HOJE DOM i RIO, 1 DE DE ANO HOJE 500 - :::[ BIBLIOTECA...

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HOJE 500 CONTOS WEllO H norf» mlli«... i RIO, 1 DE FEVEREIRO DE M41 i ANO IV - N.« 18» i DOM CASMURRO Diretor: BRICIO DE ABREU Redator Chefe: ÁLVARO MOREYRA |12 Páginas | A CONFUSÃO ERA GERAI, Machado de Aui» DOM CASMURRO Pai. 343 1*000 1 GRANDE HEBDOMADÁRIO BRASILEIRO | 1SOOO HOJE 500 ? CONTOS 1 E nada mais,.. Nós i de que um ii funil a doi A SEMANA BRICIO DE ABREU ( -emana fnl movimentada e plena de acontecimentos entre us „,!, ,i rto aniversário da morte de Grar* Aranh», qae pelas cir- (unsiaiirias, deixa, na icnle uma profunda melancolia pelo destino in himiem iniclccliial no Brasil. tii.ua Aranha foi uin «rande esteta. Amava profundamente Hrasil r, ante* tle morrer, quis ser útil á aua terra e am seu» Intele- riuai-v Reuniu alguns amigos aquele* que ele reputava capazes de fotitinliarem com altivez e desassombro, a sua obra e realizou a Funda»"" toar,» Aranha" que deveria, após sua mort*. mntíntn-.r o mnvimfolo lihertadnr da literatura e da Intelectualidade brasileira. VHsa Fundação", deixou ele a sua excelente pinacoteca é a sua ma- wilhosn biblioteca. maravilhosa não pela quantidade, mas pela qualidade qur deveriam ser postas á disposição do publico pela ntnprh ¦'Fundação". Deixou-lhe ainda todo u produto de venda das i-tn é. todos os seus direitos autorais, alli ¦al losse dado a um novo de valer. nriação", após a morte de Grava Aranha, tem ' sem procurar ser útil em nada, nâo somente ã ainda á literatura nacional. A principio, sn- hn. alugou umas sallnha* ali nn "Edifício rie A Noite". Depois, ' i|iip mudar dali. por falta de meios, dizem, para se manter e, i ii sen arquivo, Biblioteca e. Pinacoteca, foram parar, pnr lavor, üivn de Na/areth Prado, a grande amlia t discípula de Grava, [odiosamente lhes deu guarida. .ttr hoje ninguém viu publicado um bal a nrn, simples qtie fosse, ad min isi ração dessa 'Sociedade'*, e, justamente pnr isso, não nos i|»e seus elementos passam pleitear uma subvenção dn (nio para mantê-la. U'tni trs parte, quais furam até hoje os direi- rubra rt os pelas obras de Grava? Como ae poderá sabor, verdadel- ifnlf, qual a situação material da Fundação Graça Aranha"? i srrla lógico que os seus componentes viessem a publico explicar ¦mims? Afinal a "Fundação Graça Aranha" tem um dever a cum- r r uma responsabilidade definida dentro da nossa literatura. E" speranva e n estimulo de muilo intelectual. E' a nossa "Aeademie iicnin-t". (is .«eus membros lém cada um de per ai, uma tremenda imnsaliilidarie deante da memória de Graça Aranha e deanle dos Intelriiu.iiv brasileiros. Por que, então, acha-se ela nesse estado In- l de silencio, inutilidade e decadência? E' preciso uma re- ¦lo para nomes como os de Álvaro Moreyra, Renato dc Al. imitia. [YiTjtrino Junior, Teixeira -Soares. E' preciso que conheçamos ilu atual da "Fundação Graça Aranh»", afim de que, não y membros, mas os seus amigos e aqueles qae foram amigos de . sobretudo, e os seus admiradores, possam, unidos, levar avante i dn mestre, tão formosa e lão utll ao Brasil. * V-feira ultima, sem alarde, sem nenhum aviso pelos jornais, niiium convite ao publico nem ás autoridades, alguns elemen- In* Ua "Fundarão", realisaram uma visita ao túmulo do mestre. Da- íi loto dessa romaria, a um Túmulo onde nem o nome rie rsnlia lisura, isto é, em meio dos nomes, gravados em grande, hmilia, num eantínho, ao alto, figura o nomeelnho dele 1 c cm lugar de "ocasião". ndo deveria ter lugar uma sessão no auditório da A. B, I. ii:<s pessoas deveriam falar. Para nos encaminhamos. R *r numeroso publico, foi-nos dito que tal sessão teria sido iiela própria "Fundação" que a organisára- Procuramos sa. 'Ao e. um membro da própria Fundação" nos Informou ve- ¦'nilristadn: Não pode haver a sessão porque o tesoureiro da "Funda- » (]iiií dar ÜOUlfUOU, para se pagar os convites, Como im cen- « [Hitlcram ser enviados, não pudemos tea lira r a "sessão" eru iiomeuajicin ao Grava". > membro da "Fundação" que tal cousa nos declarou tinha um ar '•"¦mimo e us «lhos cheios d*agua. '(«ra, peru un íamos nós, será crivei que a "Fundação Graça ha" não lenha .'!0(ffiO«O em caixa? Será possível que a sua situa- íe miseiabllídade seja Lão grande que o próprio tesoureiro nâo « 'iiicrido evitar o ridículo rie uma situação tio humilhante? s *e passa, ao certo, com a "Fundação Graça Aranha"? áo grande descalabro não será Justo que m aeua mem- !"'" ',c':'im «ma publicação rin balanço da "Fundação" desde 1930? "°i tine eles não existem, nem nunca foram apresentado» á pro- " "Fundação". |)'outra parte, não é luglco que se pergunte, dean- ' *'"ii i,ni„, mtít andam a Biblioteca a a Pinacoteca que Graça «anha ,ieiXou á "Fundação"? <lean»r «íiaJlia ndo a Dfsnlp ¦ preciso, absolutamente preciso, que ns membros da "Funda- " «rara Aranha" se compenetrem da enorme responsabilidade que i-ah» em nma derrocada, ae houver, da própria "Fundação". Teem ' '¦' (Ifvrr absoluto de, num assomo de energia, reerguerem a repu- ¦ »«, lão combalida, de nma Instituição utillsalma e que lem unia "" * cumprir dentro da nossa lerra. E, depois, ainda que a "Fun- t " "'cs interessasse, todos oa seus membros foram amigos de s'' a\i;iin1;, l% snit ttcnã ric „0frereni |„|,P| fa covardes c traído- «ara rom n mestre, (cem obrigação rie zelar pela sua memória. pi'm a palavra ue membros da Fundação Gng* Aranha". '.^tá* MauKÍ^^K ^H.Ha^^v ^i- ^^^^Bi^l ^MÉktf^H^Swía\\\\mr ísV^ÊM PrSV^H Bastidores do Circo Pierrot caiu : é um palhaço. Colombina faz minas doidas em cima dos cavalos : saltos mortais, fura todos os arcos úe papel, arrisca a vida, não morre. Arlcqtiím, eomn roupa antiga poi baixo, diz q üe e inglês por cima e gue anda acompanhando o circo ita* ra vêr si o leão come o domador. A familia tem mais: uma menina, um menino e tres cachorros. O espetáculo fora continua. Tudo isso foi antes da guerra. Tudo isso será depois da guerra. Para que então tanla guerra ? NESTES últimos dez anos, quan. tas manias temos visto úesa. brochar, viçar e morrer, nesta versátil e inconseqüente Mude! Pus- sageiras, precárias vianltis... ficam tua pouco tempo «o coração du ei* duríe, quanto no cornçõo rfn miiífwr duram esses amores, que parecem eternos, e siiit, afinal, mais fracos do que a vida de umu borboleta. A principio, tivemos a mania dns corridas de cavalos. Lembram-se? A's quintas-feiras e aos domingos, abriam-se ao povo, tres, quatro, cinco piados de corridas. Os bondes leva- vam gente nos bancos, nos eslríbos, nas plataformas, nos tejaailhos. As locomotivas da Central arrastavam comboios de dez e dose vugóes alu- Ihndos de uma multidão risonha e bitlhenta. E era ver o espetáculo do prado, ns nn/iiitMíficaiiUs, como vastos canteiros de flores Humanas, pompeatido ao sol o esplendor tias clnrns toiletes de verão, nmn deliria de cores, num emarunnamento des. lumbrante de fitas, dn peeaçem, cheio rta íiirlia dos ""sportinen" sua- dos e ofegantes, discutindo, rlxuiuio, berrando: e os bolos de gente ávida, junto dos "guichets", disputando as "poiiíes", a riiurro e o pontapés; e os botequins reboantes de clamores, de tinir de copas, de estalar de ro. l/ms; e a raia, em baixo, lisa, ba- tida, inundada de luz, pur ««Je u* eurafos voavam em nuver.s de jweirit rfuiiinrfu, entre as aclamações deli- Era uma coisa assombrosa! Toda o mundo falava a (flría do dcspurío, Todos os homens usavam na pra- «ala o alfinete clássico da ferrttdu- ra. As fazendas, em que ns scnlioras cortavam os seus vestidos, tinham estampagens de chicotes, de louros, de caskets de jockep. F. st uconle- cta adoecer um cavalo dos bons, doi gloriosos, dos que mats vivamente mereciam o amor dos entusiastas, que magua, que terror, que uonster- nat;do na cidade! Depois, o baok-vtaker matou r. htpoaroma; outra mania... O sujei- to, que apanhava meia dúzia de contos de reis, alugava umu tofa na rua do Ouvidor, e começava a aoei- tar apostas. Depois, veiu a mania do jogo da pila. Um frtmtâo em cada bairro, A'S duas horas da tarde, o povo desertava da rua do Ouvidor, e ín (ipinrtar.se junto das vttnohtii tm- pias em cuja cimenta batiam as pe- lotas teces, e par onde r.tn saltos jc- Unas, desnudando au ?rjí os braços peludoi. dt blceps inchados oi (MÍ9- dns jjor i taris iam t vinham, nn azafama da quinteto, surdamente ferindo o solo com os chinelos rfe Irntiça. Depois, surgiu o jogo dti bola. E a gente ia pasmar diante da larga declíve. por onde. impeli- •narmanjos de camisa tie meia, as bolas tinham rolando, na meio de um silencio comovido, rolan- do, rolando até qile destroçavam o batalhão dos marcos de pão. Mns apareceu logo o ciclismo, E isso é que foi um delírio! Náo houve mancebo que se náo adentrasse no dat de pés ao pedal das maquinas tosidoras. An ruas ressoavam com o campainhar frenético das limpa- nos; ainda assim, que atrapalliação! ia um homem descitidadamente, pensando nos seus negocias, nas s^ní dividas uu nos asas amores... e trae! desabava sobre ele umu des- sas aranhas de n^o. Moças dti lom nâo hesitam em vestir pantalonat Tu estás habituado, leitor pacato a comprar fuma, ou tetas, ou papei em certa loja de ceria rua. Umn noite, levam-te a essa loja os teus passos afeitos ao caminho, Pas- mas. ouvindo dentro da casa. tâo lua conhecida, a vot fanhosa de um piano, o canta escorchador de nina guitarra, o yarganteio esganlçado de uma mulher.,. Entras. E, em logar do teu cliaruteiro ou do teu merecei- ro. encontras uma rapariya quc te oferece um ¦•chopp". À tua loja é uma cervejaria! Aa fundo, cor, um estrado velho, iiiiprovisou.se um palco. A' beira dele, um plano in- valido desmancha-se em lundus t em chibas. E eis ali surge, de saias curtas, uma cantora a chalror... Nâo ha rua, por mais esconsa, por menos freqüentada, que não possua atualmente o seu café-cantante. Ha quem se arrepele por causa disso; ha quem enchendo os olhos 0 Rio no começo do Século «0 Café Cantante» de Olavo Bilac Que, quando eslá tle maré Me chama multo em segredo Para me dai- cafuné!" Por onde andava ele, o cantor dt Elvira e de Nursulina, o mártir ttt amores Vtírios, que antigamente, de- pois de haver toda a noite quebrado o coração em gritos de afeto e cia- me, acabava sempre quebrando o violão na cabeça de algum compa. nhelro de infortúnio e dc sereneta? ..Agora, aqui o temos, modificado no vestuário e nas maneiras, mas sempre o mesmo na essência, nrj li- ritmo, na malícia.* nos Tés que- brados dos versos. Aqui o temos, na cervejarta-cuntanle, alegre c pernos- tico. dando com as suas mocinhas um sabor novo ú cerveja, que escorre pela guela do freguês. não trás o anttri"} violão cias. slco companheiro querido das noi. tada* sei» destino, passadas em claro pelas ruas dormidas, ao acaso dos cruzamentos dt esquinas; agora, S írovador popular canta ao plano, ?ií íoím acompanJinincnia de arques- tra, como Paulus (excuses du peu!), aiiora, o vagabundo chega sorrtndc A beira do estrado, saúda ? publico, com uni faceiro inenelo de cabeça, piganeia, e principia: «AD FOND DUCOEDR» ÁLVARO MOREYRA "Au fond du coeur" aparecera por esses dias edição Pnngetti, com prefacio du prof. Fortunat StroHski, dn Instituto de França. Anatole France, historiador tM Revolta dos Aii.los. contou que um dos anjos, descido anles para junto dc nus, nunca possuiu a vocação da guerra. Tinha sido músico em cima. Permaneceu músico aqui em baixo. Não se desunira Intei- ramente do céo. Us outros, viu- dos mals tarde, encarnados na forma dos habitantes ria lerra, esqueceram as asas cm qualquer logar. Éle, não. Guardou as suaa num arma riu. {instava de olha- Ias de quando em quando, embo- ra entristecesse vér que iam d eu a pareceu ri o, destruídas pelos bichos. Esse anjo, tornada hem cm, õ talvez um antepassado meu. Eu lambem guardei as minhas asas... Elas ine dão ainda, num lemim bruto c triste, a delicadeea rie sentir, a alegria de pensar, nostalgia de vôo, distancia, bonda- de. compreensão. Velhas asas... velhas asas... Foi Béalrix Ke.vnal quem me fe» ir buascá-las hoje, para um banho de sul. Foi a poesia rie Ura- trix Kcynnl, sombra de arvore, frescura rie agua, coração balen- rio. Tã» natural. Tão humana. Poesia companheira. Poesia Irmã. Poesia mulher. De admirar. De querer bem. De pedir como ts crianças: Mais,.. iniis. . O iue principalmente torna Beátrix Ke.vnal uma das voeet mais puras entre as vozes que fa- Iam da vida, é ela falar ria vida que viveu, que vive. Descobre as- sim. para quem escuta, o segre- do de outras vidas. A criatura que se confessa, confesa todas as cria- turas. Muitas coisas não sabemos de nõs porque não ouvimos .ia coisas que outros sabem deles e contam. Poesia é uni instante. Não sa repele. De todos os instantes revelados se formou o lyie tem ésse nome. Da poesia á realidade vai o caminho que separa a flor do fruto. A arvore é a mesma. A vida não muda. Poesia não possue gêneros. Gêneros são inventados. Poesia nào se inv«nta: surge do chão e das almas, espontânea» sem premedita ção. Poesia da Héa. trlx Reynal: Pour nous, les humbles, le bonheor Cest pen de chose:: Cest. une chanson. tine fleur, Cest un ciei rose. Pour nous, les humbles, le bonheur Cest le beau rêve Qui grlse d'amour notre coeur Dans la nuit breve... Pour nous, les humbles, le bonhew Dés notre enfance, Cest cacher, sous un alr moquetlfc Notre souffrance. fofas, sacrificando a compostura t as saias a" gosto do pedalar £ Itoii- te alé matronas nafadas, carrega- das de anos e de tecidos graxo, que seguiram o exemplo dns raparigas, e cavalgaram velocípedes de duas rodas.,. paro protiar á evidencia que essas maquinas são capazes de nt- portar sem perigo a peso de tres mil libras de carne. Por fim, chegou o "bicho", e ma- *>u indo. Tem sido essa a mania de mais pertinácia no iritier. X prova- velmente nâo será vencido pela mais recente, pela de agora, peln do café- cantante. Tereis notado, certamente, que em menos de seis meses, o Rto de Ja* neiro ficou abarrotado ie teatrinhos equívocos. Nâo tratemo* do* dois ou tris bem montados, gue at estão funcionando, com platéia, com or. queslra, com palco, com bastidores, « com um pessoal, mais ou menos bem tortláo, úe estrelas ie primeira ou,., de nenhuma grandeza. Esses não são jiorlrinrfe; desde i tempo de ouro, do "Alcasar", da rua da Vala, a bóa gente carioca tem n amor da ctHçonetn picante $ do tango maroto...-', Tratemos d"s outras, dos í/Hc bro- (nw nda se sabe eomo, d feição dt lopumeloi, da noite para « dit. de lagrimas de profunda agonia, bra- de e soluce contra essa pouca ver. goniia, que afasta o povo dos tea. tros sérios, e que pouco a pouco the envenena o corpo com a calamidade. da cerveja mal fermentada o es- Jmcíío com a desgraça das modinhas indecentes... Vamos là! por que se ha de privar o pavo daquilo que ete prefere, da arte barata que lhe no goto, da cerveja ruim que llie es- pauta as magnas? Além disso, esses cafes-cantantes da baixa qualidade vieram prestar um serviço; arrebanharam os canto, res populares, de que ninguém tl. nha noticia. Oh! o nosso tipo clássico de tro- vador da rua, ida perseguido da po- lida que nem Unha a ousadia de sair á meia-noite, levantando d fria claridade da lua a gufarlna l«s. pirada, arranhando com as unhas longas as cordas gemebundas do vio- Ido, e perturbando o sono casto das casais burgueses eom o choroso que- "Bem sei que tu n Qne imporia:* * semprs e mes- mo... f confessemos que ouvir um capadocio carioca da gema cantar com a ítio símpíes brpjdrfce naíltia o "Quisera amar-te, mas não posso, oh virgem" ou o "Nas horas calmas do cair da tarde", sempre i mais di- vertido do que ouvir os "couplets" franceses, mats ou menos avariados, de cançonetas sounrfíis por des anos de uso em todos os "boullin- grlns" de Parts, Ai! vamos ver quanto ha de du- rar a nova manta! £, depois desta, que outra virá? Pour nous, les Cest 1'harmonie De vlvre, á deux, dans lt douceul, Toute la vie! Um homem da minha devoçto definiu uma mulher: "E' tão verdadeira que, de começo, tem o ar um pouco simples. E' preciso olhá-la muito tempo para a vêr." E definiu Béalrix Reynal. "Au fond du coeur" não espanta os que olharam muito tempo Béa- trlx Reynal e á viram exata, com o ar que parecia um pouco alm- pies, porque era o ar de alguém que voltava do fundo da memorW , e Iraila, apertadas no peito, as mãos cheias de ternura* mortas.- 'A brisa correi de tunnso ¦or entre as trevas de alem". iu eom o rlao brejeiro do 'M* ido» una lálA> JVovo endereço áe "Dont Casmurro** 55 PRAÇA FLORIANO -.2.° (ao lado do Studio Nicolas) RIO DE JANEIRO Telefones: 42-1712 (rede interna) Direção: 42- $%5

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HOJE

500CONTOS

WEllOH norf» mlli«...

i RIO, 1 DE FEVEREIRO DE M41 i ANO IV - N.« 18» i

DOM CASMURRODiretor: BRICIO DE ABREURedator Chefe: ÁLVARO MOREYRA |12 Páginas | A CONFUSÃO ERA GERAI,

Machado de Aui» — DOM CASMURRO — Pai. 343

1*000 1 GRANDE HEBDOMADÁRIO BRASILEIRO | 1SOOO

HOJE

500? CONTOS 1

E nada mais,..

Nós

i de que um

ii funil a doi

A SEMANABRICIO DE ABREU

( -emana fnl movimentada e plena de acontecimentos entre us

„,!, ,i rto aniversário da morte de Grar* Aranh», qae pelas cir-

(unsiaiirias, deixa, na icnle uma profunda melancolia pelo destino

in himiem iniclccliial no Brasil.

tii.ua Aranha foi uin «rande esteta. Amava profundamente •

Hrasil r, ante* tle morrer, quis ser útil á aua terra e am seu» Intele-

riuai-v Reuniu alguns amigos — aquele* que ele reputava capazes de

fotitinliarem com altivez e desassombro, a sua obra — e realizou a

Funda»"" toar,» Aranha" que deveria, após sua mort*. mntíntn-.r o

mnvimfolo lihertadnr da literatura e da Intelectualidade brasileira.

VHsa Fundação", deixou ele a sua excelente pinacoteca é a sua ma-

wilhosn biblioteca. — maravilhosa não pela quantidade, mas pela

qualidade — qur deveriam ser postas á disposição do publico pela

ntnprh ¦'Fundação". Deixou-lhe ainda todo u produto de venda das

i-tn é. todos os seus direitos autorais, alli

¦al losse dado a um novo de valer.

nriação", após a morte de Grava Aranha, tem '

sem procurar ser útil em nada, nâo somente ãainda á literatura nacional. A principio, sn-

hn. alugou umas sallnha* ali nn "Edifício rie A Noite". Depois,

' i|iip mudar dali. por falta de meios, dizem, para se manter e,

i ii sen arquivo, Biblioteca e. Pinacoteca, foram parar, pnr lavor,

üivn de Na/areth Prado, a grande amlia t discípula de Grava,

[odiosamente lhes deu guarida.

.ttr hoje ninguém viu publicado um bal a nrn, simples qtie fosse,

ad min isi ração dessa 'Sociedade'*, e, justamente pnr isso, não

nos i|»e oü seus elementos passam pleitear uma subvenção dn

(nio para mantê-la. U'tni trs parte, quais furam até hoje os direi-

rubra rt os pelas obras de Grava? Como ae poderá sabor, verdadel-

ifnlf, qual a situação material da Fundação Graça Aranha"? —

i srrla lógico que os seus componentes viessem a publico explicar

¦mims? Afinal a "Fundação Graça Aranha" tem um dever a cum-

r r uma responsabilidade definida dentro da nossa literatura. E"

speranva e n estimulo de muilo intelectual. E' a nossa "Aeademie

iicnin-t". (is .«eus membros lém cada um de per ai, uma tremenda

imnsaliilidarie deante da memória de Graça Aranha e deanle dos

Intelriiu.iiv brasileiros. Por que, então, acha-se ela nesse estado In-

l de silencio, inutilidade e decadência? E' preciso uma re-¦lo para nomes como os de Álvaro Moreyra, Renato dc Al.

imitia. [YiTjtrino Junior, Teixeira -Soares. E' preciso que conheçamosilu atual da "Fundação Graça Aranh»", afim de que, não sóy membros, mas os seus amigos e aqueles qae foram amigos de

. sobretudo, e os seus admiradores, possam, unidos, levar avantei dn mestre, tão formosa e lão utll ao Brasil.* V-feira ultima, sem alarde, sem nenhum aviso pelos jornais,niiium convite ao publico nem ás autoridades, alguns elemen-

In* Ua "Fundarão", realisaram uma visita ao túmulo do mestre. Da-íi loto dessa romaria, a um Túmulo onde nem o nome riersnlia lisura, isto é, em meio dos nomes, gravados em grande,hmilia, lá num eantínho, ao alto, figura o nomeelnho dele1 c cm lugar de "ocasião".

ndo deveria ter lugar uma sessão no auditório da A. B, I.ii:<s pessoas deveriam falar. Para lá nos encaminhamos. R*r numeroso publico, foi-nos dito que tal sessão teria sidoiiela própria "Fundação"

que a organisára- Procuramos sa.'Ao e. um membro da própria Fundação" nos Informou ve-¦'nilristadn:

Não pode haver a sessão porque o tesoureiro da "Funda-» (]iiií dar ÜOUlfUOU, para se pagar os convites, Como im cen-« [Hitlcram ser enviados, não pudemos tea lira r a "sessão" eru

iiomeuajicin ao Grava".> membro da "Fundação" que tal cousa nos declarou tinha um ar'•"¦mimo e us «lhos cheios d*agua.'(«ra, peru un íamos nós, será crivei que a "Fundação Graçaha" não lenha .'!0(ffiO«O em caixa? Será possível que a sua situa-íe miseiabllídade seja Lão grande que o próprio tesoureiro nâo« 'iiicrido evitar o ridículo rie uma situação tio humilhante?

s *e passa, ao certo, com a "Fundação Graça Aranha"?áo grande descalabro não será Justo que m aeua mem-

!"'" ',c':'im «ma publicação rin balanço da "Fundação" desde 1930?"°i tine eles não existem, nem nunca foram apresentado» á pro-" "Fundação".

|)'outra parte, não é luglco que se pergunte, dean-' *'"ii i,ni„, mtít andam a Biblioteca a a Pinacoteca que Graça«anha ,ieiXou á "Fundação"?

<lean»r«íiaJlia

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¦ preciso, absolutamente preciso, que ns membros da "Funda-" «rara Aranha" se compenetrem da enorme responsabilidade quei-ah» em nma derrocada, ae houver, da própria

"Fundação". Teem' '¦' (Ifvrr absoluto de, num assomo de energia, reerguerem a repu-¦ »«, lão combalida, de nma Instituição utillsalma e que lem unia"" * cumprir dentro da nossa lerra. E, depois, ainda que a "Fun-

t " "'cs interessasse, todos oa seus membros foram amigos de

s'' a\i;iin1;, l% snit ttcnã ric „0frereni „ |„|,P| fa covardes c traído-

«ara rom n mestre, (cem obrigação rie zelar pela sua memória.pi'm a palavra ue membros da Fundação Gng* Aranha".

'.^tá* MauKÍ^^K ^H.Ha^^v ^i- ^^^^Bi^l ^MÉktf^H ^Swía\\\\mr ísV^ÊM PrSV^H

Bastidores do Circo Pierrot caiu : é um palhaço. Colombina faz minas doidas em cima doscavalos : dá saltos mortais, fura todos os arcos úe papel, arrisca a vida,

não morre. Arlcqtiím, eomn roupa antiga poi baixo, diz q üe e inglês por cima e gue anda acompanhando o circo ita*ra vêr si o leão come o domador. A familia tem mais: uma menina, um menino e tres cachorros. O espetáculo láfora continua. Tudo isso foi antes da guerra. Tudo isso será depois da guerra. Para que então tanla guerra ?

NESTES últimos dez anos, quan.

tas manias temos visto úesa.brochar, viçar e morrer, nesta

versátil e inconseqüente Mude! Pus-

sageiras, precárias vianltis... ficamtua pouco tempo «o coração du ei*duríe, quanto no cornçõo rfn miiífwr

duram esses amores, que parecemeternos, e siiit, afinal, mais fracosdo que a vida de umu borboleta.

A principio, tivemos a mania dnscorridas de cavalos. Lembram-se?

A's quintas-feiras e aos domingos,abriam-se ao povo, tres, quatro, cinco

piados de corridas. Os bondes leva-vam gente nos bancos, nos eslríbos,nas plataformas, nos tejaailhos. Aslocomotivas da Central arrastavamcomboios de dez e dose vugóes alu-Ihndos de uma multidão risonha ebitlhenta. E era ver o espetáculo doprado, — ns nn/iiitMíficaiiUs, comovastos canteiros de flores Humanas,pompeatido ao sol o esplendor tiasclnrns toiletes de verão, nmn deliriade cores, num emarunnamento des.lumbrante de fitas, dn peeaçem,cheio rta íiirlia dos ""sportinen" sua-dos e ofegantes, discutindo, rlxuiuio,berrando: e os bolos de gente ávida,junto dos "guichets", disputando as"poiiíes", a riiurro e o pontapés; eos botequins reboantes de clamores,de tinir de copas, de estalar de ro.l/ms; e a raia, em baixo, lisa, ba-tida, inundada de luz, pur ««Je u*eurafos voavam em nuver.s de jweiritrfuiiinrfu, entre as aclamações deli-

Era uma coisa assombrosa! Todao mundo falava a (flría do dcspurío,Todos os homens usavam na pra-«ala o alfinete clássico da ferrttdu-ra. As fazendas, em que ns scnliorascortavam os seus vestidos, tinhamestampagens de chicotes, de louros,de caskets de jockep. F. st uconle-cta adoecer um cavalo dos bons, doigloriosos, dos que mats vivamentemereciam o amor dos entusiastas, —

que magua, que terror, que uonster-nat;do na cidade!

Depois, o baok-vtaker matou r.htpoaroma; outra mania... O sujei-to, que apanhava meia dúzia decontos de reis, alugava umu tofa narua do Ouvidor, e começava a aoei-tar apostas.

Depois, veiu a mania do jogo dapila. Um frtmtâo em cada bairro,A'S duas horas da tarde, o povodesertava da rua do Ouvidor, e ín(ipinrtar.se junto das vttnohtii tm-pias em cuja cimenta batiam as pe-lotas teces, e par onde r.tn saltos jc-Unas, desnudando au ?rjí os braçospeludoi. dt blceps inchados oi (MÍ9-

dns jjor i

taris iam t vinham, nn azafama daquinteto, surdamente ferindo o solocom os chinelos rfe Irntiça.

Depois, surgiu o jogo dti bola. Ea gente ia pasmar diante da larga

declíve. por onde. impeli-•narmanjos de camisa tie

meia, as bolas tinham rolando, nameio de um silencio comovido, rolan-do, rolando até qile destroçavam obatalhão dos marcos de pão.

Mns apareceu logo o ciclismo, Eisso é que foi um delírio! Náo houvemancebo que se náo adentrasse nodat de pés ao pedal das maquinastosidoras. An ruas ressoavam como campainhar frenético das limpa-nos; ainda assim, que atrapalliação!ia um homem descitidadamente,pensando nos seus negocias, nas s^nídividas uu nos asas amores... etrae! desabava sobre ele umu des-sas aranhas de n^o. Moças dti lomnâo hesitam em vestir pantalonat

Tu estás habituado, leitor pacatoa comprar fuma, ou tetas, ou papeiem certa loja de ceria rua. Umnnoite, levam-te a essa loja os teuspassos já afeitos ao caminho, Pas-mas. ouvindo dentro da casa. tâo luaconhecida, a vot fanhosa de umpiano, o canta escorchador de ninaguitarra, o yarganteio esganlçado deuma mulher.,. Entras. E, em logardo teu cliaruteiro ou do teu merecei-ro. encontras uma rapariya quc teoferece um ¦•chopp". À tua loja éuma cervejaria! Aa fundo, cor, umestrado velho, iiiiprovisou.se umpalco. A' beira dele, um plano in-valido desmancha-se em lundus tem chibas. E eis ali surge, de saiascurtas, uma cantora a chalror...

Nâo ha rua, por mais esconsa, pormenos freqüentada, que não possuaatualmente o seu café-cantante.

Ha quem se arrepele por causadisso; ha quem enchendo os olhos

0 Rio no começo do Século«0 Café Cantante» de Olavo Bilac

Que, quando eslá tle maréMe chama multo em segredoPara me dai- cafuné!"

Por onde andava ele, o cantor dtElvira e de Nursulina, o mártir tttamores Vtírios, que antigamente, de-pois de haver toda a noite quebradoo coração em gritos de afeto e cia-me, acabava sempre quebrando oviolão na cabeça de algum compa.nhelro de infortúnio e dc sereneta?..Agora, aqui o temos, modificadono vestuário e nas maneiras, massempre o mesmo na essência, nrj li-ritmo, na malícia.* nos Tés que-brados dos versos. Aqui o temos, nacervejarta-cuntanle, alegre c pernos-tico. dando com as suas mocinhasum sabor novo ú cerveja, que escorrepela guela do freguês.

Já não trás o anttri"} violão cias.slco companheiro querido das noi.tada* sei» destino, passadas emclaro pelas ruas dormidas, ao acasodos cruzamentos dt esquinas; agora,S írovador popular canta ao plano,?ií íoím acompanJinincnia de arques-tra, como Paulus (excuses du peu!),aiiora, o vagabundo chega sorrtndcA beira do estrado, saúda ? publico,com uni faceiro inenelo de cabeça,piganeia, e principia:

«AD FONDDUCOEDR»ÁLVARO

MOREYRA

"Au fond du coeur" aparecerapor esses dias edição Pnngetti,com prefacio du prof. FortunatStroHski, dn Instituto de França.

Anatole France, historiador tMRevolta dos Aii.los. contou que umdos anjos, descido anles para juntodc nus, nunca possuiu a vocaçãoda guerra. Tinha sido músico láem cima. Permaneceu músico aquiem baixo. Não se desunira Intei-ramente do céo. Us outros, viu-dos mals tarde, encarnados naforma dos habitantes ria lerra,esqueceram as asas cm qualquerlogar. Éle, não. Guardou as suaanum arma riu. {instava de olha-Ias de quando em quando, embo-ra entristecesse a» vér que iamd eu a pareceu ri o, destruídas pelosbichos.

Esse anjo, tornada hem cm, õtalvez um antepassado meu.

Eu lambem guardei as minhasasas...

Elas ine dão ainda, num lemimbruto c triste, a delicadeea riesentir, a alegria de pensar, —nostalgia de vôo, distancia, bonda-de. compreensão.

Velhas asas... velhas asas...Foi Béalrix Ke.vnal quem me

fe» ir buascá-las hoje, para umbanho de sul. Foi a poesia rie Ura-trix Kcynnl, sombra de arvore,frescura rie agua, coração balen-rio. Tã» natural. Tão humana.Poesia companheira. Poesia Irmã.Poesia mulher. De admirar. Dequerer bem. De pedir como tscrianças: — Mais,.. iniis. .

O iue principalmente tornaBeátrix Ke.vnal uma das voeetmais puras entre as vozes que fa-Iam da vida, é ela falar ria vidaque viveu, que vive. Descobre as-sim. para quem escuta, o segre-do de outras vidas. A criatura quese confessa, confesa todas as cria-turas. Muitas coisas não sabemosde nõs porque não ouvimos .iacoisas que o» outros sabem deles econtam.

Poesia é uni instante. Não sarepele. De todos os instantes járevelados se formou o lyie temésse nome. Da poesia á realidadevai o caminho que separa a flordo fruto. A arvore é a mesma. Avida não muda. Poesia não possuegêneros. Gêneros são inventados.Poesia nào se inv«nta: surge dochão e das almas, espontânea»sem premedita ção. Poesia da Héa.trlx Reynal:

Pour nous, les humbles, le bonheorCest pen de chose::

Cest. une chanson. tine fleur,Cest un ciei rose.

Pour nous, les humbles, le bonheurCest le beau rêve

Qui grlse d'amour notre coeurDans la nuit breve...

Pour nous, les humbles, le bonhewDés notre enfance,

Cest cacher, sous un alr moquetlfcNotre souffrance.

fofas, sacrificando a compostura tas saias a" gosto do pedalar £ Itoii-te alé matronas nafadas, carrega-das de anos e de tecidos graxo, queseguiram o exemplo dns raparigas,e cavalgaram velocípedes de duasrodas.,. paro protiar á evidencia queessas maquinas são capazes de nt-portar sem perigo a peso de tres millibras de carne.

Por fim, chegou o "bicho", e ma-*>u indo. Tem sido essa a mania demais pertinácia no iritier. X prova-velmente nâo será vencido pela maisrecente, pela de agora, peln do café-cantante.

Tereis notado, certamente, que emmenos de seis meses, o Rto de Ja*neiro ficou abarrotado ie teatrinhosequívocos. Nâo tratemo* do* dois outris bem montados, gue at estãofuncionando, com platéia, com or.queslra, com palco, com bastidores,« com um pessoal, mais ou menosbem tortláo, úe estrelas ie primeiraou,., de nenhuma grandeza.

Esses não são jiorlrinrfe; desde itempo de ouro, do "Alcasar", da ruada Vala, a bóa gente carioca tem namor da ctHçonetn picante $ dotango maroto...- ',

Tratemos d"s outras, dos í/Hc bro-(nw nda se sabe eomo, d feição dtlopumeloi, da noite para « dit.

de lagrimas de profunda agonia, bra-de e soluce contra essa pouca ver.goniia, que afasta o povo dos tea.tros sérios, e que pouco a pouco theenvenena o corpo com a calamidade.da cerveja mal fermentada € o es-Jmcíío com a desgraça das modinhasindecentes... Vamos là! por que seha de privar o pavo daquilo que eteprefere, da arte barata que lhe dáno goto, da cerveja ruim que llie es-pauta as magnas?

Além disso, esses cafes-cantantesda baixa qualidade vieram prestarum serviço; arrebanharam os canto,res populares, de que tá ninguém tl.nha noticia.

Oh! o nosso tipo clássico de tro-vador da rua, ida perseguido da po-lida que já nem Unha a ousadiade sair á meia-noite, levantando dfria claridade da lua a gufarlna l«s.pirada, arranhando com as unhaslongas as cordas gemebundas do vio-Ido, e perturbando o sono casto dascasais burgueses eom o choroso que-

"Bem sei que tu n

Qne imporia:* * semprs e mes-mo... f confessemos que ouvir umcapadocio carioca da gema cantarcom a ítio símpíes brpjdrfce naíltiao "Quisera amar-te, mas não posso,oh virgem" ou o "Nas horas calmasdo cair da tarde", sempre i mais di-vertido do que ouvir os "couplets"

franceses, mats ou menos avariados,de cançonetas já sounrfíis por desanos de uso em todos os "boullin-grlns" de Parts,

Ai! vamos ver quanto ha de du-rar a nova manta! £, depois desta,que outra virá?

Pour nous, les

Cest 1'harmonieDe vlvre, á deux, dans lt douceul,

Toute la vie!

Um homem da minha devoçtodefiniu uma mulher: "E' tãoverdadeira que, de começo, tem oar um pouco simples. E' precisoolhá-la muito tempo para a vêr."E definiu Béalrix Reynal.

"Au fond du coeur" não espantaos que olharam muito tempo Béa-trlx Reynal e á viram exata, como ar que parecia um pouco alm-pies, porque era o ar de alguémque voltava do fundo da memorW ,e Iraila, apertadas no peito, asmãos cheias de ternura* mortas.-

'A brisa correi de tunnso¦or entre as trevas de alem".

iu eom o rlao brejeiro do

'M* ido» una lálA>

JVovo endereço áe"Dont Casmurro**

55 PRAÇA FLORIANO -.2.°(ao lado do Studio Nicolas)

RIO DE JANEIROTelefones: 42-1712 (rede interna) —

Direção: 42- $%5

Page 2: HOJE DOM i RIO, 1 DE DE ANO HOJE 500 - :::[ BIBLIOTECA ...memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1941_00186.pdf · sem procurar ser útil em nada, ... num emarunnamento des. lumbrante

DM BELO rWHENTB....linda ale mit lll

O ADMIRÁVEL ROMANCEMAYERLINGuma hiilórla d« amor que

abalou o fim do ultimo tirais

Patins í

iiiiiiiiiiiiiiiiiiiini" TEMPO E... DOM CASMURRO

1-2-041

Renan, Taine e Sainle - BeuvePAUL SONDAY

Ejjj ¦ OOiego, "Pom casmurro -«in» ¦

l~ ' ^BiwFii. »M*já»ifct../'J»ÍM tàfc'cBW seíitlll llsonjeiidii ao ver que «usei menlo, " qu* isse tsrla tomado exii- poi-qu* " mellior romanllstmi t,

Htttt' âBHkkli'UKJÍfltt novos ' o proclaiIiUT'm "mestre*. mineiite aquela dlieqin moeiiin nu» iam dtívlila, o qu» cnncllls a* cnn

?¦ BBlj'^ ^^^s'iijjP|^^ .JtlèftlJ^Hl "Ciiriesiiondcictn", * tlataila de IM ni-Hor (sk.itiCleo. 1, v* .linanle rs"i,> m»si«,liim*ni<- eícluslvn. Km |itir-

l0Há ;¦.'¦•¦ \ Wf^SÍÍSBIII^^Bl • <• avei-ioltmo", obra que Hprtnen- qn« o i-ecoridiizlram a ela - K * pt-s- veja, foi nem pre Inmenlii vol menteBtJÍ. -.. . TO? tflMHnjtt^HH lira como tese para o doutorsdu eimi nãn esquecer i|iie Ilennn, per In.luslii com i 'itulnHiiliHiiiiil, \'ic!nt-

H^Bj/^Bjk^tô&r^Kuj^^H ime o ncusn tte ignorar o que é propi-io Íalntií-Beuve nos seus "No- um arai)ile romanclslu. K nfin llie*^H^fl^v'''^itlJHrial^B^^^^li1 **'"<"* d" ttoiihepimenlo; mesma vas seiruiiilas-feiras" •* como ano- penlo.ivs terem triunfado ein em.

^U^S HÍ^h!' rolsa que aupoi- que um diploma- (ou Talns iiiiiii» preciosíssima "I"1- presas em t|iie fi-.-iL-asslli a . Nãn^^fifi^^H do em matemática não saiba o qut lontra «nm Hetian • Bertlielot", tn- itemoneirou. no eniniito. i-líimi-s d*'^89

IHrajTOvQMIVÍ^H^^H * " 'Itiadi-adii riu 'linoteninm. K*- serta no sesundo volume ria sim Taine e de r.enmi. que o sohrt-.iii-WÊÊêSBÊKíX-^mF''"''^JJÜMBBi: peçlallzado. desde multo Iovem, un "Vida • eoi-resDonrieiicia", Mas jnrarn na critica e im lilntOiln. i.n'-,

oi-jentalismo s nas línguas semlll- esse bretão carregava dentro dê to, pn,. ,,[it? esilvenne coi-in tln sun mi.. Sniule-BiMlve

"¦ t-aa. Remln possuía, ainita uma vns- nobretudo, a "poesia das raças cel- perWi-ldaili*, ,,M llm que, uiileaiiieii-

ta cultura «»rãl ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^ ia apaixonado pela popsla e nelo

RENAS" .liK "\ovot, f^mdos 0 volume nobre Averi-oes era ^H ¦ romance, p-nnde lm-

de Hisiíu-in rfplls-ioüa"; "O ou- a#BUndo «1* — i) aeu "primeiro 11- B ^D^^O^H ^Ml poi-Uncla 1 olii-a e ã rf-piilaçAo rie' critor mm muitas-desvanlagenu tia„ v|>|| meri11.j0". com efeito, tt* tn- ¦ ^rí.''í'i', TH I DIsioHhiIiu- - ,Ie critico de mtil.tin.relações rie homem-a linmem. fa„ «o tinha publirailo ti-ahalhoe W/mo^U ''¦'"' 'w&SK

p"r "casIS" ¦'« Hlla morte, em,-pfiilei'cm meio il" nc.-fltt ,1o ,|iip iti«- A" pura erudição flloloiticii. O nell HXK-, . "MHmHMB^H t*'"- Tulne ínilillcnt no -.l.uiinal

riM*- n faz rtPstienhai- a touverwçBO, KL-Hnd« livro sobre o --|,'ului-0 d» ^BgÊTJ' * "' ^Í-HD BH "es Debut»" uni arllffo iieeroloBlcn,a ¦ "cmrespoiidHutia", a íxortanún ciência" pernianerla Inédito. B con- ¦KVA,-* '. T.' -tW-jSV^HI recollildo. ilenol*. a"" »eu= "lílli.privada. Km'fi ile falar enm um sellio rie Aucustin Thieny — qur HN f.' * ,' ''^lítJrBlWH tr't"1 *"'"''''iu*"¦ K" "'" |i"'eBli-le..ít> tem sremiti-- ? i'*iiint:iii. ile fninr nesse riia tutavt muilo mal lnspi- WB[ Wè'¦ 'a^Bt^Hl ''l|p ''",l""' Suiiue-Hfin" '-sin'' "•¦a dei mil". fl" a ¦•>•" "'" °" rado. — e sí) devia anarecer trinta 1^'.- ãff, - ¦•¦''¦¦; fSnS cinco nu sein imitirei, nei-vldores il"mais nindti: o juiblico uue lê an- anos mais lanie. K em Ifbí Renan W "*:MT. 'dfMNát-' tffllME Sspli*im liiiiuauo i<ue o século XIV

»'¦ menti iodos os (lias. Nas sua» "F.«- escrevia a Satinn-Hfine tll/eniU, que. B rflí - !^UhI''ttiflSUHH proriuxhi, Tnlne declara uue n.lntoi-ditijfiee tle 'nifaiifiin » de juvt-li- uinis l\ e nolit-ltiir um ai-llso f*t4B '^JT

VCc^hHQ. * "tude" — a obra 'Af Renan uue do- desejava rendei' homenagem I pro- ttlKagi ,.

' "^^ I?Mm

vetiius ctiiilievei- tie -preíei-entili. funda. Infliiencfil eserclilti soln-e ^BByTÍL ,-M, " KjHH

quando nân Icnioe leitipo ile Jã'" sua pilucatão iiilelerlinil peli, nu- I^^M Vi \ ABy» Mlif^^BW!

bulhos iilisoi-v«;iitPS Ilu- tltsiiain nha cunclfincls não ts pode eni.il- HMW ' ! & '"^SJi-MmUESípt.ucH fflsii |ii.i-.i ." rtiiiij-iiilBii par- uni- i,iiaml'> me ri-crtU uii-iutii HHk',:j, W 13P9?^3^SBfâ

^ Ajj.aa.ii- ,, Ei-antlc rsti-itor, paia suliHlituit- « ut.Jr'lv« ti,,uma- JBB MBilJPfcÜ^^iWHBlE^B ^hb^^hwhh^^que. v-niiliswiti' própria, ilro p nl.slrttln que eu iierseguir* HWHBtjWM^^^S WBÍSbIHP','*i era punir, tln ri o a uoriespuinlciicia, ate então peia itivestlg-a-jão cleni:- JBB BHKBWBH HWHPIHbEKS

í, * risjsoti t-.ifA-ieiue* ii.ua Jt. fiçn e lililOrlca que t^ a verdudeiri WSBBupÊ^SBBM ¦HRWH9nH« ' ' -ganizar. ppl" menos, sei" siumoii fllosofln d" r.nsso lempo". Sem ¦¦¦'¦''»» . ¦^^^^""¦"" sn«#nBn

||' """ ,: -inliiiiies. fn-ni cohtnr n= i|ti<- »t tis- ddvida, ha nisso iilsunit. verdsde. Ilenan

*; <." it:iii ler i.-iiliili-. Tiiiliaiti-ti ji •» Saillie-Reuve íonifll.i ."¦«•¦ caminho

[Jj '.'."¦ ri t ã i ns 't.uiiií a "irt-riTióVjL", ¦¦ ptii-t.Ri.tj al" soi 1S 40. ,Miis si num orleens para o rmptiri-at- par»91 ¦ „r i|uiiu:i'i- ilustre, si ti çi-itiitle iittiiso. If-iniluou " Fnt-t Ruj-til" sfh o ¦•- um romantismo, lalves, luxurlnnM

R 'j'.'^ lln. |)ul)líis,iii ni" nom i.iiiHi tle ,!*- "Lundi" em ISíi) — • es«in aio litei-ailtiiiienle qua»* Janvrntelu,SÍ

',^„ '-Oorrcstion.dtisiiitia" secai, ao nual „_ duas panes essenciais <U nus náu l,n*iái-rt paia n HOttecar. * a *u»S ,... se se.nin f'iiii-1. K noiiU-i= .himl- ..bi-a, n«s huhí* apllrou e afirmou Irmã H-m*itnielH leve que cuidarmS'" nlos tempre tte pude espei-m- a itee- inleli-.imenle o seu melodn. dtle, l*ls próprio conta nue Hen-fl . ^ ..-.ni-.n-i.-i tlt--. uu .Iiim -t- o.ii^j inédita, Renaii i-Pcutrii o kuIiiI lacuna Jo rlqueta o fania corrigir e podar oslü

'" -íinda st- em.oiiifi-iii cartas 'li' Vol- —: que teria consumido um íoi* ir- primeiro* trabalhos, no princijilo

' 0 lueéiio do momenin-NOVAB CARTAS INEDUAI"

OR"Eça de Queiroz"um hein volume ds <ttii.,-,„"DOM CASMURRO"" . ,t|,B|

Em lodls ia linari».

«Meu conto de Maupassant»MONTEIRO LOBATO

CONVERSAVAM

nn trem dnls sujeitos. Aproximei-me r nt.,-. "Anda a villa cheia tle contos tle Maupussanl h,i.!lizmente há pouquíssimos (iuys. ,"Fiiriiue Maupassant e não Kipling, por exein.iiu?"Porque n vida é amor e morte e a arte de Maupassani

simplesmente um enquadramento engenhoso do amor e da nn,.t. *

Muttain-se os cenários, variam os atores, mas a snbMa-n-i-, n.,sinto — o amor nnb a unlca face Impressionante, a que culmina nn"ma pusse violenta tle fauno incendiado de luxúria, e a nxu-ie n ,.*lertnr da vida em transe, o quinto alo, n epílogo fllológico. A nmrtVmeu caro, e n amor são ns dois iinicns momentns em que » incraiji.da vida arranca a máscara e freme num delírio trágico

"Não te rias. Não componho frases, Justifico-me. \a v^.deixamos ile ser uns palhaços ineoncieiilcs a macan.uear.im. Iminos outros, a copiar gestos de civilizações e a mentir á .\i'tii..r,quando esta, reagindo, poe a nii a Instinto hlrsulo, nu a. em %"basta" final da morte, recolhendo o ruim ator ao pó,Só a grande», e msuma, e "seriedade",

quand» cesta dr agir .pobre jogral que é o homem feito, guiado e dirigido pelai ir|itij.e.códigos, morais, mudas e mais postiços de sua inveni-âo. e enha tiacena n nature/a bruta.

A propósito rie qtie lanta filosofia, com este ca Inr *tjaneiro?...

I) eombnin corria enlre S. José e Quiriritn. Região aiiplena faina dn corte. O. campos em sega Unham o aspetolouros tosados á eseovinha. Pura paisagem cumpria, deespaços feriam nossos nlhos quadrna de Millel, cm futilonge, rápida, se perto. Vultos de mulheres de cesta aparavam s ver passar « Irem. Vultos de homens amoiilo:dc espigas para a malhat-á» dn dia seguinle, Carrocôcs,bnis, reiulliendo o cereal en-tacadu. f. cnmu caia a tarde,queira era já unia pincelada opaca de Índigo s barrar rinprimadura rvaneseente dn azul, vimos, em certu trecho,do "Angelus "...

A FORÇA DO SANGUEDe Celm BRANT

e.ikeVit- (1JS -mt" "iilsi-iií itt.niiile- n:.i-i,t ,io kSa, Si.lpk-in ,-n, l^-l.i. ,na,

see li lida i-io e ticensoi-i», - rfeiTín -?a._j,ublÍCaria- ''

(|rp!o|í S» '.Ua

tle Fli,.ul,ei-i. de Tnlne e de Sniiilti. w, declarado. dlg^~Í~qUe-dU^Beuve. «eríiti Bi-uneiléi-e e outroa — nu»

correspondência rie üenan abrun. dosas, voltando I viria late» nio ageria torta a sua viria h Ioda a sua filosofia abstrata e "a prior!", nun

nm "«.«"ali."

í™.' trt. "à,a» S°, '"."íiiSÍX "«.""rt!:

,.„ „,..„„.„„. «„„,.„.„„ .,- „„. „„,.,,„ ,„,„„„,„.„„ „,„.rha uns vinte anos m^ls e jft et-s força, ums prectslo r um entuslaa-

tréaram. fgainle.Beuve nasceu =>m #m vào°em toria n obra ile*Salnt»*1HH, Renan cm 1S23 * Taine-em Beuve.JS2S). Os dois inala moeos o tia- K' pojalvel uue Renan liai* llfto,.„,„, ,. „„.,-, , au d» -«usrlao „,

,„„„„, .„„„,_... . „, „„.

pais velhos. .Vs novas gerações, d* meamo de sslr flo Seminário. Mae

Iio.e, mudaram, • no dia' seguinte creio t)ue, an ImUcacSta fornecidas

¦Siiramente para lhe Im-ul-Dito e a medido. Fellamen-n nflo t-nci-iriooii por Isso «<ilmento poolico f o nllelsnío

CRÔNICASDE

ALVAROJMOREYRA

GUAÍRABREVE

Ea NUMA das páginas vibramos de psicoloRia de OS IRMÃOS

KARAMAZOFF que se refere Dostoievski á força rto san-gue como agente de Importância enorme na Reneso cia

personalidade humana. Para o criador rias RECORDAÇÕES DACASA DOS MORTOS, forca do sangue eqüivale no nue hoje tle-nominani fatores genéticos (ia personalidade ou sejam aquelasqualidades e defeitos que recebemos dos nossos ascendentes.

Quando Dmitri Karamazofí queria erguer-se acima dasmesquinharias da vida e snbtrair-.se ãs coiUingnicin.s do pei-ndo.havia sempre uma forca que a isso o impedia: era a força dosangue que lhe dizia que ele era um Karamazoff. e. assim, es-uva ludo dito. Ser um Karamazoff quer diner. ele bem o sabia,ser um predestinado para o crime e para a perdição moral. Dp-balde procurava Dmitri Karamazoff se apegar aos céos: os seuspés estavam seguros ao pântano imundo: ele era um KARA-MAZOFF.

Em Henrik Ibsen há tambem paginas memoráveis de pene-tração psicológica em que o autor da CASA DE BONECA nosmostra, de um modo bem expressivo, a influencia da forca dosangue na vida do homem. Oswald. por exemplo, è um tipo rerpresentativo daqueles que nascem predestinados á amargura.apesar de todas os esforços dos seus para os subtarir á dór. Nãohá lutar contra á força do sangue. Ela é impetuosa como ascorrentes tormentosas que descem cascateando, lançando porterra todos os obstáculos que se lhes anteponham. Muitos sãoaqueles que. ã maneira de Ra.skolnikoff. conseguem se subtrairnor algum tempo á fúria assassina qne existe em sua alma.

"ümTKa, porém, quando menos se espera, tudo vem abaixo.

Allósha, que quer ser santo, há de se tornar amanliâ um cri-minoso Por que? E' a forija do sangue. Ele é um Karamazoff.Era Justamente essa transformação de um santo em um cnm).noso e vice-versa que deveria ser o assunto dos volumes se-eolntes de OS IRMÃOS KARAMAZOFF. porém Dostoievski naoconcluiu sua obra imortal. Como toda obra genial, que espelhaa alma humana, ela está se completando cada dia que passa, nanroprla vida que vivemos. A's vezes nós queremos, a semelhan-

?a de Aliòsha, .er boii* e puros, ma, sentimos nus ¦.«»«¦

bem KARAMAZOFF. Sim. o mundo todo parece ser KARAMA-ZOFF' e é pensando nisso que eu compreendo toda a tragédia

humana A historia universal poderia se chamar tambem OS

IRMÃOS KARAMAZOFF. .. n» vcrd.tls. ela nio • mirt» coisa.

Todo homem, no fundo, e um KARAMAZOFF.

BXPED.ENTK

BEDATOR-CHEFE - Álvaro Mo.

SECRETARIO DE REDAÇÃOREDATORES — Rosário rnsio,Martins d'Alvar», Anlhal 'Machado. Edith Mt (arinos Tor-nrlda Junior, lulio Pire», Uur-

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rORTALEZA - Io.* Ed«alo d*AlbuquerqueBELO flORIZONTr — nivulia-dora S. A. - Roa ío Espirito'Santo. IOS

JUIZ DE FORA - J. Ii. rreilasCampos — Rua Antônio Dias,

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DOM CASMURRO N

II dà plena liberdade % mui rt- (|1! flalorei e coliborsdniea, pat ||

|| Itio nto ic ceipooiabUiea pa- tf

tianel, de IW r,moi obrigadosmero avulso pata 1IIKKI, aiatm eo-

ASSINATURA! .i mo umnSemestre .'. U|«HREIJISTRADA tOlHIHIESTRANGEIRO 7St(11»NUMERO AVULSO NO RIOí ESTADOS — 1 .'Ml» RCIS

Dstldo I grand* quantidade rieoriginal» qu* leccBsmçi, pre tenl.mos soi nossos leltóie» e sml|o»nus nio o» dn volvemos meimn

. ..quando nlo.publ1ei.doi

Segunda-feira, 21 de Janeiro, s Funvla.no r.raca Aranha fieutã o corpn do seu Patrono, em Sflo João Batista. Levou u—regrino Junior disse eslss palavras:

¦* íz anos ia se passaram so-li bre a. morte áe Graça** Aranha — « nâo sentimos

ainda a melancolia da sua oh-sencia, . Ao contrario, continua-mos a senttr, permanente eadmirável, a alegria da sua con-tagiosa presença. Vemo-lo hoje,diante de nós, palpitante e vivoeomo nunca, na projeção litera-rta e social tia sua obra, no ritmada sua açán rcíiorndora, na do-miitação radlosa da sua imagem.Bem sabemos que '¦tudo ê movei,tudo se esvãe. e tudo se transfor-ma". Ele mesmo reconheceu çue"coíiio as águas de nm rio, emcada Instante que passa, •• espl-rito do homem nào é mais omesmo". Entretanto, para oobservador que assiste à fnpa dotempo, ha uma coisa que subsistee è permanente: a obra do ar-ttsta- Por isso p»uco pode amorte contra aqueles que da sua"lei se libertaram" pela magiada'inteligência, pelo prestigio dacultura, pelo milagre da creoçdoartística. E' o caso ie GraçaAranha. Nio morreu, nem mor-rerà decerto, ande çuer que se

¦fale a Lingua Brasileira, aqueleque escreveu "Canaan" e "A VÍO-gem Maravilhosa". Malazarte" ea "Estética da Vtda". Graça

Aranha realizou, como Felippe, aevasão suprema. Mas esla nãofat para ele o amor oit a marte:fni a arte. A arte. que é alegria,a perpetua libertação, para falara linguagem que lhe era tão cara,a arte foi que o conservou atéhoje vivo e presente na nossamemória, na nossa estima, namissa admiração. A arte nãn foipára ele apenas, cnmo queriaRonald, "a sua primeira liberta-ção", mas a sua untea e total li-bertação- porque fot a sua gloriae a sua eternidade. Campeão darenovaçãn brasileira, esse ardenteprofessor de entusiasmo, que res-tfturou no Brastl o "espirito democidade". realizou com o pres-ttgto da sua pregaçá» e do seuexemplo uma obra política de ex-cepcional importância. Ha dezanos, quando "o Brasil recebeu aonda de resurrefçdo e começou are/iiDCH.ecer peln sentimento na-cional despertada, Graça Aranhaera o "leader" Intelectual dessaresurreiçâo e desse rejuvenesci-mento, B trazia dentro do ar-dente coração & certeza feliz áavitoria:

"— Tr/ipo em miwi o espírífoda Diforlfl. Vma secreta força meconduz para vencer todos os obs-taculos"

NOVO ENDEREÇO"DOM CASMURRO" ACABA DE INSTALARI SUA REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO NA

PRAÇA MARECHAL FLORIANO, 55 - (2.°)(AO LADO DO STUDIO NIC0LAS)

Telefonei 12-1712 (i-éde interna) - RIO

Cumpriu esse destino generosa-mente, t desencadeou a revolu-çSo modernista cem um sentidanítida e declaradamente nado-nalt x

"—. Peffl sua gigantesca exten-sin. pela sua população dom!-nante, pela coesão nacional pelafidelidade á cultura clássica, queIlu foi sempre unt traço caracte-ristico, o Brasil pode realizar so-her o limite nie o seu maravilhosodestino humano. Portador doamável esforço daquela discipli-na que venceu a natureza, con-servador dessas tradições fecun-das, o Brasil as torna mats ati-uas, mats enérgicas, imprimindo-lhes o ritmo acelerado da Ame-rica",

. Foi. porfciito, sem sombra deduvida, o precursor de tudoquanto mats tarde se construiuno Brastl no plano da vida cultu-ral, cnmo no plano da vida poli-tica.

Tuio aquilo que no seu tempofoi sonho — seu sonho — hoje èrealidade, O -movlviento moder-íto", que ele comandou cnn tãogenerosa bruuura, querUt e pre-gava exatamente Isso que atestá: a renovação dns nossos rit-mos artísticos, a renovação dosnossas valores culturais, a rena-vaçáo ia nosso sistema social arenovação dos nossos preessos po-llticoa, Ele conspirou pela Revo-luçâo política: esteve preso, fotvigiado, foi perseguido, mas nãose abateu. E a Revolução Mun-fou. Ele dirtgiu a Revolução ll-teraria: foi combatido, foi rtdt-cüíaiísado, foi negado, Mas »eorecuoih B a Revolução, venceu,Porque realmente ele trazia emsí a espirito da vitoria.

Ne 10.° intlversnrfo d« sua mor-te 4 possível recordar ¦ todas «n,suts vitorias oom alegria e en-tustasmo. Ele detestava a triste-za, a saudade, o sentimcntaltsmo.trt um wtm&ori Sr* um «w

írucfor alegre e livre. Era umcondutor confiante t Incido.

Hoje, que pelu gloria ele se li-bert-iu di, terror cósmico da mor-te, as nossas palavras junto aoseu túmulo não sãn ae saudadejiem de tristeza. Sflo de entusias-mo, sâo de alegria, são dc vi-toria!

Graça Aranha, vimos aqui, osteus amigos, ns teus companhei-ros da Fundação que tem « feunome, trazer-le uma mensagemde confiança e de fé: comunicar-te o leu triunfo, o triunfo inte-

"Já le digo a propósito dc que vem esla minha filiuiifi».E enfiando ns olhos pela janela, calou-se. Houve mm pa,,,,

de minuto*. Siíbitu. apontando um velho «aguaragi. avultarir, ,i mar- 'gem ila linha e logo sumido para trás, disse:

"A propósito desta árvore. Ela foi comparsa no "ni"t itt

rie Maupassant". "Conta lá. se r curto".

O primeiro sujeito não se ajeitou m> banco, ucm limp pitar.ro, cnmo é de e?tilo. Sem transição fnl logn nu rra n rin

Havia um italiano, morador dentas bandas, eom vrniiolina estrada. Tipo mal encarado e ruim. Bebla. .jogara, e pm variaivezes andou ás voltas eom as autoridades. Certo dia — en rn .rir.gado de policia — vieram nns piraquaras anunciar que em tal partiestava o -corpo murlu" de uma velha, picado á fnice

Organizei a diligência e acompanhei-os. — E lá, naquele «acua.ragi", disseram, ao a próxima rnm-nns ria árvore que passmi

Eepeláculo repelente! Ainda tenho na pele n arrepio ile lim-mrque me correu pelo corpo an dar numa topada halofa num rnrp*mole. Era a cabeça ria velha. semi.ocultada soh^fnlhas sria>. Pm-que o malvado a decepnra do Irnnoo, lançando-* n alguns metrn. <ledistancia.

Como por sistema desconfiasse dn italiano, prendi-». Havia in-dícios vagos. V.ram-n» sair com a foice, a lenhar. na tarde tln i-rimt.

Entretanto, pnr falta de provas, foi restituindn á liberdade, miagrado meu, pois cada vet mais me capacitava da sua culpa b ilida He.Eu pressentia naquele sórdido tipo — e negue.se valor ao pr^-emi-mentol — o miserável matador da pobre velhinha.

"((ue interesse tinha éle no crime? "Nenhum. Era o que alegava. Era como argumentava ¦

logicazinha trivial de toda a gente. Não obstante, eu o traria Atolho. cerlo de que era o criminoso.

0 patife, nãn demorou muito, traspassou o negócio e siuiiin-t*Eu. ri» meu lado. deixei a policia, e. breve, do crime só me retari,nítida, a sensação da topada mole na cabeça da velha.

Ano depois o cas» ressuscitou. A policia colheu indícios veenien-tes contra » italiano, que andava por São Panlo, num grau extremede decadência moral, pensionista do xadrez por furtos e behedk'*Prenderam-no e remeteram-no para cá, nnde o júri iria decitlir ttisua sorte.

"Os leus pressentimentos...O sujeito riu-se c»m malícia velhaca, e continuou;—— "Não resistiu, nâo reagiu, não protestou. Tomou o irnn en

Braz e veiu de cabeça baixa, sem proferir palavra, até S. José. <l*ipara deante (quem o conla é um soldado da escolta) metia umitirt»os nlhos pela janela, preocupado em descobrir qualquer musa mpaisagem, até que defrontou o saguaragi. Nesse ponto armou umpinchn de gato e despejou-se pela janela afora. Apanharam -nu ito. rie rra neo rachado, a escorrer a couve-flor dos miolos perlárvore falai.

—- "0 remorso!*1"Está aqui o "meu conto de Maupassant". Tive s impre"»"

dele nas palavras dn soldado da escolta: "veiu de cabeça baixaS. José, dai para deante enfiou os olhos pela janela até en«ri«ra árvore, e plnchou-se". No progresso ingênuo da narrativa li t»Hia tragédia intima daquele cérebro, senti todo um drama psticnlniif»que nunca será escrito...

"E' curioso!" — comentou o outro, pensa ti va men tr.—— "O curioso, concluiu n primeiro sujeito com pausa d .i I

dão. é que mais larde um dos piraquaras denunciadores dn ne filho ria velha, preso por um horrível assassino a foícartas. "

fessou-se também o assassino da velhinha, sua mãe,. "

"Men caro, sqnele pnbre (Iscar Wilde disse muita nquanrin disse que a vida sabe melhor Imitar a arle rin une isabe Imitar a vida".

Oh i ki iu-os mviuliHM (ls " riiiiiliii,'iio (len..* Ainnlin", i|ue ruruin so llcinl leelii nn ln* iiniilvi-i-xi-ni ils ll,,M

gral das tuas idéias ¦ políticas ecsíéífcfís.' Tu aflrviaste utn diacom., intuição dtitecipada:' "A predestinação da Brasil 4 ait ur ums nação gloriosamente

artista- 0 Brasil impará ao mun-do a sua arte. Dará a sua luz, assuas cores, ds suas formas ra-cíflís, o ritmo da sua pnesia e da¦u« musica 4 arU wiiMriai."

I profecia realiiPorque''VÈrasit cír ho)taquilo tudo que sanhaM, -¦•fículo rir entiuiostii"' •""""tlegría renovadora!

íosmo' eríai* I¦al I

j

Page 3: HOJE DOM i RIO, 1 DE DE ANO HOJE 500 - :::[ BIBLIOTECA ...memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1941_00186.pdf · sem procurar ser útil em nada, ... num emarunnamento des. lumbrante

Ainda ente mé« I 11„ ADMiatvn. «OMÍNCK

M A V E R 1.1 N G,.-, i.istorU de amor que

.hülno o lim <ln ultm» •»*«¦•

tntçAO ILUSTRADArnl«»« "OM" Ca»murro".AIha

Pitlna 3IHtMWMMH HMMMWt ...ESPAÇO DOM CASMURRC"

3 /^ '* 9

EM

... lip nuliibi'0 tle 1740 ev|il- Todos esses planos sc desfiei um. .ram nn palíeio real - Fa-. d- Para Mnrln Teresa n momento mais¦ Us em Viena apos ctiria feít^ ila vida loi quando tomou para

,,,'^-m" asrir- n .wDí-rann C»i"li'S vi, esporo Francisco Estevão dc Lore- ij,eu coraçSo se pro- i

A GRANDE IMPERATRIZ(MARIA TERESA DA ÁUSTRIA-1740-1780)— um modelo no seu reino. Da sua

unlso com Francisco EstevAn teveriewwals filhos, O Hoíburao - m#entfto silencioso e triste, sen apre-elado tinstelo tle Bhônbriinnen. oLtiMimbnrgO. bem mmii ns deimisresidências reais se encheram rteriso» rie anlmaçío enquanto os fl-lhos cresciam í atí o rila llt rteagosto de 1785 — quando o impe-rador, contando apenas 2fl anos «meses, fl dias — faleceu deixando i>ralmllB na mais completa desolaçfto.

Pouco depois rto desaparecimentorto esposo, a Imperatriz escrevlu."T»o fellí, d«preocup»da me sen-tU nesses-vinte e seis anos rie rei-nado. o»*» desolada asora, que tu-rto perdi ao perder tio caro es-poso "

Nin tem, portanto, o menor fun-rtamento certa versAo devida s umescritor de origem hBbsburguesa —que apresenta Francisco Estevãoeomo o tipo de príncipe consorte —afável mai sem ¦"> menor valor e*-ptritual — nm* nulidarte. Paia lo-dos os fins. Francisco Estevão toldísde 17*6. o Imperador ria Ale-manha, «n poslçto muilo superiora Maria Teresa como rainha i!aHungria. Boêmia, mantendo sua "o-slçío com dignidade e firmes» <V.Mas como * bem sabido, a familialorena habiburao sempre manteve.com ela, relações cordiais, Nftn tpara surpreender que assim tosse,tratando-se rie pessoa lír. compre-ensli-a, tâo inteligente como MartaTeresa. Ele fet sempre um políticoriarivldente. hnbll. cheio rie interersepelo Grão ducado de Toscana. Emdias difíceis valeu a Maria Teresaficando ao seu lado, como ela pro-

DR. FRITZ ANTONWS(Primeira Arquivisla)

prla stesta, dando-lhe com esseapoio moral a tranqüilidade de quelanto se ufanava e enreda.

Cnm a morle de Francisco I co-rncçn a Resumia mUsfiri ile MüriaTeresa. E. *¦¦> se rle.itncn. elevan-tio-se ácimn rie terias ns tristezascom o animo liiqiirbnuiUvcl de umgrande riirlRcnte.

Qual foi a Heroina que lhe coubeem 20 de outubro rie 114»? O Es-tado, "Reino e lenas' províncias' extensas.' unidas apenas pelos tra-cos laços - - -niiMrn-habsburisos dachamada Sançán Pragmática de1713 4nr nn maioria divergindo cmHtiltua. maneiras'de viver, tie pen-sar, em polillca. De um Indo it mn-narqulit européia, de outro, a oll-garquin dos nobre*, n velha culturaocidental cm lula com a oriental.Administrações em ijue os caraosnfto se harmonizavam O exercito— desmnntelado cm mftos rio prln-clpe Eugênio, a caíra vasta semcredito. O Ministério ocupado poranciãos que nflo Inspravam con-

A própria dirigente se achavaalheia a ludo — visto, segundo eun-/essa. "no lempn do pai. esle nfiogostava de informar a quem quer ¦Uue fosse a respeito dos negócios rio

Entregou-: Mar

trabalho Insano. Com um Hniadmirável, grande ponderaçAo —pus-se a remodelar, transformar,modernizar seu pais — mordennn-do iodos os elementos dispersos. Oque a movia sempre, ers o pousa-mento umeu de tudo fazer pelo en-grandeclmento rta unidade culturale pela germanluaçhn da Áustria, cie-monstrando, com isso, singular vi-sfto política. Avançando um poucumals teria realizado seu plano, naufésse a Influencia eierelda nn po-lltlca por seu llho Jo»* — e no prl-niolio regimento ptir FranciscoJosé <*l.

A priidenciii feminina parecia lia-ver encontrado o melhor caminhapara reunir todos ou Interesses pn-llttcos Internos e eitemos sob rsigno alemão.

Fot entio que, em 3 rie main at174n _ nmbiçfte* Idênticas fizeramvir de novo A sua presença — aeoraem antagonismo — seu antigo pie-tendente -- Frederico II da Prus-sta. Deu-se o conflito para a pos.ieria Sllésla, "Aquella* terras coloca-das juntas, com um só traço Umi-trote" nío podiam ser separadas,segundo diria Frederico II, Mai aÁustria, por Vu lurno buscava co-locar-se, sem ser prejudicada, emsua posição na Europa.

O povo alemfto viu-se entre doíapartidos que disputavam a posse da

1_^^__ O ntêm *o momento -^"^™ -NOVAi CARTAS INIDIIA8* j

'.'.'.'.'.'.'.'¦'.'.'.'. '¦'.! '¦ '¦ lUlim "Eça de Queiroz"an belo rnlome da eoleci» ¦&

^^^^^^^^^^^^^^^ 'DOM CASMURRO" ¦ ALBA . fh.\

A FAMÍLIA IMI'KKIAI, KM 1",H — ><-tc i|iu.ilr... friti- por .Martin ¦¦||dc MctO-ik «obre|iõr-*|. nn i-»nieti <l<.iinlUni" <Ih* r«rtr« ilnr|tiele tem- .'í 'tio. umi iir ilo .crciilrinric Mmlllnr. hn. ia «tli»' 'tr Marln Terran. «i» M j

in Curiós VI,Boêmia, duque dnlicidciio niasiiuíliin

rgo. Uom seu desa-nava-se heiririr.i iin

¦ro Emovbo 'le Lorena,

i Mariana. haviam pas-

surgirem projetos ma-

i pretendente que seI Carlos ria Espanha;i-lncine Carlos Albertorinalm"'ii" Fredcriro.

Todos essrsParn Maria Tcíeliz da vida loi quando i

Estevão

iii«iii!-."i desrip a iidolest'ciicla. "Du-nl i' quinze anos inssos coraçõestiveram sempre unidos. Meu ca-çfio meu pensamento pertence-m sempre enni o maior orgulho,lên amndn esposo", escreveu ela

• fim di vidn. depois de viuva.E' riP rara r> tnrniiic belesa a cartacrita por Maria Teresa e Frr,n--o Ki" J"

s de itanln

n da s

• 1736 deteve...Ifbrou-sp ni» Tcrr.iix de Sto. Etevflorins rapurliinlio.'. — o enlace.

Começou desde esse momento,para Mniiíi Teresa a vida da mu-lher evlraoidinarin - que semprehonrou como esposa c mãe. a suapninn. Cumpriu deveres r- " ~"

jeidade

k*^nis^x^.

^,_,' § '— ¦ I ui 7 IIIWjwm^^^jBHJ^K^Si" '(,W''iiit'a||j^utijiÍ^2âf- Sf B

ri lASIKI.ti Ilf: SCHOMIRLNA VM HS» — <íiiartr« ilf Bornnrilo Hellnllo. Fm a •¦'intuía ¦ riMiH-niiii

r»oit**rftH IrfwiiHiMn II

Inlelíz Stlesia. O ret e ¦ impera iria alguns soberanosnflo lutariam em campoe oposto» de províncias e routrora — tivessem sido outros n* tavam sujeitas,desígnios rta Providencia — unln- sancân a ser umdo-ns ns mocidade para assim " cava os poderesunir a Prússia e a Áustria. pa. na França, a

Outro teria sido o destino da 5f fundou a IgriÁustria poderosa - como a conre- Finalm"nle pberam grandes espíritos ha mil pragmática"" a sianos: como sonharam — Enrique 1. blnaçfio estabelerEnrique de Lôwen. Lotarlo II Car- anberanos para ilos II e finalmente o grande Wal- to« de sucessSo.lensteln. (6V matica" serviu.

Esse sonh" dos Estados «listro- Carlos VI. que ialemães nio morreu. Cem anos de- flrt sfvn masiuhpois ilo desaparecimento de Wal- »,|[-PSfnrs a Mar:lcnsfiii ressurgia com a unifto [|BO, j, -sançãt

0 regionalismo sadio de Alcides Maya0 APARECIMENTO DO GAÚCHO NA LITERATURA BRASILEIRA

miililiulo dc SSoir ii ii (Ir devorndor rteminha 'iia «érte de

(iiiciiii todo ler ecléiKilH, rilowXla.

cvln «obre amumiMns ií» nigllav""'* deIiiiciimi psfurço ineii'iiifoniiui/õ1" rie Ar-

que nâo abandniuui os estntlMirando l"lt« iletMH» -cu plivro "l*el" l-uiuro", prcfacliCarlos Maximillann.

Iiimilmiilo ik-mlc niull» '*iiiiliüd ihis estudo» rilo-otiiT

BRITO BROCA

iwln lllcriuurn dc aa, acabava, en-Ititi it Mt agitada por Adnlfi ca-iiUntm p. nflrmatH, ju*tirl(-ninltprlo Hlum. a mi|wrloi'htnile d»s Uneli.m». Alclricn Mnya deu-lhe rí>|ili-ca nuibllizniid» |>ara Uso insteai-erto rin lenrla» p •• apoln ile itiu<mero» aiitni-e», Km •cruIiIh hum|ia»Mcl<i iHilrlotlLii. ilcfemli-ndn íi'meai'leri«tloas ria Hvlllxaçfto emi.cha, <«nà"ldei'a>a-a In separa vel diespirito hrmrilelro. pronigNiirio lIdéia >p|inrall»la ciimo Inorgânica i

deflnein-se os ll

nilor l.co|i>lilo II

NAO

é .só com explosivos nuea çuerra destróe vidas eo que a civilização lem de

mals utll e admirável.. A guerralem os seus eleitos morais. E és-ses ã$em com maior precisão,pois sõ atineem os espíritos ele-vados, o que a humanidade temde mais precioso.

r J. Itirnhniitt

.... ¦ Habsburgíi •zollern, O golpe decisivo nío Iotdado por esses dois n*nio> - MariaTeresa e Frederico, o prande. mas

fil — Maria Teresa nasceu emiena em 13 de maio df 1717 e fa-•ceu em Viena cm 29 de novembroe :7R» Foi arquiduquesa ria Ans-¦ia rainha da Hungria e ria Bo*-ita. com o falecimento rie Carlos

ni . . "Saneio pragmática'slgnatj&o daria de começo, is decretos biMntinos com o*

HENRY BERGSONPar ADOLFO SCHWE1TZER

Frei foi da

< ll»llllllll,'*!! leio

e prende-

«idlo rcgii"

, it|M>ca cm (im- iiublICii

JACQUES FLORES

O Ü MF.!OS literários paraensenfjwoço, lie lufin oleprín

Brífiionfe oítor"epirfoí i nnjiinrden mbante setisfaçfio,

tMndm,

, dia. será distribuído

Kst/io euibcttiíi'o significativa

alcançada por um rioí< a causa dessa ret

rfos in!Cfer:f!iu!s rie m'»'in terra."licidto Jurandyr. rsr.e caboclo marajoára. mals ossos que gorda-nue lem talento a estourar por todos os ossos, araba de dema-is-

-iies.no marreta, visto como, enlre 60 concorrentes, tnereceti,in/ru dn triunfo, conquistando o 1." logar "o cohc!'"JO rie rc-ifidiifíns por DOM CASMURRO e Vecclit-Edltora.

nm campos áe Cachoeira" é o titulo da obra que. »»rcra npnrirtaíiíiumeníos. fni premjnria e em cuja tese t nir.atura se ratifica o valor de um moderno escritor, sem r\6senta e. que, por isso mesmo, teve o seu trabalho oprecloiío.ti» justiça, pela comtssdo incumbida de julgar.

mo funcionaria rto Serufco rio flecnfrsenmento, este.'emenlt. wanda camisa la pela Tnpajnni """"Cachoeira", segundo noticias do Rio, m

ío 'i Brasil,n. assim sendo tudo se apresenta tie modo a me. rasgar de en-¦to. veja tudo certo. Psiu! Vamos mals devagar. Tudo certo, nto!r/tie acha devemos nós. os do blocn da -Tcboa Lascaria", cavar,

i nniM e. com quem de direito, uma Hcençazlnhn nara o Dal-lar vm pulo até aqui r providenciar para que, durante a tuatecia en, Belém, se faça um putirum do arranco.tóco, digamos¦qtte em li nin enojem no tVíorloso romancista.¦' rfe opíiUíin que essa /esla deve. se revestir ila mais franca am-

" " da maior simplicidade, pelo que nâo podem ficar alheios¦ts encantos os elementos de todas as nossas gerações ie homem"a°: a velha, a moça e a moçissima.¦ria de restrlçfies t desculpas tronclias, F>' a vitoria ria Inteliewt-taenue que se /esteja. Logv. olhar o assunto por outro prisma'¦uno fie laier rioer a barriga da pfrnri...t- esses Hatiitaços Inntíos Cleo e Mvio Braga, o Pedro Borges," Mm-ciia Fíihn. Pauto Mendes, Libero Lusardo, Mario Couto.¦-a r o resto da ativa turma luminosa tomem, o piáa na «nfto,' rfn/istircin rin ptiílnim,'. por inirn „stnu pronto para dnr "vivas" ao Dalclcfo. tocai

f snll.ar foguetes à porta do Bosque.

grafe |Mirn -Ruínas Viva*". Ile,»!.da linen(;»o romaiiesoa dc ¦!""« d<Alencar o gaáiilui »•» mal* »|wrivcera «a llteraliiea brasileira, lonAk-lries M«M, «e f-u'»* rie nm..preícnilendo e»|Wlinlr rlagranlcmente ¦ realidade e alçar-st- A cn.legnrla rte nlmbolo. "Hulnas Vlvan'reflete « ambiente ilf lia» il<gnndo dei*iil« da Bciwbllea,iiuldnrios o» filtlmo* lAcii» ria IIP'

1,1-

guerra. Nho morreu na trinchol-ra, nem entre os escombros dal-Siim edifício destruído, O seu es-pirlto morreu primeiro, asfixiadopela calamidade. E o envolucroriè^se espirito, já gasto r*110-''atritos duma vida dc lutas porum mundo melhor, não resistiuao vazio que nele se operara esucumbiu em sesulda.

? *

Henry Bergson seguiu Sieg-inund Freud pouco tempo depois,A mesma vida, as mesmas lutai,a mesma sorte pelas mesmascausa.1;. Com Freud a civilizaçãoperdeu o seu pedestal da medi-clnft psíquica. Com Bergson. oseu pedestal da ciência filosófica.Freud foi para a psiquitrla, essevastíssimo campa do esptrto dn-ente o que Bergson para a Imeti-sidade do espirito sfto. Ambosforam os maiores homens que oEspirito teve nos nltimos trêsquartos rie século, Ambas forammortos Tiela Guerra com a.s suascrueldades, injustiças e sofri-mentos. negação completa dosprincípios humanos, esses prin-ciplos que são o oxigênio de todoo homem que dedica sua existên-cia ao Bem da Hunia.ti Idade.

4 4Será irrisório querer explicar a

alguém a filosofia bergsonianapelas colunas de jornal. Nemessa filosofia está ao alcance dequalquer um, como ledor. nemqualquer um pode dela tratarcomo exponente. O máximo quepoderamos aqui fazer é cultuaro seu nome como o dum espiritoluminoso, um astro que se apa-gon levando consigo grande par-te. ou mesmo a maior parte daclaridade que Iluminava o Pen-samento da nossa época.

Contudo lembraremos a vfls-tissima obra. rio grande recemfalecido, em Unhas gerais, semaprofundamentos.

A obra de Bergson trata, emsua granrie parte, do que se po-deria denominar a têenca oo

pensamenlo. em teorias e con-cepçôes varias, distribuídos emtratados múltiplos que. nao ob-slante isso. tèm entre sl, admira-vel orf»rtÍciri»de. raramente en-contraria ni ohra de outros filo-sofos.

Embora lenha sido, a obra deBergson. aceita de maneira a se

poder dizer que "todo* nos sn-

moa em maior ou. menor jrauhergsoniaiuM". as suas teorias so-bre a "Intuição" foram as maisdiscutidas. Só tem capacidade decompreender a. vida e dela utill-

regime *arrazada Canudo», o

*tea-*e (¦onaoHrimln, en-ritmo normal rie sercitl-

líaiiee traballm. Aa velha» e»tlriw»rie Biierrillwlrii» «nnclun eujii lu*-tinto helleo havia sido largamenteesneri ment ado mm» série ric Iii-ta» eneumlvaria», começara a sentir» nostalgia dessa tida perigoaa rte«alinçao c «lorlaa. Mlguellto, oprotagonista rio romance, encaro».. riram* da vocac3« heróica cmrilspunlhllltla^e. Pensa no* »cu<i iii*lemuadM. not l°>"'n» 'lne c*líH*ram •> urde no d«oi" de reproflu-Klr-lhe» a» façanlia». Ma» « ambi-eme o repele: o Drasll «gorn mioiircuiM mal» rie wudlllio», prwtiuad« traballindore»! e nensa» planl-,„„ a„ liai, ,«1,11,1 >«.<¦. ™.a,md.rum o sangue rio» gncrrelnw, emIma» memorável», corre atunlnicn.te o ararin rio memeiirior. apnscentnmansamente o gario e lourojam n»e-|)lg«», A IiibiímiUhç*!, de Mlgucll-ln * tio iranrie que Ale nto mhimmtnn M(inmodar-»e nem memiiu mmo Irnhalhoi acahn redimido a con-rilcftn de nm «er pararjiarlo e Inulil,a «nnhar com o pnaanrin, litt-e* ietn<im» rin "pelrio". rerliMa» |Wl«. re*onrdaitfea rin ("a|iltA'i rliico San-tos, A novidade rto nminitn, umtipos r ilo amblrnie concorreu |«-ra que n livro rirapepta»»n grniuleliileremw Alidrie» Mura, porém,nio poiuln u uigentilriarle [iiwinapara riar an romance forte etprea-«to dc verdwla t poealft. Mlfuell.

NOVO ENDEREÇO"DOM CASMURRO" ACABA DE INSTALARi. SUA REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO NA

PRAÇA MARECHAL FLORIANO, 55 - (2.°)(AO LADO D0 STVDIO NICOLAS)

Telefone: 42-1712 (rede interna) — RIO

?ar-se convenientemente quempossue uma- boa "intuição" e nãoapenas "inteligência". A inteli-géncia age como matéria morta.Ã Intuição é que «elarteo. A In-tellgenca í tempo. A Intuição éduração. Essas teorias sáo ex-postas em L"Intuition philoso-phlque" e "Durée et simulta-neité"."L'EvoKitíon Crêatrice" é umvolume em que o grande filósofotrata rio -éian" criador do ho-mem, especificando-o em "élan

rital"."Les deux sources de la mo-rale et rie la rellglon", "La peu-sée et le niouvement". "L'Ener-

gie Spírituelle", "Matlére et Mé-molre" são concepções filosóficasnão especializadas sobre o pen-samento filosófico rio mundocontemporâneo.¦¦Le Klre" é um pequeno livroem que Henry Bergson noa ex-plica admlravelmenie o mecanls-mo psíquico do "riso", ésse fenó-meno tão comum « tão desejávelmas que tem um complexo psi-qulco-mecanieo explicável só-menle pela intuição bergsoniana.

4*4Nào obstante o caráter itniver-

sul da sua obra a os seua pensa-mentos sempre voltados para acoletividade do todo humano,Bergson foi um patriota ardente.

Em 1914-18, quando a sua pa-trla. a França, se achava em pe-rigo. Bergson pô& os seus conhe-clmentos palco-filosóficos ao ser-viço da pátria, mostrando aosfranceses e ao Mundo, por meiode discursos e. folhetos, a amea-ça do espirito de conquista ger-manlco.

Fora porisso tào grande o eo-frimenin do lamentado fllósoíoao assistir k desagregação nacio-nal francesa que culminou com ftderrota da sua pátria. F'òra esse,por certo, o principal fator quscontribuiu para a morte dogrande pensador.

4 4 4Uma das homenagens que fl

marechal Pétain se viu obrigadoa fazer ao vencedor, fora a ado-ção dumas certas medidas antl-semitas, adulação sensibillzadora,hoje em dia, para o governo ala-

Muitos foram porém os Judeuíque deram gloria, à França emtodos os terrenos de atividadeIntelectual, o velho marechal, .;francês acima de tudo. nâo ptf>¦':dia esquecer dUso. O caso Drey- .fus alanda estava na sua memó-ria e os clamores de Zola alndft' ,-¦ecoavam nos seus ouvidos. Babriu eceções nas suas leis antl»;;semi tas. v,"

Como de natural, Bergson Irtft,;beneficiar também, dessas ece-ções. O teórico da Intuição pode- jria continuar com a sua catedrftrie filOaSofia, na UnírersidadSFrancesa. 7

Da sua ac.adeira de semt-para- glitico. porém, alquebrado peiMpeso dos anos e pela dór moral»o grande pensador recusou cate-goricamenle ésse beneficio, num .gesto de solidariedade humanftou de protesto contra a degrada- Ição moral imposta ao povo fran»1-;cês, ao seu povo. :,j

E ésse gesto de Bergson Irl* .ser a última mensagem à Cul-'í;tura, á Intelectualidade, à Civi- |Ilação, pels, pouco.tempo mali:..tarde, extinguiu-se a vida do II* '

lÓaSOfO,Campos, 9-1-911,

ln ti uni gntk-lio mein "rubricado",crlnçAo nienn» rin nimanrlMs rioOne cii»al"W. rie inielectunl qne fniromance, rnmpreeenile-ee qne aBcnlc rio pumpn, cnihnrn o reeti-nlieii'»»c (limo Inuln. llAn »e »cn-ll«e multo hem nn iom|mnhl»dele. O livro mcrlio aWni rilssn,em lliijrnavem pouco e*pnntanea,InCiirt 11 ile tireetoilsinn», rtcclatnalo-eln r nionolnno, por ver.é». rilslnn-Havn-M) rin poro. Deu principalmerlio foi ler emtirentiirin nmcunho tle »npc rior linde nn rnmnii-cr regional, iilirliidi. Janela* mnisampla» para um Rtner.-i, eiua» len-latlvis, com pnurn» exceções, ri-iiliiini piiileceniln rie eslrelte» dealista», pesac rctiuiinlli-mn "nobre",por «slun dlier. 41cldet Man noa

dnr* morieloa mal» eompleto* n>"Tapera" e om "Alma Barbara",»a#rl«! rie agita-forte», mancha» lm-|irea»lonl»ta» rin pampa. .1* entdoo» perft' »ín mal» nMIrto». tf liytimnatural» nn «eu de»enho nerrnto *n terra «ficha aiiarece rei ael tuu dnfâoni n Braall e n mundo, nn« an-eeioa, na» dfirei e no» Mínima riemu» íllhoa,

RcotnflN fntar rin \lclde» Murariu» 'TrOnica» e EiiíhIo»" * rin ee-tudo nobre Machado ric Assl*. Sinaepéttia* mals nompleio» da "imnhra, que 0'«ipam A» eofllaçòe»ricM» orflnlcn. l.lniltoino-nos n apa-nhar uniu ruce dessa Intcrcaasntepersonalidade UtcHarla — n raerllorregionalista — que noa parece bem«preaslva f original.

DoaçãoMARIA ISABEL

(Eípecial para DOM CASMURRO)

Voem do mundo, eu voi don » minha boca.Onde estará» cantando êatea neiros?Ratas mulher», ond* utarin rindo?K estes loucos? R ente* bêbados?Sobre que longínquo! telhados Mtará batendo esta chtlv»?Toíes Iraítis, votes na sombra,Voies perguntando e Implorando.Tristes como * tarde no horlionteE que a sa da morte Uo depressa en»olveri,— Minha boca i livre, è pura, é («terna,Vojim do mundu. eu vos dou a minha boca.

Page 4: HOJE DOM i RIO, 1 DE DE ANO HOJE 500 - :::[ BIBLIOTECA ...memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1941_00186.pdf · sem procurar ser útil em nada, ... num emarunnamento des. lumbrante

' UM BELO PRESENTE...

Ainda este mês ! 11O ADMIRÁVEL ROMANCR

MAYERL1NGuma historia d* amor «nsíi tu ln ii o fim do ullimo síenls

JIUIÇAO ILUSTRADAColeção "Dom Casmurro"-Albo

Pifln» 4 ' DOM CASMURRO iMASCARAS^^^H^i^^a^i^iHMH 1.2.941 hi^m^hm^^k^^^m

O neéM» da Moneatn-NOVA! CARTA» INKIHTAg-

OR"Eça de Queiroz""DOM CASMURRO"-AI.HA

Cn todas ts lirrsriss

¦IM "* M .^mmmmmÊÊggÊÊ

lil" " ¦*# ' -'^^^^II; í-üí f^b , ^PHIJfiLxÁ -? ^H - 9

¦ Br'

Pernnndc* Cata e ena esposo, InnS

Alfonso Hernandez Catanâo *enliado a vocaçA» dss armas,• ílm, envOlvMite, a daa leirna, li-nha fiiaid» como de mn cárcere.VntU liara Madrid a pé. K mm foia primeira dss aventura* rie quninnsscers para passar inu- lunlnsmuia elegância • audácia de nm o*|>l.Hl» nnbremonio snihlelos» e de ninhomem enamorado ds vida.

rida *í> ""' *«¦•*"''

Madrid. Ontimo de 11MIS.

TAR

DF de conferenHn noA tenro, r.eande conciirrcn.

tia ile tsinvlrindos e ntoncis-ia. ii«s trôs snlõrs ils "dou-

to cusn" e no iiniiiln corredor i-lin-

Tfio de lltfiiiliirn Kmilla 1'ar.l»Baznn. V"« fulio mnls do ai nn..'.Soolo il" <-¦•- coliiborarior il«-El Jjfliernl" e de nlguma* revi-tas lindo pilo* i-ennciili» lilrrnrfiw,p.SSl.1. V..II. H..IÍM. -IS""Blas..'.. Ihan™ .- don» inillla. e o.«¦li. f.iiii|iiiiiticlr..' il.- Bl-iilt» -'¦,-hiitiiiini IMe/. riinc.ln, llním-l lr-t»..n T...-..I» . l-«lr» a •»,'*«-Couíáltv Blnnco. Kiiiiuiie ili* JK-»n... HS »'|i'i, ii" miiltnl»" <!'•"'-

¦I.i grnmle enrllnr espanhol Al-

í ralar no uiiinr dn "Fortuna!» jirliiln". illr. "l»»n Iti-iillo Péres".mi tnr rernrdo. D» dialogo, fliiui

isiiiforcueln — «le

lus. ns li-nçns ui»". "* i-nlielns nc-aros ondulai iiliuiiilimiiv. Afronte iimpli» e nltit. A ik-Ic, ili- mnmnr.-iio suave, ó rttniidn uns Ihcm.Karlr m-mirte mns iiftn cm eseesi-.i.A litit-H. iIp imiti r'1'iiiiii.'ii. Vil i»«projeto dl- Itlii-uiti-. Vini,. um en*"-

a inmlti —. >¦ >¦—' fii-nfi- •!••<¦ "«»iS novo, e u tíiiitíilii, i|uc é de fito

>lii> l"ini'" <1.*I«>K iiuiiih riwla

ga" (ínhlós. spiIii Inlie*. Itnfiu'1"Urbano, o "Trosofo", uue sempre,

¦» EIPZIG adquirira, na pri-M- vieira metade do século

JL/ passada, nn Alemanha,uma verdadeira heçemo-

nla musical. Desde 1835 Men-'delssakn ríiritiiti os famosas on-

certos do Gewandhaus (literal-mente rasei rios panos: antigoedifício do grêmio de tecid"s que,por svas qualidades acústicas,'hra convertido em sala de con-certos), concertos que alcança-rnm um nivel artístico e umprestigio qne nunca tinham tíd"e que não mantiveram depois da¦morte rfo ilustre compositor. Em

tlS43 f"í criado, por iniciativa detMcnti.ti!ssohit e com <• apoio do3rei da Saxònia. o Conservatório,^instituição ¦ que devia exercersuma influência decisiva na vicia1 musical da Alemanha e que, cn-Jíre o,, primeiros piufessores, fi-i curavam nomes com» as de'Schumann e Ferdinand David.

) Naquela época, em pleno ro-

manthmo. triunfava a poesialehamado neeavia. saturada delumei melancolia característica,tque cantava as aventuras dos{legendários bardos escasseses qve' grande repercussão tiveram na

música: "Uthal", de Mèhul, —com supressão rfos violinos paraacentuar o tom sombrio tfo par-

'fítura, — "Les Bardes", de Le-sueui'.-a oue se imitou, em 1B30."E,íi Gnitle de Pingai, rie Men-áelsshn. página que pelas suasinegualaveis qualidades ge eqvl-líbrio e de eilorido piètícn, exer-ceu umn grande influência noscirculas musicais.

Num dos concertos de Gewan-I dkaus. Mendelssolin dirigiu, nni ono ãa fundação do Conservatà-I ri'), o oliro df. um jm-en compo-i siíor dinamarquês, de 25 anos,' obra tive obteve uni. sucesso ex-í traordlnário. Chamava-se "/Vir¦ chlanae nus Ossian" e o autor

3 Niels Wílhclm Gade,t Observa-se no romantlsmn uma,j reação cmirci a arle clássica dn

bUnria: "lio f-sda dedo ile -d«n ! Ae.iimiiilo Ifior riilmlti Vnlilés). |H>-di- siilr Mi IWnllo". Knlfio,,,¦¦»¦ ,../ iiii.-1'.iiii i in sln: "Oh:

multo i-ompririo e da grnvnla irtrde olim. I-: niUiiii.l.—.- |inrn mim:

anula.— Citist» c ii-*|M-li<i — rcsimnilu.Tiils foinm — ,- ni""i i-idlnin »i

nirllioif. — n- inlmeiriiH imIstm*li-tit-mln. fiilFi> ,%lfnn»o llci-iiáiitli-í

dP-,l"'".i.-.ò1,. «.—. lc «-

a tll-luiuiu fislc-u mi a nnri-ilaçl»di- ii-i-n.' Iiii.iiikiiii- .Hiliiit-"» nos>i-|iiiniltllil. nll' .ou -i mdi-iicii-(It-i.t-lti tih-t.ltilti —. sculniuui Jun-t„« pnrn i.n.lr, ill-lri.l.li-. .1 (¦-it-m-i-lii. f jnnliw p hH-iiim— iili.1l'-iltiitüniii-t <• \li-in-o. A

1 século XVIII. que ameaçava de-j generar em. receitas, caracteriza-\ da por uma tendência para o

nacionalismo artístico e a expres-j sâo individual, subjetiva. Ate en-1 tão a. música culta tinha, sídn1 patrimônio exclusivo da Itália,J Franca e Alemanha, e em menor! número da Espanha e da Ingta-H terra.J Com 0,1 fiorw.v diretrizes se3 ccinsl.ll.uliam escalos nacínnaís,

na Rússia, ino ponto de alcan-I çtfr nm lugar preponderante),{ Polônia, Boêmia, Hungria e nosJ patses escandinavos.J Anterlnrmr.nU Imitam, existidoi compositores na Suécia. Noruega

e Dinamarca que, sem. matar re-\nome, tinham ido preparando o

.-npidPT.

itImw.ii*. Vn iPiiliiln.lp nrm mn

lln 'iiMiu-ln

|-|í|iipi -tili.-ii.lti iini|ii.-l» primeiraimlr-lm ..ui- AlfoiiMi linha niolo-ti nt tu* .-nlinn.i .1 > <-ii. Xnfsos

¦11 ilti Ctiillif. Fii|iiot -m-lH-m un.-, iinxliln na B«-

imiiliii. "ti |ii-uiioclii -iiliiNintiim de.itndc oi-n » |ml- |Mi--"i"i n Infnn-¦-In <¦ 11 iitlttlt-t-i-tt.-ln 1111 SniitlHiiiide(11 lia. lindo i.illitihi ii IVlllllMlIn

11 iixiiip <1<i |iii(. o leneiilc eo-• tiiit-l d.- tiirunliiriii iltin AlfntiMi

Hrt-iitiiiil.-í. |iiti-ii Iiibii—nr 110 mie-Sio ile Orrúos ile Iiilwh). He lá

terreno para e eclosão de verda-deiras escalas, cuja novidadeconstituiu cm ler as suas raizesna música popular. A origem ex-plica as diferenças entre a escaladinamarquesa {Hartmann, Gade,Enna, Neilscn) e ti sueco-norue-quesa (Sioqrcn, Kjcrulf, Grieg.Svendson, Sindingi 0u a filão-desa i.Kaianus Sibellus, Merikan-to, Palingreiil. pois o folk-lo-le dinamarquês, profudamentemelancólico e mais acessível aoinfluxo Germânico, se diferenciabastante do escandinavo própria-menle dito, mais original e ba-seado num sistema tona! exótico{grande parte do encanto quese clispende da música de Griegtícrwa dn habilíssínio emprego' simiiitctneii de duis sistemas an-tagôiiicos.

Fot Gade o primeiro músicodinamarquês tle envergadura quecompôs obras essencialmente na-clontiis (precedido nesse caminho,embora mais timidamente, pelosagro Joâo Pedro Emílio Hart-mann) e embora a sua persona-lidade nãn tivesse sido bastantePnderom para criar um estilooriginal, pode ser considerado,com justiçu, o fundador da es-cola dinamarquesa. A sua in-Jluencia fui muito marcada, equasi tod;S os seus compatriotas— e muitos compnsltores escan-dinavos — a sofreram: Pedro Ar-nold, Luis Schitte, Emílio Hart-mann, Asyer Hamertk, RobertoHansen, Peler Hcise, AugustoWlitding, Augusta Enna. AzeiWilti Sade- e mais recentementeCarl Nielscn: Pretendem muitosque Grieg — que foi aluno deGade e contra cujo credo artis-tico se insurgiu mais tarde —tenha usurpado, injustamente,dn compositor dínamarquèès o tt-tutu de mats notável musicu es-candinavo.

A vida <>e Gude, tlnesar dn ini-cio bem difícil, deslisou tranqüilae feliz, alcançando eom bastanterapidez uma posição material co-moda e um grande renome artis-liei' na sua pátria, Nascido emCopenhague, em- 1817, mostroudesde a infância grandes dispo-siçõcs Pfira a musica; filha deum violeiro, se exercitou desdemulto cedo nns Instrumentos decorda fabricados pelo pal Dis-cí.pulo de Wezchtül. dlrector daorquestra real.- ingressou nesseconjunto aos clczescls anos. cnmoviolinista; foi nnde adquiriu --cam um profundo estudo daspartituras úe Hartmann — a suasu.rwfind.ente hnUVilade no ma-mio 'In mns-a itnlnnlcn Aomesmn temvo iniciara os esíiüfnscom cíois compositores local* de

atuavam duas fiirt.-*»: a .trema o «a ndo vel . men inde, e s danas nisrsvlltioia faenfade rie lan.tssls, Duas forvas magníficos, heinrecitrsua eronntnlcos, Ignorado —fdrn rio aeu pequen» circulo — e»-nino cscrilnr em lormtit.-Aii linl -buclaule. no iierlodu liuilnllvn t*diw M edil erra n eon de*cfibcrifis. eon-laia com o nrasnlsmn willdn e aFantasia feri il inal ma pnra alIniPiilar

sublimar » riialeiida. I>a mw-nas forma i|iir «som uns pedaços defila fada "loialieres" flamejautc*— tl»r gnarrinin numa calia ile pa-liclA.i e cailiia cmhhi uma coIppIo deb<irb<il*1aa —, ila parca rercí^nnloinada uas laliernas ds hoeiul» ra-ala »nl realiin dellcndw. r tln» |>AbI-na* uue lam hroiando da sua .iciia,embeliida num modernismo o fnlu*rlsmo iilrolúpuicua, nutra* Imitiuobra* prima*.

Nto uonhoi-l outr» >*a» de nulo-auiNiàn nilnilsia lomn o de L*niá.He Indo — de linto nue # itrsnde

è belo — «r Julgava isojmmi: de«n>rnt«r livro* inisri-eiwltel*, dc c«.valgar em iodos o* iiegaon». ileacertar^ nlvn com IihIh* as rtcinsda sua aliava, Ma*, ao aorrlv» ditaana ambivSea, • eomo aliados cflca.am, linha-o lalenlo, o* ihui* lll*-rari.M. a ansla de nabei-, a momo.ria Mlclsalnia. K coiu» iiHilor daImiti l**o, uma (Otnade de iriuiií»*cih ei-li|Hip* nrai |Mti*a*.

Kra, iiiiiii n|Hne»l» liilenm p pequeiio da rua l*elai». o Anlcn hon*lirrie tm imisiniilHla rie uma spiiIio.

<l"e o qurrln vomo a um filliu. lleu.rrulnva dr IpIo r lello e di- hIuiiiiinuiilio allnicnllclo sem a nmeavari» deapejo. Nio pagava. I^-vatu,¦liiaudo iHiriM. iinii» peaelaa. A >e.nhora lhe lavava a roupa, |«ii>bmi:ia ferro, cuidava do* renfriHtln- driHiistanihiil» e fkwva rai jejum, ma* isiIm* n tida vam mal. para «|uenão ralla*eam ¦» dois «vos frito* •a ií)l-Ib rie mit v»m leile |»r« Al-ronso. (.'haniava-*o Auila a tuuler-nal seniioria. I'ara ela, » iinxiicdu.flllm, a» iinsaar ria* aiieriuras imlaa folga, leve eiiiresaòe* iranitivasdn (ralidin princlpeso.

A casa de duna Anita fni iwrsAlfonso inirl» e re«ai.ii. quando anave da aus «Ida snleova os alio»mares da boêmia. AH começámos snosaa colsboraçfto. uue a prliicl»lose reduahi a reunir o* iui-xoh vo-nliecImeuliH. bani a nle iu suficiente*então, do inales e do francês. Tm-

renega. Un arranjava "vlii-mas" ¦¦ ums editora ile,Blamii lliánex. Alfonso • pareceu ums vea cumnma cesta de --chaupngiie" trnii».bordando de lilrraliira francena."Arramiiiel |*t» dc dou Sniiirninu!"— ciclnninn —. l>on SntnriilimCalIcjH. ii ihis isnílon "a perra i-lil*ca" para (i-lniii-m e n "Ijuijote" e¦-1'abiiila" Ilustrados |mr dnn Ma-mie! Angel. TrsdnHino* "a galopn

Al Iiiiiii »a min lia ca -

m uineiia, axeadsielle iHierla e (te arni,-a—:

ni rnm ris •urprcriidriiie tiiir fsiltiii-ll udiir'-«nltIn do iiir Itíispier.

ns Mm-liHtlti VIIIiiph|icmi. Darlo, I.i-gones, Nervni, _ a mocidade »edp-lora (siii(|iiI«Ihi-iiiii s Mii»|istla dosmo tu, A dn niliilia irmã Mi-reedi-*rm |ii'iiiioliii hiirnr Nó me» pal.Ininiein severo c iHeindico. "duvl-dnvs" da r.iruialldnilo daipicle ino-ço, "Sfci etnia in dc Iwemlas". .. Amim., havia isiiistrsiiKldo n mn lit*.

ALBERTO ISSÜA

pmgrams*. Alf»n»i ers um ena-mnrnrin vi-rsadlMitmo ria iiiúhíim,da boa nidsiuy A minha Irmí —,1* duas veses mãi - nl» linha po-diiln riclinr do wi- plaiilsm. , . Tn.dn naquele vergo Inolvldsvel itaNnrmaiidla, or* ¦.'¦ mAuloa v litera-tura psrn mis. V torditdr i>u<Kln-lal •eeuiuio* a* i»'>aaita* deMauiNisssm p rm Hoiieu aa d»mentir Himheri. v: verdade uueeom Ors e fuin-iln. * itim Auhri nnntry no* emlirlaanni.M rie arle.Mas Piamtt« niiilio jovens ¦ im* di-vrriiHiuii* ii* iii-ala f no "Kursam"dp Snlni* Ariressc, nu lomiivamu*"le |ielil lialcsu" |mrn Trouiille ellrauvillr.

A minha

sua imita duas nu irê* obras de II-Ih> "lenurmsndk-u", hsataute amar-guiadas, l'sna> d» oficiu de pro-cursor.,, Cnm Isídnaido Marquinn,numa «hra imellca, "Ihm Lul* Me>JI»". slvnitf.-oii, ano* depois, iriuufurelinnbsníe,

Na* o r.unancisls o o isuilUia"imdlam msl*" cm Alfonuo, rio quc

da sua nhra, IIiiiih-in d* mnlui^.inenNM e aontitneiiio* miltorM».cidadão du minidú, «ilMn i«m-m.lamente iiur pelu local. vt«o rnprofundidade, »o i-hega io r.sum»

o hor unir».

A auerra, iniaii tilda, nos sfa*>tnu. U n te uri a-*c rMrl lamente, ftlena flspntihn, onrie represruisiHCuba nos cumula rins rie Cáriln, Ali-• nnlp o Sauiandor. al* ncutinr o tlrMadrid. Kn ns 1,'rança. eomn leniv-iu li n lia e ¦<niiiisis da guerra. Ite-gre*«el a Madrid. para me reinais-lar. no mil min de mil. Alfonso J*era um eacrlior Urine, O* seus sr-Han* apareciam uns Jornais mal*lin poria mes. ll* ciinni" e a* novelas

* <|Ue

a ruhs. sen -slo' de amor inão imrils *e sslisfarrr isrir«<rlçAea ds humanidadr r*aaem uuhsnas que se arimlr*ua* nnvelaa, Aspirava meia,lo dessa aspiração foi s "Mirie Marli", al* hoje n nmferviirnan r prufuiido une

Ãrarc* d» humeni uue ft¦ da* suerrai de

Bra s •etuiuln é|im-i ladiillieus e

• de .

* les f Ini-

vel no* verso*. Hncli e HeclliovenR^.liter e liai-lo nplnlnnrsiu |««rs iw¦Ini* joven* ¦¦* caminhos du hini.'.

Km «iitlilini de RO" Mererrirs

n* i-ei-pni-i-nstii|ns nn viagem iWnuiH-Ina, alravós ria Andaluzia, nifique me de>|iedi dele* un poetn on-iIp ptnliiirrarnm |iarn 1'ulin. tintiumn rnpida i-wnls em Xnva Tnrk.

mns, imis. Air.mso.

IleUiírnilu lm mi .jorualism'1.

(iiiuici), cm Madrid. o*seu* "("nmilo* passional rs" e » nenprlmrlr» ifiinaiii-p, pnrn priK-nrsrpililor. o sru 11'niie llaiim lambemnn li-la dns i-nlalHirndnrea dn f«-iii.imi " Cuenlo Semnnal". origemdu* revistas ile**e acorro,

ii hn iiti.ru

lln 11 l.« ni»ll. Foi i

na rslnçnn tlt- i'r*a>, Itnpida iria-IHiraila riu 1'nrla. N"-».is cnmnrn.du* c HHilcii* de eiitân: Kuaeiilnd'Ors, Mniiupl ile Falia, l-luriiiiieliiem (aiieiln, <i em-ullor psuanliol(Inr*, o pintor Hriii-iiilii» Arrisrán.De julho a bro no Hnire.Ami/.sdo <-"m Ilnül lluly — que rr-aue» láo ntto o sru nmiir na iiuil

sinihiRo e i-ii-lti-m. bem i-onhccld.i.Jean (1. AiiIii.v. A ras» (inrulrracnlm dc rdilar -Pelayo (i»n/AICf".» seictuido grande livra de AHuiimi.que não c c»i ri In menle nm rumaa*iv. mas um mosaico de ohscrvaçõei.rinlol(i|rk-a>, dc parecerei olcliii'»e de anedota* llleraria*. liam lerrccdlloii mnilH-Mi o* --Cuenlo* pa-siiiiinles". AlfuiiM) pulava; escreveu-rio o seu st-Kuiitl'1 rtnnhnt* "l« Ju.vcnlud rie Anrello /.iildlmr". Num

gnhineir dcuiA. tal lm t i scii-

. 1,1a-IIip »' minlias |int¦ms c êle mi- lln us dele <sinfOriucaalHin da pena. Hewnlendltlos su-ppiTii-Inis. No ruii.l... «iiiííBilf rPi-i-|ii-.«a

l'tn-iiiii un lliirre, (sintidados iiorAlfonso, Kiiuriilo ri'Ors — "Xe.nino" — r Itlex dc Cnnerto. Trata-vamos, «un Anbrv. de tiriHnlinr rt—ellals (Ip inú-lca rspnnlinla. Albé-nis, (.rannclti-, mila s Tur Ino no»

a Madrid.

ipmpn. Tornei J França. Moun-Ipn*s em 1'arl*. Ksqiiet-l-nic iIp nmeplsnriiii dmniele verão nn llavrp,qne conla na viria rir \llntn.it a

eom o nvlodor l.nllinnl. mn dns

fonso »* riu do* niPii* lemori-a:"Serás -oinpre iim huraiiés!"Rm ISI1 Alfonso (ol transferido

para a lualalcrrit: iiaea a Imin--trial, i.-liir.riila e nsansladorn Md-.mliiKhnm, ()• adjci-liro* rornm em.pregado" por 'le. A uilnlia irml rseus rilho* — niip ja pram tr*. —liparam |i«r nu* meaes na uiliili.icasa i-m rarls. Km splcmhr.i .IpISIS Iihsiii a inlrn arr liosppde i-inBirniliialiani. Alt.man foi me espe-rar em I,ond ers. Muscns. leairus,rahs. tnlIls.riHims. .. Tempnrnrin <>eBlrmlnaliam. Xostalglas espaiiholHarie AKnusn e Mereedes. X.isim pri-tnelrn obra teatral"* .insiro mãos',Homensaem h *ntnhra rie Shske-Itt-are; iierrsriuaçán a Slralfnr.l-

(> arnmlP Wililitm* nu* sorria'.' »casn é <|iut cm Janeiro de JUI í. .iiiAltoiiso na Fnpanlia — c«»sul naluuiiiioi-H A 111* ii lr, nmlR.i dn mu-ultui Ksplá p dc (iahrlPl Mini —a nhra .|«* ililiiamos ewrlln vmHlriiiliiRham. Junlo da i-lilmin* cip.pila nle m vermelha de carvão d*i-.niiip. roi eslreadrt ii» Teslm Luisde Madrid. Com um eilio lucs|>rra-d» e maauifk-o. Havia em mis doisrira ma tu rai»'.' Iríamos cinistiluirnina iiart-erla unase i|iiiulerlaiia'.'l»nreisla. Ma* a guerra dc ltl4 cs-talou iiuando Alfons» e eu, numpovoado pi-aleirn de (iuipú/coii,preparava moa outras peças, e Mar-ln nos aíasla um IHIUco de Talia.Knlre a paa de Kspaliha e a guec-ra de França, eu cmsiIIií s segunda.AIIoiimi se cm-arregaris da caíremdas obras. Calaliiis llari-ena llnlmsido a iiossh primeira interprete.Margarida Xlrgu, Mnrin (iuerreiro,Dias ile Meud.i/a. Iticardu fuga eKrueslo Vllcbes nos hner preta ramdepois. A' dlsinncla a colubornçãnsofri*. Alem rilteo, a mtin ¦> mepreocupava "outro d mm..": o daguerra. Killu Iranco de "ti amortardio". Nunea menos do --sucet-d'est1nie". Maa a nolabnraçá» snlae desmoronando. Poe fim icrnn-na. Alton*» nisis lorde celreiou imr

madrlllienisla de Alfonso. £squccíii— nãu, recordava i-om i-ai-iuhn —s sniertnr que cliaman'1 dr "unir-gerlans". O meu Irmln nin caiuli ii nea em ostentações nem o ran*lhos uecios ilr "itarienu". D* seu*conipnnhelros rir iHtrmln, emboraliersisllssem ueln — |mr ImiHisIçãudn meio amblenlr ou dc Idiosíncrn-sln —, tinham nm Hfrluosn acolhi-menlo na aua lusuosa mansão, Ta-

o aludir aqui a dn*tiohrrs ria ualureaa de

* sua generosidade, u «fn

i seguiuln é|i»<-a de Ma-mpiria i*ir al.

nobosinnie ünfor. ffejisc e Berjj-preen; o ultimo ifeii-/he tambemo gasto pelas melodias popula-res. Com uma instrução musicalrudimentar, suprida a força deintuição d de talento natural,Gade começou a sua carreira decompositor. Os seus progressosloram nn principio, sumamenteropfilos, pois as primeiras meln-dias datam de 1834 t fà em 1840-1841 escreneu o melodrama Alad-din d'Oehlenschlager e a "ouver-ture" Nachlange aus ossian. con-siderada por muitos como a suaobra-prima. Com essa peça ga-nhou um concurso, entre dez par-ttcipanles, organizado pela UniãoMusical de Copenhague (funda-da por Wepse), em eufo juri ti-guravam Luis Spohr, compositorde grande prestigio na época, eFrederico Schneíder.

Apesar desse êxito inicial, quenão teve maior repercussão, Gn-de. decidido a fazer carreira epreocupado com a situação eco-nomica, escreveu a Mendelssolin,envia ndo-lhe ao mesmo temp»a sua primeira sinfonia, em dómenor, que acabara de compor,Mendelssohn se entusiasmou coma obra, cujo movimento iniciai,mistura de tons heróicos e me-lancolicos, apresenta na veraddenotáveis qualidades e respondeua Gade em termo* muita afetuo-sos, dando-a a conhecer assimcomn Ossian, nos concertos deGewandhaus. Ossian foi muitobem recebido, tendo sido. paste-rformente executado em Dresde,Canal e Praga, e desde ese mo-mento a fortuna começou a sor-rir para.o')ov,em musico, gssestriunfos proporcionaram a Gadeos favores da Corte, concedendo-lhe o Rei da Dinamarca, Chris-ttana VIU, um subsidia para pas-sar tempos ua Itália, afim deaperfeiçoar os estudos 11843),Ati então escrevera, afim dascomposições citadas, o poemaifrawtaticn — seffuntío Anrterssn~- Sange af Aínete og Haveman-den e Nordiski Tonebklleder.

Niido de. extraordinário acon-teceu dyrante a viagem pela Ita-Ua, más no caminho tinha per-manecido uma rápida temporadaem Leípzig, cidade pela qual sen-tia orande atração, onde n seucaráter amável, sinceridade tsimpatia, assim womo ot reais io- .

R. GARCIA M0RILL0tes de compositor lhe grangea-ram a estima e a amizade deMendelssohn e Shumanii. Poucodepois du volta a Copenhague.foi chamado por Mendelssohn, aLcipzig. e esse com prouerbiOígenerosidaiie ijà Ferdinand Hillero havia substituída provisória-mente 1643-1844) lhe ofereceu oo posto de diretor substituto dosCi mcertos Gewandhaus. Gadedesempenhou com eficiência atarefa, e por morte do seu pro-tetor, em 1847. ficou d frente tíafamosa organização; mas toi poipowcii tempo: na primavera de1848. cífaíofido a guerra do Sihle-túlg-Uolsteln entre a Dinamarcae a Confederação Germânica, seviu obrigada a regressar â cida-de natal, e Julius Retz o substi-fnlu. Durante a permanência emLeípzig, Gade trabalhou muitacompondo e fazendo executar, noespaço de tres annos e meio. assinfonias segundo, em mt maior,e terceira, em fa menor, as "mt-vertttres" Im Hochland, e em domaior, a contata ossíaníca Co-mala para vozes, coro e arques-tra, considerada por Elson como«mo. das suas obras mais signi-ficativas, a primeira sonata parapiano e vinlino em la maior, umquinteto e um ocleto de cordasdiversas peças paru piano, lledei« coros.

Em Copenhague, com o presti-gio da atiiaçdii na Aimatifin, al-ranço» logo vm lugar prepon-derante na atividade artística dacidade. A sua biografia, a partirdesse momento i uma lista dehonrarias, dipntdaies e elevadoscargos: diretor dos concertos âaAsociação Musical de Copenha-gue (185(1); orpanísía da Corte11851»; com a morte de Glaser,diretor da orquestra real mestreda capela da Càrte (1881): dire-tor do conservatório (18881; em1B67 o Parlamento Ifte co«/eríuuma pensão vitalícia; pouco de-pois foi nomeado por ChrisliaimIX "professor" e obteve o graudc doutor "honoris causo" daUniversidade dé Copenhague; porultimo'fot feito çomendodor daOrdem dc Daneborg, em 1888-Como se pode vér a existência deGade nesse periodo. tão plácida» /gil*. oontrasío liiipufarmeníg

e J.i.l

Na i

»nnin rápidacompreende quase ir*» Insiro*. *l-fonso escreveu r publicou lanasnovrls*, pntre elaa "BI plaeer do

Fl lieheiliii- de lagrl-

com a juventude difícil * a agi-tada época de intensa atividadeem Leipèig. Com exceção deduas viagens à Inglaterra (ern1878 e 1882) ndo sai» mais da pa-tria. O sucesso das suas obrasnus Estados Unidas despertou emGade a curiosidade ie visitar onovo continente, mas nunca rea-Itzou o desejo, pois faleceu emCopenhague. querido e respeita-d", a 30 tfe desembro de 1890.*

Todos os seus biógrafos, Elson,Beauvois, Blaze de Burg, soubtese Viardot, atribuem a Gade umaposição estética entre o roman-ttsmn e o neoclassictsmo.

O trabalho de depuração e es-tiltzação dos temas fotkloricos,que hoje nos parece muito sim-pies e elementar (pots nesse sen-tido se alcançaram resultadosmuito mats amplos e completos,tratando-se, não já de traduzirsimplesmente a cor l-cat, caindono efeito pitoresco, mas de ca-ptar a essência ínfima do ele-mento popular, para obter comela uma evocação ideal do fundoracial, no tempn e uo espaço, ta-refa, na qual lograram, até amomento atual, os resultadosmais extraordinários um Manuelde Falia e um Bela Bartók), cau-sou surpresa e admiração naqueletempo; foi um dns primeiros quetratou de assmiílar o materialsonoro uernocuio ds grandes for-más artísticas, e de realçar o va-lor dessas idéias com inspiraçãoprópria; mas fez isso com Umi-des e náo ie uma fôrma sisti-matica. O problema que se aprt-sentava entre o romantismoinherente á sua personalidade,preocupação de ordem clássicapelo equilíbrio araultetonlcn euma lógica utilização do elemen-to folklorico era ie solução dt-masiaiamente complicada para oespirito de Gade, que se cnnfar-mon com uma postç&e estética deindecisão, de mero compromisso,dentro da qual obteve melodiasInspiradas e pagines atraentes.Pódc-se dizer que as primeirascompastçães tem um cunha na-cional mais marcada, e que dmedida que cvolucíona ie vaiaproximando pouco a pouco rfeMendelssohn, pardendo «m fies-

«««mção'

im i-nmpo dc ali• «rendeu: da ittrrdiplomática. Houv

¦vela

nilariii rio* c

americana e foi uri» «eu tempo'. K*sa -Mitologia ,|>Marli" foi reccnlemftiir rpertlitnl»em Buenos Aires.

Nâo me * innnltei .-om.it-mmnum ariigo indn a obra liiersi-tit tlrHernindet Cata. numerosa r com-pieis, Críticos eminentes a 14»estudado, peneirado e alrti-a*.Mas, ¦ analise alo serã <Yimnle<a•e aquele ipie a realitar nin If,-em oonsiriersçftn o i-onfercm-i.|.ique houve em Alfonm. e i^ir ,..,

singular.

ISÜIt rondo lu ua i-nrrrir* dipliumlira o -período eurnpen". Sui-n..vnmenle. Alfona» nru.mn *• |.eçAca de **u país uns repu blle*. .Panam*, Chll* e Hrasil Uso ti i>.

rlea. <>¦ une. ale emlo <A t-tniticiam o* seu* litros e adinlrsiampH-nl«1s. n romancista r n nvnila porlenluMi,

Nn. Ititnv,

lande* lambem

rarllvia de relorie», massilo gr» 11. de rtlosnla dicçni). n liinlirr aa mímica adequadaatributo* oraim-io*. nau t<indn iiars faier dele umires da conferência si 11I1se i-uldsd» de dólar as didp uni fnudii ile idéia* 1"IHinios de vtsin" riesisih.-ililnrai-n» conslanie dns

IMlo-

iplei

1 ilitfl Al loi¦los

«>l Fçh ile(.iu lm/. "felnyn liou mi leu'1 inuum poueo ili- "Frnrii.tuc Mendes".

Um IMtW AHoiion fnl emliaiiadordn sun linlriu cm Mnrirl.l. tlivlunriPüsH |ie.|IIPiln liitigrnfiH ludo .|»>'

ancclurla...Os all«sIHiilium cair

t|...s u llns

Niels Wilhelin Gadecincoentenario de sua morte

<|iip pi-L'?uirintaiii leiuposlnde. Coma san presença dc espirilo. o ast-rs-— 11 ne huiirniuiii o «t-n pní, r fn-rnili rer.i ti li rr Irius pelos priiccri-srin inenialidade e ria |Killik-a mit».nn — e com anuele rliilrin de sim-linlln. aquek- -chiirme", .pie emn.nnva da >un ptisson. AHiiiihi ismie.ve e tornou definitivamente Inauí-¦nados us mus. invejoso».,

Kilslem na sun carreira consii-lar e diplomática hIius trHn.iulIus.período* de calma, durnuin 1-quais o osctllor rlslnirnva e la ror-mando, página a nõginn, livro alivro, n plramlrie dn su» obra.

A pátrl* não podia e»i«r nuwuie

cura e espontaneidade n qutganha em solidez de concepção thabilidade de escritura. Essa in-jluencia de Mendelssohn ie par-cialmente de Schubert), depois deter favorecido no principio "desenvol v ime nt o de sua persona-lidade, por fim se tornou nelas-ta; 110 sepund operiodo de Cape-nhague aparece empenhado emtrabalhos musicais acadêmicos,muita bem feitos leomo acontece,de certo moda t em outra planocom Rimskg-Korsakoffi porémde muito maior interesse do queas primeiras composições. Degrande fecundidade, deixou «4ep. e uma granie quantidade depeças sem numeração. As ulti-mas obras são cinco slnfofllas (9quarta em si bemol maior i cnn-siderada a mals notável) as "ou-vertures" Hamlet, Mlchel-Ange.Marlotta e Mellem PJeldine. asseries Eln Sommertag auf demZande, Holbergiana e tfovelettesum sexteto de cordas, um con-certo parn violino e orquestraum trio Phantasiestucke pnrnpiano e clarinete, tres sonatasmais para piano e violino (na se-gunda, em ré menor, que i amais conhecida e inspirada dassuas obras menores, combina n-"adafffo" t o "cherzo" em fasesalternadas, formando um só bio-c<>: essa forma, de condensaçãofot muito imitada depois, entreoutros, pelo filandis Sibellus),sonata, arabescos e aquarelaspara piano; as cniiíaias Fruhll-nas phantasie, ErUtonlgs Tochter.Die Fruhlings botschaft, Die hei-lige Natch. Zlon. Die Kienafahrer. Der Stmm. Kalauus, Psy-ché. Geflon e Baldurs Traum, oSalmo CXXX. uma opera Ma-rlotta os Danske Sange e os Scan-dlnavUke Polkesange, a musicaie um bailado de A. A. Bournon-ville, Uma tradição popular, erncnlaboraçãn com •• sogro, e o ¦'*"pando ato de outro bailado. Na-poli. escrito junto com Uelsteiê Paull.

riilorins ria Fs|innhn. lie «nha1'taimiiiá rio 1'eru'. d» Chile, ilagcmiiia, do Iruguav c do Hra1'nr ilua* veies vlsiluti Um-mures. Iirsde n Inlcl.i da i-at-r."livtiHtu em 101 alia": en-itmrirlclluu . A 111 lelet-t uai idade ponlm, iiac rlltra 1* mede n* «.istmlraçnes, foi rnlusiasla «im .Ilccoiihp.-in uo egrégio pmtiiiworador cuhann um rin* mai* «esplrli.M da America. K umtiomcus otemplnre* ri» uo«»iculo.

Se o destina consentir, escreuum din, o livro i|U* "lhe devo"tlt-m a Alfonso lleiuánilc.-' 11(1 eslado de animo eni oup me1011 ti <cn desMpurct-lmt-ulii pielitro, as L-lrcumstsm-ia» dn Min 11ie e u rumpiniculo uiHlrrial. sótcrial. de nossas vida» — iiiip -iflu ira 111 lanlo enlre .'Ias, p .1 11dn se compenetraram alé par

lor

O nacionalismo de Gade. pa-lid<< e convencional, imbuído dngermanismo de Leípzig. encon-trou um serio adversário etnGrieg, que fot seu aluno urino-piaiife 11883). Griet.. cntusias-mado cnm as obras dos wmj»!dramaturgos Ibsen e Byone».conía como raciocinou: "Etit_ncaiu a uenda dos meus nlhos: poiNoriraak icondtcipulo de Onef.de notável talento, çue moitaaos 34 anos) aprendi a coiAccerie verdade o» recantos do AVrí«t até aprendi a conhecer a min Inpátria. Ambos nos insurgim«scontra o escandinovismo efcinl-nado de Gade ou o basteirad"de Mendelssohn. e tomamos comtodo 0 entusiasmo >• caminho P"ronde marcha aíuniirioiíc n "colsdo Sorte." *

As qualidades que predominamna musica de Gade são a gritt-i-dade e a melancolia, r&n nema>de uma ceAa monoiontn. ás quo»se une por momentos """

acfta rodeado de uma atmosferapoética, irreal, unt tanto dao-lorida.

A escritura i sóbria e elwnte.com detalhes cheias de graça 'requinte. Excelente coiitwwd"'ie Menieüsohn. a cirouitewisonora é solida e o plan» ío'»"ftabifwieNfe esíabeiecitft). .* vquestraçio. muito brilhem)*. 'de Inegável valor, magistral cinfreqüência. Gade possuía mnsurprehendenle sentido ds <¦"' 'dn timbre.

Tal i, tm grandes traçou, «mItfterejsanfe figura do romonfW;mo musical, que sem alcançaium relevo extraordinário icmtalves prometiam as suas pn-melras obras sinfônicas), otteteno entanto, ttm lugar iiiiircaiif'na historia da arte, eo]"««""precursor na formação deis esmtas nacionais.

NOVO ENDEREÇODOM CASMURRO" ACABA DE INSTALAR

d SUA REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO NA

PRAÇA MARECHAL FLORIANO, 55 - (2.°)f/10 LADO DO STUDIO NIC0LAS)

Telefonei 42-1712 (rede interna) — 810

Page 5: HOJE DOM i RIO, 1 DE DE ANO HOJE 500 - :::[ BIBLIOTECA ...memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1941_00186.pdf · sem procurar ser útil em nada, ... num emarunnamento des. lumbrante

^S^STcMTailsaWTar,4ínilii««(« mêiHln AIIM1H*VEL ROMANCE

M A V E R L I N fi

.s"."!W»r;.c.»Í-DIÇAO ILUSTRADA .

Calei*"» "Ho"» Cai""""1 •*'»

¦ DOM CASMURROEM GERAL P'.tlna I"E<a de Queiroz"¦m tiéln volume d» aiHeçà»

"OOM OASMÜRKO" ALBACm Iodas as Utrarias

O micmmi fln momento

Notas sobre a poesia popular peruanaP^BA

nos aproximarmos da1B>i'-i:i popu ar »'¦«*! convém.ambor. TsfUmmu. aaaaUJ.

o acerva lilerArlo fio anl'«o

^lírvii' àe fontes as crônicas ou.r.vi

'iei'«H r>pr clérigos e guer-,'*" ™no, aaaaa. m «aar.l Uo

2nl.aWaar.ao t lllffliiuri: l>' '

,'^vém. lambem, faiser a re-Ts di ii ut ros documentos, como

iimeràrlos para Vigários e ln-7 !¦ mimei ras gramáticas

"quc

!;,»'.¦¦' a» séries rie hlncs. lendas.''.,,; fibulas. eic. AíE-lm * pos-i,.,! .-rçuindo n velha corrente, sht-

Lr a iicivin :">i>ulnr de lio)c.n „r-i G.iicilaso disse an liaisr

rin tvr-n '"Preferiam os verso?1,.,,-ins i>irec.> que parn que a me-,,.,,;,' a,,, euardasse. inuitò resumi-V" .,Sn faltava natalidade aos¦¦sitminas" ["rn comporem f.ragé-rt,,/,. mmcUias que. nos dias dv[«¦¦'<¦ íoleiie. repi-esenlavam dianteri0. a-iü e senhores que compunhama a-MMfncIS". Fala, lambem, nafacilidade r.uii que computinnm

fíbiras i"fl|)lrias, resumidas em lornia rir pcesn". tindc guardavam a

lamnia.- façanhas «os *fue reis c.

JOSE' A. HERNANDEZ1'nuou palpitando sté hoje, comIgual frescura, eaida ris estreme cilaentranha dos "Kaylres", "yarahls",etc:

He perdido ml paloma,ni sé dênde ae me fut.?Donde estás palnma mia?Qulsá en algum jrtmn Hnr»sln tener rõmn volver..,

(Recolhido por Vienriinrhl.

Conta Cteaa de Leòn — outrocronista coloivnl: — "Para natlaalo tinham os seus canta res ou ro-mances adequados". Entre lodo* oslabores, preferiam ns cu.dado* dalerra. Segundo o„ cronistas. In ven-

da Instante, de modo nue o atí rielavrar o campo, o tle semear, e riarwoita se realizavam num ainbien-te de festividade e de a'esrla. Cor-rebora a ísse respeito uma opinlnodn parire Bcrnabc Cobo." "Teeni o*seus cânticos alegres para quand.)lavi-am. cantados cm cftro um en-loa c os outros o arompn"liam: econversam um compasso lão exato

" grande pompa

. "tacllas" tarados" nfio discrep*um ponio do compasso ilo >' "

Afim de i '"' ""!"¦ uma idéia dessa

i iiarliiularl»ela popular qui

¦ delicadas. O oro

Grama lica "iiuccliun", de Ancho-rena um fragmento de canto que :-ientoava por „caslfio di limpeza dn»

Aeeqiila dilatadacuvn lemo plaiw

Plaad!I,levará sn* anuas

a nu «tiras sem brado*rlsad!

Por li han de Icnerla* plantas su flor

Pi,(-ri!E" admirável como depois de "an-

tas anos esses velhos canfcos ppr-durain: o escritor Di-nayre Vüar-rela recolheu no departamento d"Incn utn cântico quc nnlma op com-ponéses durante o >.raba'lio de de-bulln d» trigo. Espalham as espica-j nn terreiro, e os dcbulhailoresdc mãos dada* dan-am enliisiasti-camente sapatenadn • canlaniH ao

Zapslea por acáa hnra por alliV en aeiuiria pnr aqui¦sl, asi, asi

f Qut lué?

A hnra a e-te lailnCan miiclilsimn cn Ma itn¦ ver a prnhar la aiiertefueile, luerle. fuerte«on el pie?Qué fuíí

As dansas também, duranti oImpério, ciam mnilvo para apresentar cânticos, O mesmo padreCnbo diz: "Quase nAo havia nulleque nAn fosse cantado, e assim onome taqui, quc quer dizer baiicsignifica lii(lo Junto, bale e conto:e as diferença» de cantores eramtantas quantas as dc baile*". E'quase unanime a np'nt.1» dos ern-nistas túbre a slmultaneidade decanto c (iansa apena- uns se im-pressionaram mais com o canto eoutros, ao contrário, relegaram ocanto para segundo limar. As oca-slôes para lansar p caiuar ri ura tiie o ano eram moitas. Nn Huara-chcn. lesta dn virllldade. dansa-vam e cantavam o Tnqiilbuaia Nolulí Ray ml dansavam a Huayllnw:com n Conquista os cantores e aroreografia indígena- Ingressa ia inno ritual ratólico. continuand'. nl-«uns supersticiosos alé aos iiusscsdias.

Cem,, exemples, ajudam muito novelhos cantlcor imocrins, um dé o-,tirado ric Huamao Poma: e um ,-an-to ric guerra, um hino de triunfoou haylli" que provr—'Bcompniiliado de dans;

El rrá

Borja, serve para cucmpllficar eaatmodalriade de baile no departs-menlo'de La Liberiad;

Cim lu pnll». lavllin,llévaln sl monte rir Mnllán;ihrele el paehn, lavllánsara pa]a rie la jaleapara lu nlrin, latilán

Seria fantlrtioso continuar apre-sentando pnnton de contdto entrevelhos e novos modelrwt: e lambema índole deste Irnbalho. mera noil-c a da iKicsta popular, o exime ri**.ae rigor.

Se bem que o i";uik, imimlni [«¦-runlio lonlia um forte cnralzamento inriio. a prenciiçs de outro;. e'e-mentos ressalta ao mais lapido pxa-me. Sabrenai. entre íles a contri-bulçAn cúsielliann, A 'm..i]7.s" mieé uma bela pxpressftii dc cam o pn-pular, espiada irai Bcnial no aliode Phpco, proclama claramente nsua nobre estirpe ric pioocdÉnclttespanhola:

f» el alma cn riolnr lau (uerterie Ia viria nn h aiia.laés pnr nn ilejac rir vertet mal pudlern olvidar lequlen lantn "Itnn iiiierrrle,

(Anfinimn. lllDüi.

.tiisii' a róinle váel negrito par.ipaiilã".A cnir.-r sandlllarnn -il FranelsqulllaSenriilla. «cndilla vm

gINDA ha pouca tempo, pre-Jk fadando um livro de Do-** rfon Feígenòaum. mostra-

va Freud a lamentável confusão,crctttta nos Estados Unidos, entrea psicanálise e „utras disciplinasalgumas sà remotamente aparen.tadtis com aquela.

N„ cast<, interesse areado veiumovimento, a psicanálise come-cou a ser discutida nos corredo-res de institutos de finalidadessuspeitas, nos magazinas papula-res. entre, vários assuntos, desde n"l„ve-tiflalr" até o "ktdnappíng"rios cantos dos salões onde senho-ras elegantes se soccmtam donome dc Freud para mascaratseus "patins" de cândida tonall-dade feseenlna..

Qualquer advogado mal said-de um curso dc especialização nocrime, não tinha duvida: na pri-meira ocasião', lá rai Freud! Nett-riatrti engasgad,, ito diagnosticopigarreava, convicta: ¦¦ístn só comFreud!" Jornatista âs voltas comum caso de sensação, tremendahistoria de amar ou crime de en-redn indecifrável, bradava afltt„um "valha-nos Freud" salvadorF. 'i adulescente malicioso contavapara uma roda de companheirosanedotas bocageanas c-w, "as-santos freudianos",.

Infelizmente è issr- o gue a psi-ranalhe ameaça tornar-se. n-<Brasil. Cttm uma pet/uena dife-rença da Amerieg do Noite. Aqui,a psicanálise nscila entre dois po-los: o da negação sistemática daparte de criticas tendenciosos(cnm o recalque pseudo-cientifícode base religiosa e sexual) e „ da

Vamos falar de Freudaceitação apressada de vulgar!tadores ignorantes.

Jà tenho ouvido invocar Freudem toâos ns setores e a aualgiierpropósito. Fita de cinema, ge-nero "Êxtase" i. fila "freudiana".Cidadão Que estrangula a mitlheirotdo de ciúmes, creatura aban-donada que ingere cianuret-i-adolescente espancada que fogede casa dos pães..- tudo isso ècom Freud.

Nos discursos, nas conferen-rias, nas arlig„s rie jornal, umacítaçâtizlnha de Freud é índia-pcnsavel-

Agora, não contentes com osassuntas "freudianos" (stnmii-mo) d~ "sexuais", para essa gen-te), querem casar Freud com asciências ocultas. Ha utn livroque anda por aí nas mmitras daslivrarias, onde vem um retratode Freud no lado de Alan Kardec,se nào me engano.

F.. para-não faltar mais nada,-• çuiromantes.. Pobre Fread!t/ne fot parar nos anúncios dejornal, onde ns qniromantes jànãn se c-ntentam de anunciar a••quiromancla cientifica, grafolo-,gia e ciências ocultas", Nãt, se-nlvr. Estava faltando Freud.Pois aqui vai:

JV... Grafologia frenolo-

liropr laria:

i drl traidor; heberemo*

, recolhido:

elevaremos su* riicnle* comu cnllaidr su* niel haremo* um latnhnrcn tone r* bailarem*-*.

iTrariuccióii ile R Pilchmani

Atualmente, duranlc as festaspopulares, os dansarinos .enquanluvüo desenvolvendo as Bracto.-rae evo-luções. cantam. Nem sempre acon-tece Isso. mas c baslante ci.mum.A riaii«a des Gav.lancs, cujo ramoícl adqti rida por Arturo Jlniéncj

Voe sem iiioiluiu ucm normariieia rie profundo encanto, vor dopovo que vem «aliando de longo,sòa rie forma dllercnie daquela vo?,Inú gena da Selva quc. mais do quefolclore, pertence ao.-- dom ntos en

profundo di etimük-gla;

A ONDA...diferedios ca.sli boslar a chuva que enche

FmpurshU' 1 lirliít|iu"shiquln raiinlnnulTonjtatl shaiip»...

'- quc -. in onda rie calor, daquelas dc ve.io. que iranem depois a lempesta-¦ enchendo a cidade de agua, la-¦ndo n genle correr como r.o parai a ria baldes, em tasls. ou f.car cs-ignada á espera de condução i>a-

A^ nos de idade assom-asse. O velho pro-isiera figura Impo-

i barba rala e olhoualuno quc llie

No Mundo da Lua...- O periodo está certD! Errado

uih r ^i-nlior! O que al vemos *a figura dc sintaxe denominadatmese. Consiste, como o senhor nãodeve líiiorar, na íntercalaçâo úepronome oblíquo no futuro imper-feito dn indicativo e no imperfeitodn madicional. Errado está o sc-

Foi o escândalo terrível que ele-voa <• nome do Barnto no conceitorins ;iro;písorcs. Doze anos. apenas.O in idrritc da aula de portuguer

ris dn Interna to. daquelle lií-cm cujo Jardim se obser-c-iir.ua do primeiro dircioi

izado \ieln própria mulher¦iniciara numa noite de tem-

treze conheceu os escritorest-i- Guillaume de Lorrls — omrlrn nté Albert Samaln.quatorze estudou filosofia e

rnipRas nfio mals entendiam

ccral começava:¦ nperações psicológicas rea-r iic dois modos: distraída-mi atentamente. As rio pro-Silvério reallüam-se pelo prl-

> niizos variam. Entretanto,empre cvprtmem n verdade.nor 1'ieniplo. — e apontuval"B« é considerado burroiminoB e intellRcnte pelo co-

niisos errôneos. Você ucm': nem intellRcnle. Apenas

construída ft custa de ln-mites rie vigília,

i a intercalar, depois dame! desejado, nos lonaos» pesnda e.lencla. um *»-mi alt** bem estudado.

irio durante a viagem.

a revista estrangeira es-querida no ultimo banco do pesaoovelcu'o As palavras vindas rie

vels inu''ieres dlvlnlssimas creatu-ras rie corpos feitos na Trrra espe-clalmente para homens da Terr».Amantes preguiçoso* de olhos se-mlcerrados e lábios úmidos.,. umInterno!

Dobrou calmamente a revista co-locando-a de laria, olhou a cidadequc fechava lentamente as palne-bras esboçou um bnr-in sem (mi« abriu um volume intitulado: Bis-TORIA N*Tim»L DOS INSETOShimenopteros.

ultimo" drinkDissera certa vez: "imbecil e o

sujeito que se mata por uma mn-lher de rabsrel". A mulher rie ca-baret, onr^m. demonstrou-lhe por Amals B que tmherll í Instament.eaquele que nSo se rielva matar porum pouco de amor de hora emhora.

Chamou, com certa Irritação n»voz o "wçnn sonolento:

Diga A orquestra nara tocar aMarcha Viinebre rie Chopln

A mulher abriu multn os olhosneerns e nlhnu-n etnneslt.amente. Emais quando ns primeiros acordesvibraram no salso clieln rte fumaça

Rentes aipim» coisa?üm desejo maluco rte conhecer

o camarada nue sc matou por umamulher de rabaret.

NAo te entendo.F entendes essa musica?Também nflo. Acho-a trlst*

demais.Bebeu uma dAse de whlskrT em

homenagem an corno nuase perfeito•> ultra-sensual ria mulher que es-tava nerto dele. Depois, nutra malsem homenagem ao Imbecil oue íletinha sldn durante tnrla a sua vida,

No Instante rie hrlnrinr os rans-slmos momentns rie lucidez "splrí-tual ordenou ao earnnn nue nSo en-rhcs.se n copo totalmente.

Eipllcou:

DIRCEU QV1STASILHA

UM TEMPERAMENTOMeus golpes de iiiteltoencla

estfto sempre na razfto direta da be-blria que coloro no recipiente.

Ela, -desta vez, entendeu menosAliás, achava-o completamente di-ferente do amante que íle haviasido horas atrás.

Descubro os teus pensmentos.O Instinto disse-me. Hoje A tarde,enquanto le penteavas. qu» nfto se-rias nunca mals a mulher que eudesejavii que fosses. Ainda desço-brlrel um método de arrancar o Ins-tinto de dentro da gente com amesma facilidade com que se arran-ca um dente.

Ela re-indeu estupt 'amente:Arrancar um ciente dôe muito.

llm ano ie atíNO MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES

O

A Marcha Fúnebre estacou subi-tamelilp Vaiavam. Pediram umsamba. O samba chegou. Foi quan-to bastou para ela lr embora.

Olhou demora damente a mulherque ilansava Apertou, dentro dobolso do casaco, o cabo de piadrc-pérola rio revolver ultimo tipo. Resolveu apertar o gatilho. E apertommesmo. Seu corpo tombou para afrenle E baqueou no chio.

Quando chegou no Céu S. Pedroescreveu no livro rie registro a"•bservaçao anlqulladora:

— Morreu na Terra sem saber

passageiros acumulados, paciente-mente beneditinos como as rodas doveículo cm cima dos trilhos Interml-naveís... Podia ser qualquer ondasalgada, onda daqui d» mar do Le.blon mesmo daquelas que a genteenfrenta com o itrito Kuerreiro detodo o banhista quc se presa: "Olhaa onda olha a boa". .. Af.nnl. po-dia ser muita nutra especie de on-da. mas cu quero me referir A ondacarnavalesca, a Irresistível onda ca-rioca de todo o ano.

Sou crente dc banhe de sol. me-dldo. regrado, com minutos mem-clnais c terapêuticos: ao de cada la-io c, conforme o dia e a disposição,até me.il hora de tada banda, o mA.ximo clinicamente permitido. De-pois, um mergulho nas ondas, al-guns minutos dc euforia, uns pra-'tetos

dc natação cm longa distan-

Em outubro, organizou-sc a mostia retrospectiva de Lucillo de Ai-buquei-quc que dada a proporç.i,.tomou lodo o recinto onde jA sc re-allzára a Exposição Francesa e <Salão Oficlal. Para melhor apresentaçüo rios trabalhos á noite,quanio o Museu permanecia abenoforam 'nsialados novo» aparelho* rieiluminç.lo com refletores.

Continuando a série Oe artistasindividuais tivemos Eduardo Lul-fler com aljuns crnqu:s para cenaries; RichJri BenaaiWe modernopintor português ao mesmo temporetratista e pa sagistt: Vittorio Oob-

For CRVZ CORDEIROiiw cia e. frcquenlememe. areia nn cal-da çâo, pois as ondas do Lcclon não

são de brincadeira. Mas foi justa-mente naquele meu culto ao sol.cujos raias pretendo que penetrai),do n âmago dc minhas viceras, rege-ncreni uni pouco os tecidos já gris-t<» por tAo poucos anos de uso. ecujos raios preiendo lambem que.Iluminando abusívurnente a paise-gem paradisíaca da lagoa Rodrigodc Freitas ao fundo da praia, meforneçam o máximo de espelAculodurante meu repouso

i de t t óculos

artistas

INO findo de 1940 pode

ZELIO VfiLVERDELIVREIRO — EDITOR

TRAVESSA DO OUVIDOR, 27A LIVRARIA MAIS COMPLETA, ONDE PO-URRA' ENCONTRAR QUALQUER EDIÇÃO

ANTIGA OU MODERNA

Completo êorttmento de edições rarasEncomendadas por serviço de reembolso

ções. O Museu Naclunal drBelas Artss iniciou suas atividade,-com a mostra rie arle francesa enIre nós considerada no gênero ama or exposição eslraugeha ale tiujcrealizadi entre nòs Num lotai de17S trabalhos dos nnls noiàvclsmestres riu «êculo XIX c XX. oRin poude apreciar tfidas a.s tanèspoi'que na es ou a pintura francesadesde o período napoleonico a'ê o»

A exposição obedeceu ao critériocronológico, com senso estético; astela* foram colocadas de maCp \nue as escolas se sucedessem, a co,meçar rio classtssismo de Dav.d. atías correntes mals modernas dokI*-riores a guerra de IBM. O êxtu, fo.sem precedentes. O Museu que iemumn freqüência diária de ceica da70 a BO pessoas, em dias comuns,elevouse a 2.485, isto. sà no primei--ro rila. atingindo atê a data ric cn-cerramcnlo a um total de 43.431visitantes, o jpiE vem demon.iirarmui-—lisongeiramente o inteiísseqiie tem o nosso publico pelas gran-des realizações artísticas.

Além da vendi rie catálogos c fo-lograflas por preços acessíveis, douquadros expostos, o Museu Nacionalde Belas Artes promoveu concorrên-cias sflbre a "Arte Francesa" pr.rprofessores e estudiosos da maiêrtaeomo n professo^ Henn Foclllon,prnfetwor Corrêa de Araújo e profe.i-sor Antolne Le Bon.

Todo9 os conservadores foram de-slgnadoü para orientar as turmasdoe inúmeros estabelecimentos deensino que percorreram a exposiç.lti

Ze'anrio pela propaganda e dlvul-íaçftn da mesma, solicitou-se a fil-magem dos mals belo* quadros porcompanhias cinematográficas brani-lêlras,

Seguiu sc a esla Exposição Come-morai iva do Primeiro Cenienáriorio nascimento dc JoSo Zoferino daCosia, deientor do prêmio de via-gcu em 186H com o trabalho "Moi-sés recebendo as libnas da lei".

As nctAvcis cabeça" de estudo, o"Obulo da Viuva" "A car,dade".etc. estiveram expostas duranlc ummês numa sala laleral do Museunue tanio se piesia para a» e/pfsl-ções de menor vulio. Cada semanafoi convidado um professor ou cri-lico de arte para uma palestra sft-bre a obra de Zeferino da Costa.

O Salão Oficial realizou se em se-lembro, com duas divisêes. uma dearte moderna complclamente Ilida-pendente e oulra dc arie geral.

A divisão dc arle moderna reun:iio quc havia entre nos de mal? origlnil sendo conferido o prêmio deviagem pelo pais ao sr. Alberto daVeiga Onifiliard. Na dlvIsUo de ar-te geral o sr. Vlceite Leite alnan

cou o Prêmio rie Viagem ao Eetran

O Museu adquiriu grande numerode trabalhos dos artistas exposlio-res, escolhidos por uma comissãodesignaria pelo sr. ministro daEducação e Saude que Ir&o futura-mente flgurat nas nnsMn galerias.

Terminando o SaiAo. inaugurouae uma sér:e rie exposições parti-ciliares. Ho hall do edifício <«, tr»-balhos de Jo«í Belioni. escultor uru-guaio autor da "La Carreta", monument.n que se acha numa praçaem Monteviriéo.

Depois foi a de Marie EllsabetnWrede cnm pinturas n deaenlics.Ao mesmo tempo, em outro salsoesteve pnr algum tempo a exposlçíode aguasfortei' e desenhos de autores espanhola

A seguir, Hob o artista que pro-cura pintar o som com core» vlvieem meandros imaglnArlos^-"'

paulistanosPor fim encerrando esl* ano ar-

tistico. orttanlíou o Museu de BelasArte* a Exposição di Missão Anis-tlca Fr»msê*e de ÍBIS em colabora-cSo com diversos estabelecimentospúblicos como * Bibl:<iteca Nacio-nal. Escola Nacional de Betas Ar-tes, Mu*eu Histórico Nacional. Ll-ceu de Aries e Ofícios. Museu Im-perial de Petropolis; foram expostosquadros, escultura1.? * objetos histo-ricon da Exma. Sra. D. LaurindaSantos Lubo: Exmo. 8r. Dr. Djal-ma da Fonseca He: mes, Sr. Mar-ques rios Sanlos. M. D Pu mil*Ferrez; Exmo. Sr. Dr, Augusto deLima Junior, Exmo, Sr. Dr. Car-los oulnle e tMa a coleto de aqua-relas brasileiras feita por Deoret,da propriedade do 3r. Dr, Raim in-rio dn Castro Maya çue é uma ria»maiores documentações dou costu-mes e tipos do Brasil Reino e Im-

Compunha as salas o mobiliárioda época: urnas, bancos, mesa.* evitrines dc Jacarandá esculpido. Nocentro foram colocadae as lltclra*.O Museu Historie, enviou-nos umacarieirínha de arruar do ano de1750, com serpentinas para -ser car.regada a braços de eternos e maisuma lltelra de 1834 quc pertenceu aoBarSo de Suassuhy. o Sr. CarlosOulnle, uma lltelra do século XVIII• o Liceu de Artes e Ofícios duascadelrinhas. uma de uso diário dos«cn a dores do Império tséc. XIXI ioulra toda dourada, de Minas Oe.rals iséc, XVIII) formando todaselas um ambienta bem adequado A

Para o ano que começa, JA temosa promessa de duas grandes vali-íaçfies: a Expostçgo ue Arte AntigaFlamenga em segulmento A PinturaAntiga Italiana hi pouco Instaladae mals a grande "Exposiçio AILer-to Durer e a Gravura AlemS". arteque o povo fêrmaníco hft muito sededicou.

curos. parte integrante doto solar dc toda manhã, foi ai queouvi esse ano pela primeira ver. oonda carnavalesca... Em pleno De-zembro e sem respeito ou Intimida.ção alguma pela onda mística doNatal que lhe antecede, a onda paçãe avassaladora chegou... "ó... ú...Aurora, se você fosse sincera".

Foi num grupo rie maiores multi-cores em corpos flexíveis e ágeis, debocas frescas e com risos sem con-tiole, de puberdades castas e sito-jantes, ao léu do desenvolvimentonatural, loi num Erupo assim ,io-vem c colorido dc vida, quc cu ouvia onda carnavalesca pela primeiravea esse ano, AliAs. c sempre essngente em idade escolar, c sempreessa sente assim verde, começando

go lar e num nSo menos vago ca-samento, é sempre essa gente assimmoça que toma logo conhecimentoda onda. A gente mals velha, ira.balhando para sustentar essa outraque vejo toda manha na praia, aoutra gente com cara de noitadas,fugindo ao sol n» casinos e nos"danclngs", sem mais tempo paraperder ou JA esquecida ria vida cAde fora, e talvez esperando, IA den-tro do casario, pela escuridão dopande aono, essa outra genle quasirio vejo na praia, pouco ou nadase interessa JA pelas ondas, pelo¦oi...

Foi pots naquele grupo de rapazes• moças de minha rua. de outra*ruas adjacentes c que formam untbloca alegre Ioda manliA na praia,jogando peteca. jogando bola jo-saudei amor. que eu ouvi a ondapela primeira vez esse ano... "0...6... Aurora, se você fosse >lncera.veja só que bom que era".

Antes, esse mesmo grupo canta,rolava pedaços de foxes dos últimosfilmes, "swíiibs". tangos vulgarizadospela Orquestra Cauaro, melodias ir-radiadas pelo Pedro Vargas • outrasbossas estrangeiras, inclusive tíiu-los de "bestsellers" norte-amerlca.nos serviam de refrãos:

a bola i

ARTHVR RAMOSfíica e qulmmancia pslca-iiíiílílcd tsícl, eíe.

Tenham a palavra o "SindicatoMedie,, Brasileiro" e a Inspeto-ria dc Fiscalização do Exercidoda Medicina",

+No entanto, pouco se sabe tttjttt

das aplicações recentes do doml-nln da psicanálise, principalmen»te na França. Inglaterra e Ame-rica do Norte, A revisa,, de ctr*t„s pontos, sem a rígida ortodo-¦via dos primitivas conceitos. Asua aplicação d etii-grafía e dsociologia. A' psicologia social.A' educação.

Ainda recentemente, a Escolastictaloglca de Chicago fazia ttmseminário de estudos sobre asaplicações da psicanálise ã so-ciologia. Em Chicago, aliás, fun-dona o Instituto dc Pslcanalts»dtrigdo por Franz Alexander, ou-tro sabia de gênio que escapou do"gketto" cuitwal alemão. ,

E' tempo de reintegrarmos aPsicanálise, no seu verdadeiro lo*gar. no Brasil. Tínhamos chega-do a um punto que dará até ver-gttnna de falar em Freud. E' pre*ciso expulsar ,-s vendilhões áotemplo, e reíuterpretarmns ummétodo de observação que padeiser corrigido em seus detalhes,mas que permanece fundamentalparn a sondagem vertical do ei-pirito hunian.,.

niisica popular com cinema e lei-:ura, aquela gente mostrava conhe-cer pelo menos, titulos de llvroí.Indicio de que talvez os tivessem II*saber

Interessecaso, dessa ou daquela maneira.LeiturR. nem que seja por moda, oessencial ê que se leia cada vp7 mais.Aquela carola granflna, pr>rque mo-rando na mesma rua nãn adere aogrupo Doiicoso e fica sozinha embal*

ioda

cional nlcum bestscllcr"Ainda não consegui idcnlific;vros quc a garota granfina ti

sejam• leia,

trAs

., O essencial e que sedé bastaiues presentes tle Natal comlivros muitos livro?, o Brasil pre.cisa ler. ler imito, quem c que nftosabe disso? Quc nns presentes se d#dc preferencia livros, nos presentesde lodo o ano...

Mas. eomn dizia a onda avassa-ladorsi chegou, sem barba de PapalNoel nem nada. >cm Ilusões, pelocontrario notando a vida para foracm lamentos rttir.adus como n dasondas rio mar daqui do Leblon. Aonda avassaladora chegou, bolandonocaute p de um soco, lodo o reper-lurio do liando da praia, rio bandods minha rua, das ruas adjacentes.

canções ':

nlnha Helena nAn vem.

A sensação imensa do desamparo,o anseio eterno do consolo, o dese.jo do prolongamento da vida... E

do "Helena" na praia, rc posou lálonse na iíiilm ilo liori/onte. pel»fumaça de um navio (|iic IA apare.cia lembrou-se que a letra era re-donda e que a genle iioric. rie ummomento para oulro. ser alirado pa.ra fora dela. recuou por Iüso assua-tado alé ás ondas ua prnla. e nomeu intimo saiu baininlin o refrisdaquela outra canção:

a Jogada mulio longe,"Rebeca", — se alguém.sangadu. pretendia nfto mencionaro nome de quem o aborrecera.

— "Tudo isso e o céo também".— se haviam descoberto em qualquergarota bonita mals algum outro en-

E mistura ndo assim bossas de

DOM CASMURROTem novo endereçoPça. MARECHAL

FLORIANO, 55 — 2."andar — Tel.: 42-1712(rede interna) — Rio'

Bangüê antigoA JOSE' LINS DO REGO

VASCONCELLOS TORRES

- MAIS UM VOLUME DA«Coleç&o Dom Casmurro»

Vm tttntáilico depoimento »M>re lodo» o» empréitimo» feito» pelo Brasil — A»vergonhas do passado e um magnífico conselho para o futuro... Um livro gue re*

velti tt verdade nua e crua tòbre verdadeiro» eieaudalo» DE 15$ GERALDO ROCHA

«PAÍSESPOLIADO»

Velho engenho baniu* abandonado!Not» de triste» na paisagem!

Ontem — eras um marco ria civilização;Hoje — éa relíquia do passado,Uma sombra de %randeta .. uma visão..,

Ainda vejo-te aafrejando,Tingindo « atui do céo, de negra fumarada,Na febrllldade dn» século* deeeaaete « dmoito,Praduilndo uma porção de pftea de acurar,No tempo da rlqiim Inacabada!

Hoie — o melio de São Caetano le devora,Que fome ele tem, Bangüê antigo!

Sobe pela chaminé acima,Conaldera-te horrendo Inimigo,Ban|uê do Brasil éa decadência agora!

Onde aatá o Senhor de engenho?Tua fornalha vive apagada!A Caaa Grande nfto existe,,,A seniala foi arrasada," ,Alé o canavial parece triste...

Velho engenho Bangüê abandonado.Sem a caia de purgar... iem tacho* ,,

"

Velho engenho Bangüê ji éa ruína!Deixaram-te morrer — pobre de lltPuzeram no teu logar. uma usina!..

Page 6: HOJE DOM i RIO, 1 DE DE ANO HOJE 500 - :::[ BIBLIOTECA ...memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1941_00186.pdf · sem procurar ser útil em nada, ... num emarunnamento des. lumbrante

CM SELO PRESENTE.,.

Ainda ette min I I IO ADMIRÁVEL ROMANCE

MAVERLINGtuna hlitórla do amnr due

•balou • llm do ultimo sècnln

EDIÇÃO ILUSTRADACole*io 7,Dom Casmurro

"-Alba

PAartna * DOM CASMURRO i

CRI T I C A^^^^—^^^^^mm—~mmi^—» 1-2-941 «aal^^—BaMaMaaaaaaaaaaaaaaaaaa^„«.

"Eça de Queiroz"

Da critica literária

gaito <1e umn fi-llatla".Certamente n Iram nflo

ri» resposta mal» síria do

deu Shaw, Entretanto, nt

tanta eente que h repete.

car Wllde sobre a critica: "

to mals difícil discutir un

do q»* f«e-l»- N" eef*rfl

èxMrJnr ativa líS" "" ml

naturalmente, com torta ev

Todo matuto porte fnier I

Mia * precito um espirito ,

pars esereve-1*".^

Nio existe literatura cujo

grand* crilico. .NAo * poBRt'

díf'pí!;,.* 7'XX'X 7"literatura rnpm *<"" ,,"IT-

C. K. M0RELL«rllítas t que tiram vanta«*m det».

?iâo quer illíer que eem essa cri.

tlca um poeta, nfto milha, talma,

orlar bons livros, mas se-m fia o

pdhllco nSo ler* livros. Quandoem vm rt" orlllen aerla. o« Jornal»so jifietn ai faier reclamos, o V<*-hltco. apfla aleumus rtecepçflcs, che-

na a nío ler senSo livros consagra-dos no estrangeiro. Parece-nos mio

" lalar que o encoraja-

n reunilo lia nr?nte por

também P"r nlmple* conslde-ee econômica a.

antipatia pela crítica encontrafkallvu quando es volta con-essa espécie rte pseudo-erltlca.rejeita toda "bra original o

nr melo de rejrras petrificadas,¦etanto, todos o» que. por prln->, contestam a critica, respel-

precisamente eesa pseudo-crl-

da corta maneira, O livro cita nu-

historieta de compra rte um forroile menino, o frepu-í perte um

jorro, ««ul, do üti centímetro*. Ocalxelro tniti o habito tle, pnra ocalculo, sempre perguntar a Idadado menino. No cimo, o próprio lm-gura H" onfiircifcui dessa tarefa.Man, t> homem <l« oficio nfto ilelua

o pessoal iluapelP, eomnsses, Oa re-

Excllfado * dizer ¦

ros pn^tní apreciaieritlcn, pais erlltor.

na opinião de que

,¦ ile Cnurenont

d* acflrrio 1-r-iil i'!'i,'fn'i'1"'i ""^."l"" t"nio

formar, o? livras '1" '''"^'^l*''.^

sSo conri"<W i-sclustv.imome P"'-

MajJ, («rs «s«ir,l<l" m-'flr'"" ""¦

eada grupo romn excelentes P°*-

ticos hi "' OU" visam Snpntilr. f»

Zola » alnrta outro, distrair, ooitu

Theophll» r.aulier o. fltialm n

aqueles 1'.i», ra|:iiaa.,r.aln, l.-i. in

firtenria* pcçsn.HH. fnm., Aline -i

;;;.p;V<™r-*"™™ "»»'•''¦'

Estílliflr^r .INlin-iã.. "II!V" ^''^j.

d-sconhecer n5o *ft a essência '

critica com" a ''" n"»^" ¦ A x.^^

Cotejo «fl "hra '1" crilico. NSo 6 fl

dí FÍguy. "Paiurt""". '"¦ Ar"ir* "'" veu

dç. ** quaes falta Inteiramente to- ,„,,

da açío. faleif. sft .

A verdadeira critica jamais via» >"m

e-artlfU. mas. ant-s ile tudo. mm

,íbliM «. nlo oaa.a.na. Ina. •• li

MM WW* „

,,„,,";¦„„ ^„, ¦„„!,», a. LOOCK. VOGUE"JT."."™ ". 777 * XX7 . e s q u i r e .,lo aaiaaa.a. . »..«™

^^.»- MADEMOISELLEÍ°„'."'côm X, -a,,.",- A.lna. .,, . LMHES

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nienie ao dicionário. Nio liner.-^..

o Juieamento daquilo que * chj«- X

tivo; o qu* cnnvem fio verdadeiro

critico ê julgar pífsoalmeiite. „lnuBI W1™Uai aaaaasaaa, .. «-.allc. a„ m.lc. 0» ,»<>1<1»« ,„

d., poeta, d critico íi pei flcl.il tele'°

r-xrHJHrTSn 42-7726

O verflartelrn critleo S ut

nfto *'crlttco 'le prolinsãoMetchlid von l.irhnoivslty <

Departamento deAssinaturas da

ECLECTICAEdifício flrlenn -

Rio He Janeiro

LAMENTAVELMENTE

ha vmgrande numero de brasllei-ms que desconhece ser o

Itto dc Sãn Francisco "o fator

precipuo tia. existência do Bra-sil", conforme racional e técnica*mente o atesta o sr. Geraldo Ra-cha em o seu grande livro recen-temente publicado.

Efetivamente muito se tem fa-lado tias drenagens, barragens,irrigações e tndo quanta afinaldiz respeita ás riquetas-aiie nospode proporcionar o SAO FRAN-CISCO, oferece.ttdo-sc-lhe o ne*cessaria aparelhamento,

Até o nosso inesquecível con-terraneo dr. Emílio de Maya seocupou do assunto quando da suabrilhante passagem pela CâmaraFederal do Estado Velha.

Mas. presumimos que, de mttfneira tã/, pratica e eloqüente, tJbViva e tão impressionante comofala o grande engenkeim pptricfosr. Geraldo Racha, ainda nàohouve quem o fizesse.

Ese Uvro editado em junhodeste ano pela Companhia Edi-tora Nacional de Sdo Paulo, édos que derem ser lidos earinh"-samente por quem se interessepela solução dos grandes prahle-mas econômicos do Brasil, nota-damente pelos homens de gnver-no t pelos técnicos e até Peloseomodislas e indiferentes paraquem o Brasil é nada mais que nseu bem-estar.

O autor. quc. além de falareomo técnico, cnhece o NILO et„do o aparelhamento que se lhedeu sucessivamente em varias re-aiões por onde passa, assim seexprime: "O nosa rio nalai con*tèm um volume dágua que su-pera o d" NILO-

O limo fertilizante carreadapor de è mais rico que o do rivalafricano e mnis opulento emsubstancias utilizáveis pela plan-ta. O seu rale è mais largo, aseu curso enriquecia" de a<luen-tes. dfí nascente quasi até d faz,enquanto o NILO corre em cerca

ê LTO, bastante alto, de rosto

JÍ grande, fronte espaçosa,** dais olhos cheios de daçu*

ra, L'it'»s e penetrantes, melou-eólicos e sonhadores a, maioriadas vezes, um bigode grosso e umsorris,, freqüente — eis o que derelance, se. percebe, ao vei petaprimeira vez o grande escritorStefan. Zweig. A primeira im-

pressão que se tem, é que ele i0 mais brando e o mais dócil doshomens. E o que mals agradaainda, é a sua simplicidade en-contadora.

Sentando-se a seu lado, iá nos

primeiros instantes é a sua pre-sença tâo agradável, que chega-

. se a crtr de se estar em com.panhla de um amigo que se ca-nhece a dei quinze "ti vinteanos.

Depois fala. Muito devagar,discorre sobre todas ns temas,

procurando escolher de prefe-renda as "peças" raras, dignasde serem conhecidas, demons*trando sempre em sua conversa asubtlleza do seu assombroso domde observação. Enquanto fala. asua fisionomia mostra inteligen-da. franqueza e bondade.

Stefan Zweig pertence ao mun*

MÁYERLINGromance efe C/íüe/e Anet

¦OT nw "'< Uma edição

vWK^*í+\ * *'ustraí*a ma"

NA 2,a QUINZENA DE JANEIRO!A FAMOSA TRAGÉDIA DE AMOR, QUE ABA-

LOU 0 FIM DO ULTIMO SÉCULO E OTRONO DA CASA DOS HABSBUUGOS

O HERDEIRO DA AVSTR1A E A SUA AMA-DA, SUICIDAM-SE FOR AMOR. - A HISTO-

RIA DO PRÍNCIPE RODOLFOE MARIA VETSERA

MARIA VETSERA SERÁ' 02.° VOLUME

"COLEÇÃO"DOM CASMURRO"

"Al DA" Dlft RUADOLA.ALUA -KIU vradio, eo

FAÇAM OS SEUS PEDIDOS DES-DE JA' A TODAS AS LIVRARIAS

DO BRASIL RODOLFO. PRÍNCIPE DA ÁUSTRIA

«0 Rio São Francisco»de dois mil leílometros entreareias, espotando-se pela evapo-ração, sem a mínima fonte quelhe possa compensar as perdas"

O sr. Geraldo Rocha è maravl-Ihasameute pródiga nas suasobservações, hoj seitj estudos e,notadamente nas comparaçõesque estabelece como douta que ènn assunto, salientando aqui, alie acolá, por meto de algarismose de um trabalho estatístico apre-ciavel. tudo quanlo nos leva acrer que no Brasil nada quasi seconhece acerca do prodigl-so po-der de energias creadoras do SAoFRANCISCO, e, por isto. è que elediz; "As obras hidráulicas daIndochina, do Stâo c ''¦> Cam-badne garantem umn •-.•dução

de arroz a tão baixa pr ;o que omesmo p^de vir ias antipodasdisputar o mercado de PELO-TAS. se nào ffir impedida por ta-rifas aduaneiras. Milênios antesde Crista, o sabia Jarnó Sesostrls.

para aumentar a superfície mn-lhada do NILO, fez nm dique lon-gitudínal de mil e cem kitome-tros, pela margem esquerda, paraelevar o nivel das águas e possí-nilitar colheitas indispensáveis àalimentaçãn do povo, mesmo «osanos de pequenas enchentes."

Comi, se vè. desde a época dosfaraós que se procura aproveitarinteligente e praticamente essasriquezas que a Natureza legouans homens sem „utra recom-

pensa que o do seu pmprto con-torto.

Entretanto, ha populações, ain-da hoje, coma por exemplo anossa, que quasi nâo dispõe deagua para ns necessidades ina-dtavets, quanto m.pts para as quesão impostas petas secas.

O $r. Geraldo Rocha com o seu

LAFAYETE BELOlivro utUtsstmo — livro que, deve-mos repetir, deve ser lido par to-dos, principalmente pelo nnrdes-tino — Indícau-nos um navo ru-mo a seguir, para ciifa peregrl-nação devem, ser feitas desde idos prcparatícis indispensáveis,

Diz-nos a sr. Geraldo Rocha,com sobejas razões aliás que,"mats

clncoenta anos de abando*no, o SAO FRANCtSCO estaráreduzido a um deserto, que se es-tenderá tias contra fortes ila serrado Canastro até o Atlântico. Oabandono do SAO FRASCISCO êtalvez a nuvem mais carregadaque paira sobre o céu do Brasíl."

Isto elle diz e os leigos jã po-dem mais ou menos observar queem varias pontos a,ide -utrara

podiam navegar embarcações re-latiiamente poderosas, hoje Jánâo podem desusar as velhas ca-noas sanfranciscanas, em certasdepressa para o abandona cri.mln.oso rie que fala aquele tecni-co. quando deveria suceder ,, can-trano, dadas as vantagens damecanização dos trabalhos agri-colas naquelas regiões. Pois, ovale do SAO FRANCISCO, con-forme diz ainda n sr .GeraldoRocha, "c

o mais largo trato tieterras planas que o Brasil possueá menor distancia do mar." E,diz conscientemente parque per-correu o Egito em 1022 e podeconstata'" que a vale do SAOFRANCISCO está multa mais

per!,, elo mar dn quc as regiõesdo NILO. c que. apesar disso, associedades que no Egito exploramos serviços de irrigação, não sa-mente auferem, como oferecem

as maiores vantagens aos quecultivam as terras.

Salientando os benefícios deta's iniciativas e realizações- diz

i-uHi,

que até O velho Portugii,prtmidg em um reennf., ,tada do continente", Ubp.rpor intermédio de. Sala;tributo que. pagava na ,gelrti com a importação n,que, á torça dos trabalha,gaçâa com o apraveittAlentejo, já está sendrem. proporção relativasidades internas.

E. assim, nada escapa átécnica e patriótica dn sr. ido Roeha que mostra ramrança que. por onde lò'tomadas tais medida' ,-..,Itália pelas vertentes ria- ados Apenlnns; na Alemnm,determinados serviço* ^F ..rização d" curso do Mrn„,Danúbio; na França r..n, ,atuais 15250 leílometros dtde navegação e transportefim, pnr todas as regiõer ca Natureza colaeou tais l-rriqueza, os resultados it-cnmpensarlares sobejam*»!

O autor do "Rio SAo r

cn" diz, certamente ram ,vas tiradas dos seus <¦-'observações que, na- em~dimentos rie Irrigação n<não se regista um tó ramsucesso e isto se verlücndos as paizes onde vp í'">em canta a soluçfín (fmItini econômicos.

O livro dn sr. Gernid-não pode ser explicarín

profunda significação ,>¦simples comentário cm-apertado n„ estreito esruma coluna de jornal

Faz-se necessário- intiivel mesma, a sua leitnr

pela satisfação que se lemcantado espiritual comdigno autor, quer peln- ^

pode adgumio. caafaa a

afigura tão notável, quão nota*vels poderão ser as ramagemoferecidas pel» SAo FRA^CtS-CO ao Brasil e notadamente noNorte.

UM PERFIL DE STEFAN ZWEIGdo dos vivos- porém, vive quasesempre no mundo dos mortos.Desafia audaciosamente essaeterna ficção chamada TEMPO,brincando com a sua imagem:acompanha-o, quando lhe con-vem; passa-lhe adiante quandoquer; e retrocede, quando neces-sarío. por uns séculos mi mesmomilênios. Ronda incessantementeo reino da morte, decifrando-lheas segredos. Vagabundo das ca*tacumbas e túmulos, folheia nas

pedras dos sarcafagos a gloriosabiografia dos que se foram parasempre. Evocador de espirit»s e

pesquisador do passado, ressus-cita os gigantes da historia quedescansam nos farrapos e nascinzas das remintscencias dostempos idos. Aa serem chamados

peto evocador de espíritos, levan-tam-se dns tumbas, voltam á vt-da, ressuscitam, qual a fenix len-daria que renascia das própriascinzas- Vm povo de fantasmaslevanta-se e caminha. Seis erainhas, príncipes e guerreiros.

FOGOS CRUZADOSEDIÇÃO BRASILEIRA DE GRANDES ROMANCES

ESTRANGEIROSBRITO BROCA

PIO — tVcMMsmTt". *stam"S na eus versin Integral, aeompa-

duçfio . rirOFENDIDOS",

niiis ts* sus grs 11-

de "OS CORUM-

f-MILHADOS E..fiel C'iriio«« tftnraducSo de "03

santos e filosofas, atendem ao seuchamado para se.rvil—. Fouché,Nietzsche. Stendhal- Balzac. Di-ckens. Calcino. Erasmo. Casano-ta, Fernao de Magalhães, Maria

Antanieta. Maria Stuart e tontasoutras figuras clássicas da histo-ria, ajoelham-se perante o mes-tre. E ele. dotado de um assam-brr.*o poder descritiva e de umdom particular de observação, os

investiga, ns interdiga, decifran-do nos traças seculares dos ros-

tos sem vida, ns mais belas e asmaiores tragédias da humani-dade.

Erasmo, o ilustre humanistadá Renascença- saí da túmulo,

clamando P"r um mundo melhor,

Balzac revire a "Comedia Huma-na"- Maria Antanieta aparecediante dn Tribunal Revoluciona-rio, O povo de 93 erguetseus

punhos na ar. fazendo ruir as

muralhas da Bastilha. Gemem

os miseráveis da "Casa d-"<s Mor-

tos". Zunem os ventos das este-

pes. Ouve-se a turhilhonar dasondas revoltas dos mares e ocea-nos. E Stefan Zweig observa tu-

do isso, extremamente calmo,claro e limpdio, para estamparvas paginas das suas obras todas

as dares sofridas por aqueles queele obriga a despertar d" sono pa-cato da eternidade.

Árido de contar ao mundo In-

teiro tudo que viu e ouviu, sen-

ta-se â escrivaninha e escreve.Surgem suas obras que pauco a

pouco são difundidas por entreOs povos dos mais longínquos re-

concavos da Universo. E os mi*IhSes de leitores de tantos vaisese porns. ocompoiTaíiíim Stefan

aVBtSO.V VAISF.lt

Zweig na sua maravilh- --a > ion-ga viagem: na viagem pí'n ele-*nidade.

Sko Paulo, Dezembro ie 1940.

"arneiro.) que rt* mfllhvle Kfiieranzar,rom gftíto pres

— "FOGOS CRUZADOS'"

Jt»* Olympio eluclda-n

DEMÔNIOS".Oulra» crtkftM?"ORGULHO B PRECONCEt-

TO", de .tane Austsn, trinde nomi

lfQft'1. E" [< parapflbl•'.JlalZO E SENSIBILIDADE'", Ofamoso romance rte Samuel Biitler"O DESTINO DSi TODA CARNE",trpmprirto llliel" contra a ertues^flo

purliaiiH est* «enrto traduzido |»'rR.iqup] A» Queiroz. De Cpton Sin-elflir. teremos -FIM DO MUNDO",

Btflrls d* •ainda

55 •- Pça. FLORIANOPEIXOTO- 2." andari o novo endereço de

DOM CASMURROTEL.: 42-1712(rede interna)

RIO

O MUNDO QUE V POUTVGVÈS CRIOU ¦ r„"

berto Freire — vol 2fi 1coleção Documento' R-n.*'Ipiroj - Livraria José Oli/ra

pin Editara — Rio. IP41

Em nossos anais lifr-e-uniio resta duvida que tnf" • r

pliíro especial o aparecimends um livro novo rfo s'- C'l'>ei

livro confim matéria flo mau

interesse para o «íutío cf".' "ia

importantes temas da atualtdtde brasileira.

"O Mundo que a Porlugu-criou", lançada açarn na ral>.

ção "Documento* Brasilffoi

dt, livraria José Oll/mpio aP'"senta uma pequena sen' '

conferências pronunciadas -•

universidades europüinj F-illustre sociólogo pf^a^h"cano.

Nesses estudos, que se dest

naneia em nossos circulo* mt

lectuais, de tamanha importa'

c;a se revestem, o sr. ClSff

Freyre passa revista o ii'j«i

roíos aspetos das rela?.'.?* s-

ciais e de cultura fio Brtiff co

Portugal e as colônias liiXint

sugerindo, em alguns cn"is

constante âesenvolvtmtrt"enriquecimento da cvltwn .'"•'

brasileira.O assumo, que é sob*'"f»

sugestivo, m-erect um rti-">>

especial do autor de "Co

Grande ii Senzala". cu"v '

tudos especializados poifr" -'

mns »i era rio s os mais áridos

profundos jamais leroilc*

e/eito em torno rios iv ¦Ni"":

ligados ii formação itarim-:

Além de um prefacio ..ii st.lt

e de uma introdução riu sr- A'

tonto Sérgio, o prestn'e fit"

contem, em apêndice, ic" •¦<>'

junío de creerptos crifm- .(j

bre a obra do sr. Gílbttte ^ey

SSo ro-nalliUfles,marinistai rte vir Ms n

fiam»* artísticas lienuma ift enlevo. Titulo .ií utiliza-Aa por uma rm editora franre?a.

B os livros? SPrSo speras ro-manceu moder nos 7

Nio. Procurarei editar obrat

prima» rte nomes universais: sran'des buc»s*o* de nnlem * de hoje

menle agora, com «¦ perallfacSo datram (rande dlflrulrtíd* para lírremewa rte livrou franfenes. encon-romances eBtrsne^Iro*, iup fujamao cètiero ile Delly b Ardei. Veja,

por exemplo, tkistolen-slti, Ouuntneuriotildade de conhecer sua» obras,Maa ond* descobri-las?

eonheelrto do pflhlleo hmellelrh 0

renlal creador rueno atravía deti-adncílee netivei». Pura ís*n urro-

JA confisl a RoftArlo Fuícli a tra-

dueto «o fCRUIB a CASTIGO '.

io livro rta c.oleclo t #a-i de Ethei Vance. uma¦nals impressionantes da

nlmim•erteia i " FUGluta

muito hem repehirto pel» critica c¦pelo pftbllco. E' um erande ro-

mance, extraordinária ment" ehelorte vida, e cuja aqSo e# passa cm

nossos rttas. e im» continuar* o In-comparável íxllrt llfrârW» « popu-lar tle "A CIDADELA".

Apresentarei airrta ao pOblIcohrasllefro mais um grandí «ucessoamericano: "A FAMÍLIA", de NI-,na Fedorova, livro lu» conquistou-o prêmio rt» romance no vainr d#!íd contos. R. Magalhães .mniorf#* desse romance um" êsoilentitraduçlo. E muitas outras ohra» !»

proframadas... Aa traducCea. bemsabe que ssrUo loila» elas confiadasa Meritor» de pr est («tio"*.

Estava satisfeita a noeea curlnfi-ilid* * eclhida « boa nfitlcia para

Isitore sa iâê\ de

I AFONSO DE CARVALHO]

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. ,.,, ..¦¦¦;¦¦-]-¦•?¦,; l-,-':.' ¦<¦'-. .... ,;.,. ,- :l.-!,-- .!...<¦:... '*!'.¦ \- ",

Ainda ente mis I 11

SlAVERLINO

DOM CASMURRO* Página T •

TENDÊNCIAS¦aaa*aaaMmBBBaaai*aaa***iia 1-2-941 """iaBai^^Mai^Bi^"™

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"Eça de Queiroz"un Mio muna d* ealecta-DOM CAHMURRO-.aEÍA

En todas as livrarias

EXCELENTE livro de Edgard

Oravnltielro sobre Fagundes Va-

.ia ,-iisnioii s minha atenção„ .'í. poet». Undo seu» versos

íir!mre( vanc* poemas em que Va-"F .«.-dí assuntos políticos e W-"'? nt-xurrl dê lado os poema*''íwitJo % inmbm o* antl-rellgio-rfl" 1 ns na i e oe numerosos ver-l0S' ™ mie o uoets contrasta as ml-

Sw*A>ms ou" • "l""" ,,Uc'-

"filfaalIaTss ra» -Obru Om-,!?. ¦ às péssima «Uçfto Gsrnier,

í" ,í ,1 imiii-l" ie poema». Comr»n .«-i-nvirtüo H»> P41* ÍOBIPÇar,luífim n F-scisvo". de que »6 noa.11™ lfsjn.sr.to. HobsrtO. «-

tlrinn ;

i senhor poderoso erir muitos escravo*, tenta

1...I- * rteíhonra a trmt do eseravo

?„ v-i.-. manda surrar o eserai/o nléS m rra Mas o ereravo foge nara'™Z > em íeu logar * supliciaila ¦•Si , aml. »»os aspais, h, um»2!Iiíe 'eus: o casamento de flo-í in Imca ciente psra ver chegar, hou rt"" "enfim sn*" o moço S*eÍ-Hsnrio enquanto os convivas se

í Jea-fl mono em um fosso imundo.'lim d- lama e apodrecidas plan-

...- riizenrin nue aquilo lhe servir*1. i-iíí, rif nupclss Lotarlo tombemEX ni mesma noite, náo se sabe

, ,. -- -nado ou rhocado pelo as-iL/r-fs 1" filiw- O lato t que mor-™"íii7f-)(lo -lambem er» meu II-lhe : - o

'<!>" s™ duvida se refere

i Maum.

O abollclonlima do poeta, ee ma-nlfeita ainda no poema "A Esera-vt" — historie d* uma negra fugi-d», eom uma golllhs da .arro nagarganta, esfarrapada, o eorpo sirchagas, sofrendo frio, ifcle. (oral.Aparece >um cristão" disposto a lhedar o pio e o vinho que tm no al-lorge. Sentatn-se oe dois, mu logoouvem um rumor — e a pobre m.crava, sabendo que e o seu verdugoi]ue ee aproxima, deixa a reforças ese embrenha no mato.

Passemos ae poema "O Escravo",talves o melhor do poeta sobre otema.

Um pobre escravo suicldou-w ou

Silo meno» parece que ie suicidou.

¦ essencial é que "passou da lenatla

ao cemitério". Ninguém lhe disse aadeus ds despedida, ninguém cho.reu por ele, mas a terra que navisbebido o suor de seu rosto agasa-lhou-o cotnpaaaiva. O poeta lamentaque o escravo nio teima tido o va-lor de reagir A escravidão preferin-do llbertar-se pela morte - lamen-ta. mas compreende E apetite ssamblçftes desenfreada*, a eíblçe la-tal. o luxo as pompas, as grandezascm lacaios, os nraxfiee todos oi te*ícuret dos senhores "thesouras sobreo sangue amontoados, paços sobrevtiluíe"" "

as crenças o esperanças.Ainda sobra o tema temos o poema"Bata". O poeta canta as belezas

baianas, superiores, em seu enten-

cidades que ele jamais viu. Ua*..

1 Idéias políticas de VarellaTodas as riquezas da Rala — ai

praças oe mercadas, os vastos edlfi-oioe, estio "fundadas sobre um de-Uto", Na front* da -terra dtt ir-tas", da bela Bala lusem...

"... aos diamantes misturados,aa prantos erlstslliadosds cativas multidões!"

Outros poemas de Virela falamapenas em liberdade sem maior»»explicações. Assim "E'«s do car-cere". ImlUçlo do francês, em queaparece um cavalheiro sgrilhosdoporque sonhou a grande» du patnae ergueu a voe contra oa tiranas.Esse eavilhelro fils com desprezodos "servas infames de ambição no-Jents, tristes escravos de um terrorinfame!"

Em "Aurora" anuncia-se tuna tw-menu popular. Vireis grita: "Pre-parai-vos, oh turba»!'' Os rela cen-vulssrlo nos tronos friteis, sem po-der sustentar as coroas nu frontes- e serio envolvidos num turbilhãode pó. Entlo...

"Estranho povo surgirá da sombraTerrível e feroz cobrindo oe eumpeeDe cruentos horrores!O palácio e ¦ prisão IrSo por terra,E um segundo d" A "¦"- —

O mundo liviril"

Ao mesmo twnpo o sablo veratombar a imigem da ciência, o gln-bo se erguer! banhado em luses etodos serio irmio», todos lelizes, semsenhores, nem tlrsnos. Tuna issoporque jà -ee ergue a tela do teatroimenso e o mistério infinito se des-venda do drama do Calvário" — oque silas nio explica nbsoluUmen-te o "dilúvio de sangue" nem as oti-tru profeciM contldis no poema.

Bio numerosos em Fagundes osverso» de exaltiçlo smrricanisti —§ o smertcsnlsmo tem nele. comoem tantos outros, um acento liber-tarlo. Em "Invocação" s Amertcanas aparece "sentada entre os pai-mares" e o poeta diz:

"Simbollsas os filhos do futuro.Os homem di esperança e ds ver-

[dade,

RVBEM BRAGA

Nio tens de antigos o pensar escuroE's só luz, pensamento e liberdaJelNio te manchou o rosto o bsfn lm-

Das seitas Inferneis ds media-[Idade!'1

Tíe» poemas dedlci Varela 1 lutade libertado* nacional do México,exaltando Juare», que faz iremer otirano. Num deles diz de si mesmo

"Cegou-lhe o resplendor da liberdadeSonhou Irmãs e unidasTodas au raças das columbtss ter.

iras!"

A passividade com que os brasliei-ros suportam a -opressUo" (as so-frer o poeta em outros versos, rm•¦ Aspirações", que se pdde Incluir en-tre seus poemas abolicionistas, elngrita repelida mente:'Quando

Erguer-se

mvlrel das praças, ao ven-[to das paixões,

retumbante a voz das[multidões?

E diz que o ' tufio é utll". e que

poetai brasileiros, sponta os '.alen-tos hadieraos que se retraem" e dinque o cruel despotismo ds fome co-loca preu ao pulso a pena mercena-ria do mísero escritor, que o pio su-pllca. Em "Vozes no Ar" n patnase mostra furta das próprias rlque-zas inexploradas e sente-se Indecisa,quer avançar, pede »n Senhor quelhe moslre o caminho — um poemada índeclsfto nacional O "Sele rteSetembro" d um hino A liberdade.

A estatua eqüestre de Pedro 1amarga o poeta, qtie aconselha o po-vn a "derribar os tronos cantando aliberdade", e lamenta n despreso emque ficaram os Andrada». Em outropoema sobre o mesmo aasun'0 dlique

¦ negreja no espaço a Imagemconsagrada ao despotismo".

A birra que o poela tnm ao tronose manifesta no poema 'O Respleu-dor do Trono", em que julga dltosoo eperarlo porque o seu módico ss-iario "de prantos nem de sangue es-tA manchado", e ele nSo houve aqueixa amarga das vitimas da Injus-tiça. E' verdade qtie Varela teve elo-glos a Pedro II mas tnr, isso |)arnIncita-lo a tomar uma atitude ener-glea na questAo Chrlstle. Muitos annamals tarde haveria, como contaEdgard Cavalheiro, de fazer umpoema para o "Jornal d Comercio-por ocasiio do aniversário do impe-rador, Um pnema altamente lauda-torio. mas contendo o seguintesacrostleo, que passou despercebidoao diretor do jornal: "O bobo do rei

Oa versos psnfletarloa na questloChrlstle slo violentos: lembram ao-diplomata Insolenle, ave maldita",que o Brasil |* "afogou em ouro",o seu pais Ingrafo e pode dar mala

em nome da Irlanda miserável".Chama o povo tus armas, diz ijue aa ¦serras servirão de fortalezas, etc.,etc,. E' conhecido o êxito popularque Fagundes alcançou com esstapoemas nacionalistas e libertários,ou. para usar uma linguagem mo-dema. a ntl-imperla listas,

Varela tem lambem, como nio po-dia deixar de ler, um poema louvandeNapolelo que 'fez dos grandes —servidores, fez dos pequenos — sonhores ".

Merece tambem mençSo, sus "Cln-tlga" em que compara o Brasil a umgigante, dizendo:

"Ele dorme, rlorms. dorme.Ma» nem sempre dormirá!"

Eis o que colhi em um rápido pas-seio pela obra de Varela. Ameílca-nismo, abolicionismo, nacionalismo,e um cela d o republicanismo. fJminconformado, um libertário, com asua grande nenerosidade romântica.Inútil? NSo. Nenhum poeta roman-tico tol Inutii. E é bom que eles se-jam relidos cm tempos como esteaem que tenho ouvido com me lan-colla, multa .ente chorar os prejul-ios que a Aboliçlo custou A lavou-rs paulista...

LUCILIO DE ALBUQUERQUE H dia nüo pode

Fm

profundamente expres.uva a sessão que reuniu pro-"[teores

e alunos da Escola«iciíinal <ie Belas Artes e uma

assistência ilustre, composta de

artistas, amigos de arte e admi-radores iodos de um dos maio-res pintores nacionais, que soube.

qut poude. graças a um talento

privilegiado, enriquecer o patrl-ntónio artístico de sua pátria,concorrendo assim paja a suaersnrteza com um elemento ma-ravilhoso preciosíssimo de et?r-nidade moral e espiritual. A Artei uma tias mais puras, das malscriítalloa.i determinações do es-

pir.! humano nn onfirmaçlo e.,a perpetuação da clvilíMçio al-cançada e que máo grado nosparrra. por vezes, periclitar, aca-ba sempre cnníirmando a sua ca-miriliacia ascendente.

Falaram sobre a personalidaderin Mestre lalecido. o aluno HugoLeite o professor Felipe dos San-tos Peis e o autor destas Unhas.

QVIRINO CAMP0FI0RIT0O Museu e a Escola

Om-

de "Mi

quélp (dia cníe.=sT

repit'itáo rm*

nm os alunos dtt Escolai rie Belas Artes, vendernenagem mereci dias ima a-|p Albuquerque, o pran-lestre de muitos àquelartisenteí, e p?r quem, to-[a se encontravam e quea ventura de com ile eonnardam a mafs sentida

vorio Acadêmico do nos-r educandárío de Arte

a.lu nebremente pro-i esta sessão que nos per-niigos rio grande pintor

• Preta", e discípulos 6a-ip soube com tal galhar-pnr a sua missão de pro-nm n dignidade que o.mpõe. que nos permitiu,ü.^sociar-nos de maneiraessiva à significativa ho-

m que os Poderes Públi-i"m a um grande pintor,(in a notável expsslçiomero inaugurada nas ga-¦I Museu Nacional de Be-"s e que conítitue aosp tnrlos nós, documenta-han te de uma existência

-¦ ria mais Invejável rn-rn: uma existência artis-npilcla á risca, no desejo- que tão generosamentei rreatura que se extln-13 de Abril de 1939 e de!-Terra um lastro lumitwi-.tplittpi-.cia. beleza e bon-

¦ niio de Albuquerque.i-i-torii. Acadêmico da Es--ii-ional de Belas Artes,mi ti Ee.sto que acabamos.- i sentimento louvávelnns rapazes que estudam'¦asa. íenttmento sndera-respeito ás tradições õa

';üp Mes saberão honrarmesmn quando nos ífus

de eertte moça e nas am.:ãn instas e tão iiprecia-

agitarem no deselo tíeuia-Ia sempre num senti-"íue. A homenagem pres-Lucilio de Albuquerque *

c-va de que os moçcs que'am a Escola Naclor.ai de

ii'ie.s estão perfeitamente'pc gestos consoltidores, è'in.s no seu destino moral,uheram que uma grsnde

i se prestava a um;e| da pintura nado-

nai o inqn m tOCj0E acendeu-se« ent-jíiar.mo « 0 dever de res-f™ f admiração por aquílt que™i nesta casa aiutlo exemplar,pr.[?t,.Q[- riignissimo e diretorwnf.pi.te (ias suas mais severas«f-P«!ifni-i'lli.aC|es.

P' pois, consílador para o cor-K Soí-er.te e nohilitante para a

ài prr-f

freqi

Mal

VUltn r.rlA

m CASMURROTem novo endereçoPça. MARECHAL

FI/IRIANO, 55 - 2."Jtirlar _ Tel.: 42-1712(rW' interna) - Rio

corpo dtacente daquela Escola,este gesto de todos oe jovens quedesenvolvem a sua cultura artis-tlca nessa casa, reunindo-os r.umprelto de admiração e respeitapelo Mestre Lucilio de Albuquer-que. glória da Arte Brasileira evaidade imperecivel da EscolaNacional de Belas Artes,

oooMulto já foi escrito sôbre Lu-

cillo, A crítica mais setera o res-peitou sempre como uma estrelade primeira grandeza.

Para que o meu elogio A obrado Mestre pudesse alcançar al- •guma curiosidade, necessário sefaria uma autoridade suficiente-mente capaz.

Infelizmente, conformado, re-conheço e declaro: falta-me estaautoridade.

Mas nâo me intimidarei dianteda exigência dos que me lêem.ITma grande e sincera admiraçàoPela obra realizada pur Lucilio

se focalizar aqui a obra do gran-de artista na sua primeira lasc,que sob o meu ponto de vista,vae atê o "Retrato de Georglna".«ue lhe valeu a Orande Medalhade Honra no Salfto Nacional deBelas Artes de 1920. Ji entioLucilio ensaiava nova expressãotécnica que Imprimiu ás sur.sobras posteriores, uma severidvde maior e onde as forças lns-tintlvs* que regem a realízaçuode uma obra de arte se fazemgrandemente notar,

oooCrelo-me no dever recordar,

embora rapidamente, também oprofessor, uma ves que até agoraadmirei Lucilio de Albuquerquepintor.

Todos aqueles que foram seutdiscípulos guardam carinhosa-mente uma saudade profunda dasua bondade e da sua severlda-de nos momentos precisos que li-mais se aproximou

pelo proveito e eflcienu- ¦«que traz a nplicatSo dns inprocessos pedagOiítt-tm.

O museu foi sempre i.n ursau

o destino- de conservar e irrlaun»'objeto» hietOrleoi e anlMIco» ou

instrumento de pesquisa cientilic*ate tomar nesle séculr. » -araler

de Albuquerque, me dá fôlego branda Injustiça. Era para todos"" os seus discípulos uma creaturameiga, e lunto dile todos ae wi-Ham confiantes. Sabia fazer-serespeitar sem arroganeias e vai-dades e convencia com humilda,de.

Nio devo esconder um rito quese passou comigo.

Era a sua aula de Desenho Ft-gurado. sempre multo procuradapelos alunos que se matriculavamtanto no curso regular como nocurso livre. Nio consegui vagana sua aula. Penetrei na aulado Professor Modesto Brocos, ve-lho professor de quem guardotambem boas recordações. Fatt-gado de trabalhar no recinto daaula. transportei o meu cavaletepara a galeria, onde cs modelosme pareciam mala bonitos. Foiai que um dia Lucilio de Albn-querque, embora sabendo.mealuno do outro professor, teceuelogios ao trabalha que eu fazia,e com tanta bondade, tanta do-cura encorajou-me. que daquelemomento em diante me fiz earra-vo da sua simpatia. E embora amatrícula me permitisse outromestre, eu nâo mafs abandoneia galeria, onde diariamente eo.locava o meu tosco cavalete dealuno modesto á espera da pas.sagem do professor Lucllio. culosconselhos eram sempre tfto jus.tos, e cujas maneiras *ram táocomunicativas e animadora*.

O dtimismo encoraja ea Jovens-E Isto Lucllio soube compreenderbem. Quando eu o vi, nos fUtlmosmomentos de sua vida terrena,ainda éle me disse, serenamente:— "cuida da tua saúde para na-"-sofreres muito." Tudo o que nomomento lhe faltava e o martirtzava tanto, èle náo desejavaque aos outros sucedesse.

A sua bondade, a sua nobre;ade caráter, a sua elevação esplrl-tual, vivem e a nós se eomunl-cam através da obra que deixou

"Paraíso restltuido". "Primeiro*frutos". "Mie Preta". "Cristo","Maternidade". "Morte de An.chieta", « se mals obras «nume-rasse. tantos espelhos de sua al-ma bfta e superior traria t lam-branca de todos pés.

forte e vaidade suficiente paraousar dizer alguma cousa sobreo grande pintor.

Pouca cousa. mas que me pa-rece muito Justa e do quc a cri-tlca artística, creio, ainda naotomou conhecimento. Lucilio deAlbuquerque soube fazer-se umpintor absolutamente brasileiro,e ditou nas suas últimas telasprincípios básicos para a forma-çlo de uma expressão pitóricanacional.

Personalidade artística respon-dendo sempre por uma ieveraformação profissional, as suasobras se sucederam num anseiode captar cada vez mais a ver-dade de todas as cousas de nossaterra: o homem eom a« suas fi-slonomlas fisica e moral; a natu-reza e as suas condições cseen-cialmente tropical», e dentro deeuja moldura o homem terá asua adaptação biológica até seintegrar definitivamente numcenário isento de qualquer crti-flciallsmo de precária expressãohumana.

Notáveis pintores paisagistativemos. Poderia citar váriosnomes, mas prefiro deixar paraoutra oportunidade. Lucilio, cuiaformação artística acadêmicatrae imediatamente uma prefe-réncla pela pintura de figura.soube fazer-se. na segunda !áseda sua atividade artística, umpaisagista a quem não escapoua fisionomia mais severa da ter-ra brasileira, a terra castigadamas sempre generosa, a terramorena que adora o seu homemi perdoa-lhe os defeitos .porquenele adivinhou-lhe o instintobom,

Vejo bem nítidas diante demim as suas telas onde pescado-res de tes tostada pelo sol, e ro-celros com M seus chapelffes tlepalha, trançada, cream hinos detrabalho e brasilidadè e nos lé-vam, a nós todot, a cantar e anamorar com eles a terra bonitado Brasil.

A minha admiração pela cbrade Lucilio de Albuquerque levar-me-la a esquecer o respeito ápaciência do leitor, se eu desejas-

OS MESTRES .DO PENSAMENTO-

A$ Viageiu tle Gulltver FabulatDB iWlFT DB LA POKTAIN»

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lo uma campanha visando i

% que preparam c

Essa diferença é causada sobretudopeln ohiotivr, «íperlalizado nu» pfls-iniin.lr criança» de neria idade,nns t-araL-ieríMIca» futuinmentals de

Xov

eaçlo tias <A unl!» que se realizou entfto.trs ele e ns modernos mé todoeensino, que preenram «cimatudo mostrar a realidade an nla Irshslliar de modo a ou*possa vivê-la. fm uma coisa i

•xposlçftn de oh.iettm • coívm.

F. Interessanle observar, qui

eol* Novs. afii

Xs realidade i

A situaçS.i brasileira. me«mo t

íalliadoniunlHit-lfl.-nl es

m\nt especial* o* "mtnieiis-hdiirs"',a» eulhiçfles ci n em at ner» ficas, umaIntenFa nronamntla. *ãn coisas queconvergem ao mesmo fim.

O Mt SEI r. A ESCOLAELEMENTAR

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Notaram tti especialistas, que as tlpfcofi um do homem: oulro d*

cam s desdenhar do museu Infan. eiemplo, o hol. o duma ave. réptilti! e $ querer vMtar o do adulto. , rte „m p()lxe a possuir uns 10E' uma carat-tertítlcs Interessante ou 12 esqueletos ,le animais dite.da pslcolnjiin, infantil, iu* se afir- remes, o .imomoatiiento # pre.iu-

dlspoakfles adequf

:am a surKlr. frr

O museu geral da escola poda• deve ter duas secçBes fundamen-tais; uma de Ciências naturais —para r. melhor estudo das mali.rias '

que se relacionam com osfenemerOí e aspectos dn natureza— nutra tle Arte * Htstflrfa — pa-rs enriquerer a sensibilidade ar.tfstlra e ampliar c Interesse cultu-

utilizado* nas aulas diáriasn.s.terlsl recolhido peioa pri-alunos. Seu conteúdo varia¦ preferencias * neeesaldartes

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VM REU) PRESENTE...

Ainda este mês I 11O ADMIRÁVEL ROMANCE

MÁYERLING«balou * fim dn ultimo »

. PB1ÇAO ILUSTRADACaleçlo '""Dam Ctimurra"-Albi

A seus amigos e discípulos de BA»Paulo, que o acusam; familiar men-te. de antipático no movimento ban-delrnnte, costumava Capistrano dcAbreu responder, cam a fina e to-lerante bonhomia que lhe sorri den-tre a bnrbn hirem n: ha bandeira •bandeira,

Do grande drama de diferentesCiclos que ccrateriznm n esforço pau-lista, cie neca admiração e aplausoft* descidas de gentio Indefeso, e Jàcatcqnisario, com na qunls ac Inl-num nn capitania Vicentlna a cul-tura p cmçfto latlfundarlns, st> pos-Eiveis com o braço escravo. Dessasexpedições de caca ao se!vlcols per-gunta o ilustre mestre: "compensa-ri tais horrores a considerarão deque por favor ries bandeirantes per-tencem agora ao Brasil as terras de-vasl.adas?" E' a interrogai Ao parasempre lie a ria ao estudo e critica dochamado bandelrismo pauliata,

Não durar* muito o período idl-lico rios primeiros anos do descobri-mento em que rw fidalgos da expe.riiçfto mamielina acolhiam "com mui-to prazer a festa" o gentio que lhesvinha no encontro, e sobre os tupi-naquin adormecidos no convés rta

caplt&nea mandava PedroAlvares estender o manto simbólicode soberania p proieçao.

A guerra, a gana dp fortuna ra-plrta. p sobretudo a anda dc cate-cjuese quc procurava prisioneiros pa-ra os resgatar f livrar da 'antropo-faglfl. romo nn regimen das slnls-trás encomiendas" espanholas,trouxeram rápida menle e eseravl-zaçfto organizada do Indígena. O ln-din liPixArn de ser o "papel branco',a que se referia Manuel da Nobre-ga. apto para nele se cascreverem

De Portugal viera o mal da eficra-vldão africnnn. cneravecldo rápida-

¦ XV peli¦açftn Afiir

. pressfto de CostaLobo, a área da colheita e a suafrequentação. Somente em Évora,

a o historiador.pulaçSo da época

n escassa po-n viajante asai-dp tres mil es-

ração do braço escravo. Como nodireito romana. prH ele consideradocoisa venal: um dos titulos das Or-denaçôes Maniielinas referia comose podia engeitar os escravos e bos-tas por se acharam doentes ou man-cos". As primeiras expedições queaportaram ao Brasil trouxeram cer-tamente escravos de África; deviahave-los até na própria frqta de Ca-brai, diz Varnhagen. Por seu turno,depois do arrendamento da nova ter-ra a Fernao de Noronha, e o comer-cio tornando-se livre pela longaensta, aí nftos portuguesas, espanho-las e francesns quc procuravam re-fresco em caminho das índias ouchegavam á caia de pito rie tinta,algodão, macacos ou papagaios —iniciaram logo ° trafico dp escravosíndios. Em ÍS11 a nfto Bretoa vema Cabo-Frio e aí carrega mil torosde brasil, papagaios, gaios do .nato— e trinta e cinco escravos. Para oSul. antes da chegada da esquadracolonizadora de Martlm Afonso, por-tugueses e castelhanos, morando emmeio da indlada das íuturas dona-farias de S, Vicente e Santo Amaro.Jaziam ocasionalmente o trafico deÍndios escravizados. Nas águas dopequeno porto de S. Vicente, em 1527.Diogo Garcia, piloto natural de Mo-guer p companheiro de Solls, nego-cia e contrata, na sua língua tra-voda: "una carta de tieiamiento pa-ra que niixese en EspaAa con Ia náogrande ochocientos i?> esclavos".Fez o negocio o enigmático Bacharelassociado com os seus genros.

Chegado o dnnatarlo. e dadas a"todo los homens terra para faze-rem fazendas" deu-se começo aopovoamento e colonlzaçio da capi-tania. fundando-sc nos arredores danova povoaçâo os primeiros enge-nhos de açucar. A escravldfto foi lo-go tolerada e aceita pelas autorida-des da colônia; em 3 de março de1S33. Martim Affonso, .1* ausente,concede por seu "loco-te nen te, 11-cença a Pedro Góes para "'mandarpara Portugal dezessete peças dc es-cravos Inrilcenas". Em 1548 umacurta rie Luiz rie Góes ao rei dePortugal assinala para a nova capi.tanla mais de 3.000 escravos, numapopulação branca de 600 almas. Apartir de 1570 começa o problemada escravidão indígena a preocupara metrópole; Jofto Francisco Lisboacita til providencias legislativas so-brt os indlosí promulgadas duranteçuasi tres séculos, desde d. Sebastiãoaté nossos dias sob a denominaçftodc leis, cartas regias, provlsfies, ai-varas, editos, decretos, regimentos ediretórios.

Ao mesmo tempo que para o ama-nho das terras misteres da criação emineração incipiente, a mfto deobra do indígena era Indispensável,a guerra, por seu turno, tornou ne-cessaria a arreglmentaçflo dos prl-sioneirns esc revisados Nos primeirosanos da capitania Vlcentina, a* cha-madas "guerras dc Iguape" pertur-barnm profundamente esse rude co-meço de vida civilizada. O espanholRuy de Moschera e seus sócios ata-cam e saqueiam a vila de São VI-eente. em 1534; ao Norte as corre-rias dos Tamoj-os. a que nâo eramestranhos os tranceis do Rio deJaneiro, traíiam em contínuos so.bressaltos as bandas da Bertioga.mal protegidas pela fortaleza que odonatário construíra nessa barra.Serra acima, nos campos A beira dasmatas virgens, onde tinham suas ro-ças os mamalucos de Ramalho e osÍndios mansos de Tiblrlçfc. a lutacontra o gentio inimigo ainda foimals viva e continua.

Desse conjunto de circunstanciaisurgiu a bandeira como uma neces-sidade inelutavel, fornecendo braçospara a cultura das sesmarlits e at-tios, e arcos e frechas para defesae sustento do colono. Colocado Aporta do sertfto ignoto, que ae alon-gava pelo curso dos rios misteriosos,a primeira preecupaçfto do europeudeve ter sido proteger as suas la-vouras, pastagens e povoados contrao gentio insidloso que o rodeava.Santo André da borda do campo.

DOM CASMURROTem novo endereçoPça. MARECHAL

FLORIANO, 55 - 2."andar — Tel.: 42-1712(rede interna) — Rio

Farina I ' i DOM CASMURRO iFOI ASSIM...O (licftssn dn mnmenV,

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nm Mio tal ume ila t-nWt-k*."DOM CASMURRO" AI.ÜAEm todaa *,- livram*

A IPCPEA INCBIVEl DAS BANDEIRASPor PAULO PRADO

nlstrala, seiiuesiiníanendo Insolencla

se nío Bccordnvnsemelhnnle. , .

mlnadora e Inrliír

onde *e afaiendtram os descenden-tas de Jofto Ramalho, era um sim-pies amontoado de "eabanas rober-tas de palha de palma, feitas de Ml-pa de mfto" - como as descreveTheodoro Sampaio — mas defen-dlam essas palhoças, murou, iialuar-tes e guaritas. O bem do povo, re-r.am as alas da Câmara de SantoAndré, o exigia porque — conside-ravam no jeu bronco falar qutnhen-tista — "t.ynhamos novaa que nobo»hlndlos vynhfto escôtrs nós".

Por sua vez. no alto da escarpaabruta. a "paupérrima e estretttasi-ma casinha" que fot o futuro colégiode S. Paulo de Piratininga. certa-menle lembrava um* tosca cidadeladominando as várzeas e campos daredondeza, ainda inçados de bugressuspeitos ou hostis. Dal, eomo umburgo de guerra. se dominava o lar-go horizonte donde era sempre pos-slvel uma surpresa ou um ataque, Acarta de Anchieta de l* de abril deir.63, escrita de SAo Vicente a Ltty-nes. narra uma dessas expediçõescontra os Índios Inimigos que mora-vam nos arredores de Piratininga.Fora ela organizada na quaresma deiftfll com o auxílio poderoso de Mar-tim Affonso TebTiçá. "o qual lun-tou logo todH a sua gent*. que estárepartida por tres aldeias pequenas,desmanchando suas casas, e dctxan-do todas as suas lavouras para se-rem destruídas pelos inimigo* Nnsexta-feira da Paixão, 4 de abril,deu-se o ataque "com grande corpode inimigos pintados e emplumados,e com grandes alaridos"; a pequenanlla esteve cercada por dois dias. esó depois de encarniçado combateforam oe atacantes rechassados evencidos. Este guerra — escreve An-chieta — íoi causa de muito bem pa-ra os nossos antigos discípulos...Parece-nos agora — acrescenta —"que estfto as portas abertas nestaCapitania para a conversfto dos gen-Mm. se Deus N. S. quiser dar manei-ra com que sejfto postos debaixo delugo. porque para este gênero degente nio ha melhor pregaçfto rioque a espada e vara de ferro, na qualmais do que em nenhuma outra 6necessário que se cumpra o — com-pellle eos intrare". — (Revista doInst. H.. n. 560).

Em maio de 1502. Joio Ramalhoé eleito pela Câmara e povo de SSoPaulo para capltfto da genle Quetem rte lr ft guem contra outros ln-dios Inimigos daa bandas do Paraliy-ba; em junho desse mesmo ano a vl-la tem de repelir os ataques deguaianaies e outras iribus dosarredores. As ata^s da Câmaradessa época revelam os con-linuos sobressaltos em que vivia opequeno núcleo de populaçfto bran-ca do planalto. Em 15SS, os cama-ristas dirigem longa representação *Estado de Sft, capitfto-mòr da ar-mada real destinada ao povoamen-to do Rio. reclamando em termosenérgicos, providencias contra os os-saltos de t a motos e t u pina qu ins, quematam e roubam impunemente emtodo o território da capitania, '-nâolhe fazendo a gente desta Capitaniama! nenhum". Essa representaçftoameaça, caso nfto venham auxíliosimediatos, abandonarem os mora-dores a vila de Piratininga. -paraIrmos todos caminho das vllla* domar". Mais tarde, em 1585. a situa-çfto exige a organlzaçfto de verda-deíra campanha, sob o mando docapltfto-mór Jeronymo Leltfto, loco-tenente do donatário, contra as tri-bus de cartjús. tuplnals e outras queinfestavam diversas regifies da capi-tanla. Depois das expedições escra-vizadoras do litoral, foi talvez a prl-meira guerra de caça ao gentio, re-querida e aconselhada pelos cama-ristas da vila de a Paulo, "Requere-mos — diz uma ata de abril de 1585—- que sua mercê com a gente des-ta capitania faça guerra campal aonÍndios nomeados Carljús os quaes atem ha muitos annos merecida porterem mortos de 40 annos a estaparte mais de cento e clncoenta ho-mens brancos, assim portuguezes co-mo hespanhoee, att mesmo padresda Compannla de Jesus...'. Alega-vam mais os paulistas que ."é gran-de a necessidade em que esta terraesia, e em muita rlrco de despovoar-se mais do que nunca esteve e sedespovoa cada dia por causa dosmoradores e povoadorns delia nhoterem escrava ria do gentio desta ter-ra como tiveram e com que semprese serviram... que agora nio haymorador que tfto somente possa fazerroças para se sustentar quanto maiscannavlaes, os quaes deixam todosperder a mingua de escravana..,".Requeriam também que os índiosprisioneiros nfto ficassem aldeados"sobre sl", porque "estando o ditogentio sobre si nenhum proveito al-cançam os moradores desta terraporque para Irem aventurar suasvidas e fazendas e pol-os em llber-dade. serft melhor nfto ir IA e tra-zendo-os e repartindo-os pelos mo-radores como dltn é serft multo ser-viço de Deus e Sua Majesiadr.,,"Nfto se fez rogado o capltfto-mór.Durante seis anos o seu pequenoexercito assolou as aldeias doAnhemby, que eram conforme os Je-sultas espanhóis, citados por Baslttode Magalhftes. em numero de 300,com mals de 30,000 habitantes...

Estava iniciada e organizada, emlarga escala, a escravizaçfto do i.i-dio, Com esse ardimento e afnn, iuesempre foram caraterlstlcos da .-aça,os bandos paulistas se atiraram ftsexpedições de resgate. Como malstarde oe dominou a vertigem do ou-ro. assanhava-os entfto o cheiro dosangue e a febre da caçada huma-na... Despovoou-se a pequena vilapiratinlngana com as continuas en-Iradas pelo sertfto, "Esta vllla estftdespejada pelos moradores «eram idoao sertfto" — queixavam-se os ea-marlsMs a Ia de Julho de 1(133

ser registradas na câmara de SftoPaulo. Esta proibia s remessa de es-cravos [Ora da vila para as povoa-çfies da marinha e para a capitaniado Rio de Janeiro, viste — reza aata da Câmara de S de abril de 1624— ser "em prejuízo do serviço deDeus a de Sua Majestade e dental.que das minas".

Nessa faina terrível desbravaramos paulistas oi invios territórios aosul; desbarataram as reduções le-suitas do Uruguai, Oualrft e Tapes,nas incursões memoráveis de ManuelPreto e Raposo Tavares, Aos maisrecônditos confins dessa reglfto Ie-varam o terror e a desolaçfto, comosempre na sun historia econômicaesse excesso de atividade numa «Dpreocupaçfto trouxe para a capita-al* a crise InivlUvei de super-abun-

daneis; o Indio-escravo se desvalorl-sou. chegou a sei' vendido por 4|0UU,

E' essa talvez a pagina negra dahistoria das bandeiras. Sfto homensmunido* dc armas dc fogo. protegi-dos pela* celebres couraças de cou-ro acolchoadas rie algodAo 'RioBranco "Historia do Brasil"), ala-cando o selvagem que se dclcndlacom arco e flecha — diz Captstra-no; * o choque inevitável da raçaforte e conqulstadorn, exterminando« escravizando o jciitlo Irabele. (lis-perso e inal armado, guando este,aparelhado pelos cs í ore os de Mon-toya, opoz resistência, o bandeiranteretirou-se. abandonou o negado ar-riscado e passou-se ii.is águas doparanA para o Paraunal...

Além desses 1'raços mie tfto liemas caraLcrlzam. as primitivas mira-das de caça ao lnd;o que irradiaramem todas as direções do pais, tinhamsem duvida desde o seu inicio umcunho francamente <ii;rreiro sob aférrea disciplina dos capitftca com.iu-dando ns "filhos ile quaiorz? unnnsarriba" 'Atas ria Ca.tniir.i, II Í6H.mamalucos ou mazimboi. ou solda-dos reinôes. armado* de espiiigardas,espadas e espadolas. e escravos tn-dlos de arco e frecha Ainda ressoacom um rufo de tambor o enderr-ço da carta regia de abril de 1(174;"Cabo da tropa da gente de SftoPaulo que vos achaes nas cabeceirasdo no dos Tocantins p OrSo-Parü:eu, o príncipe, vos rnvlo muito sau-

te defender conira agressões do cm-tio revoltflio, "pnra a conquista tíenovas terras, e para o que podcic-mos chamar o ]toliclamen'.o do vas-tií-slmos território da colônia. Coe-riecendo aos encorajamentos oficiais,vfto conhecidas as expediçí>e.; orga-n.zadas em S. Paulo, de 1671 a 1674

para a pacificação dos Indígenas rir,recôncavo da Uaia c qu; ontliramsob o mando de Estevam flavÕT Pa-rente, rte Bra?. Rodriguez de Arzão;dc 1689 a 1604. seguiram ns leva* da-.Icfto Am.iro e do mestre de campoMathlas Cardoso que, itravrs-iiiiidnmais de 500 léguas de sert.l». empre-endeu a redução dos Índio? da Pn-

do Norte, E ilestacando-s'. entre

empresa de Domingos Jorcp Velho." 16B7 e realçaria mios

Afto faltou o apoio oficial, nem oamparo cios prepostos do rei que

messas. Em carta de fevereiro rie1677, dirigida aos "homens de SãoPaulo" acenava-lhes o governo üaBaia com ires vantagens para (tn-preenderem sem demora a conquis-ta dos Índios do Norte,vingança do* patrícios: o particularserviço que farfto a S. A. e beneficiodeste povo; e linalmtnte a ronve-nlencla própria de ficarem por ts-cravos seus lodos os prisioneiros".

Para o Sul. em 1676 bandos anna-dos de mamalucos paulistas, chefia-dos por Pedroso Xavier, atacavamVila Rica do Espirito Santo, no Pá-racuai, e derrotavam 1.000 espa-nhois sob o comando de ri. Juan deAndina, observando o governador d.Peüx Garbolion los paLiIlsiiis nohacen mucho caso dei oro. y prefe-ren maloquear Indios".

A essas qualidades guerreiras, quea metrópole soube táo bem aprovei-tar, juntavam os paulistas um forteIncentivo que era o velho r-dio anespanhol. Assim essas expedlçèes demorte c extermínio — de despovoa-mento, como dls Capistrano - \ie-ram pelas suas conquistas corrigir alinha d vlscrla de rordeslilas. e lazerrecuar o avanço castelhano que seinsinuava pelos grandes rloe do ser-tão meridional.

A ata da Câmara de S. Paulo, dc3 de outubro de 1627, ji avisava asautoridades da metrópole qus " csispanols de Vil!a Itica e mais po-voasois vlnhfto dentro des terras dacrõa das terras de Portuaal e cada¦vez se vlnhfto aposando mais dellasdesendo todo o gentk' que estft nestacoroa para seus repartimentos e ser-

De duas bandeiras sabemos pelosdocumen los espanhóis e jesuítas,que lhe fixaram os mlnuciusos rotei-ros. a formidável arrancada que aslevou ao interior profundo do con-tinente. preiando Índios, mas iam--bem conquistando territórios para orei de Portugal.

Em 1691 afundaram-se essas duasexpedições pelas mals longínquas re-gióes do pais. Uma delas, talvez aque se tornou afamada pelas narra-Uvas de Pedro Taques, levavr. comocabo de tropa o sertanlsta Manuelde Campos Bicudo "paulista — dizTaques — Intrépido contra os bar-baros gentlos dos sertões do RioGrande e Rio Paraguai, quc os pe-netrou vinte e quatro vezes". A ou-tra seguiu sob as ordens de AntônioFerraz de Araújo e Manuel de Frias,? conhecemos-lhe a longa jornadauelo documento publicado pelo pa-tire Pastells.

Descido o TI eté até o ria Paraná.navegaram em seguida cs Paulistasrumo Sul att a barra do Pardo ioimuncimft, do roteiro espanhol),Subiram o curso encachoelrado des-te ultimo, inúmeras vezes puxandoas embarcaçftes ft slrga, atingindo,pelo Anhandul-Ouassu', depois de 8dias de viagem, a rcgtfto da sr.tlpaXerés, destruida em 1648 pulos ban-dos de B. Paulo. Al deixaram a;canflas, gente para guarda-las e ia-zer sementeirss ds precaução para avolto; «o seguiria, a pé, em dozedias atravís de campos e vacarínaalcançaram o rio Boi nha 1 íAqnl-dauana?). Em o antigo trajeto oaaprimitivas expedi;Aea tgue procura-vam os sertões de Mato Onwsu, tra-Jeto abandonado no século dezoito,segundo a diretriz seguida pelos lr-mfto* Leme e que chegava io rioParaguai pelo varadouro de Cama-puan e navegação do Coxim e Ta-qut ri.

Alcançadas as margens do Anui-dauana. construíram os paulistas no-vas canoas e plantaram novas roçaspara, depois de dez dias rie navega-çfto Ho abaixo, atingirem afinal olargo curaso do Paraguai que depoisde uma viagem de oito dias os levouft lagoa de Mandlorft, Ai. desembar-cando no porto dos Índios itsi.inég,enterraram as canoas nais grandesareals. como recurso pars as necessi-dades do retorno, e começaram aviagem n pé. em Jornadas de umaa duas léguas, parando au melo dia,à mocu paulista, para a caça unlca

allmrntnçftn possível Esta ultimaparle da rxperiiçftn, tnpin dn igue naoutras, cfcrpceii inúmeras diflciilda-des; síi ao cabn de 39 dins :ilc*nçri-ram as bandeiras a rodiiçfto rir SAoFrancisco Xavier dos Pinhocas, on-de se deu o encontro com as' furçiiaInimiga*. Jã antes cliogAra ans pa.rires da .'eduçfto a vaga notlcU ilapassagem pelo rio Paraguai dc ird-çcs mamalucos, caçando 'ndlos. «vas-salando terras para a coroa portu-guisa e ,'inifaçnndo dc implacávelrlestrulçín a velha clilfldc de SantaCruz oc ln Siepra, no coraçSo dosdomínios ciisiclhanos. Ao governadorda cidade avisou o padrL> Taroe riaapruxlmiiçãn dos bandos inimigos eesse despachou para a resistência nosoldados, que se (tintaram em SAoFrancisco Xavier a ,100 indios Clu-qultos, armados de frechai Antes doInicio dns hostilidades um ,-los rhe-fes paulistas enviou ao Jesutlü a se-guinte cana: "Muy RevcrendlssiinoPadre Superior da naçfto .ios cho-quilos: Aqui chegamos duas batidei-ras de Portiicuezes, soldados nobrese fidalgo.1!; não viemos fnzer malalgum aos Padres, senáo recolher ogentio que anda por esta* terras, eassim bem pode .Vossa Paternidaderetirar-se ft sua casn. traíenrio-ncslodos os seus filhos pm completa sn-gurança. Deus guarde a Voss.i Pater-nidade por muitos annos. Setia asmftos de Vossa Senhoria Reverjndis-sima, o Capitão Anlonlo Fcrrnz".Recebido esle aviso — nana o je-silita - o Ilosso ?xercl!o dtilmu-sppara n quartel Inimigo, do qua!. áslies da tarde, ficou a uniu légua riedistancia. Adiamos o atai|iieacreiscenla - para o amanhecer dodia seguinte, permitindo aos nossosque se confessassem com ns seis cn-pelfies que ns iicompnnlmam Ino-plnaclametitc. porém, um tiro de nr.cabuz matando um dos soldadascnstelhniuis deu o sin.il ph,ü a lutaAqui discordam a.s informa (Oro quepossuímos sobre as peripec:;

Sevilha consigna i;rola da expedição iISO homens p

I do r

lllli.il:

i rie

reduzidaa seis. ires gra vem e nle feridos fei-ics prisioneiros p ires qu" ficarama dar alarme aos companheira.'. i|iievinham nirils. conduzindo jft 1.300indios aprisionados. O inimigo der-rotadn - di/ a Informação jf.uíla— apressou-se a passar dr nmo orio Paraguai, abandonando a cm-

Pedro Tnques. descrevendo n lula.que á\7. ter .«ido dirigida por ManuelCampos Bicudo 'a que nSo se efe-rerji os padresi con!? o caso tie ina-ne.ra diferente., apezar rie eoiifrr,.sar a derrota e retirada dos Patilis-Ias que perderam, além das mortes,nove companheiros aprisionadosMarchava — rliz cie — diante de umcorpo de mals de dois mil índiosguerreiros com armas de fogo, dearcos e frechas. fundas e outros ins-Irumentos bélicos.

de c :> padreda redução, montado num f.imosocavalo. "Checando ao nosso campoadeanlou o pasíii o capltão-mór Ma-nuel de Campos Bicudo para ter-lhemão no eslribn A este fbsequlosocortejo correspondeu o padre supe-rior com o furor rie llie dar com neslribelrn nos narizes, iitie para logolançaram sangue: o injuriado Cam-pos, sem mais acorde que a resolu-çfto que lhe ministrou a ofensa, lezpé atrás e tomando a sua arma defogo fez tiro ao lal mestre de cain-po jesuita, que ainda estava mon-tado ;e quando o corpo caiu do ca-

tinha, p»,deixado. Ao êco

campo todo emvou umn quasi batalha; porém osÍndios não susleniaram o ardor dasnossas repetições, porque, desanima,dos da cabeça, que lhes infundia va-lor. se pu7aerain em retirada; e osnossos o fizeram a melhorar de sitio,procurando o rrreptariro de umamata espessa vizinha". (Revista doInst, H.. tomo 34 ihb.i .

As duas narrativas, de fontes opo:-tas, confirmam o malogro da ex-pedtçfto paulista. Ambas se tdentifl-cam pela prisão de Gabriel An-times Maciel, sobrinho rio capliâo.-mor. e que após um lnngo cativeirode nove anos nas prisòes de Assum-pçfto. passou a Lima conseguiu em-barnar para Espanha, e artlbandnem viagem na Bata. afinal regressoua S, Paulo. Uma carta do capltftogeneral de S, Paulo. D. Luiz Amo-nlo de Souza, dirigida em 17 de lu-lho de 1771 ao governador do Para.guai sobre a posse do território daIguatemi, refere-se a uma entrada.em 1680, de André Prlas Tavelra, na-tural da ilha da Madeira, com Je-ronymo Ferraz, ria vila de Sorocaba,e que sofrerá sério revés nas mar-gens do rio Jugul iou Jejui?). ondeperderam muitas vidas, ficando pri-sionciro Gabriel Antunes Maciel.

Ha. pois, Ires versões, srt acordesno nome do prisioeniro de Assum-pçfto. Parn nós, basta o fato incon-testado, entre centenas de outros, dapresença de Paulistas em armas com-batendo nas regiões longínquas dorio Paraguai, em caminho talvez deSanta Cruz de la Slerra.

I I

E' esse aspecto que modernamen-te chamaríamos de esportivo, cara-cterlstlco p admirável no bandei-

Os aventureiros espanhóis do sé-culo XVI conquistaram o Mexteo, aAmerica Ceniral co Peru' - numasombria tragédia rie sangue e cruel-dado - comandando exércitos aguer-ridos e armando grandes massas deÍndios para combater o próprio In-dio, cortez invade o império a««aeom cavalaria e até com canhíies debronze de grosso calibre e colubri-nas de campanha; Pedrarias d'A vilachega A America com 20 navios e1.500 homens; Balbõn para conquis-tar as costas do Pacifico, ajunta aseus soldados e Índios, toda umamatilha feroz de cAes de fila 96Plzarro inicia o ataque ao Impériodos Incas, com um pequeno troçode 180 espanhóis, mas logo a rai-nha regente de Ca stella o subven-eiona com aoo.tlOO maravedís, emals 200 ducados pnra o transpor-te de artilharia, Era pouco esse dl-nhelro espanhol d es valor! rado massignificava o npoio da metrópoleque se associava ft empresa.

O paulista, ao invís, palmilhou¦ maior parte da "terra inhospl-ta e grande" rios sertôfs hrasllel-ros quasi so na rudimentar ^rga.ni-zaçáo da bandeira, iem nenhumtuxllio oficial, • muita* veiei ln-

frlnglndo nrdenu severas de Ultra-No heroísmo quotidiano da lulacontra o Obstáculo, vivo ou In-rte

que a cada passo lhe armava a'natureza hostil e agressiva, est* averdadeira grandeza do hnndelran-le, fosse ele caçador rie indios.guerrilheiro rie gentto revoltado oubuscador de ouro.

O nue foi esse combate constantee pertinaz contra as mU olficulda-des da terra p rio réo desconhecliliwconta-o com minudencia o relato deAntônio Knlvet. marinheiro indèsdo corsário Cavendlsh, naufrago eprisioneiro de Salvador Corria de

Em 1S97. fez ele parte da bsndet-ra de Martlm de Sft, que partiu doRio de Janeiro a 11 de outubro n».ra combater trlbus Inimigas de la-moins. Essa bandeira, passando porParati, subiu » serra dn Facllo. pertode Ubatuba pela-i levn rc planaltoum mês ft procura i— ,„. lrl.visíveis. Veiu afinal dar em S Josérios Campos, segunrin o ltlnerai-o fie-cifrado por Theodoro Sampaio A '.n-me e a doença Jft começaia a riizi-mar os expedicionários; n»s aldeiasrie indios que encontravam so haviacnmo mautlmento batata*, e essasmesmo em pequena qnantldiide Maisadiante, a bandeira enveredou pelascampos do alio ria Mantiqueira,Eiuada por um bugre velhaco uue anlraiçoava. Ai viajou oulro mês, so-(rendo horríveis privações, "QuemUnha um sapo ou uma cobra paracomer — d'z Knlvet — considerava-*e feliz". A pcnurla era tamanha.

, que se chegou a comer oescudos feitos de pele de¦""¦" -"via de coberiu.

cioso í• para rviço r

nacos, p teve de ser deitada fora l)aexpedição ji Unham sucumbido taohomens. A desordem e a indisciplinacompletaram o desastre. Nas mar-gcus rio Jaguarl d.spcrsou-se a es-pediçAo. e por outros trilhos começoua viagem de regresso.

Idêntica deve ter sido a sortede inúmeras expedições que se in-tcinnram pelo serão, duranle per-to rte dois séculos. Morro no ser-tão", è o sinistro estribllho dos in-ventanos daquela época."Cegos pela amblçào, refere mn

maiores perigos; n9o temiam o tem-po. as estações a chuva, a seca Oírio. o calcr. os animais ferozrs. re-ptis que davam a morte quasi Ins-tantanea. e. mais que tudo, o tn-domito e vingativo índio antropofa-go que lhes devorava os pris:onei-ros e lhes disputava o terreno palmoa palmo, em guerra renhida e en-camiçada. Para eles nfto havia bos-ques impenetráveis, serras alcanti-ladas, rios caudalosos. precipícios,abismos Insondavels. Se nio tinhamque comer. ro:am as raises das ar-voies; serviam-lhe de alimento oslagartos, as cobras os sapos, quc cn-coniravam pelo caminho, quandonfto podiam obter outra alimentaçãopela caça e pela pesca' se nío ti-nham o que beber sugavim o san-gue dos animais que matavam, inas-cavam folhas silvestres p os frutosacres do campo..."

Para essa luta sobrehumana. sscircunstancias do meio, da raça e daeducsçSo, tinham preparado p alei-coado admlravelmente o "herrti pro-vldenclal" no tipo do bandeirante deSfto PbuIl.

Do erusamento do forte sangueportuguês quintientlsti dos (ran-cêses. castelhanos e flamengos comas cunlifts. o mamaluco surgiu per-feita men te aparelhado pura o seudestino heróico. A montanha isola-dora dos contágios decadentes do li-(oral; a atitude sempre sobressalta-Oa rie quem vivia na orla das imer-sas matas virgens, sombrias e es-pessas: a convivência diária e Intimacom o gentio da terra de quem fa-lava correntemente a lingua; a íe-liz situação geográfica e topográfica.<iue o locava ft margem e nas pro-\imidades de grandes rios, descendaparu o interior das terras; a aspe-ii-zh fnrtlflcante de nm clima deLruscas variações, em que fts gea-da* das manhas clariss.mas sucedemsócf abrazadores do melo-dla — to-dos esses fatores conjugados criaramum admirável exemplar humanu.belo como um animal castiço, e quesó puderam realizar nessa perfeiçãofísica, os homens da RenascençaItaliana, quando César Borgta sedu-zla o genlo de Machlavelli.

A longevidade .expressão da so-hrcviiencla dos mais aptos, (oi uo-tu vel nessa rude gente. O vlsuanorFernao Cardlm, em ISIS, dizia dePiratininga: "é chels de velhos maisque centenários por que em quatroJu.nlos e vivos se acharam yuuuien-ios anos", A excelência do clima,dos ares e do temperamento — diziao governador A. Paes de Sande —se infere bem de nAo haver até hojenli medico algum. De Antônio Dias.Garcia Paes e Borba Gato sabemosque morreram mals que nonagena-rios. Em 17fl. numa justltlcaçfto denobreza rio dr, Pedro Dias Leme. seInquiriram seis testemunhas, dasquais 4 eram maiores de 80 anos.

O cruzamento com o Indígena cor-rlgiu de modo feliz a excessiva ri-gldez. a dureza Inteiriça e traguei-ra do colonizador europeu do seeuloXVT: o indio, nesse amálgama, trou-xe o elementb mals afinado, a agi-lldade física, os sentidos mais apu-rados. a intensa observação da na-tureza quasi milagre» pira o hc-mem branco, um governador, em18D2. dizia: "Paulistas eníbrenhadossfto mais dextres que os mesmos bu

Nfto tardou a se espalhar por todaa colônia, e até ft metrópole, a fa-Oa paulista. A eles recorrem as au-torldades para a pacífica çfto dastrlbus Inimigas do recôncavo da Baiae do Norte do rio S. Francisco, e pa-ra a destruiçfto do quilombo de Pai-mares. A eles aconselha AntônioPaes de Sande, em 18B3. que se npe-le para o descobrimento das minasde Sabarftbuçu'. paranagut s outrasdas capitanias do Sul. O unlco meiopara se conseguir esse descobri men-to — escrevia o governador ao Conselho Ultramarino — è "servtr-seS. M. de encarregar aos moradoresde SAo -Paulo este negocio, pois aconfiança que laz daqueles vassalosns empenha no efeito das obrigaçõesdela". E num t.recho que bem frlzaa Independência e suscetlbtllriad?dos habitantes de S Paulo nessa

ria longínqua, "a pessoa que S.

nomw para lr a I. Pauis tet*

hum suscito de cuja authoriilade •prudenca sc possa fiar negocio delanto peso e nfto levará comslgomals que seus criados e as ordensi poderes reaes..."

llesses homens rie nçfto tres ouqualro sentimentos deviam compora rudimentar psicolcgia. Anles rietudo. o anseio pela mals absoliraindependência, acima das leis dlvi-nas e humanas; a amblçfto do man-do, o irrefragavel desejo de exercera autoridade Inconlesiada, de domi-nar sem peln* — r o afan imperiosorio lucro e da riqueza. Uo fundo dnsiib-conscienie, rias influencias «ta-vicas ria Terra e dc Sangue, vinha-lhe* sem duvida a ativa inquietação,a que se devem os grandes descobri-menlo» e as grandes v agens ria épo-ca, o irriuieto espiriio dc mudança,de levantar sempre o vôo. na curió-sidade do desconhecido, c que faziaPonce de Léon exclamar na Flori'da: "Oradas te scan dadas. Scftor,que me permites contemplar algo

F.sscs scnllmenlos liarlcs fizeramo Paulista lão temido quanto admi-rado. As lendas rie Charlevo;x eVatssette. indígniidiis diante dos e\-cesso* mamalucos, tém uma slngu-lar mistura rie odin e respeito

Quando em 1671, apos o insucessodas bandeiras baianas rie Roiz Ador-uo. as autoridades pediram a ln-tervençãn paulista parn a pacifica-ção rios tapuias insubordinados, aoselogios ft açãn de Eslevam RibeiroBayfto Parente, sucederam denirn

taçües do, habitantes rio recnncavnEm 25 de maio de 1677 escrevi;, ogovernador a Ba vfto Parente: ¦ s Anão quer que seus moradores s?|amvexados. nem ainda é ju<tn que os

o fim das viaísas ordens í •rm.-i-ii!,do certAo paru os doiiie*tkir. e .,cfazerem chrlstãos. ,. Ei se u intentoriu rmeí, ê oulro - nude recolln-r-sc logo. ,

espanhol.! .'

rftu alemã alírica. O d::

«ü da ilhrt deantiga :np!tanitNorte é rie " <rios cuilngals b;Ceará r Maraiielemento estabiltifundios drsscsterlor profundo(leias p Mato <

i 1S92

vernadur da Baia dnsque faziam, Havia trestrinta paulistas, dc qur i*rças nun.' Domingos L-?ttraes r seu irmão Ver:ssin\n. qur: coma regulos se 1vantado. sem o dilo c

0 tempo que vai passando...DIRETOR DO "DE1P" DE S VU

PAULO - Foi rerebida rom geraisatisfação, tanto aqui eomo em SPaulo, a escolha rio escritor Cássia-no Ricardo para dirigir o Departa-mento Estadual nc Imprensa c Pro-paganda, que o interventor oaulistaacaba rie criar.

VM\ NOVA f. D I C \ O D (1*WHO'S WHO Organizadopelo professor rie HUtoria dn Uni-versidade rie Stanford. sr PcrcyAlvlm Martin filtrou em circula-ção uma nova edição rio "WhosWhn". na America Latina. Estaediçflo do importante "vale mecum""bloagrafico latino-americano, foi ím-presso nas officlnas gráficas da pro-prla Universidade e contem 1 ãllnomes, mals 100 que a primeira cdl-çfto. publicaria ha cinco annos. Es-tão compreendidos no presente vo-lume os 2i paizes latino-america-nos. inclusive o Haiti, que nfto flgu-ravs na primeira. O maior numerode personalidades ciladas pertenceA Republlra Argentina vindo emseguida o Brasil com 2ÍS nomes.

DESAPARECEM MAIS DOISFRANCEZES ILtSTRES ATrança vem de perder mais dois fi-lhos ilustres: o romancista Pierre deMllle e o professor Laubry. Pierre

de ; ¦ obrn

ração humano, rieivanverdadeiramente notaipecíallzação. LaubryNantes em avançarincomo Mille.

VEM AO RRASIL IM F-INT0BPORTUGUÊS - A bnrSerpa Pinto seguirábreve, para o Brasil ndernista português At:O artista luso demorardade de Recife

INSTITUTO X A r I O V4 L DlrlfeNCIA POLÍTICArio da Associação Br:prensa, o InstitutoCleneln Politii

ia! r ;t'líio.=presiripticla

Paulo Filho FalouI sol ina Plnheirnbra snrlal daIlustrando a sua pale;Jeçfio rie gráficos Fos srspauln Filho Saie Carlos Reis.

na: "

Conversa fiadaRAIMUNDO SOUZA DA) TAS

— «ue gente!

Joel Silveira era um forte disci- depois ria perrl-pulo de Katherlne Mansfield. veu beber. KAconteceu porem nue ,loei dtsse eerta nnlte. Aque estava ludo errado, que o ver- companheira*,dadelro discípulo da inslgne ingir- sentindo un» hraa era um rapaz He Recife chama- rios em seu \<etdo José Carlos Cavalcanti Borges. embriagues. FitHoje, mulio diferente d# Joel SM- rsnns que lheveira e José Carlos Borges # esle menle ¦ aceltm

olerecer um exemplar do aeu livro No ,iia seguln»de eslreta. LI-o sôfrega mente, palpebras pesaitpeço licença a Agrlplno OrlSc) a noite passadan*n se| de melhor crlllcn, São ver- las esiiiilnas r\i

Page 9: HOJE DOM i RIO, 1 DE DE ANO HOJE 500 - :::[ BIBLIOTECA ...memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1941_00186.pdf · sem procurar ser útil em nada, ... num emarunnamento des. lumbrante

mm nei» raisima...linila este mês ! I I

o jlíMIHAVEL HOMANCr

MAY B R L1N G„„» hisiiiil* da amnr queHleu o ,im dn "nlmn lét'U

¦ DUM CASMURRO.Para Você_-^_^^__^^_^_^_i 12-011 ^^BB^^^^M

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DIE LEVE Sialinhaétudo...0 MAGO DO VIOLINO(PALESTRA IRRADIADA PKLA P. R. A. 2 Era'[TA. ESPECIALMENTE, PARA ESSA ESTA-

(ÃO, NO FESTIVAL DO CENTENÁRIODE 1-AGANINI)

fumfiniirs-se, hoje, II de maio rte IIIM, i> 1" i-cnleiiario da morteJiNii-olo Paganini.

Ini, como é salildn, n víulinisia mais, faniusii, o violinista numerum dn íeu tempo. Ainda hoje, quantos cultivam o violino, esse lns-mimei)m difícil, o consideram, Mestre iuegualuvel.

oiirm na» rnnhecerá a figura rie ragaiuni? Foi fixada em multas,f\is admiráveis. Aqui, destacarei, apenas qtialro, consideradas demaior valor, pelas assinaturas qne trazem.

•ia tela de Louis Buu langer, feila por cn mini si ção, de riesenhu.(fffiin. l'iifisnlnl spareee no cárcere, senladu na leito Inea a suamiinrs preterida, na 4-* corda.

Na interpretação de Ingres, 1'aganinl surge cnmo vivia ns eõrtedf Florença, mit » proteção de Elisa Bonaparte. Traja com suprematlttaiuia » iasaia de velado e mais parece nm lidais».

|>ara Tunv Johannot, este artista dando ouvidos á maledleencla,[(¦resenia ragaiiíni ciiniandii dinheiro, enquanto an fundo da sala,,.Hiis.ii vel» o rosto cum as mãos.

'['.mn... final menle, a tela de Zieni. Esse pintor que u conheceu„, iitiimiilmie, une foi sen discípulo, representa 1'agauini ne pé, tom. ttttlíiKi inewi n» queixo, » arco em posição de acorde, Tem os olhosrrrndi» de enormes olheiras, ns cabelos emaranhados.

,\y características físicas de Paganini, loram as seguintes: esta.Wr»:! m. e *ll r.. (irande cabeça. Longos e bastos rabelos negros,imarsi-itlsdos, Pescoço fino- Rosto cumprido, descarnado, macilento.n!h»> ni-Fjnis., penetrantes. Faces eavndas eiii que rugas profundasformavam, acentuadamente, coisa estranhai os dois SS" do violino...D.ltií finos Sorriso zomlieteir».

Segundo ii dr. 1'irondi, grande psiquiatra qur o observou, pormuitos anos, era também singular cm raganlni: o ombro esquerdomuito m-ii.-. saliente qne o direito, devido talvez á posição du violino...Tinha nuda » quadril do "lado esquerdo" muiln mais saliente, pnrmutivn ilu posi.áo, de apoiar nele u instrumento em descanso. O pulso.ri li.mli> an braço por articulações multo flexíveis, Us dedus da"mão e-qtierda", linham, garante o Esculapin Italiano, um i-entimetio. maiiii que ns da direita e, cum isso, podia alcançar, em riíslensão,mm uma facilidade prodigiosa, tres oitavas.

Seus sentidos auditivos eram. como us do talo, sensibilistiintos. Na.encha dn ««vido esquerdo, us -.mis ressoavam comn numa conchamiriiilin, dessas em que n mar canta e suspira...

I'ag.iiiiiu ilisliiiKUÍa a mais leve dissonância numa grande nrques-trl R possuía cm tão elevado grán n conhecimento du som que, mui-Us vezes cnm assombro geral, tocou com afinação num violino(Mífiiiado: \

Pos-tiia a hóssa da melodia muito desen vol Vida mi anuulo exle-liorda Ir.iiilr. Au tocar, costumava avançar ti pé direito cum que ba-tia i> rumpaisii. Parecia alheíado. mas não lhe escapava a menor falham orquestra, a menor irreverência do publico, a menor sensação caiutida prln Mia arle... os soluços, os desmaios, os movimentos de

t gritou par

¦ flntira, ripiixi

imitam qne teria vei, nãn se conteve(tif » seguiam hem "siete tulli virtunsi!"

tyiandii alguma coisa o divertia sorrialábios para a esquerda.

Pataiiini. era todo desse lado, pela força da Arte Seria lambem.im a rit* ilu esquerda?

Deu ii hi a interrogação,,.rm-seciiindo, nem tndns os médiens que « trataram são acordes

em itiiiMtlerá-lii tuberculoso. Ele era bem » que h«je se chama nm"eiqil Tnii.il e". (íaston uma fortuna rom médicos. Brigou muito pnrMusa ili"". So nos ultimou tempos uma afecão na laringe tirou-lhe,

íoi então que seu filho. Aqiiilino Paganini que contava na épocaH-anos. retribuindo o imenso carinho de uma afeição sem limites.«rviii-lhe ite intérprete... F. de belo intérprete pois, falava, admi-'>!' - ¦ ' > .1... 1.1ICU4S

\ jeiiialidade de Paganini foi servida cnmo vimos por um físicoKiniular. tuas tambem eomn, ainda com èle sc justifica aquele axiomait Rufliin o gênio é feito de uma longa paciência!"

De quanto esforço, de quanta pertinácia, se constituiu aquilo quelados invejavam e, aos curiosos, èle dinia: "Ognum a su.il segreti!"

Drstli- o dia em que veiu ao mundo na cidade de Gênova em 11de fevereiro de 1784. Nlcnle Paganini, filho de um estivador, amanteilt muíii-a. mostrou estar fadado a ser um gênio.

Tinha a precorldade de Mozart Aos cinco anos, .|á se unia aospii< ti«> seratas" musicais tocando de cnmeço, mandnlina,

W ' anns, tocava ludo de ouvido. Aos 9, compôs uma sonata.Tnctui numa ijtreia o concerto de Pleiel. Aos 11 estava encarregado daimisifn f im-avaali. cnm regularidade. Aus 12, exibiu-se nu TeatroSaniu Autiuinlio com um sucesso estrondos» tocando variações dafarmatütiir, música muito popular em Gênova naquela época. Aus11. esla estudando musica em Parma. Ali compôs varias musicas ins-Iruraentiiis, !4 rugas. Us soberanos se eneanlaram pelo menino prn-di|in r ii protegeram-

foitUm ter vcurridu, nessa «casião, o seguinte; um virluusi em-pregou-lhe » ricu violino que possuía para a execução de um trechortificilimii K, quando Paganini depois de assombrar a todos executai)-di) primnriisamenle a primeira vista, restituiu o instrumento, LívonIque assim se chamava) náo o aceitou. Ofereceu-» a Paganini dizendoqw seria um uprofatiaçãu tucar naquele instrumento depois dele...

Fm e-se violino que éle uni dia perdeu e reconquistou nu jogo...Curaii'1'i sr. desde essa noite, do amor ao baccarat".,.

Era um "Guarnerius", um daqueles liuarnerius de que êle malsisrrif (iinMiíu vários. Este, porém, foi o 1", foi o seu tesouro!

Esta Imu* cniiservadu na cidade de Cremona, a Alena L»mbarda.* nt Ipalidade de Nova Vork ofereceu por éle 15.0IW dólares. ..Mis nu vão. Gênova não cede por dinheiro algum a relíquia du'illui. nue, a exemplo rie Colombo, lhe deu nos últimos séculos, nsliais licins 11 tir ües de notoriedade.

Lembrarei ainda que ns violinos de Guarnerius foram fabricadosn* irtiila ilu stradivarius, a» mesmo tempn que os Aniati e se torna-nm rn- grande marca e célebres devido á preferencia de Paganini.í lambi id .1 indicação de Monteverdi, o celebre autnr de Orfeu.

íus 17 Paganini já se considerava emancipado. Lançou-se ámnquista ,ia fama.(^

Sens passos ficaram sendo seguidos pelos interessados e de Ulbiógrafos só dois lapsos registram, Uns 3 anos nu pri-

Di/ilirni ntre o final.

ins primeiros desapareceu ria circulação, esquecido™ii iiiütnlti jium velhu castelo da IIml)ria, qual trovador da Idade¦ ia. locava guitarra aos pés de nobre e linda senhora... E a in-«'sereno eilnu-lhe o nome.... . -"^"'os-adiante. No segundo per indn estaria amargando numa

p sao i-trtn crime, horrível ou uma divida de Jogo, ou ainda ma-Duianiiu L-orii Salan certos efluvíos para melhor Impresslunar, de-

ifrai " lar"t,em 1ue sumira, para estudar, tratar da saúde al-*''» ilu estava rie» e se fizera a vi leu lio r em Parma...'- ui discutível que estudou » muiln u seu instrttmenlu, lambemIransliirmiiu-lhe a posição, eliminando toda a aspereza. Usntisiorilatura" (que é alteração de meio tom na afinação) comoeiRian iar em equivalência s espessura das cordas cnm a ex-

san t mande afinação Usou cordas de violoncelo e que os seuseniiiiiraneos disseram feitas de tripas humanas tal a exatidão

, Preferi!«"tala de

¦díi»*!? K '"m tnàn lMn ío' "nico na "staccato" plixlcalo da mãn

laerda, nm harmônicos simples e duplos.loiavü música somente na 4" corda para a qual compôs aY'i-« dr >luisés" que Kuhiiii dixia ser a maravilha das maravilhas,

erta veit. um madrigal na 1.» e .!"... Foi u: "Ma-oferecido a certa dama de quem estava

! "tiorava a vou feminina e éle que tanto conheceu a Malibrnnya

tum tierfeiçãn n porlamentu ", as "fiorituras" do "bel cantn",iMi'"' va * indo iss« nma agilidade assombrosa. Tinha uma ar-tmii lW :lHSÍm tli*er' elétrica, rlea de melodia, de tonalidade, dcr, JE"'

Veneeii todas as dificuldades du violino e criou nutras pa-'mil ",S virl""s1, í;,,m elas stelnu fogo em m ti lln lirismo, em muita"¦.íIihu" l'""'»»liea, lliid viam nele Salan em pessoa, pensando em

wi-so pelu fogo |iara que nã» renascesse:n tf.,:""' sr " f"K" "ão tosse, ás veses, um purificador! E romn sesumi p»,|r,S(, morTer;íl««»a",ÍK* pelB ,eu car*ter indeterminado provoca reações

— Se a linha è ludo, ínurmiir,:. urudns tfiisffnti.ifn... rm romtiinienche-me ou othos a fiyura esbtfi-i -.'iit-s «n^üi-tis <!¦¦ rõir.s.dit loura mus Eiiyltuid, neste rte.v- DíiOnlitn»! com esses Irados o-,nho tinido de nm mimem dn ".S.rt- ynndc* ,-ti.s-íiirpiros Wnrllt. Chaneldio". qne mãos amigas me cnvitiinm Sid.yr!. M,»-t<m ¦¦ totta.-i u-- mentoresda Great Britam. oficinas inglesas

Esses tecidos, e.mlwa ilettu Pien-Se t> iHodrin requer upemts n-i ,:^ i(i| r f|),(p)( ,„„,„,„,,,,., „elali

aa„» r.1,.110 a,.»» o dM ,;,„ ...a- j.;,,,,,.",,,,,,,,,,,,,,, ,,,,,,.. „ „„„„.Itto. tortos, quadris estreitos... pn- ,,,,.,„ „,„,,,rll, ,;,..,„¦,. ,¦„,„,,„, „„ox „tn ritíntt!' um semelhante tifiiti" pririlctiio.it-o-ei nou prescindir do fétido iíb .iprfcmiKÍf) n- ¦•tanluontible noíes*'iuíilnuot pnra formar desenhos Qtíe ,IU. mall(Iaram de Umdret tiri,gcomcfiro». ;)or „„,.,,„.,„„„_ a Uusán da vida an-

.Vo i/to/iieiiío presente — se Puni l.ga, descuidada. Pensei que tis bom-neo pode pensar em Moda... Sc bas cuidas, nu pur outra, lançador.Aun Vork domino com orientação tios aviões, eram feitas tíe confcttipiaUí-a. Londres sai dos ¦slietterx' t rie .io ile arroz...com imperturbável bom humor e rs. Iniadr.i-mc a eonforiadora sen-palha reclamos da suo industria, te- sacâo cit- que o pais onde a Modaciloi eom desenhos exclusivos assi- continua a ler ini el:l'o. pais ondei:c(/iis per Rltron Of Cresta. Jcicií- Anel passou rin n'';;'.n tume-a .tio»i(ii:l Jacger, Weiche, etc, cit. nos remos dr um Poel.i ütiino m

O. tecidos Ingleses são meompura- pode srr, i-nmii me segreda o cora.ws em fabrico, Incomparaveis cit: t,iin. uitin "islutiü firlress", inespii-ct,nirpt,i.o de desenhos em quc p'c- gnavcl!...dominam flores, pássaros, bichos, lc- MADO

a des alies, des parnles et des frissons" disse umduce poeta da França.

A música é eomo o incenso, a mu si tu desperta sentimentos ele-Tados! Tambem conduz ao crime cnmo procurou Tol.slui demonstrareum ii violino de "Tronhatlschevsk" na 'Sonata de Kreut/er"!

A linguagem musical, cumo disse Krcilcr, uma linguagemprópria.

Nãu sei se «s meus ouvintes cslão a par da sua experiência. .Não-' Enlre muita coisa disse que com um dó heinol faria

acorde de sétimas a "primaversurgir "Satan"..,

Ora, lambem Chnpin teve a sua noln azul"man um lá maior" que lhe cantava nn cérebro, i

Dizia Gntinnd que para èle, Deus deveria s«"dó maior"!

i de terças faria

representado i

violiii i Paganini?Em que nota, procuraiNum sol, na sua 4* corda, que fni todo o seu mleviNãu, não somente nela! Ele está bem visível nas i-nmposições

maravilhosas que deixou, nas fugas, quators", árias, sonatas, ron-dós, "caprichos"... Nos concertos rie que, ate uo an» passado rie*-cobriram mais um. entre d ne ti meu tos esquecidos, pois escreveu mui-to, também. E até delxuu um compêndio uu: "A Arte de TocarViolino".

Esteve no mundo antes das gravações e assim suas musicas aónus serão darias através de outros virluusi "neste festival".

i Alenta-

i primeiro m>

('iiiim é sabidu, percurreu em luiirnees, de muitos arnha, Inglaterra, França, Argentina.

Tomou um secretário, depois um 'empresário" nacerba critica, pois o "empresário' de 1'agungênero, parece...

Das aventuras de Paganani não falaremos pois, o lempo não da-ria para issu.

Salientaremos apenas que éle alterou ás vezes sem querer, a har-monta dos lares. Em certos países foi recebido cumo um príncipe aquem tiravam oa cavalos do carro...

A "Moda" viu nele até um Brummel. imaginem! E cm Viena,houve quem usasse laços á Paganini, quem fumasse charutos á Pa-ganini, quem preferisse pàesinhns e cnsteletas á Paganini.

A maledicéncia, antes, a calunia não o puupou também!Assim fpl que, ao morrer, andou an léo. O bispo dc Nice, esque-

cldn do seu cnmeço piedosn, de todo a música da Igreja de SantoAgostinho e noulras onde os fieis vinham de léguas distantes aó paraouvi-lo, n sr. Bispo negou-lhe sepultura eclesiástica!

Paganini sofreu quatro exuma ções. Na última, n filho mandoucnlocá-ln num ssrtófagn com umn parte de cristal para que todosadmirassem a cabeça de marfim antigo onde tantas Idéas ressoa-ram..,

PARA SER MAESTRA IMPOSSIVE

O sucésse dn momento¦NOVAS CARTA» ItfUUTAI'

Dl"Eça de Queiroz"nm UU volume da eelseAa"DOM CASMURRO-* ¦ AUA

Em Iodas ss livrarias

???llll la vida, ; ali* e

pnrvenir t a Jubilsclnn raras teces,pern ran n« e* Indo. Es* ea Io real,ln material de la vida. Queda s par-te delicada; saber paner eorsson rnal Irsbajo. inl el item-ia .v coi* ninla« dns grandes tneas d* Ia vids.

Se puede faltar de Inteligência.No Iodas que Ingran un lliuln In lo-gran cnn inteligência, Psrs ell.istiele bastar rl rsliidio. Ia dedica-cion y ls virluntad. Talento no rsnbllgacion. lis un don. Fn ramhlnrnratòn, eso sl que es o h ligar lon, .re« ln primordial tamblén L-uraiónrs bouriad, y bunda d M Dins.

Todas lan maCilra* pueden srrhuenas. T.sr .amlnn « recurrer ro-lm nlnos, ese urndrro batia ls Ju-htlacinn y el porwnir debr harrrlnla marslra entre ninou qup «cal-men »j h.uida.1. que «nrlán a suindulgência.

Dehe ter àngrl cnn alas trndida*j ni demônio con deds tendido, quemarra nevrridades t rrnartr prnt-tencias. Vale mss hicer rl cami-no sem brando duUuras qur «em-brando ahrojns. Vsle mas que nosdigam Ml maestra. la más queiids.y no la más lemlda. A la hondariel nine se rinde. se entrega, apren*de facilmente En cambie, ante ls¦ereridari el pequeno se maniieneenco.ldo, defendiendnse dt lo mes-

Ensenir j tratar bien sl alumna-dn «on lns unicis deheres dcl mães.Ire.

NELSON NOBRE AIAC1D

a pari V drl buenministério n

Har que tener ciilln j respelo pnrlns nlnos, y debe olvidar la mseatraque ya está aduenada de su pre-«enlr v de su nnrvenlr, j que unainjusliiia o una severidad puedearruinar ? cerrar el pnrvenir de e^enina, qur, romn nu maestra, romen-sa pnr rinnde ella rnmenro para Mr-gar arinnde ella ha llrgadn.

SILVIA WATTEAti

DESTINO cruel e Implacável,

que a uns das alegrias e aiutros tristezas.

Por que não modificas o cursoda minha vida, enchi'ndo-me deuma felicidade que "'sonho' liatantos anos?

Sonho!Sonho náo e bem a palavra,

nem o que ou alnto por li po-de se resumir numa simples pa-lavra.

Ent ras tes na minha vida, lalqual um (irande prego mandadosucessivamente, e pouco a poucochegou ao meu coraçúo, tocou-o,penetrou-o, primeiro levemente,e depois tão (undo, quc não po-deras mals sair enquanto eu"viver".

Viver! Sim é tudo o que euquero, é tudo o que eu desejo.

Mas para que eu viva é neces-sano que o destino tão câmara-da com alguns, o seja lambemcomigo. Mas é tãu difícil! Itnptw-

Por que? diràs tu.Por que foi o próprio destino,

que quis que eu ie encontrassejá amparada na vida. e com aBrande razão de tua felicidade:um filho.

Cruel! Cruel destino!Noites e noites, insone, eu fico

a pensar com seria lindo que eute pudesse ter ao meu lado cha-mando-me baixinho e prodigalf-zando-me carinhos, que até hcJetu nem pela mais levo levlan-dade mos concedeu. Prova deque o '"nosso amor'' não é mate-rial, e sim um sentimento puro.

No.sso amor? Não stsl se nutrespor mim o niesmo sentimento

«Filosofias vivas»i/X IVING

]_, i o 1IVING PHILOSOPHIES"1 titulo cie uma inte-

s tá 11 ea demodos de pensar, onde tim bomnúmero de pensadores expõem atsuas idéias sobre a vida e seusc-omDlicados problemas.

Foram aí reunidos espiritua-listas e materialistas, índividua-listas e socialistas, graves filoso-fos quc já filosofam ha mais decincoenta anos 011 pensadoresjovens cujo cinismo filosófico étão ciú que nos faz logo lembraro cigarro precoce que certos nie-nines põem entre os lábios paraquc, parecendo màua • viciados,possam .ier tomados por ho-

-Living Philasophies" repre-senta, assim, alguma coisa emebulição. Lendo-o, seguidamente,Lem--se uma impressão pujantede mundo a formar-se, de caos,nâo tenebroso e amorfo, mascheio rie lampejos, por entre usquais formas novas surgem, es-truturas novas se processam, cn-tidades novas se constituem.

Um doa "filósofos" mais inte-ressantes da coleção é, sem dú-vida. Lewls Mumford. Ele nao êum das graves arquitetos de sls-temas, à Dewey, por exemplo,nem poderia ser filiado á velhaescola cínica, como George Na-than, seu companheiro de cole-ção.

Luiz Mumford Icm na sua pro-fissão rie fé uma grande suavl-dade. Se nem sempre è possívelconcordar com suas teorias e, es-

peclalmcnte, com certas cendu-soes que delas tira, nem por issuha nele coisa que canse ou re-pugne. E' um escritor dessescom quc ou concordamos pra-?,e nle Ira me 11 te ou, se discorda-mos, é com Indulgência pa;-a oque diz, pois que lhe sentimos aboa fé, a sinceridade.

Socialista por excelência, vêpor toda parte a obra do homemem conjunto, como uni todo e,por Isso, um dos seus conceitosmals originais é aquele em quenega a originalidade. Cita Goe-the, a dizer que originalidade náoexiste. E desenvolve, então, atese rie que cada um de nfe * odepositário de longas, intermlna-vels séries de heranças e, no pre-sente, sofre a cada Instante aInfluência dos múltiplos agentescom que se defronta. -Vivemos",d!ü, "em nm mundo em que nâoexistem acontecimentos Isoladossinão, ao contrario, onde cadaacontecimento é organlcamcnu*condicionado pelo melo";

"Quem procura tratar de al-gum pequeno segmento Isolada-mente, está apenas lidando comuma abstração temporária. Sócomeçamos, efetivamente, a co.nhecer um pouco rias coisas malspróximas do nosso Interesse de-pois de ter descoberto o seu In-

terrelaílonamento com o queestá. aparentemente, bastantelonge. O pensamento abstrato eanalítico ao mesmo tempo, queé uma das grandes conquistas daespécie rum ana, é maléfico,nao .' que ¦alize ¦meio .sintético". E. mais adiante,depois de idealizar uma espécierie vida completa, á Spencer, euma reconstrução da experiênciadeweyana, conclue;

"Cessando de viver em compar-timentos isolados, evitamos o há-blto enganoso de tratar o mundodessa maneira c aproxlmamo-nnsde cada fato com a intuição deseu caráter de iodo — não comosndo preclpuamente físico, bio-lógico, conómlco ou estético, maacomo constituído de todos esseselementos amalgamados. fundidosem uma resultante geral".

E' esse. justamente o conceitomoderno que sc aplica ã educa-ção. A vida é um todo. E aaprendizagem ha-de ter aspectoglobal. A análise será sempreprocesso de ocasião, recurso deestudo, porque não existem porst sos, disto on daquilo, partesisoladas.

Tal conceito precisa, entretan-to. fugir ã perigosa aplicaçãoprática de transformar o homemem simples peca de máquina.

Se. efetivamente, a mdividuall-da.de não subsiste por sl só. semo grupo, isso não significa que.só este importe, uma vez que,.«¦cm a individualidade que o for-ma, ele é vasio de sentido, m.-t-xime em se tratando de um lodovivo como o humano.

E' o que. aliás, Mumford afir-ma quando, declarando ser a suafé política fundamental dc modogeral, a de Platão, vê a dlficiil-dade rie organizar a vida socialem semelhantes moldes, acres-cen tando que. conquanto certassociedades especiais, romo ascongregações religiosas e míllta-res o tenha mate certo pontoconseguido, sempre fica de pé adificuldade dc "aplicar o métodode modo geral à comunidade e.entretanto, aí conservar as deli-cadas vollçôes e os intensos ln-teresses individuais que servemde Incentivo ã atividade crea-doía."

que eu nutro por Ü que mtiaz um Joguete nas tuas mios,mas não te culpo, não podes got-tar de mim, nào tens o direito degastar dc mim.

E é Isso. c isso o que me dda,saber que és a única a quem amoe que não te posso alcançar-

, Punição, luxo, vida social, nãofos posso dar, mas eu te dareiiodo o meu amor. todo o meucoração, em troca de uma amlza-rie duradoura, balsamo que mltl-gará em parte as dores da minhaalma,

Inconscientemente, fizçste comque todo o meu esforço em prolde nma melhoria de vida resul-

Mas que me Importa! se eu ttvejo.

Não conceberia ter de traba-lhar, e nào te ver. Mas e«preciso trabalhar, ser alguém,para que algum dia possa arcarcom a responsabilidade (se o des-Uno for camaradal de te condu-zir através dos magnificentes ca-minhos floridos da felicidade.

Terrivel dilema,De Sliakespeare a celebre irá-

se: Ser ou náo ser, eis a questão.De mim: Ver-te ou não te ver,

dolorosa interrogação.E e assim, que eu levo a minha

amargurada vida, pensando nasduas 1; únicas bases em que seatscnta a felicidade: AMOR cTRABALHO

A qual delas escolher se umadepeiiüe da oulra!

Ueus! iluminai-me o pensa-menlo- e üizei-me a qual delasdevo preterir, porque o meu sa.cr.ticlo será grande, mas eu oia rei.

Bem sei, que mais cedo ou maistarde, eu tenho que te esquecer,mas pevo. que o laças tíe manei-ra a que eu não venha a sofrer,o quc e totalmente impossível.

yuando vejo a criatura fina,dentada, e agradável que és, équc neo a pensar e a lazer com-para ções com todas as "outras"

quc passaram na minha vida; ecomo tu as suplanta.

Creio mesmo que foi essa a ra-zãu üeüa minha paixão desen-lreada por ti.

Perto de li como são luteistodas as outras.

Malvado Destino!Sim. inconsciente Destino. Sa-

bes que ela tambem me ama?que sofre baixo as tuas garras.garras impiedosas que tanto*corações têm despedaçado pordivertimento, garras que farãocom que o meu pobre coração, ]átáo sulocado pela dór e pelopranto, mergulhe na letargia su-íocante de uma amizade e nadamais.

E nada. absolutamente nada,poderá influir na decisão qualomasles Destino? Nem as mi-nhas lagrimas, nem os meus ro«gos. nem as minhas ímprecações?

Oh! Destino! Por quc não ter-minas tua obra? por que dsl*não me separas de vez levando,me para bem longe, onde lalvezencontre socego esta pobre e tur-lurada alma? Que mal horrívelterei cometido par merecer cas-ligo tao severo?

Por quc te abomino Destino?_"Peia injustiça dolorosa com

que mc tratas. Pela revolta quecomigo trago, desde o n.omAnocm quc compreendi não ler nas-cido para viver, amar e morrer.Porque eu não vivo Destino. SO-FRO. Sofro só c sõ. Dia e noite.Horas após horas, minuto apósminuto, bebo o fél que me ole.reces, com tanto prazer. E para-doxo dos paradoxos: tudo isso.porque eu amo. Amo sim. Masesle amor não e igual ao das ou-tros mortais, e amor leito demartírios inflndos, é amor quetraz em sl o germen da morte,amor veneno, amor que matalentamente... porque assim orietermlnaste DESTINO.

Não terá fim este suplício? es-tou preparado para a morte ftst-ca;, moralmente eu já morri nãosei ha quanto lempo.

Acabo o que começaste é o queeu te imploro.

Por piedade nfto ma negueiDESTINO.

Fim de diaLVIS WASHINGTON

Lembremos apenas que: Se contava tanto o dinheiro •— eraeomn dizia pensando no futuro de Aquillnii — o filho adorado dequem não se separava. Emprestou quantias enormes que não lherestitulram Velou pelos pais e pelas irmãs, dando-lhes conforto etndo o dinheiro de que careceram. Oferecia entradas grátis a artis*

tas e amadores pobres. Tocou em heneflclo das vitimas de Inundações,na Prússia, de coléricos em Paris.., Deu a Berliim, num momentodifícil para este, 30.0M francos.

Refleetindn nâo será preferível considerar de preferencia neste.Artista maravilhoso, hoje que nós sabemos de que constituíam seussnrflleglns — tão somente a nrte pura que consagra e Imortaliza?

"lima esperança me anima", disse certa ver. em Paris, é quequando eu morrer "a calunia deixará em par, ns meus restos!"

Façamns-lhe a vontade! Mais forte que 11 calunia, Piganlni, éhoje a Irradiação du teu genlo, á luz da Glória!

EDITH MAGARINOS TORRES

55 - Pça. FLORIANOPEIXOTO - 2." andaré o novo endereço de

DOM CASMURROTEL.l 42-1712(rede interna). RIO

Melancólico crepúsculo clngia ludo.Enquanto, trlstontia, tarde morria.

Os suntuosos palácios,Os cor ticos sórdidos.

. E a alma dn PobreDeixara de'rir.-..

No céu radiantes, ¦Esvoaçavam ainda,Esparças nwti*Cheias-de sol....

E ns caldeiras sibllantea.Num roufenho ecoarAnunciavam longamente

.O término do labll.tar.

- E os Operários,-Em grupos pequenos,Cansados, deixavam.Lá íonge — prã traí,Os lúgubres murosDr fundição.,.

Page 10: HOJE DOM i RIO, 1 DE DE ANO HOJE 500 - :::[ BIBLIOTECA ...memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1941_00186.pdf · sem procurar ser útil em nada, ... num emarunnamento des. lumbrante

UM BELO PRESENTE,..

Ainda este nica I I 1O ADMIRÁVEL ROMANt "11

MÁYERLINGuma bWftrla de amor ««•

nbtluu o .(im do ultimo *eculnB»IÇAO ILUSTRADA

Caleçin "Dom C«nnuiro,l-Alb»

Páüina tn DOM CASMURRO

HOJE TEM ESPETÁCULOa^aa^Ha^aKaaaajaHM^HBBi^HMB^H^^^H ^Hl^H^lli^^HHIa^^^Hi^HH

A PRONUNCIA éÍldades pi"

I uma das qua-,-dlals da Arta

* de diacr. Nâo resta cluvtdnpus s vontade * o mals miptwiauieJator em todos os ato» ria vida. masé preciso também contar com as in-iuílcióncias físicas; o maxilar mnpouco largo dá clareza as paloi

A a usar um pouco do cera ros« pordentro do maxilar superior; é" truc" deu ótimos resiiltaausquando eu s encontrei, alguns anosdepois de a ler perdido de vistadisse-me que continuava i empre-

,_ profundo dA muitoiioncirldatie etn tine n nso; os"i unidos Impedem o slbllair-' "sppai

den-

ae passo que ds dentes separado*mis rins ouirns o provocam.

O artista deve procurar os meiospossíveis para combater ns p«me-nau taras; algumas podem ser <üc-nuadas. Exemplos; conheço umsartista quc interpreta guindes ps-pels sii-iaiiccs: mas os dentes

ivinte; aconselhei-

passar sem ést-r

rredondados e fl.¦ta vel mcnle maiss largos í fnHos.tistas dramáticos,i favoráveis, pois:ssão de som per*in lio hft nada a1 ganha uma gia-

i As qualidades físicas necessárias ao comediante1 '.'"* ..I. ..«»... . ,tnr ScM mrlii ia Ir, lá il al 11 I II II r- >i t' »» 1 ri (lm

Os maxilares anes sfto Inconte»bonlios do que otmap liara ns arsin muito menoí

feita, e[íüeri o

quanto ft falia de profundidade dnpalato, lamiwin nio hft remédio...Nfto pode ser modificado. O anis-ta que pronuncia bem se larí. ou

k mm do zorro<

Apesar ria "Marca ri" Zorro"' ifl par. • nina pequeis de grandes U-ter f.-1'i cini:iripr.ir|.i uni 'H-:a pi.- l"inis ,irlisiii:n3.ma, aipAF a nniável iMiPi-pvi.n:,!!- !«• Duraiim n rnsaio ri" certas cío.-isDnUglais FairlrmH». na .¦["íL-ii ri., (t'A lUUfA Uu ZORRO. Linda foi

resolveu1 iU'n cr "íi=

mfni'ji"«'s A- rra iin.'ii~A" <!<• .Ivct"!- Ms mun-

r-o dos começo» d" símio il»zeno> «¦. "¦«-"¦ a rniK"«- m"- írande sm-pre-em São Fianclsc" ria raliíurnií. mi »a -M.iiiinou-^ em i-l"S «« rostos,região rie !>• An=elPs. -imnl" ¦" uniram *¦ •¦¦? nuMoílsAi»

A primeira ,-f:s,i qu» a :mh. ma rieLitlria,

pensa- quem havia rie. tomar o lo. canção tia película *'A MARCA UO

se ir. pi" i= ff- ';

ái".'].-, ir' '¦.

!¦;:-, jIÍ-.pp.i ,„.-,'v N<. „1ít..--, .!•• "MA!":''A lin 7,OR-

i»i-i"' ri/^l1 uni' >u''"!".V',!'Y>.>!-, iVi-'. rterssiírt. -Montas» Love. .lanei80 Veg.i - u Za-.ni. B^rher. Ri.hert l-nvn-y. - Chns.

Para eiursriur r™ períeit.io |im Martin,maranlhoaa fohi-inha rin Aleamr sho '<• ««iiusçam — riesri" físia-D. Um ri" Quinlr-rn. '.-., es.-olliiíli f „.",.„ P.,s .-, iv^n.lK.?."* prln-iila ria

morem nha rin :'l»ih l>nuiry-P'njf. p5„ Lui». -- "A MARCA lin ZOK-

vir sempre e jwr íím melo. se faicompreender,

Um artlsüt sem vna consegue sub-sumi-la por uma luitioulatiSn impe-cável e fa?. o sen púbico. Sjint-Gcrmiiin foi dursnle trinta ano» ofavorito do publico qile frequciilavno Vatideville e o Ovmnwe', tinhaperdido totalmente a vou r [,ibv,icomo uma pewoa maçaria dn larIngite.a mas compreendera que a mii-culaçfto * um fator Indispensável snartista, e o ]itib'lco lhe deu razão,

Está claro que nío se deve nrli-ciliar ria mesma forma iodas a* s'-labas de uma palavra, ma* é preci-,so. ê Imprescindível, que n ouvidopercebi s sílaba sufocada.

Para que se tenha." confiança naarilculBÇHO ft necessírlo aprender ,,spapeis'masiigando nem as palavrase ser senhor absoluto do seu maM-Ur, As palavras- baralhada,' ,-,'iomultas veies, a maiilíeMaç.ii. o.ifalia de memória; devo acrescentartambém que os artistasi mcdiicrespensam quc

SARAH BERNHARÜTIII

ARTICULAÇÃO

DE RADIOO íciJipo confmtia correVários ¦¦Dsíro,';" desapa:, d cs ao bert os peldt

i 1917.

o" radioionico. Outros ,-adlofània indígena. Por

Robert Donald, grande jornalista nmerwano. reall,¦neta em Nova York, prevendo para dal a um seeulo, i' bem possível — disse cie naquela e;>oca•m tâo preguiçosas, ou tân ocupados que

raballio efe, ler um jornal. Surgirá riilàodn qual a

Felizmente — dizemos

vm aparrlho ile ratlio fit-

Ciro Monteiro, o papiao microfone em 1931. nosva por intermedia tta fiafuncionava na rua Senado

Carmen Miranda, mue talvez mesma de pensardas da rua Ouvidor,

Naquela ocasião, ela '

cheoarãn uo domicilio dos assinantes

uma confe.}ornai falado.

que os homens se tor.i se queiram dar mais

I-talado, por meio

'i" Oscnr. cnniou ireio priiins que a Radio Fluminenstadora, quando ainda esta

Cesa' Ladeira, quando ainda em atividade em ,nísta cinema tngra lica rir. vm jornal bandeirante.

Nesse tempo, o ""homem dos erres", ndo fazi.

> Pottlo, foi aro-

Via unicamente

Francisco Alves, foiacabou lambem coitíam

Assim, ele fugiu d;

chaufeur tie praça, E de tanto olo.

ser... "barbeiro".

Lola Silva, foi uma rias revelações da nosso raiilo-mirím. A lit-farcssatiíe filha do saudoso Polar, chegou a ser a embaixatriz do Bra-sil nos Campeonato Mundial de Foot.Ball, K- terminou -chutando" o

Também, flfa.t Nunes, filha desse genial humorista Terra dt. Senna,despertou a atenção dos ouvmt.es da Rádio Guanabara. Atualmente,porem, ele vlvt preocupado com as estudos, -navegando" n'outraságuas.,,

Faustus, brilhante crose no .laptío ha vários ano:.üe "Ciranda. Clrandtnha".

isto mostra que o f.

í.iín dn "Ga;eío <íe Noticias", encontra-Agora cHega-nos a noticia tte que õ autor

t:at coníHígfr família,üstus fez "roüa" a alguma japonesa,..

somos'gratos pelo amave! convite gue nis

ARMANDO MIGVetS

. O publico nío t mun of- artistas por cai; leves rir pronunt

i; <ai riefe.trmas rta voz. tí fechado na l

alio mglc- cm . Tralvlhri

E qui niio

Ent ret

achem qduic n.=nllciei.oufundo

sSo pequenos nriisiasquase sempre mererem ti^do tconhenmenvo tios atnnref pelnblentr que Mbem criar anc-amadesta missAo. Amam a|wrdamente a n..ssa arte emborapoluam todos o« aiributos i:pensáveis no trlunlo,

Fazem partp ria granrie tnnOs cuiros. os medíocres, são íí|parasitis.

A verdadeira diliriildari? riacula;âo conside em saber riapalavras o valor que teem; soteligèneia pode guiar o art:::."i ih* método capa;rriatnra nula em rnamrn ui:rgente.

Aconselho aos jovens ainstasver e ouvir .-empre que ffir possivLucien Gultry; turfiods forca de vontade Atire grancomediante, compreenderão quanmomentos n.io sâo ioiibac,*s anpouso para preparar, muitas vezuma frase que c a pedrí rie ii-c.df lodo um estado cie alma, rfrase éle colocará o acen'o uinna paia vra que : deve esclaref erespeciador. Lucien Guitry é o macomedianie da nossa época,

i seu i i Pau.

¦dém

dicai

> «le i. que linha a srande ale-

gria de contracenar com ele. o ou-via entusiasmada: a arte rie Guitry* incomparavel. NAo se repeic min.ts e. entretanto, e sempre n mw-mo personagem que era a mesmaatmosfera necessária ã peça. E' cmaií perfeito mod?lo que se poclfoferecer- A nova gcraçftoi.

A muito íHUtiesa c magiiifica Re-Jane era também uma i

ungaicir-r qiip nao f.:iiromparavc! dfpel.

Contamos entdes art.stas. a!eiraiigeiros cujo

idos doa,chegaram a Fans

Hie cia tens nataldi' Mounei Siillv

iicí.io. e consegui'!

irabailio Logo flu.

io p éle se dectliti ¦ irne rio sul da Pi"Hii-a i

- Eu sflio que lasjsu ii»e.]i o talento do comediaDnn Diegue ao vie i Hretudo a,< rei Edipn ur

do'orosa para o especiSo esquecis a grandecl rir Mcmnet néííp p

|KI 11-

. que

lui? comedian ic.' e

-agradável do jue

Dp Marx que nunca |tí

vulgar nem rimlico, Èle se rie":

tade.¦ busca

no Guiti-y.

> nungen.eiva. De i¦-. artistas i

des comediantes,Fir, de Irving e

Inimigos por ter cque Coquei.n era

de iicnf-a5 alegre;, ou clolovo-

dom do riso e aasnesmo grSii rie fino-

'. ambn=- sáo rtoi«

de Coquelm doií

jni notável come-

>T«15

Z! Z! Z! Z!o terror - a ameaçaT YR O N EPOWER

UOJE-HORÁRIO

2-4-6-8-10 HORAS

"k o terror-a ameaça...! IJi m m. 191

\m TEMIDO W" J, J^ ¦ |1|ll PELOS «_^_^^B ^SjW^WWi !Sl3| homens áfi B JE «éÉF Jt fmM AMADO jB MX^W (íPi \Wa\ ''kias fl Ihu«' Sil9 mulhe- W" ' 7, ral

aM l^VB^^^ lli

n Uma averttu- J— ^^^^^^^^^3 WÊsW ílrnmarí* ^H ^P^É^S^^^^^^^B ^B I

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|'l dr *^^^0C97n!Vl Sll ümp ^utf^RH^SJB I, éHi 1() MMsUwÈI fl 3BBSHn9 ÜTÉaw Ifl, «naan a fljV ^^^^^ BfÃ*ilaam J

H] flRH HL - vi,vi«oo^^^^^^^|íiugSB Hm^ w^Ê^^^Êt rAR*mTO 0B0SS0 il%Sg§^m& SÃ

'NOVAS CARIAR INgUIlAfDR"Eça de Queiroz"

melro prêmio de tracédia. ninguém,nenhum diretor o queria contratai;leve que se faser pomo. e eu o oncentrei n\ Comedie Prangaitc comosegundo ponl.i. Uma note durante• repiosenlsçiio fie "Gabnele"uma pei;af]d)rila rie Emile AinEirr,O aiíir Thirinn que linha esquecioris memoris nai vinhas do Senho;parou mudo, E o meu ponto Léau-laiid lhe enviou s tirada, Thirinnrepetiu pa livra nor palavn romsotaque de Auveigne iflüa » rtpli-ca. Madelcinc Brolian e eu. qui es-lavamos em cena não pudemos ren.ter a nossa hitarlcdade r o p".blitoriivertldo p camarada ieve uma vei-riadeirs crise rir rLio, O wcan-Jaloentretanto, tomou nlMporiI6eis seria-para o pobre comedianie. O juperintendente "ir,*, realrns rondeno.iThlrion á multa de mil ímirus.

LéatltBUct roívervoii o seuposto

O sotatiue gasconés ê me;tal co que o d.i Dardognev:vo do que o bordalés quelado. Os artistas nasciflofcados em Bordeaux lêem n.„tlcu Idade rm perder o souquiQuando Cora Lt]

palmente nos dl.ou ric primeira ebaigsda , peloÉsse ücflio e a iraris os caritisiu

.e a pra-vei tarar

As iharges dn imeiin.s duvidocoalaaaalal, qaa, ,,.,.aborrecerem i

bllco Ihr perdôopenavam pouco

me ped:r conselhosslnnas alim n« ;

Nâo ba.^ra -p libeiiiinncrleicõat;. pe^os.-E" preciso awendtr

\ extrarieíello quase que dei,

que ela gosta rie ida tn-tanls o solaagradável pu-a oco Mas qus è \$staque populai!

Eu. pe>,-i:alineii'i

l sta. mesmo de i

"cupa com í'r! Quando fui iria protesiora dn Conserva lòriisava que respeitariam o meu

N*-,as» ííMa

abandonara:

nho de cau:

ment.trpersonagem ¦dcpo:,« nA a-

rie Ta In

i que ê - nâo r"n.

treientoí r.anito fo-sc Jovene delsada p oirénem Que'rsnsíornndapoiieira. SAoterminam assu

Mrrie me.

mentes aos limites da loucura, ma,:

Um sotaque imposlsvel realmenterie se driminar é o de Auvergn*Quando Ü7 o meu primeiro exameno Conservatório, fiouei parali?aoano me o da m nha reverência, oi,vindo um joven anunciai ao juri

— Madrmoiselle Chara Bernaihdi.

nSo ihipeis nc

e.s maií dolorosas ric 'ei pena porque ésse dei"» permittiií chegar aos

. linhas o-^deicela. A sua ar:ganhará muilo.

Muitos artistasra de falar queque toma fácil i

A que escreveum pouco ciem a t.

p Lr K-iin. irSíico rir ti-s-itue também tinha n nar-r' a.'íem->lhavs á de C\t-»fl

• translorTiaçòeíntinuava trio riiar

* nropria¦ ¦ ¦, i i

DE MUSICAMARIA SCELESTE NA ASSOCIAÇÃO DOS ARTIS

TAS BRASILEIROS. PEQUENINA SALA do Palace Hotel _ templo de •

A ?°í,0 *" ¦""'"" »a-«í.Iaaaro,. „[,„ Msnlmtstt rt(ie 13 rfe janeiro p. findo. Tratava-se tte ume rudirtendo eomo heroina, uma cantara jovn* - «e rem- 'r,-'-

tisltcos. pMario Sccleste Vieira vem do longmqco Amaíonai >iVt> Rio. tstutíau canto nn Conservatório Brasileiro dr M-vistas da professora Mathüde de Andrade Baillv edeu-Uai» o, Praaa.<aalaa, t, aaaaa m»aao s/sslsnls l «|oaaaiJ,aa,

'A primeira impressão qne tivemos aa ouvi-la. ioi a <•"' "' Prí,t-''-'o noter.se que a cantora nw.tuonrv•e aa publico. ,Reunindo oí nomes rfe Sacriatti|U do, Garme Guelarv. Lorenzo. Maria Sceleste Vieira de+nos

ndo c

,,,-^..t '?

, Pergotese. Chnpin,Fernandez, Mignonum interessante pr,

_ (feiioíanrfo compreilidade. Todavia, lago de inicio, no "Sento nel core" ri,"Tristesse Etenictle" dt Chopin, sentimos uma certaembora roctiUiaáos eom qraca e. emoção.

¦lã no "Alba di luna" de Santoliquido e "Mi nGuelarv. o mesmo ndo * deu. progredindo tradatiramhistoria" rir Lorenza Fernandet e. no '"Improvisa" dr

Maria Scr.lesle Vieira tem dianlf de sl um lulum rA sua apresentação no pud/ico rfo Rio rfe ,/nneiro.

rin alssocíniiao rfo.i Artistas Brastleirns. constituiu umparn a sua arlr, gue tende a elevar.se cada ve: nwtt,

OTÁVIO DE ALMFlDi

VARIAS

O TRIO ESTRELA-BORGEKTH-IBERE NAS "ONDAS MVStCM!"

No programa "Ondas Mnsicais" ds Liga Brasi:eir« d' Eietns*dade, feí-se ouvir terça-feira ultima. As 13 horas o Trio Estrrt-Borgerth-Iberé que executou um magnífico programa, como isrem»'seguir: Rameau — 3o concerto pars trio — ai "La Ponliniere"; B' "tiT.mlde"; cl "TambouriiT"; Vicente D'Indv — Er marche"; lt,r'cinco Braga — -Lundu" do Trio Brasileiro; Loreimo FPinanrier -"Cançío e Scheno" do Trio Brasileiro em íll menor e vis U>tt» -i" Trlq.

O concerto fot irradiado pelas seguintes estações: Mavrink Vf"1Naclonsl, Tupy, Cruzeiro do Sul, Jornal do Brasil e Transmissor».

artística 01

I CultiCSIP

Para a execução Integral das Sonatas de Beethoi¦ Artística de SÉo Paulo vem promoiendo uma serie de audifWdo pianista Prttz Jank.

Na segunda audlcào que se realizou no Tealro Muninp*l áí c7

pitai bandeirante, o exímio pianista apresentou as Sonstw "P"1 .,n,s 20; opus 7. n,° i; opus ID n° I t opus 10, us 8 sendo vivam-aplaudido pelo numeroso audllorlo,

Page 11: HOJE DOM i RIO, 1 DE DE ANO HOJE 500 - :::[ BIBLIOTECA ...memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1941_00186.pdf · sem procurar ser útil em nada, ... num emarunnamento des. lumbrante

w~

^{^B^mIEÍtÍ..Ainda ente mêt 111

O AII»n«»VM. «OMASCIi ,

M A V E R L 1 N G¦ma liWóris de-amor qne

,"„.. ti™ " m11»» ¦*>"¦"POIÇAO ILtIB-niADA

fi faacabrimento do Braêil

iCONCLUSAO DA FAO. 1»

' Aohatiam-st o» porínpuís»

nom dt trinta milha» oo sul da

,„rí Vi' » mi" c«to'« ""jj-, d. poi,'. «» eíoolfte-In pora

jjtrfeo ilit «rim*. '«*"«,

íorín Sspiiro. tfe/rotttc d* «m rto

I!(í ,e pode porpenítifü ftfeníí/f-

«tr com o Ciaminmuan, t logo

mm ccisaerar a joJenidade do

!mp,: santo Qtie ntrawetsatxm,¦tle beptlmm rfe monfe Pascoal a

„iin!í("i'i(' 5»< primeiro haviam

nvtsltitlo, e rfe» (i "'»""» região

iencoberfa. «h« oii (erro /frme,

„ „omr rte rer-ra de Vera Cru».

Dtti por diante, i rtemevessarln

no meu propósito mencionar os

epl.rirffos rfn pnmcfrji e rudimen-

inr exploração, admirável e mi-mieiosnmenfe traçado* pela pe-na sincera de Per., Vat de Cã-minha.

Pela primeira vez. tinham oseuropeus chegadn ás plagas bra-líteiras Dino pela primeira reaotirmir nenhuma prova ílisfi/icflZr enquanto a Irteníi/icüÇÍo dccaio. r/iie friisoii e f,epc ftotiiorarfíicnbíi-ffi (res meses fluí**, cowt

. cnho rfe smiío a golfinho.E /im demonstrai», me part-

vt n intenta Que guiOH a expe-dicúo de Pedro Alvares Cnbrtiiaté tt' estas da America ão Sul.ft.r íiiícitío ctínjitgavante comdelicie (711c peio mesma época,I.tiniíi Gaspar Corte Seal a»'rirs("i"'"''í"'o dir Terrn NonaObeíf criei w owlws "° «"""0 fm"

fidso f/íiemoffci), dado peio rei„'_ poHugal ou pelos sen» cmi-srtheiros. seomido o plan» dtnbvior ao desenvnlvimento ex-

ii-,, do p-der colonial da Es-penha, ti custa de terras QM stieseonfiava entrarem na zonaíe iiillneneia portuguesa.'

.fn. Pedro Álvares Cabral, aodestacar da sita armada a nauri. Gaspar rfe- Lemos para traxeroo <f» regia ttma a jiibiíosa nora(f« iíe.«obrimeiií«. nã.< suspeitou

"lo Que havia presenteado oio eom a mais rica * for-

n -ufa do sen império ultra-

¦ DOM CASMURROFIM DEFE5TÂPartas ll

14441

O TEATRO que ao fctado inte-reu* amparar, cultivar oudesenvolver nio * o que ad

diverte, maa o que, também, e no-bretudo, ensina. Ou melhor: á iqua-le que, divertindo, leciona. Os ct-mleos, por sl mesmo, nio teem porque fazer Jú* a um serviço publicooficializado. I' a obra dos comicotqus deve preocupar pelo que «la temde ínilnusnte, persuaslvo e convln-cente sabre a formação das missas,ums vea que a álea seja dade In-terptetar nio o mero teatro de dezgargalhadas por min»», mas o tea-tro em que de dea em des gargalho-dss irrompi, pelo menos, uma adntilar. A moderna pedagogia ma-tou de ves a "Oar.eta" citando o Jar-dim da infância * ensina botânicaou aonlogia sem tratados nem car-tapados, No fim de duas hora* defolguedo a criança sibe o que é ummamífero, descreve como o vegetalrespira e é capaz até rie falar nobre,a composição do sangue! Aprendesem dar per laio. Pois o teatro quadeve «er vigiado, incrementado edesenvolvido pelo S. N. T. é sssim

0 nosso Jardim da Infância(A propósito do Serviço Nacional de Teatro)

De GEN ARO PONTE

Oeiwém 4» amante--SNOVAI «AftMa-nnmiTAi"

Dl"Eça de Queiroz"aa Mio volante «a Mlnã»-OOM CAIMURHO". ALBA

Em todas as livrarias '

eomo uma espécie de "Jardim dsInfância" par« gente grande. NesWeomo naquele, nio basta a correria,o trapeeio, a roda. os pules, a peté-ee. E' preciso nue depois do recreiotodos nó» aalbamo» um pouco osnossos dois dedos de botânica e anossa meta tigela de zoologia...«ase, sim. será o teatro que precisamonte se poderá chamar de inati-Inicio publica porque terfc um de-claívo impérlii na inentaüztção dopovo, aularando-lhe o que lhe pare-ça obscuro, tevelando-lhe o Ignorado, exillando-lhe o desapercebido,desdobrando-lhe o passado para *euestimulo, fixando-lht o presente pa-

ra seu orgulho t vttlclnando-lhe ofuturo p«ra sim glória. Os antigos.eom o riso. castigavam os costu-mes. Nós com esse mesmo riso pn-demos faier msls e multo melhor:educaremos a- sersçõw. O Estadotem o direito de proibir a entradads Juventude »m espetáculos fui-minados pela Censura, Mas corre,lhe paralelamente o dever de ufa-ninar outros espetáculos que, aocontrario daqueles, sejam utels eótimos psra as Inteligências que es-tão a »e plasmar. E' multo maiaproficu» orlar o bom espetáculo,bimbalhando a atração em tornodele, que Insistir no hábito esrrsn-

eudo s tantas veies Inconseqüentede proibir a máu. Neste ponto, osmaus por si náo se destróem. E,Incontestavelmente, * bom que dss-t.rét o máu. I' precise criai- o teatra dg fabrica, o teatro da oficina,a teatro da Mcola, Escala, labrloa,oficina deedobrario horlnontss ln-findavsts comecsndn no amor peloalftUto e a se projetar em liieipe-rada* «quteOee de eonheolmenlosque darão ao motor humano umaImensa capacidade produtora, E oEstido afinal se pagará, eom juro*fartos, do quanto gastou pata edu-oá-to e Instrui-lo — a tle qua pen-sava que só eslava a se divertir!

Um «e o i K. T. acha Isso mui-tn difícil de reallrsr, por que, aomenos, não piomove dendê Já umteatro especlaliado para criam,*» *dolescentes que estiverem proibidosd« assistir á espetáculo* que a Cen-ama miltto Justamente indica comeimpróprios psra

O BRASIL é pobre d* Jornais

oue tragam aa novidades ints-leoiusls nue «urgem nos quatroponto* da terra do Crllaelrn. R"•videnie Isso e hi muitos anos sstem notatlo pela necessidade iníor-msl Ira. (Ias letras e ias sn™ comoíuneso d* nnldiidti nacional • tlerata. K- sragas »•• renhet-Inventod-iSH verdade ..» dr mals ampla vl-aio tini slsi-aadfl "- entiicaa ntsislugar de. merecimento prltnaclal¦iu* * a íniiii-cnsa ptrlfldiisa.

Sãn ile» espiritou mis logem »¦¦ailst&iiSes mesquinhas de desejüí epi-othávetn * eam *tanifieai.&omoral de relevância comn acench»-aos Ilícitos, panelinha", igrejinha* •mntim outras qualidades d* agi-a-patjienloe * facf-Ae* il espi-silvei* *

Por I*bo, UA lií" an»". 1* n" Rio "«'

1.1-enlo) como "> di> .Bi-íulo dr Abreu.o d* Álvaro Moreyra, tU .lirasAmado ¦ de outros drss* hebdoma-tiSilo, espirilo qu» apareceu n*«poea da dflvida, les sui-jilr da e»»-fusão bBbíiica um semanário d»eunhn •xcluslvamsnt* literário •ai-litico, Impai-elal. 1 Ibera Hsstmo.deixando os amores .-om a plenaliberdade de escrita, dando, final-mente, ati pais. um meio rte pi*p«-BufldH d» Idsai" dos lnl*l«ctuais vs-lho* • motos, de preferência *»ts»pela isenção d* preconceito*, idálá*que dormiam no sulxioncirnl* Msmasía» aguadas dos literato* d* r».daslo de periódicos d» capitais •

Fra Dom Casmurroedifícios da ruas tecueains fitos estranhos • nortros tor tes uue nio nns

KVBEM DE BARROS FRANCO hianhi tece-

mentalidade moça do Brasil rasur-ai d» das clnsa* da velha iepúbt.i:ados eleitorados das câmaras a «olrealonsl

.... isicun da linaus «m, * dt) ent rangeu* o publica»Illu gesto — a* biografias

lea de esaliaçàn própria. Andeliundo " pan* efêmera •precário calor, *le vai diretosentimento de páirldOea e ncs indlvfdu.

íiitio.¦ dns I

. d*lUdl-

çio. DOM CASMURRO loi ftl#nldesses pontos — avançou com i»etsão: ii-aliu do problema da na-oionalltlad*.

Depois ilr mo»trai* o arquivo dosheróis ilas letras * das ai-les, ¦*•-pois rte clamar pela completa liber-

hiea ideal* i"noms escrito no i'«lócla". Rie f*K com ¦:roi pintem o Brasil .

'. tim

absoluto* trm Prasll disposto par* * luts

O pflvo que pensa * o povo <iu|g. A lArça tlr um pflvo no isceflc1

les. em primeiro lunar, e depois nbftlli-o. A cultura domina, a cnliira baseada no firmo > surtiu nat-i.ns!l«m« .snnselente dr nm p»vo,

IWIM rASMI-RHO iniciou, anol.

,1* jeiaa .Io* aborígenes,

• d» sabor quaseeipreseio do peni

quln

rti-s ne-eras africanos,ci-etos 'H"> honietis »•-.erdade completa s

am panha, (a-i conceito d*

Bi-aeil puis

.«¦-dadeira..Resumirão com apreço, o* vu

tos ilr Nóbresa* Anchlet», d« B»lolomeu de Ruatn*". de Vital de \'<gielro* - Hosibl, de Bi-imn-do Vie

Fim-ti a ri ha lili¦í ilsnn̂

•-Ijfl.

PoH orglo, T»OM CAU-

i desprovidos do isnlimenl*.

«ib *s camada* da poeira dos tem-pos • da velocidart» dns homens dstrabalho, e iene nome* enclmanda

ílílS.-"OS GRILEIROS"DE

Cloiiú ée Gmmrn

\M ROMANCB «OIH ODRAMA DA TBRKA RM

I. PAULO

nutoa em que nada Unhe a dlser.Dm joven aior, Cbabert, nue lhesra multo dedicado, o despeitava,no momento oportuno, « Coquelindisposto * repousado pelos trás mi-mitos de absoluto isolamento en-trava em «çfio ruidosamente. Eraespantoso.

8du contra asse método, acho que*. preciso experimentar todos ossentimentos que agitam a alma dopersonagem que se quer repre nen-iar. i preciso deixar a peraonalida-de no camarim, despojar a alma dasaensaçóes pessoais e a revestir comas grande ws ou tara* que se temque ent er lo rias r.

Tive uma criada de quarto Itália-na que fn) um dia me ver. em "Phe-dre". e disse:

— Oh! como Madame estava bo-ntta; mas eu a reconheci emborativesse mudado a "casca.

Nenhum outro elogio foi táo dl-reto ao meu coração. E' precisoamar. chorar, sofrer, * preciso mor-rer. Ah! Velo o sorriso, ouço as re-flexCe*. Entretanto você que temmorrido milhares de vezes de mor-leu diferentes, está ainda de pé, eisso numa Idade avançada.

Sim. * verdade, estou ainda vivae toquei a morte real naa minhasdiferentes mortes, precisei multa*veses mal* de uma hora para vol-tar k vida. Tinha o cérebro enfra-querido, n coraçio quase parado, apeito sem rr-ípíraçáo: mas guarda-ra a força de vontade precisa pararetomar a vida pessoal, da mesmaforma que ae deve guiruar o sar.gue frio psra nüo esquecer o papelnem os movimentos em cena.

A arte da nossa arte é nío no*mostrarmos em cena rat qual so-mos ne vida quotidiana: nem uminstante o publico rievç pensar quíss cenas que assiste nio acontece-ram, devemos ronservã-lo no ambi.ente para o oiial o autor desejai,tranuportá-lo. devemos criar s at-mosfera peln nosss rincerlúade, e opublico angustiado, comovido, sódeve. como o artista, recuperar oseu livre arbítrio na queda do pano.

Oque chamam de trabalho, nanossa arte, deve ser exclusiva memea busca da verdade. As peças emverso. .*em duvida, requerem inter-pi cl et Dosiuuiotes de dons espe-ciais. Mas será sempre o artistamals aproximado do real dentro doideal que triunfara.

O GESTO

O gesto, nio quer dizer

K S1NALAÇAO ÜE "QU ^ ™d" NA ATUAL ORTOGRAFIA

nnciAL BRASILEIRA EPORTUGUESA

i 24. Vimos que o código lusoDlidnl <le 1911 estipulava a seguinteregra geral icft. nosso I 23, Dl:-Bui re ra empregos 1o sinal graveno dt* sinalar o u doe grupos Ou

ii quando proferido, mudando-s*sinal para acudo se o referido i(

lolnido predominante". Destssou a imamin,; antiquado, obti-

citado, averiguado,.oblíqua, averigua,tiprcir.nqüemos, enxuguemos, apro-íiiiçilr. enmgite, delinqitia, arpai, or-çui.oíiliijiioooHoso, qúoriiíii, legiiòria,mnbi.itn. oblltiíto, argúo. etc. Acon-tpcf porém, que, nos exemplos da-Hos nelo locIIro (cft. noaso 1 2». Dl,

aparecem formas com qu e ffn an-i tip ' i, embora contrariamente ã;is .cral acima enunciada, a qual

Irlcia áe. ner aplicada antes dequalquer vogai, nortanto, náo sóquanrio 171, e pu estiverem antes dsf. 1, mus mmbem quando estiveremante' d» a. o. O motivo ds omissão(ir exemplos 110 código para qu e yusnies cin n. o. significa porém, real-mem,' 110 taso, que se trata apenastle 01 - ju antes de e. i. Para lun-(laincniu (ie^sa significação, desse(ititriiti. temas, entre outros, ummotim já anteriormente examinadopor nos icfi. } W: acusando logo" ewnta nacional o emudeclmentodn u dt.s riiEramas nu e çh antes de". d. 'tiiiatonr. catorze; guabiroba.Sublinha; quocientr.. cociente: légua-no (iitD íesorla" e que assim se de-verin m-ifai-, do mesmo modo quecito jji>i tji.oteo. è claro que iodarw. qur se escreva qua. gua, quo, pite,p nío e'i mi, co. go, ê para sei' pro-tiunciado o 1( assim: o6íi(flíflrto, an-tiquotlo. oreriguado aquosidade, quo-''im. í-gi.oi-ia, awbij.no, exiguo, etc.£.. (ie (ato. o código diz que "a letra'I f -cmiii-r seguida de 11, o qual. se éproífririo. leva o sinal grave ui) an-'« tlf e. 1. conservando-se porem otii'-i"i tin sem sinal antes de a, o.' OM.nliiua; quente, eqüestre, Quin.'«¦ •qiixlatte, qtmtro, ngnoso (cit.r-«so ) 22. iv). Nío se refere o'wiiiiii lodnvia. ao grupo ou para oisMi. isto ê, para pn antes de a. o,mas esse dlgrama nessa posiçào, de-)f. "iiupiii emente estar sub tendido.

. «mi mais qm» o código, em outro'içaf 'cft. nosso i 22, X), estipulaW rr- vprhos da 1." conjugação cu,lolídicai c 1, sigam, ni8 formas rl>to-predominantes, o paradigma de awar'tie níori, portanto lambem verbosnn çiior * guar, como eitTOOitar aWiijiífír ria 1,' conj., que daráo'«-¦íifwo, rthíigno icft, sm de suar),*»-MDi(i>, abliqwa teft. mo de suor),> Par. et identemente, de delinquo ««/rn formas ri^opredominantes de

nifliiir, verbos em oiiír s* conj. NSo sinalando o_---,,• ., ti das formas suo, suo. rie*|;<". consideradas por ele: paroxlln-w, t por suas regras de stnalaçáe™ paromionos terminados em a <».Gniín T " LV nâ0 ** «inalam (cft.^

iiiulvf-s Viana. Voe, Rmisslvo »¦"mo. Prefacio. 81). e do Prontuário),iriV, ™' tol'c'us*o e eom o já visto«ama. n aesuinte regra geral do có.niso !«sn afietai de 1911: "Desde que

vpI- s 'p efisp "¦ porquanto ele ds-"' ser sempre pronunciado, seja"» 'ucilúiiiinanle 1 «nílifiicifo, qua-f,»:...""'1"''.''.!^- averiguamos, água,

111a, tirgita, enxagita, oblíquo,0 de obliquar, averiguar,irauíi: enxaguar, Aelinqúir;tinonim). Esclarecido isso,

";"' fine uasHHtiios * fa/ei"ijjf/5'- - O código luso oliclal de1Í1 /"['puíhvh, conforme vimos

¦° '" p- 'in antes de e, i, quando' " ire.fi. pronunciado nâo pre-minsntt, ¦ que w mudtut • H-

nal grave para agudo desde que •dito 11 passasse, em vocábulo, a serpredominante Em 1930. porém, pelaportaria 2.593, publicada no Diáriado Governo, de Lisboa, de 30-13-19211,o governo luso alterou seu código ila1911, mandando empregar, em lugardo sinal grave, o trema, em cimado ii dos dtgramas ou e 9», quandoesse 11 fosse nâo predominante, con-servando o sinal agudo, porem, paraquando o mesmo ti fosse predomt-nante, portanto: obiiqüeiiior, enxa-piiemoí, abllqüe. «iiiopiie, freqüente,lingüeta, eqüidade, delinqüir argüir,redargütr, argiiet, itlinqâtê, obll-qúe*. etc.

Examinemos, todavia, as razoesdessa rieclsio, porque foi Cândidode Figueiredo quem, evidentemente,a provocou. Com efeito, o famosacaturrs, um doa maiores atrapalha-dores do vernáculo, mau grado suapaciência na confecção do seu niomenos famoso e jà meio caduco No-vo Dicionário ia íing. Port,, era umdos vogais da cemiss&o ortográficalusa de 1911. da qual faals tambempsrte Oonsalves Viana como reta-tor. e talvea por tn este morrido em1914 (Palestras fíloioptcm, Lisboa,a.» ed., Prefacio) e querer Cândidode Figueiredo faser algo mais qusa obra monumental da reforma ba-seada no* estudos do saudoso fone-tieisla, e de seus Ilustres companheí.ros de comissáo. conseguiu que estacomissão, ji desfalcada pela mortede vários membros, e com auxilio dealguns outros extras, concordasse,com a substituído do sinal gravepelo trema, nâo só no caso visto de«inalar o u proferido nâo predomt-nante do* digramas qu e pu antesde e, i, como tambem para o u ou 1nio predominante e nâo formandoditongo com a vogai precedente:sdtidoçôo, saudade, satmento, eaíief,atMria. veicular, prtííbir, ete, B ve-mo* nas razões do esturra. anexas ireferida Portaria lusa de 1920, o pre-texto da mudança: "o trema já eraconhecido por gramáticos e escrito-res", ao passo que o sinal grave nAoa era. argumento este, aliás que nioimpediu C. de Figueiredo de chamaiao mesmo sinal grave "judicloao emcórodo, pregar, etc", náo mai» seincomodando aqui com a ctteuns-tancia de -gramáticos e escritores"

casos, como em pêgatta, que por Usodava margem á pronuncia errônea"pégadá", que teve até quem a de-fendesse. segundo Gonçalves Viana<S7>, em ves da correta escrita esinalaçáo lusa pigada '"pegada")do critério de Gonçalves Viana ado-tado na reforma portuguesa de 1911â qual, como vimos, nesse ponto, C.de Figueiredo bateu palmas, e por-tanto, nâo podendo arslm aqueles"gramáticos e escritores'' serem abe-naçdes dignas de fundamento pt»resoluçllrs no caso, as quais foram,no fundo, puramente "csndlflgune-dianss". Isto é, arbitrarias.,, fa»,Realmente, verifiquemos como con-ma em substitulçío »o greve, niecnrdsram sobre o emprego do tre-aó os membros da comissão lusa so-brevlventee. como os extras ccw.ul-tados por Cândido de Figueiredo:

I — Carollna MlChséles, que já ti-nha habitualmente um trema sobreo e de seu nome, germânico comeaua dona. que nasceu em Barlim eque «ri eximia rebusca dora dos ve-lhos documentos da lingua portu-guess, onde, naturalmente, -amprsdeve ier simpatizado oom o tremaque lá as encontra por veses.

H — J. -Leite de Vasconcelos, queconcordou com uma resposta seca esem comentário, evidentemente paraae livrar daa cáturrices 1o colega,pois andara aoa pe|as eom Oindldude Figueiredo, de cujo saber linguls.tico Rllrmara antes,, o oom giandefundamento, ser de "tom afetado,pretendam * autoritário embora

As consoantes ocluslvas velaresorais simples na ortografia oficial

i autor" i381,111 - Antônio ds Vasconcelos, que

aauiMON m uma «aposta km

clareza ds fundamento fllológico.IV — J. J. Nunes, com unia tes-

posta quase irônica ao se classificar,concordando, como "o mais linmll-de dos membros" da comissão de1911.

— Manuel Borges Caminha, comuma resposta squiescedors funda-mentada ns preferencia das tipogra-fias lisboetas pelo trema, .mando écerto que nio era assim tâo cons-tante o trema n* velha grafia usualportuguesa, ao pomo de obricar aitipografias de Lisboa a tal "preie-rencia".

VI - José Maria Rodrigues. DaviLopes e A. A. Cortesio, tris extraslusos cujas respostas náo possuemmelhor fundamento lilolúgico. aen-do que Cortesio se lembrou, multonaturalmente, das '-regras de suagramática", com cujas "-regras" aproposta de Cindido de Figueiredoestava em harmonia "na «ua quasetotalidade"...

VT1 — Finalmente, mais doie ea-iras, e nessa vez brasileiros (H, ousejam os saudosos Silva Ramos 1Mário Barreto, dos quais Cândido diFigueiredo recebeu resposta *ouim-cedora de pura cortesia, jomo scpode deduzir dos próprios termosdela, na qual, a par da insistênciade qualquer comentário fllológico,fala-se apenas do "provecto autordo Novo Dicionário" e do fato daresposta ser originada do "estudoponderado do* fundamentos (?) emque a proposta se basea" Isso d:polsde ae poder ler a afirmação de qut-o noaso assentlmento 10 de MarioBarreto e Silva Ramos) náo repre-senta um simples gesto de cortesia"'...

I 36. - Nào há diívida que o tre-ma. conforme observa A. da CostaLeio no aeu Prontuário de Orlo-grafia (Lisboa. »-• ed-, 1934. pag, 140,nota), ê um sinal multo amigo nagrafia portuguesa <e tio sonpiuemulto antigo, maa nunca multo usa-do, como dissemos), já aconselhado•m WK por Duarte Nunes do Leão,na sus Ortogra/ia da Ling. Port.,para diferençar sobre o 1 palavrascomo caindo (branqueado) de unia-do (cajado), mas Isso tambem numtempo em que a escrita da línguanáo diferençava o t voesl latino do iconsoante, como depois <e verificou:ieíunu, jejum, Tambem é certo quso poeta Dlogo Bernardes HSBfl), co-locava trema sobre o e da palavrapoeta (colas mesmo de poetai s Já omesmo fizera Camões, aue o diciciia.rista brasileiro Morais aplicou o tra-mt no seu Jplfomeii do Oram. pari.,que por essa época Já o inocente ire-ma tinha se vulgarizado com mslsdois nom»* atrapalhattvoa, ápices ousímalhas "batismos felttw em 1516por Nunes do Leio), que a Qraniá-rica Ftlosóiiia de Barbosa empre.gui-o para ticlear hiato da íOgatsa a pronunela o» itdo* dlgrama*-í*a pu, que Ribeiro de Vasconcelos hámuitos anos etislnava o emprego riottema na sua Gram. Poriugiumc psraitso dos líe-Jtis lusitano* e qut, assim,o trema á apenas uma rcitauraçáoem homenagem "gramáticos e escrl-tores" lusos, e teus Imitadores, todosnem sempre autoridades em assim-tos llngu.stlcos ou, pelo menos, des-conhecedores da nova ciência da lln-tu*sem ou vividos em época ns quala lingüística estava longe de serciência. Realmente, o que pode o ire-ma Indicar em sua essência? Paradesunir vogais em hiMo nâo prsdD-mhunate mimento, m&aijfto nel'.ctiíor. alltilrla, proibir, reunião).aendo um* simples convenção gri-fica e havendo o sins! agudo para afunção oposta, ou seja a de «inalarno. código luso de 1911 a vogai pre-dominante do hiato unida, baia,MiEU, Minità, «/luis, 1-attiu.j, fita

(V)CRVZ CORDEIRO

(Especial para UOM CASMURRO)

aem correspondente, pois o sinal con-trario ao agudo tsinalador da predo-minancla) i o grave, no código iusode lflll sinalador das nâo predomi-nantes e do valor alfabético dss vo-gais quando preciso paia a ortoépialusa: pá. pòüníia, pó. páziuiio. café.cafèunho, prático, pregar (faier aer-mão), diferente de prepor (meterprego). cáratfo. pegada, ele. Seria as-sim falta de lógica, pelo menos, senâo considerássemos, tambem. quea sinala«io pelo trema do sper.dtcelabial latino u dos digramas qn e pu.poderia por outro lado notar a velhapronuncia romana especial desseapêndice (cft. If 10 e 131. eu sejaqualquer cotas parecida com a ufrancês de pnr dos nossos íia«, oucom o ti treinado alemão, pois o tve-ma é, sobretudo, germânico, caracte-riatico do umlaut ou metafoma, fe-nómeno fonético sem aqui valenciacorrente sm nossa lingua: sclueart,"preto", jchuiürífie/i. -mais ou menospreto", roi. "vermelho ". .rotifcft.-avermelhado". Iiocli, alto", íiScíter,"mais alto", Jnit, chapéu". Hiííe."chapéus", brnun. '-castanho*,briunlich, "acastanhado". SffliiS."poeira'', srdubtfte», -poerinha, áto-mo, etc. Perece-nos, portanto, que oainsl grave sugerido por Gonçalves

pelo código luso ofial de 1911. alémde msls simples, lógico por sua upo-aiçào ao agudo, é msls latino

I 37. — Introduzido no código tu-so oficial em 1920 teft. nosso 11 3S).no Formulário anexo ao decreto bri-Rtleiro 20.101 tlS-fl-1931). oue ofl-claltzoii o Acordo luso-brasllelro de1931, o trema, porém, nio entrou emcogitação, porque nt parte referenteà sinalaçáo, o dito Acordo estipulaapenas que se reduza os sinais grá-fícós "de modo a corresponderemesses sinais à prosódia dos dois po-vos" e. no respetivo Formulário Jácitado, na parte intitulada Aceu-tuação Gráfica", exibe regras ds si-nalacio, é verdade, mas nas qualanio se cogita do trema* nem mesmodoe digramas qu e pu. Acontece, poremque, posteriormente A publicação doeeu 1° Formulário, que lol o que teencontra anexo ao decreto brasileiro20.IH Já citado, a Academia Brasi-leira de Letras continuou a conver-aar mole com a colega de Lisboa(40), Dessa conversa, entre outrascoisas, saiu, com poucas restrlfOei;a adoção do código luso tle 1911 parasinalaçáo teomo Ji o sra o retto ocódigo quase inteiro) e com a tdmls-s|õ do trema conforme lora rtocre-.

lado em PÕnuBál"SB IMriõff. fi*- :¦o I 3S). Resultou 4*1 um novo Vor-mularío acadêmico, qtie foi o queapareceu como prefacio do fanilge-rado Vocabulário Ortográiino s Or-taéplco da Lingua Portugueia erga-nitaio pela Awdemin Brasileira dtLttra» ie acordo eom a Academiadas Ciências de Lisboa, em duas edi-c6e» idênticas, il.' em 1932 e a 3,*.em 1933, e cujo titulo quilométricovem tomando quase todo o espaçodetsee folhetos que por ai andam, ã'cata do níquel do público anciosopara aprender a "almplllictda". eo-mo chamam impropriamente a oito-grafia oficial. Do dito Vocabulárioacadêmico luio-bmlleiro, aliás, to-mou conhecimento nosso governeno seu decreto aobre ortografia, ode n. 3B.02B. ds a.l-Waa, mgs o,mesmo nâo aconteceu com o govsr-h lua «ua, na tua hetaria T.UT,

publtcada no Diário áo Governo.de Lisboa l-S-1931), e refawte toAcordo acadêmico luso-brasileiro,nem de longe menciona o aludidoVocabulário, o qual ficou assim co-mo que privativo do governo brasi-leiro e das Academias lusa e brant-leira. Acontece ainda porém que. ae-gundo ee termos do Acordo, -as duasAcademias obrigavam-se s empregaresforços junto aos respectivas go-vernos a fim de. em harmonia comos termos do Acordo. s«r decreta-da nos dois paises a ortografia na-cional" que combinassem Ora, fnlexatamente o que não aconteceu emtudo. Inclusive nessa questão de st-natação, porque ao modificarem »1* Formulário acadêmico anexo aodecreto brasileiro 20.10* já referido,an Academias, segundo parecer doentlo Consultor Geral da Republica,o sr. Levl Carneiro, Interpretando oji referido decreto brasileiro30.108, nio estavam autori-zadas a fazê-lo, porque pa-ra qualquer alteração no ludldo1° Formulário se fazia indispensável,como ê natural, lei nova especial dosgovernos acordantes com as Acade-mias, pois esses governos deverlsm,"em harmonia" com os termos doAoordo, decretar ss modlflcaçõe,- dedúvidas --que de futuro ae suscitas-aem entre as Academias jusnta âortografia da lingua portuguesa"(41). Hão foi outra a razão pela qutl,recentemente, nosso governo voltouao assunto, através de aett 3» decre-to nobre ortografia, o de n. 392 ds33-3-193). nio »6 nos prometendoum Vocabulário oficial organizadopelo Ministério da Educação, comotambem nos dando novas regras pa-ra sinalaçáo. Dal se deduz, sem dl-tlculdade, que o famigerado Vocabil-larlo acadêmclo, e seu respectivoFormulário em prelado, não é atual-mente oficial nem para o governodo Brasil nem para o de Portugal. *obr* prlvMiva e puramente da Aca-demia, Bm conclusão para o ossoque nos interessa nesse estudo, aca-demioaraente e em Portugal se uiao trema sobre o u do 911 e do puquando este u é proferido nle pn-dominante antes de e, I, ao passo queno Brasil não: academicamente e emPortugal se usa o agudo sobre o atfo ou e do pu quando' esse- u i pro-ferido predominante antét de e, i.ao passo que Ao Brasil nâo. vejamos,portanto, o que acontece sobra o ea-so 110 Brasil:

131, - Tendo o decreto-lei ore-silelra n, 293. Ji referido (I 37). su-prlmldo o trem* dlsendo claramen-is-i-nio-atrá-usado-O- trema^ c-ou--trás sínaUçóes do código luto poisque delas náo cogita, ficamos tam-bem sem saber o destino que tevea sinalaçáo do pu e do pu antes dee, f, com u predominante 011 não,etrtos, todavia, que prevalecem pa-ib o pu e pu antes de a, o, nt dispo-slftes racionais filotúglcas anterior-mente vlstat (I 34), lato á. que desdeque se escreva o u dot digramas qne gu antes de a, o. seri psra sersempre pronunciado, etteja ele pre-dominante ou nâo, quer diaer dia-pensando sempre qualquer sinalá-cão: obHpue (de oblipuar), avsrí-pualdeaueripnar), apua (deapuar).eiaàBua '^e euitapuar), arfita fdearpai»; aproplnpuo, ide apropiu-çunrí, (fílíiiTuo (de deimpídr), aquo-ao, quorum. Icpudrie, redorpuo 'derídarpilíri. apasípuo (df pjwífpuar».dejapuo ide rfetapuar'. ete. Quantoa» m • pv anua d* 1, i, nl» ttba-

mos se o prometido Vocabulário doMinistério da Educação, uma ves queo decreto-lei 392 náo estipula qual-quer sinalaçáo paia o 11 proferido,predominante ou nâo, desses digra-rasa nessa posição, iiá usar um pro-cesso Já conhecido de alguns meio-na rios e vocabulários modernos, ouseja o de Informar, entre paréiuesis,quando tenha de ser proferido o ude pu e gu antes de e, í. o que ae dápor exceção, pois sabemos que a ten-dencia geral, portanto a regra ge.ral. e eliminar ua pronuncia esse «teft. nosso | I). Eis exemplos doreferido processo, com o grave no.tando o h proferido e nio predomt-nante dc qu e gu antes de e, i. visi oque nss varias formas verbais * quese concentram geralmente os caiosdo 11 predominante, e de permeiocom exemplos de outros vocábulossem íí proferido para melhor eluci-daçâo, assim:

quererqttestáorequererequestra icdel

freqüente (cOeniinquéritofreqüência (ctien)cinqüenta leúen)Quinto

. «qiíiiiçáodtlmquir icúlriressequidorranquilidade icunretfqufainiqüidade ícál)

aguerridoarguente (agiienlGuoratínpuetdííupuetn igüe)exanpueapueular (güilinpuisftca igúis)AgutlhioAguilhoararguir (gti)Enguiaeguinha -<güi>redarpuir igiilrtdisiinpuírexfínpuir

..etc.Nos casos em que a pronuncia st

mostra Já dubla, é claro cue se devepreferir ou fixar a pronuncia ver-nicula. Isto é, a que elimina habi-tualmente o u do qu e pu. princl»palmente quando esse n é predomi-nante Icft. f S). e lio a jronun-cia latina fazendo ouylr esse mesmou, assim: aquiduto, antiquisiinio, ft-cuido, reiíquis. tranqüilo, eqiiino,qüinqüenal, quiprocd, equidade, anti-guidade etc,, e nâo "acüeduio. anti-culwtmo. Ifcuido", ete.

Mas o critério acima visto, ou se-Ja o de notar entre parentes!.* a pro-nuncia do u do qu e do pu quando,por exceção, se verifica e antes dee. I, resulta tempre «n Inconve-tuante; o da consulta toiutanie aovocabulário par» ver qual» os voci-bnlos em que o u deve ser proferidoou nâo, pois á difícil se trazer tem*

Ki decorada a lista desses vocâbu-

, a fim de que na leitura, i (altade notação, nâo se tenha dúvidaquando deve esse ti aer pntíerldo ounão, o que vale dlser, apresenta o

-mttmo- ^Hcomeiifeme"iftTitlíW""lKfapara ser decorada nas escolas e su-gerld* hi tempos pelo fílólogo AU-ttuto Magne teft. m-tto I 11 e 20).Assim tendo teri* de tudo aconte-lhavtl que se adotasse para o noas*caso de ocluslva* velares nais sim-pies o critério oficial d« ortografiaespanhola que, alím dé tudo, tem' perfeito fundtniento fllológico romã-nlco e conforme Já demonstramos(II 19 e 30). Dest* maneira, atri*apenas preciso um novo decreto,complementar to decreto-lei n. 393,adotando em bm hora á nossa orto-grtfít o que Já fizeram há muito osespanhola, nesse caso perfeitamentemutáveis, pois suas rinôei fllológl-eu románleaa para a ortografia dtsocluslvas velares oials simples náonáo diversas .dss.nossas, a não nero emprego da trema que. conformedissemos, -aerla mais - latinamente«IW1UI« pila mu* 51 Ml.. »

físicas... o conjunta da atitude do eor*

po. £' preciso que, no artista, tudaviva ao mesmo tempo, oue tudo ex-prima a senutçào profunda que oanima, que o olhai, a mio, a-posí-Cio do peito, a inflexio da cabeçacontribuam para o efeito geral.Ora, o comediante alto, de silhuetaagradável, de vos magnífica, deconciáncia clara, de alta inteligén-cia, terá apenas um sucesso médio-ore se fór incapaz de expressar ex-terioimente os .seus sucessivos esta-doa psíquicos o lado exterior daArte i multas veies .toda a Arte;pelo menos é o que Impresaion*mals. Se o autor que conhece o seupapel maravllhcamente, que vestedo forma perfeita * personalidadedo seu herói, fica imóvel, braços co-lados ao corpo, cabeça sempre ln-clinada no mesmo aen tido. olharamortecido ou vago, o publico niosente diante dele um sér de carne.de sofrimento e de volúpia, e níone convencerá. E é aqui que se aprf.senta a afirmação inversa da afir-macio que se faz geralmente. Piraconvencer é preciso que o comedi-ante esleja convencido: mas nãonio basta que «urtam nele as crisesda palsão; deve exprimi-las, este-rlorizá-las.

Mas o gesto não deve ser desor-denado: assim como a dicção nãocomporta apenas selvagens rugidos.e a&sim como o publico se_ fatigaricom um violento discurso que náosaiba nem se moderar nem adocar.nãn tardará a achar ridículo o ar.tista cujas atitudes desregradas nãocorrespondam aoa estados de alma.A justa medida deva reinar em tu-do: o homem nüo saberia sei- inde-ílo damente frio, distante. índiferen-te; a serenidade de espirito não rei-na sem feríá-s; o homem não po-deria lambem ser presa de umaemoção rie uualqner forma em tó-da- as direções e manter peimsnen-temente um braseiro no olhar.

O geaio como a dicção, educadoe.•eeilados á força de eatudo. se ape»fclçonm com o tempo. Mas. nm ne-nhum easo, o eatudo substttue anatureia. os rionn natos que consti-tuem a proprln. ensinei» do talentoQu do gênio. Em regra geral deve-.se diaer ao artista: "Trabalhe, eu.ette a sua emotividade, habítue-sea variar os estados psíquicos e a ostraduzir: maa nio hi exemplo deum comediante que tenha atingidoo primeiro posto na sua arte semuma vocação dennhada desde mui-to cedo. NSo «e forja mais ariifi-cialmente um srande ator come não.1» elabora um grande musico ouum gi-snde pintor". ¦ ¦

para o ft mudo inicial e mediai, tmcompostos, que os espanhóis conser-vam em sua ortografia e que nos«aortografia oftcial conserva por iml-tação deles, nio existe.nenhuma ra-*io para seguirmos o critério espa-nhol (43). Imitemos a ortografia es-panhola. portanto, somente naquiloque é aplicável realmente á nossalingua.

f 39. — l' curioso observar comoum recente deionario <Peque.na Die.Brasileiro da Ling. Por!.". 2,« ed..Rio, 193»'. trazendo o critério cfícialluso de usar o grave para diferençai*homógrafos homoíonos iprépnr. ser-mio, e prepor. prego), absoluta men-te desnecessário aa BrasiT, conformaji vimos (cft. I 35, nota 38), fogodo mesmo critério ao deixar de usaeo trema para sinalar o ti proferidonão predominante dos digramas qne pn (freqüente, arguentet. São ver-dadeiros produtos híbridos diclona-rios como esses. que. em matéria d*ortografia, só servem para produzirdesnecessária confusão no publico.Isso sem falarmos em obras èxauá-tlvas como o recém-Ime ia do Dieta-nario de Laudelino Freire e J L. deCampos, quc segue a ortografiaatualmente em muitos pontos exclu-alva da Academia Brasileira de Le-trás, e cuja maior preocupação, aoque parece no prefacio do aludidodicionário, é suplantar o não menosexaustivo e já quase caduco dício-nario de cindido de Figueiredo. Otcaturras, aliás continuam a se pegar-até nos titulos: ivoto Dicionário rfnLingua Portuguesa (Cândida de Fl-guelrerio). Grande e Novíssimo Dí-etouario da Lingua Portuguesa (Lau-riellno Fielre). Realmente, Csndldorie Figueiredo (Cft. nosso I 25), ca-turra luso mdr, teve no Brastl umdigno émulo ou aosla, nâo só na ma-teria ortográfica como nas arbitra-rledades de sintaxe; Laudelino Frei-re Não queremos aqui desmerecer oesforço desse brasileiro bem demons-trado no Dicionário que sé vem deIniciar, pois esta obra, parecendo sercomo que um apanhado das obrasde Aulete. Cândido de Figueiredo,Bluteaii. Morais. Domingos Vieira eda Academia de Lisboa, traz a essasacréscimos de grande utilidade parao Brasil, atualmente táo precário cmgrandes dicionários informativas,mas nfto podemos deixar de achartocando as ralas da coinlcldade. aque animou Laudelino Freire noprefacio da obra ora iniciada e qua,note-se, bem, é um dicionário ria lin-piia portuguesa; "neste dicionárioadotei com parcimônia — diz éle na;introdução, pág. VII a anotação desonsa lingüísticas. Aos termos que;acredito serem exclusivamente usa-:dos em Portugal chamo genérica-,mente lusifanisiuoj, O português daÁfrica recebeu * denominação deafroluiitanismo, e o da. Asla. o de«sfotiitííflnfJi-io. Nenhuma denoiul-nação atribuo áo português do Bra-:sil. Peito principalmente para bra-ailelros. este dicionário não precisadt indicação de brasileirúr/io parnconhecimento da linguagem falada:no pais". liso depois de afirmar quelé difícil dizer o que seja bríuiíílrts.mo, e que "enquanto s geografia'lingüística náo tiver _feJ.to_a .dlstrl-L -

- buííáõ "Hgbrosa

(fi das províncias,ldiomátlcas, difícil é afirmar f.ut,tal palavra, seja privativa d"itt ou[daquela região", observação esta,que, conforme o próprio Laudelino,Ji havia sido feita poi- "Cândido deFigueiredo no estudo dos província-líamos lusitanos", quer dizer, tos;deixando inteiramente Incrédulos da!veracidade doe lujifanfinio» reais-1tradot no Grande e Novíssimo amo-,nário da Lfnpua porttwesa. "teRo,

Kn brasileiros", mas qus nâo regls-

1 branitefrfsfioii, por não saber »

Sue liso sejs ou onde existe, que no*.

i notfelss de !u«tauis;'ioi dubíos,a par ie atroliutíantsiris. njfolwsl-;fanisNíos, mss qus nenhuma deno-mlnaçáo tambem desejou atribuir áspalavras oriundas rio tupi e quqpululam nt língua do Brasil. Urgeportanto, o socorro oficial para al

. ronde, massa do público. bMstlelrq.ICONÍMiM m watt*» niimfiwij

.....;l;,iwí:--.-i:::!.~C-.-si:.,-:..>.4.--«-

Page 12: HOJE DOM i RIO, 1 DE DE ANO HOJE 500 - :::[ BIBLIOTECA ...memoria.bn.br/pdf/095605/per095605_1941_00186.pdf · sem procurar ser útil em nada, ... num emarunnamento des. lumbrante

¦.X:x.X-:y':r:..'^.::X'7:^

Devido to aumento dopreço do papel, encareci-do de 100% em í méeee,

«DOM CASMURRO»M vé na contingência deaumentar, prorjsorlamen-te, • eeu preço para

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0 DESCOBRIMENTO DO BRASIL„ . N 1493, encontrou Cotambof? g, primeira terra além doJ> Atlântico, sem a concien-

cia de quc se lhe hoitvesstdeparado um mundo novo. As An-tilhas. por ele descobertas, tinha-as na conta de scntinelas avan-çadas das lengendàrias regiõesasiáticas do Cypango e do Ca-tahy. arbitrariamente dispostasvos mapas dos cosmografns me-medievais. A sua empresa, coroa-da de brilhantíssimo érito. nô„ imais áo que a seqüência de teu-tivas. feitas de longa data pelosportugueses, Para a descoberta deterras ao .acidente.

Denunciou-as desde o inicia odescobrimento das Açores, feitoper unia expedição enviada peloinfante D. Henrique com o limAe procurar

"ilhas ou terra fir-me" — são estas ns palavras docronista coevo — na oceano ori-dental, para alem ria descriçãode Ptotnmeu. Pronuncia-se depoiso mesmo empenho nas concessõesfeitas por D Afonso V e D. Joãoli a Fernã" Teles, a Fernao Dul*mo e a Jnõo Afonso do Estreito,além de outras de que existemdocumentos, menos terminantesdas ilhas que o primeiro desço-brlsse no mar oceano- "não sen-áo. porem, nas parles ria Guiné",resa positivamente n concessãorespectiva, "de uma grande ilhaou ilhas «u terra firme por costa-que se presume ser a ilha dasSete Cidades", determina a doa-ção feita aos dois últimos- E semquerer entrar em laboriosas dis-ciissões sobre « problemática ria-jem de Corte Real á terra d„sBacalhaus em ÍÍS3. mi sobre odescobrimento feita antes de Cn-lombo, por um português de ape-lido Lavrador, da terra que can-servou o seu n>,me. encontra-se aconfirmação desta doutrina nacarta escrita a D. João ll pel"sâhia doutor Jerotiymo Mun**meister nu Monetário, antes d leiconhecimento da primeira ria-gem de Colombo. O sábio de Nu-remhera exorta <> monarca portu*çuès a que prossiga nas navega-çôes parn r> ocidente, aproveitai-rin a perícia ric Martim de Be-hatm e dc "outras muitas mari-¦nheims sabedores que navegarama largura do mar, tomando canil-nho das ilhas dos Açores por suaindústria".

Era com efeito natural, que nes-te arquipélago, postado a meto dnAtlântico como antemural de utncontinente, se multiplicassem nsexpedições tendentes a verificar aexistência das terras que se pre*sumia, desde tempos remotos po-voarem o oceano. Era ainda a so-tihaàa procura da índia miste-riasa gue determinava essa cor-rente, aliás suplantada por nutra,divergente no rumo. se bem qucconvergente no propósito, gue pa-ra o sul e para a oriente buscavaessa região dc maravilhas

Feitas aquelas expedições ácusta de particulares, apenas coma proteção morai do príncipe quenem por isso dispensava honras eproveitos da soberania, embebí-do o espirito de D. João II na pes-guisa deste segundo caminha guese lhe afigurava mais seguro. iiã-isurpreendente que o monarca nâohouvesse dado ouvidos ás práticasdo sonhador, embora genial, queera Cnlombo, E' justificado queo erário régio se recusasse a des-cerrar-se em favor tíe um /oras-tetro, que por ventura ndo exce-dia em fianças de ciência e dearrojo a tantos outros navegado.res, nacionais e estranhos, paraa aceitação de cujos serviços ape-nas havia a dificuldade de esca*lha, o maior parte das vezes semencargos pecuniárias,

Anos depois das ofertas de Ca*lombo, o relatório, enviado n D.João ll por Pero da Covithã, sobrea sua viagem por terra ao "ri-ente. dava razão de sobre aos par-tidários da círcumnavegação deÁfrica para encontrar a rota ma-rttima dft índia, £ corroborou trl-iinfalmente esse parecer, em de*zembro de 14B8. o progresso daexpedição de Bartolnmeu Dias, amais arrojada de todas quanta:menciontt-th-hl&t'ção,

Mas, guando em março de 1493o grande genovês aportou ao Te-jo tte volta da sua aventuram efecunda viagem, è provável queno animo do monarca portuguêsremordesse o arrependimento deo ndo ter escutado. Nã" porven-tura porque ele houvesse avalia*do a transcedêncla do descobri-mento, mas porque via um novot poderoso rival, como era " reide Costela, a aguçar os dentesávidos para a opulenta ceva queDeus até ali parecia ter reservadosem partilha a Portugal.

Este conviva recém-chegadoapresotfse « esttibelccr bem cia-tamente o* seus direitos t umquinhão íeoniiifi no festim, Logono dia 4 de mat". um mês, setanto, depois da recepção de Co-lombo pelas reis católicas, o papaAlexandre VI espanhol de nasci-mento, tontemplfiva § tua pátria

Reportagem histórica de Henrique Lopes de Mendonçacom todos as regiões compreendi-tias além de um. meridiano, vaga-mente delineado na respectivabula pela distancia de cem léguas"para o ocidente e para o metodia'' d„s arquipélagos dos Açorese Cabo Verde.

Porém D. Joan ll não se con*formou com a autoridade pontt-fida. E a conseqüência do seupmtesto foi o tratado de Tarde-silas, assinado em 7 de junho de1494 entre os monarcas d« Penin-sula. Nele se arredavn o meridia-no de partilha para trezentas esetenta léguas pura o poente dasilhas de Cabo Verde.

Qual seria a indicação cosmo*gráfica ou política quc deter ml-nasse esta linha, nn aparênciaarbitrária, eis o que nã0 se co-nhece ao certo. E' possível queD. João ll, empenhado no desço-brimehto do caminho para a In-dia pelo oiiente. quisesse dar cn*sanchas aos seus navegadores pa-ra ganharem barlavcuto, afim demonlarem depois o cabo dn BoaEsperança. Qualquer ilha mi íer-ra firme, que nesse largo troçorio globo se lhes deparasse pode-ria ser um excelente ponto de es-cala para tt sua navegação.

Um facto se apresenta ntt his-tória. que. se me afigura de árduaexplicação. F7 o hnp» paréntesisde relativa inativídnde marítimahavido cm Portugal em seguidari extraordinária expedição deBartolomeu Dias.

O complemento dela pareciadever impar-se fatalmente ao es-pirlto perspicaz tle D. João lt.Ora, além de todas ns rníões deordem política c domestica quejustificam porventura o retrai-mento do rei. um mottv» meocorre bem plausível para estaindecisão.

Se eram, como geralmente sesupunha, as costas da Ásia aque-las a que aportara Colombo mu*til se lhe antolhava talvez pro-curar mais Inngo caminho, atra-vés de tantas fadigas e tantosperigos- £ todas «s viagens em*preendidas. posteriormente á pri-meira do arande genovês, para osmores ocidentais- nâo tendiam adesvanecer aquela opinião erro-

Essas viagens de exploração, ta-as sagazmente multiplicando orei católico. E «s ei" pi "rado res7ião tardariam a esbarrar cotn aterra firme, na qual Colombo su-pozera ler posto os pés quandopisara o solo de Cuba. Esbarrarè n termo próprio, pois gue asnovas regiões se afiguravam aosmarcantes uma barreira delcitsi*va das costas asiáticas, tis quaiscra todo " seu empenho aportar.

Nessas explorações para o sul,ir-sc-ia esboçando pouco a poucoa configuração do novo coutínen-te, c decerto ocorreria a idéia dosen proiotiffanie'ií'1 meridional E'de crer que a corte de Portugal,profundamente interessada naassunto, não deixasse de ser ín-formada de todos os subsídiosque se iam aglomerando para aremodelação compelia da geo-grafia.

A isto se deve atribuir um fa-ta que só modernamente, depoisda publicação em 1892 do impor-tantíssímo Uvro ae Duarte Pache-no. chegou ao conhecimento doseruditos. E' dele que vou ocupar-me, porque tem uma relação dí-reta e intima com " assunto dopresente artigo.

Morto D. João 11, o seu suces-sor não quis desviar-se da suasistemática orientação, cm mate-rta de descobertas. APenas acen-tuou desde o começo a sua diver*genda no que respeita à orga-nízação de expedições. Pornenfu-rn »a persiiação de quc à espadado guerreiro ia pertencer » pre-domínio sobre a bússola dp ma-«nníe, talvez iesejoso dc resli-tutr á nobreza, embora sem asregalias senhoriais de outrora, alugar de honra, que aliás raronas expedições ultramarinas Ihtcompetira, vencido vetas ambi-ções e intrigas de uma fidalguíaescarmentada pelos reveses sofri-das tia anterior reinado, D. Ma*nuel. outorgou geralmente a ín-tíivlduas de casta privilegiada adireção daquelas expedições, pon*do em lugar subalterno o nave-gador e 0 cnsmagrafo. As via-gens perdiam desde logo a suaindole cientifica e mercantil dtexploração para assumirem o ca*rater, aparentemente mais brí-lhante, mas na essência menosfecundo, dc oonijtiísía,

Em melados de 1497 largou deLisboa, comandada Por Vasco daGama, fidalgo da casa áe el-rei,a pequena fruta que ia comple-tar a derrota marítima, marca-do na sua parte mals árdua pelatiuilha das caravelas de Bartolo-meu Dias. E emquanto essa ex-pedlçâo leva brilhantemente acabo a grandiosa empresa, ence-tade. tlcsdc os tempos do grandeinfante, parecem abalar » animedo monarca português outraspreocupações, ingerida* pela Mil-

vidade marítima do reino vi-zinho.

Sào estas preocupações quc ori-ginam por certo, como )tí disse,o fato narrado por Duarte Pa-checo Pereira hum trecho auto-biográfico ào seu valioso tratado"Esmeralda dc situ orbis"- Nãoé demasia tíe prolixidade. a trans-crlçào dessas palavras monumen-tais, que destroem por completotodas as lendas que acerca dodescobrimento do Brasil teem.adquirido voga entre ->s historia-dores: "& por tanto bemaven-turado Príncipe iapostrofa o au-tor a el-rei D. Manuel) temos sa-bido & visto como no terceirohaiio de vosso Reinado do hanode nosso senhor de mil guatro-centos noventa & oito donde nosvossa alteza mandou descobrir haparte nccídental passando alemha grandeza do mar ociano hon-de he hachada & naueguada hu-ma Iam grande lerra firme commuitas & grandes Ilhas ajacen-íes o cila que se estende a sa-tenta graaos de Ladeza dn (inftaequinõcial contra ho polo ártico".

Parece pois evidente em D,Manuel o intento de explorar porsai ffirio ws novas resríõcs do ocí-dente- plausivelmente para evi-tar qur os navegadores espanhóisentrassem pela zona de influen-cia. como diria a diplomacia mo-derna. reconhecida a Portugalpelo tratado de Tordesiltas. Nàoera esta medida destituída deprevidência, quand; Colombo in-tentava a terceira viagem quedevia levá-lo á terra firme, e seapresentavam porventura as cx*pedlções de Pinzon e Ojeda, mui-to embora se dè como fabulosaaquela que Américo Vcspuclo seamiga, realizada no ano anteriorde 1497.

Mas esta missão confiada aDuarte Pacheco teria algum co-meço de desempenho? Eis >• quenão pode concluir-se claramentedu leitura um pouco ambígua dacitação. Seja como fór. afigura*se quc D. Manuel, durante cercade dois unos, sobreestou no seupropósito. E para esta aparentevalubilidade ocorre uma explica-ção. que se prende com fatos im-portantes du historia de Portu-gal; importantes não tanto pelosseus resultados positivos, comopela gravidade dos seus efeitos

D. Manuel realizara o seu al*mejado casamento com D. Isa-bel. viuva do príncipe D- Afonsoe nora portanto de D. Joân 11.em outubro de 1457. Ruins toramos auspícios dessas nupcías, en-lutadas pela morte do piiiicipeD. João, filho e herdeiro dos reiscatólicas e irmão da rainha dePortugal- Como única esperançade herdeiro, por linha varonil.das coroas unidas de Castella eLedo. restava •< embrião deixadopelo príncipe defunto nas entra-nhas da sua viuva Margarida deÁustria. Mas essa esperança des-vancceu*se detitm em pouco cotno movito fatal desta princesa.Fernando e Isabel dtspuzeramlogo as coisas para que os reistíe Portugal fossem jurados porherdeiros da sua dupla coroa, de-tendo reunir-se a monarquia daPenínsula na cabeça âo filho quea esposa de D. Manuel já sentiaagitar-se-the w» sela. Malogra*tíoS sonhos de ambição que sedesfizeram, vinda a transformar-se no império colossal de Car-los V!

Em março de 1499 partiramde Lisboa os reis tíe Portugalpara aquíescerem aos desejos im-pacientes aos soberanos catolt-cos. Inútil i apontar taâas asvicissttudes dessa viagem, d»-rnriíe a qual se deu o falecímen*to da rainha D. Isabel sobreparla de um filho varão, o prin-cipe D. Miguel, tiebil penhor iasesperanças de tres paises. E orei viuva, ácixan&a o filho a car-go dos avós. voltava a Portugalem outubro do mesmo ano, con*fiado porventura uo florescenteporvir que lhe delinearei.

Nestas circunstancias, na es-pectativa de aue se unissem,numa só cabeça toda* as coroasda Península, caducavam os mo-tívtis de competência colonial en-tre os dois estados. As conquit*tas de além-mar, feitas par na-vegadores portugueses ou pornavegadores castelhanos, viriama reunir-se num fundo comum;e iidn valia a pena, nesse come-nos, ir despertar susceptlbitida*des e desafia restnrvos. Par con-jeturat* qtie sejam, ndo repugnaexplicar por estas consideraçõesa suspeitado do movimento, se*não iniciado de fato, pelo menosji meditado, que levaria para aoutra margem d" Atlântico o$exploradores portugueses. ....--¦

JWas lentamente se não esbo*roando as douradas esperançastíe sucessão real. Filho de umahecttea, o príncipe D. Miguelnasceu com os germens de marteprecoce. E' provável que não lheescasseiem no berço os sintomaspsrtmrsortt desse ietenlaoê. -t

D. Manuel, á proporção que vaitendo assustadoras noticias dofilho, sente recrescer no espiritoas semen'cs de emulação, ciosodo predomínio dos mares queameaça eseapar*lhe. Demais timais, um novo competidor surgiapela primeira ves na estacada.dando sérios cuidados aas reis deCostela, a quem mais diretamen-te afetava a sua interferência,Era o rei de Inglaterra, que em1407 e 149% auxiliara as duas ex-periiçôcs de Joáo Cabotu. lenta-das no propósito de encontrar apassagem de noroeste para a ln-dia, apesar dos pmtestts reitera-dos do embaixador de Espanha.

o malogro da união das coroaspeninsulares era um lata assen*te. visto gue o mesquinho e en-fermiço príncipe resvalava vísi-velmente para o túmulo. E tan-to se contava já com a sua mar-ie. que mais tarde- a 19 de iulhorie 1500. ela sucedeu no meio riaindiferença cruel das mias côr*tes. sem sinal tíe sentimento daparte do pai o» dos avós.

Cabia pois a„ rei tíe Portugalquase o direito dc verificar poremissários seus se acaso os na-vegadores estranhos nào exorbi-tavam tía letra da tratado, qucobrigava o rei de castelo, ou dasinjunções apostólicas, a que ti-nham de sujeitar-se todos os so*bciano- d aCristantíade. D Ma-nuel aproveitou habilmente umaconjuntura propicia para queessa verificação se fizesse semdar nas vistas do mundo.

Vasc da Gama regressara aPortugal na segunda metade tíe .1469. trazendo a fausta noticiano seu descobrimento. Fora oco-Ihido triunfalmente, parque, aotnwerjo de Colombo, tíesconceí-tuado ua sua pátria de adopçáo,o capitão português apresentavatestemunhos seguros e palpáveisda importância do seu feito e tíaopulencía, iá consagrada pesatradição, das regiões a que apor-tara.

A necesuidade urgente rie novaexpedição impôs-se desde logoooj Conselheiros da rei. Mas ascontraríedades sofridas por Vuscoda Gamtt tanto na Indla, comona costa da Etiópia, aconselha-vam a que se amplificasse o P"-der militar dessa nova armadaPor tsso, em pouco mais de seismeses, foi cia organizada comtreze velas, bem equipadas eaprovisionadas. constituindo amaior torça naval que para em*presas ultramarinas sairá alientão da reino.

Qual o motivo porque a esco-lha para o cargo de capiíão-mòinào recaiu pela segunda vei emVasco da Gama. recemchegadode uma viagem felicíssima? E'esc um ponto tie discussão queeu arredarei, por indiferente aoprincipal assunto. Apenas apan-tarei por incidente que os mo*tlvos da exclusão se podem por*ventura descriminar pelft indls-criçãa do agente veneziana Lu-narda da Chá Masser, falando deVasca aa Gama; "ha fatio mollecase nelVlnttia nel suo viagqiache sono state poço grate a SuaAltezza."

São igualmente desconhecidosos antecedentes que recomenda-vam o nome de Pedro Alvares Ca-brai d seleção do soberano. Adar-se credito a Gaspar Corrêa,i à influência do próprio Vascotía Gama, grande amigo do novoCQPitão-mór, que se deve atribuirsobretudo a sua nomeação, Dasincompletissimas noticias, po-rém. que sobre a vida pretéritade Pedro Alvares puderam ateou*çar o nosso tempo, resulta Qtie asua estatura moral não era in-signíficante na corte.

Bra de uma geração nobre, jáde Portugal peto nome de Fr.Gonçolo Velho, o descobridor dosAçores, prima co-irmâo de seuavó. Coincidência tíigna de notaiDo mesmo sangue procede oarrojado nauta que, rasgando omistério dos mares ocidentais,foi o precursor de Cristovam Co*lambo, e o feliz explorador que.aportando ás costas da ÁfricaMeridional, completou a obra dogrande genovês.

O pai de Pedro Alvares eraFernao Cabral, por antonnmasiao "gigante da Beira", alcaiáe*mór de Belmonte. De muitosdocumentos publicados pelo sr.Ayres de Sá no seu eruáttissimovolume sabre Fr. Goiiçalo Velho,se infere que Fernao Cabral me-receu de D. Afonso V t de D,João li muitas e grandes mercês,por serviços relevantes prestadosá coroa, muito especialmente naÁfrica e em Castelo.

Mas nâo parece que apenas dafldalgula herdada derivassem asmerecimentos de Pedro AlvaresCabral, que a começo substituiuna assinatura este ultimo apelidopelo materno de Gouveia, Na tn-teressante memorta que lhe dedt*cou o sr, Díseotiiií de Sanchcs deBaèna, canstgnam-se tres mer-oáe, eoncetiiat por el-rei B. Ma.

nuel. das quais fluas pelo menosdeveriam ter por motivo servi,ças dc bastante, monta: são elaso habito de Cristo e a t.ençapnual de 409009 réis. importantenaquela epoca,

E' frhante a coincidência dese haver Pedro Alvares ligadopelo casuiynto á família dc umhomem. que. devia ser o maisextraordinário protagonista danossa enopéíw oriental, com r.fei-ta sua mulher. D- Isabel dc Cas*tro. era sobrinha da grandeAfonso de Albuquerque.

Fossem quais fossem, cm iodoo eus", ns condições que cancar-riam em Pedro Alvares Cabralpara que o monarca n investissena dignidade de capitão-mõr,parece lõra de duvida quc nãose podia contar entre elas a cien-cia cismografica e a arle de na-veqar. Estava a esse respeito naraso rio seu glorioso antecessor,o qual, segundo n testemunhocoevo de Lunardo ria Chá Ma*-ser. "naii era moita marítico".Mas essa falta era: suprida pelosvam, como capitães. Bartolomeumarcantes práticos que iam naarmada, entre os quais se conta-Dias. o audacioso descobridor rioCabo da Boa Esperança, e Nica-lan Coelho, o companheiro deVasco dn Gama nn anterior via-gem. Os outros eram Sancho rieThaar. sota capitáo*mór. Simãodc Miranda. Atires Gomes da Sil-va. Nuno Leitão. Vasca dc Ataide,Pero Dias. irmão de Bartolomeue seu companheiro na expediçãoquc o imortalizou. Luís Pires. Si-mão de Pina. Per- de Ataide riealcunha "Inferno", e Gaspar tleLemos a qual ta por capitão dntransporte dc man time atos, Erafeitor da armada Aires Correialevando par seus escrivães Gmi-calo OU Barbosa e Pero Vuz Ca-minha. Este ultima devia Ilus-trar-sc para a posteridade, comoautor rio primeiro e mais com-pleto documento que possuímossobre o descobrimento do Brasil.

Outro- marcantes tíe reconhe-cida experiência se incluíram naguarnição das nãos entre osquaes se podem citar Pero Esco-lar. que fora piloto de NicolauCoelho na anterior expedição.Diogo Dias. outro Irmão rie Bar-tolomeu, que na nau dc Vascada Gama tivera o cargo do es-crivão. João de Sá, qne exercerao mesmo oficio na náo dc Paulada Gama. E ndo faltavam naarmada casmografos sabedores,tini dos quais, o bacharel mestreJoão. espanhol, fisic" e cirurpiãode el-rei, nos deixou numa cartacelebre o primeiro estudo astro-mímico da grande constelaçãoaustral.

Mas, em vista doj antecedeu*tes expostos. » gue impressionasingularmente os espíritos tneuo$perspicazes é. a inclusão tíe Ditar.te Pacheco Pereira no pcssokí daarmada. Ela passaria desperce-bitía aos olhos dos próprios cra-nistas. se uma façanha da lustrenavegante, precursora tías quedeviam dar-lhe colossal renomenão chamasse mais tarde sobreele as atenções, por ocasião dosconflitos de Cabral com os rafasindianos.

Pacheco fora um dos capitãesque merecera a confiança de D.João tf, companheiro de DiogoCão e de Diogo da Azambuja.ativo colaborador nas descober*tas feitas na golfo de Guiné. Dassuas aptidões com0 navegador ecomo homem de ciência é teste- .muuho irrefragavel a seu admi-ravel tratado de marinharia ecosmngrafia, composto por or-dem de D. Manuel, g bem cia-ramente se avaiia o confiançacom que o honrava este monar-ca. pela missão, embora destitui-da de resultado pratico, de quedois anos antes o encaregara.

tfesfns circunstanciai, ctiííff acompreender como a Pacheco nãocoubesse Um papel mais prepon-Aerante, a capitania de uma ca-ravela que fosse, na expediçãoque se apresíawa. Pois, fl metivér, são exatamente as suas ex-cepclonala aptidões, conjugadascom ni pianos clandestinos dorei de Portugal, que explicamessa aparente anomalia.

A parte áas instruções, nâo exa*rada no regimento dado ao capi-tão-mór, fora porventura parti-cularmente comunicada a DuartePacheco, que representaria naexpedição, pelo menos até certaponto, um como potíer oculta, uminspirador espíriíual de PedroAlvares. Tratava-se de levardesta vez a efeito uma tentativaanáloga á que dots anos antesnão tivera seaulmento. E apesarda cuidadosa redação das instru-cties, cujo conhecimento poderiaalvoroçar a» suspeitas do mo*narea castelhano, transparecemnelas indícios evidentes d" cn-minfto que se levava paia a rea-llzaç&o dessa traça.

A primeira tolha dessa instru*edei fot encontrada e reprodust-

tía por Varnhagen. Tem todas asapparencigs de um rascunho quese inutilizou talvez Por não cor*responder completamente às in-tenções regias. A sna inspiraçãoprovem, segunda letra expressado documento, do próprio Vascoda Gama. Nela se recomendacom insistência que. a partir deS, Tiago, devem as naus sempre,ir na volta ria mar. "sempre gui-uando sobre a banria rie sudoes*te. até meterê o cabo dc bnóa es-peratnça em leste franco"

Seguindo à risca esta deter mt-nação, por mais largos que /os-sem os ueníos "" hemisfério sul,é fácil de vêr. pelo exame riequalquer mapa. como a armada.ind'1 nu volta do mar, isto é. comitmuru a bambordo, se arriscavan encontrar terra muilo antes dechegar aa paralelo da Cabo. Enào sc alegue quc esse encontrofosse inesperado e de molde tlcausar surpresas. Contesta essaalegação 0 testemunho do tísicoe astrônomo a quc acima me re-feri escrevendo da terra de Vera

sábado. 14 desse mis. evht a< le as 9 horas, passava eh po, tn-tre as Canárias, man nt.rir íaGrri-Cnunrfn. t nessa /jri.üasímse deteve um dia inteiro, p™ m„,tivo das calmas, dec-crlr, pnr „achar a sotaventti tias i"in.i Sr.domingo 22. estava a rn(f, ^ilha de S- Nicolau. Scqnnfa .letra expressa das uisiru^õesnãn deveriam, ns naus ilcier-se m,arquipélago de Cabo Verde. anão se dar urgência de in-?raguada. Mas um contrn (emp,,siítfflii, que ocasionou importunademora. Ao amanhecei rh &.seguinte, reconheceu-se ,/;i' ohavia desgarrado da armaria a«aii de Vasco ric Alaidc kki ty.,to tempo oferecesse ir-uri., nínici-vel para o fat„. f. atou mm ht>ras, pelo menos, perdeu haitinHs.mente a capitão-mor v"'" i iw

Cru. a Istu, i cl-r.Manuel: "Quant". senor. al sytyodesta tierra. mande Vosa Altezatraer un napamundj que tjenePeru Vaaz Bisagudo, e por appodrra ver Vasa Alteia cl sytuodesta tierra: en pera. aquel na-pamiiurij non certifica esta tierraser habytada. o no. Es impa-tintndj antjguo; e ully faltaraVosa Alteza escripta tanbyen IaMina 7

Ora este Pen, Vaz du Cunha,por alcunha Bisagudo. era „ mes-mo que em lempo de D. Joáo 11linera o comando da armada,destinada a restituir á sua pátriao príncipe Bmeaí, da reino deJalof, entre n Senegal e o Gani-bia. Por sinal que dessa missãose desempenhara bem incorreta*mente, assassinando o pobrepríncipe negro para evitar a per-manencia numa região doentia.Coma quer que fosse, tendo-lheel-rei perdoado o delito, é bemrie presumir que nâo fossem es-quecídas as suas manhas de na*vegador. e que a seu mappamun-rii antigo fosse bem conhecidodas conselheiros de el-rei, E è evi-dente que um tal mappa era edi-ficado sobre as conjeiuras cos-wioffra/icas que vogaram sempredurante a idade-média; mas nãoê menos verdade que ele, comoos seus congêneres, influía noespirito dos eruditos daquela ép<>-ca uma convicção, que só fatoshem verificados poderiam desar-raigar.

E' p-is seguríssimo que a sus-Peita da existência de terras nasparagens ocidentais, que a novaarmada ia atravesar, estava bemfirme no espirito do monarca quca expedia, c »o espirito do cosmo*grafo eminente a quem, segundons probnbííidndes, confiava a di-reçáo clandestina tia sua tíelica-da missão.

E bem estritamente a cause.Uniu Duarte Pacheco, se è que,segundo todas as presunç.ões, eledesempenhava junto de PedraAlvares Cabral o papel apagadode Egerift.

A 8 de março de 1S00, ttm do-mitigo- estava a armada dc vergadalto. surta defronte da praia ioRestch. !a admiravelmente apa*relhada e aprovisionada de todoo necessário. Guarneciam-nacerca de mil e dnseníns pessoas,eníre wtarea»iíes e homens dar-mas, toda gente escolhida e lim-pa- Vinte degredados seguiamnela, para tomarem conhecimen-ta com o gentio, ficando nas ter-ras novamente descobertas, Paraqne n&o esquecesse a parte evan-gelica da missão levava oito fra-des de 5. Francisco, sob a filiar-diania áe Fr. Henrique, que maistarde fot bispo de Ceuta e con-fessor de el*rei. oito capelães, eum vigário que devia ficar nafortaleza projetada nas partesãa Indla.

Nesse domingo, el-rei honrou aarmada indo com toda a cortedespedir-se dela. Depois de ou*vir missa e sermão proferido pelobispa de Ceuta. D. Diogo Ortiz,na ermttía de Sossa Senhora deBelém, entregou an capttáo-móra bandeira cont o crt« ãe Cris*tn, que, o mesmo bispo acabarade benzer. Em seguida, el-reiacompanhou processionalmentc asacra bandeira arvorado á testaão pestito, até que á beira do rioPedro Alvares e ós seus cnpifdeslhe beijaram a mão e se despe*diram dele. fl esta cerimonia, tíest salemnlssima, teve um incre-mento de alegria e de grandeza,pela concorrência do pono de Lis-bôa. que aproveitou a feria tíotíla para vir diser um ruidosoadeus aos marcantes e adoçar*lhes na meio de tangeres e decffntares o pungir da saudade,terrivelmente lancinante quando,no instante da apartamento,Irrompe brutal do coração.

Ko rifa seouíníc, 9 de março,torço* • armada ae Belém, jn

-4s i n te

lecíeic

que seguem sao as mm* i>tfcrr*-tantes da derrota, c pena r q-.tdelas nos não restasse um --tetro mais minuciosa « rii cn •celebre carta de Pera Vai fle cs.minha. E' de impor/areia - ¦:constíttd-tas. segundo m moier.nas doutrinas cientificas; r nwttsumariamente o tenta, escusa*áo-me de repetir a czpianacànmetódica dc toda.* as circuiislai'-cias meteoroiogeias e íiidroomíi-cas que poderiam influenciar autasem wesíe largo trai;-, rir mm-Encontram-na os estudioso* eilúcida memória que soh-r n m-sunta elaborou o meu Hu^lre m-morada Baldaque da sili-a enri-quecend; t-ovi ela „ livm dr mt*morias da comissão rofciiJjuiapublicado em 1S92 pela Actui>-mia Real de Ciências.

Ao sul rias ilhas tte Ccbn Veriitaté uns 4" «u S" tíe dlsltficin flnequador, é provável que o rjernltíe nordeste continuasse n pr*-nhar francamente as reles dmnaus. Se sc adstringisse ar,- prt-ceitos da seu regimento, um ertorvo rie ventas o" corrente* tcapitão-mõr viria fatalmente ti-barrar cam a reiteranciatrional do continente sitlcano. a oeste rto cnho de S. R«-que.

Mas t de presumir que pare 'sul tío limite apontado- ti- nln-_vessar a zona dos variarei* e âascalmas, a armada fosse impelli-da para leste, o que e-Tnitcn ndesvio go rumo deterinínadi. cm-tado tt equador, porventura ent''os 25" e os 30° tíe longitude »utt.logo pelos S° sul devera'" "¦ m-vegantes encontrar aliseo* ÍM"fanfe ínrffoj para o- afastar riicosín. casn ¦¦ seu intento fautganhar o máximo Inte r"'"amura. a bombarda- .\'o< d<"eu meti to- autênticos <i*<r fiessiviagem nos restam, a vet' òtPero Vas de Caminhe r n "'¦rotina de um piloto dn ctpdi-ção. traduzida na coleção J'Raunuzio, náo eriste rit >'«¦" -mats a mínima noticia rie prt-nidencfní tempestade, a ave tnt-nos advertidos historiadores P*-tendem atribuir „ drscnbnett--to, Se as correntes alntosteneesndo levavam as naus wrolunti-rlamente Para a cosia, "unoi-inão podiam t»/ítiir miiifeifls Oj correntes niantiguals. embora tenham pia direção de sudoeste, sitiveis e fracas durante eslad" ano.

fjrinrt'!!

ps"

Por conseguiventos que oscilamESE, só itm propósitoobediência e precisas tpode justificar ¦• deuoeste. E deveria, ser ijnwiít»ansiedade de Alvares Cabral t "t

Duarte Pacheco, contraste*.®com a provável estrauHeza í»'ínf nauííaçno produ:u"ttt ' •

>ai«raaaaailí. mil. »™"™>',<"*,is ü 31 ali «brll «»i« W*das oitavas de Pasca. se .">"depnrnrnm os primeir»*

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tem. Ersrn remo. wl«f™»de sargaço, chamados pela ™

MaUanem baali-Haa, t "•""• "'.íno; e a circunstancia dc !<"",Brem a, lal dlaaliaa.cla, *> ta»» '

corrsnte W V"' "• """a armada.

tnstsm-St suls aacaa«al» "!,lotaa s m ss uo lum ««"de S. Nicolau,' sendo ess«s «5.ie U sc snu, aaín eata cm «J

ts mults grsnie ,. «,«*'„daa. oi ntaUancaataira» acenai"

\nna seiw.""*- •¦cí' -.,.ram-se a. íMIaalaa, « '<''«

J,xima pelo aparecimento « «"aves conhecida, pela, "''"''.sob o rama* i« J"u™-Wiofto«-nesse ila a hera, «e M«destacott-se finalmente no

^sonte um granir vi"'1'-" j(U«, m-eiontsio. <»»*„„,atorte ie oulro, aaaaal, »¦'

fl/onpatuío para ¦< mar "¦«bo, tle elrt-n cM, <'»»'" "voredo frondoso.

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