Informativo HSC

12
Informativo Novos projetos marcam 2011 Os 103 anos do Hospital Santa Cruz 06 e 07 09 Cirurgias Cardíacas Maio / Julho de 2011 - edição nº02 Páginas 02 e 03 HSC aguarda credenciamento pelo SUS

description

Informativo elaborado para o Hospital Santa Cruz, de Santa Cruz do Sul.

Transcript of Informativo HSC

Page 1: Informativo HSC

Informativo

Novos projetos marcam 2011

Os 103 anos do Hospital Santa Cruz06

e 0

7

09

Cirurgias Cardíacas

Maio / Julho de 2011 - edição nº02

Páginas 02 e 03

HSC aguarda credenciamento pelo SUS

Page 2: Informativo HSC

Informativo

ExpedienteO jornal Informativo HSC é uma publicação do Hospital Santa Cruz Rua Fernando Abott, 174, CEP 96810-072Santa Cruz do Sul - Telefone (51) 3713-7410. E-mail: [email protected] site: www.hospitalstacruz.com.br Comitê editorialLéo Kraether Neto (diretor-geral), Tatiana Kurtz (diretora do corpo clínico), Egardo Orlando Kuentzer (diretor administrativo), Leandro Bizarro Müller (diretor técnico), Fernando Wegner (gerente assistencial), Eliane Cauduro (gerente de controladoria) e Carine Bianca Ferreira Nied (coordenação de humanização e acolhimento)

CoordenaçãoAssessoria de Comunicação do HSC - Luciano Pereira, MTb 9234; e Case Marketing - Jacson Miguel Stülp - MTb 9296Redação: Luciano Pereira e Renan SilvaFotos: Júnio Nunes e Assessoria de Comunicação do HSCRevisão: Adriana MellosProjeto Gráfico e comercialização: Case Marketing - 3056-2840, 8164-0019 - [email protected] Circulação: 2 mil exemplares

O primeiro passo para que o Hospital Santa Cruz (HSC) se torne referência em cirurgias cardíacas foi dado na tarde do dia 20 maio. Uma equipe composta de médicos, anestesistas, enfermeiros e fisioterapeutas, coordenada pelo cirurgião Ro-meu Bertoia, realizou a primeira cirurgia cardíaca da história de Santa Cruz do Sul. O feito permitiu ao hospital, por meio da Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc), dar início ao seu processo de credenciamento para cirurgias cardíacas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A paciente, a santa-cruzense Maria Inês Penteado Bach-mann, 68 anos, foi diagnosticada pelo cardiologista Abdala Hamid com uma doença chamada estenose aórtica, que só pode ser curada com a cirurgia no coração, quando normal-mente se substitui a valva cardíaca (ou válvula cardíaca) por uma prótese valvar. Orientada pelo médico, que também é o responsável pela implantação da cardiologia no HSC, ela optou por realizar a operação em Santa Cruz do Sul. O procedimento foi custeado pela Apesc/HSC.

Segundo o cirurgião Romeu Bertoia, a estruturação do HSC visando a complexidade SUS em cirurgia cardíaca teve início há um ano. Para isso foi investido R$ 1,2 milhão em equipamentos e material, além de capacitação da equipe multidisciplinar. O objetivo é obter o credenciamento para cirurgia cardíaca, cirurgia vascular periférica, procedimentos endovasculares, cardiologia intervencionista e eletrofisiologia, beneficiando a 8ª e a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, que representam cerca de 550 mil habitantes dos vales do Jacuí e do Rio Pardo.

“Negociamos com a Secretaria Municipal de Saúde a possibilidade de estabelecer um teto mensal de cirurgias enquanto o processo de credenciamento estiver em anda-mento”, adiantou Bertoia. “Com a efetivação do processo, o HSC completará um ciclo, atingindo todos os níveis de aten-dimento na área da cardiologia”, complementou o gerente assistencial do HSC, Fernando Wegner.

Editorial

Em abril deste ano aceitei, com muito orgulho, o convite do presidente da Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc), Vilmar Thomé, para assumir o desafio de dirigir o maior hospital da região: o Hospital Santa Cruz. Desafio que se transforma em motivação e vontade de fazer sempre o melhor pela saúde da população, com o apoio de uma equipe igualmente comprometida e capacitada.

E para estrear nesta coluna de o Informativo do HSC eu gostaria de relembrar o ano de 2003, especialmente o dia 30 de junho, data em que a comunidade de Santa Cruz do Sul e região seria surpreendida com o anúncio da aquisição do HSC pelos “comunistas” da Unisc (termo mais republicano que encontrei, vindo da visão de minha querida avó, católica fervorosa, viva e lúcida). No imaginário dela todos os símbolos da Igreja Católica, a partir de então, iriam desaparecer dos lugares de destaque do hospital. E o local erguido seguramen-te pelo seu próprio empenho e de pessoas da comunidade seria agora do mal.

Lembro-me muito bem do empenho dispendido para demovê-la dessa falsa impressão, mas que absolutamente deveria compreender, por se tratar de uma convicção pessoal. E assim como ela, quantas outras avós não estariam com a mesma angústia na época. Mas é aí que chamo a atenção dos leitores para o diferencial. Meu esforço tinha gás de sobra, pois sempre estive comprometido 100% com a instituição Unisc. A missão demoraria, mas teria o efeito desejado, mesmo sendo difícil: mudança no imaginário.

Alguns anos depois, 2011 tornou-se um novo marco de mudanças no HSC. Mudanças, ao meu ver, muito maiores que a simples retirada de quadros e símbolos. A proposta em pauta é a transformação inequívoca do HSC em Hospital de Ensino. O diferente, quando comparado ao anterior, é que servirei de exemplo, mas novamente 100% comprometido com o projeto institucional, assim como no passado. Ressalvo, apenas, como impressão pessoal, que o resultado final será facilitado, pois a favor de nós teremos muitos.

Como linhas gerais de condução da minha gestão, ao lado da minha equipe, eu gostaria de destacar a transparência irrestrita de comissões, resultados financeiros e processos, as relações interpessoais pautadas sem hierarquização abusiva, a qualidade e a competência na assistência. Além disso, a tranquilidade em absorver manifestações do con-trole social (leia-se aí sociedade), a vigilância constante pela sustentabilidade e o bom-senso e seriedade, que são duas grandes virtudes.

Aqueles que ainda não me conhecem, espero ter o prazer de manter um bom papo e convivência. Tenho certeza de que, assim, juntos e comprometidos, iremos todos alcançar os nossos objetivos em comum e fazer parte dessa história.

pág. 02 EDITORIAL

Leo Kraether NetoDiretor-geral do Hospital Santa Cruz HSC realiza primeira

cirurgia cardíaca na região

SEGUE PÁG. 3

Luciano Pereira

Informativo

Page 3: Informativo HSC

Informativo

Antes da cirurgia, Maria fez apenas um pedido ao cirurgião Romeu Bertoia. “Ela disse que queria viver para completar 50 anos de casamento”, contou o médico. Casada há 48 anos com Aurélio José Bachmann, Maria tem 15 filhos. O marido elogiou o atendimento e o acolhimento à família durante e após a cirurgia.

“Deu tudo certo, perfeito, não há o que reclamar”, afirmou Bachmann. “De hora em hora recebíamos informações da equipe de enfermagem sobre o andamento da cirurgia”, completou a filha Adriana, 40 anos.

A recuperação da paciente, conforme o cirurgião, transcor-reu dentro da normalidade. Maria recebeu alta do hospital em dez dias. “Quero voltar a trabalhar”, disse a paciente.

Sobre a doença, Bertoia alertou que os pacientes podem não ter nenhum sintoma até um estágio mais avançado, quando costumam desenvolver falta de ar, dor no peito, palpitações e desmaios. “A aorta é a maior artéria do corpo humano e se origina diretamente do coração”, acrescentou. “Quando o sangue é bombeado pelo ventrículo esquerdo, ele passa pela válvula aórtica para ser ejetado para toda a circulação sistêmica.”

Na estenose aórtica, explicou o médico, a válvula não se abre completamente, o que restringe o fluxo de sangue, podendo acarretar má perfusão cerebral, das artérias cardíacas (co-ronárias) e de outros órgãos do corpo humano. Para realizar a cirurgia da paciente Maria foi necessária, após a abertura do osso esternal e da cavidade pericárdica, a instalação de uma máquina de circulação extracorpórea, responsável por assumir a função do coração e do pulmão durante a cirurgia. Após, com o coração parado e sob uma temperatura corporal de 32 graus, a válvula aórtica foi ressecada e implantada uma prótese constituída de pericárdio bovino.

A cirurgia

Informativo

BLOCO CIRÚRGICO pág. 03

O Hospital Santa Cruz já realizou outras duas cirurgias cardíacas, também coordenadas pelo cirurgião Romeu Ber-toia. No dia 10 de junho foi efetuada uma revascularização do miocárdio, também conhecida como ponte de safena. O paciente tem 55 anos e é do sexo masculino. Foram colocadas duas safenas e uma mamária.

Uma nova revascularização do miocárdio foi feita no dia 8 de julho, com um paciente de 59 anos. Nesse caso foram co-locadas três safenas e uma mamária. De acordo com Bertoia, os pacientes apresentaram boa evolução pós-operatória e receberam alta na semana seguinte às suas cirurgias. A partir de agora, o HSC está apto a realizar cirurgias cardíacas por diversos convênios, e aguarda apenas o credenciamento pelo SUS para cirurgias cardíacas de alta complexidade.

Outros procedimentos

Page 4: Informativo HSC

Informativo

pág. 04 OPORTUNIDADE

No mês de fevereiro o Hospital Santa Cruz (HSC) recebeu seis novos médicos residentes. Eles juntaram-se aos oito residentes que já atuam no HSC desde 2010. Os novos profissionais vieram preencher as vagas nas cinco áreas de residência oferecidas na instituição. Mas, afinal, qual a função de um residente? Qual a sua importância dentro de um hospital? Como são escolhidos?

“Residência é a especialização do médico.” É o que salienta o coordenador das residências médicas no HSC, Dr. Leandro Assmann. Segundo Assmann, durante essa especialização o residente atende pacientes em níveis hospitalar e ambulatorial. “A especialização se dá em forma de treinamento em serviço. O médico residente já colou grau em medicina, é médico generalista e agora está fazendo sua especialidade.”

Para os residentes de clínica médica Rafael Cezar Va-lentini e Rui Gustavo Dorneles, o programa é uma grande oportunidade de aprendizado. No HSC, eles acompanham os pacientes internados à clínica médica na Enfermaria São

Francisco, atendem em ambulatório e realizam avaliações clínicas de pacientes internados para outras especialidades. “Trabalhamos todos os dias da semana, das 8h às 17h, além de um plantão noturno por semana e todo sábado e domingo, no turno da manhã.”

Além da importância para os recém-graduados em me-dicina, que recebem a oportunidade de especializar-se, o programa de residências possui um caráter especial para a população. A presença de residentes no hospital ajuda a qualificar o atendimento aos santa-cruzenses. De acordo com Leandro Assmann, a presença dos residentes “alavan-ca aspectos relacionados ao ensino e à pesquisa, além de qualificar indiretamente todo o corpo clínico, induzindo à atualização e ao aperfeiçoamento dos profissionais.”

Outro ponto muito relevante está no que diz respeito à qualificação do Hospital Santa Cruz como hospital de ensino. Assmann lembra que “um dos requisitos fundamentais de um hospital de ensino é a presença de residentes dentro de um hospital”. Dessa forma, como conclui o médico, “sem residência médica não há hospital de ensino”.

Residências médicas oferecem oportunidade de aprendizado

Renan Silva

Page 5: Informativo HSC

Informativo

Preceptores Assmann ainda esclarece que o atendimento efetuado pelos residentes se dá sob a orientação de seus precep-tores. Os preceptores são médicos especialistas em suas respectivas áreas de atuação. São eles os responsáveis pela orientação de residentes e doutorandos durante a formação. São vários profissionais em cada especialidade, todos pertencentes ao corpo clínico do HSC. Cada residência possui um coordenador dentre seus preceptores. A Dra. Tatiana Kurtz coordena a residência de Pediatria, a Dra. Suzana Muller a de Cirurgia Geral, o Dr. Leandro Muller é o coordenador da residência de Clínica Médica, o Dr. Anderson Boca da Medicina de Fa-mília e Comunidade e o Dr. Leandro Assmann coordena a residência de Ginecologia e Obstetrícia.

Seleção A seleção dos residentes do HSC é realizada por meio de uma prova que abrange conhecimentos gerais da área médica, além de entrevista e análise de currículo. O tempo de duração de uma residência varia de acordo com a especialidade. No Hospital Santa Cruz são ofe-recidas cinco áreas: Ginecologia e Obstetrícia (3 anos), Clínica Médica (2 anos), Cirurgia Geral (2 anos), Pediatria (2 anos) e Medicina de Família e Comunidade (2 anos).

OPORTUNIDADE pág 05

Clínica Médica: Liliam Dalla CorteRafael Botelho FoerngesRui Gustavo P. Nenê DornelesRafael Cezar Valentini

Cirurgia Geral: Mário Antônio FerrariDouglas Rafael BelingMarcelo Beck GuimarãesBruna Seleme

Ginecologia e Obstetrícia: Bárbara Lambert

Medicina de Família e Comunidade: Clauceane Venzke ZellFelipe Pomatti Chedid LisboaBruno Scaglioni AmaralDeise Simone Serafini

Pediatria: Clarissa Aires RozaRes

iden

tes

do H

SC

Page 6: Informativo HSC

Informativo

O Hospital Santa Cruz vive um período de inten-sas mudanças. São projetos realizados, planos para o futuro e o trabalho diário para cuidar da saúde dos santa-cruzenses. O ano de 2010 foi marcante para a família HSC. Foi o ano em que a instituição conquistou seu novo Centro Obstétrico (CO). Com a verba de R$ 420 mil repassada pelo Estado, a reforma do CO é um claro exemplo de modernização e aprimoramento das estruturas do Hospital Santa Cruz.

Em 2011 não será diferente. Algumas obras já se iniciaram e estão a todo o vapor. Quem circula pelo 2º andar pode conferir o movimento em torno da reforma dos quartos, sala de espera e sala de banho do recém-nascido. O Same (Serviço de Arquivo Médico e Estatístico) é outra área que está de cara nova, localizado no pátio interno do HSC, próximo da manutenção. Além disso, no mês de maio, o projeto de reabilitação pulmonar também ganhou um novo espaço, mais amplo e moderno, próximo da lancheria.

Nos próximos meses será lançada a campanha pela captação de recursos para a construção da nova UTI. O projeto ganhou força no fim do ano passado, com o desenvolvimento das primeiras reuniões. O objetivo agora é obter R$ 6,5 milhões para a construção do setor em uma área nova, compra de equipamentos, móveis e contratação de profissionais. Com a reforma, a UTI Adulto do Hospital Santa Cruz vai dobrar sua capacidade de atendimento, de oito para 16 leitos, além de disponibilizar um ambiente maior e mais humanizado para a assistência.

O hospital também aguarda a visita de uma comissão de avaliação do Ministério da Saúde ainda em 2011. A expectativa é de que o HSC seja credenciado como hos-pital de ensino até o fim do ano. De acordo com a direção da casa de saúde, na prática, o HSC já atua como um hospital de ensino, aguardando apenas a formalização perante o governo.

pág. 06 MANCHETE

Projetos marcam o ano do HSC

Nova sala do projeto de reabilitação pulmonar

Same também ganhou novo espaço

Informativo

Projetos marcam o ano do HSC

Page 7: Informativo HSC

Informativo

Projetos marcam o ano do HSC

Informativo

MANCHETE pág. 07

Mas em meio a tantos projetos é possível destacar uma das maiores obras deste ano: a reforma da Ala São Francisco. Destinada ao atendimento e à internação de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), a unidade conta atualmen-te com 44 leitos. A obra foi lançada oficialmente no dia 2 de maio. Após sua conclusão, a área física do setor passará a ter 1.743,50m². A ampliação da infraestrutura garantirá mais conforto a pacientes e familiares. Todas as enfermarias serão contempladas com ventiladores e banheiro privativo para uso dos pacientes. Atualmente, o sanitário fica no corredor.

A reforma iniciou-se pela antiga residência das irmãs, área

que atualmente não é utilizada. Mas, para a conclusão da obra, a rotina do setor será modificada. Conforme o gerente assistencial do HSC, Fernando Wegner, “após o término dessa fase, os atendimentos serão transferidos para aquela área (já reformada), para então finalizar a atual área de atendimento”.

É importante frisar que o apoio dos governos municipal e estadual é extremamente importante para que se realize a captação do restante dos investimentos. Estima-se que o valor necessário para a conclusão da obra seja de aproxima-damente R$ 1,2 milhão. Até o momento foi captado um total de R$ 550 mil, proveniente de consulta popular.

Projetos marcam o ano do HSC

Ala São Francisco

Page 8: Informativo HSC

Informativo

Um hospital diferenciado

pág 08 REFERÊNCIA

Não é novidade que aca-dêmicos da área da saúde circulam de forma constante pelos corredores do Hospital Santa Cruz. O espaço cedido aos alunos eleva a qualidade do futuro profissional e propor-ciona um grande reforço para a assistência médica. Mas a instituição quer ir além. Mais do que auxiliar a academia, o HSC almeja tornar-se um centro de referência na formação de profissionais da saúde. Para isso, conta com uma verdadeira força-tarefa promovida pela Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc).

Toda essa movimentação tem um único objetivo: ser credenciado como hospital de ensino. O reconhecimento

colocaria o Hospital Santa Cruz no estágio mais elevado que uma instituição desse tipo pode atingir. Hospitais de ensino são instituições hospitalares onde pode-se praticar atividades curriculares na área da saúde. Seu perfil é diferenciado em relaçã-o a um hospital comum, pois prioriza a união da assis-tência com a educação. Dessa forma, além de oferecer seus serviços à população, a casa de saúde também precisa incluir projetos de ensino nos níveis de graduação e de pós-graduação, extensão e pesquisa.

Para receber o reconheci-mento de Hospital de Ensino, o HSC deve cumprir três requi-sitos básicos, estabelecidos pela Portaria nº 2.400, de 2 de outubro de 2007. O primeiro é

realizar, no mínimo, 60% de seus atendimentos pelo Sis-tema Único de Saúde (SUS). No HSC, atualmente, 68% dos pacientes são atendidos pelo SUS. O segundo requisito exige que todos os alunos do curso de Medicina passem por um estágio em pelo menos uma das cinco áreas básicas (medi-cina de família e comunidade, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia, clínica médica e pediatria). Hoje, o hospital disponibiliza estágio aos aca-dêmicos na área de ginecologia e obstetrícia. O último requisito é que em pelo menos duas das cinco áreas básicas seja oferecido residência médica. O HSC oferece residência em todas elas.

Visitação Mas então, se a instituição

cumpre com todas as normas estabelecidas, por que o Hos-pital Santa Cruz ainda não é reconhecido como hospital de ensino? De acordo com o diretor acadêmico do HSC, Leo Kraether, o processo atra-sou no âmbito do Ministério da Saúde. Reestabelecido o processo de credenciamento, o Hospital aguarda agora a vi-sita da comissão de avaliação dos ministérios da Saúde e da Educação, prevista para este semestre.

Nesta fase, especialistas

virão a Santa Cruz do Sul para visitar as instalações do Hospital. Após a análise. Após a análise, a comissão deve emitir um parecer público que definirá se o HSC será ou não reconhecido como hospital de ensino. O diretor acadêmico lembra que essa credencial não é definitiva. “A cada dois anos está prevista uma nova verificação para ver se o hos-pital mantém a credencial de hospital de ensino.” Mas o que ele realmente destaca é a importância da transparência. “A transparência de um hospital de ensino deve ser irrestrita”, reforça Kraether.

Para fazer essa fiscalização, a Portaria nº 2.400 também estabelece que sejam consti-tuídas “comissões assessoras obrigatórias” dentro de cada instituição. São 11 comissões no total, coordenadas por inte-grantes da própria instituição. “Elas serão as vigilantes e devem estar interligadas.” No Rio Grande do Sul, apenas oito casas de saúde possuem essa distinção. A credencial provocaria um grande salto de qualidade para a instituição. “Vamos contar aqui com perfis diferenciados. Esse será nosso grande salto”, salienta Kraether. E complementa: “Muda o perfil do atendimento. A assistência realizada aqui será de uma complexidade muito maior.”

Renan Silva

Informativo

Page 9: Informativo HSC

Informativo

Principal centro de saúde do Vale do Rio Pardo, o Hospital Santa Cruz (HSC) completou 103 anos de existência no dia 22 de maio. Fundada em 1908, a instituição não possui fins lucrativos e foi a última mantida a ser integrada à Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc), em 2003.

Atualmente, o HSC conta com 189 leitos disponíveis à comunidade, aproximadamente 190 médicos em seu corpo clínico e uma equipe de 717 funcionários. Realiza atendimentos a pacientes internados e ambula-toriais, principalmente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e oferece serviços de diagnóstico e tratamento com procedimentos inéditos na região.

Em 2010, o hospital teve uma média mensal de 811 internações e mais de 15 mil atendimentos ambulatoriais. Realizou, também, uma média de 571 cirurgias por mês e 117 partos e foram fornecidas 26,5 mil refeições, com 68% de atendimentos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2010.

No mesmo ano, o Hospital Santa Cruz foi reconhecido como o melhor hospital da 13ª Coordenadoria Regio-nal de Saúde, segundo pesquisa de satisfação efetuada pela Secretaria Estadual de Saúde com usuários do SUS atendidos em todo o Rio Grande do Sul. A avaliação mede o grau de satisfação dos usuários com relação à qualidade da assistência prestada pelas equipes de saúde, instalações físicas e equipamentos das instituições, e teve como foco 24% dos pacientes internados por mês, considerando que no período de setembro de 2009 a junho de 2010 foi computado mais de um milhão de internações no Estado.

Com forte atuação nas comuni-dades onde está inserido, o HSC

HOSPITAL pág. 09

está focado na ampliação das perspectivas para o futuro, desen-volvendo sua função assistencial de forma completamente integrada às atividades de ensino, pesquisa e extensão. Dessa forma, é por meio da disponibilização à comunidade de programas, projetos sociais, comitês e comissões desenvolvidos por equipes multidisciplinares que o hospital atua, em caráter perma-nente, na preservação da vida, na promoção da saúde das pessoas e do ambiente, na humanização dos processos, na segurança e no desenvolvimento.

Para atender aos requisitos necessários para se tornar um hospital de ensino, além da estrutura assistencial já consolidada perante a comunidade, o HSC conta com docentes e acadêmicos dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição, Farmácia, Odontologia, Medicina, Psicologia, Serviço So-cial, Comunicação Social, Ciências Contábeis, Administração e outras capacitações da Unisc e do Cepru desenvolvendo atividades direta-mente relacionadas à assistência de pacientes atendidos no HSC. Em 2010, 1.083 acadêmicos da Unisc realizaram atividades de estágio, aulas práticas, pesquisa e extensão em diversas áreas de conhecimento. Além disso foram desenvolvidos 52 projetos de pesquisa e extensão.

Conforme o presidente da Apesc e reitor da Unisc, Vilmar Thomé, a qualificação da saúde em Santa Cruz do Sul é tão grande, hoje, que se trabalha com municípios vizinhos querendo desfrutar essa qualificação. “Esse é o papel que a Unisc e o HSC têm que de-sempenhar, indo ao encontro do atendimento das necessidades da população”, ratifica.

HSC completa 103 anos

PARTICIPAÇÃO EM CONSELHOS

Com expressiva representatividade na comunidade, o Hospital Santa Cruz é o único hospital das regiões dos vales do Jacuí, Rio Pardo e Taquari que integra o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica. A im-portância da instituição para as comunidades local, regional e estadual é reforçada pela participação do HSC em diversos conselhos e associações, como Conselho Municipal de Saúde, Comitê Regional de Humanização, Conselho Municipal Antidrogas (Comad), Fó-rum de Gestão em Enfermagem (Associação Brasileira de Enfermagem - RS), Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Ado-lescente (Comdica), Federação das Santas Casas, Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do RS e do Sindicato do Vale do Rio Pardo (Sindhvarp) e Fórum de Saúde da Unisc. Todo o conhecimento e a experiência agregados pela participação nesses órgãos ficam refletidos nos projetos e programas permanentes desenvolvidos no HSC.

PROJETOS E PROGRAMAS SOCIAIS

Além dos atendimentos médico-hospitala-res a pacientes internados e ambulatoriais, o HSC realiza projetos e programas sociais, de forma permanente, com o intuito de garantir a satisfação das necessidades e a melhoria das condições de vida da comunidade regional. Para isso, o hospital conta com o Grupo de Trabalho de Humanização, o Núcleo de Epi-demiologia, os diálogos em Saúde Mental, o voluntariado, o Ambulatório de Nutrição, com tecnologia digital em radiologia e tomografia computadorizada, o Programa de Reabilita-ção Pulmonar e o Projeto Wii Reabilitação. Na área materno-infantil merecem destaque o Serviço de Incentivo ao Aleitamento Materno (Siama), o Método Mãe-Canguru, o alojamen-to materno e alimentação gratuita a mães (acompanhantes de pacientes pediátricos SUS), a visitação de gestantes, a psicologia clínica e o Programa Bem-Me-Quer.

Page 10: Informativo HSC

Informativo

Brigada de Incêndio realiza treinamento

A Brigada de Incêndio do Hospital Santa Cruz promo-veu simulações de atuação durante o dia 24 de março. O alarme sonoro foi irrompido em dois momentos - às

10h10min e às 16h10min. Em ambos os casos foi acio-nado o alarme da portaria dos fundos, e os brigadistas deslocaram-se até o local. O Corpo de Bombeiros da

cidade também fez parte do treinamento, deslocando-se até o HSC logo após o disparo do alarme.

Comunidade em Foco

pág. 10 COMUNIDADE EM FOCO

HSC recebe doação de roupas de inverno

O Hospital Santa Cruz recebeu a visita de repre-sentantes do Clube Sesc Maturidade Ativa. O grupo, formado por sete mulheres, esteve na instituição na tarde do dia 31 de março para realizar a doação de 17 conjuntos de lã e de dois casacos para a unidade de pediatria do HSC. A entrega do material ocorreu no consultório pediátrico, no térreo do hospital. As roupas foram repassadas à assistente social do Hospital Santa Cruz, Carmem Pfeifer, e serão desti-nadas às crianças internadas na pediatria.

Esteve no hospital a presidente do clube, Liama-ra Kothe, acompanhada por Marlene Frantz, Marli

Ferreira, Maria Beatriz Neves, Lurdes Moraes, Vânia Schmidt e Simone Scholz. O Clube Sesc Maturidade Ativa conta com cerca de 150 sócios que se reúnem

semanalmente. Além das atividades de entreteni-mento realizadas no clube, uma vez por mês o grupo

promove ações sociais, como doação de roupas e fraldas a hospitais.

HSC recebe doação de cadeiras de roda

O Hospital Santa Cruz recebeu, no dia 24 de junho, os representantes do Rotary Club Santa Cruz do Sul - Oeste, Hospital Ana Nery, Hospitalzinho, Asan e Utravarp. Na ocasião, o Rotary realizou a doação de 27 cadeiras de roda às entidades presentes. Desse total, oito foram destinadas ao HSC.

O presidente do Rotary Club Santa Cruz do Sul - Oeste, Roberto Antônio Konzen, ressaltou a importância dos donativos às casas de saúde e lembrou a parceria dos Rotaries da cidade com o Hospital Santa Cruz em outros momentos, como o Costelão Beneficente, promovido em março no Parque da Oktoberfest. A renda do evento foi destinada para a construção da nova UTI Adulto do hospital.

A oportunidade serviu também para que o diretor-geral do HSC, Leo Kraether, apresentasse a nova direção da instituição. Ele agradeceu pela parceria do Rotary Club e afirmou que a casa de saúde está de portas abertas à população, oferecendo assistência de qualidade com base na sustentabilidade.

Segundo Konzen, a mobilização em torno da doa-ção começou há cerca de quatro meses. O projeto foi idealizado pelo Rotary Club Porto Alegre - Beira-Rio, que disponibilizou espaço aos demais Rotaries do Estado que quisessem participar.

Page 11: Informativo HSC

Informativo

As Comissões de Ética Médica foram criadas pelo Con-selho Federal de Medicina mediante a Resolução nº 125/85, de 11 de julho de 1985, a qual determinou aos Conselhos Regionais de Medicina a criação de Comissão de Ética em todos os estabelecimentos ou entidades em que se exerce a medicina nas respectivas jurisdições.

É importante ressaltar que as Comissões de Ética Médica não possuem competência para realizar julgamento, nem estabelecer penalidades nas questões éticas. A Comissão de Ética Médica, ao receber denúncia ou tomar conhecimento de eventual infração ética, deverá instaurar uma sindicância para apuração dos fatos por meio de audiência, devendo lavrar os depoimentos dos denunciantes, dos denunciados e das testemunhas arroladas ou envolvidas, bem como a agregação das provas. Uma vez constatado o indício de infração do Código de Ética Médica, deverá encaminhá-lo ao Conselho Regional de Medicina. Cópia de toda essa documentação deverá ser mantida arquivada.

Informativo

As Comissões de Ética Médica têm papel importante no sentido preventivo com relação ao erro médico, o que poderá ser feito promovendo cursos, palestras, simpósios em educação continuada, podendo contar, para isso, com os recursos disponíveis no Cremers.

A Comissão de Ética é considerada um braço do Cremers, ou seja, é a representação do conselho dentro do hospital.

No Hospital Santa Cruz, a Comissão de Ética é composta de 12 médicos pertencentes ao corpo clínico (seis efetivos e seis suplentes), os quais se reúnem uma vez por mês nas dependências do HSC.

É importante ressaltar que a Comissão de Ética pode ser acionada por qualquer membro do corpo clínico ou pela direção do hospital.

Comissão de Ética do Hospital Santa Cruz

CORPO CLÍNICO pág.11

Atuação das Comissões de Ética Médica

Page 12: Informativo HSC

Informativo

Ambulatório oferece acompanhamento nutricional

ÚLTIMA PÁGINA

Diabetes, hipertensão e obesidade. Essas são apenas algumas das diversas doenças relacionadas à alimentação que afetam, cada vez mais, os santa-cruzenses. Desde o início de 2010 o Hospital Santa Cruz conta com um Ambulatório de Nutrição. O serviço, dispo-nível para toda a comunidade, oferece tratamento a essas e outras doenças alimentares e visa prestar assistência com avaliação nutricional e pla-no alimentar personalizado.

São três as nutricionistas responsáveis pelo ambulatório: Carolina Antunes, Cinara dos Santos e Lígia Costa. Cada uma atende durante uma tarde semanalmente. O ambulatório funciona as segundas, quartas e sextas-feiras, das 13h30 às 16h30, e cerca de 30 pacientes são atendidos por mês. De acordo com Lígia da Costa e Cinara dos Santos, qualquer pessoa pode procurar e usufruir do serviço. “Porém, priori-

zando os atendimentos com encaminhamento do médico ou nutricionista”, ressaltam.

As nutricionistas explicam que pacientes do Sistema Úni-co de Saúde (SUS) precisam de encaminhamento médi-co para o acompanhamento nutricional no Ambulatório. Pacientes particulares não necessitam de encaminha-mento. Basta o pagamento de uma taxa no valor de R$ 30. “Mas todos precisam agendar a consulta na recepção do hos-

Renan Silva

pital”, lembram Lígia e Cinara.Para Carolina Antunes, o

serviço é um diferencial para o HSC. “Não lembro de nenhuma outra instituição na cidade que ofereça acompanhamento nutricional ambulatorial”. Com consultas mensais ou semanais, o tratamento completo não possui uma duração exata. “Depende de cada paciente e da doença que apresen-ta. Temos pacientes há mais de seis meses em tratamen-to”, reforçam Cinara e Lígia.

A maior parte dos pacientes atendidos no ambulatório são encaminhados pós alta hospita-lar para que recebam orientação sobre sua alimentação. Também são acompanhados pacientes pós-cirurgia bariátrica e pacien-tes pediátricos com problemas de intolerância à lactose ou em uso de sonda para a alimen-tação. Pacientes particulares que procuram o ambulatório sem indicação médica, normal-mente buscam orientação para uma reeducação alimentar.