DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · curto que tem por finalidade agradar ao leitor, por isso pode...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
1
ALUNA PDE: Maria de Lourdes Claro da Silva
ESCOLA: Colégio Estadual Monteiro Lobato – Ensino Fundamental e
Médio
NÚCLEO REGIONAL: Dois Vizinhos
ORIENTADORA : Ruth Ceccon Barreiros
IES: Cascavel
NÍVEL DE ENSINO: Fundamental
UNIDADE DIDÁTICA: A Crônica como incentivo à leitura
DISCIPLINA: língua Portuguesa
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O discurso como prática social
CONTEÚDO BÁSICO: Leitura
CONTEÚDO ESPECÍFICO: A crônica como incentivo à leitura
“LeR é SONhaR... SONhaR é ViVeR... ViVeR é aMaR... aMaR é
querer... Querer é buscar.... Buscar é lembrar... Lembrar é
simplesmente: sonhar, viver, amar, querer buscar o
PRazeR QUe a bOa LeiTURa POde NOS daR! “ KieRKegaaRd”
OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM
Ao final desta unidade, o professor (a) poderá compreender melhor:
2
O ato de ler e a importância da leitura;
Compreender a literatura na sua totalidade;
A leitura como meio de aprendizagem;
Compreender a importância do trabalho com a literatura na formação do leitor;
Identificar no texto os elementos que qualificam o gênero crônica.
Classificar a crônica de acordo com o tema e relacionar os temas das crônicas.
PLANO DE ESTUDO
SEÇÃO 1 - O que é crônica?
5.1 – Quais são os tipos de crônicas?
5.2 – Quais são as características da crônica?
5.3 – Leitura de crônicas.
5.4 – Estudo e interpretação dos textos do gênero crônica.
5.5 – Dicas para escrever uma crônica
5.6 – Produção de crônicas.
singradohorizontes
... estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta.
Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do irrisório no
cotidiano de cada um.
Fernando Sabino
3
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Colega professor (a), a leitura sempre foi motivo de preocupação constante dos
profissionais que atuam na educação. Geralmente, quem não lê (ou lê mal) também
escreve com dificuldade e apreende o mundo de maneira menos expressiva. O ideal
seria que todo ambiente ao redor do educando o incentivasse à leitura, não tendo assim,
apenas a escola como único local de acesso aos livros. Se infelizmente, isso não ocorre,
é preciso que o hábito da leitura seja desenvolvido de maneira adequada e prazerosa,
útil e enriquecedora, ao universo escolar e á realidade social do aluno.
Portanto. sabemos o quanto é importante estimular a leitura da literatura nos
diversos tipos de textos produzidos, nas diferentes esferas sociais para a formação
leitora. Assim, nesta Unidade Didática vamos aprofundar os estudos sobre leitura e
levar o aluno às mais variadas reflexões sobre o gênero textual “CRÔNICA. O gênero
crônica é importante para os alunos, pois por meio dele, poderão conhecer diferentes
temas, reconhecer aspectos do cotidiano e, a partir da observação de fatos do cotidiano,
passarão a refletir sobre a condição humana em sociedade.
Professor(a), chegou a hora de falarmos sobre o assunto, o qual, nossos
alunos precisam estar atentos e curiosos. É importante surpreendê-los.
Professor (a), neste momento você poderá fazer uma leitura e conhecer melhor
o que alguns alguns estudiosos têm a nos dizer sobre o gênero textual crônica.
Para Bezerra (2002), o trabalho com gêneros textuais na sala de aula favorece a
aprendizagem da oralidade, leitura e escrita de textos diversos, com funções específicas,
visto que a orientação do professor não será mais a de considerar apenas o aspecto
formal do texto escrito, mas a de proporcionar o uso efetivo do texto por parte dos
alunos, abrindo-lhes oportunidades de se desenvolverem como cidadãos de uma
sociedade letrada. Assim, a leitura e a escrita não serão apenas práticas escolarizadas.
Segundo Moisés (1979), a palavra crônica vem do grego “choronikos” (relativo
ao tempo), do latim crhonica que designa uma lista ou relação de acontecimentos
ordenados cronologicamente. Atualmente a crônica é um dos gêneros mais ricos da
literatura brasileira, atingindo um grau de excelência a ponto de transformar-se na
principal porta de entrada da literatura para boa parte do público leitor.
Para Sá (1985), por vezes, a crônica transfere-se de seu ambiente natural, o
jornal, para o ambiente do livro. Então, ela é reelaborada, como passar a vida a limpo,
permitindo que se descubram às características de cada cronista. Dessa forma, as
possibilidades de leitura crítica se ampliam, o texto atua com maior liberdade, sobre o
leitor, uma vez despido de certas referencialidades e a partir da releitura, ampliando sua
visão humana do homem na sua vida diária.
Ainda, com base em Moisés (1979), quando o autor narra sua crônica, tudo o
que diz parece ter acontecido de fato, como se os leitores estivessem lendo uma
reportagem, os fatos acontecem como se fossem por acaso. Mas, na verdade, o autor
sabe que nada é por acaso na construção do texto, pois o cronista tem de explorar as
potencialidades da língua, buscando construções de frases com várias significações,
descortinando aos leitores uma paisagem até então esmaecida ou ignorada. Sua
linguagem adquire logicidade e um ritmo próprio, repensando constantemente pelas vias
4
de emoção aliadas à razão. É fundamental que o cronista se defina em seu tempo e
espaço, compondo uma cronologia, não limitadora, mas sim esclarecedora de sua
relação com o mundo.
A crônica é um pequeno oásis de prazer para quem a escreve e para quem a lê. É
o grito de liberdade de um escrevente rebelde que insiste em temperar os fatos diários,
insiste em ver o que a maioria não conseguiu assistir, por fim, insiste em revelar
emoções para outros tantos que querem saber daquilo que na sua correria deixaram de
perceber (DIAFÉRIA, 1981).
Segundo Coutinho (1971), o perfil nacional da crônica firmou-se a partir de
1930, com nomes como o de Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Drummond
de Andrade e Rubem Braga, que de certo modo, seria o cronista exclusivo desse gênero.
O apogeu do novo gênero, ou seja, o momento em que a crônica perde os vestígios de
seus antecessores europeus, transformando-se na expressão rematada da forma
brasileira de sentir e de se situar no mundo, se dá a partir nos anos de 1950 e de 1960
com cronistas como Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende, Nelson
Rodrigues, Fernando Sabino. Esses autores reforçam a idéia de que a crônica, longe de
ser um subproduto da ficção ou do ensaio, é um campo textual próprio, que oferece
possibilidades expressivas que nenhum outro gênero proporciona. Não há dois cronistas
iguais, nem duas crônicas idênticas, pois a mudança eterna do cotidiano determina a
maleabilidade do texto e assim a crônica capta a variação emocional do autor.
A vontade de contribuir para o esclarecimento dos diferentes gêneros textuais,
somada ao desejo de se tornar cada vez menos doloroso o processo de leitura estimulou
o trabalho que tem os objetivos a seguir.
De acordo com Melo (1989), no Brasil a crônica é um relato poético do real,
situada na fronteira entre a informação da atualidade e a narração literária, portanto,
situa-se entre o jornalismo e a literatura, retratando a vida, está diante de experiências
comuns. Despretenciosa, humanizadora, nos ajuda a estabelecer ou reeestabelecer a
dimensão dos acontecimentos e das pessoas, quase sempre com humor.Ela apresenta o
encontro mais puro com a vida real e com o seu cúmplice favorito – o leitor. No
entanto, apesar de seu ar despreocupado, de quem está falando coisas, sem se preocupar
com a consequência, esse gênero penetra fundo no significado dos atos e sentimentos do
homem, aprofundando a crítica social.
Aprende-se muito quando se diverte e os traços simples, graciosos e breves da
crônica são um veículo priviligiado para mostrar de modo persuasivo vários atos e
sentimentos, que divertindo atrai e faz divertir, amadurecendo nossa visão de mundo.
Por meio de um zig-zag de aparente conversa fiada, a crônica pode dizer as proposições
mais sérias, como as descrições da vida, o relato caprichoso dos fatos, o desenho de
certos tipos humanos, o registro de algo inesperado. Apesar de sua pressa característica,
a crônica é uma somatória de pesquisa, seleção e inspiração e deve escolher um fato
capaz de reunir em si mesmo o disperso conteúdo humano, pois só assim, ela pode
cumprir o seguinte princípio: informar, ensinar, comover, deleitar.
Neste trabalho, será desenvolvida uma unidade didática composta por vários
textos de “Crônicas” do escritor Fernando Sabino. Desta forma, os alunos da sétima
série terão a oportunidade de desenvolver procedimentos de leitura e escrita, utilizando
a crônica, pois por trás do humor e da simplicidade presentes nesse gênero textual,
existe um trabalho estilístico que a torna a mais agradável e cativante, porta de entrada
para o mundo da leitura.
5
blig.ig.com.br/familiamundinho
CHEGOU A HORA PROFESSOR (A)! SINTA-SE À VONTADE! FALE SOBRE ESSE GÊNERO QUE ESTÁ NA MODA! VAMOS VER O QUE OS NOSSOS ALUNOS
SABEM SOBRE ELE?
Professor(a), você sabe o que é uma crônica?
É importante saber para explicar para seus alunos o que é um gênero
textual crônica, quando surgiu, e suas características.
O que é uma Crônica?
A crônica é um gênero literário produzido essencialmente para ser vinculado na
imprensa, seja seja nas páginas de uma revista, seja de um jornal. Quer dizer, ela é feita
com uma finalidade utilitária e pré-determinada: agradar aos leitores dentro de um
espaço sempre igual e com a mesma localização, criando-se assim, no transcurso dos
dias ou das semanas, uma familiaridade entre o escritor e aqueles que o lêem.
Em regra geral, a crônica é um comentário leve e breve sobre algum fato do
cotidiano. Algo para ser lido enquanto se toma um café da manhã, na feliz expressão de
Fernando Sabino. O comentário pode ser poético ou irônico mas o seu motivo, na
maioria dos casos, é um fato miúdo: a notícia em que ninguém prestou atenção, o
acontecimento insignificante, a cena corriqueira. Nessas trivialidades, o cronista
surpreende a beleza, a comicidade,os aspectos singulares. O tom como acentua Antônio
Cândido é de “uma conversa aparentemente banal”.
O próprio Fernando Sabino tem uma das melhores delimitações de crônica
dizendo que ela “busca o pitoresco ou o irrisóriono cotidiano de cada um”.
Na questão da linguagem há uma mistura frequente entre o jornalismo e a
literatura .
A crônica na maioria das vezes é um texto curto narrado em primeira pessoa (
como pode ser narrada em outras pessoas também). Por esse motivo dá a impressão de
que o ecritor está dialogando com o leitor. A crônica é uma narrativa curta. Narrar é
contar uma história (real ou fictícia). O fato narrado apresenta uma seqüência de ações
envolvendo personagens no tempo e no espaço.
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A crônica pertence a um gênero rico em informações da atualidade, é um texto
curto que tem por finalidade agradar ao leitor, por isso pode despertar nas pessoas o
gosto pela leitura, que é um hábito saudável e deve ser praticado por todas as pessoas.
São exemplos de narrativas a novela, o romance, o conto, ou uma crônica; uma
notícia de jornal, uma piada, um poema, uma letra de música, uma história em
quadrinhos, desde que apresentam uma sucessão de acontecimentos, de fatos.
Pode se dizer que a crônica é nada mais que uma leitura descontraída.
Fonte;www.escolavesper.com.br
SAIBA MAIS
Professor (a), como as crônica são classificadas em variados tipos e para que você
aprofunde os estudos sobre o tema sugerimos o site: www.escolavesper.com.br.
Neste site você poderá fazer pesquisas juntamente com seus alunos e ampliar
conhecimentos sobre o assunto.
ejasapuaiadosul.blogsspot.com
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS
DA CRÔNICA Ligada à vida cotidiana;
Narrativa informal, familiar, intimista;
Uso da oralidade na escrita: linguagem coloquial;
Sensibilidade no contato com a realidade;
Uso do fato como meio ou pretexto para o artista exercer seu estilo e
criatividade;
Dose de lirismo;
Leveza;
Diz coisas sérias por meio de uma aparente conversa fiada;
Brevidade;
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È um fato moderno: está sujeita à rápida transformação e à
fugacidade da vida moderna
Geralmente, a crônica apresenta linguagem simples, espontânea,
situada entre a linguagem oral e escrita;
A narração é feita pela ordem dos acontecimentos dos fatos;
É um pequeno texto baseado em fatos do cotidiano;
Geralmente possui uma crítica indireta;
Muitas crônicas são narradas em tom humurístico;
Algumas vezes o texto é irônico;
As crônicas, em geral, são publicadas em jornais e revistas.
É uma espécie de narrativa curta e condensada que capta um
flagrante da vida, pitoresco, real ou imaginário, com uma ampla
variedade temática, o escritor parte de situações particulares que
funcionam como metáfora de situações universais;
Geralmente são textos curtos;
O escritor dialoga com o leitor;
Apresenta elemetos básicos da narrativa: fatos, personagens, tempo e
lugar, o tempo e o espaço são noemalmente limitados.
www.sitedaliteratura.cjb.net
CrÔnicas! CrÔnicas! CrÔnicas! MUITAS CRÔNICAS! VÃO APARECER...
blogdochazz.blogsspot.com
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Professor(a), esta atividade terá como objetivo analisar o conhecimento
prévio dos educandos quanto ao gênero crônica e ampliar esse
conhecimento. Então vamos iniciar por uma conversa informal, levantando
hipóteses, provocando um debate em sala de aula, baseando-se nas seguintes
questões:
Você sabe o que é uma crônica?
Você já leu uma crônica? Qual? Quem era o autor?
Você conhece algum cronista brasileiro? Qual?
Em que lugar (suporte) as crônicas são publicadas?
Você saberia dizer algumas características de uma crônica?
Esse procedimento inicial visa ativar os conhecimentos prévios dos
alunos estímulando-os para a leitura, por meio da discussão das
questões.
Após as discussões das questões acima e observadas as respostas,
entregue uma cópia da crônica “A última crônica” de Fernando Sabino,
iniciando o processo de estudo do gênero.
SAIBA MAIS
Professor a crônica “A última crônica” de Fernando Sabino, trata de uma família
pobre, negra, onde o pai e a mãe comemoram com a maior simplicidade o aniversário
de três anos da filha num botequim da cidade. Você poderá encontrá-la na integra no
site: http://www.almacarioca.com.br/cro169htm
ATIVANDO OS CONHECIMENTOS DE MUNDO SOBRE O TEMA
PRESENTE NO TEXTO “A ÚLTIMA CRÔNICA” DE FERNANDO SABINO
Em nossa sociedade, há famílias que comemoram seus aniversários de forma
majestosa, compram roupas caras, publicam sua festa nos jornais. Outras, entretanto,
nem se lembram da data do seu aniversário. E vocês, como comemoram o seus
aniversários? E a festa como é?
Seus pais sempre se lembram do seu aniversário? Alguma vez já esqueceram?
Se você fizer uma festa, quem não poderia faltar?
O que você escolheria em seu aniversário, uma festa ou um presente?
O que você mais gosta em uma festa de aniversário?
Vocês já comemoraram um aniversário de forma diferente? Sem ter bolo,
salgadinhos e velinhas
9
Professor (a), este é o momento em que o aluno irá familiarizar-se com o texto
crônica. É importante que você disponibilize para eles uma a cópia completa da
crônica em estudo.
Na sequência os alunos devem realizar uma leitura silenciosa e individual. Em
seguida os alunos poderão trabalhar em grupo, discutir e interpretar o texto
coletivamente.
Logo após, poderão ser feitos comentários sobre o tema, assunto, personagens,
etc. a crônica será estudada em seu todo.
Terminada estas etapas será a sua vez professor (a), de fazer um trabalho de
leitura que propicie tanto a percepção das características principais desse gênero,
chamando a atenção dos alunos para o seu contexto sócio-histórico-ideológico.
Atividades de leitura
marinaperes.com.br Blogsspot.com
Professor você poderá encontrar “A última crônica” de Fernando
Sabino em: Crônica publicada no livro "A Companheira de viagem" (Editora
Record, 1965)“A última crônica” de Fernando Sabino, disponível no site:
http://www.almacarioca.com.br/cro169.htm
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Professor (a), uma vez localizada a crônica faça uma cópia para cada
um dos alunos, leve-as para a sala de aula e solicite a leitura e,
posteriormente, realize com os alunos as atividades propostas nesta
Unidade Didática.
ATIVIDADES DE ESTUDOS DA CRÔNICA
A – Vocês já ouviram falar no autor desta crônica?
Professor(a), neste momento você pode fazer um comentário sobre o autor
Fernando Sabino e suas obras literárias.
B – Qual será o motivo de ela ter como título “A última crônica”?
C – Qual fato chama mais a atenção nesse texto?
D – O que faz esse texto ser interessante?
E –Que outro título você sugere para o texto? Por quê?
F- No texto “A última crônica” há ideia de discriminação? Que tipo de discriminação?
De raça, de situação financeira? Discriminação por parte de quem? Do autor? Do
contexto?
G - Como o autor descreve o botequim? Você conhece algum lugar assim?
H - O que levou à mãe a guardar as velinhas?
I - “Não sou poeta e estou sem assunto”. Neste trecho da crônica, o autor afirma, que
não é poeta. O que ele quer dizer com essa afirmação?
J - Há nas duas últimas orações do segundo parágrafo uma crítica à instituição família.
Quais são elas? Qual sua opinião sobre isso? Explique.
L - O autor diz que o pai demonstra estar satisfeito com a celebração. E você, o que
acha?
M - Em sua opinião o constrangimento do pai, ao perceber que estava sendo notado, é
pertinente?
N - Apesar das dificuldades financeiras, podemos destacar sentimentos nobres na
relação daquela família. Explique.
11
VAMOS CONTINUAR RESPONDENDO!
CONTINUANDO OS ESTUDOS DA CRÔNICA
1 - Quem são os personagens da crônica?
2 – Onde ocorre o fato narrado?
3 – O que está sendo comemorado na história? Que elementos indicam isso?
4 – Descreva as características físicas e psicológicas das três personagens principais.
5 – Que característica o texto apresenta que o classificam como sendo uma crônica?
6 – A crônica narra de forma peculiar acontecimentos do cotidiano. Que fatos do
cotidiano são enfatizados na crônica de Fernando Sabino?
7 – O que importava para os pais da menina naquele momento em que estavam no bar
com ela?
8 – Como era o relacionamento entre os três personagens?
9 – Em sua opinião, o pai, a mãe e a menina, personagens do texto, estavam
preocupadas com o que as pessoas do bar pensariam a respeito deles? Justifique.
10 – O pai, a mãe e a menina estavam à vontade naquele bar? Justifique a sua resposta
com uma passagem do texto.
11 – Faça um comentário sobre a postura do garçom na história narrada.
12 - Retire do primeiro parágrafo as informações abaixo:
a) Quem entra no botequim?
b) Onde fica o botequim?
c) O personagem entra no botequim para quê?
d) O que o personagem que entrou no botequim vem fazer nesse lugar?
e) O que ele deseja?
13 - Sobre o trecho: “Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição
tradicional da família, célula da sociedade”? Responda:
a) Quem são esses “três seres esquivos”?
14- O que o pai pede ao garçom?
12
15 - No trecho “A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se
aguardasse a aprovação do garçom.”, explique os sentimentos da mãe ao esperar
aprovação do garçom.
16 - Que motivos teria o garçom para não aprovar o pedido do pai?
17 - Observe que ao descrever a cena que está diante dos olhos, o narrador-personagem
questiona: “Por que não começa a comer?” Por quê? Levante algumas hipóteses sobre o
porquê destes questionamentos.
Professor, peça aos alunos que realizem as atividades propostas sobre o texto.
Corrija os exercícios no quadro com a participação de todos. Será interessante
solicitar a eles que comentem a resposta dada para cada uma das questões.
SAIBA MAIS
Biografia do Fernando Sabino disponível nos sites:
http://www.releituras.com/fsabino_bio.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Sabino
CRÔNICAS E Mais crônicaS...
DE FERNANDO SABINO!
13
Bem professor (a), agora os alunos já devem conhecer melhor um texto do gênero
crônica. Vocês já leram, discutiram, comentaram, relacionaram com os fatos do
cotidiano e interpretaram a “Última crônica” de Fernando Sabino. Para ampliar
ainda mais os conhecimentos sobre o gênero, você poderá ler com seus alunos a
crônica “Protesto Tímido” de Fernando Sabino no site:
www.lendoeargumentando.com.down/A_E_11...
O assunto tratado são as questões do menor abandonado, pobreza, tão presentes
em nossos dias, principalmente nas grandes cidades, além do preconceito racial.
Antes da leitura da crônica você poderá verificar o conhecimento de mundo e a
opinião dos alunos em relação ao assunto a ser lido.
ATIVANDO OS CONHECIMENTOS DE MUNDO SOBRE O TEMA
PRESENTE NA CRÔNICA “PROTESTO TÍMIDO” DE FERNANDO SABINO
1 - O que esse título sugere?
2 - Alguém já viu uma criança dormindo na rua?
3 - O que pensam das crianças de rua?
4 - De quem seria a responsabilidade para solucionar esse problema?
5 - O que acham do preconceito racial?
6 - Por que há tantas crianças de rua nas grandes cidades?
7 - Qual será o futuro das crianças de rua?
8 - O ambiente em que elas vivem pode levá-las ao crime e à prostituição?
9 - O que você sente quando vê um menino de rua, com fome, com frio, parecendo
um bicho?
Posteriormente, disponibilize uma cópia da crônica e solicite à leitura.
Leve os alunos a questionarem o conteúdo de leitura realizada. Ative o
conhecimento de mundo dos alunos, fazendo uma exposição de fotos de
crianças trabalhando, crianças no trânsito; prostituição; recolhendo lixo;
carvoarias; corte de cana; etc.
Faça um levantamento das opiniões dos alunos em relação aos temas já
estudados anteriormente, aproximando-os do tema de estudos de outra
crônica, por exemplo, “Na escuridão miserável”, de Fernando Sabino.
Site: http;//pessoal.educacional.com.br
Solicite que investiguem quem são as crianças que trabalham na escola,
ou na sala de aula; que tipo de trabalho exercem.
Mostre reportagens extraídas de telejornais nacionais ou regionais,
canalize as discussões para os problemas similares em nossa região.
Professor (a), faça uma leitura expressiva da crônica, “Na escuridão
miserável” e em seguida, solicite aos alunos que façam uma leitura
silenciosa.
14
AGORA CHEGOUA SUA VEZ.
MÃOS A OBRA!
Fiosdoinfinito.ming.com
QUESTÕES PARA ESTUDOS DA CRÔNICA
1 – Que características o texto apresenta que o classificam como sendo uma crônica?
2 – Assinale a(s) alternativa(s) correta(s): “ ...olhei para o lado e vi, junto à parede,
antes da esquina, ALGO que me pareceu uma trouxa de roupa...” , o uso do termo
destacado se deve a:
( ) o autor pretende comparar o menino a uma trouxa de roupa;
( ) o cronista antecipa a visão do menor abandonado como um traste inútil;
( ) a situação não permite a perfeita identificação do menino.
3 – Assinale a(s) alternativa(s) correta(s) “Estava dormindo, como podia estar morto”;
esse segmento do texto significa que:
( ) a aparência do menino não permitia saber se dormia ou estava morto;
( ) a posição do menino era idêntica a de um morto;
( ) para os transeuntes, não fazia diferença estar o menino dormindo ou morto;
( ) não havia diferença, para a descrição feita, se o menino estava dormindo ou morto.
( ) o cronista não sabia sobre a real situação do menino.
4 – A crônica narra de forma peculiar acontecimentos do cotidiano. Que fatos estão
sendo enfatizados no texto “Protesto tímido” de Fernando Sabino?
5 – A que classe social pertence os dois personagens principais da crônica? Justifique
sua resposta.
15
blogsspot.com.br
Professor (a), agora você deve fazer oralmente o comentário sobre os temas das
duas crônicas. Leve os alunos a perceberem a relação que existe entre os temas
abordados.
Professor (a), você pode continuar o trabalho, aproximando os alunos cada vez
mais do gênero crônica e sua esfera de circulação, autor, momento de publicação
etc. Isso será muito produtivo para a formação de leitores.
Não perca tempo:
escreva já! Agora é a sua vez!
Etapas para escrever sua crônica:
Ao ler crônicas, você conhece a visão de mundo daquela pessoa que escreveu o texto.
Tão interessante quanto isso é você mesmo tentar encontrar a sua forma de ver e
questionar o mundo ao seu redor. Como? Escrevendo sua própria crônica. Além de
observar mais atentamente as pessoas e situações que fazem parte do seu dia-a-dia, você
estará exercitado sua redação ao tentar construir textos claros e, ao mesmo tempo,
criativos.
As etapas abaixo podem servir como um guia para a produção da crônica, caso você
esteja começando a se aventurar pelo mundo da crônica. Com o tempo, você
desenvolverá seu próprio processo criativo e o texto surgirá de forma natural, sem que
seja necessário seguir etapas definidas.
1. Escolha algum acontecimento atual que lhe chame a atenção. Você pode procurá-lo
em meios como jornais, revistas e noticiários. Outra boa forma de encontrar um tema é
andar, abrir a janela, conversar com as pessoas, ou seja, entrar em contato com a
infinidade de coisas que acontecem ao seu redor. Tudo pode ser assunto para uma
16
crônica.
É importante que o tema escolhido desperte o seu interesse, cause em você alguma
sensação interessante: entusiasmo, horror, desânimo, indignação, felicidade... Isso pode
ajudá-lo a escrever uma crônica com maior facilidade.
2. Muito bem. Agora você já selecionou um acontecimento interessante, tente formular
algumas opiniões sobre esse fato. Você pode fazer uma lista com essas idéias antes de
começar à crônica propriamente dita.
Frases como as que estão abaixo podem ser um bom começo para você fazer a sua lista:
"Quando penso nesse fato, a primeira idéia que me vem à mente...”
“Na minha opinião esse fato é..."
"Se eu estivesse nessa situação, eu..."
"Ao saber desse fato eu me senti..."
"Sobre esse fato, as pessoas estão dizendo que..."
"A solução para isso..."
"Esse fato está relacionado com a minha realidade, pois..."
Como você deve ter notado, é muito importante que o seu ponto de vista, a sua forma
de ver aquele fato fique evidente. Esse é um dos elementos que caracterizam a crônica:
uma visão pessoal de um evento.
3. Agora que você já formou uma opinião sobre o acontecimento escolhido, é hora de
escrever sua crônica. Seu ponto de partida pode ser o próprio fato, mas esse também
pode ser mencionado ao longo do texto. Escreva! Pratique! E procure usar a criatividade
para criar seu próprio estilo, pois é isso que faz de um escritor um bom cronista.
http://.educacional.com.br./upload/blogsite/4003/403093/993/cronica.ppt.
Professor (a), a seguir, apresentamos outras sugestões de atividades para
que você faça com os alunos para aprimorar o assunto estudado.
Relacione os assuntos das três crônicas, faça um paralelo, mostrando a
relação que existe entre eles e a vida diária, por exemplo, a fome, a
pobreza, o trabalho infantil, as crianças de rua, a prostituição infantil a
estrutura da família e o preconceito racial.
Professor (a), após a leitura, estudo e interpretação do texto, você pode
organizar a turma da seguinte forma: dividi-los em grupos para pesquisa,
apresentar uma crônica com dramatização, criar novas versões que
abordem aspectos econômicos, sociais, relacionados ao tema já estudado.
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Os alunos podem trazer reportagens de jornais que tratem do tema para
montagem de um painel.
Neste momento, em grupo, como atividade, os alunos poderão produzir
uma crônica com tema que escolherem.
Os alunos poderão eleger uma crônica para ser dramatizada
apresentando-a aos colegas.
peregrinacultural.worpress.com/2009/03/11/
AVALIAÇÃO
Professor (a), para a avaliação você poderá contemplar, as leituras, comentários, estudos e interpretações das crônicas, dramatização, comparações entre os temas das crônicas, realizadas pelos alunos, anteriormente.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COUTINHO, Afrânio. Ensaio e crônica. In: A literatura no Brasil. 2.ed. Rio de
Janeiro: Sul Americana, 1971
DIAFÉRIA, Lourenço. Depoimento – Escritor brasileiro/81. São Paulo:
Secretaria Municipal da Cultura, 1981
DIONÍSIO, A. P.; MACHADO, A. R. ; BEZERRA, M. A. (orgs). Gêneros textuais e
ensino. 2. ed. Rio de Janeiro: Lucena, 2002.
MOISÉS, Massaud. A criação literária. 9. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1979.
MELO, José Marques. A opinião no jornalismo brasileiro. Rio de Janeiro:
Vozes, 1989
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua
Portuguesa para Educação Básica. Curitiba, 2008.
SÁ, Jorge de. A Crônica. São Paulo: Ática, 1985
SABINO, Fernando. A companheira de viagem. 2. ed. Rio de Janeiro: Sabiá,
1972.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
KOCK, Ingedore Villaça , ELIAS,Vanda Maria. Ler e Compreender os sentidos do
texto. 2ª ed., 2ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2008.
19