, enquanto o Comunità consegue ouvir os ita-lianos que aguardavam nas celas a volta para seu país.

Edição 49- “Fernandona”: Considerada a maior atriz do brasil, a ítalo-brasileira Fernanda Montenegro comemora 50 anos de carreira com evento no Instituto Italia-no de Cultura de são Paulo (IIC-sP) e ganha exposição no sesc de Pompéia, na mesma cidade.

Emocionada, comenta sobre sua origem, autores italianos como Pirandello, que já havia encena-do, e sobre a indicação ao Os-car, prêmio de cinema america-no ao qual concorreu por Central do Brasil.- Premiado: O diretor de cine-ma Anthony Minghella é inglês, mas não esconde as raízes italia-nas. Responsável por O talento-so Ripley, sucesso de bilheteria, ele indica sua filosofia de vida e pensamento em entrevista ex-clusiva à Comunità.

Edição 50- brasileiros mais italianos: A pro-cura pelo aprendizado do idioma de Dante Alighieri cresce. A lín-gua ocupa a quarta posição entre as mais faladas no país. Comunità mostra as ações do governo italia-no por meio de escolas de idiomas para atrair não apenas os mais de 25 milhões de italianos e oriundi.

- Economia: Enquanto o euro não assusta mais a economia italiana e a Bota recupera-se do susto, au-mentando suas exportações, Parma-lat anuncia um troca-troca na dire-ção de sua subsidiária brasileira.

Edição 51- Giuliana mia!: Ana Paula Arósio honra ascendência italiana [seus

avós vieram da Lombardia e se estabeleceram no Brasil] e mos-tra os atributos da mulher italia-na, sendo protagonista de Terra Nostra. Fotografias e histórias da bella ragazza são mostradas nes-ta edição.

- Descobridor de talentos: Fran-co terranova é, sem dúvida, um grande impulsionador do desen-volvimento artístico brasileiro. O marchand esteve à frente de mais de 150 exposições no bra-sil e mostra ao Comunità algu-mas peças de cartazes que tem como relíquia.

Edição 52- Terra Nostra: Presidente da Itá-lia celebra os 500 anos de brasil e a Itália é modelo de desenvol-vimento para o Rio de Janeiro. Carlo Azeglio Ciampi saúda a presença dos imigrantes no pa-ís do samba visitando o estúdio onde se gravava a novela Terra Nostra.

- Futebol arte: É para a Itália que a maioria dos jogadores de futebol brasileiros se dirige em 1999. O caminho aberto por Zico (Udinese), Falcão (Roma) e Ca-reca (Napoli) foi seguido à risca pelos times lazio, Milan e Inter

na compra de passes de jogado-res ainda nas divisões de base.

Edição 53

- Amazonas: O estado, que tem forte presença da colônia italia-na, é capa dessa edição impul-sionada pela comemoração dos 500 anos de brasil. E mais: a in-fluência da cultura italiana no dia-a-dia dos manauaras.

Edição 54

- Ambasciatore: Vicenzo Petrone é nomeado novo embaixador da Itália no brasil e vem substituir Michelangelo Jacobucci. Enquan-to isso, o cônsul geral no Rio, Giuseppe Magno se despede de seu cargo e da comunidade pa-ra assumir o cargo de conselhei-ro diplomático do Ministério das Finanças.

Edição 55- Comunidade: Autoridades ita-lianas e brasileiras discutem re-lações bilaterais e projetos para a comunidade, na 4ª semana da Magna Grécia, no Instituto Ita-liano de Cultura do Rio de Janei-ro (IIC-RJ). turismo e emprego são temas de prioridade.

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- Mago: Paulo Coelho recebe ita-lianos em sua residência e, pela primeira vez, apresenta um lan-çamento para não brasileiros. A obra é o Demônio e a Srta. Prym. O autor fala à Comunità sobre o fascínio que tem pela Itália.- sophia loren: A atriz furacão passa pelo Rio. Ela vem exclusi-vamente para a inauguração de um shopping na barra da tijuca e fala sobre a sua eleição como mulher mais bela do século.- Encontro: Rio-Roma America-na reúne representantes cario-cas, romanos e do senegal para traçar uma diversificação cultu-ral como resistência à homoge-neização alienante. trata sobre a relação universalismo versus glo-balização.

Edição 56- solidariedade: Italianos dão as-sistência a comunidades carentes brasileiras. Mudanças nas legis-lações dos dois países prometem alterar o suplício para se conse-guir doações.

- Filosofia: O professor Giacomo Marramao não perde uma oportu-nidade para vir ao brasil. Perten-cente à nova corrente de pensa-dores encabeçada por Domenico De Masio, o filósofo chega ao Rio para o evento Rio-Roma Ameri-

cana, promovido pela secretaria estadual de Cultura.

Edição 57- A primeira vez a gente não es-quece: A 1ª Conferência dos Ita-lianos no Mundo (FAO) conta com a participação do diretor-presi-dente de Comunità. Pietro Petra-glia é convidado a pronunciar-se enquanto representante da im-prensa italiana no exterior e co-mo jovem de origem italiana.

- Carta: Mito do jornalismo, Mi-no Carta passa por diversos periódicos e revistas brasilei-ras e lança “O Castelo de Âm-bar”, onde desfia relações da imprensa com o poder e rela-ta como seus companheiros se “vendem” e, políticos conheci-dos do grande eleitorado, tra-em seus princípios. Em entre-vista ao Comunità, o genovês fala de sua relação com o brasil e seus novos projetos.

Edição 58- Nada de McDonald’s: Caso da Vaca louca e manifestações con-tra a rede de fast food espantam clientes na Itália.

- Fraudes: Imagem do Colégio Dante Alighieri [tradicional esco-la italiana em São Paulo], é de-

negrida após acusações de frau-des contra a previdência.- Restauração: A valorização da história. Esse é o sentido do tra-balho do restaurador da capela sistina Gianluigi Colalucci que ex-põe em são Paulo, Rio de Janeiro e bahia, traçando considerações sobre os mais famosos afrescos da Itália.

Edição 59- Coliseu: Com lendas, engenha-ria precisa, palco de jogos e hor-rores, o anfiteatro ganha mais fãs depois do sucesso de O Gladiador, filme que ganhou seis Oscars. Além disso, Mônica bellucci apa-rece sedutora em Malena, longa dirigido por Giuseppe tornatore e aclamado em Nova York.

- linhas cruzadas: A telecom Itá-lia enfrenta mares agitados no mercado de telecomunicações brasileiro desentendendo-se com o portal Globo.com e brigando com o Opportunity.

Edição 60- Desbocados: Uma pesquisa re-vela que 59% dos italianos in-corporaram muitos palavrões em seu dia-a-dia. O ranking é se-guido por alemães e espanhóis, constituindo os três países mais “ousados” em modificações na língua falada originalmente.

- berlusconi: O político é eleito o primeiro-ministro da tercei-ra maior potência européia. sua escolha representa a volta de pós-fascistas e xenófobos ao go-verno. Mas quem votou em ber-lusconi? O Comunità traz um es-pecial com descrição do império e da atuação política do premier.

Edição 61- Cose Nostre: Julio Vanni anun-cia que o humorista Juca Chaves pensaem processar a bMW italia-na. A empresa teria usado a can-ção Il Naso de autoria de Chaves, sem lhe pagar os direitos.

- Alcoolismo: É a terceira causa de morte na terra dos melhores vinhos do mundo. Mais de 30 mil pessoas perdem a vida por causa da doença, o que causava um prejuízo de mais de 20 tri-lhões de liras à assistência so-cial italiana.- saúde: A obesidade cresce 8% ao ano na Itália. segundo estu-do, o mal atinge 10% da popu-lação, sendo mais freqüente nas mulheres e nos italianos de clas-se média baixa, principalmente os do sul do país.- telecom Itália investe no brasil: A atriz sonia braga estrela cam-panha publicitária representando o brasil, país onde o grupo italia-no investiu Us$ 4,1 bilhões.- Denúncias na Acib: Às vés-peras de uma eleição para di-retoria da Associação Cultural ítalo-brasileira (Acib), o conse-lheiro Mario Miceli envia carta ao cônsul-geral leonardo ben-cini apontando irregularidades nos balanços financeiros da en-tidade. A instituição foi criada

em 1988 para ministrar cursos de língua italiana e, somente em 2000, R$ 14 mil teriam sido desviados.

Edição 62- Clonagem: Em conferência na Academia Nacional de Ciência, em Washington, o médico ita-liano severino Antinori anuncia que, no primeiro semestre de 2002, o mundo conheceria o pri-meiro ser humano concebido pela técnica da clonagem.

- luz: À época do famigerado ra-cionamento de energia elétrica, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e vice-diretor da Coordenação de Pro-gramas de Pós-graduação de En-genharia (Coope), luiz Pinguelli Rosa, lançao livro “O Apagão”.

Edição 63- Cose Nostre: Julio Vanni adian-ta que a Alitalia vai suspender os vôos Rio-Roma. segundo a empresa, a medida seria toma-da por precaução em seqüência aos atentados de 11 de setem-bro nos Estados Unidos.

- Umberto Eco: Em “baudolino” o professor de semiologia da Universidade de bologna, Um-berto Eco, fala do aspecto cons-trutivo da mentira. O enredo é tão comentado quanto a histó-ria de seu best-seller “O nome da Rosa”. tradutor oficial das obras de Eco no brasil, Marco lucchesi relata à Comunità as singulari-dades de Eco.- leonardo boff: O que pensa so-bre o terrorismo o ex-frade fran-ciscano que desligou-se da hie-rarquia católica depois de sofrer restrições e punições. O defensor da teologia da libertação discur-sa sobre a fé de muçulmanos, a relação entre países ricos e po-bres e o papel da igreja.

Edição 64- todos votam: Em 20 de dezem-bro de 2001, o senado Italiano aprova que os italianos residen-tes no exterior participem das eleições. também fica estabele-cida a circunscrição em quatro repartições, as obrigações para candidatura, campanha e siste-ma eleitoral.

- Milão, a são Paulo Italiana: Par-cerias entre a prefeita Marta su-plicy e o prefeito milanês Gabrie-le Albertini marcam o centenário da morte do compositor Verdi.- Venda: O banco sudameris, do grupo italiano Intesa, é vendido ao Itaú por R$1,6 milhão.- Euro circula: A moeda única muda a vida de 304 milhões de europeus. trata-se da impres-são de 14,5 bilhões de notas e de 50 bilhões de moedas, nu-ma operação espetacular de mí-dia e cooperação comercial que

engloba autoridades de mais de cinco países.- Economia: É realizada uma vi-sita do presidente da Câmara dos Deputados Aécio Neves a Roma. Em três dias, junto a uma comi-tiva, o político se encontra com autoridades políticas e religio-sas. Neves ainda vai à fábrica da Fiat em turim.

Edição 65- Inocência em livro: O ex-ban-queiro salvatore Cacciola, que amargou 37 dias na prisão, acu-sado de gestão fraudulenta e le-são aos cofres públicos, lança o livro “Eu, Alberto Cacciola, con-fesso”, no qual jura ter sido be-neficiado pelo banco Central.

- Entrevista: Nascido em Caste-luccio superiore [região da Ba-silicata], o procurador-geral do Estado do Rio de Janeiro, Fran-cesco Conte é eleito presidente do Conselho Nacional de Procura-dores Gerais. Conte fala à Comu-nità sobre parcerias entre brasil e Itália e dívida externa. - Volta pra casa: Cinqüenta e seis anos depois de banida da Itália, sob acusação de ter apoiado o ditador benito Mus-solini, a família savoia conse-gue aprovação de uma reforma constitucional no senado italia-no. Filho de Umberto II, último rei italiano, Vittorio Emmanue-le de savoia, com 65 anos e o filho. Emmanuele Filiberto, 30, não podiam ir à Itália nem co-mo turistas.

Edição 66- Itália em projetos assistenciais: A Casa Dia Alcide de Gasperi inau-

gurada pela prefeitura do Rio pa-ra o cuidado com portadores de deficiência, conta com apoio da embaixada da Itália. são desti-nados R$80 mil para obras de re-formas e compra de mobília que atendem a 30 jovens de sete a 21 anos.

- Máscaras: Conhecido como Commedia dell’Arte, o teatro po-pular italiano de máscaras in-fluencia a dramaturgia mundial em diversos momentos. Arlequim – Servidor de dois patrões, com Marcos breda e Camila Pitanga é a última montagem neste perfil. são apresentados a arte, a con-fecção das máscaras e os perso-nagens do texto.- liderança: No brasil para par-ticipar do Fórum social Mundial, em Porto Alegre, o secretário-ge-ral do partido Refundação Comu-nista e líder da esquerda italiana, Fausto bertinotti, também passa pelo Rio. Mais precisamente na Casa D’Itália, onde se pronuncia, entre outras coisas, sobre o pa-pel da Europa, enquanto interlo-cutora na América latina.- Andréa Matarazzo embaixador: Fomentar as relações econômicas entre o brasil e a Itália está nos planos do novo representante em Roma que continua a história de sucesso de sua família.- santa brasileira: A canoniza-ção de Madre Paulina, na Praça de são Pedro, no Vaticano, é as-sistida pelo presidente brasilei-ro Fernando Henrique Cardoso. A religiosa, nascida em Vigolo Vittaro, região de trento, mor-reu em 1942. A ela é atribuído

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um milagre, três dias depois de sua morte.- Espumante Italiano desbanca champanhe: Com o objetivo de alcançar um milhão de dólares em vendas no brasil, a vinícola italiana la Gioiosa/Villa sandi fir-ma parceria com a distribuidora e importadora carioca barrinhas.

Edição 67

- Mosaico Italiano: A técnica de decoração de origem orien-tal nomeia o caderno que come-ça a circular com a Comunità nesta edição. A parceria entre a editora, o Instituto Italia-no de Cultura do Rio de Janei-ro (IIC-RJ) e o departamento de italiano da Universidade Públi-ca brasileira traz a produção de estudiosos e tradutores sobre questões próprias a italianos e brasileiros. Arte, literatura, po-lítica e outros temas estampam mais de 20 páginas dedicadas à língua italiana.

Edição 68- Festa da República Italiana: Imagens da 56ª edição dos fes-tejos no Rio. Organizada pelo Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro (IIC-RJ) a cele-bração teve peça, concerto e muito vinho.- Alfabetização: Na edição, o lei-tor confere as semelhanças entre o problema do analfabetismo na Itália do pós-guerra e a realidade brasileira focadas no Programa Nacional de Alfabetização soli-dária. Os trabalhos são ordena-dos pela professora do Institu-to de letras Neolatinas da UFRJ, Flora di Paoli.

- san Pio de Pietrelcina: A his-tória de vida e detalhes da ca-nonização do padre a quem João Paulo II pediu intercessão para uma médica polonesa. Uma mul-tidão de 700 mil fiéis na Praça de são Pedro, em Roma, acom-panha a elevação daquele que operou milagres e, de modo con-traditório, foi perseguido pela igreja.- Ação Anti-Máfia: O Instituto Italiano de Cultura (IIC), o tri-bunal de Justiça(tJ), o depar-tamento Cultural da Escola de Magistratura, todos do Rio de Ja-neiro, organizam conferências e exposições em memória do juiz Giovanni Falcone, morto pela máfia Italiana. Presidente do tJ, Marcus Faver compara o proble-ma italiano com o narcotráfico e o jogo do bicho brasileiros.- Dia da Pizza em são Paulo: Ins-tituído após um concurso pelo secretário de turismo de estado, Caio luís de Carvalho, como dia oficial da pizza, 10 de julho tor-na-se a data da massa em todo o brasil.

Edição 69- Palestra: O economista e presi-dente do Conselho de Adminis-tração do Instituto de Estudos do trabalho e sociedade (IEts), André Urani, apresenta números sobre a pobreza no brasil. O 1% mais rico do país correspondia a 1,6 milhão de pessoas, enquanto os 50% mais pobres somavam 80 milhões.- Ajuda: A Cooperação Italiana, di-visão do Ministério das Relações Exteriores, implementa programa de ajuda aos países em desenvol-vimento. Junto à lei 209/2000, referente ao cancelamento do dé-

bito das nações mais pobres e en-dividadas, a Cooperação assegura que, em acordos bilaterais, os re-cursos disponíveis sejam destina-dos à criação de estratégias para redução da pobreza.

- Polêmico: Recém-demitido do Ministério da Cultura, o ex-críti-co de arte televisiva e ex-profes-sor de História da Arte, Vittorio sgarbi, descreve o panorama cul-tural da Itália e fala da influencia política que afeta o cuidado com a arte em Roma.- Mosaico: O 11 de setembro nas palavras de Umberto Eco. Um ano depois dos ataques terroristas ao World trade Center, nos Estados Unidos, o consagrado escritor penetra nos motivos e atualida-des que servem de base para os conflitos.

Edição 70- Cose Nostre: Julio Vanni ante-cipa o novo valor da pensão mí-nima para os italianos no exte-rior. À época, os cerca de 200 mil pensionistas que moravam fora da Itália receberiam 516 euros.

- Presidente da Rai no brasil: Antonio baldassare vem ao país para colher opinião de italianos sobre a programação exibida na tV. Indicado pelo premier sil-vio berlusconi, baldassare quer criar a “sociedade Rai Interna-cional” para inventar programas específicos em cada país e ajus-tar a grade de acordo com o fu-so horário.- Pavarotti: O tenor mais famo-so do mundo envereda por apre-sentações que recolhem fundos contra a fome no ano em que se torna pai de gêmeos e avô pe-la primeira vez. Em entrevista à Comunità, luciano fala sobre aposentadoria, futuro e família.- Crucifixo: Projeto de lei e re-solução do Ministério da Educa-ção Italiano que obriga a colo-cação do objeto nas escolas e lugares públicos desencadeia polêmica. setores laicos e gru-pos religiosos como judeus e muçulmanos protestam contra a idéia encampada pela liga Nor-te, quando 70 parlamentares as-sinaram o apelo reforçado pela ministra da Educação letizia Moratti e em sermão pelo papa João Paulo II.- Feira Alimentícia: Maior feira para exposição de produtos ali-mentícios italianos, a Cibus tem versão no Parque Ibirapuera, em são Paulo, cidade onde re-sidem 11 milhões dos italianos que vivem no brasil. No evento promovido pelo Instituto Italia-no para Comércio Exterior (ICE), a cidade recebe profissionais da sociedade Italiana pelas Empre-sas no Exterior (simest) e do Ministério das Atividades Pro-dutivas.

Edição 71- Cose Nostre: Estatística divul-gada pela Eurosat mostra a Itá-lia como o país que possui mais médicos na União Européia: 3,6 para cada mil habitantes.- Prêmio: A sexta edição do Prê-mio Itália no Mundo com a parti-cipação do Instituto Italiano de Cultura de são Paulo (IIC- sP) e das regiões de lazio, lombardia e Puglia contempla, entre ou-tros, o jornalista Mino Carta e a imortal da Abl Zélia Gattai. Edo-ardo Pollastri, presidente da Câ-

edições

mara ítalo-brasileira de Indústria e Comércio de são Paulo, recebe prêmio de reconhecimento.

- Roma e Rio em acordo: Depois de participar, em 2000, da se-mana da Magna Grécia, a provín-cia de Roma firma acordo com a cidade do Rio de Janeiro que in-clui a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o serviço brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Em-presas (sebrae), duas universi-dades fluminenses [a Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e Gama Filho], além da Associação bra-sileira de Agências de Viagens (Abav).- Museu do Imigrante: O profes-sor Giovanni Meo Zílio, da Uni-versidade de Venezia, e assessor do Ministério dos Italianos no Mundo visita o brasil a convite do diretor do Instituto Italiano de Cultura de são Paulo (IIC-sP). Além de aconselhar sobre a programação cultural de 2003 da instituição, ele acaba anuncian-do a vontade do ministro Mirko tremaglia em criar o Museu do Imigrante.- Dom Filippo santoro: Ex-bispo auxiliar da arquidiocese do Rio, que chegou ao brasil em 1984, revela em entrevista as possibi-lidades de a fé demonstrar uma boa política a partir de ações sociais. - Itália e EUA: A Itália fornece espaço aéreo e base militar aos Estados Unidos. A missão custa 100 milhões de euros.- Missa: Vencido pelo câncer, o ex-cônsul do Rio Claudio Caloge-ro Zanghi é homenageado em ce-lebração presidida pelo frei Cons-

tantino Mandarino, na paróquia são Francisco de Paula, na barra da tijuca.

Edição 72- Francisco de Assis: O ator e es-critor Ciro barcellos sente-se mal na Itália, em 1994, e ao ser aco-lhido pelos frades de Assis enve-reda-se pelo caminho do seminá-rio. Ele conta o que mudou em sua vida depois de testar sua es-piritualidade e lembra o que mo-dificou o espetáculo há mais de sete anos em cartaz.

- Vinho: O prosseco produzido em Veneto é conhecido há pou-co pelos brasileiros. Espumante, suave, aromática e refrescante, a bebida alcança a exportação de 90 milhões de garrafas ao ano e 37% desse total é pertencente a Villa sandi, marca que tem o bra-sil como consumidor de 180 mil unidades de prosseco.- Ecoturismo: Em tempos de guerra, a Assembléia de terra Nostra [associação agroturística de Coldiretti] registra aumen-to de reservas para o ecoturis-mo na Itália. Os destinos mais procurados são toscana, Úm-bria, Veneto e Campania. Entre os clientes 25% dos 2,5 milhões eram estrangeiros.- Novo cônsul em são Paulo: Acontece a escolha de luca Ga-brielli para o maior estado do brasil. Gabrielli, que nasceu em Roma, já havia sido cônsul geral em Hong Kong e em los Angeles.- Mais substituições e pênaltis: Este é o desejo do presidente do Milan e do primeiro ministro da Itália, silvio berlusconi. Para o premier, cuja família controla a

Mediaset, a audiência televisiva e o espetáculo do esporte au-mentaríam.

Edição 73- Itamar Franco em Roma: O ex-senador, ex-governador de Minas e ex-presidente aceita indicação para assumir a embaixada, na Itália, país em que nasceu sua mãe, dona Itália Cautiero.

- bienal do livro: O governo italiano participa da XI bienal Internacional do livro, no Rio, enviando o vice-ministro dos bens e Atividades Culturais, Ni-cola bono. - Gastronomia: O Italian Culi-nary Institute for Foreigners (ICIF) e a Universidade de Ca-xias do sul (UCs) trazem ao brasil a presença internacional do reconhecido centro culinário italiano. - Pesquisa: Estudo da revista ‘sa-lute Naturale’ mostra que 67% dos italianos que habitam as metrópoles têm como sonho fu-gir de onde vivem. Grande parte do grupo entrevistado tem mais de 35 anos e temia pela qua-lidade de vida para seus filhos com a degradação ambiental e o barulho.

Edição 74- Maior natalidade: Uma consig-nação de 800 euros é oferecida por filho nascido de famílias po-bres ou ricas na Itália. A idéia é evitar previsões futuras sobre problemas previdenciários.- Pesquisa: Em Roma, pesquisa re-vela que um em cada três italianos portadores do HIV se descobre so-ropositivo depois dos 40 anos.

- Economia: Emilia-Romagna é a região mais dinâmica do setor agroalimentício italiano. somen-te na área de Parma existem 500 empresas e 800 funcionários.- Inas: É mostrado o trabalho do Istituto Nazionale Assisten-za sociale (Inas) para afirmar a presença da coletividade italia-na no Rio. - Moda: Costumeira entre os jo-vens, a palavra jeans vem de Gê-nova, Itália. Outras curiosidades e modos de usar o tecido são co-mentados na edição.- Amazônia: Franco Urani des-creve as relações do brasil com a floresta, seus problemas de extração irregular e desmata-mento.- Gênova: Na revitalização da capital da Cultura de 2004, a cidade de Gênova, que possuía o maior número de desemprega-dos do centro-norte da Itália, tem aproveitado seus 34 km de litoral, além de realizar peque-nas reformas e restaurações pa-ra alegria e contemplação tu-rística.

Edição 75- De vilão a padre: Nicola siri, marcado como o padre Pedro da novela Mulheres Apaixonadas, revela segredos sobre seu su-cesso. Em entrevista exclusiva, o ator também fala a respeito da relação de sua família com o brasil.- O preço caro do Euro: Em dois anos de circulação da moeda úni-ca européia, a Itália é o país que mais sofre em adaptar-se aos no-vos valores.

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edições

- Mosaico: Candido Portinari e Umberto Eco, artistas da metá-fora fazem poesia em traços e le-tras. O encarte apresenta ainda texto de Giuseppe D’Angelo sobre o singular luigi Pirandello na li-teratura italiana.- teatro: O IIC-RJ é palco do en-contro das artes italiana e bra-sileira em celebração a baco, o deus do Vinho. textos de Dario Fo são encenados por parceria entre a ‘Companhia Absurda Cô-mica de teatro’ e o ‘Grupo de Ação Artística Experimental tea-tro do Elefante’.- Festa da Polenta: Evento criado por imigrantes no Espírito santo arrecada recursos para entidades de assistência social e é marca-do pelo apelo culinário e cultural italiano.- Comunidade: Delegação da re-gião de Piemonte encontra-se com o presidente lula para firmar apoio de cooperação comercial, semelhantes aos assinados com salvador e Rio Grande do sul. Desta vez, o alvo é Minas Gerais.

Edição 76

- Mosaico Italiano: Nos dez anos de morte de Federico Fellini, o encarte traz além da biografia do mestre, o resultado entre parceria do Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF) e o Ins-tituto Italiano de Cultura (IIC), no Rio. - Arte: Comunitá adianta que o presente vindo da Itália para os 450 anos de são Paulo são as peças de Pompéia e Roma da-tadas dos séculos 1 e 2 da era cristã.

Edição 77-Italianos unidos: Em Roma, o ministro das Relações Exterio-res Pasquale terraciano, que havia sido cônsul geral no Rio, comenta a relevância do as-sociativismo dos italianos no exterior, tendo como foco as eleições para o Comitê dos Ita-lianos no exterior.

- Eleição difícil: Entraves buro-cráticos do governo italiano dei-xam entre 40 e 80% dos italianos que vivem no exterior impossi-bilitados de eleger representan-tes para os Comitês Italianos no Exterior (Comites). listas en-viadas pelo Ministério do Inte-rior excluem nomes inscritos no Anagrafe degli Italiani Residen-ti all’Estero (Aire), o banco que cadastra junto às prefeituras de origem os cidadãos que deixam a Itália. - Anulação: O tribunal Consti-tucional, instituição máxima da corte italiana, anula a lei da imunidade parlamentar do pri-meiro ministro, silvio berlusco-ni. Ele responde a uma ação do Ministério Público por ter ten-

tado subornar juízes e evitar que empresas concorrentes con-trolassem a estatal de alimen-tos sME.

Edição 78- berlusconi irredutível: As bom-bas de Madri, no 11 de março, não mudam a decisão de berlus-coni em relação à ocupação ao Iraque. O primeiro-ministro con-sidera que não há necessidade de se retirar as tropas do país porque os italianos não fazem guerra e sim, ajudam a popula-ção civil na reconstrução da de-mocracia.

- Especial Comites: Além da pro-blemática envolvendo a remessa das listas incompletas de eleito-res italianos no exterior, a dispu-ta nos Comites mostra a rivalida-de entre os partidos de direita e esquerda na Itália.- Mantega em Milão: Ministro do Planejamento, Guido Mante-ga vai a Milão participar do se-minário “A rede das infra-estru-turas para o Desenvolvimento e Integração da América latina”. O evento é promovido pela Câmara de Comércio e Indústria da cida-de, na lombardia. Na época, 12 mil empresas italianas, das quais 59,4% pertencentes ao setor in-dustrial, operavam na América latina. Desse total, 3,6 mil fica-vam na lombardia.

Edição 79- Personalidade italiana: Os 450 anos de fundação de são Paulo se misturam aos 150 de nasci-mento do italiano Francesco Ma-tarazzo, considerado um empre-endedor genial. Um artigo relata

a história do industrial morto aos 82 anos depois de fundar a Fiesp e a Ciesp.- Nome de rua: Aniversário de 52 anos do Grupo Papaiz é mar-cado pelo ato que rebatizou a Avenida Papaiz como Avenida luigi Papaiz, em Diadema, são Paulo.- Economia e social: O presiden-te lula e o chefe do setor execu-tivo (Ceo) da Fiat spA, Giuseppe Morchio, formalizam em betim, Minas Gerais, o lançamento de programas sociais a serem de-senvolvidos pelo grupo automo-bilístico.- A Itália blindada: A onda de terror psicológico faz italianos temerem o uso do metrô, tais como as explosões ocorridas em Madri. A opção mais acei-ta para o feriado da Páscoa é o deslocamento por meio de au-tomóveis. Vítimas de ataques em Nassíria, os italianos mor-tos depois da participação do país na coalizão no Iraque so-mam 23.

Edição 80- “siamo tutti brasiliani”: Show em Roma proclama a adoção do brasil pela Itália e é acom-panhado por 200 mil pessoas. Apresentaram-se Gal Costa, to-quinho e o Ministro da Cultura brasileiro Gilberto Gil, entre ou-tros artistas. - berlusconi derrotado: Nas elei-ções européias e administrati-vas, o então premier sofre perda de 8% dos votos e não consegue eleger seu candidato em Milão, onde estaria sua base. Além dis-so, para se manter alinhado às exigências da União Européia,

silvio decide cortar as despesas do país em torno de 7,5 bilhões de euros.- Novo nome: O presidente do Gruppo Ferrari Maserati, luca Cordero de Montezemolo, é elei-to com 98% dos votos para presi-dir a Confederação das Indústrias Italianas (Confindustria).- CGIE: são Paulo elege dois repre-sentantes para o Conselho Geral de Italianos no Exterior (CGIE).

Edição 81- Cose Nostre: Comunitá está em livro de autoria de Ugo Gua-dalaxara. “brasil, cuore del mon-do” traz na epigrafe citação so-bre a revista.

- A Itália é aqui: Com o enredo Boun Mangiare, Mocidade! A arte está na mesa, a escola de samba carioca Mocidade Independente de Padre Miguel rende homena-gem, no carnaval de 2005, à cul-tura italiana. - balé: Chega ao brasil, para apresentações em são Paulo e no Rio, o balé teatro Escala de Milão.

- literatura: Aos 92 anos, a ita-liana Amélia sparano lança A es-pectadora que, apesar de não ser autobiográfico, remonta a seu hábito de observar. - Olimpíadas 2004: Comunità traz linha do tempo e curiosida-des de esportistas italianos que, naquela edição, conquistavam o oitavo lugar no quadro geral de medalhas olímpicas.

Edição 82- Ong: Com sede no Rio desde 2000, a Organização Não Gover-namental (Ong) italiana Campus Internacional pelo Aprendizado Politécnico Integrado (Ciapi) se orgulha de formar 600 profissio-nais. Mantida no brasil pela Fiat e Pirelli, além do governo de Abruzzo, ela surgiu com o incen-tivo do Ministério do trabalho da Itália em 1997.

- Ilhas Eolie: A beleza do arqui-pélago vulcânico na região da si-cília, ao sul da Itália, é exaltada nesta edição. - Clandestinidade: A Itália é al-vo da imigração clandestina. A ilha de lampedusa é o destino final de um caminho nada segu-ro traçado por magrebinos, se-negaleses, tunisianos, iraquia-nos e egípcios.- Cinema: Acontece o Festival do Rio com retrospectiva de sérgio leone. - Calor que ameaça: Região vi-nícola de toscana, produtora do prestigiado Chianti, é ameaça-da pelo aquecimento global. Em cinco décadas, os férteis vinhe-dos do local podem sofrer com a ocorrência de pestes e o amadu-recimento excessivo de safras.

Edição 83- biblioteca: O Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro pre-para entre as surpresas para 2005, a instalação de uma biblioteca multimídia aberta ao público.

- Carnaval de Veneza: O resgate da Festa das Marias na abertu-ra das celebrações é feito com a encenação com 500 atores e fi-gurantes. - tsunami: O cônsul geral da Itá-lia no Rio Ernesto Massimo bel-lelli, que foi responsável pelo departamento político da em-baixada em Nova Dehli, analisa o poder das causas humanitá-rias para suprir as necessidades emergenciais nos países atingi-dos pelas ondas gigantes.

Edição 84- Na ásia: Ao passo que os sul-americanos entram clandestina-mente no país de bush, a Itália é o destino de asiáticos, africa-nos e gente que sai do Oriente Médio. - Economia: A Itália tem um dos piores índices de crescimento

da União Européia, sendo consi-derada um dos países de menor competitividade do velho conti-nente, segundo avaliação do vi-ce-presidente da Confindustria Alberto bombassei.- Voto do estrangeiro: O comitê jurídico da Câmara ítalo-brasilei-ra de Comércio e Indústria de são Paulo elabora proposta querendo atribuir direito ao voto nas elei-ções municipais aos estrangeiros residentes no brasil por pelo me-nos cinco anos.- sanremo: Festival tem 16 mi-lhões de telespectadores em seu 55º ano. Além da presença do pugilista Mike tyson, a festa sa-gra como melhor cantor Frances-co Renga.- lan 80 anos: O chargista lan-franco Aldo Riccardo Vaselli Cor-telleni Rossi Rossini, ou simples-mente lan, que saiu da toscana, morou na Argentina, mas apai-xonou-se pelas belezas [e mu-lheres] do brasil relembra em entrevista à Comunità momen-tos de sua carreira jornalística e suas origens.- Cose Nostre: A coluna anuncia a vinda do ministro das Relações exteriores da Itália Gianfranco Fini, ao Rio.- turismo: lucca e suas atrações são destaques na edição de Comunità.

Edição 85- Cose Nostre: O senador Fran-co Danieli vai ao Consulado da Itália no Rio e em são Paulo e fala em nome da coligação Mar-gherita- l’Unione e das preocu-pações de seu partido com ita-lianos no exterior.

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presidente da Confindustria, lu-ca Cordero de Montezemolo, guia a expedição cujo objetivo é con-solidar a presença das empresas italianas no mercado latino.

Edição 96- turismo: Aproveitando-se do marketing obtido pelo enredo de uma escola de samba carioca e do tema “Farrapos” abordado na mi-nissérie A casa das Sete Mulheres, Garibaldi, no Rio Grande do sul vê mais que triplicar o número de turistas que a visitam.

- História e Religião: Às 17h50min de 19 de abril de 2005, o papa bento XVI é anunciado o novo pontífice da Igreja Católica. O primeiro ano do pontífice.

Edição 97- Cose Nostre: Julio Vanni con-ta que a imprensa mineira en-controu documentos que com-provariam o nascimento de Clara Petacci, amante de benito Mus-solini, no município. - Cidades-Irmãs: Prefeito de Pa-ola, na Calábria, Roberto Perrota

visita o estado do Rio de Janeiro para assinar acordo de gemina-ção com barra do Piraí, municí-pio do sul fluminense. - Michele Valensise: O embaixa-dor da Itália no brasil fala com exclusividade à Comunità sobre as parcerias econômicas de seu país com o brasil.

- Pole position no mercado: A Fiat, marca que mais vendeu au-tomóveis nos cinco primeiros me-ses de 2006, prepara-se para lan-çar o primeiro veículo tetra-fuel, movido por quatro combustíveis. - Educação: santa Catarina e são Paulo estão entre os estados que oferecem o idioma italiano como parte da formação curricular de seus alunos.- saúde: saiba o que é e quais são os sintomas do transtorno bipolar, doença que atinge a 14 milhões de pessoas no mundo, além de demorar em média dez anos para se chegar ao diagnós-tico e tratamento corretos.

Edição 98- É tetra: Depois de um jejum de 24 anos, a Itália chega ao tetra-campeonato mundial de futebol tendo ainda Gianluigi buffon co-mo o melhor goleiro da Copa. - Entrevista: Depois de cinco anos à frente do Instituto Italia-no de Cultura do Rio de Janeiro (IIC-RJ), Franco Vicenzotti, dei-xa o cargo de diretor.- Economia: Com um movimento financeiro estimado em Us$ 13,8 bilhões no consumo de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, o brasil é um impor-tante mercado para investimento da italiana Alfaparf.

Edição 99 - Cooperação: Com o objetivo de promover a troca de experi-ências de gestão, o II Fórum de Cooperação Descentralizada Fe-derativa Itália brasil reúne diri-gentes e governantes de muni-cípios e instituições italianas e brasileiras em Minas Gerais. Na ocasião, o subsecretário do Mi-nistério das Relações Exteriores da Itália, Donato Di santo, visi-ta o brasil pela primeira vez.

- Êxodo: Oriundi fazem o cami-nho inverso de seus antepassa-dos e buscam trabalho na Itália. Agências de emprego temporá-rio, como a Obiettivo lavoro [a maior do mercado italiano] são responsáveis pelo recrutamento dos interessados em erguer suas carreiras na Bota. - Pelo senado: Eleito pelo bra-sil nas eleições que formaram o parlamento italiano, o sena-dor Edoardo Pollastri traça um balanço de suas primeiras ati-vidades.

- Entrevista: Nem só do centro-sul é feita a imigração italiana no bra-sil. segundo a historiadora e pes-quisadora, Marilia Emmi, cidadãos vindos da Itália trocam suas regi-ões pelos seringais da Amazônia.

Edição 93

- Clima: O frio toma conta da Eu-ropa no início de 2006 e revela problemas estruturais na Itália. trens páram de circular e vôos são cancelados.

Edição 94

- Eleições 2006: Em 12 páginas, a maior cobertura das eleições que consagram Romano Prodi o pri-meiro-ministro da Itália. O brasil tinha 173.380 aptos ao voto no primeiro cumprimento da lei que permitiu a participação dos italia-nos residentes no exterior.

Edição 95- Economia: belo Horizonte, são Paulo e Porto Alegre fazem par-te da rota seguida por um grupo de 250 investidores no brasil. O

edições

- Papa bento XVI: O primeiro conclave do século 21 reúne 115 cardeais e dura menos de dois dias. Aos 78 anos e “braço di-reito” de João Paulo II, Joseph Ratzinger é o 265º papa da igre-ja católica.- Visita: O presidente da Câmara dos Deputados Italiana Pier Fer-dinando Casini visita o brasil e participa de encontro com em-presários italianos que atuam no país. - lula e o parlamento europeu: O presidente do brasil recebe delegação liderada por Massimo D’Alema. O encontro acontece quando 12 mil sem-terras mar-chavam, rumo à brasília. - Pompéia: O Museu Nacional de belas artes abriga a exposição Afrescos de Pompéia: a beleza revelada. são expostas peças da coleção da imperatriz teresa Cristina. - Milan: O clube rubro-negro ita-liano é o primeiro a apostar no marketing. Na edição, 72 empre-sas fazem parte do casting do Mi-lan de Kaká, Dida e Cafu.

Edição 86- Decepção: Fracassa a votação sobre a reprodução assistida na Itália devido ao baixo número de eleitores que foram às urnas na Itália. Dos 50 milhões de habi-tantes, apenas 25,5% se mani-festaram. O papa bento XVI dis-cursou contra o voto favorável.

- tremaglia no brasil: A primei-ra visita oficial do ministro Mirko tremaglia ao brasil resulta em en-contros com o presidente lula e representantes dos Comitati degli Italiani all´Estero (Comites).

- Entre os melhores: luis Fer-nando Furlan figura entre os se-te oriundi mais bem cotados do planeta. O ministro do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior foi a Veneza receber das mãos do então presidente italia-no Azeglio Ciampi e do ministro dos Italianos no Exterior Mirko tremaglia o prêmio que fortale-ce a imagem e negociações entre Itália e brasil.

Edição 87

- tentação: Unanimidade entre brasileiros, a culinária italiana tem a pizza como maior represen-tante, sendo lembrada pela onda de seções sem resultado prático nas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) de brasília. O italiano luigi solimene, dono do spaccanapoli ensina uma receita de Margherita, deixando o leitor com água na boca.

Edição 88- História: A 78 quilômetros de Vitória (Es), santa teresa abriga remanescentes da construção de

uma das primeiras cidades bra-sileiras a receber imigrantes italianos. segundo o livro Imi-gração Italiana no Espírito San-to, cerca de quatro mil imigran-tes que chegaram entre 1850 e 1900 naquele estado eram agri-cultores. - Exemplo: Descendente de ca-labreses, Eliane Giardini exalta sua herança italiana. Em en-trevista, a atriz revela que se inspirou em Ana Magnoni para chegar ao papel de estrela da tV Globo.

Edição 89

-Homenagem: A ComunitàIta-liana é lembrada depois de pu-blicar especial sobre a imigração no Espírito santo. A reportagem destaca o lançamento da revista em Vitória e em santa teresa , um dos marcos da imigração no século 19 no estado.

Edição 90- Orkut-maniacos: Os ítalo-brasi-leiros declaram amor à Bota no site de relacionamentos Orkut.

O grupo Comunidade Italiana no brasil chegava a 29 mil membros naquela edição.- Café: Itália e brasil estão en-tre os maiores consumidores do grão. Juntos, os países somam o índice de 12 quilos por pessoa. Os segredos do preparo, curiosi-dades e tendências para a deglu-tição do produto foram revelados em matéria.

Edição 91- literatura: No suplemento Mo-saico Italiano, há destaque para a poesia de Raffaele Carrieri cujo centenário de nascimento foi ce-lebrado em 2005.

- 130 anos de Imigração: Os mais de 26 milhões de descendentes da Itália provam que a imigração deu certo. A importância dos ítalo-bra-sileiros é expressa em seu empre-endedorismo, a exemplo dos fun-dadores da empresa bauducco.

Edição 92- O Fashion Business, evento pa-ralelo ao Fashion Rio, movimenta o mundo da moda.

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Como pode uma pessoa ser tão frágil fisicamente e, ao mesmo tempo, tão forte, parecendo ser circundada por uma aura mais que palpável? De que

forma, uma mulher, ainda que ausente, con-segue reunir admiradores tão apaixonados? simples. tão simples quanto aceitar que as dores na coluna a impossibilitariam de come-morar seus 94 anos e lançar seu mais novo li-vro. As mesmas dores na coluna com as quais conviveu durante alguns meses e que contri-buíram para revelar Meditando.

Definitivamente, Amelia sparano pare-ce ter a saúde em tom suave tal qual sua voz, marcada por um sotaque italiano, o mesmo que confere a sonoridade inigualável em seus po-emas. A língua italiana, que também agrupou fa-miliares, escritores e fãs de suas palavras imagé-ticas, no Instituto Ita-liano de Cultura do Rio de Janeiro (IIC-RJ), no último dia 17.

Na mesma data, em que comemorava o seu aniversário, Amélia teve de ir a uma consulta médica, na qual se submeteu a exames. sem poder ir ao IIC-RJ, a escritora foi representada por seu neto Marco sparano e por amigos, como o diretor do IIC-RJ, Franco Vicenzotti, o diretor presidente de

Comunità, Pietro Domenico Petraglia, além do imortal da Academia brasileira de letras (Abl), Antonio Olinto. Eles fizeram leituras de alguns poemas de Meditando, o quarto tí-tulo da autora editado pela Comunità.

Antonio Olinto, aliás, assina o prefácio do livro de 132 páginas. A obra traz poesias iné-ditas e bilíngües [em português e italiano] de Amelia. Por essa singularidade, o escritor conta de sua parceria com a autora nas publi-cações em que dirige.

— Em O Prelo e no Jornal de letras, Amelia já é articulista há vários anos. A gente se encon-tra em várias reuniões literárias e o fato de ela continuar a escrever aos 94 anos, com toda sua fragilidade, me apaixo-na — conta o imortal.

O escritor também enfatiza característi-cas fundamentais da poesia que considera de domínio particular em Amelia.

— Escritora e pes-soa que luta pela ex-pressão, ela domina o

português. A poesia se faz com silêncio e daí vem o ritmo. Ela tem consciência dessa sono-ridade e consegue produzir como poucos. sua dedicação completa à palavra a transforma em uma espécie de laço italiano com a Academia [Brasileira de Letras] — conclui Olinto.

A opinião também é compartilhada por Franco Vicenzotti. Em seu último evento an-tes de deixar o cargo de diretor do Institu-to, o diplomata falou da importância de Ame-lia sparano enquanto arquivo dos principais acontecimentos históricos na Itália e no bra-sil, desde a década de 1930.

— Amelia sparano é a grande dama das le-tras italianas aqui no brasil, com importância estilística e de conteúdo. Além de ser exem-plo de ser humano, é capaz de conferir imagens aos seus poemas, e é arquivo histórico vivo dos principais eventos que aconteceram na Itália, desde o fascismo na atmosfera pesada de Gêno-va onde viveu enquanto estudante — diz ele.

Vicenzotti, inclusive, não se intimida em comparar Amelia ao famoso historiador britâ-nico Eric Hobsbawn.

— Ela descreve muito bem a época da guerra. No brasil, funciona como Eric Hobs-bawn, experimentando acontecimentos fun-damentais do século passado para a constru-ção dessa democracia e história brasileiras — define Vicenzotti.

Exagero? Não. Como prova desse trabalho em retratar e divulgar a Itália, Amelia recebeu uma honraria da presidência da República Ita-liana em março deste ano. A moção foi dada pelo cônsul-geral no Rio, Ernesto Massimo bel-lelli, que também esteve no lançamento.

Carreira non-stopNo dia seguinte ao lançamento de Meditando e ainda acamada, Amelia falou com exclusi-vidade à Comunità sobre a acolhida feita pe-los amigos [a obra literária foi prestigiada por cerca de 150 pessoas]. segundo ela, o neto Marco sparano, professor de História que mo-ra em Angra dos Reis, foi uma grata surpresa para o lançamento.

— Marco é como se fosse meu quarto filho e veio falar desses ensaios que compõem Medi-tando. Em minha poltrona, tento ignorar a dor nas costas que sinto. Para isso escrevo. Viajo pela mudança de ideal de fraternidade humano. Escrever pra mim é uma forma de libertar essas angústias, resolver esses conflitos — avalia.

Apesar de não gostar de fazer planos, Ame-lia acalenta a vontade de finalizar uma peça.

— tenho uma peça em dois atos para finalizar e montar. Estar viva é um presen-te, não tenho com o que sonhar. ter comi-go meus amigos, amigas e escrever. Eis aí a maior das dádivas — assinala.

“Amelia é o laço que a Academia

Brasileira de Letras mantém com a Itália.

Sabe que a poesia se faz com silêncio e

daí vem o ritmo”antonio olinto, iMoRtal da aBl

À flor da menteAos 94 anos, a escritora Amelia Sparano lança livro e comemora aniversário no IIC-Rio

notizie cultura

sílvia soUza

No alto, a escritora Amelia Sparano com a obra anterior A Espectadora e Franco Vicenzotti

cultura

L’Italia e il brasile seguono ed hanno sempre seguito itinerari storici, poli-tici e sociali considerati marcanti. Ma è esattamente nei momenti di conver-

genza in questi passaggi ambigui che i due paesi dimostrano quanto il legame, iniziato nei primordi del secolo 19 con l’immigrazione, può rendere sdoppiamenti pruduttivi. Questa è l’idea condivisa dall’Università tor Vergata e dall’Università dello stato di Rio de Janeiro (Uerj) che hanno realizzato il Colloquio Inter-nazionale brasile-Italia. Nell’Iter, passaggi po-litici, urbani, letterari e cinematografici.

l’evento si è realizzato, ad agosto, nella Fondazione della biblioteca Nazionale ed ha presentato una sintesi del lavoro iniziato cin-que anni fa tra le unità di formazione superiore. la scelta di Rio de Janeiro come locale delle conferenze rimette ad una preoccupazione e ad un’identificazione fra i relativi abitanti. secon-do uno dei coordinatori del colloquio, il profes-sore della tor Vergata Aniello Angelo Avella, “da molto tempo, Rio de Janeiro si dimostra italia-no e Roma molto Carioca.”

— “Il nostro obiettivo è di portare argomen-ti attuali e elaborarli oltre le visioni stereotipa-te. la tor Vergata è l’università con più attività di collaborazione con il brasile. Abbiamo scelto Rio de Janeiro perché circa il rapporto dell’Italia con são Paulo, Rio Grande do sul, Espirito santo e Minas Gerais, molto già si è detto” — spiega l’accademico, citando la bahia come prossimo ed importante stato da “scoprire.”

Aniello ha lanciato il libro “Dal Pan di Zuc-chero al Colosseo”, nel quale riunisce saggi e testi di brasiliani radicati o meno a Roma, quando si dirigevano alle bellezze di Rio de Ja-neiro. Uno dei rappresentanti del collettaneo è Murilo Mendes, che è stato professore di lette-ratura nella capitale italiana.

Per costruire questo ponte fra le città, per-sonalità come il senatore Edoardo Pollastri ed il cineasta immortale Nelson Pereira dos santos hanno partecipato, oltre al rettore dell’Universi-tà dello stato di Rio De Janeiro (Uerj), Nival Nu-nes de Almeida, al presidente dell’Istituto stori-co e Geografico brasiliano (IHGb), al professor Arno Wehling e all’allora Direttore dell’Istituto Italiano di Cultura, Franco Vicenzotti. tutti han-no messo in rilievo le esperienze praticate che hanno confermato il detto che Roma e Rio, par-ticolarmente, seguono sì, strade parallele.

— “Per l’Istituto Italiano di Cultura è un do-vere patrocinare queste iniziative nella misura del possibile. Gli alunni dell’Uerj hanno la proba-bilità di visitare la tor Vergata e viceversa. È uno stimolo per la lingua italiana, e chiaramente, una forma per perpetuare le radici che potrebbe-ro starsi consumando” — considera Vicenzotti.

le attività sono durate due giorni e si è trattato sin dal pe rcorso iniziato dalla civiliz-zazione giuridica, prendendo per base la tradi-zione romana, così come dai passaggi urbani-stici. Il senatore Pollastri ha ricordato il passo dato dall’Italia permettendo il voto degli ita-liani che vivono all’estero.

— “l’Italia ha da-to un passo rivoluzio-nario, giacché la legge viene dopo che il fatto accade. È necessario che si crei una richiesta che porti la gente a riflette-re e, ancora, culmini in una decisione nelle re-gole” chiarisce il rappre-sentante brasiliano nel Parlamento, citando che i coreani hanno pensato a una decisione simile.

Un’altra questione solevata dal senatore si riferiva al diritto al-la cittadinanza italiana da parte degli stranieri che risiedono nel pae-se da almeno, cinque anni. Pollastri crede che vivendo e essen-do partecipi della vita della città nella quale paga le sue tasse, la persona deve avere il diritto di decidere sui cammini scelti per il bene del luogo scelto come dimora.

— “È molto comune pronunciare la frase: “È italiano se è figlio italiano” Questo era sempre la base di tutto ed ora è in disuso. I tempi sono altri. Rimane sapere come organizzeremo il nostro futu-ro a partire da queste acquisizioni” — conclude.

Distinguendosi per le sue brevi e succinte parole, il professore della Pontificia Università Cattolica di Rio de Janeiro (PUC-Rio), silviano santiago ha messo in rilievo che la letteratura è una disciplina mischiata ad altri saperi.

— “la letteratura è indisciplinata e non rie-sco a smettere di ricordarmi di Guimarães Rosa, quando parla della necessità di camminare in direzione ad una terza riva del fiume. Non desi-deriamo essere né italiani né brasiliani: dobbia-mo essere cosmopoliti” — valuta.

Nel frattempo, l’ammirato Nelson Pereira do santos ha raccontato come i rapporti fra il ci-nema brasiliano e l’italiano si sono cristallizzati subito dopo la seconda Guerra Mondiale, con l’avvento del neo-realismo italiano, direttori, tecnici e direttori di fotografia, in brasile.

“Quella produzione era di un’influenza sta-tica da fare innamorare il mondo. Oggi, abbia-mo la televisione come gran motore dei film, in particolare, dei documentari. I direttori italiani, filmano per essere visti alla televisione. sono anche passati per un processo di adattamento” commenta l’immortale.

Nelson valuta la necessità di consolidarsi un accordo di produzione fra il brasile e l’Italia che riscatti un’estetica propria.

— “Penso che siamo nel momento giusto perché l’Ancine [agenzia nazionale del cinema-tografo] dia più attenzione al progetto di produ-zione fra i paesi. l’accordo che abbiamo era del tempo delle produzioni e delle tecnologie di bas-sa qualità. È così, è impossibile non copiare ciò che è fatto negli stati Uniti” — decreta.

Traversate instancabili

sílvia soUza

Roma e Rio sono collegamenti di

associazioni e di somiglianze fra

l’Italia e il Brasile

Il professore della Tor Vergata,

Aniello Avella

Il senatore Edoardo Pollastri

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E anche se in vacanze a Forte dei Marmi, il proprietario del pallone dell’Inter non abban-donava la preda, tanto per sedurlo, come per consigliarlo… chi lo sa?!

Ma il fatto è che la coppia milanista Adriano Galliani e Ariedo braida ha decollato da Milano con destinazione Madri con i piani di volo ben chiari e le tasche piene di soldi, ma non troppo. Il passaggio del Milan per le preliminari della Coppa dei Campioni ha au-mentato il reddito della squadra nel garantire almeno 20 milioni di euro, di un totale che può arrivare a 150, tra la vendita di biglietti, i diritti televisivi e di immagini, il merchan-dising, la valorizzazione dei cartellini dei cal-ciatori e altri “effetti collaterali” della più ricca competizione europea. l’Inter invece, si appoggiava sul contratto della Nike, valido fi-no al 2009, dal quale avrebbe ricevuto la mo-dica cifra di 2 milioni di euro annui soltanto per averlo all’interno del club.

la partita a scacchi per riportare il bra-siliano allo stadio san siro [di proprietà del Milan e dell’Inter] è iniziata mesi fa, prima dei Mondiali in Germania. l’insoddisfazione di Ronaldo nel Real Madrid, la discordia con i ti-fosi, la perdita della leadership nello spoglia-toio dei ricchi e famosi come David beckham, Zidane e altre stelle galattiche, ha tessuto la tela per questo agrodolce ritorno. l’ultima goccia è stato l’arrivo del nuovo commissa-rio tecnico, Fabio Capello, per il quale devo-no rimanere soltanto quei calciatori contenti di fare parte della squadra. “Chi non è felice qui, non deve rimanere”, ha detto l’allenatore consegnando la password per timbrare il pas-saporto di Ronaldo e liberarlo per giocare in altri campi, non per caso, gli italiani.

la verità deve essere detta: poco prima che la nazionale di Parreira entrasse in campo, Ronaldo aveva già confidato ad alcune perso-ne più intime che desiderava tornare in Italia. la campagna brasiliana è stata un disastro, ma dalla competizione, Ronaldo è uscito con tre reti nella “scheda”, sufficienti per lasciarlo come il calciatore con più reti realizzate in Mondiali, superando il tedesco Müller. Nel totale sono state 15, distribuite nei campionati di 1994, 1998, 2002 e 2006.

I Mondiali nella vita di Ronaldo servono, per tabella, per rivelare la traiettoria del gio-catore in giro per i campi. Nel 1994 lui era una promessa-scoperta del Cruzeiro, presto

Ritorno del calciatore brasiliano Ronaldo cambia la routine dei principali club milanesi

esporte

acquistato dal club olandese PsV Eindoho-ven, dove è rimasto per due anni. tra i Mon-diali degli stati Uniti e della Francia, si è tra-sferito presso lo spagnolo barcellona e, nella stagione del ‘98, è stato portato a peso d’oro [28 milioni di euro] all’Inter. Nei Mondiali del Giappone e Corea del sud, Ronaldo aveva già cambiato maglietta, essendo uscito dall’équi-pe interista per arrivare al Real Madrid. Dopo il campionato in Germania... Per dove è pas-sato, Ronaldo ha lasciato il suo marchio di attaccante forte e veloce, capace di palleg-giare nelle zone più difficili del campo, nella grande e piccola area.

Ma la storia di amore più famosa per un club [e non per le tante modelle e ragazze e compagne e donne] è stata quella accaduta nell’Inter di Milano. Il suo passaggio per la squadra di Moratti ha segnato tanto che è difficile di immaginare il giocatore brasilia-no in terre italiane, letteralmente cambiando faccia e giocando con la maglietta del rivale. l’incubo milanista negli anni d’oro del “Fe-

nomeno”, le stagioni del 1997-98/ 2001-2002, con 100 presenze

e 59 reti, si trasformano in un altro sogno rossonero, nel quale è anche inclu-sa la sfida di restituire la vecchia e buona forma fi-

sica a Ronaldo, attualmente in versione extra-large.

Jean Pierre Messerman, direttore del Milan lab [L’ospe-

dale segreto del Milan, capace di realizzare miracoli nel campo della

medicina sportiva] garantisce essere possibile lasciare il calciatore “tintin-

nante di nuovo” in solo un mese e mezzo di lavoro. Ma chi ha assistito da vicino alla

risurrezione di Inzaghi, considerato oggi uno degli attaccanti più forti d’Europa e che l’anno scorso si trovava nell’anticamera della pen-sione, non dubita della sfida.

— “Avrei preferito un altro attaccante. Ronaldo, poverello, si è ingrassato e, negli ultimi anni non ha fatto niente che ricordas-se il passato d’oro nell’Inter” — ha detto Et-tore Cavallaro, tassista e tifoso milanista.

Messerman ancora non ha fatto riferimen-to all’ex-premier italiano silvio berlusconi.

— “berlusconi fa molto bene a non offrire tutto quello che chiedono per lui” — difende il proprietario del Milan la tifosa Paola Plet.

Ronaldo, eletto due volte come il migliore calciatore del mondo nel 1997 e 2002, perciò, prima e dopo la stagione nell’Inter, ha crea-to in cuori e menti dei tifosi una relazione di amore e odio. le glorie dell’inizio hanno dato luogo alle apprensioni per il suo futuro, do-po la grave contusione. In conseguenza, lui è rimasto praticamente più tempo fuori che dentro i campi.

E finalmente, quando si riprendeva com-pletamente, ha cambiato di nascosto l’Italia per la spagna, lasciando i tifosi inferociti. In-grato e traditore sono soltanto gli aggettivi più nobili a lui assegnati, nonostante alcuni fans si fossero offerti per andarlo a prendere in macchina a Madrid e riportarlo con onori di un eroe di guerra.

sì, per molti tifosi, anche se minoranza, Ronaldo, quel “Fenomeno”, era un giovane semplice, di umili origini, allegro, sforzato e dedicato, e che ha sofferto con la contusione, passando per una riabilitazione quasi disuma-na per recuperare la forma.

In ogni modo, i palleggi del calciato-re lungo i campi italiani s ono sempre stati ammirati e applauditi dagli amanti del buon calcio, siano questi interisti o milanisti. Ro-naldo, con un contratto di tre anni, guada-gnando 7 milioni per stagione, [esclusi i diritti di immagine] può essere il costoso aperitivo per l’arrivo, in un futuro prossimo, del piatto principale, promesso da silvio berlusconi, il presidente e proprietario del Milan: l’altro Ro-naldo, cioè Ronaldinho, del barcellona.

Nessuno dubita che se il Milan [dei bra-siliani Kaká, Cafu, Dida, Serginho e Amoroso, e dei campioni mondiali dell’Italia, Gattuso, Pirlo e compagnia] avrà l’aiuto necessario di Ronaldo, la Coppa dei Campioni sarà sicura-mente nella sala dei trofei. E, con 150 milioni di euro in cassa, nessun sogno diventereb-be impossibile di essere realizzato. Almeno quello rossonero di portare Ronaldinho. Que-sto senza parlare di Robinho, l’altro brasilia-no sotto lo sguardo della squadra. Il Milan, più che mai, non gioca per perdere. È da ve-dere per credere.

In clima disuspense

gUilhErME aqUinoCorrespondente • milão

“Ronaldo, con un contratto di tre anni,

guadagnando 7 milioni per stagione,

[esclusi i diritti di immagine] può essere

il costoso aperitivo per l’arrivo”

Ronaldo a Milano, è di casa. Anche se di una casa interista per il suo passato recente. tornare in città andando ad abitare nella residenza del vicino milanista, sarebbe qual-cosa di impensabile poco tempo fa. E, proprio per questo,

il suo ritorno non garantisce l’incontro a porte spalancate e la ri-cettività a braccia aperte dei tifosi di entrambe le squadre.

la trattativa per riportare il “Fenomeno” ai campi italiani, ha creato una vera gara tra i rivali Milan e Inter. I dirigenti delle due squadre hanno fatto delle proposte quasi irrifiutabili ai vertici del Real Madrid, proprietari del cartellino del calciatore, valutato in 30 milioni di euro. Il Real l’avrebbe ceduto persino per 25 milioni, mentre il Milan sarebbe arrivato a 21. la differenza sarebbe arrivata in un’altra moneta: quella implicita in un accordo tra cavalieri di da-re priorità al club spagnolo in una eventuale, molto poco probabile, futura e incerta vendita di Kaká, l’intoccabile ragazzo d’oro rossone-ro. E, in contro-partita, il Real avrebbe guardato con buoni occhi il trasferimento di Robinho al Milan, in un momento più opportuno.

l’Inter, di Massimo Moratti, eterno “padre-padrone” di Ronal-do e responsabile per il suo arrivo in Italia nel 1997, ha of-

ferto un cambio tra Adriano e il “Fenomeno” interista di una volta. Agli spagnoli servivano soldi in contanti.

NEL FOTOMONTAGGIO, il giocatore Ronaldo come milanista

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atualidade

FÉ stato recentemente presentato a Roma, dal Ministro dell’Interno Giuliano Amato, il rapporto che riporta i dati sull’anda-mento dei piu importanti fenomeni cri-

minali. In Italia esistono attualmente 13.664

punti sensibili a rischio di attentati terro-ristici, che sono monitorati da 19.559 uni-tà delle forze dell’ordine. Nel documento si dichiara che durante il primo semestre del 2006, il numero degli atti criminali è dimi-nuito, principalmente nel caso degli omici-di; sono però sensibilmente aumentati i casi di furto e danni.

Nel primo semestre del 2006, sono stati co-messi 1.218.269 delitti, contro i 1.277.628 re-gistrati nello stesso periodo del 2005. la dimi-nuzione, equivalente al 4,6%, si è verificata tra omicidi, lesioni dolose, rapine in generale, estor-sioni, agiotaggio, violenza sessuale, frode infor-matiche, tossici, prostituzione e ricettazioni.

C’è stato però un aumento dell’8,7% dei furti nelle residenze private e del 5,5% dei danni, inclusi gli innumerevoli incendi dolo-si. Questi due tipi di crimine, nonostante sia-no apparentemente una minaccia di minore intensità, se comparati alle azioni della cri-minalità organizzata, presentano aspetti ag-gressivi che riflettono problemi di carattere sociale presenti principalmente nei grandi centri urbani. Il fenomeno è legato ad accuse contro il patrimonio costituendo il 60% del totale nazionale dei delitti.

Nonostante sia una delle particelle di mi-nore incidenza nella totale di furti e rapine, il furto in residenze è il fenomeo che preoccupa sempre di piu gli italiani, principalmente per la violenza frequentemente dimostrata dai de-linquenti. Il numero di denunzie è piu grande nelle città. Nel 2005, sono state rapinate 309 residenze nella provincia di Milano, 278 a Ro-ma, 227 a Napoli, 152 a torino, 99 a Caserta, 88 a Palermo e 80 a Catania.

Il numero delle rapine in residenze private è in aumento, e anche quello di autori iden-tificati, passando da 569 persone nel 2004 a 999 nel 2005, e 567 soltanto nei primi cinque mesi di quest’anno, e di questo il 48,3% sono italiani e 51,7% stranieri, per la maggior parte

Durante il Foro Internazionale di Gius-tizia realizzato di recente in brasile, il

colonnello italiano Enrico Cataldi, membro del servizio d’Intelligenza del Comando Ge-nerale Carabinieri, ha fatto considerazioni sull’attuazione del Primo Commando della Capitale, il PCC, organizzazione criminosa che agisce a san Paolo. lui crede in una disintegrazione non lontana del gruppo, poichè non dimostra essere organizzato per programmi a lunga scadenza.

Per meglio illustrare, Cataldi ha com-parato il PCC a gruppi di guerriglia italiana e ha evidenziato che, nel caso brasiliano, l’attuazione non si basa in una ideologia e neanche esistono azioni programmate per il futuro.

I gruppi di guerriglieri e terroristi pos-sono essere divisi in tre categorie: quelli separatisti, ideologici e di invasione, e il PCC non presenta nessuna di queste ca-ratteristiche. Nella sua opinione, il PCC ha come obiettivo generare violenza gratuita, senza specifiche motivazioni. E riesce a farlo, perchè in brasile la paura si sovrap-pone al coraggio di affrontare il gruppo.

secondo lui, è necessario creare una coscienza sociale, oltre a lavorare per smantellare l’organizzazione. Per questo, Cataldi crede che sarebbe sufficiente infil-trare agenti dell’intelligenza all’interno del gruppo e realizzare una riforma legislativa, principalmente per ridimensionare il siste-ma penitenziario e le esecuzioni penali.

Il pericolo abita nella porta accanto

Cade il numero di omicidi e aumentano i furti nelle residenze

rumeni, albanesi e marrocchini. Data l’elevata incidenza della criminalità di matrice etnica, ci sono informazioni che la polizia italiana abbia fatto accordi con altri paesi per la realizzazione di attività investigative congiunte.

Nel primo semestre del 2006 sono stati sco-perti gli autori di quasi l’88% delle ricettazioni, 83% degli omicidi, 83% dell’agiotaggio, 83% dei delitti legati alla prostituzione, 58% delle estorsioni e del 57% della violenza sessuale.

l’azione di lotta alla criminalità presen-ta risultati positivi riguardo a delitti scoper-ti. l’aumento è stato registrato diviso in que-sto modo: omicidi (+20%), lesioni dolose (+9,3%), violenza sessuale (+9,9%), furti in residenze (+3,2%), ricettazioni (+11,4%), ra-pine (+5,3%), estorsioni (+13,2%), agiotaggio (+39,3%), frode (+45,4%) e accuse legate alla prostituzione (+30,9%).

Durante il primo semestre del 2006 c’è sta-to un calo nel numero delle denunzie, però un aumento di arresti del 6,1%, con un totale di 75.426 arrestati, dei quali 39.439 extracomu-nitari e 3.035 minori

Nel rapporto si evidenziano anche i dati re-lativi alla criminalità giovanile, chiamata di fe-

nomeno baby-gang. I delitti commessi vanno dall’estorsione alla rapina, furto, risse o atti di vandalismo, violenza sessuale contro giovani appartenenti a gruppi rivali. Milano, Genova, Palermo, Napoli, Roma, bari e Foggia sono le aree piu colpite. A Genova e Milano esistono delle vere gang formate principalmente da gio-vani equatoriani e peruviani.

Il numero degli omicidi volontari confer-ma una tendenza consolidata verso la dimi-nuzione.

Nel primo semestre di quest’anno, sono stati commessi 282 omicidi, dei quali 27 com-messi dalla camorra, 9 dall’ndrangheta, 6 dalla mafia e uno dalla fazione pugliese.

Crimine organizzatoAnche dopo l’arresto del Capo di Cosa Nostra, bernardo Provenzano, lo scenario criminale siciliano continua ancora ad essere condizio-nato dall’organizzazione maffiosa. la situa-zione di apparente pacificazione lascia le au-torità di sicurezza pubblica in costante stato di allerta, poichè dopo la cattura di Proven-zano, l’equilibrio e la gerarchia concordati tra i mafiosi potrebbero subire delle modifiche.

Però, dalle indagini, i dati risultanti portano a pensare che nei prossimi tempi non ci sarà incidenza di conflitti interni. l’impressione è che l’attività principale attualmente è quella di creare una rete di contatti. In questo mo-do, questa specie di network potrebbe favori-re una maggior penetrazione nei tessuti della società, con speciale attenzione all’ammini-strazione pubblica, ai settori impresariali e finanziari. Nel contempo i segmenti tradizio-nali di attuazione mafiosa, come estorsione e agiotaggio, continuano ad essere importanti strumenti di controllo del territorio

la’ndrangheta, secondo i dati del rappor-to, continua ad essere competitiva e ogni vol-ta piu voltata verso le attività criminali multi-nazionali, principalmente il traffico di droghe. Questa organizzazione mafiosa calabrese può contare su una struttura internazionale mol-to solida che si trova direttamente all’in-terno dei paesi produttori di cocaina, essendo capace di amministrare tutto il traffico. tramite questa rete di contatti internaziona-li, la ‘ndrangheta riesce an-che ad agire nel setto-re dell’immigrazione clandestina.

la camorra, a sua volta, si presenta co-me una struttura diversificata di aggregazio-ne criminale, che, dipendendo dal periodo, è unita e associata, oppure è in conflitto. Però questa caratteristica non riduce la potenzia-lità dell’organizzazione napoletana. I lacci forti stabiliti con cartelli di narcotraffico, lo-calizzati principalmente nell’America latina e l’interesse nell’utilizzare i mercati esterni per investire capitali e riciclarli, costituisco-no oggi uno dei settori piu significativi della sua attività.

Nella regione Pugliese, la malavita orga-nizzata appare anche in costante evoluzione. Esiste la propensione a realizzare attività che favoriscano le altre organizzazioni presenti in Italia e all’estero. Nella regione sono traspor-tati, per esempio, grossi quantitivi di droga. É evidente l’esistenza di una ampia collaborazio-ne con gruppi internazionali, secondo informa-zioni, composti da slavi, greci, russi e cinesi, con i quali hanno iniziato forme di coopera-zione per ricavare profitto dai flussi migratori per il traffico di droga e di merci falsificate, e l’utilizzo della manodopera illegale.

TerrorismoI dispositivi di prevenzione alle minacce ter-roriste internazionale sono state nuovamen-te rinforzati dopo l’attacco terrorista scoper-

to e bloccato in Inghilterra nello scorso mese d’agosto. secondo

quando risulta dal rapporto, sono state rinforzate le misure di sicurezza negli aeroporti, e intensifica-te le attività di preven-zione dei servizi di vi-gillanza degli obiettivi sensibili.

Durante i primi sei mesi di quest’anno, il comitato italiano per le analisi antiter-roriste ha comunicato che il paese ha sof-ferto 107 minacce. E, ancora, sei immigrati sono stati espulsi e ritenuti come pericolosi perchè legati a cellule del terrorismo inter-nazionale.

l’azione preventiva è stata realizzata con servizi di controllo mirati nei luoghi di agglo-merazione della comunità islamica, come per esempio: centrali telefoniche e di collega-mento Internet e macellerie islamiche. Negli ultimi 12 mesi sono stati visti 21.296 pun-ti, identificate 82.752 persone, 1.508 denun-ciate e 618 arrestate, oltre all’attivazione del processo di espulsione di 2.012 stranieri, 55 dei quali effettivamente espulsi.

Clandestinilo sbarco di clandestini è un fenomeno che attualmente avviene soltanto in sicilia, do-ve da gennaio a luglio di quest’anno, sono arrivati 12.102 clandestini, circa duemila in piu che nello stesso periodo dell’anno scor-so. Il Ministero degli Interni definisce la si-cilia come un destino naturale del flusso del

nordafrica, la maggior concentra-zione nell’Isola di lampedu-

sa, dove si sono realizzati 10.414 sbarchi. secon-do i risultati delle in-dagini, il transito è amministrato da or-ganizzazioni crimino-se, che contano con la collaborazione di intermediari di diversa

nazionalità. Comparando i dati del

2005 e il primo semestre del 2006, è possibile verificare

che la nazionalità dei clandestini è cambiata. C’é stata una riduzione

del flusso migratorio degli egiziani e un incremento della presenza di cittadini ma-rocchini e tunisini, dovuto al maggior gra-do di difficoltà di accesso alle altre rotte di immigrazione verso l’Europa. É anche in aumento l’arrivo di eritrei e etiopi, spinti

dalla situazione sociopolitcia dei rispet-tivi paesi.

ana PaUla TorrEsCorrespondente • roma

“PCC” come in Italia

“Il comitato italiano per le analisi antiterroriste

ha comunicato che il paese ha sofferto

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Desde a sua juventude ele foi movido pela arte ci-nematográfica. Mesmo na época das aulas nas facul-

dades de Engenharia e Arquitetura em são Paulo, que, para ele, ajuda-ram na formação, apesar de não te-rem sido concluídas. O homem que trocou a prancheta pelas lentes de uma câmera é o cineasta Andrea tonacci. Prestes a completar 62 anos neste mês, mora em são Pau-lo atualmente. Nasceu em Roma e chegou ao brasil com apenas nove anos de idade junto a seus pais.

Neste ano, na 34ª edição do Festival de Gramado, a maior re-ferência em cinema brasileiro e latino, tonacci ganhou o Prêmio Kikito pelo longa “serras da De-sordem”, de 2005, documentário/ficção de 135’, nas categorias de melhor filme, diretor, e fotogra-fia (Aloysio Raulino), mas teve de dividir o primeiro lugar com “An-jos do sol”, de Rudi lagemann.

Com todas as dificuldades de se produzir filmes no brasil, o cineasta levou dez anos pa-ra finalizar seu último trabalho, que custou um milhão de reais, obtidos pelas leis de incentivo, captação da prefeitura de são Paulo e da Petrobrás. Na catego-ria de longa-metragem brasileiro de 35mm, “serras da Desordem” nada mais é que um retrato cul-tural indígena do brasil no qual

os personagens e atores neste filme são os próprios protago-nistas da realidade.

O filme conta a trajetória do índio nômade Carapiru, o único sobrevivente, aparentemente, de uma família assassinada por fa-zendeiros em 1978. Por sorte, Carapiru consegue fugir e acaba perambulando pelo brasil afora. Dez anos depois, é encontrado e levado pelo sertanista sydney

Possuelo para brasília. Chegando lá, o índio chama a atenção da mídia, de antropólogos e lingüis-tas, que querem saber sobre sua origem e identidade. Como não sabem a língua por ele falada, é por meio de um jovem índio in-térprete, órfão de 18 anos, salvo por maus tratos e entendedor do idioma tupi, que o destino traz um (re)encontro. Carapiru e o jo-vem são, respectivamente, pai e filho, os únicos da mesma família

que tiveram suas vidas apartadas pela atrocidade humana.

Andrea tonacci tem sua pró-pria produtora, a Extrema Produ-ção Artística ltda. Ao ser entre-vistado por um site de cinema, em 2005, ele declarou não ter es-tudado “cinema, mas desde mole-que gostava muito, fugia de casa para ir ao cinema, entrava em fil-me que não podia (...), mas era uma coisa meio de descoberta,

de revelação, algo para o qual eu não tinha um distanciamento crí-tico, era um envolvimento emo-cional, eu me identificava (...)”.

Além de produzir, faz rotei-ros, dirige e fotografa documen-tários, filmes e vídeos institu-cionais. Foi um dos primeiros a utilizar equipamento de vídeo portátil no brasil. sem ser co-nhecido do grande público, to-nacci carrega uma vasta lista de

arte

produções pessoais, mas nem to-das foram finalizadas, pois “fal-ta dinheiro e as coisas vão sendo guardadas”, lamenta-se.

Entre seus trabalhos, estão o curta “blá-blá-blá, 30”, que ga-nhou como melhor filme de curta metragem e o Prêmio OCIC (Orga-nização Internacional para o Cine-ma e o Audiovisual) no Festival de Cinema de brasília em 1968. No ano seguinte, confere o Prêmio de melhor ator para Paulo Gra-cindo, pelo Festival de Cinema de belo Horizonte. Em 1971, “bang bang”, o primeiro longa-metra-gem do diretor, é exibido no Fes-tival de Mannheim, em Cannes.

O cineasta fez parte do Cinema Marginal, movimento ocorrido no brasil durante a década de 1970, e seus filmes abordam temáticas questionadoras. Em relação ao seu trabalho, tonacci o define co-mo “a busca de se compreender o homem, o mundo, contribuir para a reflexão sobre a vida”.

— Eles [os filmes] são mais au-torais que de mercado — conclui.

Em maio deste ano, a Confe-deração Nacional dos bispos do brasil (CNbb) elegeu “serras da Desordem” como melhor filme, diretor e fotografia e, daí, acon-teceu o recebimento de mais uma premiação, a chamada Margarida de Prata. Ainda sobre os filmes nacionais de longa-metragem, “Anjos do sol”, 90’, [2006], le-vou as estatuetas de melhor ro-teiro, ator coadjuvante [Otávio Augusto], melhor ator [Antonio Calloni] e melhor atriz coadju-vante [Mary Sheila].

A narrativa de “Anjos” de-nuncia a dura realidade brasilei-ra nordestina da prostituição in-fantil: uma menina de 12 anos é vendida pela família a um recru-tador de prostitutas.

Com o fim do festival, resta sa-ber se os conhecidos e os não tão conhecidos diretores brasileiros te-rão a preocupação de trazer assun-tos que envolvam a sociedade em uma discussão coletiva.

Drama realista de cineasta italiano conquista prêmio no Festival de Gramado

O índio Carapiru de Tonacci

“Serras da Desordem” nada mais é que um retrato cultural indígena

do Brasil no qual os personagens e atores neste filme são os próprios

protagonistas da realidade

Marcos PETTiCorrespondente • são paulo

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Assim como os remédios caseiros, ca-da um também tem uma receita para emagrecer e que seja sinônimo de su-cesso. No brasil, por exemplo, existe

a dieta da sopa, dos carboidratos, das prote-ínas e por aí vai. Na Itália, no entanto, há a mediterrânea: uma antiga tradição alimentar que vem, cada vez mais, ganhando adeptos.

E por falar nisso, na sua origem, a palavra dieta vem do grego e significa “estilo de vida”. O que significa? Em poucas palavras, refere-se à relação entre o homem e o seu território, ou seja, a alimentos produzidos e consumidos no próprio lugar onde esse costume alimentar é seguido. O mar mediterrâneo [que inspirou o nome da dieta] serve como margem dos países de onde vem essa espécie de reeducação ali-mentar. Do lado europeu, estão Itália, Grécia, Portugal, França, Albânia, Espanha e ex-Iu-goslávia; do lado asiático, síria, líbano, Isra-el e turquia e, do africano, Argélia, Marrocos, Egito, líbia e tunísia.

Na Itália, a dieta mediterrânea prioriza o consumo de frutas frescas e secas, verduras, legumes, cereais, pães integrais, massas de grano duro, grãos, peixes, uma taça de vinho durante as refeições, e azeite de oliva. É suge-rida uma ingestão moderada de carnes bran-

cas, peixes [ricos em ôme-ga 3], laticínios e

ovos. E claro, não se poderia dei-xar de falar que a dieta sugere, sobretudo, con-sumir pouca car-

ne vermelha, e doces, que con-têm gordura ou açúcar refinado. O endocrinologista Filippo Pe-drinola, membro da Associação brasileira de Estudos sobre Obesida-de (AbEsO), recomenda essa prática alimentar por encontrar nela baixos teores de gordura animal saturada.

— O consumo de alimentos vegetais, minimamente processa-dos e refinados, garante o alto te-or de vitaminas, minerais e fitoquími-cos que promovem a saúde. Esses elementos atuam como oxidantes, substâncias que re-tardam e previnem o envelhecimento celular. A grande quantidade de fibras auxilia o bom funcionamento intestinal e reduz o nível de colesterol — exemplifica.

Em meados dos anos 40, o médico norte-americano Ancel Keys se surpreendeu ao desco-brir do outro lado do oceano, na região de sa-lerno, que o índice de doenças cardiovasculares era muito baixo, ao contrário das constatações feitas com dados estatísticos com cidadãos de seu país. Ele defendeu o assunto lançando o livro “How to eat well and stay well, the Mediterra-nean way” [não disponível em português]. Outra publicação, a “Dieta do Mediterrâneo”, disponí-vel no brasil pela editora AbC do Corpo salutar (Rs), 192 páginas, reúne artigos de vários es-pecialistas na área médica e foi lançada no ano passado na Feira do livro de Porto Alegre. Numa linguagem compreensível, a obra é uma orienta-ção primária antes de o leitor se lançar a qual-quer programa de saúde e atividade física.

Entre os anos de 1958 e 1964, Keys estu-dou os possíveis fatores de risco cardiovascu-lar em 13 mil homens, de 40 a 59 anos, em 16 regiões, de sete países. Uma das revelações desse estudo mostrou uma elevada expecta-tiva de vida adulta na Grécia e no sul da Itá-lia, e uma incidência muito baixa de doenças cardíacas e alguns tipos de câncer. Em 2004,

já com seus 100 anos, Keys foi homenage-ado, por meio de seu representante, pelo governo italiano e recebe uma medalha de prata pela dedicação à saúde Pública. Para

o médico Andrea bottoni, nutrólogo italiano, mestre e doutor pela Unifesp (sP) e secre-tário da Associação Médica ítalo-brasileira (sOMIb), “a dieta é um modelo de alimenta-ção válido porque atua na promoção da saúde e na prevenção de doenças”.

A Itália está em primeiro lugar na Europa no quesito longevidade. Em homens a expectativa

de vida é de 76 anos e, 82 anos, em mulheres. O vilarejo de Pioppi, próximo a Pollica (sA), abri-ga hoje o único Museu da Dieta Mediterrânea em todo o país. É notório dizer que tal iniciati-va alimentar promove um envelhecimento mais saudável e aumenta a longevidade.

— É valorizar a importância da qualidade de vida com atividade física — completa bottoni.

E quando se fala em cozinha mediterrâ-nea, estamos voltando às mais antigas tra-dições da era romana. segundo o professor de História da Gastronomia na Universidade Anhembi Morumbi (sP), Ricardo Maranhão, a prática remete a uma das tradições mais bem construídas da culinária européia.

— O mais interessante e contraditório re-fere-se ao mundo mediterrâneo que é cultu-ralmente muito rico exatamente pela extrema diversidade de suas culinárias, suas religiões e suas artes — explica.

Desde 2004, a Câmara ítalo-brasileira de Comércio e Indústria de são Paulo vem pro-movendo a divulgação da alimentação saudá-vel por meio do projeto Dieta Mediterrânea. Contando com especialistas na área da saúde e na Gastronomia, os eventos contribuem pa-ra o aumento de interesse das pessoas, bus-cando-se levar um “novo hábito” à mesa do brasileiro a respeito dos alimentos italianos que trazem esse benefício.

Na contramão do fast food, o slow food, [refeição lenta, em inglês], é uma aborda-gem à qualidade da alimentação, degustando os alimentos com mais calma e com prazer. O slow Food [www.slowfood.com.br] é uma associação internacional fundada por Carlo Petrini, em 1986. Essa cultura alia-se à éti-ca, ao prazer, à educação do gosto e à luta pela defesa da biodiversidade. A sede fica na Itália, na província de Cuneo, e conta com mais de 80 mil membros em mais de 100 pa-íses pelo mundo. Agora é só abraçar a idéia e praticar!

Dieta mediterrânea, antiga tradição alimentar, associa boa forma à qualidade de vida

De volta ao passadoMarcos PETTi

Correspondente • são paulo

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architettura

La nostra

La città italiana di Venezia è palco dell’evento di architettura

— Abbiamo portato a Venezia la vita quo-tidiana delle città di tutto il mondo e abbia-mo invitato gli istituti di ricerca a dividere le loro visioni di intervento urbano — completa l’architetto.

secondo il direttore, questi organismi so-no preoccupati per la vita in futuro e realizza-no importanti studi negli stati Uniti, Germa-nia, svizzera, Messico, Olanda, India e Italia. soltanto nel Padiglione Italiano, nei Giardini, i 13 principali istituti di ricerca di avanguar-dia del pianeta presentano casi specifici.

Il Massachusetts Institute of Technology (Mit), di boston, presenta la mappatura di Roma; l’Università del texas, di Austin, pre-senta uno studio sull’impatto politico e so-ciale dell’uragano Katrina a New Orleans; l’Of-fice for Metropolitan Architecture (Oma), di Koolhass, presenta un’immersione nella real-tà di lagos; e il Domus Magazine esibisce il progetto “Fiction Pyongyang”. Questo senza nominare l’Istituto Universitario di Architet-tura di Venezia e il berlage che rivelano le conseguenze del processo, in corso, di dein-dustrializzazione in città americane ed euro-pee. Un tema molto attuale, dato che in que-sti giorni la Dow Chemical smonterà il suo impianto industriale di PVC di Porto Marghe-ra, a Venezia.

l’ambiente ringrazia, ma il fantasma della disoccupazione comincia a materializzarsi. Il Padiglione Italiano ospita ancora il progetto “Italy-y-2006. Invito a Vema”, in realtà, una mostra su una futuristica città chiamata Ve-ma, un insieme di Verona con Mantova, dov’è analizzato un possibile sviluppo urbanistico per il futuro. C’è ancora spazio per un profon-do studio fotografico di uno dei più curiosi e interessanti cantieri dell’Italia, il Maxxi di Roma, “squarciato” in 10 fotografie di tutto il percorso dell’opera.

Migliaia di grafici tridimensionali, studi, film, pannelli fotografici, proiezioni e inter-viste costituiscono questa immensa “torre di babele” per registrare le trasformazioni urba-ne di ieri, oggi e ancora provare a visualizzare il domani. la visualizzazione di come si vive oggi nelle grandi città può essere considerata un “trattamento di shock” al pubblico. E non si deve aspettare soltanto che il visitatore o il lettore prenda confidenza con questa real-tà urbanistica vista sotto l’ottica di chi è re-sponsabile per le trasformazioni degli scenari [progettisti e architetti] attraverso una “pas-seggiata” per Venezia e le sue istallazioni o via televisione e lettura di giornali e riviste.

Per arrivare al grande pubblico il Moma di New York e la the Architecture Foundation, di londra, provano a realizzare trasmissioni in diretta dalla biennale, creando una stazione radio per interagire e discutere con persona-lità specializzate nel campo urbanistico.

Oltre al principale evento, orbitano una serie di altre mostre e esposizioni, come le Città di Pietra, inclusa nella sezione sensi Contemporanei e vista come uno degli “effet-ti collaterali” del corpo principale della bien-

nale. l’iniziativa può essere considerata come la provocazione di un “terremoto” di discus-sioni sulle città di oggi e quelle che si stanno disegnando per l’indomani.

“blade Runner”, il celebre film di Ridly scott, con Harrison Ford nel ruolo di caccia-tore di androidi, fa già parte del passato. la realtà supera la fantasia cinematografica e assume dimensioni spaventose. Città di Pie-tra fa vedere come sono stati costruiti i prin-cipali nuclei urbani collocati sulle rocce delle montagne. Essa presenta la traiettoria di que-ste città, dal primo insediamento fino al de-clino dell’uso della pietra come abitazione.

secondo il curatore della mostra, Clau-dio D’Amato Guerrieri, esistono ancora indizi nell’architettura mediterranea di questo mo-dello che ancora corre il rischio di sparire per sempre.

— È necessaria una forte resistenza cul-turale per affrontare i rischi della pastorizza-zione e dell’omologazione globalizzata delle abitazioni. Oggi questi sono fattori dominan-

ti — commenta D´Amato, che è anche profes-sore di progetti nella facoltà di Architettura del Politecnico di bari.

la mostra apre il dibattito sui modelli che governano le trasformazioni paesaggistiche e urbanistiche, e la tendenza dell’architettura moderna di “decostruzione”, una specie di rilassamento della cultura precedente. Con questo, Città di Pietre figura come se fosse nata dal ventre delle civilizzazioni greche e romane, che durante un buon tempo, serviro-no di modello per l’Occidente d’oggi.

Ulteriori dettaglila Città di Pietra non passa sottotono per chi circola per le Artiglierie dell’Arsenale. Un gi-gantesco obelisco, di 15 metri di altezza e 6 metri di diametro, posa come sentinella di una cultura che lotta per non essere sotterra-ta dal neomodernismo. l’obiettivo non è sol-tanto quello di una provocazione, ma anche di presentarlo con un simbolo ancora di van-guardia e di multifunzionalità. la mostra si divide in tre parti. Una parla dell’importan-za dell’uso della pietra nelle costruzioni degli anni ’30. Un’altra manda una luce sul Faro di

Alessandria, area costruita da Alessandro Ma-gno, progettata da Dinocrate e considerata dagli studiosi come la prima città moderna della storia. E questo senza parlare del lin-guaggio architettonico che ha saputo inter-pretare le invenzioni più antiche come, per esempio, l’orla marittima di una città. tra i progetti contenuti in questa mostra, ci sono ancora due ponti veneziane.

Le zone portuarie la Città Portuaria, invece, articolata in quat-tro esposizioni diverse, è esibita contempora-neamente a Venezia, per la prima volta, fuo-ri dalla sede principale, Palermo. la stessa mostra, l’anno prossimo, sarà presentata in altre tre città del sud dell’Italia. Questa volta il foco sarà chiamato water front delle regio-ni. Casi come quelli di Rio de Janeiro, Oslo, Helsinki, liverpool, Rotterdam, Edimburgo, Valparaiso [Cile], Rosario [Argentina], san Francisco, Città del Cabo, Yokohama, sidney, Venezia e Genova.

Ma un capitolo a parte è sulle sponde del-le città portuarie della spagna, come barcel-lona e Malaga. Una partitura speciale in tutta questa esposizione è dedicata al litorale spa-gnolo e al recupero del livello di eccellen-za dell’orla marittima della regione. E, come l’Italia è il paese anfitrione dei porti, esiste anche uno studio ufficiale su dieci di questi nelle città di Napoli e salerno, in Campania, Pescara, in Abruzzo, Reggio Calabria, in Cala-bria, Catania, Messina, siracusa e trapani , in sicilia, bari e brindisi, in Puglia.

E lo show architettonico continua con le influenze dei progetti settentrionali. Il pa-diglione dei Paesi Nordici deve essere visi-tato così come quello della svizzera, con un grande omaggio a bernard tschumi. E dalle stirpi russe arriva il progetto Inhabited Lo-cality sui luoghi proibiti all’uomo e singapo-re shopping, decorato dal rinomato designer toyo Ito. Il brasile viene rappresentato da 11 architetti e progettisti, scelti a dito dalla Fondazione biennale di san Paolo. l’immen-sa esposizione segue fino al 19 novembre. In questa edizione, il premio leone d’Oro è dedi-cato all’architetto Richard Rogers.

Città, architettura e società. Questo è il titolo della X biennale di Architettura di Venezia. la triade è un tentativo di trovare la chiave per le sfide della

vita urbana nelle città globalizzate del piane-ta. l’immensa mostra, in corso nella millena-ria città di Marco Polo, presenta le tendenze e le soluzioni architettoniche dei principali nuclei urbani sparsi per i cinque continenti. Manifestazioni multimediali, in diversi pun-ti di Venezia, abbracciano abitanti, turisti e professionisti dell’architettura.

Un’opportunità unica per conoscere da vi-cino i progetti urbanistici più creativi e, in un modo o nell’altro, scambiare delle esperienze e adattare, localmente, soluzioni per proble-mi universali, originati da 50 realtà diverse, ossia, dalle 50 nazioni rappresentate presso la biennale di Architettura. Non per caso, il direttore della grande mostra è l’architetto Richard burdett, urbanista inglese, professo-re della London School of Economics (LSE) e consulente del comune di londra.

— Più della metà della popolazione mon-diale vive nelle città. Il 21 secolo rappresenta la prima età urbana, quando 75% degli abitan-ti del pianeta vivono in metropoli con più di 20 milioni di persone, principalmente in Afri-ca, nel sudamerica e nell’Asia. E pensare che cento anni fa, soltanto il 10% della popola-zione mondiale si trovava in città — afferma burdett, nato a Firenze, ma residente a londra. A proposito, non è per caso che quest’ultima viene considerata spesso un modello europeo e serve come laboratorio a molte altre “polis”. Milano è un esempio, dato che a partire da gennaio dovrà istituire un pedaggio a chi cir-cola in macchina nel centro, esattamente co-me succede nella capitale inglese.

l’esperienza londinese è soltanto una pic-cola punta dell’iceberg che si trova “ancora-to” nella zona Arsenale, vicino al cuore di Venezia. lì sono presentate 16 esperienze ur-banistiche di megalopoli come shangai, Cit-tà del Messico, los Angeles, tokio, san Paolo, Caracas, Cairo, Istanbul, berlino, barcellona,

Johannesburg, londra, bogo-tà, bombay o Milano.

— Abbiamo cercato di ri-condurre la struttura fisica di una città con edifici, giardini, spazi, strade, oltre le dimen-sioni sociali e culturali del-l’esistenza urbana — dice il direttore Richard burdett.

basato su questi contri-buti, viene tracciato un profilo proprio con indicatori sociali, storici, demografici, economici, culturali. Il foco si dà anche in termini umanistici, con l’obiet-

tivo di affrontare i problemi di superpopola-mento, di accesso al lavoro, di spostamento tra determinati punti nevralgici. Insomma, si tratta di un manuale di sopravvivenza nella giungla del cemento per gli essere umani “im-bottigliati” e stressati delle grandi città.

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Giordano Iapalucci

FiRENzE

A chi non piacerebbe sorseggiare una bella birra alla spina, paragonabile allo chopp brasiliano, con un sottofondo, e a soli pochi metri dal bellissimo Duomo di Firenze? bene, chi

visita la splendida città del Rinascimento non può proprio perdersi la possibilità di salire sulla terrazzina più famosa di Piazza del Duo-mo. si tratta di un posto difficile da trovar libero, perché disputa-tissimo non solo tra i turisti di passaggio ma anche tra gli autoctoni come il sottoscritto. Dall’alto dei suoi circa 5 metri si può ammirare con distaccato e divertito sguardo il frenetico andirivieni dei fioren-tini e il rilassato e compassato movimento dei turisti. Al prezzo di una sola pinta di birra [circa 5 euro], che si porta da soli al piano, è possibile godersi questa piccola perla fiorentina. l’indirizzo è Piazza san Giovanni nr. 4. Aperto dalle 10.00 alle 02.30.

Terrazza sul Duomo

Mande sua história com material fotográfico para: [email protected]

A históriA dA fAmíliA de melissA Borring

começou em PistóiA, nA toscAnA, quAndo seus Avós se conhecerAm e

se APAixonArAm. numA nArrAtivA emocionAnte, A

niteroiense contA detAlhes de umA trAjetóriA que teve início há mAis de 60 Anos.

il lettore racconta

votos do matrimônio foram sacra-mentados. Os recém-casados nem tiveram tempo para a lua-de-mel, pois vovô precisou voltar para o Bra-sil dois dias depois.

Dois meses se passaram e, o então Presidente do Brasil, Getúlio Var-gas, criou uma lei que versava sobre a vinda das esposas italianas dos pra-cinhas brasileiros para o país. Graças a esta lei, no dia 31 de outubro de 1945, vovó Anna Lore desembarcou do navio Dom Pedro II e veio morar na cidade de Niterói. Sem falar uma só palavra em português, a italiani-nha foi recebida por meus bisavós pa-ternos com muito amor e foi muito bem acolhida. Aprendeu o português e o espanhol com a minha “bisa” e, por uma questão de sobrevivência, se adaptou ao Brasil.

Vovô e vovó tiveram cin-co filhos. A década de 60 foi marcada pela chegada do primeiro neto. Hoje, totalizamos 10: dois ho-mens e oito mulheres e, conseqüentemente, qua-tro bisnetos, que minha avó “mima” com toda o seu charme e cultura ita-lianos. Ela é, verdadei-ramente, “una grande nonna”.

Infelizmente meu avô faleceu em abril de 1977. Entretanto, al-guns de nós [netos], ainda que não o tenhamos conhecido, temos a im-pressão de que estivemos com ele. As histórias contadas por minha avó e por aqueles que compartilharam destas o fazem, de alguma forma, permanecer vivo em nossas vidas.

A tradição italiana está pre-sente com muita força em minha família. Adoro ouvir vovó narrar os episódios de sua vida, pois, eu sei que isso a faz reviver bons momentos. Hoje, estudo gastronomia e preten-do, como chef, me especializar em culinária italiana. Dona Anna Lo-re é uma cozinheira de mão cheia e espero ter herdado o talento dela.

Niterói, Melissa Borring,

27 anos

S empre gostei de contar a história de minha família porque acho digna de novela das oito. Tudo começou gra-

ças à Segunda Guerra Mundial. Não que isso seja louvável, é claro, mas por conseqüência deste terrí-vel acontecimento, meu avô conhe-ceu a minha avó e, assim, surgiu uma linda história de amor. Depois de anos, eu nasci.

Meu avô, John Eduard Borring, gaúcho de ascendência americana e boliviana, era Terceiro Sargento e chegou na cidade de Pistóia, na Toscana, em 1943, onde era sediada uma base da Intendência Brasilei-ra. Como o acaso não existe, esta base estava localizada no fim da rua on-de a minha avó morava. Para chegar até lá, ele precisava passar por uma casa de dois andares, onde morava uma graciosa moça chamada Anna Lore Bizzarri. Da janela de sua casa, vovó podia ver meu avô estacio-nar seu caminhão. Diariamente, os dois se cruzavam nas ruas e a troca de olhares era mútua. Foi amor à primeira vista.

No dia 12 de abril de 1945, os dois noivaram. Vovó ainda era uma menina de 14 anos quando, três meses depois, numa simpática igre-jinha e em cerimônia reservada, os

No alto, a italianinha ainda com 14 anos e seu marido brasileiro, John Eduard Borring. Ao lado, dona Anna Lore feliz ao reunir seus netos e bisnetos

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Il Mistero della GenesiChi passeggia per le strade e le piazze rinascimentali di Firenze en-

tro la fine di settembre può imbattersi in un piacevole incontro: le splendide opere dello scultore costaricano, Jorge Jiménez Deredia, che studiò presso la facoltà fiorentina di architettura nella seconda metà de-gli anni ottanta. l’antico che si fonde con il contemporaneo. la mostra (Il mistero della Genesi), che ufficialmente è sita presso la limonaia del Giar-dino di boboli, si espande anche al di fuori delle mura di Palazzo Pitti. si tratta di sculture rotondeggianti di marmo bianco e granito nero, che, nel fondere la robustezza mascolina con la delicata e pregnante femminilità, offrono una speculazione filosofica sulla “Genesi” della vita e della mate-ria. Dal lunedì al venerdì 8.30-18.30; sabato 8.30-12.30; E 8.

TermePer chi vuole rilassarsi lontano dai centri abitati, dal solito

tran tran di musei e chiese, ma allo stesso tempo senza do-ver essere obbligati a camminare, la toscana è proprio il posto giusto. Dei luoghi da non perdere e che tra la fine dell’estate e l’inizio d’autunno offrono il meglio di sé, sono proprio le terme di saturnia, con le sue acque sulfuree che sgorgano dal sottosuolo ad una temperatura costante di 37° centigradi. A partire dal 280 a.C., furono i Romani a creare veri e propri edifici per lo sfrutta-mento terapeutico. Un’alternativa al Centro termale, che soddisfa le necessità di una clientela sempre più esigente, sono le Cascate del Mulino, di libero accesso, in cui sono presenti una serie di pis-cine naturali scavate nella roccia. Ottime proprietà salutari per la pelle, l’apparato respiratorio e muscolo-scheletrico. Per arrivarci da Firenze, prendere la superstrada Firenze-siena e proseguire per Grosseto [S.S. n.223]. Uscire a Roselle, e seguire per scansano. Attraversato il paese, preseguire per terme di saturnia.

Festa della Vendemmia Arriva settembre. Per le campagne toscane, come d’altronde per quel-

le di molte altre regioni italiane, si tratta di un momento particolar-mente importante. Proprio nel mese che chiude l’estate boreale, infatti, le fattorie con i loro appezzamenti coperti dai vigneti pieni d’uva matura e zuccherina, iniziano il rito secolare della vendemmia. Ma come sarà il vino toscano dell’annata 2006? secondo l’Assoenologi crescerà la produ-zione, rispetto al 2005, di circa il 5%, arrivando a sfiorare i 2 milioni e 500 mila ettolitri. Il presidente della Fedagri, Paolo bruni parla di una qualità tendenzialmente ottima, ma questo se il tempo, a settembre, continuerà a rimanere buono. A capeggiare la classifica della produzio-ne del vino è in testa la Puglia [8.350.000 ettolitri], seguita da Veneto [7.450.000], Emilia Romagna [6.940.000] e sicilia [6.920.000]. Chi vo-lesse approfittare del momento di grande produzione vinicola può, non solo dirigersi direttamente alle stesse fattorie per la vendemmia, come anche partecipare per esempio alla Festa della Vendemmia di Mensano-Casole d’Elsa [Siena]. Nel pomeriggio di sabato 30 settembre tutti con il bicchiere in mano, perché saranno aperte le cantine, dove si potranno degustare ottimi vini serviti da esperti sommelier [www.mensano.it].

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comportamento

mercado automobilístico brasi-leiro. Essa partida do tour pelo brasil também significa a busca pela excelência em atendimento ao cliente. Realizamos pesquisas, treinamentos de funcionários. Um cuidado que chega até as conces-sionárias — define Marinho.

Daí também viria a decisão de realizar o pré-lançamento do Fiat Adventure na terra brasilis. Como conta o diretor de comu-nicação corporativa da empresa, Marco Antonio lage.

— O conceito do Adventu-re prima pela aventura urbana. Pensamos contemplar o motoris-ta da cidade que gosta de dirigir e se aventurar na sua metrópole mesmo. A decisão de começar o tour pelo brasil partiu da direção geral da empresa na Itália e isso nos deixou surpresos e satisfei-tos — afirma.

Expert em questões automobi-lísticas por já ter possuído quatro concessionárias, o italiano Alfre-do Migani projetava, a partir da passagem da expedição, um cres-cimento da indústria de veículos no brasil. segundo ele, o brasil pode despontar investindo em tecnologia preocupando-se com as questões de meio ambiente.

— Desenvolvemos motos com três carburantes. Acredito que a indústria está se reorganizando e a preocupação em o veículo não ser poluente é o que tem sido o diferencial. Vender a tecnologia do automóvel no brasil é mais fá-cil — pondera.

Esportivo, potente... a gula pelas muitas qualidades Com a Panamerican, a Fiat tenta estar mais ligada à marca Ferrari. O fato de o cavalo empinado ser um luxo para poucos se encarre-ga da instauração do mito carre-gado pelo veículo. Para a Ferrari, o brasil está entre os primeiros em termos de mercado, mas os Estados Unidos são o maior de todas as Américas.

E enquanto a Fiat produz, só no brasil, aproximadamente 2.200 au-tomóveis por dia, a produção anu-al da Ferrari é de 5.200 mil carros. Isso sem falar no preço do mimo. Uma Ferrari 599 Gtb Fiorano não sai por menos de 230 mil euros.

Nada mal para aficionados por roncos de motores e design ex-pressivos. A mais nova Ferrari tem motor frontal de 12 cilindros com 620 cavalos. É o carro de rua mais

Na carona da tentação

Expedição comemora 30 anos de Fiat no Brasil unindo Ferrari a samba no Rio de Janeiro

potente da marca atualmente. Para se ter uma idéia do que isso repre-senta, basta dizer que o Uno Mille, com seus 60 cavalos, é o equiva-lente a um décimo da Ferrari.

Quem chefia a expedição Pa-namerican é o engenheiro Enrico boldone. Com 20 anos na área de teste de veículos, ele é o nome capaz de provar que a adaptação aos diferentes terrenos é possível para o carro altamente esportivo. A estrutura da Gtb Fiorano foi le-vantada em 2,5 cm para passar pelas Américas.

Esta é a terceira expedição desse tipo feita pelo Grupo Fiat. Em 1997, os veículos também pas-saram pelo brasil. Já no ano passa-do, o tour contemplou a ásia. Um fotógrafo e um cinegrafista acom-panham a viagem que deve virar anuário. A capa do ano do calen-dário desse ano foi feita na China.

Quase ofuscado pelo brilho das Ferrari, o ator Henri Castelli foi o sortudo que pôde sentar no banco do motorista. O Estevão, da novela Cobras e lagartos da Rede Globo, revelou que já foi obcecado por carros

— Adoro carros. Mas quando se é mais novo acontece uma ob-sessão que, na fase adulta, vira admiração. Nunca tinha entrado numa Ferrari até o início dessa novela, quando gravei numa. O carro, seu motor, enfim, o nome, tudo é um mito “gostoso”. Como sou alto, gosto de veículos altos, onde possa enxergar por cima — completa o galã.

O oriundi, que mantém liga-ção com a Bota por conta de seu avô materno, nunca foi à Itália. Mas, em se tratando de condi-ções financeiras e da realidade atual no brasil, Henri declina da vontade de ter uma Ferrari.

— Hoje em dia, evitaria com-prar devido à onda de violência. Não vale a pena ostentar um car-ro desse porte e sair por aí. Mas me agradaria a idéia de ter uma Ferrari em minha garagem. Quan-to a conhecer a Itália, tenho mui-ta vontade. Mas precisaria de um mês, no mínimo, para aproveitar tudo o que o país oferece, inclu-sive sua beleza — finaliza.

Da soberba: o prazer que o bem proporcionaA ânsia para ver as Ferrari [os veí-culos estavam cobertos por lençóis vermelhos, retirados com pom-pa e circunstância] tomou conta

do cônsul geral da Itália no Rio, Massimo bellelli. Ao aguardar o esperado momento, o diplomata recordou sua primeira passagem pelo brasil nos anos 90.

— Fui um dos fundadores do Clube Ferrari de são Paulo. Naque-la época, em 1992, os sócios pre-cisavam ter os carros, mas no bra-sil não havia Ferrari. Ainda tenho a carteira de associado. símbolo do design italiano, da alta tecno-logia e do espírito dos italianos, a Ferrari é o único carro que se va-loriza com o tempo — analisa.

bellelli também comentou o significado que a escuderia tem para os italianos.

— se aqui, no Clube Ferrari, toda primeira terça-feira do mês os sócios se reúnem para um al-moço, imagine o que não é pa-ra cada italiano, o sentimento de posse da escuderia. As pessoas amam. Gostar de uma Ferrari faz parte da cultura e da socializa-ção. Hoje, tenho algumas minia-turas do veículo — assinala.

Outros que acompanhavam a beleza das “máquinas” foram o ci-neasta Neville de Almeida e sua

Os pecados capitais nun-ca estiveram tão próxi-mos dos cariocas. Dez en-tre dez homens sonhando

“operar” aquelas máquinas. Dez entre dez mulheres desejando ao menos uma fotografia com o ob-jeto mais bem guardado da noite, como se quisessem contrariar à famosa frase do escritor francês Antoine de saint-Exupéry quando disse que “o invisível é essencial aos olhos”. O fato é que, somente pela cobiça, já se podia perce-ber o clima de expectativa gera-do pela passagem da expedição Ferrari Panamerican 20.000 [um tour que percorrerá 16 países em três Américas] pelo Rio.

também pudera: do cenário escolhido para revelar os possan-tes que participam da caravana, a Cidade do samba, ao apresentador da festa, o ator Henri Castelli, tu-do parecia ter sido conferido nos mínimos detalhes. Pormenores que não passaram despercebidos. O principal deles era a escolha do Cristo Redentor como estam-pa nos capôs das Ferrari 599 Gtb Fiorano. A imagem representou o brasil no tour impresso nos mode-los recém-lançados da marca au-tomobilística que tornou-se sím-bolo de ousadia e ostentação.

O Panamerican 20.000 tam-bém foi marcado pela pré-estréia do Fiat Idea Adventure que chega neste mês ao mercado brasileiro. Com tantas novidades, a expedi-ção que celebra os 30 anos da Fiat no brasil, ganhou ares de Carna-val, a festa tida como “o maior es-petáculo da terra”. Apresentados os veículos, os mais de mil convi-dados, entre jornalistas, artistas e empresários, formaram uma verda-deira escola de samba desfilando com adereços pela passarela da Ci-dade do samba. Fogos e cascatas luminosas abrilhantavam o enre-

do. Um show com roteiro e dire-ção geral do coreógrafo Carlinhos de Jesus e cenografia de Milton Cunha animou os presentes.

— Quando pensamos em bra-sil, pensamos Rio de Janeiro, lo-

cal onde sempre queremos sam-ba. O Cristo é a imagem do brasil e, no início do ano, descobrimos esse local fascinante. A Fiat é a primeira empresa a fazer even-tos de grande porte na Cidade do samba e, com a ajuda das esco-las, colocamos os carros alegóri-cos que compõem a festa, fazen-do parte da decoração — explica Marco Piquini, gerente de Comu-nicação da Fiat no brasil.

As Ferrari 599 Gtb Fiorano que acompanham a expedição são das cores vermelho e azul. Além delas, estão dois Fiat Idea Adventure, nas mesmas cores, dois Doblô Adventure, dois fur-gões Iveco Daily e um mini-ôni-bus Iveco Cityclass. A largada para o tour [que terminará em 17 de novembro, em Nova York] foi

dada em betim, Minas Gerais. A cidade abriga a fábrica que é re-ferência da montadora.

Num total de 32 mil quilôme-tros, a Panamerican 20.000 será acompanhada por 50 jornalistas de todo mundo. Dentre eles quatro brasileiros que, em determinados trechos, poderão dirigir os carros. No brasil, além de betim e Rio, a expedição já passou por são Pau-lo, Foz do Iguaçu e Curitiba, onde fica a fábrica de máquinas agríco-las CNH [também do Grupo Fiat].

Apego pelo segundo mercado da FiatAs três décadas de atuação no bra-sil renderam à empresa Fiat a mar-ca de nove milhões de veículos já produzidos em betim. Desse total, cerca de 30% foram destinados à exportação. E não é só isso: depois da Itália, o mercado tupiniquim é o mais importante para o Grupo. Em 2005, 29% da operação mundial da empresa foi feito pelo brasil.

Os números não enganam. Estimativas da Fiat dão conta de que são 500 mil veículos produ-zidos ao ano [dois carros por mi-nuto] e mais de 16 mil empregos gerados. De acordo com o geren-te regional da Fiat no Rio, João batista Marinho, a liderança no mercado justifica a escolha do brasil como início da expedição.

— Há cinco anos a Fiat se mantém no primeiro lugar no

sílvia soUzanamorada, a atriz Ana tavares. Os atores globais luis salém e João Velho também prestigiaram o evento, mas foi o músico Ivo Mei-relles quem roubou a cena na noi-te. O ritmista da escola de sam-ba Estação Primeira de Mangueira já esteve na Itália por três vezes. Na primeira delas se deparou com uma Ferrari na cor amarela.

— Em 1993, na minha primei-ra viagem à Itália, vi um mode-lo amarelo. Nem sabia que tinha de outras cores, mas foi emocio-nante. Agora, imagine eu, subir o morro com um carrão desses. E, no som, uma música de preto alta. só ia tirar onda. A Ferrari é o carro. Pena que minha con-ta nem passar perto desse valor. todo mundo sonha ter um carro desses, mesmo que seja pra ficar por um mês — aponta.

No alto, a equipe da expedição Panamerican 20.000. Acima, o

apresentador da festa, o ator Henri Castelli ladeado por Marco Antônio

Lage (à esquerda) e João Batista Marinho. Ao lado, o detalhe do

símbolo da Ferrari nas rodas

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Apresentação contou com show de samba

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Ana Paula Torres

ROma

PastaritoQuem nunca sonhou em visitar as cidades

italianas e depois de tanto caminhar e posar para fotos, comer bem pagando um pre-ço acessível? Parece algo fácil, mas não é. Por isso, muitas vezes a saída é comer um pedaço de pizza, ou se aventurar em um Mc Donald’s. Mas uma alternativa existe. trata-se da rede de restaurantes “Pastarito”, uma fórmula ori-ginal de serviço a la carte, baseada em espe-cialidades da cozinha italiana, principalmente massas, pizzas e risotos. Com 46 restaurantes, a rede está presente na Emilia Romagna, la-zio, liguria, lombardia, Piemonte e toscana.

Os segredos de RomaÉ o nome de um livro que presenteia o

leitor com uma série de retratos de Ro-ma, por vários aspectos, inéditos e inespe-rados. Pode ser comparado a um guia pelas informações que contém em suas páginas, capazes de ilustrar muitos lugares suges-tivos e singulares da capital. No entanto, possui uma narrativa que o distingue de qualquer outro livro sobre Roma. O autor, Corrado Augias, não faz uma revisitação de lugares inesquecíveis, mas uma curiosa an-tologia de histórias vividas por moradores e que, de alguma forma, ficaram marcadas no imaginário popular.

Novo cd de ZuccheroZucchero está de

volta, após o su-cesso mundial com “Zu & Company”, de 2004, e de “shake”, último álbum de canções iné-ditas, lançado em 2001. seu novo traba-lho, intitulado “Fly. Come possiamo vola-re con le aquile se siamo contornati da tacchini...”, foi gravado e mixado em los Angeles e produzido por Don Was.

ÓperaEstarão em cartaz, em Roma, os espetá-

culos, “Un segreto d’importanza”, ópera em um ato, com texto de lorenzo Arruga e música de sergio Rendine, e “Il libertino ful-minato”, canto em forma cênica em um ato com texto de bruno Cagli e música de ser-gio Rendine. Estréiam dia 8 de novembro, às 20h30, no teatro Nazionale, em Roma. As re-apresentações vão de 9 a 12 de novembro. O ingresso é E 30.

Atores e diretores de fama interna-cional, jovens talentos e grandes estrelas italianas e estrangeiras,

estarão em Roma de 13 a 21 de outubro para participar de Cinema – Festa Interna-zionale di Roma. O evento romano foi ide-alizado não somente para uma grande ci-dade, mas sim para a indiscutível terra do cinema. Quem nunca ouviu falar em Cine-città, cidade cinematográfica romana, on-de grandes nomes do cinema italiano como Federico Fellini e Vittorio De sica, rodaram obras primas de fama internacional? sem falar no cenário a céu aberto que a Cidade Eterna coloca à disposição da criatividade de diretores e roteiristas. sem dúvida, uma das cenas mais famosas do cinema mundial é a de Anita Eckbert se refrescando dentro

da Fontana di trevi, no filme A doce vida, de Fellini.

Para a festa do cinema, projeções, ex-posições, eventos e encontros acontece-rão no Auditorium Parco della Musica, on-de também será realizada a premiação dos vencedores. Mas a festa estará presente por toda a cidade, da Piazza del Popolo à Piazza Augusto Imperatore, da Via Ve-neto à Piazza dei sanniti, da Via Condotti à Villa borghese, de Cinecittà à tor bella Monaca. Em Roma, a participação popular é parte fundamental dos eventos promo-vidos. Com a festa do cinema não poderia ser diferente. Cem filmes poderão ser vis-tos a preços populares, nas dezenas de sa-las cinematográficas presentes nos quatro cantos da cidade.

Capital do cinemaAs máquinas de LeonardoA exposição de modelos que interpre-

tam os projetos originais de leo-nardo da Vinci, em vestes não de pintor, mas de inventor e engenheiro, pode-rá ser visitada em Roma até dia 24 de novembro. As máquinas expostas fazem parte dos mais variados setores, das má-quinas voadoras àquelas de guerra, de dispositivos mecânicos aos de engenha-ria civil. trata-se de 50 modelos repro-duzidos a partir dos desenhos de leonar-do e realizados por experientes artesãos. O exposição acontece na sala del bra-mante, Piazza del Popolo, 12. O horário é das 9h30 às 20h30 e o ingresso custa E 6 e E 3.

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Nayra Garofle

Sapori d’Italia

seria muito mais fácil, nesta edição, se fizéssemos um breve mostruário dos muitos sabores da Itália. Mas na verdade, é muito mais prazeroso “viajarmos” no tempo apresentando al-guns dos pratos que já indicamos aos nossos leitores em 100

números de ComunitàItaliana. Iguarias que, por sinal, ultrapassam os limites das paste e pizzas, como os deliciosos risotos, peixes e sobre-mesas. Vale ressaltar a variedade de ingredientes e suas combinações que fizeram da gastronomia do país de leonardo da Vinci uma das mais conhecidas e admiradas em todo o mundo.

Podemos dizer que a culinária italiana é bastante específica. A po-sição geográfica, o clima e as influências de outros povos permitiram a criação de pratos típicos para cada região. É possível comprovar tal fato diante dos próprios nomes que, na maioria das vezes, acompa-nham a denominação de suas cidades como “à milanesa” e “à bolo-nhesa”, por exemplo. No norte, a especialidade é gnocchi e polenta. A ligúria e a lombardia são conhecidas por seus famosos risotos, além das massas. Já no centro, carnes e verduras prevalecem em variadas combinações. No sul e nas ilhas de sicília e sardenha, peixes e maris-cos frescos acompanhados de azeitona, azeite, alcaparra, berinjela e tomate fazem parte da famosa dieta tipicamente mediterrânea.

Outra marca registrada é a representatividade cultural da gastro-nomia da bota. Isso porque as famílias se reúnem em momentos de grandes confraternizações e costumam passar horas ao redor da mesa conversando e comendo sempre acompanhados por um bom vinho, pois italiano que se preze não dispensa a bebida.

Para comemorar a nossa 100ª edição, fizemos um flashback pa-ra relembrar algumas das maravilhas de “sapori d’Italia”. Para o chef bruno Marasco, o espaço que a revista oferece à culinária italiana é de extrema importância.

— A revista apóia e ajuda a divulgar a boa e autêntica gastrono-mia italiana — afirma.

E como não podia faltar, Marasco preparou, especialmente, este bolo para festejarmos as 100 edições. A receita você confere ao lado!

Bolo para comemorar!Depois de 100 números é hora de flashback

Receita

Ingredientes:Massa de Pão-de-ló04 ovos120 g de açúcar refinado120 g de farinha de trigo e uma pitada de sal

Unte, polvilhe e forre uma assadeira quadrada. bata o açúcar nu-ma tigela refratária sobre a panela de água quente até engrossar. tire a vasilha da panela e continue batendo longe do calor até esfriar. Peneire e misture aos poucos a farinha. Despeje na fôrma e asse a 170º.C por cerca de 25 minutos. Desenforme e deixe o bolo esfriar em uma grade de metal.

Recheio - Creme Patissière com Avelãs

bata 6 gemas com 100g de açúcar. Junte 40 g de fubá, sem pa-rar de bater. Ferva 600 ml de leite e adicione à mistura de ovos. Despeje numa panela e ferva, mexendo sempre, até surgirem bo-lhas na superfície. Abaixe o fogo e engrosse-o bem. Quando frio, incorpore 100 g de pasta de avelãs.

Decore com chantilly batido com creme de leite fresco aroma-tizado com fava de baunilha ou conforme sua preferência.

Vitela assadaPenne à putanescaCannelloni Estivi

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