Diluição e Estabilidade de Medicamentos CRF
-
Upload
dyego-sullyvan -
Category
Documents
-
view
174 -
download
13
Transcript of Diluição e Estabilidade de Medicamentos CRF
DILUIÇÃO E ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS
1Daniela Vieira Baldini Batista
Farmacêutica Clínica2013
Programação2
� Histórico
� Administração
� Vias
� Tipos
� Dispositivos
� Manipulação
� Estabilidade
� Validade
� Incompatibilidades
� Esterilidade
� Administração
� Manutenção da esterilidade
� Técnica Asséptica
� Sala Limpa
� Níveis de Risco
� Reação Pirogênica
� Cálculos farmacêuticos de diluição
� Montagem de tabela de diluição
Histórico3
Histórico4
Histórico5
6
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE ESTÉREIS
Vias de Administração de estéreis
� A substância é disponibilizada por outra forma ≠ do trato
digestivo
Possibilita a administração de medicamentos a
espaços internos do organismo, incluindo:
vasos sanguíneos, tecidos e órgãos
7
Via parenteral
Vias de Administração de estéreis8
� Via parenteral: disponibilização sistêmica da substância
� Por injeção ou infusão
� Via Intravenosa (IV), Endovenosa (EV)
� Medicamentos injetáveis e infusões
� Nutrição parenteral
� Via Intramuscular (IM)
� Medicamentos injetáveis
� Via Subcutânea (SC)
� Insulina, heparina, morfina, etc.
� Hipodermóclise
Vias de Administração de estéreis9
� Outras vias – disponibilização não sistêmica:
� Intraperitoneal (infusão na cavidade peritoneal)
� diálise peritoneal
� Epidural ou peridural (injeção ou infusão no espaço epidural)
� anestesia epidural
� Intratecal (injeção no fluído cerebroespinhal)
� antibióticos, anestésicos, quimioterápicos, corticóides...
� Oftálmica
� Colírios
� Intra-vítrea
10
TIPOS DE INFUSÃO
Tipos de administração intravenosa
� IV direta (bolus)
� Medicamento introduzido através de
seringa conectada a dispositivo de acesso
venoso
11
Tipos de administração intravenosa� Infusão intermitente
� Administração por infusão por curtos períodos de tempo,
seguidos de períodos sem infusão
�Possibilita administração de medicamento mais diluído e
por tempo mais prolongado que no caso de seringa (IV
direta)
� diminui risco de flebite, hipotensão, reações
cutâneas, etc
12
Tipos de administração intravenosa� Infusão contínua
� Administração de forma ininterrupta e gradativa
� Menos agressiva
� Menor impacto sobre os mecanismos de manutenção da
homeostase (osmolaridade, pH, temperatura, volemia,...)
� Menor impacto sobre o endotélio dos vasos sanguíneos e as
células presentes no sangue
� Evita picos de [ ] de medicamentos aditivados
� Promove manutenção do acesso venoso
13
14
DISPOSITIVOS PARAADMINISTRAÇÃO DE
INJETÁVEIS
Equipos15
• Transparente ou Âmbar
• PVC ou Polietileno (baixa adsorção)
• Simples ou com Reservatório graduado (bureta)
Equipos16
Dispositivos
Dispositivos18
Polifix 2 Vias19
Cateteres de Longa Permanência� Cateteres implantados
� São cateteres venosos centrais que não possuem nenhuma parte externa
� Disponíveis no mercado em tamanhos adulto e pediátrico, com lúmens simples ou duplos:
� Port-A-Cath
–Vantagens:•A ausência de partes externas ↓freqüência de manipulação e de heparinização
•Não causa limitações à certas atividades físicas e não afeta a auto imagem do paciente
–Desvantagens:•Pode ser implantado muito profundamente, dificultando o acesso.
Cateteres de Longa Permanência
� Cateteres de Hickman
� Lumens duplos ou triplos
� Feitos de silicone
� Possuem parte externa sujeita a infecção no sítio de inserção
Port-a-Cath
24
ESTABILIDADESVALIDADESINCOMPATIBILIDADES
Estabilidade : Definição
� Propriedade do fármaco em manter-se dentrodas especificações pré-estabelecidas.
� Tempo ou duração em que o medicamentoreconstituído mantém sua integridade na soluçãode infusão.
� Diluição
� Reconstituição
Tipos de estabilidade
� Física e Físico-química (as propriedades originais incluindosabor, aparência, uniformidade, dissolução esuspendabilidade deverão permanecer inalterados)
� Química (manutenção de sua integridade e teor declaradodentro dos limites especificados por um determinado períodode tempo)
� Microbiológica (a atividade terapêutica deverá permanecerinalterada) (Relacionada à manutenção da esterilidade ou àcapacidade do produto resistir ao crescimento demicroorganismos )
Fatores que alteram a estabilidade
• Hidrólise
• Oxidação
• Fotólise (ou fotodegradação)
• pH da Solução (Tamanho da molécula
Fatores que alteram a estabilidade
• Temperatura
• Umidade (H2O)
• Gases Atmosféricos (N2, O2, CO2)
• Exposição a luz
Incompatibilidades
Definições:
� São interações físico-químicas que ocorrem quando dois ou mais
medicamentos são administrados na mesma solução ou misturados no
mesmo recipiente, e o produto obtido é capaz de inviabilizar a terapêutica
clínica.
� Os efeitos farmacológicos de um medicamento podem ser alterados por
outro, quando administrados concomitantemente.
� Está relacionada a fenômenos físico-químicos que resultam em alterações
no estado físico resultando em turvação, precipitação, separação de fase,
mudança de coloração, etc.
Origens
� Farmacêutica
� Farmacocinética
� Farmacodinâmica
Farmacêutica
� Física e química
Física (aparência) turvação, precipitação, mudança de coloração, etc.
Química degradação, inativação , pH da solução.
Farmacocinética
� ADME
Absorção
Distribuição
Metabolização
Excreção
Absorção
Gastrointestinal alterada :
1. * Ph alterado: fármacos melhor absorvidos emmeio ácido (Warfarina) + hidróxido de Al / Mg
2. * Formação de complexo e adsorção :
ciprofloxacina + hidróxido de Al / Mg (os íonsmetálicos formam complexos com ofármaco)(aumentar o intervalo entre as tomadas)
Absorção
- Motilidade Alterada: fármacos que aumentam amotilidade podem acelerar a passagem de drogasatravés do trato GI resultando em diminuição daabsorção
Metoclopramida + paracetamol ⇒ diminuição daabsorção do paracetamol
- Efeito do alimento : O alimento pode alterar a velocidadee a taxa de absorção de muitos fármacos,frequentemente, ele torna mais lento o esvaziamentogástrico ou se ligando as drogas ou diminuindo seuacesso aos locais de absorção ou alterando sua taxa dedissolução ou o Ph do conteúdo GI .
Distribuição
� Este tipo de interação ocorre quando da administraçãosimultânea ou sucessiva de dois medicamentos de forteafinidade pelas proteínas plasmáticas.
� A inibição competitiva ocorre quando os doismedicamentos tem os mesmo sítios de fixação proteica ,aquele cuja afinidade é mais importante, toma o lugar oudesloca a outra substância de seus sítios , aumentandoassim a concentração circulante livre desta última .
� Ex. : Ácido valproico + fenitoína : o ác. Valproico desloca afenitoína da ligação proteica, aumentando assim sua [ ]plasmática
Metabolismo alterado
* Metabolismo estimulado : Uma droga pode aumentar aatividade das enzimas hepáticas (indução enzimática)
Ex. : fenobarbital + warfarin ⇒ o fenobarbital aumentao metabolismo do warfarin, diminuindo sua açãoanticoagulante
* Metabolismo inibido : Uma droga pode inibir ometabolismo de outra, possivelmente prolongando eaumentando a ação da última
Ex. : allopurinol + azatioprina ⇒ o allopurinol inibe axantina oxidase, a qual metaboliza azatioprinaaumentando a ação deste fármaco.
Excreção
* Ph urinário alterado : o fármacos modificam o Phurinário . A eliminação de ácidos fracos é maiorem caso de alcalinização da urina ao contrário, aacidificação favorece a excreção urinária dasbases .
Farmacodinâmica
� Antagonismo
� Sinergismo
Antagonismo
� Morfina + Naloxona ⇒ competição pelo mesmoreceptor.
� Flumazenil + Benzodiazepínicos ⇒ competiçãopelo mesmo receptor.
� Captopril + AINE ⇒ diminuição do efeito dosantihipertensivos . (Os AINE inibe a produção dePGs que tem efeito vasodilatador renal enatriurético)
Sinergismo
� A. A. S. + varfarina ⇒ hemorragia
� Espironolactona + captopril ⇒ hiperpotassemia
� Furosemida + captopril⇒ hipotensão
� Sulfametoxazol + trimetoprim ⇒ atuação emetapas diferentes da mesma rota metabólica
Recipientes para infusão
• Tipo de recipientes
� PE (polietileno)
� PP (polipropileno)
� PVC (cloreto de polivinilo)
� EVA (etilenovinilacetato)
Importante Saber
� Muitos medicamentos a serem administrados...
� Como são administrados: Infusões contínuas, lentas, em bomba de infusão.
� Catéteres e dispositivos utilizados.
� Tipos de recipientes
� Tipos de solução
� Temperatura
� Adsorção e liberação de componentes
� Concentração
� Período de contato entre o medicamento e o sistema
� Temperatura
� Administração em Y
Tabela de Estabilidades
• Nome genérico, comercial e sigla
• Apresentação
• Diluição
• Estabilidade pós reconstituição e pós diluição
• Reconstituição e concentração
• Administração
• Observações
Manipulação de estéreis46
� No Brasil, poucos hospitais possuem áreadiferenciada dedicada à preparação, controle edispensação de terapia parenteral
Manipulação de estéreis47
Assegurar preparação
� Segura
� Eficaz
� Responsável
Ambiente de manipulação de estéreis
� Importante fator envolvido na garantia de qualidadedo medicamento estéril administrado.
� Ambiente deve ser controlado quanto o nº departículas em suspensão no ar (> 0,5 μm), quepodem transportar micro-organismos viáveis para aárea de manipulação, levando a contaminação de :
� Soluções em frascos e ampolas abertos
� Pontos críticos dos dispositivos de administração
Tamanho de partículas aerotransportadas
� Menor que 0,1 μm : comportamento similar às moléculasde gás, deslocam-se com movimento browniano e com umavelocidade de deposição não mensurável.
� 0,1 até 1 μm : Possuem velocidade de deposição quepodem ser calculados, porém são pequenas e normalmentesão desprezíveis, pois a corrente de ar bem mais rápida tendea neutralizar qualquer tendência à deposição.
� 1 a 10 μm : Caem com velocidade apreciável e constante;as correntes de ar normais tendem a mantê-las emsuspensão por um considerável período de tempo
Ambiente de manipulação de estéreis
� Existem normas que estabelecem limites
(quantidades e dimensões) destas partículas em
ambientes controlados de manipulação de
injetáveis
Estas normas se aplicam à:
�Indústrias Farmacêuticas
�Farmácias de Manipulação de estéreis
�Farmácias hospitalares
Sala limpa
� Especialmente projetada e construída para alcançar
níveis adequados de limpeza segundo normas
técnicas vigentes;
� Espaço no qual a concentração de partículas
aerotransportadas é controlada dentro de limites
específicos
Local especificamente destinado a manipulação de estéreis
visam controlar as concentrações de partículas
em suspensão no ar, atendendo aos níveis
apropriados de limpeza conforme definidos pelo
usuário e de acordo com as normas técnicas
vigentes.
Sala limpaDefinição
Suprimento e distribuição do ar
FiltragemProcedimentosde operações
Materiais de construção
• É uma sala na qual:
Concentrações de partículas na atmosfera
� CIDADES INDUSTRIAIS > 10MILHÕES / PÉ CÚBICO
� AMBIENTE RURAL < 1 MILHÃO/ PÉ CÚBICO
Partículas na faixa de 0,3 a 0,5 μm
53
Classificação de Salas Limpas
A Classe de limpeza é estabelecida conforme a quantidade de partículas aerotransportadas > 0,5 µm
ISO - International Organization of Standardization
Sala limpa
• A classe de limpeza necessária é dada em
função do nível de risco da manipulação que
será realizada neste ambiente
Classificação (ISO 14644-1)
Geração de Partículas pelas Pessoas
� Emissões
�Descamação
�Respiração e fumo
�Alimentação
�Joias e maquiagem
�Roupas
�Em função das atividades
Contaminação causada pela maquiagem
� COSMÉTICO PARTÍCULAS
> 0,3 µm
� SOMBRA PARA OLHOS 82 milhões
� PÓ DE ARROZ 270 milhões
� BLUSH 600 milhões
� BATOM 1 bilhão
� RÍMEL 3 bilhões
Comportamento em Salas Limpas
Atividade do indivíduo Emissão de partículas
> 0,3 µm/min
Pessoa imóvel 100.000
Mexendo cabeça ou braço
500.000
Mexendo o tronco 1.000.000
Levantando-se 2.500.000
Andando 5.000.000
Subindo escada 10.000.000
Fazendo exercício > 15.000.000
Comportamento em sala limpa
� Utilizar o uniforme especificado pela empresa
� Técnica de paramentação
� Não comer, fumar ou mascar
� Não usar cosméticos, relógios e joias
� Deixar os objetos pessoais nos armários do vestiário
� Declarar qualquer doença respiratória, GI ou dermatológica para
a supervisão
� Movimentar-se lentamente
� Falar o estritamente necessário
� O controle da quantidade de partículas viáveis em suspensão
(condições ambientais da sala limpa) é obtido através de
� Filtração do ar insuflado
� Pressão de insuflação de ar
� Minimização da introdução de partículas no ambiente
� Vestuário, matérias primas, etc
� Limpeza sistemática da área (retirada)
� Assepsia do local
Condições ambientais
Controle do ambiente da sala limpa
� Desta forma, é possível manter um nível muito baixo de
material particulado em suspensão dentro da sala
limpa;
� A quantidade de partículas em suspensão pode ser
contabilizada através de equipamentos especiais, por
empresas especializadas em auditoria de salas limpas
� estabelece a classificação do ambiente:
SALA CLASSIFICADA
63
Filtração do ar insuflado
� Quando um volume de ar é insuflado na sala limpa, deve
ser filtrado para retirar as minúsculas partículas em
suspensão no ar de forma eficiente.
� Seleção de filtros especiais:
� De acordo com a classificação do nº de partículas por pé cúbico
que se espera obter
64
Tipos de filtros
�Pré filtro ou Filtro grosso
� Filtros com meio filtrante viscoso
� O elemento filtrante é tratado com uma impregnação viscosa (glicerina ou óleo).
� Retêm partículas maiores que 10 μm .
�Filtro fino
� Filtros com meio filtrante seco:
� Meio filtrante de materiais e espessura variada.
� Eficiência de remoção de 45%
�Filtros HEPA (High efficiency Particulate Air) ou Filtro absoluto:
� São os mais eficientes,
� Eficiência de remoção mínima de 99,97%.
Seleção do filtro
CLASSE TIPOEFICIÊNCIA
(%)TAMANHO (µm)
TROCAS DE AR NA SALA por HORA (valores mínimos)
1 ULPA 99,9995 0,12
10 ULPA 99,9995 0,12
100 HEPA 99,99 0,30 240
1.000 HEPA 99,99 0,30 50
10.000 HEPA 99,99 0,30 30
100.000 HEPA 99,97 0,30 20
No caso de capelas classe 100, a velocidade de infusão do ar deve estar entre 0,3 e 0,5 m/s
Distribuição por regime de fluxo não unidirecional
HEPA
Distribuição por regime de fluxo unidirecional
HEPA
Distribuição por regime de fluxo unidirecional
HEPA
Regime de fluxo misto
Sala limpaCapela de
fluxo laminar
HEPA
� A pressão da sala limpa deve ser maior em relação a
antessala (pressão positiva),obtida pela insuflação de ar
através de filtros de alta performance (HEPA),
estrategicamente dispostos no ambiente interno
�↓ a possibilidade de entrada de partículas em
suspensão durante abertura das portas
Pressão de insuflação de ar
� Em caso de manipulação de produtos que envolvam
riscos ocupacionais e ambientais, as instalações seguem
os mesmos parâmetros estabelecidos para manipulação
de estéreis não citotóxicos, com uma exceção:
� Pressão de insuflação do ar
Pressão de insuflação de ar para manipulação de citostático
� A pressão da sala deve ser negativa em relação ao meio
externo para evitar a saída de contaminantes
� Impede que possíveis contaminantes saiam da sala de preparo
para a antessala e ambiente externo
� A manutenção da pressão negativa é obtida através da
exaustão constante do ar
Pressão de insuflação de ar para manipulação de citostáticos
Sala de preparo
Ambiente externo às áreas classificadas
Pressão de insuflação de ar
Ante-sala
Estéreis não citotóxicos Estéreis citostáticos
Sala de preparoPressão positiva
Pressão positiva
Ante-sala
Pressão positiva
Pressão positivaAmbiente externo
às áreas classificadas
Controle da entrada de partículas
� Sala de limpeza e higienização de materiais
� Sala de paramentação específica
�Antessala
� Sala exclusiva de manipulação
Sala de limpeza e higienização
� Todos os materiais e medicamentos que irão entrarna sala limpa, são tratados para não carregarsujidades ou partículas viáveis para o interior dasala;
�Tudo que pode ser molhado é escovado, lavado ejateado com soluções alcoólicas, associadas ounão, a outros agentes germicidas;
�Evita-se, ao máximo, a entrada de embalagens depapel na área;
Uniforme e técnicas adequadas de paramentação
Contribuem para:
� Controle microbiológico
� Manutenção dos níveis de partículas aceitáveis para
ambiente controlado
Uniforme
� Os manipuladores devem fazer uso de roupas próprias para o uso nestas áreas:
– Que não deixem pele exposta
Devem cobrir, se não a totalidade, grande parte do corpo do indivíduo
�Mangas longas e punhos
(macacão)
Uniforme
� Deve ser lavado com agentes germicidas e embalados
� Para permitir esterilização posterior
� Hermeticamente para evitar depósito de poeira
Se essas operações forem feitas por terceiros, é necessário que estes sejam qualificados
• Checar periodicamente as roupas para verificar se ainda estão íntegras como barreira
79
Características desejáveis para o uniforme
� Contenção de partículas e microrganismos
� Fabricação com tecidos de baixa liberação de partículas
� Poros com aberturas microscópicas
� Baixa permeabilidade de ar
� Repelência a líquidos
� Antimicrobiana
� Estática dissipativa
� Compatibilidade com esterilização pós lavagem
� Modelagem adequada
Técnicas de paramentação� Os uniformes devem ser vestidos segundo técnicas de paramentação
� Não usar joias ou maquiagem
� Unhas aparadas e limpas
– Lavar mãos e braços com sabão antimicrobiano
antes de vestir o uniforme
– Evitar tocar a parte externa deste
– Cabeça e cabelos faciais cobertos
– Usar luvas, aventais, máscaras e pro-pés
Frequência de troca
CLASSE FREQÜÊNCIA
10 Cada entrada
100 Diária
1.000 Diária
10.000 Diária
100.000 Cada 2 dias
Área “estéril” Cada entrada
82
Sala de Manipulação
� Deve estar localizada em área:
� De acesso restrito
� Apenas pessoas necessárias
� Exclusiva� Não realizar outras funções no local (ex.: triagem de prescrições,
registro de manipulações, emissão de rótulos, etc.)
� Livre de correntes de ar� Antessalas (pass through)
� Deve conter apenas o essencial ao trabalho
� Material de apoio, computador e demais devem, preferencialmente, ficar em área administrativa
Sala de Manipulação
� Tudo o que entra ou sai desta área (pessoas,material, medicamentos, produto final e lixo) passapor um sistema de antessalas
� Isto evita que sejam criadas correntes de ar inversas
�poderiam levar partículas de poeira para ointerior da sala;
84
Exemplo de planta
Sala de manipulação
VestiárioEstoqueAnte-sala
Capela de Fluxo laminar
� No interior destas salas localizam-se osEquipamentos de Fluxo Unidirecional
�Capela de fluxo laminar
� Estes equipamentos filtram, novamente, o ar dointerior da sala e o insuflam com uma pressãosuperior a dos insufladores da sala, sobre umabancada;
� Sobre estas bancadas é realizada a manipulação dosmedicamentos injetáveis;
Tipos de Capelas de Fluxo Laminar
� Classe I � Capela de exaustão.
� Não protege o produto, somente o operador.
� Classe II� Capelas de insuflamento para proteção do produto e do
operador
� Classe III� Totalmente fechado, com pressão interna negativa
� Protege o produto e o operador.
� A exaustão do ar é feita após duas etapas de filtração em filtros HEPA
Capelas de Fluxo Laminar Classe II� Tipo A – menor velocidade de insuflamento.
� Dutos contaminados podem ter pressão positiva.
� Ar da área de trabalho pode atingir a sala.
� Tipo B1/B3 – maior velocidade de insuflamento.
� Recirculação do ar filtrado e exaustão para o interior da sala ou para oexterior (opcional).
� Filtração do ar por filtros HEPA no insuflamento e na exaustão
� Tipo B2 – fluxo de ar vertical, com maior velocidade de insuflamento.
� Sem recirculação do ar filtrado e exaustão total do ar filtrado para oexterior.
� Filtração do ar por filtros HEPA no insuflamento e na exaustão
Indicada para manipulação de citostáticos poisconfere maior proteção ao operador e ao ambiente
Manipulação de citostáticos
� Produtos com características nocivas ao manipuladordevem ser manipulados em:
� capela de fluxo laminar (ou equipamento de ar limpo) desegurança biológica classe II B2
� 100% de exaustão externa
Nestes equipamentos, todo ar insuflado e exaurido é filtrado,
SEM recirculação do ar filtrado
�ambiente interno da capela é menos saturado
� protege manipulador
89
Esquema Classe II B2
Insuflamento
Fluxo laminar
Exaustão externa
de 100% do ar
Filtro HEPA
Instalações
� Definição da planta física:
� Realizada por engenheiros e empresas especializadas
� Assessoria de um farmacêutico
� Seleção adequada de materiais e fornecimento das especificações necessárias
Obtenção de ambiente limpo adequado às necessidades
Instalações
� Considerar:
� Calor gerado pelos equipamentos
� Nº necessário de saídas de ar para manter:
� temperatura ambiente em 18ºC
� umidade relativa de 50%
Análises realizadas por empresas especializadas em ventilação e sala limpas
92
Critérios de escolha dos materiais de construção da Sala Limpa
�Não geradores e retentores de partículas
�Não favoráveis a proliferação bacteriana
�Facilidade de limpeza� Superfícies impermeáveis, lisas e contínuas
�Vedação
�Durabilidade� Resistentes a impactos
� Resistentes a agentes de limpeza e desinfecção
� Resistentes a oxidação
�Flexibilidade em rearranjos de layout
Instalações
� Cantos : arredondados(aplicação de perfil)
� Visores : duplos e selados (faceando as paredes)
� Luminárias : embutidas e seladas ( depreferência com manutenção por cima do forro)
� Estruturas : não aparentes
� Dutos técnicos : embutidos nas divisórias(retorno de ar, utilidades )
Instalações
� Cantos arredondados
Instalações
� Piso : epoxi (monolítico) ou vinílico (mantas
soldadas)
� Paredes : tinta epoxi (filme impermeável)
� Vedações : silicone ou látex
� Divisórias, forros e portas : laminado melamínico
ou chapa de aço (pintado ou inox) sobre
substrato de espuma de poliuretano (ou outro
material rígido)
96
Instalações
� As portas devem:
�Ser de material resistente a abrasão
�Mínimo de superfícies horizontais
�Sem fricção com o piso
�Se possível, sem fechaduras
�Ter boa vedação
Assepsia da Sala limpa
� Objetivos:
� ↓ carga de pariculas introduzidas ou geradas na sala limpa
� ↓ contaminantes microbiológicos
Realizada segundo normas técnicas pré determinadas
Deve existir rígido controle microbiológico da área, equipamentos, roupas, luvas em uso, matérias-primas e produtos acabados
• Frequência: diária
Assepsia da Sala limpa� Limpeza (ação mecânica) e desinfecção (ação
química), com desinfetante adequado
– Limpar da área mais classificada
para a menos
• Sala de preparo � vestiários
Assepsia da Sala limpa
� Limpeza (ação mecânica) e desinfecção (ação química), com desinfetante adequado
– Realizar sequência completa
• Teto, parede, equipamentos e piso
– Equipamentos devem ser limpos no
início e fim do processo
Panos de limpezaTIPO DE PANO EMISSÃO DE
PARTÍCULAS >0,5µµµµ por cm²
APLICAÇÃO (classe ISO)
Malha 100% poliester com bordas seladas a quente
120
1-2-3-4
Malha 100% poliester sem bainha, lavado
160
4-5
Malha 100% poliester sem bainha, não lavado
800
5-6-7
Não tecido poliester-celulose
13.300
6-7
Tecido 100% algodão fibras longas, tratado para reduzir emissões
24.400
8-9
Fonte Texwipe -Metodo de teste TM5
�Rápida ação antimicrobiana, incluindo bactérias
vegetativas, esporos e vírus
�Ser estável ao calor e variações de pH
�Não corroer metais nem danificar partes de borracha e
adesivos
�Não descorar/manchar superfícies
�Não ser irritante para a pele
�Apresentar baixa toxicidade
Desinfetante
101
102
Tipos de desinfetantes
� Álcool (60 a 90%)
� Não tem ação contra esporos, pouca ação residual.
� Utilizado como antisséptico das mãos, luvas,especialmente em formulações na forma de gel
� Biguanidas
� Baixa toxicidade
� Não agressivo a superfícies
� Quaternários de Amônio
� Pouco tóxicos, solúveis, estáveis, não corrosivos.
� Bons para paredes e piso
103
MANUTENÇÃO DA ESTERILIDADE
DE MIVS
Administração parenteral
Medicamentos estéreis (Pó liofilizado) Frasco-ampola
Paciente
Reconstituição
Transferência
Mistura Intravenosa (Frasco, Bolsa, Seringa)
Este
rilid
ade e
esta
bili
dade m
antidas
Diluente, Seringas e Agulhas
Medicamentos estéreis(Líquido)
FA e Ampolas
Equipos, Seringas e AgulhasTransferência / Diluição
Equipos, Conexões e Agulhas
SoluçõesParenterais+
Administração parenteral
� Envolve a manipulação prévia de produtos
farmacêuticos estéreis, com manutenção de:
Essenciais para segurança do paciente
Integridade físico-química
Esterilidade e apirogenicidade
106
Manutenção da integridade química
� Depende de:
�Compatibilidade entre componentes da mistura
�Técnica de manipulação (homogeneização,
sequência de adição, etc)
�Condições de armazenamento (tempo e
temperatura)
� Uso de aditivos, soluções parenterais, dispositivos e
recipientes estéreis e apirogênicos
� Garantido pelos fabricantes
� Respondem legalmente por desvios de qualidade
� Técnica asséptica de manipulação
� Ambiente controlado
� Armazenamento adequado
Esterilidade e Apirogenicidade
Técnica asséptica
� Evita a contaminação de medicamentos ou dispositivos envolvidos no preparo e administração
Consiste em não expor:
Pontos críticos de dispositivos e recipientes
Superfícies não estéreisa
�Mãos
�Bancada
�Objetos presentes na área da manipulação
�Vestimentas
Superfícies que entrarão em contato com soluções estéreis
�Agulhas
�Bicos de seringa
�Extremidades de encaixe de dispositivos de transferência
Manipulação de produtos estéreis
� Técnica asséptica de manipulação;
� Antissepsia das mãos;
� Técnica de lavagem;
� Paramentação;
� Técnica para vestir sem tocar em superfícies;
� Luvas;
� Técnica para calçar luvas;
Manipulação de produtos estéreis
� Técnica asséptica de manipulação;
� Pontos Críticos;
� Rolhas de Frascos-ampola ou Bolsas;
� Bico e Êmbolo de seringas;
� Agulhas;� Assepsia de rolhas;
� Não fazer assepsia em agulhas e bicos de seringas;
� Não tocar pontos críticos com a luva;
� Não tocar pontos críticos em superfícies ou ampolas;
111
Antissépticos
� Ser efetivo contra microrganismos residentes e
transientes (isto é, comuns ou não à flora da pele)
� Ser de aplicação rápida e produzir efeito prolongado
� Não produzir efeitos tóxicos ou irritantes
� Não ser inativado na presença de proteínas e outros
materiais
Características desejáveis
Técnica asséptica� Condutas a serem seguidas
� Evitar conversas e movimentos bruscos
� ↓ quantidade de partículas em suspensão no ar
� Na bancada apenas materiais essenciais
� Dispostos de forma a evitar a interrupção do fluxo de ar sobre as
superfícies críticas de agulhas, seringas, frascos e ampolas
� As luvas não devem tocar o uniforme
� Devem ser mantidas dentro da área de manipulação (fora da zona de
turbulência)
� Podem ser lavadas durante o processo com agente adequado (álcool 70%)
� Devem ser trocadas se integridade estiver comprometida
113
Assepsia dos frascos
�Swab com álcool 70% é recomendado
antes da punção do frasco ampola e
qualquer outra membrana, como as das
bolsas
Reação Pirogênica
É um sinal de alarme do organismo contra a presençade micro-organismos ou toxinas na correntesangüínea.
Sintomas:
� febre;
� Calafrios;
� sudorese;
� taquicardia ;
� hipotensão.
Reação Pirogênica
� Este quadro pode manifestar-se durante a infusãode qualquer solução intravenosa (medicamentos,nutrição, parenteral, sangue e derivados).
� Qualquer tipo de acesso pode estar implicado:cateter, vascular central, cateter periférico, scalpsalinizado ou heparinizado.
Reação Pirogênica
CONDUTA
� Trocar todos os equipos e as soluções e, se possível,providenciar novo acesso venoso.
� Comunicar à equipe médica e administrar, senecessário, o antitérmico prescrito.
� Colher pelo menos duas hemoculturas, em sítiodiferente ao do acesso vascular.
Reação Pirogênica
� Manter o frasco da solução conectado ao equipoe protegido com tampa estéril.
� Encaminhar a solução e o equipo para o estudomicrobiológico (investigar fungo e bactérias).
� Preencher protocolo e encaminhá-loimediatamente à Farmácia Hospitalar e SCIH;
Reação Pirogênica
� Registrar a ocorrência no prontuário;
� No caso de sangue e derivados, comunicarimediatamente ao Banco de Sangue e seguirprotocolos específicos da hemovigilância.
CÁLCULOS APLICADOS EM FARMÁCIA HOSPITALAR
CÁLCULOS FARMACÊUTICOS
Sistema Internacional de Medidas
� SI
� Sistema decimal de pesos e medidas internacionalmenteconhecido;
� Facilidade de intercâmbio científico e profissional;
� Unidades básicas: metro e quilograma;
� Unidades definitivas: metro para comprimento, litro paravolume e grama para peso.
.
Cálculos de conversão de unidades
- Tabela de peso métrico
1 quilograma (Kg)= 1000 Gramas (g)
1 grama (g) = 1000 miligramas mg)
1 miligrama (mg) = 1000 microgramas (mcg) ou (µg)
Cálculos de conversão de unidades
- Tabela de medida de volume métrico
1 litro L = 1000 mililitros (ml)
Cálculos
Cálculo de doses
� Dose: Quantidade administrada a um pacientecom o intuito de se obter o efeito terapêuticodesejado.
� Dose diária: Pode ser subdividida, dependendo dacaracterística do fármaco e da doença.
Cálculos utilizados em Farmácia Hospitalar
Cálculo de doses
- Dose Usual: Quantidade de um fármaco que produz a resposta terapêutica desejada na maioria dos pacientes.
- Variação na dosagem: É aquela considerada segura e efetiva para um mesmo grupo de pessoas.
Escolha da dose de fármacos, flexibilidade para modificar a dose de acordo com os resultados clínicos
Cálculos utilizados em Farmácia Hospitalar
Cálculos de infusões intravenosas
Preparações aquosas estéreis administradas porvia IV em volumes relativamente grandes.
Quando administradas em Bomba de infão énecessário cálculo da correção do equipo.
PRIME do equipo: quantidade de líquidonecessária para preencher a extensão do equipoe que não será administrada no paciente.
Cálculos utilizados em Farmácia Hospitalar
Velocidade de liberação ou de fluxo de fluídosintravenosos
- Mililitros / minuto;
- Gotas / minuto;
- Miligramas / hora;
- Tempo aproximado de administração do volumetotal da infusão.
Infusões
- Bomba de Infusão
Preparações aquosas estéreis administradas por via IV emvolumes relativamente grandes.
As drogas quando administradas em Bomba de infusão,necessitam de correção em seu volume considerando acorreção do equipo, em especial para pacientes pediátricos eem alguns casos para adultos.
PRIME do equipo: quantidade de líquido necessária parapreencher a extensão do equipo e que não será administradaao paciente.
Infusões
- Bomba de Seringa
Preparações aquosas estéreis administradas por viaIV em volumes menores.
Utilizada para infusão contínua ou programada.
Largamente utilizada em pacientes neonatos epediátricos.
Não é necessário volume de correção.
Infusão Contínua de Antimicrobianos
� A infusão contínua ou prolongada dosantimicrobianos sustenta a exposição em nívelelevado (T >MIC) por um tempo maior, otimizandoo efeito bactericida.
Infusão Intermitente
� Ao contrário da infusão contínua, a infusãointermitente de soluções parenterais inclui osperíodos de interrupção da infusão endovenosasendo o procedimento repetido em intervalos detempo pré-estabelecido em prescrição médica.
Tipos de Infusão
� Infusão rápida: Entre 1 e 30 min.;
� Infusão lenta: Entre 30 a 60min.;
� Infusão contínua: Superior a 60 min.ininterruptamente;
� Infusão Intermitente: Superior a 60 min.
Infusões
Valores considerados para cálculo de venóclise:
� 1 gota = 3 microgotas;
� 1ml = 20 gotas;
� 1ml= 60 microgotas.
Referências Bibliográficas
1.ANSEL, H. C., PRINCE, S. J. Manual de Cálculos Farmacêuticos, Porto Alegre: Artmed, 2005
2.CAMPBELL, J. M., CAMPBELL, J. B. Matemática de Laboratório: Aplicações Médicas e Biológicas, 3ª. Edição, São Paulo: Livraria Roca, 1986
OBRIGADA!