Espaço Português
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ESPAÇO PORTUGUÊS
EBI da Torreira6ºAHGPProf. – Carla BernardesElementos do grupo – Margarida e João
ÍNDICE 1-A situação do reino 2-Os recursos naturais e as
inovações tecnológicas – a agricultura
3-Indústria 4-A exploração mineira
1 - A SITUAÇÃO DE REINO A primeira metade do século XIX foi uma época de
grande instabilidade política, económica e social em Portugal. As invasões francesas (1807-1811), a independência do brasil (1822) e a guerra civil entre liberais e absolutistas (1832-1834) atrasaram o progresso do nosso país em relação aos outros países europeus.
Para além destes problemas, a agricultura e a indústria portuguesas continuavam pouco desenvolvidas, sendo a produtividade baixa e os produtos de fraca qualidade. Assim, Portugal era obrigado a gastar muito dinheiro em importações, aumentando a sua divida para com os países estrangeiros.
Após a morte de D. Pedro IV, sucedeu-lhe sua filha D. Maria II, em cujo reinado se iniciou o período da modernização do reino. Coube, no entanto, aos seus dois filhos – D. Pedro V e D. luís – e ao seu neto D. Carlos continuar o caminho de desenvolvimento e modernização da economia portuguesa. Assistiu-se, então, na segunda metade do século XIX, a um conjunto de mudanças e inovações que desenvolveram a agricultura e a exploração de minérios e modernizaram a indústria, os transportes as comunicações.
D.Maria II
2- OS RECURSOS NATURAIS E AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS: - A AGRICULTURA - A DIFICIL SITUAÇÃO DA AGRICULTURA
O estado não tinha uma politica de desenvolvimento agrícola;
A área não cultivada era muito elevada; As técnicas agrícolas usadas eram muito
rudimentares; A maquinaria era quase inexistente; A população rural era analfabeta e, por isso, pouco
qualificada; Faltavam infraestruturas, como estradas e meios de
transporte.
BAIXA PRODUTIVIDADE DA AGRICULTURA
A MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA: MEDIDAS DOS GOVERNOS LIBERAIS Extinguiram os dízimos [ imposto pagos à Igreja] com o objetivo
de desenvolver a agricultura ao libertar os camponeses deste pesado encargo financeiro;
Retiraram terras à nobreza e ao clero e venderem-nas a ricos burgueses, mais interessados no seu aproveitamento e rentabilidade;
Aboliram a “lei do morgadio’’, segundo a qual o filho mais velho herdava todas as terras dos pais, fazendo – se dessa forma um melhor aproveitamento dos solos, uma vez que as terras eram divididas por todos filhos;
Impulsionaram o desbravamento de baldios, tendo em vista o aumento da área cultivada;
Fundaram escolas agrícolas, divulgando um maior número de conhecimentos sobre a exploração da terra;
Organizaram exposições agrícolas para divulgação de novas técnicas e novos produtos.
NOVAS TÉCNICAS DE CULTIVO No entanto, a modernização da agricultura começou
apenas com a introdução e aplicação de novas técnicas de cultivo dos campos: alternância de culturas, uso de adubos químicos e seleção de sementes [de boa qualidade]. Estas técnicas permitiram, respetivamente, diminuir ou mesmo eliminar o tempo de pousio das terras, aumentar a produção e melhorar a qualidade dos produtos.
Técnica de pousio:
CURIOSIDADE Baldio - terreno por cultivar e que pertence à
comunidade. Pousio – técnica agrícola que consiste em deixar uma
terra cultivada em descanso um ou mais anos para que recupere os nutrientes e minerais necessários para voltar a produzir.
Direito de morgadio – direito que o filho mais velho tinha de herdar todas as terras dos pais.
Alternância de culturas – no mesmo terreno que antes ficava em pousio um ou mais anos cultivam–se agora batatas e nabos, que não desgastam tanto a terra.
NOVAS CULTURAS: - A BATATA E O ARROZ Nesta época foram introduzidas ou expandidas novas culturas
como a batata e o arroz. Só na segunda metade do século XIX, a batata entrou decisivamente na alimentação diária dos portugueses, sendo cultivada sobretudo nas terras altas de Trás – os – Montes e da serra da Estrela.
A cultura do arroz estendeu-se pelas planícies dos rios Vouga, Mondego, Tejo, Sado, ocupando terras outrora submersas, assoreadas e de fraca produtividade. O seu cultivo permitiu reduzir os gastos com a sua importação.
A generalização do consumo destes dois produtos por parte da população mais pobre permiti-lhes resistir melhor às doenças e, consequentemente, melhorar a sua saúde.
Nas regiões do Norte, a batata substituiu o nabo e a castanha na alimentação. Foi também neste período que se assistiu à expansão da cortiça e de outras culturas tradicionais (trigo, vinha, milho, legumes, frutas). No Algarve, aumentaram as zonas de amendoeira e alfarrobeira.
MECANIZAÇÃO DA AGRICULTURA Simultaneamente, os proprietários agrícolas
mais endinheirados investiram na compra de novas alfaias e máquinas agrícolas, feitas em ferro: arados, charruas, ceifeiras, debulhadoras, grades, distribuidoras de adubos e enfeixadora.
A maior parte destas máquinas era movida pela força animal e humana, daí ter sido grande a novidade quando, pela primeira vez, se utilizou a debulhadora mecânica, acionada por uma máquina a vapor.
3- Indústria máquina a vapor - No início do século XIX, a indústria portuguesa
encontrava-se pouco desenvolvida quando comparada com outros países europeus. O seu atraso devia-se, sobretudo, à falta de investimento, de maquinaria, de mão de obra qualificada, de uma rede de transportes que permitisse a distribuição dos produtos e à concorrência estrangeira, que era muito forte uma vez que fabricava produtos de melhor qualidade e a preços acessíveis.
Neste século, foram chegado a Portugal máquinas movidas coma força do vento, da água, dos animais ou mesmo do Homem. Mas foi a partir de 1821, com a máquina a vapor à industria portuguesa, que se operou um revolução no processo produtivo.
Produção artesanal e produção industrial A anterior produção artesanal, onde os produtos eram feitos
à mão em pequenas oficinas por um pequeno número de artesãos , vai, gradualmente, substituída pela produção industrial que, utilizando moderna maquinaria, passou a produzir mais e em menos tempo. Surgiam assim as fábricas, que empregam um grande número de operários e onde era utilizada a energia do carvão para mover a máquina a vapor.
Esta máquina surgiu no final do século XVIII (1769), em Inglaterra, e foi também utilizada na agricultura, exploração mineira e transportes.
Uma só máquina a vapor punha em movimento, através de um sistema de correias, muitas outras máquinas. O trabalho dos operários decorria a um ritmo acelerado, uma vez que tinham de acompanhar o ritmo das máquinas.
O TRABALHO ARTESANAL NUMA ANTIGA OFICINA FAMILIAR
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS INDÚSTRIAS No final do século XIX, havia duas zonas industriais
que se destacavam em Portugal, ambas concentradas no litoral:
- a zona do Porto/Braga/Guimarães, onde existiam sobretudo indústrias têxteis e de confeções;
- a zona de Lisboa, Barreiro, Setúbal, onde se concentravam as indústrias metalúrgicas e químicas.
A concentração das fábricas em zonas do litoral, com muita população , transformou de forma decisiva a paisagem. Surgiram problemas como o barulho e a poluição que punham em risco a saúde da população.
4- A EXPLORAÇÃO MINEIRA O desenvolvimento da agricultura e da indústria, bem como a
modernização das vias de comunicação e dos transportes, exigiu grandes quantidades de carvão, cobre e ferro.
Estes minérios quase não eram explorados no nosso país, recorrendo-se por isso à sua importação. Daí a necessidade, sentida neste período, de intensificar o aproveitamento dos recursos minerais do país.
Portugal precisava de cobre e ferro para a construção de alfaias agrícolas, máquinas, carris, vagões, estruturas de pontes, grandes edifícios e de carvão para aquecer a água das caldeiras das máquinas a vapor, que cada vez mais eram utilizadas nas várias atividades económicos.
Como vês, o carvão era, no século XIX, a principal fonte de energia.
CURIOSIDADE Mão de obra – trabalho
manual para executar uma obra ou fabricar um produto.
Matéria-prima – substância essencial à fabricação de um produto.
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Autores do livro - Eliseu Alves, Ana Isabel Silva, Manuela Mendes, Sónia Botelho, João Amado Mendes (revisão científica), Ano de edição – 2012, o titulo do livro – “História e Geografia de Portugal 6º ano, Saber em ação”, a editora – Porto editora, as páginas que usei foram – da página 63 à página 71.
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FIM!!!