O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2008

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-040-7Cadernos PDE

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Governo do Paraná Secretaria de Estado de Educação

Superintendência da Educação Programa de Desenvolvimento Educacional � PDE

CADERNO TEMÁTICO

A falta e o excesso de substâncias químicas para a saúde do ser humano e a prevenção na adolescência:

Alimentação, uso de Álcool e Cigarro.

CURITIBA - PR DEZEMBRO 2008

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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PDE

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ UTFPR

A falta e o excesso de substâncias químicas para a saúde

do ser humano e a prevenção na adolescência: Alimentação, uso de Álcool e Cigarro.

AUTORA: PROF. SONIA APARECIDA BRITES CASATTI ORIENTADORA: PROF. MARIA TERESA G. BADOCH

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SUMÁRIO

1. Apresentação .................................................................... 04 2. Introdução ......................................................................... 05 3. Carboidratos, Glicídios ou Açúcares ................................. 06 4. Lipídios ou Gorduras ......................................................... 08 5. Proteínas ........................................................................... 11 6. Água .................................................................................. 14 7. Vitaminas .......................................................................... 16 8. Sais Minerais ..................................................................... 20 9. Pirâmide Alimentar de 1992 � Usda ................................. 27 10. Pirâmide de Alimentos Atual (Guia Alimentar) .................. 28 11. Alimentação Saudável: Prevenção de Doenças ............... 28 12. Alimentos Funcionais ........................................................ 31 13. Alimentos Orgânicos ......................................................... 33 14. Alimentos Transgênicos .................................................... 33 15. Aditivos Químicos ............................................................. 34 16. Adolescência e a Alimentação .......................................... 36 17. Álcool, Bebidas Alcoólicas e seu Efeito no Organismo ..... 39 18. O Álcool e o Trânsito ......................................................... 41 19. Álcool na Adolescência ..................................................... 42 20. Cigarro, sua Composição Química e seus Efeitos para o Ser Humano ................................................................... 43 21. Cigarro e Adolescência ..................................................... 45 22. Considerações Finais ........................................................ 45 23. Referências ....................................................................... 46

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1. Apresentação Pesquisas recentes mostram que os adolescentes brasileiros estão se tornando obesos, com altos níveis de colesterol e glicose, apresentando ainda desnutrição, mesmo comendo muito (fome oculta). Constata-se também que o excessivo consumo de álcool e cigarro são fatores de riscos constantes na vida dos adolescentes. A falta ou o excesso de certas substâncias químicas, tais como, vitaminas, sais minerais, proteínas, água, gorduras, fibras, entre outras e o uso indiscriminado do álcool e de substâncias contidas no cigarro, poderá ter como conseqüência, adultos com sérios problemas de saúde. A adolescência é uma fase importante na formação do ser humano. Nela, o conhecimento e a reflexão sobre estes temas poderão contribuir para a incorporação de hábitos saudáveis e para a prevenção de doenças. É fundamental que ao educar para a cidadania numa perspectiva progressista, a abordagem do ensino de Química esteja voltada para a construção, reconstrução e internalização do conhecimento. Que os educandos possam perceber o quanto é importante para a sua vida, conhecer, relacionar e usar os conhecimentos científicos na prevenção de doenças e cuidados com a saúde. Este caderno temático tem como objetivo principal servir como aprofundamento teórico e reflexivo sobre os assuntos tratados nele. É para ajudar nos debates a serem feitos em sala de aula, após os alunos terem realizado levantamentos de dados sobre as questões propostas, de preferência, em grupos e orientados pelo professor(a). Espero enquanto professora de Química, com este caderno, ter contribuído pelo menos um pouco para o conhecimento, desenvolvimento pessoal, prevenção e valorização da vida de nossos queridos estudantes.

Curitiba, dezembro de 2008

Prof. Sonia Aparecida Brites Casatti Colégio Estadual do Paraná � Curitiba - Pr

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2. Introdução Amigo(a) estudante, Você sabe porque estou lhe escrevendo sobre este tema? Porque me preocupo com você. Quero que viva bastante, tenha uma vida saudável, uma auto-estima excelente, seja feliz, e livre para tomar decisões sábias. Qualquer dúvida que surgir ou se houver necessidade de aprofundamento nos assuntos, converse principalmente, com seus professores de Química e Biologia. Não tenho a pretensão de esgotar esse tema e gostaria que você não parasse por aqui, pois tem muita coisa interessante para ser pesquisada e descoberta. Então para iniciarmos, seria capaz de me responder a seguinte questão? Você é o que ingere?

Está em dúvida? Então que tal dar um passeio pelo mundo maravilhoso de algumas substâncias químicas e ver o que elas fazem em nosso corpo para que tenhamos vida? Mas existem algumas que se ingeridas ou em quantidades erradas, podem destruir essa vida. Quer conhecê-las? Você que sempre pergunta ao seu professor de Química: Para que devo aprender isso? Para que serve a Química? O que ela tem a ver comigo? Acompanhe-me nesta leitura e vou tentar ajudá-lo a obter as respostas, pelo menos no que diz respeito a alguns assuntos, certo? Em primeiro lugar vamos descobrir porque comemos. Você sabe porque se alimenta? Come qualquer coisa, come porque tem que comer, porque é gostoso, por ansiedade ou capricha na escolha dos alimentos e sente prazer em se alimentar? Então aí vai.............. A Bioquímica, é o �estudo da Química da vida� e ajuda esclarecer algumas questões. Ela envolve a Química e a Biologia. Todo alimento é formado por substâncias químicas naturais ou artificiais e pode ou não ter os componentes nutricionais necessários à nossa saúde. Ele pode também conter substâncias tóxicas para o nosso organismo que podem causar alergias e até risco de morte. A partir do momento que os alimentos são ingeridos, uma série de reações químicas importantes tem início, pois é necessário desenvolver e renovar estruturas celulares, ou produzir e consumir energia. Isso é chamado de metabolismo. Os processos metabólicos, como respiração, locomoção, digestão, reprodução e outros, dependem da energia adquirida dos alimentos. Com essa energia, o ser humano pode realizar suas atividades, tais como trabalho, estudo, prática de esportes , aqueles momentos de diversão tão prazerosos, dentre outras. �Ai que fome�........ Estamos sempre com fome, porque precisamos manter o funcionamento de nosso organismo e para isso precisamos de grandes quantidades de energia. Os alimentos contêm várias substâncias químicas, chamadas de nutrientes, tais como carboidratos ou hidratos de carbono, lipídios proteínas, vitaminas, minerais, conservantes, corantes, aromatizantes, água e várias outras, sendo algumas muito prejudiciais à saúde.

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Os carboidratos e os lipídios produzem o fornecimento de energia necessário ao funcionamento das células, as proteínas participam da constituição da estrutura das células e tecidos e de processos de regulação do metabolismo e as vitaminas, também importantíssimas, para os organismos vivos, são substâncias formadas por moléculas orgânicas, ou seja, por cadeias carbônicas. Os minerais são substâncias que devem fazer parte da nossa dieta, pois apesar de não fornecerem calorias, eles desempenham diversas funções vitais para o organismo e constituem os alimentos reguladores, obtidos de produtos vegetais e animais. A água é responsável por mais da metade da massa corpórea do ser humano e participa de vários processos fundamentais para a manutenção da vida. E agora, o que você acha em darmos uma �olhadinha� bioquímica em cada um deles? 3. Carboidratos ,Glicídios ou Açúcares São macronutrientes energéticos, pois fazem partes dos alimentos de que o organismo necessita em grandes quantidades e são ótimas fontes de calorias, principalmente para o bom funcionamento do cérebro e dos músculos. No estado natural, os carboidratos fornecem 4 Kcal por grama (um grande valor energético), além de muitos minerais, vitaminas e fibras. Eles devem constituir cerca de 65% de nossa dieta alimentar e suas principais fontes são os vegetais, sendo sintetizados pela fotossíntese. Quimicamente falando, os carboidratos são formados por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio, possuindo um grupo carbonila (átomo de carbono fazendo ligação dupla com o oxigênio: C=O), de cadeia aberta e mais de um grupo hidroxila: -OH. As suas moléculas são chamadas mistas, pois possuem associações das funções orgânicas álcool, cetonas e aldeídos. A glicose, por exemplo, é um composto formado por aldeído e poliálcool (vários grupos OH). Se você ainda não sabe nada sobre as propriedades do elemento químico carbono e sobre as principais funções orgânicas, ou seja, formadas por cadeias carbônicas, é um bom momento para aprender sobre esse assunto. Isso pode melhorar seu entendimento sobre questões importantes. Há dois grupos de carboidratos. Eles são diferenciados pela sua estrutura química e seu grau de facilidade de digestão: os simples (são moléculas menores e por isso de rápida digestão) - açúcar e mel e os complexos (amidos e fibras), formados por moléculas maiores e portanto demorando mais tempo para serem absorvidos pelo organismo, porque antes precisam ser transformados em unidades menores. Você está percebendo que isso tem tudo a ver com a cinética química, que trata da velocidade das reações? Quanto maior a superfície de contato (moléculas menores), mais rápida será a absorção delas durante o processo de digestão, pois a velocidade da reação á maior. Os carboidratos simples estão presentes nos açúcares, no mel e nas formas processadas desses alimentos (doces, bolos, balas etc.), podendo resultar da digestão dos carboidratos complexos. Aposto que você gosta muito disso, não é? Mas é gostoso mesmo...........

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Os açúcares são rapidamente transformados em glicose, chamado de �açúcar do sangue�, pois é o mais simples que circula em nossas veias e que dá energia ao corpo. Mas cuidado! Os alimentos que contêm esse carboidrato, quando ingeridos em excesso, podem causar vários problemas, como a cárie dentária e a obesidade, a qual pode provocar diabetes, câncer, aumento do colesterol sanguíneo, doenças cardiovasculares, entre outras. Então vamos consumir mais carboidratos complexos, certo? Esses, são encontrados nos amidos (cereais como trigo, cevada, milho, arroz, etc.), em seus derivados como por exemplo massas e pães, em vegetais como batata, mandioca, cará e inhame, chamados de feculentos, em leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha, etc.) e também transformados em glicose pelo organismo. Você já ouviu falar em amido? Claro que já, pois deve ter aprendido sobre ele, em Biologia. O amido é um carboidrato, uma substância complexa, uma macromolécula, formada por outras pequenas moléculas e por isso, chamada de polímero. Ele é formado pela reação de condensação das moléculas de α- glicose (C6H12O6), causada pela eliminação da água. Como esse polímero vem da natureza, é dito natural. Também funciona como substância de reserva para muitas plantas e por isso ele é encontrado na forma de grãos (em sementes), caule, raízes, etc. Não é maravilhoso? Essa natureza!............. O amido é também classificado como polissacarídeo. Mas você sabe o que é isso? É uma das subdivisões dos carboidratos. Eles podem ser:

• Monossacarídeos, que são glicose, dextrose (encontrada em frutas e vegetais) e frutose (açúcar das frutas).

• Dissacarídeos: sacarose (açúcar da cana e da beterraba), lactose (açúcar do leite) e maltose (encontrada no malte).

• Polissacarídeos: amido, glicogênio (substância de reserva nos animais), celulose (encontrada nos vegetais) e pectina (presente nos frutos e raízes).

Os carboidratos devem ser a principal fonte de energia do organismo. Seu consumo diário tem a ver com a idade e a intensidade das atividades físicas. Em geral, um adulto necessita de 6 a 11 porções por dia, por exemplo, (uma porção de pão equivale a uma fatia de 50 g, de cereal, 30 gramas, batata cozida, uma média, arroz, 3 colheres, etc.). De preferência, devemos consumi-los nas principais refeições do dia (café da manhã e almoço). Você não gosta muito de tomar café da manhã, não é? Continue lendo e vamos ver se é possível mudar de idéia. Apesar de ser melhor o consumo de carboidratos complexos, temos que evitar o excesso, pois tanto o açúcar quanto o amido são armazenados e transformados em gordura. O corpo armazena carboidratos, no fígado, nos músculos (glicogênio) e no sangue (glicose). Você sabe para quê? É para evitar que nossos músculos sejam consumidos para obter energia, quando necessitamos ficar muito tempo sem comer ou quando fazemos dieta para emagrecer. É tudo perfeito, não é? Você entendeu porque não deve fazer esses regimes �malucos�, que tiram totalmente os carboidratos do cardápio? A falta deles provoca emagrecimento, cansaço, desânimo, fraqueza, depressão, irritabilidade e pode chegar à desnutrição. Será que vale a pena emagrecer e adquirir todas essas coisas chatas e perigosas para a saúde? Existem outras formas mais saudáveis de

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obter o emagrecimento e estaremos falando sobre elas. Comer alimentos que contenham muitas fibras, por exemplo, é uma das opções. Vamos ver o porquê. As fibras fazem parte dos carboidratos complexos e são importantes para regular vários processos do metabolismo, ajudando inclusive no bom funcionamento do intestino. Elas não são absorvidas pelo organismo, pois não são transformadas em nutrientes e nem possuem valor energético (calorias). É recomendável ingerir de 20 a 30 gramas de fibras por dia. Não foi bom saber isso? Você pode ingerir mais fibras e menos amido, evitando assim engordar, além do que elas diminuem a fome, devido a sua digestão ser mais lenta. Também são ótimas para quem tem intestino �preso� porque tendo a capacidade de fixar e absorver água, ao passarem pelos intestinos delgado e grosso, funcionam como uma esponja e deixam as fezes amolecidas e mais fáceis de serem eliminadas. Com isso, ajudam a prevenir prisão de ventre, hemorróidas e até câncer de intestino, pois fazem com que substâncias cancerígenas permaneçam menos tempo em nosso organismo. Ah! Tem mais vantagens....... As fibras também absorvem ácidos biliares, colesterol, compostos tóxicos e até bactérias, diminuindo assim as doenças causadas por essas substâncias quando estão aumentadas no organismo, além de reduzir a glicose do sangue, prevenindo ou controlando a diabetes. Existem dois tipos de fibras: As solúveis (se dissolvem na água) e as insolúveis (não se dissolvem nem com a mastigação). As primeiras são encontradas em leguminosas, aveia, cevada, frutas cítricas, maçã, morango, nozes, hortaliças, etc. e as outras estão nas frutas cítricas, principalmente nas que contenham cascas ou bagaço, no trigo e no arroz integral, no farelo de trigo e em outros grãos, além dos vegetais folhosos. Que tal então, incluir mais fibras na sua alimentação? Agora iremos conhecer melhor, substâncias muito calóricas. Se houver excesso em seu consumo, o ponteiro da balança vai subir.........Cuidado! 4. Lipídios ou Gorduras

A palavra lipídios vem do grego lipos e significa gordura. Os lipídios são grandes fornecedores de energia. Cada grama fornece 9 kcal e respondem por cerca de 30% das calorias obtidas com a alimentação diária. É bastante, não é? Lembra dos carboidratos, eles fornecem 4 kcal por grama. Dizem os cientistas ser por isso que o nosso organismo sintetiza tecido adiposo (gorduroso), quando comemos além de nossas necessidades. Ele faz reserva de energia, pois se faltar alimentos, estamos garantidos por um tempo. O tecido adiposo ajuda a manter constante a temperatura do corpo, evitando perdas rápidas de calor e forma uma camada de proteção em volta dos principais órgãos, protegendo-os contra choques. Os lipídios também são necessários para a absorção das vitaminas, A, D, E e K, que são lipossolúveis, ou seja, se dissolvem em gorduras. Como eles são apolares dissolvem todas as substâncias apolares (�semelhante dissolve semelhante�) e é por isso que as carnes gordurosas e outros alimentos que possuem substâncias apolares dissolvidas, responsáveis pelos sabores, são tão gostosos.

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Agora, vamos falar dos lipídios mais importantes para o nosso tema alimentação: gorduras e óleos de origem animal ou vegetal. Eles apresentam estruturas semelhantes e são resultado de uma reação química entre ácidos graxos (ácidos monocarboxílicos de cadeia carbônica longa, em geral com doze ou mais átomos de carbono) e glicerol ou glicerina, um triálcool (um álcool com três grupos funcionais, -OH). E você sabe quem faz isso? São os organismos vivos, não é legal? O resultado da reação é um triéster, ou seja apresenta três grupos característicos da função éster e três grupos (R1, R2, R3), ligados neles, oriundos dos diferentes ácidos graxos, sendo chamado de triglicérides ou triglicerídeos. Nas gorduras, pelo menos dois dos grupos R1, R2 e R3, são saturados (ligações simples entre os carbonos), sendo sólidas à temperatura ambiente e nos óleos, predominam os insaturados (ligações duplas entre os carbonos) e são líquidos. Muita Química, não é mesmo? Se estiver me acompanhando bem, deve ter entendido que as unidades básicas dos óleos e gorduras são os ácidos graxos, certo? Então , vamos classificá-los e descobrir em quais substâncias eles estão presentes e como interferem em nossa saúde. Garanto que você já ouviu falar muito sobre isso por aí. Os ácidos graxos podem ser: saturados, monoinsaturados e poliinsaturados.

• Os saturados, considerados gorduras ruins, quando em excesso em nosso organismo, podem provocar doenças, como o câncer e a partir do aumento de colesterol no sangue, ser desenvolvida a arteriosclerose (engrossamento e endurecimento das artérias, devido ao depósito de gorduras), podendo levar a enfartes, derrames e trombose das coronárias. Estão presentes, principalmente, em alimentos de origem animal, como carnes vermelhas, bacon, pele de aves, manteiga, carne de porco, gema de ovo, vísceras, creme de leite, queijos gordos, leite integral, além das de origem vegetal, como azeite-de-dendê, margarina, manteiga de cacau, gordura de coco e outras. A gordura bovina contém aproximadamente 60% de ésteres de ácidos graxos saturados. As frituras também são nocivas. Temos que ficar de olho nisso........

• Os monoinsaturados (uma ligação dupla entre os carbonos), diminuem o colesterol �ruim� (LDL) e são encontrados em frutas como abacate, no azeite, óleo de canola, em nozes e castanhas, etc. O ácido oléico é um exemplo constituindo 83% do óleo de oliva.

• Os poliinsaturados (duas ou mais ligações duplas), também são importantes para diminuir o LDL e aumentar o colesterol �bom� (HDL). Se você não sabe direito o que é o colesterol espere, pois já falaremos sobre ele. Esses ácidos graxos são encontrados principalmente nos peixes e em óleos vegetais, como os de soja, canola, girassol, milho e oliva. A família desses ácidos, chamada de ômega 3 (ácido linolênico) e ômega 6 (ácido linoléico) � encontrados em animais marinhos, óleos de peixe e óleos vegetais � é muito importante porque é uma gordura necessária para o desenvolvimento cerebral de fetos e para a manutenção das membranas celulares, por isso são considerados essenciais.

• Eles também auxiliam o sistema imunológico, melhoram a circulação sangüínea, além de outras funções. Quanto mais ligações duplas o ácido graxo possuir, mais benéfico para a saúde ele se apresenta e

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como exemplo temos o ômega 3 com três duplas e presente no óleo de canola e de linhaça, nas nozes e castanhas, no salmão, na sardinha, no arenque e outros. A dose diária recomendada para se obter benefícios do ômega 3 é de 800 mg e uma maneira mais barata de se conseguir isso é comer sardinhas, inclusive a enlatada. É importante lembrar que os óleos considerados bons para a saúde, devem ser usados em temperatura ambiente e não em frituras ou refogados e que o consumo de gorduras e óleos, considerados saudáveis e até a margarina light, precisa ser limitado, pois sendo fornecedores de muitas calorias, fazem engordar, desencadeando assim diversas doenças.

E aí? Muita gordura para sua cabeça? Mas pense que ter esses conhecimentos pode fazer a diferença para uma escolha de vida mais saudável e isso é bom, você não acha?

Já que falamos em margarinas, que tal sabermos como são feitas, para decidirmos se devemos comê-las ou não.

Elas são usadas para substituir as gorduras naturais, pois essas não são suficientes para o consumo, sendo também mais caras. São obtidas pela adição de hidrogênio (H2), na presença de um catalisador metálico (geralmente o Níquel), às ligações duplas dos óleos, transformando-os em gorduras saturadas, portanto com ligações simples e estado físico sólido. Olha a Cinética Química aí de novo. O catalisador é usado para acelerar uma reação, mas não é consumido por ela, lembra disso? Esse processo é chamado de hidrogenação catalítica e no caso das margarinas, é parcial, pois não satura todas as ligações duplas, deixando-as mais pastosas, parecidas com a manteiga. A hidrogenação além de diminuir o número de ligações duplas entre os carbonos (C=C), também produz ácidos graxos trans (não existem na natureza), a partir de ácidos graxos cis (arranjo natural). O organismo humano não faz metabolismo das gorduras trans, mas elas podem ficar armazenadas por toda a vida. Se você quiser se aprofundar nesse assunto, pesquise ou peça explicação ao seu professor de Química sobre isomeria geométrica. As margarinas contêm, além dos óleos vegetais, leite (ligeiramente fermentado), vitamina A, aromatizantes e corantes. Atualmente, algumas margarinas estão sendo feitas com óleos poliinsaturados, pois sobram algumas duplas ligações sem serem saturadas e isso oferece menos prejuízo à saúde, como já vimos antes. Mas todo cuidado é pouco, com o consumo exagerado de qualquer tipo de margarina ou manteiga, correto? A gordura vegetal hidrogenada é feita por hidrogenação total e ficando sem insaturações, torna-se mais perigosa. A gordura trans aumenta a consistência e durabilidade de produtos, como a margarina e o sorvete, deixa os alimentos mais crocantes e enriquece o sabor de biscoitos (principalmente os recheados), tortas e bolos industrializados, salgadinhos de pacote, pipoca de microondas e lanches fast-food. Não se deve consumir mais de 2 gramas de gordura trans por dia, quantidade encontrada , por exemplo, em uma unidade de bolacha recheada. Segundo cardiologistas, o consumo excessivo aumenta o colesterol total e o LDL (colesterol ruim), reduz o nível do HDL (colesterol bom) e aumenta as taxas de triglicérides. Essa gordura é considerada pior que a saturada, pois favorece o depósito de tecido adiposo no abdômen (a famosa barriguinha). Com a barriga, aumenta-se a probabilidade de ocorrência de doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer e diabetes tipo 2, entre outros males.

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Você está observando os rótulos dos alimentos industrializados, para ver se estão livres das gorduras trans? Se ainda não, faça isso para o seu bem, pois atualmente a maioria das indústrias já está colocando essa informação.

Agora podemos filosofar um pouco? Você já ouviu dizer que tudo na vida deve ter equilíbrio e que existem os dois lados de uma mesma moeda? Pois bem: além do que já vimos, vamos tentar perceber isso usando também o colesterol, como exemplo. O colesterol é um tipo de gordura presente em alimentos de origem animal e também produzido pelas células do fígado e do intestino, muito importante para centenas de processos químicos no organismo, sendo transportado pelo sangue para todas as células. A partir do colesterol são formados os hormônios sexuais, os ácidos, os sais biliares, a vitamina D, além das membranas celulares. Ele é encontrado também no cérebro e no tecido nervoso. Veja que �bonitinha�, a sua fórmula estrutural.

Mas essa mesma substância, essencial para o nosso corpo, quando em excesso, pode causar vários problemas, como já vimos nos ácidos graxos saturados. O HDL, chamado de colesterol �ruim�, deve ser controlado diminuindo a ingestão de ovos, gorduras animais e derivados do leite e o HDL (�bom� colesterol, que faz a faxina no excesso do LDL), precisa ser aumentado através do consumo de óleo de oliva e castanhas, por exemplo, e exercícios físicos. O que você está achando de tudo isso? Dá para viver de qualquer jeito e estragar toda essa perfeição? Continuando o nosso passeio bioquímico, vamos dar uma �espiadinha� no segundo maior componente do corpo humano, só perdendo para a água e que faz parte dos alimentos construtores. O corpo humano tem constituição média em massa de: 68% de água, 15% de proteínas, 10% de lipídios, 5% de carboidratos e 2% de outras substâncias. 5. Proteínas

As proteínas são substâncias orgânicas importantíssimas, presentes em todos os seres vivos. No corpo humano existem cerca de 100 mil tipos diferentes de proteínas. O seu nome tem origem grega e significa �de primordial importância�. Elas participam de quaisquer células, como as sangüíneas (hemácias), nervosas, cardíacas, musculares e as hepáticas. Garantem força e vitalidade ao organismo, fazendo parte da sua estrutura e são responsáveis pela constituição e saúde de ossos, unhas, cabelos, músculos, pele, tendões e dentes.

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Já se imaginou sem eles? Não dá, não é? A força de tensão da pele e dos ossos é devido ao colágeno, uma proteína que contém fibras. O cabelo e as unhas são formados principalmente por queratina, que é muito resistente e não se dissolve em água e os ligamentos possuem elastina com estiramento em duas dimensões. A actina e a miosina são proteínas presentes nos músculos e responsáveis pela nossa movimentação. Existem as proteínas que atuam como reguladores do metabolismo (alguns hormônios), tendo como exemplo a insulina, produzida pelo pâncreas e que age facilitando o transporte das moléculas de glicose (lembra dela?), para dentro das células, a fim de realizar a respiração celular e diminuindo assim a glicemia (taxa de glicose no sangue), além do hormônio do crescimento. Outro tipo importante de proteína é o de proteção. Os anticorpos (por exemplo, a imunoglobulina) nos protegem de agentes estranhos causadores de doenças e o fibrinogênio e a trombina estão ligados à coagulação sangüínea. A hemoglobina (proteína existente nos glóbulos vermelhos), transporta o oxigênio pelo sangue para fazer a respiração celular e também, as enzimas, os anticorpos e muitas outras proteínas, a ferritina armazena ferro, no baço, para quando precisarmos dele e as enzimas são proteínas catalisadoras das funções metabólicas, ou seja, da grande quantidade de reações químicas sincronizadas e com enorme precisão, que ocorrem em nosso corpo. E ainda tem gente que quer comer qualquer coisa ........ As enzimas são produzidas nas células e são catalisadores biológicos, isto é, aceleram as reações e não são consumidos durante o processo. Elas têm funções específicas e cada enzima catalisa uma determinada reação, agindo sobre substâncias chamadas de substratos. Elas são responsáveis inclusive pela duplicação do DNA (ácido desoxirribonucléico) e pela produção do RNA (ácido ribonucléico) que são polímeros naturais responsáveis, principalmente, pelo armazenamento das informações genéticas (hereditariedade) e pela síntese de proteínas, respectivamente. Que grande importância elas têm, você não acha? A digestão dos alimentos, por exemplo, começa na boca, pela ação da enzima amilase ou ptialina, na transformação do amido, presente na batata, no arroz, no feijão, em maltose. Por isso, é preciso uma boa mastigação. Essa reação depende de um certo tempo e da superfície de contato entre os alimentos (pedaços pequenos possibilitam maior superfície e maior velocidade da reação) e a saliva que transportará a amilase. Ainda durante a digestão, as proteínas presentes nos alimentos são quebradas pelas enzimas, pepsina (suco gástrico), tripsina (suco pancreático) e a erepsina (suco produzido no intestino), originando os aminoácidos, que são utilizados pelo nosso organismo para a construção das proteínas necessárias à nossa vida. É tudo tão perfeito que se faltar uma única enzima, o organismo pode ter problemas sérios e um exemplo disso é a doença genética fenilcetonúria. Você já ouviu falar dela? Se não, pelo menos o seu calcanhar já sentiu uma picadinha para retirar um pouco de sangue, quando você nasceu. É o chamado teste do pezinho e deve ser feito para diagnosticar a concentração de um aminoácido com o nome de fenilalanina, que só é obtido através de alimentos. Ela é transformada no fígado, em outro aminoácido, a tirosina, que participa da produção de hormônios, como a adrenalina, noradrenalina e tiroxina e da melanina (pigmento da pele e dos cabelos), por intermédio do catalisador enzimático fenilalanina hidroxilase. Quando falta ou existe muito pouco dessa

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enzima, o teor de fenilalanina aumenta e pode levar ao retardamento mental e a diminuição do tempo de vida. Quando diagnosticada no recém-nascido, a fenilcetonúria pode ser controlada diminuindo a ingestão de alimentos que contenham fenilalanina. Você conhece o adoçante artificial aspartame? Ele libera fenilalanina em sua digestão e por isso é colocada uma advertência nos rótulos dos alimentos que a contém. Observe.............. Ah!, estamos falando dos aminoácidos e eles ainda não foram apresentados a você. Mas o seu professor(a) de Biologia já o fez, não é? Não se esqueça que o aprofundamento teórico sobre essas substâncias bioquímicas tão importantes para a nossa vida é feito pela disciplina de Biologia, então não deixe de aproveitar as suas aulas. Voltando para a disciplina de Química, podemos dizer que os aminoácidos são as unidades menores (monômeros) formadores das proteínas que são polímeros biológicos com grandes massas molares (macromoléculas). Por exemplo, comparando a massa molar de uma molécula de etanol (álcool etílico) que apresenta 46u (u é a unidade de massa atômica, que é igual a ½ do isótopo do carbono 12, átomo padrão) e de uma proteína como a hemoglobina, com 65.000 u, podemos verificar isso. Lembrando que polímero é uma substância formada por vários segmentos idênticos, dando origem a uma longa cadeia molecular com uma quantidade enorme de pequenas partes iguais que se repetem e apresentando uma seqüência com mais de mil átomos ligados. As unidades repetidas são chamadas de monômeros. Além disso, os aminoácidos são substâncias orgânicas constituídas por grupo amino (-NH2) e grupo carboxílico (-COOH). Para o bom funcionamento do organismo, são necessários 20 tipos de aminoácidos � 8 deles são considerados essenciais ou indispensáveis e devem ser adquiridos por meio dos alimentos, pois o nosso corpo não consegue sintetizá-los. Perceba a importância de uma alimentação equilibrada.............. Os outros aminoácidos são chamados de não-essenciais e são produzidos pelo nosso corpo a partir dos essenciais. O interessante é que se faltar um aminoácido na alimentação diária, todos os outros perdem a sua função e o nosso organismo fica impossibilitado de guardá-los para o outro dia. Geralmente as proteínas animais contidas em aves, carnes, peixes, ovos, leite, queijo, iogurte, requeijão, manteiga, são completas, ou seja, contêm os aminoácidos essenciais. Além delas, existem as da soja, nozes, trigo integral, castanha-do-pará, germe de trigo e amendoim. Já as encontradas em feijões, milho, arroz, frutas e verduras são do tipo incompletas. Você sabe aquela �comidinha� tipicamente brasileira, o nosso arroz com feijão? Ela é um exemplo de complementação protéica, pois o feijão tem bastante aminoácido chamado lisina e pouca metionina e o arroz tem muita metionina e é pobre em lisina. Ambos são importantes para a síntese de proteínas. Então, se você é vegetariano, cuide para não deixar faltar aminoácido essencial e procure conhecer a complementação protéica. Além disso, o nosso organismo não mantém reservas de proteínas e elas devem corresponder à cerca de 10 a 15 % das calorias fornecidas pelas refeições. Um grama de proteína fornece 4 Kcal (mesmo índice dos carboidratos), mas o nosso corpo necessita de menos porções de proteínas do que dos carboidratos. No caso de dieta inadequada, com consumo de carboidratos abaixo do recomendável, as proteínas podem ser utilizadas como fonte de energia.

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A falta de proteínas pode ocasionar problemas de crescimento e desenvolvimento dos tecidos, afetar o sistema imunológico e deixar flácidos, os cabelos, músculos, unhas e pele. Você quer passar por isso? Já o seu excesso, aumenta a concentração de substâncias como uréia, ácido úrico e creatinina na urina, que podem ser tóxicos para os rins, além de lhe causar sobrecarga de trabalho, assim como para o fígado, aumentando a eliminação de cálcio e outros minerais (mais à frente estaremos falando da importância dos minerais para o nosso organismo). Também ao se transformar em gordura, que é depositada nos tecidos, causa todos os problemas vistos nos lipídios. Você já ouviu falar em glúten e em pessoas que têm intolerância a essa substância? O glúten é um conjunto de proteínas presentes no trigo, aveia, cevada e nos seus derivados. Pessoas portadoras da doença celíaca (ou enteropatia sensível ao glúten é uma afecção auto-imune caracterizada por lesão da mucosa do intestino) precisam eliminar totalmente esse nutriente de sua alimentação, por isso os fabricantes de pães, doces e outros alimentos industrializados, devem obedecer a uma lei que os obriga a colocar nos rótulos dos produtos, a presença ou não de glúten. Você já percebeu a necessidade de ler os rótulos dos alimentos antes de consumi-los? São muitas informações preciosas para quem tem conhecimento sobre o cuidado que deve ter com a sua saúde. E também é bom saber que ao fazer regimes, não se devem trocar as proteínas completas por gelatina como algumas pessoas fazem. Ela é um colágeno desnaturado, normalmente extraído do couro de gado. Apesar de ser proteína animal, a gelatina tem falta do aminoácido essencial triptofano. Desnaturação protéica significa alteração da estrutura tridimensional de uma proteína, sendo que os aminoácidos continuam unidos na mesma seqüência. E aí, ainda está achando que estudar Química não serve para nada? Vá refletindo........... Ai que sede!...........Que tal darmos uma �paradinha básica� para tomarmos água e depois aproveitarmos para falar sobre a sua importância em nossa saúde? Você não costuma tomar esse líquido maravilhoso? Então isso é sério! Você precisa fazer �uma ligação química com a H2O�. Pronto? Podemos começar? O que será que a alimentação tem a ver com ela? 6. Água

Bem, a água é a segunda substância mais importante para a manutenção da vida, só perdendo para o oxigênio. Um ser humano pode ficar até 40 dias sem comer, mas se não beber água em 72 horas, não sobrevive. É simples de entender, pois é só lembrar que o corpo de um adulto tem 60% dela. A água não fornece nutrientes e nem tem calorias, por isso não engorda, mas faz parte dos alimentos e é vital para o organismo. Ela entra na composição das células e por ser um ótimo solvente (que dissolve), permite a mobilidade e a migração de outras moléculas, como a glicose (C6H12O6) e íons como o sódio

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(Na+), potássio (K+) e o cálcio (Ca2+), para o interior das células. Participa na construção e reparação dos tecidos, é essencial para a regulação da temperatura corpórea, através da transpiração, atua na transferência dos nutrientes e na eliminação dos resíduos. Esses motivos não seriam suficientes para você beber água? Vamos a outros então. Quando o ser humano se alimenta mal, ou seja, com produtos que intoxicam o organismo, quando respira ar poluído ou usa drogas, força os seus rins e bexiga ao trabalho dobrado para fazer a limpeza. Aí entra a água para ajudar a eliminar as toxinas, pois ela faz parte dos processos de digestão, circulação, absorção e excreção. Também melhora o funcionamento dos intestinos, combate a fadiga, problemas digestivos, cálculos renais e prisão de ventre. Além disso, ela auxilia no controle da hipertensão, equilibrando a pressão sangüínea, ajuda a diminuir cólicas estomacais e até prevenir cáries. É excelente para a beleza, pois hidrata, limpa e tira as células mortas da pele e dos cabelos. Ah! Isso você acha bom, principalmente se for mulher........ Mas vamos a um lembrete importante: Deve-se evitar tomar água durante as refeições, pois ela dilui (diluir significa diminuir a concentração) os sucos gástricos que fazem a digestão dos alimentos, dificultando o processo. O corpo humano elimina até 2 litros e meio de água por dia, para funcionar e isto se dá através do suor, da urina e das fezes. Se essa perda não for reposta, ocorre a desidratação e você já sabe, isso é sério. Segundo especialistas devemos ingerir em média 2 litros de água diariamente e ela está presente também nas frutas, verduras, sucos e sopas, mas quantidades exageradas de água, podem causar intoxicação, fazer mal e até matar, pois ocorre a hiponatremia, ou diluição do sangue quando esse fica com baixa concentração de sódio. Os sintomas são dores de cabeça, fadiga, náusea, vômito, urinação freqüente e desorientação mental. Percebeu que até o excesso de água precisa ser evitado? Sabe, muitas vezes as coisas simples fazem muita diferença na vida, por isso é preciso valorizá-las. A água é um desses exemplos. Ela é formada por moléculas consideradas simples, com dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (H2O), mas é essencial para todas as formas de vida que existem na Terra e isso se deve às suas propriedades. O que seria do nosso planeta e de todos os seres vivos sem ela? Estamos muito preocupados com o descaso, o desperdício e a poluição em relação à água, você não está? Leia mais sobre essas questões e seja mais um �cuidador(a)� desse líquido precioso. Muito bem, até agora falamos de macronutrientes, ou seja, substâncias importantes para o nosso corpo das quais necessitamos em quantidades maiores, mas neste momento iremos abordar sobre os micronutrientes (quantidades menores), mas não menos importantes. Começaremos pelas tão conhecidas vitaminas. Quantas vezes você já ouviu alguém de sua família ou que cuidem de você, pedirem para comer frutas, legumes e verduras porque têm vitaminas necessárias à sua saúde? E na maioria delas você faz cara feia e não come. Estou certa? Mas eles têm toda razão, pois querem o seu bem. Você sabia que além desses alimentos algumas vitaminas também estão nos produtos de origem animal? Então vamos conhecer um pouco sobre quando há falta e excesso das vitaminas e o

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que isso provoca em seu organismo. Quem sabe você passa a colocá-las no seu prato todos os dias. 7. Vitaminas

As vitaminas são substâncias nutrientes que não podem faltar em nossa alimentação, pois elas participam de reações químicas importantes e essenciais à vida. Elas são fundamentais para auxiliar as proteínas na construção e manutenção dos tecidos e dos processos metabólicos, além de contribuir para evitar uma série de doenças. Você quer ficar doente ou esbanjar saúde? Faça a escolha certa e não vai se arrepender. São 13 as vitaminas essenciais para a saúde. Elas podem ser hidrossolúveis e lipossolúveis, com base na maneira em que são absorvidas e armazenadas no organismo. As hidrossolúveis se dissolvem bem em água (hidro = água), mas não em óleos e gorduras, pois em sua estrutura molecular aparecem muitos grupos hidrófilos (partes polares), sendo essas as vitaminas do complexo B e a vitamina C. Isto se dá, pois sempre há líquidos nos intestinos, tornando fácil a sua absorção. As lipossolúveis (lipo=gordura), são aquelas que se dissolvem bem em gorduras e óleos, mas não em água, pois o que predomina são os grupos hidrófobos formados por carbono e hidrogênio, que são apolares (não formam pólos). Elas precisam que haja gorduras nos intestinos para serem absorvidas, sendo um dos motivos pelos quais não podemos tirar essas substâncias totalmente de nossa alimentação. Devemos somente diminuí-las e fazer uso das poliinsaturadas, você se lembra? As vitaminas A, D, E e K são lipossolúveis. O excesso na ingestão das vitaminas hidrossolúveis quase não ocasiona problemas, porque elas se dissolvem bem na água e conseqüentemente, no sangue, sendo eliminadas pela urina, mas isso não ocorre com as lipossolúveis. Essas se acumulam na parte gordurosa do corpo e podem causar hipervitaminose (consumos excessivos de vitaminas, gerando efeitos tóxicos). As toxidades mais conhecidas são as provocadas pelas vitaminas D e A que se depositam no fígado. Cuidado! Não consuma suplementos vitamínicos sem orientação médica. É bem melhor �comer� ou �beber� as vitaminas, pois é mais gostoso e mais saudável. Capriche na sua alimentação e faça-a da forma mais variada possível. Então, vamos conhecer um pouco sobre a individualidade dessas �lindinhas� que nos fazem tão bem.

Vitamina A

Quando ela é de origem animal, é chamada retinol e quando de origem vegetal é denominada provitamina A. É essencial para o bom desenvolvimento dos ossos, da visão, do crescimento, pela manutenção da pele e bom funcionamento dos órgãos reprodutivos. Suas principais fontes são, óleo de fígado de peixe, fígado, leite, ovos, cenouras e outros vegetais amarelos, couve e espinafre.

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A falta da vitamina A pode provocar ressecamento da córnea e da conjuntiva do olho, amolecimento da córnea com infiltração e ulceração e até cegueira. O seu excesso pode provocar dor e fragilidade óssea, fadiga, unhas frágeis, perda de cabelo, pele seca e áspera, gengivite, aumento de volume do fígado e do baço e irritabilidade. Olha a importância do equilíbrio............ .

Vitamina B1 (Tiamina) Ela não pode faltar para a respiração dos tecidos, para o bom funcionamento dos nervos e músculos e para o metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. A vitamina B1 é encontrada na carne de porco (uma das principais fontes), fígado, coração e outros miúdos, aves, peixes, gema de ovo, germe de trigo e outros grãos, nozes e levedo de cerveja. A sua falta pode levar à fraqueza muscular, depressão, instabilidade emocional, irritabilidade e perda de apetite. Quase não existem doenças causadas pelo seu excesso, a não ser em casos extremos, podendo provocar beribéri (doença que causa danos ao sistema cardíaco e nervoso).

Vitamina B2 (Riboflavina)

Ela colabora com a formação de células vermelhas do sangue e com o crescimento, acelera a cicatrização e ajuda manter o bom funcionamento da visão e das mucosas. Leite, ovos, fígado, coração, carnes vermelhas, hortaliças de folhas verdes, levedo de cerveja, são suas principais fontes. A falta dessa vitamina pode ocasionar estomatite, lesões nas mucosas (principalmente narinas e lábios), queimação e coceira nos olhos, além de causar infecções e incontinência urinária (urina solta), especialmente em mulheres na pós-menopausa. Para o seu excesso, não existem doenças registradas. Assim é melhor, não é?

Vitamina B3 (Niacina ou PP)

Age no metabolismo dos carboidratos e das proteínas, é calmante, faz com que o crescimento seja normal e ajuda na redução do colesterol, triglicérides e açúcar no sangue. Ela é encontrada em carnes magras, fígado, aves, peixes, trigo integral, gema de ovo e amendoim. A deficiência da niacina ocasiona problemas digestivos, distúrbios psíquicos, fraqueza muscular, anorexia, estomatite e até a doença pelagra (rubor nas partes descobertas do corpo). O excesso provoca formigamento, vermelhidão na pele e dor de cabeça.

Vitamina B5 (Ácido Pantotênico)

Ajuda a transformar os nutrientes em energia. Ela é importante para o cérebro, diminuindo a depressão, a insônia e a fadiga. Está presente em quase todos os alimentos (panto vem do grego =tudo).

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A falta da vitamina B5 pode provocar fraqueza muscular, queda da pressão sangüínea, fadiga, perturbações nervosas e queda de cabelo. Não há problemas para o seu excesso.

Vitamina B6 (Piridoxina)

Auxilia no metabolismo de proteínas, carboidratos e no funcionamento do sistema nervoso, além de atuar na produção de hemácias, na imunidade celular. Também é diurética. Suas principais fontes são, carnes vermelhas, fígado, aves, gema de ovo, soja, grãos integrais, banana, abacate, batata e peixes. Se essa vitamina faltar, a pessoa poderá ter distúrbios no sistema nervoso central, irritabilidade, convulsões, inflamação das mucosas e da pele e até redução dos glóbulos vermelhos no sangue. Não há registro de problemas pelo excesso.

Vitamina B7 (Biotina ou H)

Atua na prevenção da calvície e no tratamento da malária, além de auxiliar na digestão de gorduras e no metabolismo de energia. Soja, cereais, gema de ovo, fermento e tomate, contêm essa vitamina. Depressão, sonolência, dores musculares e descamação da pele são doenças ocasionadas pela falta da Biotina. Seu excesso não provoca nada. Se você observou, esse conjunto de vitaminas B é realmente excelente, não somente B de bom, concorda? São ótimas para quase tudo e ainda não têm problemas com o excesso. Só precisamos nos alimentar bem, para que elas façam o seu trabalho. Isso não será muito difícil daqui para frente, certo? Você irá se cuidar e escolher os seus alimentos. Pelo menos eu espero por isso. Mas ainda temos duas vitaminas B e são muito importantes também. São a B11 e a B12.

Vitamina B11 (Ácido Fólico ou Folato)

Essa vitamina é fundamental no processo de divisão celular, principalmente das células do sangue, atua na formação dos glóbulos vermelhos e auxilia no metabolismo do DNA. Suas principais fontes são carnes vermelhas, fígado, cereais, banana, abacate, melão e vegetais de folhas escuras. Quando essa vitamina vem a faltar, a pessoa pode ter anemia, lesões nas mucosas, diminuição do crescimento e problemas intestinais. Sem registros de problemas pelo excesso também.

Vitamina B12 (Cobalamina)

Auxilia na formação das células vermelhas do sangue e das moléculas do DNA e ajuda no crescimento e no bom desempenho dos músculos. Essa vitamina existe em todos os alimentos de origem animal, como carnes, aves, peixes, gema de ovo, camarão, ostras, lagosta , leite e seus derivados. É importante repetir, que se você é vegetariano, fique atento e cuide para não faltar essa vitamina.

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A carência dessa vitamina dificulta o crescimento, provoca anemia e outros problemas sangüíneos, ocasiona distúrbios gastrintestinais, entre outos. O seu excesso pode interferir nos remédios anticonvulsivos. Ah! Agora vamos à famosa vitamina C. Sobre essa, posso apostar, você conhece bem.

Vitamina C (Ácido Ascórbico)

É fundamental para a cicatrização, absorção do ferro, produção e manutenção do colágeno, além de fortalecer as paredes dos vasos sangüíneos, controlar o colesterol e prevenir aterosclerose. A vitamina C está presente nas frutas cítricas (laranja, limão, acerola, maracujá, entre outras), caju, melão, morango, brócolis, couve-flor e outras verduras frescas, pimentão, tomate e batata. A deficiência da vitamina C pode provocar sangramento nas gengivas, perda de apetite, fragilidade capilar e até escorbuto (hemorragias), apesar dessa doença ser rara atualmente. Em excesso ela pode provocar irritação das vias urinárias e cálculos renais. A dose diária recomendada é de 60 mg, sendo que um copo de suco de laranja, por exemplo, tem em média de 15 a 35 mg dessa vitamina. É preciso ingeri-la todos os dias, pois a vitamina C não é armazenada no corpo e é destruída pelo calor e pela exposição ao ar.

Vitamina D É necessária para a absorção de cálcio e fosfato, além de auxiliar na formação e conservação dos ossos e dentes. Salmão, atum, gema de ovo, leite e derivados, fígado e óleo de fígado de peixe, contêm essa vitamina, além de ser obtida também pela luz solar sobre o corpo. Percebeu que tomar sol, principalmente pela manhã, também é importante para a nossa saúde? A falta da vitamina D provoca raquitismo em crianças (doença do tecido ósseo, causada por problemas na mineralização do mesmo, ou seja, deposição do cálcio no osso), amolecimento dos ossos em adultos , descalcificação e cáries. Mas quando está em excesso, pode ocasionar calcificação dos rins e pulmões, cálculos renais, fraqueza, náusea e até prisão de ventre. E agora, o que você acha de se manter jovem o mais tempo possível? Segundo estudos, a vitamina E pode ajudá-lo(a) nesse sonho que é também de toda a humanidade.

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Vitamina E

Ela ajuda retardar o envelhecimento porque tem grande potencial antioxidante. Também conserva os glóbulos vermelhos e os músculos. As suas principais fontes são germe de trigo, nozes, gema de ovo, óleos vegetais (soja, girassol, algodão, milho), e vegetais de folhas verdes. A carência da vitamina E pode ocasionar necrose no fígado, atrofia testicular, fragilidade muscular e despigmentação dos cabelos e pele. Já o seu excesso pode facilitar sangramentos, pois tem efeito anticoagulante. E para fazer o contrário do que o excesso da vitamina E provoca, temos a vitamina K, não é legal?

Vitamina K Ela é fundamental para fazer a coagulação do sangue, diminuindo o risco de hemorragias, pois ajuda o organismo a produzir protombina. A vitamina K é encontrada em vegetais de folhas verdes (por exemplo, couve e espinafre), nabo, fígado, óleo de soja, leite, iogurte e gema de ovo. Quando ela falta, provoca hemorragia e o seu excesso pode provocar anemia hemolítica (desintegração dos glóbulos vermelhos do sangue, que são expelidos pela urina) e até icterícia em crianças. Bem, após termos visto um pouco sobre as vitaminas, e o que a sua falta e o seu excesso causam em nosso organismo, vamos fazer o mesmo com os sais minerais, pois eles também são micronutrientes, mas importantíssimos para a nossa saúde. Você os conhece? E os alimentos que os contêm? Será que está ingerindo a quantidade necessária desses nutrientes? 8. Sais Minerais O homem precisa de cerca de 22 elementos químicos diferentes. Seu corpo é constituído principalmente de carbono, oxigênio e nitrogênio (cerca de 96%) e por isso são chamados de elementos de constituição. O carbono forma a estrutura básica das moléculas orgânicas que são os carboidratos, gorduras, proteínas e vitaminas, já vistas anteriormente. Mas elementos químicos como o cálcio, fósforo, enxofre, potássio, sódio, cloro e magnésio, também são necessários e devem ultrapassar os 100mg por dia. Além desses, outros como selênio, zinco e cobre, também importantes para o bom funcionamento do organismo, têm sua necessidade diária em quantidades inferiores a 20mg. Os sais minerais podem ser encontrados sob forma não-solúvel, participando de certas estruturas do corpo, como ossos, por exemplo,

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ou sob a forma solúvel em água, dissociados em seus íons constituintes (cátions e ânions), exercendo nessa forma importante papel no metabolismo. Se você fizer uma dieta variada e equilibrada entre carnes, vegetais, frutas, ovos, leite e seus derivados, não precisa se preocupar com a falta desses ingredientes químicos. Alguns estão presentes em maior concentração nos vegetais verdes, outros na carne, mas todos são comuns na maioria dos alimentos. Eles regulam a digestão e o ritmo cardíaco, participam da formação e manutenção de ossos e dentes, ajudam no funcionamento das glândulas, evitam o envelhecimento precoce e controlam os impulsos nervosos e a atividade muscular. Cada parte do nosso corpo precisa de determinadas quantidades de um tipo de mineral e a dose diária ideal depende da estatura, do peso, idade e atividades desenvolvidas. Evite suplementos vitamínicos sem acompanhamento médico. Estou me tornando repetitiva? Mas é porque isso é sério, viu? Você poderá fazer depósito de algumas vitaminas e minerais e sentir os efeitos de seus excessos. Além disso, quando aumenta a dosagem de um único mineral, quebra um delicado equilíbrio existente entre todos os minerais e os que estão em maioria, prejudicam a absorção dos outros. Agora você estará vendo um desfile de elementos químicos (unidades básicas) que compõem os sais minerais e poderá reconhecer os seus símbolos na tabela periódica. Vamos a eles?

Cálcio (1,5%)

É o mineral que está em maior quantidade no corpo humano. Um adulto tem cerca de 2 kg de cálcio, quase todo acumulado em seu esqueleto. A concentração de íons Ca (Ca2+) no sangue deve ser de 9 ml /100ml de sangue. O Cálcio é absorvido mais facilmente através da exposição diária moderada ao sol, principalmente antes das 10 horas da manhã e após as 16 horas, além da prática de exercícios físicos. Ele é fundamental para a formação e manutenção da boa forma dos dentes e ossos, do equilíbrio do ferro no organismo, ajuda o sistema nervoso e imunológico a funcionar direito, previne a osteoporose (doença na qual os ossos se tornam frágeis e sofrem fraturas com facilidade) e até diminui o risco de infecções. A sua falta além de não cumprir com as obrigações acima, pode causar raquitismo em crianças e osteoporose em adultos. O seu excesso além de prejudicar a absorção do ferro, magnésio e zinco, ainda pode desenvolver cálculos renais. Além do leite e derivados, a sardinha enlatada, cereais integrais, mariscos, ostras, brócolis, repolho, lentilha, couve, amendoim, nozes, uva e castanha de caju são os principais alimentos que contêm cálcio.

Fósforo (1,0%) É o segundo mineral que mais existe no corpo humano fazendo parte da estrutura das membranas celulares. É fundamental para armazenar, produzir e liberar energia, para diversos processos metabólicos, inclusive para a transmissão dos impulsos nervosos, ativação das vitaminas do complexo B e

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de várias enzimas. O fósforo estimula o crescimento, a contração muscular, a reparação dos tecidos e as funções do coração e dos rins. Portanto não dá para se imaginar sem ele. A sua falta pode provocar perda de memória, dores musculares e ósseas, raquitismo, problemas no sangue (como anemia, por exemplo) e nos rins, distúrbios nervosos e taquicardia. Sem registros para o excesso. O fósforo é encontrado no leite, queijos, carnes vermelhas, gema de ovo, peixes, aves, cereais de trigo integral, castanhas e legumes.

Potássio (0,4%)

O potássio é o terceiro mineral em maior quantidade no corpo humano. Uma das suas funções é atuar no mecanismo dos rins, por isso colabora com o equilíbrio da água no corpo. Também ajuda na transmissão de impulsos nervosos e das contrações musculares (juntamente com o cloro e o sódio), além de regular a pressão arterial e os batimentos cardíacos. Participa do metabolismo dos carboidratos e das proteínas e auxilia na formação celular. A falta de potássio pode causar fraqueza muscular, inclusive câimbras, apatia mental, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial ou piorar problemas do coração já existentes. Seu excesso pode deixar a respiração fraca, provocar dormência nas extremidades do corpo e até enfraquecimento de ações do coração. Existe potássio na banana (isso você já sabia, não é?), no abacate, laranja-lima, carnes vermelhas, leite, semente de girassol e batatas.

Enxofre (0,3%) Faz parte de todas as células, principalmente da queratina presente nos cabelos, na pele, nas unhas e nos pêlos, pois compõe alguns aminoácidos essenciais. Ajuda regular o nível de açúcar nos sangue porque é constituinte da insulina. Não há registros de problemas causados pela falta ou excesso do enxofre. Ele está presente principalmente no feijão, ervilha, carne vermelha, peixes, aves, ovos, leite, queijos, repolho, batata, couve-flor, agrião, abacaxi, laranja, castanhas, nozes, cebola e alho.

Sódio (0,2%) O sódio ajuda a regular a contração muscular e os impulsos nervosos, além de evitar a formação de cálculos nos rins e na vesícula. Se faltar, em alguns casos, pode ocasionar câimbras musculares, fraqueza e lentidão de movimentos. Se em excesso, pode lavar ao aumento da pressão arterial, problemas de pele e dores de cabeça. O sal de cozinha, alimentos industrializados, leite, ovos e frutos do mar, contêm sódio.

Cloro (0,2%)

Participa do suco pancreático e gástrico e mantém o equilíbrio de água no corpo. Sua carência pode causar, em alguns casos, fraqueza muscular,

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elevação do pH sangüíneo, perda de apetite e letargia (perda temporária e completa da sensibilidade e do movimento, dando ao corpo a aparência de morte), apesar de ser difícil ocorrer isso, pois o cloro está em quase todos os vegetais e na água tratada. Em grande quantidade ele pode ser tóxico, mas isso quase não acontece porque ele é eliminado pela urina e pele. As principais fontes são vegetais, sal de cozinha, alimentos de origem animal e marinha, leite e ovos.

Ferro (0,1%)

O Ferro é importantíssimo na formação do sangue, pois faz parte da hemoglobina (proteína das células sangüíneas vermelhas) e ajuda a transportar o oxigênio para todo o organismo. Também faz parte da proteína que libera energia extra para os músculos (mioglobina), quando estes estão realizando esforços físicos, além de ajudar o organismo na parte imunológica, evitando doenças, inclusive o estresse. Não dá para ficar sem esse mineral, pois senão teremos anemia (será explicada mais à frente) e isso não é bom. Além desse problema poderemos ter baixa resistência a infecções, perdas sangüíneas, diminuição do paladar, feridas no canto da boca e na língua, dor de cabeça, fadiga e palidez. Já o excesso de ferro no organismo pode levar a danos no fígado, lesão de tecidos, insuficiência renal, ulceração de mucosa, náuseas, vômitos, febre e suor. Viu como é importante o equilíbrio? As principais fontes do ferro são as carnes vermelhas, fígado, gema de ovo, camarão, ostras, azeitonas, grãos integrais, feijões e vegetais verde-escuros.

Magnésio (0,1%) Ajuda no metabolismo dos carboidratos, das gorduras, das proteínas e na formação dos tecidos, dentes e ossos, diminuindo a chance de se ter osteoporose. É importante para a contração dos músculos e excitação dos nervos. Além disso, o magnésio é fundamental na conversão do aminoácido triptofano em serotonina (amina responsável por informações químicas do sistema nervoso e junto com a dopamina � neurotransmissoras - atuam no temperamento das pessoas) e por isso ajuda a evitar ataques e �beliscos� nas comidas. Quando falta magnésio pode surgir anorexia (a pessoa fica sem comer), problemas cardíacos e neuromusculares e atraso no crescimento. Sem problemas com o excesso. Ele está na gema de ovo, cereais e pães integrais, frutas cítricas, leite, carnes vermelhas, cebola, gérmen de trigo, castanha de caju, leite e queijo de soja (tofu), leguminosas e vegetais verdes (couve e espinafre).

Iodo (0,1%) O iodo é muito importante para o metabolismo, pois participa dos hormônios produzidos pela glândula tireóide (localizada na parte anterior do pescoço e produz os hormônios T3 � tiiodotironina - e T4 � tiroxina � que atuam no organismo, regulando o crescimento, digestão e o metabolismo). Tem grande

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influência no desenvolvimento mental e físico, nas funções musculares e na conservação da pele, cabelos, dentes e unhas. A deficiência de iodo pode provocar bócio (hipertrofia da tireóide, formando um papo na região do pescoço), perda de cabelos, ganho de peso, insônia, falta de atenção, e algumas formas de retardo mental (cretinismo em crianças). O excesso de iodo deve ser eliminado pelos rins, mas existem indícios de que pode causar hiperatividade, nervosismo, gota (inflamação nas articulações, principalmente no �dedão do pé�, provocada pelo excesso de cristais de ácido úrico no sangue, produto natural formado pela degradação das purinas � bases nitrogenadas essenciais para a síntese de inúmeras biomoléculas) e até dores de cabeça. O sal de cozinha iodado, alimentos marinhos, agrião, rabanete, água e vegetais de regiões litorâneas, contêm iodo.

Zinco (0,0025%) Faz parte das moléculas que controlam o crescimento, a divisão e as funções celulares (DNA e RNA), ajuda na respiração dos tecidos, no metabolismo das proteínas e carboidratos e no controle cerebral dos músculos. Tem papel regulador na ação do hormônio insulina, evitando o acúmulo de gordura abdominal e ajuda a manter o equilíbrio na produção dos hormônios da tireóide. A falta do zinco pode diminuir a produção de hormônios masculinos, da libido, causar problemas de apetite, de paladar, olfato, visão noturna e pele. O seu excesso diminui a absorção do cobre e pode causar náusea, vômito e diarréia. Isso se dá normalmente pela ingestão de produtos contaminados com o zinco. As principais fontes são, ovo, ostra, pão de centeio, massa integral, nozes, amêndoa e pistache. E aí, cansou de ler? Tem mais ainda...... Você sabia da importância desses elementos químicos em nosso corpo ou pensava que só existiam na tabela periódica ou em outros materiais? Ainda acha que podemos viver sem química? O interessante é que esses e outros elementos químicos são os mesmos que formam tudo no universo. Mas vamos continuar, pois precisamos ainda do cobalto, cobre, manganês, molibdênio, flúor, cromo, selênio e boro. Quer parar um pouquinho para comer algo que contenha esses nossos �colaboradores�? Afinal, precisamos repor as suas quantidades, senão como vamos ficar bem?

Cobalto (0,0004%) O cobalto faz parte da vitamina B12, sendo fundamental para o bom funcionamento de todas as células, especialmente as dos sistemas nervoso e gastrintestinal e medula óssea. Ajuda na formação das células vermelhas do sangue e na proteção do tecido nervoso. Sua falta pode ser por uma doença genética rara que impede a absorção da vitamina B12. O seu excesso pode provocar aumento da glândula tireóide, aumento do volume sangüíneo e das

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células de eritrócitos (células que transportam gases envolvidos no processo respiratório, além de outras funções). Ele é encontrado principalmente em aves, miúdos (fígado e rins, por exemplo), leite, tomate, ostra e marisco.

Cobre (0,0003%)

A sua importância está na formação dos ossos, equilíbrio de estados emocionais, pigmentação da pele e cabelo, processos de cura, absorção do ferro, regulagem da pressão sangüínea e dos batimentos cardíacos, no aumento da fertilidade e até na prevenção de câncer. Importante esse �danadinho�, você não achou? Sua deficiência é rara, mas pode ocorrer em pessoas mal-nutridas. Se faltar, pode afetar o desenvolvimento do sistema nervoso central e diminuir os neutrófilos e glóbulos brancos do sangue. Se em excesso, pela dificuldade que algumas pessoas têm para eliminá-lo, pode provocar distúrbios neurológicos e hepatite (fígado). O cobre está principalmente no chocolate, castanhas, inclusive a do Pará, uva passa, nozes, cereais, lentilha, abacate, banana, cereja, damasco, batata, espinafre, aves, miúdos, ostras, mariscos e moluscos.

Manganês (0,0001%)

O manganês é essencial na formação e manutenção do nosso esqueleto. Ajuda na respiração dos tecidos e no metabolismo da vitamina B1, carboidratos e gorduras, além de auxiliar na produção de energia que vem dos alimentos e nas funções dos hormônios reprodutivos. A deficiência de manganês pode alterar a tolerância à glicose, levar à esterilidade e a problemas do esqueleto e reduzir o crescimento dos cabelos e unhas. O seu excesso pode causar tremores constantes dos membros. O manganês está na gema de ovo, mel, amora, castanhas, grãos integrais, salsinha, agrião, folhas de beterraba e espinafre.

Molibdênio (0,00002%)

É constituinte das enzimas que participam do metabolismo, ajuda no desenvolvimento normal, principalmente do sistema nervoso e na produção de energia. Não há registros para a falta do molibdênio, mas seu excesso pode estar ligado a uma doença parecida com a gota. Ele está nos vegetais verde-escuros, cereais e fígado. Você percebeu a importância dos vegetais? Já está pensando em colocá-los no prato?

Flúor (0,00001%)

Como todos já sabemos o flúor é importante para proteger o esmalte dos dentes e combater as cáries. Mas também ajuda diminuir as perdas ósseas, prevenir a dilatação das veias, formação de cálculos na vesícula e paralisia muscular.

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A falta de flúor causa cáries, mas o seu excesso, causa manchas nos dentes. Água potável, arroz, soja, aveia, chá, café, brócolis, alface, beterraba, espinafre, couve-flor, agrião, gelatina, cebola, alho, maçã e peixes, principalmente sardinha e salmão, são suas principais fontes. Você sabia disso? Ou acha que somente a água tratada possui flúor? A natureza é fantástica e está tudo �prontinho� para nós, não é mesmo?

Cromo (0,000003%)

O cromo está ligado principalmente ao metabolismo da glicose, regulando os níveis de açúcar e também da insulina e lipídios no sangue. Como ele participa da digestão do carboidrato e da gordura, evita estoques principalmente na barriga. Além disso, o cromo estimula o organismo a produzir a serotonina (substância responsável pela sensação de bem-estar) e com isso diminui a necessidade de carboidratos. A sua deficiência pode ocasionar retardo no crescimento, intolerância à glicose, aumento do colesterol ruim (LDL) e diminuição do colesterol bom (HDL) levando a problemas cardíacos e até dificultar a respiração. Sem registro para o excesso. Cereais de trigo integral, levedura de cerveja, óleo de milho, carnes vermelhas, queijo-de-minas, mariscos, cogumelo, aspargo, vinho, ameixa, castanha-do-pará, aveia em flocos, amêndoa e nozes são suas principais fontes.

Selênio (inferior a 0,000003%)

É um excelente antioxidante (será explicado mais à frente), age no metabolismo de gorduras e da vitamina E, além de colaborar na manutenção das membranas e função do pâncreas. Também pode ajudar a diminuir os problemas do coração, a artrite e reduzir o risco de câncer. O selênio é importante para a síntese do iodo, que, por sua vez, é responsável pela produção do T4 e T3 (hormônios da tireóide que regulam o ganho e a perda de peso). Ainda melhora o funcionamento das papilas gustativas, aguçando o paladar e com isso a pessoa sente melhor o sabor da comida e come menos. A deficiência de selênio pode levar a problemas cardíacos, flacidez muscular e fragilidade das células vermelhas do sangue. O excesso aumenta as cáries dentárias. As principais fontes do selênio são carnes vermelhas, grãos integrais, castanha-do-pará, sardinha, camarão, farelo de trigo, champignon, leite, cebola e abacaxi.

Boro (inferior a 0,000003%)

O Boro auxilia na melhora da artrite, no equilíbrio hormonal e reduz a ocorrência de tromboses. Se faltar, pode acarretar redução de hormônios e da capacidade intelectual, além de na menopausa, provocar a descalcificação óssea. Sem problemas com o excesso. É encontrado no abacate, ameixa e maçã; legumes e tubérculos de forma geral.

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Pronto, você já sabe a importância dos minerais, a sua atuação em nosso organismo e onde são encontrados. Só falta tomar atitude, tendo uma boa alimentação e não deixando que eles faltem nas suas refeições. Agora iremos saber o que devemos ingerir, o quanto e como escolher os alimentos para suprir todas as nossas necessidades nutricionais sem cometer a falta ou o excesso deles. Se nos guiarmos apenas pela fome ou pela saciedade, corremos o risco de não nos alimentarmos com os nutrientes necessários, comermos �além da conta� e com isso caminharmos para a obesidade. Ah! Isso você não quer, não é? Não se esqueça que a nossa saúde depende muito do que comemos, da variedade e da composição dos alimentos, por isso conhecer a sua química e manter-se informado(a) sobre as novas descobertas pode fazer a diferença para uma boa qualidade de vida. 9. Pirâmide Alimentar de 1992 - USDA Com o objetivo de fornecer um programa equilibrado com proteínas, vitaminas, minerais e fibras, limitando as gorduras, inclusive as saturadas e os açúcares, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), apresentou em 1992, uma última versão em forma de pirâmide. Os alimentos que devem ser ingeridos em maior quantidade (carboidratos, pão, arroz cereal e massas � 6 a 11 porções) estão na sua base, enquanto que os necessários em menor quantidade (gorduras, óleos e doces � uso moderado) estão no topo da pirâmide. No centro, ficam vegetais (3 a 5 porções), frutas (2 a 4 porções), leite, iogurte e queijo (2 a 3 porções), carnes, aves, peixes feijões, ovos e nozes (2 a 3 porções). O número inferior e superior de porções são para serem consumidas por pessoas de menor tamanho (que necessitam em média 1.600 kcal/dia), ou maior (ao redor de 2.800 kcal/dia). Você sabe quanto representa uma porção de determinado alimento? Senão, aqui vão alguns exemplos: Uma porção de:

• Carboidratos - 50g de pão francês, 1 fatia de pão de centeio ou integral,

3 unidades de bolacha água e sal, 2 torradas, 3 colheres de sopa de arroz, 1 batata média cozida ou 1 pegador pequeno de espaguete cozido.

• Carne, feijões, leite, lacticínios, ovos � 1 bife pequeno de carne de boi ou porco, 2 colheres de carne moída, ½ unidade de peito de frango, 1 posta média de peixe, 4 fatias de blaquet de peru, 1 concha pequena de feijão, grão-de-bico ou lentilha, 200ml de leite desnatado ou 150ml de semidesnatado, 2 colheres sopa (rasas) de leite em pó integral, 1 copo (200ml) de iogurte desnatado ou 1 xícara de chá de iogurte integral ou 2 danoninhos, 1 fatia média de queijo minas ou 2 fatias finas de ricota, 1 colher de sopa de requeijão light, 1 ovo ou 2 claras.

• Frutas � 1 laranja, ½ pêra,. 1 banana, 1 fatia de melão, 10 bagos de uva, 1 maçã, 2 fatias de abacaxi, 1 fatia de melancia, ½ mamão papaia, 10 morangos, 1 pêssego grande, ½ manga grande, 1 caqui pequeno ou 2 kiwis.

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• Vegetal � (A quantidade de vegetais verdes, rabanete, pimentão, tomate, cebola, abóbora, pimenta, chuchu e berinjela, está liberada), 4 colheres (sopa) de cenoura, beterraba, vagem ou couve-flor.

• Gordura ou óleos � 1colher de chá de óleo vegetal ou óleo de oliva, 2 colheres de chá de margarina, 1 colher de chá de manteiga, 1 colher de sopa de abacate, 1 colher de sopa de maionese light, 6 castanhas de caju, 6 amêndoas ou 1 colher de sopa de gergelim.

10. Pirâmide de alimentos atual (Guia alimentar)

Atualmente a partir de novos estudos, a pirâmide de alimentos sugere a troca dos carboidratos refinados por cereais integrais, ricos em vitaminas, fibras e sais minerais, que ainda não perderam a película protetora do grão e conseqüentemente a maior parte dos nutrientes. Para o fornecimento de energia, os carboidratos complexos formados por longas cadeias de unidade de açúcar como a glicose e a frutose, foram colocados na base da pirâmide e não os açúcares (sacarose) que contêm apenas uma ou duas unidades sem oferecer outros nutrientes (calorias vazias). Os carboidratos refinados como o arroz branco e o pão branco são rapidamente transformados em glicose (o primeiro combustível do corpo) por serem de fácil absorção. O processo de refinamento produz uma forma de amido (aglomerado de moléculas de glicose), elimina muitas vitaminas, sais minerais, fibras, aumentam a glicose no sangue e desequilibram o nível de insulina. Além disso, a nova pirâmide propõe a troca de gorduras hidrogenadas, prejudiciais à saúde, existentes nos alimentos industrializados (bolos, biscoitos, margarina e frituras), por óleos vegetais saudáveis (mono e poli - insaturados que reduzem o risco de doenças cardíacas), como os óleos de canola, milho, girassol, amendoim ou soja e azeite de oliva. Propõe também que se evite a manteiga e diminua a carne vermelha. As frutas, legumes e verduras têm sua recomendação mantida. A nova pirâmide de alimentos além de indicar a redução de gorduras recomenda ainda, a diminuição total de calorias, inclusive as que vêm dos carboidratos e a prática de exercícios físicos, pois eles ajudam a regular muitas funções metabólicas diminuindo o colesterol em excesso e eliminando toxinas.

. 11. Alimentação saudável: Prevenção de doenças Como exemplo, usarei uma refeição constituída por: arroz, feijão, carne ou peixe, salada de alface e tomate, moranga cozida, suco de laranja e morangos para sobremesa. Que delícia.....Ela é considerada saudável e equilibrada, pois é variada, rica em nutrientes e tem muitas cores. Você consegue imaginá-la? A carne e o feijão fornecem a proteína, o arroz (nutriente energético) é representante dos carboidratos, o óleo usado para cozinhar (lipídio), auxilia na absorção das vitaminas A, D, E, e K, o tomate, alface, moranga, suco de laranja e morangos são os alimentos reguladores e proporcionam vitaminas, fibras e água. Além disso, a frutose do suco de laranja e dos morangos é um açúcar de fácil absorção e funciona também como energético.

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A medicina atual (medicina preventiva) tem como um dos pontos fundamentais nos exames médicos, a investigação sobre os hábitos nutricionais do paciente, pois saber o que ele come e o quanto come, se torna muito importante para qualquer diagnóstico. Hoje, você é adolescente/ jovem, mas é bom entender que envelhecer não significa ter enfermidades. O ser humano nasce, cresce e se desenvolve, passa pela adolescência, vida adulta e envelhece. Isso deveria ser normal e acontecer com saúde e por isso a prevenção é algo tão especial. Segundo diversos especialistas no assunto, os fatores genéticos de cada pessoa são importantes no que diz respeito ao risco no desenvolvimento de várias doenças, principalmente as degenerativas, como o câncer, por exemplo. Mas, os hábitos nutricionais e a manutenção de uma vida regular, com prática de atividades físicas, podem reduzir esses riscos ao melhorarem as defesas orgânicas Segundo eles, é difícil estabelecer um elo seguro de causa-efeito para o câncer, porém a conexão que mais se aproxima parece estar ligada a hábitos alimentares com baixo consumo de fibras, vitaminas C, B, E, betacaroteno (vegetais, legumes e frutas alaranjados e avermelhados) e selênio. Essas substâncias são antioxidantes e conforme pesquisas recentes, têm ação protetora. O mesmo ocorre com os polifenóis (ou flavonóides, substâncias que dão cor aos frutos e vegetais e atuam no organismo com antiflamatório e antioxidante), encontrados principalmente nas uvas e derivados, no chá verde e também o licopeno encontrado no tomate e na goiaba. Não se deve ter nem deficiências de nutrientes e nem excessos prejudiciais. É necessário portanto:

• Variar o máximo possível os alimentos; • Preferir alimentação com pouca gordura; • Consumir verduras e frutas; • Diminuir o consumo de sal e açúcar; • Alimentar-se moderadamente, mantendo assim o peso corporal.

A ingestão, por dia, de 5 (cinco) porções de frutas e vegetais, pelo menos uma seleção de alimentos ricos em vitamina A, outra em vitamina C e outra em fibras, além de comer vegetais da família da couve, diversas vezes na semana, são recomendações de especialistas para ajudar na prevenção de algumas doenças. Outra dica importante é fazer 5 refeições leves e equilibradas por dia. Assim o organismo utiliza mais facilmente o seu combustível de reserva, que são as gorduras. Para espantar a tristeza, estresse, falta de energia e irritabilidade, atualmente são indicados alguns alimentos, pois estes contêm triptofano (aminoácido que auxilia o organismo a liberar a serotonina, substância que produz sensação de bem-estar), selênio, cobre, manganês, potássio, magnésio, zinco cálcio, ferro, ácido fólico, vitaminas A, C, E, do complexo B, flavonóides, ômega 3, entre outros. São eles: Espinafre, laranja, aveia, grão-de-bico,, chocolate, pimenta, ovo, mel,,óleos vegetais,, banana, leite, uvas, alface, peixes, frutos do mar e carne. Amigo (a) estudante, já vimos como prevenir várias doenças, mas agora vamos nos dedicar um �pouquinho� mais a algumas delas, que são muito comuns na adolescência. A Obesidade, por exemplo, está sendo considerada uma

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epidemia mundial. Na maioria das vezes isso ocorre pelos maus hábitos alimentares, como comer muitos lanches ricos em calorias (energia), se alimentar fora de hora, ou seja o tempo todo e ter vida sedentária, com isso ingerindo mais calorias do que se gasta. Ela também pode aparecer por problemas genéticos (pais obesos), emocionais (devido à ansiedade que faz o indivíduo comer os alimentos de forma exagerada) e por fatores culturais (alimentação conforme cultura local). A obesidade é uma doença crônica e ocorre pelo excesso de gordura corporal que pode se dar pelas dimensões ou pelo número de células adiposas (de gorduras). A quantidade de tecido adiposo numa pessoa de peso normal é de 10 a 20%, enquanto que nos obesos pode chegar a 50%. Essa gordura extra se acumula na parte superior e na região do abdome, nos homens e nas mulheres, nas coxas e nos quadris. Para saber se estamos obesos temos o IMC (índice de massa corporal) que é a massa (m) em quilogramas pelo quadrado da altura (h), dada em metros. IMC = m / h². Se o resultado for superior a 30 kg / m² podemos estar obesos. É preciso verificar as causas e tratar a obesidade com profissionais especializados, pois como já vimos anteriormente, várias doenças graves podem aparecer por causa dela, tais como diabetes, hipertensão arterial, aterosclerose, insuficiência respiratória ou cardíaca e vários tipos de câncer. Existem muitos medicamentos desenvolvidos pela Química para o tratamento da obesidade. Alguns atuam no hipotálamo, parte do cérebro que regula o apetite diminuindo a fome e outras inibem a absorção de gorduras pelo intestino. Um exemplo é a Anfetamina, conhecida como benzedrina e popularmente, como �bolinha�, pertencente à função orgânica amina. Apesar de diminuir o apetite, ela causa dependência e altera o comportamento, provocando insônia, agressividade, taquicardia, etc. Por isso atualmente ela é controlada e só pode ser vendida com receita médica. Olhando a sua fórmula estrutural você é capaz de imaginar os seus efeitos colaterais?

Então cuidado........O uso dessas substâncias é muito perigoso e sem orientação médica podem causar a morte. O ideal é seguir todas as dicas de alimentação que vimos até agora e praticar exercícios físicos para não correr riscos desnecessários. Outra doença muito comum na adolescência e juventude, que tem a ver com a alimentação e afetando principalmente as mulheres, é a Anorexia. Ela é o oposto da obesidade, pois ocorre quando a pessoa tem obsessão pela magreza e passa a fazer regimes constantes e praticar exercícios de forma exagerada. Ela se sente e se vê gorda, mesmo com todo mundo falando que não está e passa a comer cada vez menos numa tentativa sem controle de ficar livre de uma gordura que não existe, mesmo sentindo fome. Apesar dos especialistas não terem chegado a muitas conclusões sobre as causas dessa doença, já se sabe que ela só existe nas sociedades em que a magreza é cultuada e principalmente nas profissões nas quais ter um corpo

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magro é uma condição para o sucesso. Muita gente já morreu disso, inclusive modelos e atrizes. O anoréxico pode ficar deprimido pela desnutrição, tendo a sua capacidade de concentração alterada, sua pele fica ressecada e pode haver o crescimento de uma penugem nos braços e pernas. Muitas vezes começa a usar controladores de apetite, que como já vimos, fazem mal e a vomitar o que comeu (bulimia). A presença constante dos ácidos estomacais na boca pode estragar os dentes. A Bulimia é uma variante da anorexia na qual alguém (normalmente mulheres jovens) está com peso normal, mas que em alguns períodos exagera na quantidade de comida que ingere (por exemplo, uma dúzia de tabletes de chocolate) e depois vomita ou toma laxantes para se livrar do que comeu. Para essas doenças também é necessário e urgente, procurar especialistas, pois são formas de doenças mentais que necessitam de ajuda externa, não só da família. Que pena! Quanta coisa boa se deixa de viver em nome de uma ilusão ou de um descontrole nos objetivos de vida. Por isso é preciso ficar ligado(a) e não cair nessas armadilhas da mídia, do consumismo, dos valores sem importância e cuidar bem de você, da sua saúde e da sua vida. A Anemia é mais uma das doenças que afeta a adolescência. Ela está presente em todas as classes sociais e independe do peso da pessoa, pois não está relacionada com a quantidade de alimento, mas com a qualidade. A anemia surge pela falta de nutrientes necessários à fabricação normal das células vermelhas do sangue (número ou tamanho dos glóbulos vermelhos ou na quantidade de hemoglobina presente nesses glóbulos). O tipo mais freqüente e sério é por deficiência de ferro, a ferropriva. O ferro é um componente essencial da hemoglobina (substância existente dentro do glóbulo vermelho). Além da função principal no transporte e armazenamento de oxigênio, também é responsável pelo funcionamento dos sistemas imunológico e nervoso central. Os sintomas da anemia são: fraqueza, tontura, cansaço, falta de ar, dor de cabeça, palidez, diminuição do apetite e da concentração e aprendizagem, irritabilidade e facilidade para ter infecção. Se você comer carnes (principalmente o fígado), ovos, vegetais verde-escuros, frutas e não tiver nenhuma interferência na absorção do ferro, pode ficar tranqüilo(a). O refrigerante, por exemplo, tem substâncias que podem diminuir essa absorção, mas se tiver alguma dúvida existem exames de sangue que detectam a anemia. Os médicos prescrevem ferro na forma de íons ferro II (Fe²+) encontrados em sais de ferro II (Fe²+ SO4²-), ou sulfato ferroso, mas os íons Fe²+ estão presentes na alimentação. Então é só �comê-los�................. Agora, você sabe me dizer o que são os alimentos funcionais, orgânicos e transgênicos? Senão, é bom conhecer um pouco sobre eles. 12. Alimentos funcionais Seguindo a linha da prevenção de doenças por meio da alimentação, pesquisadores japoneses desde 1980, já iniciaram seus estudos e chegaram a conclusões que alguns alimentos além de contribuírem com os seus nutrientes, ainda apresentam efeitos benéficos ao organismo. Os médicos e nutricionistas

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advertem que não podemos usar esses alimentos como tratamento de doenças (medicamentos), mas como auxílio para que o corpo se fortaleça a fim de combater os efeitos indesejáveis ou prevenir males futuros. Até os alimentos industrializados são enriquecidos de fibras, vitaminas e outros, mas o melhor mesmo é consumir os naturais, frescos e preparados na hora, a exemplo dos sucos de frutas cítricas, para não perderem a vitamina C, que se oxida com facilidade. Vamos então conhecer alguns desses alimentos benéficos, que devem ser adicionados à nossa dieta e sua capacidade de reduzir os riscos no desenvolvimento de algumas doenças. Mas antes é preciso esclarecer o que é alimento antioxidante. Para entender bem precisamos da Química e do conceito de radicais, usado para explicar os compostos de carbono. �Radicais, são átomos ou agrupamento de átomos eletricamente neutros que apresentam pelo menos um elétron não � compartilhado (valência livre) e que podem ser representados genericamente por R �� (USBERCO / SALVADOR). Esses radicais se formam porque devido ao fornecimento de energia, as ligações covalentes (feitas por empréstimo ou compartilhamento de elétrons entre os átomos), podem ser rompidas. Em nosso corpo, pela ocorrência de inúmeras reações químicas, são formados também radicais livres de oxigênio. Eles são importantes e promovem o transporte de elétrons na respiração, além de fazer parte da defesa do organismo. O problema ocorre quando a sua quantidade aumenta muito, devido às bebidas alcoólicas, fumo, poluentes atmosféricos, raios nocivos do sol, raios X e ingestão grande de carnes vermelhas, frituras e gorduras. (Olha a alimentação errada e forma de vida irregular aqui também). Um aumento desordenado dos radicais livres ocasiona oxidação nas células do corpo envelhecendo-as (a mesma oxidação que aprendemos nas reações de óxi-redução, com transferência de elétrons, como o exemplo da ferrugem, você se lembra?). O organismo não consegue acabar com todas essa células e algumas começam a funcionar de maneira errada, provocando o aparecimento de tumores e diversas doenças degenerativas. Os radicais livres em excesso são eliminados por agentes antioxidantes, que podem ser enzimáticos (produzidos pelo próprio organismo, como por exemplo, catalases, peroxidase e outros) ou por não-enzimáticos, ingeridos através da alimentação. Essa �forcinha� extra, pode ser dada pelas vitaminas, C, E e beta-caroteno (pró-vitamina A) e os oligoelementos, zinco (Zn), selênio (Se) e cobre (Cu), já vistos anteriormente. É tudo bem pensado, você não acha? Nós é que não damos o devido valor e estragamos as coisas, provocando sofrimentos desnecessários para nós mesmos. Então aqui vai a lista dos principais alimentos funcionais: Alho, aveia, azeite de oliva, alcachofra, brócolis, cebola, cenoura, chá verde, cereais, chocolate, frutas cítricas, cogumelo, goiaba, peixe, semente de linhaça, tomate e uva. Alguns são antioxidantes, outros reduzem o colesterol, doenças cardiovasculares, câncer e, além disso, alimento como a soja que é considerada antiinflamatório e ameniza a TPM e os produtos com lactobacilos

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(bebidas lácteas), que protegem a flora intestinal e aumentam o valor nutricional de outros alimentos.

13. Alimentos Orgânicos São os alimentos produzidos sem fertilizantes químicos ou agrotóxicos, que seguem normas de controle de produção. O Ministério da Agricultura, desde 1999, emite um selo de qualidade para os produtos orgânicos, que é normalmente exposto nos rótulos. Além dele, outras entidades, em geral não-governamentais (ONGs), também certificam e prestam assessoria aos agricultores que trocam o plantio tradicional pelo orgânico. A agricultura orgânica está ainda ocupando um espaço muito pequeno do mercado (2%). Isso é explicado pelo desconhecimento das pessoas em relação às vantagens dessa agricultura para a saúde e meio ambiente e pelo preço, que em geral é 25% mais caro. Quem consome garante que frutas, verduras e legumes são mais gostosos, saudáveis e duram mais. Eu sou uma dessas consumidoras...... Hoje já existem ovos, carnes e leite sem hormônios ou outras drogas. Comer produtos orgânicos é uma das maneiras de evitar os malefícios do excesso de algumas substâncias químicas, como o uso inclusive de alguns venenos proibidos. 14. Alimentos transgênicos São os alimentos que sofrem modificação genética, ou seja, recebem um gene de outro organismo com a intenção de melhorar seu tamanho, valor nutricional, produtividade, sabor, cheiro e até resistência a pragas. Há uma grande polêmica em torno desses alimentos, pois não se tem ainda muito esclarecimento sobre os seus malefícios ou benefícios. Vamos analisar os pontos positivos e negativos colocados pelos que defendem e os que rejeitam os transgênicos e depois você decide sobre o seu consumo ou não, certo?

• Motivos para a rejeição: Não há segurança suficiente nem para o consumo humano e nem para o meio ambiente. Podem ocorrer alergias alimentares no indivíduo (reações graves), devido às modificações pelas quais passam as proteínas das planta. Devido às dúvidas sobre os efeitos produzidos por esses alimentos, a Europa limita o seu plantio e o seu uso.

• Motivos para a defesa: Não há confirmação de que os transgênicos possam fazer mal à saúde. Eles usam menores quantidades de herbicidas e inseticidas em seu plantio. Se aumentar a produção, pode haver um barateamento no custo dos alimentos. São mais nutritivos, pois dizem que os seus nutrientes são selecionados.

O governo brasileiro tem autorizado o plantio de soja e algodão geneticamente modificados e a fiscalização dos rótulos desses produtos não está muito rigorosa. Por isso os ambientalistas estão sempre fazendo contestações. Mesmo assim, se você decidir não comê-los, observe os rótulos, pois hoje temos uma enorme lista de alimentos com derivados de transgênicos no mercado.

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Então, continuando o nosso aprendizado sobre alimentação e a falta e o excesso de substâncias químicas para a nossa saúde, vamos ver um pouco sobre os aditivos químicos colocados nos alimentos. 15. Aditivos Químicos O mundo moderno e a industrialização se utilizam muito desses ingredientes, com o objetivo de aumentar o tempo de vida e melhorar o sabor, visual e odor desses alimentos. Isso se faz necessário porque muitas substâncias orgânicas presentes em nossa alimentação são formadas por ligações duplas e/ou grupos funcionais e estes sofrem oxidação (�perda� de elétrons � sendo agentes redutores) pelo oxigênio do ar (O2). O oxigênio é o agente oxidante das reações (provoca a oxidação), pois ao �ganhar� elétrons, sofre redução Além de modificar as características dos alimentos, a oxidação sofrida por eles, pode produzir substâncias tóxicas ao nosso corpo. Por exemplo, as moléculas de óleo possuem ligações duplas entre os carbonos e com a oxidação produz a rancificação e o seu aroma e sabor ficam alterados, se tornando desagradáveis. As gorduras apresentam menos insaturações (ligações duplas), mas mesmo assim podem ficar rançosas. Outro exemplo importante é a oxidação dos sucos de frutas, que após alguns minutos, ficam amargos e têm o cheiro mudado. Algumas frutas como a maçã e a banana ficam escuras quando descascadas, pois também têm substâncias que reagem com o oxigênio (sofrem oxidação). Os aditivos químicos são colocados nos alimentos industrializados para retardar ou não deixar que a oxidação ocorra. Eles agem como antioxidantes, sofrendo a oxidação mais rapidamente que o alimento. Neste caso o antioxidante sofre �sacrifício�, ou seja sofre a oxidação no lugar do alimento, preservando assim o produto de acordo com a sua data de validade. Quando o aditivo for totalmente consumido, o alimento começará a sofrer oxidação e daí não podemos comê-lo, pois fará mal à saúde. Então mais uma vez, você deve ficar de olho nos rótulos e não comprar alimentos vencidos. Apesar dos vários pontos positivos que os aditivos químicos possuem, o seu excesso pode causar muitos problemas para o ser humano. Com o seu uso, houve um aumento de alergias e intolerância alimentar. Muitas vezes podem ocorrer reações orgânicas a essas substâncias. Se você ingerir algum produto com aditivos (informados nos rótulos) e tiver náuseas, diarréia ou vômito ou ainda coceira e vermelhidão na pele, precisa urgente de ajuda médica. Além disso, existem suspeitas de que alguns aditivos possam causar câncer. E ainda mais, mesmo estando esse tipo de alimento com sabor, aparência e aroma atraentes, pode ter menor valor nutricional do que os da natureza. Então tenha moderação no consumo de alimentos industrializados e conheça agora alguns tipos de aditivos químicos, seus códigos, alguns exemplos, sua função e onde são encontrados.

• Antioxidantes (A) � Ácido ascórbico e EDTA. Evitam a oxidação do alimento. Estão em óleos e gorduras, sorvetes, produtos à base de cacau, cervejas, maioneses, margarinas, salsichas, refrigerantes, leite em pó instantâneo, polpas e sucos de frutas e outros.

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• Aromatizantes e Flavorizantes (F) � Álcool isoanílico, óleo de laranja (Aromatizantes), dão ou realçam o aroma e Acetaldeído, acetato de etila, glutamato de sódio (Flavorizantes), dão ou realçam o aroma e o sabor. Existem os aromas naturais, como os de alho e cebola e os artificiais, como o de baunilha. São encontrados em pudins, biscoitos, iogurtes, gelatinas, balas, sorvetes, sopas, carnes enlatadas e outros.

• Conservantes (P) – Ácido benzóico, antibióticos, nitritos, nitratos, dióxido de enxofre, ácido sórbico. Impedem ou retardam a deterioração ou alterações dos alimentos, provocadas por bactérias, fungos ou enzimas. São encontrados em quase todos os alimentos industrializados.

• Acidulantes (H) � Ácido benzóico, ácido bórico, ácido cítrico, ácido fosfórico. Conservam e dão ou intensificam o sabor ácido aos alimentos. Podem imitar o gosto de certas frutas e modificar a doçura do açúcar. Estão nos sucos de frutas, iogurtes, pudins, refrigerantes, doces, etc.

• Corantes (C) � Clorofila, óxido de ferro III, carotenóides e curcumina. Dão, intensificam ou restauram a cor dos alimentos, fazendo com que os produtos industrializados fiquem com aparência dos produtos naturais. Estão em quase todos os alimentos industrializados, como bolos, massas, sorvetes, bebidas, doces, etc.

• Estabilizantes (ET) � Fosfolipídeos, polifosfatos, citrato de sódio. Dão cremosidade, mantendo a estabilidade de duas substâncias que não se misturam (imiscíveis). São encontrados em sorvetes, iogurtes, balas, catchups, sorvetes, chicletes, pães massas, doces, etc.

• Edulcorantes (D) � Sacarina, aspartame, ciclamato. Adoçam, substituindo o açúcar comum. Estão tanto em alimentos e bebidas para o controle de peso (lights) como naqueles destinados a dietas com restrição de açúcar (diets). Estão presentes em refrigerantes, balas, doces, adoçantes, etc.

• Espessantes (EP) � Carboximetilcelulose, ágar-ágar. Dão viscosidade ao alimento, engrossando-o. Estão em pudins, balas, iogurtes, pastilhas, chiclete, leite de coco, entre outros.

• Umectantes (U) � Glicerol, propilenoglicol e sorbitol. Evitam a perda de umidade dos alimentos (ressecamento) e facilitam a dissolução de alimentos em pó, num líquido. São encontrados em bolachas, doces com recheio, chocolates, gelatina em pó, coco ralado,etc.

• Antiumectantes (AU) � Carbonato de magnésio, carbonato de cálcio e silicato de cálcio. Evitam que os alimentos absorvam água. Estão no macarrão e comidas desidratadas, ou seja, prontas para consumo, mas que precisam acrescentar água quando forem consumidas. Estão nos pós para sopas e gelatinas, por exemplo.

Também são colocados aditivos nutricionais nos alimentos industrializados, como, ferro e cálcio, iodo, vitaminas, fibras, etc, e infelizmente são encontrados aditivos contaminantes, como agrotóxicos, antibióticos, hormônios e contaminantes industriais. Essas últimas substâncias vêm do cultivo dos vegetais e criação de animais, quando não se toma o cuidado necessário ou fazem abuso delas e das indústrias. Os agrotóxicos, são usados para o controle de pragas e doenças nas plantações. Quando ingerimos essas substâncias, mesmo em pequenas quantidades, comendo os alimentos contaminados ou os animais que os

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consomem, podemos desenvolver doenças, como alergias, queda de fertilidade, câncer e outras enfermidades degenerativas, uma vez que os pesticidas são biocumulativos (não são eliminados pelo organismo). Os alimentos que mais têm agrotóxicos são, tomates, morango, cebola, batata, uva, mamão papaia e alimentos cultivados fora de época. Que tal então usar os alimentos orgânicos e os de época, quando possível? Os antibióticos são usados para combater doenças de gado e aves e os hormônios, para acelerar o seu crescimento. Essas substâncias contaminam carnes, leite e derivados e ficam incorporadas ao organismo, também podendo provocar doenças. Os contaminantes industriais, podem passar para os alimentos, quando estes entram em contato com óleos, detergentes (usados na limpeza e lubrificação de máquinas) e substâncias usadas na fabricação de embalagens. Ai....ai.....Você ficou preocupado(a), não é mesmo? Está pensando que a Química também faz mal à saúde, mas se você percebeu é o ser humano que sempre visando mais lucros e não se preocupando com os seus semelhantes e nem com o meio ambiente é que faz uso errado dela. São os abusos, os excessos de algumas substâncias químicas que fazem mal. Portanto, conhecendo-as e usando as opções de alimentos para substituí-las, você pode ficar sossegado(a). E se um dia for responsável por produzir ou fabricar alimentos, pense nisso. Existirão pessoas que irão consumi-los e o que não queremos para nós, não devemos desejar aos outros, certo? Seja um ser humano consciente... 16. Adolescência e a Alimentação

Você conhece as principais características da adolescência? Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 2º), considera-se adolescente a pessoa entre doze e dezoito anos. Então vamos ver se essas características conferem com o que você está vivendo. Segundo especialistas, a adolescência é uma fase muito importante do ser humano, sendo caracterizada por transformações tanto físicas quanto psíquicas e vem do verbo latino �adolescere�, que significa crescer até a maturidade. Mas para isso ocorrer o jovem sofre grandes exigências de adaptações biológicas, interpessoais, familiares e sociais. Normalmente o adolescente sente-se inseguro, emocionalmente instável e passa a observar e questionar tudo. É impaciente e imediatista, investe na busca por novas descobertas, emoções e desafios e se identifica com determinados grupos. A identidade e valores próprios são quase sempre definidos na adolescência e é nela que decisões importantes são tomadas, como escolher a profissão, se auto-afirmar na sexualidade e assumir várias responsabilidades. Todas essas questões levam o adolescente à ansiedade e ao estresse emocional. Pois bem, os pesquisadores dizem que esses são alguns dos motivos que impedem hábitos alimentares saudáveis na adolescência, além do desconhecimento sobre o assunto, do não-aprendizado escolar, da falta de consciência sobre a importância dos alimentos e sua relação com a saúde,

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rebeldia em relação à família e à sociedade e estudos e compromissos escolares. Ah!...E dizem também que os hábitos adquiridos nesta fase poderão ficar para a vida toda. Você concorda ou discorda desses pesquisadores? Reflita sobre como está sua alimentação e quais os motivos que levam você a se alimentar bem ou mal. Analise......... O adolescente passa por um período de crescimento físico e intelectual acelerado e gasta muita energia, por isso precisa de quantidades maiores de nutrientes e esses devem ser de qualidade. Conforme o metabolismo individual e as atividades físicas desenvolvidas, essa necessidade pode chegar a 2700 Kcal diárias e precisa incluir água, proteínas, fibras, vitaminas e minerais. É necessário ter cuidado para não se obter somente calorias de açúcar e gorduras e deixar de ingerir todas as outras substâncias importantes para a saúde. O adolescente necessita de refeições que contenham principalmente o cálcio, ferro, zinco e vitaminas do complexo B. Os produtos ricos em vitamina B12 (peixes, fígado, carne, ovos, leite e derivados e cereais matinais enriquecidos) e em vitamina E (nozes, sementes e vegetais de folhas verde-escuras), podem estimular a memória, inclusive ajudando na hora das avaliações. Você só come refeições �fast-food�? Será que é porque você é mesmo impaciente e imediatista? Mas calma.......Se você tiver conhecimento sobre essas características, poderá driblá-las ao descobrir que pode se alimentar corretamente e com prazer, mesmo com elas. É preciso deixar de se interessar só nos efeitos imediatos da comida e se preocupar também com a sua saúde e bem-estar. As refeições de �fast-food�, na maioria das vezes contêm excesso de calorias, gorduras saturadas, sal e quase nenhuma vitamina, mineral ou fibra, todas substâncias importantes para o crescimento. Em longo prazo esse cardápio causa aumento de peso e uma nutrição inadequada à vida saudável, pois além das calorias excessivas, têm grande quantidade de colesterol, aditivos químicos e provocam má digestão, podendo chegar a gastrites e outros problemas mais sérios. Sem contar que todos os pratos são acompanhados de refrigerantes (calorias vazias) e estes, além de não ter nenhuma vitamina ou proteína, ainda contêm grandes quantidades de corantes e cafeína. A cafeína diminui a absorção de ferro e cálcio pelo organismo e você já viu como eles são importantes. Isto já está comprovado cientificamente e mesmo os refrigerantes nas versões diet e light fazem mal quando em excesso. Já que estamos falando em alimentos diet e light, você sabe bem a diferença entre eles? Alimento ligth é aquele que possui redução de algum produto ou nutriente. Pode ser redução de calorias, de gordura, de açúcar, de sal e outros ingredientes. Para ser considerado light, o produto deve ter diminuição de, no mínimo, 25 % em relação ao produto original. Os produtos diet, por sua vez, são totalmente voltados aos diabéticos, pois eles apresentam a redução de açúcar. Eles não são, necessariamente, menos calóricos, pois podem ter inclusive, mais gorduras que os tradicionais, para melhorar o sabor do alimento.

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Alguns precursores da Medicina Ortomolecular (medicina preventiva) no Brasil, nos dizem que descobertas recentes sobre o cérebro são capazes de mostrar uma estreita ligação entre alimentação e casos de depressão, estresse, doenças degenerativas e desvios de personalidade. Todas essas doenças tão comuns em nossa sociedade atual podem derivar da falta de nutrientes no cérebro. Então, para os pesquisadores desta área, a dieta de fast-food, gorduras processadas, alimentos exageradamente açucarados e a falta de alimentação mais natural, vêm ocasionando mudanças importantes, às quais o código genético humano ainda não conseguiu se adaptar. Também dizem que a maioria dos adolescentes além de se alimentar de maneira errada, ainda começa a beber e a fumar muito cedo e isso poderá provocar um grande desvio na evolução da humanidade. Hoje já se sabe que a esquizofrenia e a depressão bipolar, distúrbios psíquicos que mais acometem os adolescentes estão muito relacionados com a questão da dieta. Sofrimento e falta de inteligência são os únicos ganhos da má alimentação. E aí? O que você achou? Já sabia de tudo isso? Qual será a opção escolhida por você em relação à alimentação? Aqui também não existem muitas alternativas corretas. Existe somente uma: A alimentação precisa ser saudável. Observe agora algumas refeições típicas de fast-food e seu valor calórico em Kcalorias.

• Uma fatia de pizza 4 queijos (352), uma unidade de cachorro-quente (417), um hambúrguer com queijo (480), um pires de batata frita (320), um pastel de queijo (315), 350 ml de refrigerante (145), uma porção de massa bolognesa (420-490) e um croquete de carne (180). São muitas calorias.........

• Se você comer um cachorro-quente com mostarda, ketchup e queijo parmesão + 1 copo de refrigerante + 1 porção de batata frita terá ingerido mais ou menos 778 kcal. Essa quantidade de energia poderia ser obtida por 300 ml de chá mate, 1 bauru de rosbife e queijo branco, canapés de legumes com cream cheese ligth , 4 minitorradas com patê de ricota, ½ Beirute de peru e queijo cottage e 50 g de carpaccio de salmão. Muito mais saudável a segunda opção, não acha? Quer saber mais equivalências de porções?

• Vamos então a um guaraná + pipoca de microondas. O total de energia é de 645 kcal e esta pode ser substituída por 1 copo de suco de limão e hortelã com adoçante, 2 bolas se sorvete diet morango, 1 pote de iogurte diet com polpa de frutas, 1 pão de batata sem recheio, 2 bisnaguinhas com 2 colheres (chá) de geléia diet e 1 polenguinho. Será que se comer pipoca e guaraná constantemente você não vai engordar e ficar com a saúde debilitada? Eles não têm praticamente nada do que você precisa. Então, seja inteligente e faça trocas saudáveis. Aqui vão mais algumas dicas importantes.

Troque sempre que possível, barras de chocolate por barras de cereais, frituras, por grelhados e assados, hambúrgueres por sanduíches naturais, biscoitos recheados por biscoitos de leite, cereais e outros, doces por frutas frescas ou secas, leite integral por leite semi ou desnatado, porções de batata frita por porções de frios, amendoim torrado, castanhas, amêndoas ou nozes, refrigerantes, por sucos de frutas, chocolate quente, água de coco ou mesmo

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milk shakes, salsichas comuns por salsichas de peru e frango e salgadinhos em pacote por sanduíches de pão integral. Só para ilustrar o que estamos vendo, você sabia que para gastar a energia de um hambúrguer com queijo (470 kcal), por exemplo, um adulto precisa de 6 horas e 30 minutos (em repouso), 82 minutos (andando), 43 minutos (nadando) e 32 minutos (correndo)? E que comendo uma maçã (com todas as vitaminas e fibras que ela tem e apenas 70 kcal), precisa somente de 58 minutos em repouso ou 5 minutos correndo? É grande a diferença, não é? Não esqueça que uma alimentação variada, colorida e equilibrada pode lhe proporcionar saúde e um corpo esbelto. Então deixe os exageros e as guloseimas, só para de vez em quando. Você se lembra do café da manhâ? Depois de toda esta leitura, acho que agora vai querer tomá-lo, certo? Ele é a principal refeição do dia, pois repõe as energias e os nutrientes perdidos durante o sono, afinal o corpo não para de trabalhar, só diminui o ritmo. Os pães, bolachas e cereais, fornecem o carboidrato (energia), o leite e seus derivados (proteína e cálcio), as frutas e sucos repõem as vitaminas e os minerais. Os especialistas dizem que deixar de tomar café da manhã faz com que a pessoa coma em dobro nas outras refeições, além de provocar o consumo de alimentos inadequados cheios de gordura e calorias. Sem contar que pode ter influência negativa na aprendizagem e nas outras atividades do dia. Então agora é com você.........Bom apetite!.......... Ainda há pouco, você leu o que os pesquisadores disseram sobre a maioria dos adolescentes se alimentar mal e começar a beber e a fumar muito cedo. Então vamos discutir um pouco sobre o álcool e o cigarro (tabaco). 17. Álcool, bebidas alcoólicas e seu efeito no organismo Os álcoois são substâncias orgânicas cujas moléculas possuem uma hidroxila (-OH) que é um grupo funcional, ligada a um carbono saturado (ligações simples) da cadeia carbônica. A substância mais comum desse grupo é o etanol ou álcool etílico, presente em combustível e também em bebidas alcoólicas. Sua fórmula é: H3C-CH2-OH. As bebidas alcoólicas são misturas contendo etanol, água e outras substâncias adicionadas ou derivadas da maneira com que foram produzidas. Elas têm quantidades diferentes de álcool e normalmente essa graduação alcoólica aparece expressa nos rótulos em ºGL (Graus Gay-Lussac), que é a porcentagem (em volume) de etanol e por exemplo, vinho (11ºGL tem 11% de etanol e 89% de água e outras substâncias). As bebidas alcoólicas são classificadas em não-destiladas como a cerveja, o vinho, a champagne e as sidras e destiladas como a pinga, uísque, vodca, e outras, Porcentagem de etanol em algumas bebidas:

• Cerveja � de 3 a 5%, podendo chegar até 10% em algumas marcas • Vinho � de 9 a 12% (vinho do Porto tem cerca de 20%) • Aguardente de cana (cachaça ou pinga) � 38 a 54% • Uísque � de 40 a 55% e quanto mais envelhecido, menor o teor

alcoólico

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• Champagne � 11% e as Sidras � 4% a 8% • Vodca � 40 a 50% • Rum � 45% • Tequila � 40 a 50% • Conhaque � 40 a 45%.

Se você observou as bebidas destiladas são muito concentradas, ou seja têm grandes quantidades de etanol, portanto a sua ação no organismo é muito mais prejudicial, principalmente quando ingeridas em altas doses. Vamos ver agora diferentes concentrações alcoólicas no sangue e seus efeitos no comportamento humano:

• 0,05% - sensação de euforia e bem-estar • 0,10% - comprometimento da coordenação motora e confusão mental • 0,15% - grande dificuldade a estímulos externos e na coordenação • 0,20% - desequilíbrio emocional e depressão • 0,30% - inconsciência • de 0,40 a 0,45% - coma alcoólico • acima de 0,50% - morte.

O álcool é uma droga depressora que atua no sistema nervoso central, funcionando como um anestésico geral, diminuindo a transmissão de sinais nervosos e provocando distúrbios na capacidade de percepção e nas habilidades. Apesar de no início produzir euforia, relaxamento diminuindo a tensão, a ansiedade e o tédio, quando o álcool é ingerido em altas doses, se torna veneno e provoca intoxicações, podendo levar à morte. Isso ocorre porque o fígado só consegue metabolizar cerca de 15 mililitros de álcool por hora, deixando então de fazer o metabolismo de outras substâncias tóxicas produzidas pelo organismo, afetando outras funções do corpo. A absorção do etanol pelo organismo inicia quando é ingerido, pois possui moléculas pequenas e se o estômago estiver vazio, ela ocorre cerca de seis vezes mais rápido, já se estiver cheio, a comida reduz o contato com as suas paredes e a absorção se torna mais lenta. O etanol é totalmente solúvel em água, por isso, ele se dissolve no sangue e se distribui por todas as partes do corpo. O álcool absorvido é metabolizado no fígado, que terá a função de se livrar dele, sendo transformado em CO2 e H2O. Mas se a ingestão for mais rápida do que o metabolismo do fígado, o seu teor no sangue ficará alto e irá atuar no cérebro, onde começa afetando a razão. Em seguida afeta a fala, a visão e a coordenação motora, podendo levar à perda da consciência se a ingestão continuar. Se o consumo de bebida alcoólica for rápido e em grande quantidade, quando a pessoa perder a consciência, o etanol presente no estômago continua sendo absorvido e pode levar à morte. O álcool não metabolizado pelo fígado é eliminado na urina e pelo ar expirado, por isso o bafômetro consegue medir o nível de embriaguez do indivíduo. O etanol também interfere na produção de alguns hormônios antidiuréticos, levando à diurese (grande eliminação de água pela urina) e além disso faz a dilatação dos vasos sangüíneos, resultando em um aumento do fluxo do sangue pelos capilares subcutâneos, provocando sensação de calor e coloração rosada na face.

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A ressaca (sensação de mal-estar) ocorre após o consumo exagerado de álcool e pelo seu metabolismo no fígado, onde se transforma inicialmente em etanal (aldeído), sendo este, o responsável inclusive pela dor de cabeça. Quando o álcool é usado por longos períodos provoca inúmeros problemas de saúde. Em relação ao fígado, ocorre a deposição de gordura, podendo evoluir para a hepatite alcoólica. Se houver eliminação do consumo e uma boa dieta alimentar, esses problemas podem regredir, mas senão, poderá desenvolver cirrose hepática (acúmulo de proteínas fibrosas no fígado). Como o fígado é um órgão responsável por muitas reações químicas fundamentais à sobrevivência, a cirrose impede o seu funcionamento e pode levar a morte da pessoa. Além disso, beber constantemente, propicia o surgimento de outras doenças no coração, no pâncreas e até câncer de garganta, boca, esôfago e de cordas vocais. O alcoolismo é hoje considerado uma doença e ocupa o 3º lugar entre as doenças que mais matam no mundo, além dos enormes gastos e sofrimentos que produz. Também existe a possibilidade da pessoa se tornar dependente do etanol, se tiver propensão para se tornar alcoólico (anteriormente denominado alcoólatra). Apesar do álcool ser uma droga liberada é importante que as pessoas saibam os problemas que ele causa para não abusarem do seu uso, inclusive no trânsito. 18. O álcool e o trânsito Devido ao álcool reduzir o reflexo a estímulos externos é que não se pode dirigir após seu uso. Muitos acidentes ocorrem porque os motoristas estão embriagados. De um modo geral, até 6 horas após a ingestão de um cálice de vinho ou uma lata de cerveja, o álcool ainda pode ser encontrado no organismo. O uísque pode demorar mais para ser eliminado. Tomar café e refrigerante, banho ou comer doce não vai cortar o efeito do álcool que poderá ser detectado pelo bafômetro. O tempo de permanência do etanol no organismo varia de uma pessoa para outra, se for magro ou de maior peso, se for mulher ou homem, se está com o estômago vazio ou cheio, se está acostumado a beber ou não, etc. Para alguém que passou a noite em claro, por exemplo, o efeito de uma lata de cerveja é triplicado. Segundo dados de especialistas, com a ingestão de seis latas de cerveja (1,2 g de álcool por litro de sangue), o risco de envolvimento em um acidente mortal aumenta 16 vezes. As tragédias nas estradas, com cerca de 35 mil mortes por ano, 400 mil feridos, 1,5 milhão e meio de acidentes fizeram com que o governo brasileiro aprovasse uma lei mais dura para o trânsito. A nova lei seca, de tolerância zero (lei nº 11.705/2008) que entrou em vigor a partir de 20/06/08, vale para os motoristas pegos com qualquer quantidade de álcool no sangue, medida pelo bafômetro (aparelho que mede o grau de embriaguez, por meio do teor de etanol no ar expirado) e comer 2 bombons com recheio de licor já é suficiente para o resultado dar positivo.

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A multa é gravíssima, com suspensão da carteira de habilitação por um ano e pagamento de 955,00 reais. Além disso , poderá ser preso em flagrante, com penas que variam de 6 meses a três anos de cadeia se ingerir uma quantidade maior de álcool e estiver dirigindo. A legislação anterior permitia até 0,6 g de álcool por litro de sangue, ou seja o equivalente a mais ou menos 2 copos de chope ou 2 latas de cerveja. Então o correto é não beber de jeito nenhum antes de dirigir, não só por causa da lei, mas pelos perigos aos quais a pessoa se expõe e aos outros. A vida não merece tanto desprezo.......... E aí? Vamos analisar agora o que os especialistas dizem sobre o álcool na adolescência e saber se você concorda com eles. Reflita, analise e discuta com seus colegas. Às vezes alguns jovens não têm consciência sobre as armações que são feitas para prendê-los nas redes da escravidão. É muito mais fácil �dominar� uma pessoa alcoolizada ou drogada e conseqüentemente, viciada. O ser humano nesta situação perde a capacidade de escolha e para mim, �a vida é sempre feita de escolhas�. Se optarmos pelo caminho errado, com certeza iremos sofrer as conseqüências, na maioria das vezes, muito duras e depois não adianta reclamar. E o que os dominadores querem é isso, pessoas fracas, excelentes consumistas e que não cobram nada. O jovem é o alvo, pelas características da sua fase de vida, de muita gente mal intencionada que só visa lucros e não se preocupa com a desgraça dos outros. Por isso, tantas propagandas consideradas maravilhosas, com gente bonita e aparentemente feliz, são dirigidas aos jovens. E muitos não percebem isso. Faltam a eles, na maioria das vezes, conhecimento, criticidade e sabedoria para definir o que é bom para a sua vida e o que não é. Segundo dados, a indústria das drogas, lícitas ou ilícitas, só perde para a das armas na lucratividade, no mundo inteiro Então vamos ficar de olho nisso......A nossa vida, com todos os problemas que ela tem, mas com tantas coisas maravilhosas também , não deve ser trocada pelo lucro desses �caras�. 19. Álcool na adolescência Segundo os psicólogos, os adolescentes por estarem em uma fase de inconstância e vulnerabilidade, na qual os jovens se sentem incompreendidos e buscando identificação com o grupo, acabam bebendo apenas porque os outros também o fazem. O grupo é um vínculo muito importante e, sendo a insegurança característica da idade, acontece a imitação dos amigos. O problema é quando percebem que a bebida acaba com a timidez, pois recorrem a ela em algumas situações e como não estão acostumados, desconhecem seus limites. O outro fator importante, segundo alguns especialistas, que desencadeia o uso de álcool é a estrutura familiar do adolescente. Separações, brigas e agressões estão ligadas ao grupo de adolescentes com maior intensidade de dependência, inclusive de outras drogas ilícitas. Eles ainda estão construindo a sua identidade, por isso o uso de álcool pode prejudicá-los à medida que se habituam a passar por situações apenas sob o efeito do álcool. Vários adolescentes associam o lazer ao consumo de álcool ou só tomam iniciativas afetivas ou sexuais se beberem e isso indica uma forma de dependência.

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Segundo dados recentes, o álcool é a substância mais consumida entre os jovens, sendo que a idade do início de uso tem sido cada vez menor, aumentando assim o risco de dependência futura. Diferentes estudos nacionais e estrangeiros confirmam que o consumo precoce e disseminado do álcool é devido a este ser obtido com facilidade e/ou pelo grande poder das propagandas sobre ele. O uso de álcool na adolescência está associado a uma série de comportamentos de riscos, que expressam características próprias desta etapa, como o desafio às regras e à onipotência. Aumenta a chance de envolvimento em acidentes, violência sexual e participação em gangues, levando também à morte violenta, queda no desempenho escolar, dificuldades de aprendizado, prejuízo no desenvolvimento e estruturação das habilidades cognitivo-comportamentais e emocionais, além da perda do controle dos impulsos. Alguns psicólogos explicam que o adolescente acredita estar magicamente protegido de acidentes, se sente mais autônomo na transgressão envolvendo-se em situações de maior risco e que a bebida alcoólica é porta de entrada dos jovens para o uso de outras substâncias psicoativas (outras drogas). Sendo o álcool uma droga lícita e estando presente nas festividades familiares, faz com que não se perceba que provoca os mesmos problemas das drogas ilícitas. O que você achou? Eles estão certos ou não no seu entendimento? O que é ser herói para você? Aqueles criados pela imaginação humana que conhecemos desde pequenos, dos filmes, revistas em quadrinhos e outros, ou o ser humano de �carne e osso� que vence as dificuldades da vida sem precisar se esconder sob algum tipo de subterfúgio? Pense nisso....... Bom! Já que estamos falando em drogas (e eu juro que preferia estar falando em coisas mais �legais� com você, mas é porque isso é muito importante), vamos analisar algumas substâncias químicas que não devem ser ingeridas de jeito nenhum. Não é só o seu excesso que faz mal à saúde, mas qualquer quantidade. E estão presentes no cigarro! Na realidade a ausência delas vai lhe fazer muito bem. 20. Cigarro, sua composição química e seus efeitos para o

ser humano

O cigarro e outros derivados do tabaco, charuto e fumo para cachimbo, levam o fumante a ingerir mais de 4700 substâncias tóxicas a cada tragada. Metade dessas substâncias é proveniente do fumo ainda cru (sem o processamento) e o restante vem dos aditivos, dos pesticidas e das demais $substâncias que são adicionadas ao cigarro para �melhorar� o sabor, o aroma e outras características. A brasa de um cigarro aceso chega atingir de 800 a 1200 ºC e com isso, através de reações químicas, novas substâncias são produzidas e além de serem ingeridas ainda ficam presentes na fumaça. A nicotina e o alcatrão são os constituintes mais conhecidos do cigarro. A nicotina, uma amina (função orgânica derivada da amônia � NH3) é um estimulante e provoca a dependência nos fumantes.

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Ela atua no sistema nervoso central e dá a sensação de bem-estar, mas esta por ser passageira, faz com que a pessoa queira fumar mais. Além disso, a nicotina diminui a circulação sangüínea, ajuda no depósito de gordura nos vasos sangüíneos e pode assim levar ao infarto ou enfarte. A fórmula dessa substância nada interessante para a nossa saúde é:

O alcatrão é uma mistura de mais de 4000 substâncias químicas, das quais pelo menos de 60 a 100 delas são cancerígenas, como o arsênio, níquel, benzopireno e cádmio, que causam alterações nos genes das células responsáveis pela divisão celular. Com as mutações (mudança no material genético da célula), ocorre a multiplicação descontrolada das células e a formação de tumores. Essas substâncias levam apenas nove segundos para chegar ao cérebro, passando por todo o corpo. Por isso é proibido fumar em ambientes fechados, pois a fumaça liberada pode provocar as mesmas doenças em pessoas que a inalam (fumantes passivos). Além dos problemas já citados as toxinas inaladas do cigarro podem provocar câncer de bexiga, de rim, do pâncreas e de outros órgãos, causar problemas de visão, de estômago e intestinos, além de branquear os cabelos e ocasionar a calvície. A fumaça do cigarro contém CO (monóxido de carbono) e ele é um gás incolor, inodoro e muito tóxico. O CO reduz a capacidade da hemoglobina de transportar o O2 (oxigênio inalado e usado por todas as células do corpo) e também por isso mulheres fumantes podem ter filhos com peso abaixo do normal porque reduz a oxigenação celular do feto, dificultando o seu desenvolvimento. Que coisa horrível!.... Será que quem ama tem coragem de fazer isso com um ser que ainda nem nasceu? Quando 2 a 8% da hemoglobina está comprometida, pode ocorrer redução da capacidade visual e diminuição dos reflexos. Além disso, o monóxido de carbono age na circulação e pode levar a enfartes súbitos, sem contar que um fumante respira CO em quantidades semelhantes à liberada por um escapamento de automóveis. Ele só não é asfixiado porque o CO é inalado em intervalos regulares de tempo. E tem gente que ainda acha �legal� fumar.......Para que fazer mal a si e aos outros, você não acha? A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o tabagismo uma epidemia e então agora vamos conhecer alguns dados recentes do INCA (Instituto Nacional do Câncer) e do Instituto de Estudo de Saúde Coletiva da UFRJ que comprovam isso. Segundo estudos desses órgãos, sete brasileiros morrem diariamente por causa de doenças provocadas pela exposição à fumaça do cigarro. As mulheres são as mais atingidas e 60% delas morrem em decorrência do tabagismo. Elas sofrem mais para largar o cigarro, pois de acordo com especialistas, têm o dobro de ansiedade e depressão comparadas aos homens.

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Dados divulgados pela OMS mostram que 5,4 milhões de pessoas morrem a cada ano no mundo. Para você, que infelizmente tem esse hábito, saiba que para parar de fumar enfrentará as piores dificuldades nos primeiros dias sem o cigarro, depois elas diminuem. A vontade de fumar dura apenas alguns minutos e então o segredo é distrair a mente nesse período. Os sintomas como dores de cabeça, irritabilidade, problemas com o sono, são normais e duram 1 ou 2 semanas. Isso é muito pouco perto dos problemas que acontecem se você não parar de fumar, certo? Benefícios ao parar de usar o cigarro:

• Após 20 minutos a pressão sangüínea e a pulsação voltam ao normal • Após 2 horas não tem mais nicotina no sangue • Após 8 horas o nível de oxigênio no sangue se normaliza • Após 2 dias o olfato e o paladar ficam melhores • Após 3 semanas a respiração fica mais fácil e a circulação melhora • Após 5 a10 anos o risco de sofrer infarto será igual ao de quem nunca

fumou. Mas não podemos esquecer que o desgaste do organismo ocorre com o uso do cigarro e muitos estragos permanecem, então o ideal é não fumar nunca. Porque será que os adolescentes fumam? 21. Cigarro e adolescência

Segundo pesquisadores, a influência para a iniciação do tabagismo na adolescência ocorre pelos mesmos motivos ao início do consumo de álcool. Além dos problemas característicos desta faixa etária, existem outras influências importantes para o hábito de fumar dos adolescentes, sendo elas: o tabagismo dos pais, da mídia, da escolaridade e a desinformação, redução da auto-estima e auto-imagem, dos ídolos, do contexto social, da prevalência dos fumantes no meio em que vivem, da experimentação e do próprio efeito da nicotina. Essa substância, sendo uma droga potente, causa dependência e abstinência, mesmo produzindo relaxamento, pois atua no Sistema Nervoso Central, como já vimos antes. Segundo eles, os jovens estão apresentando algumas doenças que antes só apareciam em adultos ou idosos. O tabaco é responsável por grande parte dos problemas respiratórios entre adolescentes e jovens (infecções, alergias, asma, tosse crônica e redução do volume pulmonar), alterações da saúde bucal (halitose, doenças da gengiva e lesões da cavidade oral) e redução da capacidade física. Além destes, existem todos os outros citados anteriormente, principalmente na idade adulta. O Dia Nacional de combate ao fumo é 29 de agosto. Vamos combatê-lo....... 22. Considerações finais Então eu penso que muitos jovens querem ser ou imitar seus ídolos, muitas vezes seres fracassados e esquecem ou desconhecem que dentro de si existe luz própria e os tornam verdadeiras estrelas.

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Nenhum ser humano é igual ao outro, nem nas características físicas, pois até as impressões digitais, por exemplo, mostram isso. Somos especiais e portanto temos que viver como seres especiais, fazendo a diferença, não para o mal, mas para o bem, para a paz, amor, fraternidade, respeito e felicidade própria e dos nossos semelhantes. Espero, enquanto professora de Química, ter podido ajudar você a entender a necessidade de se ter cuidado com a sua saúde e a sua vida. Você pode tudo.....Basta acreditar..... Paz e bem para você e seja uma pessoa vencedora e feliz!......

E aí? Você é ou não o que ingere?

Não Pare!

Continue pesquisando , se informando e se cuidando!.........

Prof. Sonia Aparecida Brites Casatti (Química) Colégio Estadual do Paraná - Curitiba - Paraná

23. Referências: STÜRMER, Joselaine Silva. Reeducação Alimentar na Família: Da Gestação à Adolescência. Petrópolis, Rj: Vozes, 2004. EDITORIAL SOL 90 SL.Alimentação & Saúde de A a Z. Barcelona, Espanha: Editorial Sol 90, 2005. ALVEZ, Vanderley Antônio. 2º Encontro de Protagonismo Juvenil do CCMM (Centro de Convivência Menina Mulher). Curitiba, 2006. PÓVOA, Maria E. de Souza; SUDBRACH, Maria F. O.; PEDROZA, Regina L. Sucupira. Curso de Formação e Prevenção do uso indevido de Drogas, para Educadores de Escolas Públicas. vol. 2. Secretaria Nacional Antidrogas, 2004. PÓVOA, Helion; CALLEGARO, Juarez; AYER, Luciana. Nutrição Cerebral. Rio de Janeiro, RJ: Objetiva, 2005. PECHANSKY, Flávio; SZOBOT, Cláudia Maciel; SCIVOLETTO, Sandra. Uso de Álcool entre adolescentes. Revista Brasileira de Psiquiatria, 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid . Acesso em 14 de julho de 2008.

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