Imperialismo Europeu e Primeira Guerra Mundial

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O Imperialismo Europeu em fins do século XIX

Para compreendermos a Primeira Guerra devemos aprender sobre os seguintes conceitos: Imperialismo Política de exploração e dominação de um país sobre outros.Nacionalismo Ideologia que compreende uma identificação das pessoas que vivem em um país. Frequentemente defende uma superioridade de um povo sobre outro devido a diversas características.Capitalismo Sistema econômico centrado na propriedade privada dos meios de produção e na busca constante por lucro.

Estes três conceitos são importantes, pois o Imperialismo se desenvolveu apenas a partir da busca por matérias primas para alimentar a produção e por mercados para consumir os produtos desenvolvidos na Revolução Industrial nos países europeus, sobretudo, Alemanha, Inglaterra, Itália e França.

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As últimas décadas do século XIX foram marcadas por um forte sentimento de superioridade racial por parte dos europeus. Isso gerava uma compreensão do direito natural da Europa em dominar e explorar diferentes partes do mundo. Este período é semelhante às Grandes Navegações ocorridas entre os séculos XV e XVII, pois os países europeus dominaram regiões e povos que lá viviam e passaram a explorar sua mão de obra e suas matérias primas. Por este motivo, este período da história também é chamado de Neocolonialismo.Ao mesmo tempo, entre os países europeus existia uma forte concorrência por territórios e consequentemente um nacionalismo, gerando alguns períodos de crise amenizados por tratados como o que possibilitou a partilha da África entre as potências da Europa.

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Divisão colonial do mundo nos primeiros anos do século XX

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Diferenças entre o Colonialismo Europeu do século XVI e o Neocolonialismo do século XIX

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Charge representando a retirada de riquezas do continente africano

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O neocolonialismo não diminuiu a rivalidade na Europa, pelo contrário, a busca pela supremacia econômica e política sobre os outros países alimentava um sentimento nacionalista que gerava uma preparação para um conflito que parecia iminente.

No inicio do século XX existia uma corrida armamentista e tecnológica na Europa buscando preparar os países para uma guerra que parecia próxima devido as relações conturbadas entre os diferentes países europeus. Este período é conhecido como Paz Armada e durante este, se deu a formação de alianças entre os países.

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Motivos que se afirmam que havia um clima de tensão na Europa em início do século XX:

• A Rivalidade em torno das disputas territoriais na África e Ásia (cada potência europeia queria territórios mais ricos e com maior extensão nestes continentes).

• A Revolução industrial iniciada da Inglaterra se espalhou durante o século XIX para a maioria dos países europeus. Mais indústrias significavam mais produtos, gerando conflitos comerciais na Europa em busca de mercados consumidores (lugares que comprassem os produtos das indústrias).

• O aumento tecnológico vivido durante a Revolução industrial também chegou para os exércitos e com o aumento das tensões os países começaram a modernizá-los preparando-se para uma possível guerra, isto aumento o clima de inimizade existente entre as potências (principalmente Inglaterra, Alemanha e França).

• Revanchismo Frances – os franceses buscavam a revanche sob os alemães, pois estes últimos anexaram o território da Alsácia-Lorena, região rica em minério, durante a Guerra Franco-Prussiana em 1871.

• Nacionalismo – Neste período ocorreu o auge do nacionalismo, simplificando, um sentimento de considerar o local em que vive ou o povo ao qual você pertence melhor do que os outros.

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Mapa apresentando a unificação alemã no século XIX e a região da Alsacia-Lorena, tomada da França na

Guerra Franco-prussiana, destacada:

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Estopim da Primeira GuerraO maior conflito ocorrido no mundo até então começou a partir de um atentado. Um estudante nacionalista sérvio-bósnio matou o herdeiro do trono do Império Austro-húngaro, o arquiduque Francisco Ferdinando (Franz Ferdinand).O estudante defendia o pan-eslavismo, movimento nacionalista do povo eslavo apoiado pela Rússia, assim como o fim do domínio da Bósnia pelo Império Austro-húngaro.A Aústria-Hungria enviou um ultimato a Sérvia contendo uma série de reinvindicações que não seriam aceitas, o que gerou a declaração de guerra pelo Império Austro-húngaro e o desencadeamento das alianças. Você lembra das alianças existentes na Europa antes da guerra?

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Representação do atentado a Francisco Ferdinando

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Fases do conflito: GuerraPrimeira Fase (1914 – 1915) Marcada por uma organização das tropas pelos países envolvidos e um avanço da Alemanha sobre a França que foi barrado pelo exército francês na Batalha do Marne, ocasionando a fortificação de posições visto que nenhum dos lados tinham força para avançar sem grandes perdas em número de soldados.

Segunda Fase (1915 – 1917) Conhecida como Guerra de Trincheiras, é lembrada como a fase em que as tropas encontravam-se fixadas em determinados pontos, com poucos avanços devido ao grande poder defensivo das fortificações. A batalha de Verdun foi a batalha mais marcante, com uma perda de cerca de um milhão de pessoas durante os meses em que esta batalha foi travada. Na frente oriental as tropas alemãs continuaram avançando sobre o Império Russo.

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As fases da guerra e o desenrolar do conflito:

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A segunda fase é conhecida também como a fase da Guerra de Trincheiras, marcada pelas fortificações que impossibilitam os avanços de tropas e a vitória de uma força sobre outra no conflito. Veja abaixo como era uma trincheira na Primeira Guerra Mundial:

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Verdun foi o lugar da mais importante batalha da segunda fase da guerra. Este local é caracterizado por um relevo acidentado que possibilitou a construção de fortificações pela França. O exército alemão buscou infligir grandes baixas no exército francês e dominar a cidade de Verdun, mas como resultado teve um número praticamente igual de baixas e acabou expulso de Verdun. A batalha se estendeu entre fevereiro e dezembro de 1916

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O dia-a-dia na batalhaA Batalha de Verdun ficou marcada pelo horror das suas condições de vida. A elevada concentração de combates numa área relativamente pequena, destruía o terreno resultando em condições de vida terríveis para ambos os lados do conflito. A chuva e a constante destruição dos campos, transformou o barro numa área cheia de lama cheia de cadáveres e pedaços de corpos. Em algumas zonas, viam-se mais corpos e ossos no terreno do que a própria terra ou vegetação.8 As crateras provocadas pelas bombas ficavam cheias de lodo líquido, e eram tão escorregadias que se alguém lá caísse, ou lá se resguardasse, podia morrer afogado. As florestas ficaram reduzidas a pilhas de madeira devido aos constantes bombardeamentos e, em alguns casos, chegaram mesmo a desaparecer.

O efeito nos soldados em batalha era devastador. Muitos soldados não chegaram a ver o inimigo, a não ser os seus projéteis de artilharia. Muitos homens comparavam a sua experiência a ser condenados ao Inferno. O impacto foi pior nas tropas francesas. Sob o comando de Pétain, os soldados eram constantemente substituídos em Verdun; esta abordagem humana assegurava que os soldados não passavam períodos muito prolongados na batalha mas, por outro lado, permitia que grande parte do exército francês passasse pelo menos algum tempo em Verdun.

Um tenente francês em Verdun, morto por um projétil de artilharia, escreveu no seu diário a 23 de Maio de 1916: "A Humanidade é louca. Tem de ser louca para fazer o que está a fazer. Que massacre! Que cenas de horror e carnificina! Não encontro palavras para exprimir as minhas emoções. O Inferno não deve ser tão mau. Os homens são loucos!"

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Cenas da batalha de Verdun: Trincheira Francesa

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Cenas da batalha de Verdun: Ataque alemão à ponto de defesa francês

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Cenas da batalha de Verdun: Avanço francês à “terra de ninguém”

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Cenas da batalha de Verdun: Trincheira alemã

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Cenas da batalha de Verdun: Munição da artilharia francesa

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Cenas da batalha de Verdun: Tropas alemãs em posição defensiva com metralhadora, uma novidade tecnológica da

guerra

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Cenas da batalha de Verdun: uma foto da “terra de ninguém” em Verdun

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Outras cenas da Primeira Guerra Mundial

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Outras cenas da Primeira Guerra Mundial: As condições insalubres nas trincheiras

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Outras cenas da Primeira Guerra Mundial: Artilharia Inglesa

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Outras cenas da Primeira Guerra Mundial: Artilharia Inglesa

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Outras cenas da Primeira Guerra Mundial: Artilharia na “terra de ninguém”

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Outras cenas da Primeira Guerra Mundial: Aviões ingleses. Os aviões foram mais uma novidade tecnológica neste conflito.

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Outras cenas da Primeira Guerra Mundial: Barão Vermelho

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Outras cenas da Primeira Guerra Mundial: Tanque de guerra, arma criada para conseguir aguentar fogo inimigo de posições fortificadas; uma

“fortaleza móvel”

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Outras cenas da Primeira Guerra Mundial: Soldados alemães avançando em território inimigo

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Outras cenas da Primeira Guerra Mundial:

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O preço da GuerraO preço da Guerra

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O preço da GuerraO preço da Guerra

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O preço da Guerra: Após a Primeira Guerra, nove vilas foram consideradas mortas pelo governo francês, devido a proporção da destruição dos locais que

antes eram povoados. Na foto, um cemitério/memorial aos mortos em Verdun.

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O preço da Guerra: os que ficaram vivos, muitas vezes se encontravam mutilados. Nesta época ocorreu o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas que possibilitaram implantar pele e outros órgãos em pacientes e dando um alento e suprindo necessidades mais relacionadas a estética. Antes dos primeiros procedimentos, era comum a venda de próteses ou mascaras pelos mutilados.

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O marinheiro britânico Willie Vicarage teve seu rosto desfigurado por um tiro durante a terrível Batalha de Jutlândia (1916), na Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918). Willie foi submetido às intervenções cirúrgicas de Gillies.Fotografias: Acervo Sir Harold Delf Gillies.

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O Tenente britânico William M. Spreckley e a significativa reconstrução facial após as intervenções do médico. O tenente Spreckley teve seu nariz destruído por um tiro na Terceira Batalha de Ypres (1917). Fotografias: Acervo Sir Harold Delf Gillies

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Consequências do conflito

Pergunta: Quais foram as consequências da Primeira Guerra no mundo? Crescente desemprego nos países europeus, e um sentimento por parte de

ex-combatentes de unidade em defesa de todos, como se todo país estivesse junto no front de batalha em prol de uma reconstrução. Este sentimento fora explorado na Itália e Alemanha pelos fascistas;

Revolução Russa em 1917 – As contradições políticas se acentuaram na Rússia czarista, devido as primeiras derrotas do exército russo perante os alemães; não podemos afirmar que a Primeira Guerra gerou a Revolução, mas influenciou um desequilíbrio político interno naquele país;

Elevação dos EUA como potência mundial em virtude de seu mercado expansivo mediante o declínio europeu.

Cerca de dez milhões pessoas morreram com faixa etária entre 20 e 40 anos. A I Guerra Mundial mobilizou cerca de 65 milhões de homens nos conflitos.

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• O tratado foi negociado durante cerca de seis meses de deliberações, contados a partir do armistício de novembro de 1918, que pôs fim aos combates propriamente ditos. O ponto principal do tratado estipulava que a Alemanha seria apontada como a responsável pelo início da guerra.

• A assinatura de um tratado tão severo causou choque e imensa desilusão na Alemanha. A população em geral descrevia como humilhação e desonra a aceitação por parte de seu próprio governo de tão severas e opressivas condições, sem ao menos um maior esforço em conduzir negociações de paz mais detalhadas ou planejadas.

• É consenso entre a maioria dos historiadores que, nas exigências exacerbadas do Tratado de Versalhes podemos encontrar as sementes da Segunda Guerra Mundial, pois, uma nação humilhada e aparentemente sem rumo como a Alemanha foi claramente presa fácil de uma doutrina heterodoxa, autoritária e delirante como a do Nazi-facismo.

O pós-Guerra e a paz dos vencedores: O Tratado de Versalhes

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Exigências impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes:

• Devolução dos territórios da Alsácia-Lorena à França;• Pagamento aos países vencedores, principalmente França e

Inglaterra, uma indenização pelos prejuízos causados durante a guerra. Este valor foi estabelecido em 269 bilhões de marcos.

• Proibição de funcionamento da aeronáutica alemã (Luftwaffe)• A Alemanha deveria ter seu exército reduzido para, no máximo,

cem mil soldados. Sem tanques, sem artilharia pesada, sem suprimentos de gás, sem navios ou aviões;

• Proibição da fabricação de tanques e armamentos pesados;• Redução da marinha alemã para 15 mil marinheiros, seis navios

de guerra e seis cruzadores;• Desmilitarização permanente e ocupação aliada por 15 anos da

província do Reno

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Fim