GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SÃO FÉLIX DO...

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PROGRAMA DE ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO CONTRATO DE EMPRÉSTIMO 7.208-BR (GOVERNO DO TOCANTINS / BANCO MUNDIAL) PROJETO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL - PDRS SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA AMBIENTES DE VEGETAÇÃO í í í e e e e e e e e e ú à È È Fa(r)1 Fa(r)1 Fa(r)1 Fa(r)1 Fs(aa)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 Fb(y)1 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( 550 ! P 2 - HIDROGRAFIA Pavimentada Em Obra Leito Natural Prefixo de Rodovia: Estadual, Federal Ferrovia Rios e Córregos Rios, Lagos, Lagoas e Represas 3 - LIMITES 4 - LOCALIDADE Sede Municipal Limite Municipal Limite Estadual CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS 1 - SISTEMA DE TRANSPORTE Rodovia OUTROS Área Indígena Unidade de Conservação d Hidrelétrica PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR DATUM VERTICAL: MARÉGRAFO IMBITUBA, SC DATUM HORIZONTAL: SAD-69 ORIGEM DA QUILOMETRAGEM UTM: "Equador e Meridiano 51º Oeste", ACRESCIDAS AS CONSTANTES 10.000 km e 500 km RESPECTIVAMENTE. Escala: 1:100.000 Executado por: MAPEAMENTO DAS REGIÕES FITOECOLÓGICAS E INVENTÁRIO FLORESTAL DO ESTADO DO TOCANTINS SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E DA MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA A. FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL O conceito ecológico desse tipo de vegetação está condicionado pela dupla estacionalidade climática, uma tropical, com época de intensas chuvas de verão seguidas por estiagem acentuada, e outra subtropical, sem período seco, mas com seca fisiológica provocada pelo intenso frio de inverno que provoca a caducifólia (IBGE, 1992). No Tocantins, a estacionalidade climática é tropical. Desenvolve-se em regiões com pluviosidade anual inferior a 1.600 mm, em que a estação de seca tem duração de cinco a seis meses (maio a setembro/outubro) e o total médio mensal de precipitação não ultrapassa 100 mm (PRADO; GIBBS 1993). A intensidade da sazonalidade climática e as variações locais, relacionadas às características de retenção de água e profundidade dos solos e às condições do relevo, determinam o grau de deciduidade do componente arbóreo durante a estação seca. Na floresta estacional semidecidual, a porcentagem das árvores caducifólias - no conjunto florestal, não das espécies que perdem as folhas individualmente - situa-se entre 20 e 50% na época desfavorável (estação seca). Nas áreas tropicais, esse tipo de floresta reveste solos de diferentes classes pedológicas, apresentando uma mistura de gêneros da Amazônia, Mata Atlântica e, e menor proporção, da Caatinga: Anadenanthera, Apuleia, Caraipa, Cathedra, Hymenaea, Myracrodruon, Piranhea, Physocalymma scaberrium, Protium, Qualea, Tabebuia e Tetragastris. A floresta é constituída por fanerófitos e mesofanerófitos, com gemas foliares protegidas da seca por escamas (catáfilos) ou pelos, e cujas folhas adultas são esclerófilas ou membranáceas deciduais. As árvores de maior porte variam de 18 a 25 m, enquanto que o dossel é formado por árvores com cerca de 16 m. Os diâmetros das árvores dificilmente ultrapassam os 100 cm. A densidade das áreas de floresta estacional semidecidual do Tocantins foi de 486 a 1.912 ind.ha -1 e de área basal de 15,90 a 46,04 m².ha -1 Nos limites da Faixa Sul, as variações desses parâmetros foram de 719 a 1.731 ind.ha -1 e 18,32 a 33,36 m².ha -1 ; na Faixa Centro de 735 a 1.382 ind.ha -1 e 21,45 a 39,11 m².ha -1 ; enquanto na Faixa Norte foram de 486 a 1.547 ind.ha -1 e 15,90 a 46,04 m².ha -1 A diversidade alfa das áreas de floresta estacional semidecidual apresentou variação de 1,73 a 4,79 nats.ind -1 e a equabilidade variou de 0,60 a 0,92, indicando que a diversidade, em geral, é alta e superior a 60% da máxima possível em todas as áreas estudadas. Nas faixas obtiveram as seguintes variações de diversidade e equabilidade: Sul - 1,73 a 3,71 nats.ind -1 e 0,61 a 0,87; Centro - 1,73 a 4,57 nats.ind -1 e 0,60 a 0,92; Norte - 2,41 a 3,82 nats.ind -1 e 0,63 a 0,86. Os critérios estabelecidos com a finalidade de propiciar o mapeamento contínuo de grandes áreas foram os de ambientes de coberturas cenozóicas e o das faixas altimétricas. Assim, no estado do Tocantins, têm-se quatro formações: Aluvial, Terras Baixas, Submontana e Montana. A.1 Floresta Estacional Semidecidual Aluvial e Floresta Estacional Semidecidual Terras Baixas As florestas aluviais e de terras baixas são tipologias que ocupam áreas situadas em terrenos geológicos, respectivamente, de aluviões e de coberturas quaternárias da Formação Bananal. Para a distinção das duas florestas, que são semelhantes florística e estruturalmente, utilizou-se como critério o ambiente geológico. Essas formações são encontradas com maior frequência na região das planícies do Araguaia-Javaés, especialmente na Ilha do Bananal e adjacências, geralmente em contato com formações abertas de Savana Parque e Savana Arborizada. Ocupam preferencialmente Gleissolos e Neossolos Flúvicos, de textura argilosa e média. Em geral, apresentam-se como vegetação arbórea de médio a grande porte, fustes retos e eventualmente inclinados, podendo apresentar sapopemas. Possui sub-bosque mais ou menos limpo, com reduzido número de elementos herbáceos, à exceção de efêmeras espécies de pteridófitas e ciperáceas. Fora das áreas de planície, a floresta aluvial ou de terras baixas ocorre associada aos cursos d’água, em geral, fazendo contato com campos naturais, cerrado stricto sensu, cerradão ou mata seca. De uma forma geral, pode afirmar que os principais elementos arbóreos das áreas de floresta estacional semidecidual aluvial e de terras baixas são: Mouriri glazioviana (Muiraúba), Vochysia divergens (Cambará), Inga spp. (Ingá), Brosimum lactescens (Inharé), Xylopia spp. (Pindaíba), Triplaris spp., (Pau-formiga, Pau-jaú), Qualea ingens (Canjerana-norata), Qualea wittrockii (Canjerana-preta), Copaifera langsdorffii (Pau- d’óleo), Protium spp. (Amescla, Breu), Caraipa densiflora (Camaçari), Licania apetala (Farinha-seca) e Calophyllum brasiliense (Landim), Xylopia emarginata (Pindaíba-do-brejo), Tabebuia serratifolia (Ipê-amarelo), Richeria grandis (Sana-rita) e Cariniana rubra (Cachimbeiro, Jequitibá). De forma mais detalhada, verificou-se que a associação de espécies dos gêneros “ Qualea - Callophyllum - Mouriri - Pseudomedia - Hirtella - Brosimum” caracteriza os trechos de floresta estacional semidecidual aluvial inundáveis (mata ciliar inundável) que predominam na Depressão do Rio Araguaia, ao longo de rios de grande e médio portes, e lagoas. Em ambiente geológico similar, a associação dos gêneros “ Physocalymma - Protium - Duguetia” caracteriza os trechos de floresta aluvial que não inundáveis, ou seja, desenvolvem-se sobre solo bem drenado. Foi constatada a associação de espécies dos gêneros Protium - Qualea - Xylopia - Tapirira - Qualea - Hieronyma - Cariniana” caracterizando os trechos de mata de galeria inundável e a associação de “ Mouriri - Pseudomedia - Panopsis - Licania - Hirtella - Eugenia - Cathedra - Brosimum - Amaiouadestaca-se nas áreas de mata de várzea, semelhantes aquelas da planície Amazônica. Para as áreas de ipuca observou-se o predomínio de espécies dos gêneros “ Vochysia - Calophyllum - Panopsis - Hirtella - Eugenia - Caraipa - Sclerolobium”. A.2 Floresta Estacional Semidecidual Submontana e Floresta Estacional Semidecidual Montana Trata-se de tipologias da floresta estacional semidecidual que ocupam predominantemente os interflúvios situados em faixas ou locais entre 100 e 600 m de altitude (Floresta Estacional Semidecidual Submontana) e de 600 a 2.000 m de altitude (Floresta Estacional Semidecidual Montana). O critério usado para a distinção das duas florestas, que são semelhantes florística e estruturalmente, é a altitude. Conforme Ribeiro e Walter (2008), a floresta estacional semidecidual caracteriza-se por não ter associação com cursos d’água ou umidade gerada por estes, revestindo interflúvios ou encostas de vales, ou seja, em habitats não inundáveis. Na Faixa Sul do Tocantins, a Floresta Estacional Semidecidual Submontana e Floresta Estacional Semidecidual Montana apresentam-se distribuídas em partes distintas e com características diversas. Ocorriam em abundância na parte sudoeste do Tocantins, em interflúvios ou terrenos dissecados (nos talvegues e parte das encostas) nas bacias dos rios Santo Antônio e Santa Teresa, próximos à cidade de Gurupi. Hoje, nessas bacias, restam poucos remanescentes em bom estado de conservação. O elemento que mais caracteriza as florestas depauperadas é a palmeira Oenocarpus distichus (Bacaba). A floresta estacional apresenta-se distribuída na parte sudeste do Tocantins, em interflúvios ou terrenos dissecados (nos talvegues e parte das encostas) nas bacias dos rios das Balsas, Manuel Alves da Natividade, Palma e Tocantins. Nas bacias dos rios Palma e Manuel Alves da Natividade, a ocorrência da Floresta Estacional Semidecidual Montana é importante em interflúvios, e muito significativa pela presença da Myracrodruon urundeuva (Aroeira), cuja exploração desenfreada tende a eliminar as matrizes de grande porte, restando, em geral, espécies defeituosas e de pequeno porte. Outros remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual Montana são encontrados associados às cadeias de afloramentos de rochas metamórficas, e.g., nos municípios de Dianópolis, Pindorama do Tocantins, Palmeirópolis e São Salvador do Tocantins. Nesses locais, a floresta faz contato com áreas de cerrado sentido restrito e o elemento que mais caracteriza as florestas depauperadas é a palmeira Attalea speciosa (Babaçu). Na Faixa Centro do Tocantins, a Floresta Estacional Semidecidual Submontana apresenta-se distribuída em partes distintas, porém concentrando-se na região da Serra do Lajeado e Serra do Carmo, associada a terrenos dissecados ou áreas planas das bacias dos rios Tocantins e das Balsas. No Sistema Hídrico do Rio Tocantins ocorre em menor proporção, associada aos vales dos rios Sono, Perdida, Manuel Alves Grande e Manuel Alves Pequeno. No Sistema Hídrico do Rio Araguaia esse tipo de floresta ocorre em associação com o cerradão na região da APA do Cantão/Bananal, nas bacias dos rios Formoso, Pium, Coco e Caiapó, assim como nos vales dos afluentes do Rio Barreiras. Na Faixa Norte do Tocantins, a Floresta Estacional Semidecidual Submontana apresenta-se distribuída de forma disjunta, porém concentrando-se na região de relevo movimentado, na divisa do Tocantins com o Maranhão, assim como nas bases e encostas do divisor de águas Tocantins- Araguaia, e no município de Xambioá. Entre as espécies mais importantes que compõe as florestas estacionais semideciduais (submontana e Montana) do Tocantins, tem-se: Tetragastris altissima (Amescla-aroeira), Physocalymma scaberrimum (Cega-machado), Aspidosperma subincanum (Guatambu), Priogymnanthus hasslerianus (Pau- vidro), Cordia glabata (Freijó), Luetzelburgia praecox (Pau- mocó), Copaifera langsdorffii (Pau-de-óleo, Copaíba), Apuleia leiocarpa (Garapa), Tabebuia serratifolia (Ipê-amarelo, Pau- d’arco), Casearia arborea (Nó-de-porco), Tabebuia impetiginosa (Ipê-roxo), Albizia niopoides (Angico-branco), Anandenanthera colubrina (Angico), Cedrella fissilis (Cedro) e Myracrodruon urundeuva (Aroeira). A.3 Subtipos Fitofisionômicos A.3.1 Mata Ciliar Inundável e Mata Ciliar Não Inundável As matas ciliares são formações florestais que acompanham os rios de médio e grande porte do Bioma Cerrado, em que a vegetação arbórea não forma galerias (RIBEIRO; WALTER, 2008). As árvores eretas variam de 20 a 25 m de altura, com alguns indivíduos emergentes que atingem 30 m. A largura dessas florestas é bastante variável, mas, em geral, proporcional ao tamanho do leito do curso d’água que está associada. Ocorre em terrenos acidentados, planos e planícies, podendo haver transição, nem sempre evidente, para outras fisionomias florestais, como a floresta estacional e o cerradão. No caso de vales muito encaixados, desenvolvem-se as florestas de vale ou de encosta, que são compostas pela mata ciliar, presente no terraço próximo ao leito do rio, e a floresta estacional semidecidual ou decidual (mata seca semidecídua e decídua) ocupando a encosta. Nas planícies inundáveis do Rio Araguaia, ocorre à mata ciliar inundável. A mata ciliar não inundável diferencia-se da mata ciliar inundável pela deciduidade em diferentes graus e pela composição florística similar à floresta estacional. Os solos, nos quais se desenvolve a mata ciliar não inundável, podem ser rasos, profundos e aluviais. A camada de serrapilheira que se forma é menos profunda que a encontrada nas matas de galeria. Como espécies arbóreas frequentes na mata ciliar não inundável, podem ser citadas: Anadenanthera colubrina (Angico), Apeiba tibourbou (Escova-de-macaco), Aspidosperma subincanum (Pereiro), Enterolobium contortisiliquum (Tamboril), Myracrodruon urundeuva (Aroeira), Sterculia striata (Chichá), Tabebuia serratifolia (Ipê-amarelo), Tabebuia impetiginosa (Ipê- roxo) e Triplaris gardineriana (Pau-jau). Essa é a flora comum nas florestas estacionais semideciduais submontana (mata seca semidecídua) do Bioma Cerrado. Próximas ao leito do rio, quando em associação com a floresta estacional semidecidual aluvial, são comuns as espécies Inga spp. (Ingá), Piper spp. (Jaborandi), Homalium guianensis, Abarema jupumba, Celtis iguanea e Ficus spp. (Gameleira). Colonizando clareiras naturais ou antropizadas, é comum o aparecimento de espécies pioneiras, como Attalea speciosa (Babaçu) e Cecropia pachystacyia (Embaúba). A mata ciliar inundável apresenta-se como um tipo de vegetação perenifólia sazonalmente inundada (como a mata de galeria inundável), que se desenvolve em planícies inundáveis, ao longo de cursos d’água de médio e grande portes, associada ou não a lagoas naturais. Os solos em que esse tipo de vegetação se desenvolve possuem textura argilosa, como os Gleissolos e Neossolos Flúvicos, mas há também os pertencentes a outras classes de solo, como os Aluviais. Essa floresta caracteriza-se pelo fato de a copa das árvores não ficarem desprovidas de folhas durante o auge da estação da seca, ou seja, são perenifólias. Outra característica é a umidade do solo, que, mesmo no auge da estação seca, encontra-se bastante pronunciada, a menos de 30 cm de profundidade, ao contrário do que ocorre em florestas estacionais (mata secas) descritas por Ribeiro e Walter (2008). A mata ciliar inundável é composta por árvores de 30 m de altura, com algumas emergentes que ultrapassam essa estatura. A maior parte das árvores possui troncos cilíndricos, retos e longos, que, em geral, possuem raízes de sustentação (sapopemas). O sub-bosque é rarefeito e espaçado, provavelmente em função das enchentes sazonais, que dificultam o estabelecimento de um banco de plântulas e sementes permanentes, assim como é reduzido o número de elementos herbáceos. São comuns as espécies de pteridófitas, Ciperaceae e Araceae. Dentre as espécies que compõem o estrato arbóreo, destacam- se, em porte e abundância: Pseudomedia laevigata (Café-com- Mezilaurus sp. (Itaúba), Guilbortia hymenifolia (Jatobazinho), Micropholis grandiflora (Abiu), Cariniana rubra (Jequitibá) e Xylopia cf. grandiflora (Pindaíba-do-brejo). Já, no sub-bosque, o destaque é de Zygia inaequalis (Ingá-falso), Eugenia florida, Hirtella gracilipes, Protium unifoliolatum (Amescla), Licania sp., Pouteria sp. e Inga edulis (Ingá). Tem-se nesse ambiente inundável, a flora muito diferenciada da citada para as florestas estacionais semideciduais do Bioma Cerrado. Basicamente, desenvolvem-se espécies adaptadas a solos periodicamente encharcados e inundações sazonais, que são comuns às florestas inundáveis (mata de várzea e igapó) da região Amazônica. Ressalta-se que as matas ciliares, inundável e não inundável, desenvolvem-se em mosaicos, lado a lado, dentro de uma mesma mata, o que dificulta a individualização dessas no mapeamento em escala 1:100.000. destaque é de Zygia inaequalis (Ingá-falso), Eugenia florida, Hirtella gracilipes, Protium unifoliolatum (Amescla), Licania sp., Pouteria sp. e Inga edulis (Ingá). Tem-se nesse ambiente inundável, a flora muito diferenciada da citada para as florestas estacionais semideciduais do Bioma Cerrado. Basicamente, desenvolvem- se espécies adaptadas a solos periodicamente encharcados e inundações sazonais, que são comuns às florestas inundáveis (mata de várzea e igapó) da região Amazônica. Ressalta-se que as matas ciliares, inundável e não inundável, desenvolvem-se em mosaicos, lado a lado, dentro de uma mesma mata, o que dificulta a individualização dessas no mapeamento em escala 1:100.000. A.3.2 Mata de Várzea A Mata de Várzea, florística e estruturalmente, é semelhante à mata ciliar inundável. Quando em ambiente fluvial, a Mata de Várzea pode ser considerada a continuidade lateral da mata ciliar inundável, que, às vezes, ocupa larguras expressivas. Ela é um subtipo da Floresta Estacional de Terras Baixas ou Aluvial, ficando condicionada ao ambiente geológico. Nesse ambiente marcado por fortes inundações sazonais, destaca-se o grande porte e densidade das espécies Piranhea trifoliata (Piranheira), Cathedra acuminta (Laxador), Qualea wittrockii (canjerana-preta) e Caraipa densiflora (Camaçari). A.3.3 Mata de Galeria Inundável e Mata de Galeria Não Inundável As matas de galeria são enclaves de florestas perenifólias no Bioma Cerrado, que se desenvolvem ao longo dos cursos d’água de pequeno porte (ao contrário das matas ciliares que se desenvolvem junto a cursos d’água de médio e grande portes), sendo geralmente bordeadas por campos ou por cerrado sentido restrito. A cobertura arbórea varia entre 80 e 100%, sendo comum a ocorrência de árvores emergentes ao dossel, que atingem cerca de 20 a 30 m de altura (SILVA JÚNIOR; FELFILI, 1998). São florestas formadas por espécies endêmicas, espécies da floresta amazônica, da mata atlântica e das matas da bacia do Rio Paranã, além de espécies típicas do cerrado stricto sensu e das florestas estacionais semideciduais submontana do Bioma Cerrado. Por isso, esse tipo de floresta é considerado importante repositório de biodiversidade e refúgio para espécies da fauna e flora, que não sobreviveriam somente no ambiente de Cerrado, funcionando como faixas de florestas tropicais úmidas em meio à vegetação do cerrado (FELFILI, 2003). As matas de galeria estão associadas a uma grande variedade de solos, desde aqueles distróficos, do tipo Latossolo, Cambissolo e Neossolo Quartzarênico, até mesmo, eutróficos. Ocorrem também em solos hidromórficos sazonalmente inundáveis (Gleissolos), com vários níveis de matéria orgânica. Em geral, os solos das matas de galeria são similares aos das formações circunvizinhas, porém apresentam condições mais favoráveis ao desenvolvimento da floresta, devido à umidade constante, propiciada pela presença dos cursos d’água e pelo lençol freático próximo à superfície, e ao elevado teor de matéria orgânica proveniente da ciclagem de nutrientes da própria floresta (SILVA JÚNIOR; FELFILI, 1998). A mata de galeria não inundável apresenta árvores de grande porte das espécies Copaifera langsdorffii (Copaíba), Hirtella glandulosa (Vermelhão), Lamanonia ternata, Protium heptaphyllum (Amescla), Hymenaea stilbocarpa (Jatobá-da- mata), Sacoglottis guianensis (Achuí), Aspidosperma discolor (Canela-de-veio), Maprounea guianensis (Milho-torado), Tabebuia serratifolia (Ipê-amarelo), Emmotum nitens (Casco- d’anta) e Licania apetala (Farinha-seca). Já a mata de galeria inundável apresentam espécies adaptadas à inundações sazonais, com destaque para: Xylopia emarginata (Pindaíba-do-brejo), Talauma ovata (Pinha-do- brejo), Calophyllum brasiliense (Landim), Ferdinadusa speciosa (Pau-d’água), Richeria grandis (Santa-rita), Protium spruceanum (Breu), Qualea wittrockii (Canjerana-preta) e Qualea ingens (Canjerana-norata) e Cariniana rubra (Jequitibá). A.3.4 Ipuca Denominação regional para fragmentos naturais de florestas estacional de terras baixas inundáveis, em pequenas depressões, ovais ou circulares, que se localizam na planície do Rio Araguaia, em meio à vegetação de Savana Parque. Caracteriza-se pelas espécies adaptadas à inundações sazonais, como: Calophyllum brasiliense (Landim), Vochysia divergens (Cambará), Abarema jupunba, Panopsis rubesnces (Carvalho-de-brejo), Sclerolobium froezii (Carvoeiro-do-brejo) e Qualea witrockii (Canjerana-preta). Em menor proporção, são encontradas espécies comuns a cerrados e florestas estacionais, como: Curatella americana (Lixeira), Physocalymma scaberrimum (Cega-machado), Protium heptaphyllum (Amescla) e Platypodium elegans (Canzilheiro). A.3.5 Mata Seca Semidecídua Esse é a denominação regional utilizada para as florestas estacionais semideciduais submontana e montana. Entre os resultados obtidos na Faixa Sul, verificou-se que a associação dos gêneros “Tetragastris - Physocalymma” caracteriza os remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual na bacia do Rio Santo Antônio, que ocorre em geral sobre relevo plano ou pouco movimentado, com rochosidade baixa ou inexistente. A associação de “Aspidosperma - Callisthene - Casearia - Talisiatipifica a floresta estacional semidecidual que desenvolve-se sobre relevo plano ou suave ondulado das bacias dos rios Tocantins, Palma e Manuel Alves da Natividade. Nos limites da Faixa Centro, verificou-se que a associação dos gêneros “Anadenanthera - Aspidosperma - Combretum” caracteriza os remanescentes ou trechos de Floresta Estacional Semidecidual nas bacias dos rios Tocantins, Sono, Balsas, Manuel Alves Grande, Mangues, Caiapó e Barreiras. Já, os remanescentes de floresta estacional semidecidual das bacias dos rios Caiapó, Coco, Barreiras, Tocantins e das Balsas são caracterizados pela associação de espécies dos gêneros “Tapirira - Micropholis - Sacoglottis - Protium - Sloanea”. Já para a Faixa Norte, constatou - se que a associação dos gêneros “Tabebuia - Spondias - Guazuma - Bauhinia - Apeiba - Tabebuia - Pseudobombax - Physocalymma - Myracrodruon - Cedrella - Acacia - Anadenanthera - Aspidosperma” caracteriza os remanescentes ou trechos de Floresta Estacional Semidecidual das bacias dos rios Tocantins, Araguaia, Jenipapo e Lontra. B. FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL É um tipo de vegetação caracterizada por duas estações climáticas bem demarcadas, uma chuvosa seguida de outra caracterizada por um longo período biologicamente seco. A floresta estacional decidual é uma disjunção florestal que apresenta o estrato dominante de macro e mesofanerófitos predominantemente caducifólio, com mais de 50% dos indivíduos despidos de folhagem no período desfavorável (estação seca). O caráter decidual dessa floresta é acentuado devido ao longo período seco e associação com ambientes em que predominam solos litólicos e afloramentos rochosos, e relevos dissecados. As florestas deciduais submontana e montana estabelecidas para grandes áreas, considerando o Brasil como um todo, nem sempre refletem diferenças marcantes em áreas contíguas. As subformações são semelhantes florística e estruturalmente, sendo separadas somente pela altitude. No Tocantins, foram definidas duas formações para as florestas estacionais deciduais: submontana, de 100 até 600 m, e montana, acima de 600 m de altitude. B.1 Floresta Estacional Decidual Submontana e Floresta Estacional Decidual Montana Em geral, a ocorrência dessas florestas deciduais está relacionada com solos litólicos e afloramentos rochosos (rochas carbonáticas) ou a áreas de relevo acidentado ou montanhoso. Há similaridade florística das florestas estacionais deciduais do sudeste do Tocantins com a flora da região da Caatinga, dada à presença de muitas espécies de cactos do gênero Cereus, de bromélias e por espécies arbóreas, como: Amburana cearensis (Amburana-de-cheiro), Anadenanthera colubrina (Angico), Aspidosperma pyrifolium (Peroba-rosa), Cavanillesia arborea (Barriguda-lisa), Cedrella odorata (Cedro), Commiphora leptophloeos (Ambura-de-espinho), Cyrtocarpa caatingae (Catiguá), Jatropha molissima (Mandioca-brava), Macaherium scleroxylum (Pau-ferro), Myracrodruon urundeuva (Aroeira), Tabebuia impetiginosa (Ipê-roxo) e Ximenia americana (Ameixa). Por revestirem áreas consideradas de melhor fertilidade natural, as florestas foram objeto de intensa exploração madeireira para implantação de agricultura e/ou pastagens. A área original dessas florestas, na Faixa Sul do Tocantins, era muito maior que a atual. Dos remanescentes florestais, poucos estão intactos, sem sinais de corte seletivo de madeira ou em estágio primário de sucessão. Entretanto, é grande a importância biológica desses remanescentes, que são constituídos por uma flora diferenciada em relação ao resto da vegetação do estado. Nessas florestas, são encontradas muitas matrizes de espécies com madeira de alto valor comercial e econômico, utilizadas em larga escala no meio rural, como Myracrodruon urundeuva (Aroeira), Tabebuia spp. (Ipês), Aspidosperma pyrifolium (Peroba-rosa) e Machaerium spp. (Jacarandás). Atualmente, os remanescentes florestais constituem um banco de germoplasma cada vez mais escasso na região do Cerrado. Apesar disso, é crescente a ameaça de desaparecimento dessas florestas, principalmente pela sua substituição por atividades de mineração e geração de energia que se instalam no Tocantins, sobretudo no sudeste do estado. B.2 Subtipos Fitofisionômicos B.2.1 Mata Seca Decídua Tipologia florestal que apresenta o estrato dominante de macro e mesofanerófitos predominantemente caducifólio, com mais de 50% dos indivíduos despidos de folhagem no período desfavorável (estação seca). Verificou-se que a associação dos gêneros “Myracrodruon - Astronium - Aspidosperma - Tabebuia - Combretum - Pseudobombax - Sterculia - Commiphoracaracteriza a composição florística das áreas de floresta estacional decidual (mata seca decídua), que ocorre em relevo acidentado, áreas planas e sobre afloramentos rochosos na Faixa Sul do Tocantins. Constatou-se que a associação dos gêneros Anadenanthera - Aspidosperma - Combretumcaracteriza a composição florística das áreas de floresta estacional decidual (mata seca decídua), que ocorre em relevo acidentado, áreas planas e sobre afloramentos rochosos na Faixa Centro. Já na Faixa Norte, a associação dos gêneros “ Tabebuia - Spondias - Guazuma - Bauhinia - Apeiba - Tabebuia - Pseudobombax - Physocalymma - Myracrodruon - Cedrella - Acacia - Anadenanthera” caracteriza as áreas de floresta estacional decidual (mata seca decídua), que ocorre em relevo acidentado, áreas planas e sobre afloramentos rochosos. C. SAVANA (CERRADO) A região do Cerrado foi denominada Savana pelo RADAMBRASIL, que a considerou uma denominação prioritária e Cerrado um sinônimo regionalista. A vegetação de cerrado é definida como xeromorfa, preferencialmente de clima estacional, com mais de cinco meses secos, podendo ser encontrada também em clima ombrófilo. Reveste solos lixiviados e aluminizados, apresentando sinúsia de hemicriptófitos, geófitos e fanerófitos oligotróficos de pequeno porte, com ocorrência por toda a Região Neotropical. Na escala utilizada pelo Projeto RADAMBRASIL, as diferenças fisionômicas existentes nas regiões mapeadas como Cerrado permitiram suas subdivisões em quatro subgrupos de formação: Savana Florestada, Savana Arborizada, Savana Parque e Savana Gramíneo-Lenhosa. Com o avanço dos estudos na região do Cerrado, em escala mais detalhada, verificou-se que, na paisagem dessa região, existia uma complexidade de tipos de vegetação, incluindo formações florestais, savânicas e campestres (RIBEIRO; WALTER, 2008). Para esse projeto, acordou-se que, para o ambiente Cerrado, seriam adotadas, com adaptações, as fitofisionomias descritas por Ribeiro e Walter (2008). Nesse sentido, os subtipos fisionômicos de Ribeiro e Walter (2008) - cerrado denso, cerrado típico, cerrado ralo e cerrado rupestre - rupestre, em geral, varia de 5 a 20%. Entre as espécies comuns nos diferentes tipos de Savana, podem ser listadas: Qualea parviflora (Pau-terra-folha-fina), Qualea grandiflora (Pau-terra-folha-larga), Ouratea hexasperma (Vasoura-de-bruxa), Erythroxylum suberosum (Pimenta-de- galinha), Byrsonima coccolobifolia (Murici-rosa), Stryphnodendron spp. (Barbatimão) e Dimorphandra gardineriana (Faveiro). C.1 Savana Florestada É uma formação cuja principal característica estrutural é arbórea, com indivíduos tortuosos com ramificação irregular, ritidoma esfoliado corticoso, rígido ou córtex maciamente suberoso, com órgãos de reserva subterrâneos ou xilopódios. As árvores são densamente agrupadas, providas de grandes folhas coriáceas perenes ou semideciduais e um estrato hemicriptófito ralo. As estimativas de densidade das áreas de cerradão doTocantins variaram de 682 a 1.598 ind.ha -1 , sendo na Faixa Sul de 682 a 1.060 ind.ha -1 , na Faixa Centro de 1350 a 1598 ind.ha -1 . Na Faixa Norte, a estimativa de densidade é de 1.564 ind.ha -1 . As estimativas de área basal para todas as áreas de cerradão no Tocantins apresentaram-se variando de 13,60 a 28,58 m².ha -1 . A diversidade alfa oscilou de 2,99 a 4,18 nats.ind -1 e a equabilidade de 0,71 e 0,86, indicando que a diversidade, em geral, é alta e superior a 70% da máxima possível em todas as áreas estudadas. Entre as principais espécies registradas nas áreas de cerradão do estado do Tocantins, estão: Sclerolobium paniculatum (Cachamorra, Carvoeiro), Xylopia aromatica (Pimenta-de- macaco), Physocalymma scaberrimum (Cega-machado), Curatella americana (Lexeira, Sambaíba), Qualea parviflora (Pau-terra-folha-fina), Callisthene mollissima (Pau-de-rato), Copaifera langsdorffii (Pau-de-óleo), Emmotum nitens (Casco- d’anta), Protium heptaphyllum (Amescla), Qualea grandiflora (Pau-terra-folha-larga), Caryocar coriaceum (Pequi), Byrsonima coccolobifolia (Murici-rosa), Tapirira guianensis (Pombeiro), Magonia pubescens (Tinguí), Astronium fraxinifolium (Gonçalo- alves), Byrsonima crassifolia (Murici-de-galinha), Hirtella glandulosa (Vermelhão), Myrcia sellowiana (Grudento), Terminalia argentea (Garoteiro), Diospyros hispida (Caqui-da- mata), Roupala montana (Carne-de-vaca), Tetragastris altissima (Amescla-aroeira), Anacardium occidentale (Caju), Casearia arborea (Nó-de-porco), Mouriri elliptica (Puça-croa), Myrcia multiflora (Araçarana), Ouratea hexasperma (Vassoura- de-bruxa), Pouteria ramiflora (Maçaranduba), Psidium myrsinoides (Araçazinho), Salvertia convalaieodora (Folha- larga), Vatairea macrocarpa (Amargoso) e Vochysia haenkeana (Escorrega-macaco). C.2 Savana Arborizada Formação importante no Tocantins, por ser a de maior ocorrência e distribuição. Caracteriza-se por apresentar uma fisionomia com árvores baixas (até 8 m de altura) e hemicriptófitos contínuos, estando sujeita a queimadas anuais. Nessa formação, ocorre uma camada rasteira, predominantemente graminosa, e uma cobertura lenhosa que pode variar de 5 a 20% (cerrado rupestre), 20 a 50% (cerrado típico) e de 50 a 70% (cerrado denso). No Tocantins, a Savana Arborizada reveste várias classes de solo, em especial, os Latossolos profundos e bem drenados, os Neossolos Quartzarênicos e solos rasos, como Cambissolos e Plintossolos, além dos substratos rochosos. A densidade e área basal das áreas de cerrado stricto sensu no Tocantins apresentaram variação de 416 a 1746 ind.ha -1 e 8,25 a 18,75 m².ha -1 , respectivamente, marcando a variação estrutural entre áreas e cerrado ralo e denso no estado. Na Faixa Sul, a estrutura variou de 890 a 1.582 ind.ha -1 e 8,25 a 16,70 m².ha -1 ; na Faixa Centro de 416 a 1.746 ind.ha -1 e 10,84 a 18,35 m².ha -1 ; e na Faixa Norte, as estimativas oscilaram de 645 a 1114 ind.ha -1 e 9,59 a 12,97 m².ha -1 . Para as amostras de todo o estado, a diversidade alfa apresentou variação de 2,21 a 4,09 nats.ind -1 , sendo de 3,13 a 3,75 nats.ind -1 na Faixa Sul; 2,21 a 4,09 nats.ind -1 na Faixa Centro; e de 3,24 a 3,70 nats.ind -1 na Faixa Norte. A equabilidade variou de 0,63 a 0,86, indicando que a diversidade, em geral, é alta e superior a 60% da máxima possível em todas as áreas estudadas. As variações encontradas entre o cerrado stricto sensu (Savana Arborizada) e o cerradão (Savana Florestada), tanto no aspecto fisionômico quanto no florístico, devem-se tanto às diferenças pedológicas do substrato, como as interferências de origem antrópica, devido à frequência de queimadas e à retirada seletiva de espécies para permitir ou ampliar a oferta das forrageiras nativas para o gado. A composição florística dos subtipos de Savana Arborizada é similar, com presença de espécies que se destacam ora num lugar, ora noutro. Nesse mosaico de savanas abertas e fechadas do Tocantins, são bastante representativas as seguintes espécies: Qualea parviflora (Pau-terra-folha-fina), Hirtella ciliata (Pau-pombo), Sclerolobium paniculatum (Carvoeiro), Callisthene molissima (Pau-de-rato), Caryocar coriaceum (Pequi), Curatella americana (Sambaíba, Lixeira), Callisthene fasciculata (Jacaré), Vochysia rufa (Pau-doce), Qualea grandiflora (Pau-terra-folha-grande), Byrsonima crassifolia (Murici-de-galinha), Byrsonima coccolobifolia (Murici- rosa), Salvertia convalaieodora (Folha-larga), Connarus suberosus (Pau-de-brinco), Pouteria ramiflora (Massaranduba), Lafoensia pacari (Pacari), Psidium myrsinoides (Araçazinho), Anacardium occidentale (Caju), Byrsonima pachyphylla (Murici- ferrugem), Erythroxylum suberosum (Mercúrio-do-campo), Diospyros coccolobifolia (Olho-de-boi), Xylopia aromatica (Pimenta-de-macaco), Myrcia multiflora (Araçarana), Ouratea hexasperma (Vassoura-de-bruxa), Davilla elliptica (Sambaibinha), Astronium fraxinifolium (Gonçalo-alves), Magonia pubescens (TIngui), Dimorphandra gardneriana (Faveiro), Mouriri elliptica (Puça-croa), Vatairea macrocarpa (Amargoso), Plathymenea reticulata (Vinhático) e Andira cuyabensis (Angelim). C.3 Savana Parque Formação essencialmente constituída por um estrato graminóide, integrado por hemicriptófitos e geófitos de florística natural e/ou antropizada, entremeada por nanofanerófitos isolados, com conotação típica de um “parque-inglês”. No Tocantins, corresponde ou apresenta-se em três situações ecologicamente distintas: (i) em áreas de relevo ondulado ou de topo conexo, geralmente cascalhentos, onde o raleamento das árvores também é atribuído às constantes queimadas, sendo aí, comum a presença de canela-de-ema (Vellozia) - municípios de Goianorte e Dois Irmãos do Tocantins; (ii) em áreas aplanadas das planícies aluviais, periodicamente inundadas, onde se apresenta na forma de “cerrado-de-bola” ou ilhas de vegetação arbórea - Planície do Rio Araguaia; (iii) em área planas e solos arenosos da região do Jalapão. Nos dois primeiros casos, a vegetação tende a formar gregarismos, como na planície do Araguaia, na qual se destaca Byrsonima orbignyana (Murici-de-várzea), Tabebuia aurea (Ipê-caraíba) e Curatella americana (Sambaíba). Já na região de morarias dos municípios de Goianorte e Dois Irmãos do Tocantins destaca- se o predomínio de Vochysia rufa (Pau-doce). A densidade das áreas de Savana Parque, da planície inundável do Rio Araguaia, do Tocantins apresentou variação de 405 a 742 ind.ha -1 , e a área basal foi estimada na ordem de 10,24 m².ha -1 . A diversidade alfa apresentou variação de 0,65 a 3,04 nats.ind -1 e a equabilidade ficou entre 0,38 a 0,77, indicando que a diversidade é baixa e inferior a 77% da máxima possível em todas as áreas estudadas. Além das três espécies mais importantes, Byrsonima orbignyana (Murici-de- várzea), Tabebuia aurea (Ipê-caraíba) e Curatella americana, são encontradas com frequência Erythroxylum suberosum (Mercírio-do-campo), Andira cuyabensis (Angelim), Byrsonima sericea (Murici-da-mata), Connarus suberosus (Pau-de-brinco), Heteropterys byrsonimiifolia (Murici-macho), Myrcia multiflora (Araçarana), Qualea parviflora (Pau-terra-folha-fina), Astronium fraxinifolium (Gonçalo-alves), Brosimum gaudichaudii (Mama- cadela), Calophyllum brasiliense (Landim), Caryocar coriaceum (Pequi), Dipteryx alata (Baru), Emmotum nitens (Casco-de- anta), Euplassa inaequalis (Carvalho-do-brejo), Lafoensia pacari (Pacari), Qualea grandiflora (Pau-tera-folha-larga), Simarouba versicolor (Mata-cachorro), Vochysia rufa (Pau- doce) e Xylopia aromatica (Pimenta-de-macaco). C.4 Savana Gramíneo-lenhosa É uma formação campestre com fisionomia de gramados, entremeada por plantas raquíticas e sem cobertura arbórea. Sua vegetação é dominada por hemicriptófitos que, aos poucos, quando manejados por meio de queimadas ou pastoreio, vão sendo substituídos por geófitos que se distinguem por apresentar colmos subterrâneos. No Tocantins, grandes extensões de Savana Gramíneo- Lenhosa são observadas na região da Depressão do Araguaia, constituindo fisionomia de campos inundáveis. No Jalapão, a Savana Gramíneo-Lenhosa também cobre enormes áreas de solos arenosos. São comuns espécies dos gêneros Axonopus, Echinolaena, Paspalum, Actinocladum, Eragrostis e Ichnanthus, da família Poaceae; Bulbostylis, Rhynchospora, Cyperus e Ascolepis, da família Cyperaceae; Ruellia, Lepidagathis e Justicia, da família Acanthaceae. C.5 SUBTIPOS FITOFISIONÔMICOS DA SAVANA C.5.1 Cerradão É o subtipo de Savana Florestada que apresenta dossel predominantemente contínuo e cobertura arbórea que pode oscilar de 50 a 90%. Apresenta árvores de Savana Arborizada, com tronco ereto, que podem atingir cerca de 12 m formando o dossel. As espécies emergentes, geralmente de mata de galeria e floresta estacional, chegam a atingir 15 m. A forma em que se apresenta o cerradão é diferenciada ao longo do Bioma Cerrado. Pode ocorrer como manchas em meio à vegetação das savanas arborizada e parque, e.g., na parte leste da Faixa Sul do Tocantins; ou revestir vastas áreas, e.g., na parte oeste da Faixa Sul. Por apresentar ampla variação florística e estrutural, o cerradão é entendido por muitos como uma vegetação de transição entre floresta e cerrado. Entre as fitofisionomias que compõem o Bioma Cerrado, o cerradão, em áreas próximas das florestas estacionais, possui grande parte de suas extensões originais manejadas ou totalmente modificadas pelos usos agropecuários, devido à boa qualidade de suas madeiras e terras. Por esse motivo, restam poucos fragmentos de cerradão em bom estado de conservação. Para Ribeiro e Walter (2008), o cerradão é uma formação com aspectos xeromórficos, que apresenta composição e estrutura com grande importância, tanto de espécies típicas do cerrado como de espécies comuns às matas de galeria e floresta estacionais do Bioma Cerrado. Essa formação é de difícil classificação e mapeamento em escala de 1:100.000, estando muitas vezes associada com cerrado denso. Na Faixa Sul, verificou-se que a associação das espécies “ Xylopia - Emmotum - Caryocar - Copaifera - Tapiriracaracteriza o cerradão das bacias dos rios Manuel Alves da Natividade, Santa Teresa e Santo Antônio, enquanto que a associação dos gêneros “Callisthene - Luehea - Cordia - Astronium - Physocalymma” tipifica o cerradão da bacia do Rio Tocantins. Na Faixa Centro, foi registrado cerradão sobre solos de baixa fertilidade, em contato com o cerrado sensu stricto, composto pela a associação de “Sclerolobium - Xylopia - Qualea - Tapirira - Hirtella - Emmotum”. Já, nas áreas de transição de cerrado sensu lato e floresta estacional, sobre solos relativamente mais férteis, desenvolve-se o cerradão que é composto pela a associação de “ Physocalymma - Tabebuia - Coussarea - Ephedranthus”. Na Faixa Norte, as principais espécies das áreas de cerradão são: Emmotum nitens (Casco- de-anta), Copaifera langsdorffii (Copaíba), Hirtella glandulosa (Vermelhão), Callisthene fasciculata (Jacaré), Sclerolobium paniculatum (Carvoeiro), Protium heptaphyllum (Amescla), Physocalymma scaberrimum (Cega-machado), Astronium fraxinifolium (Gonçalo-alves), Terminalia argentea (Garoteiro), Diospyros hispida (Caqui-da-mata), Casearia arborea (Nó-de- porco), Vatairea macrocarpa (Amargoso) e Vochysia haenkeana (Escorrega-macaco). C.5.2 Cerrado Denso com Mata de Galeria e Cerrado Denso sem Mata de Galeria É um subtipo de Savana Arborizada, que, ao contrário de outras regiões do Bioma Cerrado (e.g., Distrito Federal), predomina na paisagem. Na Faixa Sul do Tocantins, ocorre em grandes extensões de terra, principalmente em áreas planas e sobre Cambissolo e Plintossolos Pétricos. Esse subtipo fitofisionômico é caracterizado pelo estrato herbáceo raleado e pelo acúmulo de serrapilheira no solo. Na Faixa Sul, contatou- se o predomínio de Callisthene mollissima (Pau-de-rato) nas áreas de cerrado denso, com a associação dos gêneros “ Curatella - Callisthene - Qualea - Terminalia - Magoniacaracterizando-os sobre solos do tipo Plintossolos e Latossolos das bacias dos rios Formoso, Tocantins, São Valério, Crixás, Santa Teresa e Paranã. Já, na Faixa Centro a associação dos gêneros “ Curatella - Byrsonima - Lafoensia” caracteriza o cerrado denso e típico que ocorrem preferencialmente sobre Cambissolo e Plintossolos Pétricos das bacias dos rios Araguaia, Bananal, Balsas, Barreiras, Caiapó, Coco, Crixás, Formoso, Javaés, Lajeado, Mangues e Pium. Na Faixa Norte o cerrado denso e pouco expressivo na paisagem. O cerrado denso, quando mapeado individualmente, escala e do sensor remoto utilizado, a unidade recebe a denominação de cerrado denso com mata de galeria. C.5.3 Cerrado Típico com Mata de Galeria e Cerrado Típico sem Mata de Galeria É um subtipo de savana arborizada que ocorre por todo o Tocantins e, em geral, ocupa as partes de terra com relevo mais ondulado, ou áreas planas sobre todas as classes de solo. Ocorre associado aos cerrados denso e ralo, sendo a formação de transição entre esses ambientes. São caracterizados por um denso estrato rasteiro, composto por gramíneas e arbustos, e a presença de árvores espaçadas ou agrupadas em moitas. As espécies mais importantes são: Qualea parviflora (Pau-terra-folha-fina), Hirtella ciliata (Pau- pombo), Sclerolobium paniculatum (Carvoeiro), Callisthene molissima (Pau-de-rato), Caryocar coriaceum (Pequi), Curatella americana (Sambaíba, Lixeira), Callisthene fasciculata (Jacaré), Vochysia rufa (Pau-doce), Qualea grandiflora (Pau- terra-folha-grande), Byrsonima crassifolia (Murici-de-galinha), Byrsonima coccolobifolia (Murici-rosa), Salvertia convalaieodora (Folha-larga), Connarus suberosus (Pau-de- brinco), Pouteria ramiflora (Massaranduba), Lafoensia pacari (Pacari), Psidium myrsinoides (Araçazinho) e Anacardium occidentale (Caju). O cerrado típico, quando mapeado individualmente, caracteriza a unidade cerrado típico sem mata de galeria. Se não é possível a sua separação da mata de galeria, em função da escala e do sensor remoto utilizado, a unidade recebe a denominação de cerrado típico com mata de galeria. Lafoensia pacari (Pacari), Psidium myrsinoides (Araçazinho) e Anacardium occidentale (Caju). O cerrado típico, quando mapeado individualmente, caracteriza a unidade cerrado típico sem mata de galeria. Se não é possível a sua separação da mata de galeria, em função da escala e do sensor remoto utilizado, a unidade recebe a denominação de cerrado típico com mata de galeria. C.5.4 Cerrado Rupestre com Mata de Galeria ou Cerrado Rupestre sem Mata de Galeria É um subtipo de Savana Arborizada, menos representativo no Tocantins. Na Faixa Sul ocupa, em geral, os topos ou encostas de morros ou áreas planas onde existem afloramentos rochosos, em especial na Serra de Natividade e Serra Geral do Tocantins, além do vale do Rio Tocantins no município de São Salvador. Na Faixa Centro, localiza-se, em geral, nos topos ou encostas de morros ou áreas planas onde existem afloramentos rochosos, em especial na Serra do Lajeado e, também, na Serra Geral do Tocantins. Na faixa Norte, o cerrado rupestre desenvolve-se de forma restrita na região do divisor dos sistemas hídricos dos rios Tocantins e Araguaia. O cerrado rupestre é composto por uma flora diferenciada dos outros subtipos de Savana Arborizada, sendo marcantes as presenças de espécies como Norantea adamantium (Mel-de- arara), Manilkara trifoliata, Wunderlichia clusiana (Flor-de-pau) e Tibouchina papyrus (Pau-papel). C.5.5 Cerrado Inundável com Mata de Galeria e Cerrado Inundável sem Mata de Galeria É um subtipo de savana arborizada que, em geral, cobre grandes extensões das planícies inundáveis do Rio Araguaia. Não é uma formação exclusiva do Tocantins, pois se distribui também nas planícies inundáveis dos rios das Mortes e Araguaia, no Mato Grosso (MARIMON; LIMA, 2001), assim como no Pantanal do Mato Grosso do Sul (POTT; POTT, 2003). Esse tipo fitofisionômico sempre está associado a solos Hidromórficos e Plintossolos. Nas áreas mapeadas na planície inundável do Rio Araguaia, em especial nas bacias dos rios Araguaia, Javaés, Formoso, Pium e Coco, destaca-se o “canjical”, com árvores de baixa estatura (3 m) e predominância da espécie Byrsonima orbignyana (Canjiquinha ou Murici-de-várzea). O canjical ocupa representativas extensões de terra nas planícies das bacias hidrográficas do Rio Araguaia, em mosaico com outras formações monodominantes, como o Paratudal ou Caraibal (predomínio de Tabebuia aurea) e o Sambaibal ou Lixeiral (predomínio de Curatella americana). Os cerrados inundáveis, com ou sem mata de galeria, apresentam-se com densidade variável. Quando menos adensados, assumem características da Savana Parque inundável, sendo, por esse motivo, muitas vezes confundíveis na escala de mapeamento de 1:100.000. C.5.6 Parque de Cerrado Inundável com Murundu É um subtipo de Savana Parque, com as maiores concentrações de murundus - elevações convexas do terreno, algumas vezes imperceptíveis, outras, bastante nítidas, e com a presença de árvores agrupadas que possuem altura média de 3 a 6 m e que formam uma cobertura de 5 a 20%. Os murundus variam, em média, de 0,1 a 1,5 m de altura e 0,2 a mais de 20 m de diâmetro. Entre os murundus, existe um denso tapete de gramíneas, às vezes com elementos arbóreos espaçados, em geral sobre Gleissolos, enquanto as elevações possuem solos melhor drenados (RIBEIRO; WALTER, 2008). As áreas de parque de cerrado inundável com murundu do Tocantins possuem como espécies importantes: Tabebuia aurea (Ipê-caraíba), Byrsonima orbignyana (Murici-de-várzea), Erythroxylum suberosum (Pimenta-de-galinha), Callisthene fasciculata (Jacaré) e Brosimum gaudichaudii (Mama-cadela). C.5.7 Campo Sujo Seco e Campo Sujo Úmido É um subtipo de Savana Parque predominantemente arbustivo- herbáceo, com arbustos, subarbustos e árvores muito esparsas, menos desenvolvidas que as árvores da Savana Arborizada. É encontrado em solos rasos, eventualmente em afloramentos rochosos de pouca extensão (sem caracterizar um campo rupestre), ou ainda em solos profundos e de baixa fertilidade. Em função de particularidades ambientais, o campo sujo pode apresentar três subtipos fisionômicos distintos: (i) na presença de um lençol freático profundo, ocorre o campo sujo seco; (ii) se o lençol freático é raso, próximo da superfície do solo, ocorre o campo sujo úmido; (iii) em áreas de murundus, tem-se o campo sujo com murundu. C.5.8 Cerrado Ralo com Mata de Galeria e Cerrado Ralo sem Mata de Galeria É um subtipo de Savana Parque que se caracteriza por uma camada rasteira predominantemente graminosa e por uma cobertura lenhosa que varia de 5 a 20%. Possui grande destaque na região próxima do Jalapão, sobre substratos arenosos (Neossolos Quartzarênicos), e se apresenta em áreas de relevo ondulado ou de topo convexo, geralmente cascalhentos. A associação dos gêneros “Hirtella - Pouteria - Sclerolobium - Mouriri - Kielmeyera” caracteriza os ambientes de cerrado predominantemente ralo sobre Neossolos Quartzarênicos e Litólicos, principalmente nas bacias dos rios das Balsas e Palma (Faixa Sul). Na Faixa Centro, o cerrado ralo caracteriza-se pelo predomínio de espécies dos gêneros “ Hirtella - Pouteria - Mouriri”, em especial nas bacias dos rios Manuel Alves Grande, Manuel Alves Pequeno, Perdida, Sono e Tocantins. Na Faixa Norte, nas bacias dos rios Piranhas, Lontra e Corda, o cerrado ralo tem abundância de espécies dos gêneros “Pouteria - Hirtella - Sclerolobium - Connarus - Caryocar - Byrsonima - Parkia - Byrsonima - Vochysia - Bowdichia - Stryphnodendron - Plathymenea - Anonna - Andira ”. As unidades cerrado ralo com mata de galeria e cerrado ralo sem mata de galeria são individualizadas quando a escala e o sensor remoto utilizados no mapeamento propiciam ou não as separações entre o subtipo do cerrado e a mata de galeria. C.5.9 Campo Limpo Seco, Campo Limpo Úmido e Campo Limpo com Murundu É um subtipo de Savana Gramíneo-lenhosa, predominantemente herbáceo, com raros arbustos e ausência completa de árvores. Quando ocorre em áreas planas, relativamente extensas, contíguas aos rios e inundadas periodicamente, também é chamado de campo de várzea ou várzea. Estão associados aos solos sujeitos a inundações e com extensa camada de matéria orgânica mal decomposta, tais como: Gleissolos, Neossolos Flúvicos, Plintossolos ou Organossolos (RIBEIRO; WALTER, 2008). O campo limpo, assim como o campo sujo, também apresenta variações dependentes de particularidades ambientais, determinadas pela umidade do solo e topografia. Na presença de lençol freático profundo, ocorre o campo limpo seco, mas, se o lençol freático é raso, observa-se o campo limpo úmido, tendo cada qual uma flora específica. Quando aparecem os murundus (microrrelevos), tem-se o campo limpo com murundu. O campo limpo com murundu é menos frequente que o campo sujo com murundu. As áreas de campo são observáveis na região da Depressão do Araguaia, constituindo fisionomia de campos limpo e sujo úmidos, nas áreas de varjão. Nos campos limpos úmidos da região do Jalapão, associada com as veredas, destaca-se a espécie Syngonanthus nitens (Capim-dourado). C.5.10 Palmeiral Estrutura de savana que ocorre em terrenos bem drenados e onde predominam espécies de palmeiras, geralmente de uma única espécie (“Macaubal”, “Babaçual”, “Guerobal”). Quando ocorre em terrenos mal drenados há predominância de buritis (“Buritizal”), com cobertura arbórea de 40% a 70% D. FORMAÇÃO PIONEIRA A designação de formações pioneiras é utilizada para a vegetação de primeira ocupação dos terrenos rejuvenescidos pelas seguidas deposições aluviais e lacustres. D.1 Formação Fluvial/Lacustre No Tocantins, ocorre vegetação pioneira com influência fluvial e lacustre identificada especialmente nos rios Araguaia e Tocantins, e lagos ou lagoas. Ocorrem intercaladas com Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, Floresta Ombrófila Aberta e Floresta Ombrófila Densa Aluvial e, também, em matas de galerias e algumas depressões, na Planície do Bananal e na região do Jalapão. Trata-se de pequenas comunidades vegetais das planícies aluviais, que refletem os efeitos das cheias dos rios nas épocas chuvosas, ou então das depressões alagáveis todos os anos. Conforme a disponibilidade de água, as comunidades vegetais vão desde a pantanosa criptofítica (hidrófitos e macrófitas aquáticas) até os terraços alagáveis temporariamente com terófitos, geófitos e caméfitos, formando vereda e brejo. D.2 SUBTIPOS FITOFISIONÔMICOS D.2.1 Vereda É um tipo de vegetação perenifólia, dominada por espécies adaptadas ao desenvolvimento em solos permanentemente alagados, como a palmeira arbórea Mauritia flexuosa (buriti), emergente em meio a agrupamentos mais ou menos densos de espécies arbustivo-herbáceas. Geralmente localizada nas cabeceiras dos cursos d’água, em terreno plano, as veredas são circundadas por campos e os buritis não formam dossel, como ocorre no Buritizal. Há três zonas ligadas à topografia e à drenagem do solo: borda (local de solo mais seco, em trecho campestre em que podem ocorrer arvoretas isoladas); meio (solo medianamente úmido, tipicamente campestre); fundo (solo saturado com água, brejoso, em que ocorrem os buritis, muitos arbustos e arvoretas adensadas). Essas zonas tem flora diferenciada. As duas primeiras zonas correspondem à faixa tipicamente campestre, e o fundo corresponde ao bosque sempre-verde (RIBEIRO; WALTER, 2008). D.2.2 Brejo Quando em condições pantanosas, o gênero cosmopolita Typha (Taboa), acompanhado dos gêneros Cyperus e Juncus caracterizam o ambiente. Na medida em que o terreno vai ficando melhor drenado, outros gêneros vão se estabelecendo, aparecendo Panicum e Paspalum junto com Thalia, Acacia, Mimosa e outros, o que lhes confere uma fisionomia arbustiva. E. ÁREAS DE CONTATO (Encrave) São zonas em que tipologias vegetais de diferentes regiões fitoecológicas competem pelo mesmo ambiente fisiográfico, caracterizando áreas de tensão ecológica. Quando dois subtipos fitofisionômicos de regiões fitoecológicas diferentes não se misturam, forma-se o encrave ou mosaico de vegetação. E.1.1 Cerrado / Floresta Estacional Na parte Sul do Tocantins, em terrenos dissecados de morrarias, o contato se manifesta na forma de encraves, com a floresta ocupando os talvegues e encostas inferiores, enquanto as formações de cerrado se posicionam nos topos e encostas superiores. Áreas significativas encontram-se no sudeste do Tocantins (municípios de Arraias, São Salvador, Palmeirópolis, na região da APA do Cantão/Bananal. Na borda leste da Faixa Centro e na Faixa Norte, essas áreas de contato ocorrem junto a Serra Geral do Tocantins e outras serras que dividem os estados do Tocantins e Maranhão, embora haja o predomínio de cerrado stricto sensu. De modo geral, a floresta reflete condições favoráveis de exploração madeireira e de solo, seja pelo melhor teor nutricional, umidade, presença de espécies de alto valor econômico, etc. A devastação dessas matas é generalizada e antiga, visando à implantação de agropecuária e uso madeireiro. Atualmente, em função desse antropismo, torna-se difícil nos remanescentes a separação da vegetação florestal primária das matas secundárias (capoeirões). F. ÁREAS DE CONTATO (ecótono - mistura florística entre tipos de vegetação) Este contato entre tipos de vegetação com estruturas fisionômicas semelhantes é impossível de ser detectado no mapeamento por interpretação de imagens (e.g. , Floresta Ombrófila/Floresta Estacional). Apenas em campo, por avaliações qualitativas (florísticas), a classificação de áreas de ecótono pode ser validada. Na Faixa Centro, esse tipo de vegetação ocorre na zona de contato entre os biomas Cerrado e Amazônia. F.1 Floresta Estacional / Floresta Ombrófila A densidade das áreas de ecótono floresta estacional/ombrófila, nas faixas Centro e Norte, apresentou variação de 765 a 1.179 ind.ha -1 , enquanto que a área basal oscilou de 14,04 a 37,49 m².ha -1 . A diversidade alfa apresentou variação de 2,75 a 3,93 nats.ind -1 e a equabilidade de 0,74 a 0,84, indicando que a diversidade é alta e superior a 74% da máxima possível em todas as áreas estudadas. Esse tipo de ecótono ocorre com duas feições nas faixas Centro e Norte do Tocantins. Sobre solos arenosos possui estrutura que varia de 15 a 25 m de altura, com árvores geralmente finas entre poucas que atingem 80 cm de diâmetro. Esse tipo de floresta possui florística própria com espécies comuns a das florestas estacionais do Nordeste do Brasil, como Callisthene minor (Pau-de-rato), Copaifera coreacea (Pau-de-óleo), Oxandra sessiliflora (Cundurú), Aspidosperma discolor (Canela-de-velho, Quina) e Martiodendron mediterraneum (Folha-seca) e outras que ocorrem em floresta ombrófila e campinaranas amazônicas, tais como: Bocageopsis mattogrossensis , Sacoglottis guianensis (Achuí), Chrysophyllum gonocarpum (Aguaí), Manilkara salzmannii (Massaranduba), Protium pallidum (Amescla), Chaunochiton kappleri, Enterolobium schomburgkii, Caraipa densiflora (Camaçari) e Ephedranthus parviflorus (Cunduru). São ambientes singulares que, no Tocantins, marcam a faixa de transição entre os biomas Cerrado e Amazônia. A ocorrência desse tipo de ecótono é pontual, apresentando-se como mancha de floresta sobre solos arenosos. Algumas das áreas com esse tipo de ecótono são consideradas prioritárias para criação de unidades de conservação de proteção integral no Tocantins como, e.g., na região do Rio Tranqueiras (entre as cidades de Presidente Kennedy e Guaraí) e outras da Faixa Norte. O outro tipo de ecótono entre floresta estacional/ombrófila ocorre sobre solos argilosos ou pedregosos e possui estrutura que varia de 15 a 35 m de altura, com indivíduos grossos que atingem cerca de 120 cm de diâmetro. São marcados pela mistura de espécies típicas de floresta estacional como Zeyheria tubercula (Ipê-velpudo), Platypodium elegans (Canzilheiro), Physocalymma scaberrimum (Cega-machado), Tabebuia chrysotricha (Ipê-amarelo), Anadenathera colubrina (Angico), junto às espécies de floresta ombrófila da Amazônia, como Sacoglotis guianensis (Achuí), Trattinickia rhoifolium (Amesclão), Brosimum rubescens (Pau-brasil), Crepidospermum rhoifolium, Copaifera ducke (Copaíba), Lechythis pisonis (Sapucaia), entre outras comuns aos dois ambientes como Protium heptaphyllum (Amescla), Schefflera morototoni (Mandiocão), Tapirira guianensis (Pombeiro). Na Faixa Centro, esse tipo de vegetação foi mapeado nas bacias dos rios Caiapó, Coco, Barreiras e Tocantins, onde o estado de conservação das florestas é muito baixo. Também é elevado o nível de ação antrópica sobre esse tipo vegetação na Faixa Norte, sendo poucos os remanescentes em bom estado de conservação, em especial aqueles localizados nos municípios de Sítio Novo do Tocantins e Itaguatins. Por outro lado, esse tipo de ecótono ocorre nos vale dos rios Taquaruçu e Taquaruzinho (Serra do Lajeado), na Faixa Centro, onde o relevo acidentado e a aptidão da região pelo ecoturismo vem assegurando o bom estado de conservação dos poucos remanescentes. Coordenador do mapeamento: Ricardo Ribeiro Dias. Equipe do mapeamento: Ricardo Flores Haidar; Eduardo Ribeiro dos Santos; Luíz Alberto Dambrós; Manoel Messias Santos; Jailton Soares dos Reis; Isac Tavares de Santana; Gustavo Antunes Thomé; Nathália Araujo e Silva; Vinicius Pereira Castro; Thanna Costa Martins; Erton Inacio Monteiro de Moraes. Citação Bibliográfica: Dias et al. (2012) Dias, R. R.; Haidar, R. F.; Santos, E. R.; Dambrós, L. A.; Santos, M. M.; Reis, J. S.; Santana, I. T.; Thomé, G. A.; REGIÕES FITOECOLÓGICAS / TIPOS PRINCIPAIS DE VEGETAÇÃO FORMAÇÕES FLORESTA OMBRÓFILA DENSA Aluvial FLORESTA OMBRÓFILA ABERTA Terras Baixas Submontana FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL Submontana Montana FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL Aluvial Terras Baixas Submontana Montana SUBTIPOS FITOSIONÔMICOS Floresta Ombrófila Densa Aluvial (a) Mata de várzea (b) Floresta Ombrófila Densa (c) Mata de várzea (d) Floresta Ombrófila Aberta (e) Floresta Ombrófila Aberta (f) Mata ciliar inundável e não inundável (g) Mata de galeria inundável e não inundável (h) Palmeiral (i) Floresta Ombrófila Aberta (j) Mata ciliar inundável e não inundável (k) Mata de galeria inundável e não inundável (l) Palmeiral (m) Mata seca decídua (n) Palmeiral (o) Mata seca decídua (p) Palmeiral (q) Mata ciliar inundável e não inundável (r) Mata de galeria inundável e não inundável (s) Mata de Várzea (t) Ipuca (u) Mata ciliar inundável e não inundável (v) Mata de galeria inundável e não inundável (x) Mata de Várzea (y) Ipuca (w) Mata seca semidecidua (z) Mata ciliar inundável e não inundável (aa) Mata de galeria inundável e não inundável (ab) Mata seca semidecidua (ac) Mata ciliar inundável e não inundável (ad) Mata de galeria inundável e não inundável (ae) Cerradão(af) Cerrado denso sem mata de galeria inundável e não inundável (ag) LEG. Simples Da(a) Da(b) Ds(c) Aa(d) Aa(e) Ab(f) Ab(g) Ab(h) Ab(i) As(j) As(k) As(l) As(m) Cs(n) Cs(n) Cm(p) Cm(q) Fa(r) Fa(s) Fa(t) Fa(u) Fb(v) Fb(x) Fb(y) Fs(w) Fs(z) Fs(aa) Fs(ab) Fm(ac) Fm(ad) Fm(ae) Sd(af) Sas(ag) ASSOCIAÇÕES / CONTATOS Da(b) Da(c) - As(m) - As(m) Da(a), Ab(i) Ab(f), Ab(i) - - Ab(e) - As(m) - - - - Cs(n) - Cm(p) - - - - - - - - Fs(aa), Fs(ab) Cs(n),Fs(y) Cs(n) - - - - Sas(am) Sas(ai) Sd(af) Sas(ai), Sps(ar) Saf(aj) LEG. Final Da(a)1 Da(a)2 Da(b)1 Ds(c)1 Aa(d)1 Aa(e)1 Ab(e)1 Ab(e)2 Ab(g)1 Ab(h)1 Ab(i)1 As(j)1 As(j)2 As(k)1 As(l)1 As(m)1 Cs(n)1 Cs(n)2 Cm(p)1 Cm(q)2 Fa(r)1 Fa(s)1 Fa(t)1 Fa(u)1 Fb(v)1 Fb(x)1 Fb(y)1 Fs(w)1 Fs(z)1 Fs(aa)1 Fs(ab)1 Fm(ac)1 Fm(ad)1 Fm(ae)1 Sd(af)1 Sas(ag)1 Sas(ag)2 Sas(ag)3 Sas(ag)4 Sas(ag)5 Cerrado denso com mata de galeria inundável e não inundável (ah) Saf(ah) - Saf(ah)1 Cerrado típico sem mata de galeria inundável e não inundável (ai) Cerrado típico com mata de galeria inundável e não inundável (aj) Cerrado rupestre sem mata de galeria inundável e não inundável (ak) Cerrado rupestre com mata de galeria inundável e não inundável (al) Cerrado inundável sem mata de galeria (am) Cerrado inundável com mata de galeria (an) Parque de cerrado inundável com murundus (ao) (com ou sem mata de galeria) Campo sujo úmido (ap) Campo sujo seco (aq) Cerrado ralo sem mata de galeria inundável e não inundável (ar) Cerrado ralo com mata de galeria inundável e não inundável (as) Campo limpo úmido (at) Campo limpo com murundu (au) Campo limpo seco (av) Vereda (ax) Brejo (ay) Floresta Ombrófila Densa Aluvial / Mata Seca Semidecidua Floresta Ombrófila Aberta / Palmeiral / Mata Seca Semidecidua Floresta Ombrófila Aberta / Palmeiral / Mata Seca Semidecidua Floresta Ombrófila Aberta / Palmeiral / Mata Seca Semidecidua Cerradão com mata de galeria inundável e não inundável / Floresta Ombrófila Aberta Cerrado denso sem mata de galeria inundável e não inundável / Floresta Ombrófila Aberta Cerrado denso com mata de galeria inundável e não inundável / Floresta Ombrófila Aberta Cerrado típico sem mata de galeria inundável e não inundável / Mata Seca Semidecídua Cerrado típico com mata de galeria inundável e não inundável / Mata Seca Semidecídua Parque de cerrado inundável com murundu / Mata Várzea Cerrado inundável sem mata de galeria / Ipuca Cerrado inundável sem mata de galeria / mata ciliar Campos sujos seco e úmido / Mata de galeria inundável e não inundável Cerradão / Mata Seca Semidecídua Cerrado denso sem mata de galeria inundável e não inundável / Mata Seca Semidecídua Cerrado denso sem mata de galeria inundável e não inundável / Mata Seca Semidecídua Cerrado denso com mata de galeria inundável e não inundável / Mata Seca Semidecídua Cerrado típico sem mata de galeria inundável e não inundável / Mata Seca Semidecídua Cerrado típico com mata de galeria inundável e não inundável / Mata Seca Semidecídua Cerrado rupestre sem mata de galeria inundável e não inundável / Mata Seca Semidecídua Cerrado ralo sem mata de galeria inundável e não inundável, Cerrado rupestre / Mata Seca Semidecídua Cerrado ralo com mata de galeria inundável e não inundável, Cerrado rupestre / Mata Seca Semidecídua Cerrado rupestre com mata de galeria inundável e não inundável / Mata Seca Semidecídua Cerrado rupestre sem mata de galeria inundável e não inundável / Mata Seca Semidecídua Cerrado típico sem mata de galeria / Mata Seca Semidecídua Cerrado típico sem mata de galeria inundável e não inundável, Cerrado rupestre sem mata de galeria inundável e não inundável / Mata Seca Decídua Cerrado Denso com mata de galeria inundável e não inundável / Mata Seca Decídua Cerrado ralo sem mata de galeria inundável e não inundável, Cerrado rupestre sem mata de galeria inundável e não inundável / Mata Seca Decídua Sas(ai) Saf(aj) Sas(ak) Saf(al) Sas(am) Saf(an) Sps(ao) Sps(ap) Sps(aq) Sps(ar) Spf(as) Sgs(at) Sgs(au) Sgs(av) Pa(ax) Pa(ay) DAas AFaa AFab AFas SAsd SAas SFpa SFab SFpb SFqs SFas SFps SFpf SFam SCas SCps - 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Transcript of GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS SÃO FÉLIX DO...

PROGRAMA DE ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICOCONTRATO DE EMPRÉSTIMO 7.208-BR (GOVERNO DO TOCANTINS / BANCO MUNDIAL)

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL - PDRS

SÃO FÉLIX DO ARAGUAIAAMBIENTES DE VEGETAÇÃO

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SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA

São Sebastião

SANTA IZABEL DO MORRO

SÃO FELIX DO ARAGUAIA

Aldeia dos Índios Carajás

Rio V inte e Três

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Corix o Ipuca da Taboca

Córrego São Luís

Corixo do Lagoão

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Corixo dos Bois

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Três

Lag o Morto

Rio Vinte e Três

Lago Morto

Lago Morto

Lago Morto

Lago M

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Riozin

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Riozinho

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FURO BOCA DE C

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FURO B OCA DE C I MA

RIO DAS MORTES

RIO DAS MORTES

RIO D AS MORTES

RIO DAS M ORTES

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ORTES

RIO DAS MORTES

RIO ARAGU AIA

RIO

ARAG

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RIO ARAGUAIA

RIO ARAGUAIA

Lago da Taboca

Lago da Gabiroba

Lago Itaci

Lagoa do Bento

Lago Preto

Lago Patizal

Lagoa do Piauí

Lago do Curral

Lagoa da FAB

Lagoa do Cacal

Lago da Ipuca

Lago de Pedra

Lago de Grota

Lago do Abreu

Lago de Sambaíba

Lagoa do Nercílio

Lago Comprido

Lago Redondo

Lago Capão de Coco

Lago da Cabaça

Lago da Alvoradinha

Ilha GrandeIlha do Meio

Ilha Barreira de Pedra

ILHA DO BANANAL

(ALINHAMENTO

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BR-242

PARQUE INDÍGENA DO ARAGUAIA

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0 2.500 5.000 7.500 10.0001.250Metros

SC-22-Z-C-IVFOLHA1824MI-

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS

Formoso do Araguaia

Lagoa da Confusão

Sandolândia

LUCIARAMI-1767

SORROCANMI-1825

LAGO GRANDEMI-1881

FAZENBABILÔNIA

MI-1768

SÃO FÉLDO ARAGUAIA

MI-1824

SANTO ANTÔNDO RIO DAS MORTES

MI-1880

ARTICULAÇÃO DA FOLHALOCALIZAÇÃO DA FOLHADIVISÃO ADMINISTRATIVA

£¤550!(550

!P

2 - HIDROGRAFIA

PavimentadaEm ObraLeito Natural

Prefixo de Rodovia: Estadual, Federal

Ferrovia

Rios e CórregosRios, Lagos, Lagoas e Represas

3 - LIMITES

4 - LOCALIDADESede Municipal

Limite MunicipalLimite Estadual

CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS1 - SISTEMA DE TRANSPORTERodovia

OUTROSÁrea IndígenaUnidade de Conservação

dHidrelétrica

PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR

DATUM VERTICAL: MARÉGRAFO IMBITUBA, SCDATUM HORIZONTAL: SAD-69

ORIGEM DA QUILOMETRAGEM UTM: "Equador e Meridiano 51º Oeste",ACRESCIDAS AS CONSTANTES 10.000 km e 500 km RESPECTIVAMENTE.

Escala: 1:100.000

Executado por:

MAPEAMENTO DAS REGIÕES FITOECOLÓGICASE INVENTÁRIO FLORESTAL DO ESTADO DO TOCANTINSSECRETARIA DO PLANEJAMENTO

E DA MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA A. FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALO conceito ecológico desse tipo de vegetação estácondicionado pela dupla estacionalidade climática, umatropical, com época de intensas chuvas de verão seguidas porestiagem acentuada, e outra subtropical, sem período seco,mas com seca fisiológica provocada pelo intenso frio de invernoque provoca a caducifólia (IBGE, 1992). No Tocantins, aestacionalidade climática é tropical. Desenvolve-se em regiõescom pluviosidade anual inferior a 1.600 mm, em que a estaçãode seca tem duração de cinco a seis meses (maio asetembro/outubro) e o total médio mensal de precipitação nãoultrapassa 100 mm (PRADO; GIBBS 1993).A intensidade da sazonalidade climática e as variações locais,relacionadas às características de retenção de água eprofundidade dos solos e às condições do relevo, determinam ograu de deciduidade do componente arbóreo durante a estaçãoseca. Na floresta estacional semidecidual, a porcentagem dasárvores caducifólias - no conjunto florestal, não das espéciesque perdem as folhas individualmente - situa-se entre 20 e 50%na época desfavorável (estação seca). Nas áreas tropicais,esse tipo de floresta reveste solos de diferentes classespedológicas, apresentando uma mistura de gêneros daAmazônia, Mata Atlântica e, e menor proporção, da Caatinga:Anadenanthera, Apuleia, Caraipa, Cathedra, Hymenaea,Myracrodruon, Piranhea, Physocalymma scaberrium, Protium,Qualea, Tabebuia e Tetragastris.A floresta é constituída por fanerófitos e mesofanerófitos, comgemas foliares protegidas da seca por escamas (catáfilos) oupelos, e cujas folhas adultas são esclerófilas ou membranáceasdeciduais. As árvores de maior porte variam de 18 a 25 m,enquanto que o dossel é formado por árvores com cerca de 16m. Os diâmetros das árvores dificilmente ultrapassam os 100cm. A densidade das áreas de floresta estacional semidecidualdo Tocantins foi de 486 a 1.912 ind.ha-1 e de área basal de15,90 a 46,04 m².ha-1Nos limites da Faixa Sul, as variaçõesdesses parâmetros foram de 719 a 1.731 ind.ha-1 e 18,32 a33,36 m².ha-1; na Faixa Centro de 735 a 1.382 ind.ha-1 e 21,45a 39,11 m².ha-1; enquanto na Faixa Norte foram de 486 a 1.547ind.ha-1 e 15,90 a 46,04 m².ha-1A diversidade alfa das áreas defloresta estacional semidecidual apresentou variação de 1,73 a4,79 nats.ind-1 e a equabilidade variou de 0,60 a 0,92,indicando que a diversidade, em geral, é alta e superior a 60%da máxima possível em todas as áreas estudadas. Nas faixasobtiveram as seguintes variações de diversidade eequabilidade: Sul - 1,73 a 3,71 nats.ind-1 e 0,61 a 0,87; Centro -1,73 a 4,57 nats.ind-1 e 0,60 a 0,92; Norte - 2,41 a 3,82 nats.ind-1 e 0,63 a 0,86.Os critérios estabelecidos com a finalidade de propiciar omapeamento contínuo de grandes áreas foram os deambientes de coberturas cenozóicas e o das faixas altimétricas.Assim, no estado do Tocantins, têm-se quatro formações:Aluvial, Terras Baixas, Submontana e Montana.A.1 Floresta Estacional Semidecidual Aluvial e FlorestaEstacional Semidecidual Terras BaixasAs florestas aluviais e de terras baixas são tipologias queocupam áreas situadas em terrenos geológicos,respectivamente, de aluviões e de coberturas quaternárias daFormação Bananal. Para a distinção das duas florestas, quesão semelhantes florística e estruturalmente, utilizou-se comocritério o ambiente geológico.Essas formações são encontradas com maior frequência naregião das planícies do Araguaia-Javaés, especialmente na Ilhado Bananal e adjacências, geralmente em contato comformações abertas de Savana Parque e Savana Arborizada.Ocupam preferencialmente Gleissolos e Neossolos Flúvicos, detextura argilosa e média. Em geral, apresentam-se comovegetação arbórea de médio a grande porte, fustes retos eeventualmente inclinados, podendo apresentar sapopemas.Possui sub-bosque mais ou menos limpo, com reduzidonúmero de elementos herbáceos, à exceção de efêmerasespécies de pteridófitas e ciperáceas. Fora das áreas deplanície, a floresta aluvial ou de terras baixas ocorre associadaaos cursos d’água, em geral, fazendo contato com camposnaturais, cerrado stricto sensu, cerradão ou mata seca.De uma forma geral, pode afirmar que os principais elementosarbóreos das áreas de floresta estacional semidecidual aluviale de terras baixas são: Mouriri glazioviana (Muiraúba),Vochysia divergens (Cambará), Inga spp. (Ingá), Brosimumlactescens (Inharé), Xylopia spp. (Pindaíba), Triplaris spp.,(Pau-formiga, Pau-jaú), Qualea ingens (Canjerana-norata),Qualea wittrockii (Canjerana-preta), Copaifera langsdorffii (Pau-d’óleo), Protium spp. (Amescla, Breu), Caraipa densiflora(Camaçari), Licania apetala (Farinha-seca) e Calophyllumbrasiliense (Landim), Xylopia emarginata (Pindaíba-do-brejo),Tabebuia serratifolia (Ipê-amarelo), Richeria grandis (Sana-rita)e Cariniana rubra (Cachimbeiro, Jequitibá).De forma mais detalhada, verificou-se que a associação deespécies dos gêneros “Qualea - Callophyllum - Mouriri -Pseudomedia - Hirtella - Brosimum” caracteriza os trechos defloresta estacional semidecidual aluvial inundáveis (mata ciliarinundável) que predominam na Depressão do Rio Araguaia, aolongo de rios de grande e médio portes, e lagoas. Em ambientegeológico similar, a associação dos gêneros “Physocalymma -Protium - Duguetia” caracteriza os trechos de floresta aluvialque não inundáveis, ou seja, desenvolvem-se sobre solo bemdrenado. Foi constatada a associação de espécies dos gêneros“Protium - Qualea - Xylopia - Tapirira - Qualea - Hieronyma -Cariniana” caracterizando os trechos de mata de galeriainundável e a associação de “Mouriri - Pseudomedia - Panopsis- Licania - Hirtella - Eugenia - Cathedra - Brosimum - Amaioua”destaca-se nas áreas de mata de várzea, semelhantes aquelasda planície Amazônica. Para as áreas de ipuca observou-se opredomínio de espécies dos gêneros “Vochysia - Calophyllum -Panopsis - Hirtella - Eugenia - Caraipa - Sclerolobium”.A.2 Floresta Estacional Semidecidual Submontana eFloresta Estacional Semidecidual MontanaTrata-se de tipologias da floresta estacional semidecidual queocupam predominantemente os interflúvios situados em faixasou locais entre 100 e 600 m de altitude (Floresta EstacionalSemidecidual Submontana) e de 600 a 2.000 m de altitude(Floresta Estacional Semidecidual Montana). O critério usadopara a distinção das duas florestas, que são semelhantesflorística e estruturalmente, é a altitude. Conforme Ribeiro eWalter (2008), a floresta estacional semidecidual caracteriza-sepor não ter associação com cursos d’água ou umidade geradapor estes, revestindo interflúvios ou encostas de vales, ou seja,em habitats não inundáveis.Na Faixa Sul do Tocantins, a Floresta Estacional SemidecidualSubmontana e Floresta Estacional Semidecidual Montanaapresentam-se distribuídas em partes distintas e comcaracterísticas diversas. Ocorriam em abundância na partesudoeste do Tocantins, em interflúvios ou terrenos dissecados(nos talvegues e parte das encostas) nas bacias dos rios SantoAntônio e Santa Teresa, próximos à cidade de Gurupi. Hoje,nessas bacias, restam poucos remanescentes em bom estadode conservação. O elemento que mais caracteriza as florestasdepauperadas é a palmeira Oenocarpus distichus (Bacaba).A floresta estacional apresenta-se distribuída na parte sudestedo Tocantins, em interflúvios ou terrenos dissecados (nostalvegues e parte das encostas) nas bacias dos rios dasBalsas, Manuel Alves da Natividade, Palma e Tocantins. Nasbacias dos rios Palma e Manuel Alves da Natividade, aocorrência da Floresta Estacional Semidecidual Montana éimportante em interflúvios, e muito significativa pela presençada Myracrodruon urundeuva (Aroeira), cuja exploraçãodesenfreada tende a eliminar as matrizes de grande porte,restando, em geral, espécies defeituosas e de pequeno porte.Outros remanescentes de Floresta Estacional SemidecidualMontana são encontrados associados às cadeias deafloramentos de rochas metamórficas, e.g., nos municípios deDianópolis, Pindorama do Tocantins, Palmeirópolis e SãoSalvador do Tocantins. Nesses locais, a floresta faz contatocom áreas de cerrado sentido restrito e o elemento que maiscaracteriza as florestas depauperadas é a palmeira Attaleaspeciosa (Babaçu).Na Faixa Centro do Tocantins, a Floresta EstacionalSemidecidual Submontana apresenta-se distribuída em partesdistintas, porém concentrando-se na região da Serra doLajeado e Serra do Carmo, associada a terrenos dissecados ouáreas planas das bacias dos rios Tocantins e das Balsas. NoSistema Hídrico do Rio Tocantins ocorre em menor proporção,associada aos vales dos rios Sono, Perdida, Manuel AlvesGrande e Manuel Alves Pequeno. No Sistema Hídrico do RioAraguaia esse tipo de floresta ocorre em associação com ocerradão na região da APA do Cantão/Bananal, nas bacias dosrios Formoso, Pium, Coco e Caiapó, assim como nos vales dosafluentes do Rio Barreiras.Na Faixa Norte do Tocantins, a Floresta EstacionalSemidecidual Submontana apresenta-se distribuída de formadisjunta, porém concentrando-se na região de relevomovimentado, na divisa do Tocantins com o Maranhão, assimcomo nas bases e encostas do divisor de águas Tocantins-Araguaia, e no município de Xambioá.Entre as espécies mais importantes que compõe as florestasestacionais semideciduais (submontana e Montana) doTocantins, tem-se: Tetragastris altissima (Amescla-aroeira),Physocalymma scaberrimum (Cega-machado), Aspidospermasubincanum (Guatambu), Priogymnanthus hasslerianus (Pau-vidro), Cordia glabata (Freijó), Luetzelburgia praecox (Pau-mocó), Copaifera langsdorffii (Pau-de-óleo, Copaíba), Apuleialeiocarpa (Garapa), Tabebuia serratifolia (Ipê-amarelo, Pau-d’arco), Casearia arborea (Nó-de-porco), Tabebuiaimpetiginosa (Ipê-roxo), Albizia niopoides (Angico-branco),Anandenanthera colubrina (Angico), Cedrella fissilis (Cedro) eMyracrodruon urundeuva (Aroeira).A.3 Subtipos FitofisionômicosA.3.1 Mata Ciliar Inundável e Mata Ciliar Não InundávelAs matas ciliares são formações florestais que acompanham osrios de médio e grande porte do Bioma Cerrado, em que avegetação arbórea não forma galerias (RIBEIRO; WALTER,2008). As árvores eretas variam de 20 a 25 m de altura, comalguns indivíduos emergentes que atingem 30 m. A larguradessas florestas é bastante variável, mas, em geral,proporcional ao tamanho do leito do curso d’água que estáassociada. Ocorre em terrenos acidentados, planos e planícies,podendo haver transição, nem sempre evidente, para outrasfisionomias florestais, como a floresta estacional e o cerradão.No caso de vales muito encaixados, desenvolvem-se asflorestas de vale ou de encosta, que são compostas pela mataciliar, presente no terraço próximo ao leito do rio, e a florestaestacional semidecidual ou decidual (mata seca semidecídua edecídua) ocupando a encosta. Nas planícies inundáveis do RioAraguaia, ocorre à mata ciliar inundável.A mata ciliar não inundável diferencia-se da mata ciliarinundável pela deciduidade em diferentes graus e pelacomposição florística similar à floresta estacional. Os solos, nosquais se desenvolve a mata ciliar não inundável, podem serrasos, profundos e aluviais. A camada de serrapilheira que seforma é menos profunda que a encontrada nas matas degaleria.Como espécies arbóreas frequentes na mata ciliar nãoinundável, podem ser citadas: Anadenanthera colubrina(Angico), Apeiba tibourbou (Escova-de-macaco), Aspidospermasubincanum (Pereiro), Enterolobium contortisiliquum (Tamboril),Myracrodruon urundeuva (Aroeira), Sterculia striata (Chichá),Tabebuia serratifolia (Ipê-amarelo), Tabebuia impetiginosa (Ipê-roxo) e Triplaris gardineriana (Pau-jau). Essa é a flora comumnas florestas estacionais semideciduais submontana (mataseca semidecídua) do Bioma Cerrado. Próximas ao leito do rio,quando em associação com a floresta estacional semidecidualaluvial, são comuns as espécies Inga spp. (Ingá), Piper spp.(Jaborandi), Homalium guianensis, Abarema jupumba, Celtisiguanea e Ficus spp. (Gameleira). Colonizando clareirasnaturais ou antropizadas, é comum o aparecimento deespécies pioneiras, como Attalea speciosa (Babaçu) e Cecropiapachystacyia (Embaúba).A mata ciliar inundável apresenta-se como um tipo devegetação perenifólia sazonalmente inundada (como a mata degaleria inundável), que se desenvolve em planícies inundáveis,ao longo de cursos d’água de médio e grande portes,associada ou não a lagoas naturais. Os solos em que esse tipode vegetação se desenvolve possuem textura argilosa, comoos Gleissolos e Neossolos Flúvicos, mas há também ospertencentes a outras classes de solo, como os Aluviais.Essa floresta caracteriza-se pelo fato de a copa das árvoresnão ficarem desprovidas de folhas durante o auge da estaçãoda seca, ou seja, são perenifólias. Outra característica é aumidade do solo, que, mesmo no auge da estação seca,encontra-se bastante pronunciada, a menos de 30 cm deprofundidade, ao contrário do que ocorre em florestasestacionais (mata secas) descritas por Ribeiro e Walter (2008).A mata ciliar inundável é composta por árvores de 30 m dealtura, com algumas emergentes que ultrapassam essaestatura. A maior parte das árvores possui troncos cilíndricos,retos e longos, que, em geral, possuem raízes de sustentação(sapopemas). O sub-bosque é rarefeito e espaçado,provavelmente em função das enchentes sazonais, quedificultam o estabelecimento de um banco de plântulas esementes permanentes, assim como é reduzido o número deelementos herbáceos. São comuns as espécies de pteridófitas,Ciperaceae e Araceae.Dentre as espécies que compõem o estrato arbóreo, destacam-se, em porte e abundância: Pseudomedia laevigata (Café-com-

Mezilaurus sp. (Itaúba), Guilbortia hymenifolia (Jatobazinho),Micropholis grandiflora (Abiu), Cariniana rubra (Jequitibá) eXylopia cf. grandiflora (Pindaíba-do-brejo). Já, no sub-bosque,o destaque é de Zygia inaequalis (Ingá-falso), Eugenia florida,Hirtella gracilipes, Protium unifoliolatum (Amescla), Licania sp.,Pouteria sp. e Inga edulis (Ingá). Tem-se nesse ambienteinundável, a flora muito diferenciada da citada para as florestasestacionais semideciduais do Bioma Cerrado. Basicamente,desenvolvem-se espécies adaptadas a solos periodicamenteencharcados e inundações sazonais, que são comuns àsflorestas inundáveis (mata de várzea e igapó) da regiãoAmazônica.Ressalta-se que as matas ciliares, inundável e não inundável,desenvolvem-se em mosaicos, lado a lado, dentro de umamesma mata, o que dificulta a individualização dessas nomapeamento em escala 1:100.000. destaque é de Zygiainaequalis (Ingá-falso), Eugenia florida, Hirtella gracilipes,Protium unifoliolatum (Amescla), Licania sp., Pouteria sp. eInga edulis (Ingá). Tem-se nesse ambiente inundável, a floramuito diferenciada da citada para as florestas estacionaissemideciduais do Bioma Cerrado. Basicamente, desenvolvem-se espécies adaptadas a solos periodicamente encharcados einundações sazonais, que são comuns às florestas inundáveis(mata de várzea e igapó) da região Amazônica.Ressalta-se que as matas ciliares, inundável e não inundável,desenvolvem-se em mosaicos, lado a lado, dentro de umamesma mata, o que dificulta a individualização dessas nomapeamento em escala 1:100.000.A.3.2 Mata de VárzeaA Mata de Várzea, florística e estruturalmente, é semelhante àmata ciliar inundável. Quando em ambiente fluvial, a Mata deVárzea pode ser considerada a continuidade lateral da mataciliar inundável, que, às vezes, ocupa larguras expressivas. Elaé um subtipo da Floresta Estacional de Terras Baixas ouAluvial, ficando condicionada ao ambiente geológico. Nesseambiente marcado por fortes inundações sazonais, destaca-seo grande porte e densidade das espécies Piranhea trifoliata(Piranheira), Cathedra acuminta (Laxador), Qualea wittrockii(canjerana-preta) e Caraipa densiflora (Camaçari).A.3.3 Mata de Galeria Inundável e Mata de Galeria NãoInundávelAs matas de galeria são enclaves de florestas perenifólias noBioma Cerrado, que se desenvolvem ao longo dos cursosd’água de pequeno porte (ao contrário das matas ciliares quese desenvolvem junto a cursos d’água de médio e grandeportes), sendo geralmente bordeadas por campos ou porcerrado sentido restrito. A cobertura arbórea varia entre 80 e100%, sendo comum a ocorrência de árvores emergentes aodossel, que atingem cerca de 20 a 30 m de altura (SILVAJÚNIOR; FELFILI, 1998).São florestas formadas por espécies endêmicas, espécies dafloresta amazônica, da mata atlântica e das matas da bacia doRio Paranã, além de espécies típicas do cerrado stricto sensu edas florestas estacionais semideciduais submontana do BiomaCerrado. Por isso, esse tipo de floresta é consideradoimportante repositório de biodiversidade e refúgio paraespécies da fauna e flora, que não sobreviveriam somente noambiente de Cerrado, funcionando como faixas de florestastropicais úmidas em meio à vegetação do cerrado (FELFILI,2003).As matas de galeria estão associadas a uma grande variedadede solos, desde aqueles distróficos, do tipo Latossolo,Cambissolo e Neossolo Quartzarênico, até mesmo, eutróficos.Ocorrem também em solos hidromórficos sazonalmenteinundáveis (Gleissolos), com vários níveis de matéria orgânica.Em geral, os solos das matas de galeria são similares aos dasformações circunvizinhas, porém apresentam condições maisfavoráveis ao desenvolvimento da floresta, devido à umidadeconstante, propiciada pela presença dos cursos d’água e pelolençol freático próximo à superfície, e ao elevado teor dematéria orgânica proveniente da ciclagem de nutrientes daprópria floresta (SILVA JÚNIOR; FELFILI, 1998).A mata de galeria não inundável apresenta árvores de grandeporte das espécies Copaifera langsdorffii (Copaíba), Hirtellaglandulosa (Vermelhão), Lamanonia ternata, Protiumheptaphyllum (Amescla), Hymenaea stilbocarpa (Jatobá-da-mata), Sacoglottis guianensis (Achuí), Aspidosperma discolor(Canela-de-veio), Maprounea guianensis (Milho-torado),Tabebuia serratifolia (Ipê-amarelo), Emmotum nitens (Casco-d’anta) e Licania apetala (Farinha-seca).Já a mata de galeria inundável apresentam espécies adaptadasà inundações sazonais, com destaque para: Xylopiaemarginata (Pindaíba-do-brejo), Talauma ovata (Pinha-do-brejo), Calophyllum brasiliense (Landim), Ferdinadusa speciosa(Pau-d’água), Richeria grandis (Santa-rita), Protiumspruceanum (Breu), Qualea wittrockii (Canjerana-preta) eQualea ingens (Canjerana-norata) e Cariniana rubra(Jequitibá).A.3.4 IpucaDenominação regional para fragmentos naturais de florestasestacional de terras baixas inundáveis, em pequenasdepressões, ovais ou circulares, que se localizam na planíciedo Rio Araguaia, em meio à vegetação de Savana Parque.Caracteriza-se pelas espécies adaptadas à inundaçõessazonais, como: Calophyllum brasiliense (Landim), Vochysiadivergens (Cambará), Abarema jupunba, Panopsis rubesnces(Carvalho-de-brejo), Sclerolobium froezii (Carvoeiro-do-brejo) eQualea witrockii (Canjerana-preta). Em menor proporção, sãoencontradas espécies comuns a cerrados e florestasestacionais, como: Curatella americana (Lixeira),Physocalymma scaberrimum (Cega-machado), Protiumheptaphyllum (Amescla) e Platypodium elegans (Canzilheiro).A.3.5 Mata Seca SemidecíduaEsse é a denominação regional utilizada para as florestasestacionais semideciduais submontana e montana. Entre osresultados obtidos na Faixa Sul, verificou-se que a associaçãodos gêneros “Tetragastris - Physocalymma” caracteriza osremanescentes de Floresta Estacional Semidecidual na baciado Rio Santo Antônio, que ocorre em geral sobre relevo planoou pouco movimentado, com rochosidade baixa ou inexistente.A associação de “Aspidosperma - Callisthene - Casearia -Talisia” tipifica a floresta estacional semidecidual quedesenvolve-se sobre relevo plano ou suave ondulado dasbacias dos rios Tocantins, Palma e Manuel Alves daNatividade. Nos limites da Faixa Centro, verificou-se que aassociação dos gêneros “Anadenanthera - Aspidosperma -Combretum” caracteriza os remanescentes ou trechos deFloresta Estacional Semidecidual nas bacias dos riosTocantins, Sono, Balsas, Manuel Alves Grande, Mangues,Caiapó e Barreiras. Já, os remanescentes de florestaestacional semidecidual das bacias dos rios Caiapó, Coco,Barreiras, Tocantins e das Balsas são caracterizados pelaassociação de espécies dos gêneros “Tapirira - Micropholis -Sacoglottis - Protium - Sloanea”. Já para a Faixa Norte,constatou - se que a associação dos gêneros “Tabebuia -Spondias - Guazuma - Bauhinia - Apeiba - Tabebuia -Pseudobombax - Physocalymma - Myracrodruon - Cedrella -Acacia - Anadenanthera - Aspidosperma” caracteriza osremanescentes ou trechos de Floresta Estacional Semidecidualdas bacias dos rios Tocantins, Araguaia, Jenipapo e Lontra.B. FLORESTA ESTACIONAL DECIDUALÉ um tipo de vegetação caracterizada por duas estaçõesclimáticas bem demarcadas, uma chuvosa seguida de outracaracterizada por um longo período biologicamente seco. Afloresta estacional decidual é uma disjunção florestal queapresenta o estrato dominante de macro e mesofanerófitospredominantemente caducifólio, com mais de 50% dosindivíduos despidos de folhagem no período desfavorável(estação seca).O caráter decidual dessa floresta é acentuado devido ao longoperíodo seco e associação com ambientes em quepredominam solos litólicos e afloramentos rochosos, e relevosdissecados. As florestas deciduais submontana e montanaestabelecidas para grandes áreas, considerando o Brasil comoum todo, nem sempre refletem diferenças marcantes em áreascontíguas. As subformações são semelhantes florística eestruturalmente, sendo separadas somente pela altitude. NoTocantins, foram definidas duas formações para as florestasestacionais deciduais: submontana, de 100 até 600 m, emontana, acima de 600 m de altitude.B.1 Floresta Estacional Decidual Submontana e FlorestaEstacional Decidual MontanaEm geral, a ocorrência dessas florestas deciduais estárelacionada com solos litólicos e afloramentos rochosos (rochascarbonáticas) ou a áreas de relevo acidentado ou montanhoso.Há similaridade florística das florestas estacionais deciduais dosudeste do Tocantins com a flora da região da Caatinga, dadaà presença de muitas espécies de cactos do gênero Cereus, debromélias e por espécies arbóreas, como: Amburana cearensis(Amburana-de-cheiro), Anadenanthera colubrina (Angico),Aspidosperma pyrifolium (Peroba-rosa), Cavanillesia arborea(Barriguda-lisa), Cedrella odorata (Cedro), Commiphoraleptophloeos (Ambura-de-espinho), Cyrtocarpa caatingae(Catiguá), Jatropha molissima (Mandioca-brava), Macaheriumscleroxylum (Pau-ferro), Myracrodruon urundeuva (Aroeira),Tabebuia impetiginosa (Ipê-roxo) e Ximenia americana(Ameixa).Por revestirem áreas consideradas de melhor fertilidadenatural, as florestas foram objeto de intensa exploraçãomadeireira para implantação de agricultura e/ou pastagens. Aárea original dessas florestas, na Faixa Sul do Tocantins, eramuito maior que a atual. Dos remanescentes florestais, poucosestão intactos, sem sinais de corte seletivo de madeira ou emestágio primário de sucessão. Entretanto, é grande aimportância biológica desses remanescentes, que sãoconstituídos por uma flora diferenciada em relação ao resto davegetação do estado. Nessas florestas, são encontradasmuitas matrizes de espécies com madeira de alto valorcomercial e econômico, utilizadas em larga escala no meiorural, como Myracrodruon urundeuva (Aroeira), Tabebuia spp.(Ipês), Aspidosperma pyrifolium (Peroba-rosa) e Machaeriumspp. (Jacarandás).Atualmente, os remanescentes florestais constituem um bancode germoplasma cada vez mais escasso na região do Cerrado.Apesar disso, é crescente a ameaça de desaparecimentodessas florestas, principalmente pela sua substituição poratividades de mineração e geração de energia que se instalamno Tocantins, sobretudo no sudeste do estado.B.2 Subtipos FitofisionômicosB.2.1 Mata Seca DecíduaTipologia florestal que apresenta o estrato dominante de macroe mesofanerófitos predominantemente caducifólio, com mais de50% dos indivíduos despidos de folhagem no períododesfavorável (estação seca). Verificou-se que a associação dosgêneros “Myracrodruon - Astronium - Aspidosperma - Tabebuia- Combretum - Pseudobombax - Sterculia - Commiphora”caracteriza a composição florística das áreas de florestaestacional decidual (mata seca decídua), que ocorre em relevoacidentado, áreas planas e sobre afloramentos rochosos naFaixa Sul do Tocantins. Constatou-se que a associação dosgêneros “Anadenanthera - Aspidosperma - Combretum”caracteriza a composição florística das áreas de florestaestacional decidual (mata seca decídua), que ocorre em relevoacidentado, áreas planas e sobre afloramentos rochosos naFaixa Centro. Já na Faixa Norte, a associação dos gêneros “Tabebuia - Spondias - Guazuma - Bauhinia - Apeiba - Tabebuia- Pseudobombax - Physocalymma - Myracrodruon - Cedrella -Acacia - Anadenanthera” caracteriza as áreas de florestaestacional decidual (mata seca decídua), que ocorre em relevoacidentado, áreas planas e sobre afloramentos rochosos.C. SAVANA (CERRADO)A região do Cerrado foi denominada Savana peloRADAMBRASIL, que a considerou uma denominação prioritáriae Cerrado um sinônimo regionalista. A vegetação de cerrado édefinida como xeromorfa, preferencialmente de climaestacional, com mais de cinco meses secos, podendo serencontrada também em clima ombrófilo. Reveste soloslixiviados e aluminizados, apresentando sinúsia dehemicriptófitos, geófitos e fanerófitos oligotróficos de pequenoporte, com ocorrência por toda a Região Neotropical. Na escalautilizada pelo Projeto RADAMBRASIL, as diferençasfisionômicas existentes nas regiões mapeadas como Cerradopermitiram suas subdivisões em quatro subgrupos deformação: Savana Florestada, Savana Arborizada, SavanaParque e Savana Gramíneo-Lenhosa.Com o avanço dos estudos na região do Cerrado, em escalamais detalhada, verificou-se que, na paisagem dessa região,existia uma complexidade de tipos de vegetação, incluindoformações florestais, savânicas e campestres (RIBEIRO;WALTER, 2008). Para esse projeto, acordou-se que, para oambiente Cerrado, seriam adotadas, com adaptações, asfitofisionomias descritas por Ribeiro e Walter (2008). Nessesentido, os subtipos fisionômicos de Ribeiro e Walter (2008) -cerrado denso, cerrado típico, cerrado ralo e cerrado rupestre -

rupestre, em geral, varia de 5 a 20%.Entre as espécies comuns nos diferentes tipos de Savana,podem ser listadas: Qualea parviflora (Pau-terra-folha-fina),Qualea grandiflora (Pau-terra-folha-larga), Ouratea hexasperma(Vasoura-de-bruxa), Erythroxylum suberosum (Pimenta-de-galinha), Byrsonima coccolobifolia (Murici-rosa),Stryphnodendron spp. (Barbatimão) e Dimorphandragardineriana (Faveiro).C.1 Savana FlorestadaÉ uma formação cuja principal característica estrutural éarbórea, com indivíduos tortuosos com ramificação irregular,ritidoma esfoliado corticoso, rígido ou córtex maciamentesuberoso, com órgãos de reserva subterrâneos ou xilopódios.As árvores são densamente agrupadas, providas de grandesfolhas coriáceas perenes ou semideciduais e um estratohemicriptófito ralo. As estimativas de densidade das áreas decerradão doTocantins variaram de 682 a 1.598 ind.ha-1, sendona Faixa Sul de 682 a 1.060 ind.ha-1, na Faixa Centro de 1350a 1598 ind.ha-1. Na Faixa Norte, a estimativa de densidade é de1.564 ind.ha-1. As estimativas de área basal para todas asáreas de cerradão no Tocantins apresentaram-se variando de13,60 a 28,58 m².ha-1. A diversidade alfa oscilou de 2,99 a 4,18nats.ind-1 e a equabilidade de 0,71 e 0,86, indicando que adiversidade, em geral, é alta e superior a 70% da máximapossível em todas as áreas estudadas.Entre as principais espécies registradas nas áreas de cerradãodo estado do Tocantins, estão: Sclerolobium paniculatum(Cachamorra, Carvoeiro), Xylopia aromatica (Pimenta-de-macaco), Physocalymma scaberrimum (Cega-machado),Curatella americana (Lexeira, Sambaíba), Qualea parviflora(Pau-terra-folha-fina), Callisthene mollissima (Pau-de-rato),Copaifera langsdorffii (Pau-de-óleo), Emmotum nitens (Casco-d’anta), Protium heptaphyllum (Amescla), Qualea grandiflora(Pau-terra-folha-larga), Caryocar coriaceum (Pequi), Byrsonimacoccolobifolia (Murici-rosa), Tapirira guianensis (Pombeiro),Magonia pubescens (Tinguí), Astronium fraxinifolium (Gonçalo-alves), Byrsonima crassifolia (Murici-de-galinha), Hirtellaglandulosa (Vermelhão), Myrcia sellowiana (Grudento),Terminalia argentea (Garoteiro), Diospyros hispida (Caqui-da-mata), Roupala montana (Carne-de-vaca), Tetragastrisaltissima (Amescla-aroeira), Anacardium occidentale (Caju),Casearia arborea (Nó-de-porco), Mouriri elliptica (Puça-croa),Myrcia multiflora (Araçarana), Ouratea hexasperma (Vassoura-de-bruxa), Pouteria ramiflora (Maçaranduba), Psidiummyrsinoides (Araçazinho), Salvertia convalaieodora (Folha-larga), Vatairea macrocarpa (Amargoso) e Vochysia haenkeana(Escorrega-macaco).C.2 Savana ArborizadaFormação importante no Tocantins, por ser a de maiorocorrência e distribuição. Caracteriza-se por apresentar umafisionomia com árvores baixas (até 8 m de altura) ehemicriptófitos contínuos, estando sujeita a queimadas anuais.Nessa formação, ocorre uma camada rasteira,predominantemente graminosa, e uma cobertura lenhosa quepode variar de 5 a 20% (cerrado rupestre), 20 a 50% (cerradotípico) e de 50 a 70% (cerrado denso). No Tocantins, a SavanaArborizada reveste várias classes de solo, em especial, osLatossolos profundos e bem drenados, os NeossolosQuartzarênicos e solos rasos, como Cambissolos ePlintossolos, além dos substratos rochosos. A densidade eárea basal das áreas de cerrado stricto sensu no Tocantinsapresentaram variação de 416 a 1746 ind.ha-1 e 8,25 a 18,75m².ha-1, respectivamente, marcando a variação estrutural entreáreas e cerrado ralo e denso no estado. Na Faixa Sul, aestrutura variou de 890 a 1.582 ind.ha-1 e 8,25 a 16,70 m².ha-1;na Faixa Centro de 416 a 1.746 ind.ha-1 e 10,84 a 18,35 m².ha-1

; e na Faixa Norte, as estimativas oscilaram de 645 a 1114ind.ha-1 e 9,59 a 12,97 m².ha-1. Para as amostras de todo oestado, a diversidade alfa apresentou variação de 2,21 a 4,09nats.ind-1, sendo de 3,13 a 3,75 nats.ind-1 na Faixa Sul; 2,21 a4,09 nats.ind-1 na Faixa Centro; e de 3,24 a 3,70 nats.ind-1 naFaixa Norte. A equabilidade variou de 0,63 a 0,86, indicandoque a diversidade, em geral, é alta e superior a 60% da máximapossível em todas as áreas estudadas.As variações encontradas entre o cerrado stricto sensu(Savana Arborizada) e o cerradão (Savana Florestada), tantono aspecto fisionômico quanto no florístico, devem-se tanto àsdiferenças pedológicas do substrato, como as interferências deorigem antrópica, devido à frequência de queimadas e àretirada seletiva de espécies para permitir ou ampliar a ofertadas forrageiras nativas para o gado.A composição florística dos subtipos de Savana Arborizada ésimilar, com presença de espécies que se destacam ora numlugar, ora noutro. Nesse mosaico de savanas abertas efechadas do Tocantins, são bastante representativas asseguintes espécies: Qualea parviflora (Pau-terra-folha-fina),Hirtella ciliata (Pau-pombo), Sclerolobium paniculatum(Carvoeiro), Callisthene molissima (Pau-de-rato), Caryocarcoriaceum (Pequi), Curatella americana (Sambaíba, Lixeira),Callisthene fasciculata (Jacaré), Vochysia rufa (Pau-doce),Qualea grandiflora (Pau-terra-folha-grande), Byrsonimacrassifolia (Murici-de-galinha), Byrsonima coccolobifolia (Murici-rosa), Salvertia convalaieodora (Folha-larga), Connarussuberosus (Pau-de-brinco), Pouteria ramiflora (Massaranduba),Lafoensia pacari (Pacari), Psidium myrsinoides (Araçazinho),Anacardium occidentale (Caju), Byrsonima pachyphylla (Murici-ferrugem), Erythroxylum suberosum (Mercúrio-do-campo),Diospyros coccolobifolia (Olho-de-boi), Xylopia aromatica(Pimenta-de-macaco), Myrcia multiflora (Araçarana), Ourateahexasperma (Vassoura-de-bruxa), Davilla elliptica(Sambaibinha), Astronium fraxinifolium (Gonçalo-alves),Magonia pubescens (TIngui), Dimorphandra gardneriana(Faveiro), Mouriri elliptica (Puça-croa), Vatairea macrocarpa(Amargoso), Plathymenea reticulata (Vinhático) e Andiracuyabensis (Angelim).C.3 Savana ParqueFormação essencialmente constituída por um estratograminóide, integrado por hemicriptófitos e geófitos de florísticanatural e/ou antropizada, entremeada por nanofanerófitosisolados, com conotação típica de um “parque-inglês”. NoTocantins, corresponde ou apresenta-se em três situaçõesecologicamente distintas: (i) em áreas de relevo ondulado oude topo conexo, geralmente cascalhentos, onde o raleamentodas árvores também é atribuído às constantes queimadas,sendo aí, comum a presença de canela-de-ema (Vellozia) -municípios de Goianorte e Dois Irmãos do Tocantins; (ii) emáreas aplanadas das planícies aluviais, periodicamenteinundadas, onde se apresenta na forma de “cerrado-de-bola”ou ilhas de vegetação arbórea - Planície do Rio Araguaia; (iii)em área planas e solos arenosos da região do Jalapão. Nosdois primeiros casos, a vegetação tende a formar gregarismos,como na planície do Araguaia, na qual se destaca Byrsonimaorbignyana (Murici-de-várzea), Tabebuia aurea (Ipê-caraíba) eCuratella americana (Sambaíba). Já na região de morarias dosmunicípios de Goianorte e Dois Irmãos do Tocantins destaca-se o predomínio de Vochysia rufa (Pau-doce).A densidade das áreas de Savana Parque, da planícieinundável do Rio Araguaia, do Tocantins apresentou variaçãode 405 a 742 ind.ha-1, e a área basal foi estimada na ordem de10,24 m².ha-1. A diversidade alfa apresentou variação de 0,65 a3,04 nats.ind-1 e a equabilidade ficou entre 0,38 a 0,77,indicando que a diversidade é baixa e inferior a 77% damáxima possível em todas as áreas estudadas. Além das trêsespécies mais importantes, Byrsonima orbignyana (Murici-de-várzea), Tabebuia aurea (Ipê-caraíba) e Curatella americana,são encontradas com frequência Erythroxylum suberosum(Mercírio-do-campo), Andira cuyabensis (Angelim), Byrsonimasericea (Murici-da-mata), Connarus suberosus (Pau-de-brinco),Heteropterys byrsonimiifolia (Murici-macho), Myrcia multiflora(Araçarana), Qualea parviflora (Pau-terra-folha-fina), Astroniumfraxinifolium (Gonçalo-alves), Brosimum gaudichaudii (Mama-cadela), Calophyllum brasiliense (Landim), Caryocar coriaceum(Pequi), Dipteryx alata (Baru), Emmotum nitens (Casco-de-anta), Euplassa inaequalis (Carvalho-do-brejo), Lafoensiapacari (Pacari), Qualea grandiflora (Pau-tera-folha-larga),Simarouba versicolor (Mata-cachorro), Vochysia rufa (Pau-doce) e Xylopia aromatica (Pimenta-de-macaco).C.4 Savana Gramíneo-lenhosaÉ uma formação campestre com fisionomia de gramados,entremeada por plantas raquíticas e sem cobertura arbórea.Sua vegetação é dominada por hemicriptófitos que, aospoucos, quando manejados por meio de queimadas oupastoreio, vão sendo substituídos por geófitos que sedistinguem por apresentar colmos subterrâneos.No Tocantins, grandes extensões de Savana Gramíneo-Lenhosa são observadas na região da Depressão do Araguaia,constituindo fisionomia de campos inundáveis. No Jalapão, aSavana Gramíneo-Lenhosa também cobre enormes áreas desolos arenosos.São comuns espécies dos gêneros Axonopus, Echinolaena,Paspalum, Actinocladum, Eragrostis e Ichnanthus, da famíliaPoaceae; Bulbostylis, Rhynchospora, Cyperus e Ascolepis, dafamília Cyperaceae; Ruellia, Lepidagathis e Justicia, da famíliaAcanthaceae.C.5 SUBTIPOS FITOFISIONÔMICOS DA SAVANAC.5.1 CerradãoÉ o subtipo de Savana Florestada que apresenta dosselpredominantemente contínuo e cobertura arbórea que podeoscilar de 50 a 90%. Apresenta árvores de Savana Arborizada,com tronco ereto, que podem atingir cerca de 12 m formando odossel. As espécies emergentes, geralmente de mata degaleria e floresta estacional, chegam a atingir 15 m.A forma em que se apresenta o cerradão é diferenciada aolongo do Bioma Cerrado. Pode ocorrer como manchas em meioà vegetação das savanas arborizada e parque, e.g., na parteleste da Faixa Sul do Tocantins; ou revestir vastas áreas, e.g.,na parte oeste da Faixa Sul. Por apresentar ampla variaçãoflorística e estrutural, o cerradão é entendido por muitos comouma vegetação de transição entre floresta e cerrado.Entre as fitofisionomias que compõem o Bioma Cerrado, ocerradão, em áreas próximas das florestas estacionais, possuigrande parte de suas extensões originais manejadas outotalmente modificadas pelos usos agropecuários, devido à boaqualidade de suas madeiras e terras. Por esse motivo, restampoucos fragmentos de cerradão em bom estado deconservação.Para Ribeiro e Walter (2008), o cerradão é uma formação comaspectos xeromórficos, que apresenta composição e estruturacom grande importância, tanto de espécies típicas do cerradocomo de espécies comuns às matas de galeria e florestaestacionais do Bioma Cerrado. Essa formação é de difícilclassificação e mapeamento em escala de 1:100.000, estandomuitas vezes associada com cerrado denso.Na Faixa Sul, verificou-se que a associação das espécies “Xylopia - Emmotum - Caryocar - Copaifera - Tapirira”caracteriza o cerradão das bacias dos rios Manuel Alves daNatividade, Santa Teresa e Santo Antônio, enquanto que aassociação dos gêneros “Callisthene - Luehea - Cordia -Astronium - Physocalymma” tipifica o cerradão da bacia do RioTocantins. Na Faixa Centro, foi registrado cerradão sobre solosde baixa fertilidade, em contato com o cerrado sensu stricto,composto pela a associação de “Sclerolobium - Xylopia -Qualea - Tapirira - Hirtella - Emmotum”. Já, nas áreas detransição de cerrado sensu lato e floresta estacional, sobresolos relativamente mais férteis, desenvolve-se o cerradão queé composto pela a associação de “Physocalymma - Tabebuia -Coussarea - Ephedranthus”. Na Faixa Norte, as principaisespécies das áreas de cerradão são: Emmotum nitens (Casco-de-anta), Copaifera langsdorffii (Copaíba), Hirtella glandulosa(Vermelhão), Callisthene fasciculata (Jacaré), Sclerolobiumpaniculatum (Carvoeiro), Protium heptaphyllum (Amescla),Physocalymma scaberrimum (Cega-machado), Astroniumfraxinifolium (Gonçalo-alves), Terminalia argentea (Garoteiro),Diospyros hispida (Caqui-da-mata), Casearia arborea (Nó-de-porco), Vatairea macrocarpa (Amargoso) e Vochysiahaenkeana (Escorrega-macaco).C.5.2 Cerrado Denso com Mata de Galeria e Cerrado Densosem Mata de GaleriaÉ um subtipo de Savana Arborizada, que, ao contrário deoutras regiões do Bioma Cerrado (e.g., Distrito Federal),predomina na paisagem. Na Faixa Sul do Tocantins, ocorre emgrandes extensões de terra, principalmente em áreas planas esobre Cambissolo e Plintossolos Pétricos. Esse subtipofitofisionômico é caracterizado pelo estrato herbáceo raleado epelo acúmulo de serrapilheira no solo. Na Faixa Sul, contatou-se o predomínio de Callisthene mollissima (Pau-de-rato) nasáreas de cerrado denso, com a associação dos gêneros “Curatella - Callisthene - Qualea - Terminalia - Magonia”caracterizando-os sobre solos do tipo Plintossolos e Latossolosdas bacias dos rios Formoso, Tocantins, São Valério, Crixás,Santa Teresa e Paranã. Já, na Faixa Centro a associação dosgêneros “Curatella - Byrsonima - Lafoensia” caracteriza ocerrado denso e típico que ocorrem preferencialmente sobreCambissolo e Plintossolos Pétricos das bacias dos riosAraguaia, Bananal, Balsas, Barreiras, Caiapó, Coco, Crixás,Formoso, Javaés, Lajeado, Mangues e Pium. Na Faixa Norte ocerrado denso e pouco expressivo na paisagem.O cerrado denso, quando mapeado individualmente,

escala e do sensor remoto utilizado, a unidade recebe adenominação de cerrado denso com mata de galeria.C.5.3 Cerrado Típico com Mata de Galeria e Cerrado Típicosem Mata de GaleriaÉ um subtipo de savana arborizada que ocorre por todo oTocantins e, em geral, ocupa as partes de terra com relevomais ondulado, ou áreas planas sobre todas as classes desolo. Ocorre associado aos cerrados denso e ralo, sendo aformação de transição entre esses ambientes. Sãocaracterizados por um denso estrato rasteiro, composto porgramíneas e arbustos, e a presença de árvores espaçadas ouagrupadas em moitas. As espécies mais importantes são:Qualea parviflora (Pau-terra-folha-fina), Hirtella ciliata (Pau-pombo), Sclerolobium paniculatum (Carvoeiro), Callisthenemolissima (Pau-de-rato), Caryocar coriaceum (Pequi), Curatellaamericana (Sambaíba, Lixeira), Callisthene fasciculata(Jacaré), Vochysia rufa (Pau-doce), Qualea grandiflora (Pau-terra-folha-grande), Byrsonima crassifolia (Murici-de-galinha),Byrsonima coccolobifolia (Murici-rosa), Salvertiaconvalaieodora (Folha-larga), Connarus suberosus (Pau-de-brinco), Pouteria ramiflora (Massaranduba), Lafoensia pacari(Pacari), Psidium myrsinoides (Araçazinho) e Anacardiumoccidentale (Caju).O cerrado típico, quando mapeado individualmente, caracterizaa unidade cerrado típico sem mata de galeria. Se não épossível a sua separação da mata de galeria, em função daescala e do sensor remoto utilizado, a unidade recebe adenominação de cerrado típico com mata de galeria. Lafoensiapacari (Pacari), Psidium myrsinoides (Araçazinho) eAnacardium occidentale (Caju).O cerrado típico, quando mapeado individualmente, caracterizaa unidade cerrado típico sem mata de galeria. Se não épossível a sua separação da mata de galeria, em função daescala e do sensor remoto utilizado, a unidade recebe adenominação de cerrado típico com mata de galeria.C.5.4 Cerrado Rupestre com Mata de Galeria ou CerradoRupestre sem Mata de GaleriaÉ um subtipo de Savana Arborizada, menos representativo noTocantins. Na Faixa Sul ocupa, em geral, os topos ou encostasde morros ou áreas planas onde existem afloramentosrochosos, em especial na Serra de Natividade e Serra Geral doTocantins, além do vale do Rio Tocantins no município de SãoSalvador. Na Faixa Centro, localiza-se, em geral, nos topos ouencostas de morros ou áreas planas onde existemafloramentos rochosos, em especial na Serra do Lajeado e,também, na Serra Geral do Tocantins. Na faixa Norte, ocerrado rupestre desenvolve-se de forma restrita na região dodivisor dos sistemas hídricos dos rios Tocantins e Araguaia. Ocerrado rupestre é composto por uma flora diferenciada dosoutros subtipos de Savana Arborizada, sendo marcantes aspresenças de espécies como Norantea adamantium (Mel-de-arara), Manilkara trifoliata, Wunderlichia clusiana (Flor-de-pau)e Tibouchina papyrus (Pau-papel).C.5.5 Cerrado Inundável com Mata de Galeria e CerradoInundável sem Mata de GaleriaÉ um subtipo de savana arborizada que, em geral, cobregrandes extensões das planícies inundáveis do Rio Araguaia.Não é uma formação exclusiva do Tocantins, pois se distribuitambém nas planícies inundáveis dos rios das Mortes eAraguaia, no Mato Grosso (MARIMON; LIMA, 2001), assimcomo no Pantanal do Mato Grosso do Sul (POTT; POTT,2003). Esse tipo fitofisionômico sempre está associado a solosHidromórficos e Plintossolos.Nas áreas mapeadas na planície inundável do Rio Araguaia,em especial nas bacias dos rios Araguaia, Javaés, Formoso,Pium e Coco, destaca-se o “canjical”, com árvores de baixaestatura (3 m) e predominância da espécie Byrsonimaorbignyana (Canjiquinha ou Murici-de-várzea). O canjical ocuparepresentativas extensões de terra nas planícies das baciashidrográficas do Rio Araguaia, em mosaico com outrasformações monodominantes, como o Paratudal ou Caraibal(predomínio de Tabebuia aurea) e o Sambaibal ou Lixeiral(predomínio de Curatella americana).Os cerrados inundáveis, com ou sem mata de galeria,apresentam-se com densidade variável. Quando menosadensados, assumem características da Savana Parqueinundável, sendo, por esse motivo, muitas vezes confundíveisna escala de mapeamento de 1:100.000.C.5.6 Parque de Cerrado Inundável com MurunduÉ um subtipo de Savana Parque, com as maioresconcentrações de murundus - elevações convexas do terreno,algumas vezes imperceptíveis, outras, bastante nítidas, e coma presença de árvores agrupadas que possuem altura médiade 3 a 6 m e que formam uma cobertura de 5 a 20%. Osmurundus variam, em média, de 0,1 a 1,5 m de altura e 0,2 amais de 20 m de diâmetro. Entre os murundus, existe umdenso tapete de gramíneas, às vezes com elementos arbóreosespaçados, em geral sobre Gleissolos, enquanto as elevaçõespossuem solos melhor drenados (RIBEIRO; WALTER, 2008).As áreas de parque de cerrado inundável com murundu doTocantins possuem como espécies importantes: Tabebuiaaurea (Ipê-caraíba), Byrsonima orbignyana (Murici-de-várzea),Erythroxylum suberosum (Pimenta-de-galinha), Callisthenefasciculata (Jacaré) e Brosimum gaudichaudii (Mama-cadela).C.5.7 Campo Sujo Seco e Campo Sujo ÚmidoÉ um subtipo de Savana Parque predominantemente arbustivo-herbáceo, com arbustos, subarbustos e árvores muitoesparsas, menos desenvolvidas que as árvores da SavanaArborizada. É encontrado em solos rasos, eventualmente emafloramentos rochosos de pouca extensão (sem caracterizarum campo rupestre), ou ainda em solos profundos e de baixafertilidade. Em função de particularidades ambientais, o camposujo pode apresentar três subtipos fisionômicos distintos: (i) napresença de um lençol freático profundo, ocorre o campo sujoseco; (ii) se o lençol freático é raso, próximo da superfície dosolo, ocorre o campo sujo úmido; (iii) em áreas de murundus,tem-se o campo sujo com murundu.C.5.8 Cerrado Ralo com Mata de Galeria e Cerrado Ralosem Mata de GaleriaÉ um subtipo de Savana Parque que se caracteriza por umacamada rasteira predominantemente graminosa e por umacobertura lenhosa que varia de 5 a 20%. Possui grandedestaque na região próxima do Jalapão, sobre substratosarenosos (Neossolos Quartzarênicos), e se apresenta emáreas de relevo ondulado ou de topo convexo, geralmentecascalhentos. A associação dos gêneros “Hirtella - Pouteria -Sclerolobium - Mouriri - Kielmeyera” caracteriza os ambientesde cerrado predominantemente ralo sobre NeossolosQuartzarênicos e Litólicos, principalmente nas bacias dos riosdas Balsas e Palma (Faixa Sul). Na Faixa Centro, o cerradoralo caracteriza-se pelo predomínio de espécies dos gêneros “Hirtella - Pouteria - Mouriri”, em especial nas bacias dos riosManuel Alves Grande, Manuel Alves Pequeno, Perdida, Sono eTocantins. Na Faixa Norte, nas bacias dos rios Piranhas, Lontrae Corda, o cerrado ralo tem abundância de espécies dosgêneros “Pouteria - Hirtella - Sclerolobium - Connarus -Caryocar - Byrsonima - Parkia - Byrsonima - Vochysia -Bowdichia - Stryphnodendron - Plathymenea - Anonna - Andira”.As unidades cerrado ralo com mata de galeria e cerrado ralosem mata de galeria são individualizadas quando a escala e osensor remoto utilizados no mapeamento propiciam ou não asseparações entre o subtipo do cerrado e a mata de galeria.C.5.9 Campo Limpo Seco, Campo Limpo Úmido e CampoLimpo com MurunduÉ um subtipo de Savana Gramíneo-lenhosa,predominantemente herbáceo, com raros arbustos e ausênciacompleta de árvores. Quando ocorre em áreas planas,relativamente extensas, contíguas aos rios e inundadasperiodicamente, também é chamado de campo de várzea ouvárzea. Estão associados aos solos sujeitos a inundações ecom extensa camada de matéria orgânica mal decomposta, taiscomo: Gleissolos, Neossolos Flúvicos, Plintossolos ouOrganossolos (RIBEIRO; WALTER, 2008).O campo limpo, assim como o campo sujo, também apresentavariações dependentes de particularidades ambientais,determinadas pela umidade do solo e topografia. Na presençade lençol freático profundo, ocorre o campo limpo seco, mas,se o lençol freático é raso, observa-se o campo limpo úmido,tendo cada qual uma flora específica. Quando aparecem osmurundus (microrrelevos), tem-se o campo limpo commurundu. O campo limpo com murundu é menos frequente queo campo sujo com murundu.As áreas de campo são observáveis na região da Depressãodo Araguaia, constituindo fisionomia de campos limpo e sujoúmidos, nas áreas de varjão. Nos campos limpos úmidos daregião do Jalapão, associada com as veredas, destaca-se aespécie Syngonanthus nitens (Capim-dourado).C.5.10 PalmeiralEstrutura de savana que ocorre em terrenos bem drenados eonde predominam espécies de palmeiras, geralmente de umaúnica espécie (“Macaubal”, “Babaçual”, “Guerobal”). Quandoocorre em terrenos mal drenados há predominância de buritis(“Buritizal”), com cobertura arbórea de 40% a 70%D. FORMAÇÃO PIONEIRAA designação de formações pioneiras é utilizada para avegetação de primeira ocupação dos terrenos rejuvenescidospelas seguidas deposições aluviais e lacustres.D.1 Formação Fluvial/LacustreNo Tocantins, ocorre vegetação pioneira com influência fluvial elacustre identificada especialmente nos rios Araguaia eTocantins, e lagos ou lagoas. Ocorrem intercaladas comFloresta Estacional Semidecidual Aluvial, Floresta OmbrófilaAberta e Floresta Ombrófila Densa Aluvial e, também, emmatas de galerias e algumas depressões, na Planície doBananal e na região do Jalapão.Trata-se de pequenas comunidades vegetais das planíciesaluviais, que refletem os efeitos das cheias dos rios nas épocaschuvosas, ou então das depressões alagáveis todos os anos.Conforme a disponibilidade de água, as comunidades vegetaisvão desde a pantanosa criptofítica (hidrófitos e macrófitasaquáticas) até os terraços alagáveis temporariamente comterófitos, geófitos e caméfitos, formando vereda e brejo.D.2 SUBTIPOS FITOFISIONÔMICOSD.2.1 VeredaÉ um tipo de vegetação perenifólia, dominada por espéciesadaptadas ao desenvolvimento em solos permanentementealagados, como a palmeira arbórea Mauritia flexuosa (buriti),emergente em meio a agrupamentos mais ou menos densos deespécies arbustivo-herbáceas. Geralmente localizada nascabeceiras dos cursos d’água, em terreno plano, as veredassão circundadas por campos e os buritis não formam dossel,como ocorre no Buritizal. Há três zonas ligadas à topografia e àdrenagem do solo: borda (local de solo mais seco, em trechocampestre em que podem ocorrer arvoretas isoladas); meio(solo medianamente úmido, tipicamente campestre); fundo(solo saturado com água, brejoso, em que ocorrem os buritis,muitos arbustos e arvoretas adensadas). Essas zonas tem floradiferenciada. As duas primeiras zonas correspondem à faixatipicamente campestre, e o fundo corresponde ao bosquesempre-verde (RIBEIRO; WALTER, 2008).D.2.2 BrejoQuando em condições pantanosas, o gênero cosmopolitaTypha (Taboa), acompanhado dos gêneros Cyperus e Juncuscaracterizam o ambiente. Na medida em que o terreno vaificando melhor drenado, outros gêneros vão se estabelecendo,aparecendo Panicum e Paspalum junto com Thalia, Acacia,Mimosa e outros, o que lhes confere uma fisionomia arbustiva.E. ÁREAS DE CONTATO (Encrave)São zonas em que tipologias vegetais de diferentes regiõesfitoecológicas competem pelo mesmo ambiente fisiográfico,caracterizando áreas de tensão ecológica. Quando doissubtipos fitofisionômicos de regiões fitoecológicas diferentesnão se misturam, forma-se o encrave ou mosaico devegetação.E.1.1 Cerrado / Floresta EstacionalNa parte Sul do Tocantins, em terrenos dissecados demorrarias, o contato se manifesta na forma de encraves, com afloresta ocupando os talvegues e encostas inferiores, enquantoas formações de cerrado se posicionam nos topos e encostassuperiores. Áreas significativas encontram-se no sudeste doTocantins (municípios de Arraias, São Salvador, Palmeirópolis,

na região da APA do Cantão/Bananal. Na borda leste da FaixaCentro e na Faixa Norte, essas áreas de contato ocorrem juntoa Serra Geral do Tocantins e outras serras que dividem osestados do Tocantins e Maranhão, embora haja o predomíniode cerrado stricto sensu.De modo geral, a floresta reflete condições favoráveis deexploração madeireira e de solo, seja pelo melhor teornutricional, umidade, presença de espécies de alto valoreconômico, etc. A devastação dessas matas é generalizada eantiga, visando à implantação de agropecuária e usomadeireiro. Atualmente, em função desse antropismo, torna-sedifícil nos remanescentes a separação da vegetação florestalprimária das matas secundárias (capoeirões).F. ÁREAS DE CONTATO (ecótono - mistura florística entretipos de vegetação)Este contato entre tipos de vegetação com estruturasfisionômicas semelhantes é impossível de ser detectado nomapeamento por interpretação de imagens (e.g. , FlorestaOmbrófila/Floresta Estacional). Apenas em campo, poravaliações qualitativas (florísticas), a classificação de áreas deecótono pode ser validada. Na Faixa Centro, esse tipo devegetação ocorre na zona de contato entre os biomas Cerradoe Amazônia.F.1 Floresta Estacional / Floresta OmbrófilaA densidade das áreas de ecótono florestaestacional/ombrófila, nas faixas Centro e Norte, apresentouvariação de 765 a 1.179 ind.ha-1, enquanto que a área basaloscilou de 14,04 a 37,49 m².ha-1. A diversidade alfa apresentouvariação de 2,75 a 3,93 nats.ind-1 e a equabilidade de 0,74 a0,84, indicando que a diversidade é alta e superior a 74% damáxima possível em todas as áreas estudadas. Esse tipo deecótono ocorre com duas feições nas faixas Centro e Norte doTocantins. Sobre solos arenosos possui estrutura que varia de15 a 25 m de altura, com árvores geralmente finas entrepoucas que atingem 80 cm de diâmetro. Esse tipo de florestapossui florística própria com espécies comuns a das florestasestacionais do Nordeste do Brasil, como Callisthene minor(Pau-de-rato), Copaifera coreacea (Pau-de-óleo), Oxandrasessiliflora (Cundurú), Aspidosperma discolor (Canela-de-velho,Quina) e Martiodendron mediterraneum (Folha-seca) e outrasque ocorrem em floresta ombrófila e campinaranasamazônicas, tais como: Bocageopsis mattogrossensis ,Sacoglottis guianensis (Achuí), Chrysophyllum gonocarpum(Aguaí), Manilkara salzmannii (Massaranduba), Protiumpallidum (Amescla), Chaunochiton kappleri, Enterolobiumschomburgkii, Caraipa densiflora (Camaçari) e Ephedranthusparviflorus (Cunduru). São ambientes singulares que, noTocantins, marcam a faixa de transição entre os biomasCerrado e Amazônia. A ocorrência desse tipo de ecótono épontual, apresentando-se como mancha de floresta sobre solosarenosos. Algumas das áreas com esse tipo de ecótono sãoconsideradas prioritárias para criação de unidades deconservação de proteção integral no Tocantins como, e.g., naregião do Rio Tranqueiras (entre as cidades de PresidenteKennedy e Guaraí) e outras da Faixa Norte.O outro tipo de ecótono entre floresta estacional/ombrófilaocorre sobre solos argilosos ou pedregosos e possui estruturaque varia de 15 a 35 m de altura, com indivíduos grossos queatingem cerca de 120 cm de diâmetro. São marcados pelamistura de espécies típicas de floresta estacional comoZeyheria tubercula (Ipê-velpudo), Platypodium elegans(Canzilheiro), Physocalymma scaberrimum (Cega-machado),Tabebuia chrysotricha (Ipê-amarelo), Anadenathera colubrina(Angico), junto às espécies de floresta ombrófila da Amazônia,como Sacoglotis guianensis (Achuí), Trattinickia rhoifolium(Amesclão), Brosimum rubescens (Pau-brasil),Crepidospermum rhoifolium, Copaifera ducke (Copaíba),Lechythis pisonis (Sapucaia), entre outras comuns aos doisambientes como Protium heptaphyllum (Amescla), Scheffleramorototoni (Mandiocão), Tapirira guianensis (Pombeiro). NaFaixa Centro, esse tipo de vegetação foi mapeado nas baciasdos rios Caiapó, Coco, Barreiras e Tocantins, onde o estado deconservação das florestas é muito baixo. Também é elevado onível de ação antrópica sobre esse tipo vegetação na FaixaNorte, sendo poucos os remanescentes em bom estado deconservação, em especial aqueles localizados nos municípiosde Sítio Novo do Tocantins e Itaguatins. Por outro lado, essetipo de ecótono ocorre nos vale dos rios Taquaruçu eTaquaruzinho (Serra do Lajeado), na Faixa Centro, onde orelevo acidentado e a aptidão da região pelo ecoturismo vemassegurando o bom estado de conservação dos poucosremanescentes.

Coordenador do mapeamento:Ricardo Ribeiro Dias.Equipe do mapeamento:Ricardo Flores Haidar; Eduardo Ribeiro dos Santos; LuízAlberto Dambrós; Manoel Messias Santos; Jailton Soaresdos Reis; Isac Tavares de Santana; Gustavo AntunesThomé; Nathália Araujo e Silva; Vinicius Pereira Castro;Thanna Costa Martins; Erton Inacio Monteiro de Moraes.Citação Bibliográfica:Dias et al. (2012)Dias, R. R.; Haidar, R. F.; Santos, E. R.; Dambrós, L. A.;Santos, M. M.; Reis, J. S.; Santana, I. T.; Thomé, G. A.;

REGIÕES FITOECOLÓGICAS / TIPOSPRINCIPAIS DE VEGETAÇÃO FORMAÇÕES

FLORESTA OMBRÓFILA DENSA Aluvial

FLORESTA OMBRÓFILA ABERTA

Terras Baixas

Submontana

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUALSubmontana

Montana

FLORESTA ESTACIONALSEMIDECIDUAL

Aluvial

Terras Baixas

Submontana

Montana

SUBTIPOS FITOSIONÔMICOS

Floresta Ombrófila Densa Aluvial (a)

Mata de várzea (b)Floresta Ombrófila Densa (c)

Mata de várzea (d)Floresta Ombrófila Aberta (e)

Floresta Ombrófila Aberta (f)

Mata ciliar inundável e não inundável (g)Mata de galeria inundável e não inundável (h)

Palmeiral (i)

Floresta Ombrófila Aberta (j)

Mata ciliar inundável e não inundável (k)Mata de galeria inundável e não inundável (l)

Palmeiral (m)Mata seca decídua (n)

Palmeiral (o)Mata seca decídua (p)

Palmeiral (q)Mata ciliar inundável e não inundável (r)

Mata de galeria inundável e não inundável (s)Mata de Várzea (t)

Ipuca (u)Mata ciliar inundável e não inundável (v)

Mata de galeria inundável e não inundável (x)Mata de Várzea (y)

Ipuca (w)Mata seca semidecidua (z)

Mata ciliar inundável e não inundável (aa)Mata de galeria inundável e não inundável (ab)

Mata seca semidecidua (ac)Mata ciliar inundável e não inundável (ad)

Mata de galeria inundável e não inundável (ae)Cerradão(af)

Cerrado denso sem mata de galeria inundávele não inundável (ag)

LEG.Simples

Da(a)

Da(b)Ds(c)Aa(d)Aa(e)

Ab(f)

Ab(g)Ab(h)Ab(i)

As(j)

As(k)As(l)

As(m)Cs(n)Cs(n)Cm(p)Cm(q)Fa(r)Fa(s)Fa(t)Fa(u)Fb(v)Fb(x)Fb(y)Fs(w)Fs(z)

Fs(aa)Fs(ab)Fm(ac)Fm(ad)Fm(ae)Sd(af)

Sas(ag)

ASSOCIAÇÕES / CONTATOS

Da(b)Da(c)

-As(m)

-As(m)

Da(a), Ab(i)Ab(f), Ab(i)

--

Ab(e)-

As(m)----

Cs(n)-

Cm(p)--------

Fs(aa), Fs(ab)Cs(n),Fs(y)

Cs(n)----

Sas(am)Sas(ai) Sd(af)

Sas(ai), Sps(ar)Saf(aj)

LEG.Final

Da(a)1Da(a)2Da(b)1Ds(c)1Aa(d)1Aa(e)1Ab(e)1Ab(e)2Ab(g)1Ab(h)1Ab(i)1As(j)1As(j)2As(k)1As(l)1

As(m)1Cs(n)1Cs(n)2Cm(p)1Cm(q)2Fa(r)1Fa(s)1Fa(t)1Fa(u)1Fb(v)1Fb(x)1Fb(y)1Fs(w)1Fs(z)1

Fs(aa)1Fs(ab)1Fm(ac)1Fm(ad)1Fm(ae)1Sd(af)1

Sas(ag)1Sas(ag)2Sas(ag)3Sas(ag)4Sas(ag)5

Cerrado denso com mata de galeria inundávele não inundável (ah) Saf(ah) - Saf(ah)1

Cerrado típico sem mata de galeria inundávele não inundável (ai)

Cerrado típico com mata de galeria inundávele não inundável (aj)

Cerrado rupestre sem mata de galeriainundável e não inundável (ak)

Cerrado rupestre com mata de galeriainundável e não inundável (al)

Cerrado inundável sem mata de galeria (am)

Cerrado inundável com mata de galeria (an)

Parque de cerrado inundável com murundus(ao) (com ou sem mata de galeria)

Campo sujo úmido (ap)

Campo sujo seco (aq)

Cerrado ralo sem mata de galeria inundávele não inundável (ar)

Cerrado ralo com mata de galeria inundávele não inundável (as)

Campo limpo úmido (at)Campo limpo com murundu (au)

Campo limpo seco (av)

Vereda (ax)

Brejo (ay)Floresta Ombrófila Densa Aluvial / Mata

Seca SemideciduaFloresta Ombrófila Aberta / Palmeiral / Mata

Seca SemideciduaFloresta Ombrófila Aberta / Palmeiral / Mata

Seca SemideciduaFloresta Ombrófila Aberta / Palmeiral / Mata

Seca Semidecidua

Cerradão com mata de galeria inundávele não inundável / Floresta Ombrófila Aberta

Cerrado denso sem mata de galeria inundávele não inundável / Floresta Ombrófila Aberta

Cerrado denso com mata de galeria inundávele não inundável / Floresta Ombrófila Aberta

Cerrado típico sem mata de galeria inundávele não inundável / Mata Seca Semidecídua

Cerrado típico com mata de galeria inundávele não inundável / Mata Seca Semidecídua

Parque de cerrado inundável commurundu / Mata Várzea

Cerrado inundável sem matade galeria / Ipuca

Cerrado inundável sem matade galeria / mata ciliar

Campos sujos seco e úmido / Matade galeria inundável e não inundávelCerradão / Mata Seca Semidecídua

Cerrado denso sem mata de galeria inundávele não inundável / Mata Seca Semidecídua

Cerrado denso sem mata de galeriainundável e não inundável / Mata Seca

SemidecíduaCerrado denso com mata de galeria

inundável e não inundável / Mata SecaSemidecídua

Cerrado típico sem mata de galeriainundável e não inundável / Mata Seca

SemidecíduaCerrado típico com mata de galeria

inundável e não inundável / Mata SecaSemidecídua

Cerrado rupestre sem mata de galeriainundável e não inundável / Mata Seca

SemidecíduaCerrado ralo sem mata de galeria inundável

e não inundável, Cerrado rupestre / Mata SecaSemidecídua

Cerrado ralo com mata de galeria inundávele não inundável, Cerrado rupestre / Mata Seca

SemidecíduaCerrado rupestre com mata de galeriainundável e não inundável / Mata Seca

SemidecíduaCerrado rupestre sem mata de galeriainundável e não inundável / Mata Seca

SemidecíduaCerrado típico sem mata de galeria / Mata

Seca SemidecíduaCerrado típico sem mata de galeria inundávele não inundável, Cerrado rupestre sem matade galeria inundável e não inundável / Mata

Seca DecíduaCerrado Denso com mata de galeria

inundável e não inundável / Mata SecaDecídua

Cerrado ralo sem mata de galeria inundávele não inundável, Cerrado rupestre sem matade galeria inundável e não inundável / Mata

Seca Decídua

Sas(ai)

Saf(aj)

Sas(ak)

Saf(al)

Sas(am)

Saf(an)

Sps(ao)

Sps(ap)

Sps(aq)

Sps(ar)

Spf(as)

Sgs(at)Sgs(au)Sgs(av)

Pa(ax)

Pa(ay)DAas

AFaa

AFab

AFas

SAsd

SAas

SFpa

SFab

SFpbSFqs

SFas

SFps

SFpf

SFam

SCas

SCps

-Sas(ag)Spf(as)

Sps(ap), Sps(aq)Sps(ar), Sas(ak)

Saf(ah)Sps(ar)

Sps(ar), Sas(ag)Sps(ar), Sas(ak)

Sas(ak)-

Sps(ar)Sps(ap), Sps(aq)Sps(ar), Sas(ak)

Sas(ak)Sas(ai)Sps(ar)

---

Sas(ai)Sps(ap), Sps(aq)

--

Sps(ap), Sps(aq), Sgs(au),Sgs(av)

-Sgs(at)

-Sgs(av)

-Sas(ai)Sps(aq)Sas(ak)

Sps(aq), Sgs(av)Sas(ai), Sas(ak)

Sas(ai)Sas(r, Sas(ai)

-Saf(aj)

Sas(ag), Sas(ak)Sas(ak)

----

Sas(w)-

Da(a), Fb(u)

Ab(e), As(m), Ab(f)

Ab(e), As(m), Fb(u)

Ab(e), As(m), Fs(z)

Sd(af), Ab(e)

Sas(ag), Ab(e)

Saf(ah), Ab(e)

Sas(ai), Fs(z)

Saf(aj), Fs(z)

Sps(ao), Fa(t)

Sas(am), Fb(y)

Sas(ay), Fs(ab)Sps(ap), Sps(aq), Fs(ab)

Sd(af), Fs(z)Sas(ag), Fs(z)

Sas(ag), Fs(z)

Saf(ah), Fs(z)

Sas(ai), Fs(z)

Saf(aj), Fs(z)

Sas(ak), Fs(z)

Sps(ar), Sas(ak), Fs(z)

Sps(ar), Sas(ak), Fs(z)

Sas(ak), Fm(ac)

Saf(al), Fm(ac)

Sas(ai), Fm(ac)

Sas(ai), Sas(ak), Cs(n)

Saf(ah), Cs(n)

Sps(ar), Sas(ak), Cs(n)

Sas(ai)1Sas(ai)2Sas(ai)3Sas(ai)4Sas(ai)5Sas(ai)6Sas(ai)7Sas(ai)8Sas(ai)9Sas(ai)10Saf(aj)1Saf(aj)2Saf(aj)3Saf(aj)4Saf(aj)5Sas(ak)1Sas(ak)2Saf(al)1Saf(al)2

Sas(am)1Sas(am)2Sas(am)3Saf(an)1Sps(ao)1Sps(ao)2Sps(ap)1Sps(ap)2Sps(aq)1Sps(aq)2Sps(ar)1Sps(ar)2Sps(ar)3Sps(ar)4Sps(ar)5Sps(ar)6Sps(ar)7Sps(ar)8Spf(as)1Spf(as)2Spf(as)3Spf(as)4Sgs(at)1Sgs(au)1Sgs(av)1Pa(ax)1Pa(ax)2Pa(ay)1DAas1

AFaa1

AFab1

AFas1

SAsd1

SAas2

SAas3

SAas4

SAas5

SFpa1

SFab1

SFab2SFpb1SFqs1SFas1

SFas2

SFas3

SFas4

SFas5

SFas6

SFps1

SFpf1

SFam1

SFam2

SFam3

SCas1

SCas2

SCps1

SAVANA (CERRADO)

Florestada

Arborizada

Parque

Gramíneo-lenhosa

Fluvial / LacustreFORMAÇÕES PIONEIRAS

Floresta Ombrófila / FlorestaEstacional Semidecidual

(Contato)

Densa / Aluvial

Aberta / Aluvial

Aberta / Terras Baixas

Aberta / Submontana

Florestada

Savana / Floresta Ombrófila(Encrave) Arborizada /

Submontana

Parque / Aluvial

Arborizada / TerrasBaixas

Florestada / Submontana

Savana / Floresta EstacionalSemidecidual

(Encrave)

Arborizada /Submontana

Parque / Submontana

Arborizada / Montana

Savana / FlorestaEstacional Decidual

(Encrave)

Arborizada /Submontana

Parque / Submontana

Submontana

Aluvial

Parque / Terras Baixas

Floresta Ombrófila / FlorestaEstacional Decidual

(Contato)Aberta / Submontana Floresta Ombrófila Aberta / Palmeiral / Mata

Seca Decidua ACs Ab(f), Cs(s) ACs1