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desenho

HÁ M E lOS É C U L O fornece artigos poro

pintura engenharia

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Andar superior: 9, Estados Unidos; 10, França; 11, Itália; 12, Holanda; 13, Grã-Bretanha (Sutherlandl; 14, sala especial Taeu­berarp e sala geral Suíça; 15, Noruéga; de 16 a 21: Antilhas Holandêsas, Bolívia, Canadá, Chile, Cuba, Grão­Ducado de Luxemburgo, Grécia, Israel, Iugoslávia, Ja­pão, México, Nicarágua, Paquistão, Paraguai, Portugal, República Dominicana, União Panamericana, Uruguai, Venezuela, Viet-Nam.

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Andar térreo: 1, sala especial Portinari; 2 e 3, sala geral Brasil; 4, sala especial Sega"; 5, sala especial Beckmann; 6, sala geral Alemanha; 7, sala geral Áustria e salas especiais Thôny e Kubin; 8, Bélgica.

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EXECUÇÃO DA VIDROTlL - Vidrotil Indústria e Comércio de Vidros Ltda. - Telefone 35-5288 - Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, 306 - End. tel.: "Vidrotil" - São Paulo

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MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO

III bienal

catálogo geral ------------------

Primeiro edição, junho de 1955

EDIAM, EDiÇõES AMERICANA DE ARTE E ARQUITETURA

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NDICE GERAL

ARTE GERAL ATE' I NTROD'UCÃO BRASIL >

ALEMANHA ANTILHAS HOLANDÊSAS ÁUSTRIA BÉLGICA BOUVIA CANADÁ CHILE CUBA ESTADOS UNIDOS FRANÇA GRÃ-BRETANHA GRÃO-DUCADO DE LUXEMBURGO GRÉCIA HOLANDA ISRAEL ITÁLIA IUGOSLÁVIA JAPÃO MÉXICO NORUÉGA PAQUISTÃO PARAGUAI PORTUGAL REPÚBLICA DOMINICANA SUrçA UNIÃO PANAMERICANA URUGUAI VENEZUELA VIET-NAM ARQUITETURA REPRODUÇõES

XV

PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG. PAG.

XXXV XXXVII

3 41 57 61 75 87 93 99

107 113 133 149 155 159 167 173 181 201 207 213 219 227 233 237 241 245 255 261 267 275 279 291

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MUSEU DE ARTE MODERNA

Diretoria

D i r e t o r Presidente: Diretor Vice-Presidente: Diretor 1.0 Secretário: Diretor 2.0 Secretário:

Diretor 1. 0 Tesoureiro: Diretor 2. 0 Tesoureiro:

Executiva

Francisco Matarazzo Sobrinho Sergio Buarque de Holanda Fernando Millan Maria Penteado Camargo Isai Leirner Francisco Beck

Conselho de Administração

Carlos Pinto Alves, Aldo Magnelli, Oscar Pedroso Horta, Oscar Americano, Ziro Ramenzoni, Francisco Luis Almeida Salles, Adalberto Ferreira do Valle, José Barbosa de Al­meida, Maria Penteado Camargo, Francisco Beck, Ruy Bloem, Salvador Candia, Roberto Paiva Meira, Isai Leirner, Herbert V. Levy, Joõo Mattar, Luis Medici, Helio Mor­ganti, Pola Rezende, Luis Coelho, Marcos Gasparian, Hasso Weiszflog, Ema Klabin, Gregori WarchÇlvchik, Kunito Mia­saka, Gerda Brentani, Ernesto Wolf, Erich Humberg, José JuliO de Carvalho e Sá, Fernando Millan, Henrique Olavo Costa, Joõo Adelino Almeida Prado Neto, Lourival Gomes Machado, Flavio de Carvalho, Lahyr Castro Cotti, Ambro­gio Bonomi.

Di retor A r t í s t i c o : Diretor Técnico: Conservador da Filmoteca: Administrador:

XVII

Sergio Milliet Wolfgang Pfeiffer Paulo Emílio Salles Gomes Biagio Motta

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PRESIDÊNCIA DE DA TERCEIRA

HONRA BIENAL

Sua Excelência Senhor João Café Filho Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil

Sua Excelência Senhor Jânio Quadros Governador do Estado de São Paulo

Sua Excelência Senhor Raul Fernandes Ministro de Estado para os Negócios das Relações Exteriores

Sua Excelência Senhor José Maria Whitaker Ministro de Estado para os Negócios do Fazendo

Sua Excelência Senhor Candido Motta Filho Ministro de Estado poro os Negócios do Educação e Cultura

Suo Excelência Senhora Carolina Ribeiro Secretário de Estado poro os Negócios de Educação de São Paulo

Suo Excelência Senhor J uvenal Uno de Mattos Prefeito da cidade de São Paulo

Suo Excelência Senhor Guilherme de Almeida Presidente da Comissão do IV Centenário

Suo Excelência Sr. Prof. Eugenio Gudin

Sua Excelência Senhor William Salém

XVIII

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JURI DE SELEÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS

Antonio Bento Moria Eugênia Franco Clovis Graciono Thomás Santo Rosa José Geraldo Vieira

JURI DE PREMIAÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS

Sergio Milliet Wolfgang Pfeiffer Mário Pedrosa Thomás Santa Rosa José Valladares Jean Cassou

Grace L. McCann Morley . Umbro Apollonio W. Sandberg Gustav Beck Haim Gamzu

JURI DE PREMIAÇÃO DE ARQUITETURA

Francisco Beck Salvador Candio Eduardo Kneese de Mello Oscar Niemeyer Oswoldo Arthur Bratke Lourival Gomes Machado

XIX

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DEPARTAMENTOS DA

S e c r e t a r i a Geral: Arturo Profili

Arquivas e Secretaria: Wanda Svevo

111 BIENAL

Maria Teresa Lara Campos Irene Eunice Sabatini

o plano e a supervisão dos interiores do Palácio' das Na­ções e do Palácio dos Estados' ficaram a cargo do arqui­teto Jocob Ruchti e do Secretaria da Bienal.

o catálogo geral da exposlçao foi realizado pelo "Ediam", Edições Americanas de Arte e Arquitetura, sob a direção de Dante Paglio, e impresso nas oficinos da "Impres", em São Paulo,

o cartaz poro o propagando do III Bienal de São Paulo é de autoria do pintor Alexandre Wollner e a capa do ca­tálogo foi ideado por Arnaldo Pedrosa d'Horta.

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ADVERTÊNCIA

N o relação dos obras usou-se o ordem cronológica, pora os salas especiais, e a ordem alfabética, para os artistas das salas gerais.

Quando indicado na obra, o ano da execução, segue-se 00 título. As dimensões são dadas em centímetros e seguem-se à data de execução ou à técni­co usado, conforme o caso. Das esculturas, menciona-se apenas a altura.

N õo havendo outras indicações, entende-se que as pinturas são a óleo sóbre tela. Os desenhos, salvo indi­

. cação em contrário, são a lápis sôbre papel.

A s obras que não tra­gam indicação de proprietário, entendem-se como de propriedade do artista.

A s datas que· se se­guem ao norr.e do artista referem-se oos on05 de nascimento e morte.

o presente catálogo foi encerrado a 25 de junho de 1955, a fim de poder ser entregue ao pública no dia da inauguração da terceira Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Em virtude de fatores independentes da vontade da Comissão organizadora, algu­mas obras deixam de nele figurar, o que ~e co(rigiró oportunamente mediante o acréscimo de uma adendo.

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EXPOSiÇÃO INTERNACIONAL DE ARTES PLÁSTICAS DA TERCEIRA BIENAL

regulamento

A III Bienal do Museu de Arte Moderno de São Paulo, exposição internacional de artes plásticos, realizar-se-á de junho o outubro de 1955.

2 A Diretoria Executivo do Museu de Arte Moderno de São Paulo estobelecerá o programo do exposição, cujo administração e direção ficarão 00 seu exclusivo cui· dado, e poderá, no medido dos necessidades, nomear prepostos, quer individuais, quer representados por en­tidades, com poderes definidos no ato do nomeação e extinguíveis o juíZO.9a Diretoria. -

3 No plano geral do organização do Bienal fico previsto o Exposição Internacional de Arquitetura que, desta vez, será dedicado às Escolas de Arquitetura, poro os quais é instituído um Concurso Internacional, com especial regulamento e temo, publicados à porte.

A Exposição Internacional de Artes Plásticos DO 111 Bienal ficará constituído:

aI de solos poro os representações nacionais dos Países participantes, cujo organização decorre de solicitação expresso do Diretoria do M. A. M. Dentro dessas re­presentações poderá haver Solos Especiais dedicados o um ou mais artistas, vivos ou falecidos;

bl de solos especiais dedicados o movimentos coletivos, escolas ou grupos, que" " tiveram ou têm importância plástico e histórico no desenvolvimento do arte mo­derno;

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REGULAMENTO

c) de salas especiais dedicadas a obras de artistas nacio­nais ou estrangeiros expressamente canvidados pela Bie­nal, ficando os artistas considerados "hors-concours";

d) de salas para a representação brasileira, constituída de artistas nacionais ou residentes no País há mais de dois anos, que se apresentem espontâneamente ao Júri de Seleção, com um máximo de cinco obras de pintura ou escultura, ou de oito obros de desenho ou gravura.

4 Os artistas nacionais ou residentes no Paí s deverão sa­tisfazer as seguintes condições:

a) os artistas incumbir-se-ão de fazer chegar suas obra~ à sede ou posto de recepção da Bienal, que só respon­derá pelas despesas de desembalagem e reembalagem;

b) as obras deverão estar em perfeito estado e convenien­temente apresentadas ao chegarem à sede da Bienal, a qual, embora se comprometa a dispensar o maior cui­dado no manuseio e colocação das peças, não assumiró por elas responsabilidade alguma, cabendo aos artistas a faculdade de segurá-Ias por conta própria.

cl as obras deverão chegar à séde da Bienal até o dia 30 de março de i 955;

d) as obras de pintura não deverão ultrapassar 120 cm. de largurar permitindo-se, não obstante, a compensação de tamanho entre obras do mesmo artista; em qualquer caso, os trabalhos deverão ser apresentados prontos para exposição, com baguettes ou molduras; e os de­senhos, guaches e gravuras possivelmente protegidos por vidro; a Bienal não assume responsabilidade alguma pelas obras em gêsso, terracota ou vidro;

e) cada obra deverá vir acompanhada de uma via da ficha de inscrição, devendo a outra via, juntamente com a ficha de jdentidade do artista, ser remetida à Secre­taria da Bienal até o dia 1.0 de fevereiro de 1955.

5 Para efeito de premiação, excluir-se-ão os artistas já falecidos, salvo quando vierem a fblecer depois de ini-

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REGULAMENTO

ciada a exposlçao. Considerar-secão em igualdade de condições com os brasileiros, para efeito de premiação, os artistas estrangeiros residentes no País há mais de dois anos.

6 As representações de cada país, organizados por enti­dades oficiais ou particulares, serão solicitadas pelo M. A. M· e por elas responderá um comissário nomeado pela entidade organizadora da representação. Os comis­sários cuidarão do envio, à Secretaria da Bienal, das fichas coletivas da delegação, dos nomes dos artistas participantes, de notas biográficas dos mesmos, de uma seleção de fotografias das obras que 'serão expostas, e de um breve prefácio da Seção, isto, aos fins da com­pilação do Catálogo Oficial. A Secretaria da Bienal, não se responsabilizará pelo exclusão da publicação dos dados acima si estes não tiverem chegado até o dia 15 de março de" 1955. Aos comissários presentes em São Paulo será oferecido a hospedagem durante o perí odo de instalação dos respectivas solos.

7 A Bienal fará funcionar um posto de recepção no porto de Santos, Estado de São Paulo, Brasil, a fim de faci­I itar a recepção dos obras que forem remetidas por via marítima, e outro em São Paulo, para os obras que che­garem por via aéreo.

S Nos fichas de inscrição dos obras, deverá constar, ex­pressamente, se o artista as põe à vendo e se concorre aos prêmios de aquisição, ficando entendido que sà­mente concorrerá aos prêmios de valor igualou supe-' rior 00 fixado para o venda. Em coso algum essa de­claração poderá ser anulado por outro posterior, nem poderá ser aumentado o preço declarado inicialmente.

9 No Secretario do Bienal, funcionará uma seção espe­cialmente destinado à venda das obras e que cobrará uma comissão de 10% sôbre o montante líquido das aquisições.

10 Haverá um Juri de Seleção e um Juri de Premiação. Constituem o Júri de Seleção, o Presidente do Museu

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REGULAMENTO

de Arte Moderno de São Paulo ou pessoa por êle cre­denciado, dois membros indicados pelo Diretoria do mesmo Museu e dois membros escolhidos pelos artistas concorrentes. No ficho de inscrição o concorrente deve­rá indic,ar, em ordem de preferência, os mesmos nomes dos dois artistas que elege para membras do Juri de Seleção e que serão escolhidos por maioria de votos.

11 Constituem o Juri de Premiação, o Presidente do Museu de Arte Moderno ou pessoa por êle credenciado, um representante do Diretoria do Museu de Arte Moderno de São Paulo, o mais votado dos dois nomes eleitos pelos arfistos poro o Júri de Seleção, e críticos nacio­nais ou estrangeiros de nomeado internacional, desig­nados pelo Diretoria do Museu de Arte Moderno de São Paulo.

12 Dos resoluçães dos Juris não cabe recurso.

13 O Juri de Seleção concluirá seus trabalhos 60' dias antes do inauguração do Bienal. O' Juri de Premiação reunir-se-á, pora início de seus trabalhos, 30 dias de­pois de inaugurado o Bienal.

14 Ficam instituí dos poro o III Bienal, sem prejuízo de outros:

o) os seguintes prêmios regulamentares:

melhor pintor estrangeiro (obras apresentados) Cr$ 100,000,00

melhor pintor nacional (obras apresentados) Cr$ 100·000,00

melhor escultor estrangeiro (obras apresentados) Cr$ 100·000,00

melhor escultor nacional (obras apresentados) Cr$ 100·000,00

melhor gravador estrangeiro (obras apresentados) Cr$ 50.000,00

XXVI

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REGULAMENTO

melhor gravador nocional (obros opresentadas) Cr$ 50.000,00

meLhor desenhista estrongeiro (obras apresentadas) Cr$ 50.000,00

melhor desenhista nacional (obras apresentadas) Cr$ 50.000;00

bl "Prêmio São Paulo" - Fica instituído, em caráter per­manente, o "Prêmio São Paulo" no valor de Cr$ .... 300.000,00 .para o artista nacional ou estrangeiro, ins­crito em qualquer categoria ou seção, que obtiver una­nimidade, ou pelo menos, os 9/1 o dos votos dos mem­bros do Juri de Premiação. O critério para concessão do prêmio basear-se-á na qualidade das obras apresen­tadas pelo artista à Bienal, de modo a valorizar o me­lhor conjunto exposto.

cl todos os demais prêmios posteriormente instituí dos, o serão sob cláusula de aquisição, passando as obras pre­miadas à propriedade do Museu de Arte Moderna de São Paulo.

dI de comum acôrdo com a Bienal de Veneza, fica esta­belecido, a partir desta III Bienal de Sãa Paulo, que os artistas laureados com os grandes prêmios internacio­nais numa Bienal, não poderão ser contemplados com prêmios correspondentes, na Bienal imediata. Nesta Bienal, são assim considerados "hors concours" os ar­tistas agraciados com os grandes prêmios da XXVII Bienal de Veneza.

el O Juri poderá abster-se de conferir um au mais prê­mios, como também poderá subdividi-los.

fI depois de distribuídos os prêmios em dinheiro e as aquisiçães constantes do regulamento da Bienal, e a fim de estimular as delegações participantes, o Juri de Pre­miação procurará conceder ao melhor das artistas de cada país ·não contemplado, uma distinção especial de ordem honorífica, a ser decidida pelo próprio Juri reu­nido.

XXVII

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REGULAMENTO

15 Pelo simples assinatura do ficho de inscrição, os artis­tas submetem-se implicitamente à observância dêste re­gulamento, e à irrecorrível decisão dos Juris, conferin­do plenos poderes à Diretoria do Museu de Arte de São Paulo no tocante à colocação das suas obras no recinto da exposição.

16 Os eventuais adiamentos ou prorrogações, que só pode­rão ser determinados pela Divisão da Bienal, não alte­rarão nem restringirão o vigor do presente regulamento.

NOTA: Todos os prêmios serão pagos após o encerra­mento do exposição, deduzindo-se, sempre, as taxas legais, conforme as normas vigentes no época.

Sã'o Paulo, Março, de 1954.

FRANCISCO MATARAZZO SOBRINHO

Presidente

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11 CONCURSO INTERNACIONAL PARA ESCOLAS DE ARQU ITETU RA

regúlamento

Integrando a 111 Bienal do Museu de Arte Moderna de São Poulo, realiza-se, simultaneamente, a Exposição In­ternacional de Arquitetura (E. I. A.), que, desta vez, será reservada, exclusivamente, ao 11 Concurso Inter­nocionol para Escolas de Arquiteturo.

2 A Direção Artística da E. I· A. será exercida por uma comissão de arquitetos e representantes do Museu de Arte Moderna de São Paulo.

3 Poderão participar da lHE. I. A. da Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, isto é, do Concurso Internacional, as Escolas de Arquitetura de todos os Poíses, oficialmente reconhecidos, que obedeçam às sé­guintes condições:

aI As escolas deverão apresentar um projeto sôbre um único temo, que será desenvolvido pelos alunos, indi­vidualmente ou em equipe;

bl o tema será proposto em linhas gerais, devendo ser desenvolvido de ocôrdo com as tendências e condições regionais de cada país e a orientaçõo adotada pela escora;

cl cada escola paderá apresentar somente um trabalho. E' livre o tamonho e o número das ,fotografias, sendo, contudo, limitado o espaço a um máximo de dez me­tros quadrados. As fotografias serõo dispostas em pai­néis de 2,50 m. de largura por 1,30 de altura.

XXIX

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REGULAMENro

d) o seleção do projeto apresentado pelo escola 00 Con­curso, deverá ser feito por voto comum dos estudantes e dos professores;

e) os trabalhos poderão ser opresentados em desenhos ori­ginais, fotocópias ou fotografias, que serão montados em São Paulo.

A Diretoria do 111 E· I. A aconselho às escolas o reme­ter o material desmontado, como simples pacote de fotografias e desenhos, e acompanhá-lo com um cro­quis que sirvo de orientação poro o instalação no solo de exposição;

f) os escolas deverão remeter à Secretoria do III Bienal E. I. A, até o dia 28 de fevereiro de 1955, o ficho de identidade do(s) concorrente(s), acompanhado de uma via do ficho de inscrição do projeto. A segundo via desta ficho deverá acompanhar os obras que deverão chegar à Secretario do 111 Bienal E. I. A, impreteri­velmente até o dia 30 de Maio de 1955, prazo máxi­mo irrevogável., A remessa de tais elementos ou do material, foro do prazo, pode acarretar o exclusão do catálogo oficial ou do próprio exposição.

4 A 111 Bienal - E. I. A, responsabilizo-se apenas pelas despesas de desembalagem dos trabalhos, ficando a re­messa dos mesmos à cargo do escola participante. Após a realização da 111.0 Bienal - E.I.A, o maté­rial exposto ficará de propriedade do Museu de Arte Moderna de São Paulo que poderá, eventualmente, . uti­lizá-lo para publicações documentativas como também poderá organizar,com aquele material, exposições iti­nerantes no País e no Exterior, antes de incluí-lo no seu acêrvo, paro efeitos didáticos.

5 O tema que os estudantes desenvolverão a fim de par­ticiparem do COncurso, é o seguinte:

• Situação: à margem de lago, rio ou mar. Afas­tado de qualquer outro centro urbano.

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REGULAMENTO

• Abastecimento: deverá o centro ser, tanto quan­to possí vel, auto-suficiente.

• Acessos: deverão ser indicados no projeto os meios de ligação com outros centros.

• Finalidade: recuperação física e mental de tra­balhadores e suas famílias.

• Permanência: cada grupo permanecerá no centro em período de fêrias de um mês.

• Acomodações: deverõo ser previstas acomodações para trabalhadores solteiros (homens e mulheres) e também para famílias.

• Recreação: será dada especial importância aa es­tudo do porte recreativo do centro. Outrossim, deverá o estudo prever entretenimento e distra­ção em número, quantidade, e variedades tais que os hás pedes possam tirar o proveito necessá­rio à uma temporada de férias sem se aperce­berem do aborrecimento que o simples descanso fí sico usualmente provoca.

6 Ficam instituídos para a 111 E. I. A. - 11 Concurso In­ternacional poro Escolas de Arquitetura, os seguintes prêmios .em dinheiro 00 autor ou autores do trabalho:

Prêmio Prêmio Prêmio

Prêmio Prêmio

Cr$

Cr$ Cr$

Cr$ Cr$

100.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 10.000,00

Aos vencedores e à Escola à qual pertencem, será tam­bém entregue um diplomo.

7 O Júri poderá abster-se de conferir um ou mais prêmios, como também poderá subdividi-los.

XXXI

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R E G U L A ME N TO'

8 O JCJri de Premiação seró constituído pelo Presidente do Museu de Arte Moderno ou pessoa por êle delegado, e por eleméntos nacionais e estrangeiros, de. renome in­ternacional, indicados pelo Diretoria do E. I· A., no ma­neiro dos Bienais anteriores.

Os nomes dos componentes dos júris serão· divulgados até o dia 1.° de Março de 1955.

9 Dos decisões do Júri não cabe recurso.

10 Os cosas omissos no presente regulamento serão deci­didos de acôrdo com o disposto nos normas gerais do Bienal do Museu de Arte Moderno de São Paulo.

No hipótese de tais normas não se aplicarem à situa­ção específico, serão elos resolvidos pelo direção do E. I. A., de 'cujas decisões não caberó recurso.

11 Pelo simples assinatura do ficho de inscrição, os que participarem do III E. I .. A., sujeitam-se à observânda dêsteregulamento, conferindo' plenos poderes à Direção do E. I. A., no tocante à colocação dos S'eus trabalhos no recinto do exposição.

NOTA: Todos os prêmios serão pagos após o encerramento do exposição, deduzidos os taxas legais, conforme os normas vigentes no época·

São Paulo, Junho de 1954

FRANCISCO MATARAZZO SOBRINHO

Presidente

XXXII

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L I STA DE PRÊMIOS

Os premlos mencionados como aquisição, re­vertem a obra premiada à plena propriedade do Museu de Arte Moderna de São Paulo. A fim de estimular as delegações participan­tes, o Juri de Premiação concederá ao melhor dos artistas de cada país não contemplado na distribuição dos prêmios, uma menção honrosa. O Juri poderá abster-se de conferir um ou mais prêmios, como também poderá subdiví­di-los (art. 14, par. "e" do Regulamento).

PR~MIOS REGULAMENTARES

PARA ARTES PLÁSTICAS

Prêmio São Paulo Cr$ 300.000,06

Prêmio para o melhor pintor estrangeiro 100.000;00

Prêmio para o melhor pintor nacional 100.000,00

Prêmio para o melhor escultor estrangeiro 100.000,00

Prêmio para o melhor escultor nacional 100.0ÓO,00

Prêmio para o melhor desenhista estranlJeiro 50.000,00

Prêmio para o melhor desenhista nacional 50.000,00

Prêmio para o melhor gravador estrangeiro 50.000,00'

Prêmio para o melhor gravador nacional 50.000,00

XXXIII

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LISTA DE PR~MIOS

PR~MIOS REGULAMENTARES PARA O SEGUNDO CONCURSO INTERNACIONAL DAS ESCOLAS DE ARQU ITETURA

Prêmio Prêm:o Prêmio Prêmio Prêmio

Cr$ 100.000,00 Cr$ 30.000,00 Cr$ 30.000,00 Cr$ 30.000,00 Cr$ 10.000,00

PR~MIOS E FUNDOS DE AQUISiÇÃO

Aquisição livre (Prêmio Jockey Club) Aquisição livre (Metolúrgica Matarazzo) Aquisição livre (Prêmio Moinho Santista S. A.) Aquisição p/ escultor nacional (Prêmio Sanbra) Aquisição livre (Prêmio Cio. Gessy) Aquisição livre (Prêmio Circolo Italiano) Aquisição livre (Prêmio Jafet) Aquisição livre (Prêmio Cio. de Sego do Baía) Aquisição p/ pintor nacional (Prêmio Tricot-

lã) Aquisição livre (Prêmio AmoS/A.) AC;'uisição livre (Prêmio Probel) Aquisição livre (Prêmio Caixa Econom. Federal) Aquisição p/ pintor nacional (Prêmio Museu

de Arte Moderno do Rio de Janeiro) Aquisição p/ escultor nacional (Prêmio Museu

de Arte Moderno do Rio· de Janeiro) Aquisição livre (Prêmio Co rio Tamagnil

PR~MIOS ESPECIAIS

Cr$ 100.000,00 100.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 30.000,00

20.000,00 20.000,00 20.000,00 35.000,00

20.000,00

20.000,00 10.000,00

Anônimo (Passagem de ida e volto poro o Europa) ClT (Prêmio de viagem - idem) ENIT (Prêmio Sicilia)

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PAfSES P A R T 1 CI P A N T E S

BRASIL ALEMANHA ANTILHAS HOLANDÊSAS ÁUSTRIA B~LGICA

BOLrVIA CANADÁ C H I L E CUBA ESTADOS UNIDOS FRANÇA GRÃ-BRETANHA GRÃO DUCADO DE LUXEMBURGO GR~CIA HOLANDA ISRAEL ITÁLJA IUGOSLÁVIA JAPÃO M~XICO NICARAGUA NORUEGA PAQUISTÃO· PARAGUAI PORTUGAL REP. DOMINICANA SUrçA UNIÃO PANAMERICANA URUGUAI VENEZUELA VIET-NAM

XXXV

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N T R O D u ç Ã o

F oi intenção dos organizadores da 111 Bienal de São Paulo prosseguir, na execução do programa estabe­

lecido desde o início em linhas gerais, de colocar a nossa arte em vivo contacto com a arte do resto do mundo, dando ao mesmo tempo ao público brasileiro a oportuni­dade de conhecer e apreciar as obras dos mais impor­tantes artistas destes últimos cinquenta anos de tentativas de renovação, de resoluções estéticos, de revisão das con­cepções artísticas, de recondução da arte a seus verdadei­ros objetivos. Nas primeira e segunda bienais procurou-se reunir, ao lado das obras mais recentes dos artistas nacionais e estran­geiros, alguns conjuntos representativos dos diversos movi­mentos ocorridos na evolução da arte moderna. Assim foi que se deu ao nosso público um panorama, suficiente­mente esclarecedar, senão completo, ,dessa linha quebrada que vai dos impressionistas aos abstratos, com suas ações inventivas e suas realizações de disciplina. Juntamente com as realizações contemporâneas, mostrou-se o ponto de partida de cada tendência, procurando realçar as razões de ser das novas pesquisas, bem como os resultados al­cançados. Nesta 111 Bienal, a carência de espaço e dificuldades de tôda espécie impediram o desenvolvimento desse programa coma mesma amplitude de antes. Na impossibilidade de organizar e apresentar algumas escolas do passado, de in­terêsse indiscutível para a compreensão do fenômeno esté­tico que nos é dado apreciar atualmente, solicitaram-se dos diversos países convidados algumas retrospectivas impor­tantes suscetíveis de completar as informações anterior­mente fornecidas ao público. No expressionismo por um lado (Alemanha, Áustria, Bélgica) no Cubismo (França, com Léger) no abstracionismo concretista (Suiça, cam Taeuber­Arp) e no surrealismo <Inglaterra, com Sutherland) concen­trou-se a atenção dos convidados e alguma cousa útil se

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INTRODUÇÃO

obteve. Reunir em um mesmo momento conjuntos de Beckmann, de Léger, de Taeuber-Arp, de Sutherland, sem contar as salas especiais italianas e as nacionais (Portinari e Segalll, constitue sem dúvida uma recompensa ao esforço dos organizadores. Justificada a orientaçãa dada ao certame, não cabe aqui uma apreciação das obras enviadas pelos países convida­dos: a tarefa é da alçada dos críticos· I:les dirão em que esta 111 Bienal se terá evidenciado mais ou menos atraente e interessónte do que as anteriores. E também até que ponto terá sido profícuo o contacto íntimo que com ela se estabeleceu entre nacionais e estrangeiros. Como nas exposições anteriores, tem-se ainda nesta III Bienal de São Paulo a impressão de que a polêmica entre abstratos e figurativos continua sem solução conciliatória. A observação do fato é reconfortante, porquanto dessa luta de tendências e teorias mais ou menos intransigentes nas­cem as mais belas realizoções. Uma arte parada, satisfei­ta, "dona" da verdade estética, assinalaria um momento de decadência, a formação de um academismo esteril. Nãa corre ainda êsse risco a produção contemporônea, que continua a interpretar contradições e dúvidas caracterí sti­cas da nossa sociedade. Mais do que nunca ela aborrece a copIa, a fórmula, o convencionalismo e se apega à. ex­pressão, à invenção, à composição construtiva, dentro do espí rito de um mundo machucado, em verdade, mas an­sioso por viver e criar, por penetrar a essência das cousas e a transformar em benefício do homem livre.

SERGIO MILLlET

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BRASIL

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Sala especial

CÂNDIDO PORTINARI

o s quadros constantes desta Sala Portinari fo­ram realizados como estudos para o painel da

"Guerra" que, juntamente com o da "Paz", o artista está executando, por encomenda do govêrno brasi­leiro, para decorar o novo edifício da ONU. Pinturas enormes, de 14 metros de altura por 10 de largura cada uma, exigem naturalmente um longo trabalho preliminar de planejamento, a fim de que, numa superfície tão grande, as côres domi­nantes e os grupos variados de figuras se harmo­nizem ese integrem, dando unidade à composição. Nas maquetes originais, de tamanho reduzido, fei­tas há mais de dois anos, o pintor não podia entrar em detalhes. Traçou apenas as linhas gerais que deveriam ser seguidas, 'pois. a administração daquele organismo internacional queria ver previamente o projeto da obra. . Tinham assim de constituir apenas um esbôço as maquetes preparadas pelo artista, que se limitou a fazer indicações de caráter essencialmente plástico. Era, como conseqüência, muito natural que se tor­nasse mais formalista êsse trabalho preliminar, em face de sua própria finalidade decorativa, como em obediência aos princípios estéticos postos em voga pelo modernismo. Este foi desde seu início um movimento formalista, tendência que o realismo moderno pretende ultrapassar, voltando à grande tradição narrativa da pintura ocidental, contrária ao plasticismo puro dos abstratos, tão próximo ao anti-figurativismo.priental. Portinari é hoje" 'um dos artistas mais empenhados na tarefa da criação de um realismo moderno,tan­to no quadro de cavalete como no domínio da pin­tura mural. Isso já foi notado desde 1946, por um crítico da autoridade de René Huyghe, quando o

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BRASIL

pintor fez uma exposição na "Galerie Charpentier" em Paris. Nessa, época, estava muito acesa a dis­puta entre abstratos e figurativos, tendo o mestre francês salientado que Portinari estava dedicado, na atualidade, a um trabalho igual ao de Giotto, que logrou realizar a síntese da pintura bizantina com a dos italianos, plasmando a linguagem origi­nal do realismo renascentista. Não há dúvida que o realismo da atualidade terá forçosamente de ser diverso dos padrões criados por Giotto, Caravaggio e Courbet. Será certamente um realismo de tipo expressionista, ou seja um instru­mento mais adequado a interpretar não somente as idéias como os sentimentos da época apocalípti-

, ca que vamos atravessando. ~ste é na verdade um mundo de misérias inimagináveis. É o mundo das duas ou talvez três guerras totais, que, já agora, podem chegar à destruição da própria humanidade. Os quadros da "Guerra", fragmentos de uma deco­ração ,gigantesca, dão uma amostra da paixão que O pintor põe na execução da obra que lhe foi pe­dida., . As figuras desgraçadas das mães, espôsas, e noiva~, diante dos filhos, maridos e noivos mortos ou feridos, são de uma dramaticidade de legenda. Vivem êsses seres num mundo de pesadelos infer­nais. Seus gritos e lamentos de monstruosa afli­ção parecem perder-se no vácuo. São imagens vivas do sofrimento gerado por uma época de irraciona­lismo e destruição, que envolvem todos os conti­nentes, com a fatalidade das coisas irremediáveis. Há, por isso mesmo, em todo o painel, uma atmos­fera de tragédia. Os azues e violetas, no, primeiro projeto eram apoiados por laranjas mais extensos. O pintor diminuiu depois as superfícies em que êsses tons quentes imperavam. Disso resulta que o painel tem agora um aspecto mais sombrio, no qual dominam os azues, cores pelas quais o artista sempre manifestou predileção. Isso pode ser visto em diversos quadros desta Sala, estudos feitos, com

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muita largueza, de grupos e figuras da "Guerra", alguns no tamanho em que devem ficar na trama da camposição e outros em escala reduzida. Com o vigor que todos lhe reconhecem, Portinari dá-nos nesses trabalhos não sàmente figuras plás­ticas, cores e formas expressivas, como também uma visão terrificante da barbaria moderna.

ANTONIO BENTO

pintura

1 "A GUERRA". óleo sôbre madeira. 110 x 160.

2 "A GUERRA". óleo sôbre madeira. 110 x 160.

3 "A GUERRA" óleo sôbre madeira. 110 x 160. 4 "A GUERRA" óleo sôbre madeira. 110 x 160.

5 "A GUERRA" óleo sôbre_madeira. 110 x 160.

6 "A GUERRA" óleo sôbre madeira. 110 x 160.

7 "A GUERRA" óleo sôbre madeira. 110 x 160.

8 "A GUERRA" óleo sôbre madeira. 160 x 190.

9 "A GUERRA" óleo sôbre madeira. 130 x 200.

10 "A GUERRA" óleo sôbre madeira. 220 x 150.

11 "A GUERRA". óleo sôbre madeira. 160 x 220.

12 "A GUERRA". óleo sôbre madeira. 70 x 190.

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Sala especia

LASAR SEGALL

A s salas que se reservaram na IH Bienal às obras de Cândido Portinari e de Lasar Segall,

juntam-se propositadamente à representação da arte de tendências expressionistas, com que depa­ramos novamente em vários artistas das delega­ções européias. Mas não é só essa tendência o que motiva a nova presença dos dois mestres nesta Bienal; de fato êles estão tão integrados no âmago da vida artis­tica brasileira, que difícil seria encontrar outros elementos que, mantendo a sua importância de pio­neiros, possam ainda hoje com suas obras recentes figurar como expoentes da arte atual desta terra. Os elementos que caracterizam especialmente a pintura de Lasar Segall são, a nosso ver, por um lado, a preocupação profunda de conservar o es­pírito humano, de movimentar a nossa alma; por outro, a atenção constante dada à pintura própria­mente dita, que se exprime nas formas e tonali­dades das cõres, tratadas com o máximo cuidado quanto aos seus valores expressivos e ao conjunto de seus elementos plásticos. As pinturas e esculturas que representam a obra de Lasar Segall na IH Bienal de São Paulo subli­mam os dois elementos acima mencionados. Não é o pintor novo e um tanto revolucionário do ex­pressionismo jovem da segunda década do século, fase essa de sua pintura que nos foi muito bem revelada na sua exposição retrospectiva de 1951 em São Paulo. E' o pintor circunspecto, mestre de vas­tas experiências, o pintor sábio, no qual encontra­mos ao lado da grande riqueza da paleta, a mais sóbria reserva na aplicação dos tons infinitamente matizados. Coloca-se com estas características a pintura de Lasar Segall aCima das discussões de tendências

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dos estudiosos das artes de hoje. São valores que em sua dualidade de aspecto simbolizam de certo modo como que num espelho de grande expressi­vidade o espírito do nosso século e que, refletindo as suas criações, podem transmitir-nos muitos en­sinamentos. A situacão atual da sociedade humana, que se en­contra -ante a formação de novas estruturações, redunda naturalmente em choques, em aconteci­mentos que desequilibram e que causam mais so­frimentos, transplantações e catástrofes para os próprios membros dessa sociedade do que as cau­sadas antigamente pelas fôrças da natureza, que tinham de enfrentar. Como se poderá perder o contacto emocional com êsses acontecimentos que se imprimem na alma humana? Não poderá decerto o artista negar fatos tão portentosos, nem deixá-los passar sem se sen­tir profundamente abalado em sua sensibilidade. Estes fatoreS, entretanto, em muitos casos foram negados nas artes de hoje, em benefício de uma procura de novas bases formais, de elementos pu­ros em vista da renovação das artes plásticas em si. Ao mesmo tempo houve abuso dos temas de signi­ficação humana, por parte de gente que se serve da representação das imagens não para fazer arte mas como veículo de propaganda de ideologias políticas. A pintura de Lasar Segall mostra-nos com autên­tica sensibilidade de artista a vida e as catástrofes tanto do indivíduo como da coletividade humana. Mas êle nos quer dar dos fatos íntimos como do mundo, uma síntese vista pelo homem e criada pelo homem que é pintor, essencialmente pintor. Sega II não se limita assim a um círculo de motivos e problemas, como tão pouco se limita a um gênero de exvressão ou de colorido. Mas êle nos demons­tra pela sua arte que devemos atentar para o ele­mento humano, única atitude capaz de criar por outro lado o amor no sentido mais amplo. Este amor pode concentrar-se tanto em um ser humano,

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como na beleza da natureza, de plantas, animais, paisagens. E' aqui que se abre um novo expressio­nismo profundamente enraizado na existência viva do universo. Esta arte de Segall manifesta-se de maneira reser­vada, culta e construtiva. Encontramos o seu es­pírito em todos os grupos das obras expostas,seja nas figuras dos quadros da serie "As Erradias" em sua impressionante solidão, seja nas esculturas, quase tôdas relacionando intimamente as figuras humanas entre si; e também nas paisagens brasi­leiras na sua atmosfera, no seu colorido e na sua qualidade de vida intensa. Achamos que ao lado das pesquizas dos abstracionistas e de tantos outros movimentos que se propõem como objetivo a des­coberta de novas bases para a pintura em si, a obra pitórica de Lasar Segall traz. uma mensagem de nível espiritual e artístico suscetível de propa­gação universal.

WOLFGANGPFEIFFER

pintura

1 POGROM, 1936-1937. 184 x 150. 2 GUERRA, 1942.185 x 270. 3 SOBREVIVENTES, 1946. 130 x 98. 4 DA SÉRIE "AS ERRADIAS" I, 1949. 70 x 40. 5 DA SÉRIE "AS ERRADIAS" lI, 1949. 70 x 38. 6 DA SÉRIE "AS ERRADIAS" IIl, 1950. 81 x 65. 7 DA SÉRIE "AS ERRADIAS" IV, 1952. 81 x 65. 8 DA SÉRIE "AS ERRADIAS" V, 1952. 84 x 68. 9 DA SÉRIE "AS ERRADIAS" VI, 1953. 92 x 65.

10 DA SÉRIE "AS ERRADIAS" VII, 1953. 100 x 65. 11 DA SÉRIE "AS ERRADIAS" VIII, 1953. 56 x 46. 12 FLORESTA I, 1952. 100 x 65.

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13 FLORESTA lI, 1954. 130 x 114. 14 FLORESTA III, 1954. 115 x 89. 15 FLORESTA IV, 1954. 116 x 81. 16 PAISAGEM I, 1954. 73 x 60. 17 PAISAGEM lI, 1954. 65 x 54. 18 PAISAGEM III, 1954. 65 x 50.

escultura

1 BAIXO-REL1l:VO I, 1929. Bronre. 47 x 38. 2 GRUPOS I, 1934. Bronze. 40. 3 GRUPOS lI, 1934. Bronze. 10. 4 GRUPOS III, 1935. Bronze. 30. 5 GRUPOS IV, 1936. Bronze. 16. 6 GRUPOS V, 1936. Bronze. 34. 7 BAIXO-REL1l:VO, lI, 1950. Bronze. 25 x 20. 8 BAIXO-REL1l:VO III, 1950. Bronze. 25 x 55. 9 GRUPOS VI, 1951. Bronze. 21.

10 GRUPOS VII, 1951. Bronze. 23. 11 BAIXO-REL1l:VO IV, 1954. Bronze. 28 x 14. 12 BAIXO-REL1l:VO V, 1955. Bronze. 30 x 35. 13 BAIXO-REL1l:VO VI, 1955. Bronze. 39 x 29.

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SALA GERAL

ARTISTAS BRASILEIROS E ESTRANGEIROS RE­SIDENTES NO BRASIL QUE ESPONTÂNEAMEN­TE SE APRESENTARAM AO JÚRI DE SELEÇÂO

N a escolha dos artistas que concorrem à III Bienal de São Paulo, o lúri teve, antes de

tudo, o obletivo de selecionar as obras que pudes­sem ser classificadas dentro das diversas tendên­cias do movimento de renovação das artes plás­ticas. Essa era uma tarefa necessária, pois ins­creveram-se numerosos candidatos culos trabalhos não eram modernos. Como a Bienal paulista é uma competição de arte de vanguarda, tendendo mesmo a ser, dado o empenho de seus dirigentes, uma das mais avançadas do mundo, impunha-se ao lúri o propósito de fazer Uma escolha, senão rigorosa, pelo menos em harmonia com os princípios estéti­cos do modernismo. Foi igualmente seu desejo reu­nir um conlunto de obras que pudesse ser posto ao lado das exposições congêneres da Europa, sem que baixasse sensivelmente o nível qualitativo da re­presentação brasileira, como aconteceu na I Bien.al. Graças às modificações operadas em nossos meios artísticos desde 1951, como consequência (las duas Bienais lá realizadas, acentua-se a preocupação dos lovens artistas brasileiros de 'expressar-se através de uma linguagem plástica de caráter internacio­nal, ao contrário do que se verificou nos primeiros tempos do modernismo. A tendência "nacional" vai assim aos poucos se enfraquecendo, enquanto au­menta o número dos artistas abstratos. Mesmo dos pintores filiddos à corrente primitivista, em número' reduzido nesta Bienal, não se pode dizer que pre­tendam fazer arte brasileira. Tem antes uma visão poética e virginal das coisas. E apresentam como adultos uma mentalidade e uma técnica que se as­semelham às das crianças e que despertam, por isso mesmo, tanto no crítico como no observador

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comum, um sentimento comparável à nostalgia da idade infantil, tão viva em todos os homens. Na própria arte figurativa, são raros os que, nesta representação, seguem a tendência nacional. Pode mesmo ser notada sensível abstenção de artistas dessa corrente, os quais ficaram com a falsa im­pressão de que a Bienal dava preferência aos abs­tratos. Conforme o júri teve oportunidade de sa­lientar, na ata de seus trabalhos, essa suposição é injusta, pois os dirigentes dessa exposição não ma­nifestaram, por atos ou palavras, qualquer prefe­rência pela arte não-figurativa, mantendo-se equi­distante das diversas tendências modernas. Foi essa igualmente a conduta do júri de seleção, composto em sua maioria de críticos que, nessa du­pla qualidade, não deviam e não podiam manifestar preferências artísticas. Todavia, há um fato que não pode ser obscurecido. E êsse é o desenvolvimento atual da arte' abstrata no Brasil, como consequência direta: 1.°) de sua ascenção na Europa e nos Estados Unidos, notada­mente depois da segunda guerra mundial; 2.°) das condições favoráveis, criadas no país, pela divUlga­ção que a Bienal de São Paulo tem feito 'da obra dos mestres não-figurativos e do papel que êles representam na criação plástica da atualidade. Corresponde êsse surto da abstração a uma neces­sidade profunda de expressão dos nossos artistas ou decorre de uma imposição da moda? Esta per­gunta só terá uma resposta definitiva no futuro. Examinando-se os trabalhos dos abstratos brasilei­ros, nesta exposição, verifica-se desde já sua liga­ção estreita com a produção dos europeus. Esse tem sido, em linhas gerais, um fenômeno por assim

'dizer inelutável no desenvolvimento da arte dos países americanos, desde os tempos coloniais. No passado, isso ocorria pelas relações de dependência política e cultural, que os prendiam às metrópoles distantes. Hoje, acontece um pouco pela força da inércia da tradição, e também pela própria carac­terística internacional da linguagem plástica mo'"

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derna, principalmente no que diz respeito à abs­tração. Mas, é desejável que essa ligação deixe de ser tão íntima como se verifica no presente, passando os artistas brasileiros, tanto os abstratos como os fi­gurativos, a criar também suas próprias escolas. Só assim afirmarão o gênio plástico de seu povo, contribuindo ao mesmo tempo, de forma decisiva, para a obra de renovação comum das artes plásti­cas em nossa época. Finalmente, cabe observar que, não obstante o ca­ráter heterogêneo da remessa feita pelos artistas brasileiros (a qual não dava margem a nenhum planejamento na escolha da representação nacio­nal), o júri teve o propósito de selecionar trabalhos das diversas tendências da arte moderna no país.

ANTONIO BENTO

pintura

OSWALD DE ANDRADE FILHO (1914)

1 PINTURA 3, 1955. 120 x 92.

ZACHARIAS AUTUORI (1889)

2 RUA COM IGREJA, 1954. 60 x 36. 3 GRUPO DE CASAS, 1954. 46 x 38. 4 CIDADEZINHA DO INTERIOR, 1954. 65 x 46.

ANTONIO BANDEIRA (1922)

5 QUERMESSE, 1954-1955. 100 x 81. .6 CIDADE AMARELA, 1954-1955.~ 100 x 81. 7 A CATEDRAL BRANCA, 1954-1955. '1:00 x 81.

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BRASIL

8 CIDADE AZUL, 1954-1955. 100 x 81. 9 PAISAGEM AGRESTE, 1954-1955. 100 x 81.

GERALDO DE BARROS (1923)

10 COMPOSIÇAO COM TR1!:S METADES DE UM, 1954. Esmalte sôbre kelmite. 60 x 60.

11 COMPOSIÇAO - VERMELHO EM FUNÇAO DE CINZA, 1954. Esmalte sôbre kelmite. 60 x 60.

12 COMPOSIÇAO, 1954. Esmalte sôbre kelmite~

60 x 60.

UBI BAVA (1915)

13 COMPOSIÇAO N.o 1 (CíRCULOS ESTATICO-DINAMICOS), 1953. 80 x 80.

14 COMPOSIÇAO NO 2 (CíRCULOS ESTATICO-DINAMICOS), 1953. 80 x 80.

15 COMPOSIÇAO N.o 4 (CíRCULOS ESTATICO-DINAMICOS), 1954. 126 x 62.

16 COMPOSIÇAO N.o 5 (CíRCULOS ESTATICO-DINAMICOS), 1954. 126 x 62.

PAULO BECKER (1927)

17 PAISAGEM, 1954. 100 x 73. 18 FIGURAS, 1955. óleo sôbre madeira. 100 x 73.

SUZANA IZAR DO AMARAL BERLINCK (1915)

I!} .DISTORÇAO, 1954. 87 x 61.

HEINRICH BOESE (1897)

20 COMPOSIÇAO 2, 1954. Têmpera sôbre tela. 60 x 80.

21 PAISAGEM, 1954. óleo sôbre madeira. 70 x 90.

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BRASIL

ALDO BONADEI (1906)

22 COMPOSIÇAO I, 1954. 82 x 105.

23 COMPOSIÇAO II, 1955. 82 x 105.

24 COMPOSIÇAO III, 1955. 62 x 75.

25 COMPOSIÇAO IV, 1955. 82 x 115.

26 COMPOSIÇAO V, 1955. 82 x 115.

MARIA BONOMI (1935)

27 RETRATO 1,1954. Têmpera sôbre papel. 92 x 62.

28 CATEDRAL, 1955. 75 x 50.

VALENTINO CAI (1918)

29 COMPOSIÇAO N.o 2, 1955. Guache sôbre papel. 42 x 52.

30 RITMO CONTíNUO, 1955. Gauche sôbre papel. 41 x 61.

LULA CARDOSO AYRES (1910)

31 PINTURA N.o 1, 1955. 115 x 150 ..

32 PINTURA N.O 3, 1955. 150 x 70.

33 PINTURA N.o 5, 1955. 70 x 150.

FLÁVIO DE CARVALHO (1899)

34 CRIATURA PENSATIVA, 1955. 70 x 65. 35 PAISAGEM MENTAL, 1955. 92·x 73. 36 RETRATO DO ARQUITETO ROBERTO BURLE

MARX, 1955. 73 x 92. 37 RETRATO DE NIOMAR MONIZ SODR~, 1955.

73 x 92. 38 VELAME DO DESTINO, 1955. 70 x 65.

15

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BRASIL

GENARO DE CARVALHO (1926)

39 A GRANDE FLOR, 1954. óleo sôbre papelão. 100 x 70.

ALUíSIO CARVAO (1918)

40 RETAS EM ESPAÇO VERMELHO, 1954. óleo sôbre madeir.a. 120 x 75.

41 PARALELAS EM ESPAÇO AMARELO, CINZA E BRANCO, 1954. Sintética sôbre madeira. 100 x 80.

42 RITMOS CENTRIFUGAIS, 1954. Guache sôbre celotex. 52 x 50.

43 CONSTRUÇAO N.o 3, 1955. Sintética e óleo sôbre madeira .. · 62 x 55.

LYGIA CLARK (1920)·

44 SUPERFíCIE MODULADA N.o I, 1955. óleo sôbre madeira. 114 x 77.

45 SUPERFíCIE MODULADA N.o 2, 1955. óleo sôbre madeira. 114 x 77.

46 SUPERFÍCIE MODULADA N.D 3,1955. óleo sôbre madeira. 66 x 91.

WALDEMAR CORDEIRO (1925)

47 IDEIA VISíVEL N.o I, 1955. "Plexiglass" . 40 x 40. 48 IDEIA VISíVEL N.o 2, 1955. Tinta em massa

sôbre nordex. 61 x 61. 49 IDEIA VISiVEL N.D 3, 1955. Tinta em massa

sôbre nordex. 61 x 61.

50 IDEIA VISÍVEL N.o 4, 1955. Tinta em -massa sôbre nordex. 61 x 61.

16

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BRASIL

51 IDEIA VIS-íVEL N.O 5, 1955. Tinta em massa sôbre nordex. 61 x 61.

WALDEMAR DA COSTA (1904)

52 COMPOSIÇAO A, 1954. 81 x 65.

53 COMPOSIÇAO B, 1954. 81 x 65.

54 COMPOSIÇAO C, 1954. 73 x 97.

55 COMPOSIÇAO D, 1954. 61 x 73.

CARMELO CRUZ (1924)

56 FIANDEIRA, 1955. 196 x 97.

57 FIANDEIRAS, 1955. 100 x 73.

MILTON DA COSTA (1915)

58 COMPOSIÇAO, 1954. 81 x 55.

59 COMPOSIÇAO, J954. 41 x 33.

60 SõBRE FUNDO NEGRO, 1954 - 1955. Têmpera. 81 x 60.

61 SõBRE FUNDO AZUL, 1955. 92 x 65.

62 SõBRE FUNDO MARRON, 1955. Têmpera. 55 x 38.

DANILO DI PRETE (1911)

63 ESPAÇO QUADRADO, 1955. 100 x 73.

64 FESTA DE SAO JOAO, 1955. 100 x 73.

65 SIL1l:NCIO INTERNO, 1955. 73 x 60.

66 FORMAS NOTURNAS, i955. 73 x 60.

67 FORMAS NO ESPAÇO, 1955. 100 x 73.

17

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BRASIL

JACQUES DOUCHEZ (1921>

68 NAUTICA lI, 1954. 60 x 100. 69 MERIDIANA, 1955. 75 x 150. 70 DUALISMO, 1955. 80 x 125.

ESTRELA DE FARIA (1910)

71 LIBERTAÇAO, 1954-1955. 190 x 146.

HERMELINDO FlAMINGm (1920)

72 COMPOSIÇAO N.o I, 1953. 45 x 55. 73 SEQU:I!:NCIA DE CURVAS N.o I, 1955. Cartão.

50 x 60.

SAMSON FLEXOR (1907)

74 "VA ET VIENT DIAGONAL" N.o 3,1954. 120 x 120. 75 PURíSSIMO N.o 2, 1954. 120 x 120. 76 "MODULATION A LA DOMINANTE ROUGE",

1954. 160 x 180. 77 "VA EI' VIENT DIAGONAL" N.o 4, '1955 179 x 80. 78 "MODULATION EN DEUX SENS", 1955. 179 x 80.

MAURO FRANCINI (1924)

79 MESA NA TARDE, 1954. 128 x 94. 80 GARRAFA E VINHO, 1954. 139 x 104.

KLAUS FRANKE (1930)

81 ESTúDIO DE TELEVISAO, 1953. óleo sôbre madeira. 46 x 65,3.

18

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BRASIL

MIRA BARGESBEIMER (1919)

82 COMPOSIÇAO N.o 4, 1954. Têmpera sôbre· ma­deira. 61 x 41.

83 COMPOSIÇAO N.O 5, 1955. Têmpera sôbre ma­deira. 62 x 42.

FRANS KRAJCBERG (1921)

84 PEIXES, 1955. 73 x 92. 85 NATUREZA MORTA I, 1954. 60 x 73.

BEINZ KUEBN (1908)

86 PINTURA n, 1954. 130 x 162.

EMERIC LANYI (1907)

87 COMPOSIÇAO COM CONTRATES, 1955. 94 x 72. 88 COMPOSIÇAO N.o I, 1955. 94 x 72.

JUDITH LAUAND (1922)

89 COMPOSIÇAO N.o I, 1954. Esmalte sôbre kelmite. 60 x 72.

DÉA CAMPOS LEMOS (1925)

90 FOLHAGEM, 1955. 116 x 81. 91 PAISAGEM, 1955. 81 x 65.

FERNANDO LEMOS (1926)

92 PINTURA COM RITMOS IV, 1955. Têmpera sôbre papel. 70 x 50.

19

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BRASIL

93 PINTURA COM RITMOS V, 1955. Têmpera sôbre papel. 70 x 50.

MARIA LEONTINA (1917)

94 DA SÉRIE "OS ENIGMAS" lI, 1953-1954. 92 x 60.

95 DA SÉRIE ''OS ENIGMAS" III, 1953-1954. 92 x 73.

96 DA SÉRIE "OS ENIGMAS" V, 1954. 100 x 73.

97 DA SÉRIE "OS JOGOS" IV, 1954. 54,5 x 54,5.

98 DA SÉRIE "OS JOGOS" lI, 1954-1955. 81 x 60.

WALTER LEWY (1905)

99 PINTURA N.O 1, 1953. 110 x 75.

100 PINTURA NO 3, 1954. 100 x 75.

101 PINTURA N.o 5, 1954. 90 x 77.

RUBEM MAURO LUDOLF (1932)

102 SIMETRIA VERDE-AZUL, 1954. Guache sôbre papel. 50 x 40.

103 ASSIMETRIA RESULTANTE DE DESLOCAMEN­TOS SIMÉTRICOS, 1955. Guache sôbre papel. 68 x 44.

104 SIMETRIA N.O 32, 1955. Guache sôbre papel. 58 x 44.

105 SIMETRIA N.o 40, 1955. Guache sôbre papel. 58 x 44.

MANABU MABE (1924)

106 MULHER, 1954. 75 x 100.

107 PINTURA N.o 2, 1954. 80 x 100.

20

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BRASIL

ALOíSIO SÉRGIO MAGALHãES (1927)

108 PAISAGEM N.o 2, 1955. óleo sôbre madeira

prensada. 80 x 60.

109 PAISAGEM N.O 3, 1955. óleo sôbre madeira

prensada. 80 x 60.

EMILIO MALLET NETTO (1924)

110 COMPOSIÇÃO 5, 1954. 55 x 45.

111 COMPOSIÇÃO 4, 1955. 65 x 46.

EMERIC MARCIER (1916)

112 TRAPICHE NA BAíA, 1953. 100 x 73.

113 IGREJA EM VENEZA, 1954. 81 x 65.

LEYLA MARIA DE ORNEIROS MATTOSO (1926)

114 RETRATO DE MOÇA, 1955. 81 x 60.

CAETANO MIANI (1920)

115 COMPOSIÇÃO (GRUA), 1954. 100 x 73.

116 COMPOSIÇÃO (NATUREZA MORTA), 1954. 100 x 73.

ELIDE MONZEGLIO (1927)

117 ESTUDO N.o 1 (ACROMATICA), 1955. 73 x 60.

CAIO ALONSO MOURÃO (1933)

118 COMPOSIÇÃO lI, 1954. óleo sôbre cartão. 80 x 40.

21

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BRASIL

MAURíCIO NOGUEIRA LIMA (1930)

119 PINTURA-OBJETO n.O 3, 1954. Esmalte sõbre nordex. 60 x 60.

120 PINTURA-OBJETO N.o 5, 1955. Esmalte sôbre nordex. 60 x 60.

RAYMUNDO JOSÉ NOGUEIRA (1909)

121 A NOVA CONSTELAÇAO, 1954. 116 x 85.

122 A NOVA CONSTELAÇAO, 1954. 116 x 85.

123 A NOVA CONSTELAÇAO, 1954. 116 x 85.

ABRAHAM PALATNIK (1928)

124 SUPERFíCIE VISUAL N.o 26,1954. Celulose com­

pensado. 60 x 80.

125 SUPERFíCIE VISUAL N.o 43, 1954. Celulose compensado. 80 x 100.

JOSÉ PANCETTI (1905)

126 AUTO-RETRATO CINZA, 1939. 65 x 54. Coleção particular.

127 HOMEM LOUCO, 1940. 47 x 55.

128 MARINHA NA BAíA, 1950. 73 x 60. Coleção par­ticular.

129 PRAIA DO FAROL, 1950. 73 x 60. Coleção par­ticular.

130 AUTO-RETRATO, 1954. 55 x 46.

22

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BRASIL

LEYLA PERRONE (1924)

131 EM BUSCA DO EQUILíBRIO, 1955. 81 x 65. 132 ASSUNTO ABSTRATO, 1955. 90 x 60.

ANTONIO PRADO NETTO (1927)

133 COMPOSIÇAO N.o 12, 1954. óleo sôbre cartão prensado. 92 x 65.

134 RITMO, 1954. óleo sôbre cartão prensado. 92 x 65. 135 ENSAIO, 1955. óleo sôbre cartão prensado.'

116 x 81.

LEOPOLDO RAIMO (1912)

136 PINTURA, 1954. 74 x 74. 137 BINARIO, 1954. 65 x 81. 138 COMPOSIÇAO I, 1954. 100 x 73. 139 RITMO, .1955. 92 x 73.

FRANCISCO REBOLO GONZALES (1903)

140 COMPOSIÇAO. 65 x 45. 141 PAISAGEM L 60 x 45. 142 PAISAGEM 2. 60 x 45.

PAULO RISSONE (1925)

143 COMPOSIÇAO COM FIGURAS, 1954. 60 x 50. 145 PôR DO SOL, 1954. 100 x 81.

LUIZ SACILOTTO (1924)

146 "CONCRETION" 5521, 1955. Esmalte sôbre ma­deirit. 90 x 30.

23

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BRASIL

147 "CONCRETION" 5523, 1955. Esmalte sôbre ma-

deirit. 72 x 40.

FIRMINIO FERNANDES SALDANHA (1905)

148 COMPOSIÇÃO 2, 1954. 100 x 74.

149 COMPOSIÇÃO 1, 1955. 90 x 65.

150 NATUREZA MORTA, 1955. 116 x 90.

IONE SALDANHA (1921)

151 CASAS lII, 1954. 105 x 40.

152 CASAS IV, 1955. 100 x 50.

FRANK SCHAEFFER (1917)

153 NOITE NO ARTICO, 1955. 100 x 73.

154 ROCHEDOS, 1955. 100 x 73.

IVAN FERREIRA SERPA (1923)

155 CONSTRUÇÃO N.O 75, 1955. "Collage", papel e celulose. 40 x 40.

156 CONSTRUÇAO N.o 78, 1955. "Collage", papel e

celulose. 31 x 43.

157 CONSTRUÇÃO N.o 79, 1955. "Collage", papel e celulose. 34 x 45.

158 CONSTRUÇAO N.O .85, 1~55. "Collage", papel e celulose. 30 x 43.

159 CONSTRUÇÃO N.o 87, 1955. "Collage", papel e

celulose. 36 x 48.

24

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BRASIL

ELISA MARTINS DA SILVEIRA (1912)

160 CASAMENTO, 1954. 65 x 54.

161 PATEO DO "STELLA MARIS", 1955. 92 x 73.

162 PONTE DAS CANOAS, 1955. 92 x 73.

JOAO JOSÉ SILVA COSTA (1931)

163 IDEIA, JUNHO-DEZEMBRO, 1954. 44,4 x 56,4.

164 IDEIA, SETEMBRO-MARÇO, 1954-1955. 52 x 62.

JOSÉ ANTONIO DA SILVA (1909)

165 ENGENHO, 1954. 115 x 65.

166 ALGODOAL, 1954. 97 x 62.

167 FESTA ANTONINA, 1954. 119 x 64.

168 AS FILHAS DE MARIA, 1955. 100 x 75.

JOSÉ FABIO BARBOSA DA SILVA (1934)

169 PONTEIO N.o 1, 1954-1955. Esmalte sôbre .nordex. 100 x 70.

170 PONTEIO N.o 5, 1954-1955. Esmalte sôbre nordex. 100 x 70.

171 PONTEIO N.o 7, 1954-1955. Esmalte sôbre nordex. 100 x 70.

ALBERTO TEIXEIRA (1925)

172 CROMATISMO 1, 1955. 65 x 85.

173 CROMATISMO 3, 1955. 65 x 100.

174 CROMATISMO 4, 1955. 65 x 100.

25

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BRASIL

FUKUSHIMA TIK4SHI (1920)

175 COMPOSIÇAO, 1954. 90 x 70.

RUBEM VALENTIM (1922)

176 COMPOSIÇAO N.o 5, 1953. óleo sôbre madeira. 40 x 40.

177 COMPOSIÇAO N.o 9, 1953. óleo sôbre madeira. 40 x 40.

DÉCIO VIEIRA (1922)

178 PLANO CONSTRUIDO 1, 1954. 100 x 81.

179 PLANO CONSTRUIDO 2, 1954. 100 x 81.

ALFREDO VOLPI (1896)

180 CASAS 1. 116 x 73.

181 CASAS 2. 116 x 73.

182 CASAS 3. 116 x 73.

183 PINTURA 1. 73 x 54.

184 PINTURA 2. 73 x 54.

escultura

VICTOR BRECHERET (1894)

1 BAR TIRA, 1954. Gesso. Comp. 200.

2 MATERNIDADE, 1954. Terracota. 30.

3 TRt:S VIRGENS, 1954. Terraoota. 30.

4 PIROGA, 1955. Terracota. Comp. 70.

26

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BRASIL

SERGIO DE CAMARGO (1930)

5 GERMINAL, 1952. Bronze polido. 30.

ALFREDO CESCHlATTI (1918)

6 PASSARO, 1951. Madeira e metal. 200.

7 ADãO, 1954. Mármore. 86.

8 EVA, 1954. Mármore. 82.

MARIO CRAVO JUNIOR (1923)

9 CRISTO BAIANO, 1954. Vergalhão de ferro. 36.

10 CRISTO NA COLUNA, 1954. Vergalhão de ferro

em fusão com metais. 22.

11 CAPOEIRISTA, 1955. Ferro em fusão. 48.

12 CRISTO CRUCIFICADO, 1955. Fervo em fusão com

metais. 63.

13 AISKILI, 1955. Chapa de ferro. 79.

TERESA FOURPOME D'AMICO (1919)

14 MãE E FILHO, 1954. Gesso. 70.

15 MULHER DEITADA, 1955. Gesso. 30.

SONIA EBLING (1922)

16 FIGURA ALADA, 1954. Gesso patinado. 126.

CAETANO FRACCAROLI (1911)

17 CURVAS EM MOVIMENTO, 1954. Alumínio. 50.

27

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BRASIL

JULIO GUERRA (1912)

18 FIGURA. Gesso. 75.

IRENE BAMAR (1909)

19 NOITE DE SAO JOAO, 1954. Mármore branco polido. 67.

20 ANDANTE, 1954. Mármore polido côr de rosa. 65.

FELíCIA LEIRNER (1904)

21 FIGURA SENTADA, 1954. Bronze. 80.

22 MAE E CRIANÇA, 1954.· Bronze. 100.

23 MOÇA DEITADA, 1954. Bronze. Comp. 200.

24 MOÇA EM Plt, 1954. Bronze. 200.

MARIA MARTINS (1900)

25 O IMPLACAVEL, 1947. Bronre. 50.

26 ISHW ARA, 1952. Estanho, 95.

27 O CANTO DO MAR, 1953. Sermolite. 65.

28 INSôNIA INFINITA DA TERRA, 1954. Sermolite. 100.

29 A SOMA DE NOSSOS DIAS, 1954-1955. Sermolite e estanho. 270.

JOSÉ PEDROSA (1915)

30 ESCULTURA 1, 1954. Bronze. 50.

31 ESCULTURA 2, 1954. Bronze. Comp. 50.

32 ESCULTURA 3, 1954. Gesso. 70.

28

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BRASIL

MOUSSIA PINTO ALVES (1910)

33 ANJO, 1954. Gesso pintado. 80.

34 COMPOSIÇAO CIRCULAR, 1955. Gesso. 135.

POLA REZENDE (1907)

35 CRISTO, 1954. Bronze. 63.

36 CRISTO, 1954. Bronze. 80.

37 ESTUDO SOBRE CRISTO, 1954. Bl'On:re. 64.

38 SEM RUMO, 1955. Bronze. 55.

39 MAE E FILHO, 1955. Bronze. 90.

ZELIA SALGADO (1909)

40 FORMA 1, 1954. MárIi'iore preto. 38,5.

41 FORMA 2, 1954. Pedra sabão verde. 42.

42 CICLOPE, 1954-1955. Pedr,a sabão cinza. 117.

CACIPORÉ TORRES (1932)

43 FIGURA ADOLESCENTE, 1954. Terracota. 40.

44 FIGURA, 1954. Gesso. 140.

45 TORSO DEITADO, 1954. Gesso. 65.

46 TORSO PRETO, 1955. Barro patinado. 70.

BASSANO VACCARlNI (1914)

47 ESPAÇO, 1954. Ferro. 130.

48 COMPOSIÇAO 3, 1954. Ferro. 120.

29

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BRASIL

MARY VIEIRA (1927)

49 GRUPO DE COLUNAS, 1953. Aço inoxidável. 50. 50 HARMONIA ENTRE SEIS VOLUMES, 1953. Ma­

deira. 70. 51 LUZ-METAL, 1954-1955. Alumínio. 216.

52 LUZ-METAL, 1954-1955. Alumínio. 216.

FRANZ JOSEF WEISSMANN

53 ESTRUTURA 1, 1954. Metal. 26.

54 ESTRUTURA 2, 1954. Metal. 60.

55 ESTRUTURA 3, 1954. Metal. 60.

56 ESTRUTURA 4, 1954. Metal. 70.

57 ESTRUTURA 5, 1954. Metal. 30.

desenho

(1911)

MARIA HELENA ANDRÉS (1908)

1 DESENHO N.O 3, 1955. Nanquim. 50 x 60. 2 DESENHO N.o 8, 1955. Nanquim. 50 x 40.

GERDA BRENTANI (1908)

3 DESENHO 1, 1954. Nanquim. 38 x 90. 4 DESENHO 2, 1954. Nanquim. 50 x 50.

BRAMANTE BUFFONI (1912) /

5 PEIXES 1, 1955. Branco e preto sôbre madeira. 60 x 80.

30

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BRASIL

6 PEIXES 2, 1955. Branco e preto sôbre madeira. 60 x 80.

ROBERTO BURLE MARX (1909)

7 CIDADE, 1953. Bico de, pena. 80 x 100. 8 ESPINHOS 1, 1953. Bico de pena. 80 x 100. 9 ESPINHOS 2, 1953. Bico de pena. 80 x 100.

10 MANGUE 1, 1953. Bico de pena. 80 x 100. 11 MANGUE 2, 1953. Bico de pena. 80 x 100. 12 MANGUE 3, 1953. Bico de pena. 80 x .100. 13 MANGUE 4, 1953. Bico de pena. 80 x 100. 14 MANGUE 5, 1954. Bico de pena. 80 x 100.

MARINA CARAM (1925)

15 LIXEIROS, 1954. Nanquim. 100 x 100. 16 CRISTO, 1954. Nanquim. 70 x 100,· 17 ORFAOS, 1954. Nanquim. 70 x 100.

CARYBÉ (HEITOR BERNABó) (1911)

18 DESENHO N.o 1, 1955. Bico de pena. 50 x 60. 19 DESENHON.O 2, 1955. Bico de pena. 50 x 60. 20 DESENHO N.o 3, 1955. Bico de pena. 50 x 60. 21 DESENHO N.o 4, 1955. Bico de pena. 50 x 60.

22 DESENHO N.o 5, 1955. Bico de pena. 30 x 45. 23 DESENHO N.o 6, 1955. Bico de pena. 60 x 37.

ITALO CENCINI (1925)

24 DESENHO N.o 1, 1954. 61 x 79. 25 DESENHO N.O 3, 1954. 68,5 x 83. 26 DESENHO N.o 8, 1954. 52,5 x 65.

31

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BRASIL

LOTHAR CHAROUX (1912)

27 DESENHO, 1954. Nanquim. 55 x 40.

28 DESENHO, 1955. Nanquim. 74 x 52.

ROSA FRISONI (1921)

29 ESTUDO N.o 4, 1954. Nanquim. 50 x 70.

30 ESTUDO N.O 7, 1954. Nanquim. 50 x 70.

31 ES~DO N.G 8, 1954. Nanquim. 50 x 70.

OSWALDO GOELDI (1895)

32 DENTRO DA NOITE, 1952. Nanquim. 60 x -44.

33 DIA DE NEBLINA, 1952. Bico de pena e lápis. 54,7 x 43,1.

34 SEGREDO, 1952. Carvão. 54,7 x 44,6.

35 P~ DE VENTO, 1953. Carvão. 70 x 55,2.

36 INC~DIO, 1953. Carvão. 55,2 x 70.

37 PEIXES, 1953. Carvão. 52,3 x 44,4.

38 RECANTO ABANDONADO, 1953. 60 x 44.

39 CASA-TERROR, 1954. Carvão. 60 x 44:

ALDEMIR MARTINS (1922)

40 SALTADOR, 1954. Nanquim. 70 x 52.

41 GALO, 1954. NanqUim. 70 x 50.

42 GATO I, 1954. Nanquim. 70 x 50.

43 GATO II, 1954. Nanquim. 70 x 52.

44 VIUVA, 1954. Nanquim. 70 x 50.

45 FIGURA, 1954. Nanquim. 70 x 50.

46 ECOLóGICO, 1954. Nanquim. 70 x 52.

32

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BRASIL

CLAUDIO MOURA (1930)

47 COMPOSIÇAO N.o I, 1954. 50 x 60. '48 CASAS N.o 2, 1954. 50 x 60.

FAYGA OSTROWER (1920)

49 VOLUMES NO ESPAÇO, 1954. Desenho aquare­lado. 60 x 71.

50 FORMAS LIVRES, 1954. 65 x 78.

DARCY PENTEADO (1926)

51 MENINA CORRENDO I, 1955. Nanquim sôbre tecido. 100 x 80.

52 MENINA CORRENDO 2, 1955. Nanquim sôbre tecido. 100 x 80.

53 CRIANÇAS I, 1955. Nanquim sôbre tecido. 100 x 80. 54 CRIANÇAS 2, 1955. Nanquim sôbre tecido. 100 x 80. 55 MENINO EM BICICLETA 4, 1955. Nanquim.

80 x 60.

KARL PLATTNER (1919)

56 COMPOSIÇAO I, 1954. 90 x 45.

57 COMPOSIÇAO 2, 1954. 73 x 37.

58 COMPOSIÇAO 3, 1954. 40 x 80. 59 COMPOSIÇAO 4, 1954. 70 x 37.

60 COMPOSIÇAO 5, 1954. 95 x 41.

HILDE WEBER (1913)

61 GAIOLAS, 1955. Nanquim. 43 x 60. 62 GATO, 1955. Nanquim. 46 x 56.

33

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BRASIL

63 NAMORADOS, 1955. Nanquim. 44 x 59.

64 MANDRIL, 1955. Nanquim. 45 x 60. 65 TARTARUGA EM MOVIMENTO, 1955. Nanquim.

44 x 58. 6' POMBOS, 1955. Nanquim. 45 x 57.

67 MULHER COM CRIANÇA, 1955. Nanquim. 46 x 58.

68 MENINO COM CACHORRO, 1955. Nanquim. 45 x 50.

ANATOL WLADYSLAW (1913)

69 COMPOSIÇÃO I, 1954. Nanquim e aquarela. 70 x 70.

70 COMPOSIÇÃO 2, 1955. Nanquim e aquarela. 75 x 53.

gravura

VERA BOCAYUVA CUNHA (1920)

1 COMPOSIÇÃO (QUADRADOS), 1955. Litografia. 72 x 58.

2 COMPOSIÇÃO (FORMAS NO ESPAÇO), 1955.

Litografia. 62 x 55.

ARNALDO PEDROSO D'HORTA (1914)

3 INCISÃO N.o I, 1955. Bisturi e canivete sôbre papel, fundo de papel. 100 x 68.

4 INCISÃO N.o 2, 1955. Bisturi e canivete sôbre papel, fundo de papel. 100 x 70.

5 INCISÃO N.O 3, 1955. Bisturi sôbre papel, fundo de papel. 49 x 37.

34

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BRASIL

CLAUDIO MOURA (1930)

47 COMPOSIÇÃO N.O 1, 1954. 50 X 60. 48 CASAS N.O 2, 1954. 50 X 60.

FAYGA OSTROWER (1920)

49 VOLUMES NO ESPAÇO, 1954. Desenho aquare­lado. 60 X 71.

50 FORMAS LIVRES, 1954. 65 x 78.

DARCY PENTEADO (1926)

51 MENINA CORRENDO 1, 1955. Nanquim sôbre tecido. 100 x 80.

52 MENINA CORRENDO 2, 1955. Nanquim sôbre tecido. 100 x 80.

53 CRIANÇAS 1, 1955. Nanquim sôbre tecido. 100 x 80. 54 CRIANÇAS 2, 1955. Nanquim sôbre tecido. 100 x 80. 55 MENINO EM BICICLETA 4, 1955. Nanquim.

80 x 60.

KARL PLATTNER (1919)

56 COMPOSIÇÃO 1, 1954. 90 x 45.

57 COMPOSIÇÃO 2, 1954. 73 x 37.

58 COMPOSIÇÃO 3, 1954. 40 x 80.

59 COMPOSIÇÃO 4, 1954. 70 x 37.

60 COMPOSIÇAO 5, 1954. 95 x 41.

HILDE WEBER (1913)

61 GAIOLAS, 1955. Nanquim. 43 x 60. 62 GATO, 1955. Nanquim. 46 x 56.

33

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BRASIL

63 NAMORADOS, 1955. Nanquim. 44 x 59. 64 MANDRIL, 1955. Nanquim. 45 x 60. 65 TARTARUGA EM MOVIMENTO, 1955. Nanquim.

44 x 58. 6' POMBOS, 1955. Nanquim. 45 x 57. 67 MULHER COM CRIANÇA, 1955. Nanquim. 46 x 58. 68 MENINO COM CACHORRO, 1955. Nanquim.

45 x 50.

ANATOL WLADYSLAW (1913)

69 COMPOSIÇÃO I, 1954. Nanquim e aquarela. 70 x 70.

70 COMPOSIÇÃO 2, 1955. Nanquim e aquarela. 75 x 53.

gravura

VERA BOCAYUVA CUNHA (1920)

1 COMPOSIÇÃO (QUADRADOS), 1955. Litografia. 72 x 58.

2 COMPOSIÇÃO (FORMAS NO ESPAÇO), 1955. Litografia. 62 x 55.

ARNALDO PEDROSO D'HORTA (1914)

3 INCISÃO N.O I, 1955. Bisturi e canivete sôbre papel, fundo de papel. 100 x 68.

4 INCISÃO N.o 2, 1955. Bisturí e canivete sôbre papel, fundo de papel. 100 x 70.

5 INCISÃO N.o 3, 1955. Bisturí sôbre papel, fundo de papel. 49 x 37.

3<1

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BRASIL

6 INCISÃO N.o 4, 1955. Bisturi sôbre papel, fundo de papel. 76 x 52.

7 INCISÃO N.O 5, 1955. Bisturi sôbre cartolina, fundo de papel. 68 x 47.

8 INCISÃO N.o 6, 1955. Bisturi sôbre cortiça, fundo de papel e couro. 77 x 58.

9 INCISÃO N.o 7, 1955. Bisturi sôbre couro, fundo de papel. 66 x 48.

10 INCISÃO N.o 8, 1955. Bisturi sôbre papel, fundo d~ vidro. 65 x 50.

MARCELO GRASSMANN (1925)

11 SONHO, 1954. XHogravura. 75 x 50.

12 HIBRIDO, 1954. Xilogravura. 75 x 50.

13 OS GATOS, 1954. Xilogravura. 75 x 50.

14 SEREIA, 1954. Xilogravura. 75 x 50.

15 CENTAUROS E PASSAROS, 1955. Xilogravura.

75 x 50.

16 PEIXE E CAVALO, 1955. Xilogravura. 75 x 50.

17 NOTURNO, 1955. Xilogravura. 75 x 50.

18 LUTA, 1955. Xilogravura. 75 x 50.

KARL-HEINZ HANSEN (1915)

19 MÃE PRETA 2, 1954. Xilogravura. 60 x 95.

20 RUA, 1954. Xilogravura. 60 x 95.

21 VELÓRIO, 1954. Xilogravura. 60 x 95.

22 ZEBÚ, 1954. Xilogravura. 22 x 95.

35

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BRASIL

RENINA KATZ (1925)

23 FAVELA 1, 1955. Xilogravura. 28 x 45.

24 FAVELA 2, 1955. Xilogravura. 54 x 38.

25 FAVELA 4, 1955. Xilogravura. 28 x 45.

26 FAVELA 5, 1955. Xilogravura. 28 x 45.

GISELDA KLINGER (1928)

27 LITOGRAFIA N.o 5, 1954. Litografia. 85 x 5.

28 LITOGRAFIA N.O 6, 1954. Litografia. 85 x 65.

POTY LAZZAROTTO (1924)

29 GRAVURA 1, 1955. 35 x 50.

30 GRAVURA 2, 1955. 15 x 35.

31 GRAVURA 3, 1955. 35 x 50.

32 GRAVURA 4, 1955. 35 x 50.

FAYGA OSTROWER (1920)

33 MADRUGADA, 1954. Ponta sêca. 56 x 46.

34 CõRES EM MADEIRA, 1954. Xilogravura colOrida. 66 x 78.

35 DO NAVIO, 1954. Agua-forte colorida. 50 x 46.

36 VOLUME E PAISAGEM, 1954. Xilogravura colo­rida. 45 x 56.

37 GRAVURA lI, 1954. Agua-tinta e ponta sêca.

49 x 59.

38 GRAVURA, 1954. Agua-forte e água-tinta. 71 x 57.

36

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BRASIL

LYGIA PAPE (1929)

39 XILOGRAVURA N.O 1, 1954. 49 x 56.

40 XILOGRAVURA N.O 2, 1954. 56 x 49.

41 XILOGRAVURA N.O 3, 1954. 56 x 49.

42 XILOGRAVURA N.O 4, 1954. 56 x 49.

MIRABEL PEDROZA (1927)

43 ESCóRIA - USINA BELGO MINEIRA, 1955. Xilogravura. 30 x 40.

44 CARVÃO - USINA BELGO MINEIRA, 1955. Xilogravura. 30 x 40.

45 ALTO FORNO - USINA BELGO MINEIRA, 1955. Xilogravura. 40 x 30.

ROSSINI QUINTAS PEREZ (1932)

46 CASAS, 1954. Linogravura. 58 x 78.

47 ESCADA, 1954. Linogravura colorida. 51 x 72.

48 BARCOS, 1954. Linogravura colorida. 58 x 76.

49 BARCOS 2, 1954. Linogravura. 51 x 76.

50 ENSEADA, 1954. Linogravura. 58 x 76.

ARTHUR LUIZ PIZA (1928)

51 GRAVURA V, 1954. Agua-f·orte. 50 x 60.

52 GRAVURA VI, 1954. Agua-forte. 50 x 60.

53 GRAVURA I, 1955. Agua-forte. 50 x 60.

54 GRAVURA II, 1955. Agua-forte. 50 x 60.

55 GRAVURA, IV, 1955. Agua-forte. 50 x 60.

37

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ALEMANHA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DA ALEMANHA

COMISSÁRIO: WAL TER PASSARGE

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Como em 1951 e em 1953, a delegação alemã apresenta apenas uma seleção parcial e não

panorâmica da arte alemã de hoje e do passado recente. Para a apreciação deste, inclui-se na re­presentação um conjunto de gravuras do saudoso Max Beckmann, falecido nos EE. UU. em 1950. :tsse artista, originário do norte da Alemanha, foi um dos mais fortes e originais representantes da pin­tura expressionista alemã. Na sua arte a procura de uma maior sinceridade de expressão alia-se ao desejo de uma simplificação monumental da forma, a qual por isso talvez evidencia certa dureza áspera, porém não carece nunca de grandiosidade. Nossa época cruel e bárbara marcou sua obra de um pro­fundo pessimismo; mas nela se revela também um grande amôr à natureza e em conseqüência o de­sejo de dominar êsse pessimismo pela criação ar­tística. "Amai a natureza de todo o coração" -escreveu êle no fim de sua vida - "porque arte quer dizer natureza aperfeiçoada". Ao lado da pin­tura, apresentam-se as obras gráficas - litogra­fias e xilogravuras - desse grande desenhista, ilus­trando a sua evolução artística, desde o post-im­pressionismo até a máxima simplificação da forma e a extrema densidade de expressão. Entre os artistas contemporâneos no apogeu de sua criação, temos em primeiro lugar cinco pintores, cada um deles representado por um número signi­ficativo de obras. Fritz Winter e Ernst Wilhelm Nay são conhecidos em São Paulo desde a Bienal de 1951. Ambos podem ser classificados entre os maiores e mais inventivos mestres da pintura abs­trata alemã. Os quadros de Nay são de uma ine­briante magnificência cromática, de movimento brilhante e tumultuoso, ao passo que Winter prefere formas mais severas e côres mais sombrias, reve­lando um estilo que lembra sua origem proletária (foi mineiro) e no qual aparecem as "fôrças ve­getativas da terra." Winter estudou no Dessauer Bauhaus e foi em particular aluno de Klee e de

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ALEMANHA

Kandinsky. Nay estudou com Hofer em Berlim e durante o terceiro Reich passou uma temporada na Noruega, hospedado por Edward Munch. Hoje Winter vive na região de Oberbayern e Nay em Co­lonia, cidade que constitui um dos centros da pin­tura abstrata alemã. As obras de Wíllem Grimm e Hans Meyboden tam­bém revelam um sentimento profundo da natureza. Ambos vivem na Alemanha setentrional: Grimm em Hamburgo onde ensina pintura, na Landes­kunstschule; Meyboden em Fischehude, onde se dedica exclusivamente à sua arte. Grimm, que nas­ceu na Alemanha do sul e é igualmente um apre­ciado gravador, vem produzindo quadros de tons brilhantes e vivos. Seus assuntos preferidos são, além do Carnaval, especialmente a alegre e colo­rida folgança das crianças, paisagens e naturezas mortas. Meyboden, cidadão do norte, foi aluno de Kokoschka em Dresdem e, na Alemanha setentrio­nal sofreu a influência da arte de Paula Modersohn que por algum tempo morou não longe dele, em Worpswede.i:sses diferentes estímulos deram-lhe, em se fundindo, um estilo singularmente pessoal, e seus quadros, que reproduzem livremente suas impressões da natureza, caracterizam-se pela fa­tura cuidadosa e seu colorido nobre. Entre o abstracionismo e o figurativismo, situa-se a arte de Eduard Bargheer, originário de Hamburgo e, que já há muitos anos, reside de preferência em Forio na ilha de Ischia, vizinho de Werner Gilles, cujos quadros foram exibidos em São Paulo em 1951. Bargheer expressa a paisagem, especialmente das cidades sulinas, numa trama de superfícies coloridas que recobre quase todo o quadro, dando, ao mesmo tempo, a impressão da profundidade no espaço. Suas paisagens de Ischia refletem a ter­nura e a alegria do sul, ao passo que seus quadros da Alemanha exibem tons mais sombrios. Desta vez dedicamos muito espaço à gravura, no mais amplo sentido da palavra. Josef Hegenbarth

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ALEMANHA

é um dos mais famosos desenhistas alemães. O mestre, que reside em Dresdem, não é apenas um subtil e espirituoso observador da vida quotidiana, e especialmente dos animais, mas também um ilus­trador de inesgotável gênio inventivo. Edward Frank, atualmente residindo em Birkenfeld, pertence a uma geração muito mais nova. Suas poéticas aquarelas nos levam para um mundo com­pletamente diferente, em que revive o gênio de sua terra renana. A seu respeito Ludwig Thormaehlen falou muito justamente em sentido telúrico, no seu anseio de dignidade e no seu amôr à magia da vida animal. A obra do seu patrício Rolf Muller-Landau, que vive em uma aldeia do Rheinpfalz revela afinidades com a de Frank, porém com maior inclinação para o simbolismo; ambos os artistali são também muito conhecidos por suas pinturas muraes. Apresentamos algumas gravuras coloridas de Rolf Mueller. Diga-se de passagem que se está empre­gando muito atualmente na Alemanha esta técnica. Testemunham-no as litografias sensuais e de bri­lhante colorido de Karl Rodel, que alcançou extraor­dinária perfeição no gênero. Foi aluno de Carl Cro­del (Halle a. d. Saale) e hoje reside em Mannheim. Provam-no também as obras cheias de espírito do jovem berlinês Rudolf Kugler, que se formou na Escola de Max Kaus e cujo estilo hesitante entre o naturalismo e o abstracionismo, relembra às vêzes Klee. Deu-se também, desta vez, maior espaço à escul­tura. Philipp Harth e Emy Roeder pertencem ain­da à geração antiga. Philipp Harth, nascido em Mainz e hoje residente em Bayrisch-Zell, é o maior escultor animalista da Alemanha de hoje. Pelas suas esculturas solidamente construídas e plàstica­mente bem delineadas e ainda mais pelas reflexões básicas sôbre a formação escultural, êle teve grande influência sôbre a geração mais nova. Os esme­rados retratos e as figuras de Emy Roeder, nas-

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ALEMANHA

cida em Wuerzburg, e residente hoje em Mainz, revelam construção vigorosa e nitidez de linhas. Sua arte alcançou maturidade clássica na longa temporada que passou na Itália. Kurt Lehmann e Hans Wimmer são mais moços. Lehmann nasceu na Renania e atualmente ensina escultura na Technische Hochschule de Hannover: realça-se por uma vocação escultural de grande vi­talidade e cuja mais bela expressão está na repre­sentação decantada e essencial da juventude. As obras de Hans Wimmer -- figuras, animais e pe­quenos e preciosos bronzes, evidenciam sentido plástico e alta sensibilidade. Hoje professor da Kunstakademie de Nuremberg, foi êle aluno de Ber­nhard Bleekers em Munique. Não há provàvel­mente na Alemanha contemporânea que sugere Hans Wimmer nos retratos. Agradecemos a todos que nos emprestaram obras para a organização do conjunto que expomos.

WALTER PASSARGE

Di reto r do Stodtische Kunstholle de Monnheim

Sala especial

MAX BECKMANN (1884 - 1950)

pintura

1 MULHER COM VASO DE FLORES, 1941. Curt

Valentin Gallery, NOVa York.

2 MOINHO DE VENTO, 1946. 131,29 x 76,34. Curt

Valentin Gallery, Nova York.

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ALEMANHA

3 VENDEDOR DE TAPETES, 1946. Curt Valentin GaUery, Nova York.

4 COLOMBINA, 1950. 135,24 x 99,14. Curt Valentin Gallery, Nova York.

5 NATUREZA MORTA COM POMBOS, 1950. 103,04 x 128,44. Curt Valentin Gallery, Nova York.

6 AVES DO PARAISO (FLORES), 1950. 77,64 x 62,40. Curt Valentin Gallery, Nova York.

gravura

1 RETRATO DE MINK, 1911. Litografia.

2 AUTO-RETRATO, 1911. Litografia.

3 ALEGRIA, 1912. Agua-forte.

4 AUTO-RETRATO PEQUENO, 1913. Agua-forte.

5 MINK DE FRENTE, 1913. Agua-forte.

6 MULHER CHORANDO, 1914. Agua-forte.

7 AUTO-RETRATO, 1914. Agua-forte.

8 OPERAÇãO GRANDE, 1914. Agua-forte.

9 OPERAÇãO PEQUENA, 1914. Agua-forte.

10 DECLARAÇãO DE GUERRA, 1914. Agua-forte

11 REVISTA, 1914. Agua-forte. 12 NECROTÉRIO, 1915. Agua-forte. 13 OFICIAIS AUTOMOBILISTAS, 1915. Agua-forte. 14 SOCIEDADE, 1915. Agua-'Íorte.

15 AUTO-RETRATO COM BURIL, 1916. Agua-forte. Prova da La versão.

16 AUTO-RETRATO COM BURIL, 1916. Agua-forte.

Versão definitiva. 17 A NOITE (TRÉS FIGURAS), 1916. Agua-forte.

Prova. 45

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ALEMANHA

18 MULHER VELHA (SENHORA TUBE) , 1916. forte.

19 O FUMANTE (AUTO-RETRATO), 1916. Agua-forte.

20 OS BATTENBERG, 1917. Agua-forte. 21 CENA FAMILIAR, 1918. Agua-forte. Prova. 22 PAISAGEM DO MENO, 1918. Agua-forte. 23 MULHER BOCEJANDO (SIESTA), 1918. Agua-

forte. Prova de impressão manual. 24 DESCIDA DA CRUZ. 1918. Agua-forte. 25 PAISAGEM COM BALÃO, 1918. Agua-forte. 26 AUTO-RETRATO, 1918. Agua-forte. 27 FRISA NO TEATRO, 1918. Agua-forte. 28 HOMEM DE BONÉ, 1919. Agua-forte. 29 CASAL DE NAMORADOS, 1920. Agua-forte. Prova. 30 NO BAR DA RAINHA (AUTO-RETRATO), 1920.

Agua-forte.

31 PETER DE CARAPUÇA, 1920. Agua-forte. 32 PIERROT E MASCARA, 1920. Litografia.

33 MULHER COM VELA, 1920. Xilogravura. Prova de impressão.

34 MULHER COM VELA, 1920. Xilogravura. Im­pressão definitiva.

35 AUTO-RETRATO DE CARTOLA, 1921. Agua­forte.

36 DOSTOIEWSKI, 1921. Agua-forte. Prova de im­pressão manual.

37 BARRACÃO DE TIRO, AO ALVO, 1921. Agua­forte.

38 O NEGRO, 1921. Agua-forte. Prova da La versão.

39 RETRATO DE MME. BATTENBERG, 1921. Li­tografia.

46

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ALEMANHA

40 RETRATO DE REINHARD PIPER, 1921. Lito­grafia.

41 O FUNAMBULO, 1921. Agua-forte. Prova de im-pressão manual.

42 A MULHER SERPENTE, 1921. Agua-forte. 43 AUTO-RETRATO, 1922. Xilogravura. 44 FRIEDEL FRAUENKOPF, 1922. Xilogravura. 45 CARNAVAL, 1922. Agua-forte. Prova. 46 GAROTOS À JANELA, 1922. Agua-forte. 47 RETRATO DO COMPOSITOR FREDERIK DE-

LIUS, 1922. Litografia.

48 MINA, 1922. Agua-forte. Prova de impressão.

49 MINA, 1922. Agua-forte. Prova de impressão.

50 MINA, 1922. Agua-forte. Prova de impressão.

51 MINA, 1922. Agua-forte. Impressão definitiva.

52 PRAIA, 1922. Agua-forte.

53 A PONTE GRANDE, 1922. Agua-forte.

54 ANTES DO BAILE DE MASCARAS, 1923. Agua forte.

55 ZERETELLI, 1923. Litografia.

56 NAILA, 1923.. Agua-fort-e.

57 SENHORA COM MENINO, 1923. Agua-forte.

58 RETRATO DE FRITZ P., Agua-forte.

59 DIANTE DO ESPELHO, 1923. Agua-forte.

60 KASBEK, 1923. Agua-forte.

61 SIESTA, 1923. Agua-forte. Prova.

62 A MANHA, 1923. Agua-forte. 1.a impressão do cliché.

63 TOILETTE. Posterior a 1923. Agua-forte. Prova.

64 O PROF. SW ARZENSKI. Posterior a 1923. Agua­forte.

47

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ALEMANHA

65 O PROF. SWARZENSKI. Posterior a 1923. Agua­forte. Impressão definitiva.

66 LEVANTA-SE O PANO. Posterior a 1923. Agua­forte. Prova de impressão manual.

67 O SONHO. Posterior a 1923. Agua-fort-e. Pro­va de impressão manual.

68 A PONTE DE FERRO, 1924. Agua-forte.

69 DEPOIS DO BANHO, 1924. Agua-forte. Prova de impressão manual.

70 PIERROT E MASCARA. Posterior a 1924. Agua­forte.

71 MME. SW ARZENSKI, 1925. Xilogravura. Prova de impressão -manual.

72 RETRATO DO BARAO S., 1928. Agua-forte. 73 O RISO, 1928. Agua-forte. Prova.

74 MULHER DORMINDO, 1929. Agua-forte. única prova manual.

75 AUTO-RETRATO. Litografia.

76-90 DA Y AND DREAM. Série de litografias edit3.-das em 1946 por Curt Valentin, New York.

76 AUTO-RETRATO.

77 CATAVENTO.

78 ATLETA DORMINDO.

79 TANGO. 80 MULHER DE RASTRO.

81 NAO QUERO COMER MINHA SOPA. 82 CASAL DANÇANDO.

83 REI E DEMAGOGO.

84 O BODE.

85 SONHO DE GUERRA.

86 A MANHA.

48

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ALEMNNHA

87 O CIRCO. 88 O ESPELHO MAGICO I. 89 O PECADO. 90 CRISTO E PILATOS.

Nota: Esta coleção de gravuras de Max Beckmann foi

posta à disposição dos org.anizadores pela Guenther

Franke Galerie de Muních.

S A L A G E R A L

pintura

EDUARD BARGHEER (1901)

1 CIDADE SULINA. 4'.> x 54. 2 PINHEIROS NUMA PAISAGEM VULCANICA.

43 x 62. 3 CASAS A BEIRA DO RIO. 75 x 95. 4 FIGUEIRAS DA íNDIA E MUROS. 75 x 94. 5 CIDADE NO OUTONO. 56 x 41. 6 CASAS E MONTE NA PRIMAVERA. 46 x 54.

EDVARD FRANK (1909)

7 VILA ROMANA, 1952. Aquarela:. 8 PESCADORES A CAMOGLI, 1952. Aquarela. 9 MARTIRES, 1953. Aquarela.

10 CENA A BEIRA-MAR, 1954. Aquarela. 11 PORTOFINO, 1953. Aquarela. 12 PROVENÇAL, 1953. Aquarela.

49

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ALEMANHA

WILLEM GRIMM (1905)

13 PARQUE DE DIVERSõES. 100 x 141. 14 DIA DE INVERNO EM BLANKENESE. 80 x 100. 15 CARNAVAL EM BASILEA. 52 x 74. 16 CRIANÇAS FANTASIADAS NO ESPAÇO. 100 x

78. 17 BLANKENESE (INVERNO). 52 x 73. 18 NATUREZA MORTA COM CEBOLAS. 74 x 100. 19 VISTA DA JANELA (NOITE DE INVERNO).

100 x 7'5. 20 RUA NUMA ALDEIA DA HESSIA. 70 x 70. Em­

préstimo do Magistrado da. Cidade de Darmstadt.

HANS MEYBODEN (1901)

21 A MULHER SEM NOME. 60 x 138. 22 O GUARDA. 63 x 138. 2l O LAGO DOS QUATRO CANTõES. 75 x 1:<:0. 24 JUNHO. 70 x 120. 25 A TRí:S. 71 x 80. 26 VERAO. 65 x 78. 27 HARPA E VIOLINO, 65 x 95. 28 POSTE TELEFõNICO. 91 x 43.

ERNST WILHELM NAY (1902)

2~ ELISí:E, 1952. 100 x 120. 30 TIMBRE VOCAL, 1952. 100 x 120. 31 RITMOS PRETOS, DO VERMELHO AO CINZEN-

TO, 1952. 100 x 120. 32 RITMOS CROMATICOS, 1953. 70 x 100. 33 ESPLENDOR DE FOGO VERDE, 1953. 100 x 120 34 COM DISCOS AZUIS, 1954. 90 x 125.

50

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ALEMANHA

35 MEDIDA DA MULTIPLICIDADE, 1954. 125 x 200. 36 OCRE E CINZA ESTANHO, 1954. 100 x 120.

FRITZ WINTER (1905)

37 VERMELHO CHEGANDO, 1951. 95 x 155. 38 LINEAR, 1953. 114 x 146. 39 ENTRE PRETO E AMARELO, 1954. 190 x 160. 40 OSCILAÇõES DEANTE DO VERMELHO E VERDE,

1954. 135 x 190. 41 PRETO ATRAVESSANDO, 1954. 135 x 145. 42 NÚCLEO AMARELO, 1954. 75 x 100. 43 CINZA-AZUL, 1954. 75 x 100. 44 NOTURNO, 1954. 75 x 100. 45 ABERTO-FECHADO LINEAR, 1954. 75 x 100 .

. 46 PRETO INDEPENDENTE NO ESPAÇO, 1954. 75 x 100.

escultura

PBILIPP BARTB (1887)

1 AGUIA. Bronze. 62. Sr. Ernst Fâber, Munich. 2 CAMELO. Bronze. 38. 3 JAGUAR SENTADO. Bronze. 21. 4 ONÇA. Bronz·e. 14.

KURT LEBMANN (1905)

5 MENINA COM MASCARA, 1950. Bronze. 22. 6 FIGURA OLHANDO, 1950. Bronze. 22. 7 FIGURA ESCUTANDO, 1950. Bronze. 22.

51

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ALEMANHA

8 TOCADOR DE FLAUTA, 1950. Bronze. 22.

9 GATO, 19'51. Bronze. Comp. 45.

10 ADOLESCENTE SENTADO, 1952. Bronze. 18.

11 FIGURA DESCANSANDO, 1952. Bronze. Comp. 43.

12 FIGURA SENTADA, 1952. Bronze. Comp. 35

13 FIGURA DEITADA (COM PEDRA VERMELHA). 1954. Bronze. Comp. 24.

14 FIGURA OLHANDO, 1954. Bronze (relêvo). 28.

15 JOVEM PASTOR, 1954. Bronze. 175.

EMY ROEDER (1890)

16 MENINA DE JOELHO DOBRADO, 1930. Bronze. 38.

17 DUAS MENINAS, 1933. Bronze. 3l.

18 MÃE COM FILHO SENTADOS, 1939. Bronze. 35.

19 MULHER COM CESTA. 1940. Bronze. 43.

20 CABRAS DE MONTANHA NA CAMPÃNIA, 1948. Bronze. Comp. 22.

21 RETRATO DE HANS PURRMANN, 1950-1951. Bronze. 27.

22 SOB O CHUVEIRO, 1953-1954. Bronze (relêvo). 68 x 49.

HANS WIMMER (1907)

23 ADOLESCENTE EM PÉ, 1954. Bronze (frag­mento>. 11'5.

24 CABEÇA DE MULHER, 1954. Bronze. 30.

25 GALGO. 1954. Bronze. Campo 17.

52

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ALEMANHA

desenho

JOSEPH HEGENBARTH (1884)

1 TRABALHADORES ENTRE RUINAS, 1947. 2 FIGURAS NA RUA. 3 HIENA E CACHORRO. 4 RETRATO DE HOMEM. 5 FAMíLIA. 6-12 ILUSTRAÇõES PARA "AS ALMAS MORTAS"

DE GOGOL. 13-26 ILUSTRAÇõES PARA "A MEGERA" DE SHA­

KESPEARE.

gravura

RUDOLF KUEGLER (1921)

1 TENSAO. Agua-forte colorida. 2 FRAGMENTO DE TEMPLO. Agua-forte colorida. 3 CIRCO. Agua-forte colorida. 4 VISTA DO' PORTO. Agua-forte colorida. 5 EGITO. Agua-forte colorida. 6 MARROQUINO. Gravura colorida sôbre seda.

ROLF MÜLLER-LANDAU (1903)

7 LUTO PELO PASSARO MORIBUNDO. Xilogra­vura colorida.

8 TRIPTICO APOCALITICO In. Xilogravura co­lorida.

9 GUARDA AO NINHO. Xilogravura colorida.

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ALEMANHA

10 NOITE DE PRIMAVERA. Xilogravura colorida. 11 NATUREZA MORTA EM NOVEMBRO. Xilogra­

vura colorida. 12 CRISTO E OS LADRõES. Xilogravura colorida. 13 ORESTES. Xilogravura colorida.

KARL RôDEL (1907)

14 PEIXES, 1947. Litografia colorida. 15 BUGIO, 1948. Litografia colorida. 16 ZEBU, 1950. Litografia colorida. 17 GRANDE NU, 1952. Litografia colorida. 18 EXóTIOOS. 1953. Litografia colorida. 19 PAISAGEM DE MONTANHA COM GADO. Lito­

grafia colorida.

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ANTILHAS HOLANDÊSAS DELEGAÇÃO ORGANIZADA

PELO GOVÊRNO DE CURAÇÁO

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ANTILHAS HOLANDÊSAS

pintura

DR. CHRIS ENGELS (1907)

1 DOIS NÚS. (N.o 4),

2 Nú DEPOIS DO PARTO. (N .. o 19)

3 UMA SENHORA. <N.o 26).

LUCILA ENGELS (1921)

4 MULHER AZUL. (N.o 1).

5 EQUATORIANA. (N.o 12).

6 VEADO. (N.o 1'5).

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ÁUSTRIA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MINISTÉRIO FEDERAL DE EDUCAÇÃO E SELECIONADA PELO PROF. BAURAT H. C. ARQ· DR. ING. CLEMENS HOLZMEISTER; OBERBAURAT HOFRAT PROF. DR. KARL GARZAROLLI-THURNLACKH; DIRE­TOR PROF. DR. OTTO BENESCH; OBERBAURAT PROF. DR. H. C. JOSEF HOFFMANN; PROF. CARRY HAUSER; DIRETOR PROF. DR. VINZENZ OBERHAMMER, COMISSÁRIO ADMINISTRATI-

VO: DIRETOR GUSTAV K. BECK.

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A Áustria' teve um papel de importância deci­. siva na história do Expressionismo.

Surgiram em nosso país, como pioneiros dêsse mo­vimento, os artistas Kubin, Kokoschka e Schiele. Alfred Kubin, hoje o decano dos grandes mestres vivos da Áustria, inicia seus trabalhos no comêço do século, colocando-se por isso em primeiro lugar nesta exposição. Juntamente com Kokoschka, foi êle levado em 1912, a apoiar o manifesto do "Blauen Reiter". Era, então, um mestre já maduro que tinha encontrado seu estilo. Kubin é essencialmente um desenhista com forte inclinação para o poético e o filosófico, um ilustrador, portanto, antes de mais nada. Podemos com razão considerá-lo o mais im­portante ilustrador atual. Embóra tenha ilustrado inúmeras obras de poetas, o número de páginas que retratam suas próprias visões e fantasias é ainda maior. Na sua arte, o momento visual não pode ser separado do momento especulativo. Formam am­bos uma unidade organicamente desenvolvida. Kubin mostrou-se também poeta de grande valor em seu romance "O outro lado". Os primeiros passos artísticos de Kubin deram-se em Munique. Sàmente em 1906 se transferiu defi­nitivamente para a sua pátria, onde reside, desde então sem interrupção - não se contando as via­gens ao exterior. Em seus trabalhos executados por volta de 1903 e dos quais foi publicada uma sele­ção, em álbum, pelo editor Hans von Weber, a sua extraordinária fantasia assume uma forma que do ponto de vista do estilo ainda contém elementos do "Art Nouveau" e do "Jugendstil". Kubin encon­trou-se em seguida com artistas como Ensor, Re­don, Beardsley e Munch, dos quais recebeu estí­mu,lo proveitoso. Hoje verificamos que em mui­tos aspectos do surrealismo foi Kubin um pio­neiro em seu período inicial. Vivendo uma exis­tência solitária, na sua pequena propriedade da Áustria Superior, foi acentuando dia a dia seu es­tilo pessoal no desenho, essência da sua arte, pas-

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ÁUSTRIA

sando de um complexo emaranhado de linhas, pe­sado e não transparente, a soluções sempre. mais simples e claras, austeras e significativas que o aproximam dos antigos mestres da "Escola do Da­núbio". Foi esta a contribuição importante de Kubin ao Expressionismo, o qual lhe deve valioso estímulo. Paul Klee não negava sua dívida profunda para o Mestre. Kubin elevou sempre mais a arte do de­senho, aprofundando-lhe ao mesmo tempo o espí­rito. Tôda a sua fantasia e o seu simbolismo enig­mático ocultam sua compreensão penetrante do mundo e seu conhecimento dos homens que se am­pliam em seus trabalhos posteriores, como os de "A dança dos mortos", visões fascinantes da insta­bilidade dos fatos terrenos. Entre os Expressionistas austríacos - que apare­ceram depois da primeira grande guerra - Wilhelm Thôny é de longe o mais importante. Seu papel não foi o dum p.ioneiro como no caso de Kubin, porquanto êle colheu os frutos duma mestria já de­senvolvida, e de um movimento que se tornara de sentido universal. Seus primeiros passos de artista deram-lhe, também, em Munique, onde êle fundara com Weissgerber, em 1913, a "Neue Sezession". Depois da primeira guerra mundial residiu até 1931 em Graz, sua cidade natal. Mais tarde, até 1938, em Paris e, por fim, do início da segunda guerra até sua morte, em 1949, em Nova York. Sua car­reira foi de alcance internacional, como a de Ko­koschka, e nele deparamos com um artista de rara largueza de espírito. Thôny foi também um visio­nário, mas um visionário para o qual a realidade, a cidade, e a terra e os homens que povoam se transformam em um mundo de sonho, em uma vi­são transcendente. Com exceção de algumas perso­nalidades e de acontecimentos históricos (Napo­leão, Beethoven, a Revolução Francesa), Thôny pintou somente fatos em que o real se apresenta, como em Munch, sob um aspecto fantasmagórico. Uma cidade austríaca, Paris, os arranha-céus de

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ÁUSTRIA

Nova York, tornam-se vzsoes, representações dum sonho, através do palpitante "vibrato" das manchas coloridas, dos traços resplandescentes, irradiantes do pincel. Nenhum outro artista, compreendeu como Thôny, o que há de fantástico e grandioso em Nova York, fixando-o magistralmente nas telas que, por sua estrutura pictórica, ligam-se às de Guardi e Utrillo. Contudo, apesar da "irrealidade" de sua maneira de representar, não fixou êle com menor fidelidade do que os realistas americanos Hopper e Burchfield, a realidade desse mundo especulativo de pedra. Comícios, crianças no quintal, freiras no jardim, gente passeando, frequentadores de bares, pompas funerais, transformam-se para Thôny em cenas dum mundo do espírito, onde o que há de terreno persiste somente como recordação. Contràriamente ao Expressionismo alemão, o aus­tríaco nunca se alimentou de tendências abstratas e formalísticas, permanecendo sempre preso às ex­periências da natureza das quais recebeu seus im­pulsos mais fortes. Na Áustria não se deu portanto a reação do naturalismo verista, o "Novo Realismo" como se chamou na Alemanha. O desenvolvimento continuou orgânico, em direção dum afastamento espiritual sempre maior do mundo objetivo. Apesar de Kubin nunca ter fundado uma escola, é evidente a influência que tiveram suas figuras fan­tásticas, do mundo visível e do mundo da fantasia completamente autônomo. Os desenhos em nan­quim de Anton steinhart não somente tem origem no idioma técnico de Kubin, mas tiram também su­gestões naturalistas das paisagens através da magia visionária - principalmente do domínio sôbre a luz - com que Kubin permeou suas ricas e sim­bólicas representações da natureza. :Êsse forte con­teúdo simbólico na interpretação da natureza, que encontramos na arte moderna austríaca, tem-lhe assegurado um papel decisivo no desenvolvimento dos estilos, durante os dois últimos decênios. A fôrça de expressão visionária das xilogravuras de Margaret Bilger, delimita um comovente mundo re-

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ÁUSTRIA

ligioso baseado em formas ongmanas simbólicas, formas essas que correspondem à vida natural dos primitivos e à arte popular. Rudolf Szyszkowitz, partindo duma atitude realista, simplifica-a, levando-a à altura dum pathos íntimo da experiência religiosa. E por fim Max WeiZer, que junto com Boecke possue na Austria, o mais forte temperamento de pintor, transporta seus desenhos significativos sôbre a vida natural para afrescos cintilantes, que dão às igrejas e construções pro­fanas por êle decoradas, vibrações ferventes e acor­des sutis de côr e luz. Esperamos que uma série de belas aquarelas possa substituir nessa exposição os afrescos de Weiler, impossíveis de se transpor­tarem. A escultura teve na Austria, desde 1800, um pa­pel secundário em relação à pintura e principal­mente à gravura muito desenvolvida. No entanto, o modernismo oferece também nesse campo contri­buições importantes. Com o grupo austríaco ex­põem Walter Ritter e Alexander Silveri, que se preocupam na escultura com problemas análogos aos dos artistas acima mencionados, e ainda Eli­sabeth Turolt, a qual se dedica à escultura ani­malista.

S a I a especia

WILHELM THôNY (1888 - 1949)

pintura

OTTO BENESCH

1 DOM JOÃO. Anterior a 1938. 32 x 42. 2 O CASTELO DE SALZBURGO. Anterior a 1938.

44 x 44. Salzburger Museum Carolina Augusteum.

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ÁUSTRIA

3 GOLGOTA. Anterior a 1938. 31,5 x 42. Sr. Vik­ror V. Fogarassy, Graz.

4 PORTO DE MARSELHA. Anterior a 1938. 39,5 x 53,5. Sr. E. Kastner, Graz.

5 CARDINAL VERDIER. Anterior a 1938. 42 x 32. Neue Galerie am Landesmuseum Joanneum, Graz.

6 RETRATO DE WILHELM FURTWANGLER. Anterior a 1938. 42 x 29,5.

7 AUTO-RETRATO COM A TORRE ST. JACQUES DE PARIS. Anterior a 1938. 44 x 34.

8 SENHORA EM VERMELHO. Anterior a 1938. 24,5 x 20.

9 JARDIM EM SANARY-SUR-MER. Anterior a 1938. 21 x 34.

10 COLHEITA DE FRUTAS. Anterior a 1938. 41,5 x 32,5.

11 RUA EM SANARY-SUR-MER. Anterior a 1938. 24,5 x 35,5.

12 VISTA DE SANARY-SUR-MER. Anterior a 1938. 35,5 x 42.

13 PORTO DE SANARY-SUR-MER. Anterior a 1938. 3'.>,5 x 44,5.

14 PAISAGEM DO SUL DA FRANÇA. Anterior a 1938. 25,5 x 36.

15 JOVEM AMERICANA. Entre 1938 e 1949. 42 x 29,5.

16 CASAL W. T. Entre 1938 e 1949. 33 x 42.

17 VISTA DE NOVA YORK. Entre 1938 e 1949. 42,5 x 58,5. Dr. W. Schneditz, Salzburgo.

18 RIVERSIDE DRIVE EM NOVA YORK. Entre 1938 e 1949. 33 x 42,''>. Neue Galerie am Lan­desmuseum Joanneum, Graz.

65

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ÁUSTRIA

19 VISTA DE MANHATTAN, COM GUINDASTE. Entre 1938 e 1949. Aquarela. 32 x 49,5.

20 EM NOVA YORK. Entre 1938 e 1949. Aquarela. 35 x 42,5.

desenho

1 BAILARINOS. Anterior a 1938. Nanquim com aguada.

2 PERJURO. Anterior a 1938. Nanquim. 25 x 33. 3 APARENTEMENTE MORTO. Anterior a 1938.

Nanquim com aguada. 31 x 36. 4 DISCUSSAO. Anterior a 1938. Nanquim. 32,5 x

38.

5 ENTERRO DO MARECHAL LYAUTEY. Anterior a 1938. Nanquim com aguada. 31 x 37.

6 MARSELHA. Anterior a 1938. Nanquim. 31 x 46,5.

7 BROADWAY EM NOVA YORK. Anterior a 1938. Desenho com pinsel. 32,5 x 50. Neue Galerie am Landesmuseum Joanneum. Graz.

ALFRED KUBIN (1877)

desenho

1 O JARDINEIRO, 1902. Coleção particular. 2 PONTE EM VENEZA, 1904. 3 O INFELIZ, 1906. 4 QUEDA, 1906. Coleção particular.

66

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ÁUSTRIA

5 O TEMPO, 1913.

6 LUGAR MALFAMADO, 1914. Nanquim.

7 HIPOPÓTAMO, 1914. Nanquim.

8 CARANGUEJO, 1920. Nanquim.

9 CASTELO EM RUINA, 1925. Nanquim e aquare-

la. Coleção particular.

10 VISTA DUMA CIDADE, 1926. Nanquim.

11 VELHO ESPOSO, 19:<:7. Nanquim e aquarela.

12 ADIVINHA, 1928. Nanquim e aquare·a. Coleção

particular.

13 ORFEU, 1929. Nanquim.

14 O VENCEDOR, 1933. Nanquim e aquarela.

15 BRUXA NO POSTE, 1934. Nanquim.

16 VIVEIRO DE PEIXES, 1938. Nanquim.

17 DAFNE, 1938. Nanquim. Coleção particular.

18 LORD DEVIL, 1939. Nanquim.

19 O SULTÃO DE ZA~"ZIBAR, 1940. Nanquim.

20 DOM QUIXOTE EM APUROS, 1942. Nanquim e aquarela.

21 FANTASMA NO DORMITORIO, 1946. Nanquim

'0 aquarela.

22 COLHEITA ABENÇOADA, 1948. Nanquim.

23 FESTIM DOS 5000, 1948. Nanquim e aquarela.

24 LINCE, 1951. Nanquim.

25 MUNCHHAUSEN. Nanquim e aquarela.

26 MULHER DO CARROSSEL. Nanquim e aqua­rela.

67

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ÁUSTRIA

SALA GERAL

pintura

MAX WEILER (1910)

1 FLORES DE GEADA E MAÇÃ, 19'53. Guache. 61 x 86.

2 FIGURAS, 1954. Guache. 61 x 86. 3 PLANALTO, 1954. Guache. 61 x 86. 4 ROCHAS, GELO E SOL, 1955. Guache. 86 x 61. 5 PEDRAS, 1955. Guache. 86 x 61. 6 NO REFÚGIO, 1955. Guache. 61 x 86. 7 ALEGRIA. 1955. Guache. 61 x 86. 8 DESCANÇO, 1955. Guache. 61 x 86. 9 DUAS PLANTAS, 195'5. Guache. 70 x 50.

10 VEGETAL 1, 1955. Guache. 61 x 43: 11 VEGETAL 2, 1955. Guache. 61 x 43. Albertina

Galeri:e, Viena. 12 VEGETAL 3, 1955. Guache. 61 x 43. Alb~rtina

Galeri'e, Viena. 13 DOIS HOME.\lS, 1955. Guache. 61 x 86. 14 COMPOSIÇÃO COM PLANTAS, 1955. Guache.

61 x 43. 15 FLORES E HOMEM, 1955. Guache.' 86 x 61.

escultura

WALTER RITTER (1904)

1 PELOTIQUEIRO I, 1954. Bronze. 100. 2 PELOTIQUEIRO lI, 1954. Bronze. 3'5.

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ÁUSTRIA ------

3 FAUNO, 1954. Bronze. 25.

4 HARPIA, 1954. Bronze. 30.

5 CAO, 1954. Bronze. 45.

6 MULHER TRANÇANDO, 1955. Bronze. 110.

ALEXANDER SILVERI (1910)

7 MANJEDOURA 1945, 1947. Bronze. 104.

8 ANJO VINGADOR, 1947. Ferro. 46.

9 ANUNCIAÇAO, 1950. Madeira. 87.

ELISABETH TUROLT (1902)

10 TOURO, 1953. Bronze. 25.

11 CAVALO MORRENDO, 1954. Bronze. 33.

12 CAVALO SALTANDO, 19''>5. Bronze. 32.

desenho

ANTON STEINHART (1889)

1 ISCHIA, PONTA TESTACCIO, 1950. Bico de pena. com aguada. 24 x 37.

2 FIGOS, CACTUS E VIDEIRA, 1952. Bico de pena com aguada. 24 x 32.

3 ROCHEDOS NA BAIA, 1952. Bico de pena com aguada. 24,5 x 31.

4 BAIA DE POSITANO, 1952. Bico de pena com aguada. 24 x 36.

5 PESCADORES CONSERTANDO REDES, 1952. Bico de pena com aguada. 25,5 x 31.5.

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ÁUSTRIA

6 FLORENÇA, 1952. Bico de pena com aguada. 27 x 41,5.

7 POSITANO, 1952. Bico de pena com aguada. 24,5 x 31.

8 LUAR EM ISCHIA, 19',;3. Bico de pena com aguada. 31 x 41.

gravura

MARGARETE BILGER (1904)

1 MULHERES COM GADO, 1938. Xilogravura. 39 x 42,5.

2 JUDITE, 1938. Xilogravura. 35,5 x 35,5. 3 A NOIVA DE ELIAS, 1951. Xilogravura. 45 x 37. 4 LENDA DA LAPôNIA: PARA ONDE FOI MINHA

ALMA?, 1951. Xilogravura. 30 x 39,5. 5 JACOB ABENÇOANDO REBECCA, 1951. Xilogra-

vura. 39,5 x 48,5. 6 O RISO DE SARA, 1951. Xilogravura. 32,''> x 24. 7 O PRANTO DE ANA, 1951. Xi'ogravura. 36 x 37. 8 REBECCA ENCONTRA ISAC, 1951. Xilogravura.

37 x 47,5. 9 RAPUNZEL, SOLTE SEU CABELO. Xilogravura.

39 x 36. 10 FOGE, MEU AMIGO. Xilogravura. 42 x 26.

RUDOLF SZYSZKOWITZ (1905)

11 MENINO SENTADO, 1933. Ponta sêca. 24,5 x 24,5.

12 JOVEM COM CRIANÇA, 1934. Ponta sêca. 35,5 x 26.

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ÁUSTRIA

13 RETRATO DE MENINO, 1934. Ponta sêca. 24,5 x 17,5.

H CASAL SENTADO, 1935. Ponta sêca. 25 x 20,5. 15 ELEVAÇAO, 193'5. Ponta sêca. 48,5 x 41,5. 16 PAISAGEM AO LUAR, 1937. Ponta sêca. 20 x

24. 17 CRUZ NO OVO, 1953. Xilogravura. 46 x 64. 18 PILA TOS, 1954. Monotipia. 30 x 21. 19 RETRATO DE MENINA, 1954. Xilogravura. 40,5

x Z6,5.

20 MULHER DE SALZBURGO. Ponta sêca. 35,5 x 25,5.

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BÉLGICA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MINISTÉ RIO DE INSTRUÇÃO PÚBLICA DA BÉLGICA

COMISSÁRIO: J. VAN LERBERGHE

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O Expressionismo belga nada tem de uma ge­ração espontãnea ou de uma brusca revolu­

ção. Sem querer diminuir o mérito de Permeke ou de Gustave de Smet, é preciso irmos buscar, bem longe na história da pintura belga, a origem do estilo mais saliente da arte contemporânea dêste país. Essa arte nasceu de uma reação contra o impres­sionismo, mas foi possível graças à ação liberta­dora de alguns artistas e homens de letras que, no fim do século XIX, sacudiram o jugo da tradição realista e impressionista. Não esqueçamos que Ensor criou suas primeiras máscaras no ano em que Picasso veio à luz, que Minne realizou seu primeiro "Agenouillé" em 1895. Nem sequer devemos esquecer o movimento inte­lectual, em seu conjunto, na Bélgica do fim do sé­culo passado. Henri Van de Velde, o iniciador da arquitetura moderna, Maurice Maeterlinck, escri­tor simbolista, e, logo depois, o poeta flamengo Karel van de Woestijne, juntamente com outros, contribuíram para o saneamento e o renovamento do espírito artístico. O ambiente era favorável gra­ças a essas fortes personalidades; graças também ao primeiro núcleo de Laethem (o escultor George Minne, os pintores G. Van de Woestijne, V. De Saedeleer e A. Servaes). Convém aliás prestar ho­menagem aos que, em Antuérpia e Bruxelas, abri­ram caminho às novas concepções estéticas - e aqui quero mencionar Jacob Smits e Laermans. Houve também a influência· do estrangeiro, ou, mais exatamente, o fato de os pintores da geração que nos interessa terem tomado parte no movimen­to estético internacional sem esfôrço artificial. Numerosos artistas belgas tiveram de se expatriar durante a guerra de 1914-1918; o que não deixou de exercer influência sôbre sua evolução. O Expressionismo belga é coerente, formando um conjunto completo e harmônico porém cada um de

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BÉLGICA

seus artistas conserva sua própria visão e seu pró­prio estilo. Incontestàvelmente, o maior dentre êles é G. Per­meke, que domina largamente pela amplitude de sua visão, e profundidade humana de seus senti­mentos. Como Permeke já constituiu o centro de interêsse da pintura belga na 1 Bienal de São Paulo, achámos útil concentrar desta vez a atenção do público em Gustave de Smet e Jean Brusselmans. Ambos artistas representam dois aspectos bem di­ferentes e muito importantes do expressionismo belga. Não se trata porém aqui do lirismo extra­vasado de Permeke, mas de um expressionismo mais refletido, em que os elementos de construção, tanto formais como coloristas, sobrepujam o liris­mo. De Smet é talvez o único artista flamengo a ter compreendido os próprios valores dos meios pictoricos. Brusselmans, um isolado oriundo do "Fauvisme" de Brabançon, foi o mais importante da província central da Bélgica. Sua influência é grande, antes moral porém que formal. Sua honestidade e sua grande integridade plástica muito impressionaram os jovens. Frits van den Berghe, pessoa muito culta em litera­tura e de grande curiosidade intelectual, foi um imaginativo que até certo ponto, continuou a arte de imaginação de Ensor, acrescentando-lhe acen­tuado caráter expressionista. Esse super-realismo expressionista perpetua-se em certas obras de Guiette. Este último explora o subconsciente, e tôdas as possibilidades da técnica pictórica são utilizadas em função de seu valor evocativo . . _ H. Daeye viveu em Antuérpia. :Ele também encon­trou seu próprio expressionismo, inteiramente feito de delicadeza, de matizes. Diz-se dêle que pinta estados de alma. Sua arte é restrita no que diz respeito ao tema. Pintou únicamente a face hu­mana; a face humana em si mesma, e não diluída

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BÉLGICA

em uma visão cósmica como na obra de Permeke. Paul Maas situa-se como Guiette no prolongamento do expressionismo, prolongamento evoluído que de­monstra o caráter autêntico e natural dêsse estilo. Outros, mais jovens que Guiette e Maas, como Slabbinck, Cox, Mara e Godderis, contribuem ainda hoje para seu desenvolvimento e enriquecimento. Oscar Jespers, de certo ponto de vista aparentado a Gustave de Smet, proporciona, aos sêres humanos que cria, existência da etnologia, e sua forma, por vêzes brutal, fala tanto por si mesma quanto pela linguagem pura da matéria. Puvrez, que passou pelo cubismo, busca um estilo mais ordenado, ao passo que J. Cantré, excelente gravador, busca aliar as inspirações de caráter literário às exigências da madeira ou do bronze. Caron, mais jovem, único representante da escultura expressionista valã, a.cha-se na realidade muito perto de seus colegas flamengos. O expressionismo deu à arte belga uma florescência notàvelmente rica. Se bem que per­tença a um movimento europeu, êste expressionis­mo soube conservar seu caráter próprio e, ao mes­mo tempo, alcançar um nível de qualidade sur­preendente.

J. VAN LERBERGHE

pintura

JEAN BRUSSELMANS (1884-1953)

1 OS CAMPOS: A TERRA GERMINA, 1931. 70 x 80. Coleção Ernest vau Zuylen, Liêge.

2 ARCO íRIS, 1932. 102 x 102. Coleção Ernest van Zuylen, Liêge.

3 "LA CALE SECHE", 1932. 90 x 100. Coleção Pierre Leten, Gand.

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BÉLGICA

<I NATUREZA MORTA, 1933. 110 x 125. Coleção G. Daelemans, Bruxelles.

5 COLHEITA, 1934. 150 x 150. Coleção Philippe Do~remont, Bruxelles.

6 A CURVADA ESTRADA, 1935. Coleçã.;) Mme. Léon Legrand, Bruxelles.

7 A COSINHA, 1935. 150 x 150. Musée des Beaux­Arts, Gand.

8 PRIMAVERA, 1935. 130 x 150. Coleção Gustave van Geluwe, Bruxelles.

9 A TEMPESTADE, 1936. 150 x 150. Coleção Tony Herbert, Courtrai.

10 O FAROL DE OSTENDE, 1936. 85 x 100. Coleção Wil1y Grubben, Bruxelles.

11 MARINHA CLARA, 1937. Coleção Fernand Bae-

12 13

tens, Bruxelles.

INVERNO, 1937.

INVERNO, 1938.

Coleção Tony Herbert, Courtrai.

90 x 100. Coleção Mme. Lé8n

Legnnd, Bruxelles.

14 MARINHA, 1938. 100 x 90. Coleção Mme. LéJn

Legrand, Bruxelles.

15 A LAVADEIRA, 1938. Coleção Gustave van Geluwe,

Bruxelles.

16 A ALDEIA SOB A NEVE, 1938. 101 x 97. Coleção

Ernest van Zuylen, Liêge.

17 A NEVE NO BRABANTE, 1939. Coleção Tony Her­

bert, Courtrai.

18 NATUREZA MORTA COM FRUTAS, 1943. óOx90.

Coleção Willy Grubben, Bruxelles.

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BÉLGICA

HIPPOLYTE DAEYE (1873-1952)

19 EXPRESSA0 DE MOÇA, 1932. 75 x 58. Musées Royaux des Beaux-Arts de Belgique, BruxellEs.

20 MoçA DE VERMELHO, 1934. 90 x 70. Coleção Maurice Daeye, Anvers.

21 A DOENTE, 1938. 116 x 65. COleção Demoiselles Daeye, BruxeUes.

22 MENINA DE AZUL, 1944. 80 x 66. Coleção W. de Braekeleer, Anvers.

23 MOÇA DE ESCURO, 1946. Musée R~yal des Beaux­Arts, Anvers.

GUSTAVE DE SMET (1877-1943)

24 O POMBAL, 1920. 75 x 70. Coleção Max Janlet, BruJrelles.

25 OS COMEDORES DE MEXILHõES, 1923. 93 x 123. Musée Royal des Beaux-Arts, Anvers.

26 FETICHE NEGRO, 1923. 80 x 70. Coleção Prof. Fhchet, Gand.

27 GRANDE PAISAGEM COM VACAS, 1928~ 81 x 100. Coleção Max Janlet, Bruxelles.

28 O CAÇADOR NA NEVE, 1929. 65 x 81. COlEÇão Oscar Mairlot, VervierS.

29 NÚ SENTADO NA CAMA, 1930. 125 x 73. Musée des Beaux-Arts, Osllende.

30 OS NAMORADOS, 1931. 131 x 115. Coleção Tony Herbert, Courtrai.

31 FLORES, 1933. 80 x 65. Coleção Prof. Flachet, Gand.

32 MAE E FILHO, 1933. 105 x 135. Coleção Gilbert Perier, Bruxelles.

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BÉLGICA

33 A SITIANTE (MEPITAÇAO), 1933. 123 x 102. Goleção Prof. Flachet, Gand.

34 MULHER COM CHALE AZUL, 1935. 76 x 57. Co­leção Emile Langui, Bruxelles.

35 MOÇA NUM INTERIOR, 1935. 90 x 68. Coleção P. Vermeylen, Bruxelles.

36 MOÇA AO TOUCADOR, 1935. 135 x 115. Coleção Gustave van Geluwe, Bruxelles.

37 MOÇA DE COR DE ROSA, 1937. 98 x 89,5. Mu­sée Royal des Beaux-Arts, Anvers.

38 NO SENTADO DE CAMISA ROSA, 1937. 65 x 50. Coleção Gustave van Geluwe, Bruxelles.

39 O CHAPltU DE PALHA, 1938. 80 x 60. Musée des Beaux-Arts, Deinze.

40 CRIANÇA COM BONIt, 1938. 77 x 60. Coleção Mme. A. Vandenberghe, Deinze.

41 MOÇA COM RAMO DE FLORES, 1938. 116 x 82. Coleção Gustave van Geluwe, Bruxelles.

42 NATUREZA MORTA COM CAFETEIRA BRANCA, 1939. 61 x 66. Coleção Georges Claessens, Mont­Saint-Amand (Gand).

43 CAMPONESA COM A MAO NO QUADRIL, 90 x 52. Coleção Jean Van Parys, Bruxelles.

RENÉ GUlETTE (1893)

44 O HOMEM PARTIDO. ·97 x 130.

45 OS NAVIOS.

46 FLOR COR DE ROSA. 97 x 130.

47 PERSONAGEM ENSANGUENTADO. 81 x 100.

48 FLOR PRETA. 81 x 100.

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BÉLGICA

PAUL MAAG (1890)

49 EM NICE, 1951. 50 x 65.

50 EM CANNES, 1952. 90 x 120.

51 DOLL Y, 1953 130 x 80.

52 BRIDGE, 1954. 80 x 120.

53 O PASSEIO, 1954. 50 x 65.

CONSTANT PERMEKE (1886-1952)

54 BARCAS EM OSTENDE, 1920. 67 x 92. Goleção Max Janlet, Bruxelles.

55 O PÃO PRETO, 1923. 127 x 150. Coleção Van­derhaegen, Mont-Saint-Amand (Gand).

56 CASAL SENTADO COM BEB:f;, 1928. 165 x 180.

Musée Permeke, Jabbeke. 57 CABEÇA DE CAMPONESA, 1930. 80 x 55. Musée

Permeke, Jabbeke.

58 MARINHA, 1947. 130 x 82. Musée Permeke, Jabbeke.

59 A DAMA DE LUVAS AMARELAS, 1950. 70 x 100. Musée Permeke, Jabbeke.

FRITS VAN DEN BERGHE (1883-1939)

60 O PRISIONEIRO, 1927. 64 x 40. Coleção Prof. Flachet, Gand.

61 O FILHO DA LUA, 1928. 130 x 110. Coleção Émile Langui, Bruxelles.

62 NOS LIMITES DA FLORESTA, 1930. 57 x 55. Coleção E. L. T. Mesens, London.

63 O BALANÇO, 1930. 70 x 55. . Coleção Oscar

Mairlot, Verviers.

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BÉLGICA

64 VIAGEM INFERNAL, 1931. 59 x 47,5. Coleção Ernest van Zuylen, Liêge.

65 RETRATO DO ARTISTA, 1932. 66 x 55. Coleção G. Bontinek, Gand.

66 RETRATO DE EDOUARD ANSEELE, 1932. 112,5 x 85,5. GJleção Edouard Ans-eele Jr., Gand.

67 O CARROSSEL, 1934. 47 x 48. Coleção Dr. Mar­eeI van de Velde, Gand.

68 O HOMEM NO COSMOS, 1935. 85 x 68. Coleção L. Faelens, Gand.

69 OS ANJOS DANSANTES, 1937. 60 x 72. Coleção Dr. MareeI van de Velde, Gand.

escultura

JOSEPH CANTRE (1890)

1 DOIS HOMENS (HÉRO E LÉANDRE), Madeira.

105.

2 A TENTAÇAO. Bronze. 68.

3 O JOVEM POETA. Bronze. 66.

MARCEL CARON (1890)

4 PEQUENO NO, 1948. 50.

5 CABEÇA DE HOMEM, 1948. Pedra. 45. Musée de l'Art Wallon, Liege.

6 SARDAS, 1950. Pedra, diretamente entalhada. 30. Coleção Georgette Geortay, Liêge.

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BÉLGICA

OSCAR JESPERS (1887)

7 Nú EM Pit, 1932. Madeira. 40. 8 MATERNIDADE, 1933. Granito. 80. 9 RETRATO DE HENRI VAN DE VELDE, 1934.

Granito. 70. 10 RETRATO DE EDGARD TYTGAT, 1934. Granito.

70. 11 CABEÇA DE MARMORE BRANCO, 1935. Már-

more. 40. 12 MATERNIDADE, 1935. Granito. 125. 13 CABEÇA EM GRitS, 1936. Grés. 40. 14 SUZANA NO BANHO, 1955. Pedra de Pouillon.

85. 15 TOILETTE. BNnze. Coleção M. Van Puyvelde.

BruxeHes.

HENRI PUVREZ (1893-1939)

16 DIANA, 1932. Pedra entalhada. Coleção Willem Paerels. Braine-l' Alleud.

desenho

CONSTANT PERMEKE (1886-1952)

1 CAMPONESA, 1925. 163 x 126. Musée Permeke, Jabbeke.

2 Nú EM Pit, 1926. 147 x 100. Coleção Gustave van Geluwe, Bruxelles.

3 MATERNIDADE COM PERFIL. DUPLO, 1930. Carvão e crayon, papel colado sôbre painel. 130 x 100. Musée Permeke, Jabbeke.

4 PAULA, 1934. 154 x 113. Musée Permeke, Jabbeke.

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BOLíVIA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA ACADEMIA NACIONAL DE BELAS ARTES DA BOlíVIA

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O espírito que norteia os artistas bolivianos presentes neste certame artístico, que tão

elevada reputação alcançou nos meios internacio­nais, outro não é senão o de mostrar, de certo modo, um dos aspectos que assume a pintura em seu país, bem como as orientações que inspiram sua tarefa no propósito de fixar a fisionomia de seu solo natal. Se a pintura é uma linguagem, aspiram êles a re­fletir em suas obras êsse acento que provem do sangue e que, no concerto da arte, é o instrumento - por humilde que seja, autêntico e prisco - cuja vibração não desafina na sinfonia universal. Incidir nesse veio, calar no espírito de sua expres­são intransferível, é também, de certa maneira, re­novar o diálogo com as cousas e os seres do mundo e desentranhar o drama da terra a que pertencem.

pintura

ENRIQUE ARNAL (1932)

1 PAISAGEM

ROBERTO ARNAL

2 COMPOSIÇÃO, 1954. 100 x 120.

NORHA BELTRAN C. (1929)

3 TíTERES, 1954. 81 x 60.

4 QUARTETO, 19515. 81 x 60.

5 MACUMBA, 1955. 81 x 60.

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BOL VIA

ENRIQUE GEUER

6 ° CAÇADOR, 1954. 37 x 45.

7 AMÉRICA, 1954. 37 x 45.

MARIA LUISA DE PACHECO (1919)

8 BASALTO, 1953. 70 x 80.

9 A ESPERA, 1954. 70 x 90.

10 MENINAS DO PARAMO, 1955. 60 x 80.

11 CIDADE COLONIAL, 1955. 70 x 100.

12 BAILE COLLA, 19',)5. 60 x 80.

13 CREPÚSCULO, 1955. 70 x 80.

ALFREDO LA PLACA (1929)

14 FIGURAS, 1955. 91 x 71.

JOSÉ OSTRIA GARRON (1924)

15 FIGURAS, 1952. 80 x 70.

16 ° ABRAÇO, 1954. 80 x 70.

17 AMOR PRIMITIVO, 1955. 80 x 70.

18 ° CEGO, 1955. 81 x 54.

MARIO ELOY VARGAS CARDENAS (1928)

19 ORAÇAO, 1954. 80 x 60.

20 MEDITAÇAO, 1954. 71 x 120.

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BOL VIA

escultura

MARINA NUNEZ DEL PRADO

1 A YMARA, 19'51. Granito. 30.

2 MADONA, 1954. Madeira. 35.

3 PIEDADE, 1955. Madeira. 40 x 36.

4 PROCURA CóSMICA, 1955. Madeira. 50.

5 MAE íNDIA, 1955. Madeira. 67.

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CANADÁ DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA GALERIA NACIONAL DE OTTAWA

COMISSÁRIO: ALAN JARVIS

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P ela terceira vez, êste ano, o Canadá participa da Bienal de São Paulo. O fato de termos en­

viado, com o auxílio do Departamento das Rela­ções Exteriores, uma contribuição nacional a cada Bienal, desde o início de suas 'atividades, constitui para nós motivo de considerável satisfação. ~ste ano, no entanto, fizemos uma modificação que, es­peramos, aumentará o interêsse de nossa seção. Aproveitando a experiência passada em Veneza e outros lugares, enviámos conjuntos de obras de apenas dois de nossos pintores contemporâneos, em lugar das prolixas coleções dos anos anteriores. Uma prova de nossa confiança na crescente impor­tância de São Paulo, como centro artístico de en­contros internacionais em franco desenvolvimento, reside no fato de tencionarmos, para o futuro, apresentar vários outros importantes artistas, da mesma maneira. Damos início a esta orientação com dois artis­tas que bem exemplificam a origem latina de um importante setor de nossa população e a inspi­ração latina de grande parte de nossa arte. Paul­Emile Borduas e Jean-Paul Riopelle são pintores contemporâneos de fama internacional, cuja obra é conhecida em Paris e Nova York. Outrossim, os vínculos que os ligam um a outro são os de mestre a aluno. Borduas foi um dos membros do pequeno grupo de artistas de Montreal que se distinguiram por volta de 1940, e que fizeram desta cidade a capital artística do Canadá, durante pelo menos os dez anos seguintes. Aos quarenta anos de idade, Bor­duas atraiu um punhado de homens mais jovens, conhecidos como "Les Automatistes". ~ste grupo incluía Riopelle. Escreveram peças teatrais super­realistas, escandalizaram o requintado Montreal com suas extravagâncias durante os "vernissages", e publicaram o primeiro manifesto artístico do Canadá. Nele adotaram a teoria de André Breton,

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CANADÁ-

segundo a qual a pintura é um processo automá­tico,· controlado pelo subconsciente. Nestes últimos anos, no entanto, o grupo dispersou-se; Borduas foi para Nova York e Riopelle para Paris. Borduas é, por índole, homem quieto e refletido, com profunda compreensão do caráter de seu pais e das suas chamadas "solitudes". Em Montreal, sua obra era de tonalidades sombrias, de côres ri­cas e de sentimentos intensos. Em Nova York, tor­nou-se mais leve e mais livre, embora a intensi­dade de sentimentos tenha permanecido. Há pouco tem'po, êle me disse que seu exílio voluntário tor­nara sua compreensão íntima do Canadá, ainda mais ampla e mais profunda. Também RiopelZe foi sombrio e subjetivo, embora cheio de vigor. Em Paris, desenvolveu uma técnica muito brilhante e original, de emplastação demasiado espessa. Suas pinturas, ainda confusas, parecem capazes a-e· varie­dade infinita. Recentemente, um crítico inglês disse dêle que "herdou, dos velhos mestres do movimento moderno, uma sêde insaciável de espontaneidade que proporciona· à pintura seu brilho final". Tal­vez se possa dizer, sem risco de exagêro, que essa grande vitalidade reside, pelo menos parcialmente, no elemento canadense de seu caráter, o qual se torna cada vez mais aparente, à medida que o ar­tista vem se desenvolvendo. Juntos, Borduas e Riopelle oferecem excelente ma­terial para o estudo - de que tanto se precisa -da importância relativa dos fatores pessoais e na­cionais de um lado, e das grandes tendências in­ternacionais - abstração e não objetivtsmo - de outro, na arte de hoje. Podem êstes fatores existir juntamente ou são êles mutualmente incompatíveis? A experiência parece aqui demonstrar pelo menos a possibilidade de uma feliz fusão de ambos os dois.

R. H. HUBBARD

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CANADÁ -_._--._-_. __ ._-------------

pintura

PAUL-EMILE BORDUAS (1905)

1 REGEPÇAO DE OUTONO, 1953. 96,5 x 119,3.

Passedoit Gallery, Nova York.

2 FRAGMENTO DE PLANETA, 1953. 76,2 x 101,6.

PaEs,doit Gallery, Nova York.

3 RESISTS:NCIA VEGETAL, 1954. 114,3 x 147,3.

Passedoit Gallery, Nova York.

4 PULSAÇAO, 19'55. 96,5 x 119,3.

5 FESTA NAUTICA, 1955. 76,2 x 89,4.

6 SUSSURRO DE VERAO, 1955. 147,3 x 114,3.

7 TERNURA DOS CINZAS, 1955. 89,4 x 76,2.

8 FLORESTA METALICA, 1955. 60,7 x 76,2.

9 OS Vl!:US VERMELHOS, 1955. 30,1 x 45,7.

10 JARDIM IMPEXETRAVEL, 195'5. 60,7 x 50,8

11 VEGETAÇAO MINERAL, 1955. 46,3 x 38,1.

12 PERSISTS:NCIA DOS PRETOS, 1955. 45,7 x 38,1.

JEAN-PAUl. RIOPELLE (1923)

13 ESCARPA, 1953. 73 x 100. Pierre Matisse Galle­

ry, Nova York.

14 SOB O SIGNO DO LABIRINTO, 1953. 59,6 x

72,9. Pierre Matisse Gallery, Nova York.

15 NA ENCRUZILHADA DAS FACETAS, 1954. 81,2 x

114,3. Pierre Matisse Gallery, Nova York.

16 COMPOSIÇAO SOBRE UM TEMA DE RAYMOND

RADIQUET N.o 3184, 1954. 130.1 x 143. Pierre

Matisse Galery, Nova York.

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CANADÁ ---~- ----

17 COMPOSIÇÃO SOBRE UM TEMA DE RAYMOND RADIQUET N.o 3182, 1954. 129,5 x 29'5,5. Pierre Matisse Gallery, Nova York.

18 COMPOSIÇÃO SOBRE UM TEMA DE RA YMO::-;lD RADIQUET N.O 3010, 1954.83,6 x 60,9. Pierre Matisse Gallery, Nova York.

19 COMPOSIÇÃO SOBRE UM TEMA DE RA YMOND RADIQUET N.o 3084, 1954. 65,3 x 81,2. Pierre Matisse Gallery, Nova York.

20 COMPOSIÇAO SOBRE UM TEMA DE RAYMOND RADIQUET N.o 3193, 1954. 45,7 x 38,1. Pierre Matisse Gallery, Nova York.

21 COMPOSIÇÃO SOBRE UM TEMA DE RA YMOND RADIQUET N.o 3100, 1954. 26 x 40.

22 COMPOSIÇÃO SOBRE UM TEMA DE. RAYMOND RADIQUET N.o 3196, 1954. 39,4 x 33. Pierre Ma­tisse GalIery, Nova, York.

23 OOMPOSIÇAO SOBRE UM TEMA DE RAYMOND RADIQUET N.O 2957, 1954. 59,6 x 72,5. Pierre Ma­tisse Gallery, Nova York.

24 COMPOSIÇÃO SOBRE UM TEMA DE RAYMOND RADIQUET N.o 2957, 1954. 59,6 x 72,5. Pierre Ma­Matiss~ Gallery, Nova York.

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C H L E DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO INSTI­TUTO DE EXTENSÃO DE ARTES PLÁS­TICAS DA UNIVERSIDADE DO CHILE COMISSÁRIO: ROMANO DE DOMINICIS

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O Instituto de Extensão de Artes Plásticas da Universidade de Chile, que exerce a função

de corpo dirigente no movimento artístico nacional por serem nele representados o Ensino Plástico Su­perior, os Museus Nacionais de Arte e os Grêmios dos artistas, foi desde a primeira Bienal, a entidade encarregada de selecionar os conjuntos que deviam representar a arte do Chile. O método de seleção praticado nas duas primeiras Bienais de 1951 e 1953, foi o de convidar todos os artistas do país, para depois escolher, dentro do total das obras enviadas, uma seleção representa­tiva das diversas tendências da mostra plástica con­temporânea. Para esta terceira Bienal, com a ex­periência adquirida nos certames anteriores que nos permitiu apreciar de maneira mais exata o ob­jetivo estético das exposições, o Instituto adotou para a delegação do Chile um método diferente que temos interêsse em divulgar, a fim de que o conjunto seja melhor apreciado. E' evidente que esta exposição internacional pa­trocinada velo Museu de Arte Moderna de São Paulo, tem - o objetivo de mostrar ao público, num quadro comparativo, as criações plásticas de van­guarda que se verificam nos vários países do mundo. Com o intuito de contribuir de maneira mais efi­caz possível para êsse fim, o Instituto convidou de­terminado grupo de artistas capazes de apresentar um conjunto homogêneo de obras, cujo caráter con­corda com as tendências da exposição. A fim de poder incluir, mantendo-se sempre den­tro do espaço reservado para a delegação chilena, um número suficiente de trabalho de cada um dos artistas representados de maneira que o público possa apreciar com uma ampla margem as carac­terísticas de sua produção, o número de artistas convidados foi reduzido a uns poucos, esperando que, embora não sejam ainda representados todos os artistas de tendências avançadas, a próxima

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C H I L E

Bienal permita enviar uma seleção igualmente ho­mogênea, pela qual se poderão conhecer mais ar­tistas cuja orientação esteja de acôrdo com a fisio­nomia estética do certame.

ROMANO DE DOMINICIS

pintura

NEMESIO ANTUNEZ (1918)

1 BICICLETAS.

2 A CHUVA.

3 o DESFILE.

<1 A JANELA.

5 AO VINHO TINTO.

6 A CAPA VERMELHA.

ROBERTO MATTA (1912)

7 TODAS AS SíLABAS DA PRIMAVERA, 1951.

8 NAO SONHE, 1951.

9 NAO PRETENDA ESCAPAR, 1953.

10 CHILE DE MADRUGADA, 1954.

11 O FUNDO DO CORAÇAO, 1955.

INES PUYO (1906)

12 MENINA SENTADA.

13 NATUREZA MORTA.

14 FLORES.

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C H I L E

15 NATUREZA MORTA.

16 MULHER E CRIANÇA.

LUIS VARGAS ROSAS (1897)

17 RITMO VEGETAL.

18 PAISAGEM NAO NUMERAVEL.

escultura

MARTA COLVIN (1915)

1 HUMO. Madeira.

2 ESLABóN. Madeira.

3 AS TRl1:S IRMAS. Ferro.

4 COMPOSIÇAO. Madeira.

MARIA FUENTEALBA (1914)

5 FIGURA RECLINADA. Mármore.

6 MATERNIDADE. Mármore.

7 ABRAÇO. Mármore preto.

8 FIGURA. Alabastro.

9 TORSO. Pedra.

SAMUEL ROMAN (1907)

10 RETRATO DA SRA. MERCEDES DE LARRAíN. Mármore.

11 VINDIMA. Ferro repuxado.

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C H I L E

12 ELENA WILSON. Bronze.

13 EDITH DE PRAGA. Bronze.

14 CABEÇA DE MENINO. Bronze.

15 CAROLA DE NUREMBERG. Bronze.

gravura

NEMESIO ANTUNEZ (918)

1 JANELA DA CIDADE. Litografia colorida.

2 HABITANTES DA CIDADE. Litografia.

3 MULTIDAO, JANELA. Litografia.

4 O BAILE. Litografia.

5 O ALMOÇO. Litografia.

6 OS PINCÉIS. Buril.

MARTA COLVIN (915)

7 ESTUDO PARA ESCULTURA. Monotipia.

8 ESTUDO PARA ESCULTURA. Monotipia.

9 ESTUDO PARA ESCULTURA. Monotipia.

10 ESTUDO PARA ESCULTURA. Monotipia.

11 ESTUDO PARA ESCULTURA. Monotipia.

JULIO ESCAMEZ (926)

12 O VENTO NO RIO. Litografia.

13 MULHERES BOLIVIANAS. Litografia.

14 RETRATO. Litografia.

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C H I L E

15 RAPARIGA DO SUL. Litografia.

16 POCURO. Litografia.

17 ENTERRO.

18 GALVARINO.

CARLOS FAZ (1931-1954)

19 A MORTE ESTA NA PRAÇA.

20 NOTURNO.

ENRIQUE ZA~ARTU (1921)

21 PAISAGEM FRIA. Agua-forte.

22 SOBRE O TRIGO. Agua-forte colorida.

23 FRATURA, GENmICA. Agua-forte com litografia.

24 IMAGEM DO SOL FRIO. Agua-forte.

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c U B A DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA "VISUAL ARTS SECTION" DA UNIÃO PANAMERICANA

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C omo das vêzes passadas, Cuba volta a apre­sentar os trabalhos de alguns de seus artis­

tas contemporâneos. A seleção atual contém uma porcentagem maior das obras de caráter não ob­jetivo, como no caso de Luis Martinez Pedro, Wil­fredo Arcay e Sandu Darie, com exemplos de experiências duma disciplina rigorosa que propõe uma visão poética da geometria. Por outro lado, Raul Milian cria formas plásticas espontâneas que se nutrem somente do subjetivo. Juntamente com êstes, e conservando um ponto de apôio na reali­dade, estão Amélia Peláez com suas vibrantes in­terpretações do barroco e René Portocarrero com as emaranhadas versões de um mundo tropical ima­ginário. Completa o conjunto um trabalho de Ro­berto Estopiiíán, uma das personalidades mais des­tacadas da escultura contemporânea do país. Esta terceira ocasião em que a arte cubana figura na Bienal de São Paulo, serve para manter infor­mado mais uma vez o Brasil acêrca do que vem sendo realizado de novo nas artes plásticas de Cuba.

JOSE' GOMES SICRE

Chefe da Seção de Artes Visuais

pintura

WILFREDO ARCAY (1925)

1 COMPOSIÇÃO N.o 1, 1952. 50 x 6l.

2 COMPOSIÇÃO N.o 2, 1953. 53,5 x 63,5.

3 COMPOSIÇÃO N.O 3, 1953. 66 x 46.

4 COMPOSIÇAO N.O 4: 1953. 129,5 x 80.

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c U B A

SANDU DARIE (1908)

5 PINTURA I, 1954. Emulsão oleosa. '54,6 x 54,6.

6 PINTURA H, 1954. Emu'são oleosa. 68,5 x 111,7.

7 PINTURA IH, 1955. Emulsão oleosa. 54,6 x 54.6.

LUIS MARTINEZ PEDRO (1910)

8 COMPOSIÇÃO N.o 4, 1954. 106,6 x 86,3.

9 COMPOSIÇÃO N.o 6, 1954. 86,3 x 106,6.

10 COMPOSIÇÃO N.O 5, 1955. 147,3 x 96,5.

AMELlA ~ELAEZ (1897)

11 NATUREZA MORTA, 1949. Guache. 93,9 x 68,5.

12 NATUREZA MORTA, 1949. Guache. 101,6 x 71,1.

13 COMPOSIÇÃO, 1955. 88,9 x 68,5.

14 FIGURA, 1955. 101,6 x 60,9.

RENÉ PORTOCARRERO (1912)

15 PAISAGEM URBANA, 1955. 100 x 85.

16 CATEDRAL N.O 1, 1955. 88 x 107.

17 CATEDRAL N.o 2. 1955. 88 x 107.

escultura

ROBERTO ESTOPINAN

1 FIGURA. 19'55. Madeira. 137,2.

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c U B A

desenho

RAUL MILIAN (1914)

1 TINTA N.o 1, 1954. Tintas coloridas. 27 x 36.

2 TINTA N.o 2, 1954. Tintas coloridas. 27 x 36.

3 TINTA N.o 3, 1954. Tintas coloridas. 27 x 36.

4 TINTA N.o 4, 1955. Tintas coloridas. Z7 x 36.

S TINTA N.o 5, 1955. Tintas coloridas. 27 x 36.

6 TINTA N.o 6, 1955. Tintas coloridas. 27 x 36.

7 TINTA N.Q 7, 1955. Tintas coloridas. 27 x 36.

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ESTADOS UNIDOS DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO FRANCISCO, COM A COLABORAÇÃO 00 MUSEU DE CI~NCIAS, HISTÓRIA E ARTE DA COMARCA DE LOS ANGELES. COMISSÁRIO: GRACE L. MCCANN MORLEY.

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E sta exposição apresenta um panorama da arte nos estados que orlam o Pacífico: Washing­

ton, Oregon e Califórnia. Em país tão grande, o desenvolvimento da arte nas suas várias regiões e seus centros mais afastados constítui aspecto im­portante da atividade artística nacional, atividade que suplementa e completa as funções de Nova York como grande centro de exposição e seleção, e como mercado artístico. Na verdade, é êsse desen­volvimento regional por todo o país que explica o vigor e a qualidade da arte nos Estados Unidos de hoje. A seleção que foi feita para a III Bienal, de obras de artistas da Costa do Pacífico, constitui um novo aspecto da arte contemporânea nos Estados Unidos, e vem completar as exposições anterior­mente apresentadas em São Paulo. A arte dessas regiões, as mais distantes de Nova York, com suas características bem nítidas e a importância, sem­pre crescente, dgstes últimos anos, assumida por seus artistas no campo artístico nacional e inter­nacional, suplementa a visão da arte contemporâ­nea norte-americana, proporcionada pelas duas ex­posições precedentes. A primeira destas exposições forneceu um panora­ma dos momentos artísticos norte-americanos; a segunda apresentou vários trabalhos executados por pequeno número de artistas, ilustrando as suas vá­rias tendências. Nesta terceira exposição, os desenvolvimentos re­gionais estarão representados por trabalhos de grande número de artistas, que assinalam a varie­dade encontrada em cada região. Apenas em alguns casos, apresenta-se um artista com número maior de obras, a fim de mostrar seu desenvOlvimento, ou sua técnica em diferentes meios de expressão. Os artistas, presentes nesta terceira exposição com trabalhos cuidadosamente selecionados - seja pela qualidade, seja no intuito de mostrar seu estilo tí­pico neste momento - residem todos atualmente na Costa do Pacífico, embora, na maioria dos casos,

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ESTADOS UNIDOS

sejam conhecidos também em outras regwes do país. Com efeito, e salvo algumas exceções, todos êles têm figurado em exposições nacionais impor­tantes, seus trabalhos fazem parte de coleções par­ticulares norte-americanas, sendo amiúde expostos em galerias de arte de Nova York. Entre. êsses ar­tistas, . alguns há que deixaram a Costa do Pacífico para se estabelecerem em Nova York ou outras ci­dades dos Estados Unidos, na Inglaterra, em Paris ou em Roma, onde alcançaram grande reputação. Contudo, todos êsses artistas cujas obras se incluem nesta seleção, líderes incontestáveis nos centros em que vivem, moraram entre nós por longo tempo, desenvolveram na Costa do Pacífico o seu estilo, e desempenharam importante papel na formação das características artísticas da nossa região.

* * *

Há três regwes bem definidas na atividade artís­tica da Costa do Pacífico, cada qual com cunho bem distinto. A zona do Noroeste, compreendendo Washington e Oregon, tem dois centros: um em Seattle (Washington), outro em Portland (Oregon). Ambos com clima e panorama idênticos. Do mesmo modo, seus artistas parecem ter muitas coisas em comum. A California tem dois centros: Los Ange­les, no Sul; e São Francisco, nas numerosas colinas perto da imensa Baía. Os artistas de cada um dos dois centros californianos, embora tendo em comum com os do Noroeste sua ligação com os movimentos nacionais e internacionais e, de modo geral, com a arte da Costa do Pacífico, representam grupos regionais diferentes. 'o

Mr. Thomas C. Colt, diretor do Museu de Arte de Portland, descreve os aspectos particulares da arte no Noroeste como segue:

"Muitos há que pensam que a pintura, a es­cultura, a arquitetura do Noroeste do Pacífico,

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ESTADOS UNIDOS

possuem qualidade ou caráter pouco diferente do resto dos Estados Unidos. De modo geral, naturalmente, as artes produzidas aqui são da mesma corrente multiforme em que as artes do resto do mundo navegam. A zona do Noroeste do Pacífico, no entanto, tem três pontos de diferenciação. O primeiro é peculiar aos artis­tas e reside no caráter específico de cada um como se vê de seu trabalho. O segundo é um sentimento de reserva e de disciplina da parte de um povo que habita uma nova região assaz afastada de outros centros. O terceiro provém do impacto dominante da própria terra, com seu clima fresco, constante, moderado, suas chuvas e neblinas contínuas, seu litoral dra­mático, suas montanhas, seus rios e suas flo­restas."

Mr. Marvin Ross, conservador-chefe do Museu da Comarca de Los Angeles, redigiu um comentário sôbre a arte de Los Angeles, em pequeno artigo que damos a seguir. Também a arte de São Francisco tem seu aspecto particular. A cidade, que se acha quase a meio entre Portland e Los Angeles, é maior que as gran­des cidades nordestinas, porém menor, em popu­lação e superfície, que as do sul. Serve de centro cultural para as grandes aglomerações urbanas que lhe são vizinhas: campos extensos, cobertos de po­mares e vales de vinhedos situam-se nos arredores. De cada uma das colinas que formam a cidade, enxergam-se a baía e as montanhas núas que a circundam, montanhas queimadas pelo sol rude todo o ano, exceto durante uns poucos mêses na primavera e amiúde veladas por nevoeiros espessos que desaparecem com a luz brilhante do meio dia. Como Los Angeles, San Francisco tem um grupo importante de artistas, cujas obras frequentemente figuram nas grandes exposições internacionais ci­tadas por Mr. Ross em seu artigo. Muitos de seus

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antigos membros conquistaram postçoes de relêvo em Paris e Roma. Seus artistas, de há muito vêm sendo conhecidos pelo interêsse que demonstram na exploração de novas soluções e na experimentação de uma grande variedade de novas formas cria­doras. Atraiu-os desde logo o Abstracionismo e foram êles os primeiros na Costa do Pacífico a criar estilos pessoais dentro das correntes gerais do expressionismo abstrato. Alguns, entre os mais jovens, exploram com grande sensibilidade o acidente visíve~ da pincelada, da textura e do metal soldado, aproveitam objetos oca­sionais em que percebem alguma qualidade estéti­ca, empregam as livres garatujas de padrões linea­res complicados, tanto na tela como no espaço. Em geral, apreciam as qualidades peculiares e as ca­racterísticas dos materiais com que trabalham e tiram destes o máximo de expressão. Para muitos dêstes artistas, tão completa liberdade somente é conseguida após uma longa experiência, graças a uma profunda cultura e anos de explora­ção paciente dos meios à disposição do pintor, es­cultor, desenhista, tão variados em nossa época. Em geral, a fôrça e a clareza na expressão são gran­demente valorizadas pelos membros do grupo de San Francisco, o qual se dedica principalmente à escultura. Seu trabalho vem sendo feito dentro de uma grande variedade de estilos e de meios inclu­sive materiais novos e metais. Os escultores de San Francisco, em numerosas ocasiões, fizeram jús a prêmios. Todos êstes aspectos da arte de São Francisco são ilustrados na exposição enviada à III Bienal, que foi objeto de uma cuidadosa escolha. Embora a arte da Costa do Pacífico ilustre a ma­neira por que os artistas, nos Estados Unidos, ten­dem a sé agrupar em tôrno dos centros que abri­gam museus, universidades, escolas e galerias de arte, e a partilhar, em cada localidade, de certas características de estilo ou ponto de vista, que pa-

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recem identificar-se com a região, seria engan~ exagerar a influência regional. Esta não implica na falta de personalidade no estilo dos artistas desta ou daquela região. Basta citar os exemplos: de Mark Tobey da zona do noroeste, Rico Lebrun de Los Angeles e Keith Monroe, ' de São Francisco, cada qual com individualidade e pontos de vista que lhes são próprios, embora com algo em comum com os demais artistas de sua região. O que que­remos dizer é que, dentro da ampla classificação do expressionismo abstrato, em que cabem quase todos os artistas da Costa do Pacífico, certas caracterís­ticas, que parecem comuns a determinado centro, distinguem-no, como grupo, das dos de outros lu­gares. Do mesmo modo, a maioria dêstes artistas, sejam êles provenientes do noroeste do Pacífico, ou residentes na California, parece possuir algo em comum. Para exemplificarmos, em tôda a Costa do Pacífico o panorama típico, com seus contrastes de mar e montanhas, de nevoeiro e sol brilhante, parece ter influência considerável, e em muitos ar­tistas, o Oriente direta ou indiretamente exerce grande atração. A solidão do Far West, seus pano~ ramas grandiosos, e suas enormes distâncias tam­bém parecem influir em muitos artistas dali.

* * •

A exposição selecionada pelo Museu de Arte de San Francisco, foi por êle organizada, com a coovera­ção e o apoio do Museu de Ciências, História e Arte da Comarca de Los Angeles. E' apresentada sob o patrocínio dos dois museus, que reuniram as obras de arte que a constituem, com a benévola assistência dos Museus de Arte de Seattle e Port­land e seus diretores, Dr. Richard Fuller e Mr. Thomas C. Colt. O Museu de Arte Moderna de Nova York, ao qual se devem as exposições enviadas às 1 e 11 Bienais,

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guiou-nos com seus preciosos conselhos, baseados na experiência de duas Bienais. Os organizadores desta delegação, que representa os Estados Unidos da América na III Bienal, que­rem exprimir sua gratidão por tôda a ajuda rece­bida, como também expressar o prazer que experi­mentam de terem a honra de apresentar a arte da Costa do Pacífico ao público brasileiro.

GRACE L. McCANN MORLEY

Museu de Arte de S. Francisco

A ARTE NA CALIFORNIA DO SUL

A oportunidade oferecida a um grupo de artis­tas da California do Sul de participar da III

Bienal de São Paulo, juntamente com outros artis­tas da Costa do Pacífico, é por nós considerada uma honra insigne. No decurso dos últimos anos, artis­tas desta região foram convidados ou aceitos em várias exposições nacionais e internacionais, mas esta é a primeira vez que se apresentam tão nume­rosos. Os "Younger American Painters", do Museu S. R. Guggenheim, incluem numerosos pintores da região, e a introdução que para êsse acervo escre­veu James Johnson Sweeney demonstra a impor­tância da Costa do Pacífico no futuro da pintura americana. A "Exposição de Novos Talentos", rea­lizada há pouco em Nova York, incluía também pintores da região. Tudo isso evidencia a impor­tância crescente da arte do sul da California aos olhos do mundo. . A pintura da California do Sul com pintores vindos de várias partes do mundo, para ali trabalharem, tendo, até certo ponto, a refletir as principais cor­rentes da arte contemporânea, mas de modo menos violento do que nas outras regiões, talvez devido a

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seu clima, à influência feliz de uma população em grande parte oriental, com o senso inato da deco­ração. Há nela várias características locais, tal como a influência de mestres que deram à sua técnica bases sólidas. A côr do panorama local, a luz, o céu, exerceram sua influência. Isso é particularmente observável no fato de ter a côr da paisagem da vegetação mudado nos últimos anos, em virtude de irrigação mais extensa de que resultou mais variado colorido. Os escultores têm tendência para trabalhar direta­mente seu material, pedras preciosas, mármore, madeira, etc., tirando de cada um o melhor partido. As gravuras são notáveis pelas suas técnicas que tendem a realçar o efeito estético. A escolha é bem representativa da região e inclui artistas que se vêm dedicando às tendências mo­dernas há 30 anos, bem como novos valores.

pintura

1 N.O 299. 91,5 x 122.

MARVIN c. ROSS

Curador-Chefe, Divisão Artístico Museu de Ciências, História e Arte do Comorca de Los Angeles

RUTH ARMER (1896)

LOUIS BUNCE (1907)

2 PRAIA, MARÉ BAIXA N.o 2, 19'.>4. 144,8 x 107.

HANS BURKHARDT (1904)

3 COMPOSIÇAO, 1953. 96,5 x 122.

4 PAISAGEM ABSTRATA, 1955. 127 x 152,3.

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ESTADOS UNIDOS

KENNETH CALLAHAN (l907)

5 TRll:S GÓRGONAS, 1955. Têmpera. 56 x 75,8. Maynard Walker Gallery, Nova York.

ELlSE CAVANNA (1905)

6 FRAGMENTO DE CONTINUIDADE, 1954. 91,5 x 152,3.

ROBERT CHUEY (l921)

7 PAISAGEM MARíTIMA, MALIBU, 1954. 101,'5- x 152,3. Frank Perls Gallery, New York.

PAUL DARROW (l921)

8 LUZ DA MANHA, 1954. Guache. 114 x 76.

ROY DE FORREST

9 PARTIDA PARA LABRADOR. óleo sôbre ma­sonite. 100 x 137.

RICHARD DIEBENKORN (l922)

10 BERKELEY N.o 24, 1954. 175,5 x 144,5. 11 BERKELEY N.o 32, 1955. 150 x 144,5.

RALPH DU CASSE (1916)

12 O VIQUING, 1955. 180,'5- x 10l. 13 CAVALEIRO ANDAi\lTE. 112,5 x 81,5.

LEONARD EDMONDSON (l918)

14 VARIAÇAO EM Sll:RIE N.o 2, 1954. Aquarela. 40,5 x 66. Landau Gallery, Los Angeles.

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ESTADOS UNIDOS

JACOB ELSHIN (1892)

15 NAMORADOS. Aquerela. 63,5 x 49,5.

JULES ENGEL (1916)

16 A BAíA, 1954. Aquarela. 73 x 52,5. Paul Kan­tor Gallery, Los Angeles.

EDGAR EWING (1913)

17 "BLUE BARBECUE", 1953. 38 x 91,5. Dalzell Hatfield Gallery, Los Angeles.

LORSER FEITELSON (1898)

18 FORMAS MAGICAS DO ESPAÇO, 1954. 127 x 152,3.

KEITH FINCH (1920)

19 VIAGEM NO INTERIOR, 1954. 122 x 91,5. Lan­dau Gallery, Los Angeles.

MORRIS GRAVES (1910)

20 . PASSARO ENLOUQUECIDO PELO SOM DE MA­QUINAS DO AR, 1944. Aquarela sôbre papel de arroz. 84 x 151. San Francisco Museum of Art.

21 FILHOTE DE GANSO, 1952. 122,5 x 90. Willard GaUery, Nova York.

RICHARD HAINES (1906)

22 CREPúSCULO NA ALDEIA, 1952. 76 x 91,5. Dal­zell Hatfield Gallery, Los Angeles.

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ESTADOS UNIDOS

LEAH RINNE HAMILTON

23 A PONTE, 125,5 x 121.

FREDERICH HEIDEL (I915)

24 QUARTEIRAO DO PARQUE, 1954. 76 x 101,'.>.

KARL KASTEN (1916)

25 COMPOSIÇAO COM DUAS FIGURAS. 111 X 82,8.

WALTER KUHLMAN 26 N.O 23. 99 X 64,5.

ROGER KUNTZ (I926)

27 PIAZZA SAN MARCO, 1955. 122 x 152,3. Landau Gallery, Los Angeles.

RICO LEBRUN (I900)

28 JOSEPHINE, 1952. 132 x 104. Frank Perls Ga'le­ry, Los Angeles.

29 AÇOUGUE, 1954. Oleo e "collage". 241,5 x 116,8. Frank Perls Gallery, Los Angeles.

FRANK LOBDELL (I921)

30 JANEIRO, 1955. 175,5 x 136.

HELEN LUNDERBERG (1908)

31 O ESPELHO, 1951. 76 x 91:'>.

MACDONALD-WRIGHT (I890)

32 A PROFECIA, 1955. 91,5 x 112.

]22

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ESTADOS UNIDOS

ROBERT MALLARY (1917)

33 A CABEÇA, 1954. Técnica mista. 39,5 x 50,8. Urban GaUery, Nova York.

ROBERT MCCHESNEY (1913)

34 S. S. N.o 9, 1955. 50,5 x 68,8.

DOUGLAS MCCLELLAN (1921)

35 PAISAGEM, 1954. 91, 5 x 122. Landau Gallery, Los Angeles.

JOHN MCLAUGHLIN (1898)

36 SEM TíTULO, 19'54. 83,8 x 96,5. Landau Gallery, Los Angele.s.

CARL MORRIS (1911)

37 CONSTRUÇÃO, 1955. 122 x 101,5.

38 SOM E AREIA, 1955. 101,5 x 122.

LEE MULLICAN (1919)

39 O VôO DE BLAKE, 1954. 127 x 76. Mr. and Mrs. Gifford Phi:lips.

ALEXANDER NEPOTE (1913)

40 SEM TíTULO. 87 x 107.

KENJUO NOMURA (1896)

41 PORTO, 1953. 61 x 91,5.

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ESTADOS UNIDOS

DAVID PARK (1911)

42 RUA DA CIDADE. 149,5 x 116.

CLAYTON PINKERTON (1931)

43 SEM TíTULO, 1953. Aquarela. 64,5 x 95.

GEORGE CARSON RANDALL

44 CASA EM RUINAS. Esmalte sôbre masonite.

121,''> x 147,5.

ORREL P. REED (1921)

45 VARIAÇAO NO ESPAÇO, 1954. 61 x 101,5. Lan­dau Gallery, Los Angeles.

RICHARDS RUBEN (1925)

46 CIRCUNST ANCIAS REFLECTIV AS, 1954. Aqua­rela. 50,8 x 76. Landau Gallery, Los Angeles.

FELIX RUVOLO (1912)

47 INVASÃO, 1953. 76 x 106.

JOHN SACCARO (1913)

48 PLEIADES, SUITE N.o 2, 1955. 91,5 x 112.

FLORENCE SALTZMAN (1917)

49 PRAIA DE HECETA, 1953. Aquarela sôbre papel. 48 x 63,5.

ERNEST C. SCHWIDDER (1931)

50 PAISAGEM CLASSICA, 1954. 59,5 x 82.

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ESTADOS UNIDOS

SUEO SERISAWA (1910)

51 TARDE DE VERAO, 19'52. 127 x 96,5. Dalzell Hatfield Gallery, Los Ange~es.

MILLARD SHEETS (1907)

52 PORTO SOLITARIO, 1954. Aquarela. 61 x 38,5.

PETER SHOEMAKER (1920)

53 WEST END, 1954. 61 x 38,5.

LUNDY SIEGRIEST (1925)

54 FúRIA EM BETIO. 97,5 x 142.

MARK TOBEY (1890)

55 ESCRITO NAS PLANíCIES, 1951. óleo e têmpe­ra. 77 x 102. San Francisco Museum of Art.

56 PASSAGEM DE NÉON, 1953. Têmpera. 100 x 75. Mr. Alan Rosenthal.

GEORGE TSUTAKAWA (1910)

57 ESTUDO DE PAISAGEM, 1954. Aquarela. 22,8 x 59,3.

HOWARD WARSHAW (1920) 58 VARIAÇAO DE DAVID COM VERMELHO, 1954.

101,5. x 158;5. Frank Perls Gallery, Los Angeles.

RICHARD WHITE 59 "DESUPERHEATER", 1952. 127 x 106,5. Landau

Gallery, Los Angeles.

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ESTADOS UNIDOS

PAUL WONNER (1929)

60 NATUREZA MORTA COM PLANTAS. 152 x 147.

JACK ZAJAC (1929)

61 BRIGA DE PASSAROS, 1953. 127 x 106,5. Lan­dau GaHery, Los Angeles.

escultura

RUTH ASAWA (1926)

1 SEM TíTULO. Arame. 274,5.

HAROLD GEBHARDT (1907)

2 A NOIVA, 1955. Madeira. 101,5.

THOMAS HARDY (1921)

3 ZEBU. Aço torneado. 48 x 37.

ROBERT HOWARD (1896)

4 O GUARDA, c. 1953. Composição - madeira, me­tal, resina e fibras de vidro. 160.

PJETER KRASNOW (1890)

5 DESAFIO, 1936. Madeira. 142.

DAVID LEMON (1908)

6 DESENVOLV~MENTO, 19'54. Madeira. 124.

HENRJ MARJE-ROSE (1922)

7 QUIETUDE. Chumbo. 81,5. San Francisco Art Association.

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ESTADOS UNIDOS

KEITH MONROE (l917)

S ENCONTRO. Aço. 42.

STEFAN NOVAK (l91S)

9 OBJETO RITUALISTA. Ferro. 45.

RICHARD O' HANLON (l906)

10 CORUJA, 1952. Pedra de Bedford. 31.

BERNARD ROSENTHAL (l914)

11 NINHO DE CARANGUEJOS, 1951. Bronze. 50,8. Dalzell Hatfield Gallery, Los Angel:s.

CORNELIA RUNYON (lSS7)

12 A TARTARUGA, 1951. Agata. 17,8 x 15. Mrs. Catherine Barlow.

ZYGMUND SAZEVICH (l901)

13 FORMAS LIVRES. Madeira. 63,5.

DAVID TOLERTON

14 DRAMA CLASSICO, 1954. Ferro. 122. Paul Kantor GaIlery, Los Angeles.

PEGOT WARING (1909)

15 NAMORADOS, 1948. Mármore cÔr de rosa do Tennessee. 58,3.

GURDON WOODS (1915)

16 NOTURNO. Alumínio. 69,5.

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ESTADOS UNIDOS

desenho

WILLlAM BRICE (1921)

1 "LULHOLLAND", 195'5. Nanquim. 50,8 x 61. Frank Perls Gallery, Los Angeles.

HANS BURKHARDT (1904)

2 FIGURA, 1946. 61 x 76.

FRANCIS DE ERDERLY (1904) 3 SEM RUMO, 1954. Nanquim e giz. 76 x 101,5.

JOHN HALEY (1905) <I SEM TíTULO. Carvão. 40,5 x 50,8.

KARL KASTEN (1916)

5 MARINA PICCOLA. Nanquim e carvão. 60 x 107.

ADALINE KENT (1900)

6 VIAGEM, 1954. Nanquim com aguada. 60 x 107.

IRENE LAGORIO (1921)

7 REIZINHO E SUA MAQUINA VOADORA, 1954. Nanq'Uim e "sumi". 47 x 62,5.

ERLE LORAN (1905) 8 CASCATAS, 1953. Nanquim e cêra. 76 x 39.

HILDA MORRIS (1911)

9 TIMPANOS N.o 1, 1954. Giz sôbre papel. 144,8 x 91,5.

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~~If'lUU~ UNIUU~

EMIKO NAKANO

10 INTERLúDIO SILENOIOSO, 1955. Nanquim. 65 x 91.

ROBERT STERLING (1913)

11 ltCO DA NOITE. Sanguinhia. 47 x 62,8.

gravu,ra DORR BOTHWELL (1902)

1 IMPRESSAO N.o 16, 1951. Técnica mista. 46,5 x 32.

ERNEST FREED (1912)

2 SCHEHERAZADE, 1953. Entalhe. 61 x 91,5. Landau Gallery. Los Angeles.

LEON GOLDIN (1923)

3 A LUA E A TORRE, 1950. Litografia colorida. 41 x 56.

CHARLES HEANEY (1897)

4 FORMAS DO FUNDO DO MAR, 1951. Agua-tin­ta. 17,5 x 26,5.

JOHN PAUL JONES (1924) 5 DIVERSAO, 1953. Agua-forte. 50,8 x 61. Lan­

dau Gallery, Los Angeles.

YNEZ JOHNSTON (1920)

6 VIAGEM AO LESTE, 1954. Agua-forte. 22 x 29,8 Paul Kantor Gallery, Los AIlgeles.

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t:. I A U U:'. UNI U U :.

KARL KASTEN (1916)

7 FONTE DE ESPERANÇA, 1955. lorida. 25 x 30,5.

Agua-forte co-

DANNY PIERCE

8 ISCA E ISCA DO, 1955. 44,5 x 60,3.

Agua-fo'l'~e colorida.

MOISCHE SMITH (1924)

9 PAISAGEM, 1953. Agua-tinta e águ3.-forte. 40,5 x 61. Landau Gallery, Los Angeles.

JUNE C. WAYNE (1918)

10 OS VIAJANTES, 1954. Litografia. 63,5 x 47.

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FRANÇA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MUSEU NACIONAL DE ARTE MODERNA DE PARIS. COMISSÁRIO: JEAN CASSOU.

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D uas primeiras manifestações foram suficientes para dc.r à Bienal de São Paulo seu caráter e

fisionomia particulares: aqui se confrontam efetiva­me·nte as tentativas mais avançadas e mais vivas da arte de cada país aqui se apresenta a arte com suas intenções e orientações mais recentes. Mas esta de­monstração aparece tanto mais evidente e justi­ficada, quanto se acompanha do testemunho de grandes artistas cuja atividade se difunde e os quais, para seus seguidores, assumem não somente o papel de mestres e exemplos, mas também de ca­maradas. Por isso, a ambição íntima dos organi­zadores da delegação francesa deve ser a de mos-trar que a tradição da escola francesa é uma eterna revolução e que, no presente como nas promessas do futuro, permanece ela, constantemente animada por um espírito de vida e juventude. Pensamos corresponder a esta ambição apresentan­do aqui uma esvécie de retrospectiva da obra de Fernand Léger. -A Bienal passada, consagrada em parte à evolução do Cubismo, já tinha incluído al­guns trabalhos deste pintor que foi um de seus criadores. Desta vez limitar-nos-emos a apontar, com algumas telas características, as várias etapas da primeira parte de sua obra, sublinhando em compensação o período atual, o que se inicia com sua volta da América, depois da Libertação, e que mostra, pensamos, a grandeza e riqueza alcança­das pela maturidade de seu gênio vigoroso. A seu lado encontram-se amplamente representadas três personalidades de três gerações diferentes: Bissiere, cujas altivas especulações na época que seguiu ime­diatamente o Cubismo exerceram uma espécie de influência secreta que hoje se renovou por meio de pesquisas sempre apaixonadas; Ozenfant, que com sua "Esprit Nouveau" e suas teorias do Purismo, foi um animador importante de seu tempo e hoje está de regresso à França depois duma longa ex­periência norte-americana; enfim Beaudin, cuja arte sutil e pura nasceu na fronteira em que pin-

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FRANÇA

tura e poesia se aventuram ao encontro uma da outra. O surrealista Brauner; Sima, que em sua juventude percorreu o mesmo caminho; Bores, cuja obra pes­soal é marcada pela sóbria elegância espanhola; Hosiasson, Hartung, Poliakov, Piaubert, que perten­cem à geralmente chamada arte abstrata; Lagran­ge e Reynold Arnould que, em suas pesquisas muito aparentadas, permanecem em contato com a natu­reza; todos êstes pintores testemunham a varieda­de das tendências atuais da escola de Paris. E por fim, é prestada uma homenagem a André Derain que acaba de desaparecer. Foi, essa, uma das figuras essenciais da arte moderna, uma fi­gura isolada, singela, e que, tendo partido das ou­sadias do "Fauvismo" e da época cUbista, levou a bom êxito uma não menor ousadia, a de ser um grande clássico. A escultura é representada por um artista que con­sideramos um dos mais originais e avisados de nos­so tempo, Couturier, como também Gilioli, das for­mas elementares e puras, e por dois vigorosos cria­dores de formas metálicas: Hajdu e Wostan. Ao redor das obras dum mestre da gravura con­temporânea, Friedlander, reunimos as obras dum excelente gravador, Fiorini, e de dois pintores, Zao Wou Ki e Dayez. O espírito da pintura atual en­contra sua correspondência nos belos trabalhos de branco e preto.

JEAN CASSOU

Conservodor Chefe do Museu Na­cional de Arte Moderna de Paris

134

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FRANÇA

Sala especial

ANDRÉ DERAIN (1880 - 1954)

pintura

1 NÚ DIANTE DU.MA CORTINA VERDE, 1903.

92 x 73. Musée Nati::nal d'Art Moderne, Paris.

2 NEVE, 1904-1905. 61 x 81. Comte Doria.

3 RETRATO DE M. GILBERT, 1905. 41 x 33.

4 ANUNCIAÇÃO (FRAGMENTO), 1918-1919. 51 x 61.

5 NATUREZA MORTA COM LARANJAS, 1931.

80 x 117. MUEée National d'Art Moderne, Paris.

6 RETRATO DE DIGNIMONT, 1932. 61 x 50.

7 DOIS HOMENS, 1933. 97 x 30.

8 BARCOS ENCALHADOS EM CAMARET, 1936.

60 x 73. Musée National d'Art Moderne, Paris.

9 MOÇA COM MANTILHA, 1938. 92 x 73.

10 NATUREZA MORTA COM UVA, 1951. 96 x 31.

11 NATUREZA MORTA COM CESTA. 56 x 68. M.

Renou.

12 AUTO-RETRATO COM BONll:. 35 x 25.

13 PAISAGEM, BOSQUE. 53 x 64. Mme. Le Bec.

14 A NUCA. 52 x 40. M. Renou.

15 SEM TíTULO. Guache.

16 SEM TíTULO. Guache.

17 SEM TíTULO. Guache.

18 SEM TíTULO. Guache.

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FRANÇA

FERNAND LÉGER ( 1881)

pintura

1 MULHER COSTURANDO, 1910. 72 x 54. Cole­ção particular.

2 CONTRASTE DE FORMAS, 1913. 101 x 81. Mme. Eyraud.

3 O DESPERTADOR, 1914. 100 x 81. Musée National d'Art Moderne, Paris. Doação de M. e Mme. André Lefevre.

4 OS DISCOS NA CIDADE, 1919. 240 x 180.

5 O MECANICO, 1920. 116 x 89. Galerie Carré.

6 MULHERES COM RAMALHETE, 1921. 73 x 92.

7 O GRANDE REBOCADOR, 1923. 125 x 190.

8 COMPOSIÇAO COM FOLHA, 1927. 130 x 97.

9 A JOCONDA DAS CHAVES, 1930. 92 x 73.

10 OS MÚSICOS, 1930. 120 x 116. M. Bauquier.

11 ADAO E EVA (PRIMEIRA VERSAO), 1934. 114 x 162.

12 DUAS MULHERES COM PASSARO, 1942. 116 x 89.

13 RODA PRETA, 1944. 112 x 127. Galerie Carré.

14 ACROBATAS EM CINZA, 1944. 185 x 150.

15 ESBoçO PARA "OS MERGULHADORES", 1945. 195 x 147.

16 ARVORE NA ESCADA, 1946. 182 x 125.

17 OS QUATRO CICLISTAS, 1946. 130 x 162.

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FRANÇA

18 COMPOSIÇAO COM PERFIL, 1947. 73 x 92.

Galerie Leiris.

19 LAZERES (HOMENAGEM A DAVID), 1948-1949.

154 x 185. Musée National d'Art Moderne, Paris.

20 OS CONSTRUTORES, 1951. 300 x 228.

21 A GRANDE PARADA, 1952. 180 x 210. M. Lau­

gier.

22 OS PAPAGAIOS (PRIMEIRA VERSAO), 1953.

130 x 162.

23 OS CINCO PALHAÇOS, 1953. 162 x 130.

24 P ASSARO NAS ARVORES, 1954. 92 x 60.

25 PASSEIO NO CAMPO, 1954. 250 x 300.

26 ACAMPAMENTO, 1954. 300 'x 250.

27 CONTRASTE DE FORMAS. 100 x 81. Musée

National d'Art Moderne, Paris. Doação de M. e

Mme. André Lefevre.

28 A GRANDE PARADA (VERSÃO DEFINITIVA).

29

30

31

32

33

34

35 36 37

38

300 x 400. M. A. Maeght.

PASSAROS NAS ARVORES.

PASSAROS NAS ARVORES.

PASSAROS NAS ARVORES.

PASSAROS NAS ARVORES.

PASSAROS NAS ARVORES.

PASSAROS NAS ARVORES.

PASSAROS NAS ARVORES.

PASSAROS NAS ARVORES.

PASSAROS NAS ARVORES.

PA8~JAROS NAS ARVORES.

137

Guache.

Guache.

Guache.

Guache.

Guache.

Guache.

Guache.

Guache.

Guache.

Guache.

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FRANÇA .~---

S A L A G E R A L

pintura

REYNOLD ARNOULD (1919)

1 RAMALHETE. 60 x 200.

2 A PRAIA. 130 x 162.

3 REGATAS. 114 x 162.

4 MULHER COM VASO. 130 x 97.

ANDRÉ BEAUDIN (1895)

5 Nú AO SOL, 1933. 162 x 130. Coleção A. L.

6 Nú AMARELO, 1936. 97 x 130. Coleção A. L.

7 DíPTICO "A PARTIDA DOS OITO CAVALHEI­ROS" (ESQUERDA), 1937. 114 x 195. Galerie

Leiris.

8 GATO E PASSAROS, 1945. 162 x 97. Galerie

Leiris.

9 TAPETE VERMELHO, 1950. 81 x 130. Coleção

particular.

10 A BICICLETA, 1951. 162 x 97. Galerie Leiris.

11 PEDRAS FINCADAS, 1952. 81 x 100. Galerie

Leiris.

12 O CAVALO ALADO, 1953. 130 x 162. Galerie

Leiris.

13 CAMPO DE TRIGO, 1954. 65 x 100. Galerie

Leiris.

14 CHARRETES, 1954. 65 x 100. M. Jardot.

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FRANÇA --_ .. _-~--

ROGER BISSIERE (1888)

15 COMPOSIÇÃO 62, 1945. 110 x 6l. Galerie J. Bucher.

16 COMPOSIÇÃO 128, 1946. 128 x 39. Galerie J. Bucher.

17 COMPOSIÇÃO 70, 1951. 81 X 65. Galerie J. Bucher.

18 COMPOSIÇÃO 119, 1953. 101 X 49. Galerie J.

19 COMPOSIÇÃO 82, 1953. 100 X 65. Galerie J. Bucher.

20 COMPOSIÇÃO 84, 1953. 130 X 97. Galerie J. Bucher.

21 COMPOSIÇÃO 104, 1953. 49 x 9l. Galerie J. Buch,r.

22 COMPOSIÇÃO 187, 1954. 46 X 108. Galerie J. Bucher.

23 COMPOSIÇÃO 185, 19'54. 124 X 65. Galerie J. Bucher.

24 COMPOSIÇÃO 198, 1954. 65 X 54. Galerie J.

FRANCISCO BORES (1898)

25 NATUREZA MORTA SOBRE FUNDO AZUL, 1951.

73 X 92. Galerie Carré.

26 CAMPON:t!:SA, 1953 .. 130 X 97. Galerie Carré.

27 FRENTE AO MAR. 1954. 89 X 116. Galerie

Carré.

28 COMPOSIÇÃO COM LIMOES, 1954. 89 X 116.

Galerie Carré.

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FRANÇA ---------

VICTOR BRAUNER (1903)

29 ENOONTRO COM MIM MESMO. 195 x 130.

30 EGOTROPISMO. 92 x 73.

31 DEPOLARIZAÇAO DA L"TIMIDADE. 73 x 92.

32 ROSTO. 65 x 54.

33 O MUNDO. 65 x 81.

HANS HARTUNG (1904)

34 T. 35 - 1, 193''>. 150 x 210. Mme. R. Gonzalez.

35 T. 54 - 8, 1954. 97 x 162.

36 T. 54 - 4, 1954. 97 x 146.

37 T. 54 - 17, 1954. 130 x 97.

PHILIPPE HOSIASSON (1898)

38 PINTURA COM DOMINANTE OCRA. 146 x 114.

39 PINTURA COM DOMINANTE AZUL. 146 x 114.

40 PINTURA COM DOMINANTE COR DE TIJOLO N.o I. 92 x 65.

41 PINTURA COM DOMINA:"TE COR DE TIJOLO N.o n. 92 x 65.

JACQUES LAGRANGE (1917)

42 VENTO DE OUTONO. 130 x 162.

43 JARDINEIRO ENTRE AS ARVORES. 50 x 61.

44 VENTO DE INVERNO. 46 x 55.

45 PAISAGEM COM ARVORES E CASAS. 46 x 5'.>.

46 .JARDINEIROS. 50 x 61.

140

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FRANÇA

AMEDÉE OZENFANT (886)

47 MONTANHA E LAGO, 1945. Guach:. 132 x 100. Galerie de Berri.

48 INUNDAÇAO, 1947. Guache. 13Z x 106. Gale­rie de Berri.

49 PôR DO SOL, 1948-1951. Guache. 132 x 106. Ga'erie de Berri.

50 LUZES SôBRE A AGUA, 1949-1950. Guache. 135 x 103. Galerie de Rórri.

51 ATERRISSAGEM NOTURNA, 1950. Guache. 130 x 67. Galerie de Berri.

52. JANELAS ILUMINADAS COM ARVORE, 1954.

53 REVÉRBERO, 1954. Guache. 132 x 100. Galerie de Berri.

54 CONSTALAÇAO, 1954. Guache. 61 x 48. Gale­rie de Berri.

JEAN PIAUBERT (900)

55 ENCRUZILHADA DE INSTANTES, 1951. 130 x 81. 56 LUZ DE SOMBRA, 1954. 130 x 97. 57 COSMOGONIA, 1954. 100 x 81. 58 PREMONIÇAO, 1955. 116 x 81.

SERGE POLIAKOV (906)

59 COMPOSIÇAO ABSTRATA POLICRôMA. 130 x 97. Princ~ Troubetzkoi.

60 COMPOSIÇAO ABSTRATA COM DOMINANTE VERDE. 116 x 89. Prince Troubetzkoi.

61 COMPOSIÇAO ABSTRATA COM DOMINANTE VERMELHA. 116 x 89. Prince Troubetzkoi.

141

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FRANÇA

JOSEPH SIMA (891)

62 CAMPOS. Têmpera. 145 x 75.

63 TERRA. 195 x 114.

M ESTRADA NACIONAL. 111 x 67.

65 PAISAGEM. 81 x 60.

escultura

ANDRÉ BEAUDIN (895)

1 OS NAMORADOS, 1935. Bronze. 13. Galerie Leiris.

2 NOITE DOURADA, 1937. Bronze. 50. Galerie Leiris.

3 PASSARO DO CASAMK'ITO, 19'53. Bronze. 47. Galerie Leiris.

ROBERT COUTURIER

4 PASTOR. Bronze. 170.

5 MULHER ANDANDO. Bronze. 180.

6 ESTRUTURA PARA BANHISTA. Bronz~. 60

7 PULANDO CORDA. Bronze. 110.

8 NADADORA. Bronze. 55.

9 MULHER NA POLTRONA. Bronze. 60.

10 MULHER ENXUGANDO A PERNA. Bronze. 130.

11 FAUNO r. Bronze. 37.

12 FAUNO n. Bronze. 17.

13 MULHER óCA. Bronze. 46.

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FRANÇA

EMILE GILIOLI (1911 )

14 O ANJO, 1947. Bronze. 83.

15 METEORO, 1947. Bronze. 60.

16 PAQUIER, 1951. Bronze. 70.

17 ESPíRITO, AGUA E SANGUE, 1953. Bronze. 139.

ETIENNE HAJDU (1907)

18 LUTA DE PASSAROS, 1953. Cobre batido. 160. Galerie J. Bucher.

19 HOMENAGEM A BELA BARTOK, 1954. Cobre batido. 150. Galerie J. Buch,r.

20 ESTELA, 1954. Cobre batido. 200. Galerie J. Bucher.

• WOSTAN (1915)

21 íCARO (TRíPTICO). Chapa martelada. 200.

22 CAíM (TRíPTICO). Chapa martelada. 200.

23 JOB (TRíPTICO). Chapa martelada. 200.

24 SOLIDAO (TRíPTICOl. Chapa martelada. 100.

gravura

ROGER BISSIÊRE

1 CANTICO AO SOL. Xilogravura.

2 CANTICO AO SOL. Xilogravura.

3 CANTICO AO SOL. Xilogravura.

4 CANTICO AO SOL. Xilogravura.

5 CANTICO AO SOL. Xilogravura.

143

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FRANc,:A --------

6 CANTICO AO SOL. Xilogravura.

7 CANTICO AO SOL. Xilogravura.

8 CANTICO AO SOL. Xilogravura.

9 CANTICO AO SOL. Xilogravura.

10 CANTICO AO SOL. Xilogravura.

GEORGES DAYEZ (1907)

11 MULHER AO ESPELHO. Litografia colorida. 27 x 32.

12 EYGALI:il::RES. Litografia colorida. 33 x 24.

13 AS RE3DEIRAS. Litografia colorida. 25 x 31.

14 GRAVADORES. Agua-tinta com buríl. 24 x 32.

15 O BANHO. Agua-forte com buríl. 18 x 23.

16 PEDREIROS. Agua-tinta com buríl. 23 x 28.

MARCEL FIORINI (1922)

17 ROSA DE VERONA, 1953. 65 x 50. Galerie J.

Bucher.

18 COMPOSIÇAO, 1954. 65 x 50. Galôrie J. Bucher.

19 COMPOSIÇAO - O COPO, 1954. 65 x 50. Ga-lerie J. Bucher.

20 POTE PRETO, 1954. 65 x 50. Galerie J. Bucher.

21 COMPOSIÇAO, 1954. 65 x 50. Galerie J. Bucher.

22 OS MúSICOS, 1954. 6''> x 50 Galerie J. Bucher.

JOHNNY FRIEDLAENDER (1912)

23 PASSAROS. Agua-forte e água-tinta coloridas. 50 x 66. Librairie "La Hune".

144

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F RA N ç A

24 MULRER COM GATO. Agua-forte e água-tinta coloridas. 66 x 50. Librairie "La Rune".

25 GRANDE Nú. Agua-forte a água-tinta coloridas. 66 x 50. Librairie "La Rune".

26 OS PICA-PAUS-VERDES. Agua-forte e água-tin­ta coloridas. 66 x 50. Librairie "La Rune".

27 OS CAVALOS. Agua-forte e água-tinta coloridas. 66 x 50. Librairie "La Rune'·.

28 ÉGUA. Agua-fortee água-tintaco'oridas. 66 x 50. Librairie "La Rune".

29 GATO AO SOL. Agua-forte e água-tinta colori­das. 66 x 50. LibrairI" "La Rune".

ZAO WOU KI (1920)

30 INC1l:NDIO. Litografia colorida. 45 x '56.

31 PEIXES. Litografia colorida. 50 x 65.

32 VôO DE PASSAROS. Litografia colorida. 66 x 50.

33 JARDIM À MEIA-NOITE. Litografia colorida. 50 x 65.

34 NOTURNO. Litografia colorida. 50 x 65.

H5

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GRÃ-BRETANHA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO BRITISH COUN­CIL, LONDRES. COMISSÁRIO: SOMERVILLE LlLIAN.

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Graham Sutherland é o primeiro pintor in­glês, depois de Turner, com coragem bastante

para colocar-se em situação independente e defen­dê-la com denodo diante de seus contemporâneos europeus. Apesar da meia dúzia de retratos com que empolgou a atenção do público, Sutherland, como Turner, é, por excelência, um pintor de pai­sagens e o último expoente da tradição inglêsa dêsse gênero de pintura. Já nas últimas obras de Turner, a pintura de paisagens tornara-se uma re­presentação simbólica da alma da natureza - da realidade cósmica que jaz por baixo da aparência das coisas. Turner de filósofo nada tinha, mas pos­suía a visão mística oriunda do preponderante pan­teísmo do Movimento Romântico. Sutherland, cem anos mais tarde, respira a ansiedade cósmica que nos aflige. Um pintor como Sutherland, profunda­mente cônscio da índole metafísica desta era, vê-se obrigado a transmudar as imagens da percepção num idioma coerente do espírito. Procura êle re­velar a direção em que se desdobram as fôrças germinais; fixar as formas inesperadas em que a vida, proliferando cegamente, se manifesta. Mas o artista não é simplesmente um descobridor - e sim um intérprete, que vai transformando aquilo que revela. Usa o idioma simbólico das formas, e essas formas se imbuem da energia provinda das formas da natureza. O artista subtrai energia às formas orgânicas para que possa imprimir vitali­dade às criaturas de sua imaginação. Sua vista, devassando a sombria gruta em que germina a vida, enxerga subitamente vultos fosforescentes, vagas sombras de raízes, larvas, nós, juntas, tron­cos contundidos, fibras suculentas, flôres ainda em botão, ramos ainda em brôto, espinhos, flores de­sabrochadas. Fiando-se, então, nesse idioma de formas, passa a arquitetar seu mundo imaginoso.

HERBERT READ

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GRÃ-BRETANHA

S a I a especial

GRAHAM SUTHERLAND

pintura

1 ESTUARIO, 1954. Guache. 39,5 x 75,5. Mr. C. J. Hay Shaw, Londres.

2 ESTUARIO COM ROCHAS, 1946. Guache. 21 x 27. British Counci!, Londres.

3 ARVORE ESPINHOSA, 1946. 126 x 100. British Counci!, Londres.

4 A DESCIDA DA CRUZ, 1946. 120 x 94. Mr. W. A. Evill, Londres.

5 PALMEIRA E CASA, 1947. 111 x 93. Art Galleries of the Nebraska University, Lincoln, Estados Uni­dos.

6 FOLHA DE BANANEIRA E PAISAGEM, 1947. Guache. 23 x 29. Mrs. Ceci! H. Wills, Londres.

7 INSETOS, 1948. Guache. 22 x 28. Mrs. Benja­min Watson, Nova York.

8 COLINAS E FIGURAS ARTICULADAS, 1948. Guache. 22 x 28. Curt Valentin GaIlery, Nova York.

9 FIGURA GIRANDO I, 1948. Guache. 22 x 28. Mr. John MacDonnell, Sarasota, Florida, Estados Uni­dos.

10 TOURETTES, 1948. Guache. 22 x 28. Curt Vale­tin GaIlery, Nova York.

11 FIGURA RECLINADA EM PEDRA, 1948. Guache. 22 x 28. Mr. W. R. Valentiner, Los Angeles, Cali­fornia, Estados Unidos.

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GRÃ-BRETANHA

12 FORMA DE RAIZ: FUNDO VERDE, 1948. Guache. 22,5 x 28. British Council, Londres.

13 AS ORIGENS DA TERRA, 1951. 427 x 334. Tate Gallery, Londres.

14 TR~S FIGURAS DE PÉ NUM JARDIM, 1951. 148 x 116. Mr. J,ohn Rood, Minneapolis, Minnesota,

Estados Unidos.

15 CABEÇA, 1951. 61 x 51. Curt Valentin Gallery, Nova York.

16 FIGURA DE PÉ, 1952. 219 x 107. Musée National d'Art Moderne, Paris.

17 FIGURA CONTRA FOLHAGEM lI, 1952. 169 x 85. Mrs. Graham Sutherland.

18 FIGURA DE PÉ, 1952. 180,5 x 142. Curt Valentin Gallery, Nov~ York.

19 PÉRGOLA DÉ VINHA, 1952. 47 x 72. Miss Car­men Mathews, Nova York.

20 PAISAGENS COM PEDRAS E CAPIM, 1952. 46,5 x 93,5. Curt Valentin Gallery, NOva York.

21 CABEÇA lI, 1952. 92 x 72. Curt Valentin Gallery, Nova York.

22 VARIAÇÕES S6BRE TEMA lI, 1953. 180 x 142. Dr. e Mrs. Elliot Jaques, Londres.

23 CRISTO CARREGANDO A CRUZ, 1953. 180 x 142. Curt Valentin Gallery, Nova York.

24 FIGURA BALANÇANDO, 1954. 76 x 63,5. Lefevre Gallery, Londres.

25 FIGURA DOURADA CONTRA FUNDO NEGRO, 1954. 131,5 x 57. Curt Valentin Gallery, Nova York.

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GRÃ-BRETANHA

26 CRUZ DE ESPINHOS, 1954. 122 x 915. Mr. Le Roux Smith Le Roux, Londres.

27 LA PETITE AFRIQUE lU, 1955. 143,5 x 122.

28 FORMA DE ESPINHO, 1955. 112 x 92.

tapeçaria

1 PASSAROS E FOLHAGEM, 1949. 198 x 198. Mr. Basil Spance, A. R. A., Londres.

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GRÃO-DUCADO DE LUXEMBURGO

DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA DIREÇÃO DOS MUSEUS DO ESTADO DO GRÃO DUCADO DE LUXEMBURGO.

COMISSÁRIO: JOSEPH - EMILE MULLER

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H á dois anos agrupou o Luxemburgo, em torno do expressionista Joseph Kutter, alguns dos

jovens artistas partidários da arte abstrata ou abs­tratizante. Desta vez apresenta ainda uns jovens, os quais porém, pelo menos até o momento, não se afastaram do figurativismo. Sem dúvida, não se consideram êles obrigados a mostrar~se fiéis à natureza que os inspira; no entanto, à exceção de [rene Nadler, que evolue em esferas atormentadas pela lembrança de Klee, esses artistas encaram o mundo exterior como um indispensável ponto de partida, do qual se afastam, quem mais, quem menos. Mett Hoffmann simplifica as formas até estilizá-las. Mas é sobretudo no colorido que se manifesta sua independência em relação ao assunto; êle prefere as côres fortes, às vêzes violentas, e as distribui com liberdade, compondo acordes vivos que aproximam as suas telas das de André Marchand. São, pelo contrário, as côres abafadas, os cinzas e verdes em particular, que mais interessam a Coryse Kieffer e Jean-Pierre Junius. Embora os dois permaneçam mais perto da realidade, sua tendência para abolir os volumes e tornar geométricas as superfícies colo­ridas, mostra que ambos se preocupam sobretudo com os valores da pintura pura. Através dessa procura de requinte nos acordes das côres, bem como da preocupação com a composição estudada, êles se avizinham também da pintura francesa, a qual desde o fim da última guerra vem orientando tôda a arte viva do Luxemburgo.

JOSEPH-EMILE MULLER

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GRÃO - DUCADO DE LUXEMBURGO

pintura

METT HOFFMANN (1914)

1 JOVE~ TOURO, 1953. 80 x 100. 2 A IGREJA, 1954. 95 x 55. 3 O SOL NA FLORESTA, 1954. 90 x 75. 4 OPERARIO, 1955. 80 x 60. 5 MENINA, 1955. 75 x 55.

JEAN-PIERRE JUNIUS (1925)

6 NATUREZA MORTA, 1954. Guache. 54 x 42.

7 PAISAGEM PARISIENSE I, 1955. Guachê. 40 x 48.

8 PAISAGEM PARISIENSE n, 1955. Guache. 40x 48.

CORYSE KIEFFER (1928)

9 SENEGALESA, 1953. 65 x 54. 10 PARIS, PLACE SAINT-JULIEN-LE-PAUVRE, 1953.

40 x 50. 11 PARIS, PLACE DE LA CONCORDE, 1954. 68 x 102.

Musée de l'Etat de Luxembourg. 12 PARIS, LA CEINTURE VERTE, 1954. 46 x 65. 13 VERSAILLES, 1955. 70 x 80.

IRENE NADLER (1921)

14 O OBSTACULO, 1951. óleo sôbre painel 50 x 6I.

15 MONSTROS, 1952. óleo sôbre painel. 83 x 56.

16 FUGA PRIMAVERIL, 1954. 62 x 54.

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G R É C A DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MINISTÉ­RIO DA EDUCAÇÃO NACIONAL E DOS CULTOS DO REINADO DA GRÉCIA COMISSÁRIO: DEMETRIUS E. EVANGELlDES

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A repercussão dos movimentos artísticos que, no vigésimo século, revolucionaram a arte

européia, atingiu a Grécia com certo atraso. Mes­mo assim, um número de artistas, embora pequeno, respondeu a essas novas mensagens. E' de se sa­lientar porém que, além dêste pequeno número, os artistas atuais em sua maioria, os mais importan­tes em particular, afastaram-se do academismo es­téril e romperam as ataduras da tradição, para se dedicarem, alguns moderadamente outros de modo mais radical a um renovamento dos meios de ex­pressão de que sentiam a necessidade, na medida em que vinham encarando os problemas espirituais e sociais surgidos à sua frente. As formas que suas idéias e sentimentos assumem, embora não tenham ainda chegado a um completo desenvolvimento, re­velam que nossos artistas sentiram a vibração que lhes agitava a alma, vibração esta que tem eco e se reflete nos contornos, nas côres, na atmosfera de suas obras. Temos aqui uma pequena seleção de obras de ar­tistas, os quais, embora partindo de forma figura­tiva, evoluíram de maneira bem nítida para a abs­trata. O único a ter encontrado no Super-realismo, desde o início, sua expressão final, foi Engonopou­los. Seus desenhos, com fonte de inspiração na his­tória e na mitologia, são símbolos impessoais de uma idéia, de um sentimento, impressionantes por seu movimento, por sua posição, e até por seu am­biente natural, com extraordinária nitidez e sim­plicidade, acrescentando-lhe aspectos da vida co­mum, que as recordações e os desejos tiram do subconsciente. A côr sempre caracterizou a pintura do Mitarakis. No entanto, êle vem, aos poucos, se afastando da realidade, procurando manter unicamente um es­queleto esquemático das coisas que pinta, para de­pois revestir êste esqueleto de adornos cromáticos. Os rochedos vulcânicos de Santorim tornaram-se desenhos geométricos, em que as ondas das vibra-

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GRÉCIA

ções deixaram, em sua superfície agitada, o jôgo dinâmico das tonalidades cromáticas. Mavroidis é o mais objetivo, particularmente no que diz respeito às suas últimas figuras, de grandes formas quadradas ou cilíndricas, postas em relêvo com sobriedade de côres. Também Contopoulos começou por seguir a arte tradicional, para depois tomar o caminho que pro­curava e se tornar um dos líderes da arte abstrata. A realidade, geralmente, serve-lhe de ponto de par­tida, mas o artista a restringe a suas formas prin­cipais, transformando-a em visões esquemáticas. A estrutura e o arranjo cubistas, fazem de sua pin­tura uma composição sàbiamente calculada, com grandes ritmos ressoando por tôda a tela, e que um cromatismo simples, porém expressivo, põe em relêvo. Em outros trabalhos, sua paleta torna-se um "solilóquio" lírico, cantado por grupos cromá­ticos, geométricos e expressivos, em um impulso da alma em louvor do artista alemão Freudlich, vítima da perseguição nazista. A gravura está presente com trabalhos de Papadi­mitriou, o qual, com real mestria e verdadeira pe­rícia, analisa as formas em desenhos geométricos. Na escultura, Tombros sabe como dar a seu tema formas cúbicas compactas bem próximas da reali­dade, ou criar notáveis grupos decorativos imagi­nários. Sohos simplifica na madeira as formas que lhe ins­pira a realidade, para traduzir aspectos míticos ou modernos. As vêzes, Lameras trabalha com formas achatadas e retas; outras vêzes, com massas esféricas, con­forme a influência do momento. O jovem Coulentianos procura representar o movi­mento sugestivo da vida mediante soluções quase lineares.

DEMETRIUS E. EVANGELlDES

Professor de História Geral da Arte

da Universidade Técnica de Atenas

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GRECIA

pintura

NICOS ENGONOPOULOS (1910)

1 OS FILÓSOFOS, 1937. 105 x 93. 2 OS TR1!:S ESCULTORES, 1939. 100 x 120. 3 MITO, 1949. 73 x 92. 4 TERMÓPILES, 1953. 73 x 92.

ALEXANDER KONTOPOULOS (1905)

5 FIGURAS, 1953. Cêra. 125 x 80.

6 HOMENAGEM A FREUDLICH, 1953. Cêra. 106 x 160.

7 ATENAS, 1954. Cêra. 106 x 160.

8 COMPOSIÇAO, 1954. Cêra. 106 x 160.

GEORGE MAVROIDI (1913)

9 ANGELA, 1954. Têmpera. 90 x 140.

10 À BEIRA MAR, 1954. Têmpera. 90 x 140.

11 ABRIGO, 1954. Têmpera. 90 x 140.

12 DOIS AMIGOS, 1954. 90 x 140.

JOHN MITARACHI (1898)

13 RAMPA VULCANICA (SANTARINA), 1953. 97 x 81. 14 RAMPA VULCANIUA (SANTARINA), 1954. 81 x 70.

EUTHYME PAPADIMITRIOU (1895)

15 VENUS NO ESPELHO, 1954. 80 x 150.

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GRÉCIA

escultura

COSTAS COULENTIANOS (1918)

1 "LETO" N.o 6, 1954. Ferro martelado. 170.

2 O ACROBATA, 1955. Ferro martelado. 133. 3 MULHER PENTEANDO-SE, 1955. Ferro marte­

lado. 150.

LAZAROS LAMERAS (1913)

4 A FILHA DE DEUS, 1952. Mármore azul. 75. 5 MOISJ!;S, 1953. Pedra colorida. 54. 6 FIGURA, 1954. Pedra colorida. 54.

ANTONY SOCHOS (1888)

7 O REI DAS MONTANHAS, 1953. Madeira. 52. 8 VENUS, 1954. Madeira. 88. 9 SIBILLA, 1954. Madeira. 138.

MICHAEL TOMBROS

10 A LUTA PARA LIBERTAR-SE, 1954. Gêsso. 63. 11 COMPOSIÇÃO, 1954. Gêss-o. 44. 12 OS DOIS AMIGOS, 1954. Gêsso. 35.

desenho

EUTHYME PAPADIMITRIOU (1895)

1 VENUS, 1953. 50 x 70.

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GRÉCIA

gravura

NICOLAS VENTOURAS (1889)

1 PIREU, 1955. Gravura em cobre. 50 x 60. 2 CORFOU EM COFINETA, 1955. Agua-forte.

47 x 54. 3 CORFOU NA ANUNCIATA, 1955. Agua-forte.

41 x 43. 4 CORFOU, NOITE DE SAO DEMETRIUS, 1955.

Agua-forte. 43 x 50.

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HOLANDA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, DAS ARTES E CI~NCIAS, HAIA.

COMISSÁRIO: PROF· W. SANDBERG

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A lI! Bienal de São Paulo foi colocada sob o signo do expressionismo.

Êste movimento é tão velho como a humanidade. Todos nós sentimos a vontade de dar expressão às nossas inspirações e a cada instante vemos como a aspiração de exprimir emoções interiores vigorosas pela fôrça da côr e da linha, vem dominando a Arte. Na nossa mocidade todos fomos expressionistas. Desde a segunda metade do século passado o Ex­pressionismo encontrou uma forma própria. O holandês Van Gogh tornou-se um dos pioneiros dessa tendência. E' por êsse motivo que o home­nageamos como patrono da delegação holandesa, de que participa com seu auto-retrato. Entre os artistas que, no século vinte, desfraldaram na Holanda o pendão do Expressionismo, escolhe­mos quatro figuras representativas. Dois destes, Werkman e Kruyder, nasceram no momento em que Vincent descobriu sua vocação de pintor; os outros dois, Benner e Stekelenburg, representam duas gerações, contribuindo, cada uma de seu modo, para a evolução dêsse movimento.

W. SANDBERG

pintura

GERRIT BENNER (1897)

1 DUNAS, 1953. óleo sôbre papel. 2 DUNAS, 1953. óleo sôbre papel. 3 DUNAS, 1953. óleo sôbr·e papel. 4 CASA DE CAMPO, 1954. 60 x 80. Stedelyk Mu­

seum, Amsterdam. 5 COMPOSIÇÃO I, 1954. 86 x 110. 6 COMPOSIÇÃO IIl, 1954. 86 x 110.

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HOLANDA

7 COMPOSIÇAO V, 1954. 66 x 90. 8 PASSARO, 19''>5. 60 x 70. 9 FIGURAS PARA PAISAGEM, 1955. 85 x 110.

10 PASSAROS E FLORES, 1955. 85 x 110.

HERMAN KRUYDER (1881-1935)

11 MATADOR DE PORCOS, 1926. 56 x 68. Stedelyk Van Abbe Museum, Eindhoven.

12 PASSEIO NO DOMINGO, 1923-1927. 65 x 66. Stedelyk Museum, Amstôrdam.

13 CACTO, 1923-19Z7. 53 x 60. Coleção E. J. Duintjer, Veendam.

14 AUTO-RETRATO, 1928-1935. Óleo sôbre painel. 58 x 49. Coleção E. J. Duintjer, Veendam.

15 CASA DE CAMPO COM CARRO, 1928-1935. 52 x 75. Coleção L. van Lier, Utrecht.

16 AUTO-RETRATO, 1928-1935. 52 x 49. G~meente

Museum, Haia. 17 GALO, 1928-1935. 109. x 122. Stedelyk Museum,

Amsterdam. 18 CAVALO, 1933. 110 x 124. Dr. Ch. Engels,

Curaçao. 19 CACHORRO, 1933. 109 x 123. Dr. Oh. Engels,

Curaçao.

J. STEKELENBURG (1922)

20 NATUREZA MORTA COM FLORES E BARCO, 1952. Aquarela. ''>2 x 72. f'tedelyk Museum, Amsterdam.

21 ALDEIA ESPANHOLA, 1952. Aquarela. 22 CAMA ANTIGA, 1952. Aquarela. 23 PAISAGEM DA IUGOSLAVIA. 1953. Aquarela.

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HOLANDA ~---- ~~~~----

24 PREDIO VELHO, 1953. 95 x 60. 25 CIDADE NA AFRICA, 1954. 58,5 x 49. Stedelyk

Museum, Amst2rdam. 26 CATEDRAL COM BALAO, 1954. 1Z{) x 85. 27 CASA ASSOMBRADA, 1954. 130 x 195. 28 FLORES MORTAS COM MASCARA, 19'55. 55 x 95. 29 PAISAGEM, 1955. 140 x 195. 30 MANHA DE DOMINGO. Stedelyk Museum,

Amsterdam.

N. H. WERKMAN (1882-1945)

31 MONTADO A CAVALO. 66 x 90. Prof. Dr. A. T. Zuidhoff, Delft.

gravura

N. H. WERKMAN (1882-1945)

1 ESTAMPA POLITICA, 1936-1938. 70 x 60. Ste­delyk Museum, Amsterdam.

2 FIGURA. 1938. 65 x 50. H. L. C. Jaffé, Amster­damo

3 COMPOSIÇAO COM FOLHAS, 66 x 50. Prof. Dr. A. T. Zuidhoff, Delft.

4 COMPOSIÇÃO COM BARCOS. 66 x 50. Prof. Dr. A. T. ZUidhoff, Delft.

5 COMPOSIÇÃO COM CAVALOS. 66 x 50. Prof. Dr. A. T. Zuidhoff, Delft.

6 COMPOSIÇÃO COM CAVALOS. 66 x 50. Prof. Dr. A. T. Zuidhoff, Delft.

7 MULHER NA SACADA. 65 x 50. Stedelyk Mu­seum, Amsterdam.

]69

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HOLANDA

8 PORTA GIRATORIA NUMA LOJA. 65 x 50. Sr. w. Sandberg, Amsterdam.

9 CIRCO COM CAVALEIRO. 6'5 x 50. Stedelyk Museum, Amsterd&m.

10 DUAS MEIAS FIGURAS. 70 x 42,5. Sr. w. Sandberg, Amsterdam.

11 CAVALEIRO EM AZUL. 70 x 60. Stedelyk Mu-seum, Amsterdam.

12 IMPRESSõES MUSICAIS. 65 x 50. Stedelyk Museum, Amsterdam.

13 DUAS FIGURAS. 65 x 50. Sr. W. Sandberg, Amsterdam.

H MULHERES COM CAVALOS. 65 x 50. Stedelyk Museum, Amsterdam.

15 VISAO. 65 x 50. Stedelyk Museum, Amsterdam. 16 COMPOSIÇAO. 58 x 44. Stedelyk Museum,

Amsterdam. 17 FAROL. 65 x '50. Stedelyk Museum, Amsterdam. 18 FIGURAS EM Pll: E SENTADAS. 65 x '50. Ste­

delyk Museum, Amsterdam. 19 COMPOSIÇAO. 70 x 42. Sr. W. Sandberg,

Amsterdam.

170

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S R A E L DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MINISTÉ­RIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DE ISRAEL

COMISSÁRIO: DR. HAIM GAMZU

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U ma arte, cujo público se torna mais amplo, . deve, sem dúvida, mudar. Nisto não faz outra

coisa se não seguir o caminho natural, que é o ca­minho da vida. Jean Cassou "Situation de l'Art Moderne" p. 198. A representação artística de Israel na II Bienal de São Paulo em 1953, foi, num certo sentido, mais homogênea do que a atual. A maioria dos pintores que dela participaram, pertencia ao grupo "Novos Horizontes" que representa a ala mais extremada da vanguarda artística de nosso país. O conjunto deste ano é mais modesto do ponto de vista numé­rico: sete artistas aqui expõem em lugar dos treze da Bienal passada. E' também menos homogêneo como concepção artística, mas tem, sôbre seu pre­decessor a vantagem de ser variado. Os artistas de Israel, que apresentam agora suas obras à apre­ciação das autoridades da Bienal e do público bra­sileiro, representam temperamentos, tendências e gerações diferentes. Os visitantes da Bienal de São Paulo terão assim a oportunidade de conhecer as belas aquarelas, frementes de alegria de viver, de Nahum Gutman; a paleta sútil e melodiosa de Mokady; o reflexo da côr local sôbre as telas de Sigard; um belo conjunto de obras tão profunda­mente permeadas do espírito de Israel, de Shemi; a potência evocadora das xilogravuras de Stein­hardt; o lirismo comovedor de Steimatsky e o cro­matismo austero, enquadrado num grafismo vibran­te, de Streichman. Êstes dois últimos pertencem ao grupo "Novos Horizontes". Veremos então esta pleiade revelar vários aspectos da arte moderna de Israel. Notamos, como diz tão bem Jean Cassou, que uma arte, cujo público se torná mais amplo, deve mudar. A arte de Israel, que conquista um público sempre maior, está em permanente gestação, transforma­ção e desenvolvimento. A jovem geração em nosso país, é ávida de conhecimentos, entusiasmada pela Arte. Milhares de jovens assistem aos cursos e con-

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ISRAEL

ferências sôbre História da Arte e Estética; deze­nas de milhares visitam as exposições. Nossos mu­seus têm consciência de sua missão educadora e fazem grandes esforços nesse sentido. Os livros de arte encontram, em proporção, mais compradores em Israel do que em países grandes e ricos. O meio artístico é dos mais vibrantes e os grupos de jovens artistas continuam aumentando de número e va­riando suas tendências. A arte de Israel deve, portanto, mudar. Está em pleno processo formativo. Tem energia e fé em seu destino. Nisto, segue o impulso geral do país, sua confiança no porvir e sua convicção na impor­tância de sua missão cultural e educadora. A arte de Israel não faz outra coisa senão seguir seu. caminho natural, que é o caminho da vida.

DR. HAIM GAMZU

pintura

NACHUM GUTMAN (1898)

1 MONTE SCOPUS, JERUSALÉM. Aquarela.

54 x 74.

2 SINAGOGA DE S. ARIE EM SAFED. Aquarela.

57 x 79.

3 MADRUGADA NO PORTO DE HAIFA. Aquarela. 50 x 70.

4 PASSEIO EM TIBÉRIAS. Aquarela. 50 x 70.

5 VELHAS OLIVEIRAS. Aquarela. 51 x 69.

6 PEIXINHO. Aquarela. 56 x 77.

7 PRIMAVERA EM TIBltRIAS. Aquarela. 49 x 61.

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ISRAEL

MOSHÉ MOKADY (1902)

8 PAISAGEM EM EIN HOD. 95 x 100.

9 MULHER EM P~. 81 x 100.

10 FIGURA. 58 x 80.

11 PAISAGEM COM ESCADA. 74 x 92.

12 PAISAGEM SUBURBANA. 53 x 72.

MENAHEM SHEMI (1898-1951)

13 MULHERES YEMENITAS EM REPOUSO. 50 x 65.

H TELHADOS EM SAFED. 55 x 65.

15 PAISAGEM EM SAFED. 56 x 67.

16 MINARETE DIANTE DO MONTE ATZMON.

65 x 54.

17 PRIMEIVERA EM SAFED. 26 x 46.

18 POLTRONA DE CONVALESCENTE. 46 x 26.

19 MULHERES EM SAFED. 38,5 x 48,5.

20 MULHERES YEMENITAS NA FEIRA DE SAFED.

34 x 51.

21 IGREJINHA EM SAFED. 38 x 46.

ELIAHU SIGARD (1901)

22 SÃO JOÃO DE ACRE. 50 x 61.

23 MULHERES NA VILA. 50,5 x 61,5.

24 RUA E MERCADO. 61,5 x 46.

25 SACADA EM SAFED. 45 x 31,5.

26 TIB~RIAS. 55 x 73,5.

175

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S R Â E L -~--_._~---_.~~~-

AVIGDOR STEIMATSKY (1908)

27 JUDIAS DO KURDESTÃO. 81 x 60.

28 MULHf:R SENTADA. 65 x 50.

29 COLHEITA DE AZEITONAS. 54 x 65.

30 NATUREZA MORTA. 59 x 72.

31 MULHER DE CHAPtU. 65 x 50. Coleção M. Rabany.

YEHEZKIEL STREICHMAN (1906)

32 DAVID E SAULo 145 x 90.

33 LARANJAL ABANDONADO. 65 x 50.

34 ESTÚDIO DE PINTOR. 65 x 50.

35 TÚMULO DE RABI MEIR, O MILAGROSO, EM TIBÉRIAS. 60 x 73. Coleção M. Rabany.

36 RETRATO DE MULHER. 131 x 96. Museu de Tel Aviv.

gravura

JACOB STEINHARDT (1887)

1 A - SIB N.O 356. Xilogravura colorida. 37 x 47.

2 BARCAS E ROCHAS N.O 357. Xilogravura colo­rida. 37 x 47.

3 VILA E MAR N.O 358. Xilogravun colorida. 37 x 47.

4 ARVORES E BEIRA-MAR N.o 359. Xilogravura coklrida. 37 x 47.

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ISRAEL

5 CASAS EM ACRE N.O 360. Xilogravura colorida. 32 x 47.

6 ROCHAS AO LUAR N.O 361. Xilogravura colorida. 31 x 47.

7 RUINAS AO LUAR N.O 362. Xilog,ravura colorida. 37 x 47.

8 LUAR SOBRE O MAR N.O 363. Xilogravura colo­rida. 37 x 17.

9 AQUEDUTO PERTO DE NAHARIA N.o 368. Xilo­gravura colorida. 34 x 47.

10 CASAS SOBRE AS DUNAS N.O 369. Xilogravura colorida. 34 x 47.

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T Á L A DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA "BIENNALE DI VENE­ZIA", A CARGO DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EX­TERIORES E DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, E SELE­CIONADA PELOS MEMBROS ITALIANOS DA JUNTA IN­TERNACIONAL DE PERITOS DA BIENAL DE VENEZA: CARLO GIULlO ARGAN, INSPETOR CENTRAL DA DI­REÇÃO GERAL DE BELAS ARTES DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO; GIUSEPPE FIOCCO, PROFESSOR DE HISTÓ­RIA DA ARTE NA UNIVERSID'ADE DE PÁDUA; ROBERTO LONGHI, PROFESSOR DE HISTÓRIA DA ARTE NA UNI­VERSIDADE DE FLORENÇA; PERICLE FAZZINI, ESCUL­TOR; RODOLFO PALLUCCHINI, PROFESSOR DE HISTÓ­RIA DA ARTE NA UNIVERSIDADE DE BOLONHA; CAR­LO ARBERTO PETRUCCI, DIRETOR DA CALCOGRAFIA DE ROMA; GINO SEVERINI, PINTOR. COMISSÁRIO:

UMBRO APOLLONIO,

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O critério que orientou a Seção Italiana da Junta de Peritos da Bienal de Veneza ao organizar a

representação italiana na IH Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, inspirou-se ao intento de apresentar, mediante expoentes de várias gera­ções, as tendências mais qualificadas da arte na­cional, a saber, os que disputam a "querelle" sem­pre viva entre a arte figurativa e não-figurativa. Para patentear êste tema nos seus enunciados mais característicos, julgou-se conveniente chamar a atenção para alguns artistas já incluídos na seção italiana das duas Bienais paulistas anteriores, dan­do-lhes em certos casos uma representação mais ampla, enquanto figuram a seu lado, também, do­cumentos de experiências realizadas por artistas mais novos, como que para exemplificar a persis­tência em diferentes idades, de bases inspiradoras divergentes umas das outras. Conquanto não dê crédito à ansiedade da memória cultural e tenda para a caracterização da linguagem, quer dizer quando não se torne escravo de outros programas, a não ser instados pela "sua" história e pelo sen­timento que o impele a partilhar da existência, o artista poderá sempre exigir um lugar de respon­sabilidade no desenvolvimento da arte contempo­rânea. Só o vigor expressivo, junto a uma comu­nhão com os espíritos que fecundam a civilização humana universal, é que se pode fornecer a ex­pressão de palavras renovadas, quase invocações admoestadoras para o presente e para o futuro. Entre os mais velhos, quer dizer entre os que nas­ceram antes deste século, escolhemos e aqui reuni­mos uns representantes que maior afinidade en­contraram na geração nascida na primeira década de 1900. Alberto Magnf'lli, que se estabeleceu em Paris desde 1933, depois de tel· participado em Flo­rença dos movimentos mais vivos e das orienta­ções estéticas mais ousadas da cultura italiana, amadureceu e gradualmente apurou uma temática das formas puras, que se ajusta em proporções

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exatas e substância aos movimentos poéticos. Uma espécie de geometria primordial mede o espaço que atravessa a composição, e a fantasia, zelosa de va­riações, não se atreva a perigosos arrojos, mas su­jeita-se ao imperativo de um ritmo procurado ra­cionalmente, em que as contraposições e as formas angulosas evocam sugestões dramáticas. Enrico Prampolini, que nasceu uns cinco anos depois, tam­bém tomou parte relevante no movimento que atuou em favor da renovação da arte italiana e soube manter-se indemne às sugestões muitas vezes exer­cidas no sentido de uma restauração de esquemas tradicionais mal interpretados. Nas últimas obras, a sua pintura entranha-se de tons salientes nos setores amplos que repartem a superfície da tela de maneira que tais proporções de espaço, banhadas numa côr muito intensa, estimulam imagens em que a substância luminosa e deslumbrante atinge uma expressão plástica. No âmbito de uma análo­ga singeleza figurativa, que se afasta de qualquer referência aos objetos da nossa experiência intelec­tiva, deve ser incluído também Mauro Reggiani, que é quase coetâneo de Prampolini. O período em que as formas se vão dispondo em Reggiani com­pleta-se por fases de um lento e grave processo, enquanto, da mesma maneira, a cor sóbria desen­rola-se em sequências apagadas e severas. A pin­tura de Reggiani caracteriza-se justamente por êste eqUilíbrio, subtilmente tonal, fixado nas suas proporções e encerrado num clima tão suave quan­to ardente é o de Prampolini. Nascido em 1895, Mássimo Campigli completou uma experiência, em que não penetrou absolutamente a poética do abstratismo. Éle ainda se aplica "'li "nar­rativa", a uma evocação mágica mediante figuras, e dentro da sucessão delas insinua-se uma veia subtil de ironia. A linguagem, porém, amolda-se com exata adaptação ao mundo que êle gosta de representar e não discuida do que pertence à his­tória: a sua personalidade não escapa às circuns-

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tâncias históricas de que participa. As suas esque­máticas simplificações, a atitude mesma das figu­ras, o hábito de as alinhar, isto tudo alcança um ritmo exato, distinto nos elementos que o consti­tuem. Campigli conta-nos, a sorrir, fábulas de um mundo arcáico, mas testemunha também o inútil regresso de qualquer saudade tradicional, cujo im­perturbável e inalterado assombro insinua todavia. Mino Maccari, nascido dois anos antes do princípio do nosso século, também não aderiu às teorias que sugerem uma distinta separação entre a imagem figurativa e o objeto conhecido. No curso de inú­meras crises entre as quais se agitou a arte con­temporânea, a arte de Maccari conservou-se isola­da, embora rica de cultura, aplicada em seguir o seu próprio caminho. Êle ergue ao nível da arte o grotesco, bem como a improvisação captada na in­quieta ironia da existência e, na verdade, não pode pensar, escrever e trabalhar a não ser mediante instrumentos próprios da arte figurativa. Não sà­mente na pintura a arte de Maccari se revela, mas também explode, pujante de talento, sôbre o papel, desencadeado pelo buril, a goiva, o lápis apelando unicamente para a faculdade expressiva da linha. Mesmo quando a gente pára, a fim de isolar a componente literária, não é possível descobrir uma impudência mexeriqueira ou fútil brincadeira, mas sàmente um tom caprichoso de ironia ou um fundo didascálico duradouro. Portanto Maccari continua a ser uma das figuras mais autorizadas da cultura italiana e a sua atividade de gravador pode legiti­mamente rivalizar com as expressões mais destaca­das da arte de todos os tempos e de todos os países. Os exemplos que aqui figuram da geração nascida na primeira década deste século ou um pouco mais tarde, revelam por um lado alguma revisão ou va­riação dos remas formais já resolvidos pelos mes­tres mais velhos, e por outro uma libertação deci­dida de qualquer purismo abstrato. A extrema exa­tidão das categorias rítmicas, quase conforme a um

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plano construtivo de harmonias implícitas, parece reverbar nos desenhos de Luigi Veronesi. O lápis deve traçar sôbre a folha têrmos cuja função nor­mal traz consigo também um valor de acôrdo e que se pode reconhecer justamente no contexto da com­posição, sempre cerrada numa gravidade singela e dotada de poder expressivo. Em comparação com semelhante cadência afrou­xada, bastante larga e calma, que já caracterizou de certo modo a criação de Magnelli, Prampolini e Reggiani, a de Giuseppe Capogrossi aparece-nos cada vez mais inquieta. gle percute no espaço com um tom repetido num ritmo de obsessão, e a tesa superfície do quadro anima-se com essa dinâmica, tecida com timbres sonoros. A experiência de Ca­pogrossi aparece-nos entre as mais singulares e ou­sadas desta última década: diversamente aprecia­da, obteve aqui e alhures lisonjeiro êxito e êste seu traço vertiginoso, dividido em sequências alfabéti­cas, batido a espaços por intervenções cromáticas, acabou por sugestionar, como se fosse a fábula ex­traordinaria de uma anarquia de linhas e de formas. Apartado dessa corrente conserva-se Franco Genti­lini, para o qual o problema figurativo pode ser comparado de certo modo com o de Campigli: uma meditação em clave moderna de uns antigos exem~ plos pitóricos. Para Gentilini ainda vigora a "nar­rativa" na sua acepção tradicional, inspirada ge­ralmente nos modelos dos pintores de Rimini do século XIV, observados, todavia, através da lente da gramática cubista. E também nele se insinua uma veia irônica, um sorriso picante. Umas suges­tões, vagas porém, de exemplares arcaicos supõe também a plástica de Mirko e de Luciano Minguzzi. Mirko, artista de inquieta sensibilidade, evidencia em seus trabalhos uma origem de vetustas civiliza­ções ou, direi melhor, de mitos orientais, mas não é possível individualizar uma referência exata: trata-se antes de recordações indistintas e fabu­losas. Parecem dragões, totens, animais legendários,

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sacerdotes, símbolos votivos, não por serem assim representados, mas pelo sombrio e tôrvo aspecto do objeto plástico. Neste misterioso sentido de poesia mítica com delicada perícia técnica, consiste a principal característica de Mirko. No caso de Min­guzzi pode ser mais adequado referir-se a certa es­cultura românico-emiliana, mas também a uma in­fluência mais direta de certa formalidade da plás­tica picassiana. Mas éle atinge tanta vivacidade de movimento na figura e na modelação que abre ao seu trabalho um espaço circunstante em que êle anima, consubstanciando-se. Daí essa tensão di­nâmica, às vezes mesmo estimulada por impulsos exacerbados e violentos, que agita as suas figuras - os pequenos bronzes também - e em que o pro­cesso de estilização se enriquece de arrojadas in­venções como de complexas estruturas. No caso de Alberto Viani as referências são os ído­los das Cícladas e as formas antropomórficas de Arp, mas sua criação não vive de certo por tais influxos, e sim pela estrema pureza da imagem, que amadureceu num isolamento, onde pairou para se purificar de todo acidente. Um desenvolvimento categórico dos planos plásticos, encerrados em seu perfil elementar, mas regidos por uma constante emoção; aproveita as transpgsições no espaço sem quebra porém da unidade do volume, e então cada escultura se ajusta numa ordem monumental de extática integridade lírica. Entre os' artistas da chamada geração intermediá­ria, Antonio Corpora anima a síntaxe abstrata :mxertando-Ihe um cauteloso naturalismo; tira-lhe portanto essa aspereza geométrica e apurada que nunca se sujeita. Mais prestes às emoções, partici­pando do fermento natural que se lhe depara, o pincel torna-se livre e sequer enternecido e a sua criação atinge um delicado conteúdo lírico. Mario Marcucci, pelo contrário, não foi sequer tocado pe­los movimentos fomentados pelas estéticas mais recentes, e conserva-se fiel ao seu requintado to-

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naZismo, que se espalha pelas figuras e paisagens com uma sábia elaboração até criar imagens apa­gadas mas nem por isso sem encanto. Num que não é da mera política neo-realista - embora êle tome parte na controvérsia que disso aproveita e não sem razão - mas que antes de tudo revela qualidades pitóricas, encontra-se Renato Guttuso. i!:le sempre obedeceu a uma inclinação realista, e portanto os nexos culturais devem-se individualizar em certo momento picassiano e num "expressionis­mo" genérico: nesses atributos deformantes por­tanto em que está subentendida a representação objetiva do drama. As suas composições, quase sempre de grande interêsse pela amplitude da con­cepção, revelam sem dúvida nenhuma em Guttuso um vigor e uma inteligência, que não podem dei­xar de inserir o documento tôsco numa disciplina estilística vital. Igualmente afastados das orienta­ções mais em voga, volvendo-se para os encantos da fantasia mais arrojada, Leone Minassian e Fa­brízio Clérici nodem ser incluídos na tendência sur·, realista. As formas que o pintor Minassian evoca a bico de pena na folha de papel, com um cuidado tão carinhoso quão sensível, têm valor pela consis­tência lírica de que transmitem a íntima realidade, repartida entre o subconsciente e o metafísico. As figuras de Clérici, magistrais como rendimento téc­nico da gravura, estão mergulhadas no domínio do assombro. Mesmo reproduzindo aspectos do mundo exterior, ligam-se duma maneira imprevista, me­diante misteriosos caprichos, e produzem um simu­lacro de sonho delicadamente sugestivo. Entre os pintores mais novos não há nenhum re­flexo surrealista. Alberto Burri, nascido porém em 1915, ainda pode evocá-lo de certo modo, conquan­to se lhe junte a determinante abstrata. Seus tra-balhos não são "collages", mas antes exemplos de aplicação pOlimatérica, como também usou e ainda usa Prampolini. Embora sejam diferentes a maté­ria empregada e o espírito que o guia, Burri deve

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antes referir-se ao exemplo de Prampolini. A ex­periência que êle apresenta, embora desconcertante, sabe atrair sobretudo pela angustiosa aflição, que torna absurda qualquer análise e impede todo con­tacto com a realidade objetic'a. Sérgio Vacchi, pelo contrário, mergulha nessa realidade e percebe-lhe o anseio até transferir para a tela a húmida frescura de um bosque. E' uma posição naturalista, que afi­nal resulta duma paráfrase do exemplo de Cézan­ne, ao passo que, em Arturo Carmassi, ela é fo­mentada pelo dado realista da memória. Disso re­sulta portanto êsse empastamento cromático infla­mado, ardente, regido por uma estrutura, antes se­creta do que patente, mas por certo rica de valiosos detalhes e de qualidades insinuantes. Muito agra­dável também o brilhante realismo de Giuseppe Zi­gaina, cujos desenhos, ótimos, transformam a ilus­tração em estilo. A rapidez da linha, a maneira de se apoderar da imagem, a sobriedade da lingua­gem, realizam uma transposição da violência dra­mática em paixão elegíaca. As esculturas de Pietro Consagra resultam de uma arquitetura de planos certos, exatos, prestes ao ím­peto espacial, quase formando o relêvo de uma perspectiva e chegando portanto a dar à sintaxe abstrata uma nova interpretação na estrutura plás­tica. Também Ricardo Licata, que é o mais novo dos que tomam parte nesta representação oferece uma contribuição inovadora importante no âmbito da gravura, que em muitos exemplos ainda se limi­ta a reproduções tradicionais e a virtuosidades téc­nicas. Possuidor de uma técnica segura e obediente, Licata escreve sôbre a chapa como· um compositor sôbre a pauta musical, e consegue uma cadência métrica de um correto v..alor figurativo. Diferentes pelos caracteres e pela orientação, mas sempre cúmplices de uma efetiva dignidade de ex­pressão, os artistas aqui representados testemu­nham mais uma vez o espírito vital com que em tôda a parte --: e de certo na Itália num plano

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I T Á L I A

saliente - se contribui para a história hodierna, juntando cada qual por seu lado um elemento útil ao seu progresso.

UMBRO APOLLONIO

pintura

ALBERTO BURRI (1915)

1 BRANCO I, 1953. Têmpera vinavil sôbre tela. 94 x 76.

2 SACO 2, 1954. óleo sôbre saco. 100 x 86.

3 SACO E PRETO 3, 1954. Têmpera vinavil e saq_o sôbre celotex. 9'.> x 145.

4 VERMELHO E PRETO I, 1955. Têmpera vinavil ~ôbre tela. 115 x 130.

5 TODO PRETO 2, 1955. Têmpera vinavil e trapos sôbrz celotex. 95 x 145.

MASSIMO CAMPIGLI (1895)

6 MERCADO DE MULHERES E VASOS, 1929. 2ZO x 160. Coceção Giuditta Scalini, Roma.

7 GENEALOGIA, 1930. 90 x 129. Coleção Cesare Tosi, Milão.

8 FIGURAS E POMBA, 1937. 72 x 60. Coleção Alberto DeU", Ragione, Genova.

9 DUAS FIGURAS, 1938. 92 x 72. COleção Alberto DelIa Ragione, Genova.

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I T Á L I A

10 MÃE E FILHA, 1940. 90 x 63. Galleria Nazio­nale d'Arte Mod2rna, Roma.

11 CONCERTO, 1949. 60 x 80. Coleção Mario Ri­mOldi, Cortina.

12 MULHERES A VARANDA, 1950. 110 x 80. Co:e­ção Maria Duckett, Veneza.

13 A GRADE, 1953. 99,5 x 130. Coleção Arturo Deana, Veneza.

14 DUAS FIGURAS COM LEQUE, 1953. 74 x 68. Coleção Mario di Frattina, Veneza.

15 JOGO DE DIABOLõ, 1953. 162 x 130. Coleção Giuditta Scalini, Roma.

GIUSEPPE CAPOGROSSI (1900)

16 SUPERFíCIE N.o 68, 1954. 140 x 100. Coleção Gianfranco Moglia, Milão.

17 SUPERFíCIE N.o 85, 1954. 140 x 100. 18 SUPERFíCIE N.O 103, 19'54. óleo e têmpôra sôbre

tela. 195 x 160. 19 SUPERFíCIE N.o 113, 1955. 195 x 130.

ARTURO CARMASSI (1925)

20 LUTA ENTRE PASSAR OS, 1955. 120 x 120. Co­leção Nucci Cima, Milão.

21 PAISAGEM, 1955. 120 x 120. Coleção Livio Dell'Anna, Milão.

22 PAISAGEM DA VERSíLIA, 1955. 200 x 240.

ANTONIO CORPORA (1909)

23 COMPOSIÇÃO, 1954. 96,5 x 130. 24 PESCADORES DE MARISCOS, 1954. 100 x 81.

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I T Á L I A

25 ESTALEIRO, 19'.35. 81 x 100. 26 REGRESSO DOS BARCOS DE PESCA, 1955.

145,5 x 114. 27 OS CARVALHOS, 1955. 81 x 100.

FRANCO GENTILINI (1909)

28 O FESTIM SOMBRIO, 1954. 98 x 130. 29 FIGURAS DEANTE DO MAR, 1954. 100 x 73. 30 MULHER COMENDO OSTRAS, 1954. 100 x 73. 31 NATUREZA MORTA COM UVAS, 1954. 73 x 73. 32 O BANHISTA, 1955. 130 x 98.

RENATO GUTTUSO (1912)

33 MAR BRAVO EM PIOMBINO, 1954. '.39 x 84. 34 MAR BRAVO EM PIOMBINO, 1954. 70 x 80. 35 TR1l:S CARREGADORAS DAGUA, 1954. óleo e

esmaltes. 154 x 122. 36 PAISAGEM DA CALABRIA, 1955. 112 x 152. 37 PAISAGEM.

ALBERTO MAGNELLI (1888)

38 APARIÇAO, 1944. 73 x 60. 39 APARIÇAO DE ESPíRITOS, 1947. 97 x 130. 40 NA RUA, 1947. 89 x 116. 41 NADA DE INVOLUNTARIO, 1949. 114 x 146. 42 CONVITE, 1949. 73 x 60. 43 DE UM TOM FORTE, 1950. 130 x 87. 44 LUZ ATRAVESSADA, 1950. 100 x 81. 45 APARIÇAO ISOLADA, 1951. 100 x 81. 46 MEDIDAS ILIMITADAS N.o 2, 1951. 125 x 115. 47 TENSAO ANIMADA, 1953. 100 x 81.

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I T Á L I A

MARIO MARCUCCI (1910)

48 NATUREZA MORTA, 1949. 39 x 46,5. 49 PRAÇA MAZZINI, 1950. óleo sôbre madeira.

39 x 58. 50 RETRATO DE ORESTANA, 1950. 70 x 60. 51 AUTO-RETRATO, 1953. óleo sôbre madeira.

64 x 49. 52 RETRATO DE CARLA, 1953. 69 x '59.

ENRICO PRAMPOLINI (1894)

53 ANIMISMO GEOM~TRICO N.o I, 195Z. 100 x 100. Galleria Nazionale d'Arte Moderna, Roma.

54 COMPOSIÇAO RíTMICA N.o I, 1954. 81,5 x 100. Coleção Luciano Cassuto, Milão.

55 FORMAS-FORÇAS MAGN~TICAS, 1954. Polima­térico. 81,S x 100.

56 APARIÇOES BIOPLASTICAS, 1954. Polimatérico. 80 x 100.

57 ANALOGIAS HARMONICAS, 1955. 75 x 100. 58 APARIÇõES CõSMICAS, 1955. Polimatérico.

81 x 100. 59 ABSTRAÇAO PLASTICA, 195'5. Polimatérico.

73 x 91. 60 COMPOSIÇAO RíTMICA N.o 2, 1955. 81,5 x 105. 61 HARMONIAS EM LIBERDADE, 1955. Polimaté­

rico. 100 x 100. 62 MAGICA CóSMICA, 1955. Polimatérico sôbre ma­

deira. 80 x 100.

MAURO REGGIANI (1897)

63 COMPOSIÇAO, 1954. 89 x 116. 64 COMPOSIÇAO, 1955. 89 x 116.

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I T A L I A

65 COMPOSIÇÃO, 1955. 97 x 130.

66 COMPOSIÇAO, 1955. 100 X 81.

67 COMPOSIÇAO, 1955. 80 X 92.

SERGIO VACCHI (1925)

68 PAISAGEM COM FAZENDA, 1953. 125 X 135.

69 PAISAGEM DO MORRO, 1953. 125 X 135.

70 ARREDORES DE CASALECCHIO, 1954. 170 X 185.

escultura

PIETRO CONSAGRA (1920)

1 CONVERSAÇAO, 1955. Bronze. 120.

2 FIGURAS, 1955. Bronze. 117.

3 COLóQUIO EM PÚBLICO, 1955. Br-:mze. 80.

LUCIANO MINGUZZI (1911)

4 CÃO ENTRE OS CANIÇOS, 1951. Bronze. 70. 5 MULHER SENTADA NUMA POLTRONA, 1951.

Bronze. 30. 6 O BALANÇO, 1952. Bronze. 40. 7 GALO, 1952. Bronze. 80. 8 ACROBATAS N.o I, 1952. Bronze. 53. 9 ACROBATAS N.o 2, 1953. Bronze. 73.

10 FIGURA NO BOSQUE, 1953. Bronze. 60. 11 MULHER SALTANDO CORDA, 1954. Bronze. 170. 12 HOMEM COM UM GALO, 1954. Bronze. 180.

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ITÁLIA

13 MULHER SALTANDO CORDA, 1954, Bronze, 47, Coleção Marco Valsecchi, Milão.

14 PASTOR, 1954. Bronz::!. 65.

15 BUSTO DE HOMEM, 1954. Bronze. 48.

16 HOMEM TORCENDO-SE, 1955. Bronze. 82.

MIRKO (1910)

17 A S1!:DE, 1951. Br·Jnze. 80. 18 PERSONAGEM, 1953. Bronze. 80. 19 MOTIVO PLASTICO, 1953. Latão. 96. Coleção

Luciana Momigliano, Roma. 20 FIGURA ORIENTAL, 1953. Bronze. 47. 21 MASCARA, 1954. Cobre. 60. 22 ESTELA, 1954. Pedra. 285. 23 QUIMERA, 1954. Cimento. 90. 24 VELHOS íDOLOS, 1955. Cobre. 150. 25 OUTROS íDOLOS, 1955. Cobre. ~50.

26 PALMEIRA, 1955. Madeira. 194.

ALBERTO VIANI (1906)

27 NÚ, 1943. Mármore. 110. Coleção Egone Fischl, Milão.

28 BUSTO DE MULHER, 1944. GêsSJ·. 105. 29 Nú, 1951. Pedra de Vicenza. 135. 30 NÚ, 1953. Mármore. 172. Museo Civico, Turim. 31 MULHER NUA, 1953. Gêsso. 150. 32 BUSTO DE HOMEM, 1953. Gêsso. 130. Galleria

Olivetti, Ivrea. 33 MULHER NUA, 1954. Gêsso. 115. 34 BUSTO DE MULHER, 1954. Gêsso. 140.

193

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I T Á L I A

desenho

LEONE MINASSIAN (1905)

1 FANTASIA, 1952. Nanquim. 19 x 26. 2 RITMOS, 1954. Nanquim. 26 x 19. 3 RITMOS ANTROPOMóRFICOS, 1954. Nanquim.

4 5 6

26 x 19. FORMAS PRIMORDIAIS, 1954. COMPOSIÇÃO, 1954. Nanquim. VEGETAÇÃO DE FORMAS, 26 x 19.

Nanquim. 26 x 19. 26 x 19. 1954. Nanquim.

7 ENR:tDO DE FORMAS, 1954. Nanq~im. 26 x ·19. 8 RITMOS E FORMAS, 1954. Nanquim. 19 x 26. 9 FANTASIA DE RITMOS, 1954. Nanquim. 19 x 26.

10 FORMAS, 1955. Nanquim. 26 x 19.

LUIGI VERONESI (1908)

11 COMPOSTO, 1953. Carvão. 50 x 70. 12 ESPERANDO, 1953. Carvão. 50 x 70.

13 PERTURBADO, 1953. Carvão. 70 x 50.

14 ESTRUTURA N.o3, 1953. Carvão. 50 x 70.

15 VERTICAL, 1953. Carvão. 50 x 70.

16 SALTANDO, 1953. Carvão. 70 x 50.

17 COMPOSIÇAO, 1955. Pastel e tin~a. 70 x 50.

18 TR:tS FORMAS PARADAS, 1955. Pastel e tinta.

50 x 70.

19 ALEGRE, 1955. Pastel e tinta. 50 x 70.

20 CALMO, 1955. Pastel e tinta. 50 x 70.

194

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I T Á L I A

GIUSEPPE ZIGAINA (1924)

21 DESENHO, 1954. 58 x 71. 22 BICICLETAS A NOITE, 1955. Desenho e têmpera.

50 x 73. 23 CARRoçAS A FOZ DO AUSSA, 1955. 50 x 75. 24 TRABALHADORES CAVAQUEANDO, 1955. 49 x 70. 25 TRABALHADOR BUSCANDO LENHA, 1955. Bico

de pena. 48 x 64. 26 CEIFEIRO, 1955. Bico de pena. 48 x 68. 27 PAISAGEM A FOZ DO AUSSA, 1955. Desenho

colorido. 59 x 81. 28 ESTUDO PARA REUNIAO DE TRABALHADO­

RES, 1955. Desenho colorido. 59 x 81. 29 TRABALHADOR DO FRIULI, 1955. Desenho e

têmpera. 59 x 81. 30 TRABALHADOR DO FRIULI, 1955. 59 x 81.

gravura

MASSIMO CAMPIGLI (1895)

1 FEDRA, ILUSTRAÇAO PARA "TESEU" DE AN­DRl!: GIDE, 948. Litografia. 19 x 14.

2 BALANÇO ILUSTRAÇAO PARA "TESEU" DE ANDRl!: GIDE, 1948. Litografia. 18,5 x 15,5.

3 JOGO COM LINHA, 1951. Litografia colorida. 33 x 42.

4 MULHERES COM VEUS, 1952. Litogrwfia colorida. 43 x 33.

5 AMIGAS SENTADAS, 1952. Litografia colorida. 45,5 x 34.

195

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I T Á L I A

6 CABELO COMPRIDO, 1952. Litografia. 43 x 34. 7 DUAS CABEÇAS, 1952. Litografia colorida. 34 x 48. 8 MULHER A CAVALO, 1954. Litografia colorida.

40 x 50.

9 TRAMPOLIM, 1954. Litografia colorida. 50 x 33. 10 O JOGO DE DIABOLõ, 1954. Litografia colorida.

48,5 x 45.

FABRIZIO CLERICI (1913)

11 MÃO COM ESPONJA E PLUMA, 1940. Agua-forte. 15,5 x 20.

12 CONCHA COM FOLHAS DE COUVE, 1941. Agua-forte. 17 x 27,5.

13 TR:Ê:S CONCHAS, 1941. Agua-forte. 5 x 17.

14 CONCHAS E PLUMA, 1941. Agua-forte. 15 x 14. 15 MONUMENTO EM CONSTRUÇÃO, 1947. Litografia

gravad", e desenhada sôbre duas pedras. 32 x 24. 16 MÚSICOS, 1952. Litografia a pena sôbre pedra.

38 x 32. 17 CAVALEIRO RÚSTICO, 1952. Litogralfia a pena

sôbre pedra. 38 x 32. 18 CARNAVAL, 1952. Litcgrafia a pena sôbre pedra.

38 x 32. 19 DUAS DAMAS DO PAÇO, 1952. Litogràfia a pena

sôbre pejra. 38 x 32. 20 NINHO DE AVESTRUZ, 1955. Agua-forte. 30 x 21.5. 21 NO TEMPO DE MARCO POLO, 1955. Seis águas­

fortes. 8,5 x 5.

RICCARDO LICATA (1929)

22 AGUA-FORTE N.O 1, 1955. 50 x 70.

196

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I T Á L I A

23 AGUA-FORTE N.o 2, 1955. 50 x 70.

24 AGUA-FORTE N.o 3, 1955. 50 x 70.

25 AGUA-FORTE N.o 4, 1955. 50 X 70.

26 AGUA-FORTE N.o 5, 1955. 50 X 70.

27 AGUA-TINTA N.o 1, 1955. 50 X 70.

28 AGUA-TINTA N.o 2, 1955. 50 X 70.

29 AGUA-TINTA N.o 3, 1955. 50 X 70.

30 AGUA-TINTA N.o 4, 1955. 50 X 70.

31 AGUA-TINTA N.o 5, 1955, 50 X 70.

MINO MACCARI (1898)

32 MENINAS, 1921. Linoleum. 14,8 X 9,8. 33 VENUS E MARTE, 1933. Linoleum colorido. 31,5 X

27,5. 34 VELHO ESTILO, 1933. Linoleum colorido. 29 X

26,5. 35 NÃO ESCUTES, 1935. Linoleum. 31,5 X 25,2. 36 OLA!, 1936. Linoleum colorido. 29 X 24,5. 37 O ADIDO DIPLOMATICO, 1945. Linoleum. 19 X 20. 38 DISCURSO, 1950. LinoIeum. 16 X 22. 39 LEMBRANÇA, 1952. Linoleum. 35 X 23,5. 40 FESTIM, 1952. Agua-forte. 13,3 X 19. 41 AVENTURA, 1953. Linoleum. 29,6 X 29,3. 42 NUS, 1953. Agua-forte. 18,5 x 35. 43 NU, 1953. Agua-forte. 20,5 x 13,5. 44 SONHO, 1953. Linoleum. 35 x 43. 45 ALEGORIA, 1954. Agua-tinta. 16,7 x 16,2. 46 SOLDADOS, 1954. Agua-forte. 19 x 16,3. 47 CIRCO, 1954. Litografia colorida. 45 x 33,5. 48 CORTEJO, 1954. Agua-forte. 19,5 x 34,2. 49 BANHOS TURCOS, 1954. Agua-forte. 24 x 29.

50 FARSA, 1955. Litografia. 24,5 x 34.

197

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I T Á L I A

51 CAPRICHOS, 1955. Litogra.fia. 35,5 x 28. 52 FIGURAS, 1955. Linoleum colorido. 20,5 x 26. 53 . PERSONAGENS. 1955. Linoleum c::>lorido. 35,5 x

31.5. 54 COLOQUIO, 1955. Linoleum colorido. 29 x 31,5. 55 FIGURA. Linoleum colorido. 23 x 18. 56 INVENÇAO. Agua-forte. 25,3 x 18.8.

LUCIANO MINGUZZI (1911)

57 CABEÇA,1952. Litografia colorida. 37 x 31. 58 GALO BRANCO, 1952. Litografia colorida. 47 x 33. 59 FIGURA, 1952. Litografia colorida. 40 x 31. 60 CAO. 1952. Litografia colorida. 31 x 38. 61 GALO. 1954. Agua-forte. 40 x 30. 62 GALO, 1954. Agua-forte. 32 x 20. 63 FIGURA SALTANDO, 1955. Agua-forte. 28 x 20.

MIRKO (1910)

64 EVOCAÇAO, 1954. Xilogravura. 216 x 67. 65 EVOCAÇAO, 1954. Xilogravura. 216 x 67. 66 EVOCAÇAO, 1954. Xilogravura e têmpera. 216 x 67. 67 EVOCAÇAO, 1954. Xilogravura e têmpera. 216 x 67.

As xilogravuras foram executadas com o auxílio técnico de Victor Villa, Concorezzo - Milão.

]98

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IUGOSLÁVIA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA COMISSÃO PARA RELAÇÕES CULTURAIS COM O EXTERIOR

COMISSÁRIO: PROF. KRSTO HEGEDUSIC'

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A. Escola de Pintura de Hlebiné, aldeia situada ao norte da Croácia, tem sua origem no de­

sejo do pintor Krsto Hegedusic' de averiguar se sua própria expressão em pintura correspondia à men­talidade do povo e continha elementos de indepen­dência. Teve então a idéia de trabalhar com jo­vens camponeses de talento, como, Generalic' e Mraz. Até 1940, a Escola permaneceu sob direção de Hege­dusic'; desde então, foi Generalic' quem continuou a tradição, reunindo jovens camponeses de talento, entre os quais, Dolenec. Outros camponeses dos ar­redores de Hlebiné, entre os quais mencionaremos particularmente Mirko Virius, se juntaram a êsse núcleo. As obras expostas na III Bienal, destinam-se a mostrar o estilo da Escola, bem como o caráter de seus principais representantes. A Escola de Hlebiné acrescentou à pintura iugos­lava contemporânea mais um elemento caracte­rístico.

pintura

BOZIOLAR BEK Conservador do Instituto de Belos Ar­tes do Academia Iugoslavo de Zagreb

FRANJO DOLENEC (1930)

1 CONSTRUÇAO DE UMA COOPERATIVA, 1949. óleo sôbre vidro. 39,7 x 50,2.

IVAN GENERALIC (1914)

2 GUARDADOR DE PORCOS, 1933. Aquarela. 43,8 x 59,7. Coleção do pintor Edo. KovacevlC.

201

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IUGOSLÁVIA

3 REQUISIÇAO, 1934. óleo sôbre madeira. 36 x 43,5.

4 ENTERRO DUM CAMPON1l:S, 1934. 50,3 x 47. Galérie Moderne, Zagreb.

5 INC1l:NDIO, 1939. óleo sôbre vidro. 34,8 x 44,3. Galérle ModerIlie, Zagreb.

6 A ILHA, 1940. óleo sôbre vidro. 25,6 x 44. Ga­lérie Moderne, Zagreb.

7 SOB A PEREffiA, 1943. óleo sôbre vidro. 55 x 45. Galérle Moderne, Zagreb.

8 APANHA DE FOLHAS., 1943. óleo sôbre vidro. 40 x 35,2. Slavko Zimbrek, Zagreb.

9 O TRIGO, 1943. óleo sôbre vidro. 40,8 x 41,5. Galérle Moderne, Zagreb.

10 FIANDEIRA, 1945. óleo sôbre vidro. 33,5 x 27,7. Slavko Zímbrek, Zagreb.

11 NATUREZA MORTA, 1954. óleo sôbre vidro. 43,5 x 46,6.

12 O GALO, 191M. óleo sôbre vidro. 36 x 52. Ga­léríe Moderne, Zagreb.

13 O ESPANTALHO, 1954. óleo sôbre vidro. 53 x 44,5.

14 AS MASCARAS, 1955. óleo sôbre vidro. 28,4 x 36.

KRSTO HEGEDUSIC (1901)

15 REVOLTA DO POVO, 1928. Têmpera. 71 x 105. M. Krlêza, Zagreb.

16 PRIMAVERA, 1930. Têmpera. 56 x 68. Galéríe Moderne, Zagreb.

17 CltU DOS POBRES, 1931. Têmpera sôbre vidro. 24,8 x 32,5. Galérie, Zadar.

202

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IUGOSLÁVIA

18 INUNDAÇAO, 1932. óleo e têmpera. 50 x 23. Galérie MOderne, Zagreb.

19 MANIFESTAÇAO NO CEMITI:RIO, 1933. Óleo e têmpera. 79 x 92. Galérie Moderne, Rijeka.

20 PLANICIE DE DELOVE, 1934. óleo e têmpera. 89 x 116. Galérie Mod'erne,- Zagreb.

21 JUSTIÇA <IUSTITIA), 1934. óleo e têmpera. 123 x 105. Galérie, Skopje.

22 O INVERNO, 1954. óleo e têmpera,. 81 x 100. Gabinete do Presidente da Republica.

23 BORRASCA, 1955. óleo e têmpera. 81 x 100.

FRANJO MRAZ (1910)

24 O INVERNO, 1936 .. óleo sôbre vidr-:l. 30,3 x 40. Galérie Moderne" Zagreb.

MIRKO VIRIUS (1889-1943)

25 REGRESSO, 1937. Têmpera sôbre vidro. 29,9 x 39,9. Filllo do artista.

26 COLHEITA DE TRIGO, 1938. 54,8 x 70,2. Filho do artista.

27 MENDIGO, 1938. 49,4 x 39,5. Filho do artista.

28 AUTO-RETRATO, 1938. 64,2 x 50,6. Filho do artista.

29 AS BODAS, 1938. 45,2 x 61,8. Filho do artista.

30 OS NOIVOS. 1938. 47,5 x 66. Galérie Moderne, Rljek81.

203

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J A PÃO DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA KOKU­SAI BUNKA SHINKOKAI (SOCIEDADE PA­RA RELAÇÕES INTERNACIONAIS, TóQUIO)

COMISSÁRIO: K. INOUE

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Grande prazer nos dá a oportunidade de par­ticipar mais uma vez da III Bienal de São

Paulo, Brasil, com uma seleção representativa dos artistas do Japão contemporâneo. O Japão goza a fama de ser um país amante das belas artes, e gránde número de obras, algumas das quais têm mais de mil anos, são aí cuidadosamente conservadas. O gosto estético que anima êsses trabalhos, varou os séculos até os nossos dias, e assume forma viva e singela nas pinturas, gravuras e esculturas dos ar­titas modernos. Esses artistas, embora venerando as tradições antigas, estão, ao mesmo tempo, fa­zendo um esfôrço constante para abrir novos ca­minhos. Uma das características da arte japonêsa está nessa espécie de beleza decorativa que procede da har­monia sútil e leve entre a inteligência e a sensi­bilidade. Na presente exposição não se incluem os tradicio­nais "desenhos japoneses". No entanto, no abstra­cionismo requintado das pinturas de Takeo Yama­gushi que se encontra geralmente nos ideógrafos japoneses; na expressão lírica e terna dos traba­lhos de Kazu Wakita; no tom apaixonado das xilo­gravuras em branco e preto de Shiko Munakata no trato de genuíno temas japoneses; nas formas gra­ciosas de Koshiro Onchi; na qualidade e textura da madeira que Shigeru Ueki hàbilmente emprega em suas esculturas; na abstração dinâmica de Hisashi Konno - se exprimem através da arte mo­derna as tradições antigas do país. Além dos trabalhos desses artistas são apresentadas telas de Kenzo Okada, que se encontra atualmente nos Estados Unidos e cujo sentido de modernismo é muito admirado, e ainda telas de Tatsuo Arai, residente em. São Paulo e cuja emoção poética é considerada única. Sentimo-nos realmente felizes em poder, por meio da linguagem comum do mundo - a arte - co-

207

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J A PÃO

municar aos povos de além-mar as nossas aspira­ções e ideais, e estruturar os laços de amizade e boa vontade recíproca.

NAGAKAGE OKABE

pintura

TATSUO ARAI (1905)

1 BUDA, 1952. 48 x 55.

2 HARMONIA EM JULHO, 1954. 48 x 55.

3 24 HORAS DE SÃO PAULO, 1954. 390 x 110. Casa de Estudantes "Harmonia", .Sã:> Paulo.

4 SONATA AO LUAR, 1954. 85 x 128.

5 VERMELHÃO EM VERMELHÃO, 1955. 48 x 55.

KENZO OKADA (1902)

6 BAMBU N.o 2, 1952. 143 x 88.

7 FIM DE INVERNO N.o 24, 1953. 127 x 97,5.

8 PLATAFORMA N.o lO, 1954. 204 x 155.

9 TRIÃNGULO N.o I, 1954. 178 x 204.

10 CALEIDOSCOPIO N.o 6, 1954. 204 x 155.

KAZU WAKITA (1908)

11 REDE DE PESCAR, 1952.-- 122 x 73,9.

12 PASSAROS, 1953. 91,5 x 76,2.

13 FALANDO AOS PASSAROS, 1953. 170,8 x 109,8. Sr. G. Yokoyama.

14 PASSAROS EM LIBERDADE, 1953. 164,7 x 131,1.

208

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J A PÃO

15 PASSAROS AO LUAR, 1953. 91,5 x 76,2. Sr. G. Yokoyama.

16 AGRUPANDO PASSAROS, 1954. 167,7 x 103,7. 17 CONCHAS E PASSAROS, 1954. 152,5 x 115,9. 18 BAGAS E PASSAROS, 1954. 762 x 61. 19 P ASSAROS, MULHER E PEDRA, 1955. 76,2 x 61. 20 MULHER E FóSSEIS, 1955. 91,5 x 76,2.

TAKEO YAMAGUCHI (1902)

21 COMBINAÇAO DE DOIS, 1954. 183 x 183. 22 CINCO LINHAS, 1954. 183 x 183. Sr. T. Miya-

moto. 23 LINHAS EM VERMELHO, 1955. 183 x 91,5. 24 FORMAS EM AMARELO, 1955. 183 x 91,5. 25 CONSTRUÇAO, 1955. 183 x 183.

escultura

HISASHI KONNO (1915)

1 DANÇA, 1953. Ferro concreto. 131,1. 2 DANÇA N.o 9, 1954. Gêsso. 122. 3 FORMA NO PROCESSO DE CRESCIMENTO,

1954. Gêsso. 103,7.

SHIGERU UEKI (1913)

4 OBRA N.o 1, 1953. Madeira. 76,2.

5 OBRA N.o 2, 1953. Madeira. 70,1.

6 OBRA N.O 3, 1953. Madeira. 122.

209

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J A P A O -----------------------------------------

gravura

SHIKO MUNAKATA (1903)

1 GRANDES DISCíPULOS DE SAKY A (A), 1950. Xilogravura. 122 x 122.

2 GRANDES DISCíPULOS DE SAKYA (B), 1950. Xilogravura. 122 x 122.

3 MULHERES FORTES SÃO PORTADORAS DE FORÇA VITAL, 1953. Xilogravura. 122 x 122.

4 HOMENS MARCHANDO NA MESMA DIREÇÃO, 1953. Xilogravura. 122 x 122.

5 ALBUM DE FLORES DAS QUATRO ESTAÇõES. 1955. Xilogravura. 122 x 122.

KOSHIRO ONCHI (1891)

6 FORMA N.O 7 GROTESCO, 1948. Xilogravura. 61 x 51,8.

7 POEMA N.o 22 FOLHAS E NUVENS, 1948. Xilo­gravura. 61 x 51,8.

8 POEMA LíRICO N.o 32, 1954. Xilogravura. 61 x 51,8.

9 COMPOSIÇÃO N.o 19, 1954. Xilogravura. 61 x 51,8.

10 OBJETO N.O 3, 1955. Xilogravura. 61 x 51,8.

210

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M É X c o REPRESENTAÇÃO ORGANIZADA PELO DR. ALVAR CARRILLO GIL - MÉXICO D. E.

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E' verdadeiramente lamentável que o México não tenha podido colaborar até agora, por

meio de uma seleção importante de sua esplêndida arte, com a Bienal de São Paulo, um dos mais im­portantes acontecimentos da vida artística inter­nacional de nossos tempos. A II Bienal, pudemos mandar tão somente um con­junto de gravuras do "Taller de Gráfica Popular" do México, organiza.ção progressista de jovens ar­tistas, muito conhecida em vários países; a Galeria Knoedler de Nova York enviou por conta própria uma seleção de telas de Tamayo: Na presente Bienal, o México .será representado por um magnífico conjunto de gravuras de seus . artis­tas mais importantes: Orozco, Rivera, Siqueiros e Tamayo. Orozco. apresenta-se com litografias, muito repre­sentativas da sua arte apaixonada e vigorosa; Ri­vera envia uma série com-oleta e única de doze lito­grafias de valor excepcional, e que constitui a to­talidade das que o artista executou; de Siqueiros, veremos algumas xilogravuras que representam de modo digno êsse artista, o qual realizou somente alguns desses trabalhos, hoje dificílimos de se en­contrarem; Tamayo apresenta-se com cinco xilo­gravuras, uma litografia em preto e cinco coloridas. E' esta uma rara ·oportunidade de se admirarem, juntas, essas obras excepcionais dos grandes artis­tas mexicanos. :tste conjunto pertence à Coleção Carrillo Gil e é enviado como testemunha de cordial afeto à Cida­de de São Paulo e aos organizadores entusiastas desta grande exposição, Sr. Francisco Matarazzo Sobrinho e seus colaboradores.

DR. ALVAR CARILLO GIL

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MÉXICO

gravura

JOSÉ CLEMENTE OROZCO (1883-1949)

1 DESOCUPADOS. 1932. Litografia. 40.9 x 30,9. Dr. Alvar Carrillo Gil, México D. F.

2 ORGIA PROLETARIA, 1935. Litografia. 34,7 x 50. Dr. Alvar Carrillo Gil, Mexico D. F.

3 MANIFESTAÇAO, 1935. Litografia. 54.6 x 38.1. Dr. Alvar Carrillo Gil, Mexico D. F.

4 MULHERES. Litografia. 34,7 x 57,6. Dr. Alvar Car- . ri'IM> Gil, México D. F.

5 MÃOS. Litografia. 45,7 x 34.2. Dr. Alvar Carrillo Gil, México D. F.

6 DESAMPARADA. Litografia. 44.9 x 30.4. Dr. Alvar Carrillo Gil, México

7 MULHERES. Litografia. 40,6 x 57,6. Dr. Alvar Car­riUo Gil, México D. F.

8 A BANDEIRA. Litografia. 34.7 x 50. Dr. Alvar Car­rillo Gil, México D. F.

9 A RETAGUARDA. Litografia. 38,6 x 62,5. Dr. Alvar carrillo Gil. México D. F.

10 LEõES E AZTECAS. Litografia. 40.6 x 58,4. Dr. Alvar Carrillo Gil. México D. -F.

11 A GUERRA (DETALHE). Litografia. 39,8 x 57,6. Dr. Alvar Carrillo Gil, Mexico D. F.

12 REQUIEM. Litografia. 40,6 x 62,5. Dr. Alvar Car­riUo Gil, México D. F.

DIEGO RIVERA (1886)

13 CABEÇA DE MULHER, 1930. Litografia. 33 x 22.8. Dr. Alvar Carrillo Gil. México D. F.

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MÉXICO

14 NU, 1930. Litografia. 50 x 34,7. Dl'. Alvar Carrillo Gil, México D. F.

15 NU, 1930. Litografia. 48,2 x 29.2. Dl'. Alvar Carrillo Gil, México D. F.

16 MERCADO, 1930. Litografia colorida. 30,9 x 40,6. Dl'. Alvar Carrillo Gil, México D. F.

17 AUTO-RETRATO, 1930. Litografia. 45.7 x 36.8. Dl'. Alvar Carrillo Gil, México D. F.

18 MERCA-DO DE FLORES. 1930. Litografia colorida. 30.9 x 40.6. Dl'. Alvar Oarrillo Gil. México D. F.

19 O SONHO, 1932. Litografia. 43.6 x 33. Dl'. Alvar Carrillo Gil, México D. F.

20 MENINO COMENDO. 1932. Litografia. 50 x 36,8. 21 ZAPATA, 1932. Litografia. 45.7 x 39,8. Dl'. Alvar

Carrillo Gil, México D. F. 22 RETRATO DA SRA. K., 1932. Litografia. 34.7 x

22,8. Dl'. Alvar CarrilJo Gil. México D. F. 23 MESTRE, 1932. Litografia. 34,7 x 43,6. Dl'. Alvar

Carrillo Gil, México D. F. 24 PROFESSORA RURAL, 1932. Litografia. 33,5 x

43,6. Dl'. Alvar Carrillo Gil, México D. F.

DAVID ALFARO SIQUEIROS (1896) 25 RETRATO DE MOISÉS SAENZ, 1930. Litografia.

64 x 50. Dl'. Alvar CarrilJo Gil, México D. F. 26 CENTAURO. L:tografia. 59,6 x 48,2. Dl'. Alvar Car­

rillo Gil, México D. F. 27 NU. Litografia. 57,6 x 40.6. Dl'. Alvar Carrillo Gil,

México D. F. 28 OS MINEIROS. Reprodução de litografia. 33,5 x

52. Dl'. Alvar CarrilJo Gil, Mexico D. F. 29 FIGURA. Litografia. 44.9 x 32. Dl'. Alvar Carrillo

Gil, México D. F.

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MÉXICO

30 BANHISTA. Litografia. 55,8 x 38,6. Dr. Alvar Car­rillo Gil, Mexico D. F.

31 ZAPATA, Litogrwfia. 59,6 x 48,7. Dr. Alvar Car­rillo Gil, Mexico D. F.

32 AUTO-RETRATO. Litografia. 55,8 x 39,8. Dr. Alvar Carrillo Gil, México D. F.

33 NOSSA IMAGEM. Litografia. 43.6 x 30,9. Dr. Alvar Carrillo Gil, México D~ F.

34 CAO. Litografia. 48.2 x 30,9. Dr. Alvar Carrillo Gil, México D. F.

RUFINO TAMAYO (1899)

35 NUS. 1933. Litografia. 34,7 x 23,3. Dr. Alvar Car­rillo Gil, México D. F.

36 MULHER DE GUADALUPE. Xilogravura. 25,4 x 20,3. Dr. Alvar Carrillo Gil, México D. F.

37 HOMEM À NOITE. Litografia colorida. 57,1 x 38,1. Dr. Alvar Oarrillo Gil, México D. lo'.

38 ANJOS, Xilogravura. 24,6 x 20,3. Dr. Alvar Car­rillo Gil, México D. F.

39 MULHER COM MANDOLINA. Xilogravura. 24,1 x 19. Dr. Alvar Carrillo Gil, México D. F.

40 íNDIO. Xilogravura. 25,9 x 18,2. Dr. Alvar Carrillo Gil, México D. F.

41 CAO UIVANDO. Litografia colorida. 45,7 x 55,8. Dr. Alvar Carrillo Gil," México D. F.

42 MELANCIAS. Litografia colorida. 46,9 x 57. Dr. _,_ Alvar Carrillo Gil, México D. F.

43 CASAL íNDIO. Xilogravura. 25,9 x 19,5. Dr. Alvar Carrillo Gil, México D. F.

44 VENDEDORA DE FRUTAS. Xilogravura. 24,6 x 22,8. Dr. Alvar Carrillo Gil, México D. F.

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NORUEGA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA SOCIEDADE NORUEGU~SA DE ARTISTAS DE ARTES PLÁS­TICAS EM COOPERAÇÃO COM A DIVISÃO DE INTERCÂMBIO CULTURAL DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DA NORUEGA.

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N a Noruega a arte gráfica não possue antece­dentes remotos. Quando nos referimos a êste

ramo da arte, vem à nossa mente, em primeiro plano, um nome: o de Edvard Munch (1863-1944). Foi em Berlim, em 1884, que êste artista começou a trabalhar sôbre a chapa, dedicando-se, pouco a pouco, também à litografia e à xilogravura. Prin­cipalmente no que diz respeito a esta última, Munch foi um pioneiro. Era natural que Munch se tornasse também um inspirador e um redentor da gráfica contemporâ­nea norueguêsa. Entretanto, esta arte deve igual­mente muito a outros artistas que, pela sua ativi­dade como professores, têm contribuído para ele­var o nível em geral, o que se pode afirmar, em primeiro lugar, de Johan Nordhagen (1856), Olaf Willums (1886) e Chrix Dahl (1906). Neste sentido lembramo-nos de Rolf Nesch (1893), alemão de nascimento. Em se tratando de modo particular da parte experimental, Rolf Nesch exerceu um papel relevante. Particularmente depois da Guerra Mundial lI, a arte gráfica norueguêsa vem experimentando notá­veis impulsos. Artistas como Sigurd Winge e Paul René Gauguin, Knut Rumohr e Henrik Finne, além de muitos outros, têm provado que a gráfica é uma arte peculiar e nobre, que merece o seu lugar ao lado da pintura e da escultura. Os esforços dos gráficos norueguêses, durante a última década, têm assim criado um interêsse vivo pela sua arte, e o sentido do seu caráter eiipecial se expande ani­madoramente. Pode-se afirmar, em conclusão, que a gráfica está no melhor caminho para tornar-se uma "Arte Democrática" - accessível a todos.

OR. HENNING GRAN

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NORUEGA

gravura

ORNULF BAST (1907)

1 BAILADO, 1954. Ponta sêca.

2 PRAIA. Litografia. 3 PEDREIRO. Xilogravura. 4 MARINHA. Litografia.

SÕREN BEGBY (1907)

ANNA-EVA BERGMANN (1909)

5 FORMAS I, 1954. Ponta sêca. 6 FORMAS 11, 1954. Agua-forte.

FINN CHRISTENSEN (1920)

7 ° BOBO, 1952. Serigrafia. 8 MASCARA AZUL, 1954. Serigrafia. 9 AVE ESTRANHA, 1955. Agua-forte.

CHRIX DAHL (1906)

10 CIRCO, 1952. Litografia. 11 CEREJEIRAS NA NEVE, 1954. Agua-forte. 12 OSLO, 1955. Agua-forte.

HENRIK FINNE (1898)

13 ° FJORD, 1952. Xilogravura. 14 ANTIGA CIDADE MEDITERRANEA, 1954. Xilo­

gravura. 15 DEZ ANOS, 1954. Xilogravura.

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NORUEGA

REIDAR FRITZVOLD (1920)

16 O BEZERRO, 1952. Agua-forte. 17 COCHEIROS, 1953. Xilogravura. 18 DIA DE INVERNO, 1953. Agua-forte.

PAUL RENE GAUGUlN (1911)

19 PROTESTO, 1949. Xilogravura. 20 A MASCARA, 1949. Xilogravura. 21 O MONSTRO VELHO, 1949. Xilogravura.

GUNNAR S. GUNDERSEN (1921)

22 COMPOSIÇAO I,· 1954. Xilogravura. 23 COMPOSIÇAO lI, 1955. Xilogravura.

EINAR C. HELLEM (1923)

24. PARTIDA, 1954. Xilogravura. 25 HIPODROMO, 1954. Xilogravura.

ARNE E. HOLM (1911)

26 VENEZA, 1952. Litografia. 27 FLORES NA CAPELA, 1952. Litografia. 28 UVAS, 1952. Litografia. 29 CHAFARIZ E POMBOS, 1954. Litografia.

ERNST MAGNE JOHANSEN (1926)

30 NO CAF~, 1951. Litografia. 31 MANHA, 1953. Litografia. 32 ANNA, 1954. Litografia.

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NORUEGA

SOLVEIG KAURIN (1896)

33 TOURADA. Xilogravura. 34 O TOUREIRO. Xilogravura. 35 ESPANHA, Xilogravura.

ARNE KAVLI (1875)

36 HENRIK IBSEN. Água-forte. 37 MAGDA. Água-forte.

GUDRUN KONGELF (1909)

38 DIMENSAO DO ESPAÇO, 1952. Xilogravura. 39 COMPOSIÇAO, 1952. Xilogravura.

ARNE LINDAAS (1924)

40 PORCO-ESPINHO 1954. Litografia. 41 LOBISHOMEM, 1954. Ponta sêca.

~ SVERRE LURA (1920)

42 A CATEDRAL, 1952. Água-forte. 43 ROMA, 1953. Água-forte.

ERLING MERTON (1898)

44 CASA E TORRE, 1954. Serigrafia. 45 LADEIRA NA ESPANHA, 1954. Serigrafia. 46 INVERNO, 1955. Serigrafia.

ROLF NESCH (1893)

47 ODALISCA, 1954. Impresso de metal. 48 BRINQUEDO, 1954. Impresso de metal.

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NORUEGA

49 SOL DE MEIA-NOITE, 1954. Impresso àe metal. 50 TOURO, 1954. Impresso de metal.

DORO ORDING (1901)

51 CEMITERIO, 1948. Agua-forte. 52 ANIMAIS, 1951. Agua-forte.

53 FOLIA, 1954. Lij;ografia. 54 VISAO, 1954. Litografia.

ROLF RUDE (1899)

KNUT RUMOHR (1916)

55 COMPOSIÇAO EM CORES, 1954. Xilogravura. 56 FORMA VERTICAL, 1954. Xilogravura. 57 CABEÇA DE TOURO, 1954. Xilogravura.

JENNY RÓED (1891)

58 LENDA, 1952. Xilogravura. 59 VAGABUNDOS, 1952. Linoleum.

EYSTEIN SIGURDSSON (1925)

60 CATEDRAL lI, 1954. ÁgUa-forte. 61 VERÃO, 1954. Água-forte. 62 CIDADE, 1954. Agua-forte.

IVAR H. THORKILDSEN (1911)

63 PARIS I, 1952. Xilogravura. 64 PARIS II. 1953. Xilogravura. 65 NO PARQUE, 1953. Xilogravura.

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NORUEGA

VILHELM TVETERAAS (1898)

66 NA FLORESTA, 1951. Xilogravura. 67 AMANHECER, 1952. Xilogravura. 68 O TOURO, 1953. Xilogravura. 69 O FIM DO DIA, 1954. Xilognvura.

SIGURD WINGE (1909)

70 AVALANCHE, 1949. Ponta sêca e água-forte. 71 ESTUDO PARA MURAL, 1950. P-:mta sêca e água­

forte. 72 SIESTA, 1953. Ponta sêca e água-for,te. 73 DESPIDOS, 1954. Ponta sêca e água-forte.

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PAQUISTÃO DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELOS MINISTÉRIOS DAS RELAÇÕES EXTERIORES E DA EDUCAÇÃO E PELO CONSELHO DE ARTES DO PAQUISTÃO

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A pintura no Paquistão repousa em uma longa tradição herdada do período Mughal e, antes

mesmo daquele, do Sultanado de Delhi quando os Muçulmanos começaram a dominar o sub-continen­te (por volta do ano 1000 D. C.) O estilo pictórico desenvolvido pelos artistas da época caracteriza­va-se por um delicado uso da linha, vivo colorido e por um notável senso de composição na distribui­ção das diferentes áreas na tela. Com a vinda dos ingleses, inicialmente como comerciantes e depois como dominadores, a influência ocidental tornou­se mais notável. Em consequência os artistas co­meçaram a conferir maior importância aos concei­tos de perspectiva, atmosfera e harmonia tonal. Nos fins do século 19 várias escolas de arte foram abertas pelos ingleses em Lahore, Calcutá e outras cidades, as quais contribuíram para a divulgação dos conceitos da arte ocidental entre os artistas do Paquistão. Ao mesmo tempo, com o aparecimento do nacionalismo como manifestou-se uma renas­cença das culturas Hindu e Muçulmana no país, de­terminando que muitos artistas buscassem inspira­ção nos velhos mestres, fossem êles os miniaturistas do período Mughal ou muralistas budistas das ca­vernas de Ajanta ou de Bagh. A arte moderna oci­dental tardou a entrar no país e, mesmo por volta de 1920 e 1930, não eram muitos os pintores in­fluenciadospelas novas tendências. Presentemente. entretanto, com o advento de melhores meios de comunicação e a divulgação de novas idéias, a cul­tura ocidental, e com ela a arte moderna, se está tornando cada vez mais apreciada e conta já com muitos partidários entusiásticos, particularmente entre as gerações mais jovens. Os pintores do Pa­qUistão podem, destarte, serem divididos ~em 3 gru­pos: os que trabalham dentro do estilo acadêmico ocidental ensinado nas escolas de arte, os que pro­curam continuar as tradições da antiga pintura miniatural adaptando-a à pintura de cavalete, e, por último, o grupo que trabalha sob a influência

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PAQUISTÃO

da pintura moderna da Europa e da América. A presente exibição inclui principalmente exemplos da terceira categoria. Os trabalhos de Shakir Ali, Ahmed Parvez, Zobeida Agha, Esmet Rahim, Ozir Zubi e Fyzee Rahamin representam aproximada­mente o melhor que poderia ser escolhido nas co­leções particulares e museus do país e podem dar uma idéia bastante acurada dos progressos da arte moderna no Paquistão. A mistura de realismo, cubismo, abstracionismo, surrealismo e, no caso de Fyzee Rahamin, de pintura Mughal é um índício da inquietação dos pintores paquistanianos e da cavacidade dos mesmos vara absorver várias· ten­dincias artísticas modernas conquanto conservan­do suas próprias personalidades indi1;iduais.

AMJAD ALI

pintura

ZUBEIDA AGHA (1922)

1 PAISAGEM COM DUAS FIGURAS. 40 x 30.

SHAKIR ALI (1916)

2 NATUREZA MORTA, 1954. 47 x 57. 3 TOURO. 53 x 53.

AHMED PARVEZ (1926)

4 NATUREZA MORTA COM ESTATUA. 63 x 45. 5 MULHER EM VERDE. 61 x 45.

FYZEE RAHAMIN (1880)

6 KANHARA, MELODIA INDIANA. Aquarela. 58 x 40. Rifat Museum, Aiwané.

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PAQUISTÃO

7 SONHO DE RAJPUT. Aquarela. 57 x 40. Rifat Museum, Aiwané.

ESMET RAHIM

8 COOLIES DE SIMLA, 1950. 50 x 62,5. 9 MOÇA DE MADRAS, 1952. 32 x 42.

10 ME.\'INOS DA NÚBIA, 1&'~;2. 28 x 45.

OZIR ZUBHI

11 SEM TiTULO. óleo sôbre papelão. 50 x 31. 12 SEM TíTULO. Aquare·a. 37 x 30.

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PARAGUAI DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO CENTRO DE ARTISTAS PLÁSTICOS DO PARAGUAI, ASSUNÇÃO

COMISSÁRIO: H. GAMARRA FRUTOS

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Obedecendo às normas que orientam a sua arte, volta o Paraguai à Bienal com uma contri­

buição em que se apresenta a técnica adotada para alcançar uma estruturação mais definida. Com muitos pontos de contacto com as inquietações estéticas do momento, os valores plásticos são con­siderados segundo uma interpretação que permite maior compreensão da linguagem das experiências em vista da homogeneidade do conjunto.

DANIEL ARENA

pintura

JAIME BESTARD (1892)

1 ° HOMEM DO BUMBO, 1954. 98 x 79.

HERMINIO CAMARA FRUTOS (1912)

2 OS MÚSICOS, 1954. 75 x 65.

OFELIA E. VERA DE KUNOS (1910)

3 PARICIO, 1954. 84 x 63.

ALDO EDUARDO DELPINO COMIGLIANO (1939)

4 VISÃO NOTURNA, 1955. 81 x 51.

ADAM KUNOS (1893)

5 INTERVALO, 1955. 77 x 68.

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PARAGUAI

LUIS TORANZOS (1911)

6 LARANJEIRA, 1955. 94 x 79.

desenho

FIORELLO BOTTI (1921)

1 MATERNIDADE, 1955. Nanquim. 48 x 42.

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PORTUGAL DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO SECRE­TARIADO NACIONAL DA INFORMA­çÃO, CULTURA POPULAR E TURISMO.

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P o R T U G A L

pintura

CARLOS BOTELHO

1 COMPOSIÇÃO N.o 1. 162 x 97.

2 COMPOSIÇÃO N.o 2. 162 x 130.

3 COMPOSIÇÃO N.o 3. 162 x 97.

'" DIA DE SOL N.o 1. 73 x 54.

5 DIA DE SOL N.o 2. 72 x 60.

6 VôO DE PASSARO. 72 x 55.

7 VISTA DO PORTO. 127 x 107.

8 ALENTEJO. 93 x 65.

9 EVORA. 95 x 85.

10 RETRATOS. 80 x 60.

11 CAVALOS. 55 x 46.

12 CASAS DE MALAKOFF. 65 x

13 JOGO DE DAMAS. 116 x 105.

DORDIO GOMES

65.

ABEL MANTA

14 PINHEIROS DE COLARES" 71 x 60.

15 SÃO MIGUEL, ALFAMA. 58 x 48.

16 NATUREZA MORTA. 60 x 50.

17 MULHER DE NAZARETH. 58 x 48.

18 TRECHO DE LISBOA. 76 x 65.

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P o R T U G A L

EDUARDO VIANA

19 A VIOLA. 163 x 126.

20 A PONTE NO PORTO. 133 x 120.

21 NU. 146 x 96.

22 RAPARIGA À JANELA. 100 x 80.

23 NATUREZA MORTA. 106 x 90.

24 POUSADA DE CIGANOS. 115 x 86.

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REPÚBLICA DOMINICANA DELEGAÇÃO DOMINICANA ORGANIZADA PELA SECRE­TARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO E BELAS ARTES DA REPÚBLICA DOMINICANA. COMISSÁRIO: LUIS RUIZ

TRUJILLO

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REPÚBLICA DOMINICANA

pintura

MOUNIA L. ANDRES (1908)

1 DEVOÇÃO, 1953. óIeo sôbre cartão.

2 "ECCE HOMO", 1953. óleo sôbre cartão.

JAIME G. COLSON

3 FANTASIA NEGRA, 1955.

JOSE FULOP (1898)

4 15 DE SETEMBRO, 1954. óleo sôbre madeira.

5 20 DE SETEMBRO, 1954. óleo sôbre madeira.

JOSE GAUSACH ARMENGOL (1889)

6 REUNIAO, 1955.

7 "MANIGUA PARTI", 1955.

LILIANA GARCíA (1923)

8 NEGRINHA MEDITANDO, 1955.

GILBERTO HERNANDEZ ORTEGA

9 "COJOBA", 1954.

CLARA LEDESMA

10 COMPOSIÇÃO, 1955. óleo sôbre cartão.

241

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REPÚBLICA DOMINICANA ----------------------------------------

EDUARDO MARTINEZ UBAGO

11 ° FEITICEIRO, 1955. óleo sôbre madeira.

ELEGIO PICHARDO (1923)

12 CRIANÇAS E BOLAS, 1954.

JOSE VELA ZANETTI (1913)

13 TAMBORILEIRO, 1955. Tinta SÔbre papel.

14 A VIRGEM E A CRIANÇA, 1955. Tinta sôbre papel.

escultura

ANTONIO PRATS VENTOS (1925)

1 DUENDE, 1955. Madeira entalhada.

242

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s u ç A DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO DEPARTA­MENTO FEDERAL DO INTERIOR DA SUIÇA

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F oi com grande satisfação que a Suíça aceitou o convite para apresentar pela segunda vez

- e com a ênfase que não lhe foi possível na I Bienal de São Paulo - a obra de Sophie Taeuber­Arp. Não é apenas a sua participação no "dadaís­mo" de Zurique, que faz dessa extraordinária mu­lher um dos pioneiros da arte moderna; já em 1916 - num paralelo surpreendente, mas independente do grupo "Stijl" - ataca ela os problemas da arte concreta. Sua pintura e obra gráfica, assim como os relêvos, decorações interiores e desenhos para tecidos, constituem a expressão de uma personali­dade sempre criadora, intensamente clara e har­mônica. Dois outros artistas também estão representados. Seus desenhos e gravuras refletem em parte a po­sição mediterrânea da Suíça no coração da Europa. Alois Carigiet - oriundo do país _ dos passos e des·· filadeiros do Grisão - alia ao espírito de comédia veneziano o conteúdo poético do panteísmo nórdico. Hans Fischer, que, a exemplo de Klee, nasceu e se educou em Berna, descobre nas máscaras alpinas as suas origens pagãs, satânicas, e, sem esfôrço, atinge no surrealismo a sua real fôrça simbólica.

1

HEINZ KELLER Conservador do Museu de Arte de Wínter­thur e Membro de Arte da Federação Suíça

Sala especial

SOPHIE TAEUBER ARP (1889 - 1943)

pintura

MANCHAS GRUPOS 37,5 x 28.

QUADRANGULARES DE PERSONAGENS,

245

EVOOANDO 19ZO. Guache.

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s u ç A

2 MANCHAS QUADRANGULARES EVOCANDO E

ENQUADRANDO PERSONAGENS, 1920. Guache.

28 x 40,7.

3 MANCHAS QUADRANGULARES POLI CROMAS DENSAS, 1920. Guache. 36,8 x 27.

4 MANCHAS QUADRANGULARES POLICROMAS DENSAS, 1921. Guache. 25 x 34,2.

5 COMPOSIÇÃO SIM~RICA (MAQUETE), 1922. óleo sõbre pavatex.

6 7

MOTIVO ABSTRATO, 1925.

AUBETTE (cOMPOSIÇÃO

Guache. 27,8 x 23.

VERTICAL-HORI-ZONTAL), 1927. óleo sõbre pavatex. 63 x 60,2.

8 AUBETTE (COMPOSIÇAO VERTICAL-HORI-ZONTAL), 1927. óleo sõbre pavatex. 61,4 x 76,8.

9 AUBETTE (COMPOSIÇÃO VERTICAL-HORI­ZONTAL), 1927. óleo sõbre pavatex. 111 x 43,9.

10 AUBETTE (COMPOSIÇÃO VERTICAL-HORI-ZONTAL), 1927. óleo sõbre pavatex. 2'2,1 x 24,7.

11 AUBETTE (COMPOSIÇAO VERTICAL-HORI­ZONTAL), 1927. óleo sõbre pavatex. 55,4 x 3'.>,6.

12 AUBETTE (COMPOSIÇÃO VERTICAL-HORI­ZONTAL), 1927. óleo sõbre pavatex. 30,2 x 60,6.

13 COMPOSIÇÃO VERTICAL-HORIZONTAL COM

LINHAS BRANCAS, 1928. Guache. 14,5 x 54,5.

14 COMPOSIÇÃO COM COMPAS E RETANGULOS, 1930. 64 x 53.

15 COMPOSIÇAO COM RETANGULOS E CíR­CULOS, 1931. 64,7 x 9:&:.

16 COMPOSIÇÃO COM CINCO CíRCULOS, QUA­DRADO E RETANGULO, 1931. 33 x 41.

246

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5 U ç A

1'7 PLANOS E CRUZES, 1931. Ripolin sobre tela.

18 CRUZ QUEBRADA ENTRE DIAGONAIS, 1932.

Guache. 29,3 x 25,1.

19 FITAS, CíRCULOS E LINHAS, 1932. Guache.

23,5 x 34,5.

20 SEIS ESPAÇOS COM CRUZ, 1932. Guache. 28,5

x 42.6.

21 COMPOSIÇAO ESQUEMATICA, 1933. óleo SObl\~

pavatex. 109,7 x 135.

22 COMPOSIÇAO ESQUEMATICA, 1933. Óleo sobre

pavatex. 89,7 x 125.

23 COMPOSIÇAO ESQUEMATICA, 1933. Guache.

36 x 46.

24 COMPOSIÇAO ESQUEMATICA, 1933. Guache.

36 x 47,8.

25 COMPOSIÇAO ESQUEMATICA, 1933. Guache.

33,9 x 46.

26 COMPOSIÇAO COM CíRCULOS, 1934. Guache. 23;'> x 32,7.

27 ESGALAMENTO, 1934. 65 x 50.

23 COMPOSIÇAO, 1934. Guache. 33,6 x 24.8.

29 PLANOS PROFILADOS EM CURVAS E PLANO, 1935. Guache. 34 x 24,9.

30 PLANOS E FITAS, 1935. Guache. 34,4 x 25,3.

31 O VASO, 1935. óleo sobre madeira (relêvo). 87 x 65.

32 COMPOSIÇAO DENTRO DE UM CíRCULO CIN­ZENTO, 1936. Guache. 25 x 34.

247

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S U i ç A

33 COMPOSIÇAO COM VOLUTAS, 1938. Guache.

34,4 x 25,4.

34 COMPOSIÇAO DENTRO DE UM CíRCULO, 1938.

Guacho. 34 x 26,3.

35 GUARDA-SOL, 1938. óleo sobre madeira (relê­

vo). 88.2 x 63,2.

36 REL1l:VO RETANGULAR COM CíRCULOS RE­

CORTADOS, QUADRADOS PINTADOS E RE­

CORTADOS, CUBOS E GILINDROS EM EVI­

D1l:NCIA, 1938. óleo sobre madeira. 65 x 55.

37 CONCHAS, 1938. óleo sobre madeira (relêvo).

88,1 x 63,2.

38 DOZE ESPAÇOS, 1939. 80,5 x 116.

39 LINHAS DE VERAO, 194Z. óleo sobre pape'ão.

44,8 x 36,8.

40 CONSTRUÇAO - ELEMENTO DE CíRCULO,

1942. óleo sobre pavatex.

41 CONSTRUÇAO CíRCULO QUE CANTA,

1942. óleo sobre pavatex.

desenho

1 LINHAS GEOMÉTRICAS E ONDULANTES, 1941.

Lapis colorido. 39,''> x 49.5.

2 LINHAS RETAS CRUZADAS E FRAGMENTOS

DE CRUZ, 1941. 28,5 x 34,5.

3-4 MARIONETES. Por volta de 1918. Fotografias.

248

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S U f ç A

5 MARIONETES. Por volta de 1918. Album de li­

togra,fjas de Jean Arp, Sonia Delaunay, Alberto Magnelli, Sophie Taeuber-Arp. Edição "Aux Nour­ritures Célestes", 1950.

SALA GERAL

desenho

ALOIS CARIGIET (1902)

1 PAISAGEM COM MONTANHAS. Bico de pena. 51 x 67,8.

2 A CEIFADORA. Bico d·e pena. 68 x 51,5. 3 ANIMAIS (LAMENTOS SILENOIOSOS). 36 x 49,5. 4 CEPO DE ARVORE. Desenho e aquarela. 28,5

x 39. 5 DA 'RIQUEZA TERRESTRE. 71,7 x 40,7.

HANS FISCHER (1909)

6 OS MONSTROS MARAVILHOSOS I, 1950. Nan­quim. 29.7 x 60,6.

7 DEMôNIOS COM ADORNOS, 1951. Nanquim. 46.3 x 30.

8 FIGURA ESTRANHA, 1951. Nanquim. 63,2 x 37,5. 9 O GUARDA DO DESCONHECIDO, 1952. Nan­

quim. 34 x 24,5.

gravura

ALOIS CARIGIET (1902)

1 DANSA. Litografia colorida. 55,5 x 41.2.

249

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5 U ç A

2 AVE DE RAPINA. LitogI'.'!fia c:>lcrida. 88 x 70.

3 CIRCO. Litcgrafia colorida. 82 x 71.

4 CIRCO. Litografia colorida. 102,5 x 78,5.

5 CAVALEIRO DE SYLT. Litografia colorida. 82.5

x 97.

HANS FISCHER (1909)

6 CORTEJO INFERNAL. 1947. Litografia. 33.7 x 48.

grafia. 44.5 x 61.8.

7 OS MONSTROS MARAVILHOSOS I. 1950. Lito­

grafia. 44,5 x 61,8.

8 CORTEJO DE MASCARAS, 1951. Agua-forte.

38,4 x 56,3.

9 PALHAçoS OOM GUIZOS. 1951. Litografia.

56.5 x 76.5.

10 ANO NOVO EM URNASCH. 1951. Litografia.

51,4 x 71,8.

11 TR1!:S FIGURAS ESTRANHAS. 1952. Litografia. 60.5 x 36.

12 TR1!:S MONSTROS MARAVILHOSOS. 1952. Lito-

grafia. 95.5 x 6''>.3.

13 CARDUME. 1954. Litografia. 54,9 x 75.5.

14 PESCADOR. 1954. Litografia colorida. 78,9 x 38.5.

15 O PEIXE DAS PROFUNDEZAS. 1955. Litografia.

54.4 x 78.2.

16 O GATO E A PÉROLA. ILUSTRAÇAO PARA AS

FABULAS DE LA FONTAINE. Litografia. 26 x 19.2.

250

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5 U ç A

17 O GALO E A RAPOSA, ILUSTRAÇAO PARA AS FABULAS DE LA FONTAINE. Litografia. 26,4

x 36,4.

18 A RAPOSA E A CEGONHA, ILUSTRAÇAO PARA AS FABULAS DE LA FONTAlNE. Litografia. 13,3 x 19.

19 A RAPOSA E AS UVAS, ILUSTRAÇAO PARA AS FABULAS DE LA FONTAINE. Litografia. 26,1 x 19,3.

20 AS ORELHAS DA LEBRE. ILUSTRAÇAO PARA AS FABULAS DE LA FONTAINE. Litografia. 26,2 x 18,9.

21 O COMBATE DOS RATOS E DAS DONINHAS, ILUSTRAÇAO PARA AS FABULAS DE LA FON­TAINE. Litografia. 26,5 x 19,2.

22 MORCEGO, ESPINHOS E PASSARO AQUATICO, ILUSTRAÇAO PARA AS FABULAS DE ESOPO. Gravura sobre metal. 28,4 x 2:>,4.

23 O GATO E O GALO, ILUSTRAÇAO PARA AS FABULAS DE ESOPO. Gravura sobre metal. 26,7

x 18,8.

24 LAGOSTINS, ILUSTRAÇAO PARA AS FABULAS DE ESOPO. Gravura sôbre metal. 37,9 x 26,3.

251

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UNIÃO PANAMERICANA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO DEPARTAMENTO DE ASSUNTOS CULTURAIS DA UNIÃO PANAMERICANA, WASHINGTON D. C. COMISSÁRIO: JOSE' GOMES SICRE,

CHEFE DA SEÇÃO DE ARTES VISUAIS

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P ela primeira vez, a União Panamericana, como Secretaria Geral da Organização dos Estados

Americanos, apresenta uma seleção de obras de artistas da América que, por várias razões, não puderam participar das representações de seus reS­pectivos países. Temos assim, Roberto Matta do Chile, e Alejandro Obregón da Colombia, ambos residentes na França; o cubano José Ignacio Bermúdez que vive atual­mente nos Estados Unidos; o desenhista mexicano José Luis Cuevas e o arquiteto e pintor cubano Hugo Consuegra, que não participam das delega­ções de seus países; e por último, o pintor e gra­vador chileno, Carlos Faz, tràgicamente falecido há pouco mais de um ano, o qual tinha deixado em poder da União Panamericana alguns exemplares de seus trabalhos gráficos, afim de serem incluídos na passada Bienal, o que não foi possível. Com êste grupo, a União Panamericana inicia uma secçiÍo permanente no quadro da Bienal de São Paulo, com o escopo de apresentar personalidades de artistas que merecem figurar neste aconteci­mento de importância sem igual na América. A seleção acolhe diversas tendências da arte contem­porânea, desde o surrealismo e expressionismo até os jogos livres de formas não objetivas. Desta maneira, por intermédio da União Paname­ricana, os artistas contemporâneos do continente têm mais uma tribuna de onde transmitir sua mensagem plástica.

JOSE' GOMES SICRE

Chefe da Seçõo de Arfes Visuais

255

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UNIÃO PANAMERICANA

pintura

ROBERTO MATTA (1912) - CHILE

1 BRAÇOS ABERTOS COMO OLHOS ABERTOS, 1953. 208,2 x 304,8.

2 DOADOR AO AMANHECER, 1954. 205,5 x 307,3. 3 BRUXA DO AREAL, 1954. 205,7 x 208,3. 4 AÇÃO DE GRAÇAS, 1954. 208,2 x 304,8.

ALEJANDRO OBREGON (1920) - COLOMBIA 5 NATUREZA MORTA. 130 x 97. 6 SíMBOLOS. 130 x 89.

desenho

JOSÉ IGNACIO BERMUDEZ (1922) - CUBA

1 MULHERES COM PASSARO, 1955. 76,5 x 87. 2 MULHERES COM GUITARRA, 1955. 76,5 x 87. 3 VARIAÇãO SOBRE O CHIN1!:S DO JOGO DO

BICHO I, 1955. 89 x 71,5. 4 VARIAÇãO SOBRE O CHIN1!:S DO JOGO DO

BICHO H, 1955. 89 x 71,5. 5 VARIAÇãO SOBRE O CHIN1!:S DO JOGO DO

BICHO IH, 1955. 89 x 71,5.

HUGO CONSUEGRA (1929) - CUBA

6 FORMAS NO ESPAÇO I, 1955. 61 x 5I. 7 FORMAS NO ESPAÇO lI, 1955. 51 x 61. 8 FORMAS NO ESPAÇO III, 1955. 61 x 51. 9 FORMAS NO ESPAÇO IV, 1955. 61 x 51.

256

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UNIÃO PANAM.ERICANA

10 FORMAS NO ESPAÇO V, 1955. 61 x 51.

11 FORMAS NO ESPAÇO VI, 1955. 61 x 51.

JOSÉ LUIS CUEVAS (1933) - MÉXICO

12 CAMISA DE FORÇA, 1954.

13 LOUCO, 1954.

H ESPIRIT AS, 1955.

15 NINFOMANA I, 1955.

16 NINFOMANA lI, 1955.

gravura

CARLOS FAZ (1931-1954) -- CHILE

1 NOTURNO, 1953. 68,5 x 76. União Pan-Americana, Washington D. C.

2 A MORTE ESTA NA PRAÇA, 1953. 75 x 88. União Pan-Americana, Washington D. C.

3 ENTERRO, 1953. 63,5 x 44. União Pan-Americana, Washington D. C.

257

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URUGUAf DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA COMISSÃO NACIONAL DE BELAS ARTES DO URUGUAI

COMISSÁRIO: RAUL LERENA ACEVEDO

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E sta seleção de pinturas, esculturas, desenhos e gravuras que a Comissão Nacional de Belas

Artes do Uruguai envia em missão cordial de afeto e solidariedade a seus irmãos do norte - pela li­mitação do espaço determinada pelas autoridades da III Bienal - não chega a revelar o verdadeiro panorama das artes plásticas de nosso país, no alto nível que já alcançou e na variedade de ex­pressões conquistadas. Êste envio é integrado por quarenta obras, e em virtude do caráter de atualidade exigido pelo re­gulamento do certame, não foi possível incluir os nomes de grandes e prestigiosos pintores nacionais que, alheios às novas tendências, possuem uma obra sólida, firme e pessoal e capaz de marcar uma etapa no desenvolvimento artístico e cultural do Uruguai. ' Êste conjunto reune sàmente quinze artistas, al­guns deles possuidores de claro talento e que, ape­sar da juventude, já ocupam lugar importante den­tro das mais ousadas e originais tendências mo­dernas. Com êste envio é apresentada uma parte da reali­dade das artes plásticas do Uruguai, afirmando-se - no grande concêrto das nações que se reunirão em São Paulo - os sentimentos de amiz:Lde em relação ao povo do Brasil e aos outros povos livres do mundo.

RAUL LERENA ACEVEDO

pintura

NORBERTO BERDlA (1900)

1 MENSAGEM EM CINZA E BRANCO, 1953. 75 x 62.

2 ESPAÇO DINAMICO, 1953. 93 x 58.

3 SõBRE CINZA VIOLETA, 1954. 73 x 60.

261

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URUGUAI

JOSÉ P. COSTIGLIOLO (1902)

4 COMPOSIÇÃO, 1954. Laoa com piroxiliria. 99'·x 78.

5 COMPOSIÇÃO, 1954. Laca com piroxilina. 161 x 119.

6 COMPOSIÇÃO, 1955. Laca com piroxilina. 163 x 113.

MARIA ROSA DE FERRARI (1920)

7 NATUREZA MORTA, 1951. 60 x 70. 8 FIGURA, 1951. 80 x 100.

9 A LÃMPADA, 1952. 60 x 70.

MARIA FREIRE (1919)

10 COMPOSIÇÃO, 1954. Esmalte sintético. 123 x 93. 11 COMPOSIÇÃO, 1954. Laca com piroxilina. 117 x 82.

12 COMPOSIÇÃO, 1954. Laca com piroxilina. 180 x 119.

ANTONIO LLORENS (1920)

13 COMPOSIÇÃO N.o 3, 1955. Esmalte sôbre chapa sintética. 82 x 118.

14 COMPOSIÇÃO N.o 4, 1955. Esmalte sôbre madeira. 43 x 67.

15 COMPOSIÇÃO N.o 5, 1955. Esmalte sôbre chapa dura. 43 x 67.

VICENTE MARTIN (1911)

16 COMPOSIÇÃO 546. 102 x 72. 17 COMPOSIÇÃO 555. 70 x 94.

18 COMPOSIÇÃO 550. 102 x 67.

262

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URUGUAI

LEANDRO SILVA DELGADO (1930)

19 PINTURA, 1955. 99 x 83.

LUIS A. SOLARI (1918)

20 O BURRO, 1950.

21 MASCARA COM PELES, 1953. 56 x 67.

AMÉRICO SPOSITO (1924)

22 PINTURA, 1954. Têmpera. 95 x 75.

23 PINTURA, 1954. Têmpera. 95 x 75.

JULIO VERDIE (1900)

24 CALIPÉDIA N.o 1, 11151. 38 x 48.

25 CALIPÉDIA N.o 2, 1951. 50 x 61.

26 CALIPÉDIA N,0 3, 1951. 48 x 65.

escultura

MARIA FRElItE (1919)

1 PROJETO DE FAROL PARA UM AEROPORTO, 1955. Ferro cromado.

2 ESTRUTURA FRONTAL, 1955. Bronze.

SALUSTIANO PINTOS (1905)

3 CONCENTRAÇAO EM PRISMA, 1954. Pedra.

263

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URUGUAI

desenho

LUIS A. SOLARI (1918)

1 MASCARA NO ESPELHO, 1953. Monocopia. 44 x 66.

2 GAÚCHO, 1954. Monocopi'a. 85 x 72.

ELIZABETH THOMPSON (1930)

3 FIGURA, 1952. Carvão, tinta e verniz. 69 x 87. 4 COMPOSIÇÃO, 1953. Carvão. 57 x 69. 5 DUAS FIGURAS. 1955. Carvão. 97 x 79.

TEREZA VILA (1931)

6 COMPOSIÇÃO N.o 1, 1955. Nanquim. 59 x 47.

gravura

MARIA NOELIA FIERRO (1934)

1 FIGURAS, 1954. Litografia. 60 x 53. 2 MATERNIDADE, 1954. Litografia. 65 x 41.

OFELIA ONETO Y VIANA (1929)

3 FIGURA, 1954. Litografia. 73 x 57. 4 FIGURA, 1954. Litografia. 71 x 58.

TERESA VILA (1931)

5 GRAVURA N.o 1, 1954. Linogravura. 64 x 53.

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VENEZUELA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MUSEU DE BELAS ARTES, CARACAS COMISSÁRIO: GRAZIANO GASPARINI

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E mbora a Venezuela envie êste ano um maior número de artistas à Bienal, sofre a seleção

de falta de harmonia, conseqüência da carência de unidade espiritual das tendências heterogêneas que imperam atualmente no ambiente das artes plás­ticas, e de alguma confusão e incerteza entre al­guns pintores recém vindos à arte abstrata. De especial interêsse é o conjunto do recém-fale­cido Armando Reverón, o mais estimado, admira­do e acatado pintor da Venezuela deste século. A princípio, voltado para o impressionismo essen­cialmente objetivo, sem preocupações intelectuais, Reverón evolui mais tarde para o "Fauvismo", re­quintando sua maneira de pintar até chegar a uma extrema pureza colorística. Hector Poleo, que pre­para atualmente um grande mural para o edifício das Nações Unidas, volta à Bienal con três telas de um grafismo imaculado, em que evidencia a técnica depurada que o colocou entre os grandes mestres dêste continente. As duas telas de Oswaldo Vigas, de épocas diferentes, indicam sua evolução definitiva para o abstracionismo. Pelo contrário, Luis Guevara Moreno, depois de vários anos de disciplina abstrata em Paris, voltou à concepção representativa nas com;Josições em que se encon­tram bem distribuídos volumes e valores. Um novo nome, de indiscutível futuro é o de· Quintana Cas­tillo, que obtem novos efeitos transparentes, à ma­neira de metal esmaltado. Angel Hurtado consegue profundidade e mostra grande convicção e segu­rança de comwosição em suas telas abstratas. Sylva Moreno, atualmente na Europa, por ter ganho o ano passado o Prêmio Nacional de Pintura, é uma jovem artista, cuja firme ascenção lhe assegura um lugar certo na pintura da Venezuela. As obras de Sardá embora se ressintam da influência de Klee, possuem muita bela e agradável qualidade de matéria. O ítalo-venezuelano Graziano Gasparini, elemento importante na atualidade artística da Venezuela,

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VENEZUELA

pela sua preocupação e identificação com o am­biente da nova pátria, consegue em suas telas uma qualidade requintada de esmalte. Uma destas te­las, "A Viúva", possue profundo e sugestivo conteú­do dramático. O claro-escuro que êle emprega em "Mãe e filho" é de um realismo forte e dinâmico. As ligações com a chamada Escola de Paris são vi­síveis na obra de Magda Andrade, devido à sua longa permanência na França. Mário Abreu ma­nifesta numa tela sua pintura incandescente de autêntica personalidade. Lamentamos que não fi­gurem êste ano na seleção da Venezuela, alguns artistas plásticos de valor como Alejandro Otero, Mateo Manaure, Armando Barrios, Cruz Diez e ou­tros, alguns por se encontrarem em fase de tran­sição, os demais por terem concentrado suas ativi­dades na execução de murais. Um único escultor se apresenta à Bienal, Francisco Narváez, artista integral, considerado como valor máximo e autêntico da plástica em Venezuela.

JUAN ROHL

pintura

MARIO ABREU

1 NATIVIDADE. 197 x 116.

MAGDA ANDRADE (1912)

2 SERENATA. 65 x 53,5. Museu de Belas Artes.

MANUEL QUINTANA CASTILLO (1928)

3 CUPIRA. 146 x 70. 4 A VENDEDORA DE BALõES. 140 x 100.

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VENEZUELA

MARCOS CASTILLO (1899)

5 NATUREZA MORTA. 86,5 x 63. Museu de Belas Artes.

MARTIN L. FUNES (1919)

6 CAMPONESA. óleo sôbre cartão. 103 x 70. 7 TEMA CRIOLO. óleo sôbre cartão. 115 x 62. 8 O PRIMITIVO. 76 x 56.

MANUEL VICENTE GOMEZ (1918)

9 CABEÇA. 40 x 48.

GRAZIANO (1924)

10 TRAPICHE. óleo sôbre madeira. 72 x 89. 11 A REVOLUÇAO. óleo sôbre madeira. 72 x 89. 12 MAE. óleo sôbre madeira. 72 x 89.

LUIS GUEVARA MORENO

13 RESSURREIÇAO. 162 x 114. 14 A VISITA. 146 x 89.

ANGEL HURTADO

15 RITMOS DIAGONAIS. 130 x 88. 16 RITMOS NEGROS.i30 x 89.

HALYNA MAZEPA DE KOVAL (1910)

17 CASAS. 74 x 55. 18 AS PASTORAS. 80 x 54.

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VENEZUELA

RÉGULO PÉREZ

19 HOMEM FERIDO. 116 x 89.

HÉCTOR POLEO (1918)

20 PENTEADORAS. 88 x 66. 21 ADELIA. 73 x 91. 22 DIABOS DE IARE. 100 x 75.

ARMANDO REVERóN

23 CONTRALUZ. 148 x 120. Ministério da Educação, Caracas.

24 Nú. 141 x 105. Museu de Belas Artes, Cal'acas.

25 Nú. 128 x 105. Museu de Belas Artes; Caracas.

26 PAISAGEM. 85 x 66. Emba:ixada do Brasil, CaracaS.

ENRIQUE SARDA (1923)

27 FIGURA EM AZUL. óleo sôbre cartão. 96 x 70. 28 COMPOSIÇAO. óleo sôbre cartão. 71 x 51: 29 MENINA COM BOLAS. 83 x 67.

RAFAEL SYLVA MORENO (1926)

30 TAURINA. 81 x 63. 31 DOR. 112 x 70.

VIRGíLIO TRóMPIZ (1927)

32 GALOS. 96 x 61.

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VENEZUELA

OSWALDO VIGAS

33 MULHER. 100 x 58.

escultura

FRANCISCO NARV AEZ (1908)

1 TORSO DE MULHER. Pedra de Cumarebo. 44. 2 CABEÇA. Pedra de Cumarebo. 30.

desenho

OSWALDO VIGAS

1 COMPOSIÇãO. 83 x 60.

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VIET-NAM REPRESENTAÇÃO ORGAN I ZA­DA PELO PINTOR TRAN THO

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A presentando a obra destes dois artistas do Vietnam na Bienaf de Veneza, em 1954, disse

o crítico Guido Perocco: "a arte de Thy e Tho está nessa carga emotiva que êles sabem exprimir em seus melhores trabalhos com uma técnica que reflete a paciência oriental, a secreta adoração pelo fruto do próprio esfôrço, tornado criatura viva após longa maturação."

. Há mais: há, dignos de admiração, uma se.nsibili­dade extremamente fina e um sentido do desenho como se conhecem poucos na atualidade. E há, tam­bém, o que talvez constitua a maior qualidade de sua pintura..!.. uma indiscutível autenticidade. O êxito que tiveram êsses pintores em Veneza, e os comentários favoráveis que provocaram nos jornais do mundo inteiro, garantem-lhes grande repercus­são igualmente em São Paulo. Por outro lado, em se tratando de uma estreia em nossa Bienal, nada mais justo do que a acolher com simpatia e carinho.

SERGIO MILLlET

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pintura

LE THY (1919)

1. BUFALOS, 1947.

2 COLHEITA, 1948.

3 PAISAGEM DO VIET NAM, 1948.

4 MINHA ALDEIA, 1948.

5 BAMBUS, 1948.

6 PAISAGEM, 1949.

7 ESTUDO, 1954.

8 CAVALOS, 1954.

9 PAISAGEM, 1954.

10 PAISAGEM, 1955.

TRAN THO (1922)'

11 COLHEITA, 1948.

12 BATALHA NAVAL, 1948.

13 MOÇAS DO VIET NAM, 1948.

14 RETRATO DE MOÇA, 1952.

15 AMAZONAS, 1953.

16 CONCERTO AO AR LIVRE, 1953.

17 CARREGADORA, 1954.

18 DOIS MENINOS, 1954.

19 PAISAGEM, 1954.

20 PAISAGEM DO VIET NAM, 1955.

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ARQUITETURA ESCOLAS

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A creditarei nas Bienais de São Paulo, enquanto nelas não morrer de todo o estimulante espí­

rito de experimentação que as marcou desde a primeira hora. Se a própria arte moderna deverá encerrar seu ciclo vital para passar às páginas da história no dia em que perder seu car-áter de aven­tura criadora, assim deverá suceder também com as manifestações que se organizam para testemu­nhar as conquistas estéticas contemporâneas. Fe­lizmente, a Bienal de São Paulo em sua realização já se apresentou como um grande e feliz ensaio e, até hoje, mesmo sofrendo desfalecimento e revezes inevitáveis, ainda dispõe de uma parcela desse im­pulso de ousadia, de tentativa sempre a recomeçar, de renovação. Pouco importam quais sejam as cau­sas, desejadas ou aleatórias, que provoquem a cons­tante revisão em tais casos só não se admitiria a estagnação. A IIl.aExposição·lnternacional. de Arquitetura, porisso mesmo, merecerá atenção especial dacríti­ca, dos profissionais e do público. Pela terceira vez .' adota-se um diverso critério no reuni-la e, portanto, aí se encontrará mais uma experiên­cia para ser estudada e julgada. A primeira par­ticipação dos arquitetos na Bienal de São Pau­lo (1951) constituiu um verdadeiro passo na di­reção do desconhecido. Praticaram-no os seus or­ganizadores' apenas porque assim tinha a cer­teza de caminhar para a frente e, se recebe­ram a paga do importante acervo que Dante Paglia ("Arquitetura na Bienal de São Paulo', ed. EDIAM) documentou, é porque suas provi­sões, na aparência demasiada otimista, corres­pondiam à verdadeira feição e vigor da criação arquitetônica de nossos dias. Sôbre tal base orga­nizou-se segunda manifestação (1953) que, pelo nú­mero de trabalhos apresentados e sobretudo pelo seu alto nível qualitativo, constituiu, para o Brasil, a mais expressiva representação da arquitetura mo­derna em seu constante progresso formal e espi­ritual. Chegamos agora à terceira etapa.

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Já nos primeiros trabalhos preparatórios, os ar­quitetos reclamaram contra a escassez de tempo re­sultante do ajuste do calendário da 11 Bienal ao das Comemorações do IV Centenário de São Paulo, do que resultaram, na prática, apenas dezoito me­ses de intervalo entre aquela e a atual manifesta­ção -- propuseram, em consequência, que o setor da arquitetura se resumisse, desta feita, tão-só à Competição entre as escolas. Muitos reparos po­dem, sem dúvida, ser levantados a essa decisão dos arquitetos brasileiros, sobretudo por fundar-se na generalização de sua situação particular. Tal é meu modo de ver pessoal, mas ainda assim julgo que a 111 Exposição Internacional de Arquitetura não terá, porisso, menor interêsse e significação Desta vez, não veremos o que em determinado instante os arquitetos estão criando, nos "ateliers" de todo mundo, para atender às solicitações econô­micas, sociais e estéticas do homem moderno. Mas, se nos falta essa imagem presente da arquitetura a fazer-se, teremos renovada e ampliada aquela pre­visão do futuro próximo que, já na exposição an­terior, era tão eloquente nos projetos enviados pelos alunos das escolas dos mais diversos países. Reu­nidos em grupos de trabalho e atendendo todos eles a um mesmo problema previamente formulado, os arquitetos de amanhã de tal sorte encontram oca­sião de exprimir, na convergência frutuosa dum encontro internacional, suas tendências e suas as­pirações. Cerca de cinquenta escolas, representan­do trinta países se reunem em São Paulo para apresentar-nos as promessas da nova geração que, em breve, deverá substituir os grandes pioneiros da renovação arquitetônica e seus atuais consolida­dores. Basta-me tal perspectiva para continuar acreditando na Exposição Internacional de Arqui­tetura e, portanto, na Bienal de São Paulo.

LOURIVAL GOMES MACHADO

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ARQUITETURA

AFRlCA DO SUL

Escola de Arquitetura da Universidade de Cape Town. Diretor: Professor L. W. Thornton White, F.R.I.B.A. Autores: Margaret Clare Barry (1932), Lloyd Rollo Dickson (1933), Norman Murray Crawford Osham (1930), Avra Jacqueline Margolis (1928), lan Marshall (933), J·~hn D'Urban Tyrwhitt-Drake (1929).

ALEMANHA

Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Berlim. Diretor: Professor Jarlich Wechsenlnde Leitung. Autores: Helga Florreck (1929), Gunter Grasme (1928) Lothar Juckel (1929), Peter Kinzel (1929) .

AUSTRlA

Seção de Arquitetura da Academia de Belas Artes do Professor Holzmeister de Viena. Diretor: Professor Dr. Clemens Holzmeister. Autores: Hermann Liebl (932), Hans Peter Trimbacher (1933), Friedrich Wierer (1932), Huald Woisetschlaeger (931).

Seção de Arquitetura da Academia de Belas Artes do Professor Walzenbacher de Viéna. Diretor: Professor Lois Welzenbacher. AutoreS: Richard Gach (1930), Alfred Podgorscher (1926), Bernhard Weckmann (1931).

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ARQUITETURA

BÉLGICA

Instituto Nacional Superior de Arquitetura e Urbanismo, Anvers. Diretor: J. Lawers. Autor: Rob~rt Van Kolen.

Escola Nacional Superior de Arquitetura e de Artes Deco­rativas, Bruxelas. Diretor: Professor Léon Stijnen. Autor: Castellani Enrico (1930).

Academia Real de Belas Artes, Gand. Diretor: Geo. Bon­tinck. Autores: Jacques Aelterman (1930), Henri Bundervoet (1932), Marguerite De Smet (1933) Hippo­liet De Troyer (1931), Willy Peynsaert (1933), René Pijcke (1931), Omer Thijs (1931), Loys Vervenne (1932) .

Instituto Superior de Arquitetura e de Artes Aplicadas "Saint-Luc", Gang. Diretor: Maurice MelEens. Au­torec: Alunos do 5.° ano.

Academia Real dz Ee,as Artes e Instituto Superior de Arquitetura, Liege. Diretor: Jos. Moutschen. Au­tores: Au.gustiún Albertz, Camille Ghysen, Eugene Avraam, Jacques Gillard, Pierre Dessart, Jacques Gillet, Joseph Disteche, Gérard Lequeux, Charles Dumont, Paul Luja, Emile Franssen, Jean-Jacques Mommaels, Pierre Pertrand.

Escolas Especiais de Engenheiros Civis, Seção de Arqui­tetura da Universidade Católica de Louvain. Diretor: Geores Pepermans e Paul Felix. Autores: Herman Denekens (1929), Serge Guislain (1931), Alphonse Pauwels (1928), Octave Van Severen (1931).

Escola "Saint-Luc", Tornai. Diretor: Jean Pierre Stom:. Autores: Ephrem Baeyens (934), José Brackman

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ARQUITETURA

(1932), Michel Cornil (1932), Albert Creteur (1933), Marcel Delgutte (1933), Claude Haillez 1931), Michel Laurent (1925), André Pot (1930), André Redant (1932), Robert Schotte (1930).

BRASIL

Escola de Arquitetura da Universidade de Minas Gerais, Belo Horizonte. Diretor: Professor Anibal Mattos. Autores: Deisi Ottoni Barbosa (1933), Ernesto Vargas Caroso (1929), Rodrigo Araujo Moreira (1931), Hil­mar Tcscano Rios (1931).

Faculdade de Arquitetura da Universidade do Rio Grande do Sul, POTtoAlegre. Diretor: Professor Dr. Ney Chrysostomo da Costa. Autores: Claudio Araujo (1931), Carlos A. Mancuso (1930), Nelson Petzold (1931), Pedro yelloSQ. (1930).

Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil, Rio de Janeiro, D. F. Diretor: Professor Arq. Lucas Mayerhofer. Autores: João José Silva Costa (1931), José Liberal de Castro (1926), Elder Rocha

Lima (1928), Paulo dos Santos (1923), Dinaise Vieira (1928).

Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie, São Paulo. Diretor: Dr. Christiano S. das Neves. Autores: Henrique Signore Sadccco (1931), Sylvio Sand3.11 Pires (1930>-

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Diretor: Lysandro Mele Pereira da Silva. Autores: Heitor Ferreira de Souza (1931), Ubirajara Gonçalves Gilioli (1932), Araken Marti­nho (1932), Mário Alfredo Reginato (1931).

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ARQUITETURA

BOLíVIA

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade maior de "San Andrés", La Paz. Diretor: Arq. Al­berto Iturralde Ievy. Autores: Raul Loai211. Ayrosa (1928), Roberto Mercado Barrenechea (1931), Ronald Caballero Byrne (1930), Jorge Prudencio Cosio (1926), CarIes Rimass:t Mercado (1931), José Lopez. Silveti (1925).

CHILE

Faculdade de Arquitetura da Universidade Católica do, Chile, Santiago. Diretor: Sergio Larrain Garcia Mo-. reno. Autores: Urbano Gonzalez Llano (1929), F'er­nando Domeko Pérez (1930), Jorge Ebner, Pinochet (1930) .

COLôMBIA

Faculdade de Arquitetura da Universidade Nacional da, Colômbia, Bogotá. Diretor: Arq. Hernando Pizón. Isazl. Autores: Guillermo Avendafio, Rene Corra.-. dine, Manuel Delgado, Manuel Isaza, Roberto Lon-_ dono, Cristian Quintero, Ricardo Velasqui~.

CUBA

Escola de Arquitetura da Universidade de Havana, Dire- . tor: Arq. Roberto Chom:tt Begueríe. Autores; Mário

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ARQUITETURA

Lens Alons:>, Isae Shklar Aizenberg (1933), Enrique Fuentes CaboderilJa, José Feo. deI a Torre Gonzáles 193-:», Jorge deI Rio Ferrer (1933), Serafín Leal Otano (1932).

DINAMARCA

Escola de Arquitetura da Academia Real de Belas· Artes,

Copenhague. Diretor: Professor Steen Eiler Ras­mussen. Autores: Mogens Suhr Andersen (1928),

Henrik Gomersen (1928), Knud Helmuth Holseher (1930), Hanne Dam Kjmrholm (1930), Erik Korsha­gen (1926), Ole Drayer Madsen (1929).

ESPANHA

Escola Superior de Arquitetura de Barcelona. Diretor: Dr. Amadeo Llopart Vilalta. Autores. V. Aliena (1928), J. Barangé (1928), R. Canosa (1926), J. Casas (1926), J. Duixans (1928), R. Eehaide (1923), P. Ma­rieges (1925), L. Martín Nieto (1924), J. Martin P. (1927); J. Masgrau (1928), V. Minguez (1920), A. Piera (1928), P. Puigdefabregas (1926), J. Silos (1924), V. Sorribas (1925), F. Subias (1926), J. Villalonga (1929).

Escola Superior de Arq.uitetura de Madrid. Diretor: Dr. Mcdesto López Otero. Autores: Antonio Vazquez de Cas~ro 1929), Rafael Leoz de la Fuente (1921), Joa­quim Ruiz Hervás (1926), José Luiz Ifiiguez de Onzono (927), Pablo Pintado y Riva (1924), Jesús Martitegui Zuzurraga (1927).

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ARQUITETURA

ESTADOS UNIDOS

Departamento de Arte e Arquitetura da Univesidade de Stanford, Califórnia. Diretor: R. N. Faulkner. Au­tores: Dorothy Aldrich, George GaUa, David Hoede­makre, Louis Machado, Charles Match3.m, Robert Mattenson. Robert Morris, Dan Osborne, Robert Peterson, Zach Stewart, Harvey WeUs.

Departamento de Arquitetura da Universidade de Illi­nois, Urbana. Diretor: Alan K. Laing. Autores: M. S. Bittner (1929), J. L. Caron (1928), R. D. Chaney (1928), R. L. Dirsmith (1932), D. R. Engblad (1930), W. E. Green (1930), T. E. Kurz (1929), R. G. Lindgoot (1929), J. K. Maeda (1928), Mc. Cleary (1930), R. E. Nevava (1929), M. B. Shaffer (1931), E. S. Swensson (1930), D. E. Sporleder (1929), P. C. Woo (1925), A.

Zemaitis (1932>.

Escola Superior de Desenho da Universidade de Barvard, Cambridge, Massachusetts. Diretor: Professor José Luis 8ert. Autores: Martim Bloom (1927), John Frey (1930), Martin Growald (1930), Robert Welz (1929).

Departamento de Arquitetura da Academia de Arte de CranbTook, Bloomfield Bills, Michigan. Diretor: Ro­bôTt H. Snyder. Autor: Lert Urasyanandana.

Escola de Arquiletura do Instituto de Tecnologia da Universidade de Minnesota, Minneapolis. Diretor: Professor Ralph Rapson. Autores: Theodore 'Butler (1930), Dennis Grebhner (1932), George McGuire (1932), Dcnald Sheldon (1929).

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AKVUITETURA

Escola de Arquitetura do Pratt Institute, New York, N. Y. Diretor: Olindo Grossi. Autores: Henry Loheae (1932), Roger Parker (1932), Frank Pisani (1931), Mi­

ehael Savoia (1932).

Escola de. Desenho do North Caroline State College, Raleigh. Diretor: Henry L. Kamphoefner. Autores: Robert P. Burns Jr. (1933), Bert Ellentuek (1929), Edwin F. Harris Jr. (1934), Rober Montgomery (1925), Robert B. Tueker (1932), James S. Tuley (1930), Edi-

son J. Willis Jr. (1928).

Departamento de Arquitetura do Rice Institute, Houston, Texas. Diretor: Robert F. Lent. Autores: Albert Marsh (1930), Charles Tapley (1932).

Escola de Engenharia e Arquitetura da Universidade de Howard, Washington D. C. Diretor: Granville W. Hurley. Autores: William Hieks (1931), Richard Lawrenee (1926), Preston Meore (1932).

FILIPINAS

Escola de Arquitetura e Urbanismo do Instituto de Tec­nOlogia de Mapua, Manila. Diretor:· Cesar Homero Coneio. Autores: Com'ado P. Antoni.o (1924), Wini­fredo M. Baking (1921), Isagani C. Bautista (1921), Renato S. Berroya (1934), Claro B. Cruz (1931), Aris­tides Q. Dela Cruz (1934), José R. Dimen (1917), Manuel D. Tores Jr. (1929).

Escola de Arquitetura da Universidade de Santo Tomas, Mani/a. Diretor: Carlos D. Arguelles. Autores: Tho-

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ARQUITETURA

mas S. Chung Eng Chia0 (1931). Simeon Q. Dee (1935). Nicolas C. Feliciano Fr. (1933). Fernando L. OcamPo (1933). Honorato G. Paloma (1922). Mar­celiano Tamase Jr. (1926).

Escola de" Arquitetura da Universidade de Adamson, Manila. Diretor: Carlos E. da Silva. Autores: Ni­codemes C. Alvarez Jr. (1932). Benjamin R. Bagtas (1928) .

FINLANDIA

Seção de Arquitetura da Universidade de Técnologia da Finlândia, Helsinki. Diretor: Professor Martti Le­vÓn. Autor: Heikki Castram (1929).

HOLANDA

Departamento de Arquitetura da Universidade Técnica, Dellt. Diretor: Professor B. H. H. Zweers. Autores: J. M. A. van Balen (1928). J. Canneigieter (1931). L. Fry (1928), N. J. Habraken (1929), T. Hazewinkel (1932), E. Kramer (1928). K. A. van Ooy (1927), H. A. Tielman (1925).

íNDIA

Departamento de Arquitetura, Governo da lndia, Po­litécnica de Delhi. Diretor: E. S. Shuman. Dha­rem P. Malik (1930). Ashck Sibal (1932).

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ARQUITETURA

ISRAEL

Faculdade de Arquitetura do Instituto de Técnologia de Israel. Diretor: AI. Neumann. Autores: Yehud Drechsler (1924), Marco Jacob (19Z8) , Yehuda Landau (1928), Moshe Lofenfeld (1931), E:.ther. Niv (1929), Cavriel Sa;;scwer (1932), Avraham Ventura (1931).

ITALIA

Faculdade de Arquitetura da Universidade de Florença. Diretor: Professor Dr. I;ng. A" Arcangeli. Autores: GiancarIo Bicccchi (1931), Sergio Carpitelli (1927), Marcero Ricchiero (1927).

IUGOSLAVIA

Faculdade de Arquitetura da Universidalf,e de Beogrado. D:retor: Professor Dimitrije Leko. Autores: Ivan Petrovic, Ivan Simovic, Dragoslav Stefanovic, Mirko Stojnic, Milorad Vukotic.

Academia de Artes Aplicadas, Beogrado. Diretor: Bran­ko Sotra.

Departamento de Arquitetura da Faculdade Técnica da Universidade de Ljubljana. Diretor: Professor Ravnikar Edvard. Autores: Lajoviv Janez (1932), Dobravec Majda (1931), Bonca Milos (1932).

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ARQUITETURA -----

JAPAO

Departamento de Arquitetura da Universidade· de Waseda, Tokio. Diretor: Kensi ImaL Autores: Matshita Kazuyuki (1932), Okumura Keiichi (1933), Mitoml Toshio (1931), Hirai Yasuo (1933).

MJ!:XICO

Escola Nacional de Arquitetura, Cidade Universitária, D. F., Diretor: Arq. Alonso Mariscal. Autores:

Escola de Arquitetura da Universidade de Guadalajara, Jalisco: Diretor: Arq. Ignacio Diaz Morales Autores: Andrés Bellón Ballesca, Federico González Gortazar, Alejandro Zehn.

REPúBLICA ARGENTINA

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Nacional de Tucuman, Cidade 'Universitária Eva Perón. Diretor: Arq. Cino Calcaprina. Autores: Antonio Roberto Alfaro (1929), Enrique Gallardo (1930), Fernando Gómez Omil (1929), José Alberto Terán (1931), Raul Vicente Torres (1934). Colabo­radores: Luis Fernando Estéves (1935), Marcelo Mónaco (1933), Oscar Paz (1935).

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REPRODUÇÕES

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Brasil CÂNDIDO PORTINARI -- Estudo pora "Guerra"

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Brasil - CÂNDIDO PORTlNARI - Estudo para "Guerra"

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Brasil - LASAR SEGALL - Baixo-Relêvo, 1955

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Brasil - LASAR SEGALL - Do série "As Erradios", 1953

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Brosil- ALDEMIR MARTINS - Viuvo, 1954

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Alemanha - MAX BECKMANN - Colombino, 1950

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Alemanha - EDVARD FRANK - Pescadores a Camogli, 1952

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Alemanha - FRITZ WINTER - Oscilações diante do vermelho e do verde, 1954

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Áustria - WILHELM THONY - Bailarinos. Anterior o 1938

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BélgiCQ ~ JEAN BRUSSELMANS - A Neve no Brabante, 1939

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Bélgica - CONSTANT PERMEKE - Maternidade com perfil duplo, 1930

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Bolívio - MARINA NUNEZ DEL PRADO - Aymara, 1951

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Cuba - LUIS MARTINEZ PEDRO - Composição n.o 4, 1954

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Estodos Unidos - DORR BOTHWELL - Impressoo nO 16, 1951

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Estadas Unidos - ROBERT HOWARD - O guarda, 1953

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Estodos Unidos - KEITH MONROE - Encontro

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Estados Unidos - JOHN SACCARO - Pleíades, suíte nO 2, 1955

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Franca - ROBERT COUTURIER - Pastor

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França - ANDRE' DERAIN - Natureza Morta com laranjas, 1931

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Franco -- EMILE GILIOLI - Espírito, Agua e Sangue, 1953

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França - FERNAND LEGER - Passeio no campo, 1954

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França ~ JEAN PIAUBERT - Luz da Sombra, 1954

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Grécia -- ANTONY SOCHOS - S,billo, 1953

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Holanda - VINCENT VAN GOGH - Auto~Retroto

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J 1

Itália - MASSIMO CAMPIGLI - Fedra, ilustração para "Teseu" de André Gide, 1948

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Itália - PIETRO CONSAGRA - Coloquio, 1955

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Itália - LUCIANO MINGUZZI - Acrobatas nO 1, 1952

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Itália - ENRICO PRAMPOllNI - Analogias Harmônicas, 1955

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Iugoslávia - IVAN GENERALIC' - Sob o pereira, 1943

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lugoslávio - KRSTO HEGEDUSIC' - Revolta do Povo, 1928

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Japão - SHIKO MUNAKATA - Grandes Discípulos de Sakia, 1950

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Noruégo - CHRIX DAHL - Cerejeiras na Neve, 1954

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Noruéga ~ PAUL RENE' GAUGUIN ~ Protesto, 1949

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Noruéga - ARNE KAVlI - Henrik Ibsen

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Suíço-- SOPHIE TAEUBER-ARP - Guarda-sol, 1938

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m BIENAL DO MUSEU DE ARTE MODERNA SÃO·PAULO, BRASIL. JULHO-OUTUBRO DE 1l

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