HISTÓRIA NATURAL DA FEBRE AMARELA
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História Natural da Febre Amarela no Homem
Santarém – Pará/ 2007H. Vilar
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Conceito:
Doença infecciosa febril aguda, transmitida por vetores, que possui dois ciclos epidemiológicos distintos (silvestre e urbano). Reveste-se da maior importância epidemiológica, por sua gravidade clínica e elevado potencial de disseminação em áreas urbanas.
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Agente Etiológico:
Vírus RNA. Vírus da
febre amarela, arbovírus
pertencente ao gênero
Flavivírus, família
Flaviviridae.
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Vetores:
Aedes aegypti - Febre Amarela Urbana (FAU).
Haemagogus e Sabethes - Febre Amarela Silvestre (FAS). No Brasil, a espécie Haemagogus janthinomys é a que se destaca na transmissão do vírus.
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Reservatório e Fonte de Infecção:
Na Febre Amarela Urbana (FAU), o homem
é o único reservatório com importância
epidemiológica. Na Febre Amarela Silvestre (FAS), os primatas não
humanos (macacos) são os principais
reservatórios do vírus amarílico, sendo o
homem um hospedeiro acidental.
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Período de Incubação:
Período de Transmissibilidade:
Modo de Transmissão:
Febre Amarela Silvestre; Febre Amarela Urbana.
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Universal.
Suscetibilidade:
Imunidade:
Ativa;Passiva Natural.
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Distribuição segundo Tempo, Espaço e Pessoas:
Tempo:
A doença ocorre com maior freqüência no final da temporada das chuvas.
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Distribuição segundo Tempo, Espaço e Pessoas – Continuação:
Em 1937 a partir do advento da vacina, houve uma queda importante do número de casos da doença, que evoluiu para a eliminação da forma urbana.
Espaço:A Doença é própria da região de matas onde
circula o vírus amarílico.
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Distribuição segundo Tempo, Espaço e Pessoas – Continuação:
Pessoas:Os homens são afetados com uma
freqüência quatro vezes maior do que as mulheres.
Distribuição por idade e sexo se explica pela ocupação (profissional, agrícola ou relacionada ao ambiente silvestre: garimpeiro, caminhoneiros, pescadores, desmatadores, caçadores e etc).
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Mobilidade e Letalidade:
Em inquéritos realizados após surtos da doença, demonstrou-se que até 90% da população apresenta anticorpos recém adquiridos.
No Brasil, no período de 1980 a 1997, foram registrados 343 casos de febre amarela silvestre, 201 foram há óbitos, faixa média de letalidade de 58,8% variando desde 22,9% até 100%, média de 19 casos por ano.
Letalidade grave: aproximadamente 50% considerando todas as formas clínicas da doença, é da ordem 5%.
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PERÍODO DE INFECÇÃO: dura cerca de três dias, tem início súbito e sintomas gerais como febre, calafrios, cefalalgia, lombalgia, mialgias generalizadas, prostração, náuseas e vômitos.
REMISSÃO: caracteriza-se pelo declínio da temperatura e diminuição dos sintomas, provocando uma sensação de melhora no paciente. Dura poucas horas, no máximo um a dois dias.
PERÍODO TOXÊMICO: predominam os sintomas de insuficiência hepato-renal, representados por icterícia, hematêmese, melena e outras manifestações hemorrágicas (epistaxes, otorragias e gengivorragias), oligúria e anúria, acompanhados de albuminúria e prostração intensa. O pulso torna-se mais lento, apesar da temperatura elevada. Essa dissociação pulso temperatura, é conhecida como sinal de Faget.
Manifestações Clínicas:
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Realizado mediante isolamento do vírus amarílico em amostras de sangue ou de tecido hepático, por detecção de antígeno em tecido (imunofluorescência e imunoperoxidase), e por sorologia.
Diagnóstico Laboratorial:
Diagnóstico Diferencial:
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Não existe tratamento específico. É apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sangüíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido numa Unidade de Terapia Intensiva, o que reduz as complicações e letalidade.
Tratamento:
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Vigilância Epidemiológica:
A Vigilância Epidemiológica é um componente do programa de controle da febre amarela e dengue (PCEAD).
Objetivo: Manter erradicada a febre amarela urbana e evitar surtos de febre amarela silvestre.
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DEFINIÇÕES DE CASOS:CASOS SUSPEITOS:Paciente com quadro febril agudo (há pelo menos 7 dias), início súbito,
acompanhado de icterícia e que apresente pelo menos um dos seguintes achados clínicos e/ou laboratorial.
Sinal de Faget;Manifestações Hemorrágicas (epistaxe, hematúria, hematêmese e
melena);Dor abdominal alta;Albuminúria;Oligúria.CASO CONFIRMADO POR CRITÉRIO CLÍNICO-LABORATORIAL:Todo caso suspeito que tenha pelo menos uma das seguintes condições:Detecção de anticorpos do tipo IgM pela técnica MAC ELISA;Isolamento do Vírus amarílico;Laudo histopatológico compatível, com vínculo epidemiológico
(procedência de área endêmica e/ou de transição para febre amarela silvestre.Detecção do genoma viral.Demonstração de um aumento de 4 vezes ou mais nos títulos de
anticorpos IgG através da técnica de IH.
Vigilância Epidemiológica:
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Vigilância Epidemiológica – Continuação:
DEFINIÇÕES DE CASOS:CASO CONFIRMADO POR CRITÉRIO CLÍNICO
EPIDEMIOLÓGICO:
É o caso suspeito de febre amarela que evoluiu para óbito em menos de 10 dias, sem confirmação laboratorial.
CASO DESCARTADO:
Caso suspeito com diagnóstico laboratorial negativo, desde que se comprove que as amostras foram coletadas e transportadas adequadamente.
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NOTIFICAÇÃO:Para que o objetivo da Vigilância epidemiológica seja
alcançado, todo caso suspeito deve ser notificado à Secretaria Estadual de Saúde imediatamente, pela via mais rápida.
Causas da Sub-notificação:Ocorrência da doença em áreas muito distantes dos
serviços de saúde.Desconhecimento da doença por parte dos profissionais de
saúde, levando a um baixo índice de suspeição.Quadro clínico compatível com outras doenças endêmicas,
tais como hepatite viral, malária, especialmente no início do surto, quando a alta taxa de letalidade ainda não é evidente;
Dificuldade de acesso ao diagnóstico laboratorial específico;
Carência de informação junto a comunidade.
Vigilância Epidemiológica – Continuação:
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FICHA DE INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA.
Vigilância Epidemiológica – Continuação:
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MEDIDAS PREVENTIVAS:
Imunização;Controle Vetorial;Ações de
Educação em Saúde;Estratégias de
Prevenção da Reurbanização da Febre Amarela.
Vigilância Epidemiológica – Continuação:
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FIM
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias. Guia de Bolso. 5ª ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
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