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“TEM DE HAVER EQUILÍBRIO ENTRE AUSTERIDADE E CRESCIMENTO” ÁLVARO SANTOS PEREIRA UM ANO DEPOIS O QUE MUDOU ALBINA ASSIS AFRICANO DAR A CONHECER ANGOLA PEDRO BALTAZAR EMPRESÁRIO DE SUCESSO ULISSES MARREIROS REID’S PALACE AGOSTO / SETEMBRO 2012 | ANO V | N.º 45 | MENSAL | 5 TOP HOTÉIS O MELHOR DA MADEIRA MOTORES BMW NOVO SÉRIE 7

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REVISTA FRONTLINE 45

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“TEM DE HAVEREQUILÍBRIO ENTREAUSTERIDADE ECRESCIMENTO”

ÁLVAROSANTOSPEREIRA

UM ANO DEPOIS O QUE MUDOU

ALBINA ASSIS AFRICANODAR A CONHECER ANGOLA

PEDRO BALTAZAREMPRESÁRIO DE SUCESSO

ULISSES MARREIROSREID’S PALACE

AGOSTO / SETEMBRO 2012 | ANO V | N.º 45 | MENSAL | €5

TOP

HOTÉISO MELHOR DA MADEIRA

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8/ NEWS

12/ GRANDE ENTREVISTA Álvaro Santos Pereira

20/ OPINIÃO José Caria

Isabel Meirelles Carlos Zorrinho Luís Mira Amaral Adalberto Campos Fernandes 26/ EM FOCO

Um ano depois

32/ GRANDE ANGULAR Albina Assis Africano

38/ ESPECIAL Pedro Baltazar

44/ EM DESTAQUE MSC Divina

50/ HOTELARIA Ulisses Marreiros

SUMÁRIO

4/FRONTLINE

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FICHA TÉCNICADiretor: Nuno Carneiro | Diretores Adjuntos: João Cordeiro dos Santos e Casimiro Gonçalves | Editora: Ana Laia | Chefe de Reda ção: Patrícia Vicente | Colaboradores: Fernanda Ló, Filomena G. Nascimento, Isabel Meirelles, José Caria, M. Sardinha, Maria João Matos, Rui Calafate, Rui Madeira | Revisão: Helena Matos | Fotografia: José Frade, David Pisco, Eduardo Grilo, João Cupertino, Luis Filipe Catarino/Presidência da República, Nuno Madeira, Ricardo Oliveira, Vitor Pires | Diretor Comercial: Miguel Dias | Consultor de Publicidade: Carlos Tavares | Sede: Airport Business Center Avenida das Comunidades Portuguesas Aerogare, 5º piso–Aeroporto de Lisboa 1700 – 007 Lisboa - Portugal | Tel. 210 998 039 | E-mail: [email protected] | Registada no ICS com o n.º 125341 | Depósito Legal n.º 273608/08 Impresso num país da U.E. | www.revistafrontline.com | Facebook: RevistaFRONTLINE

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56/ TOP HOTÉIS Madeira

66/ DOSSIER Optimus Alive

70/ A RESERVAR Populi

72/ MOTORES BMW Série 7

82/ ON THE ROAD Yamaha TMAX 530

86/ SOCIAL International Club of Portugal

Reid’s Palace

92/ LIVROS 94/ MUSEUS DO MUNDO

96/ MÚSICA

98/ AGENDA

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EDITORIAL

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A troika chegou a Portugal há cerca de um ano e, desde en-tão, nada mais foi igual. Sucederam-se os cortes nos salários, nas reformas e nos subsídios, proliferaram os aumentos nos impostos e o desemprego atingiu valores nunca antes vistos. Devido a esta conjuntura, a pasta da Economia, entregue a Álvaro Santos Pereira por Pedro Passos Coelho, é, sem dúvi-da, uma das mais faladas e criticadas.Em entrevista à FRONTLINE, o ministro da Economia e do Emprego afirma que “têm sido pedidos grandes sacrifícios aos portugueses”, contudo, “o Governo provou já que está também muito empenhado em adotar medidas que estimu-lem o crescimento da economia, seja através do redirecio-namento do investimento público para o tecido produtivo, gerador de riqueza e de postos de trabalho; seja através da criação de medidas que reduzam os constrangimentos ao crescimento das empresas”, sublinha.Depois de ter trocado a cidade de Vancouver, no Canadá, por Lisboa, Álvaro Santos Pereira implementou, até à data, di-versas reformas importantes, tais como a da lei laboral, da lei da concorrência, dos licenciamentos industriais, do processo especial de revitalização, entre outras. Assim, em apenas um ano, e na sua opinião, o Governo conseguiu eliminar “cons-trangimentos à competitividade da economia”, bem como aumentar “a capacidade de financiamento das empresas” e suprimir “os obstáculos que estavam a impedir que a eco-nomia crescesse”.

Albina Assis AfricanoÀ semelhança da Expo Japão (2006), da Expo Saragoza (2008), da Expo Shanghai 2010, a Expo 2012 Yeosu, na Co-reia do Sul, conta igualmente com a assinatura e supervisão geral de Albina Assis Africano, como comissária-geral do Pavilhão de Angola. Mulher profundamente culta, perfecionista e líder, foi a pri-meira a estar à frente da direção da Sonangol e também a primeira mulher ministra dos Petróleos de Angola. Em jeito de graça e cumplicidade, os amigos gostam de a ape-lidar “a senhora comissária”, pelo profissionalismo, dedicação e semanas passadas longe de casa, dos amigos e do país.

MSC DivinaPersonificando o estilo mediterrânico, o MSC Divina foi inaugurado em grande estilo no porto francês de Marselha. A atriz Sophia Loren, que na cerimónia esteve sempre acom-panhada por Gérard Depardieu, foi a madrinha daquele que é o 12.º navio da companhia italiana.

Reid’s PalaceCom mais de 120 anos de história, o Reid’s Palace é um dos hotéis mais conceituados da Madeira. Ulisses Marreiros, o seu diretor-geral, acredita que o que distingue esta unidade “são as pessoas”, e prova disso é o facto de a taxa dos clien-tes que voltam ser superior a 50 por cento. A grande aposta é “servir bem todas as pessoas”, e talvez por isso este seja um dos hotéis eleitos pelas famílias que visitam a ilha.

Novo BMW Série 7Imponente e cativante como a cidade de São Petersburgo, o novo BMW Série 7 apresenta novidades como os no-vos faróis de LED, um interior melhorado com isolamento acústico otimizado, uma seleção completa de equipamentos opcionais e tecnologia de ponta em termos de segurança. Para além disto, oferece ainda o mais poderoso motor diesel do mundo, que conta com seis cilindros em linha, e a se-gunda geração do BMW ActiveHybrid 7, permitindo novos padrões de desempenho e eficiência.Graças às diversas alterações aplicadas no chassis, foi possí-vel aumentar o nível de conforto, para o que muito contri-buíram os novos amortecedores e a direção eletromecânica. Desta forma, todos os ocupantes desfrutam muito mais em cada viagem.

Não poderíamos terminar sem desejar aos nossos leitores umas ótimas férias e, porque também a FRONTLINE fará uma pausa, comprometemo-nos a regressar em outubro, sempre com os temas que estão na linha da frente.

UM ANO DEPOIS

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INSTINTO PARA A DISTINÇÃO.

NOVO BMW X6.

Se não vive a sua vida como toda a gente, vai querer ter um automóvel diferente de toda a gente:o novo BMW X6 – extraordinário na performance, impressionante na aparência.A potência dos motores oferece-lhe as características de um desportivo enquanto o designdo chassis combina as curvas atléticas de um coupé com a presença poderosa de um SUV.Há apenas uma coisa que o novo BMW X6 não é: mediano. www.bmw.pt/X6.

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Consumo combinado de 7,4 a 12,5 l/100 km. Emissões de CO2 de 195 a 292 g/km.O BMW X6 inclui Contrato de Manutenção BMW Service Inclusive de 5 anos ou 100.000 km.

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NEWS

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ABC Lisbon, Airport Business Center promove aulas de ioga Desde abril que, à semelhança de outros aeroportos internacionais, é possível usufruir dos benefícios de uma sessão de ioga com um personal trainer, antes ou depois de qualquer voo mais cansativo, entre reuniões ou como comple-mento da sua ação corporativa, no Aeroporto de Lisboa, nas instalações do ABC Lisbon, Airport Business Center.São sessões de 45 minutos para relaxar e eliminar os efeitos de stress, cansaço ou jet lag. As aulas individuais custam 48 euros e as aulas em grupo de três a cinco pessoas custam 38 euros por pessoa. Para além da aula, é possível usufruir também de meia hora de acesso à internet, uma bebida e snacks. As marcações no ABC Lisbon devem ser feitas através do número de telefone 211 503 922, com duas horas de antecedência.

Álvaro Santos Pereira entrega Prémio de Empresário do Ano O CEO do Grupo Vivafit, Pedro Ruiz, foi eleito empresário do ano 2011 pela Câmara de Comércio Luso-Espanhola. Com este prémio, que foi entregue por Álvaro Santos Pereira, o empresário vê reco-nhecido o trabalho de desenvolvimento da rede mundial da marca portuguesa, hoje presente em países como Uruguai, Singapura, Chipre, Índia e Espanha.O grupo totaliza seis contratos de Master Franchising na Ásia, Europa e América do Sul, sendo que Venezuela e Colômbia são os alvos mais imediatos de uma short list de nove países preferenciais

que tem trabalhado juntamente com o AICEP.Com 54 anos, Pedro Ruiz é engenheiro naval pelo IST, trabalhou na Setenave, Rinave, ESSO Española; recebeu em 2009 o prémio de Lide-rança Europeia na Indústria do Fitness pela IHRSA; participa na direção da Associação Europeia de Fitness EHFA, da Câmara de Comércio Luso-Espanhola e da Associação Portuguesa de Ginásios AGAP.A Vivafit é uma marca nacional pioneira na introdução em Portugal, há 10 anos, do conceito de ginásio só para mulheres, liderando o mer-cado de fitness em Portugal.

HPP Hospital de Cascais distinguido com acreditação internacional O Hospital de Cascais Dr. José de Almeida, gerido pela HPP Saúde, Grupo Caixa Geral de Depósitos, foi acreditado pela Joint Commission International (JCI), empresa líder em Acreditação Internacional de Organizações de Saúde.Por se tratar de uma ferramenta eficaz de gestão e avaliação da segurança e da qualidade hospitalar, a acreditação pela JCI vem reforçar a diferenciação do Hospital de Cascais relativamente à segurança dos processos e procedimentos que envolvem os doentes, ao seu funcionamento interno e ao serviço assistencial prestado. É o primeiro hospital do Serviço Nacional de Saúde a atingir a acreditação JCI no mais curto espaço de tempo.Para Adalberto Campos Fernandes, presidente do Conselho de Administração, “com esta distinção o Hospital de Cas-cais deu provas de estar em sintonia com o maior desafio atual das organizações de saúde: assegurar que a prestação

de cuidados aos seus utentes se realiza de uma forma segura, eficaz e eficiente, integrando sinergicamente estrutura, processos e pessoas, a partir de um quadro de políticas institucionais de segurança, dos doentes e dos profissionais, que favorecem o aperfeiçoamento técnico, a formação e o desenvolvimento nas diferentes áreas do conhecimento”.Com a atribuição da acreditação, o Hospital de Cascais pretende consolidar uma cultura assente na qualidade e na segurança, através da adoção das melhores práticas internacionais ao nível dos protocolos clínicos, da monitorização e do controlo interno dos indicadores críticos, do investimento no capital humano e na melhoria contínua do desempenho global da unidade hospitalar.

50.º Encontro dos Descobrimentos “Portugal no Brasil – Brasil em Portugal” No âmbito do programa do 50.º Encontro dos Descobrimentos “Portugal no Brasil – Brasil em Por-tugal”, Ourém recebeu no passado mês de julho empresários e entidades oficiais de diversas naciona-lidades, nomeadamente portugueses, brasileiros, romenos e finlandeses, para participar num momento denominado “Rodada Internacional de Negócios”.Este evento, com organização do GAPAE – Gabinete de Apoio e Promoção da Atividade Empresarial, um serviço resultante da conjugação de esforços entre o Município de Ourém e a ACISO – Associação Empresarial Ourém-Fátima, decorreu no Centro de Negócios de Ourém e contou com cerca de 100 participantes, que aproveitaram a opor-tunidade de divulgar as suas atividades, estabelecer contactos e perspetivar novas oportunidades de negócio.Foram diversas as entidades presentes neste encontro, tais como o representante do ministro da Justiça do Brasil, o presidente da APAS – As-sociação Paulista de Supermercados, o vice-presidente da Federação das Câmaras de Comércio Exterior do Brasil, o secretário de Desenvol-vimento da Prefeitura de Indaiatuba e o presidente da Associação dos Empresários do Distrito de Arges (Roménia).

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BREVES

Renault Clio apresenta quarta geração Lançado em 1990, o Clio marcou a história da Re-nault, com 11,5 milhões de automóveis vendidos em mais de 115 países. A quarta geração deste modelo tem como objetivo escrever uma nova página desta história de sucesso.O novo Renault Clio é o primeiro modelo, de série, a exprimir plenamente a renovação do design da Renault, impulsionada por Laurens van den Acker. Esta geração concretiza a promessa de transferir o estilo e a emoção dos concept-cars da marca para os automóveis de série.No que diz respeito à inovação, o novo Renault Clio será fiel à tradição: redefinir os standards do seu segmento e aumentar os desempenhos nos pequenos automóveis.

Gonçalo Carrilho no International Club of Portugal Gonçalo Carrilho, jovem advogado e ex-presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, foi nomeado presi-dente do Conselho de Juventude do International Club of Portugal. Atendendo ao trabalho associativo e à intervenção crítica que sempre tem pautado o percurso de Gonçalo Carrilho, a expectativa, nestas suas novas funções, é grande.

Jervis Pereira comunica Turismo da República Dominicana A Jervis Pereira foi a agência escolhida pelo Turismo da República Do-minicana para assegurar o planeamento, promoção e acompanhamen-to das ações de comunicação e marketing daquele destino turístico no mercado nacional. Joana Ferreira, consultora de comunicação responsável pelos clientes de turismo da empresa, assume a coordenação e o acompanhamento desta nova conta da agência.

América Latina Hoje Curso de verão Vai decorrer de 3 a 7 de setembro, no ISCTE – IUL um curso de formação intensiva, que proporcionará instrumentos de análise e compreensão da atualidade latino-americana. Composto por módulos teóricos e aplicados, destina-se a investigadores, estudantes universitários, professores, jornalistas, diplomatas, consultores e quem pretenda adquirir uma visão mais abrangente sobre a América Latina.No final será atribuído um certificado de participação.

Hotéis Real promovem férias em PortugalCom o sol a espreitar, osHotéis Real criaram ofertas especiais de férias antecipadas. Até outubro de2012, são várias as sugestões para visitar o Algarve com programas de sete noites em meia pensão a partir de 385 euros por pessoa. E para todas as reservas efetuadas com um mínimo de 90 dias de antecedência, acresce ainda um desconto de 20%.Para quem pretender descobrir um outro lado de um Algarve mais autêntico, o Real Marina Hotel & Spa, localizado na Ria Formosa, uma das 7 maravilhas de Portugal, sugere um programa de sete noites de alojamento em meia pensão com uma massagem de duche Vichy, 50% de desconto nos tratamentos diários de spa e uma viagem de barco às ilhas barreira da Ria Formosa. Uma semana relaxante a partir de 385 euros por adulto em quarto duplo.O Grande Real Santa Eulália Resort & Hotel Spa, localizado em Albufeira, com um programa de sete noites em meia pensão, será o destino ideal para umas férias em família, dando-lhe acesso ao Clube Infantil e programação de animação para crianças entre os 3 e os 12 anos, acesso ao ginásio e 50% de desconto nos tratamentos diários de spa. Tudo isto a partir de 450 euros por adulto em quarto duplo.

Honda oferece viagem às Caraíbas Chegou ao fim o passatempo “Entre na Honda e Vá às Caraíbas”. A vencedora da viagem às Caraíbas para duas pessoas foi Maria José Mineiro, autora da frase “Enquanto o coração tem desejo, a imaginação conserva ilusões, deseja-mos ter umCivic, imaginamo-nos nas Caraíbas de calções”. A entrega do prémio decorreu nas instalações do conces-sionário Evimotors, em Castelo Branco.Inserido na Campanha Primavera, promovida pelo servi-ço pós-venda, este passatempo atribuía a cada cliente um ou dois cupões de participação consoante a realização de um check up e/ou um testdrive nos concessionários oficiais Honda. Nestes cupões, os clientes tinham de es-crever uma frase sobre o novo Honda Civic. As frases foram posteriormente analisadas por um júri da Honda Portugal, que selecionou a frase vencedora.

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Eurotel Altura verão em família O verão convida a aproveitar o sol, dar mergulhos e caminhar na praia. Se for em família, tanto me-lhor! Estes momentos únicos são possíveis no Eurotel Altura Golf & Beach Resort!Rume até ao Sotavento Algarvio e, a partir de 180 euros por noite, em Quarto Standard com vista mar, para duas pessoas e até duas crianças, aproveite o cenário perfeito. Está ainda incluído no aloja-mento um pequeno-almoço buffet, utilização gratuita do ginásio, bem como check-out tardio mediante disponibilidade do hotel.

Emirates inaugura o primeiro voo direto para Lisboa A Emirates, uma das companhias aéreas com crescimento mais rápido do mundo, alargou recentemente as suas ligações na Europa ao iniciar o primeiro serviço diário e direto para Lisboa, apenas seis dias após o lançamento da ligação em Barcelona, na vizinha Espanha.A comitiva VIP a bordo do voo inaugural para Lisboa foi constituída por Thierry Antinori, vice-presidente execu-tivo de Passenger Sales Worldwide da Emirates; Salem Obaidalla, vice-presidente sénior de Operações Comer-

ciais da Emirates para a Europa e a Federação Russa; e Jaime Leitão, embaixador de Portugal nos Emirados Árabes Unidos. Fizeram também parte da comitiva representantes locais e órgãos de comunicação social regionais.Em Lisboa, foi realizada uma receção de boas-vindas ao primeiro voo, que contou com a presença de Rui Veres, vogal do Conselho de Administração da ANA – Aeroportos de Portugal, de António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e de parceiros locais e órgãos de comunicação.A Emirates vai servir Lisboa com um Boeing 777-200ER, oferecendo 274 lugares numa configuração de três classes. O voo EK 191 parte diariamen-te do Dubai às 09h15 e chega a Lisboa às 14h45. O voo de regresso, o EK 192, parte de Lisboa às 17h55 e chega ao Dubai às 04h35 do dia seguinte.

Hotel Cascais Miragem com oferta única A Scudeguia Lisboa, o Hotel Cascais Miragem e o recém-inaugurado Coral – a Sushi Concept uniram-se para criar uma oferta única para este verão. Até final de agosto, o Hotel Cascais Miragem terá à sua disposição o Fer-rari 360 Modena F1 da Scudeguia Lisboa, disponibilizando packs de condução exclusivos não só para os clientes do hotel, mas também para todos os que quiserem usufruir deste serviço, com preços a partir dos 100 euros.Os percursos vão dos 10 aos 60 minutos, com partida e chegada ao Hotel Cascais Miragem. A zona que conjuga as vilas de Cascais, Sintra e Estoril cria um local privilegiado para desfrutar de um carro de sonho com o Cavallino Rampante no capot. As ótimas estradas circundantes formam o cenário perfeito para uma experiência inesquecível.A Scudeguia Lisboa disponibiliza ainda o serviço de câmaras a bordo, com duas Go Pro Motorsport que captam cada momento ao volante, em alta definição, para mais tarde recordar. Estão também disponí-veis experiências de táxi para menores de idade ou simplesmente para quem prefere sentir as emoções de um Ferrari no lugar do passageiro.Aproveite também os packs Coral – a Sushi Concept, que conjugam a experiência ao volante com uma magnífica refeição, sobre o mar, do mais saboroso sushi, num ambiente novo e requintado que o envolverá numa viagem de sabores.

The Yeatman com programa de spa especial em setembro O sol deixa a pele cansada e sem vida. Para que consiga uma pele revitalizada, nutrida e recuperada do seu brilho natural, o Vinothérapie® Spa by Caudalie, no The Yeatman, sugere um tratamento especial para o mês de setem-bro – o Sommelier Ritual.O tratamento começa com o famoso banho de barril, onde é possível usufruir de uma vista singular sobre o rio Douro, enquanto relaxa ao sabor de uma hidromassagem. Depois, desfrute de uma esfoliação com um preparado luxuoso, à base de açúcar mascavado e menta, que o envolverá num ambiente único de descontração e bem-estar.Este ambiente continua com uma massagem de assinatura, onde são utilizadas técnicas de profunda pressão ao longo de pontos energéticos vitais do corpo, restaurando o sentido de equilíbrio. Para que todos os sentidos sejam explorados, termine da melhor forma e delicie-se numa viagem sensorial a uma cave de vinho do Porto.

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GRANDE ENTREVISTAÁlvaro Santos Pereira

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GRANDE ENTREVISTAÁlvaro Santos Pereira

CURRÍCULOMINISTRO DA ECONOMIA E DO EMPREGO Álvaro Santos Pereira nasceu em Viseu, em 1972. Licenciado em Economia pela Uni-versidade de Coimbra, doutorou-se em Economia pela Universidade Simon Fraser, em Vancouver, Canadá, onde lecionou Desenvolvimento Económico e Política Eco-nómica. Foi igualmente professor visitante na Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, em cujo departamento de Economia lecionou entre 2000 e 2004. Entre 2004 e 2007, foi docente de Economia Europeia e Desenvolvimento Económico no departamento de Economia da Universidade de Iorque, no Reino Unido.É autor de vários livros, como Portugal na Hora da Verdade, O Medo do Insucesso Na-cional, Os Mitos da Economia Portuguesa e Diário de um Deus Criacionista, tendo sido colunista de vários órgãos de comunicação social (Diário de Notícias, Público, Diário Económico, Expresso, Exame e Jornal de Notícias); é autor do blogue “Desmitos” e co-laborador do blogue “The Portuguese Economy”.

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por Ana Laia

Trocou a cidade de Vancouver, no Canadá, para regressar a Lisboa, porque achou que o seu contributo “era importante” para ajudar o país a “ultrapassar as dificuldades”. Convidado por Pedro Passos Coelho para assumir a pasta da Economia, o ministro, que conta com uma vasta experiência académica nessa área, implementou até à data diversas reformas importantes, tais como a reforma da lei laboral, da lei da concorrência, dos licenciamentos industriais, do processo especial de revitalização, entre outras. Assim, em apenas um ano, e na sua opinião, o Governo conseguiu eliminar “constrangimentos à competitividade da economia”, bem como aumentar “a capacidade de financiamento das empresas” e suprimir “os obstáculos que estavam a impedir que a economia crescesse”.Na opinião do ministro da Economia e do Emprego, “têm sido pedidos grandes sacrifícios aos portugueses”, contudo, “o Governo provou já que está também muito empenhado em adotar medidas que estimulem o crescimento da economia, seja através do redirecionamento do investimento público para o tecido produtivo, gerador de riqueza e de postos de trabalho; seja através da criação de medidas que reduzam os constrangimentos ao crescimento das empresas”, conclui Álvaro Santos Pereira.

“O QUE ESTAMOS A FAZER É CRIAR AS CONDIÇÕES PARA SAIR DA

CRISE ATUAL”

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Deixar tudo e vir para Portugal assumir funções num Governo em tempos tão difíceis foi uma deci-são complicada?Não. Sabia bem, quando aceitei o convite para integrar o Governo, que Portugal vivia uma situação bastante complicada, que exigia de todos um grande sentido de responsabilidade. Nunca me furtei às minhas responsabilidades, achei que era importante contribuir neste momento para ajudar o país a ultrapassar as difi-culdades.

O que o motivou?Sempre tive uma postura muito ativa e crí-tica sobre a forma como Portugal estava a ser governado ao longo dos últimos anos. Achei que era importante, para além de ter essa postura crítica, contribuir para uma mudança profunda e estrutural do país, senti que era meu dever, enquanto portu-guês, dar a minha ajuda. Tenho três filhos pequenos e quero que eles possam ter um futuro em Portugal.

Já, por algum momento, se arre-pendeu de o ter feito?Não, nunca.

O que é que o tem desiludido mais neste ano de funções governativas?Não punha a questão nesses termos. O que há é uma grande preocupação com o nível de desemprego que neste momento se abate so-bre os portugueses, bem como com as dificul-dades de financiamento das nossas empresas.

Alguma vez pensou que, a esta al-tura, a situação do país, apesar de tudo o que o Governo tem feito, ainda fosse tão má? Isso desmotiva?Nós sabíamos que o ponto de partida era mui-to difícil, muito exigente. Sabíamos que para dar a volta era preciso trabalhar e continuar a trabalhar. Nos últimos anos, a atuação do Go-verno esteve mais virada para a retórica e para a propaganda, do que para a resolução dos pro-blemas estruturais da economia portuguesa. O acumular dos défices, o aumento da dívida pública, o endividamento excessivo do Estado, ao longo da última década, conduziram-nos a uma situação de quase bancarrota. Foi com esse cenário que começámos a trabalhar. É na inversão deste modelo que temos vindo a trabalhar. Com a implementação de reformas estruturais, com o redirecionamento do inves-timento público, com o fim das obras faraóni-cas de rentabilidade duvidosa.

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O que estamos a fazer é criar as condições para sair da crise atual e garantir que Portugal nunca mais passe por uma situação semelhante.

Qual tem sido o principal orgulho?Ao longo do último ano foram muitas as re-formas estruturais que conseguimos pôr no terreno. Falo, por exemplo, da reforma da lei laboral, da lei da concorrência, dos licencia-mentos industriais, do processo especial de revitalização. Com estas reformas, e em ape-nas um ano, eliminámos constrangimentos à competitividade da economia, aumentámos a capacidade de financiamento das empresas e suprimimos os obstáculos que estavam a im-pedir que a economia crescesse.

Muitos têm-lhe apontado falta de peso político dentro do Governo. Como lhes responde?Sempre respondi às críticas da mesma for-ma: com trabalho e com as reformas que foram feitas.

Sente que esse ónus de ser menos político que outros ministros lhe re-tira capacidades negociais ou peso?Essa é uma questão que não me preocu-pa. É mais do que natural que um minis-

tro independente, cujo único objetivo é defender o interesse nacional, seja alvo de ataques por parte dos grupos de inte-resse que se habituaram a ser protegidos ao longo de anos. A isenção incomoda. Se fosse fraco como algumas pessoas tentam fazer crer, não teríamos corta-do as rendas excessivas na energia, não tínhamos avançado com uma reestrutu-ração profunda do setor empresarial do Estado, não teríamos incomodado tantos lóbis e interesses instalados.

Estas greves ou ameaças de gre-ve, numa altura em que o país precisa ao máximo da sua produ-ção e de criar riqueza, são con-traproducentes para os objetivos dos trabalhadores?O direito à greve é um direito constitu-cional de todos os portugueses que res-peito escrupulosamente. Mas sabemos que, apesar da insatisfação de alguns gru-pos, as reformas que temos em curso são essenciais para equilibrar a economia do país. São sacrifícios que vão valer a pena no futuro. Não temos outra opção: a so-lução do país passa por um caminho de rigor e de exigência.

“SEMPRE RESPONDI ÀS CRÍTICAS DA MESMA FORMA: COM TRABALHO

E COM AS REFORMAS QUE FORAM FEITAS”

Muitos têm-lhe apontado falta de peso político dentro do Governo. Como lhes responde?

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Negociar com os sindicatos é uma tarefa hercúlea?Desde o primeiro momento, sempre de-fendi que o diálogo social seria um dos principais pilares da atuação deste Go-verno. Dou-lhe o exemplo do acordo de concertação social que alcançámos com a maioria dos parceiros sociais, discuti-do à vírgula com patrões e sindicatos e que permitiu implementar as reformas necessárias à recuperação da economia nacional.

Várias vozes, inclusive do PSD e do CDS, têm vindo dizer que será preciso pedir mais um ano para a consolidação das contas. Qual é a sua opinião sobre isso?O primeiro-ministro já se referiu várias vezes a essa questão e já a esclareceu.

Tem sido muito pressionado pe-los setores mais poderosos da economia?Sinto que o que estamos a fazer em de-fesa dos interesses do país incomoda. Quando se mexe em interesses instala-dos e na vida dos lóbis, é natural que isso aconteça. Ainda bem que sou incómodo.

Apesar de todos os esforços e pro-gramas que têm lançado, o de-semprego continua a aumentar e a bater recordes todos os meses. Acredita que há, neste momento, alguma solução para travar esse au-mento, ou ele é inevitável nos pró-ximos meses?Estamos totalmente empenhados no com-bate ao desemprego. As medidas que temos no terreno começam já a mostrar resultados: está concluída a reforma do Código do Tra-balho, o programa Vida Ativa já reencaminhou mais de 100 mil desempregados para forma-ção, o Estímulo 2012 já tem mais de 6 mil ofertas de trabalho, estão prestes a entrar no terreno as medidas do Impulso Jovem… Sa-bemos que não há soluções milagrosas para o problema do desemprego, mas o Governo está a fazer tudo o que está ao seu alcance para mitigar os seus efeitos.

O interesse de grupos estrangeiros em empresas portuguesas é um si-nal positivo ou um sinal de que es-tamos a vender interesses estraté-gicos a preços muito apetecíveis?As empresas portuguesas são conhecidas pela excelência e qualidade do seu trabalho.

“DESDE O PRIMEIRO MOMENTO, SEMPRE DEFENDI QUE O DIÁLOGO SOCIAL

SERIA UM DOS PRINCIPAIS PILARES DA ATUAÇÃO DESTE GOVERNO”

Negociar com os sindicatos é uma tarefa hercúlea?

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Seja em que país for, as empresas portuguesas ocupam sempre posições de destaque nos mercados em que atuam. Por isso, é natural que haja grupos estrangeiros interessados em empresas portuguesas.

Quando espera ter concluída a pri-vatização da TAP?A privatização da TAP ficará concluída dentro do prazo estabelecido pelo Governo, ou seja, até ao final deste ano.

Já tem propostas? Fala-se num grupo “poderoso” brasileiro… Temos alguns interessados, mas como sabe, o segredo é a alma do negócio.

Muito se tem falado na necessidade de aumentar o crescimento econó-mico. Como é que isso se faz numa economia onde a austeridade é cada vez maior?Tem de haver equilíbrio entre austeridade e crescimento. É importante que os efeitos das medidas de austeridade sejam colmata-dos com reformas estruturais. E não há uma reforma que não tivéssemos feito. Repare, um terço das medidas do Memorando de Entendimento foram aplicadas pelo Ministé-

rio da Economia e do Emprego… Têm sido pedidos grandes sacrifícios aos portugueses, mas o Governo provou já que está também muito empenhado em adotar medidas que estimulem o crescimento da economia, seja através do redirecionamento do investimento público para o tecido produtivo, gerador de riqueza e de postos de trabalho; seja através da criação de medidas que reduzam os cons-trangimentos ao crescimento das empresas. O Estado não se pode substituir às empre-sas na sua atividade. Mas pode e deve criar as condições para que estas cresçam e, assim, façam crescer a economia.

Quanto é que será possível poupar com as renegociações que estão a ser feitas? Quando espera que este-jam concluídas?O Governo está a negociar com as conces-sionárias das ex-SCUT cortes de 30% nos pagamentos por disponibilidade contratados para as ex-SCUT, um valor que permitirá ao Estado poupar mais de 4 mil milhões de eu-ros durante a vida dos contratos. É dinheiro que os portugueses não vão ter de pagar dos seus impostos por conta de investimentos que nem sempre acautelaram totalmente o interesse público.

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OPINIÃOJosé Caria

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Educação, cujo vetor de orientação é a racionalida-de financeira, e alunos e professores são ignorados. O caos que se vive na Saúde, em que o Estado ba-teu no fundo, a contratar profissionais a dois e três euros por hora. O excesso de polícia na rua como nunca antes visto (principalmente GNR), mas com uma atuação já não disfarçável, em que a seguran-ça deu lugar a uma desenfreada caça à multa. A ati-tude persecutória das Finanças, que vai ao detalhe de introduzir injustificáveis alterações de forma nas declarações de IRS, conseguindo dilatar os prazos de reembolso. Estes são alguns, entre milhares, e no entretanto a derrapagem do controlo financeiro do Estado sobre o próprio Estado aumenta exponen-cialmente todos os dias.Passos Coelho mudou e ainda está convencido que continua a governar para os portugueses. Mas já não está. A nossa democracia está profundamente abala-da e quem tem poderes para a fiscalizar ou não faz ou não quer fazer. Basta olhar para o Parlamento. Os mesmos que têm esse dever expresso passam as manhãs nas suas empresas a fazer aquilo que à tarde vão fiscalizar. E acham que uma simples declaração de interesses legitima a sua maneira de estar e atuar. É que este é o último patamar. Daqui para a frente a máquina toma conta do país e começa a elaborar os seus minority reports. Amanhã vamos ver quem são os próximos visados: médicos, professores, militares, profissionais liberais… é que já poucos restam.

“A NOSSA DEMOCRACIA ESTÁ PROFUNDAMENTE ABALADA E QUEM TEM PODERES PARA A FISCALIZAR OU NÃO FAZ

OU NÃO QUER FAZER”

MINORITY REPORT

Portugal está transformado num imenso campo de “matar” e o alvo somos todos nós. O Governo definiu um perímetro o mais abrangente possível, que toca todas as áre-as da sociedade, e as ordens são: disparar primeiro, explicar ou justificar depois se necessário. O móbil da ação é arre-cadar dinheiro a todo o custo, o álibi é a troika, o leitmotiv assenta na lógica de que os fins justificam todos os meios.Este Governo está a transformar o Estado numa má-quina que “mata por instinto” e quer que os cidadãos reajam de uma forma “pacificamente democrática” à destruição das suas vidas. Mas o risco maior é que a máquina está a ganhar vida própria, descontrolada, sem governo, alimentada por grupos de pressão que diluem e ofuscam qualquer Poder central de controlo e fiscalização. O próprio Governo espartilha-se em células separadas em duas linhas fractárias: ou mor-tas (Cultura, Economia, entre outras) ou autónomas (Finanças, Educação, Saúde) sem qualquer partilha de responsabilidade ou governação.Caminhamos a largos passos para um estado de minority report (lembram-se do filme com Tom Cruise, em que o criminoso era apanhado mesmo antes de ter cometido o crime?) e esta analogia é possível só com uma nuance: é que hoje, nesta lógica que está subjacente, todos so-mos potenciais criminosos e a margem de erro é brutal. Nunca Portugal terá sentido um abalo tão grande nos fundamentos mais básicos da sua Democracia.Atenda-se a alguns exemplos para que este discurso não soe vago: o caos e a crispação que se vive na

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OPINIÃO Isabel Meirelles

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Especialista em Assuntos Europeus

“A GRÉCIA, A IRLANDA E PORTUGAL FORAM DESAFIOS DE

CONCERTAÇÃO MENORES PARA OS GOVERNOS EUROPEUS”

A VÍTIMA SEGUINTE DA CRISE DA ZONA EURO

As mais recentes medidas de combate à crise adotadas por Mariano Rajoy, em Espanha, são-nos profundamente fami-liares. Implicam, desde logo, um aumento do IVA de 18% para 21%, e da taxa reduzida que passa de 8% para 10%. Também os funcionários públicos irão ter menos dias de descanso, o subsídio de Natal será cortado este ano, enquanto que o subsídio de de-semprego terá uma redução de 60% para 50% a partir do sexto mês de benefício. Para além destas medidas, haverá reformas nas administrações central e local, incluindo um corte de 30% no número de vereadores e uma redução de 600 milhões de euros no orçamento de vários ministérios.Estão previstos, ainda, aumentos de outros impostos, designada-mente ao nível da eliminação da dedução do imposto pago na com-pra de casa, agravamento do imposto ambiental e sobre o tabaco.Tudo isto para que o seu défice orçamental desça até aos níveis previstos no Pacto de Estabilidade e Crescimento, ou seja, de 3% até 2014, sendo que estas medidas deverão implicar, no imediato, uma recessão de 2% que poderá originar um crescimento negativo e um aumento da taxa de desemprego, que neste momento se cifra no recorde europeu de 24 por cento.A pergunta que todos colocam é “como é que se chegou até aqui”? A nacionalização do Bankia, o quarto maior banco de Espanha, foi a causa próxima, sendo que o verdadeiro apuro co-meçou realmente em 2009 com o estalar da crise imobiliária e quando o Estado espanhol intervencionou a Caja Castilha de La Mancha, a qual cometeu erros monumentais, designadamente emprestando dinheiro a promotores imobiliários de reputação duvidosa. Nessa altura, a banca espanhola já estava a esconder uma gigantesca desvalorização do imobiliário que variava entre os 25% e os 80%, conforme as zonas de Espanha.Quando por toda a Europa já se assistia o setor, Zapatero fez de conta que não se passava nada e criou o Bankia, uma mega instituição composta a partir das Cajas de Ahorro, que, durante

algum tempo, conseguiu iludir o mercado, muito à custa do seu presidente Rodrigo Rato, até ter de admitir que precisava de uns largos milhões para se recapitalizar. O mesmo aconte-ceu também com o BFA, casa mãe do Bankia, que de lucros anunciados de 41 milhões passou, de um dia para o outro, para prejuízos de 3,3 milhões.Claro que as consequências nefastas da praxe não se fizeram esperar e o rating da Espanha e da Catalunha foram cortados dramaticamente, no caso desta última, a um passo do nível con-siderado lixo, sendo que os juros dispararam e os investidores fugiram, tendo o défice orçamental de 6% aumentado para cerca de 8,9%, com a União Europeia a exigir uma auditoria independente às contas dos bancos espanhóis.Em suma, a banca precisou de pedir um resgate que vai ser alavancado no FEEF – Fundo Europeu de Estabilização Finan-ceira e depois no MEE – Mecanismo de Estabilidade Europeu, entrando em vigor em julho deste ano, mas que contará com uma supervisão firme do Banco Central Europeu.No meio deste vendaval, Portugal não poderia ficar imune, dado que aquele país é o nosso principal cliente, facto que tem sido minimizado com a diversificação das nossas ex-portações, embora se faça sentir com maior acuidade em indústrias como a turística.Nesta sequência de vítimas de que a Espanha é a mais recente, devido à crise da banca, das dívidas soberanas, em suma da zona euro, é, contudo, a menos negligenciável, dado que se trata de uma economia de grande dimensão.A Grécia, a Irlanda e Portugal foram desafios de concerta-ção menores para os governos europeus. A grande resposta que ditará se a União Europeia vive ou morre é aquela que for passível de ser dada pelos Estados-membros que terão de pôr em prática, de forma inequívoca, a tão propalada solidariedade europeia.

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OPINIÃOCarlos Zorrinho

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Professor universitário e deputado do PS

Conta-se na aldeia (hoje vila) onde os meus pais nasceram – por estes dias muito falada como uma prome-tedora bacia aurífera (falo de Santiago do Escoural) dando sequência às explorações feitas no tempo da romanização e que deram nome à serra do Monfurado –, que um dia um grupo de “empreendedores” pensou em engarrafar o sol para o vender no inverno em aldeias vizinhas. Não sei se o negócio teve ou não sucesso, mas sei que a economia portuguesa, se quiser voltar a recuperar, tem que criar cada vez mais valor, “engarrafando” o sol. O sol engarrafa-se no vinho, nos frutos e nos primores, no turismo de qualidade, na floresta e em tantas outras embalagens que desafiam a mente humana. O sol é a fonte vital de energia. Todos os produtos o incorporam. Em todos os produtos com valor, transacionamos um pouco de sol!Foco-me, nesta crónica, no engarrafamento do sol enquanto fonte de energia. Ele é também fonte pri-mordial de todas as energias, mas agora pode cada vez mais ser engarrafado em estado puro, quer nas centrais térmicas, quer nos sistemas de mini e micro-geração, quer nos sistemas de águas quentes e outros sistemas similares de produção limpa de calor.O setor de engarrafamento do sol teve, no final da década passada, um grande desenvolvimento em Por-

tugal. Criou-se uma nova indústria com grande cria-tividade tecnológica e as exportações tornaram-se significativas. Em 2009 exportaram-se cerca de 400 milhões de euros de bens associados ao engarrafa-mento do sol, tal como aqui o entendemos.Um concurso para a instalação de centrais fotovol-taicas de proximidade constituiu um dos últimos êxi-tos nacionais na atração de capital estrangeiro. Na instalação e manutenção de sistemas de microgera-ção e águas quentes, geraram-se milhares de postos de trabalho, hoje a definhar progressivamente.Estamos em agosto. Embora este não seja o mês com mais sol (horas de sol), é normalmente o mês em que temos mais tempo para beneficiar dele e notar o seu poder e a sua importância. Pensemos um pou-co nesta ideia de engarrafarmos e exportarmos o sol que temos. No fundo, até os pastéis de nata do ministro Álvaro, para serem genuínos, têm que levar consigo sol português.A malta da aldeia dos meus pais fica zangada quan-to se conta esta história do engarrafamento do sol. A verdade é que foram precursores. É uma ideia mui-to mais inteligente do que aquela que se conta, duma aldeia rival, onde um belo dia todos se juntaram para semear um campo de esparguete! Boas férias.

“EM 2009 EXPORTARAM-SE CERCA DE 400 MILHÕES DE EUROS DE BENS ASSOCIADOS

AO ENGARRAFAMENTO DO SOL, TAL COMO AQUI O ENTENDEMOS”

ENGARRAFAR O SOL

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OPINIÃOLuís Mira Amaral

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Professor de Economia e Gestão - IST

Eduardo Catroga criticava em nome do PSD, com muita emoção e toda a razão, o Estado gordo e obeso, a péssima afetação de recursos favorecendo os bens não transacionáveis e as suas rendas de situação, dizendo que bastava de austeridade para as famílias e cidadãos, havendo que começar a fazê-la no Estado, cortando nos consumos intermédios. Eu acrescentava que era preciso extinguir serviços públicos, empresas públicas e munici-pais, fundações, tudo aquilo que era socialmente inútil. Andava encantado e até votei PSD nas últimas legislativas, coisa que não fazia desde 2004… Entretanto, o Governo mudou, mas, citando um “statement” presidencial, eu não mudei e mantenho a mesma análise…A coligação PSD/PP começou muito bem, e com a credibi-lidade do ministro das Finanças no BCE e nas instituições financeiras internacionais conseguimos a diferenciação da Grécia e a redução do prémio de risco da República, expres-so nas quedas dos spreads das taxas de juro da dívida pública e do preço dos Credit Default Swaps. Mérito do Governo.Entretanto, para ganhar tempo enquanto não produzis-sem efeito as medidas estruturais, o Executivo aumentou impostos e cortou vencimentos e subsídios a funcionários públicos e pensionistas. Também apoiei.O problema é que o tempo foi passando e nada de es-trutural foi feito. Falta a redefinição do papel do Estado, essencial em setores como a Educação, a Segurança Social e a Saúde, onde Paulo Macedo, curiosamente o único gestor que, a nível de ministros, um governo de centro-direita tem, tenta fechar a torneira mas arrisca-se a deixar os canos

rotos… Falha a reengenharia do setor público, vital em se-tores como o dos Transportes. Mal começou a Reforma da Administração Pública, tendo o ministro da Economia em setembro passado anunciado cortes nunca vistos, mas que ninguém enxerga… O problema é que tudo isto não se faz com gestão macroeconómica, mas sim com liderança política e grande capacidade de gestão… Entretanto, já percebemos que o modelo que usaram fa-lhou ao não prever o grande aumento do desemprego e o efeito da curva de Laffer no esgotamento da receita fiscal, estando a meta do défice em risco por falta da re-ceita prevista. Sempre achei que em termos de austerida-de, teriam menos efeitos recessivos cortes seletivos nos consumos intermédios do Estado e na despesa pública do que aumentos de impostos, como o do IVA, o qual afundou a restauração criando mais desemprego e me-nos receita fiscal. Isto é preocupante num governo que pareceu transformar em objetivo de política económica aquilo que era apenas uma forte restrição, o desequilíbrio das finanças públicas, e que nesse contexto endeusou o ministro das Finanças. Já vi este filme em 2003, quando, ainda sem crise financeira, acabaram por deixar o défice em mais de 6% do PIB…Entretanto, graças à austeridade e ao grande mérito dos exportadores, o défice externo reduz-se drasticamente, o que mostra mais uma vez a qualidade dos nossos empre-sários e a espantosa capacidade de ajustamento da nossa economia, agora sem desvalorização… A rigidez do Esta-do é que se mantém…

AUSTERIDADE, DÉFICE PÚBLICO E AJUSTAMENTO ESTRUTURAL

“GRAÇAS À AUSTERIDADE E AO GRANDE MÉRITO DOS EXPORTADORES, O DÉFICE EXTERNO REDUZ-SE DRASTICAMENTE”

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Docente da ENSP UNL

OPINIÃOAdalberto Campos Fernandes

“A MUDANÇA DEVE TER EM CONTA QUE A RELAÇÃO DO CIDADÃO

COM O SISTEMA DE SAÚDE TEM DE SER FACILITADA”

desta transformação passa pela capacidade de organi-zar os múltiplos dados dispersos num conjunto útil de indicadores que permita gerir, com rigor, a globalidade do sistema de saúde. A mudança deve ter em conta que a relação do ci-dadão com o sistema de saúde tem de ser facilitada através de medidas que promovam a qualidade do acesso. É por isso fundamental encarar as tecnologias de informação como um fator crítico de mudança, ca-paz de diminuir os custos de relacionamento e a as-simetria de informação, permitindo que a uma maior produtividade corresponda uma melhoria no acesso e na prestação dos cuidados de saúde.As tecnologias de informação tornarão possível gerir o sistema de saúde com maior eficácia e com melho-res resultados, tendo como base informação de ges-tão credível, atempada e auditável, melhorando a inte-gração da informação clínica e diminuindo o recurso a processos baseados em papel, suprimindo burocracias desnecessárias e eliminando o desperdício.A aposta num sistema de informação estruturante, promotor da simplificação e da transparência, cons-titui, sem dúvida, um importante desafio na mudança do sistema de saúde, tendo em vista a melhoria dos níveis de transparência.

AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E A REFORMA

DO SISTEMA DE SAÚDE

A reforma do sistema de saúde depende, em grande parte, da eliminação das barreiras burocráti-cas e administrativas que, para além de serem grandes consumidoras de recursos, se constituem num obs-táculo à centralidade da relação dos cidadãos com o sistema nas suas diferentes áreas de acesso.Embora o setor da saúde represente uma das áreas onde se regista uma maior utilização da inovação tec-nológica, o impacte estruturante das tecnologias de informação, no funcionamento global do sistema de saúde, revela ainda um atraso considerável entre nós.É reconhecida a importância das tecnologias de infor-mação enquanto fonte de conhecimento e de suporte à decisão, contribuindo para aumentar a segurança e a eficiência dos processos em saúde. No contexto atual, a profunda restrição orçamental representa uma grande oportunidade para a integra-ção de velhas e novas soluções, com novos processos e novas tecnologias tendo em vista a melhoria da qua-lidade dos serviços de saúde, com a desejável redução dos custos operacionais.O processo de transformação do sistema de saúde requer a incorporação de sistemas e de conetividade capazes de promover a integração das diferentes apli-cações e a partilha de dados. Um dos fatores decisivos

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NO PAÍS DA AUSTERIDADE26/FRONTLINE

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Oitocentos mil desempregados, crédito bancário mais caro, casas devolvidas aos bancos, consumo a descer, impostos a subir. Um ano depois da troika e da tomada de posse de Passos, Portugal ainda está longe dos objetivos.

NO PAÍS DA AUSTERIDADE

por M. Sardinha

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A 5 de abril de 2011, de gravata azul e olhar carregado, José Sócrates, primeiro-ministro de um Portugal na corda bamba da crise, anunciava ao país o que andava a evitar há já alguns meses: “O Go-verno decidiu hoje dirigir à Comissão Europeia um pedido de assistência financeira.” A frase fez desmo-ronar o baralho de cartas em que a economia lusa se encontrava e levou a reboque o Executivo PS e Só-crates. Umas semanas depois, a chamada troika, com-posta por elementos do FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu (BCE), chegava a Portugal e o Governo socialista demissionário assinava um me-morando de entendimento com regras duras para a economia e para os portugueses. Passos Coelho, lí-der do PSD, e Paulo Portas, do CDS, juntavam as suas assinaturas ao documento e meses depois passavam a ser obrigados a seguir a cartilha nele contida quan-do assumiram o Governo, em junho, numa coligação

forte que tem funcionado praticamente sem quezí-lias visíveis.Um ano depois de tudo isto, os portugueses interio-rizaram na sua vida uma única palavra: austeridade. Ela tem sido sinónimo de mais impostos, menos consumo, mais desemprego, menos salários, mais contestação, menos segurança no emprego, mais gastos com saúde e com educação, menos crédito e menos apoios so-ciais. A dívida, essa, continua a não dar grandes sinais de abrandamento e o objetivo do défice de 4,5% para 2013, que o Governo garantia ser possível com todos os cortes e medidas que tomou no Orçamento do Es-tado para 2012, afinal está longe de estar controlado e os últimos dados da execução orçamental apontam para uma meta cada vez mais difícil de alcançar.Quando os partidos assinaram o programa de ajus-tamento, ninguém disse que o futuro ia ser fácil. Mas para os 800 mil desempregados que estão na rua em

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é inconstitucional – é visto agora como tal. É que se podia parecer que isso significaria mais dinheiro para os funcionários públicos em 2013, o certo é que o Governo terá que ir buscar os 2 mil milhões que a medida significava de encaixe para o Estado a outro lado e não é líquido que esse corte se mantenha na mesma, sendo apenas alargado também aos privados para contornar a inconstitucionalidade.

Esperança numa melhoria no memorandoOs objetivos têm que ser cumpridos e Passos Coe-lho já disse que Portugal quer continuar a portar-se como o bom aluno da Europa, vincando sempre as diferenças que o separam de outros países sob assis-tência, como tem sido o caso da Grécia. A ideia de pedir mais tempo para a consolidação orçamental, tantas vezes solicitada pelo líder da oposição, Antó-nio José Seguro, tem sido totalmente descartada pelo

busca de trabalho, era difícil imaginar que ele fosse tão negro. Para 2013, as previsões já apontam para uma taxa desemprego a rondar os 13% e o facto de ele atingir cada vez mais os jovens e os licenciados é outro dos dados mais assustadores do retrato deste Portugal ao fim de um ano de ajustamento.Mesmo para os que mantêm o salário no fim do mês, as coisas não têm sido muito favoráveis, sobretudo para os funcionários públicos. Os salários foram cor-tados, o imposto extraordinário criado para o último subsídio de Natal levou metade deste vencimento a todos os trabalhadores do público e privado, e em 2012, a Função Pública viu ainda retirados os subsí-dios de férias e de Natal. Nem mesmo o que parecia ser uma boa notícia – o chumbo do Tribunal Consti-tucional (TC) a que o Governo mantivesse este cor-te nos subsídios para os anos seguintes, consideran-do que essa falta de equidade com o setor privado

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primeiro-ministro, mas na última reunião do Eurogrupo, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, já deu sinais de que Portugal espera algumas melhorias no seu programa aquando da quinta avaliação da troika prevista para agosto. Mesmo em Belém, o Presidente da República, Cavaco Sil-va, mantém a esperança de que Portugal seja beneficiado de ter estado a ser cumpridor com as medidas impostas e os objetivos traçados pela ajuda externa.O futuro não é, ainda assim, risonho. E se 2012 já se tem mostrado um ano muito difícil para as famílias e para as empresas, com a carga fiscal em níveis máximos e a eco-nomia em completa recessão, 2013 não se adivinha me-lhor. Parte do agravamento fiscal sobre as famílias só se irá sentir quando entregarem o próximo IRS, com fortes penalizações e menos deduções. O crédito bancário tem sido bastante escasso, afetando sobretudo as empresas, e não há sinais de que melhore em breve. Os salários estão a ser congelados ou cortados, mesmo no privado, e encher o depósito do carro com combustível ou fazer compras no supermercado promete ser um exercício cada vez mais complicado. Consensos cada vez mais difíceisEspera-se, por isso, um ano em que também a contes-tação social irá aumentar. Professores e médicos já esti-veram nas ruas, mas outras classes e corporações pro-metem não ficar caladas. Também a estabilidade política

e os consensos entre maioria PSD/CDS e PS dão cada vez maiores sinais de rutura. António José Seguro do PS já disse que os consensos são “cada vez mais difíceis” e garantiu que não dá o seu aval a mais nenhuma medida de austeridade. Mas Passos Coelho continua a insistir, aba-nando com o fantasma da imagem negativa que a instabili-dade dá para o exterior e desafiou o PS, no último debate do Estado da Nação, a dar o seu apoio na construção do Orçamento do Estado para 2013. É que no novo exercí-cio orçamental será necessário desenhar novas medidas que permitam compensar o chumbo do TC aos cortes nos subsídios da Função Pública, e seja o que for que seja imposto estará longe de ser uma notícia agradável.Pelo meio e até ao fim do ano, os partidos terão também que se entender na reforma da lei eleitoral autárquica e na transposição da regra de ouro – que impõe um limite ao défice – para a jurisdição portuguesa. E se é certo que Passos já disse que quer que ela seja incluída numa lei de valor reforçado, o entendimento sobre o significado dessa expressão está longe de ser o mesmo para PSD e PS. Mas só essa regra de ouro na lei é que permitirá a Portugal pedir um novo resgate caso as coi-sas corram muito mal e o Governo não consiga cumprir as metas acordadas. Para já, esse cenário é totalmente descartado, mas a conjuntura internacional pode mudar a qualquer momento e os efeitos são incontroláveis para qualquer governo nacional.

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GRANDE ANGULARAlbina Assis Africano

GRANDE ANGULARAlbina Assis Africano

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“ESTÁ NA HORA DE ANGOLA SE DAR A CONHECER AO MUNDO E DE O MUNDO CONHECER ANGOLA”

À semelhança da Expo Japão (2006), da Expo Saragoza (2008) e da Expo Shanghai (2010), a Expo 2012 Yeosu, na Coreia do Sul, conta igualmente com a assinatura e supervisão geral de Albina Assis Africano, como comissária-geral do Pavilhão de Angola. Mulher profundamente culta, perfecionista e líder, foi a primeira a estar à frente da direção da Sonangol e também a primeira mulher ministra dos Petróleos de Angola. Do seu currículo fazem ainda parte os cargos de ministra da Indústria e assessora especial e conselheira nacional do Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos. Defensora convicta dos Direitos Humanos, em particular dos Direitos das Mulheres e das Crianças, Albina Assis Africano conquista tudo e todos, pela sua simpatia, generosidade e simplicidade invulgar.Em jeito de graça e cumplicidade, os amigos gostam de a apelidar “a senhora comissária”, pelo profissionalismo, dedicação e semanas passadas longe de casa, dos amigos e do país.

por Daniela de Carvalho Faria / Eduardo Grilo

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A que outras potencialidades se refere?Como já é sabido, o nosso subsolo é riquíssimo, por isso, a agricultura é uma boa aposta. Também o de-senvolvimento da Indústria, do setor das Pescas e até mesmo do Turismo. Somos um país abençoado, reple-to de potencialidades. Neste momento são precisos projetos de desenvolvimento, investidores com visão e sem receios. Não tenho dúvidas de que Angola é um país com um futuro próspero e compensador.

Essa mensagem está bem patente no Pavi-lhão de Angola, em Yeosu…Sim, está! Foi uma aposta consciente. Quisemos di-vidir a temática central do pavilhão em duas par-tes, respeitando o lema oficial da Expo: as Pessoas e o Oceano. A fachada e o logótipo do nosso pavi-lhão são a imagem desta mensagem: um cardume de peixes coloridos que representam a vida da costa angolana, e as caudas dos peixes são pessoas com os braços erguidos. Uma analogia e uma perfeita sim-biose entre o mar e o povo. No interior, exibimos pequenos documentários da costa angolana, pessoas com atividade profissional ligada ao mar e à sua pro-teção (zona do pre-show). Depois, os nossos visitantes são convidados a assistir a um filme sobre a cultura, a beleza, a fauna e flora da costa angolana (main-show). Esta aposta no audiovisual e na tecnologia interativa é

Como é organizar uma EXPO?É um grande desafio e, simultaneamente, um grande estímulo. Não podemos esquecer que o Pavilhão de Angola representa o próprio país. Se fizermos um mau trabalho, inevitavelmente refletir-se-á na opi-nião pública. Logo não é tarefa fácil.

E porquê essa aposta nas exposições mundiais?As exposições mundiais são uma oportunidade úni-ca de promoção turística, cultural, económica e fi-nanceira. O mundo reunido num só local, através de altos representantes. Há envolvimento a nível de embaixadas, de ministérios, de associações comer-ciais e demais organizações ou instituições. Trata-se de um investimento público com retorno e visibili-dade internacional. Está na hora de Angola se dar a conhecer ao mundo e de o mundo conhecer Angola.

Está a valer a pena esse investimento?Sim, sem dúvida. Estamos todos bastante satisfeitos. Um dos nossos principais objetivos é dar a conhecer a nova Angola a investidores chineses, nesta parte da Ásia (Coreia, Japão). Somos um país com 10 anos de paz, uma economia crescente e estável e dispomos de muitas mais po-tencialidades do que as comummente conhecidas (o petróleo e os diamantes).

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um exemplo claro do progresso de Angola, do acom-panhamento técnico e científico do povo angolano.

Mas também podemos encontrar uma for-te componente tradicional dentro do pa-vilhão…Claro que sim! Angola é cada vez mais tradicional e moderna. Nunca poderemos esquecer as raízes an-golanas, as tradições e hábitos culturais. Daí termos uma galeria de arte com trabalhos de pintura, es-cultura e fotografias de artistas angolanos, uma loja de lembranças com artigos tipicamente angolanos e depois a parte musical e a gastronomia.

A música angolana é muito apreciada na Ásia?Eu atrever-me-ia a dizer que a música angolana é aprecia-da em todo o mundo, pois em todas as Expos realizadas, os nossos espetáculos e músicos são aplaudidos entusias-ticamente. Penso que o ritmo e a dança angolana são con-tagiantes. O nosso restaurante com música ao vivo tem procura durante todo o dia. Somos um povo espontâneo e comunicador por natureza.

O que pensa do tema central da Expo 2012 “Living Oceans and Living Coasts”?Parece-me um excelente tema, não só por ser um alerta significativo e importante, mas pelo facto de

o mar, em si, ser uma riqueza pertencente à humani-dade. Angola tem consciência da necessidade de se proteger o ecossistema. Inúmeros parques e reser-vas naturais têm sido criados e desenvolvidos. Cam-panhas contra a poluição e em defesa do ambiente têm sido fortemente implementadas, e nós, no Pavi-lhão de Angola, lançamos uma campanha de defesa e proteção do Manatim Africano, espécie ameaçada e em vias de extinção que ainda se pode encontrar nas margens dos rios de Angola (em particular o Longa e o Cuanza).O Manatim Africano, a Palanca Negra e a Welwitchia Mirabillis são espécies raras e únicas no mundo, que Angola se pode orgulhar de ter e, como tal, aumenta a sua responsabilidade na preservação, proteção e desenvolvimento das mesmas.

Que planos tem para o futuro?A título particular, pretendo estar mais tempo com a minha família, filhos e netos, que têm sofrido bas-tante com a minha assídua ausência. A nível profis-sional, desejo poder continuar a ser útil ao meu país, fazendo sempre mais e melhor. Continuar a defender e promover Angola pelo mundo, mostrando que so-mos cada vez mais uma economia emergente forte, credível e capaz. Só vejo o futuro a caminho do pro-gresso, da paz e do desenvolvimento.

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GRANDE ANGULARAlbina Assis Africano

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Participação angolana caraterizada pelo sucessoO Pavilhão de Angola tem sido dos mais visitados e felici-tados da Expo 2012. A fachada atraente, interativa e mul-ticolorida, tem despertado curiosidade aos milhares de coreanos e turistas que afluem diariamente ao recinto da Expo. “O Pavilhão de Angola tem bonitas imagens e docu-mentários. Ficamos a conhecer melhor Angola e aumenta a curiosidade de conhecer pessoalmente o país”, refere Yun-seon, uma jovem universitária de Seoul. “Eu gostei bastante do restaurante e da música ao vivo. Também gostei muito do catálogo oficial do pavilhão, apresentado em forma de gota. Achei uma ideia muito original e bastante adequada ao tema dos Oceanos; tudo o que oferecem ao público é de extremo bom gosto”, afirma Andrew Lee, um professor de Economia.As longas filas de espera são uma confirmação óbvia dos diversos depoimentos locais que reiteram a popularidade e o sucesso do pavilhão angolano.A Comissária Nacional para a Expo 2012, Albina Assis Africano, não esconde o seu orgulho e satisfação face aos resultados: “é gratificante ver o nosso trabalho e esforço reconhecidos publicamente, dá-nos motivação e confiança para sermos cada vez melhores”. O maior canal televisivo privado da Coreia do Sul – KBS –, no programa Live Show, dedicou um exclusivo ao pavilhão, com destaque para a música e gastronomia angolana. Os chefs de cozinha do restaurante, Mufete Francisco Borges e David Bravo, participaram no concurso internacional de gastronomia que decorreu de 12 de junho a 31 de julho, promovido pelo Pavilhão da Espanha e que conta com a participação de 13 chefs de diferentes países.A beleza da mulher angolana também é notícia, e quatro assistentes do pavilhão foram convidadas a desfilar no Pa-vilhão da República Democrática do Congo, durante o seu Dia Nacional (9 de junho). A estilista congolesa Carine Pala Wenge exibiu a coleção Et Dieu a crée la femme e elogiou o profissionalismo das assistentes. Já num outro evento ligado à moda – a eleição da Miss Coreia 2012, realizada na pro-víncia de Guangju, próxima de Yeosu –, foram convidados a assistir o diretor do pavilhão, Santos Virgílio, acompanhado pela deputada angolana Maria Vahekeni do Rosário, o admi-nistrador do Porto de Luanda, Justino Fernandes, e o diretor do INAC de Cabinda, Alberto Fundi, que se encontravam em visita à Expo, para as comemorações do Dia Internacional da Criança, promovidas pelo Pavilhão de Angola.

EXPO 2012 Yeosu CoreiaA República da Coreia do Sul encontra-se engalanada e vibrante com o seu mais recente desafio: a inauguração da Expo Mundial 2012, na cidade portuária de Yeosu. Esta can-didatura foi a feliz vencedora e deixou para trás a candida-tura de Wroclaw (Polónia) e a de Tânger (Marrocos).Yeosu é uma cidade portuária com cerca de 300 mil ha-bitantes localizada no Sul da Coreia e a 450 km de Seoul. O recinto da exposição é um espaço com mais de 250 mil metros quadrados junto ao mar, onde diversas estruturas metálicas e edifícios foram construídos de raiz para o efeito. A exposição decorre entre os dias 12 de maio e 12 de agosto de 2012 e tem como tema ”O Oceano e a Costa Vi-vos: diversidade de recursos e atividades sustentáveis”, que destaca a importância do oceano e da costa, bem como transmite a vontade do ser humano, de conviver e de se desenvolver harmoniosamente com a Terra, com a vida e com o sistema ecológico. A inauguração oficial da Expo 2012 ocorreu na noite de 11 de maio e contou com a presença do Presidente sul-corea-no, Lee Myung-bak, do secretário-geral do Bureau Interna-tional des Expositions (BIE), Vicente Gonzalez Loscertales, e mais de duas mil personalidades internacionais convida-das para o efeito. O governo angolano fez-se representar pelo ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti. Já em visita ao recinto da Expo, o ministro Georges Chikoti enalteceu o trabalho da comissária-geral, pelo excelente pavilhão que Angola apresenta na Expo 2012. Neste evento mundial participam 104 países e 10 organi-zações, como as Nações Unidas, que vão apresentar pro-dutos e iniciativas culturais e tecnológicas. A organização da Expo salienta que esta é a edição com maior número de robôs. O destaque vai para o robô sul-coreano NAVI, com seis metros e meio de altura, uma espécie de robô-peixe que realiza prospeção de recursos marítimos sem agredir o meio ambiente e tem por missão conduzir os cardumes para longe dos desastres ecológicos. No Pavilhão da China, po-demos encontrar os robôs dançantes; no Pavilhão nipónico, robôs jogadores de futebol. O robô francês NAO interage com o público e contribui para o desenvolvimento de crian-ças autistas. Estes são alguns dos exemplos que podemos encontrar a par da deslumbrante Galeria Digital, numa das arcadas centrais da Expo. Os organizadores esperam cerca de 10 milhões de visitantes neste evento que reúne todas as condições para ser um estrondoso sucesso internacional.

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“EM PORTUGAL PRATICA-SE UMA ENDÉMICADEPENDÊNCIA DO ESTADO”Empreendedor e muito confiante, Pedro Baltazar assume-se como um dos empresários portugueses que mais sucesso alcançou. Com participação em várias empresas, a sua aposta recai, em especial, na Nova Expressão, uma agência de comunicação que depois se tornou numa agência de meios.Apostando, sobretudo, em produtos portugueses e acreditando que é necessário libertarmo-nos da “endémica dependência do Estado”, Pedro Baltazar afirma, em entrevista à FRONTLINE, que “os empresários portugueses devem arriscar mais, estar atentos às oportunidades e procurar novos mercados”. Para ele, esta é a fórmula do sucesso.

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Como surgiu a sua vocação empresarial?Cresci numa família de classe média, com muitos ir-mãos, mas onde me foi inculcado o gosto pela leitura e a liberdade para ousar. Cedo comecei a trabalhar para poder pagar as minhas despesas e levar a vida que pretendia. Comecei como comercial, tive opor-tunidade de viver e trabalhar em Itália e nos Estados Unidos, entretanto fundei a Nova Expressão, que era, no início, uma agência de comunicação e depois evo-luiu para uma agência de meios. Atendendo à crise existente, qual a manei-ra de os empresários portugueses a ultra-passarem?Em Portugal pratica-se uma endémica dependência do Estado. Falta cultura de empreendedorismo. Joga-se à espera do investimento público e há pouca capacidade de inovar e ousar. Os empresários portugueses devem arriscar mais, estar atentos às oportunidades e procu-rar novos mercados. Há áreas que podem ser mais exploradas?Cultura e Turismo são duas áreas vitais para o desen-volvimento de Portugal e para a criação de emprego.

Depois, devemos ter bons clusters que, devidamente promovidos com diplomacia económica, podem ser importantes para a nossa economia. Um país sem economia não se consegue desenvolver. Devemos apostar em produtos de qualidade e inovação, ten-do em vista o mercado de exportação. Tem havido mais Finanças do que Economia. Há uma altura em que isso tem de acontecer, mas a economia real não pode ser esquecida. É conhecido por ser um empresário que aposta em marcas portuguesas com capa-cidade de exportação...É um facto que a holding Nova Expressão SGPS, onde estão integrados os meus investimentos, tem diversas participações em marcas portuguesas e de produtos portugueses. É uma opção minha desde há muitos anos. Julgo que é o contributo que posso di-retamente dar à nossa economia. É uma espécie de patriotismo económico. Temos de ter orgulho nas nossas marcas e nos nossos produtos. Já se dizia que o que é “nacional é bom”, logo, os empresários de-vem estar disponíveis para essa missão, ajudando a economia portuguesa.

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criação de diversas novas áreas. Por outro lado, não deixo de dizer que tanto na publicidade como na co-municação há ainda muito trabalho a fazer, explicando as mais-valias da sua atividade. Quando há crise, as empresas têm a tendência de cor-tar “gorduras” e a primeira coisa que, habitualmente, fazem é cortar na publicidade e na comunicação. Julgo que fazem mal. Uma empresa com menos marketing, publicidade e comunicação pode perder o seu valor de marca, estas áreas não podem ser vistas como gor-duras mas sim como investimentos vitais para o posi-cionamento e valor das marcas. Falou de novas áreas da Nova Expressão...Por exemplo, e no seguimento do que anteriormente disse, lançámos a Nova Expressão Turismo. Uma área de atividade onde já temos investimento significativo e queremos aumentar. Portugal é um país atrativo, com um clima e gastronomia fantásticos, com uma cultura de séculos, e que cada vez mais tem aparecido como dos melhores destinos do mundo, em vários meios de comunicação internacionais. Cabe aos operadores desta área promover os seus negócios e as suas mar-cas. A Nova Expressão, até pela ligação à Colombus

Daí a sua aposta na INAPA?Sim, a INAPA é uma empresa interessante, onde dete-nho uma participação superior a 5% do capital. É uma empresa portuguesa, de grande volume de faturação e de forte componente de exportação. É uma empresa atrativa para os investidores e onde tenho interesse em alargar a minha participação. Mas a base do seu negócio continua a ser a Nova Expressão?Sem dúvida. O ano passado faturou cerca de 16 milhões de euros e, apesar da crise, espero que cresça para os 17 milhões. É uma agência de meios de referência, com um lastro de grande experiência e profissionalismo, sendo hoje a maior agência portuguesa do setor. Traba-lha os diversos campos dos media, dos tradicionais aos novos digitais, com uma equipa muito forte e com uma vocação de proximidade com o cliente. Em tempos de crise, as empresas cortam os seus investimentos em publicidade e comu-nicação. Não se ressente com isso?É um facto que há maiores dificuldades por parte dos clientes, mas temos apostado em new business e na

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Media International – a maior rede independente de agências de meios do mundo –, tem a capacidade de colocar e promover o turismo português nos melho-res meios. E com o bom trabalho do Turismo de Por-tugal e do turismo de diversas regiões, temos capaci-dade de alavancar este setor de atividade ainda mais. Investiu agora no Sunlover...É um produto português, criado por portugueses, do qual já sou consumidor. É uma bebida que pode ter capacidade de exportação e de criação de marca. É um investimento que fiz, tal como estou disponível para investir noutras marcas portuguesas. Está presente na organização LIDE (Grupo de Líderes Empresariais), com forte ligação ao universo lusófono...Lidero a área de desporto do LIDE, uma plataforma de networking com a lusofonia que envolve uma série de conhe-cidos empresários portugueses, que estamos a desenvolver. A lusofonia é um campo de atuação privilegiado para os empresários portugueses, um mercado que não podemos descurar. Aliás, devemos potenciar essa li-gação, essa união através da língua, para os negócios. As marcas lusófonas estão a desenvolver-se e precisam de mais promoção, tal como os portugueses precisam

desse mercado, é uma relação onde ambos têm a ganhar. Na área do desporto, um dos meus objetivos é que haja mais atletas lusófonos nas Olimpíadas de 2016 que se realizam no Brasil. E como vê o seu Sporting?O Sporting é uma paixão, um amor infinito, que me fez andar milhares de quilómetros sempre a apoiar. O Sporting está num momento difícil. Para lá das di-ficuldades financeiras, vive uma crise moral e de falta de liderança. Tem uma direção fraca, desunida e sem estratégia, que gere o clube ao dia e ao tostão. Julgo que tem desiludido – e também a liderança da SAD – a maior parte dos sportinguistas. Voltará a candidatar-se?Não tenho pensado nisso. Há uma direção com três anos de mandato, mas estou sempre disponível para ajudar o Sporting. Aliás, no meu escritório, atrás da minha cadeira, está uma camisola do Sporting com o meu nome. Está ali pronta a ser vestida. Tenho sau-dades do Sporting como uma potência desportiva pujante, nenhum sportinguista gosta deste momento. Queremos vitórias e títulos. Tenho-os tido na minha vida empresarial, gostava que o meu clube também me desse essas alegrias.

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O QUE É QUE TÊM EM COMUM SOPHIA LOREN E GÉRARD DEPARDIEU? MSC DIVINA

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O QUE É QUE TÊM EM COMUM SOPHIA LOREN E GÉRARD DEPARDIEU? MSC DIVINA

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Personificando o estilo mediterrânico, o MSC Divina foi inaugurado numa cerimónia no porto francês de Marselha. A atriz Sophia Loren, madrinha daquele que é o 12.º navio da companhia italiana MSC Cruzeiros, esteve sempre acompanhada por Gérard Depardieu, que desempenhou as funções de mestre de cerimónias. Sob o tema “Med with passion”, a festa de batismo do MSC Divina contou com algumas das mais ilustres personalidades da sociedade italiana e francesa, desde artistas a administradores de topo da companhia.

por Ana Laia

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O porto de Marselha deu, recentemente, as boas-vindas ao mais novo navio da frota MSC Cru-zeiros, o MSC Divina. Perante milhares de convidados, a atriz italiana Sophia Loren, madrinha de toda a fro-ta da MSC Cruzeiros, interveio num dos pontos mais altos de toda a cerimónia de inauguração: o corte da fita e o partir da garrafa de champanhe no casco do navio. A acompanhá-la esteve sempre o ator fran-cês Gérard Depardieu, que foi mestre de cerimónias, para além da presença do presidente da companhia Gianluigi Aponte, do CEO Pierfrancesco Vago e do comandante Giuliano Bossi.No decorrer da cerimónia, os presentes assistiram a um espetáculo protagonizado pelo cantor, pianista e compositor italiano Paolo Conte, que, sob fortes influências de jazz e blues, encantou com as suas mais famosas músicas, como “Via con me”, “Un gelato al limon”, “Sotto le stelle del Jazz” e “Sparring Partner”.

Teve ainda lugar uma apresentação do esquadrão Brietling Team e um espetáculo de fogo de artifício. Atributos invejáveisA caminho do jantar de gala, que decorreu a bordo, os convidados tiveram oportunidade de descobrir o MSC Divina por dentro. Considerado um dos navios mais luxuosos de toda a frota, tem 333 metros de comprimento, 38 metros de largura, 140 mil toneladas, 18 decks e capacida-de para 4345 hóspedes. Em termos de velocidade, pode atingir até 23 nós. O projeto de construção, que esteve a cargo do estaleiro STX, revela um navio elegante, que demorou mais de 3 milhões de horas a ser construído. Sophia Loren não só foi a madrinha da embarcação, como também serviu de inspiração à decoração de uma das cabines. Assim, o hóspede que tiver o privi-

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légio de se alojar na suíte número 16007, no deck 16, poderá viver o glamour de um ambiente elaborado com a ajuda da atriz. Em jeito de homenagem à diva, a biblioteca da MSC Yatch Club conta com uma seleção de 20 títulos favori-tos de Sophia Loren, de modo a que todos os hóspedes tenham acesso às suas preferências.Partindo à descoberta das zonas públicas, destaque para a Piazza del Doge, inspirada no estilo gótico do palácio Ca’ d’Oro, a joia da arquitetura gótica do Grande Canal em Veneza. Com as suas janelas ele-gantemente esculpidas, pináculos exóticos e obra de talha, procura reproduzir a típica piazzetta veneziana com materiais mais modernos, enquanto o piso re-produz com precisão o típico campiello – pátio italia-no. O bar, a joalharia Il Gioiello e o coreto central têm também um toque veneziano que dá continuidade e conjuga harmoniosamente todo o espaço.

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Outra das grandes atrações do MSC Divina é a Gar-den Pool, uma piscina “infinita” com um design mi-nimalista e elegante, que possui na área envolvente chuveiros em aço, cadeiras em teca e mosaico azul e roxo. Tampas em vidro prateado enriquecem algumas superfícies e as quatro “esculturas sonorizadas”, es-pecialmente desenhadas e concebidas pelo De Jorio Design International, enviam sons naturais do vento, cascatas e pássaros por toda esta área zen.

Em estado zenCom uma nova e sofisticada gama de tratamentos de bem-estar e beleza, o MSC Aurea Spa é um paraíso oriental, com vistas extraordinárias sobre o mar. Com 1700 metros quadrados, este espaço convida os passa-geiros a criarem o seu caminho pessoal para a saúde, bem-estar e beleza, graças aos óleos essenciais, às suaves luzes das velas e à decoração moderna e exótica combi-nada com pedras naturais, madeira e mosaicos.

A zona termal do spa, que conta com banho turco, sauna, banheiras de hidromassagem e sala de relaxa-mento, é um verdadeiro refúgio de paz e tranquili-dade, onde é possível restaurar a harmonia natural enquanto se decide qual o maravilhoso tratamento a fazer antes de regressar à vida a bordo. Com base nas mais recentes pesquisas, existem 21 tipos de massagens – desde o shiatsu às massagens tailan-desas –, 13 tratamentos corporais – desde esfoliação e talassoterapia a tratamentos com pedras quentes – e ainda oito tratamentos faciais.

Partir à aventuraDepois da magnífica comemoração, o transatlântico iniciou sua viagem inaugural. Os passageiros puderam então usufruir de um cruzeiro de seis noites com visi-tas ao litoral da França, Itália, Malta e Croácia. No futuro, os roteiros do MSC Divina incluem tam-bém Grécia e Turquia.

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“UM HOTEL DE CHARME, COM UMA ALMA MUITO PARTICULAR”

REID’S PALACE

Com mais de 120 anos de história, o Reid’s Palace é um dos hotéis mais conceituados da Madeira. Ulisses Marreiros, o seu diretor-geral, acredita que o que distingue esta unidade “são as pessoas”, e prova disso é o facto de a taxa dos clientes que voltam ser superior a 50 por cento.Segundo o diretor-geral, a grande aposta é “servir bem todas as pessoas com quem interagimos e com quem temos alguma relação”. Talvez por isto o Reid’s Palace esteja entre os hotéis eleitos pelas famílias que visitam a ilha.

por Nuno Carneiro

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Como descreve o hotel Reid’s Palace? Qual o seu conceito?O hotel Reid’s Palace é uma unidade de cinco estrelas localizada na Madeira, a chamada Pérola do Atlântico. Conta com 163 unidades de alojamento, seis restauran-tes e uma fantástica zona de piscina. É um hotel de resort, embora fique localizado na cidade do Funchal, e as famílias escolhem-no para passarem lon-gas temporadas. É um hotel de charme, com uma alma muito particular.

O que distingue esta unidade hoteleira das outras existentes na Madeira?As pessoas, a localização e o facto de ser, neste momen-to, um dos ex-líbris do turismo aqui na Madeira. Não tenho dúvidas de que já o é há mais de 120 anos, mas nunca nos podemos sentar nos louros do passado, ou seja, temos de tentar sempre almejar mais e melhor. Quanto a mim, o que faz realmente aqui uma grande di-ferença – aqui e em qualquer unidade hoteleira – são as pessoas. Nós temos uma taxa de clientes repetidos su-perior a 50%, e temos uma taxa de resposta aos nossos questionários off line de quase 40%, e mais de metade dessas pessoas dizem, claramente, que a razão pela qual voltam é porque se sentem muito bem aqui na Madeira e no Reid’s Palace e gostam muito do nosso pessoal.

Quais são as principais apostas do Reid’s Palace?A principal aposta é, realmente, servir bem todas as pes-soas com quem interagimos e com quem temos alguma relação, seja com os nossos fornecedores, com os tour operadores, com a imprensa, com os consumidores fi-nais, o nosso intuito é que todas as pessoas que intera-gem connosco saiam daqui bem impressionadas.

Este é um negócio que tem de ser, de alguma maneira, rentabilizado, e olhamos as várias ações que temos não como um fim, mas como um meio para chegar aos re-sultados que são esperados de uma cadeia internacional.

Como é ser diretor-geral num hotel com a chancela Orient-Express? Quais as principais dificuldades? E vantagens?É muito bom, pelo menos na parte que me toca. Esta é também a minha primeira experiência como diretor--geral e é muito bom trabalhar numa companhia como a Orient-Express, que nos últimos três anos tem esta-do com uma dinâmica muito forte, em várias áreas. No que concerne ao marketing e às vendas, apenas no final deste ano é que o consumidor final vai começar a ver o esforço que estamos a fazer em todo o branding, por-que começámos de dentro para fora, ou seja, passando primeiro a mensagem dos valores da companhia, da au-tenticidade, da descoberta, dos pequenos encantos das personagens que trabalham aqui no hotel. Esses valores são muito importantes para a companhia e tentámos sedimentá-los bem dentro das pessoas que trabalham connosco. Este processo culminou, no início do mês de março, com o lançamento de uma campanha on-li-ne, e no final deste ano vamos entrar fortemente com a nossa nova dinâmica a nível de marketing e vendas. Além disso, a própria companhia tem estado numa grande transformação, numa verdadeira revolução, a nível, por exemplo, dos recursos humanos. Estamos a fazer o que de mais avançado existe neste momento, com softwares como o Talent Tolbox, que ajuda no de-senvolvimento de carreiras, com inquéritos de satisfa-ção on-line dos empregados do hotel. Tudo isso acaba por ser muito interessante.

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Foi o primeiro diretor-geral português deste hotel, a que acha que se deve esta honra?Ser o primeiro diretor-geral português deste hotel não é, na minha ótica, uma honra por aí além…

A verdade é que nunca antes tinham escolhi-do um português…Ser o diretor-geral deste hotel, isso sim, é uma grande honra, independentemente da nacionalidade. Eu vejo a minha profissão, enquanto hoteleiro, de uma forma muito global, mas considero que ser diretor-geral nes-te hotel é realmente uma honra e eu tive essa sorte...

Sorte não foi…Foi mérito também, certamente, muito trabalho, em-penho e dedicação, mas também alguma sorte. O que para mim é verdadeiramente uma honra é ser o dire-tor-geral do Reid’s Palace e liderar uma equipa de mais de 200 pessoas – somos 216 – que é fantástica.

Qual o perfil do vosso cliente? Nós temos aqui um mix muito interessante, e a verdade é que o próprio perfil do cliente, aqui na Madeira, mudou ao longo dos últimos 10 anos. Temos, durante esta época do

ano, muitas famílias no hotel, e algumas delas já nos visitam há muitos anos. Durante o inverno, temos aquele cliente mais tradicional e que será mais conotado com o Reid’s, a geração 85 Plus, que é uma imagem ainda muito vincada em alguns mercados. Creio que essa ideia tem vindo a mudar, mas em alguns mercados continua muito marcada. A nível do mix de clientes, o nosso principal mercado são os ingleses – temos cerca de 40% do mercado inglês –, o segundo mercado é o alemão – neste momento terá um peso na ordem dos 18% – e o mercado suíço é o que ocupa a terceira posição.

Quais são as principais atividades promovi-das pelo hotel? Quais as mais procuradas pe-los hóspedes?Uma vez que a estadia média dos nossos clientes é de uma semana, o hotel desenvolve, semanalmente, um pro-grama que muda sazonalmente. Este conta com diferentes atividades, como por exemplo a visita à Fajã dos Padres. Para o inverno, estamos a preparar uma visita a uma fábri-ca de queijos. Temos também excursões individualizadas e tailor-made para os nossos hóspedes, caminhadas em levadas, provas de vinhos, aulas de português, hidroginás-tica, ioga, pilates, entre outras opções direcionadas exclu-sivamente para os nossos hóspedes.

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mulado do ano, mas estamos à espera de ficar sensivelmente nos mesmos valores do ano passado. Estamos à espera de alguma recuperação no último semestre do ano.O nosso preço médio está um pouco à parte do que se passa no resto do país, isto porque estamos a falar de um preço mé-dio na ordem dos 330 euros, bastante saudável e sustentado.

O Reid’s comemorou, no ano passado, 120 anos, o que podemos esperar, no futuro, do Reid’s Palace?Mais 120 anos com muitas festas, alegria, muitas famí-lias a comemorarem aqui aniversários, aniversários de casamento… As pessoas sentem-se muito bem aqui, e eu, enquanto diretor-geral, sinto-me bem aqui. É ótimo perceber que o feedback que temos da maior parte dos hóspedes seja dos questionários respondidos, dos co-mentários no Trip Advisor ou nas nossas redes sociais. São muito bons e até comoventes.

Na sua opinião, as redes sociais e a Internet são um meio privilegiado para promover as empresas ligadas ao turismo?Sem dúvida. Nós fomos o primeiro hotel da Orient-Ex-press a ter uma página no Facebook e a dinamizá-la de

Relativamente a eventos, o Reid’s Palace tem todas as semanas várias propostas, como o Jantar Dançante, os buffets aos fins de semana, etc. Ao longo do ano, temos também algumas datas marcantes, uma vez que, aprovei-tando a celebração dos 120 anos do hotel, criámos uma série de eventos aos quais damos um pouco mais de destaque. Este ano tivemos dois novos eventos, e corre-ram tão bem que tivemos uma pressão bastante grande para os voltar a fazer no próximo ano. Falo do Madeira Film Festival e do Reid’s Classic Auto Show, que teve lugar no fim de semana da Festa da Flor.Quis também institucionalizar uma Festa de Verão que teria um tema diferente todos os anos, mas conseguiram convencer-me e voltámos a ter este ano a Festa Branca.

Qual foi a taxa de ocupação média no ano passado? No ano passado, a nossa taxa de ocupação média ficou abaixo dos 50%, mesmo com um consideravel crescimento em relação a 2010.

Que resultados esperam atingir este ano?Este ano estávamos à espera da continuação de um cresci-mento. Neste momento, vamos cerca de 2% abaixo no acu-

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maneira forte. Estamos muito ativos também no Twitter, no Pinterest, ou seja, estamos praticamente em todas as redes sociais existentes. Embora tenhamos uma clientela especialmente de inverno, que se pensaria que não usaria as novas tecnologias, posso garantir-vos que temos clien-tes com 85 anos que nos chegam aqui de iPad na mão e que nos seguem no Facebook.É um meio que tentámos privilegiar e que acaba por ter algum efeito viral. Fomos também o primeiro hotel da Orient-Express – que conta neste momento com 46 uni-dades de negócio – a ter uma aplicação para smartphones, nos dois sistemas mais utilizados, o Android e o IOS.

Que marca pretende deixar no Reid’s Palace?Pretendo deixar uma marca de grande alegria e de gran-de entusiasmo em todas as pessoas que aqui passam e que aqui trabalham, de modo a que nos possam reco-mendar a todos os seus amigos e familiares.Acredito que a principal marca é aquela que o Reid’s Palace vai deixar em mim.

PRIMEIRA PESSOA ULISSES MARREIROS

Viagem inesquecívelMaldivas

Hotel de sonho Reid’s Palace

Restaurante preferido O Fialho, em Tavira

Carro de sonho A sonhar de dia, o meu Audi A4, a sonhar à noite, Aston Martin DB5

Livro que tenha lido mais do que uma vez Nunca li um livro mais do que uma vez

Teatro ou cinema Teatro

Poema da sua vida A Mensagem, de Fernando Pessoa

Um lema Mais e melhor

Férias na praia ou na cidadePraia

Cidade da sua infância Faro

Tem saudades de... Comer um belo peixe assado na casa do Algarve do Tio Zé

Viveu tudo o que queria? Ainda não

Figura pública que admiraRichard Branson

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TOP HOTÉISMadeira

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Se tem alguns dias de férias e ainda não decidiu para onde ir, rume até à Madeira e escolha um dos muitos hotéis existentes na ilha. Para o ajudar, apresentamos-lhe uma seleção daquelas que são, para nós, algumas das melhores unidades hoteleiras da região autónoma.

NO MEIO DO OCEANO

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REID’S PALACE HOTELErguendo-se, altivo, no topo de uma falésia com vista sobre o Atlântico e a baía do Funchal, o clássico Reid’s Palace estende-se por mais de quatro hectares de um jardim onde predominam vinhas, hibiscus e sálvias, que lhe conferem uma paisagem um pouco tropical. A unida-de conta com um total de 163 quartos, sendo que cada qual foi decorado indivi-dualmente em tons pastel, num registo tradicional e verdadeiramente acolhe-dor. Consoante a sua localização, a vista pode ser sobre o mar, os jardins ou a baía do Funchal.A restauração no Reid’s Palace é variada e apresenta menus que satisfazem todos os gostos. Durante a tarde é impossível resistir à riqueza do chá, um costume

tipicamente inglês, acompanhado de sco-nes com manteiga, bolos deliciosos e ser-vido em louça Vista Alegre. Ao som das águas tranquilas da Madeira, experiencia-se o luxo de se ser mimado e de uma rendição absoluta à intempo-ralidade, tudo isto no Reid’s Palace Spa. Cada sala de tratamento no spa destina--se a criar momentos de rejuvenesci-mento do rosto, do corpo e consequen-temente da alma, com uma paisagem de fundo relaxante como o mar. A zona de balneários é dividida em espaços femini-no e masculino, abrangendo ainda a sau-na seca e a vapor. Existem tratamentos de assinatura e de serviço, com marcas como La Prairie, La Stone, Ytsara e Aro-matherapy Associates.

Fundado por William Reid e inaugurado em 1891, o Reids Palace transmite uma agradável fusão entre o conforto con-temporâneo e a elegância que apresenta. Recorda, em pequenos detalhes, a era co-nhecida por Belle Époque, em que a arte tomou novas formas, como o Impressio-nismo e a Art Nouveau. Este hotel, que alia a beleza da vegetação a um ambiente tranquilo, torna-se assim verdadeiramen-te mágico e com muito charme.O estilo tradicional britânico constitui uma das características inerentes que definem o Reid’s Palace Hotel, que foi, no passado, uma importante referência perante a alta aristocracia do Reino Unido, em que o Raffles, de Singapu-ra, e o Shepheard’s, do Cairo, eram os parceiros mais próximos. Hoje em dia, faz parte da Orient-Express, o que se traduz numa grande projeção.

REID’S PALACE HOTEL Estrada Monumental, 139, 9000-098 Funchal – Madeira | Tel. 291 717 171 | Website www.reidspalace.com

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ESTALAGEM QUINTA DA CASA BRANCAProporcionando aos seus hóspedes expe-riências verdadeiramente inesquecíveis, a Estalagem Quinta da Casa Branca, no Fun-chal, é o recanto procurado por aqueles que apreciam alguns dias de tranquilidade e proximidade com a Natureza.Escondida num jardim vasto, exuberante e colorido, a Quinta da Casa Branca, embora com traços modernos, tem já uma longa his-tória para contar. Em meados do século XIX, quando plantou vinha e bananeiras, a família Leacock não tinha ideia de que algum tempo depois se tornaria um dos principais produ-tores de vinho da Madeira. Deste passado es-sencialmente ligado à agricultura e ao vinho, e depois da proposta de um arquiteto amigo para criar um hotel único na região, nasceu a Quinta da Casa Branca. Em 1998 foi inaugu-rado o primeiro edifício e, em 2002, foram construídos mais quartos. De modo a criar algum contraste entre ex-terior e interior, a designer responsável pela decoração optou por um alojamento con-temporâneo sem ser minimalista, com re-curso a materiais e cores que geraram uma

atmosfera acolhedora. Os móveis, tal como os armários, foram especialmente desenha-dos para o hotel.Os 43 quartos existentes dispõem de ter-raço privado (alguns no piso térreo), que se abre para um luxuriante jardim de 1,2 hec-tares, famoso pela riqueza e diversidade das árvores e plantas tropicais importadas de todo o mundo.O restaurante Casa da Quinta é uma refe-rência na ilha da Madeira. Situado no edifí-cio mais antigo da quinta, que remonta ao século XIX, oferece um serviço inovador e cuidado, à la carte, num ambiente clássico e confortável. Com salas de jantar no interior e ao ar livre, aposta numa gastronomia cria-tiva mas muito contemporânea.Junto à piscina do hotel fica o restaurante Pavilhão de Jardim, um edifício moderno, construído integralmente em madeira e mármore. Graças à magnífica vegetação en-volvente e ao seu serviço informal, apresen-ta-se como um espaço sereno e calmo, onde simplesmente apetece estar e desfrutar de um ótimo pequeno-almoço.

Membro dos Small Luxury Hotels of the World desde 2003, este é um boutique hotel construído no cora-ção de um jardim botânico, perto do centro do Funchal, numa antiga propriedade madeirense e longe da agitação da cidade.Com Isabel Ferraz, uma luso-fran-cesa, a geri-lo, este hotel de cinco estrelas sobressai pelo seu estilo arquitetónico avant-garde, tendo sido o primeiro a ser distinguido na Madeira pela sua arquitetura ar-rojada e inovadora, com o prémio “Arquitetura da Cidade do Fun-chal”, em 1999.

ESTALAGEM QUINTA DA CASA BRANCARua da Casa Branca, 5 e 7, 9000-088 Funchal – Madeira | Tel. 291 700 770 | Website www.quintacasabranca.pt

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THE CLIFF BAY

The Spa at Cliff Bay é um dos melhores do seu género. Na sua essência está a criação de uma sinergia entre o corpo e a mente, para a qual contribuem os trata-mentos personalizados e ajustados a cada caso, que ajudam a combater o stress da vida moderna. The Spa at Cliff Bay elegeu produtos e tratamentos ESPA que possibilitam uma sensação de descontração total e sublime bem-estar. Oferece também um espaço para tratamentos de relaxamento dedi-cados aos casais. Em ambiente romântico, à luz das velas e com fragrâncias à escolha, é possível experimentar um tratamento de spa a dois.

Localizado sobre um promontório natural, na Estrada Monumental, o hotel The Cliff Bay tem o oceano Atlântico a seus pés. Os jardins que o rodeiam contam com inúme-ros recantos e palmeiras seculares, que se estendem até ao limite da falésia. A com-pletar o quadro está a magnífica vista para a baía da cidade do Funchal.Nesta unidade, que é o ex-líbris dos Porto Bay Hotéis & Resorts, todos os porme-nores foram cuidadosamente pensados para garantir uma genuína tranquilidade, bem-estar e requinte. A proximidade do mar, as vistas deslumbrantes, a qualidade do spa e os sabores requintados tornam o The Cliff Bay um produto de excelência.Em termos de facilidades, destaque para o acesso direto e privado ao mar, três res-taurantes, quatro bares, piscina exterior de

água salgada, piscina interior/exterior aque-cida, centro de mergulho (SCUBA), espaço chill-out (à beira-mar), miradouros sobre a baía dos Piratas e sobre o Funchal, spa, ga-zebo para massagens no exterior, campo de ténis, ténis de mesa, ginásio, sala de snooker, sala de recreio para crianças, biblioteca e sala de jogos, jacuzzi, banho turco, sauna e ainda quatro salas de conferências. O mais influente guia de restaurantes do mundo, o Guia Michelin, cotou com uma estrela o Il Gallo d’Oro (a primeira e a única conquistada até à data pela Madeira), restaurante gourmet do The Cliff Bay sob a égide do chef Benoît Sinthon.É por estes detalhes especiais que o The Cliff Bay cria uma relação próxima com os clientes, tendo o prazer de saudar de novo um em cada três.

HOTEL THE CLIFF BAY Estrada Monumental, 147, 9004-532 Funchal – Madeira | Tel. 291 707 700 | Website www.portobay.com

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CS MADEIRA ATLANTIC RESORT & SEA SPA É na costa sul da ilha que se encontra o CS Madeira Atlantic Resort & Sea SPA, um hotel de cinco estrelas que beneficia de uma exclusiva localização sobre o mar. A unidade foi concebida num estilo con-temporâneo, com 300 acomodações espa-çosas e modernas e varandas com vista para o mar e para luxuriantes jardins pro-jetados ao pormenor.O resort dispõe de um Sea SPA, com uma vasta gama de tratamentos e terapias de inspiração marítima. Quanto a restaurantes, servem especiali-dades locais e internacionais, numa atmos-fera de requinte. Os bares oferecem os mais diversos ambientes – de um calmo e relaxante piano bar ao típico pub Irlandês – de modo a agradar a todos os clientes.Tanto nos bares como nos restaurantes, a animação tem sempre presença mar-cada com música ao vivo. Por todo o ho-tel descobrem-se também diversas áreas

lounge, que convidam a uma pausa mais relaxante e contemplativa.Envolvido pela elegância e rodeado por água, o CS Atlantic Club Sea Spa propor-ciona experiências relaxantes sob a forma de tratamentos e programas tão magnífi-cos como a vista.No Atlantic Club Sea SPA, com 2200 me-tros quadrados, existem várias áreas de-dicadas ao lazer e à saúde, para momen-tos únicos de relaxamento. Uma zona húmida e uma zona seca, num total de 14 gabinetes de tratamentos e estética, zonas de relaxamento e massagens, inte-riores e exteriores, servem de comple-mento à área com piscina, jacuzzi, sauna, banho turco, duche de contraste, duche Vichy e duche escocês. A tudo isto acres-ce o lounge Zen, uma estação de chás e maçãs, onde podem também ser tomadas refeições ligeiras, diversos tipos de águas e sumos naturais.

No CS Madeira Atlantic Resort & Sea SPA, a distância que separa os negócios do lazer pode ser tão ténue como a linha que define o horizonte visível para lá das pisci-nas e do oceano. Ali, os negócios acontecem em sete salas amplas e multifuncionais, preparadas para responder às necessidades mais es-pecíficas. No conjunto, os visitantes podem contar com mais de 2 mil metros quadrados disponíveis.Na ponte entre trabalho e lazer, o hotel oferece ainda a possibilidade de alojamento num dos dois edifícios existentes e, naturalmente, para além do check-in e check-out privados, a uti-lização dos vários restaurantes, bares, esplanadas e jardins para a realiza-ção de cocktails, pequenos-almoços, coffee-breaks e refeições.

CS MADEIRA ATLANTIC RESORT & SEA SPAEstrada Monumental, 175-177, 9000-100 Funchal – Madeira | Tel. 291 717 777 | Website www.cshotelsandresorts.com

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THE VINEO hotel The Vine possui 57 quartos e 22 suítes de luxo. Os quartos estão distribuídos por quatro pisos, um para cada estação do ano, porque o vinho depende dos ciclos da Natureza, desde a época da vindima até à fase de maturação da bebida. Assim, um dos pi-sos é dedicado à primavera, com quartos de cor verde; o seguinte, ao verão, imperando o roxo; depois, ao inverno, com cores cinza; e por fim, ao outono, em tons de castanho. Mas para além da vertente artística, os quar-tos possuem também todo o tipo de confor-to, como lençóis e toalhas de algodão egípcio, Internet, televisões LCD de 32’’, cofre eletró-nico, telefone com duas linhas e capacidade para chamadas em conferência.A um serviço de quartos efetuado duas ve-zes por dia, junta-se a possibilidade de requi-sitar almofadas antialérgicas ou terapêuticas, uma cama personalizada, o jornal diário, ou DVD e CD variados. Os serviços de lavan-daria e limpeza a seco no próprio dia tam-bém facilitam a estadia de executivos ou de clientes em família. A decoração dos quartos Deluxe Superior, Prestige e Gran Deluxe, bem como das suí-tes Júnior e Design é individualizada, sempre

Este hotel de cinco estrelas, situado no centro histórico do Funchal, perto da marina e da Sé Catedral, conta com um restaurante gourmet, um spa de vinote-rapia, piscina panorâmica e jacuzzi, um centro de fitness e uma sala de eventos e reuniões com espaço para 100 pesso-as. Membro dos Design Hotels, possui a assinatura dos conceituados arquitetos Ricardo Bofill e João Francisco Caires. Os interiores são da autoria da premiada designer madeirense Nini Andrade Silva.A vida social do hotel começa no lounge, com um restaurante que serve refeições durante todo o dia. É um espaço aco-lhedor, com formas e cores apelativas, a anunciar as surpresas que se encontram nos restantes cinco pisos.“A divine hotel” é como se autode-fine este espaço hoteleiro. Trata-se de um jogo de sentidos com a pala-vra videira em inglês e a alusão a uma experiência transcendente. Seria um orgulho para Baco.

seguindo a temática do vinho e da videira. À chegada, os clientes podem desfrutar de uma massagem de boas-vindas de 15 minutos. O restaurante e o spa The Vine regem--se por uma filosofia comum. Procura-se ali potenciar o que de melhor a Natureza oferece, para depois transformá-lo e usá--lo de forma inventiva, com o intuito de agradar, de seduzir.Situada no topo do edifício, enquadrada en-tre o mar, a cidade e a montanha, a piscina aquecida é, literalmente, um dos pontos al-tos do hotel. Ao seu lado está o Bar 360, assim chamado pelas suas deslumbrantes vistas panorâmicas. Os mais desportistas podem alugar bicicle-tas, na receção, para visitar as redondezas. Já os mais exigentes talvez prefiram aproveitar o serviço de limousine.Seja qual for o meio de transporte utilizado para conhecer a cidade, o hotel tem a vanta-gem de estar próximo do essencial do Fun-chal, de inúmeros restaurantes e lojas, perto dos jardins de Santa Catarina e a 400 metros da praia da Barreirinha. O Santo da Serra Golfe, membro da PGA, localiza-se a cerca de 25 quilómetros.

HOTEL THE VINERua dos Aranhas, Nº 27-A, 9000-044 Funchal – Madeira | Tel. 291 009 000 | Website www.hotelthevine.com

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PESTANA CASINO PARK HOTELO Pestana Casino Park Hotel faz parte do complexo turístico mais emblemático da ilha da Madeira, que inclui o famoso Casino da Madeira e o Centro de Con-gressos. O hotel está rodeado por 15 mil metros quadrados de jardim privado, onde abundam os espaços verdes ao ar livre, as árvores centenárias e as plantas típicas da ilha.Todos os edifícios deste 5 estrelas foram desenhados pelo arquiteto brasileiro Os-car Niemeyer, referenciado como autor de obras-primas de desenho e constru-ção moderna e que fez parte da equipa que desenhou a cidade de Brasília. O es-paço e a integração da luz natural são as principais características deste magnífico exemplar de arte moderna. Com o mar a seus pés, o Pestana Casino Park Hotel é um dos mais fabulosos ho-téis na Madeira. Aqui terá a oportunidade de usufruir de uma série de serviços e atividades disponíveis para todos os gos-

tos. Desde logo poderá descontrair com a família, no exterior, onde se encon-tram a piscina e os jardins verdejantes, mas se pretende algo mais relaxado, opte por fazer exercício no centro de fitness ou desfrutar de um dos tratamentos de qualidade disponíveis no spa, equipado com piscina interior, jacuzzi, sauna, banho turco e aromaterapia. À noite, não pode deixar de passar pelo Casino da Madeira, com salas de jogos e discoteca. O hotel dispõe de 340 quartos e 39 suítes, incluindo a presidencial, todos com va-randa privativa, áreas de estar e televi-sões LCD. A maioria oferece vistas pano-râmicas sobre o oceano Atlântico e a baía do Funchal. O Pestana Casino Park Hotel encontra--se a 20 km do aeroporto internacional da Madeira e a escassos minutos a pé do centro do Funchal. O estacionamento encontra-se disponível no local, median-te pagamento.

O Pestana Casino Park Hotel na Madeira oferece opções de bares e restaurantes com uma ampla variedade de propostas. O Restaurante Panorâmico, o principal da unidade, tem uma vista única sobre a piscina e o mar. É aqui que é servido o pequeno-almoço buffet e todos os janta-res temáticos semanais com animação. No Restaurante Sunset são servidas igua-rias à la carte. Com um ambiente elegante e soberba vista sobre o porto do Funchal, propõe especialidades da cozinha portu-guesa e internacional. O Dockside Pool Restaurant & Bar, res-taurante e bar ao ar livre com vista sobre o oceano e o porto do Funchal, apresen-ta um excelente buffet de saladas e uma seleção de pratos de peixe e carne no barbecue. Cocktails e cervejas a copo es-tão à disposição todos os dias. Localizado no hall do hotel, o Restauran-te e Bar Aqua-Café tem serviço de refei-ções ligeiras, snacks e bebidas variadas. Na zona da piscina, o Bar DockSide tem igualmente uma vista deslumbrante sobre o oceano e o porto do Funchal. Os clien-tes podem ainda optar pelo Jantar Espetá-culo do Casino da Madeira com variados shows. Para saborear um cocktail e desfru-tar de música ao vivo, existe o Bar Sunset.

PESTANA CASINO PARK HOTELRua Imperatriz D. Amélia, 9004-513 Funchal – Madeira | Tel. 291209100 | Website www.pestana.com/pt/pestana-casino-park-hotel

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QUINTA CASA VELHA DO PALHEIRONas colinas do Funchal, no Palheiro Esta-te, encontramos a Casa Velha do Palheiro, um encantador hotel rural madeirense de 5 estrelas, com 37 quartos luxuosos e spa. Situado junto aos famosos Jardins do Palheiro, originalmente criados há 200 anos pelo 1.º conde do Carvalhal, o hotel possui acesso direto ao extraordinário campo do Palheiro Golf, com partidas privilegiadas a meio caminho, a alguns passos do portão.Nas instalações, existe uma piscina aque-cida com sauna e banho turco. Ténis ou croqué, bilhar ou caminhadas, são algumas das atividades propostas. O seu iate priva-do Balancal aguarda, na marina do Funchal, pela visita dos hóspedes e está disponível para passeios costeiros, natação, observa-ção de golfinhos e baleias, bem como para pesca grossa em alto mar e fretes espe-ciais. O hotel conta ainda com uma sala

Os Jardins do Palheiro são famosos não só pela variedade de plantas que ali cresce mas também pela sua localiza-ção, nas colinas a leste do Funchal.A ilha da Madeira há muito que é co-nhecida como um “jardim” e parece que tudo cresce no seu solo fértil. No Funchal, muitas plantas tropicais encon-traram o seu lar e os visitantes podem ver hibiscos e buganvílias em flor du-rante quase todo o ano, junto com ja-carandás, chamas da floresta, coralinas e bauínias, nas suas próprias estações.Os Jardins do Palheiro situam-se a 500 metros de altitude. Enquanto a maioria das plantas tropicais não se dão bem a esta altitude, a variedade de plantas que progride é destacável devido ao ar fresco, frequentemente humedecido pelo nevoeiro, encorajando o rápido crescimento.O proprietário de origem, o 1.º conde do Carvalhal, plantou muitas árvores na propriedade e deu início à coleção de camélias. Algumas das suas plantações de árvores são de há 200 anos atrás e ainda hoje podem ser observadas.

de estar com biblioteca e um confortável bar/restaurante.No que toca às acomodações, os quartos Duplo Ala Jardim, adjacentes ao edifício principal, são muito espaçosos e possuem um lugar de arrumação destinado aos sacos de golfe. Existem ainda os quartos Duplo Edifício Principal, que têm o caráter e o charme de um lar longe de casa. Já os quartos Duplo Ala Golf oferecem vista para o campo de golfe e para os jardins. Estas acomodações dispõem de casas de banho equipadas com banheira e duche em separado. As suítes Júnior apresentam uma rara combinação de espaço e luz e têm vistas maravilhosas sobre os jardins e o relvado frontal. As suítes Sénior Ala Golf contam com quarto e sala de estar em separado. As casas de banho também têm banheira de hidromassagem e duche em separado.

CASA VELHA DO PALHEIRORua de Estalagem, 23, São Gonçalo, 9060-415 Funchal – Madeira | Tel. 291 790 350 | Website www.casa-velha.com

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QUINTA DA ROCHINHAO hotel Quinta da Rochinha resulta da renovação de uma quinta madeirense. Situado no cimo de um rochedo, sobran-ceiro à Vila da Ponta do Sol, na costa sul da Madeira, a 20 minutos do Funchal, tem uma localiza ção espantosa.O estilo simples pretende, sobretudo, re-alçar a beleza do local, e o ambiente é ele-gante e sofisticado. A Quinta da Rochinha – Estalagem da Ponta do Sol distingue-se, essencialmente, pela forma arrojada como se impõe à paisagem. A ousadia chamou a atenção ao exigente grupo internacio-nal Design Hotels, que fez da Estalagem da Ponta do Sol seu membro reconhecido. Linhas perfeitas constroem surpreenden-tes espaços de luz e sombra no restauran-

As Quintas da Madeira surgiram da ne-cessidade de preservar um interessante espólio da história da ilha da Madeira. A sua génese está ligada à ideia de um grupo de empresários que se reuniu sob uma marca distinta de oferta hoteleira da ilha. São unidades independentes, mas com pontos de venda comuns na sua maioria: possuem casa-mãe com algu-ma relevância histórica; na sua maioria têm amplos jardins com variedade mais ou menos importante de flora endémi-ca; são unidades hoteleiras com grande atenção ao serviço e ao detalhe; aliam edifícios antigos e ofertas modernas, num agradável conjunto final.As Quintas da Madeira são hotéis que contam um pouco da história da ilha, cada uma à sua maneira. Umas expondo espetaculares coleções de objetos de outros tempos, outras com escritos que passam de geração para geração, outras há que contam a sua história num copo de vinho generoso – o Madeira!Ficar alojado numa destas propriedades é reviver uma outra época.

te, no lounge bar e nos quartos com vista para o mar. Vale a pena trazer os binóculos e apreciar o voo rasante das aves marinhas ao fim da tarde. Para mais ação, recomen-da-se o golfe, o ténis, o surf e o mergulho, que se podem encontrar a alguns minutos da quinta.Todos os 54 quartos contam com varan-da com vista frontal ou lateral, ar condi-cionado, TV, minicofre e frigobar.Aberto em outubro de 2008 sob a su-pervisão de Marina Moss, o spa é o lo-cal ideal para revitalizar e descontrair. É composto por sauna, banho turco, jacu-zzi panorâmico, uma pequena piscina inte-rior, duas cabinas para tratamentos e uma espetacular banheira de hidromassagem.

QUINTA DA ROCHINHA - ESTALAGEM DA PONTA DO SOLCaminho do Passo, 6, 9360-529 Ponta do Sol – Madeira | Tel. 291 970 200 | Website wwww.pontadosol.com

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Durante três dias, foram várias as bandas que passaram por aquele que é considerado um dos melhores eventos musicais da Europa, o Optimus Alive! O momento alto do festival foi, sem dúvida, o concerto dos The Cure, que demorou mais de três horas e levou os fãs ao rubro.

ARTE E MÚSICA

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por Patrícia Vicente

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A primeira noite do Optimus Alive foi para re-cordar. Os Buraka Som Sistema proporcionaram, no palco Heineken, um concerto com um ritmo conta-giante e em que foi impossível não dançar. Já os Snow Patrol e os The Stone Roses levaram um registo mais calmo ao recinto, sendo que os primeiros, de regresso a Portugal passados dois anos, conquistaram o público com os seus temas mais conhecidos. Num fim de noite simplesmente inesquecível, os Justice brindaram o pú-blico com um concerto notável.No segundo dia, coube aos portugueses We Trust a inauguração do palco principal. Os portuenses conse-guiram arrancar do público muitas palmas, sobretudo com a música “Time (Better Non Stop)”. Os Morche-eba, que substituíram Florence + The Machine – não puderam comparecer devido a um problema de saúde da vocalista – compensaram os fãs homenageando Flo-rence Welcao ao cantarem “You’ve Got The Love”.

Robert Smith, dos The Cure, proporcionou aos milha-res de pessoas presentes no segundo dia do festival um concerto memorável que durou três horas, mas foi preciso esperar quase até ao fim para ouvir “Boys Don’t Cry”. Quando se pensava que o final tinha che-gado, os The Cure voltaram para um terceiro encore e tocaram “Saturday Night” e “Killing an Arab”.No último dia, mais de 50 mil pessoas estiveram no Passeio Marítimo de Algés para um espetáculo de uma banda que não vinha a Portugal há 10 anos: os Radio-head. Com mais de 30 milhões de discos vendidos no mundo inteiro, os Radiohead têm vários prémios con-quistados, como três Grammy Awards, um Q Award e um NME Award, entre muitos outros.Mas não foram só os Radiohead a ter a maior enchen-te. O mesmo aconteceu aos portugueses Paus, os pri-meiros a entrar em ação no palco Optimus. A banda aproveitou o facto de tocar no dia dos Radiohead e

DOSSIEROptimus Alive

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conseguiu ter casa cheia para apresentar o tema “É uma Água” e o primeiro álbum, Paus.A noite terminou com as atuações dos SBTRKT, The Kills e Metronomy, no palco Heineken, e com Carbon Airways, Moulinex + Xinobi e Seth Troxler, no palco Optimus Clubbing.No total dos três dias, o festival Optimus Alive conta-bilizou cerca de 155 mil espetadores.Como tem acontecido desde a primeira edição, o even-to fez-se de muita e boa música, mas não só, a arte foi também, e uma vez mais, parte integrante deste festival. O Optimus Alive vai voltar a Portugal, em 2013, nos dias 12, 13 e 14 de julho.

Novidades em 2012O Optimus Alive 2012 voltou a inovar ao ser o pri-meiro festival português com uma zona exclusiva para grávidas, permitindo às futuras mamãs desfrutar dos concertos com todo o conforto e segurança. Patrocinado pela N Seguros, o espaço “My Mom Rocks” disponibilizou vários serviços e atividades pensadas

para as futuras mães e para os seus acompanhantes. Destaca-se o serviço permanente de uma enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, que escla-receu todas as dúvidas e que prestou todo o apoio que foi necessário. Para além disso realizaram-se também alguns workshops: Reflexologia, Massagem e Música in Útero. A N Seguros desafiou ainda as mulheres grávidas para uma divertida sessão fotográfica “My Mom Rocks”.O Optimus Alive associou-se ainda ao movimento Zero Desperdício para, durante os três dias do festival, acabar com o desperdício. Além do catering do staff e dos artistas, também as empresas de restauração pre-sentes no recinto – devidamente identificadas com um dístico de estabelecimento aderente – se associaram a este movimento espontâneo, criado pela Associação Contra o Desperdício “DariAcordar”.Toda a comida que, respeitando os parâmetros da ASAE, não foi consumida durante os dias do Optimus Alive, foi recolhida por volta da meia-noite e entregue durante a manhã do dia seguinte a instituições de cari-dade do concelho de Oeiras.

DOSSIEROptimus Alive

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Raindance® Select.My Shower Pleasure.

O duche nunca foi tão pessoal. Use o novoRaindance® Select Showerpipe para máximo prazerno seu duche. O chuveiro fixo, com a suaperformance XXL simula o efeito da chuva, ochuveiro de mão altera entre três jactos distintoscom um só click, e a termostática permite-lhearrumação sobre a elegante prateleira de vidro.

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A RESERVARSacramento

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Num ambiente acolhedor e elegante, descobre-se o restaurante Populi, um espaço com um conceito misto de gastronomia, arquitetura e decoração, cujo lema é “Food with friends”.

L ocalizado em pleno Terreiro do Paço, mesmo ao lado do torreão nascente, onde, em tempos, funcionou a Bolsa de Lisboa, o Populis é um café-restaurante com um conceito misto de gastronomia, arquitetura e decoração, que mistura a agitação das dinâmicas internacionais com o respeito pelos aspetos mais belos e importantes da tradição portuguesa. E porque o assunto é boa comida, boa companhia e um espaço muito agradável com uma localização nobre e uma vista privilegiada sobre a vida lisboeta, “Food with friends” traduz um posicionamento que mistura gastronomia perfecionista, decoração e ar-quitetura vaidosas, e um estado de espírito ativo.Recentemente inaugurado, o restaurante tem o rio Tejo como pano de fundo. À sua festa de inauguração não faltaram caras conhecidas das mais variadas áreas, como

A RESERVAR Populi

NOVO ESPAÇO EM LISBOA

desporto, justiça, teatro, artes e moda. Marcaram pre-sença Ricardo Sá Pinto, Rogério Alves, Rui Rangel, Simão Rubim, Carlos Braz Lopes, Ana Salazar, Isilda Peixe, entre outras personalidades que fizeram questão de manifes-tar os seus votos de sucesso a este novo projeto dos empresários e empreendedores José Bartolomé Duarte e António de Sousa Duarte.Aberto todos os dias, o Populi apresenta uma ementa que oferece petiscos portugueses e uma cozinha de fu-são internacional. Destaque para as diversas propostas de brunch com vista privilegiada para o Tejo.

Escolha difícilEm termos de pratos principais, a carta é vasta e surpreendente e dela fazem parte opções como ri-

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sottos de açafrão e espargos ou de cogumelos e ce-refólio; linguini de pesto de basílico; bacalhau à Braz ou confitado com puré de grão e bok choy; lombo ou vazia de novilho com agliata; lombinhos de porco preto com molho romesco. Nas sobremesas, uma grande surpresa, com direito a lançamento mundial: O Melhor Gelado de Cho-colate do Mundo – um exclusivo mundial para o Populi, do mentor d’O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo.Assim, seja a saborear ostras ou pastéis de bacalhau, a degustar um risotto ou O Melhor Gelado de Cho-colate do Mundo, ou ainda brindando a uma ocasião especial com os vinhos e licores disponíveis, o Populi será sempre um ponto de reunião de afetos.

A RESERVAR Populi

Chef Luís RodriguesNatural de Mirandela, o chef Luís Rodrigues trouxe para Lisboa, e para o Populi, as memórias de uma fa-mília intimamente ligada à cozinha, infâncias passadas a preparar alheiras e folares de carne, o sorriso que o famoso bacalhau à Braz evoca e que tanto o faz lembrar a sua mãe. Luís Rodrigues trabalhou já com algumas das melho-res mãos da cozinha: José Avillez, Ljubomir Stanisic, e ainda Sergi Arola e Peter Zampaglione. Chamou casa ao Sem Maneiras (Cascais), ao Penha Longa Resort Hotel, sem esquecer o Flores (Bairro Alto Hotel) e ainda o LA Caffé, mas lar é o Populi, onde agora de-senha uma cozinha com o maior respeito pelas tradi-ções lusas, sem esquecer as dinâmicas internacionais.

MoradaAla Nascente Terreiro do Paço, 85-861100-148 Lisboa

Tel. 218 877 395

Tipo de cozinha Fusão

Preço médio por pessoa € 20

Capacidade 128 lugares na esplanada e 90 no interior

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CIDADE DE LUXO CARRO IMPERIAL

MOTORESBMW Série 7

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Concebido para reforçar a sua posição como a berlina mais inovadora no segmento de luxo, o novo BMW Série 7 apresenta um restyle verdadeiramente impressionante. Elegante, mas ao mesmo tempo desportivo, e sedutoramente imperial, oferece luxo e conforto a todos os ocupantes. Pelas suas características, foi o automóvel ideal para descobrir São Petersburgo, conhecida como “a janela sobre o Ocidente”.

por Nuno Carneiro

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Edificada no extremo noroeste da Rússia, São Pe-tersburgo é considerada por muitos a mais progressista, liberal e ocidentalizada das cidades russas. Hoje, pouco resta da localidade fundada por Pedro, o Grande, – embora o Palácio de Verão e a Fortaleza de Pedro e Paulo ainda lá estejam – e a imagem que a maioria das pessoas tem é a da metrópole neoclássica, com as suas avenidas largas e palácios imensos, pontes, canais e rios por toda a parte, que muitas vezes recordam Veneza.O rio Neva atravessa o coração de São Petersburgo e na margem sul encontramos uma fila, aparentemente in-terminável, de palácios grandiosos, igrejas imponentes, praças arborizadas e estátuas magníficas.A herança arquitetónica desta cidade recorda-nos a sua gran-deza do passado, desde a Casa Fabergé (onde se encontram os ovos cravejados de pedras preciosas, os presentes prefe-ridos da família imperial) às cúpulas douradas da Catedral de Santo Isaac ou ao Hermitage, um dos mais famosos museus.São Petersburgo sempre atraiu os escritores e ar-tistas russos: Alexandre Pushkine, Nicolau Gogol e

Fiodor Dostoievski aqui viveram e escreveram. Foi também onde nasceu uma das companhias de baila-do mais célebres do mundo. Os bailarinos do Kirov reintroduziram o bailado na Europa Ocidental, no início do século XX, e o seu estilo puro tornou-se uma referência.A BWM sentiu também a inspiração deste magnífico lo-cal e a nova aposta da marca bávara, que pelas suas ca-racterísticas se destaca de todos os outros modelos do segmento, só poderia ser apresentada mundialmente numa cidade como São Petersburgo, majestosa e cativante desde o primeiro olhar.

Fórmula de sucessoNovos faróis de LED, um interior melhorado com iso-lamento acústico otimizado, uma seleção completa de equipamentos opcionais e tecnologia de ponta em ter-mos de segurança são as principais novidades do BMW Série 7. Para além disto, o mais poderoso motor diesel do mundo, que conta com seis cilindros em linha, e a se-

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gunda geração do BMW ActiveHybrid 7 definem novos padrões de desempenho e eficiência.Graças às diversas alterações aplicadas no chassis, foi possível aumentar o nível de conforto, para o que muito contribuíram os novos amortecedores e a direção ele-tromecânica. Desta forma, todos os ocupantes desfru-tam muito mais em cada viagem.Mergulhando na cidade, propusemo-nos a uma visita ao Palácio de Catarina, que foi a residência de verão dos czares. Em estilo Rococó, fica localizado em Tsarskoye Selo, 25 km a sudeste de São Petersburgo. Apesar de os interiores neoclássicos de Stasov e Cameron serem so-berbas manifestações do gosto de finais do século XVIII e início de XIX, o palácio é mais notado pelo grande conjunto de salas formais de Rastrelli, conhecido como Fileira Dourada. Este conjunto começa no espaçoso sa-lão de baile, o Grande Hall ou Hall das Luzes, com um espetacular teto pintado, e compreende numerosas sa-

las mais pequenas com decorações distintas, incluindo uma reprodução da Câmara de Âmbar.

Descobrir o interiorÉ hora de voltar ao BMW série 7 e descobrir o seu elegante interior. Aqui, o pacote de entretenimento do assento traseiro, que inclui um monitor plano de 9,2 po-legadas, e o sistema de som proporcionam total como-didade quer ao condutor quer aos restantes ocupantes. Na frente, descobrem-se bancos em pele que ofere-cem apoio lateral e um conforto nunca antes observa-do. Este mantém-se nos bancos traseiros, que podem também ser individuais. No novo BMW Série 7, o painel de instrumentos mul-tifuncional encontra-se atrás do volante. Responde às necessidades do condutor, oferecendo, graças ao ecrã de 10,25 polegadas, um enorme leque de opções de visualização. Os instrumentos são agora apresentados

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com diferentes cores e gráficos, dependendo do modo de condução selecionado, e fornecem informações es-pecíficas para cada situação.O visor de controlo no centro do painel de instrumen-tos apresenta também melhorias visuais e técnicas, re-correndo, agora, a gráficos de alta resolução em 3D.

Motorizações em destaqueA nova aposta da marca bávara conta com motores novos e completamente remodelados, que se revelam especialmente económicos e respeitam o meio ambiente. Para além do motor de 12 cilindros do modelo topo de gama, o BMW 760i, está ainda disponível um novo motor de seis cilindros em linha BMW TwinPower no 740i, bem como um remodelado motor V8 a gasolina no BMW 750i. As mo-torizações a diesel, de seis cilindros, disponíveis nos modelos 730d e 740d, também se distinguem por serem agora mais potentes e consumirem menos combustível.

Esta nova gama inclui uma estreia, o novo 750d xDrive, que con-ta com um motor diesel de seis cilindros M Performance Twin-Power Turbo, o propulsor de combustão interna mundialmente mais potente. Adicionalmente, a BMW apresenta a segunda ge-ração do ActiveHybrid, que se encontra equipada com o novo motor de seis cilindros em linha TwinPower Turbo, combinado com um motor elétrico de 40 kW/55 cv.Mas se ficou deslumbrado com o grande leque de ofertas em termos de motorizações do novo Série 7, imagine como ficará ao descobrir o Museu Hermitage, que guarda no seu interior verdadeiros tesouros de arqueologia, escultura antiga e ourive-saria, artes orientais, armas europeias, mobiliário, numismática e artes aplicadas.Os edifícios que albergam o museu – o antigo Palácio de Inverno e o Hermitage dos czares da Rússia – constituem um exemplo extraordinário da arquitetura palaciana eu-ropeia, adaptada à cultura e tradições russas. A coleção dis-ponível demonstra o empenho revelado pelos monarcas, ao

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quererem colocar-se ao nível da tradição colecionadora das demais cortes europeias, e até mesmo superá-la em poucos anos. No Hermitage encontram-se representadas as principais escolas da Europa e nele figuram obras dos mais destacados artistas, como Ticiano, Rafael, Leonardo, Caravaggio, Velázquez, Zurbarán, entre muitos outros.

Uma perspetiva vibrantePedro, o Grande, fundou São Petersburgo num porto de mar, para abrir a Rússia ao comércio exterior. Esta cida-de é, assim, o símbolo urbanístico de uma nova Rússia, que atingiu, com Catarina II, impulsionadora do Hermita-ge, um dos seus períodos de maior esplendor.Nesta metrópole de cultura, a arte está sempre pre-sente e perto de Nevsky encontra-se a Praça das Artes, as cúpulas douradas da Igreja do Sangue Derramado e

o Castelo Mikhaylovski, onde está instalado o Museu Russo que alberga uma soberba coleção de pintura e de escultura russas, desde os primeiros ícones até Marc Changall.Também neste ponto, São Petersburgo e o novo Série 7 se cruzam. A gama BMW Individual destina-se a clien-tes que preferem soluções feitas à sua medida, mas que têm acima de tudo um estilo muito próprio e que se assumem quase como obras de arte. O cliente pode assim optar por uma vasta gama de cores exteriores, que, caso seja o pretendido, podem até ter alguns efei-tos visuais. Tudo para conseguir um BMW único e de-senhado à sua medida.Quando uma cidade como São Petersburgo descobre um automóvel único como o novo Série 7, o resultado só poderia ser uma fusão perfeita entre os dois.

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Imagens: 1. Celebrity SilhouetteSM em navegação 2. Camarotes com design vanguardista 3. Pequeno almoço na varanda privada do camarote4. Restaurantes com cozinha de autor 5. The Alcoves sobre a relva do Lawn Club, Celebrity SilhouetteSM 6. Persian Garden, Spa

Os navios da Celebrity são um ponto de referência naindústria de cruzeiros. Combinam a tecnologia modernacom uma elegância requintada, uma cozinha gourmetexclusiva opções de entretenimento de grande qualidade,camarotes espaçosos e qualidade de serviçoincomparável. Não admira que os nossos passageiros e aimprensa, afirmam os nossos navios estão entre osmelhores do mundo.

Os navios inovadores da Classe Solstice.

Os navios desta classe foram criados por alguns dos melhores designers earquitetos do mundo. Esta classe é um mundo flutuante onde a estéticaalcançou a perfeição, onde cada detalhe é atendido a fim de realizar todosos seus desejos. Tem tudo o que sempre sonhou e que pensava que nãoera iria encontrar num navio de cruzeiro.

Destaques da Classe Solstice:

• The Lawn Club. Para desfrutar de pura inovação no mar, nada secompara à sensação da relva natural das Bermudas sob os seus pés.Desfrute como quiser.

• The Hot Glass Show◊. O nosso estúdio criado à medida para fabrico depeças de vidro, elaborado em colaboração com o Corning Museum ofGlass –, uma opção nunca antes vista num cruzeiro.

• Restauração. Dez restaurantes únicos para corresponder ao seu estadode espírito. Incluindo uma gama, em constante mudança, de quatrorestaurantes de especialidades*. Refeições para todos os gostos.

• Celebrity iLounge◊*. Um novo cibercafé e revendedor autorizado daApple®. Experimente as últimas novidades da Apple® e saiba comoutilizá-las.

• Cellar Masters. Um universo de vinhos. Saboreie o seu vintage preferidoou experimente algo novo.

*Aplica-se um suplemento de serviço.**Suplemento aplicado à ligação à Internet..

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traordinárias.

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CRUZEIROS DE VERÃO PELO MEDITERRÂNEO E NORTE DA EUROPA

PARTIDAS DESDE BARCELONA • ROMA • VENEZAAMESTERDÃO • INGLATERRA

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Imagens: 1. Celebrity SilhouetteSM em navegação 2. Camarotes com design vanguardista 3. Pequeno almoço na varanda privada do camarote4. Restaurantes com cozinha de autor 5. The Alcoves sobre a relva do Lawn Club, Celebrity SilhouetteSM 6. Persian Garden, Spa

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ON THE ROADTMAX 530

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AVENTURAS SOBRE RODASIncorporando a maior potência de sempre para uma maxi-scooter desportiva, a TMAX 530 conta um novo sistema de transmissão por correia e com um quadro de alumínio mais leve, oferecendo uma condução melhorada, extremamente eficaz em qualquer situação. Aventure-se e enfrente a cidade sobre duas rodas.

ON THE ROADTMAX 530

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AVENTURAS SOBRE RODAS

Melhorada ao longo de uma geração, a TMAX tor-nou-se um verdadeiro ícone na conceção de maxi-scooters, uma vez que combina diversão, luxo e a capacidade de condução de uma moto de turismo desportiva com a comodidade de uma maxi-scooter.Com uma nova carenagem ultradinâmica, oferece os ní-veis de potência de estilo motociclo, contando, porém, com a introdução de melhorias recentes e com um con-forto e condução extraordinários. Graças ao motor de 530 cc, ao novo sistema de trans-missão por correia e ao quadro de alumínio mais leve, os condutores desfrutam do melhor binário de sempre e de uma condução melhorada, que se revela muito eficaz no trânsito em hora de ponta. As rodas de grande diâmetro e a suspensão de resposta imediata proporcionam uma extraordinária agilidade em qualquer tipo de estrada. Para além de tudo isto, a TMAX apresenta ainda novi-dades em alguns acabamentos, tais como um arrojado painel de instrumentos angular, novos faróis e um novo ecrã ajustável em altura.Combinando um estilo agressivo com um motor de re-frigeração líquida, a quatro tempos e quatro válvulas por

cilindro, a maxi-scooter oferece um desempenho sem pre-cedentes, seja dentro ou fora da cidade. A carenagem en-volvente e o para-brisas aerodinâmico ajustável oferecem proteção contra intempéries, ao passo que os travões de disco à frente e atrás – herdados das motos Supersport – permitem travagens rápidas e eficazes.

Um visual renovadoA carenagem recém-melhorada da TMAX confere-lhe um visual mais agressivo e dinâmico, mantendo-se, no entanto, a sensação de se conduzir uma TMAX clássica. Desde os exclusivos faróis duplos, agora com linhas mais destacadas, a um arrojado LED traseiro, todos os detalhes sugerem uma excelência mecânica agressiva e aperfeiçoada.Construída com base num quadro leve de alumínio fundido, esta, que é a TMAX mais leve de sempre, tem uma capacida-de de manobra ágil, mesmo a baixas velocidades, e uma es-tabilidade impressionante a altas velocidades. O motor – tal como numa moto – está firmemente montado no interior do quadro, reduzindo, assim, o centro de gravidade e otimi-zando a condução. O motor foi redesenhado e reconstruí-do com componentes mais leves e mais eficientes. Tal re-

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ON THE ROADTMAX 530

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sultou em níveis inovadores de binário potente nos regi-mes baixos a médios, maximizando todas as acelerações. Esta é, sem dúvida, uma vantagem que se notará sempre que os semáforos mudarem para verde.A TMAX está ainda equipada com grandes rodas de 15 polegadas, que gozam de um novo design de cinco raios. A potência de travagem é proporcionada por tra-vões de disco duplo dianteiros hidráulicos de 267 mm, de estilo motociclo, e por um travão de disco traseiro hidráulico de 282 mm.A suspensão eleva a condução e o conforto a novos ní-veis, permitindo excelência a curvar. A condução suave, proporcionada pelo robusto amortecedor traseiro, é complementada pelas forquilhas telescópicas dianteiras ao estilo das motos: com elevada resistência à torção, mantêm o posicionamento da roda dianteira exato, mes-mo em superfícies extremamente irregulares.

Outros atributos notáveisA nova transmissão por correia é construída com fibra de aramida, que é leve e resistente. As folgas praticamente ine-xistentes permitem que a potência seja distribuída de forma

extremamente linear, ligando o sistema de aceleração mais es-treitamente ao motor. Para o condutor, isto significa um con-tato mais próximo com a maxi-scooter, de modo a obter uma experiência de condução mais semelhante à de um motociclo.O moderno painel de instrumentos com retroiluminação proporciona uma visualização rápida e imediata de todas as informações importantes para a condução, e os dois contadores analógicos, em forma de polígono, adicionam novas funcionalidades. Na área da iluminação, os faróis twin-eye, exclusivos da Yamaha, são mais compactos e efi-cientes, e o novo LED traseiro foi retirado diretamente das emblemáticas motos Supersport da Yamaha.Concebida para tornar as viagens tão confortáveis quanto possível, a TMAX conta com carenagem aerodinâmica e oferece uma proteção excelente contra as intempéries, ao passo que o assento desportivo permite uma posição de condução mais confortável e flexibilidade de movi-mentos. As pegas para o passageiro e os apoios retráteis para os pés aumentam o prazer das longas viagens a dois, enquanto o compartimento de armazenamento debaixo do assento e os dois porta-luvas disponibilizam uma gran-de capacidade de carga.

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SOCIALInternational Club of Portugal

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SOCIALInternational Club

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O International Club of Portugal, presidido por Manuel Ramalho, pro-moveu, no hotel Fontana Park, um almoço-debate que teve como ora-dor convidado o atual presidente executivo do Banco BIC Português e ex-ministro, Luís Mira Amaral. O tema abordado foi “Austeridade e Crescimento, o caso português”.Mira Amaral defendeu que o país precisa de “definir o papel do Estado na economia”, algo que “não é para macroeconomistas teóricos [mas] para líderes políticos”. Na sua intervenção criticou também o Execu-tivo, sublinhando que “o que o Governo tem de fazer e não fez ainda

“AUSTERIDADE E CRESCIMENTO, O CASO PORTUGUÊS”

| 1. Luís Mira Amaral | 2. Manuel Ramalho e Luís Mira Amaral | 3. Manuel Ramalho e embaixador da Indonésia | 4. Daniel Faria de Oliveira, António Saraiva, Elisa Formiga,

Luís Mira Amaral e Manuel Ramalho | 5. António Gonçalves, Analisa Costa Reis, Manuel Ramalho, António Ramalho e Leonel Neves | 6. Francisco Santiago, Manuel

Ramalho e Nuno Sá | 7. Manuel Ramalho, José Ribeiro e Castro e Henrique Sá Nogueira | 8. Marcel de Botton e Manuel Ramalho | 9. Fong Miu Leng e Choi Man Hin

| 10. António Correia, José Caria, António Ruivo, António Agrela e Mário Patinha Antão | 11. Mário Nunes, Anna Carolina Pinho e Carlos Porto | 12. Fernando Neves de

Almeida, Susana Soutelinho, Manuel Ramalho e Diogo Leite Campos | 13. Margarida Prieto e seu filho | 14. Bruno Dias, da Lisbon Film Orchestra | 15. Joaquim Justino e Ana Moura

| 16. João Pulido, Gonçalo Coelho e Marcel de Botton

é começar a tratar a sério das reformas estruturais e da reforma da Administração Pública”, e sustentou que o “endeusamento do ministro das Finanças é preocupante para a economia portuguesa”. Perante algumas dezenas de personalidades, como o deputado cen-trista José Ribeiro e Castro, o presidente da CIP, António Saraiva, os embaixadores da Coreia do Sul, Indonésia e Rússia, um representante diplomático dos EUA ou o economista Artur Baptista da Silva, Mira Amaral abordou ainda a compra do BPN pelo Banco BIC Português, a que preside.

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SOCIALInternational Club of Portugal

O International Club of Portugal realizou, no passado dia 26 de Junho, no Fontana Park Hotel, mais um almoço-debate. O orador convidado foi Carlos Zorrinho, que, na sua qualidade de líder parlamentar da bancada do Partido Socialista, fez uma intervenção intitulada “Portu-gal: porque falhamos e como vencer”. Carlos Zorrinho garantiu que o PS “não propõe nem faz nada” na oposição que não fizesse ou propusesse se fosse Governo. E deu como exemplo as votações contra propostas de aumentos do salário mínimo ou o voto favorável ao tratado orçamental europeu. O líder parlamen-tar do PS reforçou ainda que Portugal vive num mundo global e por isso

“PORTUGAL: PORQUE FALHAMOS E COMO VENCER”

| 1. Carlos Zorrinho | 2. Manuel Ramalho e Carlos Zorrinho | 3. Carlos Zorrinho e Manuel Ramalho | 4. Carlos Zorrinho, Maria da Luz Rosinha e Manuel Ramalho

| 5. Carlos Vieira, da Lisbon Film Orchestra | 7. Alexander Nuralov e Manuel Ramalho | 8. Gabriela, Regina e Nelson Faria de Oliveira e convidado | 9. Odete João

| 10. Flávio Carmelo e Virgínia d’Almeida Gerardo | 11. Nuno Saraiva e Manuel Ramalho | 12. Anna Carolina Pinho e Manuel Ramalho | 14. Gonçalo Carrilho e Manuel

Ramalho | 15. António Gonçalves, Margarida Sousa Pereira, Susana Vieira e João Beleza | 16. José Sousa Cintra e António Ponces de Carvalho | 17. Carlos Zorrinho e

Nuno Carneiro | 18. Joaquim Justino e Manuel Ramalho | 19. Mário Coelho, Rita Barreiros, Helena Guerra e Miguel Alvarenga | 20. João Pulido | 21. António Ponces

de Carvalho

foi “atirado para a bancarrota”, de onde só poderá sair com políticas europeias novas que reforcem e mudem o papel do Banco Central Eu-ropeu. Foram as “regras inflexíveis” do BCE, que não existiam quando nasceu a moeda única, que provocaram esta crise, sublinhou.A assistência, como habitualmente, contou com vários embaixadores, empresários, gestores e políticos de todos os quadrantes. No final, Manuel Ramalho, presidente do ICPT, anunciou os próximos eventos, incluindo um jantar de confraternização e solidariedade, agendado para o dia 1 de dezembro, a favor das associações SER+, SOL e Fundação Casa do Gil.

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SOCIALReid’s Palace

Para celebrar o verão, o hotel Reid’s Palace organizou a Festa Branca, uma vez que o branco é uma das cores que facilmente se associa a esta época do ano.A Festa Branca teve lugar no Pool Restaurant, num ambiente des-contraído, com vistas fantásticas e onde toda a família teve a opor-tunidade de se divertir. A noite começou com um cocktail, segui-do de um delicioso buffet, com uma grande variedade de saladas, entradas frias, pratos principais e sobremesas, bem como vinhos selecionados a acompanhar a refeição, mojitos e caipirinhas.A animação esteve a cargo de um grupo de capoeira, de malaba-ristas e da WhiteBand, que brindou os convidados com músicas emblemáticas dos anos 70 a 90.

FESTA BRANCA

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LIVROS

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“Não desperdices o teu tempo a viver a vida de outras pessoas.

A ÚLTIMA CARTA DE AMORJojo MoyesPorto Editora

Londres, 1960. Ao acordar num hospital após um acidente de carro, Jennifer Stirling não se consegue lembrar de nada. De volta a casa com o marido, ela tenta, em vão, recuperar a memória da sua antiga vida. Por mais que todos à sua volta pareçam atenciosos e amáveis, Jennifer sente falta de alguma coisa. É então que ela descobre uma série de cartas de amor escondidas, endereçadas a ela e assinadas apenas por “B”, e percebe que não só estava vivendo um romance fora do casamento como também parecia disposta a arriscar tudo para ficar com seu amante.Quatro décadas depois, a jornalista Ellie Haworth encontra uma dessas cartas endereçadas a Jennifer, durante uma pesquisa nos arquivos do jornal em que trabalhava. Este é um livro comovente e irremediavelmente romântico.

O VIZINHOLisa GardnerPublicações Europa-América

De uma mestra do suspense chega-nos esta história de arrepiar, que explora os perigos que estão sempre à espreita, bem mais perto do que se imagina. Pois até numa família perfeita, nunca sabemos o que se passa dentro de um lar, quando as portas se fecham... Eis o que aconteceu... Era um caso que iria sem dúvida gerar um frenesim mediático: uma jovem mãe, loura e bonita, desaparece sem deixar rasto da sua casa no sul de Boston, deixando para trás a sua filha de quatro anos como única testemunha e um marido tão atraente quanto reservado como principal suspeito. Mas a partir do momento em que o sargento-detetive D.D. Warren chega ao pequeno chalé dos Jones, tem a sensação de que algo está errado com a imagem de aparente normalidade que o casal tanto se esforçou para manter.

A ERA DO IMPREVISÍVELJoshua Cooper Ramo Casa das Letras

Apenas alguns anos depois de termos entrado no novo século, atingimos um momento de perigo que, ainda há pouco, teria parecido inimaginável. Tudo o que nos rodeia, as ideias e instituições em que confiávamos para a nossa proteção e segurança estão a falhar – e as melhores ideias dos nossos líderes parecem piorar ainda mais os nossos problemas, e não resolvê-los. Uma guerra global contra o terrorismo produz, no final, terroristas mais perigosos. A luta para deter a crise financeira parece acelerar a sua chegada. Felizmente, há esperança. EmA Era do Imprevisível, Joshua Cooper Ramo propõe um novo modelo revolucionário para pensarmos este mundo do impensável, e prosperarmos nele.

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LIVROS

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“Não desperdices o teu tempo a viver a vida de outras pessoas.

CAÇADOR DE CABEÇASJo Nesbo D. Quixote

Roger Brown é um vilão sedutor, um homem que parece ter tudo. É o caçador de cabeças mais bem-sucedido da Noruega – procura e seleciona altos quadros para as maiores empresas. Casado com uma elegante galerista, é proprietário de uma casa luxuosa. Mas, por detrás desta fachada de sucesso, Roger Brown gasta mais do que pode e dedica-se ao perigoso jogo do furto de obras de arte.Na inauguração de uma galeria, a mulher, Diana, apresenta-o ao holandês Clas Greve, e Roger percebe imediatamente que não pode deixar escapar aquela oportunidade. Clas Greve não é apenas o candidato perfeito ao cargo de diretor--geral que ele tem de recrutar para a empresa Pathfinder, como ainda tem em seu poder o famoso quadro de Rubens, A Caça ao Javali de Caledónia.

LISBOANeill LocheryEditorial Presença

Nesta narrativa, o reputado historiador Neil Lochery debruça-se sobre as suas relações com contactos portugueses do mais alto nível, sobre o acesso a registos tornados públicos recentemente pelos serviços secretos e pelos arquivos bancários, e outros documentos não publicados, para oferecer um retrato revelador dos bastidores da guerra. E conta a história de como Portugal, um país europeu relativamente pobre, tentando permanecer neutro, resistindo a extraordinárias pressões, sobreviveu à guerra não só fisicamente intacto, mas também consideravelmente mais rico. Numa obra extremamente bem documentada, Neill Lochery oferece-nos a oportunidade única de visitar Lisboa na época em que foi chamada de Cidade da Luz.

A HISTÓRIA NÃO ACABA ASSIMMiguel Sousa TavaresClube do Autor

Depois de passar 25 anos a denunciar os atentados ao património e à economia deste país, a lutar por causas que se tornaram a sua bandeira, Miguel Sousa Tavares sintetiza os principais temas de reflexão que o acompanham há muito tempo. São 25 causas, quase todas perdidas, como admite no epílogo. E o que é incrível é que os sinais de fogo, apesar do céu limpo, ainda não foram atacados a tempo por todos aqueles que não os viram ou não quiseram ver. Estes escritos contam a história dos principais passos, decisões e interesses com que “alegremente” chegámos à nossa situação atual. Um legado obrigatório para o futuro. O país é retratado, os responsáveis nomeados e os traços da nossa personalidade vistos a olho nu. Sem dó nem piedade.

Steve Jobs (1955-2011, inventor e empresário americano)

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Tendo como missão dar a conhecer a bem sucedida história da BMW,

a BMW Classic coordena todas as atividades ligadas à herança histórica da marca bávara.

Descubra mais sobre o mundo fascinante da BMW.

MUSEUS DO MUNDOBMW

por Ana Laia

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MUSEUS DO MUNDOBMW

UMA HISTÓRIA PARA CONHECERA BMW começou a fazer história há quase 90 anos. Os motores de avião estiveram entre os primeiros a ser produzidos, seguidos por motos e mais tarde automóveis – veículos que ganharam notoriedade nas áreas de desportos motori-zados desde o princípio. A BMW Classic, localizada em Munique, é responsável por coordenar todas as atividades ligadas à variada e bem sucedida história da empresa, desde arquivos históricos, coleções de aviões, comunicação social, o museu BMW e o papel da empresa no panorama social internacional. Este local proporciona aos visitantes uma viagem no tempo, através das suas co-leções de modelos históricos que marcaram diferentes momentos da BMW: do começo do século passado, com o fabrico de motores de avião, passando pela era das motos e sua evolução, chegando aos carros, dos primeiros aos mais recentes modelos, sem esquecer itens memoráveis, como carros de competição, BMW Art Cars e BMW Concepts.Mergulhe nesta viagem e descubra a entusiasmante história da marca bávara.

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MÚSICA

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THE OFFSPRINGDays Go By

Depois de terem tocado na última edição do Rock in Rio Lisboa, para mais de 80 mil pessoas, os Offspring regressam com a edição do novo disco Days Go By. O single de avanço chama-se

“Cruising California (Bumpin’ In My Trunk)” e já chegou às rádios nacionais. Os Offspring já fizeram mais de 1100 concertos e venderam mais de 36 milhões de álbuns em todo o mundo. O álbum

de 1994, Smash, permanece o mais vendido de sempre de uma editora independente.

“COMO É QUE UM HOMEM

SEM AS VIRTUDES

QUE LHE SÃO PRÓPRIAS

PODE CULTIVAR A MÚSICA?”

Marcel Proust

R.KELLYWrite me back Vencedor de vários Grammy, o conceituado produtor e cantor R.Kelly está de regresso com um novo disco, Write me back.Depois de ter lançado Love Letter, R.Kelly apresenta-nos um disco mais “uptempo”, mas nunca esquecendo as baladas inconfundíveis a que já nos habituou. O primeiro single é “Share my love”, incluído nesta edição de luxo que nos oferece ainda quatro faixas extra.

FIONA APPLEThe Idler Wheel Is Wiser Than The Driver Of The Screw And

Whipping Cords Will Serve You More Than Ropes Will Ever Do Este álbum de Fiona Apple é o novo registo de originais da cantora, desde que lançou Extraor-dinary Machine, em 2005. No dia 19 de junho, data de lançamento do álbum nos EUA, a artista

iniciou uma digressão de verão que começou em Nova Iorque e terminará na Califórnia. Tal como no trabalho When The Pawn… (1999), o título do álbum de 2012 é um poema.

“Every Single Night” é o seu single de apresentação.

CHRIS BROWNFORTUNEDepois de F.A.M.E., que recebeu três nomeações para os Grammy – Best R&B Album, Best Rap Song e Best Rap Performance – pelo single “Look At Me Now”, Chris Brown surge agora com FORTUNE.O quinto CD de originais do cantor inclui participações de Big Sean & Wiz Khalifa no tema “Till I die”, Nas em “Mirage”, Kevin McCall na canção “Strip”, Svyn no tema “Party Hard /Cadillac” e ainda Sabrina Antoinette em “Trumpet Lights”. O disco inclui dois singles de grande sucesso radiofónico – “Turn up the music” e “Don’t wake me up”.

VÁRIOS ARTISTAS NOW 26

A compilação N.º 1 em Portugal está de regresso! A recordista de vendas de discos está de volta com o volume 26 para

contagiar o verão. NOW 26 inclui grandes sucessos, como, por exemplo, “Perdóname” de Pablo Alborán e Carminho, “Girls

gone wild” de Madonna, “Primavera” dos The Gift, “Sexta-Feira” do Boss AC ou ainda “Paradise” dos Coldplay, reunindo um

conjunto de 40 temas completamente irresistíveis.

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AGENDA

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Os britânicos Maximo Park vêm a Portugal para um concerto único, dia 11 de outubro, na Sala TMN ao Vivo. O espetáculo serve de apresentação a The National Health, o quarto longa-duração dos Maximo Park, que se encontra em pré-escuta no site oficial da banda.Formados em 2000, os Maximo Park demoraram cinco anos até editar o primeiro disco, A Certain Trigger. Os anos que passaram no circuito dos clubes ingleses foram importantes para ganharem a maturidade suficiente para fazer do primeiro álbum um sucesso junto da crítica e do público.

É um dos maiores nomes do jazz de fusão contemporâneo. Norah Jones, a revelação que vimos crescer ao lado do piano ao longo des-te início de milénio, está de volta com novo trabalho e Portugal não podia ficar de fora da lista de concertos.Com data marcada para 22 de setembro, no Campo Pequeno, a ar-tista traz a Lisboa o seu quinto trabalho de originais, Little Broken He-arts. O disco, que chegou recentemente às lojas portuguesas, conta com a colaboração de Danger Mouse e traz 12 novas canções pron-tas a estrear em terras lusas. Com críticas a roçar a nota máxima em alguns dos meios mais influentes no mundo da música, o regresso da norte-americana aos álbuns mantém a viragem que The Fall tinha imprimido na sua sonoridade, dando natural destaque ao seu talento como compositora e autora de canções intemporais.

22 de setembro Norah JonesSUPER BOCK SUPER ROCK

26 de outubroCampo PequenoBON IVER

7 de outubroPavilhão AtlânticoLEONARD COHENApós a edição do aclamado Old Ideas, o 12.º disco de originais de Leonard Cohen, o lendário cantor/compositor/poeta vai regressar aos palcos para uma digressão mundial que, como não podia deixar de ser, passa por Portugal, dia 7 de outu-bro, no Pavilhão Atlântico.Com seis décadas de carreira, Leo-nard Cohen, indiscutivelmente um dos maiores “cantautores” de todos os tempos, mantém-se em excelente for-ma. Prova disso é o recém-editado Old Ideas, que entrou diretamente para o

primeiro lugar dos tops de vendas em todo o mundo, tornando-se no maior sucesso da sua carreira.

11 de outubroSala TMN ao VivoMAXIMO PARK

Tendo já o concerto no Coliseu de Lisboa esgotado e o do Porto praticamente igual, Bon Iver regressa a Portugal em outubro para um concerto único, dia 26, no Campo Pequeno. Apenas com dois álbuns editados, For Emma, Forever Ago (2008) e Bon Iver, Bon Iver (2011), o norte-americano conquistou o mundo. Portugal não foi exceção e o indie folk de Bon Iver tornou-se ra-pidamente um fenómeno de culto em terras nacionais. O segundo longa-duração foi o disco do ano de 2011 para a prestigiada Pitchfork e venceu o Grammy para “Best Alternative Music Album”. Na mesma cerimónia, Bon Iver levou também para casa o galardão de “Best New Artist”.

22 de outubroSala TMN ao VivoRICHARD HAWLEY

Cantor, compositor, guitarrista e pro-dutor, Richard Hawley é um nome in-contornável da música britânica das úl-timas duas décadas. Dia 22 de outubro atua na sala TMN ao Vivo para apresen-tar o sétimo álbum, Standing at the Sky’s Edge, editado em maio deste ano.Após ter formado os Treebound Story ainda no liceu, teve o primeiro sucesso com os Longpigs, banda pio-neira do movimento Britpop, de que também fazia parte o baterista Dee Boyle, dos Cabaire Voltaire. Quando os Longpigs chegaram ao fim, juntou-se aos Pulp do amigo Jarvis Cocker, mas rapidamente per-cebeu que devia enveredar por uma carreira a solo. A estreia deu-se em 2001, com um mini-álbum homónimo.

23 de outubroSala TMN ao VivoFUN

Os nova-iorquinos Fun fazem a estreia ao vivo em Portugal com

um concerto na sala TMN ao Vivo, dia 23 de outubro. Na primeira parte atuam os também norte-americanos Walk The Moon.Fundados das cinzas de três bandas do circuito underground nor-te-americano, os Fun editaram o disco de estreia, Aim and Ignite, em 2009. Produzido por Steven Shane McDonald, arrancou elo-gios positivos da crítica especializada.O sucesso à escala global chegaria com o segundo álbum, Some Nights (2012) e mais particularmente com o single de avanço, “We Are Young”. Com participação de Janelle Monáe, o single foi um sucesso gigantesco nos Estados Unidos, que se estendeu rapida-mente ao resto do mundo.

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