Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

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JOÃO INÁCIO DA SILVA FILHO IMPLEMENTAÇÃO DE CIRCUITOS LÓGICOS FUNDAMENTADOS EM UMA CLASSE DE LÓGICAS PARACONSISTENTES ANOTADAS Dissertação apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Engenharia. São Paulo 1997

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JOÃO INÁCIO DA SILVA FILHO

IMPLEMENTAÇÃO DE CIRCUITOS LÓGICOS FUNDAMENTADOS EM

UMA CLASSE DE LÓGICAS PARACONSISTENTES ANOTADAS

Dissertação apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Engenharia.

São Paulo

1997

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JOÃO INÁCIO DA SILVA FILHO

IMPLEMENTAÇÃO DE CIRCUITOS LÓGICOS FUNDAMENTADOS EM UMA CLASSE DE LÓGICAS

PARACONSISTENTES ANOTADAS Dissertação apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Engenharia. Área de Concentração : Microeletrônica Orientador : Prof. Dr. Pedro Luís Próspero Sanchez

São Paulo

1997

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da Silva Filho, João Inácio Implementação de Circuitos lógicos Fundamentados em uma classe de Lógicas Paraconsistentes Anotadas. São Paulo, 1997. 131 p. Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia Eletrônica. 1.Circuitos Lógicos 2.Lógica não-Clássica 3.Lógica Paraconsistente 4. Lógica Paraconsistente Anotada 5.Circuitos CMOS I. Universidade de São Paulo. Escola Politécnica. Departamento de Engenharia Eletrônica II.t

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À minha esposa Maristela e aos meus filhos Mônica e Marcelo pelo apoio, dedicação e incentivo necessários à elaboração deste trabalho.

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AGRADECIMENTOS Ao Prof. Doutor Pedro Luís Próspero Sanchez, pelo apoio constante e orientação valiosa no desenvolvimento deste trabalho. Ao Prof. Doutor Jair Minoro Abe, pela ajuda, comentários e sugestões na elaboração deste trabalho. Ao Prof. Doutor Wilhelmus A. M. Van Noije pelo incentivo e colaboração. Ao Professor Luiz Carlos Moreira pela dedicação e amizade demonstrada ao longo destes anos. Aos amigos do Laboratório de Sistemas Integráveis : Soraya Rita Mont’Alegre, José Henrique P. Andrade, Marcio Toma, João Navarro Fábio Luís Romão Rogério A. Neves Tenório pela ajuda e sugestões técnicas de grande valia.

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SUMÁRIO CAPÍTULO 1 - APRESENTAÇÃO 1.1 Introdução ..............................................................................11 1.2 Objetivos do trabalho............................................................ 12 1.3 Justificativa da elaboração da pesquisa...................................13 1.4 Organização do trabalho...........................................................14 CAPÍTULO 2 - INTRODUÇÃO E NOTA HISTÓRICA 2.1 Introdução................................................................................16 2.2 Nota Histórica ..........................................................................18 CAPÍTULO 3 - APRESENTAÇÃO DA LÓGICA PARACONSISTENTE 3.1 A lógica Paraconsistente.........................................................22 3.2 A Lógica Paraconsistente Anotada Pτ ....................................24 CAPÍTULO 4 - ELABORAÇÃO DAS TABELAS-VERDADES À PARTIR DA LÓGICA PARACONSISTENTE ANOTADA 4.1- Elaboração das tabelas-verdades...............................................30 4.2- Tabelas-verdades dos Operadores Unários n............................42 4.3- Tabela-verdade do Operador COMPLEMENTO.....................44 4.4- Tabela-verdade da Conjunção- Conectivo AND .....................44 4.5- Tabela-verdade da Disjunção - Conectivo OR.........................45 CAPÍTULO 5 - IMPLEMENTAÇÃO DOS CIRCUITOS DAS PORTAS LÓGICAS PARACONSISTENTES 5.1 - Implementação dos circuitos lógicos........................................47 5.1.1 - Introdução...................................................................47

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5.2 - Circuito detetor de nível de tensão .........................................49 5.3 - Circuitos dos Operadores n ...................................................52 5.3.1- Operador i ...................................................................52 5.3.2- Operador j ...................................................................53 5.3.3- Operador k ...................................................................54 5.3.4 - Operador L ...................................................................55 5.3.5- Operador m ..................................................................55 5.3.6- Operador T ..................................................................56 5.4-Circuito do Operador COMPLEMENTO ..................................57 5.5-Circuito do Conectivo AND Paraconsistente...............................60 5.6-Circuito do Conectivo OR Paraconsistente.................................63 5.7-Conclusão.....................................................................................65 CAPÍTULO 6 - EXEMPLO DE APLICAÇÕES DAS PORTAS LÓGICAS PARACONSISTENTES 6.1 - Introdução..................................................................................66 6.2 - Implementação do circuito MAP ( Módulo Analisador Paraconsistente)..........................................................................69 6.3 - Implementação do circuito MFP ( Módulo Finalizador Paraconsistente)..........................................................................81 6.4 - Conclusões.................................................................................82 CAPÍTULO 7 - PROJETO E CONSTRUÇÃO DAS PORTAS LÓGICAS PARACONSISTENTES 7.1 -introdução..................................................................................84 7.2 - Características Construtivas .....................................................85

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7.3 - Diagramas dos circuitos definitivos das portas lógicas paraconsistentes....................................................................... 88 7.4- Layouts dos circuitos das portas lógicas paraconsistentes.......................................................................98

7.4.1- Circuito do detetor de nível de tensão............................98

7.4.2- Circuito dos Operadores Unários n.................................99

7.4.3-Circuito do Operador COMPLEMENTO.......................107

7.4.4- Circuito da porta lógica AND paraconsistente...............109

7.4.5- Circuito da porta lógica OR paraconsistente..................110

CAPÍTULO 8 - RESULTADOS DAS SIMULAÇÕES DOS CIRCUITOS DAS PORTAS LÓGICAS PARACONSISTENTES 8.1 -Introdução......................................................................................114 8.2 - Resultados das simulações...........................................................115 8.2.1 - Operadores unários n........................................................117

8.2.2 - Operador COMPLEMENTO...........................................125 8.2.3 - Porta lógica AND paraconsistente....................................126

8.2.4 - Porta lógica OR paraconsistente.......................................130 8.3 - Conclusões..................................................................................135 8.4 - Referências bibliográficas...........................................................137

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RESUMO Neste trabalho é apresentada uma nova família de portas lógicas digitais projetadas para receber e responder a sinais lógicos interpretados a partir da semântica das lógicas Paraconsistentes Anotadas. As Lógicas Paraconsistentes pertencem ao grupo das chamadas lógicas não-clássicas e diferem das lógicas convencionais por aceitarem a existência de sinais contraditórios ou inconsistentes de um modo não trivial. Nas lógicas paraconsistentes estas contradições ou inconsistências são convenientemente tratadas, produzindo como resultante o sinal que mais se aproxima do verdadeiro, dando a este, um certo grau de crença ou valoração. As portas lógicas e os circuitos aqui apresentados, foram projetados especialmente para que traduzam em sinais lógicos eletrônicos, os estudos desenvolvidos das lógicas paraconsistentes: a “ Lógica Paraconsistente Anotada” e a “Lógica Paraconsistente Cn” . Demonstra-se que os circuitos das portas lógicas paraconsistentes que foram projetados são plenamente compatíveis a qualquer circuito que utilize a lógica convencional binária. Portanto, os circuitos implementados com a Lógica Paraconsistente não têm a pretensão de substituir os circuitos eletrônicos digitais convencionais, mas, a sua principal aplicabilidade é nos casos em que a lógica binária se torna ineficiente, ou até mesmo impossível de ser aplicada. A “compatibilidade” da Lógica Paraconsistente com a lógica convencional binária possibilita o funcionamento em harmonia dos dois sistemas digitais: o binário e o paraconsistente. Com base na interpretação teórica da Lógica Paraconsistente Anotada foram extraídas as tabelas-verdades, possibilitando que fossem implementados os circuitos das portas lógicas paraconsistentes básicas. Estas portas lógicas primitivas foram denominadas de: Operadores n, Operador COMPLEMENTO Paraconsistente, Conectivo AND Paraconsistente e Conectivo OR Paraconsistente. Utilizando-se as portas lógicas primitivas aqui implementadas é apresentado um circuito, denominado Módulo Analisador Paraconsistente (MAP), que trata os sinais paraconsistentes, conforme a proposta teórica básica das Lógicas Paraconsistentes Anotadas. Este circuito é projetado utilizando-se principalmente das portas lógicas primitivas. Com a aplicação dos circuitos das portas lógicas paraconsistentes abrem-se possibilidades de se projetar circuitos mais complexos, tratando convenientemente as inconsistências que sempre aparecem em sistemas lógicos digitais. Todos os circuitos aqui apresentados foram projetados utilizando-se a técnica full custom para um processo digital CMOS de 1,2 µm, e as simulações foram feitas para o funcionamento numa freqüência típica de 50 Mhz.

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ABSTRACT In this work a new family of digital logic gate circuits designed to receive and to answer logic signals based on the Paraconsistent Annotated Logic semantics is presented. The Paraconsistent logic belongs to the group of the so-called non-classical logic, which is different from classical logic, because it allows in its structure inconsistent signals in a non trivial manner. In Paraconsistent logics the contradiction or inconsistency is treated and results in one signal very close to the true signal, together with a measurement of the degree of belief on the result. The logic gate and circuits presented were especially designed to translate into electronic logic signals the studies of a the “Paraconsistent Annotated Logic” and “Paraconsistent Logic Cn”. The logic gate circuits here presented were quite compatible with any circuit that uses the usual logic. Therefore, these designed circuits with Paraconsistent logic, do not intend to substitute the digital electronic circuits, on the contrary, the main application is where the binary logic is not adequate or even impossible to apply. By using Annotated Paraconsistent Logic the true-tables were extracted for the implementation of the circuits of the Paraconsistent logic gates. The primitive Paraconsistent logic gates were named: Operator n, Operator COMPLEMENT, Paraconsistent Connective OR and Paraconsistent Connective AND. One circuit named Paraconsistent Analyzer Module (PAM), was designed with these basic Paraconsistent logic gates. This module (PAM) deals the signals in agreement with the proposal of the Annotated Paraconsistent Logic. Paraconsistent logic circuits have great possibility of use in complex systems to process inconsistent signals, which are very common in everyday applications. Every circuit presented was designed with a CMOS 1,2µm digital process and the simulations were made for a typical frequency of 50 MHz.

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CAPÍTULO 1 - APRESENTAÇÃO

1.1 - INTRODUÇÃO

Nos grandes centros industriais é grande a necessidade dos constantes aumentos da

produção e melhora na qualidade dos produtos manufaturados. As metas de bom

desempenho só são alcançadas através do avanço tecnológico, o que se traduz por meio de

uma crescente automação das máquinas.

Os bons resultados obtidos, face a esta demanda, devem-se em grande parte aos

avanços nas pesquisas e na aplicação da tecnologia que abrange as áreas de Robótica e

Inteligência Artificial.

Portanto, é clara a necessidade cada vez maior que o Brasil entre rapidamente no

processo de incrementar pesquisas nesta área, ou corre o risco de ficar definitivamente fora

desta nova revolução industrial.

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É de extrema importância direcionar os esforços as pesquisas, tanto nas formas de

aplicação e implementação dos circuitos eletrônicos, como no intuito de se encontrar novos

processos tecnológicos.

A partir destas considerações definiu-se o objetivo deste trabalho, que é justamente

direcionado para pesquisa na área de eletrônica digital.

Os trabalhos prévios para a elaboração desta dissertação foram iniciados a partir do

curso “Introdução às Lógicas não-Clássicas”. Este curso faz parte do currículo para

obtenção dos créditos no programa de Pós-graduação Poli-USP, e como o próprio título

esclarece, aborda os estudos das lógicas não convencionais.

Entre os vários tipos de lógicas não-Clássicas estudadas, encontram-se as “Lógicas

Paraconsistentes”.

A pesquisa das lógicas Paraconsistentes teve até o momento um carácter

estritamente acadêmico, exceções feitas aos estudos da sua aplicabilidade demonstrada na

área de computação pela implementação dos sistemas computacional “Paralog” [18] e

“Paralog_e” [ 33 ]. Sendo assim, o trabalho desta dissertação, ao que se sabe, é o primeiro

que orienta as pesquisas para a sua aplicabilidade em têrmos de hardware.

1.2- OBJETIVOS DO TRABALHO

Estudar a Lógica Paraconsistente e sua aplicabilidade em circuitos eletrônicos

digitais.

Implementar blocos primitivos de Portas lógicas baseadas na Lógica

Paraconsistente Anotada .

Analisar o desempenho e funcionamento das portas lógicas paraconsistentes

utilizando programas computacionais simuladores de circuitos digitais .

Iniciar o desenvolvimento de circuitos eletrônicos e dispositivos específicos que

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utilizem lógica paraconsistente, permitindo que pesquisas posteriores venham a

resultar em projetos de dispositivos mais complexos.

1.3 - JUSTIFICATIVA DA ELABORAÇÃO DA PESQUISA

Este trabalho se justifica, principalmente, por ser o pioneiro nesta área de lógicas

paraconsistentes. De uma maneira geral se propõe a :

I - Obtenção de significativo avanço nas pesquisas da aplicabilidade das lógicas

paraconsistentes em circuitos digitais, como complemento da lógica binária .

II -Obter blocos lógicos primitivos que respondam as tabelas-verdades

fundamentadas na lógica paraconsistente, abrindo possibilidades de aplicações futuras em

circuitos digitais que requeiram maior complexidade.

III - Expandir a aplicação da lógica paraconsistente em circuitos eletrônicos digitais

demonstrando a vantagem desta aplicação em partes do sistema onde a lógica binária é

inoperante.

IV -Comprovar a aplicabilidade da lógica Paraconsistente em sistemas lógicos

digitais, abrindo caminho para investigações mais amplas, o que concorrerá para um avanço

na tecnologia que trata de Sistemas Lógicos, Robótica e Inteligência Artificial.

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1.4 - ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

O texto desta dissertação é organizado da seguinte forma:

CAPÍTULO 2 - INTRODUÇÃO E NOTA HISTÓRICA

Este capítulo apresenta uma introdução onde é exposta a origem dos estudos das

lógicas paraconsistentes. Neste capítulo também se descreve históricamente, de modo

resumido, como foi desenvolvida a teoria da Lógica Paraconsistente, bem como uma breve

menção aos cientistas que a idealizaram.

CAPÍTULO 3 -APRESENTAÇÃO DA LÓGICA PARACONSISTENTE .

Neste capítulo é apresentado um resumo das principais equações que moldam a

Lógica Paraconsistente Anotada. É dada uma idéia parcial dos estudos matemáticos que

estruturam a Lógica Paraconsistente Anotada. As equações e a semântica apresentadas

sucintamente neste capítulo são suficientes para se fazer a extração das tabelas-verdades

para implementação das portas lógicas paraconsistentes.

CAPÍTULO 4 - EXTRAÇÃO DAS TABELAS-VERDADES A PARTIR DA

LÓGICA

PARACONSISTENTE ANOTADA.

Este capítulo apresenta o método para a obtenção das tabelas-verdades dos blocos

primitivos da Lógica Paraconsistente, utilizando-se das equações e do raciocínio

matemático intuitivo apresentado no capítulo 2. Todas as tabelas-verdades dos principais

blocos lógicos estão expostas neste capítulo.

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CAPÍTULO 5 - IMPLEMENTAÇÃO DOS CIRCUITOS DAS PORTAS LÓGICAS

PARACONSISTENTES.

Neste capítulo são apresentados todos os diagramas dos circuitos das portas lógicas

primitivas. As portas lógicas: Operadores n, Operador COMPLEMENTO

Paraconsistente, Conectivo AND Paraconsistente e Conectivo OR Paraconsistente têm os

seus funcionamentos descritos.

CAPÍTULO 6 - EXEMPLO DE APLICAÇÕES DAS PORTAS LÓGICAS

PARACONSISTENTES .

Neste capítulo é apresentado um circuito composto por blocos lógicos primitivos

Paraconsistentes implementados no capítulo 5. O circuito projetado é denominado Módulo

Analisador Paraconsistente (MAP), cujo funcionamento obedece a teoria básica da Lógica

Paraconsistente Anotada.

CAPÍTULO 7 - PROJETO E CONSTRUÇÃO DAS PORTAS LÓGICAS

PARACONSISTENTES.

Este capítulo apresenta os principais aspectos do projeto das portas lógicas

paraconsistentes, mostrando as características construtivas e os layouts obtidos a partir do

detalhamento dos circuitos mostrados no capítulo 5.

CAPÍTULO 8 - RESULTADOS DAS SIMULAÇÕES DOS CIRCUITOS DAS

PORTAS LÓGICAS PARACONSISTENTES

Os resultados obtidos através de simulações e os layouts das portas lógicas são

apresentados neste capítulo. Os gráficos provenientes das simulações foram obtidos

utilizando o software AIM-SPICE 1.5a.

No final deste capítulo são apresentadas as conclusões finais, onde se discute as

limitações e projeções para futuras pesquisas originadas por este trabalho.

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CAPÍTULO 2 - INTRODUÇÃO E NÓTA HISTÓRICA

2.1- INTRODUÇÃO

Os circuitos eletrônicos utilizados em sistemas digitais, funcionam baseados na

lógica binária, desde a época em que foram primeiramente projetados.

As primeiras máquinas eletromecânicas construídas na década de 40, precursoras

dos atuais computadores eletrônicos, já utilizavam o sistema binário porque com apenas

dois símbolos podiam efetuar seus cálculos. Esta particularidade da lógica binária facilita a

sua representação por sinais elétricos.

Com o aparecimento dos dispositivos semicondutores, por volta de 1950, ocorreu

um aumento significativo de projetos de circuitos digitais que utilizam a lógica binária. Este

aumento deve-se principalmente ao fato dos dispositivos semicondutores, utilizados nos

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circuitos digitais serem facilmente polarizados e transformados em chaves do tipo On-Off .

Estas chaves em determinado momento deixam passar corrente elétrica, e no instante

seguinte podem impedir a passagem da corrente.

Nos sistemas digitais encontramos sinais variáveis que são especiais, porque só

podem assumir dois valores possíveis. Idealmente considera-se que as transições que

ocorrem entre estes dois valores, são tão abruptas, que não existe nenhum outro valor

intermediário. Portanto, as palavras “Falso” (F) e “Verdadeiro” (V) são usadas para definir

estes dois valores.

O sinal verdadeiro é em geral representado por um certo nível de tensão (V1) de

polaridade positiva, e o sinal falso é representado por um nível de tensão (V2) de

polaridade negativa. A lógica que adota esta convenção é chamada de lógica binária

positiva.

A lógica clássica ou lógica convencional elabora o cálculo proposicional utilizando-

se de valores binários que permitem obter com facilidade as tabelas-verdades do Conectivo

da Negação e dos Conectivos AND e OR das sentenças lógicas [30].

A lógica clássica foi convenientemente tratada e formulada algebricamente,

apresentando resultados satisfatórios, e como é plenamente sabido, isto permitiu a

implementação e elaboração de projetos de sistemas lógicos binários de grande porte e alto

desempenho.

No entanto, há algumas situações onde a lógica clássica não é capaz de tratar

adequadamente os sinais lógicos envolvidos. Uma destas situações relevantes é quando

aparecem sinais conflitantes nas entradas de um circuito lógico. Nestes casos, os circuitos

lógicos que utilizam a lógica binária, ficam impossibilitados de qualquer ação e não podem

ser aplicados.

Um caso muito comum é quando um sinal que é esperado como verdadeiro se

apresenta como falso, criando uma situação de inconsistência nas entradas do circuito. O

circuito binário, que trabalha com apenas dois estados de saída não tem condições de

apresentar uma resposta satisfatória, optando quase sempre por um desligamento do

sistema, ou travando-o, para em seguida acionar um alarme.

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Por conseguinte, necessitamos buscar sistemas lógicos em que se permitam

manipular diretamente o conceito de contradição.

A lógica paraconsistente, que admite proposição com valores lógicos contraditórios

como válidos, apresentada nos estudos da “Lógica Paraconsistente Anotada” [14] e na

“Lógica Paraconsistente Cn” [16] é aplicável nestes casos, além de ser plenamente

compatível com a lógica convencional ou binária.

O objetivo central deste trabalho é estudar a aplicabilidade da Lógica

Paraconsistente Anotada e da Lógica Paraconsistente Cn , em questões de teoria dos

circuitos eletrônicos onde justamente ocorram inconsistências em circuitos. Como

resultado, foram obtidos circuitos que tratam das situações de inconsistências. Estes

circuitos funcionam com sinais lógicos que respondem as sinais inconsistentes, conforme

estabelecidos pelas Lógicas Paraconsistentes, mais especificamente as Lógicas

Paraconsistentes Anotadas.

2.2- NOTA HISTÓRICA

Conforme a classificação dada em [4 ], o estudo geral da Lógica se divide em dois

grandes campos, a saber: a Lógica Dedutiva e a Indutiva. O campo da Lógica Dedutiva

inclui dois tipos de lógicas: as Lógicas Clássicas e as não-Clássicas. O ramo das Lógicas

não-Clássicas por sua vez se divide no grupo das lógicas complementares da Clássica e no

grupo das lógicas rivais ou heterodoxas.

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As Lógicas Polivalentes (multivaloradas), as Lógicas Difusas (Fuzzy) e as Lógicas

Paraconsistentes, pertencem ao grupo das lógicas rivais ou heterodoxas, e estão atualmente

sendo objetos de grande interesse nos principais centros de pesquisas [ 27 ].

O principal objetivo nestas pesquisas é a aplicação de uma lógica que difere em

muitos aspectos da lógica convencional. Em alguns casos, procura-se uma lógica que seja

aplicável naquelas áreas onde a lógica clássica não se apresenta de modo eficiente, e até

mesmo em áreas onde a lógica convencional seja impossibilitada de ser aplicada por ser

uma lógica binária.

As Lógicas Paraconsistentes têm atraído a atenção de um número crescente de

pesquisadores com o objetivo de equacionar suas sintaxes e semânticas. Como resultado,

vários trabalhos de carácter teóricos sobre as lógicas paraconsistentes foram publicados

conforme atesta as referências bibliográficas no final deste trabalho.

As Lógicas Paraconsistentes têm como característica principal a aceitação de

proposições conflitantes ou contraditórios. Portanto, um sinal lógico pode ser admitido

como verdadeiro apesar de se apresentar como falso. Quando o circuito receber dois sinais

logicamente diferentes, onde deveriam ser iguais, deve-se analisar suas anotações e tomar

uma decisão, estabelecendo-se qual é o valor lógico do sinal verdadeiro evitando a

paralização do sistema.

Esta análise é feita basicamente através de consultas a outras fontes, para que

se verifique a veracidade das informações, apresentando como resultado um sinal que

expresse a situação verdadeira acompanhado com um certo grau de crença simbolizado por

anotações.

A aplicabilidade prática da lógica paraconsistente resulta numa análise profunda no

ponto de vista da engenharia eletrônica no que tange a vários fatores, como: potência

dissipada do circuito, área útil e dimensões do circuito integrado (CI), juntamente com a

potenciabilidade de aplicações em sistemas eletrônicos digitais.

Dentro da família das Lógicas Paraconsistentes temos dois importantes estudos. São

os “Sistemas Cn , 1≤ n < ω”, introduzidos por da Costa [15] e as “Lógicas Anotadas

Paraconsistentes” [ 6 ], estudadas principalmente por da Costa, Subrahmanian, Abe, Vago

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e outros. Os projetos dos circuitos das portas lógicas paraconsistentes, são originados dos

resultados apresentados principalmente nestes dois trabalhos.

Os precursores do estudo da Lógica Paraconsistente foram :

Nikolaj A. Vasil’év, nascido na Rússia em 1860 e Jan Lukasiewics, nascido na

Polônia em 1878 .

Independentemente, os dois publicaram em 1910 trabalhos aos quais tratavam da

possibilidade de uma lógica que não eliminasse, ab initio, as contradições. No entanto estes

estudos, no que se refere à paraconsistência, se restringiram à lógica aristotélica tradicional .

Em 1948 e 1954 o lógico polonês S.Jàskowski (1906-1963) e o brasileiro Newton

C.A.da Costa (1929- ), respectivamente, embora independentemente, edificaram a

Lógica Paraconsistente.

S.Jàskowski formalizou um cálculo proposicional paraconsistente denominado

Cálculo Proposicional Discursivo.

O lógico brasileiro Newton C. A. da Costa desenvolveu vários sistemas

paraconsistentes contendo todos os níveis lógicos usuais: cálculo proposicional , cálculo de

predicados, cálculo de predicados com igualdade, cálculo de descrições e linguagem de

ordem superior ( na forma de teoria dos conjuntos). Referências para esta parte são [16

] e [17 ].

Em 1976 o filósofo peruano Francisco Miró Quesada introduziu o nome

Paraconsistente a estes estudos, sendo rapidamente adotado pela comunidade científica

mundial.

Em 1992 o lógico brasileiro J. M. Abe apresentou na Universidade de São Paulo

um estudo aprofundado com resultados relevantes da lógica paraconsistente anotada Qτ ,

com a tese “Fundamentos da Lógica Anotada” [1 ].

Em 1996 é apresentado por B. C. Ávila uma aplicação da Lógica Paraconsistente em

sistemas de Frames com a implementação de um raciocinador de herança denominado

Paralog_e [8].

Também em 1996, J.P.Almeida Prado implementou uma arquitetura para

Inteligência Artificial Distribuída baseada em Lógica Paraconsistente Anotada [33].

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Como pode ser verificado nas referências bibliográficas no final deste trabalho,

existem inúmeras publicações de âmbito internacional envolvendo resultados de pesquisas

em Lógica Paraconsistente, demonstrando que hoje em dia este é um tema de pesquisa

corrente entre muitos investigadores de renome mundial.

Devido ao significativo crescimento da importância desses estudos, em meados de

1997 vai acontecer o primeiro congresso mundial sobre Lógica Paraconsistente na

Universidade de Ghent, na Bélgica.

Neste congresso serão apresentados os mais recentes resultados de diversas

pesquisas desenvolvidas na área da Lógica Paraconsistente, inclusive os resultados do

presente trabalho [21] e [22].

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CAPÍTULO 3 - APRESENTAÇÃO DA LÓGICA PARACONSISTENTE

3.1- A LÓGICA PARACONSISTENTE

Neste capítulo apresenta-se um resumo da linguagem formal que compõe a Lógica

Proposicional Paraconsistente Anotada (Pτ ). A teoria aqui apresentada, de forma sucinta

contém as principais definições, e é suficiente para a elaboração das tabelas-verdades dos

blocos lógicos primitivos paraconsistentes. Em [1] é feito um amplo estudo destas lógicas

onde o autor demonstrou teoremas de correção e completeza para os cálculos Qτ

(lógicamente de primeira ordem), e é utilizado como principal referência para as notações e

convenções utilizadas neste trabalho.

Como o trabalho está fortemente baseado no conceito de paraconsistência é

conveniente a apresentação de algumas considerações sobre estas lógicas.

Comecemos com as seguintes definições: seja T uma teoria fundada sobre uma

lógica L , e suponha-se que a linguagem de L e T contenha um símbolo para a negação (se

houver mais de uma negação, uma delas deve ser escolhida, pelas suas características

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matemáticas ). A teoria T diz-se inconsistente se ela possuir teoremas contraditórios, i.e.,

tais, que uma é a negação da outra; caso contrário, T diz-se consistente . A teoria T diz-se

trivial se todas as fórmulas de L ( ou todas as fórmulas fechadas de L ) forem teoremas de

T; em hipótese contrária, T chama-se não trivial.

As seguintes definições são importantes para o entendimento da proposta

apresentada neste trabalho. São elas :

Uma lógica L chama-se Paraconsistente se puder servir de base para teorias

inconsistentes mas não-triviais [16].

Uma lógica L é chamada de Paracompleta se ela puder ser a lógica subjacente a

teorias nas quais se infringe a lei do terceiro excluído na seguinte forma: de duas

proposições contraditórias, uma delas é verdadeira.

De modo preciso, uma lógica se diz paracompleta se nela existirem teorias não-

triviais maximais às quais não pertencem uma dada fórmula e sua negação.

Finalmente, uma lógica L denomina-se Não-Alética se L for Paraconsistente e

Paracompleta.

Verifica-se que, a não adequação da Lógica Clássica ao tratamento das

inconsistências deve-se ao fato de que na Lógica Clássica, se T é uma axiomatização de

uma teoria inconsistente, então toda a fórmula F da linguagem subjacente a tal teoria é uma

consequência lógica de T.

É facilmente demonstrável que a presença de uma contradição na Lógica Clássica,

trivializa qualquer teoria baseada na lógica clássica. Por conseguinte, a Lógica Clássica é

impotente para manipular diretamente o conceito de inconsistência, não podendo fazer um

tratamento não trivial na presença de contradições

No entanto, a inconsistência, que se pode apresentar como a discordância entre duas

propostas, é de extrema importância, porque pode trazer informações que não podem ser

desprezadas [33]. A existência da inconsistência é que induz ao sistema buscar novas

informações ou evidências, por exemplo, consultar outros informantes, resultando numa

conclusão mais adequada.

A busca de novas evidências até que as dúvidas causadas pela inconsistência sejam

diluídas transforma o sinal resultante em um sinal extremamente confiável.

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Baseados nos conceitos das definições apresentadas, fica claro que os circuitos

eletrônicos digitais, funcionando com base na Lógica Paraconsistente Anotada, melhoram a

precisão nas respostas, evitando por exemplo erros ou paralisação de suas atividades,

causados pelo aparecimento de sinais inconsistentes ou contraditórios .

Portanto, a aplicação da lógica paraconsistente tem como objetivo principal, a

melhora no desempenho de circuitos lógicos utilizados em várias áreas da engenharia

eletrônica, principalmente sistemas digitais de Inteligência Artificial, onde é comum se

deparar em situações em que dois sinais de valores lógicos distintos são verdadeiros, mas

não se tem certeza no que se refere às conclusões que deverão ser tomadas pelo circuito.

Em [ 11 ] são apresentados vários exemplos de aparecimento de sinais contraditórios nesta

área.

3.2- A LÓGICA PARACONSISTENTE ANOTADA Pτ

Em [ 1 ] é feito um estudo aprofundado com demonstrações exaustivas, onde se tem

um apanhado geral sobre a Lógica Paraconsistente Anotada, inclusive com muitos

exemplos ilustrativos de inconsistências em vários campos, principalmente na área da

Ciência da Computação.

Nesta seção é apresentado um resumo da linguagem e o vocabulário que compõem a

Lógica Proposicional Paraconsistente Anotada (Pτ ) com base na referência acima.

Esta apresentação de forma sucinta, com as principais definições é suficiente para

ser utilizada na elaboração das tabelas-verdades dos blocos lógicos primitivos. Para um

estudo mais completo, ver referência [1] já citada.

Inicialmente, fixamos um reticulado finito denominado de reticulado de valores-

verdade, τ = < | τ | ,≤ > . Como se sabe, τ é um reticulado se :

1. ∀x , x ≤ x (reflexividade).

2. Se x ≤ y e y ≤ x ⇒ x = y ( anti-simetria).

Page 25: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

25

3. Se x ≤ y e y ≤ z ⇒ x ≤ z ( transitividade ).

4. ∀x , y ∈ |τ | , existe o supremo de x e y que denotamos por x y .

5. ∀x , y ∈ |τ | , existe o ínfimo de x e y que denotamos por x ∧ y .

Associamos a este reticulado os seguintes símbolos :

, que indica o mínimo de τ ;

, que indica o máximo de τ .

A representação de um reticulado finito se faz usualmente através do diagrama de

Hasse [ 2 ]; por exemplo :

Figura 3.1 - Reticulado finito “quatro”.

Fixamos, também, um operador :

~ : |τ | → |τ |

que terá, intuitivamente o “significado” da negação da lógica Pτ .

No exemplo anterior ele define-se como :

= inconsistente

0 = Falso 1= verdadeiro

= desconhecido

Page 26: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

26

~ ( 1 ) = 0

~ ( 0 ) = 1

~ ( T ) = T

~ (⊥ ) = ⊥

A linguagem de Pτ é composta do seguinte vocabulário :

1) Variáveis proposicionais: p1 , p2 , p3 , ... , pn ,...

2) Conectivos lógicos:

( Negação)

∧ ( Conjunção ou “E” )

∨ ( disjunção ou “OU” )

→ ( Implicação )

3) Constantes anotacionais: θ , λ , µ ,... (elementos do reticulado τ ).

4) Símbolos auxiliares : ( , ) .

As fórmulas de Pτ são definidas pela seguinte definição indutiva generalizada:

1- Se p é uma variável proposicional e λ é uma constante anotacional, então pλ

Page 27: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

27

é uma fórmula (atômica).

2- Se A é uma fórmula então A é uma fórmula .

3- Se A e B são fórmulas, então A ∧ B , A ∨ B e A → B são fórmulas.

4 - Uma expressão é uma fórmula se e somente se for obtida pela aplicação de uma

das cláusulas 1 , 2 , ou 3 acima.

A fómula A é lida como “A negação de A”.

A fómula A ∧ B é lida como “A conjunção de A e B ”.

A fómula A ∨ B é lida como “A disjunção de A e B ”.

A fómula A →B é lida como “A implicação de B por A”.

Intuitivamente uma fórmula atômica pµ é lida como: “creio na proposição p

com grau de Crença de no máximoµ , ou até µ (≤ µ ).

Se p é uma letra proposicional e µ ∈ |τ |, então uma fórmula atômica do

tipo

k pµ onde , k ≥ 0, denomina-se hiper-literal ( ou simplesmente literal ). As demais

fórmulas denominam-se fórmulas complexas.

O estudo da semântica das lógicas Pτ é apresentado de modo resumido da seguinte

forma:

Interpretação

Uma interpretação relativa às lógicas Anotadas Pτ é uma função I: P → |τ |

(onde P é o conjunto das variáveis proposicionais).

Page 28: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

28

A cada interpretação I, associamos uma valoração, V I : F →{ 0 ,1 }, onde F é o

conjunto de todas as fórmulas.

A valoração V I é definida indutivamente por:

1) Se p é uma letra proposicional, então: VI ( pµ ) = 1 ⇔ I (p) ≥ µ VI ( pµ ) = 0 ⇔ I (p ) ≥ µ VI (

k pµ ) = VI ( k -1 p~ µ ) onde , k ≥ 1

2) Se A e B são fórmulas quaisquer, então: VI (A →B) = 1 se e somente se VI (A) = 0 ou VI (B) = 1 VI (A ∧ B ) = 1 se e somente se VI (A) = 1 e VI (B) = 1 VI (A∨ B ) = 1 se e somente se VI (A) = 1 ou VI (B) = 1 Definições Uma interpretação relativa a Pτ , I : P → | τ | se diz inconsistente se existir

p ∈ P e µ ∈ | τ | tal que:

VI (pµ ) = 1 = VI ( pµ ) Uma interpretação relativa a Pτ , I : P → | τ |: se diz não-trivial se existir p ∈ P e µ ∈ |τ | tal que: VI (pµ ) = 0

Page 29: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

29

Uma interpretação relativa a Pτ , I : P → | τ |: se diz paraconsistente se for

inconsistente e não-trivial.

A lógica Pτ se diz Paraconsistente se ela admitir uma interpretação paraconsistente. A Lógica Paraconsistente apresenta nas suas valorações as características de uma

Lógica de Multivalores. Portanto, de acordo com os estudos apresentados por Rosser

&Turquette[38], fica demonstrado que uma lógica multivalorada é funcionalmente completa

se existirem as funções unárias definidas como:

R se x = k Jk (x) = 0 se x = k Onde: R é o valor distinguido.

Page 30: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

30

CAPÍTULO 4 -ELABORAÇÃO DAS TABELAS-VERDADES A PARTIR DA LÓGICA PARACONSISTENTE ANOTADA

4.1- ELABORAÇÃO DAS TABELAS-VERDADES

As Lógicas Anotadas são lógicas paraconsistentes, e em geral paracompletas e não-

aléticas.

A partir da teoria das Lógicas Paraconsistentes Anotadas apresentada de modo

sucinto no capítulo 3, é feita a extração das tabelas-verdades, possibilitando assim, a

elaboração dos circuitos das principais funções lógicas paraconsistentes.

Um reticulado de Hasse como o proposto por Anand, Subrahmanian e Flog [6] é

apresentado conforme se segue:

Seja um reticulado finito τ = <|τ |, ≤ >, onde :

|τ |= { ⊥ ,t , f, lt, lf ,T}. As constantes anotacionais do

reticulado representam :

⊥ ⇒ Indefinido

t ⇒ Verdadeiro

f ⇒ Falso

Page 31: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

31

lt ⇒ Quase - verdadeiro

lf ⇒ Quase - falso

T ⇒ Sobre-definido

Em uma lógica de 6 anotações, pode ser visto de forma intuitiva como

inconsistente. A ordem ≤ subjacente é representada pelo diagrama de Hasse [6] conforme

figura a seguir:

Figura 4.1 - Diagrama de Hasse - reticulado “seis”.

Considera-se, também, um operador unitário ~ : |τ | → |τ | ; a exposição que se

segue pode ser imediatamente adaptada a um reticulado finito arbitrário.

O operador ~ : |τ | → |τ | define-se como:

~ ( t ) = f ; ~ ( f ) = t ;

~ ( lf ) = lt ;

~ ( lt ) = lf ;

Page 32: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

32

~ ( ⊥ ) =⊥ ;

~ (T) = T ; onde o símbolo ~ tem o

significado de negação, como já se observou.

Em [ 43 ] as anotações são interpretadas como evidências. As evidências possuem

um papel importante na tomada de decisão quando o circuito recebe informações

contraditórias. Em um circuito de Inteligência Artificial, por exemplo, deve-se levar em

conta todas as possibilidades ou evidências antes de se tomar uma decisão.

No raciocínio evidêncial dois valores são associados a uma anotação do reticulado.

O primeiro valor representa a evidência favorável à proposição p, e o outro a evidência

contrária à proposição p.

A definição para as anotações e para o operador ~ é apresentada a seguir. Se p é uma fórmula básica e o operador ~ : |τ | → |τ | é definido como:

~ [(µ 1 , µ 2 )] = (µ 2 , µ 1 ) onde, µ 1 , µ 2 ∈ { x ∈ ℜ | 0 ≤ x ≤ 1}, considera-se [µ 1 , µ 2 ] como uma anotação de p . As coordenadas µ 1 e µ 2 podem ser lidas como “o grau de crença atribuído a p ”

e o “grau de descrença atribuído a p ”, respectivamente.

Neste trabalho, para melhor facilidade de manipulação dos sinais lógicos,

envolvidos nos circuitos eletrônicos, optou-se pela utilização de anotação de “uma”

coordenada. Portanto, a anotação atribuída à proposição é composta por um único

elemento µ . Este elemento representará o grau de crença que será atribuído à proposição.

Com isto, o grau de descrença ficará subentendido como sendo o complemento do

grau de crença.

O circuito eletrônico reconhecerá o sinal da valoração da fórmula proposicional

como “verdadeiro” ou “falso” pela análise do sinal lógico do grau de crença, da seguinte

forma :

p (0) ⇒ O sinal da valoração da fórmula proposicional é Falso.

Page 33: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

33

p(1/4) ⇒ O sinal da valoração da fórmula proposicional é Quase-falso . p(1/2) ⇒ O sinal da valoração da fórmula proposicional é Indeterminado . p(3/4) ⇒ O sinal da valoração da fórmula proposicional é Quase-verdadeiro. p(1) ⇒ O sinal da valoração da fórmula proposicional é Verdadeiro. p ( ) ⇒ O sinal da valoração da fórmula proposicional é Inconsistente Nos limites, a valoração da fórmula proposicional é verdadeira, se o grau de crença

atribuída à proposição p for de valor “1”. Por outro lado, a valoração da fórmula

proposicional é falsa, se o grau de crença atribuída à proposição p for de valor “0”.

Contudo, na prática, pode-se considerar o caso em que o circuito eletrônico analisa

apenas a anotação, e como resultado atribui-se um valor lógico à fórmula proposicional, da

seguinte forma :

Anotação valoração da fórmula proposicional 0 sinal lógico 0 1/4 sinal lógico 1/4 1/2 sinal lógico indeterminado 3/4 sinal lógico 3/4 1 sinal lógico 1 sinal lógico inconsistente A anotação ou grau de crença apresenta valores entre 0 e 1, portanto, aos valores

lógicos maiores que 1/2, se atribuirá uma conotação de “verdade” à valoração da fórmula

proposicional, e aos valores lógicos menores que 1/2 se atribuirá uma conotação de

“falsidade”.

Para que seja efetuada uma negação no sinal da valoração da fórmula proposicional,

basta fazer o complemento usual da anotação, ou seja, subtraído de 1.

Page 34: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

34

Considerando-se o que foi exposto até agora, trataremos o valor lógico

paraconsistente sendo modelado por ( p , v ), onde :

p ⇒ proposição atômica v ⇒ anotação ou grau de crença Denominamos de valor lógico paraconsistente o sinal constituído do par ( p , v ),

que será interpretado pelo circuito eletrônico conforme determinadas características

elétricas.

Para elaboração das tabelas-verdades vamos utilizar semânticas paraconsistentes

denominadas de semânticas de maximização.

Nestas semânticas de maximização, a proposição p será verdadeira se o valor

máximo que o grau de crença v confere a p é 1. A negação de p será verdadeira se o

valor mínimo de p em v for 0.

Tratando a proposição e os graus de credibilidade que lhe são atribuídos como

sinais lógicos teremos a seguinte equivalência:

Proposição p ⇒ verdadeiro = 1 p ⇒ falso = 0 anotação v 0 ≤ grau de crença ≤ 1 grau de descrença = 1 - grau de crença A utilização de uma única anotação facilita a manipulação dos sinais lógicos pelo

circuito. Sendo assim, considera-se neste projeto a anotação atribuída à proposição

composta de um único elemento µ 1 .

O reticulado finito, proposto na figura 4.1, pode ser agora representado da seguinte

forma :

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35

Figura 4.2 - Diagrama de Hasse - reticulado “seis” com valores lógicos paraconsistentes.

O reticulado com os valores lógicos paraconsistentes obedece a definição do diagrama de

Hasse, porque:

10 - O valor paraconsistente sobredefinido ( ) representado como

anotação máxima, é um valor inconsistente, e intuitivamente é equivalente a um valor

maior que 1.

20 - O valor paraconsistente indefinido ( p, 1/2 ), representado como

anotação mínima, pode ser considerado ( 0 , 0 ).

Estas duas observações satisfazem plenamente a definição do diagrama de Hasse.

Os valores paraconsistentes do reticulado, também, satisfazem a negação porque:

~ ( t ) = f A negação de verdadeiro é falso.

Do reticulado com os valores lógicos paraconsistentes teremos:

~ (p,1) = (p,0)

Page 36: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

36

Considerando-se uma “identificação” da valoração da fórmula proposicional com a

proposição, pode-se afirmar que:

uma proposição de valor p com uma anotação de valor 1, é a negação de uma proposição

de valor p com uma anotação de valor 0.

~ (1,1) = (1,0) Podemos afirmar que:

uma proposição de valor “1” com 100% de crença (Verdade), é a negação de uma

proposição de valor “1” com 0% de crença (Falso).

A negação de falso é verdadeiro.

~ (1,0) = (1,1) Podemos afirmar que:

uma proposição de valor “1” com 0% de crença (falso), é a negação de uma proposição

de valor “1” com 100% de crença (verdadeiro).

~ ( lf ) = lt A negação de quase-falso é quase-verdadeiro.

Do reticulado, com os valores lógicos paraconsistentes teremos:

~ (p,1/4) = (p,3/4) uma proposição de valor “1” com 25% de crença, é a negação de uma proposição de

valor “1” com 75% de crença, porque equivale a uma proposição “0”com 25% de

crença.

~ ( lt ) = lf A negação de quase-verdadeiro é quase-falso .

Do reticulado, com os valores lógicos paraconsistentes teremos:

~ (p,3/4) = (p,1/4) uma proposição de valor “1” com 75% de crença, é a negação de uma proposição de

valor “1” com 25% de crença, porque esta equivale a uma proposição “0” com 75% de

crença.

~ (⊥ ) = ⊥ A negação de indefinido é indefinido.

Do reticulado, com os valores lógicos paraconsistentes teremos:

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37

~ (p,1/2) = (p,1/2) Utilizando-se o mesmo processo de inversão das anotações pode-se afirmar que:

uma proposição de valor “0” com 50% de crença, é a negação de uma proposição de valor

“0” com 50% de crença.

~ (0,1/2) = (0,1/2) Neste caso, não se verifica mudanças no sinal lógico paraconsistente, tanto o valor

da proposição como o valores das anotações permanecem inalterados. Como a suas

anotações valem 1/2, tratam-se de sinais indefinidos, portanto, pode-se concluir que:

uma proposição de valor “0” com 50% de crença, equivale a uma proposição de valor

“1” com 50% de crença, satisfazendo a definição.

~ ( T) =T A negação de sobre-definido é sobre-definido:

Como tratam-se de valores inconsistentes, as duas afirmações são verdadeiras. Isto

é: um valor “1” com grau de crença sobre-definido, é a negação de um valor “1” com

grau de crença sobre-definido.

Com isso é satisfeita a definição.

Neste modelo de reticulado pode-se acrescentar infinitas anotações. O acréscimo destas anotações será limitado por condições físicas de projetos. Como exemplo, são acrescentadas mais duas constantes anotacionais ao diagrama de Hasse as quais denominamos: llf → quase-quase falso llt → quase-quase verdadeiro Com a inclusão destas duas novas constantes anotacionais ao reticulado, o conjunto passa a

ser:

|τ | = { ⊥ ,t , f, lt, lf, llt, llf , }. Cada constante anotacional tem agora as seguintes denominações : ⊥ ⇒ Indefinido t ⇒ Verdadeiro f ⇒ Falso

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38

lt ⇒ Quase-verdadeiro lf ⇒ Quase-falso llt ⇒ Quase-quase verdadeiro llf ⇒ Quase-quase falso T ⇒ Sobre-definido ou inconsistente O diagrama de Hasse com as novas contantes anotacionais fica da seguinte forma:

Figura 4.3 - Diagrama de Hasse - reticulado 8 .

O diagrama de Hasse da figura 4.3, com os respectivos valores paraconsistentes que

representam as constantes anotacionais, é apresentado na figura a seguir:

Page 39: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

39

Figura 4.4 - Diagrama de Hasse - reticulado 8 -com valores lógicos paraconsistentes. No diagrama de Hasse da figura 4.4, pelo “lado direito” temos os valores

paraconsistentes de proposição “falso”, portanto , representado pelo valor “0”. Pelo “lado

esquerdo” temos os valores paraconsistentes de proposição “verdadeiro”, representado pelo

valor “1”.

Verifica-se que o valor da anotação ou grau de crença, varia de um valor máximo de

1 até um valor mínimo de 1/2, pelo “lado esquerdo” (verdade), e pelo “lado direito” (falso)

os valores são o complemento.

Podem-se incluir N (infinitos) valores anotacionais diminuindo-se os intervalos

entre as valorações. O número N somente é limitado por características construtivas das

portas lógicas paraconsistentes.

No reticulado da figura 4.4 são definidos os valores paraconsistentes que expressam

equivalências como :

( 0 , 0 ) ≅ ( 1, 0 ) ( 0 , 1/4 ) ≅ ( 1, 3/4 ) ( 0 , 1/2 ) ≅ ( 1, 1/2 )

Page 40: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

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( 0 , 3/4 ) ≅ ( 1, 1/4 ) ( 1 , 0 ) ≅ ( 0 , 0 ) ( 1 , 1/4 ) ≅ ( 0 , 3/4 ) ( 1 , 1/2 ) ≅ ( 0 , 1/2 ) ( 1 , 3/4 ) ≅ ( 0 , 1/4 )

Com base no que foi proposto até agora e relacionando os valores das constantes

anotacionais com os valores paraconsistentes modelo ( p , v ), representados no reticulado

do diagrama de Hasse, podem-se enunciar as seguintes afirmativas :

1 - A valoração da fórmula proposicional representa-se por um valor binário. 2 - A anotação ou grau de crença é um valor contido no intervalo

real fechado [ 0 , 1 ].

3 - A indeterminação na anotação (1/2) não define qual é o valor lógico

da fórmula proposicional.

4 - Dois valores iguais de fórmula proposicional que tem anotações

complementares são contraditórios (inconsistentes).

5 - Todas as vêzes que ocorrer inconsistência a anotação ou grau

de crença, atribui um valor resultante sobredefinido à fórmula proposicional.

6 - Uma complementação no sinal da anotação acarretará uma inversão

no sinal lógico da fórmula proposicional .

Outro meio de representar os valores lógicos paraconsistentes é através de um

diagrama, conforme a figura a seguir :

Page 41: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

41

Figura 4.5 - Diagrama com valores lógicos paraconsistentes de anotação unitária.

Comparando-se dois sinais paraconsistentes originados de fontes distintas, teremos

4 situações de inconsistência. Este conflito de informação aparece quando os sinais se

apresentarem como :

1) Sinal 1 = (p, 0) Sinal 2 = (p, 1) 2) Sinal 1 = (p, 1/4) Sinal 2 = (p, 3/4) 3) Sinal 1 = (p, 1) Sinal 2 = (p, 0) 4) Sinal 1 = (p, 3/4)

Sinal 2 = (p, 1/4)

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42

A relação das constantes anotacionais da Lógica Paraconsistente Anotada com os

valores lógicos paraconsistentes obtidos através do modelo ( p,v ), nos permite a elaboração

das tabelas-verdades necessárias à implementação dos circuitos das portas lógicas

paraconsistentes.

A partir das propostas apresentadas, foram construídas as tabelas-verdades dos

Operadores n, Operador COMPLEMENTO e dos Conectivos AND ( ∧ ) e OR (∨ ).

4.2 -TABELAS-VERDADES DOS OPERADORES UNÁRIOS n

Para os Operadores n as tabelas-verdades podem ser elaboradas a partir das

equações de Rosser-Turquette, apresentadas no capítulo 3, onde fica demonstrado que uma

lógica multivalorada subjacente é funcionalmente completa se satisfizer às funções unárias

definidas como:

R se x = k Jk (x) = 0 se x = k Onde: R é o valor distinguido.

A saída será o valor destinguido “1” para um único valor paraconsistente aplicado

na entrada do circuito. Para todos os outros valores paraconsistentes aplicados na entrada a

saída do circuito será zero.

Quando uma entrada de valor lógico “0” apresenta na saída o valor distinguido “1”,

o circuito é denominado de Operador i.

Quando uma entrada de valor lógico “1/4” apresenta na saída o valor distinguido

“1”, o circuito é denominado de Operador j.

Quando uma entrada de valor lógico “1/2” apresenta na saída o valor distinguido

“1”, o circuito é denominado de Operador K.

Quando uma entrada de valor lógico “3/4” apresenta na saída o valor distinguido

“1”, o circuito é denominado de Operador L.

Quando uma entrada de valor lógico “1” apresenta na saída o valor distinguido “1”

o circuito é denominado de Operador m.

Page 43: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

43

Quando uma entrada de valor lógico “T” apresenta na saída o valor distinguido “1”,

o circuito é denominado de Operador T.

Na figura 4.6 são apresentadas 6 tabelas-verdades relativas aos Operadores n

relacionados com o reticulado da figura 4.3. Os circuitos dos Operadores n são

implementados a partir destas tabelas.

Figura 4.6 - Tabelas-verdades dos Operadores unários n.

4.3 - TABELA-VERDADE DO OPERADOR COMPLEMENTO

Na figura 4.7 é apresentada a tabela-verdade do Operador COMPLEMENTO.

Como foi visto, quando se faz o complemento das anotações, se obtém uma inversão no

valor lógico da proposição.

Saída Saída

1 1

3/4 3/4

1 0

Saída

0

0

3/4

0

Saída

1

3/4

0

Entrada

0 0

1/4

1/2

1

0

0

0

Saída

1

3/4

Saída

1

3/4

0

0

Entrada

0 0

1/4

1/2

0

1

Entrada Entrada

0 0 1 0

1/4 1/4

1/2 1/2

1

0

0

0 1

0 0

Entrada Entrada

0 0 0 0

1/4 1/4

1/2 1/2

0 0

0 1 0

0

0

0

0 0

Operador T Operador m

Operador i Operador j Operador k

Operador L

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44

O circuito do Operador COMPLEMENTO é implementado a partir desta tabela. 0 1 1/4 3/4 1/2 1/2 3/4 1/4 1 0

Figura 4.7 - Tabela-verdade do Operador COMPLEMENTO. 4.4 -TABELA-VERDADE DA CONJUNÇÃO - CONECTIVO AND

No capítulo 3, onde é apresentado um resumo do estudo da Lógica Paraconsistente

Anotada de primeira ordem, o Conectivo AND se apresenta conforme a condição :

VI (A ∧ B) = 1 se e somente se VI (A) = 1 e VI (B) = 1 A partir desta condição (que é clássica), elaborada-se a tabela-verdade do Conectivo

AND.

Verifica-se que o sinal lógico de saída é sempre o menor sinal entre os que estão nas

entradas. A tabela-verdade do Conectivo AND é apresentada na figura 4.8.

Entrada Saída

Page 45: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

45

Figura 4.8 - Tabela-verdade do Conectivo AND . 4.5 -TABELA-VERDADE DA DISJUNÇÃO - CONECTIVO OR

O Conectivo OR é caracterizado pela condição:

VI (A ∨ B) = 1 se e somente se VI (A) = 1 ou VI (B) = 1

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46

Estas equação possibilita a elaboração da tabela-verdade do Conectivo OR, onde

verifica-se que o sinal lógico da saída é sempre o maior sinal entre os que estão aplicados

nas entradas. A tabela-verdade do Conectivo OR é apresentada na figura 4.9.

Figura 4.9 - Tabela-verdade do Conectivo OR.

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47

CAPÍTULO 5 - IMPLEMENTAÇÃO DOS CIRCUITOS DAS PORTAS LÓGICAS PARACONSISTENTES 5.1 - IMPLEMENTAÇÃO DOS CIRCUITOS LÓGICOS 5.1.1- INTRODUÇÃO

Com as tabelas-verdades elaboradas no capítulo 4 é feita a implementação dos

circuitos das portas lógicas paraconsistentes utilizando-se transistores CMOS.

Os circuitos das portas lógicas paraconsistente primitivas aqui apresentados foram

implementados a partir do circuito inversor de Kaniel [37 ] e [34] sugerido para aplicação

em lógicas multivaloradas ternárias.

Nos circuitos implementados é utilizada uma classe de Lógica Paraconsistente

Anotada onde cada variável proposicional é acompanhada por um único componente

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48

anotacional. A constante anotacional sobredefinida, correspondente ao valor lógico

inconsistente pode aparecer como sinal de entrada ou ainda como sinal resultante.

O nível de tensão definido como inconsistente é de valor sobre-definido, portanto

maior que o nível lógico “1” (maior que +4V). Por esse motivo, o valor lógico para o sinal

inconsistente escolhido para o projeto das portas lógicas paraconsistentes é de amplitude de

tensão igual a +5V.

Nas simulações dos circuitos das portas lógicas utilizando-se o software Aim-Spice

1.5a, este nível de tensão é considerado como valor inconsistente.

Cada sinal lógico paraconsistente tem um nível de tensão definido. Estes valores

foram escolhidos por serem de amplitudes próximas as utilizadas nos circuitos

convencionais comumente usados.

Todos os circuitos projetados neste trabalho utilizam a técnica de implementação

dos transistores CMOS (Complementary Metal Oxide Silicon).

Esta tecnologia torna possível uma grande variedade de técnicas de projeto

envolvendo circuito digitais e se adequam perfeitamente a construção dos circuitos das

portas lógicas paraconsistentes desenvolvidos neste trabalho. Isto se deve ao fato que estes

transistores podem ser utilizados como chaves, tanto em sinais digitais como em sinais

analógicos, possibilitando projetos de circuitos para detetar níveis de tensão de qualquer

polaridade e transformá-los em sinais digitais de níveis diferentes.

No projeto dos circuitos das portas lógicas paraconsistentes a alimentação é feita

com uma fonte de tensão contínua simétrica de ± 6 Volts.

A fonte de alimentação simétrica com estas amplitudes é compatível com a faixa de

valores dos sinais lógicos envolvidos no funcionamento dos circuitos das portas lógicas

paraconsistentes.

As amplitudes de ±6V permitem também que os transistores CMOS sejam

convenientemente polarizados com uma boa margem de segurança. Isto assegura ao

projeto um bom desempenho e funcionamento dos circuitos.

Os níveis de tensão do circuito relacionados com os valores lógicos paraconsistentes

estão apresentados nas tabelas da figura 5.1 :

Page 49: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

49

Figura 5.1 - Relação entre níveis lógicos e níveis de tensão. 5.2 - CIRCUITO DETETOR DE NÍVEL DE TENSÃO

As portas lógicas paraconsistentes implementadas utilizam em sua maioria circuitos

detetores de nível de tensão que têm a finalidade de efetuar a seleção das tensões que são

aplicadas nas entradas dos circuitos.

Por este motivo o primeiro circuito apresentado é o detetor de nível de tensão que

foi projetado conforme circuitos sugeridos em [ 37 ].

Proposição

valor lógico nível de tensão

0

1

- 4 Volts

+ 4Volts

Anotação ou grau de crença

valor lógico nível de tensão

0

1/4

- 4 Volts

- 2Volts

1/2

3/4

1

0 Volts

+2 Volts

+4 Volts

T + 4Volts

Page 50: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

50

Os circuitos detetores de nível de tensão são representados pelo bloco de linha

tracejada nos circuitos das portas lógicas paraconsistentes.

O detetor de nível de tensão é composto básicamente por um espelho de corrente e

um amplificador diferencial, ambos projetados com transistores CMOS, que fornecerá

corrente suficiente para polarizar os transistores alimentados com tensão de amplitudes ±

4V nos circuitos das portas lógicas.

Este circuito detetor de nível de tensão somente ativará os transistores polarizados

com amplitudes de ± 4V, quando receber nas suas entradas sinais com níveis de tensão com

estas amplitudes .

Se os sinais recebidos nas suas entradas forem de tensões ±2V, através dos detetores

de nível, os transistores alimentados com ± 4V ficam inativos.

Com isso, os transistores alimentados com tensões de ± 2V funcionam normalmente

e o circuito responderá somente a sinais de amplitudes ± 2V.

O circuito detetor de nível de tensão se apresenta conforme o diagrama da figura

5.2:

Figura 5.2 - Diagrama do circuito detetor de nível de tensão .

In1 In2

ES

-6 Volts dc

+6 Volts dc

M1

M2 M3

M4 M5

M6

M7

M8 M9

Page 51: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

51

Aplicando-se uma tensão de amplitude constante de +3V na entrada In2 , na saída

Es se obtém uma tensão de amplitude +6V, enquanto a entrada In1 permanecer com níveis

de amplitude de tensão menores que +3V.

Quando na entrada In1 for aplicada uma tensão com amplitude maior que +3V, que

de acordo com a tabela apresentada na figura 5.1 é de valor lógico “1” (amplitude de +4V ),

a saída Es vai para a amplitude de -6V.

Por outro lado, mantendo-se uma tensão fixa de -3V na entrada In2 , a saída Es terá

uma tensão de amplitude -6V, enquanto a entrada In1 permanecer com níveis de amplitude

de tensão de polaridade negativa maior que -3V. Quando na entrada In1 for aplicada tensão

com amplitude de polaridade mais negativa que -3V, que nos circuitos é equivalente ao

valor lógico “0” ( amplitude de -4V ), a saída Es vai para a uma tensão de amplitude +6V.

Nos circuitos das portas lógicas paraconsistentes os transistores CMOS instalados

estrategicamente nas saídas dos circuitos detetores de nível de tensão, acionam os circuitos

alimentados com ±4V ao serem detetadas tensões destas amplitudes nas entradas dos

detetores, e ficam inoperantes quando estão aplicadas tensões de amplitudes ± 2V.

5.3- CIRCUITOS DOS OPERADORES n

Os circuitos dos operadores n implementados a partir das tabelas-verdades da figura

4.6 (capítulo 4), são apresentados nas próximas figuras. Nas tabelas-verdades dos

Operadores n, o sinal resultante na saída de cada operador é “1” para um único valor de

anotação, e “0” para os demais.

O valor da anotação cuja resposta é “1” difere para cada Operador.

No projeto de alguns dos Operadores utiliza-se circuito detetor de nível de tensão

para selecionar os níveis lógicos das anotações aplicados na entrada. Estes circuitos de

detecção estão simbolizados nos diagramas dos Operadores pelos blocos em linha tracejada.

Page 52: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

52

Os diagramas dos circuitos dos Operadores unários estão expostos nas figuras 5.3,

5.4, 5.5, 5.6, 5.7 e 5.8.

5.3.1 - Operador i Figura 5.3 - Diagrama em blocos do Operador i. Neste circuito, quando uma tensão de amplitude -4V que é equivalente ao nível

lógico “0”, for aplicada na entrada, o circuito detetor de tensão 1 apresentará em sua saída

uma amplitude de +6V. Com isso, o transistor T2 estará cortado e o transistor T1

conduzindo levando a saída do circuito a uma tensão de +4V ( nível lógico “1”).

Para qualquer outro sinal aplicado à entrada, o transistor T2 estará conduzindo e o

transistor T1 cortado. Nestas condições, na saída a tensão será de amplitude -4V,

equivalente ao nível lógico “0”.

-4Volts

circuito detector de nível de tensão

T2

+4volts

T1 -3Vdc

Entrada saída

+6 Vdc Vss -6 Vdc

Page 53: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

53

5.3.2 - Operador j Figura 5.4 - Diagrama em blocos do Operador j . Neste circuito, quando uma tensão de amplitude -4V que é equivalente ao nível

lógico “0”, for aplicada na entrada, os circuitos detetores de tensão 1 e 2 apresentarão em

suas saídas tensões de amplitude -6V. Com isso, o transistor T4 estará conduzindo e os

transistores T1 e T2 estarão cortados levando a saída do circuito a tensão de -4V ( nível

lógico “0”).

-4Volts

circuito detetor de nível de tensão 1

T2

+4volts

T1 -3vdc

saída circuito detetor de nível de tensão 2

Entrada

-1vdc

T4

T3

+6vdc vss -6vdc

+6vdc vss -6vdc

Page 54: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

54

Quando um valor de amplitude -2V (nível lógico “1/4”) estiver sendo aplicado na

entrada, os transistores T1 e T2 estarão conduzindo e os transistores T3 e T4 cortados,

fazendo com que a saída mantenha o nível lógico “1”, isto é, tensão de +4V. Para qualquer

outro sinal aplicado à entrada, o transistor T3 estará conduzindo e o transistor T2 cortado.

Nestas condições, na saída a tensão será de amplitude -4V, equivalente ao nível lógico “0”.

5.3.3 - Operador k Figura 5.5 - Diagrama em blocos do Operador k .

-4Volts

circuito detetor de nível de tensão 1

T2

+4volts

T1 -1vdc

saída circuito detetor de nível de tensão 2

Entrada

+1vdc

T4

T3

+6vdc vss -6vdc

+6vdc vss -6vdc

Page 55: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

55

Este circuito apresenta o funcionamento idêntico ao anterior, a única diferença é que

agora a amplitude de tensão que provocará o aparecimento na saída de tensão +4V,

equivalente ao nível lógico “1”, será a de 0V (nível lógico “1/2”).

5.3.4 - Operador L Figura 5.6 - Diagrama em blocos do Operador L . O funcionamento é idêntico ao anterior, a única diferença é que a amplitude de

tensão que provocará o aparecimento na saída de tensão +4V que é equivalente ao nível

lógico “1”, será de a de +2V (nível lógico “3/4”).

-4Volts

circuito detetor de nível de tensão 1

T2

+4volts

T1 +1vdc

saída circuito detetor de nível de tensão 2

Entrada

+3vdc

T4

T3

+6vdc vss -6vdc

+6vdc vss -6vdc

Page 56: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

56

5.3.5 - Operador m Figura 5.7 - Diagrama em blocos do Operador m. Este circuito apresenta o mesmo funcionamento do anterior, a única diferença é que

a amplitude de tensão que provocará o aparecimento na saída da tensão de +4V

(equivalente ao nível lógico “1”) será a de +4V (nível lógico “1”).

5.3.6 - Operador T Figura 5.8 - Diagrama em blocos do Operador T .

-4Volts

circuito detetor de nível de tensão 1

T2

+4volts

T1 +3vdc

saída circuito detetor de nível de tensão 2

Entrada

+4.5vdc

T4

T3

+6vdc vss -6vdc

+6vdc vss -6vdc

-4Volts

circuito detector de nível de tensão T2

+4volts

T1 Entrada

+4,5Vdc saída

+6 Vdc Vss -6 Vdc

Page 57: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

57

Quando na entrada deste circuito for aplicado um valor inconsistente, considerado

como sendo o de uma tensão de amplitude +5V, a saída será de +4V ( sinal lógico “1”).

Para qualquer outra tensão aplicada na entrada, a saída será de -4V (sinal lógico “0”).

5.4- CIRCUITO DO OPERADOR COMPLEMENTO

O circuito do operador COMPLEMENTO foi projetado com transistores CMOS, a

partir do circuito sugerido em [34], elaborado por Kaniel, indicado para lógicas

multivaloradas ternárias.

A seleção dos sinais que são aplicados na entrada Ve, é feita através dos circuitos

detetores de niveis de tensão estudados anteriormente.

O circuito que responde aos sinais de tensões de ± 2 Volts é mostrado na figura 5.9.

Figura 5.9- Diagrama do Operador COMPLEMENTO para os circuitos alimentados com ± 2 Volts. Os transistores M2 e M3 formam um detetor de limiar na entrada. Como os

transistores MOS funcionam no modo enriquecimento, nem M2 e nem M3 conduzem

+2volts

-2volts

R1

R2

R3

M4

M3

M1

M2

D1

D2

A ~A

Page 58: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

58

corrente elétrica quando a entrada for zero volts (sinal lógico “1/2”). Portanto, M1 e M2

estarão desligados (não conduzem corrente elétrica), e a saída é estabilizada em zero volts

(sinal lógico “1/2”) em virtude do resistor R3.

Quando a entrada é de polaridade negativa, isto é, de tensão -4V (sinal lógico “0”), o

transistor M3 é desligado e o transistor M2 é ligado. Assim, uma corrente elétrica aparece

através de R1, ligando o transistor M1 e elevando a saída para tensão de +4V (sinal lógico

“1”), o que constitui um nível alto.

Desde que M2 e M3 conduz corrente elétrica um de cada vez, podem ocorrer 3

situações:

1) M1 ligado e M4 desligado .

2) M1 desligado e M4 ligado .

3) M1 e M4 desligados .

Adotando-se a relação dos valores lógicos com os níveis de tensão teremos:

Para uma entrada de -2 volts = valor lógico “1/4”

Teremos uma saída de +2 volts = valor lógico “3/4”

Para uma entrada de zero volts = valor lógico “1/2”

Teremos uma saída de zero volts = valor lógico “1/2”

Para uma entrada de +2 volts = valor lógico “3/4”

Teremos uma saída de -2 volts = valor lógico “1/4”

Para sinais de entrada com valores de amplitudes de tensão ± 4V o circuito anterior (figura

5.9) fica inoperante .

Para o acionamento dos circuitos alimentados com tensão de ±4V e tensão

equivalente ao sinal inconsistente de +5V, foram instalados circuitos detetores de nível de

tensão, que acionam os transistores apenas quando a entrada atingir a estes níveis.

Page 59: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

59

O diagrama completo do circuito é o da figura 5.10 :

Figura 5.10 - Diagrama em blocos do Operador COMPLEMENTO No circuito do Operador COMPLEMENTO (figura 5.10), os blocos Detetores de

Nível de tensão (linha tracejada) acionam seus respectivos transistores (T5 e T6),

polarizados com amplitudes de ± 4V, para funcionarem como um inversor logo que uma

tensão elétrica desta amplitude seja detectada nas suas entradas. Se na entrada for aplicada

uma tensão de +5V, que equivale a um valor lógico inconsistente, o transistor T7 é

acionado e a saída será de +5V, conforme a tabela-verdade da figura 4.7 (capítulo 4).

circuito detector de nível de tensão (3)

+2volts

Ve

-2Volts -4Volts

circuito detector de nível de tensão (2)

R1

R2

R3

T4

T3

T5

T6

T1

T2

Valoração Valoração

Vs

D1

D2

T7

D3

+4volts T

Page 60: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

60

Quando nas entradas estiverem aplicadas tensões de ± 2V, os blocos Detetores de

Nível mantém os transistores T5 , T6 e T7 desligados, liberando o circuito polarizado com

± 2V para funcionar normalmente .

No circuito polarizado com ± 2V, a saída será de 0V quando estiver sendo aplicada

uma tensão de 0V na sua entrada. A tensão de saída será de polaridade invertida quando na

sua entrada estiver sendo aplicadas simultaneamente tensões de amplitude de 2V.

Os diodos, instalados na saída do circuito alimentado com tensões ± 2V, servem

para isolar os circuitos alimentados com menor amplitude de tensão (± 2V), daqueles

alimentados com maior amplitude de tensão (± 4V e + 5V), quando estes estiverem ativos.

5.5- CIRCUITO DO CONECTIVO AND PARACONSISTENTE

O circuitos das porta AND paraconsistente é elaborado a partir da tabela-verdade do

conectivo AND da figura 4.8 (capítulo 4).

O circuito NAND que trata das valorações para níveis de tensão ± 2V, foi projetado

com base no circuito de Kaniel [35] já utilizado no circuito do operador COMPLEMENTO.

O circuito NAND que funciona para tensões de ± 2 V é apresentado na figura 5.11.

Page 61: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

61

Figura 5.11 - Diagrama do conectivo NAND para os transistores alimentados com ± 2V. O circuito foi implementado desta forma porque as portas NAND convencionais não

respondem convenientemente quando se aplica tensões de amplitudes 0V (sinal de valor

lógico “1/2”) nas entradas A e B. Nos circuitos convencionais, a saída obtida nesta

condição é uma tensão de amplitude +4V equivalente a uma valoração de “1”. Esta

amplitude de tensão não é compatível com o valor esperado na tabela-verdade.

O funcionamento do circuito é idêntico ao utilizado no Operador COMPLEMENTO

. A diferença consiste na instalação de um detetor de limiar para cada entrada, composto

pelos transistores m1, m2, m3 e m4. Os transistores de saída m6, m7 e m8 são os

componentes da função NAND.

O Operador COMPLEMENTO instalado na saída do circuito NAND, completa o

circuito transformando-o no Conectivo AND, e é apresentado na figura 5.12.

A

B

m1 m 2

+ 2 Volts

- 2 Volts

m 3

m 4

m 5 m 6

m7

m 8

D1

D 2

R5

R1 R2

R4

R3

C

Page 62: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

62

O circuito da porta AND paraconsistente é elaborado a partir da tabela-verdade do

conectivo AND. Veja a figura 4. 8 do capítulo 4.

Figura 5.12 - Diagrama em blocos da Porta AND paraconsistente. O circuito polarizado com tensão de amplitude +5V só funciona quando aparece

sinais inconsistentes nas entradas.

Os diodos, instalados nas saídas dos circuitos alimentado com tensões de ± 2V e

±4V servem para isolar os circuitos alimentados com menor amplitude de tensão, daqueles

alimentados com maior amplitude de tensão (±4V e +5V ), quando estes últimos estiverem

ativos.

Como foi visto, o circuito detetor de nível de tensão utilizado nos projetos é

composto por um espelho de corrente e amplificador diferencial implementado com

transistores CMOS, que fornecerá corrente suficiente para polarizar os transistores

alimentados com tensões de amplitudes ±4V e +5V. Este circuito somente ativará os

transistores polarizados com tensões de ± 4V e de +5V quando receber nas suas entradas

sinais com nível de tensão com estas amplitudes .

V1

V2

vs

Circuito detector de nível de tensão (2)

Circuito detector de nível de tensão (4)

Circuito do operador COMPLEMENTO

+4Volts +2Volts

-4Volts

-2Volts

+ 5Volts

Page 63: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

63

Se os sinais recebidos nas suas entradas forem de tensão ±2V, os transistores

alimentados com ± 4V e +5V ficam inativos, e o circuito responderá somente a sinais de

amplitudes de ±2V. Quando nas entradas estiverem presentes sinais Paraconsistentes o

circuito se apresentará conforme a tabela-verdade apresentada no capítulo 4 .

5.6 - CIRCUITO DO CONECTIVO OR PARACONSISTENTE O circuitos das porta OR paraconsistente é elaborado a partir da tabela-verdade do

conectivo OR (Figura 4.9 - capítulo 4 ).

O circuito NOR que trata das valorações para níveis de tensão de ±2V, foi projetado com

base no circuito de Kaniel [35] já utilizado nos circuitos do Operador COMPLEMENTO e

Conectivo AND. O diagrama deste circuito é apresentado na figura 5.13

Figura 5.13 - Diagrama do Conectivo NOR para os transistores alimentados com tensão de ± 2V.

No circuito da figura 5.13, temos um detetor de limiar para cada entrada composto pelos

transistores de m1, m2, m3 e m4, e os transistores de saída m6, m7 e m8 compõem a função

NOR.

Page 64: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

64

Utilizando-se dos circuitos detetores de nível de tensão é implementada a parte que

aciona os transistores alimentados com tensão de ± 4V.

A porta NOR seguida do circuito do Operador COMPLEMENTO transforma o

circuito NOR em uma porta OR.

O circuito completo da porta OR paraconsistente é mostrado na figura 5.14. Figura 5.14 - Diagrama em blocos da Porta OR paraconsistente. O funcionamento básico da porta lógica OR paraconsistente é idêntico ao da porta

AND. O circuito detetor de nível de tensão é composto por um espelho de corrente e

amplificador diferencial, projetado com transistores CMOS, que fornecerá corrente

suficiente para polarizar os transistores alimentados com tensão de ± 4V. Somente os

transistores polarizados com ± 4V é que estarão ativos quando nas entradas A e B

aparecerem sinais com níveis de tensão com estas amplitudes. Se os sinais recebidos nas

entradas forem de tensões de ±2V, os transistores alimentados com ± 4V ficam inativos, e

o circuito responderá somente aos sinais de amplitudes de tensão ±2V. Na presença de um

v1

V2

vs

Circuito detetor de nível de tensão (2)

Circuito detetor de nível de tensão (4)

Circuito do operador COMPLEMENTO

+4Volts +2Volt

-4Volts

-2Volts

+5Volts

Page 65: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

65

sinal inconsistente na entrada do circuito, a saída será de tensão +5V. Quando nas entradas

estiverem presentes sinais paraconsistentes, o circuito se apresentará conforme a tabela-

verdade do conectivo OR (figura 4.9- capítulo 4).

5.7 - CONCLUSÃO

Neste capítulo os circuitos das portas lógicas paraconsistentes foram representados

por diagramas simplificados para facilitar as descrições de funcionamento.

No capítulo 7 serão projetados os layouts dos circuitos que aqui foram apresentados.

No projeto das máscaras, todos os circuitos, que neste capítulo foram apresentados

simbólicamente, sofrerão algumas modificações. Os resistores serão projetados utilizando-

se apenas transistores CMOS e os diodos serão trocados por transistores MOS de

chaveamento.

Estas modificações são feitas para diminuir a área de silício utilizada e neutralizar

alguns efeitos indesejáveis que certos materiais provocam na fabricação do circuito

integrado. As modificações facilitam a implementação das máscaras das portas lógicas, no

entanto, não modificam o funcionamento dos circuitos.

No capítulo 8 todas as simulações com os softwares são elaboradas com o circuito

modificado.

Page 66: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

66

CAPÍTULO 6 - EXEMPLO DE APLICAÇÕES DAS PORTAS LÓGICAS PARACONSISTENTES 6.1 - INTRODUÇÃO

O objetivo deste capítulo é demonstrar a aplicabilidade de alguns blocos lógicos

paraconsistentes, implementados no capítulo anterior.

Um circuito que funcione dentro do que se propõem a filosofia da Lógica

Paraconsistente, deve ser capaz de resolver conflitos de informações. Este circuito deve

receber os dois sinais ( P1, V1 ) e ( P2, V2 ) oriundos dos sensores 1 e 2, analisá-los e

verificar se há conflito. Caso ocorra a existência de conflito, o circuito deve ser capaz de

consultar outros sensores. Estes sensores deverão conter novas informações que ajudarão

o circuito a decidir o valor resultante entre os dois sinais contraditórios com alto grau

confiabilidade.

No caso de não haver conflito, o circuito não precisa consultar outros sensores, no

entanto, ao sinal que resulta na saída deverá ser atribuído um maior grau de crença ou

valoração.

Em uma visão global do sistema digital que faz uso destes circuitos analisadores

paraconsistentes, nos leva a constatação de que: a medida que estes sinais são analisados,

suas respectivas valorações vão se aproximando de “1”. Quando o sinal lógico

paraconsistente já passou por circuitos analisadores em número suficiente, de modo que

seja atribuído “1” a sua valoração, significa que o valor do sinal de sua proposição é

equivalente a um valor lógico binário com 100% de confiabilidade. A partir deste ponto do

circuito os sinais podem ser tratados de forma convencional utilizando-se a lógica binária.

Page 67: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

67

Neste trabalho, apresentamos um circuito projetado que faz uso de portas lógicas

especiais que trabalham com multivalores lógicos. As portas lógicas paraconsistentes

constituídas dos Operadores n, conectivos AND e OR, apresentadas no capítulo anterior

possibilitaram a implementação deste circuito, cuja função é a análise de sinais lógicos

paraconsistentes.

O presente circuito denominado Módulo Analisador Paraconsistente (MAP),

implementado com transistores CMOS, procura traduzir em níveis de sinais elétricos os

valores lógicos envolvidos na Lógica Paraconsistente Anotada Pτ .

O circuito MAP, foi elaborado a partir de resultados teóricos demonstrados nos

estudos dos Sistemas Cn e Lógicas Anotadas apresentados resumidamente no capítulo 3

deste trabalho.

Como já visto nos capítulos anteriores, a grande vantagem da utilização destas

lógicas é que as mesmas aceitam a existência de contradições de um modo não-trivial em

sua estrutura, e portanto, passível de se traduzir em valores lógicos. Na presença da

contradição, a Lógica Paraconsistente “equaciona” o conflito e o “resolve”.

O Módulo Analisador Paraconsistente detecta o aparecimento de inconsistências e

toma uma ação alinhada com a teoria da Lógica Paraconsistente Anotada. Esta detecção, e

ação é toda feita por Hardware.

Um circuito sequencial composto de portas lógicas convencionais e portas lógicas

paraconsistentes, trabalha com todos os possíveis sinais envolvidos nas entradas do circuito.

No processo de análise o sinal resultante pode não ser satisfatório; nestes casos, o MAP

permite que novas consultas (procura de novas evidências) sejam efetuadas.

Vários circuitos MAPs podem ser interligados permitindo que se faça um

tratamento adequado dos sinais. O sinal passando por estes Módulos, vai eliminando

inconsistências, resultando num sinal lógico “verdadeiro” ( ou “falso”) com alto grau de

confiabilidade ou crença.

Inicialmente, sabemos que dois sinais paraconsistentes podem ser combinados de

diversas formas. A tabela da figura 6.1 apresenta o sinal resultante na saída quando

ocorrem as combinações destes sinais.

Page 68: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

68

Figura 6.1 - Tabela das combinações entre duas entradas paraconsistentes. Estes sinais lógicos paraconsistentes são convenientementes tratados através de um

circuito especialmente projetado para funcionamento em Lógica Paraconsistente Anotada.

T

Entradas

0

0 0

0

T 0

sinal

1/4

3/

3/

3/4

3/4

1

T

1/

3/4 1/2

0

1

0

1/2

1/4

3/4

T

1/4 0

1

1/2

1

0 T

3/4

1/4

3/

T 1

1/2

0

0

1/

1/4 1/4

0

1/4

1/4

1/2 1/2

1/4

1/2

1/2

3/4 1/2

1/2

3/4

T

1/4

0

T

T

3/

0 T

T

T

T

T T

T

1/4

T

1

3/4

T

T

entr 1 entr 2

Saída

0

T

T

T T

T

T

1/2

1 3/4

1/4

T

1/4

3/4 1/2

0

1

1

1 1

1

1

3/4

1 T

1

T

T T

T

T

T T T

Page 69: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

69

6.2- IMPLEMENTAÇÃO DO CIRCUITO MAP ( MÓDULO ANALISADOR PARACONSISTENTE ) O Módulo Analisador Paraconsistente (MAP), conforme apresentado, é composto

em sua quase totalidade pelas portas lógicas paraconsistentes apresentadas no capítulo 5.

São utilizados os Operadores n juntamente com as portas AND e OR paraconsistentes.

A figura 6.2 mostra o diagrama em blocos deste circuito.

MAP - Módulo Analisador Paraconsistente Figura 6.2 - Diagrama em blocos do Módulo Analisador Paraconsistente (MAP).

Além da saída paraconsistente, o circuito apresenta os sinais de saída A, B, C, D, E

e T. Todos estes sinais fazem parte do chamado grupo de sinais de controle.

Os sinais de controle servem como sinalização para circuitos externos indicando

como estão relacionados os dois sinais paraconsistentes aplicados nas entradas, e assim

permitindo que novas configurações possam ser implementadas. De um modo geral, a

principal finalidade é dar maior flexibilidade nos projetos de aplicação do MAP.

DETECTOR DE INCONSISTÊNCIA

Bloco de Seleção 1

Módulo Analisador Paraconsistente

Entrada 3

Entrada 2

Entrada 1

Bloco de Seleção 2

Saída

A B C D E

T

I

Page 70: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

70

Estes sinais têm os seus valores lógicos relacionados com as entradas conforme a

tabela da figura 6.3.

Figura 6.3 - Tabela dos sinais de controle do Módulo Analisador Paraconsistente (MAP).

Conforme a figura 6.2 o circuito MAP é composto de 3 blocos principais: o circuito

detetor de inconsistência, bloco seleção 1 e bloco seleção 2.

O circuito detetor de inconsistência é construído com blocos Operadores n e

algumas portas lógicas convencionais, que fazem o sensoramento entre as duas primeiras

entradas multivaloradas.

A figura 6.4 mostra o circuito do bloco detetor de inconsistência composto

principalmente por Operadores unários.

Entrada 1 Entrada 2

Grupo de Sinais de Controle

0 0

1/4 1/4

1/2 1/2

3/4 3/4

1 1

A B C T

Diferentes não

Diferentes e complementares

1

1

1

1

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

D

0

0

0

1

0

0

0

C

0

0

0

0 1

0

0

0

0

0

0

0

0

Page 71: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

71

Figura 6.4 - Bloco detetor de inconsistência. O detetor de inconsistência (figura 6.4) tem 5 Operadores unários ligados em cada

uma de suas entradas. Os Operadores que estão ligados à entrada 1 estão sinalizados com o

número 1, e os que estão ligados à entrada 2 estão sinalizados com o número 2. Portanto, a

numeração dos Operadores unários corresponde as entradas que estão ligados. Isto facilita

a identificação dos Operadores nos desenhos dos outros circuitos que compõem o MAP e

que serão apresentados neste capítulo.

As portas lógicas convencionais AND recebem em suas entradas sinais

provenientes da saída de Operadores unários complementares. Isto significa que, quando a

saída de dois Operadores complementares é de nível lógico “1”, significa que existe uma

inconsistência entre os sinais paraconsistentes aplicados nas entradas.

No aparecimento de uma inconsistência entre qualquer sinal valorado nas entradas

1 e 2, uma das portas AND terá saída igual a “1”. Basta que uma das saídas das portas

AND seja igual a “1” para que apareça em S1 (saída da porta OR) um sinal lógico “1”.

Os Operadores k estão ligados diretamente à porta OR, garantindo que no

aparecimento de um sinal lógico “1/2” em uma das entradas, o que configura uma

indefinição, a saída S1 terá nível lógico “1”.

Em resumo, todas as vezes que aparecer inconsistência entre as duas entradas, ou

indefinição em uma das entradas, a saída S1 será igual a “1”. Na ausência de

inconsistência, a saída S1 é igual a “0”.

A saída S1 será igual a “1” quando ocorrerem as combinações:

entrada 1

entrada 2

operador m 1

operador j 1

operador k 1

operador l 1

operador i 2

operador l 2

operador k 2

operador j 2

S1

S2

operador i 1

operador l 2

Page 72: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

72

entrada 1 entrada 2 0 1 1/4 3/4 1/2 1/2 3/4 1/4 1 0 A ocorrência destas combinações de sinais, nas entradas 1 e 2, resulta no

acionamento do bloco seleção 1 através da saída S1, permitindo que o sinal proveniente de

uma terceira entrada apareça na saída do Módulo Analisador Paraconsistente.

Sendo as entradas 1 e 2 de valores lógicos iguais, significa que não existe

contradição, portanto na saída S1 tem-se o valor lógico “0”. Este valor lógico “0” na saída

S1, aplicado no bloco seleção 1, permite que o sinal lógico S2 seja selecionado como saída

do Módulo Analisador Paraconsistente.

O bloco seleção 2 vai funcionar nas situações intermediárias, isto é, quando não há

inconsistência e quando os sinais de entrada não são iguais. Estas situações foram divididas

em 2 grupos de combinações conforme exposto a seguir:

grupo 1 - É aquele grupo de combinações de valores lógicos nas entradas, cujo sinal

resultante na saída do MAP será “0” (falso) ou “1” (verdadeiro). Nestes casos, de acordo

com a lógica paraconsistente, não há dúvidas quanto a conclusão tomada, portanto, o

circuito não precisará buscar outras evidências, fazendo novas consultas. As combinações

consideradas como grupo 1 são:

entrada 1 entrada 2 Sinal resultante nível lógico 0 1/4 falso 0 1/4 0 falso 0 1 3/4 verdadeiro 1 3/4 1 verdadeiro 1 grupo 2 - É aquele grupo de combinações de valores lógicos nas entradas, cujo sinal

resultante na saída do MAP será “1/4” (quase-falso) ou “3/4” (quase-verdadeiro). Nestes

Page 73: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

73

casos, de acordo com a lógica paraconsistente, há dúvidas quanto a conclusão a ser tomada.

Portanto, o circuito precisa buscar outras evidências, para aumentar o grau de crença,

fazendo novas consultas. As combinações consideradas como grupo 2 são :

entrada 1 entrada 2 Sinal resultante nível lógico 3/4 0 quase-falso 1/4 0 3/4 quase-falso 1/4 1 1/4 quase-verdadeiro 3/4 1/4 1 quase-verdadeiro 3/4

O circuito que vai detectar os sinais do grupo de combinações 1, está apresentado no

diagrama da figura 6.5.

Figura 6.5 - Bloco detector das combinações do grupo1. A saída S3 terá valor lógico “1” quando uma das combinações do grupo 1 ocorrer

resultando em um sinal “0”(falso). Da mesma forma, a saída S4 terá valor lógico “1”

quando

uma das combinações do grupo 1 ocorrer, resultando em um sinal “1” (verdadeiro). Nestas

situações, um circuito instalado no bloco seleção 2 vai funcionar conjuntamente com o

bloco seleção 1, fazendo com que o sinal de saída do MAP seja “1” (Verdadeiro) ou

“0”(falso), conforme as combinações.

S3

S4

operador i 2

operador l 1

operador l 1

operador i 2

operador j 2

operador j 1

operador m 1

operador m 2

DETETOR DE INCONSISTÊNCIA

DETETOR DE INCONSISTÊNCIA

Page 74: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

74

S5

S6

operador j 2

operador i 1

operador i 1

operador j 2

operador l 2

operador m 1

operador m 1

operador l 2

DETETOR DE INCONSISTÊNCIA

DETETOR DE INCONSISTÊNCIA

O bloco que seleciona as combinações do grupo 2 é apresentado na figura 6.6.

O funcionamento deste circuito é idêntico ao da figura 6.5; a única diferença são as

entradas, que agora resultam de Operadores diferentes.

As entradas dos Operadores são apresentadas conforme as combinações

especificadas no grupo 2.

Figura 6.6- Bloco detector das combinações do grupo 2.

No projeto do MAP é necessário um circuito que faça a detecção de sinais de

valores lógicos iguais entre as duas entradas. O resultado desta detecção é um sinal que

serve para selecionar a saída quando não há ocorrência de inconsistências. O circuito

denominado “detector de igualdades” está exposto na figura 6.7.

Page 75: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

75

Figura 6.7 - Bloco detector de igualdades. O funcionamento deste circuito é idêntico ao dos detectores do grupo de

combinações, modificando-se apenas os sinais lógicos provenientes dos Operadores n. As

saídas indicadas por letras são para sinais de controle externo.

No circuito do MAP (figura 6.2) os blocos denominados seleção1 e seleção 2, são

compostos pelas portas primitivas OR e AND paraconsistentes. O circuito da figura 6.8

mostra o bloco seleção 2, e a figura 6.9 o bloco seleção 1, onde os sinais provenientes dos

blocos estudados anteriormente fazem a seleção do sinal resultante na saída do MAP

sempre de acordo com as combinações de sinais de entrada.

Para melhor clareza na exposição, primeiramente é apresentado o circuito do bloco

seleção 2, conforme mostra a figura 6.8.

operador i 2

operador i 1

operador j 2

operador j 1

operador l 2

operador m 2

operador l 1

operador m 1

DETECTOR DE INCONSISTÊNCIA

DETETOR DE INCONSISTÊNCIA

S7

A

B

E

D

Page 76: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

76

Figura 6.8 - Diagrama do bloco seleção 2. O circuito da figura 6.8 seleciona como sinal de saída do MAP (S10) a entrada 3,

quando um sinal lógico “1” aparece em S1. Nestas condições se configura a existência de

inconsistência entre as entradas 1 e 2. Um sinal lógico “0” em S1 permite que o sinal

lógico S9 seja o selecionado na saída do MAP (S10).

A tabela-verdade da porta AND paraconsistente no capítulo 4 mostra que mantendo

um sinal lógico “0” em uma das suas entradas, torna a sua saída “0” para qualquer valor

lógico aplicado na outra entrada. Por outro lado, um sinal “1”em uma das suas entradas, faz

com que qualquer sinal lógico aplicado na outra entrada apareça na saída.

Em uma porta OR paraconsistente o funcionamento é o inverso, isto é, um sinal

lógico “0” em uma das suas entradas, faz com que qualquer sinal lógico aplicado na outra

entrada apareça na saída. Um sinal “1” em uma das suas entradas torna a sua saída “0” para

qualquer valor lógico aplicado na outra entrada.

Na figura 6.8 verifica-se que, na presença de inconsistência, S1 é igual a “1”,

portanto, a porta AND paraconsistente 1, tem a sua saída com o nível lógico “0”, e na porta

AND paraconsistente 2, o sinal da saída é o valor da entrada 3. Com isto, a porta OR

paraconsistente terá uma entrada com nível lógico “0”, e portanto, permitirá que o sinal

lógico da entrada 3 apareça na saída S10.

Na não ocorrência de inconsistência, o sinal em S1 é igual a “0”. Sendo assim, as

três portas lógicas selecionarão o sinal S9 na saída S10.

Page 77: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

77

O bloco seleção 2 do circuito do MAP (figura 6.2) é apresentado na figura 6.9.

Figura 6.9 - Diagrama do bloco seleção 1.

Na figura 6.9 o bloco seleção 1 recebe três tipos de entrada de sinal.

O primeiro tipo é o sinal lógico paraconsistente quando as entradas 1 e 2 do MAP

apresentarem sinais iguais.

Page 78: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

78

Neste caso, S7 é igual a “1” e as portas AND paraconsistente 3 e 4, juntamente com

a porta OR, libera o sinal S2 da entrada 2 para a saída S9.

O segundo tipo é quando as entradas do MAP são do grupo de combinações 1.

Neste caso, ou a entrada S5 ou a S6, é igual a “1”. Este sinal lógico “1” vai

polarizar os transistores T1 ou T2 e aplicar ±2 Volts na entrada da porta AND

paraconsistente 1. Como a outra entrada desta porta é “1”, este sinal ±2V, que é

equivalente aos valores lógicos “1/4” ou “3/4”, é aplicado em uma das entradas da porta

AND paraconsistente 2.

A saídas S5 e S6 do grupo de combinações 2 tem valor lógico “0”. Isto garante que

na saída da porta AND convencional o valor lógico é “0”. Este valor aplicado na entrada da

porta AND paraconsistente 2, libera o sinal lógico proveniente do grupo de combinações 1

para a saída S9.

O último tipo é a seleção do sinal de amplitude ± 4V equivalente aos sinais lógicos

“0” ou “1”. Agora, as entradas S7 e S8 com valor lógico “1”, acionam os transistores T4 ou

T5. Um destes sinais sendo “1”, uma das entradas da porta AND convencional será igual a

“1”, permitindo que o sinal aplicado na sua outra entrada apareça na saída.

O sinal lógico da saída da porta AND é aplicado em uma das entradas da porta AND

paraconsistente 2 .

O sinal lógico “0” proveniente do grupo de combinações 1, aplicado na outra

entrada desta porta, garante que o sinal lógico do grupo 2 seja selecionado para a saída S9.

Os Módulos Analisadores Paraconsistentes convenientemente interligados,

resultam em uma análise de sinais lógicos muito aproximada da Lógica Paraconsistente

Proposicional Anotada Pτ .

Uma sugestão de interligação de dois Módulos Analisadores Paraconsistentes é

apresentada na figura 6.10.

Page 79: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

79

Figura 6.10 - Interligação de 2 Módulos Analisadores Paraconsistentes.

No circuito apresentado na figura 6.10, verifica-se que o sinal resultante na análise

das duas primeiras entradas será comparado com o sinal da terceira entrada. Caso ocorra

inconsistência entre estes dois sinais, o circuito convocará uma quarta entrada. Se a terceira

e a quarta entrada só tiverem sinais de amplitudes máximas, o sinal resultante na saída do

segundo MAP terá as características de um sinal binário.

Como foi visto, este circuito foi implementado a partir de um reticulado de Hasse de

6 constantes anotacionais. Para circuitos que venham utilizar maior número de anotações

deve-se interligar mais circuitos MAPs, possibilitando o aumento da procura de novas

evidências através da instalação de várias entradas.

O fluxograma da figura 6.11 dá uma visão mais ampla da análise paraconsistente

quando se utiliza Módulos Analisadores Paraconsistentes interligados.

Page 80: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

80

Figura 6.11 - Fluxograma do funcionamento da Interligação de 2 Módulos Analisadores Paraconsistentes.

Page 81: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

81

6.3- IMPLEMENTAÇÃO DO CIRCUITO MFP ( MÓDULO FINALIZADOR PARACONSISTENTE)

Um sistema lógico digital que venha a utilizar vários MAPs interligados necessita

de um circuito finalizador das análises paraconsistentes. Para esta função foi implementado

um circuito denominado Módulo Finalizador Paraconsistente (MFP). Este circuito

apresenta na sua saída o valor lógico paraconsistente resultante transformado em binário,

depois de feitas várias análises através dos MAPs em número considerado suficiente pelo

sistema.

A figura 6.12 apresenta o diagrama de um Módulo Finalizador Paraconsistente.

Seu funcionamento e implementação é muito parecido ao do MAP, a principal diferença é

que o sinal resultante na sua saída sempre será nível lógico “1” ou “0”. Os sinais de

controle dos MAPs determinam em que valor lógico paraconsistente o sinal deverá ser

finalizado.

A figura 6.13 apresenta a interligação de dois circuitos MAPs com um Módulo

Finalizador Paraconsistente instalado na saída.

6.12- Módulo Finalizador Paraconsistente.

Porta AND Paraconsistente 1

Porta AND Paraconsistente 2

Porta OR Paraconsistente 1

+4Volts “1”

Controle I D

Sinal de Entrada

Porta AND Paraconsistente 3

Porta AND Paraconsistente 4

Porta OR Paraconsistente 2

-4Volts “0”

Controle I B

Sinal de Saída

Page 82: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

82

6.13- Interligação de dois blocos MAPs com um Módulo Finalizador paraconsistente.

6.4 - CONCLUSÕES O Módulo Analisador Paraconsistente (MAP) apresentado neste trabalho, procura

expressar as fórmulas da Lógica Paraconsistente Anotada numa interpretação de sua

semântica. Com isso as possibilidades de se projetar sistemas eletrônicos de diversas

áreas, que permitam a convivência de sinais inconsistentes é muito grande.

Este circuito pode ser indicado no tratamento de inconsistências, onde a lógica

binária é ineficaz. Em sistemas especialistas da área de Inteligência Artificial é comum o

aparecimento de inconsistências, daí a importância da pesquisa e implementação de

circuitos que tratem estas inconsistências, resolvam os conflitos e apresentem como

resultado um sinal confiável e conveniente.

detetor de inconsistência

Bloco Seleção 1

Módulo Analisador Paraconsistente

Entrada 3

Entrada 2

Entrada 1

Bloco Seleção 2

A B C D E T

I

detetor de inconsistência

Bloco Seleção 1

Módulo Analisador Paraconsistente

Entrada 5

Entrada 4

Bloco Seleção 2

B

D

T

Módulo Analisador Paraconsistente Finalizador

Saída

Page 83: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

83

Com circuito do Módulo Analisador Paraconsistente (MAP) apresentado neste

trabalho, procurou-se apresentar um exemplo da utilização das portas lógicas primitivas

paraconsistentes em sistemas digitais, resolvendo problemas de conflito de informações

incapazes de serem resolvidos pela lógica binária.

A interligação de vários Módulos Analisadores Paraconsistentes, permite que em

certo trecho do sistema os sinais sejam tratados de modo paraconsistente, e depois de feita

certo número de análises sejam considerados binários, porque receberam um grau de

crença suficiente para serem considerados totalmente “verdadeiros” ou totalmente “falsos”.

Tudo indica que uma maior pesquisa nesta área, tornando os circuitos lógicos

paraconsistentes mais eficientes na sua parte construtiva, muitos sistemas eletrônicos

passarão a utilizar a lógica paraconsistente, de modo natural, para aumentar as precisões

em suas respostas.

A implementação do Módulo Analisador Paraconsistente, mostra que é possível

utilizar o suporte teórico das lógicas paraconsistentes para materializá-las físicamente, e que

o conceito da contradição pode ser manipulado através de circuitos eletrônicos

convenientemente projetados.

Page 84: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

84

CAPÍTULO 7 - PROJETO E CONSTRUÇÃO DAS PORTAS LÓGICAS PARACONSISTENTES 7.1 -INTRODUÇÃO

Este capítulo apresenta os principais aspectos do projeto das portas lógicas

mostrando as características construtivas e os layouts obtidos do detalhamento dos

circuitos.

Os layouts dos circuitos das portas lógicas paraconsistentes dos Operadores n,

Operador COMPLEMENTO, Conectivo AND e Conectivo OR paraconsistentes, foram

elaborados utilizando-se o software Microeletrônics versão 5.1 da INSA (National Institute

of Applied Sciences) Toulouse-França.

Todos os layouts foram construídos em técnica full custom onde cada transistor é

dimensionado manualmente, conseguindo-se com isso o melhor desempenho e menor área

possível para o circuito. Com a aplicação deste técnica foi possível a elaboração das

máscaras para a fabricação do circuito integrado em tecnologia ES2 - 1.2µm.

Page 85: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

85

7.2 - CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS. Todos os circuitos foram projetados com um único padrão construtivo, utilizando-se

de uma fonte de alimentação simétrica e diferindo apenas no número de entradas.

Todas as portas lógicas apresentam apenas 2 conexões de saída: uma saída para os

sinais paraconsistentes e uma saída para o sinal T (inconsistente).

O sinal da saída T será de amplitude +4V ( nível lógico “1” ) quando o resultado

da saída dos sinais paraconsistentes for inconsistente. Para uma saída resultante não

inconsistente o pino de saída T será de nível lógico “1/2” ( 0V ).

O sinal de saída T foi projetado para ampliar a possibilidade destas portas lógicas

interagir com circuitos externos. Deste modo, o sinal de saída T servirá como controle, ou

ainda para sinalizar aos circuitos externos que existe um sinal de inconsistência resultante,

na saída de uma porta lógica paraconsistente.

Figura 7.1 - Padrão de construção das portas lógicas paraconsistentes.

As portas lógicas dos Operadores unários e do Operador COMPLEMENTO são construídas

conforme a figura 7.2.

CIRCUITO

T SAÍDA inconsistente

ENTRADAS

+6V

-6V VSS

Saída

Page 86: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

86

Figura 7.2 - detalhe construtivo dos Operadores n e COMPLEMENTO. Para as portas lógicas paraconsistentes AND e OR a construção dos pinos das

entrada e saídas fica do seguinte modo:

Figura 7.3 - Detalhe construtivo dos conectivos AND e OR paraconsistentes. Como foi visto no capítulo 5 todos os circuitos foram implementados com

transistores CMOS. Em [39] são apresentadas as características e relações de voltagens

para as três regiões de operação destes transitores. Estas considerações nos permitem a

utilização das equações na região de saturação do transistor MOS. A equação da

corrente é:

IDF = β n (VPF - VTN)2

2

CIRCUITO ENTRADAS

+6V

-6V VSS

T SAÍDA inconsistente

Saída

CIRCUITO

ENTRADAS

+6 V

-6Vdc

A

B

VSS

T Saída

inconsistente

Saída

Page 87: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

87

Onde: IDF = Corrente dreno-fonte β n = Fator de ganho VPF = tensão entre fonte e porta VTN = tensão de limiar Sendo que, o fator de ganho é obtido pela fórmula : β n = µ n ε 0x W

X 0x L onde os valores dependentes do processo são : µ n = mobilidade dos elétrons ε 0x = Permissividade do óxido X 0x = Espessura do óxido e da porta E os valores dependentes da geometria do transistor são : W = Largura do canal L = comprimento do canal As dimensões dos transitores utilizados nos circuitos das portas lógicas

paraconsistentes foram calculados conforme os métodos apresentados em [23] e [32].

No espelho de corrente, por exemplo considera-se que as tensões fonte/porta de

dois transistores MOS são iguais, sendo assim, as correntes serão proporcionais à

relação entre as medidas da distâncias das largura e comprimento do canal dos

transistores ( relação W/L ) [41].

Considerando-se uma corrente drenada de 500µA suficiente para drenar os circuitos

ligados à saída dos detetores de tensão, todos os transistores foram calculados numa

Page 88: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

88

primeira aproximação. Com estes valores foram feitas adaptações e modificações na

relação W/L dos transistores, sempre obedecendo as regras do processo ES2 - 1.2 µm.

Através dos resultados obtidos pelas simulações conseguiu-se alcançar o máximo

desempenho das portas lógicas na freqüência considerada de 50 Mhz.

Nas simulações, o correto funcionamento dos circuitos, foram obtidos a partir das

variações da largura (W) e comprimento ( L ) do canal dos transistores, sempre obedecendo

os limites impostos pelas regras do processo 1.2 µm.

Os resistores que são apresentados nos diagramas foram substituídos por transistores

MOS convenientemente polarizados, para facilitar a construção dos circuitos integrados.

Um exemplo é mostrado na figura 7.4 .

Figura 7.4 - Resistor substituído por 2 transistores MOS.

7.3 - DIAGRAMAS DOS CIRCUITOS DEFINITIVOS DAS PORTAS LÓGICAS PARACONSISTENTES. As próximas figuras apresentam os circuitos dos Operadores n com todos os

detalhes construtivos e adaptações feitas para a feitura das máscaras. Ao lado de cada

transistor MOS estão indicados os valores da relação W/L com λ=0,6µm.

R

MOS tipo p

MOS tipo N

A

B B

A

Page 89: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

89

O circuito do Operador unário i, sensível ao nível de tensão -4 V (sinal lógico “0”),

é mostrado na figura 7.5.

Figura 7.5 - Diagrama definitivo do Operador i. O circuito do Operador unário j, sensível ao nível de tensão -2V (sinal lógico

“1/4”), é mostrado na figura 7.6.

Figura 7.6 - Diagrama definitivo do Operador j.

O circuito do Operador unário k, sensível ao nível de tensão 0 V (sinal lógico

“1/2”), é mostrado na figura 7.7.

M10A 2/25

+6V

DETETOR DE TENSÃO

MRV3 5/20

MRV4 26/7 ENTRADA

M11 2/25

M110 2/46

-6V

MRV25 27/10

MRV3 10/20

SAÍDA

MRV4 2/7

-6V

+6V

M10A 2/25

+6V

DETETOR DE TENSÃO 1

MRV3 40/5

MRV4 7/5

ENTRADA

M18 2/5

M110 2/20

-6V

MRV25 27/10

MRV3 10/20

SAÍDA

MRV4 2/7

-6V

+6V

M10A 5/20

DETETOR DE TENSÃO 2

M17 2/5

MRV4 26/7

M21 2/5

M10 2/5

Page 90: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

90

Figura 7.7 - Diagrama definitivo do Operador k. O circuito do Operador unário L sensível ao nível de tensão +2V (sinal lógico

“3/4” ), é mostrado na figura 7.8.

Figura 7.8 - Diagrama definitivo do Operador L. O circuito do Operador unário m sensível ao nível de tensão +4V ( sinal lógico

“1” ), é mostrado na figura 7.9.

M10A 2/25

+6V

DETETOR DE TENSÃO 1

MRV3 35/5

MRV4 2/5

ENTRADA

M18 2/5

M110 2/20

-6V

MRV25 27/10

MRV3 10/20

SAÍDA

MRV4 2/7

-6V

+6V

M10A 35/5

DETETOR DE TENSÃO 2

M17 2/5

MRV4 2/30

M21 2/5

M10 2/5

M10A 2/25

+6V

DETETOR DE TENSÃO 1

MRV4 2/5

ENTRADA

M18 2/7

M110 2/20

-6V

MRV25 27/10

MRV3 10/20

SAÍDA

MRV4 2/7

-6V

+6V

M10A 4/20

DETETOR DE TENSÃO 2

M17 2/7

MRV4 27/10

M21 2/7

M10 2/7

M10A 30/5

MRV4 2/25

Page 91: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

91

Figura 7.9 - Diagrama definitivo do Operador m.

O circuito do Operador unário T, sensível ao nível de tensão +5V (sinal lógico “T”),

é mostrado na figura 7.10.

Figura 7.10 - Diagrama definitivo do Operador T.

A figura 7.11 apresenta o circuito do Operador COMPLEMENTO com todos os

detalhes construtivos e adaptações feitas para a feitura das máscaras. Ao lado de cada

transistor MOS estão indicados os valores da relação W/L com λ=0,6µm.

M10A 2/25

+6V

DETETOR DE TENSÃO 3

MRV3 5/15

MRV4 26/10 ENTRADA

M11 2/25

M110 2/46

-6V

MRV25 27/10

MRV3 10/20

SAÍDA

MRV4 2/7

-6V

+6V

ENTRADA

M10A 2/25

+6V

DETETOR DE TENSÃO 1

MRV4 2/5

M18 2/7

M110 2/20

-6V

MRV25 27/10

MRV3 10/20

SAÍDA

MRV4 2/7

-6V

+6V

M10A 41/5

DETETOR DE TENSÃO 2

M17 2/7

MRV4 2/35

M21 2/7

M10 2/7

M10A 10/7

MRV4 35/20

Page 92: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

92

Figura 7.11 - Diagrama definitivo do Operador COMPLEMENTO.

M100 2/46

+6V

DETETOR DE TENSÃO 1

ENTRAD

ES5

DETETOR DE TENSÃO 2

ES6

-6V

MRV1 35/9

MRV2 35/7

MRV3 5/20

MRV4 35/9

MR8 5/6

M76 2/25

M78 2/20 M17

9 3/13

MR10 9/14

MR11 9/14

M178 2/42 M77

2/25

MR9 5/6

M79 2/46 M200

2/40

M81 2/5

+6V

12

80

ES9

-6V

+6V

DETETOR DE TENSÃO 3

SAÍDA

MRVV1 2/46

MRVv2 46/13

12

ES9

M110 2/46

80

-6V

MR210 9/14

MR211 9/14

T Saída inconsistente

MRVV3 2/46

Page 93: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

93

O diagrama definitivo do circuito detetor de tensão é mostrado na figura 7.12. A

relação W/L está indicada ao lado de cada transistores com valores de λ=0,6µm.

Figura 7.12 - Diagrama definitivo do circuito detector de tensão. As próximas figuras apresentam os diagramas dos circuitos definitivos das portas

lógicas AND e OR paraconsistente adaptados para um processo ES2 de 1,2 µm. Assim

como foi feito para os diagramas anteriores, ao lado de cada transistor MOS está indicada a

relação W/L para valores de λ=0,6µm.

Estes valores que estão indicados nos diagramas são aqueles utilizados para a

implementação dos layouts das portas lógicas.

E1 MP2 2/13

ES

+6V

MN4 13/7

MP5 2/13

MP2 2/13

M58 2/13

E2

MP1 2/13

+6V

-6V

NM1 2/7

NM2 2/7

NM3 7/13

-6V

Page 94: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

94

Figura 7.13 - Diagrama definitivo da porta lógica AND paraconsistente.

12

13

91

Mrvv5 2/46

M180 2/46

M180 2/46

M584 2/46

M582 3/20

M581 7/6

M7 2/6

ES3

Mrv5 2/46

+6V

DETETOR DE TENSÃO 1

Entrada A

ES1

DETETOR DE TENSÃO 3

-6V

MRV1 35/9

MRV2 35/7

MRV3 5/20

MRV4 35/9

MR21 2/6

M1 2/1

MR22 2/6

M9 2/20

MR5a 14/5

MR5B 14/5

M11 2/6

M2 2/35

M8 2/17

+6V

13

12

91

-6V

+6V

DETETOR DE TENSÃO 5

Mrv6 46/13

-6V

M586 9/14

M585 9/14

Saída inconsistente

M80 2/35

DETETOR DE TENSÃO 2

ES2

DETETOR DE TENSÃO 4

ES4

M3 2/35

M4 2/35

M10 2/20

MR11 2/6

ES1

ES

MR4 2/6

MR3 3/6

ES4

M12 2/6

ES3

101

Entrada B

Operador COMPLEMENTO Para ±2 V

DETETOR DE TENSÃO 6

80

101

DETETOR DE TENSÃO 8

DETETOR DE TENSÃO 7

1

2

E1

M583 2/46

1

2

1

2

T

SAíDA

M81 4/10

ES6

ES5

Page 95: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

95

A figura 7.14 apresenta o circuito do Operador COMPLEMENTO que é sensível

aos sinais lógicos de “1/4” (-2V ), “1/2” ( 0V ) e “3/4” (+2V). Este diagrama é parte do

circuito da porta lógica AND paraconsistente (figura 7.13 ).

Figura 7.14 - Diagrama definitivo Operador COMPLEMENTO para ± 2V. Parte do diagrama da porta AND paraconsistente.

+6V

ENTRAD

M78a 2/12

M76 2/30

M78 2/12

MR9 8/6

MR10b 10/13

MR10a 10/13

M79a 2/30

M77 2/35

MR9a 8/6

M79 2/35

+6V

80 12

-6V -6V

ES6

ES5

MR8 8/6

MR8A 8/6

Page 96: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

96

Figura 7.15 - Diagrama definitivo da porta lógica OR paraconsistente.

MR5a 14/5

M8 2/17

-6V

MR5B 14/5

Mrvv5 2/46

M180 2/46

M180 2/46

M584 2/46

M582 3/20

M581 7/6

M7 2/6

ES3

Mrv5 2/46

+6V

DETECOR DE TENSÃO 1

Entrada A

ES1

DETETOR DE TENSÃO 3

-6V

MRV1 35/9

MRV2 35/7

MRV3 5/20

MRV4 35/9

MR21 2/6

M1 2/1

MR22 2/6

M9 2/20

M11 2/6

M2 2/35

+6V

13

12

91

+6V

DETETOR DE TENSÃO 5

Mrv6 46/13

-6V

M586 9/14

M585 9/14

Saída inconsistente

M80 2/35

DETETOR DE TENSÃO 1

ES2

DETETOR DE TENSÃO 4

ES4

M3 2/35

M4 2/35

M10 2/20

MR11 2/6

ES1

ES

MR4 2/6

MR3 3/6

ES4 M12 2/6

ES3

101

Entrada B

Operador COMPLEMENTO Para ±2 V

DETETOR DE TENSÃO 6

80 12

13

91

101

DETETOR DE TENSÃO 8

DETETOR DE TENSÃO 7

1

2

E1

M583 2/46

1

2

1

2

T

SAíDA

M81 4/10 ES6

ES5

Page 97: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

97

A figura 7.16 mostra o circuito do Operador COMPLEMENTO projetado para

funcionar com sinais lógicos de “1/4” (-2V), “1/2” ( 0V) e “3/4” (+2V).

Este circuito é parte integrante do diagrama da porta lógica OR paraconsistente

mostrado na figura anterior (figura 7.15 ).

Figura 7.16 - Diagrama definitivo do Operador COMPLEMENTO para ± 2V. Parte do diagrama da porta OR paraconsistente.

+6V

ENTRAD

M76 2/35

M78 2/35

MR91 7/20

MR10A 5/19

MR10B 5/19

M77 2/35

MR92 7/20

M79 2/35

+6V

80 12

-6V -6V

MRB1 7/20

MRB2 7/20

Page 98: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

98

7.4 - LAYOUTS DOS CIRCUITOS DAS PORTAS LÓGICAS PARACONSISTENTE Os layouts obtidos a partir dos diagramas dos circuitos mostrados na seção anterior

são apresentados agora com detalhes.

7.4.1- CIRCUITO DETETOR DE NÍVEL DE TENSÃO A figura 7.17 apresenta o layout do circuito detetor de nível de tensão.

Figura 7.17 - Layout do circuito Detetor de Nível de tensão tecnologia ES2 - 1.2µm. O primeiro layout apresentado é o do circuito Detetor de nível de tensão, porque

este circuito é utilizado na maioria das portas lógicas. Verifica-se que alguns dos

transistores MOS tipo P foram instalados lado a lado, aproveitando-se o mesmo poço N,

obtendo-se assim uma menor área de silício utilizada na implementação.

A área total deste circuito é de (64,2 X 55,2) µm2.

Page 99: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

99

Verifica-se nas máscaras da figura 7.17 uma pequena utilização de polisilício nas

interligações entre transistores, objetivando uma diminuição nos efeitos resistivos e

capacitivos que este material produz.

7.4.2- CIRCUITOS DOS OPERADORES UNÁRIOS ( Operador n ) Os layouts dos circuitos dos Operadores Unários são apresentados nas próximas

figuras. Ao lado de cada figura está indicada a área de silício utilizada na feitura das

máscaras.

O layout de cada Operador é apresentado por três figuras, o que permite uma

melhor visualização do detalhamento do circuito.

Todos os operadores foram agrupados em um único circuito integrado (chip), cada

um com entrada e saídas individuais. A implementação foi feita deste modo para um

melhor aproveitamento de área de silício.

A última figura (fig. 7.31), apresenta todos os Operadores Unários instalados em um

único circuito integrado (chip), juntamente com os pads de interligação.

Figura 7.18 - Layout do circuito do Operador i - tecnologia ES2 - 1.2 µm.

Page 100: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

100

Figura 7.19 -Detalhamento do Layout - circuito do Operador i - tecnologia ES2 - 1.2 µm.

Figura 7.20- Layout do circuito do Operador j -tecnologia ES2 - 1.2µm.

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101

Figura 7.21- Detalhamento doLayout - circuito do Operador j -tecnologia ES2 - 1.2 µm.

Figura 7.22- Layout do circuito do Operador k -tecnologia ES2 - 1.2µm.

Page 102: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

102

Figura 7.23- Detalhamento do Layout - circuito do Operador k - tecnologia ES2 - 1.2µm.

Figura 7.24 - Layout do circuito do Operador L -tecnologia ES2 - 1.2µm.

Page 103: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

103

Figura 7.25 -Detalhamento do Layout - circuito do Operador L -tecnologia ES2 - 1.2µm.

Figura 7.26 - Layout do circuito do Operador m -tecnologia ES2 - 1.2µm.

Page 104: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

104

Figura 7.27 -Detalhamento do Layout -circuito do Operador m -tecnologia ES2 - 1.2 µm.

Figura 7.28 - Layout do circuito do Operador T -tecnologia ES2 - 1.2µm.

Page 105: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

105

Figura 7.29 -Detalhamento do Layout - circuito do Operador T -tecnologia ES2 - 1.2µm.

As próximas figuras apresentam todos os Operadores Unários implementados em

um único circuito integrado.

Todos os circuitos são alimentados com uma única fonte de tensão contínua

simétrica de amplitude ± 6Volts.

Os pads utilizados nas máscaras são da bibliotéca do software, e suas dimensões são

padronizadas de (100X100) µm2.

As dimensões da área de silício utilizada do circuito integrado completo com todos

os circuitos dos Operadores incluídos é de (1250,4 X 1351,8) µm2. O layout do circuito

completo é mostrado na figura 7.31.

Page 106: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

106

Figura 7.30 - Layout do circuito dos Operadores Unários -tecnologia ES2 - 1.2 µm.

Figura 7.31 - Layout completo do circuito dos Operadores Unários com os pads de ligação.

Page 107: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

107

7.4.3- CIRCUITO DO OPERADOR COMPLEMENTO. O Layout do Operador COMPLEMENTO é apresentado nas figuras 7.32, 7.33 e

7.34.

O circuito completo com os pads para ligações externas ocupa uma área de silício de

(837,6 X863,4)µm2.

Figura 7.32 - Layout do circuito Operador COMPLEMENTO - tecnologia ES2 - 1.2µm.

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108

Figura 7.33 -Detalhe do Layout - circuito Operador COMPLEMENTO tecnologia ES2 - 1.2 µm.

Figura 7.34 - Layout completo com os pads de entrada/saída do circuito Operador COMPLEMENTO tecnologia ES2 - 1.2 µm.

Page 109: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

109

7.4.4- CIRCUITO DA PORTA LÓGICA AND PARACONSISTENTE .

O layout da porta AND paraconsistente é apresentado nas figuras 7.35, 7.36 e 7.37.

A figura 7.36 apresenta um detalhe dos transitores de saída do circuito da porta.

Todos os resistores implementados no circuito foram substituídos por transistores

CMOS. Este é um dos motivos da grande quantidade de transistores utilizados para a

construção da porta, no entanto com este procedimento se obtém, entre outras vantagens,

uma menor área de silício utilizada.

A figura 7.37 mostra todo o circuito ligados aos pads das entradas e saídas do

circuito integrado.

Como foi feito nos circuitos anteriores, foram utilizados pads da biblióteca do

software com as dimensões padronizadas de (100 X 100) µm2.

A área total de silício utilizada no circuito integrado completo da figura 7.37 é de

(1255,6 X 1117,4 )µm2.

Figura 7.35 - Layout do circuito da porta AND paraconsistente- tecnologia ES2 - 1.2µm.

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110

Figura 7.36 -Detalhe do Layout do circuito da porta AND paraconsistente- Transistores de saída tecnologia- ES2 - 1.2µm.

Figura 7.37 - Layout completo com os pads de entrada/saída do circuito da porta AND paraconsistente- tecnologia ES2 - 1.2 µm.

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111

7.4.5- CIRCUITO DA PORTA LÓGICA OR PARACONSISTENTE .

O layout do circuito da porta OR paraconsistente é apresentado nas figuras 7.38,

7.39 e 7.40.

A figura 7.40 apresenta um detalhe dos transitores de saída do circuito da porta.

Assim como foi feito para os circuitos anteriores, todos os resistores do circuito

foram substituídos por transistores CMOS para facilitar a construção da porta.

A figura 7.40 mostra o circuito completo ligado aos pads das entradas e saídas do

circuito integrado.

Aqui também foram utilizados pads da biblióteca do software com as dimensões

padronizadas (100 X100) µm2.

A área total de silício utilizada no circuito integrado completo da figura 7.40 é de

(1055,4 X 1052,4 )µm2.

Figura 7.38 - Layout do circuito da porta OR paraconsistente- tecnologia ES2 - 1.2µm.

Page 112: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

112

Figura 7.39 -Detalhe do Layout - circuito da porta OR paraconsistente- transistores de saída - tecnologia ES2 - 1.2µm.

Figura 7.40 - Layout completo com os pads de entrada/saída do circuito da porta OR paraconsistente tecnologia ES2 - 1.2 µm.

Page 113: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

113

CAPÍTULO 8 - RESULTADOS DAS SIMULAÇÕES DOS CIRCUITOS DAS PORTAS LÓGICAS PARACONSISTENTES 8.1 -INTRODUÇÃO

Neste capítulo são apresentados os resultados obtidos através das simulações dos

circuitos das portas lógicas paraconsistentes projetadas no capítulo 7. Na parte final deste

capítulo são descritas algumas conclusões relacionadas ao trabalho que aqui foi

desenvolvido, bem como, sugestões para continuidade de pesquisas neste campo.

Os circuitos das portas lógicas paraconsistentes, foram simulados utilizando-se o

software AIM-SPICE versão 1.5a, para um funcionamento em uma freqüência típica de

50Mhz e tecnologia ES2 - 1.2µm.

Page 114: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

114

8.2 - RESULTADOS DAS SIMULAÇÕES. 8.2.1 - OPERADORES UNÁRIOS N. 8.2.1.1- OPERADOR i Os resultados das simulações e os gráficos obtidos são apresentados nas próximas figuras:

Figura 8.1 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador i.

Entradas de -4V e de +5V.

Page 115: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

115

Figura 8.2 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador i. Entradas de -2V e de +4V.

Figura 8.3 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador i. Entradas de 0V e de +2V.

Page 116: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

116

8.2.1.2- OPERADOR j

Figura 8.4 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador j. Entradas de -4V e de +5V.

Figura 8.5 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador j. Entradas de -2V e de +4V.

Page 117: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

117

Figura 8.6 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador j. Entradas de 0V e de +2V.

8.2.1.3- OPERADOR k

Figura 8.7 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador k. Entradas de -4V e de +5V.

Page 118: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

118

Figura 8.8 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador k. Entradas de -2V e de +4V.

Figura 8.9 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador k. Entradas de 0V e de +2V.

Page 119: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

119

8.2.1.4- OPERADOR L

Figura 8.10 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador L. Entradas de -4V e de +5V.

Figura 8.11 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador L. Entradas de -2V e de +4V.

Page 120: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

120

Figura 8.12 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador L. Entradas de 0V e de +2V.

8.2.1.4- OPERADOR m

Figura 8.13 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador m. Entradas de -4V e de +5V.

Page 121: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

121

Figura 8.14 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador m. Entradas de -2V e de +4V.

Figura 8.15 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador m. Entradas de 0V e de +2V.

Page 122: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

122

8.2.1.5- OPERADOR T

Figura 8.16 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador T. Entradas de -4V e de +5V.

Figura 8.17 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador T. Entradas de -2V e de +4V.

Page 123: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

123

Figura 8.18 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador T. Entradas de 0V e de +2V. Verifica-se pelos gráficos dos resultados das simulações nas figuras anteriores, que

cada Operador apresenta o sinal lógico “1” de valor de tensão +4v para uma única entrada.

Qualquer outra entrada, sem ser aquela particular ao tipo de Operador unário

correspondente, a saída é de valor lógico “0” que equivale a uma amplitude de

tensão de -4v.

Pelas análises dos resultados das simulações aqui apresentados, conclui-se que os

valores obtidos confirmam a teoria exposta no capítulo 5

Page 124: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

124

8.2.2 - OPERADOR COMPLEMENTO.

Figura 8.19 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador COMPLEMENTO.

Figura 8.20 - Formas de ondas dos sinais de entrada/saída do Operador COMPLEMENTO.

Page 125: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

125

8.2.3 - PORTA LÓGICA AND PARACONSISTENTE.

Figura 8.23- Formas de ondas dos sinais das entradas/saídas da porta AND Paraconsistente. Entradas: A= +4V e -2V, B= 0V e +2V.

Page 126: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

126

Figura 8.24- Formas de ondas dos sinais das entradas/saídas da porta AND Paraconsistente. Entradas: A= 0V e +4V, B= +2V e -4 V.

Page 127: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

127

Figura 8.25- Formas de ondas dos sinais das entradas/saídas da porta AND Paraconsistente. Entradas: A= 0V e +5V, B= +5V.

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128

Figura 8.26- Formas de ondas dos sinais das entradas/saídas da porta AND Paraconsistente. Entradas: A= +2V e +4V, B= -4V e +4V.

Figura 8.27- Formas de ondas dos sinais das entradas/saídas da porta AND Paraconsistente. Entradas: A= -2V e +4V, B= -4V e +2V.

Page 129: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

129

8.2.4 - PORTA LÓGICA OR PARACONSISTENTE .

Figura 8.28- Formas de ondas dos sinais das entradas/saídas da porta OR Paraconsistente. Entradas: A= -2V e +4V, B= +2 V, +4 V e 0V.

Page 130: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

130

Figura 8.29- Formas de ondas dos sinais das entradas/saídas da porta OR Paraconsistente. Entradas: A= -4V e +4V, B= +2V e -2V.

Page 131: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

131

Figura 8.30- Formas de ondas dos sinais das entradas/saídas da porta OR Paraconsistente. Entradas: A= -4V e +5V, B= -2V.

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132

Figura 8.31- Formas de ondas dos sinais das entradas/saídas da porta OR Paraconsistente. Entradas: A= -4V e +2V, B= -2V e +4 V.

Figura 8.32- Formas de ondas dos sinais das entradas/saídas da porta OR Paraconsistente. Entradas: A= 0V e +2V, B= +4V e -4 V.

Page 133: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

133

Os gráficos das figuras anteriores que apresentam os resultados das simulações do

Operador COMPLEMENTO e das Portas lógicas paraconsistentes AND e OR, mostram

resultados considerados satisfatórios.

Uma análise entre os sinais de entrada e saída nos tempos correspondentes

confirmam os valores esperados teoricamente, conforme o exposto no capítulo 5.

Os gráficos das figuras 8.26 e 8.27 da Porta lógica AND paraconsistente, mostram

com muita clareza que o sinal de saída é sempre o menor entre os que estão aplicados nas

entradas. Estes resultados confirmam os valores da tabela-verdade apresentada no capítulo

4.

Fazendo-se uma análise nos gráficos das figuras 8.31 e 8.32 que são os resultados

das simulações feitas na Porta lógica OR paraconsistente, verifica-se que, neste caso, o sinal

de saída é sempre o maior entre os que estão aplicados nas entradas. Os resultados

apresentados confirmam os valores da tabela-verdade apresentada no capítulo 4.

Page 134: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

134

8.3 - CONCLUSÕES.

Com o estudo das Lógicas Paraconsistentes objetivando a implementação de

circuitos que expressem suas fórmulas, numa interpretação de sua semântica, abrem-se

grandes possibilidades no futuro da utilização de sistemas eletrônicos de diversas áreas que

permitam a convivência de sinais inconsistentes .

O importante é que, no aparecimento destes sinais inconsistentes, os circuitos não

acionem dispositivos de proteção ou simplesmente abortem o processo, mas tratem estas

inconsistências, resolvam os conflitos e apresentem como resultado um sinal confiável e

conveniente.

Neste trabalho são implementadas as portas lógicas primitivas; portanto, a partir

delas espera-se que novas pesquisas direcionadas a aplicações destas portas sejam iniciadas.

Estes novos trabalhos possibilitarão o surgimento de circuitos mais precisos e de maior

complexidade.

Com a elaboração do Módulo Analisador Paraconsistente ( MAP ), apresentado no

capítulo 7 como exemplo de aplicação, se comprova de uma maneira simples e eficiente

uma utilização prática das portas primitivas que foram implementadas.

Demonstra também que é possível utilizar o suporte teórico das lógicas

paraconsistentes para materializá-las fisicamente, e que o conceito de contradição pode ser

manipulado através de circuitos eletrônicos convenientemente projetados.

Um fato conclusivo relevante apresentado neste trabalho é a demonstração da total

compatibilidade da Lógica Paraconsistente com a lógica convencional binária, o que é um

fator altamente positivo para adequação destes circuitos aos sistemas eletrônicos digitais

que estão atualmente em uso .

Verifica-se que, utilizando-se as portas lógicas baseadas na Lógica Paraconsistente

Anotada, pode-se em certo trecho do sistema tratar os sinais de modo paraconsistente, e o

resultado da manipulação de suas valorações ser armazenado em circuitos de memórias. A

partir deste trecho do circuito os sinais das proposições podem ser tratados de forma

Page 135: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

135

convencional, e quando for conveniente recupera-se as valorações armazenadas para

análises posteriores.

É certo que com o incremento nas pesquisas objetivando tornar as portas lógicas

mais eficientes em relação à ruídos, respostas à freqüência, potência dissipada , área útil,

etc.., muitos sistemas eletrônicos passarão a utilizar a lógica paraconsistente, de modo

natural. Espera-se que com a aplicação destes circuitos ocorra um grande aumento no grau

de confiabilidade e precisão em respostas de sistemas lógicos digitais na área de

Inteligência Artificial e Robótica .

Este trabalho, sendo uns dos primeiros na aplicação das Lógicas Paraconsistentes

em Hardware, abre novas vias de pesquisas em Engenharia de circuitos eletrônicos digitais

e suas aplicações, porque a investigação de situações contraditórias é de indiscutível

importância em Inteligência Artificial, Ciência de Computação e Robótica em geral.

Page 136: Dissertação de Mestrado: As portas lógicas Paraconsistentes

136

8.4 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [ 1 ] Abe, J. M. “Fundamentos da Lógica Anotada” Tese de Doutoramento, FFLCH/USP - São Paulo, 1992. [ 2 ] Abe, J. M. & Papavero, N. “Teoria Intuitiva dos Conjuntos” MAKRON Books do Brasil - São Paulo, 1992. [ 3 ] Abe, J. M. & da SilvaFilho, J. I. “Implementação de circuitos eletrônicos de funções lógicas Paraconsistentes radix N” Estudos Avançados- Coleção Documentos- USP- São Paulo, 1996. [ 4 ] Abe, J. M “Um panorama da lógica atual” , a aparecer . [ 5 ] Allen, P.E. & Holberg, D.R. “ CMOS Analog circuit design” Holt, Rinehart and Winston, New York, 1987 [ 6 ] Anand, R. & Subrahmanian, V.S. “A Logic Programming System Based on a Six-Valued Logic” AAAI/Xerox Second Intl. Symp. on Knowledge Eng. -Madri-Espanha, 1987. [ 7 ] Arruda, A.I. “A survey of Paraconsistent logic” Mathematical logic in Latin America -North-Holland-Amsterdam, 1980. [ 8 ] Ávila, B.C. “Uma Abordagem Paraconsistente Baseada em lógica evidencial para tratar exceções em Sistemas de Frames com Múltipla Herança ” Tese de Doutoramento, POLI/USP - São Paulo, 1996. [ 9 ] Buschsbaum, A.R.V. & Pequeno, T.H.C , “Uma Família de Lógicas Paraconsistentes e/ou Paracompletas com Semânticas Recursivas” Estudos Avançados- Coleção Documentos- USP- São Paulo, 1993. [10] Buschsbaum, A.R.V. & Pequeno, T.H.C , “ Raciocínio Automático em Lógicas Paraconsistentes e/ou Paracompletas”

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