Introdução a cbu

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA Disciplina: Introdução ao Controle Bibliográfico Docente: Andrielle de Aquino Marques Campus Universitário - Av. Gen. Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000, Manaus - Am. - 69077-00 - Fone 3647-4386 Controle Bibliográfico Universal

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONASINSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRASDEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIADisciplina: Introdução ao Controle BibliográficoDocente: Andrielle de Aquino MarquesCampus Universitário - Av. Gen. Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000, Manaus - Am. - 69077-00 - Fone 3647-4386

Controle Bibliográfico Universal

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HISTÓRICO

O Controle Bibliográfico Universal existe desde a antiguidade;Até a invenção da imprensa, a produção de livros era limitada;As bibliotecas tinham condições de reunir coleções praticamente completas, como foi o caso da famosa biblioteca de Alexandria, fundada por Ptolomeu I (367/366 ou 364-283/282 a.C.), cujo objetivo era adquirir livros do mundo inteiro;

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Controle Bibliográfico

– "Pressupõe um domínio completo sobre os materiais que registram o

conhecimento, objetivando sua identificação, localização e obtenção"

(Campello e Magalhães, 1997)

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Histórico

As bibliotecas foram as primeiras instituições responsáveis pelo controle bibliográfico;Calímaco (305 – 240 a. C.), poeta e bibliotecário grego, é o marco na história do controle bibliográfico;Catálogo da Biblioteca de Alexandria, ocupava 120 rolos de papiro e, embora fosse seletivo, representava uma grande parte do acervo dessa biblioteca;

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Surgimento das Bibliografias

Com o aumento da produção de livros, surgiram as bibliografias;Bibliografias Instrumentos bibliográficos independentes das bibliotecas, elaboradas principalmente por indivíduos interessados na organização do conhecimento e por instituições voltadas para determinados ramos de saber, como as sociedades científicas e as associações profissionais.

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Conrad Gersner (1516 – 1565), bibliógrafo suiço que publicou, em 1545, a Biblioteca Universalis;Bibliógrafo responsável pela elaboração da bibliografia.Biblioteca Universalis Um dos marcos da história da bibliografia, que listava apenas as obras publicadas em latim, grego e hebraico, tinha quinze mil títulos de cerca de três mil autores que listou.

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Século XVIII inglês Michael Maittaire (1668 – 1747) e pelo alemão Gottlieb Georgi;Século XIX francês Jacques – Charles Brunet (1780 – 1867), cuja obra foi suplementada por Johann Georg Theodor Graesse (1814 – 1885).

Os Grandes Bibliógrafos

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Objetivo

Promover um sistema mundial de controle e permuta de informações bibliográficas, de modo a facilitar a disseminação, a nível nacional e internacional de dados bibliográficos sobre todas as publicações editadas em todos os países.

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O projeto mais ambicioso foi, provavelmente, o estabelecimento, em 1895, o Instituto Internacional de Bibliografia, em Bruxelas, com o objetivo de reunir toda a produção bibliográfica mundial, na forma de um catálogo em fichas que indicaria também a localização das obras.

Instituto Bibliográfico Internacional

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Devido as dificuldades financeiras, o Instituto transformou-se na Federação Internacional de Documentação - FID.As primeiras tentativas de Controle Bibliográfico, formam um conjunto desestruturado de iniciativa individuais e trabalho voluntário, resultante de circunstâncias fortuitas de tempo, lugar, materiais ou recursos que estivessem disponíveis no momento.

Instituto Bibliográfico Internacional FID

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O Surgimento dos Periódicos Científicos

Até o século XVII, o conhecimento era disseminado somente na forma de livros; Com o crescimento da ciência experimental, surge um novo produto voltado para a difusão dos conhecimentos, esse produto chama-se: periódico científico;O primeiro periódico científico chama-se: Journal des Sçavans, sendo que posteriormente passou a ter caráter literário.

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Outros Tipos de Publicações

Após o periódico, surgiram outros tipos de publicações, tais como:Relatórios Técnicos;Trabalhos de Congressos;Documentos Oficiais;Materiais não Bibliográficos;Comunicação e publicação eletrônicas.

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A Institucionalização do Controle Bibliográfico

Em virtude das diversidades de registros, trouxeram novos problemas e a busca de outras soluções, que tornam cada vez mais complexo o controle da produção intelectual, com isto surgiu a institucionalização do Controle Bibliográfico.

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Desde a década de 70, a UNESCO, juntamente com a Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliográficas (IFLA) vem desenvolvendo um programa conhecido como Controle Bibliográfico Universal (CBU).

A Institucionalização do Controle Bibliográfico

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Objetivos do Controle Bibliográfico

Reunir e tornar disponíveis, de maneira eficiente, os registros de produção bibliográfica de todos os países, concretizando em uma rede internacional de informação.

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Cada país é responsável pela descrição bibliográfica e divulgação das publicações nele originadas, por meio da bibliografia nacional, instrumento - chave do controle bibliográfico.Bibliografia Nacional Lista de publicações de um país.Para se obter sucesso no Controle Bibliográfico Nacional, é importante manter um elo cooperativo entre bibliotecas, agência bibliográfica nacional (ABN), indústria e comércio livreiros.

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Atualmente o CBU, liderado pela IFLA, está acoplado ao International MARC, com o nome de Universal Bibliographic Control and International MARC (UBCIM), o que reflete a importância fundamental da padronização bibliográfica para os objetivos do CBU.

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Conceito do Controle Bibliográfico Universal

O CBU deve ser entendido como um programa com objetivos de longo alcance e cujas atividades levarão a formação de uma rede universal de controle e intercâmbio de informações bibliográficas. O controle bibliográfico deve começar em nível local, precedendo qualquer tentativa em nível universal.

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Componentes Básicos do CBU

São os países que devem integrar-se para formar o sistema universal.

Dois Aspectos Fortemente Enfatizados no CBU

O reconhecimento de que cada país está mais para identificar e registrar sus produção editorial;A aceitação, pelos países, de normas internacionais para o registro da descrição de sua produção bibliográfica.

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ABN

As recomendações traçadas pelos órgãos coordenadores do programa que constituem, portanto, diretrizes que facilitarão aos países alcançar os objetivos do CBU que, para ser viabilizado, depende de uma agência bibliográfica nacional (ABN).

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ABN

ABN É a estrutura responsável pela coordenação dos mecanismos que, implementados em âmbito nacional, facilitam os processos de capacitação e registros bibliográficos dos documentos, possibilitando o acesso eficiente às informações produzidas no país.

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Mecanismos da ABN

Depósito legal;Os registros que reunidos formam a bibliografia nacional;As normas que proporcionam a uniformização dos registros (ISDs);Os números de identificação de documentos (ISBN e ISSN);Os programas de catalogação na publicação (CIP);Disponibilidade de publicações (UAP).

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Abordagem Sociológica

O controle bibliográfico pressupõe um domínio completo sobre os materiais que registram o conhecimento, objetivando sua identificação, localização e obtenção.Acredita-se que o conhecimento alcançado pela humanidade é importante e deve ser colocado à disposição de toda a sociedade, é necessário planejar um sistema de controle que seja organizado de forma a permitir a efetiva utilização da massa informacional de todos os interessados.

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Os Níveis do Controle Bibliográfico:

Shera descreve os níveis do controle bibliográfico: Geral, Particular e Interno.Geral Refere-se ao controle dos registros do conhecimento que interessam à nação como um todo.Nível Particular Ocorre a partir do momento em que determinado grupo de indivíduos, com interesses específicos, demanda um tipo especial de controle bibliográfico para atender às necessidades informacionais do próprio grupo e que são diferentes da comunidade em geral.

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Os Níveis do Controle Bibliográfico:

Nível Interno Refere-se ao papel desempenhado por bibliotecas ou outros tipos de agência de informação que, no âmbito das organizações a que servem, controlam as informações de interesse específico dessas organizações.O Controle Bibliográfico pressupõe um sistema planejado e articulado que envolve comunicação dentro de um grupo especialistas, entre vários grupos de especialistas e público leigo.

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Acessibilidade Bibliográfica e Acessibilidade Física

O Controle Bibliográfico incorpora os conceitos de acessibilidade bibliográfica e acessibilidade física.O Controle Bibliográfico ampara-se em dois instrumentos básicos:A Bibliografia Nacional e Biblioteca Nacional.

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Acessibilidade Bibliográfica e Acessibilidade Física

Bibliografia Nacional Permite a acessibilidade bibliográfica, isto é, a identificação do documento;

Biblioteca Nacional Tendo função de preservar toda a produção intelectual do país, proporciona acessibilidade física, isto é, a localização e obtenção do documento propriamente dito.

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Controle Bibliográfico e as Novas Tecnologias: acessibilidade física

A tecnologia da informação, que possibilita a interligação eletrônica dos acervos de bibliotecas e de serviços bibliográficos em rede mundial, apresenta uma nova perspectiva para o CBU.As bases de textos que começam a aparecer na Internet, tornarão irrelevante a diferença entre acessibilidade bibliográfica e acessibilidade física, que são conceitos importantes na visão tradicional do controle bibliográfico.

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Controle Bibliográfico e as Novas Tecnologias

Sistemas abrangentes, que reúnem milhões de registros bibliográficos e extrapolam fronteiras geográficas, estão hoje disponíveis na Internet. Facilitam para o usuário o acesso à informação, sem se preocupar com aspectos relacionados à preservação de herança cultural.

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Mecanismos de Controle Bibliográfico

Sistema Calco Catalogação Legível por Computador.

Elaboração dos Manuais para monografia e publicações seriadas na Biblioteca Nacional.

Bibliodata Projeto de automação das Bibliotecas da Fundação Getúlio Vargas.

No desenvolvimento do Sistema Calco, o CPD e a Biblioteca da FGV, identificaram vários subsistemas, entre eles o de catalogação cooperativa.

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Os Benefícios de uma Central de Catalogação

Infra – estrutura capaz de atualizar a catalogação das bibliotecas brasileiras, com economia de tempo e mão-de-obra;

Evitar a duplicação de trabalho, inclusive a nível internacional; Obter bibliografias especializadas, catálogos coletivos de

monografias e periódicos, facilitar o empréstimos entre bibliotecas, a localização de obras para consulta no país, a execução de projetos de aquisição planificada.

Possibilitar a permuta de informação em nível nacional e internacional.

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Outros Mecanismos do Controle Bibliográfico

Descrição Bibliográfica Internacional Contribuirá para que os produtos gerados pela BN possam ser permutados com outras agências nacionais, sem problemas de compatibilidade, já que são processados por computador;

ISBN Que é atribuído pela Biblioteca Nacional aos livros que estão sendo lançados no mercado e que permitirá aos responsáveis pela coleta do material a sua identificação, servindo de alerta para o Depósito Legal;

ISSN Atribuído às revistas nacionais pelo IBICT, que servirá de alerta aos responsáveis pelo controle das publicações seriadas da BN..

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Atividade de Complementação

Faça uma análise comparando a estrutura da Internet com o modelo proposto por Shera para o controle bibliográfico. Para isso, identifique as características, vantagens e desvantagens dos dois modelos, concentrando sua análise na situação no Brasil.