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VIII ENANCIB – Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação 28 a 31 de outubro de 2007 Salvador Bahia Brasil GT 2 – Organização e Representação do Conhecimento Pôster BIBLIOTECA DIGITAL SCOL: organização, gestão e difusão do conhecimento científico através de objetos de aprendizagem SCORM DIGITAL LIBRARY SCOL: organization, management and diffusion of the scientific knowledge through learning objects SCORM Eduardo Souto Maior Sales (Fundação Visconde de Cairu, [email protected]) Ed Porto Bezerra (Universidade Federal da Paraíba, [email protected]) Hernane B.B. Pereira (Universidade Estadual de Feira de Santana, [email protected]) Resumo: A difusão do conhecimento científico através de bibliotecas digitais de teses e dissertações está se efetivando na web. Estas bibliotecas são constituídas predominantemente de textos em diferentes formatos digitais. Atualmente vários tipos de documentos são produzidos durante uma pesquisa científica, mas apenas os documentos textuais são catalogados nas bibliotecas digitais. Este artigo apresenta um modelo onde outros tipos de documentos digitais podem ser manipulados. Este modelo cataloga objetos de aprendizagem, utilizando o modelo SCORM, que se tornam acessíveis para diversos ambientes virtuais de aprendizagem. Palavras-chave: Bibliotecas digitais. Modelo SCORM. Objetos de aprendizagem. Abstract Scientific Knowledge diffusion through digital libraries of thesis and dissertations is taking place in web. Digital libraries are predominately composed of texts in different digital formats. Currently, several types of documents are produced throughout a scientific research, but only the textual documents are catalogued in digital libraries. This paper presents a model in which other types of digital documents can be manipulated. The proposed model catalogues learning objects using the Sharable Content Object Reference Model, which become more accessible for several learning virtual environments. Keywords: Digital libraries. SCORM model. Learning objects.

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VIII ENANCIB – Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação28 a 31 de outubro de 2007 • Salvador • Bahia • Brasil

GT 2 – Organização e Representação do ConhecimentoPôster

BIBLIOTECA DIGITAL SCOL:organização, gestão e difusão do conhecimento científico através de

objetos de aprendizagem SCORM

DIGITAL LIBRARY SCOL:organization, management and diffusion of the scientific knowledge

through learning objects SCORM

Eduardo Souto Maior Sales (Fundação Visconde de Cairu, [email protected])Ed Porto Bezerra (Universidade Federal da Paraíba, [email protected])

Hernane B.B. Pereira (Universidade Estadual de Feira de Santana, [email protected])

Resumo: A difusão do conhecimento científico através de bibliotecas digitais de teses e dissertações está se efetivando na web. Estas bibliotecas são constituídas predominantemente de textos em diferentes formatos digitais. Atualmente vários tipos de documentos são produzidos durante uma pesquisa científica, mas apenas os documentos textuais são catalogados nas bibliotecas digitais. Este artigo apresenta um modelo onde outros tipos de documentos digitais podem ser manipulados. Este modelo cataloga objetos de aprendizagem, utilizando o modelo SCORM, que se tornam acessíveis para diversos ambientes virtuais de aprendizagem.Palavras-chave: Bibliotecas digitais. Modelo SCORM. Objetos de aprendizagem.

Abstract Scientific Knowledge diffusion through digital libraries of thesis and dissertations is taking place in web. Digital libraries are predominately composed of texts in different digital formats. Currently, several types of documents are produced throughout a scientific research, but only the textual documents are catalogued in digital libraries. This paper presents a model in which other types of digital documents can be manipulated. The proposed model catalogues learning objects using the Sharable Content Object Reference Model, which become more accessible for several learning virtual environments.Keywords: Digital libraries. SCORM model. Learning objects.

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1. INTRODUÇÃO

Devido à boa infra-estrutura disponível e ao crescimento vertiginoso e evolutivo da Web, as instituições de ensino superior, tanto no Brasil como em diversos países, têm disponibilizado suas teses e dissertações através de bibliotecas digitais. Estes textos, acessíveis em tempo real, são importantes contribuições para a comunidade científica, pois colaboram para a disseminação, socialização e desenvolvimento do conhecimento científico e educacional da sociedade.

Embora sejam inegáveis seus benefícios, estes textos se apresentam apenas no formato escrito. Considerando que geralmente não apenas o documento escrito é produzido durante o processo de desenvolvimento de uma pesquisa científica, ou seja, diferentes conteúdos digitais relacionados a este podem ser construídos, verificamos que somente os textos são armazenados e disponibilizados nas bibliotecas digitais, sendo os demais conteúdos armazenados em arquivos pessoais dos pesquisadores.

Este artigo apresenta um modelo de biblioteca digital composta de objetos de aprendizagem compartilháveis, denominada Biblioteca SCOL1, baseada nas especificações do modelo SCORM (Sharable Content Object Reference Model) que oferece uma coleção de práticas padronizadas que vem sendo amplamente aceitas e implementadas como padrão de catalogação, acesso, distribuição e uso/reuso de objetos didáticos. A Biblioteca SCOL disponibiliza os objetos de aprendizagem produzidos pelos mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Modelagem Computacional, da Fundação Visconde de Cairu. Estes objetos são constituídos por três elementos: o texto da dissertação, o vídeo da defesa pública e os slides utilizados na defesa.

A contribuição principal deste modelo é fornecer um mecanismo de difusão do conhecimento científico através de ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). Por outro lado, como os objetos de aprendizagem estão em consonância com o modelo SCORM, eles passam a incorporar as características, requisitos e padrões do modelo; possibilitando seu acesso por outros ambientes AVA que estejam em conformidade com o SCORM.

Este artigo está organizado da seguinte forma: a Seção 2 apresenta uma visão geral sobre bibliotecas digitais. A Seção 3 expõe a definição dos objetos de aprendizagem e suas características. A Seção 4 descreve resumidamente o modelo SCORM. A Seção 5 apresenta a Biblioteca SCOL. Finalmente, a Seção 6 apresenta as considerações finais deste artigo.

2. BIBLIOTECAS DIGITAIS

Com o advento dos computadores a partir da metade do século XX, as bibliotecas tradicionais iniciam seu processo de automação. Primeiramente os computadores foram utilizados para atender alguns serviços básicos como catalogação, indexação e organização de acervos. Num segundo momento, apoiados pela evolução tecnológica das telecomunicações aliada à tecnologia da informática, eles possibilitaram o acesso online aos catálogos das bibliotecas, permitindo intensificar os processos de recuperação e difusão da informação, embora este acesso estivesse limitado a grupos de pesquisas em universidades e centros de pesquisas.

A biblioteca digital é um ambiente contemporâneo, mas seu embrião remonta a julho de 1945, quando o então diretor do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento Científico dos Estados Unidos da América, Vannevar Bush, publicou no periódico The Atlantic Monthly o artigo As We May Think (ARMS, 2000, p.11); onde criticava os métodos utilizados, até 1 SCOL é o acrônimo em inglês de Biblioteca de Objetos de Conteúdos Compartilháveis (Sharable Content Object Library).

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então, para armazenar e recuperar os resultados das pesquisas, e propunha um mecanismo imaginário chamado de Memex (Memory Extender). Através deste artefato seria possível armazenar informações de diversas formas tais como: livros, arquivos, jornais periódicos, fotografias etc., utilizando a microfotografia e a tecnologia eletrônica disponível na época. Os documentos poderiam ser pesquisados e acessados a partir de arquivos microfilmados, e através de uma tela poderiam ser acrescidas notas e comentários. O Memex não chegou a ser construído fisicamente, mas por muitos anos o microfilme foi a tecnologia economicamente viável para armazenar informações.

A proposta de Bush influenciou muitos pesquisadores, dentre eles J. C. R. Licklider, que em seu livro The Library of the Future (ARMS, 2000, p.12), publicado em março de 1965, vislumbrou o que viria a ser uma biblioteca digital realmente utilizável. Em suas previsões, entrevia que as bibliotecas seriam interconectadas através de uma rede de computadores de baixo custo, com grande capacidade de processamento e armazenamento, onde os usuários teriam acesso a bases de conhecimento organizadas, distribuídas e subdivididas por áreas de conhecimento. De certa forma é o que vivenciamos atualmente através da World Wide Web.

De acordo com Arms (2000, p.40), as bibliotecas trazem consigo uma tradição em adotar e adaptar-se às novas tecnologias, do microfilme aos serviços online, passando pelos CD-ROM e chegando às bibliotecas digitais via internet. Biblioteca digital é uma coleção de informações gerenciadas, com serviços associados, onde a informação é armazenada em formatos digitais e é acessível através de uma rede (ARMS, 2000, p.6). Esta definição é a mais adequada ao tipo de biblioteca proposto neste trabalho.

As bibliotecas digitais estão presentes e acessíveis através da internet no dia a dia de estudantes, pesquisadores, etc. Várias instituições de ensino disponibilizam, em formato digital, dissertações e teses de seus pesquisadores, através das bibliotecas digitais de teses e dissertações. A Universidade Norte do Paraná – UNOPAR2 dispõe de uma relação de 65 instituições, sendo 40 nacionais e 25 internacionais, onde é possível estratificar como as teses e dissertações estão sendo disponibilizadas na Internet. A Figura 1 mostra que 96% das instituições internacionais permitem o acesso integral às suas teses e dissertações, enquanto que 4% permitem o acesso a “textos selecionados”. Entretanto, nas instituições nacionais estes números caem, respectivamente, para 57%, ou seja, 23 instituições de um total de 40, e para 17%. Um outro aspecto considerado é que as bibliotecas digitais nacionais apresentam duas possibilidades não observadas nas internacionais: trata-se do acesso apenas ao resumo (abstract), 18% das instituições, ou a referência bibliográfica de suas produções científicas (8%).

Instituições Nacionais

57%

17%

8%

18%

Instituições Internacionais

96%

4%

Figura 1. Gráfico das bibliotecas digitais nacionais e internacionais. Fonte: UNOPAR (2007).

2 http://www.unopar.br/bibli01/refbibdigteses.htm

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Mesmo com a recente obrigatoriedade de instalar e manter arquivos digitais das dissertações e teses de final de curso, acessíveis ao público por meio da internet (portaria3 nº. 13 da CAPES/MEC4), o que se observa no meio acadêmico, segundo Costa (2006, p. 171), é que, seja por imposição ou por decisão própria, os pesquisadores científicos ainda vêm adotando os registros de suas pesquisas em outros meios eletrônicos. Segundo Cunha e McCarthy (2006, p. 28-44), há predominância, quase em sua totalidade, da disponibilidade das teses e dissertações exclusivamente em texto, comumente nos formatos PDF, DOC ou HTML.

As possibilidades de acesso quase que instantâneo, aos textos das dissertações e teses disponíveis nas bibliotecas digitais, através da internet, representam uma evolução incomensurável à comunidade científica, e no apoio a programas educacionais de pós-graduação. Ademais, o atual estágio das TIC permite a armazenagem de novos recursos multimídia (imagem, áudio, vídeo etc.) em diversos formatos digitais.

3. OBJETOS DE APRENDIZAGEM

É atribuído ao canadense Wayne Holdgins o pioneirismo pelo uso do termo objetos de aprendizagem, quando em 1994 nomeou um grupo de trabalho no CedMA5 denominado de "Learning Architectures, APIs and Learning Objects" (WILEY, 2000, p. 4). Desde então, o termo Learning Objects batizado por Holdgins se popularizou e vem sendo utilizado e difundido no campo da educação online.

A idéia é originária do paradigma da modelagem e programação orientada a objetos, bastante difundida na engenharia de software, que permite o desenvolvimento de componentes de software, chamados de objetos, que podem ser utilizados na construção de diferentes sistemas computacionais. Similarmente aos objetos da engenharia de software, a noção de objetos de aprendizagem (OA) é permitir a construção de recursos digitais para aprendizagem mediada por computador, através de critérios e padrões estabelecidos, principalmente, a reusabilidade e a interoperabilidade.

Para facilitar o entendimento dos OAs, algumas analogias e metáforas vêm sendo utilizadas. A mais empregada, devido a sua fácil assimilação, é a dos blocos LEGO (Figura 2). Esta analogia é considerada por alguns pesquisadores demasiadamente simples e limitada para representar as potencialidades, possibilidades, características e restrições dos OAs.

a) Blocos LEGO Fonte: Autores

b) Estrutura Atômica Fonte: Venkatachary (2002).

Figura 2. Metáforas dos Objetos de Aprendizagem.

3 Portaria disponível em: http://www.capes.gov.br/servicos/legislacao/portarias.html4 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do Ministério da Educação (MEC)5 Computer Education Managers Association

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Conforme Wiley (2000, p.15), o uso da metáfora do LEGO pode levar a um entendimento de que os OA podem ser combinados entre si de qualquer forma, onde qualquer um poderia abrir uma caixa de objetos e se divertir juntando-os para criar conteúdos instrucionais, como se não fosse necessário nenhum conhecimento prévio para construí-los. Como alternativa ele recomenda a metáfora da teoria atômica (Figura 2), que se contrapõe a simplicidade do LEGO, e se aproxima mais das características da construção de OAs, uma vez que nem todos os átomos podem ser combinados e recombinados indiscriminadamente; os átomos só podem ser combinados de acordo com determinadas estruturas prescritas, considerando sua própria estrutura interna; e, por fim, não é qualquer pessoa que vai combinar átomos: é necessário um mínimo de treinamento para manipulá-los.

O consórcio MASIE (2003, p.42) entende que a metáfora da construção civil é mais adequada para ilustrar o entendimento sobre os OAs. Portas, janelas, telhas, armários, dispositivos elétricos etc. representam de 85% a 95% dos materiais utilizados na construção civil, são projetados e fabricados segundo especificações técnicas e padrões, antes mesmo de casas ou edifícios serem concebidos, projetados ou construídos. Analogamente pode-se raciocinar da mesma forma com relação aos OAs, onde o mesmo objeto pode ser utilizado em diversos contextos, isoladamente ou combinados com outros objetos, para formar um conteúdo educativo válido.

Um fator crucial que deve ser considerado ao se planejar um OA é a sua granularidade, ou seja, o seu tamanho. Para Wiley (2000, p.12) a granularidade é considerada o maior problema encontrado entre os projetistas e desenvolvedores para estabelecer o tamanho ideal e adequado de um OA, pois não existe um preceito quanto ao tamanho a ser definido para um objeto. Todavia observamos na literatura disponível algumas características que devem ser consideradas para se estabelecer o tamanho ideal de um OA:

a) Quanto menor o OA maior será sua capacidade de reutilização em outros contextos, porém diminui sua aplicabilidade em um contexto didático;

b) O tamanho de um OA só faz sentido quando contém uma unidade mínima de sentido pedagógico;

c) Quanto maior o OA menor será sua capacidade de reutilização em outros contextos, mas aumenta sua aplicabilidade em um contexto didático;

d) É necessário avaliar o benefício de reutilização x custo/controle de se manter inumeráveis OA;

e) O tamanho de um OA vai desde o menor granulo que seja indivisível, até um conjunto de objetos.

Muzio at al. (2001, p.7) expõem também sua preocupação quanto ao tamanho do OA, o qual considera um verdadeiro enigma, devido à falta de consenso sobre quando usar um pequeno ou um grande OA. Aconselham que os OAs sejam tão pequenos quanto possível, para uma maior flexibilidade na reutilização. Por outro lado, a experiência lhes mostrou que uma tela composta por dois ou mais OAs teve maior reusabilidade. Outro argumento sugerido é que os OAs reutilizáveis são aqueles que seguem práticas de finalidades instrutivas.

Os OAs devem ser dotados de algumas características para que sejam flexíveis, fáceis de usar, atualizáveis e interoperáveis. Longmire (2001) considera seis importantes características que devem ser incorporadas pelos OAs quando projetados e criados (Tabela 1).

Tabela 1. Características dos OA.Característica Descrição

Flexibilidade Possuir início, meio e fim, que permita sua reutilização sem a necessidade de nenhum tipo de manutenção.

Facilidade para atualização

Um OA deve ser atualizado e armazenado em um mesmo repositório de dados, mesmo que seja utilizado por diversos ambientes.

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Característica Descrição

CustomizaçãoO mesmo OA poderá ser utilizado em cursos distintos, onde cada instituição poderá arrumá-los e ajustá-los as suas necessidades pedagógicas.

Interoperabilidade É a garantia de que o objeto de aprendizagem pode ser utilizado em qualquer plataforma tecnológica.

Aumento do Valor do

Conhecimento

A possibilidade de, ao longo do tempo, receber melhorias do conhecimento acumulado.

Indexação e Procura

O objeto ao ser criado deve conter informações que facilitem sua catalogação e recuperação.

Fonte: Longmire (2001).

Do ponto de vista pedagógico, conforme o IDC6 (2001, p. 2-4), os OA precisam incorporar certas características para que possam atender às metas educacionais do projeto pedagógico em que estão inseridos:

Objetivos de Aprendizagem: o OA deve ser construído no sentido de auxiliar o aluno a alcançar os objetivos educacionais para o qual foi concebido;

Pré-Avaliação: identificar o conhecimento prévio sobre o assunto a ser abordado representado pelo OA, permitirá ao aluno traçar um percurso mais adequado dentro do curso;

Conteúdo de Aprendizagem: é o próprio recurso digital que será utilizado para interagir com o aprendiz sobre o assunto abordado;

Pós-Avaliação: tem como objetivo avaliar se o aluno finalizou ou não, de forma suficiente, os objetivos educacionais do OA, para que possa dar seqüência ao seu aprendizado;

Metadados: possibilita a indexação, a busca e reuso dos OAs.

Todas estas características e possibilidades dos OAs necessitam de estabelecimento de padrões e, principalmente, de metadados, pois estes possuem as informações sobre os OAs. Tais informações indicarão como localizar um OA, em que local está o OA, quem é seu autor, qual o tipo de arquivo, quais as exigências operacionais, seu tamanho, custos envolvidos, propriedade intelectual do OA etc. Dentre os padrões empregados para o desenvolvimento e utilização de OAs em ambientes AVA, destaca-se o modelo de referência SCORM.

4. O MODELO SCORM

A humanidade sempre buscou padrões a partir de experimentos obtidos em pesquisas científicas, apoiando-se na tecnologia e na experiência do uso comum de processos, produtos ou serviços; no sentido de alcançar maior produtividade, melhor desempenho e principalmente menores custos. Por exemplo, é através da padronização que usuários (clientes, fornecedores, fabricantes etc.) podem usufruir de informações sobre as características, formatos, propriedades, etc. dos bens de consumo. Com e-learning não poderia ser diferente: muitas organizações vêm desenvolvendo esforços na definição de padrões para EAD.

A evolução e popularização da internet, a partir da década de 90, possibilitaram ao ensino a distância através da web, o surgimento de várias propostas de e-learning. As potencialidades que a EAD proporciona ao aprendizado são infinitas, mas os padrões até então utilizados não serviam para atender às expectativas do mercado, dos educadores e do

6 IDC – International Data Corporation

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próprio ambiente da web. Hoje, a realidade começa a se transformar, incorporando propostas de EAD com uso dos OAs.

Com o objetivo de estabelecer um padrão para criação, uso e reuso de conteúdos de aprendizagem baseado na web, o Departamento de Defesa e o Gabinete de Políticas de Ciência e Tecnologia, da Casa Branca, dos Estados Unidos da América, em parceria com diversas organizações, criou, em novembro de 1977, um consórcio chamado de ADL Initiative (Advanced Distributed Learning Initiative) (ADL, 2004a, 2004b, 2004c, 2004d) que tinha como missão prover acesso de alta qualidade para a educação e treinamento à distância, feito sob medida, e com custos menos elevados. Para atender a esta missão, foi proposto o modelo SCORM, um conjunto de diretrizes, especificações e padrões, que vem sendo adotado mundialmente, inclusive no Brasil, para educação online. Este modelo incorporou o que tinha de melhor das especificações de organizações como AICC, IMS, IEEE LTSC e ARIADNE7.

Dentro das diretrizes da ADL foram estabelecidos seis elementos considerados como exigências de alto-nível definidos para todo ambiente de aprendizado baseado no modelo SCORM:

Acessibilidade: é a habilidade de localizar e acessar componentes instrutivos em local remoto;

Adaptabilidade: é a habilidade para adaptar e customizar os objetos segundo as necessidades individuais e organizacionais;

Disponibilidade: os objetos estão disponíveis, inclusive em tempo de execução, de forma individualizada ou não, minimizando o tempo e o custo que envolve sua entrega;

Durabilidade: mantendo-se os padrões de dados semi-estruturados atualmente utilizados na web, os objetos resistirão à evolução e mudanças de tecnologia, sem custo de redesenho, reconfiguração ou recodificação;

Interoperabilidade: os objetos podem ser utilizados em uma gama variada de equipamentos, sistemas operacionais e navegadores;

Reusabilidade: é a flexibilidade para incorporar componentes instrutivos em múltiplas aplicações e contextos.

Para o entendimento do funcionamento do modelo SCORM é importante o entendimento de quatro componentes básicos: recursos (asset), objeto de conteúdo compartilhável (SCO - sharable content object), pacote de conteúdos (content package) e metadados (metadata).

O Asset é considerado a forma mais elementar para representação de um recurso no modelo SCORM. Ele representa qualquer recurso digital (texto, imagem, vídeo, áudio, etc.) que possa ser apresentado através de um navegador web.

O SCO é uma coleção de um ou mais Asset. A Figura 3 representa um recurso de aprendizagem capaz de ser executado, comunicado e transmitido via web a qualquer plataforma educacional, em conformidade com o modelo SCORM. O SCO e o Asset podem se comunicar com esta plataforma; a diferença básica é que apenas os SCOs trazem embutido o mecanismo que pode acompanhar a evolução dos alunos. Assim, mesmo que um objeto de aprendizagem seja representado apenas por um Asset, é recomendável que este seja incluído em um SCO para que obtenha todas as possibilidades de comunicabilidade e de interoperabilidade.

7 AICC (Aviation Industry CBT Committee), IMS (IMS Global Learning Consortium), IEEE LTSC (Institute of Electrical and Electronics Engineers - Learning Technology Standards Committee), ARIADNE (Alliance of Re-mote Instructional Authoring & Distribution Networks for Europe).

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Asset SCOFigura 3. Asset e SCO. Fonte: Adaptado de ADL (2004b)

O terceiro componente básico é o pacote de conteúdos. Ele é composto da coleção de todos os arquivos necessários ao funcionamento dos OAs e objetiva importar, exportar, agregar e desagregar pacotes de conteúdos. Ele descreve as estruturas de dados usadas para prover a interoperabilidade de conteúdos educacionais, baseados na internet, com as ferramentas de autoria e as plataformas educacionais.

Trata-se de um arquivo compactado constituído de dois sub-componentes: o manifesto e os arquivos físicos. O manifesto é um documento escrito em XML8 que descreve todo o conteúdo, sua organização e os recursos associados contidos no pacote de conteúdos. Os arquivos físicos contêm os arquivos textuais, imagéticos, audiovisuais etc. que compõem os OAs.

Os metadados têm como objetivo fornecer uma nomenclatura comum que permita descrever consistentemente os recursos de aprendizagem. Eles funcionam para os OAs como sendo uma etiqueta ou rótulo que contem um índice com informações importantes sobre os mesmos. Assim cada OA, no modelo SCORM, deve ser “etiquetado” ou “rotulado” com os metadados para que possa ser identificado, encontrado, recuperado, usado e reusado.

As especificações, padrões e diretrizes do SCORM estão organizados através de uma biblioteca de livros técnicos que compõem o modelo. Os livros técnicos estão agrupados por tópicos: CAM (Content Aggregation Model – Modelo de Agregação de Conteúdo), RTE (Run-Time Environment – Ambiente de Execução) e SN (Sequencing and Navigation – Sequenciamento e Navegação). Além destes três tópicos, existe também o Overview (Visão Geral) que apresenta um histórico e os objetivos da ADL. Este tópico discorre sobre como o SCORM está estruturado conceitualmente, suas especificações e terminologias, além de descrever sucintamente os outros três tópicos e como eles se relacionam entre si.

As especificações do CAM têm como finalidade estabelecer uma forma padronizada e consistente para armazenar, etiquetar e empacotar, que permita a troca e descoberta de OAs na internet. Para que isto seja possível o CAM representa uma taxonomia neutra de aprendizagem (i.e. a definição da estrutura de cursos é livre), onde projetistas e desenvolvedores possam desenvolver e agregar OAs, com base no padrão, para facilitar a utilização em qualquer contexto educacional.

O RTE é o ambiente de execução do modelo SCORM. Com base em suas especificações e requerimentos os SCO se comunicam com diferentes plataformas educacionais, para serem visualizados num navegador web, mantendo o mesmo comportamento, independente das plataformas com as quais se relaciona. Na realidade, o ambiente de execução estabelece a maneira como os SCOs, criados com base nas especificações do CAM, são enviados a um navegador web. Também determina um protocolo de comunicação através do qual os SCOs e as plataformas trocam informações entre si.

O tópico SN objetiva definir a seqüência de atividades dos OAs e estabelecer os eventos de navegação. A principal tarefa do SN é determinar o comportamento do curso,

8 EXtensible Markup Language

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através do qual é criado um encadeamento lógico para execução dos OAs, permitindo que qualquer usuário possa executá-lo de maneira consistente. Também permite que os eventos de navegação sejam iniciados pelos próprios OAs, conforme o modelo de sequenciamento estabelecido para o curso.

Percebemos que o foco do modelo SCORM reside nos pontos de interface entre o conteúdo de aprendizagem e o ambiente da plataforma educacional. Atualmente existe uma tendência na indústria de softwares para adotar o modelo SCORM como um formato comum para entrega de OA em diferentes AVA, entre as quais o Moodle9, Aulanet10, SABA11 e WebCT12. Estes já utilizam OAs em conformidade com o modelo SCORM, razão pela qual optamos pela sua utilização no modelo de biblioteca digital proposto.

5. A BIBLIOTECA SCOL

A Biblioteca SCOL é um modelo de biblioteca digital composta de OAs que utiliza o modelo SCORM. Logo, as estruturas necessárias para sua modelagem precisam estar compatíveis com as especificações e diretrizes do modelo SCORM.

Os recursos digitais que compõem a Biblioteca SCOL são formados por arquivos em formatos PDF (extensão de arquivo associada aos documentos digitais criados pelo Acrobat), PPT (extensão de arquivo associada aos documentos digitais criados pelo Microsoft PowerPoint) e AVI (extensão de arquivo associada aos documentos digitais no formato Audio Video Interleaved):

Texto da dissertação: corresponde ao texto da dissertação em sua versão final, após correções e ajustes sugeridos pela banca examinadora. Os textos para serem incorporados à biblioteca devem estar em formato PDF;

Apresentação da dissertação: trata-se dos slides apresentados na defesa da dissertação. Os slides devem estar no formato PPT;

Vídeo da dissertação: refere-se ao registro em vídeo da defesa pública da dissertação. O mesmo deve ser convertido em formato AVI.

Os componentes básicos da Biblioteca SCOL representam os asset, considerado a mais elementar representação de um recurso digital no modelo SCORM. Esses asset tornam-se um SCO, que abrigará os asset da biblioteca, para se comunicar com o ambiente AVA através de uma página HTML padrão (template), denominada de SCO.htm (Figura 4).

Figura 4. Template do SCO da Biblioteca SCOL. Fonte: Autores.9 http://moodle.org/10 http://www.ccead.puc-rio.br/aulanet2/11 http://www.saba.com12 http://www.webct.com/

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Para auxiliar no estabelecimento do nível de granularidade apropriado à finalidade da Biblioteca SCOL, nós tomamos como base a hierarquia granular apresentada por Wagner (2002, p.5). Esta hierarquia possibilita o entendimento e a visualização na construção de conteúdos educacionais.

A estrutura hierárquica dos OAs proposta para a Biblioteca SCOL está ilustrada na Figura 5. No Nível–1 estão os componentes básicos da Biblioteca SCOL. Estes recursos digitais, em seus formatos originais, representam o texto, a apresentação e o vídeo da dissertação de cada aluno. Eles apresentam um baixo contexto didático, ou seja, por si só não representam um significado educativo, ou seja, necessitam ser agrupados no sentido de agregar um objetivo educacional comum, formando assim o Nível-2.

Figura 5. Estrutura hierárquica dos OA da Biblioteca SCOL. Fonte: Autores.

O Nível-2 é composto pelos recursos digitais agrupados de tal forma que traduzam uma coleção de objetos de informação, segundo suas similaridades. No caso da Biblioteca SCOL um objeto de informação para atender a um objetivo de aprendizagem tem que ser combinado e transformado em um único elemento que represente em sua totalidade os três componentes básicos de uma determinada dissertação. Estes objetos assim constituídos passam a integrar o Nível-3 da estrutura.

O último nível da estrutura, Nível-3, contém os OAs em sua completude, ou seja, os OAs “lapidados” prontos para serem utilizados e reutilizados em plataformas EAD que estejam em conformidade com o modelo SCORM. Eles representam os SCOs do modelo SCORM, com todos os requerimentos técnicos necessários para satisfazer as exigências de interoperabilidade, descoberta e entrega destes OAs na internet. Para que satisfaçam os requisitos técnicos, os OAs devem estar empacotados e etiquetados, de maneira que possam ser reutilizados e localizados na Biblioteca SCOL. Isso inclui os metadados que descrevem: (i) o pacote e conteúdo e seus componentes básicos individuais, (ii) a organização e a ordem em que os recursos digitais devem ser entregues e (iii) os arquivos físicos relacionados.

O processo de produção dos OAs da Biblioteca SCOL é constituído de cinco etapas fundamentais que visam organizar e sistematizar a construção dos SCOs. Todas as etapas estão relacionadas e exigem uma ordem de execução (Figura 6).

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A Etapa 1 tem como objetivo principal a coleta da matéria-prima para elaboração dos OAs da biblioteca. Os recursos digitais devem ser acompanhados das informações necessárias para descrição dos metadados, pois estas são essenciais na execução da Etapa 4.

A Etapa 2 tem dois objetivos: o primeiro é verificar a integridade dos documentos digitais fornecidos, e o segundo é checar se as informações para descrever os metadados estão de acordo com as recomendações propostas para Biblioteca SCOL. A integridade dos documentos digitais refere-se à integridade física do documento digital, e não ao seu conteúdo. Isto garante que mesmo antes de se tornarem SCOs, os recursos digitais são confiáveis e íntegros para prosseguir no processo de construção.

Figura 6. Processo de produção dos OAs da Biblioteca SCOL. Fonte: Autores.

Na Etapa 3, os recursos digitais aptos a se tornarem OAs precisam ser armazenados para servirem de insumo para Etapa 4. Logo, é importante que estes recursos estejam agrupados em um único ambiente. Para isso, estabelecemos uma estrutura de pastas de trabalho para facilitar a busca e recuperação dos recursos digitais inerentes a cada aluno.

Na Etapa 4 é realizada a produção dos OAs com base nos recursos digitais armazenados na Etapa 3. Os OAs são construídos através de um software de distribuição livre, chamado RELOAD Editor (Reusable E-Learning Object Authoring and Delivery), que possibilita a criação, a descrição dos metadados e o empacotamento de conteúdos digitais em conformidade com o modelo SCORM.

Na Etapa 5 é importante garantir a qualidade do SCO criado. Para isso, ele deve ser testado, com o propósito de certificar que seu pacote de conteúdo está correto e funcionando adequadamente. Para testar o objeto criado, usamos uma ferramenta que simula um ambiente AVA simples, chamada RELOAD Scorm Player. Nela é possível executar e reproduzir a funcionalidade do pacote de conteúdo na versão SCORM 1.2 Package, sem a necessidade de inclui-lo em uma plataforma educacional na web.

Após a validação, o objeto construído está apto a ser catalogado na Biblioteca SCOL para ser utilizado em ambientes AVA que estejam em conformidade com o modelo SCORM. Alguns OAs foram construídos de acordo com o processo de produção proposto. Utilizamos o

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Moodle do Instituto Anísio Teixeira para testar e disponibilizar OAs referentes a seis pesquisas de mestrado concluídas (Tabela 2).

Tabela 2. Relação inicial dos objetos de aprendizagem que compõem a Biblioteca SCOL.Data da defesa

Dissertação Aluno Número da dissertação

21/06/05 Correlação de Longo Alcance em Demanda de Passageiros e Veículos do Sistema Ferry Boat

Aloísio Santos Nascimento Filho 03

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Silvia Maria Gomes Caldeira 08

15/12/06

Análise de pontos de função estendida: métrica de software baseada na abordagem das dimensões tecnológica e ambiental/contextual

Augusto Gonçalves de Sousa 20

Fonte: Autores

A Figura 7 apresenta um dos OAs da Biblioteca SCOL que consiste na dissertação de mestrado, intitulada “Análise de pontos de função estendida: métrica de software baseada na abordagem das dimensões tecnológica e ambiental/contextual” de autoria do Sr. Augusto Gonçalves de Sousa.

Figura 7. Biblioteca SCOL no ambiente Moodle. Fonte: Autores.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A princípio, a simulação realizada através das ferramentas utilizadas neste trabalho satisfaz aos objetivos da biblioteca digital proposta que é composta de OAs, em conformidade com o modelo SCORM.

No caso das dissertações do Mestrado Interdisciplinar em Modelagem Computacional oferecido pela Fundação Visconde de Cairu, o texto impresso é o único conteúdo de aprendizagem, que após a defesa é catalogado em uma pasta com a identificação de um código seqüencial e o título da dissertação, e arquivado na biblioteca. Este formato apresenta alguns problemas quanto ao acesso (i.e. os interessados em alguma dissertação tem que se dirigir à biblioteca da instituição), à consulta (i.e. o título da dissertação no catálogo não é suficiente para identificar o conteúdo a ser pesquisado) e ao processo de difusão (i.e. a dissertação só é utilizada apenas por um interessado de cada vez in loco).

A Biblioteca SCOL equaciona as questões supracitadas, automatiza o processo de catalogação e acesso das dissertações da instituição, além de disponibilizar os conteúdos de aprendizagem para a comunidade acadêmica, favorecendo a continuidade das investigações. Ressalta-se que, qualquer curso de EAD ou sistema projetado considerando o modelo SCORM, poderá fazer uso e reuso destes conteúdos em suas aplicações, propiciando também a utilização dos OAs da biblioteca em aulas, seminários, mesas-redondas, oficinas etc.

Para uma análise mais adequada sob a perspectiva educacional, é necessário validar os OAs da Biblioteca SCOL em um ambiente AVA, que consiste na próxima atividade desta pesquisa e, portanto, está fora do escopo deste artigo.

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