Introdução Ao Protocolo de Abdome Por Tomografia.V2 Doc (1)

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1 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA - Protocolos de exames Abdome ATENÇÃO:  O TEXTO E AS ORIENTAÇÕES ABAIXO, NÃO DEVEM SER UTILIZADOS COMO ÚNICA FONTE DE ESTUDO, TRATA -SE DE MATERIAL DE APOIO.  INTRODUÇÃO: O Uso do Contraste oral  Os pacientes submetidos a exames abdominais recebem contraste oral para opacificar o intestino, permitindo diferenciar o órgão de lesões patológicas adjacentes.  Em grande parte dos serviços o protocolo da administração do contraste via oral, são parecidos, assim sendo, faremos a indicação de três tipos diferentes de contraste e de preparo via oral.  1) Sugere-se a ingestão de 800 ml de contraste oral positivo, sob forma de suspensão de sulfato de bário (diluído). Devemos considerar o exame sem contraste (Paciente alérgico). (atenção: Bário pur o produz artefatos).  2) Diluição de 50 ml de contraste iodado em um litro e meio de água. (podendo acrescentar um suco em pó).  3) Um litro e meio de água pura (contraste negativo).  O contraste é administrado 90 minutos (abdome Superior) – 120 minutos (abdome Total) antes do início do exame.  Uma dosel de 200 ml é ingerida imediatamente antes da varredura, para opacificar o estômago e a região proximal do intestino delgado.  Contraste iodado contraste com água pura  O Uso do Contraste retal  Alguns serviços, quando da necessidade de avaliar a pelve, utilizam como uma alternativa, administrar o contraste via retal (usando contraste hidrossolúvel, 200 ml diluído em sor o) imediatamente antes do exame, para opacificar o reto e o sigmóide.  Contraste endovenoso O uso do contraste fica a critério do radiologista , em função do protocolo . O contraste endovenoso é usado para opacificar vasos e ajudar a diferenciá- lo de gânglios retroperitoneais. Usado também para caracterizar lesões hepáticas, tumor renal, doença pancreática , na avaliação da aorta, etc.  É rotina realizar uma fase sem contraste.  

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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA - Protocolos de exames – Abdome 

ATENÇÃO: O TEXTO E AS ORIENTAÇÕES ABAIXO, NÃO DEVEM SER UTILIZADOS COMO ÚNICAFONTE DE ESTUDO, TRATA-SE DE MATERIAL DE APOIO. 

INTRODUÇÃO: 

O Uso do Contraste oral 

Os pacientes submetidos a exames abdominais recebem contraste oral para

opacificar o intestino, permitindo diferenciar o órgão de lesões patológicas adjacentes. Em grande parte dos serviços o protocolo da administração do contraste via

oral, são parecidos, assim sendo, faremos a indicação de três tipos diferentes decontraste e de preparo via oral. 

1)  Sugere-se a ingestão de 800 ml de contraste oral positivo, sob forma desuspensão de sulfato de bário (diluído). Devemos considerar o exame semcontraste (Paciente alérgico). (atenção: Bário puro produz artefatos). 

2)  Diluição de 50 ml de contraste iodado em um litro e meio de água. (podendoacrescentar um suco em pó). 

3)  Um litro e meio de água pura (contraste negativo). 

O contraste é administrado 90 minutos (abdome Superior) – 120 minutos(abdome Total) antes do início do exame. 

Uma dosel de 200 ml é ingerida imediatamente antes da varredura, paraopacificar o estômago e a região proximal do intestino delgado. 

Contraste iodado contraste com água pura 

O Uso do Contraste retal 

Alguns serviços, quando da necessidade de avaliar a pelve, utilizam comouma alternativa, administrar o contraste via retal (usando contraste hidrossolúvel, 200 ml

diluído em soro) imediatamente antes do exame, para opacificar o reto e o sigmóide. Contraste endovenoso 

O uso do contraste fica a critério do radiologista, em função do protocolo.

O contraste endovenoso é usado para opacificar vasos e ajudar a diferenciá- lode gânglios retroperitoneais. Usado também para caracterizar lesões hepáticas, tumorrenal, doença pancreática, na avaliação da aorta, etc. 

É rotina realizar uma fase sem contraste. 

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Nas imagens vasculares, a duração da injeção do bolo deve equivaler àduração da varredura, para maximizar os níveis de contraste (nesses casos, sãoempregadas velocidades de injeção entre 3 e 5 ml/s). 

A cronologia do retardo entre o início da injeção e o começo da varredura émuito importante para garantir um contraste ideal. A bomba injetora desempenha umpapel fundamental na tomografia do abdome, protocolos com estudo na fase arterial sósão possíveis devido à injeção contínua e com volume e velocidade programada.

Orientações técnicas: 

Espessura do corte:

Para exames de avaliação geral, é utilizada uma espessura de corte variandode 5 a 10 mm, dependendo do tipo de equipamento. Varreduras contíguas são realizadasatravés da área de interesse. Para melhorar a resolução espacial, utiliza-se umacolimação de 3 a 5 mm para os órgãos específicos, em especial quando for precisoidentificar lesões pequenas. 

FOV (Campo de visão)

Todo o corpo do paciente deve ser incluído no campo de visão inicial. Noentanto, utiliza-se da reconstrução num FOV menor, quando o interesse for específico,

assim melhora-se a resolução espacial, pois há uma redução do tamanho do pixel(lembrando que tamanho do pixel = campo de visão / matriz).

As duas principais limitações do exame de TC corporal são: 

Erros de registro gerados pela respiração, quando o paciente prende arespiração de forma variável a cada varredura. Mais comum em equipamentosconvencionais. 

Efeito de volume parcial: quando uma lesão fica apenas parcialmente contidadentro de um corte, gerando uma média de números de TC dentro do voxel da lesão edas estruturas circundantes e, conseqüentemente, valores de atenuação imprecisos.

Este é um aspecto muito problemático em exames de fígado e rins, em quecistos podem ser confundidos como lesões sólidas com base nos números de TC.

Em equipamento Helicoidal, as varreduras podem ser reconstruídas emqualquer ponto no interior do volume examinado, sendo possível encontrar um corte deposição ideal para minimizar o efeito parcial de volume em uma lesão.

Órgãos abdominais: Estômago 

O estômago é uma estrutura distensível, cuja parede gástrica normal tem entre3 e 5 mm de espessura.Para avaliar os espessamentos de parede gástrica, o estômagodeve estar totalmente distendido. Isto pode ser alcançado pela administração de uma

dose de contraste de 200 ml imediatamente antes da varredura.Se o estômago for o órgão básico de interesse, o uso de contraste oral

negativo (água) tem boa aplicabilidade. 

Para avaliar com precisão um câncer gástrico, é preciso analisar o tumorprimário, a extensão para órgãos adjacentes e a presença de comprometimentoganglionar. 

A avaliação do órgão requer o uso de contraste endovenoso. 

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Órgãos abdominais: Pâncreas 

Há um plano gorduroso entre o pâncreas e a artéria mesentérica superior, oque contribui para sua avaliação. 

O pâncreas deve ter uma silhueta lisa ou lobulada e pode ser observada umasubstituição por gordura nos idosos. A presença de gordura no pâncreas é facilmente

visualizada com uma diminuição de atenuação normal do pâncreas.Uma espessura de cortes finos, de 3,0 a 5,0 mm, deve ser usada para facilitara visualização de anormalidades do ducto ou de alguma lesão.

Fibrose e infiltrados inflamatórios são identificados como regiões decontrastação pouco homogênea. Entretanto, alterações sutis podem não ser detectadasna Tomografia computadorizada. 

Para facilitar a visualização de calcificações pancreáticas, pode valer à penausar contraste oral negativo (água).

Em pacientes com pancreatite aguda e crônica, podem aparecer regiões focaisde diminuição da perfusão. 

Órgãos abdominais: Rins 

Os rins situam-se na parte dorsal do abdome, logo abaixo do diafragma, um decada lado da coluna vertebral, nessa posição estão protegidos pelas últimas costelas etambém por uma camada de gordura.

A anatomia de cortes transversos do rim é facilmente identificada naTomografia, pois a gordura circundante favorece o contraste. 

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Em exames sem contraste o número de TC do córtex renal fica entre 30 e 60UH. 

A veia renal, situada à frente da artéria no hilo renal, é facilmente visualizada.No entanto é necessário administrar contraste intravenoso. 

A aorta, artéria renal opacifica-se entre  20 a 30 segundos após a injeção decontraste. Segue-se uma fase corticomedular em até 60 segundos e uma fase denefrograma em 60 a 120 segundos. 

O contraste atinge os cálices e a pelve renal, aproximadamente entre 3 a 4minutos após a injeção. 

Avaliação  pré-contraste deve ser realizada para verificar a posição dos rins,identificar calcificações e definir os valores exatos de atenuação pré-contraste detumores. 

Contraste: são injetados 90 a 120 ml de contraste com concentração de 300mg/ml a uma velocidade de 3 ml/s. 

Pequenas lesões renais geralmente são mais bem visualizadas nas imagensnefrográficas, mas a melhor forma de avaliar perfusão renal é nas imagenscorticomedulares. 

Os cistos apresentam densidade de água (0 a 10 UH), sem realce apósadministração de contraste. 

Litíase / Cólica renal: 

A Tomografia Computadorizada espiral passou a ser usada para investigarpacientes com suspeita de cálculo renal / cólica renal.

São realizados exames sem contraste de todo o trato renal, possibilitando aidentificação de cálculos. 

Órgãos abdominais: Baço 

O baço é um órgão situado no hipocôndrio esquerdo, abaixo do diafragma,atrás do estômago. Tem forma ovóide alongada e cabe na palma da mão, tem 12 cm decomprimento e 8 cm de largura. 

O baço tem a função associada à defesa do organismo. Contribui para regularo volume de sangue em circulação nas artérias e veias. No caso de sofrer um corte ouhemorragia, o baço bombeia imediatamente mais líquido para o aparelho circulatório,restabelecendo aos poucos, o equilíbrio.

O baço não é um órgão essencial, embora muito importante. Se o retiramos,sofreremos uma anemia, mas com o tempo, recuperaremos, pois há outras partes doorganismo com condições de assumir as funções que ele desempenha.

O baço aparece bem na Tomografia Computadorizada. Nos exames semcontraste tem um número de TC discretamente maior que o do fígado. 

Com injeção de contraste lento, o baço apresenta um realce uniforme. 

Nas injeções em bolo e com varreduras precoces, o baço não aparecehomogêneo em função do fluxo sanguíneo nos diferentes compartimentos. Deve-se tercuidado para não interpretar erroneamente as heterogeneidades como anormalidadesfocais. A repetição da varredura após 60 segundos resolve a questão. 

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Baço = pré contraste Baço pós contraste 

Órgãos abdominais: Adrenais (supra-renais)

A adrenal direita costuma ser observada em varreduras iniciadas 1 a 2 cmacima do pólo superior do rim direito. Situa-se atrás da veia cava inferior entre a crura dodiafragma e o lobo direito do fígado. 

A adrenal esquerda situa-se na mesma altura ou um pouco mais caudal, aolado da aorta, à esquerda da crura diafragmática e ântero-medial no pólo superior do rim

esquerdo. As adrenais ocupam 2 a 4 cm em direção cranio-caudal e aparecem como

estruturas com formato em V ou Y invertido

A Tomografia Computadorizada identifica 100% das adrenais, quando sãoempregadas colimações adjacentes finas, permitindo a fácil identificação de lesõestumorais.Quando persistirem dúvidas sobre o diagnóstico, a Ressonância Magnética podeajudar. 

Na suspeita de patologias de adrenais, é necessário realizar cortes finos naregião (5 mm de incremento e 5 mm de espessura, as vezes até 3 X 3 mm), antes e apósa introdução do contraste intravenoso. 

Órgãos abdominais: Fígado 

O fígado é a maior víscera (órgão) do corpo humano.

Situa-se no quadrante superior direito do abdome, aderido à superfície inferiordo diafragma.É composto por lobos anatômicos (D e E) separados pelo ligamento

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falciforme. Os lobos D e E podem ser subdivididos em 8 segmentos os quais são usadospara orientar as ressecções.

Órgãos abdominais: Vesícula Biliar 

Situa-se na face inferior do fígado, na fossa formada pela junção dos lobosdireito e esquerdo. Embora a posição do fundo varie, o colo está sempre relacionadoscom a fissura interlobar principal e porta hepática. 

A vesícula biliar é um saco membranoso, em forma de pêra. 

É um reservatório alongado, situado na face inferior do fígado (lado direito).É um órgão muscular em que se acumula a bile no intervalo das digestões (até

50 cm³). 

A bile é produzida pelo fígado, passa pela vesícula biliar através de umpequeno tubo chamado ducto cístico.

Os tecidos que constituem as paredes musculares da vesícula biliarconcentram a bile, absorvendo grande parte da sua água e mantêm-na recolhida até oinício do processo de digestão.

Quando estimulada, a vesícula biliar contrai-se e manda à bílis concentradaatravés do ducto biliar até o intestino delgado, auxiliando a digestão. A afecção maisfreqüente da vesícula biliar é a presença de cálculos que ocorrem devido à existência dequantidades excessivas de cálcio e colesterol na bílis.

Órgãos abdominais: Pelve Masculina 

Bexiga  / Ureteres  / Uretra  / Vesículas seminais  / Próstata  / Testículos  /Sigmóide / Reto.

Órgãos abdominais: Pelve Feminina 

Bexiga  / Ureteres  / Uretra  / Útero  / Ovários  / Sigmóide / Reto. 

Bexiga é o órgão humano no qual é armazenada a urina, que é produzidapelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade.

Na bexiga é encontrada a uretra, o ducto que exterioriza a urina produzida peloorganismo. 

O sistema nervoso autônomo parassimpático é o responsável pela contraçãoda musculatura da bexiga, resultando na vontade de urinar. 

A capacidade média de uma Bexiga Urinária de um adulto é de 700 a 800 ml 

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Vesículas seminais e próstata 

As vesículas seminais são duas glândulas que produzem um líquido viscoso,chamado líquido seminal, que vai se misturar à secreção prostática e aosespermatozóides vindos do duto ejaculador, para formar o sêmen. 

A próstata é uma glândula que faz parte do órgão sexual masculino, cujafunção é produzir e guardar um dos fluidos que compõem o sêmen.

Útero e ovários 

O útero é um dos órgãos do aparelho reprodutor nas fêmeas da maioria dosmamíferos, incluindo os humanos. Os ovários são as glândulas sexuais femininas.

Considerações Técnicas para definição do protocolo: 

A escolha das fases a serem realizadas dependerá da clínica do paciente,histórico alérgico, exame anterior, hipótese diagnóstica e características do tomógrafo. 

Uma fase pré contraste é realizada independente do protocolo a ser executado.

Realização do exame: 

Fase pré-contraste (somente contraste por via oral). 

Fase pós-contraste

- fase arterial: 20 - 30 segundos. 

- fase portal: 50 - 90 segundos (pico 70 seg.). 

- fase de equilíbrio: 120-240 segundos.  - fase tardia: acima de 5 minutos. 

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