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EDIFÍCIOAMBIENTAL

Joana Carla Soares GonçalvesKlaus Bodeorganizadores

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Copyright © 2015 Oficina de Textos

Grafia atualizada conforme o Acordo Ortográfico da Língua

Portuguesa de 1990, em vigor no Brasil desde 2009.

Capa e projeto gráfico Malu Vallim

Diagramação Casa Editorial Maluhy Co.

Preparação de figuras Maria Lúcia Rigon

Preparação de textos Carolina Messias

Revisão de textos Maria Rosa Carnicelli Kushnir

Impressão e acabamento Vida & Consciência

Todos os direitos reservados à Editora Oficina de Textos

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tel. (11) 3085 7933 fax (11) 3083 0849

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José Galizia Tundisi; Luis Enrique Sánchez; Paulo Helene;

Rozely Ferreira dos Santos; Teresa Gallotti Florenzano

Dados internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Edifício ambiental / Joana Carla Soares Gonçalves, Klaus Bode , organizadores. -- São Paulo : Oficina de Textos, 2015. Vários autores.

Bibliografia. ISBN 978-85-7975-130-1

1. Arquitetura - Aspectos ambientais 2. Arquitetura sustentável 3. Meio ambiente 4. Planejamento 5. Sustentabilidade I. Gonçalves, Joana Carla Soares. II. Bode, Klaus.

15-00732 CDD-720.47

Índices para catálogo sistemático: 1. Arquitetura e meio ambiente 720.47 2. Arquitetura sustentável 720.47

iniciais.indd 2 25/03/2015 09:18:36

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[Agradecimentos]Os autores do livro agradecem às seguintes instituições eempresas o apoio, o �nanciamento, a participação nas pesqui-sas e a dedicação de seus funcionários e colaboradores queresultaram nesta obra: Companhia Paulista de Força e Luz(CPFL); Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí�coe Tecnológico (CNPq); Coordenação de Aperfeiçoamento dePessoal de Nível Superior (CAPES); Escritório de arquiteturaMario Cucinella Architetto (MCA); European Commission’sth Framework Programme; Financiadora de Estudos e Proje-tos (FINEP); Gerdau; MC Bauchemie; PhD Engenharia; Seçãode Produção de Bases Digitais para Arquitetura e Urbanismo(Cesad/FAU-USP); e aos parceiros do consórcio do projetoPassive and Hybrid Downdraught Cooling (PHDC).Os autores também agradecem às seguintes pessoas por sua

contribuição: Ana Cláudia Magalhães, Anarrita Bueno Buoro, Ân-gela Madeira (Labaut/FAU-USP), Bárbara Ferronato (Labaut/FAU-USP), Carolina Abrahão Alves (Labaut/FAU-USP), Carolina dosSantosGusson (Labaut/FAU-USP), CauêCésarCarromeu,Dr. ChrisField (Global Ecology Centre), Prof. Dr. Demóstenes Ferreira daSilva Filho (Esalq-USP), Denise Moreira (Labaut/FAU-USP), Di-maghi Schwamback, Prof. Dr. Eleonora Sad de Assis (UFMG), Fer-nanda Barros (Labaut/FAUUSP), Hawllynsgton Franco, Hugo Fa-gundes, James Lutterman (Zion National Park Visitor Centre), Ke-vin Winschel (GSA, Phoenix O�ce), Larissa Miranda, Luca Ber-tacchi, Marcella Saade, Martin Yoklic (Environmental Research La-boratories, University of Arizona), Michela Grosso, Paul Torcellini(NREL), Paula Shinzato (Labaut/FAU-USP), Ron Terry (Zion Natio-nal Park Visitor Centre) e William Deeths (Kenilworth Junior HighSchool).

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[Apresentação]Foi uma longa trajetória desde as primeiras discussões sobre oimpacto do setor dos edifícios no mundo até a proposta destelivro, trazendo à tona a necessidade de usar a denominaçãoedifício ambiental. É importante resgatar como chegamos aomomento que vivemos hoje, como a consciência ambiental foisendo criada e absorvida pelas nações e como o discurso am-biental passou a ser não somente uma bandeira pela natureza,mas também uma nova e promissora oportunidade de negó-cios em todo omundo. Tudo começou quando o choque do pe-tróleo nos atingiu enquanto conjunto de nações desenvolvidase em desenvolvimento no início da década de , sobretudonos Estados Unidos e na Europa. Naquele momento, houve oembargo por parte dos países membros da Organização dosPaíses Exportadores de Petróleo (OPEP) e do Golfo Pérsico àdistribuição de petróleo cru. Essa nova situação gerou impac-tos e consequências de abrangência internacional que, muitoembora tenha afetado mais alguns países do que outros, atin-giu de alguma forma todos os demais países importadores edependentes de petróleo além dos EUA e da Europa Ocidental,como foi o caso do Brasil. A crise se iniciou de fato no dia deoutubro de , quando a OPEP e aliados, durante a Guerrado Yom Kippur, anunciaram que deixariam de enviar petróleoaos países que estavam apoiando Israel no seu con�ito com oEgito. Como consequência, em apenas cinco meses, entre de outubro de e de março de , os preços do barrilde petróleo sofreram aumentos de até %, provocando reces-são, inicialmente, nos Estados Unidos e na Europa e, posterior-mente, no restante dos países dependentes.A clara dependência de todos em relação a um pequeno grupo

de países não era desconhecida de ninguém,mas nãohavia umplanoB internacionalmente traçado e acordado entre as nações dependen-tes. Quando analisamos isso hoje, nos causa espanto esse despreparoem relação à falta de uma ação de contingência internacional naeventual carência de um insumobásico comoopetróleo.O fato é queo tumulto resultante da crise gerou reverberações em todas as áreas eem todas as direções, e o setor dos edifícios, personalizado na �gurados arquitetos e de suas criações, não se salvou da enxurrada decríticas que recebeu, sobretudo por ter andado para trás em relaçãoa um casamento outrora bem-sucedido, que era a estreita parceria e

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relação entre a arquitetura e o clima. Essa relação e esse elo haviam sido rompidosem todo omundo, e parte desse rompimento se deve ao total environmental control,ocorrido principalmente nos edifícios de escritório em virtude do avanço das tec-nologias ativas e commais ênfase na iluminação arti�cial e no ar condicionado. En-tre o �nal da década de e a crise do petróleo em , os arquitetos se sentiambastante livres para concretizar as suas criações, no exato signi�cado da palavra,lançando mão de meios arti�ciais que compensavam a falta dos meios naturais, enão havia mecanismos legais que impedissem isso. O resultado foi a existência deedifícios de escritórios com consumo de kWh/m mês nos Estados Unidos, oque é absolutamente impensável hoje.

Sob esse aspecto, a crise do petróleo, que também é conhecida como o choquedo petróleo, gerou da mesma forma um choque na arquitetura, nos seus padrõesde projeto, na sua forma de projetar e no papel da sua responsabilidade frente aocenário energético internacional. Vale ressaltar que tanto na década de comoatualmente, ou seja, na segunda década do século XXI, o setor dos edifícios con-tinua sendo responsável por parte signi�cativa do consumo de energia dos paísesdesenvolvidos e em desenvolvimento, respondendo por algo entre % e % doconsumo total. Destaca-se aqui o caso dos EUA, com %de participação (). Odesdobramento da crise no ano de gerou duas ações altamente bené�cas tantopara o setor dos edifícios como para o planeta, nomeadamente: a criação da Inter-national Energy Agency (IEA), sediada em Paris, na França, e o início da práticade implementação de regulamentos energéticos para o setor dos edifícios. Quandofoi fundada, os principais objetivos da IEA eram: (i) manter emelhorar os sistemaspara lidar com interrupções no fornecimento de petróleo; (ii) promover políticasracionais de energia num contexto global, pormeio de relações de cooperação comos países membros e não membros, a indústria e as organizações internacionais;(iii) operar um sistema permanente de informação sobre o mercado internacionalde petróleo; (iv) melhorar a oferta e a demanda de energia do mundo por meio dodesenvolvimento de fontes alternativas de energia e o aumento da e�ciência do usoda energia; (v) promover a colaboração internacional em tecnologias de energiae; (vi) auxiliar na integração das políticas ambientais e energéticas. Nota-se, nessadeclaração de intenções da IEA, uma forte alusão a dois aspectos estreitamente liga-dos ao setor dos edifícios: o aumento da e�ciência do uso da energia, que se referetambém ao aumento da e�ciência de equipamentos, e o auxílio a países membrose não membros na criação de suas próprias políticas ambientais e energéticas.

A resposta internacional pós-criação da IEA foi incrivelmente rápida, de-monstrando que, muito embora não houvesse um plano B para uma crise energé-tica, existiam alternativas que poderiam ser acionadas imediatamente. No tocanteao setor dos edifícios, essas respostas centraram esforços na criação de políticaspúblicas e políticas de governo visando à redução da participação do setor dosedifícios na matriz energética internacional. Na América do Norte, diversos Es-tados americanos iniciaram o desenvolvimento dessas políticas, mas boa partedeles, por meio de uma ação absolutamente inteligente, adotou as diretrizes dasorganizações técnicas nacionais já existentes, como a American Society of Hea-ting, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers (ASHRAE), e as adaptou paraserem transformadas em códigos de edi�cações em forma de lei. Na Europa, aFrança adotou o mesmo princípio e adaptou as normas e as recomendações ela-boradas pelo Centre Scienti�que et Technique du Bâtiment (CSTB), com ampla

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participação de especialistas de todo o país, para transformá-las em umCódigo deEdi�cações Nacional, contemplando todas as regiões do país. A União Europeia,não na mesma velocidade, mas na esteira dos acontecimentos ocorridos, propôsao parlamento o desenvolvimento do Eurocode, que seria um código único paratodos os países membros. Esse código valeria principalmente para aqueles paísesque não tivessem elaborado os seus próprios códigos. No �nal, o Eurocode acabounão sendo muito usado, mas não por desinteresse, pois os países membros da IEAresponderam positivamente à questão e desenvolveram, cada um no seu tempo,suas próprias políticas energéticas para o setor de edifícios, utilizando a sua culturaconstrutiva e, principalmente, os indicadores possíveis de seremalcançados emumprimeiromomento. Bem, o primeiro passo havia sido dado.Menos de umano apóso embargo do petróleo, já existiam políticas públicas formuladas e implementadaspara o setor dos edifícios, e esse movimento seguiu progressivamente país apóspaís. Entretanto, um segundo movimento estava nascendo, seguindo de perto osfatos que sucederam o embargo, como uma consequência deste, embora com umaabrangência muito mais ampla: o movimento ambiental.

Omovimento ambiental reconhecia as questões energéticas como fundamen-tais, mas admitia também que havia outras questões emergenciais no planeta econstatava, sobretudo, que os recursos naturais não poderiam continuar a ser ex-traídos naquela velocidade e que, ao contrário do que ocorreu no embargo, era ne-cessário ter um plano B. Esse plano B se chamava otimização dos recursos naturais.A Organização das Nações Unidas (ONU) abraçou a causa e iniciou uma série deconferências internacionais para discutir a questão, mas essas discussões não esta-vam resultando na proposição de políticas ambientais claras, efetivas e restritivas.Nesse cenário, decorreu a década de e o início da década de até que, emduas importantes conferências da ONU, foram propostos documentos marcantesno contexto internacional, sendo o primeiro deles o Nosso Futuro Comum, daconferência de Copenhague, em , e o outro a Agenda Global, lançada na con-ferência do Rio de Janeiro, em , que propôs uma política mundial para o ambi-ente. Naquele momento, havia uma consciência internacional bastante formada eclara a respeito do ambiente e do papel dos edifícios nesse cenário, podendo contri-buir com a redução de insumos importantes como a água, a energia e os materiaisde extração primária. Nos países desenvolvidos, essa consciência se transformouem ação e a sociedade civil iniciou ummovimento de organização em torno dessasquestões, criando associações cujos objetivos eram absolutamente claros: reduzir oimpacto dos edifícios no cenário ambiental global. O primeiro país a se organizarnessa área foi o Reino Unido, que, por meio do Building Research Establishment(BRE), criou a ferramenta BREEAM (Building Research Establishment Environ-mental Assessment Method). O segundo foi os Estados Unidos, que, por meio doU.S. Green Building Council (USGBC), criou a ferramenta Leadership in Energyand Environmental Design (LEED). O terceiro foi a França, que criou o HauteQualité Environnementale (HQE) ou High Quality Environmental Standard, e as-sim sucessivamente até o momento atual, com o lançamento da ferramenta alemãDeutsche Gesellscha für Nachhaltiges Bauen (DGNB) ou German Society forSustainable Construction, que está adotando uma política bastante agressiva de dis-seminação de suas ideais. Essas ferramentas e iniciativas, segundo elasmesmas, sãouma resposta da sociedade civil organizada para suprir uma carência de políticaspúblicas, que os governos não se organizaram para criar. É interessante essa crítica,

Apresentação

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pois, no início da década de , os governos se organizaram em torno da questãoenergética, mas, no início da década de , não adotaram a mesma conduta emrelação à questão ambiental. Sem tentar explicar o porquê dessa atitude por partedos governos, vamos tentar entender os desdobramentos dessas ações por partedas sociedades civis internacionais. Com o advento das ferramentas/certi�caçõesambientais voluntárias, houve uma rápida adesão do setor da construção civil aelas. Do lado acadêmico, essa adesão foi impulsionada por um ideal de ver a marcaregistrada da sustentabilidade nos projetos de arquitetura e visualizar um futuro noqual os grandes exemplos da ine�ciência ambiental não seriam mais construídos.Do lado dos empreendedores, as certi�cações agregariamvalor aos projetos, e essesvalores seriam compensados pela comercialização desses empreendimentos, semcausar evidentemente nenhum prejuízo. Do lado do mercado da construção civil,as certi�cações foram vistas como oportunidades de negócios, uma vez que, senão foi possível evitá-las, a saída era se unir a elas. Assim, foi formada a rede deapoio às certi�cações. No momento, não há como e nem acreditamos que se devaretroceder a isso. Cremos, sim, que a arquitetura pode e deve estar além das certi-�cações, dos regulamentos e das normatizações. Ela precisa respeitá-las, mas devecontinuar sendo criativa e inovadora como sempre foi. Deve também entender quea sua relação com o clima nunca poderá ser desfeita e que o erro do passado nãopoderá ser repetido novamente. Este livro foi escrito com esse intuito, ou seja, deresgatar essa ideia e faz isso brilhantemente, apresentando conceitos, casos e mais,mostrando que a tecnologia pode ser aliada da arquitetura, e não sua inimiga.

Marcelo de Andrade RomeroDiretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da

Universidade de São Paulo (FAU-USP)Superintendente de Gestão Ambiental da

Universidade de São Paulo (USP)

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[Sumário]Introdução ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Parte | Arquitetura, ambiente e tecnologia ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Arquitetura da adaptação ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅ . Conforto ambiental e as possibilidades do modelo adaptativo ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅. Considerações preliminares sobre o projeto do edifício ambiental ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Pesquisa arquitetônica para o projeto ambientalmente sustentável ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

Ventilação natural em edifícios de escritórios: mito ourealidade? ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

. A influência do clima ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Discussão arquitetônica ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅. Ventilação natural em edifícios altos⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅. Modo misto: interação entre ventilação natural e sistemas prediais⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅. Considerações finais ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

O desempenho térmico de ambientes de trabalho nas cidades deSão Paulo e Rio de Janeiro ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

. A ventilação natural e o projeto de janelas para ambientes de trabalho em SãoPaulo⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

. Ventilação natural e massa térmica: aspectos quantitativos e qualitativos dodesempenho de edifícios de escritórios no Rio de Janeiro ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

A tecnologia dos sistemas prediais⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅ . Considerações preliminares: princípios para uma abordagem

ambiental ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Fundamentos para a eficiência energética da climatização ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Considerações finais ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

Seleção de materiais e edifícios de alto desempenho ambiental ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅ . Os números da construção civil e o papel das edificações ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Importância e desafios para consideração dos materiais de construção para

avaliação de impactos no ciclo de vida de edificações ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . O que define um edifício de alto desempenho ambiental do ponto de vista de

materiais? ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Estimativa de impactos de materiais no ciclo de vida da edificação ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Indicadores de ecoeficiência material para edificações brasileiras ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Conclusões ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

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Parte | O Ambiente urbano e os edifícios ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

O clima urbano e o ambiente construído ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅ . Clima urbano: abordagens, escalas e balanço de energia em áreas

urbanizadas⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Efeitos do desenho urbano sobre o microclima urbano e sobre as

edificações ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Efeitos dos edifícios sobre o microclima urbano ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Considerações finais ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

Edifícios altos e forma urbana ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅. O impacto de canyons urbanos no desempenho ambiental de edifícios ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Transbordering: editando térreos do edifício alto típico em São Paulo ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

A economia das cidades: a perspectiva de umeconomista sobre as vantagens do adensamento urbanoalém do desempenho ambiental⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

. Os benefícios das aglomerações (ganhos de escala)⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Os custos das aglomerações urbanas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

Parte | Processo de projeto ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Projeto integrado e o papel da simulação computacional dedesempenho ambiental (exemplos de projeto) ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

. Velódromo das Olimpíadas de Londres de : síntese entre arquitetura etecnologia dos sistemas prediais ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

. One Airport Square, edifício de escritórios na República de Gana, África: opotencial ambiental da arquitetura em concreto ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

. Escola de Economia de Toulouse (TSE): arquitetura de espaços de transiçãopara a mediação climática ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

Fundamentos da simulação energética de edificações ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅ . Edificação-modelo ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Tendências futuras ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Considerações finais ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

Avaliação de desempenho, simulação computacional e o projetoarquitetônico ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

. O desempenho ambiental de estratégias arquitetônicas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . O impacto da tecnologia digital no processo de projeto: aspectos

metodológicos ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . O potencial gerativo de critérios ambientais ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Considerações finais ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

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Arquitetura generativa high-low: princípios e aplicações ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅. Projeto paramétrico ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . O paradigma high-low ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Experiências de projetos ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Considerações finais ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

Cálculos analíticos simplificados para a avaliação de confortotérmico relacionado ao uso da ventilação natural degalpões industriais ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

. Segurança e medicina do trabalho ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Recursos da ventilação ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Galpões industriais com pequena dissipação de calor no interior ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Galpões industriais com grande dissipação de calor no interior ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Considerações finais ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

Parte | Aprendendo com os edifícios existentes ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Edifícios em uso: o desempenho ambiental de ícones deuma geração ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

. A sede do Commerzbank em Frankfurt am Main, Alemanha: íconede eficiência energética e qualidade ambiental em edifícios deescritório ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

. Assembleia Nacional do País de Gales: o projeto e a ocupaçãodo edifício inspirado em princípios de desempenho e qualidadeambiental ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

A tecnologia pioneira de resfriamento evaporativo: liçõesde edifícios norte-americanos, um estudo de avaliaçãopós-ocupação ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

. Edifícios, clima e estratégias de resfriamento ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . A percepção dos usuários ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Avaliação pós-ocupação: resumo dos resultados ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

A reabilitação de edifícios⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅ . O porquê da reabilitação de edifícios ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Diretrizes gerais para a requalificação ambiental e energética de

edifícios ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

O contexto europeu da reabilitação de edifícios ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅. Mais conforto e menos energia na renovação de edifícios habitacionais em

climas mediterrânicos ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . O caso espanhol: reabilitação ambiental de edifícios residenciais na Galícia,

uma resposta à crise econômica ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

Sumário

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O desempenho ambiental e a requalificação de edifíciosaltos no centro de São Paulo, com foco na habitação deinteresse social ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

. O centro de São Paulo e seus edifícios altos residenciais ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Possibilidades arquitetônicas da requalificação e o seu

desempenho ambiental ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Ocupação e demanda energética ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Flexibilidade e sustentabilidade ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Considerações finais ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

A reocupação de edifícios multifamiliares no centro de São Paulo⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅ . Uma reflexão sobre a questão ergonômica ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Edifício União, no bairro do Bom Retiro: a recuperação da estrutura e a

conquista para a habitação ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

Parte | Os desafios ambientais e as forças de mercado ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Habitações mais sustentáveis para populações de baixarenda: fundamentos e propostas desenvolvidas peloNúcleo Orientado para a Inovação da Edificação (Norie) ⋅⋅⋅⋅⋅⋅

. Um breve retrospecto das pesquisas em habitação de interessesocial⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

. Comunidades resilientes no cenário pós-pique do petróleo: umareflexão sobre os desafios para a sustentabilidade ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

. O desafio de (re)planejar comunidades para a era pós-combustíveisfósseis ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

. Desenvolvimento de estudos para um conjunto habitacional, parao município de Feliz, no Rio Grande do Sul ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

. Considerações finais ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

A certificação ambiental de edifícios ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅ . Uma revisão dos sistemas de certificação e o caso brasileiro ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Uma avaliação crítica do sistema LEED ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

Brasil, Plano Nacional de Eficiência Energética,etiquetagem e o selo Casa Azul da Caixa ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

. Etiquetagem para avaliação do nível de eficiência energética emedificações ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

. Selo Casa Azul da Caixa ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ . Considerações finais ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

Considerações finais ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅ O valor do edifício de melhor desempenho e qualidade ambiental ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ Referências bibliográficas ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

Sobre os autores ⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

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[Introdução]J C S G

Desde os anos , a discussão sobre o impacto ambiental deedifícios vem ganhando peso na agenda de uma série de cida-des e países ao redor domundo, alcançando dimensões globaisem ¿e Green Economy Report (Unep, a, b), do Pro-grama das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).O relatório foi elaborado para informar políticas públicas einiciativas privadas sobre o potencial de transformação socio-econômica associado a investimentos em prol de um melhordesempenho ambiental do setor de edi�cações.Aproximadamente % do consumo da energia primária pro-

duzida no mundo está atrelado ao uso e à ocupação de edifícios,sendo os países desenvolvidos (ou industrializados) os responsáveispela maior parcela desse consumo (Levine et al., ). Como con-sequência, o setor de edi�cações foi identi�cado como lídermundialem emissões de CO, no quarto relatório produzido pelo Painel In-ternacional deMudanças Climáticas (International Panel of ClimateChange, IPCC). No entanto, o mesmo relatório também identi�cao setor como aquele com o maior potencial de redução das suasemissões de CO, em função das oportunidades de projeto, avançostecnológicos e comportamento do usuário.

Estudos realizados pelo IPCC () em países apontampara a possibilidade de % de redução das emissões do setor dasedi�cações até , a custo zero. As estimativas do IPCC são aindamais animadoras quando sugerem que cerca de % de redução doconsumo de energia em edifícios pode ser alcançado com um inves-timento inferior a U$ , por tonelada de CO (Fig. I.).

Segundo projeções apresentadas em ¿e Green Economy Re-port, com o investimento de um décimo do percentual do PIB mun-dial estimado para acionar a transição da economia em direção auma condição mais verde, as emissões mundiais de CO causadaspelo setor de edi�cações caem para valores menores do que os calcu-lados para . Esse é o desempenho equivalente a % de reduçãodas emissões estimadas para o cenário conhecido como business asusual, ou seja, de um crescimento futuro do setor sem investimentospara a melhoria da sua e�ciência energética (Unep, a) (Figs. I.e I.). Vale ressaltar que, como todos esses números se referem aocontexto global, projeções e metas devem ser recalculadas para asdiferentes realidades regionais e locais.

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Gt CO2-eq/ano

<20 <50 <100 <20 <50 <100 <20 <50 <100 <20 <50 <100 <20 <50 <100 <20 <50 <100 <20 <50 <100 US$/t CO2-eq

Energia Transporte Edifícios Indústria Agricultura Floresta Lixo

2,4-4,7 1,6-2,5 5,3-6,7 2,5-5,5 2,3-6,4 1,3-4,2 0,4-1,0

Potencial total do setor < em Gt CO2-eq/ano:

Países em desenvolvimento

Economias emergentes

Países industrializados

Total mundial

⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Fig. I. Comparação dopotencial de redução deemissões de CO , como

consequência de diferentesníveis de investimento

financeiro (< US$ ,; < US$,; e < US$ ,), em uma

série de setores da economiamundial, incluindo o setor de

edificaçõesFonte: Unep (a).

Simultaneamente à redução do impacto ambiental, acredita-se que os inves-timentos para as reduções das emissões dos edifícios conduzam a um crescimentomundial do setor e do PIB, incluindo um aumento da demanda energética, queé contrabalanceado pelo aumento da e�ciência nos processos de consumo (Unep,a).

Apesar de os países desenvolvidos (também chamados de industrializados)ainda ocuparem uma posição predominante nas emissões de CO do contexto glo-bal, as projeções de ummodesto crescimento econômico e populacional apontampara um aumento pouco expressivo do consumo de energia em edifícios nesses paí-ses nas próximas décadas.Olhandopara o caso daEuropa, emparticular, aproxima-damente % do estoque para o residencial necessário para já está construído(Ravetz, ). Diante dessa realidade, no que se refere ao desempenho ambientaldo setor, a requali�cação de edifícios ganha importância sobre a construção denovos empreendimentos.

⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Fig. I. Comparação das emissões de CO do setor de edifícios de até entre três cenários: business as usual (BAU) e aquelesreferentes aos investimentos sugeridos em ¿e Green Economy ReportFonte: Unep (a).

Em contrapartida, o crescimento populacional, acompanhado pelo rápidoprocesso de urbanização em determinadas partes do mundo em desenvolvimento,

anuncia umamudança de foco. O setor da construçãode edifícios residenciais e comerciais tem um cresci-mento atual, em média, de % na China e de % naÍndia e no sudeste da Ásia, contra % nos países desen-volvidos como um todo (Baumert; Herzog; Pershing,). Paralelamente, a projeção de crescimento popu-lacional no conjunto dos países em desenvolvimentoé de , bilhões para as próximas quarto décadas (UN;Desa, ). Além da crescente demanda habitacio-nal, estudos publicados pela organização World Busi-ness Council for Sustainable Development (WBCSD,), mostram que o processo acelerado de urbaniza-ção e crescimento de cidades do Brasil, China e Índia(para citar os casos demaior peso no cenáriomundial)

tem como consequência uma demanda expressiva por novos edifícios comerciais.NaChina, prevê-se até um aumento de %do estoque da área comercial exis-

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Parte 1A,

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Arquitetura daadaptação

L M M( .)

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S Y ( .)

. C As pessoas passam a maior parte de suas vidas em suas casas, locais de traba-lho e em outros edifícios. Essa atitude, profundamente enraizada em nossasociedade, in�uencia o estabelecimento de padrões de conforto e a e�ciênciaenergética dos edifícios. A relação entre pessoas, clima e edifícios, complexae interdependente, gera um grande impacto sobre o consumo de energianestes últimos. A consideração mais importante sobre qualidade ambientalde um edifício é o conforto térmico (Cena; Clark, ), que é de�nido pelaASHRAE (), American Society of Heating, Refrigerating and Air Condi-tioning Engineers, como o estado de espírito que expressa satisfação com oambiente térmico.O conforto térmico contribui para o bem-estar em razão de sua ligação com

o equilíbrio termo�siológico do corpo humano. Especi�camente, ele representa ainteração de variáveis ambientais (temperatura do ar, temperatura radiante média,umidade e velocidade do ar) comvariáveis pessoais do ocupante (taxametabólica evestuário). Além disso, �siologia humana, aspectos climáticos e culturais tambémtêm in�uência sobre o conforto térmico e, assim, condições confortáveis irão variarde pessoa para pessoa, conforme suas experiências e preferências ambientais, e deacordo com a hora do dia.

Avaliar o nível de conforto térmico é fundamental para o estabelecimento depadrões de desempenho ambiental e energético de edifícios. Essa avaliação nãorequer apenas compreender o que o corpo humano pode suportar, mas tambématé que ponto as pessoas estão dispostas a fazer mudanças comportamentais naforma de experienciar o conforto em seu ambiente. Isso afeta a maneira como ousuário interage com seu ambiente, por exemplo, a escolha de fechar persianas elimitar a penetração de raios solares em determinados momentos do dia, em vezde ligar o ar-condicionado; colocar um agasalho quando a temperatura externadiminui, em vez de ligar uma fonte de aquecimento; ou ainda preferir se deslocar,na busca de melhores condições de conforto no ambiente. Em suma, edifícios demenor impacto ambiental exigem um envolvimento mais proativo entre ocupante,edifício e ambiente, o que re�ete o número de técnicas com soluções passivas e, serealmente necessárias, também ativas possíveis de serem empregadas.

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Comparando os modelos de Dear, Brager e Cooper () com o de Humph-reys e Nicol (), o primeiro é mais adequado a situações ambientais em climafrio e temperado, como visto no exemplo de Santiago, enquanto o segundo é maisapropriado em situações ambientais em climas quente-seco e quente-úmido, como

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Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

(°C)

temp. ext. máx. aceitável

temp. ext. média mensal

temp. ext. mín. aceitável

80% de aceitação (calor)

90% de aceitação (calor)

temp. int. operativa neutra

90% de aceitação (frio)

90% de aceitação (frio)

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Fig. . Zona de confortotérmico para o climatemperado da cidade deSantiago do Chile, estabelecidacom base no modelo deconforto de Dear, Brager eCooper ()

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Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

(°C)

temp. ext. máx. aceitável

temp. ext. média mensal

temp. ext. mín. aceitável (n/d)

80% de aceitação (calor)

90% de aceitação (calor)

temp. int. operativa neutra

90% de aceitação (frio)

90% de aceitação (frio)

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Fig. . Zona de confortotérmico para o clima quente eúmido da cidade de Recife,estabelecida com base nomodelo de conforto deHumphreys e Nicol ()

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Fig. . Ambientes de trabalho do escritório de arquitetura Richard Stirk Harbour and Partners, em Londres. Elementos externos desombreamento e a abertura de janelas são acionados na busca de condições de conforto térmicoFotos: João Cotta.

Arquitetura da adaptação

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.. Por uma visão integrada no projeto arquitetônicoA elaboração do projeto arquitetônico pressupõe uma visão integrada dasrespostas às diversas demandas do conjunto de condicionantes. Deve-se evi-tar uma visão distorcida pelo olhar unilateral da obra ou pelo seu enquadra-mento em um estilo ou corrente arquitetônica. Um determinado condicio-nante não deve ser supervalorizado em detrimento dos demais, mesmo quese trate de um condicionante de cunho ambiental. Essa distorção pode ser ob-servada em alguns exemplares da chamada arquitetura bioclimática. Uma boaarquitetura deve ser bioclimática e adequada aos demais aspectos ambientais,num plano de equilíbrio com os demais condicionantes socioeconômicos etambém, quando for o caso, urbanos do contexto do projeto.A ausência de conhecimentos sobre o impacto produzido pela construção

civil no meio ambiente tem formado arquitetos com pouca consciência desse pro-blema e da importância do setor para o meio ambiente global, de uma maneirageral.

O processo de projeto do edifício ambiental deve ser encarado de forma seme-lhante ao adotado no projeto de qualquer edifício, contemplando adequadamenteas questões ambientais. No entanto, não se deve esquecer que as edi�cações têmcomo �nalidade abrigar as diversas atividades desenvolvidas pelo homem. Abrigartanto no que corresponde às necessidades físico-ambientais como no que se refereaos aspectos imaginários e simbólicos.

. P Embora muitas pesquisas internacionais desde os anos tenham focadoem e�ciência energética e na engenharia de projetos ambientais, pouco dessesestudos lidaram diretamente com arquitetura ou responderam as questõesambientais normalmente encontradas por alunos e pro�ssionais da arquite-tura. Como resultado, dúvidas, ignorância e preconceito ainda prevalecem enecessitam ser abordados tanto na formação como na prática arquitetônica.Para fornecer alternativas à arquitetura universal e à engenharia convencio-nal, que continuam sendo referência para o projeto de edi�cações emmuitospaíses, é necessário uma nova compreensão do que consiste um bom ambi-ente para os ocupantes de edifícios, e como a arquitetura pode contribuir paraisso, resgatando e reforçando seu papel histórico de instrumento de projetoambiental.

.. O ambiente urbanoInseridos em meio a �uxos de energia já existentes, os edifícios alteram oequilíbrio energético das suas imediações, modi�cando as condições de ad-missão da radiação solar e direcionando os ventos para outras edi�cações.Isso geramudançasmicroclimáticas nas vizinhanças e, entre outros impactos,afetam as atividades do pedestre. Ademais, sendo aquecidos ou resfriados,naturalmente ventilados ou mecanicamente controlados, os edifícios irão li-berar no ambiente urbano ao seu redor a energia utilizada em sua operação,sob a forma de calor. Desse modo, as edi�cações vão aquecendo o ar dascidades constante e incansavelmente, agindo como aquecedores de grandesproporções.

E A

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Ventilação natural emedifícios de escritórios:

mito ou realidade?

J C S G

M PM-C

Em termos globais, a dependência dos edifícios de escritório em relação aossistemas de condicionamento de ar vem acompanhada de alarmantes níveisde emissões de CO, dado o consequente consumo de energia elétrica, quetende a aumentar drasticamente. Vale destacar aqui que os edifícios residen-ciais e comerciais no início dos anos já eram responsáveis por % detoda eletricidade produzida no mundo (IEA, ; Laustsen, ; Levine etal., ; WBCSD, ).

⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Fig. . Concentração de edifícios altos do centro comercial deAbu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, cidade de clima quente eúmido com períodos de extremo calor. Nesse local, a tipologia doedifício caixa de vidro hermeticamente selada só agrava a demandaenergética dos sistemas de condicionamento de arFoto: Adrian James.

A tendência é que esse cenário se agrave em ra-zão do crescimento substancial da construção de edi-fícios do setor comercial, que vem acontecendo desdeo �nal dos anos e se projeta para o futuro, princi-palmente em regiões da Ásia do Leste e OrienteMédio(Fig. .), assim como nas grandes cidades da Amé-rica do Sul (Fig. .). O clima predominantementequente dessas regiões (se não ao longo de todo o ano,certamente em uma parte dele), é um fator agravanteda demanda de resfriamento e, atualmente, responsá-vel pelo consequente consumo de energia elétrica nosedifícios.

Por outro lado, o potencial de economia de ener-gia do modelo convencional do edifício de escritóriosé também signi�cativo, uma vez que os espaços inter-nos são normalmente climatizados e iluminados arti�-cialmente durante praticamente todo o tempo de ocu-pação, ou seja, o modelo do edifício hermeticamenteselado temmuito a ser explorado em busca de umme-lhor desempenho energético.

Diretrizes para um menor consumo de energia em edifícios de escritório noReino Unido apontam para o potencial de % a % de economia de energia (oequivalente à faixa de - kWh/m ⋅ ano) em decorrência da introdução daventilação natural (CIBSE, ).

Tomando como referência um climamais quente e úmido do que os das cida-des do ReinoUnido, Vieira () identi�cou, pormeio de estudos analíticos, a pos-sibilidade de reduzir até % da demanda energética para a climatização arti�cial

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T. . R ( ) , , (Qx)

Layout Modo de ventilação Cenário/Escritório Qfmáx (W/m

fachada)Vazão de ar(vol/h)

Conforto anual(%)

Livre

Efeito chaminé

RetangularN ,

, ,S ,

Quadrado NE ,

, ,SO ,

NO ,

SE ,

Ação dos ventosRetangular

N ,, ,

S ,

Retangular L ,, ,

O ,

CelularEfeito chaminé

Retangular S , , ,

Quadrada NE , , ,

Ação dos ventosRetangular S , , ,

Retangular L , ,

e exposição ao vento, possibilitando até ,% de horas em conforto. Em oposição,os escritórios celulares orientados a leste e a oeste apresentaram osmenores resulta-dos, % e ,%, respectivamente, em virtude da posição desfavorável aos ventospredominantes.

. V A ventilação natural em edifícios altos é favorecida pela maior exposiçãodos pavimentos superiores às correntes de vento. Em canyons urbanos deproporções compactas, os pavimentos mais superiores dos edifícios altos sãofavorecidos em relação aos pavimentos mais baixos, cuja ventilação natural éprejudicada pelo efeito de barreira causado pelas paredes do canyon.Além do mais, nos centros urbanos de grandes concentrações de população,

atividades e veículos automotores, altura signi�ca distância da poluição atmosfé-rica, que se concentra nos primeiros pavimentos do ambiente urbano. A maiorexposição aos ventos é especialmente favorável (e desejável) em contextos de climaquente e úmido. Por outro lado, vale alertar para o fato de que a altura não signi�ca,necessariamente, distância do ruído urbano, pelo contrário, ela pode aumentarsensivelmente a exposição às fontes de ruído e, consequentemente, comprometera abertura de janelas para a ventilação natural.

A altura também implica na exposição a ventos de maior intensidade. Coma pressão dos ventos sobre as aberturas, a ventilação natural se depara com duasproblemáticas: primeiramente, o ruído gerado pela passagem do �uxo de ar pelasaberturas e, na sequência, a ocorrência de velocidades do ar acima das aceitáveisno espaço interior. Como resposta à necessidade de controlar a velocidade do ar

Ventilação natural em edifícios de escritórios: mito ou realidade?

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Fig. . Vista de um dos jardins internos do edifício sede doCommerzbank, onde o sistema de espaços de transição possibilitaa ventilação natural e o bom acesso da iluminação natural nosambientes internos do edifício alto, voltados para o grande átriocentralFoto: Joana Carla Soares Gonçalves.

qualidade do ar externo não perrmitem que o con-forto térmico seja alcançado por meios passivos, ouso dos sistemas ativos de climatização torna-se ne-cessário, caracterizando a chamada estratégia demodomisto. Alternando o uso da ventilação natural com ode sistemas ativos de condicionamento do ar, o modomisto de climatização é uma estratégia bastante co-mum em edifícios de escritórios no cenário internaci-onal, construídos desde a década de e aclamadospor apresentarem os melhores níveis de desempenhoambiental.

A maioria dos exemplos dessa geração que alcan-çou repercussão internacional está situada na Alema-nha. Desse conjunto de edifícios, pode-se citar a sededo Commerzbank, em Frankfurt (), o edifício De-bis () e a sede da empresa GSW (), ambos emBerlim, e o edifício Deutsche Post O�ce (), emBonn, entre muitos outros.

A operação do modomisto é usualmente contro-lada por um sistema de automação predial, que con-trola a abertura de janelas de acordo com o monito-ramento da temperatura e a umidade do ar interno,paralelamente ao das condições ambientais externas(temperatura do ar, umidade e velocidade dos ven-tos) (CIBSE, ). Apesar da popularidade dos siste-mas de automação para decidir pela ventilação naturalou pelo sistema de climatização, o controle manual,mesmo que ainda praticado de maneira parcial ou emconjunto com o sistema de automação, favorece a satis-

fação dos usuários com as condições ambientais internas. Por essa razão, a sede doCommerzbank passou a enfatizar o controle manual do usuário sobre a abertura

⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Fig. . Desenhosesquemáticos de corte e planta

do edifício thSt. Mary Axe,ilustrando (A) a divisão verticaldas vilas e (B) a forma de estrela

do pavimento, derivada dainserção dos átrios laterais de

seis andares e forma helicoidalFonte: Joana Carla Soares

Gonçalves.

E A

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O desempenho térmico

de ambientes de trabalhonas cidades de São Paulo

e Rio de Janeiro

J O C ( .)

J L V( . .)

Pesquisas sobre o uso de energia indicam que na primeira década de os edifícios residenciais e comerciais já eram responsáveis pelo consumo de% de toda a eletricidade produzida no mundo (IEA, ; Laustsen, ;Levine et al. ;WBCSD, ), percentual que vemcrescendo desde então.Quanto aos edifícios comerciais, em geral, os sistemas de iluminação arti�cialrepresentam a maior parcela de consumo da energia elétrica.No entanto, em regiões de clima quente, onde está grande parte dos países

em desenvolvimento e economias emergentes, o sistema de condicionamento doar acaba superando a demanda energética de iluminação arti�cial. No Brasil, porexemplo, o condicionamento de ar representa aproximadamente % do total daenergia elétrica consumida em edifícios comerciais, seguido pela iluminação arti-�cial, representando % (Procel, ).

No universo de soluções arquitetônicas e tecnológicas, muito pode ser feitoem termos de forma, componentes construtivos, fachadas e tecnologia dos siste-mas prediais, a �m de diminuir os impactos da carga térmica e, ao mesmo tempo,aumentar a e�ciência dos sistemas de resfriamento ativo e iluminação arti�cial.Entretanto, indo um passo além do sombreamento, grandes economias de energia,as que fazem diferença, estão con�rmadamente atreladas à introdução da ilumina-ção natural e, sobretudo, da ventilação natural nos espaços internos. Este capítulotrata desse potencial, abordando questões de conforto ambiental e projeto arqui-tetônico com base nos resultados de estudos analíticos realizados para edifícios deescritórios nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

. A S P

.. O impacto das áreas envidraçadasA janela sempre teve um grande papel no processo de composição arqui-tetônica, seja ela distribuída em uma série de aberturas, criando ritmo nafachada, ou em uma cortina de vidro cujas áreas envidraçadas se tornam aparede propriamente dita. As funções do elemento janela são diversas, já queela proporciona contato visual com a área externa, luz natural para os ambi-entes, entrada de radiação solar (que in�uencia diretamente o desempenhotérmico dos edifícios) e controle da ventilação natural. Desta forma, a janela

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.. Simulações de desempenho térmicoApós quanti�car os efeitos da taxa de área envidraçada de fachada e do som-breamento na redução dos ganhos de calor solar para as quatro orientações,o passo seguinte do trabalho analítico desenvolvido por Cotta () foiveri�car como esses ambientes de trabalho se desempenham termicamenteem um cenário mais realista, considerando as cargas térmicas de ocupação eventilação.O modelo da Fig. . representa o pavimento de um edifício de escritórios

com planta retangular, na qual é possível encontrar tanto ambientes com layoutlandscape como com escritórios celulares. A profundidade de m e o pé-direitode m foram as medidas adotadas seguindo a referência teórica da zona passivade ventilação e iluminação (CIBSE, ). Em relação às fachadas, os resultadosdos estudos sobre o impacto da radiação solar, resumidos na Fig. ., levaram àadoção do WWR de %, com sombreamento total da radiação direta. As cargastérmicas de ocupação forambaseadas nas especi�cações doGuideA (CIBSE, ),conforme os dados apresentados na Tab. .. É importante notar que, em todas assimulações, a luz natural foi considerada como a única fonte de iluminação até àsh, quando os níveis de iluminação externos são insu�cientes para proporcio-nar a iluminação mínima de Lux nos espaços internos.

⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Fig. . Modelo eletrônico docaso-base construído para as

simulações de desempenhotérmico com o uso do software

EDSL TasFonte: Cotta ().

A zona de conforto térmico adotada para esses estudos foi gerada com omodelo proposto pela regulamentação europeia EN (CEN, ), que de�neneutralidade térmica (TN) como TN = , + , TRM (TRM=média das tempe-raturas diárias). A grande diferença entre o modelo da EN e outros com o mesmopropósito é que ele se baseia nas médias de temperaturas diárias, não somente natemperatura média mensal, considerando assim o efeito de condições climáticasrecentes na aclimatação do usuário. Adicionalmente, foi considerada uma variaçãotérmica de aproximadamente ○C aos valores de temperatura neutra, resultandoem uma faixa de conforto de ○C para % de insatisfeitos.

A primeira etapa das simulações de desempenho térmico investigou o efeitoda ventilação natural no escritório de planta livre (do tipo landscape), voltado paraa orientação norte-sul, em uma semana típica de verão. No primeiro cenário, foi

E A

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Fig. . Simulação dedesempenho térmico docaso-base com o escritório deplanta livre (landscape)orientado a norte e sul e oescritório celular a norte, emuma semana típica de verão,considerando as janelas abertasdurante a ocupação e o períodonoturno, com um fator deabertura de %Fonte: Cotta ().

⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Fig. . Simulação dedesempenho térmico docaso-base com o escritório deplanta livre (landscape)orientado a leste e oeste e oescritório celular a oeste, emuma semana típica de verão,considerando as janelas abertasdurante a ocupação e o períodonoturno, com um fator deabertura de %Fonte: Cotta ().

entes de trabalho com velocidade do ar de ,m/s. No caso dos modelos testadospara São Paulo, esse acréscimo seria su�ciente para compensar as horas de calor,originalmente fora da zona de conforto.

Até então, as estratégias focaram em resfriamento. O conjunto �nal de simula-ções térmicas de Cotta () investiga o efeito do bloqueio da radiação direta e daredução doWWRno conforto térmico de inverno, tomando como referência umasemana típica de julho, quando apenas a taxa mínima de ventilação recomendadapara a salubridade do ambiente foi considerada (m/h/pessoa), segundo CIBSE(). Na Fig. ., nota-se que as temperaturas se mantêm dentro da faixa deconforto durante o período de ocupação, assumindo o mínimo de , °C, tendoem vista a contribuição das cargas térmicas da ocupação.

⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Fig. . Simulação dedesempenho térmico docaso-base em uma semanatípica de inverno, com oescritório de planta livre(landscape) orientado a norte esul e o escritório celular a norte,considerando a taxa mínima deventilação para a salubridadedo arFonte: Cotta ().

O desempenho térmico de ambientes de trabalho nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro

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A tecnologia dossistemas prediais

K B ( .)

A H ( .)

. C : O ponto-chave para o alcance da e�ciência energética e da redução do con-sumo de energia no controle das condições ambientais em edifícios é com-preender que as soluções de arquitetura e de engenharia dos sistemas estãojuntas na concepção de um projeto que possa ser chamado de integrado. Emedifícios inseridos no seu contexto climático, o propósito dos sistemas de cli-matização é a redução do consumo de energia associada ao condicionamentode ar e à iluminação de espaços internos, dentro dos limites do confortoambiental.É sabido que esse processo tem início com a minimização da dependência

de sistemas de iluminação e condicionamento ambiental, com a exploração dopotencial arquitetônico. Em seguida, vem o projeto e a especi�cação de sistemas daengenharia mecânica e elétrica, com a �nalidade de suprir a demanda energéticarestante, contemplando a viabilidade de recursos tecnológicos baseados em ener-gia renovável e/ou de baixa emissão de carbono, conforme o diagrama da Fig. ..

A contemplação de aspectos contextuais, como o clima, as possibilidadestecnológicas e as condições socioeconômicas da cultura local, facilita a criação desoluções especí�cas para cada situação de projeto, com foco na minimização dademanda energética. Simultaneamente, minimizar a dependência dos meios arti�-ciais de condicionamento ambiental exige uma análise criteriosa do desempenhoda arquitetura durante as fases de projeto. O desempenho energético teórico doprojeto é, então, aprimorado na situação real, pelo monitoramento das condiçõesinternas durante o uso e a operação do edifício.

No que tange aos sistemas, a e�ciência energética não está relacionada exclu-sivamente a sua tecnologia, mas também aos modos de operação e aos padrõesde conforto ambiental, que de�nem as condições ambientais a serem alcançadas.Neste contexto, os critérios convencionais, incluindo a temperatura, a umidade eo movimento do ar e outras variáveis, devem ser questionados, quando de�nemzonas restritas de conforto ambiental. Como extensamente discutido emoutros tra-balhos, a conquista do melhor desempenho ambiental de edifícios está associadaà noção de inserção climática e adaptação dos ocupantes.

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chegando, em alguns casos, ao desligamento total dos sistemas de climatização.Essa solução pode ser obtida, mas exige uma integração profunda dos sistemas daedi�cação com sua arquitetura, sendo que se podem encontrar diversos exemplosdesse tipo de aplicação no Brasil e no exterior (Gonçalves; Umakoshi, ).

.. Evolução dos sistemasOuso de sistemas de climatização para conforto térmico começaram a ser uti-lizados no século XIX (¿evenot, ), com sistemas cujo conceito é muitopróximo do que existe hoje (Fig. .). A temperatura do ambiente climati-zado (com suas fontes de calor e vapor d’água) é controlada por meio do for-necimento de ar na insu�ação, que diminui a temperatura e a quantidade devapor d’água, de forma a balancear as condições do ambiente climatizado. Ascondições de vazão, temperatura e quantidade de vapor d’água na insu�açãosão obtidas pela retirada de calor que ocorre durante a operação do sistemade climatização. Este, por sua vez, promove a retirada de calor e vapor d’águaprovenientes do ar que vemda caixa demistura, consumindo energia duranteesse processo. Nessa caixa, o ar que retorna do ambiente climatizado e o ar derenovação são misturados. Este último é necessário para que sejammantidosos níveis adequados de qualidade de ar no ambiente climatizado. Deve-seressaltar que para que a qualidade de ar interior seja atingida, sistemas de�ltragem são posicionados normalmente na seção de ar de renovação e logoapós a caixa de mistura.

Vapord’água

Vapord’água

Tubulação de águade condensação

Tubulação deágua gelada

28 °C a 29 °C

5 °C a 7 °C

35 °C a 36 °C

12 °C a 13 °C

Condensador Gerador

Evaporador Absorvedor

Válvula de expansão Válvula redutorade pressão

Solução com altaconcentração de LiBr

Fonte de aquecimento(vapor/gases de combustão)

Água deresfriamento

Solu

ção

de b

aixa

con

cent

raçã

o de

LiB

r

Bomba

⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Fig. . Componentes deum resfriador com ciclo porabsorçãoFonte: Alberto Hernandez.

A tecnologia dos sistemas prediais

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para que permita o fornecimento total dessa demanda por meio de fontes renová-veis, constituindo os chamados net zero energy buildings (NZEBs).

.. Geração de energia renovávelPode-se de�nir energia renovável como a energia gerada de forma natural erepetitiva no meio ambiente (Jones, ). Ela apresenta uma variedade defontes, tais como:

⧈ eólica;⧈ solar;⧈ hidrelétrica;⧈ biocombustível;⧈ mares;⧈ biomassa;⧈ geotermia.

Hidráulica81,9%

Biomassa6,6%

Carvão ederivados

1,4%

Eólica0,5%

Gás natural4,4%

Nuclear2,7%

Derivados do petróleo2,5%

⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Fig. . Matriz energética brasileiraFonte: adaptado de EPE ().

No Brasil, a matriz energética está concentradana geração hidrelétrica (EPE, ), como se pode ob-servar na Fig. ., porém, veri�ca-se que há um au-mento signi�cativo do uso de fontes alternativas (de-nominadas outras na Fig. .), como eólica e solar apartir de , e crescimento semelhante pode ser ob-servado no restante domundo (Fig. .). De forma ge-

ral, a matriz brasileira tem uma porcentagem bastante alta de energias renováveis,podendo ser considerada uma matriz mais limpa, quando comparada à de outrospaíses.

250

106 tep

200

150

100

50

0

1970

1975

1980

1990

1995

2000

2005

2010

Petróleo

Gás natural

Lenha

Produtosda cana

Outras

Hidráulica

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Fig. . Evolução da produção de energia primária no BrasilObs.: tep = tonelada equivalente de petróleoFonte: adaptado de EPE ().

A aplicação mais comum de energias renová-veis ainda é para o aquecimento de água para uso re-sidencial, seguido da geração de energia por turbinaseólicas que fornecem energia elétrica para a rede dedistribuição. O uso de energia solar para geração deenergia elétrica ainda tem custos muito altos, prin-cipalmente no Brasil, o que limita a sua aplicação.Por outro lado, a restrição de natureza econômicaaponta para a importância de políticas públicas noapoio à geração e consumo da energia elétrica pro-veniente de fontes limpas. O uso de biocombustívelestá sendo incentivado, mas com aplicações restritase ainda com baixa escala de produção e uso.

Nesta seção, o enfoque será dado às fontes solare eólica em função do seu maior potencial de uso noBrasil.

Energia solarO uso da energia solar pode ser direcionado para diversos equipamentos, asaber:⧈ células fotovoltaicas (geração de energia);⧈ coletores solares (aquecimento de água);⧈ sistema por absorção solar (climatização/refrigeração).

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Seleção de materiais e

edifícios de altodesempenho ambiental

V G S

M G SPreocupações éticas são a base do conceito de sustentabilidade. Seu objetivoprimário é a distribuição justa de recursos, de maneira a satisfazer adequada-mente as necessidades de toda a população, resguardando e restaurando osestoques para que as futuras gerações também possam fazê-lo. A transferên-cia de tais implicações éticas para as atividades de construção relaciona-se aofechamento de ciclos de utilização de recursos e claramente indica caminhosespecí�cos quanto à minimização e inteligência no uso, origem, renovabili-dade e extensão de vida útil.A busca por edi�cações de alto desempenho ambiental do ponto de vista de

seleção de materiais, componentes e sistemas construtivos passa pela implementa-ção de pelo menos dois elementos principais: estratégias para projeto e protocolospara estimativa do desempenho na etapa de projeto e avaliação de edifícios cons-truídos. Técnicas objetivas como a avaliação de ciclo de vida (ACV) e indicadoresambientais quantitativos assumem um papel fundamental nesse sentido.

Assim, com o objetivo amplo de contribuir nessas duas frentes e avançar noembasamento para seleção de materiais para sustentabilidade, as seguintes ques-tões são discutidas neste capítulo:

⧈ destacar o foco crescente dirigido amateriais de construção considerandoo desempenho em sustentabilidade no ciclo de vida de empreendimentos;

⧈ sintetizar as principais técnicas para avaliação de desempenho ambientalde materiais, componentes e sistemas construtivos;

⧈ propor um conjunto de indicadores para, com base em ACV, descrever aecoe�ciência material no ciclo de vida de edi�cações e embasar o monito-ramento de projetos e edi�cações no Brasil;

⧈ explorar resultados de estudos de casos nacionais e posicioná-los em rela-ção a dados internacionais para referência; e

⧈ sugerir uma estratégia para incorporação dos conceitos apresentados naprática cotidiana de projeto.

. O Com o ritmo exponencial de crescimento populacional, é consenso que emalgum ponto a demanda por recursos não renováveis superará a sua dispo-nibilidade (Suzuki; McConnell, ), ainda que a de�nição de quando isso

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claras e resultados signi�cativamente variados, derivados de informações de paísese fontes diferentes e bases de dados frequentemente incomparáveis entre si.

Em países europeus, o uso crescente de sistemas de certi�cação de sustentabi-lidade de empreendimentos vem estimulando a avaliação da pegada de carbono deedi�cações. Como exemplo, um dosmétodos alemães calcula a pegada de carbonode um edifício com base nas normas desenvolvidas pelo Comitê Técnico doComitê Europeu de Normalização (CEN/TC ) para construção sustentável. As-sim como esperado para o protocolo desenvolvido pela Unep-SBCI, métricas paracálculo da pegada de carbono de edi�cações podem ser compartilhadas pelos dife-rentes métodos, mas também falta consenso quanto a um procedimento comumpara contabilização de emissões incorporadas.

. O ?Com sua lei da conservação da matéria, Antoine Lavoisier constatou quematéria não pode ser criada nem destruída. O que o ser humano tem hojeé o que herdou e é também o que deixará de herança às próximas gerações.Em termos ecológicos, uma faceta dessa mesma lei é que a matéria passa dereservatórios físicos aos biológicos, depois volta aos físicos e assim por diante,em ciclos.A interseção entre sustentabilidade e uso demateriais centra-se emduas ques-

tões: o que o ser humano está usando (toxicidade) e quão bem ele está usando(gestão de recursos). A resposta à primeira questão (toxicidade) re�ete o impactodas escolhas dos humanos nos recursos naturais e na saúde relativa do ambiente. Omodelo de gestão de recursos adotado caracterizará o impacto do ser humano naqualidade e no ciclo desse modelo e terá implicações no desempenho do material,componente ou sistema construtivo em termos de durabilidade, e�ciência energé-tica, quantidade de resíduo gerado, potencial para reúso e reciclagem, entre outros(Spiegel; Meadows, ). Ampliando essa visão, argumenta-se que a avaliação dodesempenho ambiental seja sempre balizada pelo desempenho funcional, para que,juntos, toxicidade, gestão de recursos e desempenho funcional formem uma basevaliosa para avaliar o uso de recursos materiais em termos de sustentabilidade.

Excelência na aplicação de conceitos de e�ciência, fechamento de ciclos demateriais e consideração da toxicidade potencial – linha mestra do chamado pro-jeto para o ambiente – caracterizam um edifício com alto desempenho ambiental,do ponto de vista material. A Ecologia da construção instigada por Kibert, Sendzi-mir e Guy (a; b) calca-se na criação de analogias entre sistemas naturaise processo de produção de edi�cações. No caso de materiais, tais analogias visamalcançar um metabolismo muito lento, ou seja, o máximo alongamento entre omomento de consumo inicial de recurso e a necessidade de nova utilização, enquantose promove a saúde dos ocupantes e uma relação simbiótica com o ambiente, naqual os dois sistemas – natural e construído – se bene�ciem.

Dessas duas vertentes, entre outras, resultaram as recomendações para projetopara padrões cíclicos de uso e outras estratégias para facilitar o fechamento dosciclos (Silva, b), como a desmaterialização, que busca reduzir a intensidadematerial (consumo de recursos e massa) do ambiente construído (Kibert; Sendzi-mir; Guy, b); e a desconstrutibilidade, visando à recuperação de materiais eenergia (Yeang, ).

Seleção de materiais e edifícios de alto desempenho ambiental

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Parte 2O

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O clima urbano e oambiente construído

D DEste capítulo discute a interdependência entre o edifício e o ambiente urbanoe como um afeta o outro, ou seja, mostra que não há como pensar o edifícioambiental fora do seu contexto urbano e climático. Além disso, nessa intera-ção, não há como pensar o edifício sozinho inserido em um ambiente urbano,mas, sim, re�etir sobre um grupo de edifícios, no mínimo em uma escala denove quadras, para considerar o que acontece no entorno imediato de umadeterminada quadra (de referência), entendida aqui como a unidademínimade projeto (Fig. .).

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Fig. . Quadra de referênciacomo unidade mínima deprojeto e mais oito quadras noentorno imediato; (A) umaversão simplificada do contextoexistente em um bairro nocentro da cidade de São Paulopara estudos paramétricos; (B)exemplo de um caso real, nodistrito da República, em SãoPauloFonte: Labaut e LabHab ().

O principal motivo para se considerar o clima urbano é a criação de ambi-entes construídos que interajam com a atmosfera gerando microclimas nos quaisas pessoas se sintam confortáveis (Brown; Gillespie, ). Se o espaço não oferececondições de conforto, não atrai as pessoas. Se tiver alternativa, o usuário vai buscarum espaçomais confortável do ponto de vista térmico, luminoso, acústico, tátil etc.Com o objetivo principal demelhorar a qualidade ambiental das cidades, é precisoaprimorar as condições que favoreçam o uso dos espaços públicos onde as pessoascirculam a pé, de transporte público ou por outrosmeios nãomotorizados de trans-porte. Para que as pessoas passem mais tempo nos espaços públicos, essa vivênciaprecisa ser prazerosa (Robinson; Bruse, ). Um segundo objetivo é minimizar oconsumo de energia em edifícios (Brown; Gillespie, ). Para atingir esses doisobjetivos, é importante conhecer os elementos do microclima que mais afetam oconforto humano, o consumo de energia das cidades e dos edifícios, e reconheceraqueles que podem ser alterados pelo planejamento e pelo desenho urbano.

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Fig. . Parque Trianon, na Av.Paulista, local com dois pontosde medição: um na entradaprincipal do parque (ponto A) eoutro parte central (ponto B).Fonte: Google DigitalGlobe().

ranjos com vegetação, solo exposto e corpos d’água para equilibrar o balanço deenergia. A presença de água no sistema resulta em maior taxa de evaporação e,consequentemente, na diminuição da temperatura do ar. Diversos estudos trazemcontribuições nesse sentido, visando à incorporação do verde e seus efeitos nasáreas urbanas e nos edifícios. Aos poucos, esse conhecimento vem sendo incorpo-rado nas legislações municipais, como o green plot ratio, adotado em Cingapura(ONG, ).

. E O canyon urbano é largamente utilizado nos modelos microclimáticos comouma estrutura que se repete na urban canopy layer, UCL, e é afetado direta-mente pelo balanço de radiação. O canyon é de�nido como o espaço tridi-mensional formado pela rua e pelos edifícios lindeiros à via. Na área urbana,ele restringe a visão da abóbada celeste, caracterizada pelo fator de visãode céu, causa múltiplas re�exões da radiação solar e geralmente restringe omovimento do ar. Por outro lado, em climas tropicais, edifícios em canyonsurbanos podem se bene�ciar do sombreamento mútuo.Na estrutura do canyon, a radiação solar é absorvida e transformada em calor

sensível, atingindo principalmente as coberturas e as superfícies verticais dos edifí-cios. Paredes, coberturas e solo emitem radiação de onda longa para o fundo de céu,e a intensidade depende do fator de visão de céu. O balanço líquido entre ganhossolares e perda de calor em consequência da emissão de radiação de ondas longasdetermina o balanço térmico de áreas urbanas. Como a perda de calor radiante émais lenta em áreas urbanizadas, o balanço líquido é maior do que nos arredores

O clima urbano e o ambiente construído

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Fig. . Biblioteca Nacionalde Cingapura. Recortes e

detalhes das fachadas quecontribuem para minimizar o

ofuscamento provocado pelascores claras, além de outros

benefícios microclimáticos parao edifício e para o entorno

Fotos: Denise Duarte.

. E Edifícios in�uenciam o clima urbano (Emmanuel, ; Wong; Chen, )substituindo solo exposto, solo gramado e árvores por asfalto, concreto evidro; trocando volumes arredondados e resilientes ocupados pela vegeta-ção por superfícies rígidas e angulosas características dos edifícios; emitindocalor gerado pelos sistemas de ar-condicionado e por processos industriais;e conduzindo a água da chuva para os sistemas de drenagem, diminuindodrasticamente a in�ltração no solo.Por outro lado, os edifícios também podem ser tratados de diversas manei-

ras como parte da estratégia de climatização urbana no tratamento da interfaceentre espaço público e privado no nível da rua, bem como no projeto do edifíciocomo um todo, incluindo a volumetria, a orientação, o projeto de fachadas oua criação de espaços de transição interior/exterior ao longo das mesmas (Yeang,). Podem ainda ser exploradas a incidência da radiação solar na forma e noprojeto de fachadas ou o aproveitamento dos ventos para resfriamento noturnoda massa construída do edifício. Além das vantagens evidentes para a redução doconsumo de energia do edifício propriamente dito, isso tudo resulta em menorcarga térmica acumulada e em menos calor reirradiado para a cidade no períodonoturno, contribuindo para a mitigação da ilha de calor (Duarte, ).

As regulamentaçõesmunicipais geralmente incentivam o estabelecimento delimites muito rígidos entre o espaço público e o privado, e com isso eliminamos tão desejáveis espaços de transição, mas existem alternativas ligadas tanto aotratamento dos espaços abertos propriamente ditos como também ao desenho dosedifícios, que podem criar espaços de transição climática e de uso.

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Edifícios altos eforma urbana

J C S G,

M M A

C M ( .)

M L R ( .)

Com o crescimento mundial da população urbana, que ultrapassou a marcados %na primeira década do século XXI (UNDESA, ), tanto o impactoambiental quanto o sucesso das dinâmicas socioeconômicas de cidades aoredor do mundo estão diretamente relacionados aos desa�os e às vantagensdas altas densidades populacionais, como claramente colocado em uma sériede referências bibliográ�cas de interesse e repercussão internacional (Unep,; Glaeser, ; Urban Task Force, ). Nesse contexto de adensamentodas cidades, o desempenho ambiental de edifícios e espaços abertos se de-para com os impactos da forma urbana na qualidade do ambiente construído(Fig. .).

⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Fig. . Vista da concentração de edifícios do centro da cidade de São Paulo, que formam uma grandefonte de aquecimento urbano pela forma urbana e concentração de material inerteFoto: Joana Carla Soares Gonçalves.

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. O A discussão sobre o desempenho ambiental de edifícios ganha uma comple-xidade maior, e absolutamente necessária, quando inserida no contexto am-biental das cidades. Isso porque as condições microclimáticas do ambienteconstruído são determinantes para o desempenho ambiental e energético dosedifícios. Como exemplo, o processo de urbanização presenciado em muitascidades ao redor do mundo a partir da segunda metade do século XX desen-cadeou um processo de deserti�cação climática, com o aumento das tempera-turas do ar e a diminuição da umidade, como constatado em várias regiões dacidade de São Paulo (Nobre et al., ), em imagens de satélite tiradas sobrea cidade que registraram temperaturas super�ciais chegando aos °C nosbairros do centro, na primavera, enquanto áreas verdes marcavam de °C a °C.A con�guração da forma urbana, combinada com a concentração de mate-

riais inertes do ambiente construído, retém uma parcela signi�cativa da energiaincidente da radiação solar, que é irradiada de volta para o ambiente urbano, ele-vando a temperatura do ar. Esse processo é acentuado com a escassez da vegeta-ção nos espaços abertos. Os edifícios constituem outro agente contribuidor desseaquecimento, em decorrência do calor gerado pelas atividades internas e o conse-quente consumo de energia, que é então transmitido para o ambiente urbano (Oke,). Em casos mais extremos, a elevação da temperatura do ar em áreas urbanasresulta nas chamadas ilhas de calor. De acordo com Oke (), quando o caloracumulado no canyon urbano não pode escapar para a atmosfera, aumentando atemperatura do ambiente urbano, o chamado efeito ilha de calor é criado. Apesarde a temperatura do ar aumentar durante o dia em função da forma e das atividadesurbanas, o conceito de ilha de calor é fundamentalmente um fenômeno noturno,quando, ao contrário do esperado (temperaturas mais baixas do que as diurnas),as temperaturas acabam sendo mais altas do que as diurnas.

⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Fig. . Diagrama do canyon urbano ilustrando a reflexão e absor-ção da radiação global pelas paredes do canyon

O processo de aquecimento das cidades é agra-vado no cenário das mudanças climáticas decorrentesdo aumento da concentração de CO, trazendo eleva-ções ainda maiores de temperatura, juntamente comchuvas torrenciais e outros impactos climáticos.

Focando no impacto da forma urbana nas condi-çõesmicroclimáticas do ambiente construído, é impor-tante ressaltar que as áreas de canyon (de�nido peloparalelismo de edifícios) resultam em espaços aber-tos cujas condições ambientais são altamente in�uen-ciadas pelas proporções da forma urbana e das facha-das dos edifícios (Fig. .), muitas vezes anulando oimpacto da radiação solar consequente da orientaçãoa partir de uma determinada altura, como demons-trado por Mello (). Esse autor investigou o desem-penho de canyons típicos dos bairros centrais de SãoPaulo e identi�cou o canyon de razão (H/W= , rela-ção de altura (H) sobre largura (W) do canyon) como

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1910 � Regulamentações legislam

sobre alguns dos primeiros

edifícios na cidade, com três

ou quatro pavimentos, com

o objetivo de promover o

adensamento populacional

(Anitelli, 2010, p. 61).

� O modelo de produção dos

primeiros edifícios de aparta-

mentos em São Paulo (1910)

seguiram uma lógica de pro-

dução para o lucro pelo alu-

guel, dominante até a década

de 1940 (Anitelli, 2010).

Evolução da tipologia do edifício alto na cidade de São Paulo entre 1910 e 2014

1920 � Lei nº 2.332

Determina um padrão para

a altura máxima do edifício:

não mais do que três vezes a

largura da rua. Os edifícios

tendem a ser alinhados com a

rua, sem quaisquer recuos ou

afastamentos, ocupando todo

o lote e construindo empenas

cegas em seus limites laterais.

Essa relação definiu a pai-

sagem da cidade nas quatro

décadas seguintes (Silva,

1997).

� Planos para unidades residen-

ciais são estandardizados com

referência à habitação burguesa

europeia (Anitelli, 2010).

1924 � Ed. Sampaio Moreira

Projetado pelo arquiteto

Christiano das Neves. O edi-

fício supera a altura máxima

definida pela lei de 1920. É

o primeiro arranha-céu da

cidade e abre um precedente

para uma futura modificação

da legislação.

1929 � Código de Obras Arthur Saboya

Lei nº 3.427

No fim da década, entra em vigor

um Código de Obras na tenta-

tiva de normatizar a construção

de edificações, seguindo as dis-

posições da Lei nº 2.332. Este

código agrupa as ruas em três

categorias de acordo com a sua

largura: até 9 m, 9 m-12 m, mais

largas que 12 m; com limites de

altura máxima de 2, 2,5 e 3 vezes

a sua largura, respectivamente

(Souza, 1994).

� Ed. Martinelli

Construído por Giuseppe Mar-

tinelli, possui 130 m de altura

e foi a mais alta estrutura da

cidade até 1947, quando o Edi-

fício Banespa foi concluído.

Foto: Alberto Urameshi Malta (2014). Disponível em: <https://www.flickr.com/photos/albertomalta/14466934274/in/photostream/>. Acesso em: 03 nov. 2014.

Foto: Beatrizatihe (2014). Disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File%3AEdif%C3%ADcio_Sampaio_Moreira_1.jpg>. Acesso em: 12 nov. 2014.

Edifícios altos e forma urbana

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A economia das cidades: a perspectivade um economista sobre as vantagens

do adensamento urbano além dodesempenho ambiental

C E SGCidades, as densas aglomerações que pontilham o mundo, têm sido os motores da

inovação desde as discussões de Platão e Sócrates num mercado ateniense.(Glaeser, , tradução do autor).

O historiador econômico Paul Bairoch estimou que cerca de % da popu-lação mundial vivia nas cidades em . Em , aproximadamente umséculo depois, dados publicados pelas Nações Unidas sugeriam que esse per-centual subira para %, mas com grande variação entre países, com a taxada população urbanizada chegando aos % nos países mais ricos. Em con-junto com um crescimento substancial da população global, esse aumentopercentual signi�ca que aproximadamente quatro bilhões de pessoas vivemnas cidades ao redor do mundo correntemente, quantidade que deve conti-nuar subindo nos próximos anos, principalmente em decorrência do cresci-mento urbano nos países menos desenvolvidos, mas muito populosos, comoa China.Como os habitantes do campo, que viviam a grandes distâncias entre si, se

direcionaram em grande massa para as cidades ao longo do século passado, nagrande maioria dos países, eles passaram a viver mais próximos uns dos outros(Fig. .). Essa intensi�cação das aglomerações obviamente trouxe benefícios ex-traordinários, mas também importantes desa�os, que são temas deste capítulo.

Quão aglomeradas estão as pessoas? Muito. Por exemplo, apenas % de todoo território dos EstadosUnidos daAmérica encontra-se pavimentado e construído.No entanto, essa parcela reduzida de um vasto território abriga aproximadamente milhões de pessoas.

A história de São Paulo, no Brasil, é similar: o Estado possui uma populaçãode aproximadamente milhões de pessoas e um território total de . km.Desse total, porém, apenas . km são urbanizados, ou seja, todos esses milhões de cidadãos vivem emmeros % da área do Estado (Fig. .). Isso é que éaglomeração!

E a transformação em curso no país mais populoso do mundo, a China, su-gere que a força centrípeta das cidades não é fenômeno do Ocidente e de suasex-colônias (Fig. .). Lá, na maior economia em desenvolvimento do planeta, opercentual de residentes urbanos pulou de % para % do total nacional entreos anos de e , com previsão de alcançar os % até .

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Fig. . Vista aérea da Praçada República, no centro dacidade de São Paulo (início daaglomeração e verticalização dacidade de São Paulo)Foto: Fernanda Invernise ().

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Fig. . Pequim, vista dodistrito financeiro da capitalchinesa, de dentro da CidadeProibida. A paisagem urbanaretrata o aumento daaglomeração urbana naconstrução de edifícios altosFoto: Klaus Bode ().

urbanidade e padrão de vida andam juntos: a taxa de urbanização é um bom indi-cador de desenvolvimento econômico. A pobreza é basicamente rural, enquanto aurbanização é um dos pilares fundamentais do desenvolvimento econômico.

Além disso, a coluna “Crescimento da População Urbana” da Tab. . mos-tra que, como esperado, desde a última década as nações mais pobres estão seurbanizando mais rapidamente do que as mais ricas. O mundo não é plano nem

A economia das cidades

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T. . T ,

População urbana Crescimento da população urbana(-)

Países mais desenvolvidos % ,%

Países em desenvolvimento % ,%

Países menos desenvolvidos % ,%

Fonte: UN DESA (s.d.)

homogêneo, mas a sua população está se tornandomais urbanizada namedida emque se torna mais rica.

Infelizmente, porém, nem tudo são rosas. Em grandes cidades como o Riode Janeiro e Mumbai, milhares de pessoas vivem em condições muito aquém dasdesejáveis, sem acesso à infraestrutura básica, como saneamento, energia e boasescolas. No entanto, culpar a estrutura social chamada cidade por essas vicissitudesé confundir a direção do efeito causal. Cidades não causam pobreza, o que ocorre éque as pessoas pobresmigrampara as cidades na busca demelhores oportunidadespara si e para seus �lhos. A cidade não gera pobres, ela os atrai. Dito de outromodo,a pobreza urbana é, num certo sentido, um sinal de vitalidade das cidades, é provainegável de que as cidades são um polo de atração para aqueles que vivem isoladosna extrema pobreza do campo.

É ingênuo, ou pior, enganoso, comparar o padrão de vida na favela da Roci-nha, no Rio de Janeiro, com o de residentes de famosas cidades modernas como osda ilha deManhattan, emNova York, ou de Londres. A comparação certa é entre apobreza e a possibilidade demobilidade social de quemmora na favela da Rocinhae as de quem mora nas áreas rurais do estado do Rio de Janeiro.

Por que as cidades geram desenvolvimento? Ao permitir a concentração deatividades em uma área relativamente pequena, criando relações de proximidade,as cidades:

⧈ facilitam a exploração de economias de escala que, por sua vez, permitemaior especialização e expansão na variedade de produtos e serviços colo-cados à disposição dos consumidores;

⧈ economizam em custos de transporte e tempo;⧈ aumentam as interações humanas e, com isso, a produtividade no traba-

lho;⧈ são um solo fértil para o desenvolvimento de novas ideias, pois ideias são

função direta da taxa de troca de conhecimento entre as pessoas;⧈ ajudam a preservar o ambiente natural na medida em que concentração

restringe a área ocupada pelas atividades humanas.Claro que há custos associados com a vida urbana que não devem ser deixa-

dos de lado nessa re�exão. Aglomerar pessoas e atividades socioeconômicas não éuma tarefa simples. Engarrafamentos e di�culdade de mobilidade, poluição, crimi-nalidade, infraestrutura urbana saturada são alguns dos graves problemas atrela-dos às grandes aglomerações urbanas. Como os economistas gostam de dizer: be-nefícios sociais raramente são como um almoço grátis. Contudo, mesmo que nadavenha sem custo na vida urbana, políticas públicas podem reduzir esses custos e,consequentemente, aumentar os benefícios líquidos da vida em aglomerações.

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Parte 3P

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Projeto integrado e o papel dasimulação computacional de

desempenho ambiental(exemplos de projeto)

J C S G

G B K B( .)

K B ( . .)

A crescente in�uência de questões de desempenho ambiental no projeto ar-quitetônico de edifícios, incluindo conforto e energia, observada desde osanos , tem sido acompanhada do uso de simulações computacionais,tanto como ferramenta central de avaliação do desempenho da arquiteturapropriamente dita como de integração entre arquitetura e engenharia de sis-temas prediais, em especial entre as equipes europeias de projeto. Entretanto,vale destacar que, como con�rmado no caso de exemplos ícones de uma novageração de edifícios, o bom desempenho ambiental do projeto não deixou deser embasado no entendimento claro e aprofundado de princípios da Físicaaplicada à construção, somado ao conhecimento de precedentes testados evalidados por estudos de casos existentes.Com vistas ao melhor desempenho ambiental de edifícios, é importante tam-

bém ressaltar que a experiência dos casos apresentados neste capítulo, como exem-plos de projeto integrado, revela o impacto signi�cativo da identi�cação de crité-rios apropriados de desempenho para o resultado arquitetônico �nal e o desempe-nho ambiental real do edifício. Essa identi�cação de critérios émais importante atédo que o aumento da complexidade do processo de projeto pormeio de programasde simulação computacional. É válido lembrar que a escolha de critérios para ummelhor desempenho ambiental e energético dos edifícios, em diferentes partes domundo, implica a revisão crítica de critérios e procedimentos convencionais, nãoadequados a uma abordagem de projeto que busca uma interação maior com oclima externo e, consequentemente, maior qualidade ambiental e menor consumode energia dos edifícios.

Contudo, a grande importância de conceitos e critérios não elimina o papeldas simulações computacionais de testar, validar, aprimorar e mesmo ilustrar es-tratégias de projeto para um melhor desempenho ambiental dos edifícios. Alémdisso, o uso de ferramentas de simulação computacional de desempenho ambien-tal, nas várias fases do projeto, tem tido um papel crucial de acentuar as vantagensde soluções verdadeiramente integradas entre arquitetura, engenharia e sistemasprediais.

Conforme apontado, o processo de projeto de um número de edifícios loca-lizados dentro e fora da Europa (que foi liderado por um conjunto de pro�ssio-nais europeus, especialistas nas questões de desempenho ambiental), desenvolvidodesde o �nal da década de , promoveu a introdução de tecnologia no projeto,

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por meio de simulações computacionais de desempenho ambiental, com a �nali-dade de reduzir a dependência do uso de sistemas prediais na rotina de ocupaçãodos edifícios.

Somado ao cumprimento de exigências de regulamentações energéticas, as-sim como o interesse em processos de certi�cação verde do tipo voluntária, amboscrescentes ao redor domundo, a avaliação de projetos pormeio de programas de si-mulação computacional se tornou uma etapa obrigatória no processo de projeto deedifícios associados com algum tipo de regulamentação energética ou ambiental.Entretanto, nesses casos, a simulação pode não passar de uma simples veri�caçãode desempenho para efeitos de comparação com um check list de metas e critérios,sem necessariamente ter uma in�uência signi�cativa no projeto arquitetônico.

Apesar de os estudos com simulação computacional adicionarem complexi-dade ao processo de projeto, em essência, a avaliação de desempenho ambientalcom o auxílio desses programas oferece a possibilidade de simpli�cação e aprimo-ramento dos projetos de arquitetura e sistemas prediais, para um melhor desem-penho ambiental. Esse é o enfoque dado ao papel da simulação computacional dedesempenho ambiental nos três projetos discutidos neste capítulo, em prol da inte-gração entre arquitetura e engenharia, com soluções originais e contextualizadas.

Os projetos são: o Velódromo das Olimpíadas de Londres de , de autoriaarquitetônica do escritório Hopkins Architects; o edifício da Escola de Economiade Toulouse (TSE, Toulouse School of Economics), projeto do escritório Gra onArchitects; e o edifício de escritóriosOneAirport Square, emAcra, naRepública deGana, projetado pelo escritório de arquitetura Mario Cucinella Architects (MCA).Paralelamente aos projetos de arquitetura, os estudos ambientais desses três proje-tos foram realizados pelo escritório de engenharia e consultoria BDSP Partnership.

. V O L :

Ficha técnica

Edifício Velódromo das Olimpíadas de Londres de (London Velodrome)

Cidade Londres, latitude °N

Arquitetura Hopkins Architects

Estrutura Expedition

Engenharia de sistemas prediais edesempenho ambiental

BDSP Partnership

Área total construída . m

Construção

.. O sucesso do projetoCom projeto de arquitetura do escritório Michael Hopkins, engenharia deestruturas do Expedition e sistemas prediais e desempenho ambiental da em-presa BDSP Partnership, o velódromo construído para as Olimpíadas de ,em Londres, é um dos edifícios ícones do Parque Olímpico, e é o principal

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chaminé. A Fig. . mostra os resultados das simulações de dinâmica computacio-nal de �uidos (CFD), com a indicação das pressões do ar nas superfícies externase das velocidades do ar ao redor da forma.

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Fig. . Simulaçãocomputacional de dinâmica defluidos (CFD) mostrando aspressões do fluxo de ar sobre asuperfície externa da forma,com as maiores intensidadesvistas nas partes mais altas daforma. As simulações de fluxode ar foram realizadas com osoftware CFX (Ansys, )Fonte: BDSP Partnership.

A �m demaximizar a captação dos ventos locais para o desempenho térmicodo edifício, a orientação original do diâmetro mais longo da forma sob o eixoleste-oeste foi alterada em direção aos ventos predominantes vindos do sudoeste.A nova orientação possibilitou a ocorrência de maiores pressões negativas junto àssaídas de ar, aumento do �uxo de renovação do ar interno e, com isso, a e�ciênciada ventilação.

Como visto no Quadro ., a meta para a temperatura do ar na pista é de,no mínimo, °C, e a temperatura ideal é de °C, independente da estação doano, sendo esta uma exigência da função para garantir uma baixa resistência do arpara os ciclistas. Enquanto no verão não é difícil atingir esse objetivo com meiospassivos, nas meias estações e no período mais frio do ano, o edifício precisa dossistemas de aquecimento tanto na pista de corrida como nas áreas ocupadas pelosespectadores.

A �m de responder às diferentes exigências de conforto térmico no períodode inverno, o sistema de aquecimento foi dividido em três partes (duas para apista e uma para a arquibancada): aquecimento sob o piso e um insu�amento dear quente direcionado de sob as arquibancadas para a pista, chamado em inglêsde jetted heated air supply, e outro sistema de insu�amento de ar quente sob osassentos das arquibancadas, exclusivo para o conforto dos espectadores. A divisãodo sistema de aquecimento em partes separadas não só favoreceu o alcance dascondições térmicas distintas em diferentes partes do edifício, como garantiu umamaior e�ciência energética do sistema.

A �m de minimizar a demanda energética para o aquecimento do grandeambiente interno do velódromo (incluindo pista e assentos), o sistema de aqueci-mento foi concebido para que o ar quente introduzido no ambiente seja misturadoe permaneça junto à pista e aos espectadores, emvez de ser estrati�cado ao longoda

Projeto integrado e o papel da simulação computacional de desempenho ambiental (exemplos de projeto)

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Fig. . Mapeamento da radiação incidente (irradiation mapping) nas dez fachadas distintas do complexo arquitetônico, acumuladadurante os dias de verão, em função da orientação e do autossombreamento dos blocos e do entorno imediatoFonte: BDSP Partnership.

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Fig. . Representação dastrês variações de área

envidraçada e das trêsestratégias de sombreamento

que, combinadas, deramorigem às nove opções de

janela a serem simuladas nosdois pavimentos de referência,

das dez fachadas distintasdo projeto

Fonte: BDSP Partnership.

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Fig. . Diagrama de representação das noveopções de janelaFonte: BDSP Partnership.

Para o modelo com a proteção solar da aleta inclinada, fo-ram calculados dois percentuais de área de vidro: um referenteà porção desobstruída do vidro e outro à área envidraçada totalem relação à área de fachada (WWR), resultando nas seguintescombinações: para % de área desobstruída, umWWR de %;para % de área desobstruída, umWWR de %; e para % deárea desobstruída, umWWR de % (Fig. .).

A Fig. .mostra os resultados das simulações de desempe-nho luminoso, realizadas com o so ware Radiance, apresentadosna formade fator de luz natural (FLN), sendo esse o percentual deluz natural da abóboda celeste de um céu nublado,medido ou cal-culado em um plano horizontal desobstruído, que chega em umponto do espaço interno, em função do tamanho e localização da

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Fundamentos da

simulação energéticade edificações

A HMalkawi e Augenbroe () apontam que o espectro do termo simulação deedi�cações é bastante amplo e varia de avaliações de �uxo demassa e energia,passando por durabilidade estrutural e desempenho de sistemas, até simula-ção do comportamento da edi�cação no sítio da construção. Os primeirosdesenvolvimentos de ferramentas de simulação foram iniciados nas décadasde e , focando no campo do desempenho energético da envoltóriada edi�cação, e expandiram-se para os sistemas de iluminação, climatização,aquecimento, ventilação e outros. Atualmente, este escopo se ampliou paraanálises que avaliam transferência de calor e massa combinados, acústica,sistemas de controle e várias combinações de simulações de climas urbanose microclimas.Os principais usos de ferramentas de simulação são apresentados por Hong,

Chou e Bong (), a saber:⧈ Estudo de estratégias passivas

Ferramentas de simulação permitem avaliar o impacto no desempe-nho energético da edi�cação pelo uso de estratégias passivas como som-breamento, iluminação natural, geotermia etc.

⧈ Uso de ferramentas de Dinâmica de Fluidos Computacional (Computatio-nal Fluid Dynamics, CFD)

Tipo de ferramenta que permite estudos de microclima urbano eno interior de edi�cações, ventilação de edi�cações, segurança em incên-dios etc.

⧈ Cálculo de cargas de resfriamento/aquecimento de edi�caçõesOs valores de pico e o per�l das cargas de aquecimento/resfriamento

são a base para o dimensionamento e a seleção de sistemas de climatização,aquecimento, ventilação e refrigeração. Essas cargas são de�nidas como aquantidade de energia necessária para se manter um ambiente com suascondições de temperatura, umidade relativa e velocidade controladas.

⧈ Análise de desempenho energético para projeto e retro�t (ou reabilitaçãoespacial/tecnológica)

A ferramenta de simulação pode oferecer os per�s de consumo deenergia da edi�cação e o desempenho dos principais sistemas em carganominal e parcial. Carga nominal é a quantidade de energia que pode sertransferida por resfriamento por um sistema de climatização em condi-ções especi�cadas em norma de testes de capacidade. Carga parcial, por

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. E-Como mencionado anteriormente (Hong, Chou, Bong, ), um dos usosfrequentes de ferramentas de simulação energética está voltado para projetosde novas edi�cações. Neste caso, para se de�nir se a edi�cação é e�ciente ounão, faz-se necessário o uso de edi�cações cujas características (envoltória,sistema de climatização, iluminação etc.) sejam tais, que o seu desempenhoenergético possa ser tomado como referência (benchmarking ou baseline).Nesse contexto, têm sido utilizadas no Brasil algumas normas que fornecem

diretrizes para a de�nição dessa edi�cação de referência. A norma ASHRAE .(ANSI; ASHRAE; IESNA, ) fornece dados para construir ummodelo de umaedi�cação virtual para a simulação energética, o qual serve de limitemáximopara oconsumo de uma edi�cação para diferentes localidades. Nessa norma, está previstaa etapa de construção de uma edi�cação de referência virtual por meio de modelopara simulação. Os per�s de consumo de energia e de custos de operação dessemodelo são avaliados e serão úteis comomedida de comparação quando se avalia odesempenho de outras edi�cações. Dessa forma, veri�ca-se se o per�l de consumoe/ou de custos de operação dessas edi�cações está acima ou abaixo do per�l deconsumo de energia e/ou custos da edi�cação de referência. Caso esteja acima,modi�cações podem ser realizadas nas características da edi�cação proposta parareduzir os seus níveis de consumo, de forma a �car igual ou abaixo dos níveis daedi�cação de referência.

No sentido de aprimorar os projetos e buscar níveis mais altos de e�ciênciaenergética e maiores reduções no impacto ambiental, foi lançada a norma ASH-RAE . (ANSI et al., ), que propõe diretrizes mais exigentes do pontode vista energético que as apresentadas na já mencionada norma . (ANSI;ASHRAE; IESNA, ). Essas exigências vão desde valores de COP mais altospara os sistemas de climatização, passando por níveis menores de densidade depotência de iluminação arti�cial. O objetivo principal é fornecer bases para umprojeto de edi�cações de alto desempenho energético que incorporemos conceitosde projeto integrado (Building Information Modeling, BIM) e análises de custo deciclo de vida.

Especi�camente no Brasil, a Eletrobras desenvolveu um selo energético paraedi�cações dentro de um programa denominado Procel Edi�ca – E�ciência Ener-gética em Edi�cações (Procel, ). Neste programa, devem ser atendidos os re-quisitos descritos nos seguintes documentos:

⧈ RTQ-C: Regulamento Técnico da Qualidade para o nível de e�ciênciaenergética de edifícios comerciais, de serviços e públicos;

⧈ RTQ-R: RegulamentoTécnico daQualidade para o nível de e�ciência ener-gética em edi�cações residenciais;

⧈ RAC-C: Regulamento de Avaliação da Conformidade do nível de e�ciên-cia energética de edifícios comerciais, de serviços e públicos;

⧈ RAC-R: Regulamento de Avaliação da Conformidade do nível de e�ciên-cia energética de edi�cações residenciais.

Além desses documentos, a Eletrobras também fornece Guias Procel Edi�caabordando os seguintes tópicos:

⧈ acústica arquitetônica;⧈ clima urbano;⧈ desempenho térmico;

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Avaliação de desempenho,

simulação computacional eo projeto arquitetônico

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A cobrança crescente pela quanti�cação do consumo de energia em edifíciosao redor do mundo fez das simulações computacionais de desempenho ener-gético e ambiental uma parte essencial do processo de projeto. Osmétodos deavaliação de desempenho apoiados em técnicas de simulação computacionalvieram aprimorar o processo de projeto com a investigação criteriosa sobreo impacto dos vários aspectos arquitetônicos e do programa de atividades nodesempenho ambiental dos edifícios. Desse modo, a e�ciência de soluçõesprojetuais derivadas da interpretação arquitetônica dos princípios da Físicapode ser comprovada, quanti�cada e aprimorada.

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Fig. . Simulação do desempenho luminoso da sala da Assem-bleia do Edifício do Senado do País de Gales, no Reino Unido, nosolstício de verão ( de junho) e no equinócio de outono ( desetembro). Vê-se a boa distribuição da luz natural (sem a influênciada luz artificial) e a ausência de raios da luz direta, que ficam restritosàs paredes do grande cone que conecta a sala ao ambiente externoFonte: BDSP Partnership.

Variáveis do desempenho térmico e luminosode edifícios podem ser quanti�cadas e visualizadaspor meio de simulações computacionais, incluindotemperatura, umidade, movimento do ar, insolação,sombreamento e níveis de iluminação (Fig. .). Pro-gramas de avaliação do desempenho ambiental de pro-jeto arquitetônico oferecem uma so�sticada e clara co-municação visual dos fenômenos da Física aplicada aoambiente construído, facilitando sua compreensão eaproveitamento no processo de projeto. Esse processo,por sua vez, se bene�cia da rápida veri�cação do de-sempenho comparativo de soluções alternativas possi-bilitadas pelas simulações.

No campo do desempenho térmico e energético,uma das maiores vantagens das técnicas computaci-onais, quando comparadas aos métodos analíticosmais simpli�cados, é a possibilidade da avaliaçãotermodinâmica, que considera variações do climaexterno, bem como do padrão de ocupação e, ainda,os efeitos da inércia térmica da construção ao longodo tempo. Com relação aos resultados, no caso deedifícios dependentes de sistemas de climatizaçãoarti�cial, as simulações de termodinâmica fornecemdados de carga térmica de resfriamento e/ou aqueci-mento, dependendo do clima em questão e dos requisitos de desempenho. Já paraedifícios cujas condições ambientais são determinadas por estratégias passivas,

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Fig. . Soluções de fachadado projeto da Escola deEconomia de Toulouse (TSE), naFrança, com vistas aodesempenho térmico eluminoso dos espaços internos.A parte superior da figuramostra a resposta arquitetônicaàs opções de abertura eproteção solar sugeridas combase em resultados de estudosanalíticosFonte: Grafton Architects.

envoltória. Este foi o desempenho demonstrado em simulações computacionais dedinâmica de �uidos (CFD, Computational Fluid Dynamics) (Figs. . e .).

Entretanto, a justi�cativa da forma curvilínea do edifício exclusivamente peloseu desempenho ambiental não parece lógico, uma vez que desempenho similarpoderia ser alcançado com alternativas arquitetônicas mais simples e convencio-nais. Certamente, o projeto da antiga sede da empresa Swiss Re foi movido pelaintenção de criação de um ícone arquitetônico, de forma inusitada, da geração deedifícios altos, in�uenciada por critérios de desempenho ambiental.

A princípio, o uso da simulação computacional de desempenho ambiental nabusca de formas arquitetônicas constitui umprocedimentometodologicamente vá-lido desde que o processo seja guiado por princípios e critérios objetivos e também

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Fig. . Simulação do impacto da forma do edifício th St.Mary Axe na ventilação do entorno imediato feita com programacomputacional de dinâmica de fluidos, mostrando a ausência deturbulências em decorrência da forma aerodinâmicaFonte: BDSP Partnership.

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Fig. . Simulação do padrão de ventilação no ambiente urbanodo edifício th St. Mary Axe, confirmando a ausência de turbulên-cias criadas pelos edifícios altosFonte: BDSP Partnership.

Avaliação de desempenho, simulação computacional e o projeto arquitetônico

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Confrontando seus resultados a obras de arquitetos que extrapolaram seutempo como Utzon e Gaudí, pode-se inferir a dimensão do recurso digital en-quanto suporte do pensamento, criação e expressão. De fato, tanto Utzon quantoGaudí utilizaram processos peculiares na concepção de suas obras, por vezes inaca-badas, que traduzem procedimentos similares de investigação, utilizandomodelosfísicos que encontram correspondência nos modelos e processos digitais disponí-veis atualmente.

. O A criação de formas arquitetônicas inovadoras é tema central dos processosde projeto que caracterizam a chamada arquitetura generativa. Nessa aborda-gem, inovações relacionadas aos processos e critérios de concepção da formaarquitetônica aplicam-se tanto ao edifício como aos seus componentes, como uso da simulação computacional envolvendo questões de insolação, ilumi-nação e ventilação.Dando continuidade à discussão sobre a in�uência da tecnologia digital na

arquitetura, o exercício de projeto, que será apresentado a seguir, explorou o temado edifício alto de melhor desempenho ambiental, utilizando estratégias e ferra-mentas de geração de formas da chamada arquitetura generativa, também conhe-cida como arquitetura paramétrica (diferente dos procedimentos de análises para-métricas do desempenho ambiental mencionados anteriormente), combinadas aprincípios, critérios e métodos de avaliação do desempenho ambiental. O projetofoi desenvolvido no workshop promovido pela escola de arquitetura ArchitecturalAssociation School of Architecture, de Londres, no ano de , em São Paulo, e foicoordenado pelos professores Anne Save de Beaurecueil e Franklin Lee, tambémsócios-fundadores do escritório de arquitetura anglo-brasileiro SUBdV.

A proposta partiu do desenvolvimento de umpadrão geométrico para formarmódulos de fachada que pudessem se movimentar abrindo e fechando de acordocom a variação dos níveis de radiação incidente. Com isso, esses elementos de con-trole de radiação solar poderiam ser então estruturados de forma a serem aplicadosao longo da fachada de um edifício alto de escritórios, idealizado para a latitude deSão Paulo.

Além do desenvolvimento dos componentes da fachada, também fez partedo exercício repensar na forma retangular padrão dos edifícios de escritórios daavenida Paulista. Assim, a forma do edifício foi concebida com o objetivo de provo-car um autossombreamento parcial da área de fachada, no período dos equinócios,sendo essa proteção complementada pelos componentes de padrão geométrico eoperação previamente de�nidos.

Para a modelagem paramétrica, foram usados o programa Rhinoceros e seusaplicativos Grasshopper e Geco. A produção de modelos físicos e protótipos foirealizada com tecnologia de corte a laser e máquinas de usinagem CNC.

O exercício de projeto teve início com a elaboração de modelos físicos, osquais serviram de base para a modelagem paramétrica computacional que, porsua vez, teve continuidade na fabricação digital de componentes para o projeto defachada. Como entendimento das possibilidades formais e estruturais pelomodelofísico, na sua etapa �nal, o processo de projeto volta para o aprimoramento dosmodelos digitais, no que se refere às questões propostas de desempenho ambiental,que são, nesse caso, o controle da radiação e da luz natural.

Avaliação de desempenho, simulação computacional e o projeto arquitetônico

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Fig. . Corte na CNC da maquete do edifício projetadoFoto: Erica Mitie Umakoshi Kuniochi.

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Fig. . Modelo físico do novo edifício alto, resultado do pro-cesso paramétrico de geração de formaFoto: Erica Mitie Umakoshi Kuniochi.

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Fig. . Simulação dodesempenho da iluminação

natural no pavimento tipo

A ondulação do plano vertical da fachada, combinada à resposta dinâmicado componente de sombreamento à incidência da radiação, confere movimento ediversidade à solução arquitetônica �nal, na medida em que o grau de abertura docomponente se altera de acordo com a sua posição e consequente orientação solar(Fig. .).

O projeto do componente de proteção solar foi desenvolvido considerandoas restrições e as exigências estruturais do modelo físico, descobertas ao longo doprocesso de evolução da forma e da inserção de critérios especí�cos de desem-penho ambiental. Como demonstrado ao longo desse processo, a interface entrea elaboração do modelo físico e o digital-paramétrico traz complexidade e origi-

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Arquitetura generativa

high-low: princípiose aplicações

A S B

F L

A arquitetura generativa é criada por meio de ferramentas computacionaiscom o objetivo de manipular a geometria da forma em resposta à in�uênciade variáveis de diferentes naturezas, incluindo as ambientais. Sendo assim,com base no uso de determinadas ferramentas, propõe-se um método di-ferenciado para o processo de projeto do edifício de melhor desempenhoambiental.Os princípios de uma arquitetura que condiz com o contexto ambiental estão

nas bases da física e da geometria da insolação aplicadas ao projeto de edifíciose espaços abertos, como visto em um grande leque de precedentes da história daarquitetura. No Brasil, a arquitetura modernista deu grande ênfase à importânciadas proteções solares e da ventilação natural na busca pelo conforto ambiental.Nesse contexto, os brise-soleil e as paredes de cobogó (elemento vazado), entreoutros componentes e aspectos da forma, tiveram umpapel marcante na formaçãode uma expressão arquitetônica bioclimática, ou de inserção ambiental.

No entanto, o forte valor estético da arquitetura bioclimática dado aos com-ponentes de proteção solar, como brises e tijolos vazados, levou à repetição desoluções comuns de projeto, por exemplo, o uso, em muitos casos, de um únicotipo de componente de mesma forma e dimensões para prover proteção solar àsdiferentes orientações e partes do edifício. Esse exemplo levanta questionamentossobre as consequências da generalização de determinadas soluções de projeto noque tange à e�ciência do desempenho dessas proteções, pois, apesar de funciona-rem apropriadamente em determinados períodos do ano e horas do dia, podemser super ou subdimensionadas para outras condições de exposição.

Aliada ao forte valor formal conferido a tais componentes na arquiteturamodernista brasileira, a falta da precisão analítica na busca pela proteção contraa radiação solar e o consequente superdimensionamento desses componentes, emmuitos casos, podem ser associados ao comprometimento de vistas para o exteriore da boa iluminação natural.

Com o uso das ferramentas digitais, é possível calcular com precisão e rigorgeométrico os ângulos de proteção solar e as consequentes áreas de visão do céu aserem mascaradas, para situações especí�cas do entorno do edifício, incluindo asvariações necessárias ao longo do ano e do dia, o que agrega dinâmica ao processode adaptação às mudanças temporais das condições de exposição. Comparativa-mente, os métodos mais simpli�cados de desenho geométrico estão associados aum repertório restrito de soluções projetuais, cuja geometria, tambémmais restrita,

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Fig. . Processo de projetoda nova envoltória do edifíciodas Lojas Clarindo, no bairro doMorumbi, em São Paulo.Projeto em construção. Osnúmeros representam asdiferentes soluções decomponentes desombreamento das fachadas eos ângulos correspondem aosângulos de sombreamentodo solFonte: Anne Save deBeaurecueil e Franklin Lee.

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Fig. . Modelo do edifíciodas Lojas Clarindo, com asnovas fachadas formadas porcomponentes desombreamento, projetados porum processo paramétrico degeração de formaFonte: Anne Save deBeaurecueil e Franklin Lee.

sequência, essas combinações foram testadas pela mesma ferramenta, que escolhea solução que apresenta a maior área de sombreamento.

Instituto Escola do Povo, Comunidade de Paraisópolis (UMCP), no bairro doMorumbi, São Paulo (projeto desenvolvido em e aguardandoinício da obra)A reforma e construção de novos edifícios no centro da comunidade de Pa-raisópolis para a UMCP (União de Moradores e Comércio de Paraisópolis)totalizou uma intervenção de m. Além de instalações bancárias e cinco

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localizado junto ao parque Ibirapuera, em São Paulo, em uma extensão doprograma de atividades do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo(MAC), isto é, incluir a inserção de umprograma de atividades culturais entrea nova sede do museu e o parque. Esse exercício de projeto contou com acolaboração da equipe de alunos e pesquisadores do Laboratório de ConfortoAmbiental e E�ciência Energética (Labaut) do Departamento de Tecnologiada Arquitetura da Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo,que deu apoio técnico na realização de medições de variáveis ambientais nosítio de projeto.

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Fig. . Vista da fachada doedifício do Instituto Escola doPovo voltada para a rua.Fachada formada porcomponentes de proteção solarfeitos de fios de nylon (modelodigital)Fonte: Anne Save deBeaurecueil e Franklin Lee.

Intervenção De-tran: double interfaceO objetivo deste projeto, do estudante Asako Hayasaki, foi a criação de umaconexão entre o edifício do Detran e o parque Ibirapuera, duplicando o níveldo solo e os fechamentos, permitindo a articulação de espaços em níveisdiferentes e com distintos graus de permeabilidade e acessibilidade (Save deBeaurecueil e Lee, a). Estratégias de controle ambiental são integradasaos espaços de circulação a partir do nível duplo de piso, e o fechamentovertical permeável contribui para a extensão dos aspectos urbanos e públicosdo edifício sobre os espaços de ligação com o parque.No parque, o espaço sob a grande marquise, que conecta todos os pavilhões

expositivos com os espaços abertos e semiabertos, é constantemente ocupado nos�nais de semana, porém, permanece praticamente deserto durante a semana. En-frentando essa questão, o projeto aposta na força de transformação da ligação físicaentre o espaço da marquise e o edifício, ocupada por um programa de atividadesculturais e quali�cada por condições ambientais diversas.

Arquitetura generativa high-low: princípios e aplicações

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Cálculos analíticos simplificados

para a avaliação de confortotérmico relacionado ao uso da

ventilação natural degalpões industriais

A B F

A RP S

A renovação do ar é de grande importância para a higiene dos edifícios e tam-bém para o conforto térmico no verão nos edifícios localizados em regiões declima temperado e de clima quente. A ventilação natural é fator de e�ciênciaenergético-econômica, com alterações na qualidade do ar interior e na saúdedos usuários, que, em ambientes muito quentes, �cam expostos a uma sériede problemas, como cansaço, mal-estar, baixa capacidade de concentração,insatisfação, riscos de acidentes e de doenças.Um sistema de ventilação natural consta de aberturas dimensionadas, locali-

zadas e distribuídas de modo a proporcionar a requerida renovação do ar do ambi-ente. Projetar um sistema de ventilação natural signi�ca dimensionar, em funçãode requisitos especí�cos, um sistema de aberturas, umas destinadas a funcionarcomo entradas de ar e outras, como saída. A renovação do ar tem diversas fun-ções, além da remoção de calor, como: desconcentração de odores, resfriamentoda estrutura do edifício e de seus componentes, incremento das trocas térmicas docorpo humano com o ambiente, remoção do excesso de vapor d’água provenienteda presença humana e de suas atividades, com redução dos riscos de condensaçãosuper�cial ou intersticial.

Ao se pensar emprojetos arquitetônicos e atividades exercidas em seu interior,vale destacar os edifícios industriais, nos quais pode ser utilizada a ventilação natu-ral com o aproveitamento dos ventos e com os recursos do efeito chaminé (Frota,). No âmbito dos galpões industriais, a ventilação natural tem amplo campopara aplicação, em alguns casos, em plantas muito grandes, associada à ventilaçãomecânica.

Resultados muito bons têm sido obtidos em fábricas de automóveis, galvani-zações, metalúrgicas, siderúrgicas, minerações, indústrias químicas e mecânicas.É nesse contexto que será apresentada a estratégia do uso da ventilação natural emprojetos arquitetônicos, com ênfase sobre soluções arquitetônicas especí�cas paraedifícios de uso industriais.

A ventilação, com a renovação do ar, representa uma forma de retirada decalor do ambiente que abriga cargas térmicas signi�cativas e pode resultar emconsequente melhoria das condições térmicas ambientais. A ventilação tambémpode ser responsável pela retirada de umidade gerada no interior dos recintos. Emfunção das cargas térmicas a que o edifício está submetido – calor solar, pessoas,

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.. Estudo de casoToma-se como exemplo um Centro de Distribuição, com planta genérica, aser construído supostamente na cidade de Catalão, estado de Goiás, situadana latitude ° ’S. Na Tab. ., são apresentados os dados de clima da região.

T. . D : C, GO,

() () () () () () () () ()

, , , , , ,

Temperaturas em °C. () Média aritmética mensal; () média mensal das máximas diárias; () média mensal das mínimas diárias; () máximado mês (média entre a média das máximas e a máxima absoluta); () mínima do mês (média entre a média das mínimas e a mínimaabsoluta); () média aritmética mensal da umidade relativa, em %; () total mensal de chuva caída (precipitação), em mm; () nebulosidade(-); () Insolação mensal, em horas.Fonte: Inmet ().

Para aplicação do método de predição de condições térmicas ambientais,conformeManual de conforto térmico (Frota; Schi�er, ), são determinados, aseguir, os dados de temperaturas para o projeto, em setembro (mês mais quente):

⧈ Temperatura externa máxima:Te,máx = (, + ,)/ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Te,máx = , °C

⧈ Temperatura externa mínima:Te,mín = (, + ,)/ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Te,mín = , °C

⧈ Temperatura externa média:Te,méd = (, + ,)/ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Te,méd = , °C

⧈ Elongação = Amplitude/:E = (, − ,) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . E = , °C

Para a radiação solar incidente, considera-se o horário do meio-dia, quandose tem . W/m sobre superfície horizontal e W/m sobre superfícies ver-ticais.

Apresenta-se, a seguir, o caso de um Centro de Distribuição, com m x m em planta e pé-direito médio de m (Fig. .), um galpão a ser construído emregião de clima quente.

A envoltória do galpão deve ser de isolamento térmico, pois o calor dissipadono seu interior é desprezível e o ganho de calor solar deve ser controlado. Noque se refere à iluminação natural zenital, respeitado o sistema de estocagem comresultantes corredores entre altas pilhas, chegou-se a uma área de material translú-cido que corresponde a ,% da área do piso, com fator solar , (policarbonatoalveolar opal white). O sistema de ventilação natural deve sempre ser compostode aberturas baixas, para entrada de ar e de exaustores naturais de gravidade, aserem instalados nas cumeeiras. O objetivo é dimensionar um sistema de aberturaspara ventilação natural que seja compatível com a carga térmica a ser retirada doambiente, de modo a ser obtido conforto térmico.

⧈ Descrição de materiais da envoltória∗ Cobertura opaca do galpão, telha sanduíche, cor externa clara, coe�ci-ente de absorção da radiação solar α = ,, com mm de manta de lãde rocha, coe�ciente de transmissão térmica U = , W/m ⋅ K paraganhos de calor solar e U = , W/m ⋅ K para perdas de calor, e áreade . m;

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Fig. . Galpão Centro Distribuição, planta baixa, cobertura, corte, fachadas e detalheFonte: Anésia Barros Frota e Alessandra Rodrigues Prata Shimomura.

Cálculos analíticos simplificados para a avaliação de conforto térmico

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Parte 4A

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Edifícios em uso: o

desempenho ambientalde ícones de uma geração

J C S G

K BEm resposta às pressões globais por umamaior e�ciência energética emelhorqualidade ambiental dos edifícios, combinadas às vantagens mercadológicasda imagem do edifício verde, principalmente daquele do setor comercial, aúltimadécada do séculoXXmarcouo início de umanova geração de edifícios,aclamados como de melhor desempenho ambiental.Nesse momento, é prudente chamar atenção para o fato de que a busca pelo

edifício de melhor desempenho ambiental, ou mais verde, nos principais distritos�nanceiros do mundo, tem resultado em uma série de projetos de questionáveldesempenho ambiental e energético, como colocado por Gonçalves e Umakoshi(). Por outro lado, deve-se reconhecer que soluções arquitetônicas diferencia-das e criativas, combinadas a novas possibilidades tecnológicas, podem ser identi-�cadas em casos particulares.

Como já mencionado na introdução desta obra, a revisão crítica do desem-penho ambiental de edifícios em uso guardam uma posição central no processode aprendizado sobre o real potencial de determinadas soluções de projeto, englo-bando o comportamento do usuário e suas preferências de espaço e ambiente, bemcomo o aprimoramento de questões técnicas. De forma geral, a realidade de umageração recente de edifícios de diferentes tamanhos, formas, contextos climáticos efunções revela a e�cácia de projetos simples do ponto de vista tecnológico, porémresilientes às variações do clima externo e convidativos à intervenção do usuáriona busca pelo seu conforto ambiental.

. A C F M,A: Desde os anos até os dias atuais, as cidades alemãs e a cidade de Londres,em particular, concentram um importante foco de inovação, diferenciando-se dos padrões da arquitetura comercial norte-americana que, por sua vez,segue in�uenciando a produção de edifícios classi�cados como verdes naAmérica do Sul e ao redor da Ásia.

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informações, a central de controle dos sistemas prediais (building managementsystem) opta pela ventilação natural ou mecânica em cada zona do pavimento,caracterizando o chamado modo misto de climatização.

Além da setorização horizontal dos sistemas, a compartimentação verticalpermite que uma vila inteira esteja aberta para a ventilação natural, enquantoaquela imediatamente superior ou inferior esteja operando com a ventilação me-cânica, dependendo principalmente das condições de vento, como já mencionado.Apesar da automatização, o controle de aberturas permite interação dos ocupantes,que tem a opção de acionar a abertura das janelas mediante condições externas fa-voráveis à ventilação natural, assim como decidem sobre a abertura e o fechamentodas persianas de bloqueio da radiação solar direta.

No que tange aos sistemas prediais de climatização, a busca pela máximae�ciência energética levou à separação das funções, ou seja, a ventilação mecânicafoi separada do aquecimento e do resfriamento ativo. Assim, nos períodos maisquentes do ano, um sistema de forros gelados atua na remoção de carga térmicados ambientes de escritórios, podendo ser combinado à ventilação natural ou me-cânica, dependendo das temperaturas externas e da velocidade dos ventos. Nocaso de ventos fortes, mesmo com temperaturas aceitáveis, as janelas se fechamautomaticamente, requisitando a ventilação mecânica.

.. Desempenho ambiental do edifício em operaçãoAs informações sobre o desempenho ambiental do Commerzbank foram ob-tidas em uma série de visitas técnicas ao edifício, realizadas em , e, as quais foram assistidas pelo engenheiro Peter Muschelknautz, encar-regado pelo controle dos sistemas prediais desse edifício até .Como apresentado em Gonçalves e Umakoshi (), avaliações do desem-

penho ambiental realizadas durante a fase de projeto con�rmaram a hipótese deque as zonas internas de escritórios voltadas para os átrios apresentam a menordemanda anual por aquecimento e arrefecimento e as melhores condições para aventilação natural, como consequência das condições microclimáticas resultantesno interior das vilas protegidas pelo fechamento dos terraços.

Maiores restrições à ventilação natural são identi�cadas commais frequêncianos pavimentos da última vila (aberta totalmente ao ambiente externo), em virtudeda frequência de ventos de alta velocidade. Da mesma forma, voltando-se paraas fachadas externas, por conta do efeito dos painéis de proteção, as janelas sóprecisam ser fechadas quando expostas a ventos acima de m/s. Como resultado,o edifício como um todo usufrui da ventilação natural por aproximadamente %do ano, com uma variação de mais ou menos %.

A combinação do átrio central com os terraços laterais cria uma zona demediação climática, um ambiente de transição entre o clima externo e o interiordo edifício. No verão, a temperatura máxima registrada nos terraços pelo sistemade automação predial mostrou não ultrapassar os °C. No inverno, um sistemade aquecimento sob o piso, alimentado pela rede urbana de distribuição de calor(district heating) faz com que a temperatura mínima não caia abaixo dos °C.

Em , quatro anos após a conclusão do edifício, as nove estações meteo-rológicas dos terraços foram removidas, permanecendo apenas a da cobertura. Oobjetivo dessa medida foi a simpli�cação dos controles de automação predial no

Edifícios em uso: o desempenho ambiental de ícones de uma geração

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Fig. . Gráfico detemperaturas do ar registradas

nos dois dias de medição, noterraço, no átrio e nos

escritóriosFonte: Lee ().

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Fig. . Desenhoesquemático da terceira vila deescritórios, com a indicação de

medições da velocidade dovento em diferentes pontos. O

esquema mostra o fechamentoda abertura do terraço voltadopara os ventos predominantes.

Fonte: Lee ().

ventilação por efeito chaminé ao longo do átrio central é mantida com a aberturados dois outros terraços, e a velocidade do vento no terraço mais elevado da vilachegou próximo aos , m/s.

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A tecnologia pioneira de

resfriamento evaporativo: liçõesde edifícios norte-americanos, umestudo de avaliação pós-ocupação

R S-PO provado impacto ambiental da dependência exagerada dos sistemas ati-vos de resfriamento de edifícios, o conhecido condicionamento de ar, temmotivado nas últimas décadas o desenvolvimento de pesquisas na busca desoluções passivas alternativas. É sabido que, arquitetonicamente, a dependên-cia do resfriamento ativo desconecta os ocupantes do seu contexto climático,criando espaços selados, nos quais o edifício não responde mais ao clima ex-terno. Entre várias linhas de pesquisa sobre resfriamento passivo nos últimos anos, o resfriamento evaporativo passivo por efeito de vento (inverso aoefeito chaminé), em inglês conhecido como Passive Downdraught Evapora-tive Cooling (PDEC) tem provado ser uma alternativa viável aosmeios ativosconvencionais de resfriamento de edifícios em climas quentes e secos.Dando sequência ao trabalho teórico e experimental de Givoni () em

Israel, e de Cunningham e¿ompson () no Arizona, há mais de duas décadas,o número de edifícios pioneiros que adotaram essa técnica inovadora tem crescidoao redor do mundo. Essa primeira geração de edifícios demonstra a aplicação doPDEC como parte de uma estratégia maior, em prol do melhor desempenho ambi-ental da edi�cação. Entretanto, dada a sua originalidade, são vários os questiona-mentos sobre a incorporação dos sistemas de PDEC, incluindo dúvidas sobre a in-tegração arquitetônica, a eventual interação com os sistemas prediais e a percepçãoe controle dos usuários.

Quatro estudos de casos com a técnica de PDEC foram identi�cados nos Esta-dos de Arizona, Utah e Califórnia, nos Estados Unidos, para os quais um estudo depós-ocupação foi realizado em , como parte de um projeto de disseminaçãodessa tecnologia, com o apoio da Comissão Europeia. Esses edifícios utilizaramdiferentes tipos de sistema PDEC, acompanhados de diferentes estratégias de inte-gração com o projeto arquitetônico e de sistemas prediais. Como no caso de outrasestratégias passivas, o estudo mostrou que a percepção de satisfação dos usuárioscom a estratégia é in�uenciada pela possibilidade de controle sobre as condiçõesdo seu ambiente.

A demanda pelo resfriamento de edifícios é crescente em diferentes partes domundo, uma vez que a maior parte da população global vive em regiões de climaquente espalhadas pelo globo. Somado a isso, a internacionalização da cultura doambiente climatizado vem alimentando nos últimos anos o mercado mundial docondicionamento, que ainda cresce rapidamente (IEA, ).

Nos EstadosUnidos, o condicionamento de ar para o resfriamento de ambien-tes internos é responsável por aproximadamente um quarto da energia consumida

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Fig. . Corte norte-sul doedifício do Global EcologyResearch CentreFonte: adaptado do EHDDArchitecture.

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Fig. . Estratégia deresfriamento radiante – modonoturno e modo diurnoFonte: adaptado do EHDDArchitecture.

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Fig. . Projeto do PDEC para o átrio de entradaFonte: adaptado de EHDD Architecture.

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Fig. . Vista do interior da torre de resfriamentoFoto: Rosa Schiano-Phan.

A tecnologia pioneira de resfriamento evaporativo

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Fig. . Planta do edifícioprincipal do Zion National ParkVisitor CentreFonte: adaptado de Torcellini etal. ().

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Fig. . Corte do edifícioprincipal do Zion National ParkVisitor Centre, mostrando aoperação da torre deresfriamento e outrasestratégias para o desempenhoambiental do edifícioFonte: adaptado de Torcellini etal. ().

. A .. Federal Courthouse, Phoenix, Arizona

A pesquisa de satisfação dos usuários no edifício do Federal Courthouse, emPhoenix, focou no desempenho do átrio e dos escritórios circundantes, loca-lizados no piso térreo, onde a in�uência direta e indireta do sistema PDEC épotencialmente maior. A pesquisa mostrou a insatisfação dos usuários comrelação ao conforto térmico, à qualidade do ar e ao controle sobre as con-dições ambientais (Fig. .). A relação entre ruído e conforto deslocou-separa condições mais satisfatórias, enquanto que “imagem aos visitantes” re-cebeu uma resposta média. A grande maioria, %, destacou o problema detemperaturas altas nos dias de verão.As previsões de projeto sugeriram uma diferença de temperatura média de

°Centre o átrio e o exterior. Comparativamente,medições realizadas emoutubro

A tecnologia pioneira de resfriamento evaporativo

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A reabilitação deedifícios

J C S G( .)

N B ( .). O O cenário crescente da população urbana mundial, que alcançou a marca de% na primeira década de e tem previsões de ultrapassar % em ,chama atenção não apenas para o tema da densidade urbana, mas tambémdacontribuição do estoque existente de edifícios para a acomodação dessa popu-lação em centros urbanos consolidados. Um estudo realizado por Vattenfall() estima que % do estoque residencial mundial disponível em virão de novos edifícios, enquanto os % restantes referem-se a edifíciosexistentes.Obviamente, esses números variam de acordo com o contexto urbano e so-

cioeconômico das cidades. No caso europeu, por exemplo, estima-se que aproxi-madamente % do estoque residencial necessário para já esteja construído(Kleemann, ; Ravetz, ), consequentemente, a requali�cação de edifíciosexistentes é uma questão-chave nesses países.

Com relação ao impacto ambiental das edi�cações, de acordo com dados pu-blicados por McKinsey (), em o setor era responsável por % das emis-sões globais de gases causadores do efeito estufa, predominantemente o dióxidode carbono, CO. Estudos de projeção do IPCC (International Panel of ClimateChange) mostram que essa parcela pode subir para % em (Levine et al.,). De maneira geral, o impacto ambiental do setor está relacionado com aconstrução do edifício, e todos os processos industriais vinculados a ela, e também,se não principalmente, com o consumo de energia dos edifícios em uso e a origemdessa energia, ou seja, o tipo da energia primária.

Estima-se que a vida útil da estrutura de um edifício alto, de grande porte,seja igual a oumais de anos (podendo chegar a mais de anos), e essa duraçãoé equivalente para a envoltória (Sabbatini, ). Durante esse tempo, os edifíciosconsomem energia continuamente no seu uso e ocupação. Como regra geral, osusos �nais da energia estão atrelados aos vários sistemas prediais, incluindo osistema de iluminação arti�cial, sistemas de climatização, equipamentos (eletro-domésticos, no caso dos edifícios residenciais) e bombas e elevadores (para osedifícios altos).

Nos países industrializados (também classi�cados internacionalmente comomembros da OECD, Organisation for Economic Co-operation and Development),

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Fig. . Emissões de CO para edifícios no-vos e reabilitados em função do tempo deuso. O ponto de empate depende da diferençano desempenho (indicada pela inclinação dográfico) entre os dois casosFonte: Nick Baker.

Com respeito a impactos de natureza não ambiental, no caso deedifícios residenciais, um grande argumento contra a demolição e aconstrução de um edifício novo ao invés da reabilitação de um existenteé a ruptura de padrões sociais e relações socioeconômicas já estabeleci-das. A longo prazo, programas de reabilitação guardam o potencial dereter estruturas sociais existentes.

.. O edifício, serviços prediais e ocupantescomo sistemasSimulações e análises de dados medidos em edifícios existentesmostramque a envoltória por si só não é capaz de determinar o de-sempenho energético �nal do edifício. A Fig. . apresenta os trêssubsistemas atuantes no desempenho ambiental e energético deum edifício: o projeto do edifício propriamente dito, os serviçosprediais e os ocupantes, cada um com peso , aproximadamente.

edifício(projeto)

x 2,5*

sistemasprediais

x 2,5

usuários

x 2,5

Desempenhoambiental

x 16

variação máximade desempenho

⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Fig. . O projeto, osserviços prediais e ocupantescomo fatores de influência nodesempenho ambiental dosedifícios. Um edifício malprojetado pode exigir muitodos serviços prediais, que, semal administrados, resultamem alto consumo de energia. Oinverso também podeacontecer. O impacto dessesfatores resulta em grandesdisparidades no consumo deenergia de edifícios similaresFonte: Nick Baker.

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Fig. . Emissões anuais de CO por m para edifícios deescritórios localizados no Reino Unido. A variação de até vintevezes entre as emissões dos vários casos é um demonstrativo doefeito combinado dos fatores edifício-projeto, serviços prediais eocupantesFonte: Nick Baker.

Quando um edifício projetado de forma inadequada é combinado a sistemastambém impróprios e mal gerenciados, o desempenho energético resultante podeser dramaticamente pior do que o de um edifício de situação inversa. Essa grandevariação de desempenho pode ser vista na Fig. .. É interessante notar que oedifício nº , na extrema direita, foi construído em e reformado em .Os consumos mais altos de energia observados na Fig. . são referentes ao ar--condicionado e à iluminação arti�cial. O ponto a serdestacado nessa análise comparativa é a variação noconsumo de energia em toda a amostra provável deser encontrada em qualquer contexto climático, nãoapenas nas cidades de clima frio e temperado doReinoUnido.

Sob o ponto de vista da e�ciência energética doedifício em operação, essa evidência enfraquece o ar-gumento que favorece o edifício novo sobre a reabili-tação do existente, uma vez que mostra como as pro-priedades inerentes ao edifício como projeto e cons-trução são apenas um dos fatores determinantes noseu desempenho ambiental e energético �nal, em usoe ocupação. Por outro lado, sabe-se que o projeto, ogerenciamento dos sistemas prediais e o controle dascondições ambientais internas podem resultar em umbom desempenho ambiental tanto no edifício novoquanto no reabilitado.

A reabilitação de edifícios

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Fig. . Corte esquemáticode um edifício residencial, emque é utilizada a ventilaçãonoturna para maximizar ascondições de conforto noperíodo noturno e diurno.Fonte: Nick Baker.

o acesso do Sol) e a ventilação no período diurno (mais precisamente no períododa tarde) aproxima a temperatura interna da externa –, o aproveitamento da venti-lação noturna sem a abertura diurna propicia, por conta do efeito damassa térmicada construção, temperaturas mais baixas do que as exteriores durante o dia, asquais são mantidas até a noite, quando chega a ocupação.

Já em edifícios cuja principal ocupação acontece no período diurno, peloefeito das cargas térmicas internas, mesmo com o aproveitamento da massa tér-mica e da ventilação noturna, o uso da ventilação diurna tem um papel crucial naremoção dos ganhos de calor, que di�cilmente seriam completamente absorvidospela massa térmica interna. Ou seja, o grande diferencial na maior ou menor e�ci-ência da ventilação noturna são os ganhos de calor interno, associados à ocupação.

Dessa maneira, há uma diferença crítica na estratégia de ventilação e na in-�ltração da envoltória quando em edifícios condicionados arti�cialmente e na-turalmente. Portanto, medidas de reabilitação como a redução da in�ltração e oaumento do isolamento do envelope devem ser avaliadas conforme o modo deoperação predominante do edifício.

Edifícios residenciaisQuando se fala em edifícios residenciais, a ênfase muda do período diurnode ocupação para o noturno; a criação de condições de conforto térmico noperíodo noturno, quando os ocupantes estão dormindo, pode ser um desa�o.Na predominância de condições de calor, as altas taxas de ventilação dese-jáveis, que precisam de aberturas generosas, podem ser comprometidas porconsiderações sobre o controle de ruídos, privacidade e segurança. Indomaisalém, é importante evitar ganhos de calor no período diurno e o acúmulo namassa térmica da construção, que podem resultar em temperaturas elevadasdurante a noite. Contudo, nos períodos mais amenos ou frios, a estratégiase inverte e o acúmulo da radiação solar durante o dia, na massa térmicada construção, passa a ser importante para o conforto térmico e, em casosmais extremos, uma alternativa à redução ou à eliminação da carga térmicade aquecimento.

A reabilitação de edifícios

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O contexto europeu dareabilitação de edifícios

P C ( .)

J R Á( .). M

Esta re�exão sobre o desempenho ambiental e energético de edifícios se con-centra nos aspectos de concepção do projeto de reabilitação ambiental arqui-tetônica e analisa algumas soluções técnicas e construtivas para edifícios dehabitação no sul da Europa. Apresenta alguns resultados de vários projetoseuropeus �nanciados pelo programa Intelligent Energy Europe (IEE). Sãoapresentadas soluções para a envolvente dos edifícios envidraçados e trata-mentos da cobertura na perspectiva de atingir o conforto térmico tanto noinverno como no verão nos climas mediterrânicos.A renovação dos edifícios habitacionais é um grande desa�o internacional

para enfrentar as alterações climáticas. Renovar os edifícios existentes não só pro-porciona um grande potencial para a redução das emissões de carbono e de con-sumo de energia como também oferece uma oportunidade de melhorar as condi-ções de conforto térmico a par dos novos padrões de conforto e de consumo dassociedades modernas.

Os projetos europeus no âmbito do programa Intelligent Energy Europe têmdisseminado muita informação sobre as oportunidades e as di�culdades na reno-vação de blocos de apartamentos de habitação social na Europa (Cadima; Noel;Sutherlan, ). A maioria desses projetos tiveram como objetivo a reabilitaçãode blocos de habitação para um melhor desempenho de conforto ambiental, real-çando, sobretudo, os aspectos energéticos.

Na maioria dos países da União Europeia, a necessidade nominal de energiaé em média de kWh/m ⋅ ano em virtude das exigências térmicas regulamen-tares (Edifícios e energia, ). No entanto, estudos recentes demonstram que oobjetivo da Comissão Europeia para a realização de edifícios com balanço ener-gético próximo do zero está se tornando cada vez mais uma realidade mesmo nareabilitação dos edifícios existentes (Trachte; Herde, ).

Nem sempre as necessidades de renovação para melhoramento da qualidadeambiental dos edifícios residenciais estão associadas aos problemas do conforto tér-mico. Muitas vezes, as in�ltrações de água, o bom funcionamento dos sistemas deesgotos, os problemas acústicos e outras questões relacionadas à falta de espaço são

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(por exemplo, que a parede tenha certo mínimo de inércia térmica etc.).Vale colocar aqui que essemétodo pode ter sido útil antigamente, mas estácompletamente ultrapassado, já que compromete a inovação e análisesespecializadas em favor de padrões mínimos comuns. Além do mais, elenão discrimina entremediocridade e alta qualidade, representando, assim,um desencorajamento para o mercado a se comprometer com pesquisa ea desenvolver o conhecimento.

⧈ a segunda opção é de�nir metas de desempenho sem especi�car regras so-bre como alcançá-las. Neste caso, a concessão é subordinada ao desempe-nho alcançado, em vez da repetição de soluções pré-estabelecidas. Assim,o projeto deve demonstrar a seu suposto desempenho por meio de indica-dores que podem ser veri�cados posteriormente. Essa opção é bene�ciadapela capacidade de equipes de projeto bem quali�cadas.

Entre os programas listados no Quadro ., os subsídios para auditorias emenergia implementados na Finlândia oferece um bom custo-benefício, com uminvestimento um tanto quantomodesto. Auditorias energéticas fornecem informa-ções especí�cas sobre o estado e o desempenho de edifícios existentes, juntamentecom a possibilidade de avaliar propostas que são especí�cas para cada caso. Dessamaneira, o auditor se torna responsável por prever a economia permitindo aoproprietário tomar decisões com maior con�ança.

Q . A E

País Descrição Investimento Metas/indicadores deperformance

Áustria Incentivos públicos. , bilhões de euros (-).

Consumo de energia reduzido a- kWh/m ;. novos empregos.

Bélgica Empréstimos sem juros. bilhão de euros (). Consumo de energia reduzido;. novos empregos.

Finlândia Subsídios de % a % emauditorias energéticas.

, milhões de euros (-).

TWh de economia de energia(-) equivalente a milhões de euros;. edifícios avaliados.

França Empréstimos preferenciais epoupanças com taxa zero e ,%de juros.

bilhões de euros (quantiaesperada a ser levantada, público-privado).

Não disponível.

Alemanha Subsídios e empréstimos paraedifícios novos e renovaçõesenergeticamente eficientes.

, bilhões de euros () defundos públicos.

, milhões de casas energetica-mente eficientes.

Suíça Taxa sobre as importações degasolina e diesel para apoiara renovação energética dosenvelopes de edifícios existentes.

milhões de francos suíços().

. t em redução de CO ;. projetos concluídos.

Reino Unido Cobrar fornecedores de eletrici-dade para cumprir as metas deredução de carbono.

Não disponível. Não disponível.

Espanha Incentivos financeiros, subsídios eempréstimos com baixas taxas dejuros.

bilhões de euros (-),sendo , vindos de fundospúblicos.

. ktep de energia primáriaeconomizada em edifícios existen-tes até .

Fonte: dados da Espanha: IDAE (Instituto para la Diversificacion y Ahorro de la Energía); e dos demaispaíses: BPIE (Buildings Performance Institute Europe).

O contexto europeu da reabilitação de edifícios

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Fig. . O contexto urbanodos estudos de caso

Fonte: Jorge Rodriguez Álvarez. assentamentos fora dos centros históricos. As ruas se tornarammais largas,permitindo que edifícios se bene�ciassem do sol e da ventilação natural;

⧈ boom imobiliário dos anos e , que resultou numa expansão des-controlada da extensão da malha urbana, ocupando antigas plantações eáreas verdes. O tecido resultante é denso, apertado e indiferente ao acessodo sol ou dos ventos;

⧈ aglomerações isoladas na periferia da cidade dos anos criou a pos-sibilidade da captação da energia solar para o aquecimento passivo dosambientes internos, mas, por outro lado, levaram à ocupação de áreasverdes e ao espalhamento da malha urbana.

Características do edifício⧈ Sobrado tradicional (~)

A forma e geometria respondem à projeção linear dos lotes cumpridos eestreitos, com m a m de largura por m a m de profundidade. Emtermos de ocupação, o edifício inclui uma loja ou o�cina de trabalho notérreo e dois apartamentos nos níveis superiores. As fachadas e paredesinternas são feitas de blocos de granito com espessura de cm a cm,resultando em um coe�ciente de condutibilidade térmica de aproximada-mente (U) , W/m ⋅ K. O telhado inclinado é feito de telhas cerâmicase suportado por uma estrutura de madeira. Antigamente, o espaço abaixodo telhado era uma zona não ocupada ventilada, protegendo o edifício deproblemas de umidade; hoje, a tendência é de utilizar essa área como áreasde estoque.

E A

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O desempenho ambiental e a

requalificação de edifícios altos nocentro de São Paulo, com foco na

habitação de interesse social

J C S G

J P C

S M M

M D U

Ao contrário do que é visto nas cidades dos países industrializados, ondegrande parte do estoque de edifícios necessário até já está construído(Kleemann et al., ; Ravetz, ), não se pode negar que o grande atra-tivo de mercado do setor da construção em países em desenvolvimento ede economias emergentes continua sendo a construção de edifícios novos(WBCSD, ). Segundo informação publicada pela Agência Câmara deNotícias (), só no Brasil o dé�cit habitacional em chegava à marcados , milhões de unidades.Contudo, vale destacar que em grandes cidades de economias emergentes,

como São Paulo, a requali�cação e a reocupação de edifícios existentes, localiza-dos em bairros centrais, têm um papel fundamental para as políticas habitacio-nais, com ganhos socioeconômicos e ambientais associados às vantagens do aden-samento populacional, como aqueles resultantes da redução dos deslocamentosurbanos.

. O S P Em São Paulo, a reabilitação de edifícios vazios e deteriorados para o usoresidencial em bairros do centro vem despertando o interesse do mercadoe do poder público, tendo em vista o valor de venda ainda alto do imóvellocalizado na região central, e todas as vantagens associadas à infraestruturaurbana de serviços básicos já instalada. Em , a Emurb (Empresa Muni-cipal de Urbanização) anunciou o plano de intervenção no centro intituladoAçãoCentro, comoobjetivo principal de criar oportunidades para omercadopara a habitação de interesse social e, juntamente com isso, promover a re-quali�cação de determinadas áreas urbanas centrais. Uma das áreas de maiorprojeção desse projeto de intervenção pública foi o conjunto de quadras dobairro de Santa I�gênia, conhecido como região da Luz, inicialmente deno-minado Perímetro de Reabilitação Integrada do Hábitat da Luz (PRIH-LUZ),abrangendo quarteirões e aproximadamente .m. Atualmente, essaárea coincide com o perímetro de incentivo �scal da Prefeitura (PMSP, ).Em , a Prefeitura anunciou os planos de um processo de transformaçãoradical da região da Luz, visando ao adensamento construtivo e populacionaldesse conjunto de quadras, incluindo a demolição de uma grande parcela dos

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. F .. Do comercial para o residencial

O exercício de projeto de conversão do edifício comercial para o residencialusou como referência as premissas do projeto Renova Centro, em desenvol-vimento pela Cohab-SP. Da amostra de edifícios construídos originalmentepara o uso comercial e selecionados pelo programa, veri�cou-se a altura mé-dia de pavimentos (térreomais dez). Amalha urbana irregular do centro dacidade, com suas quadras e lotes de diversas dimensões é re�etida na grandevariação de proporções no conjunto dos edifícios analisados.Em sua maioria, os edifícios seguem a tradição construtiva da década de

, tendo lajes de concreto, paredes externas de blocos de concreto e paredesinternas de tijolos maciços. Com áreas de m até m em seus andarestipo, os edifícios podem apresentar plantas compartimentadas ou livres, exigindouma grande alteração de layout em ambos os casos, para a sua requali�cação eadaptação para o programa habitacional, especialmente por necessitarem de novasprumadas hidráulicas e elétricas (Figs. . e .).

O fato demuitos dos edifícios apresentarem fachadas laterais cegas indica umdesa�o ainda maior para a mudança de layout, pois o acesso limitado à fachadaacaba incorrendo no desenho de ambientes mais profundos. Com o intuito decumprir os requisitos de iluminação e ventilação, muitos dos edifícios construídoshá anos oumais já foram feitos com pátios centrais ou laterais. Morikawa ()veri�cou o desempenho ambiental das novas propostas, com foco na contribuiçãodos pátios para a ventilação e iluminação natural das unidades habitacionais, pormeio de procedimentos analíticos de simulação computacional.

O alto valor imobiliário dos edifícios se torna um importante dado de projetopara a requali�cação dos edifícios, pois, a �mde garantir a viabilidade dos empreen-dimentos, os edifícios do programa Renova Centro possuem umamédia maior de

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Fig. . Pavimento tipo detrês dos edifícios do programaRenova Centro, emdesenvolvimento pela Cohab-SP,com a proposta do novo layoutde unidades residenciaisFonte: Morikawa ().

O desempenho ambiental e a requalificação de edifícios altos no centro de São Paulo

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Fig. . Temperaturaresultante no interior dasunidades residenciais em umdia ensolarado de verão,considerando as janelasfechadas e sombreadas das hàs hFonte: Morikawa ().

sofre um aumento de % dessas horas, quando movido dos andares mais baixospara os mais altos, enquanto a unidade de um dormitório sofre um aumento de% (Fig. .). Estudos como esse são de grande utilidade para a distribuição dasunidades no pavimento e, ao longo dos andares, apontando para os benefícios decolocar as unidades quitinete nos andares mais baixos junto aos pátios.

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Fig. . Análisecomparativa do número dehoras acima do limite de °Cnas diferentes unidades,quando colocadas no º e noº andarFonte: Morikawa ().

Os estudos analíticos de Morikawa () comprovam o potencial ambientalde uma serie de edifícios antigos localizados no centro da cidade, com pátios inter-nos para a iluminação e ventilação natural, que podem exercer uma contribuiçãorelevante no desempenho térmico e luminoso de unidades habitacionais, funcio-nando como mediadores da temperatura externa nos dias quentes do ano. Ouseja, os pátios representam uma oportunidade para a reocupação com qualidadeambiental desses edifícios.

O desempenho ambiental e a requalificação de edifícios altos no centro de São Paulo

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A reocupação de

edifícios multifamiliaresno centro de São Paulo

R C KM ( .)

M R A S ( .)

K C O ( .)

. U .. A cidade de São Paulo e as escolhas do morar

Nos últimos anos, tem-se assistido na cidade de São Paulo umgrande númerode iniciativas com o objetivo de trazer mais moradores para as áreas centrais.O dé�cit habitacional aliado aos desgastes nos deslocamentos diários levou aum natural entendimento da necessidade de olhar de forma diferente para asáreas centrais. A riqueza na disponibilidade de transporte coletivo, quandocomparada com outras áreas da cidade, e a vacância em um grande númerode edi�cações permitiram que várias iniciativas começassem a se desenvolvercom o objetivo não só de trazer mais pessoas para as áreas centrais, mastambém, e principalmente, de tentar atrair vida em locais que perderam com-pletamente a urbanidade.Renova Centro, Viva o Centro, Morar no Centro e Procentro (Programa de

Reabilitação da Área Central de São Paulo) são alguns exemplos desse processo demudança de imagem do centro, que, além de re�etirem uma tentativa de respostanão só a uma crescente demanda por habitações, evidenciam um esgotamento deáreas para novas edi�cações em consequência dos limites físicos impostos pelocrescimento e con�guração da Região Metropolitana da Cidade de São Paulo(RMSP). Segundo Silva (), o perímetro que coincide com a área da OperaçãoUrbana Centro, com quadras, edifícios vazios ( totalmente vazios e somente com o térreo ocupado), os quais possuem, na sua grande maioria, de a andares. Nessa mesma área, edifícios sofreram reabilitação com recursosfederais, estaduais e/ou municipais.

Como consequência desse processo, a mudança de paradigma relacionada àdensidade populacional nas áreas centrais também ganhou destaque e esse novoolhar passou a avaliar a necessidade de uma cidade mais compacta. Mobilidade,poluição do ar com os deslocamentos (emissão de CO), qualidade de vida, entreoutros fatores se tornaram parte dessa balança que procura equalizar o morar emuma cidade como São Paulo (Fig. .).

Esse processo de mudança de imagem de um centro que se encontrava aban-donado e alienado trouxe a discussão da intensi�cação do uso do solo em áreascentrais e, consequentemente, todos os “res” passaram a fazer parte desse universo

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Fig. . Proposta de intervenção e aumento dos pavimentos do edifício Santa Josefa, com a transformação de algumas quitinetes emapartamentos de um e dois dormitóriosFonte: Gonçalves, Mulfarth e Ferreira ().

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Fig. . Volumetria daproposta de ampliação doedifício Santa Josefa e propostade nova fachada, com ainserção da proteção compostapor elementos cerâmicosFonte: Gonçalves, Mulfarth eFerreira ().

sobre a estrutura existente. Já no Santa Josefa os primeiros quinze andares foramestendidos para o lado, ao longo de um terreno vazio, criando um átrio abertocercado por corredores internos.

Talvez a grande re�exão proposta com a readequação das unidades habita-cionais tanto do São Vito como do Santa Josefa esteja não só na necessidade deredimensionamento das unidades e adequação ambiental tendo emvista a situaçãoprecária encontrada nos edifícios, em espaços muito aquém do mínimo desejávelpara uma família, mas também na revisão da função atual da habitação, com enfo-que no interesse social.

Uma análise do desempenho ergonômico dessas unidades habitacionais cons-tatou a necessidade de transformação do espaço da habitação, que além das fun-ções básicas já conhecidas, também passou a incorporar funções que procuramse adequar às necessidades socioeconômicas dos moradores. Essas análises leva-ram à inserção de espaços destinados ao trabalho, com a função de gerar renda

A reocupação de edifícios multifamiliares no centro de São Paulo

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in loco, incluindo: ensaio de profundidade de carbonatação, potencial de corrosãoe extração de testemunhos, descritos a seguir.

Inspeção visualPor meio de inspeção visual e tátil, com ajuda de um martelo à percussão,foram encontradas manifestações patológicas nas estruturas de concreto ar-mado, localizadas principalmente no subsolo e no térreo, compreendendopilares, vigas e lajes. A manifestação patológica mais grave no âmbito desegurança estrutural se deu nos níveis avançados de corrosão da armadura(Fig. .).

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Fig. . Em (A), corrosãonas armaduras dos pilares dosubsolo. Em (B), corrosão nasarmaduras das vigas e lajes dosubsoloFotos: Maria Ruth Amaral deSampaio.

Aspectos geométricos e características das armadurasForam realizadas inspeções geométricas (levantamentos de medidas geomé-tricas) dos elementos estruturais, como as dimensões das lajes, vigas e pilarese locação das peças estruturais para o levantamento de estrutura completa,viabilizando a elaboração da planta de fôrma de todos os pavimentos. A Fig.. mostra uma vista geral da planta estrutural do subsolo, com a locaçãodos pilares cilíndricos que foram reforçados. Os pilares originais que pas-saram por intervenção possuem seção circular de cm de diâmetro, comarmaduras longitudinais compostas por barras de bitola mm a cada mm (lisas, CA ) e os estribos com bitola , mm a cada mm.

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Fig. . Planta de locaçãodos pilares do subsoloFonte: Karina Cavalcante deOliveira.

Profundidade de carbonatação e cobrimentoOs ensaios de profundidade de carbonatação são realizados para veri�cara alcalinidade do concreto. Por meio desses ensaios em alguns pilares e vi-gas, conforme o método de ensaio RILEM CPC- (International..., ),veri�cou-se que a profundidade de carbonatação atingiu um valor médio de mm com cobrimento de mm, sendo a profundidade da carbonataçãosuperior ao recobrimento das armaduras, o que apontou para o alto risco decorrosão.

A reocupação de edifícios multifamiliares no centro de São Paulo

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Parte 5O

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Habitações mais sustentáveis para

populações de baixa renda:fundamentos e propostas

desenvolvidas pelo Núcleo Orientadopara a Inovação da Edificação (Norie)

M A SA linha de pesquisa em Edi�cações e Comunidades Sustentáveis, do NúcleoOrientado para a Inovação da Edi�cação (Norie), possui um histórico deaproximadamente anos, ao longo dos quais um dos temas que vêm sendoinvestigados é o de soluções habitacionais mais sustentáveis para populaçõesde baixa renda. O Norie, que integra o PPGEC, Programa de Pós-Graduaçãoem Engenharia Civil da UFRGS, está identi�cado com a área de construçãodesse Programa. Em , o Norie deu início às suas atividades na área desustentabilidade, juntamente com a Fundação de Ciência e Tecnologia, insti-tuição à qual o autor estava tambémassociado à época, pormeio da realizaçãode um Concurso Internacional de Ideias, que tinha como tema habitaçõessustentáveis para populações carentes.Olhando para o conjunto de experiências do Norie, pretende-se comparti-

lhar aqui algumas preocupações sobre os impactos causados à natureza, particular-mente ao próprio ser humano, como resultado da transformação do ambiente natu-ral em ambiente construído, assim como discutir algumas iniciativas para minorartais impactos, por meio da inclusão de princípios de sustentabilidade no processode produção de assentamentos humanos, em suas diversas escalas. A literaturacitada aponta para a gravidade da situação atual, quando expressada por meio deuma série de indicadores, e levam à reconsideração das soluções atualmente adota-das, tambémnas diferentes escalas: edi�cações, bairros, cidades emunicipalidades.

Espera-se que o conjunto de estudos e experiências conduzidas no Norie,aqui parcialmente descritas, possa contribuir para a concepção de edi�cações ecomunidades mais sustentáveis, oferecendo uma melhor qualidade de vida paraa sociedade, em particular, para as populações mais carentes. Assim, visa-se dimi-nuir os impactos causados ao ambiente, de modo a, eticamente, preservá-lo semlimitar as oportunidades de seu usufruto, tanto pela espécie humana como portodas as demais, que compartilham este planeta.

. U Para melhor justi�car tanto o posicionamento aqui adotado em relação aotema como o entendimento de algumas atividades envolvidas, julga-se impor-tante apresentar um breve retrospecto, destacando os trabalhos relacionados

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Adicionalmente, a publicação de Sattler () ainda faz referência a outrosestudos, como: paisagismo permacultural do entorno do protótipo (p. -),avaliação de desempenho lumínico (p. -), avaliação de desempenho acústico(p. -), construção de um coletor solar com materiais de sucata (-),proposta de um forno multifuncional (p. -) e outros.

. C - : Conforme mencionado anteriormente, um conjunto de estratégias mais sus-tentáveis orientaram as propostas do Norie na concepção do Centro Expe-rimental de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis. Com o passar dos anos,observou-se um crescimento de preocupações globais comalguns temas espe-cí�cos e de caráter global, como: o paulatino decréscimo da disponibilidadede recursos energéticos de origem fóssil; o aumento da poluição das águas, e oconsequente decréscimo de acesso a fontes de água de qualidade; e a tambémcrescente di�culdade de acesso a alimentos, tanto em quantidade como emqualidade, pela população global.Facilmente se entende que esses temas guardam uma relação entre si. A exem-

plo disso, osmesmos recursos fósseis que possibilitam a produção de agrotóxicos efertilizantes acabam contaminando as águas super�ciais e profundas e os própriosalimentos. A segurança alimentar para a fração da população mundial que hojeainda tem acesso a alimentos passa a ser ameaçada na medida em que diminuemos estoques mundiais de combustíveis, que possibilitam o seu transporte a grandesdistâncias. A título de exemplo, a média ponderada das distâncias percorridas portodos os alimentos que chegam à Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul,sediada em Porto Alegre, é de km!

Caso se considere a distância média de transporte de alimentos nos Esta-dos Unidos entre os locais em que estes são produzidos e onde são consumidos,esse valor supera a marca dos . km (Orr, , p. ). Ou seja, os alimentosdiariamente consumidos estão sendo, permanente e continuamente, estocados etransportados por veículos que dependem de recursos fósseis.

Diante disso, os estudos passaram a incluir cenários que não estão muitodistantes em termos de tempo. Segundo especialistas na área, apenas uma geração,ou algo como a anos, separa o ser humano de condições críticas (isto parase referir apenas a algumas, pois não foram incluídos entre as condições mencio-nadas o efeito estufa e as decorrentes mudanças climáticas, entre outros). A buscade maior resiliência às comunidades em geral, particularmente às mais carentes,oferecendo melhor qualidade de vida, saudabilidade do ambiente construído esegurança alimentar, tem sido o foco do Norie nos últimos anos.

Nesse contexto, parte-se do pressuposto de que a qualidade de vida está di-retamente associada à saudabilidade corporal do ser humano e que esta é, funda-mentalmente, dependente da qualidade do ar, da água e dos alimentos, assim comoda acessibilidade à energia e a um abrigo digno. Os dois últimos constituem umapreocupação mundial maior ou menor, dependendo do nível de desenvolvimentode cada país, mas, no caso especí�co da cidade de Porto Alegre, os três primeirosaspectos são cada vez mais preocupantes. Para incitar uma re�exão a respeito da

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Combase em tais referências, entre outras que subsidiam os estudos e propos-tas de ambientes (emdiferentes escalas)mais sustentáveis propostos peloNorie, noprojeto para o conjunto habitacional para a cidade de Feliz, foram consideradosaspectos associados a: arquitetura bioclimática; de gestão de resíduos sólidos elíquidos; de gestão energética; de produção local de alimentos; de gestão das águas(incluindo drenagem das águas pluviais) e que contemplassem a acessibilidadeuniversal.

No que tange a diretrizes para as construções, foram estimulados: o empregopreferencial de materiais locais, bem como de materiais culturalmente aceitos; ouso demateriais reciclados ou potencialmente recicláveis ou reutilizáveis, evitando-se o emprego de materiais derivados de recursos de origem fóssil (plásticos emgeral), ou tóxicos; o uso de materiais que exijam um nível baixo de manutenção eque sejam duráveis; a utilização de materiais com baixo nível de industrialização(pedra, tijolos cerâmicos,madeira, palha etc.), conduzindo a umapegada ecológicapequena; e o emprego de técnicas construtivas que utilizassem, da forma maisampla possível, mão de obra disponível localmente.

Ademais, buscou-se incentivar a criação, emmaior oumenor escala, de bene-fícios para a população-alvo dos projetos e também para as populações residentesem áreas adjacentes ao empreendimento. Neste caso, foi solicitado aos alunos quepropusessem algumas opções de serviços e equipamentos (Figs. . e .):

] uma creche (que também poderia contar com uma horta orgânica, produ-zindo alimentos saudáveis para as crianças);

] um centro de capacitação (possibilitando a educação continuada de adul-tos e jovens, em cursos que poderiam estimular, entre outros �ns, a pro-dução local de alimentos, ou mesmo a constituição de novos ofícios enegócios);

] um posto de serviços diversos (caixas eletrônicos, correio, posto de saúde,farmácia etc.);

] um entreposto de venda de excedentes da produção de frutas e verduras,a ser explorado pela comunidade, também integrado a uma padaria, con-feitaria, sorveteria etc.

⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

Fig. . Planta delocalização integrante do

estudo para o conjuntohabitacional mais sustentável,

destacando serviços eequipamentos que pudessemser usufruídos pela população

residente no entornoFonte: Lamb et al. ().

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A certificação ambientalde edifícios

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A H N

J C S G( .)

C H ( .)

Após a criação dos sistemas BREEAM (Building Research Establishment En-vironmental Assessment Method) e LEED (Leadership in Energy and Envi-ronmental Design) no Reino Unido e nos Estados Unidos, respectivamente,no início da década de , adaptações desses sistemas a outros contextossocioeconômicos, e mesmo a criação de novos sistemas de certi�cação pormercados locais comprovam a busca domercado do setor das edi�cações porinstrumentos que meçam e classi�quem investimentos nessa área.A grande força demercado adquirida pelos sistemas de certi�cação do desem-

penho ambiental de edifícios em pouco mais de uma década aponta para o fatode que essas ferramentas de classi�cação vão continuar a in�uenciar a noção doque é o edifício verde, a médio e longo prazo. Sem desmerecer o papel dos sistemasde certi�cação ambiental e energética de edifícios no contexto global, diante docrescente interesse do mercado por esse tipo de classi�cação, é importante questi-onar o que vem sendo de fato certi�cado. Atualmente, têm recebido certi�caçãoempreendimentos que pouco se diferenciam da produção convencional no quetange ao projeto arquitetônico e aos conceitos de conforto ambiental.

Uma visão bem realista do mercado diria que o interesse pelo valor de mer-cado agregado ao empreendimento certi�cado antecede o entendimento e inte-resse pelo seu real desempenho ambiental. Sendo assim, é ainda mais importanteperguntar: o quanto de real desempenho ambiental está presente nesses sistemas deavaliação? E quão melhor os edifícios certi�cados são em relação a seus similares?Uma re�exão sobre possíveis respostas para perguntas como essas são apresentadasneste capítulo.

. U Entre os principais sistemas de certi�cação de edifícios descritos por Brophy eLewis (), estão os seguintes: BREEAM (originário do Reino Unido, );LEED (originário dos Estados Unidos, ); CASBEE (Comprehensive As-sessment System for Built Environment E�ciency, originário do Japão, );Green Star (Green Building Council of Australia, originário da Austrália,); DGNB (German Sustainable Building Council, originário da Alema-nha, ).

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Brasil, Plano Nacional deEficiência Energética, etiquetagem

e o selo Casa Azul da Caixa

R L

V A S

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M A T M

R S V

Uma visão global traz inúmeros aspectos relativos à análise ambiental de edi-�cações em todas as suas etapas. A e�ciência energética é, frequentemente,o indicador mais importante de desempenho ambiental da edi�cação, pelofato de a energia representar grande parte dos custos de operação, por ter altoimpacto no conforto térmico e visual dos ocupantes e pelo potencial de ofere-cer ao consumidor informações sobre os gastos com energia (Kordjamshidi;King, ).Como forma de incentivo à produção de edi�cações e�cientes, medidas de

avaliação de desempenho para edi�cações foram criadas em diversos países. Al-gumas abarcam temas de sustentabilidade, incluindo o da e�ciência energética, eoutras são focadas totalmente no uso racional da energia, tais como os certi�cadosenergéticos Energy Performance Certi�cates (EPCs), obrigatórios na Europa emfunção da Diretiva Europeia //CE, recentemente reformulada pela Diretiva//EU.

Os primeiros regulamentos relacionados ao desempenho de edi�cações fo-ram criados na Europa no início dos anos . Esses regulamentos de�niam parâ-metros para o envelope construtivo das edi�cações, no intuito de diminuir a trans-ferência de calor pelos seus componentes construtivos, diminuindo as perdas nosperíodos frios do ano (aumentando o isolamento térmico, diminuindo a in�ltraçãoda envoltória e, consequentemente, reduzindo as cargas de aquecimento).

No início dos anos , a regulamentação e a certi�cação energética paraedi�cações emergiram como um meio para redução do consumo energético e daemissão de gases causadores do efeito estufa. Métodos de avaliação vêm sendodesenvolvidos em diversos países, a �m de avaliar e classi�car seu desempenho. Acerti�cação energética de edi�cações passou a ser uma tendênciamundial, adotadainicialmente por diversos países na Europa. Nos Estados Unidos, sua implantaçãoé mais recente, com a etiqueta da associação American Society of Heating, Refri-gerating and Air-Conditioning Engineers (ASHRAE). Em outros países, a certi�-cação ainda se encontra em desenvolvimento. Além das certi�cações energéticas,as certi�cações ambientais como LEED (Leadership in Energy and EnvironmentalDesign), Green Star e BREEAM (Building Research Establishment EnvironmentalAssessmentMethod), entre outras, tambémconsiderama questão energética comoum item de destaque em suas metodologias.

As primeirasmedidas relacionadas à conservação e ao uso racional de energiano Brasil surgiramna década de coma implementação, em , do Programa

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Q . C C A

Categorias Critérios obrigatórios Critérios de livre escolha

Qualidade urbana

Projeto e conforto

Eficiência energética

Conservação de recursos materiais

Gestão da água

Práticas sociais

Total de critérios

Fonte: com base em dados de Caixa ().

reais para o desempenho da construção e o conforto dos usuários. Dessa forma,o objetivo é que os critérios escolhidos com base na agenda do empreendimentoestejam fundamentados nas suas demandas especí�cas.

A classi�cação dos projetos é dada nas categorias ouro, prata e bronze, comoapresentado na Fig. .. Projetos de baixa renda são elegíveis às três categorias,enquanto os demais são elegíveis somente às categorias prata e ouro. A categoriabronze é alcançada com a obtenção dos critérios obrigatórios e a categoria pratacom os critérios obrigatórios mais de livre escolha. Para a categoria ouro,são necessários critérios de livre escolha, além dos obrigatórios. Os critériosforam formulados com base em normas nacionais e são, na sua maioria, de fácilaplicação.

A adesão ao Selo é voluntária e apresenta um custo baixo, por já estar inse-rido dentro do contexto do �nanciamento da Caixa. Assim como visto no casoanterior, a classi�cação �nal depende do atendimento aos requisitos em projeto eda comprovação em obra, com a ocupação do edifício.

A metodologia do Selo foi desenvolvida em paralelo com a etiquetagem deenergia para edi�cações residenciais. Por essa razão, muitos dos parâmetros consi-derados são semelhantes, além de ambas compartilharem como base a NBR .(ABNT, ) e a NBR . (ABNT, ). Porém, o Selo foi estruturado emtermos de critérios com indicadores a serem atingidos.

O objetivo inicial do Selo foi a facilidade de ser absorvido pelo mercado, in-cluindo empreendedores e projetistas. Com esse intuito, foi desenvolvido omanual

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Fig. . Selo Casa Azul nosníveis ouro, prata e bronze

Fonte: Caixa ().

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Fig. . Estudo de sombrasdo entorno no terreno

Fonte: Caixa ().

das habitações a possíveis necessidades futuras dos usuários; e adequação do pro-jeto às condições físicas do terreno para tornar mínimo o impacto da construçãono terreno e seu entorno natural.

.. Categoria eficiência energéticaEm relação à e�ciência energética, o selo tem como objetivo alertar aos proje-tistas e empreendedores para ações que busquem a diminuição da demandade energia e o aumento da oferta, por meio de fontes alternativas. O setor re-sidencial no Brasil apresenta como principais consumos de energia por fonte,a eletricidade, o GLP (gás liquefeito de petróleo) e a lenha, com porcentagensmuito similares (EPE, ) (Fig. .). Como a lenha é mais presente nosetor rural e sua porcentagem de participação parece superestimada para a

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[Sobre os autores]

Joana Carla Soares GonçalvesÉ arquiteta e urbanista pela Universidade Federal doRio de Janeiro, UFRJ (), e professora associada daFaculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universi-dade de São Paulo (FAU-USP), onde atua no Departa-mento de Tecnologia da Arquitetura e no Laboratóriode Conforto Ambiental e E�ciência Energética (Labaut)desde . Foi professora orientadora do Programa dePós-Graduação Sustainable Environmental Design daArchitectural Association (AA) School of Architecturede a . Atualmente, é professora visitante doSED/AA. Em , foi professora visitante na GraduateSchool of Design (GSD), da Universidade de Harvard.Desde é professora visitante da Faculty of Architec-ture and the Built Environment da University of West-minster, em Londres. Em , atuou como coordena-dora da consultoria de ecoe�ciência do projeto de ex-pansão do Centro de Pesquisas da Petrobras, no Rio deJaneiro. Participou da coordenação do documento¿egreen economy report, produzido pela Unep em . Éautora do livro ¿e environmental performance of tallbuildings ().

Klaus BodeGraduado em Engenharia de Sistemas Prediais e De-sempenho Ambiental pela University of Bath ().De a , integrou a equipe da empresa J. Ro-ger Preston & Partners, quando participou do projetoda sede do Commerzbank, em Frankfurt am Main, naAlemanha. Em , fez parte do grupo fundador daempresa de engenharia e consultoria ambiental BDSPPartnership, em Londres, com sede em Belgrado e emSão Paulo. No BDSP Partnership, Klaus se estabeleceuinternacionalmente no campo da e�ciência energéticae do desempenho ambiental de edi�cações e áreas urba-nas, tendo participado dos projetos National AssemblyforWales, em Cardi�, com Richard Rogers Partnership;Columbia University Master Plan, em Nova York, comRenzo Piano Building Workshop; Università Commer-ciale Luigi Bocconi, em Milão, com Gra on Architects;

London Velodrome, comHopkins Architects; OneAirport Square, em Acra, Gana, com Mario CucinellaArchitetto; entre outros. Em , participou da funda-ção da empresa ChapmanBDSP, na qual atua no projetode renovação da Battersea Power Station, em Londrese em outros projetos do cenário internacional. Desde, faz parte do corpo docente do Programa de Pós-Graduação Environment and Energy, da AA School ofArchitecture, em Londres.

Leonardo Marques MonteiroProfessor doutor do Departamento de Tecnologia daFAU-USP. Autor da tese de doutorado Modelos prediti-vos de conforto térmico: quanti�cação de relações entrevariáveis microclimáticas e de sensação térmica para ava-liação e projeto de espaços abertos. Assessor ad hoc daFundação deAmparo à Pesquisa doEstado de SãoPaulo(Fapesp). Fellow do Precourt Energy E�ciency Center,da Stanford University. Membro do Programa Ibero-americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvi-mento (CYTED). Coordenador dos projetos “Confortotermoacústico em espaços urbanos abertos” e “Termo-acústica urbana”, �nanciados pelo Conselho Nacionalde Desenvolvimento Cientí�co e Tecnológico (CNPq).Pesquisador do Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP) “Bi-ometeorologia humana” (IAG, FM, EP, FAU-USP). Re-visor dos periódicos Building and environment, Climateresearch, Hábitat sustentable e Ambiente construído.

Leonardo BitencourtPossui graduação em Arquitetura e Urbanismo pelaUniversidade Federal de Pernambuco, UFPE (), edoutorado em Environment and Energy Studies pelaAA School of Architecture (). Atualmente, é profes-sor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), ondeatua no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura eUrbanismo. Tem experiência em projetos e pesquisasemArquitetura eUrbanismo e possui publicações sobrequestões relacionadas à Sustentabilidade Ambiental eE�ciência Energética em Edi�cações.

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Mônica Pereira Marcondes CavaleriArquiteta e urbanista pela FAU-USP (), mestre emEnvironment and Energy Studies pela AA School of Ar-chitecture () e doutora pela FAU-USP (). Pós-doutoranda do Labaut (FAU-USP) no projeto “Edi�ca-ção e desenho urbano com adensamento e qualidadeambiental” (PNPD-Capes). Coautora do artigo “¿enew research centre of the Brazilian Petroleum Com-pany in Rio de Janeiro, Brazil: the achievements in thethermal performance of air-conditioned buildings inthe tropics”, publicado pela Energy and Buildings, em. Consultora em Conforto Ambiental para o pro-jeto vencedor do Concurso Internacional para oMuseuExploratório de Ciências da Universidade Estadual deCampinas (Unicamp), de CHN Arquitetos ().

João Oliveira CottaGraduado em Arquitetura pela Pontifícia UniversidadeCatólica de Campinas, PUC-Campinas (), emestre(com distinção) em Sustainable Environmental DesignpelaAASchool ofArchitecture (). Em, tornou-se sócio do escritório Oliveira Cotta Arquitetura, cujaprática é voltada para as áreas de P&D, Indústria e Tec-nologia. Em seu portfólio, destacam-se o novo centrode P&D da empresa Siemens na Ilha do Fundão, no Riode Janeiro (certi�cação LEED Gold), o centro de Inova-ção da DuPont do Brasil e a nova indústria química dogrupo alemão Freudenberg.

João Leal VieiraGraduado em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP() e mestre em Sustainable Environmental Designpela AA School of Architecture (). Foi coordenadorde projetos e produtos da empresa Racional Engenharia(-) e atualmente é consultor ambiental da em-presa BDSP Brasil, na qual se dedica a projetos urbanose de edi�cações, entre eles a nova sede daNatura em SãoPaulo, edifícios corporativos e retro�ts. É professor deConforto Ambiental e Projeto de Arquitetura na FMU(FIAM-FAAM).

Alberto HernandezGraduado em Engenharia Mecânica (), doutor() e livre-docente pela Escola Politécnica da Univer-sidade de São Paulo, Poli-USP (). Atua no Departa-mento de Engenharia Mecânica, desenvolvendo pesqui-sas voltadas para a área de climatização e refrigeraçãocom ênfase em e�ciência energética, modelagem e si-mulação de sistemas de refrigeração e ar condicionado.Autor de mais de cem artigos em periódicos e congres-sos nacionais e internacionais. Membro da ABCM (As-sociação Brasileira de Ciências Mecânicas) e da Anprac

(Associação Nacional de Pro�ssionais de Refrigeração,Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento).

Vanessa Gomes SilvaGraduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universi-dade Federal do Espírito Santo, UFES (), com mes-trado () e doutorado em Engenharia Civil pela Poli-USP (). Professora associada livre-docente ()da Unicamp, com experiência em Projeto e Constru-ção Sustentável e AvaliaçãoAmbiental de Edifícios. Full-bright fellow na Harvard University () e Universityof Pittsburgh (), bolsista Capes para estudos de pós-doutoramento na University of Pittsburgh, na CarnegieMellon University (-) e na SBSE Je�rey CookScholar (). Vice-presidente da International Initia-tive for a Sustainable Built Environment (-). Co-ordenadora regional (Américas) da Comissão de Traba-lho W (Smart and sustainable built environments),do International Council for Research and Innovationin Building and Construction (CIB), e assessora ad hocdo Programa Ambiental das Nações Unidas (PNUMA)e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID),entre outros.

Maristela Gomes da SilvaGraduada em Engenharia Civil pela UFES (), commestrado () e doutorado () em Engenharia Ci-vil pela Poli-USP, pós-doutorado em Engenharia Civile Ambiental pela University of Pittsburgh () e emArquitetura e Construção pela Unicamp. Foi coorde-nadora do Programa de Pós-Graduação em Engenha-ria Civil (-), diretora do Centro Tecnológico(-) da UFES, professora visitante no Departa-ment of Civil and Environmental Engineering da Uni-versity of Pittsburgh (-), pesquisadora associ-ada do Mascaro Center for Sustainable Innovation damesma Universidade (-), professora convidadada Carnegie Mellon University () e coordenadorado curso de Graduação em Engenharia Civil da UFES(-). É professora associada doDepartamento deEngenharia Civil da UFES, membro especialista do Co-mitê Consultivo do Fundo de Tecnologia do BNDES,membro do corpo de revisores dos periódicos Ambi-ente construído, Smart and sustainable built environmentjournal e Revista Ibracon de Estruturas e Materiais. Temexperiência na área de Engenharia Civil, com ênfase emmateriais e componentes de construção civil, atuando,principalmente, nos temas de reciclagem de resíduos in-dustriais, escórias siderúrgicas, cimentos, concreto, du-rabilidade, indicadores de sustentabilidade, análise dociclo de vida, emissões de GHG, redução de impactos

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ambientais de materiais de construção, construção sus-tentável e construção civil.

Denise DuarteProfessora doutora da FAU-USP, orientadora da Pós-Graduação e bolsista de Produtividade em Pesquisa(PQ) do CNPq. Atualmente é vice-chefe do Departa-mento de Tecnologia da Arquitetura e coordenadora doLabaut (FAU-USP). É pesquisadora doNúcleo deApoioà Pesquisa em Mudanças Climáticas (IAG-USP), revi-sora dos periódicos Enegy policy, Portafolio, Ambienteconstruído, Oculum, Parc e Pós. É assessora ad hoc Fa-pesp, CNPq e Capes e membro do Plea Board (Passiveand Low Energy Architecture). Pesquisa o impacto davegetação e do adensamento nos microclimas urbanosno cenário atual e o impacto de mudanças climáticas.

Marcelo R. A. F. MelloGraduado em Engenharia Civil pela Poli-USP ()e em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Pres-biteriana Mackenzie (). Mestre em SustainableEnvironmental Design pela AA School of Architec-ture (). Trabalhou na Ycon Engenharia como enge-nheiro estrutural. Atua como tutor no Centro Brasileirode Construções em Aço e como consultor de E�ciênciaEnergética da empresa Centro de Tecnologia de Edi�ca-ções (CTE).

Anna Christina MianaGraduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universi-dade Federal de Minas Gerais, UFMG (). Especi-alista em Conforto Ambiental e E�ciência Energéticapela FAU-USP (). Mestre em Tecnologia da Arqui-tetura e Urbanismo pela Escola de Engenharia de SãoCarlos da USP (). Doutora em Tecnologia da Ar-quitetura e Urbanismo pela FAU-USP (), com pós-doutorado na mesma instituição (). Atualmente édocente do Instituto Metodista Izabela Hendrix, atu-ando no curso de Arquitetura e Urbanismo e professoravisitante do Departamento de Urbanismo da Faculdadede Arquitetura e Urbanismo da UFMG.

Marcos Lima RosaGraduado em arquitetura e urbanismo pela FAU-USP(). Aluno do Programa de Doutorado da Technis-che Universität München (TUM). Autor do livro Mi-croplanejamento, práticas urbanas criativas () e edi-tor do livro Handmade urbanism (). Lecionou naTUM em , na Escola da Cidade (São Paulo) em, e em ETH (Zurique) de a . Criou e co-ordenou a plataforma de pesquisa do Deutsche BankUrban Age Award (-), do qual foi curador em

duas edições, além de conceitualizar a plataforma demapeamento colaborativo no Rio de Janeiro (). Seutrabalho aborda sobreposições possíveis entre a teoria eprática por meio de investigação e design em trabalhosde pesquisa e estúdios colaborativos.

Carlos Eduardo Soares GonçalvesGraduado em Engenharia de Produção pela Poli-USP(), com mestrado e doutorado em Economia pelaFaculdade de Economia e Administração da Universi-dade de São Paulo, FEA-USP (). Participou do Pro-grama de Doutorado Sanduíche na Boston University() e fez pós-doutorado na London School of Eco-nomics, LSE (). Atualmente é professor Titular daFEA-USP. Suas áreas de pesquisa são Macroeconomia,Economia Política eDesenvolvimento Econômico. É co-autor dos livros Economia sem truques () e Sob alupa do economista (), ambos publicados pela par-ceria Campus-Elsevier.

Anésia Barros FrotaPossui graduação em Arquitetura e Urbanismo pelaUniversidade de Brasília, UNB (), mestrado em Ar-quitetura e Urbanismo pela FAU-USP () e douto-rado em Arquitetura e Urbanismo pela mesma insti-tuição (). É professora doutora da FAU-USP (apo-sentada em ). Professora visitante na Universidadede Lisboa em . Fundadora da empresa de consul-toria em desempenho ambiental da arquitetura, A. R.Frota Arquitetura SS Ltda., atuando em projetos no se-tor público e privado. Consultora ad hoc da Universi-dade Estadual de Maringá, da Universidade Estadualde Londrina e da Fapesp. Coautora do livroManual deconforto térmico (), publicado pela editora StudioNobel, e autora do livro Geometria da insolação (),publicado pela editora Geros. Tem experiência na áreade Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em confortotérmico, atuando principalmente nos temas: confortoambiental, ventilação natural, conforto térmico, ilumi-nação externa e mudança climática.

Alessandra Rodrigues Prata ShimomuraPossui graduação em Arquitetura e Urbanismo pelaPUC-Campinas (), mestrado em Engenharia Ci-vil pela Universidade Estadual de Campinas, Unicamp(), doutorado em Arquitetura e Urbanismo pelaFAU-USP (), com estágio no Laboratório Nacio-nal de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa, Portu-gal, e pós-doutoramento em Arquitetura e Urbanismopela FAU-USP ( e ). Atualmente é Jovem Pes-quisadora do Departamento de Arquitetura e Cons-trução da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura

Sobre os autores

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e Urbanismo (Unicamp) e Pesquisador/Colaboradordo Departamento de Arquitetura e Construção (FEC-Unicamp) no Laboratório de Conforto Ambiental e Fí-sica Aplicada (Lacaf). Assessora ad hoc da Fapesp.

Norberto Corrêa da Silva MouraPossui graduação em Arquitetura e Urbanismo pelaFAU-USP (), especialização em Conforto Ambien-tal e Conservação de Energia pela FAU-USP/Fupam() e doutorado em Arquitetura e Urbanismo, pelamesma instituição, na área de Tecnologia da Arquite-tura (). Professor doutor na FAU-USP desde ,integra o Conselho do Departamento de Tecnologiadesde março de . Foi coordenador do grupo de dis-ciplinas de Metodologia no Departamento de Tecnolo-gia de julho de a junho de e membro titulardo Conselho Deliberativo Nutau-USP de dezembro de a dezembro de . Atua nas linhas de pesquisaTecnologia Digital de Produção e Ensino da Arquite-tura, do Urbanismo e do Design, com ênfase na Mode-lagem da Informação da Construção (BIM) e confortoambiental, e�ciência energética e ergonomia, com focoem iluminação natural. Coautor do artigo “BIM imple-mentation: an experiment integrating practice, theoryand didactic”, publicado nos anais do st BIM Internati-onal Conference .

Erica Mitie Umakoshi KuniochiGraduada em Arquitetura e Urbanismo () e dou-tora pela FAU-USP (). Atualmente é pesquisadorado Labaut (FAU-USP) e consultora na área de desempe-nho ambiental e energético de projetos de arquitetura eurbanismo. É coautora do livro¿e environmental per-formance of tall buildings (), publicado pela EarthS-can (Londres).

Anne Save de BeaurecueilArquiteta pela California Polytechnic State University(), com especialização em Urban Architecture pelaÉcole d’Architecture de Paris () e mestre em Ad-vanced Architectural Design pela Columbia UniversityGSAPP (). Foi docente da AA School of Architec-ture entre e (Diploma Unit ) e, em , pro-fessora visitante na Faculdade de Arquitetura da Uni-camp. Atuou no escritório de arquitetura Zaha Hadid,emLondres, entre e , no escritório TRHamzahandKenYeangArchitects, emKuala Lumpur, entre e e no escritório Bernard Tschumi Architects, emNova York e Paris, entre e . Cofundadora doescritório de arquitetura SUBdV Architecture, sediadoem São Paulo, cujo portfólio inclui os projetos das LojasClarindo e do Instituto Escola do Povo, na Comunidade

de Paraisópolis (UMCP), ambos no bairro doMorumbi,em São Paulo.

Franklin LeeGraduado em Arquitetura pela AA School of Architec-ture () e mestre em Advanced Architectural De-sign pela Columbia Graduate School of Architecture,Planning andPreservation, GSAPP (). Professor ad-junto da Columbia University (GSAPP), em Nova York,entre e . Docente da AA School of Architec-ture entre e (Diploma Unit ). Atuou no es-critório de arquitetura TR Hamzah and Ken Yeang Ar-chitects, em Kuala Lumpur, entre e e no escri-tório Beyer Blinder Belle Architects Planners, em NovaYork, entre e . Cofundador do escritório dearquitetura SUBdV Architecture.

Monica Dolce UzumArquiteta e urbanista pelo Centro Universitário BelasArtes () e tecnóloga emConstrução Civil (namora-dia de edifícios) pela Fatec-SP (). Mestre pela FAU-USP () e aluna do Programa de Doutoramento damesma instituição. Desde , é professora do CentroUniversitárioMetodista do Sul, onde atua nos cursos deArquitetura e Urbanismo e Design de Interiores e coor-dena o Laboratório de Conforto Ambiental. Trabalhouem projetos de urbanização de favelas e de unidades ha-bitacionais junto à Secretaria de Habitação da cidade deSão Paulo e ao CDHU entre e .

Joanna Perez ConceiçãoGraduada em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP() e mestre em Sustainable Environmental De-sign pela AA School of Architecture (). Integroua equipe de arquitetos do escritório paulista A�alo &Gasperini entre e e a da Orbi Projetos e Re-sultados em . Desde , atua como consultora dedesempenho ambiental na empresa inglesa BDSP Part-nership (Chapman BDSP desde ), onde participoudos projetos da Universidad de Ingeniería y Tecnología(Utec), em Lima, da Battersea Powerstation Phase eda London Bridge Residential Tower, em Londres, entreoutros.

Sandra Mayumi MorikawaGraduada em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP() e mestre em Sustainable Environmental Designpela AA School of Architecture em . Sócia do escri-tório JBMC Arquitetura e Urbanismo desde . Emseu portfólio, destacam-se as obras da Estação e Passa-rela Cidade Nova, inaugurada (), e da Estação Uru-guai (), ambas no Rio de Janeiro (RJ).

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Roberta Consentino Kronka MulfarthGraduada em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP(), mestre em Energia pelo IEE-USP () e dou-tora em Estruturas Ambientais Urbanas pela FAU-USP(). Professora da FAU-USP no Departamento deTecnologia da Arquitetura e do Urbanismo desde e atual coordenadora do grupo de disciplinas de Con-forto Ambiental. Desenvolve pesquisas com enfoque noconforto ergonômico e comportamento. Participa dapesquisa Ecocampus da Rede de Universidades WC,que reúne pesquisadores da USP, Technischen Univer-sität de Berlin (TU-Berlim), Universidad AutónomaMetropolitana (UAM), Politecnico di Milano, entreoutras.

Maria Ruth Amaral de SampaioSocióloga, professora titular do Departamento de His-tória da Arquitetura e Estética do Projeto e das áreasde concentração Hábitat e História e Fundamentosda Arquitetura e do Urbanismo, do Programa de Pós-Graduação da FAU-USP. Foi diretora da FAU-USP en-tre dezembro de e dezembro de . Atualmentepertence ao Laboratório de Fundamentos da Arquite-tura e do Urbanismo (Labfau) e do grupo de pesquisa“Os estrangeiros e a construção da cidade”. Faz partedo programa da Unesco “Pro�ssionais da cidade”, cujoobjetivo é incentivar as relações da universidade com asociedade. É autora de vários livros, entre os quaisCasasproletárias em São Paulo (), em coautoria com oarquiteto Carlos Lemos, Habitação e cidade () e Apromoção privada de habitação econômica e arquiteturamoderna - ().

Karina Cavalcante de OliveiraPossui graduação em Engenharia Civil pela Universi-dade Federal de Mato Grosso do Sul, UFMS ().Aluna de mestrado na área de Engenharia de Constru-ção Civil e Urbana (Poli-USP). Entre e , atuouna empresa PhD Engenharia Ltda. Sua área de atuaçãoéMateriais de ConstruçãoCivil, principalmente ligadosao concreto armado, e sua linha de pesquisa é Concretocom adições de �bras de aço.

Annarita BuoroGraduada em Arquitetura e Urbanismo pela FAAP(), especialista em Conforto Ambiental e E�ciênciaEnergética pela FAU-USP () e mestre pela mesmainstituição (). Atualmente, é aluna do Programade Doutorado da Poli-USP, na Faculdade de Engenha-ria Mecânica. É professora da disciplina Conforto Am-biental do curso de Arquitetura e Urbanismo do Cen-tro Universitário Senac-SP e da Escola da Cidade, onde

atua nos respectivos laboratórios de Conforto Ambi-ental. Participou de projeto de pesquisa em E�ciênciaEnergética no Grupo de Energia (Gepea) do Departa-mento de Engenharia de Energia e Automação Elétricasda Poli-USP entre e e do Labaut (FAU-USP)de a . Também atua junto à Fundação CarlosAlberto Vanzolini com projetos de certi�cação Aqua ePBE Edi�ca. Possui menção honrosa no concurso da Es-tação Antártica Brasileira () e no concurso da Hol-cim Awards Latin America em .

Roberto LambertsPossui graduação em Engenharia Civil pela Universi-dade Federal do Rio Grande do Sul (), mestradoem Engenharia pela UFRGS () e doutorado em Ci-vil Enginering pela University of Leeds (). É profes-sor titular da Universidade Federal de Santa Catarina(UFSC). É supervisor do Laboratório de E�ciência Ener-gética em Edi�cações na UFSC; coeditor do periódicoAmbiente construído; membro do comitê editorial do pe-riódico Journal of Building Performance Simulation, dasassociações cientí�cas Antac (na qual participou da di-retoria por vários mandatos), Conselho Brasileiro paraa Construção Sustentável (CBCS) e Associação Interna-cional para a Simulação doDesempenho de Edi�cações(IBPSA). É membro do Grupo de Trabalho (GT) e daSecretaria Técnica (ST) de Edi�cações do MME, Minis-tério de Minas e Energia do Governo Federal do Brasil,apoiando o desenvolvimento da etiquetagem de e�ciên-cia energética em edi�cações. Atua na área de Engenha-ria Civil, com ênfase em e�ciência energética, desempe-nho térmico de edi�cações, bioclimatologia e confortotérmico.

Veridiana Atanasio ScalcoGraduada em Arquitetura e Urbanismo (), mestreem Arquitetura () e doutora em Engenharia Civil() pela UFSC. Tem experiência na área de Arquite-tura e Urbanismo, com ênfase em conforto ambiental ee�ciência energética de edi�cações, atuando nos seguin-tes temas: projeto arquitetônico e urbanístico, simula-ção computacional e educação a distância. Atualmenteé pesquisadora do LabEEE, coordenadora doNúcleo deEdi�cações Comerciais, de Serviços e Públicas do Cen-tro Brasileiro de E�ciência Energética em Edi�cações(CBE) e membro da ST-Edi�cações do MME, coorde-nada pela Eletrobras, apoiando o desenvolvimento daetiquetagem de e�ciência energética em edi�cações.

Michele FossatiGraduada em Engenharia Civil (), mestre em En-genharia de Produção () e doutora em Engenharia

Sobre os autores

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Civil () pela UFSC, com pós-doutorado nas áreasde Ecoe�ciência de Edi�cações () e Desenvolvi-mento de Regulamento de E�ciência Energética de Edi-�cações Residenciais () pelo LabEEE-UFSC. Atual-mente é pesquisadora do LabEEE, coordenadora doNú-cleo de Edi�cações Residenciais do CBE e membro daST-Edi�cações do MME, apoiando o desenvolvimentoda etiquetagem de e�ciência energética em edi�cações.

María Andrea Triana MontesGraduada em Arquitetura pela Universidad del Valle(), em Cali, Colômbia, e mestre em Arquitetura eUrbanismo pela UFSC (). Atualmente é pesquisa-dora na área de E�ciência Energética (LabEEE). Tem ex-periência emArquitetura comênfase emprojetos de edi-�cações, atuando principalmente nos seguintes temas:sustentabilidade, e�ciência energética, desempenho tér-mico, metodologias de avaliação ambiental de edi�ca-ções e habitações de interesse social.

Rogério de Souza VersageGraduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFMS() e mestre em Comportamento Ambiental e E�-ciência Energética em Edi�cações pelo Programa dePós-Graduação em Arquitetura da UFSC (). Atu-almente é aluno de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da UFSC. Tem experi-ência na área de desempenho térmico e e�ciência ener-gética de edi�cações, atuando principalmente com si-mulação computacional de desempenho termoenergé-tico de edi�cações naturalmente ventiladas.

Sandro TubertiniGraduado em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP() e mestre em Sustainable Environmental Designpela AA School of Architecture, de Londres, em .No mesmo ano, ingressou na ChapmanBDSP (antigaBDSP Partnership) e desde é diretor da empresaBDSP Brasil, em São Paulo, atuando em projetos urba-nos e de edi�cações, entre eles a nova sede da Naturaem São Paulo, edifícios corporativos e retro�ts.

Simos YannasDiretor do Programa de Pós-graduação Environmentand Energy Studies da AA School of Architecture, emLondres, e coordenador do curso de mestrado em Sus-tainable Environmental Design e do Programa de Dou-torado em Arquitetura. Estudou Arquitetura na Natio-nal Technical University of Athens, na Grécia, e ProjetoAmbiental na AA School of Architecture. Recebeu o tí-tulo de professor pela AA Graduate School e Open Uni-versity Research School. Palestrante convidado emmais

de países. Nomeado Sir Isaac Newton Design Fellowda University of Cambridge em . Membro funda-dor da organização Plea. Coautor do livro Em busca deuma arquitetura sustentável para os trópicos, publicadopela Editora Revan, em . Seu livro mais recente,Lessons from vernacular architecture, foi publicado pelaeditora Earthscan/Routledge em .

Gustavo BrunelliGraduado em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP() e mestre em Environment and Energy Studiespela AA School of Architecture (). Consultor asso-ciado da empresa inglesa de engenharia e consultoriaBDSP Partnership (desde , ChapmanBDSP). Atuana BDSP Partnership desde como consultor emdesempenho ambiental de edifícios e projetos urbanos,tendo participado de projetos ícones no contexto inter-nacional, como a Assembleia do País de Gales, em Car-di�, a New Student Union da London School of Econo-mics (LSE), emLondres, e oVelódromo dasOlimpíadasde Londres de .

Rosa Schiano-PhanGraduada em Arquitetura pela Facoltà di Architetturadell’Università degli Studi diNapoli “Federico II” (),mestre em Architecture, Energy and Sustainability pelaUniversity of North London () e PhD pela AASchool of Architecture (). Desde , é principallecturer emArchitecture and Environmental Design, naFaculty of Architecture and the Built Environment daUniversity of Westminster. Possui anos de experiên-cia em consultoria e pesquisa na área de desempenhoambiental do ambiente construído, tendo trabalhadoem organizações de atuação internacional. Foi docentee orientadora no Programa deMestrado em SustainableEnvironmental Design da AA School of Architecture,entre e , e contribuiu para o Programa de Dou-torado em Environment and Energy Studies da mesmainstituição. É codiretora da empresa Natural CoolingLimited e coautora do livro¿e architecture and engine-ering of downdraught cooling, publicado em e pre-miado pelo Royal Institute of British Architects com amenção honrosa RIBA President’s Awards for Researchem .

Nick BakerGraduado em Física pela London University em ,com PhD pela mesma instituição em , com atua-ção marcante na área de desempenho ambiental da ar-quitetura. Professor e pesquisador do Departamento deArquitetura da Cambridge University entre e ,com trabalhos na área de simulação computacional de

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desempenho ambiental e energético de edifícios, ilumi-nação natural e conforto térmico. Atualmente faz partedo corpo docente do curso de mestrado Sustainable En-vironmental Design, da AA School of Architecture e doCentro de Tecnologias Alternativas (Centre for Alterna-tive Technology), na University of East London. Autorde uma série de livros e artigos sobre esses temas, sendoa sua publicação mais recente¿e handbook of sustaina-ble refurbishment, publicado pela Earthscan em .

Paula CadimaArquiteta pela Universidade Técnica de Lisboa () edoutora pela AA School of Architecture (). Exerceatividade pro�ssional e cientí�ca na área da sustentabi-lidade ambiental há mais de anos. Lecionou na AASchool of Architecture de a , para onde voltouem , e na Faculdade de Arquitectura da Universi-dade Técnica de Lisboa de a , onde criou ecoordenou o curso de mestrado em Arquitetura Biocli-mática. Atuou naComissão Europeia emBruxelas entre e , orientando projetos europeus na promo-ção da e�ciência energética, energias renováveis e inves-tigação de nível internacional em áreas emergentes, edesde então tem experiência como European Commu-nity Expert. Foi responsável pelo GT Ambiente e Ar-quitetura Sustentável do Conselho dos Arquitetos Euro-peus em . É presidente da organização internacio-nal Plea desde e codiretora do Programa de Pós-Graduação Environment and Energy da AA School ofArchitecture, em Londres, desde .

Jorge Rodríguez ÁlvarezArquiteto e urbanista pela Universidade da Coruña,UDC (), mestre em Building Conservation andUrban Regeneration pela Universidade de Santiago deCompostela, USC (), e em Sustainable Environ-mentalDesign (comdistinção) pelaAASchool of Archi-tecture (). Doutor pela UDC () e pesquisadorvisitante na UCL Bartlett entre e . Desde ,leciona no programa de pós-graduação Environmentand Energy, da AA School of Architecture, em Londres,no curso de mestrado Sustainable Environmental De-

sign e no curso de Arquitetura e Urbanismo da ETSAC,na Espanha. Palestrante em um conjunto de universida-des na Espanha e no exterior. Cofundador do escritó-rio SAAI, especializado em projetos e consultoria parao desempenho ambiental, com trabalhos na Espanha,China, México e Costa Rica.

Miguel Aloysio SattlerGraduado em Engenharia Civil pela Universidade Fede-ral do Rio Grande do Sul, UFRGS (), e em Agro-nomia, pela mesma universidade em . Doutor pelaUniversity of She�eld () e pós-doutor pela Univer-sity of Liverpool (), no Reino Unido, ambos emCiências Ambientais ligadas à Edi�cação. Foi pesquisa-dor da Fundação de Ciência e Tecnologia (RS), entre a , e desde é professor no Programa dePós-Graduação em Engenharia Civil da UFRGS, ondehoje é professor associado. Possui experiência na áreade Engenharia Civil com ênfase em edi�cações e co-munidades sustentáveis, atuando em pesquisa, ensinoe extensão com foco nos seguintes temas: sustentabili-dade, construções sustentáveis, engenharia urbana sus-tentável, conforto ambiental e habitação popular. Foipresidente da Antac e iniciador da série de eventos so-bre Conforto Ambiental e Edi�cações e ComunidadesSustentáveis. É autor do livro Habitações de baixo customais sustentáveis: a Casa Alvorada e Centro Experimen-tal de Tecnologias Habitacionais Sustentáveis () eorganizador da publicaçãoConstrução eMeio Ambiente,(), ambos publicados pela Antac.

Charles Louis HarrisGraduado emArquitetura pela University of Pennsylva-nia () e mestre em Arquitetura pela Harvard Uni-versity Graduate School of Design (). Integrou aequipe de arquitetos do escritório Adrian Smith andGordon Gill, em Chicago, de maio de a agosto de, onde participou do projeto Biophilic Tower, emSuzhou, naChina, premiado em peloAmericanAr-chitecture Awards. Desde , atua no escritório Skid-more Owings and Merrill LLP, de Nova York.

Sobre os autores

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