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íNDIO E NEGRO NA MESMA LUTA O CENTRO PROMOVE Dias 18 e 19 de abril - o filme "XINGU" Dia 20 de abril - o áudio-visual "JAVARI" Nesses dias teremos a venda de livros,car- tazes, etc. LOCAL : ASSOCIAÇÃO DOS MUTUÁRIOS E MORADORES Av Estanislau de Caupos, 385 HORÁRIO: is 20 hs. NÃO PERCAM Para o indio a terra, a taba, a roça, a caça tudo é de todos, sim senhor todos conforme diz o criador de todo... nao usa o poder não que ter propriedade Beleza na pele cor de festa,o dia adereços endereços de sabedoria DEIXE O ÍNDIO LIVRE DEIXE O ÍNDIO (extraído do disco mutirões —NESTE OTMERO SAÚDE E SALÁRIO ASSINDIC E ELEIÇÃD-SP TEATRO POPULAR EDUCAÇÃO RESSURREIÇÃO NA LUTA

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íNDIO E NEGRO

NA MESMA LUTA

O CENTRO PROMOVE Dias 18 e 19 de abril - o filme "XINGU"

Dia 20 de abril - o áudio-visual "JAVARI"

Nesses dias teremos a venda de livros,car- tazes, etc.

LOCAL : ASSOCIAÇÃO DOS MUTUÁRIOS E MORADORES

Av Estanislau de Caupos, 385 HORÁRIO: is 20 hs.

NÃO PERCAM

Para o indio a terra, a taba, a roça, a caça tudo é de todos, sim senhor todos conforme diz o criador de todo... nao usa o poder não que ter propriedade Beleza na pele cor de festa,o dia adereços endereços de sabedoria DEIXE O ÍNDIO LIVRE DEIXE O ÍNDIO NÚ

(extraído do disco

mutirões

—NESTE • ■OTMERO

SAÚDE E SALÁRIO

ASSINDIC E ELEIÇÃD-SP

TEATRO POPULAR

EDUCAÇÃO

RESSURREIÇÃO NA LUTA

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COMUNICAÇÃO POPULAR

IP OF1DX AIR

A gente tem muita poucas1

oportunidades de ir a um tea tro e quando aparece uma o portunidade a gente vai, sen ta, assiste, vai embora e ra ramente a comenta "aquilo qje—

viu. Houve, coiíiunicaçào aí ?? A proposta do teatro popu.,

lar e essa favorecer o dia~ logo, a comunicação de forma que ela possa assistir e de- bater. Participar ! Ele pro- cura dar pistas para possível soluções para os problemas ' sociais: desemprego, moradia e exploração que advem dai.

Tudo isso através de mui- ta expressão corporal, onde' as pessoas se identificam , com a Maria explorada ou cem a Amélia acomodarei, até cem o João que veio do Norte ten tar a vida na cidade grande.

0 teatro popular cria ce- nas em que as pessoas larti- cipam debatendo a respeito de que esta sendo mcstraao. A partir dai cria-se a organi- zação do povo que e o obje- tivo deste tipo de teatro.

Alan do teatro feito con pes- soas, existe tarbém o teatro feito con bcneoos, faitcche^E squi ro

conjunto quem esta dando os primeiros passos nessa pro - posta é o Sidney do GRUPO AL TERMATIVO, que juntamente com as criaTças da favela da Lidsr estÀ montando um grupo para apre- sentar o TEATRO DE FANTOCHE. Aguardem!!!

E se você tem um grupo e gostaria de uma orientação ' sobre cano levar um trabalho com o teatro popular fale com agprxte.

0 Oartro de OoruTicação poete lhe dar uma ajuda nesse sentido.

TODO ARTISTA PRECISA IR AON DE 0 POVO ESTÁ ..."

Dilva

-^J-^jh VICENTE : VALEU, IIEIM I 'U^JS^ 'Uma pessoa que construía,er

guia paredes como solidificava

suas amizades. Essa € a lem

branca que o co«panh«iro , pe-

dreiro Vicente deixa eu nós.

Seu trabalho sempre foi '

■uito elogiado porque feito '

com carinho de quen gosta do '

que faz. Sua norte no últiio '

dia 31/3 foi um choque «uito '

grande. Sem pereeber ele exi-

gia da gente e criticava tam - bem:

0 jornal de vocês tem que

falar de morte, que e' o que o povo quer saber!"

Mas, indiretamente o jor nal f,ala sobre isto, pois as

pessoas ficam dentro dos apar-

tamentos sem participar da si-

da aqui de fora. Isso e morrer.

BLOCO. . .BLOCO... Isso nio

f um bom nome para o jornal!

Inflamava um dicussao sempre com

suas opiniões discordantes, as vezes

pelo simples prazer de discordar.

E companheiro, nao vamos falar a-

qui dos tantos mortos do dia-a-dia ,

mas vamos seguindo,denunciando aquilo

que causa tantas mortes que esSêsiste

ma injusto que vai nos tirando o gos

to pela luta. Mas isso nao pode nos '

desanimar. E e pela sua mensagem si

lenciosa mas tao bem transmitida que

vamos continuar a luta. POr você e

por todos os que deixam de lutar sedo

demais. - VALEU ! M

MPara minha famolia ííCíIO ama: e contàrientoe Fera meu filho, boa «xemplo i>etxo cor.c horença força de vcaitaiie Quem semeia ator ceixa ee-ipre raudadee Quem chora por m;m cue o faça rezando S<? houver tristeza^ pois coja bonita Tricteza feia eu itao vou goetar A hora e tiriEte ras e conio sempre Choro do "tílrteza noo li» alegria Para meus amigos deixo minhas lor.hranços das horos ruins e toas Iara os falsos oraií;oe rí»u perdão —j Eu vou para longe r, aa levo vocês no meu coraçío" ^..^ H _ j ^

V Kompna; e- c.oc cirii^oc iara o Vicar.1..Vtbnn )

Ja faz 4 anos, que perde-j nce um grande mulher dentro ' do nesso conjunto foi a cem i panheira Dilva.militante den ; tro do grupo de saúde, e lu- • tou para a construção dos ' postos de saúde, e de un hes | pitai, pena ela não ter con j tlnuado dentro de nossos mo- I vimentos. j

Dilva morreu, quando ia aj visar sobre uma reunião dos postos de saúde, atropelada' na av. Estanislau de Campes. Dilva você deixa saudades , mas a luta ainda continua , com a certeza de que você es tara presente sempre !!!

A missa de 4 anos da mor te da companheira Dilva, se- rá nc dia 24/04 às 18 hs.ns construção Igreja.

. "EL ÇUEFO E BOTAR MEU BLOCO NA RÜ/ "

ASSINE O BLOCO

PREÇO: Cz$ 60,00 (semestral: Cz$ 100,00 (colaboração^

Cz$ 120,00 (outros esta-

NOME:

EKDEREÇO:

EXPEDIENTE

Órgão informativo do iVntro de Comunicação Popular da COHAB Itaquera

EQUIPE RESPONSÁVEL: Rena- ta, VllriiiT^ãiLirâLr^Jãime, Ane Adilson.

CONSELHO EDITORIAL: Paro- quia Sao Francisco de Assis dos Pequeninos, Diretoria da Associação dos Mutuários, A- FEI (Ação Fraterna Entre Ir- mãos) Grtpo Negro e Gripo de Saúde.

ENDEREÇO: Av. Waldemar Tietz, 840 CCHAB - Itaquera I - SP CEP 03590 -FONE ««»B406

IfPRESSÃO : CEMI

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ÍNDIO Neste mes de abril a gente vai ouvir

dizer bastante scbre dois assuntos: des cobrimento do Brasil e o dia do índio

Embora saibamos que a historia do Brasil e contada a partir da visão dos grandes, nossas escolas ainda reforçam isto. Os livros nãosão atualizados, às vezes nem os professores:

Quando da vinia de Cabral, o que ccs tumam chamar de descobrimento,foi na ver- dade uma invasão, pois aqui já existiam os indios, verdadeiros donos desta ter- ra. Hoje eles estão sendo dizina.dos, ex pulsos da sua própria terra.

" ESPANTADO, 0 ÍNDIO NÃO EN TENDE A RODA DA HISTORIA, POR QLE 0 HOMEM BRANCO Il^RIME NE LA 0 RITMO DO EXTREMLNIO"

Através de quase cinco sé- culos os^pcvos indígenas do ' Brasil têm resistido à morte. Hcje tentam sobreviver e fa-' zer viver- sua cultura.

E muito difícil para os po vos indígenas entenderem a si tuéição na qual se encontram.Ü ma situação de fome.', de misé- ria, vendo sua cultura morer a cada di? nesse sistema de ' tranco, os sistema capitalis^- ta.

fOje a maioria dos povos ' vivem nas piores condições de vida, expulsos de suas terras tendo que deixar sua cultura para trás.

Geralmente é jogado num pe daço de terra sem a mínima in fra-estrutura e condições de sobrevivência sem caça, sem pesca, sem outra alternativa' vão para cidade ccmercializar seus artesanatos e alguma coi sa que conseguem plantar, le- vando sempre prejuízo em tu do que venctem ou trocam, pois o índio não tem noção de va-' lor de troca ou venda, para e les não a separação da terra

com sua cultura, religião, po lítica, economia e o lazer,co mo paira os brancos paira o sis tema capitalista. Para eles e como um tcdo.

Temos atualmente 220 mil ' índios no Brasil, onde a sua luta. pela terra e cultura. e muito difícil, dificultada ' mais ainda pela FUNAI, que ' vem incentivando a "integra- ção" do índio na sociedade.

Os povos indígenas procu- ram a todo custo preservar a sua cultura e língua como for ma de resistência.ao branco.

Pressões que vão desde a matança intencionail, transmi5 são de^doença, usurpação de

terra não tem sido sufi» len- tes paira eli^iiiair todos as et nias'indígenas neste país .

PCde ser que sua cultura te- ria sido desfigurada, mas ' sua identidade étnica perma- nece .

Eles nos mostram, na sua' prática social ejDólítica ' que a tradição não e coisa ' do passado e que só resiste nc isolamento. Ao contrário'

tradição e o ccn^unto de síg nificad09.de crença, valores, saberes que um povo constrói e vaise transformando de ge- ração em geração. e

Ma sua luta em defesa prç pria centra o perigo e perda da cultura, os indígenas co- meçam a utilizar- os meios da sociedade envolvente, seja pela via política partidária, seja pela organização e movi_ mentos sociais, ou até mesn.o por recursos jurídicos.

Nesse paiís de tantas 1 Ín- guas e culturas,a luta dos' índios e dos negros e pelo ' reconhecimento de que suas; línguas e culturas são tão ' válidas quanto a potuguesa( que lhes fei imposta).

Ah, o desejo de ver- este, país assumir a realidade em que nos encontramos: uma: so- ciedade cem muitas etnias , e com o modo de ser social ' diferente e enriquecedor pa- toda sociedade...

colaboração MARA

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IGREJA RESSURREIÇÃO NA LUTA

QUEM ERAM OS ASSASSINOS DE JESUS E QUEM VENCE NO

FIM?

" Logo pela manha se reuni rarri os sumcs sacerdotes com os anciãos e os escribas e com todo conselho e tendo amarrado Jesus levaram-no e entreganan-nc a Pilatos". Mc 15,1

QUEM ERAM ESSAS PESSOAS?

OS SUMOS SACERDOTES - fazj_ am parte do partido dos sadu- ceus. Es»e partido era o mais conservador daquela época, es tava nc podei' e era controla do pelo Império Romano. Assim defendia a presença e domina- ção dos romanos. 0 que impor- . tava e os preocupava era o go der, privilégios e exploração do povo.

OS ESCRIBAS - Eram conside rados os intelectuais da épo- ca de Jesus. E também atrelááDS ao poder. Eram os donos da consciência ao povo e impunham suas idéias como os grandes ' rreics de cofuTicaçao de hoje.

cies se omitiram muito e faziam com oue o .oovo sofrido e explorado cumprisse as leis Mesmo os escribas que eram o partido de oposição fazia o^ jogo de poder, aproveitando do privilégio e mordomias.quan do pediam.

ANCIÃOS - Também estavam envolvidos no assassinato de Jesus. Eles faziam parte do partido dos saduceus e eram os grandes latifundiários e gran des comerciantes.

Jesas questionou esses lí- deres peliticos e religiosos suas pregações sobre a parti- lha, igualdade e divisão das riquezas incomedou e não agra dou esses enxv-s

" Temos encontrado esse ho- mem .exitando o povo à revolta, proibindo de pagar imposto ao imperador e dizendo-se Messias e REi" Lc. 23,1-2

Ja que a lei de segurança do estado, sentenciava a morte de todoc cs q^ ataitasae ocntna a segurança üo Estado, Jesus

foi perseguido e condenado, por subversão. Mas o Sinédrio,ór- gão judíicial dos Judeus, com- posto pelos sacerdotes, escri bas e anciãos não tinha o po- der de decretar a morte de Je sus, por isso o enviaram ( ao poder Romano; Pilatos, que man da executar Jesus, ao lado de dois ladrõss.

JESUS MDRRE.. .Mas ssu espi- rito vive em todos que sonham e lutam com ele e como ele. pie ressussita hoje naque-

les que enfrentam o sistema in justo, e que lutam pela parti lha. Por exemplo quem pode di_ zer que Santos Dias ou Pe. Jo simo, não vivem mais ?

Eles também ressussitam na medida que levantam diante da ganância, injustiça e desamor.

Ressureição faz possível nossa conquista sobre o mal^ SÓ falta nossa parte desunião organização participação.

A conquista não vem pronta saí da luta da gente na COíIU- nidade no bairro e no trabalho

PE.NOEL

A COHA B I

ENCARA AS ELEIÇÕES

Neste ano que teremos eleições para prefeito, a CO HAB I estai-á lançarido alguns candidatos a vereador Fala- mos cem um deles, o Toninho da Associação dos Síndicos ( ASSINDIC) Antônio João, casa do, pai de quatro filhos, me talurgiçq q^ trbalhe. na VI- LARES 'Preside a Associação decHe 84, estando agora na sua segunda ocsslio Ela sur- giu com " com o objetivo de dar orientação sobre a ques- tão dos condominios" Segun- do o Tcninho o objetivo des- sas entidades e o mesmo das demais que existem nc conjun to, ou seja, lutar , reivin- dicando sempre, cobrar dos ' pederes públicos as promessas feitas Para ele a Associa - ção é apartidaria, mas tem ' tamb-em seu lado assistenci- al como o prograna do leite (leite mais barato)

0 CANDIDATO

Presidente do diretório do PDT de Itaquera, segundo te- soureiro da secretária sindi cal também do partido,faz T

parte do moviennto

Pretende desligar-se da Associação para levar sua ' candidatura independentemen- te dela^ pois segundo ele é "para nao misturar as coisas embora todo movimento envol- va pcíítica, a nível de Asso ciação é apartidario"

Segundo o Toninho ele não- tem um programapara a CCHAB: " 0 programa será do partido tirado das bases"^ Diz ainda que sua meta não é especifi- camente so para a CCHAB, mas para toda ZONA LESTE

Toninho também se colocou em relação ao regime presi-1

dencialista: " Nao estamos" de acordo com 5 anos para o SAmey, e queremos eleições' já"

Na questão do racismo To- ninho diz: "o 'rfefne movi- mento negro e discriminató- rio . Qualquer transformação' deste peis só cresce através da organização não so do ne- gro, mas a nível nacional , negro/branco, para a sc1ução dos problemas"

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GRUPO GRO

REMISSÃO

Chega ao final a Campanha da Fraternidade: 40 dias de reflexão e pedido de perdão que a igreja chama de CONVER- SÃO, culminando com a PÁSCOA! sinal de vida nova para os criscãos

Neste ano o tema foi o Ne- gro por ser 88 o ano do Cen- tenário da Abolição 0 tema , polemico como o próprio negro visto por esta sociedade ra - cista, não foi dado de presen te. Segundo a Madalena, coor- denadorado grupo Negro da 00- HAB I e ministra da palavra " hcuM? muita conversa para che gar onde estamos"

A\l/

JT^^^HF^ rtécr^r

Trazer para que a igreja ' discuta dentro dela o proble- ma que ela mesma causou, quan do abençoou a pscravidao, nao e UT© forma ds se redmúr cb erro?

Talvez sim,. Mas a Madalena esclarece que ha 3 anos os a- gentes-Jde pastoral negros co- meçaram a levantar o problema para que este ar» a questão ' do negro fosse debatida . Ape- sar de tudo não foram com bons olhos que a CNBB ( Confe rencia Nacional dos Bispos do Brasi1), aprovou isto• Este ' foi o ultimo ano ue t^ma esp£ cifico para a campanha da • fraternidade

OU RENDIÇÃO ? A Igreja àDançocu a escravi_

dão quando,,tentando cobrir as feridas causadas pelas chico- tadas, prometia a felicidade no céu.

Não que ela, a igreja, não tem reconhecido o valor dos ' negros • Claro que nas procis- sões de São Benedito os ne-

GRUPO NEGRO CONVIDA

DIA DE LUTA Ê REFLEXÃO

DO NEGRO

1? Encontro do Movimento Negro da Zona Leste

PROGRAMA: Reflexão sobre a Marcha de Luta a ser realizada no

dia 13/5

OBJETIVO: Discussão / Chegar a um ponto co mum dentro da.Zona Leste sobre a participação ou nao na marcha.

Ha uma proposta de que haja no dia 13 de maio, quando se comemoram os Cem anos da di ta abolição, uma pas seata em sinal de protesto.

ASSINDIC As entidades que faraó par-

te dos festejos no aniversário

da COHAB devem procurar a ASSI-

NDIC, pois as reuniões ja estão

acontecendo. Se informe.

gros tinham "direito" de car- regar o andor

tentando resgatar essa divi_ da com a imensa população ne- gra - hoje quase 70% entre mo renos e pardos ( negros que não admitem sua condição) - a igreja esta se isentando do que ela vez contra o povo em geral, e ao indio inclusive

Quando se diz: OUVI 0 CLA- MOR DESSE POVO { qual povo?) pretende-se estender a situa- ção discriminatória a todo povo, independentemente da cor, isso e mentira, pois ac selecionar as pessoas, mesmo' entre pobres, a pessoa'preta' será relegada a uma pcssivel segunca chímada

Mas nesses 90 dias de 1988 muitas coisas ja aconteceram em relação a esses cem anos de abolição,e_a gente espera que a coisa não pare por aqui ou no 13 de maio

É preciso sair de una ati- tude de pura contestação para participar)/

G&uPo tOáseo CADASTRAMENTO DCS

AP0NSENTADCÍ

Os aposentados daqui da COHAB I, que ainda não se re- cadastrarm nc INPS pedem a- guardar, pois aqui mesmo no Conjunto isto poderá ser fe_i_ to .

A Associação de Mutuarlcs e a ASSINDIC, entraram em con- tato com a direção de INPS e já acertaram isso, so falta ' definir os locais (possível - mente serão nos cer t r-os corru- nitários'* e os dias.

Serão fixados cartazes nos prédios e locais de acesso da população.

AGUARDEM ' ' I

A sf. indir esta convidando

todos aqueles que gostam de

samba pra vir esqu e.n f a' os

t a m b o r i n s f f o r m a( una r . ^ o l i

de samba, l o d o ■• o ab i a .>

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EDUCAÇÃO PRIVATIZAÇÃO DO ENSINO

" Professores mal pegos e sem a minima condição e moti- vaçãc para o trabalho Alunos em classes sujas e cadeiras ' desconfortáveis Livros didá ticos que trazem uma realida- de nao condizente cem a do a- lunc"

Este e o quadro de nosso ' ensino público

A educação é uma questão ' muito séria, pois é na esco- la que se orientam os futures adultos e^profissionais, os quais estão sendo precariamen te formados dentro de um qir culo vicioso, pois un profes- sor mal formado não tem condi çoes psj-a formar bem um aluno e 'im alunr. t^i formado pede Vir a ser- un professor mal ' fermado que obviamente forma- ra mal seus alunos,e assim ' sucessivamente

0 que; acontece é que a es- cola ha muito não esjtá re- ceber ido a atenção devida, e o E-itade esta cada vez mais se preocupando menos cem o pro - blema Essa situação vem sen de endossada pelo cresente T

numero de escolas partícula - res, as quais nao estão nem um pcuquinho preocupadas cem a qualidade de ensine, mas à^- penas em lucrar rryito . Basta observarmos o grande número ' de cursinhos que temos hoje o que vem a ser uma grande con tradição, pois o nível colega ai (29 grau) tem cemo função-

preperar o aluno para que in- gr-sse na faculdade, no entan- to são raro ps casos que, sa- indo de colégio alcançam esse objetivo

Ora, se colegial deve for- mar os estudantes petra ingras sarem na faculdade, per que T

os cursinhos? Tem algc errado aí, você não acha?

Luta Organizada

Os pais, que naturalmente querem sempre o melhor para ' seus filhos, procuram coloca- -los em escolas particulares' acreditando engano- amente ' que a qualidade de ensino. ' dessas instituições seja su- perior . E justamente ai que ' esta o grande erro per parte dos pais! Essa atitude não resolve de maneira nenhuma a

grande crise educacional que atravesa o país^ao invés de procurarem colocar os filhos' em colégios particulares, ten tanclo resolver os problemas T

dos seus filhos individualmen te, os pais deveriam, enquan" cidadãos, através de uma luta organizada, exigirem de esta- do um ensine publico e gratu- ito digno dos numerosos impes tos que são pagos

Faça una corrente: educação e^mais que uma obrigação do ' estado!

DIGA NÍO À PRIVATIZAÇÃO DO ENSINO !

ANA LÚCIA

iTS-LOmiO

Ate parece engraçado, uma comunidade lutando e reivindicando um velório para o bairro...

E quase que certeza ' que no drasii nunca houve uma reivindicação po- pular desse tipo.

Poi incrível que pare ça,^esta é uma reivindi" cação da população da 00 HAB I, e nao e porque a~ COHAB I quer inventar, mas sim por ser uma necessi- dade concreta.

Velar o corpo de um parente, rgnUlar , ^amigo, etc. é uma tradição cul- tural e faz parte aa pra tica religiosa do nosso povo. É nessa hora tris- te da perda de um ente querido que a familia e a comunidade se neúnan ,os amigos se apresentam,, pa- ra dar o apoio moral ne cessário e crestar a uT tima homenagem e "azer as orações.

Na COHAB I os aparta- mentos são pequenos; ve- lar nos locais publicos( igreja, centros cemunita rios,etc.) não é^permiti_ do e e anti-higienice;os cemitérios estão longe ( e são caros)... Então. na da mais justo haver um local próprio para isso' dentro do conjunto ( que é uma verdadeira cidade)

0 problema também -pa rece esquisito falar dis so - éque sempre deixa" mos prá pensar no velo-' rio na hora que morre ai guém nosso,próximo.'En - tão, corremos na casa do padre ou__do diretor da Associação... Diante de uma óbvia resposta nega-^ tiva ficamos "revoltados"

Vamos apoiar as enti- dades na luta por um ve- lório na COHAB I.

SIMÃO PEDRO (Pres. Assoc. Mutuários

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r HABITAÇÃO Quando viemos morar'

na CQHAB, as áreas vagas es- tavam destinadas pare. banccv centros ccmerciais, correio, áreas institucinais (creches EMEIs )■

POr várias vezes a popu- lação se mcbilizou para exi- gir que isso fosse cumprido, como e o caso da delegacia ' que teve 7 mil assinaturas e a praça da rua 36( que já foi conseguida, mas está es- perando a boa vontade das au toridaries psra ser construí- das ).

E__agora naktual adminis-' tração ccmeçou a construção de novos predics nas áreas ' vazias, esquecendo—se que elas já tinham destinação .

Com isso o Engenheiro da COHAB-SP, Ricardo Peters.foi chamado para esclarecer ás ilegalidades das construções. Com una grande participação dos moradores os quais nao ' se deixaram levar pelas pala vras bonitas do engenheiro 7 que colocou o porque das ' construções terem sido feitas

no nosso conjunto: ■■ ...pois ja tem infra-eptnrfcura e DC>- dem se entregues mais rápido, e çor isso; também que cons- tuimos e depois pedimos auto rização, tem mais de 3 mil " pessoas nas^fllas". Essas "«a mentações não foran aceitas-

pois ja _«atoemcs que as construções são paira una po-

pulação de media renda (15 sá larios .minimcs), o que auer~ dizer que nao seria para una população carente como era a proposta inicial da COHAB. " A COHAB virou una imobiliária de elite."

Foi colocado também a quês tão da fa]ta de espaço, os

'prédios que estão caindo,a ' praça que não sai e o velório

No dia 24 de março ccsti- a

Vinda do Ricardo a populyçao'

do nosso conjunto conseguiu intimidar a uma das autorida- des e o resultado já pode se. visto com a retiradas das pia cas dos terrenos.

Mas ainda não e o momento patra nos alegrar, foi por isso que algumas entidades se reu- niram para fazer um docunento, onde se dá destinação paira

as áreas. Nesse, documento saiu:

" No terrenos da Av. Walde mar Tietz, ficará para salas-

para uso da ccmunidade e na ' frente una. praça.No inicio da rua 36, permanecerá o que es- ta na planta áreas institucio nais. HO terreno ao lado do junbo eletro equipa/nertts de serviços ( banco,correio, te- lesp, etc.)

As entidades decidiram que no., terreno do outro lado da avenida Itaquera continuará • como área de lazer, porém com mais iluminação.

Esse documento foi entregue pair-a o presidente da CQHAP-SP Francisco Eduardo Queluz, a- fim de gue seja feito o que a população deseja.

Desde^ 1985 a Associação de Mutuários e Moradores da COHAB Itaquera I, vem reivindicando os contratos dos mutuáriosjun to a COHAB- SP e tem recebido como resposta que até o fim do ano será entregue. lâso tem acontecido todos anos. SÓ agora e que descobrimos a ver dadeira razão da protelação ' constante das adninistrações' anteriores e da atual para a entrega dos mesmos.

Com o problema, de adensa-' mento do conjunto, as constru- ções, de mais prédios, o Age- nor junto com o padre Noel, foram ao 99 e 162 cairtório e

nas áreas destinadas para e- quipamentos de serviço (cre- ches, escolas infantis, etc.)

Por esses motivos acimsi ' mencionados é que os senhores da austeridade e"'"hcEEStidads ' ficaram sabendo que os conjun to Manoel dafrfobrega e Manoel' de Paiva foram construídos in regularmente cem a conivência da prefeitura de São Paulo ta bém descobriram que o conjun- to Manoel da NÓbrega M. re- gularizado no dia 15/01/86, e o Paiva continua irregular , pois se o mesmo estivesse re- gularizado à CCHAB-SP não po- deria construir mais prédios'

tem procurado protelar a en- trega dos contratos.

Ciente da situação, a As- sociação vai requerer organi- zadamente os contratos de to- dos os mutuários por via ami- gável ou judicial. 0 mutuá- rio interessado en. obter . o seu centrato deve procurar o Agenor todos os sábados na Associação dos Mutuários das 14 às 16 hs.

VENHA SE INFORMAR DF CCMO PROCEDER.

a irficipe clâ ,

FUTEBOÈ^ A A.A Padre Manoel da

Nobrega, único represen - tante da COHAB I no torne neio organizado pela Ame- ricano Futebol clube. Ten do como adversário o pró- orio Americano Futebol '

Clube, Flor da Vila Formo sa.POlicia Militar, POrtu guesa. Primavera e Cruze^ •rinho do Maringá.

No dia 19/03 a A.A Pa- dre Manoel daNÓbrega sa - grou-se campeã nas__catego ria Dentinho, Dentão e Ju venil e Vice na categoria Dente.

No próximo dia 16 dè a bril a A.A Padre Manoel '

Nobrega__iniciara sua par ticip^ção na IV ("opa São Paulo de Futebol DEn te deLei te.

No próximo dia is/s . o Nobrega estará comemo- rando o seu 8 5 aniversá- rio, as comemorações se- rão no Campo do GEMA on- de se realizará um Fes- tival.

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ilWfS

0 flNflii (üt^

GRUPO ALTERNATIVO

Em nossa sociedade, onde o valor é dado a partir da capacidade de produção, o velho e o menor não são so desvalorizados como margina lizados . SÓ se investe neles quando eles trazem dividendps para a sociedade ou para grupos que no momento se preocupa com estes.

HOje na TV vemos o gover no do Estado falar _ das crianças. Moje elas são ob jetos do governo porque ren dem dividendos para ele^^iai ele tirará frutos políticos.

FOESIA

Tudo que move e sagrado E remove as montanhas com todo cuidado meu amor Enquanto a chama arder Todo dia te ver passar Tudo viver ao seu lado

No entanto, para o menor não se vê futuro, nelr hoje o futuro a esperança, são ' enterrados.

Aqui na COHAB muitos ao' passarem em frente a Cornuni_ dade Católica observam cri ancas conversando, brincan- do, brigando, aprontando.Mu itos se perguntam "qual a razão disto?" Existe já há alguns anos um grupo da co-

munidade acreditando no me- nor. Nele tem com gratuida de investido na busca de quebrar este ciclo montado

pela nossa sociedade que ex pulsa as f anil ias do campo, trazendo-as para as favelas cortiços e viadutos. Aqui ' encontrando miséria — para a criançada só a nja, a fo- me, o catar lixo, pedir e roubar.

0 grupo ALTERNATIVO acre dita^na sua ação de visitar estar junto, fazendo traba- lhos manuais; etc,, no^ pro cesso de reunir as famílias nas favelas e com elas dis- cutir os problemas que en - contram-se para desencadear

Hoje o problema de saúde ' pode ser relaciona com as con dições de trabadho e aos sala rios. Quanto menor o salário, mais o trabalhador prolongará sua jornada de"trabalho para aumentar seus renoimentos e a tender suas necessidades bási_ cas. Com isso, maior será seu desgaste físico e mental.

Trabalhando mais e alimen- do-se menos (e mal) e claro ' que os efeitos sobre sua saú de e de-sua familia se farão sentir sob diferentes for - mas aumenlando as chamadas do enças profisionais,(visão, co luna,brcnqui te, ete,)

0 njew deve ser o Ceréro

um processo nao só de uroa- nização, mas de mudanças nas relações entre as pessoas ' do lugar.

A questão do menor passa pela habitação, salário jus to, educação, lazer...ncvas relações entre as pessoas.' Embora compreendendo'fl pequ^ nez do seu trabalho, o gru- pc busca um sinal para • todos de que a sitteção nutável. 0 menor precisa ' ser para todos, para socie- dade, o centro e não a msr- gem.

A nossa sociedade será ' de fato sadia quando sua a- ção fbir direcionada para o menor.

"Grita Profeta" com o si lencio de sua presença; quT eta e violenta, que a situa ção precisa mudar : é tempo de construirmos o homem No- vo ! ! !

Com os baixos salários, os menbros da familia que o go-' vemo diz ser pr-ioridade em ' seu programa,acabam levando ' sempie o gior.

Assistência hospitalar e a quela que tão bem ja conhece- mos, péssima, pcis quem traba lha em hospital tem una situ- ação tal qual a vivida pelo operário, originando ai as de ficiencias no atendimento. E claro que se o trabalhador ti_ vesse uma condição digna de vida e de trabalho não have-' riam tantas doenças e os hos- pitais conseguiriam atender a população.

Como o arco oa promessa No azul pintado pra durar Abelha fazendo mel^ Vale o Tenpo que não^ voou A estrelar caiu-do céu o pedido que ^ se pensou 0 destino que se cumpriu De sentir seu calor e ser tudo

Todo dia e de viver para ser o que for e ser tudo Sim, todo amor e sagrado e alimenta de horizontes o tenpo acordado de viver No inverno te proteger No verão sair pra pescar No outono de conhecer Primavera poder gostar