GF 703 Aula agricultura tradicional x moderna. Objetivo Discutir a identificação de agricultura...
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GF 703Aula agricultura tradicional x
moderna
Objetivo
• Discutir a identificação de agricultura tradicional e moderna, segundo 3 diferentes enfoques
• Comparar esses enfoques
• Compreender a importância das formulações para a difusão do padrão produtivista
A questão da escassez• Baseia-se na idéia de recursos naturais limitados
e crescimento populacional• A concepção malthusiana pregava um limite
absoluto para os RN. • A concepção ricardiana refere-se aos
rendimentos decrescentes que adviriam do uso progressivo de terras crescentemente menos férteis.
• Já os Neo malthusianos se apegam à dilapidação dos RN, via destruição dos solos, contaminação das águas, etc.
A escassez não é absoluta
• o estoque de recursos não seria cte• os recursos têm níveis diferentes de escassez e de
uso, o que leva à possibilidade de substituições• se o produto por unidade de trabalho cresce
alteram-se as taxas de depleção• não haveria razão para crer na tese de uso de
terras de qualidade crescentemente pior.• Questiona-se então o conceito de escassez e de
rendimentos decrescentes derivados do uso dos recursos naturais.
A escassez é relativa
• os recursos somente podem ser definidos em termos da tecnologia conhecida naquele momento e para aquela situação
• A noção de um limite absoluto da disponibilidade natural de recursos é insustentável quando a definição de recursos muda drástica e imprevisivelmente no tempo
• num mundo com progresso, a escassez sserá sempre relativa ao estado da arte
Intensificação da produção agrícola e exploração de
recursos naturais
Agricultura e disponibilidade de recursos naturais
• referência à questão da escassez, do crescimento populacional, da fome e da pobreza
• Quais seriam as relações entre crescimento populacional e produção de alimentos?
• disponibilidade e uso de recursos naturais seriam em grande medida socialmente determinadas?
• É possível que a fertilidade do solo seja uma variável socialmente determinada, como ?
Boserup e a intensificação da agricultura
• frequência de cultivo e das técnicas empregadas no cultivo determinam disponibilidade de recursos, portanto não há nada pré-determinado, absoluto
• Negação de teses Malthusianas• descrição da intensidade de uso da terra em 5
formas, mas num continuum:florestal (20-30 anos); arbustivo (5-6 anos); pousio curto (1-2 anos); anual; e múltiplo
• Tradicional não se vincula a técnicas modernas ou antigas
agricultura tradicional
Agricultura tradicional em Schultz
• Assim como Boserup, não vincula crescimento da produção a limites físicos da natureza
• Por outro lado tem concepção estanque de agricultura tradicional vinculando-a à pobreza
• “Jamais um país de agricultura primitiva será desenvolvido”
Questões centrais
responder 3 questões:• se há ineficiência alocativa na agricultura
tradicional• quais seriam as diferenças fundamentais de
fatores empregados em países com diferentes níveis de renda?
• sob quais condições compensaria investir na agricultura?
As razões seriam econômicas
• Agricultura tradiconal é eficiente na alocação e tem baixa taxa de retorno
• As diferenças estariam na base do capital material e humano
• Explicação no baixo estímulo a investir pelas baixas taxas de retorno decorrentes dos fatores de produção tradicionais
Por que se manteria o estado tradicional?
• hipóteses restritivas:
a) o estado do conhecimento permanece cte
b) o estado das preferências e motivos para adquirir fontes de renda é cte.
c) ambos estados permanecem ctes tempo suficiente para que as economias líquidas aproximem-se de zero
A saída…
• promover o investimento em novos fatores de produção que aumentem taxas de retorno
• existência de fornecedores de insumos modernos• ou seja, oferta atraente e barata de novas
correntes de renda
As condições complementares:• a) a existência de mercados amplos e com alta
elasticidade de demanda• b) a educação para habilitar ao uso dos novos
fatores
Investimento público e privado em…
• em instituições públicas de pesquisa e extensão
• em produção industrial de insumos
• na educação do agricultor
…E isto é a base da RV
O enfoque intermediário de Mellor:
• agricultura pode cumprir suas funções e se
desenvolver com o uso de recursos de custo
relativamente baixo e altas taxas de retorno
• enxerga o desenvolvimento agrícola em 3 fases:
agric. tradicional; agric. tecnologicamente
dinâmica pouco capital intensiva; e agric.
dinâmica capital intensiva
Fase 1 – agricultura tradicional
Próxima da agricultura de Schultz:
• tecnologicamente estagnada
• lento crescimento da produção através do emprego de formas tradicionais dos fatores terrra, trabalho e capital
• renda e produtividade decrescentes
Fase 2 – agricultura dinâmica
Dinamismo com pouco capital:• adoção limitada por produtor e por região de
melhoramentos tecnológicos• elevados retornos, mesmo com imperfeições nos
sistemas de posse e uso da terra, no crédito e nas condições de mercado
• Os limites em relação à fase 1 caracterizados por fluxo permanente de inovações, implantação de quadro institucional complexo
Fase 3 – capital intensiva
Principal característica é a substituição de mão-de-obra por capital:
• tecnologicamente dinâmica• instituições são mais desenvolvidas, criando um
fluxo de inovações poupadoras de mão-de-obra• além das máquinas, inovações biológicas para o
aumento do rendimento do trabalho
Políticas e ações segundo as fases
• Identificar e combinar recursos abundantes e escassos, definidos segundo sua produtividade marginal
principais características dos recursos escassos:
a) os agricultores não podem provê-los por si mesmos
b) não há competição entre agricultura e indústria
c) complementaridades requer coordenação da oferta e competente instrução aos produtores agrícolas
d) a produtividade dos RE varia de lugar para lugar
e) os recursos escassos não são intercambiáveis
Comparações entre as abordagens
• Quanto à importância da história
• Quanto à diferenciação das possíveis condições de produção
• Quanto à relação entre recursos escassos e abundantes
• Quanto à especificidade da agricultura em relação à indústria