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Profa Alessandra Barone
www.profbio.com.br
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Bioenergética
Parte da bioquímica que trata do estudo dos fenômenos energéticos nos seres vivos, bem como sua forma de obtenção, armazenamento, mobilização e utilização.
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Bioenergética Transformações energéticas:
Operadas a nível molecular
Utilização do produto obtido através da fotossíntese realizada pelo reino vegetal
Capacidade de degradação de moléculas para obtenção de energia
Realizadas por estruturas complexas localizadas no interior das células vivas
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Célula
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Célula
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Princípios de termodinâmica Termodinâmica é o ramo da ciência que estuda as
diferentes formas de energia e sua obtenção.
Fundamentada em dois grandes princípios:
1° Princípio: A energia do universo é constante.
A quantidade total de energia no universo não aumenta e nem diminui.
As manifestações de energia são conversões de uma na outra, não sendo criadas ou destruídas.
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Princípios de termodinâmica 2°. Princípio: A Entropia do universo tende a
aumentar.
Entropia: grau de desordem ou de acaso
Os sistemas desorganizados nunca tendem a se organizar espontaneamente, portanto, para diminuição do grau de entropia e manutenção da ordem , precisamos da utilização de energia.
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Princípios de termodinâmica
Célula viva = mecanismos de manutenção de baixo grau de entropia.
Morte celular – vitória da entropia sobre a organização celular.
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Apoptose
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Cinética Química
Uma reação química depende do movimento cinético das moléculas que pode ser favorecido pela elevação da temperatura, aumento da pressão, agitação, etc.
Cinética dos sólidos < líquidos < gases
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Cinética Química Reações biomoleculares: precisam da presença de
biocatalisadores necessários para a ativação de uma reação química, pela incapacidade que o meio interno possui de sofrer alterações de temperatura, pressão e concentração de reagentes.
Biocatalizadores: enzimas que diminuem a necessidade de um grande quantidade de energia de ativação, acelerando a velocidade das reações
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Tipos de reações químicas
Reação endotérmica: reação que consome energia. Não são espontâneas
Reação exotérmica: reação que libera energia. São espontâneas
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Tipos de reações químicas
Acoplamento de reações: utilização da energia liberada por uma reação exotérmica para realização de uma reação endotérmica, realizada pela utilização de compostos intermediários de energia como por exemplo o ATP, que acumula energia na forma de ligações fosfato.
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ATP = Adenina + ribose + P + P + P
Adenina - - P ~ P ~ P AMP 2 ADP 6 ATP 8 Kcal
Compostos ricos em energia
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Compostos ricos em energia
São compostos que apresentam alta energia de hidrólise, acima de 5Kcal
São instáveis
Facilmente hidrolisáveis
Compostos normalmente fosforilados
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ΔG a pH 7,0
Fosfoenolpiruvato -14.800
Amp cíclico -12.000
fosfocreatina -10.300
Acetil-fosfato -10.100
AcetilcoA -7.500
ATP para ADP e Pi -7.300
ATP para AMP e Pi - 8.600
ADP - 6.500
Glicose -1 -fosfato - 5.000
Frutose-6-fosfato -3.800
Glicose-6-fosfato - 3.300
Glicerol-3-fosfato - 2.200
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ATP
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Produção de energia Seres autótrotofos
6CO2 + 6H2O + C6H12O6 + 6O 2
Processo endergônico
Seres heterótrofos
C6H12O6 + 6O 2 6CO2 + 6H2O +
onde = 680 Kcal
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ATP Produzido através da fosforilação oxidativa realizado
por meio de uma cadeia transportadora de elétrons com consumo de O2
Produzido através de fosforilação a nível de substrato, quando um composto rico em energia se transforma em um composto pobre em energia. O grupo fosfato liberado é transferido ao ADP .
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Reações de óxido redução Reações que se processam com transferência de
elétrons de um doador ( redutor) para um aceptor de elétrons (oxidante).
Oxidação: doação de elétrons
Redução : recebimento de elétrons
Potencial redox: capacidade de doar ou receber elétrons. Cada elemento possui seu potencial redox definido em volts.
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Potencial redox
Exemplos de potenciais padrões
Oxidante
E0 (V) Redutor
F2 +2.87 F-
S2 +2.10 SO42-
MnO4- +1.69 MnO2
MnO4- +1.51 Mn2+
Au3+ +1.50 Au
PbO2 +1.45 Pb2+
Cl2 (aq) +1.39 Cl-
Cr2O72- +1.33 Cr3+
O2 (g) +1.23 H2O
Br2 +1.07 Br-
NO3- +0.96 NO(g)
Ag+ +0.80 Ag
Fe3+ +0.77 Fe2+
I2 (aq) +0.62 I-
Cu2+ +0.34 Cu
CH3CHO
+0.19 CH3CH2OH
SO42- +0.17 SO2
S4O62- +0.09 S2O3
2-
H3O+ 0.00 H2 (g)
CH3CO2
H -0.12 CH3CHO
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Potencial redox Para elementos com potenciais redox diferentes, as
reações contam com intermediários.
Potencial redox do H e O2 são muito distantes entre si.
Utilização de compostos de potencial redox intermediário entre o O2 e H.
Compostos intermediários: NAD, FAD, FMN, Coenzima Q (ubiquinona) e citocromos.
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Reações de óxido redução: compostos intermediários NAD (nicotinamida adenina dinucleotídeo)
Forma reduzida: NADH
Forma oxidada NAD+
FAD (flavina adenina dinucleotídeo)
Forma reduzida: FADH2
Forma oxidada: FAD
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NAD+ NADH NAD
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FAD FADH2
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Cadeia respiratória ou cadeia transportadora de elétrons
É uma sequência de reações do tipo óxido-redução que ocorrem nas cristas mitocondriais com o objetivo de reagir o H, liberado da degradação de compostos orgânicos (ex: glicose ) com o O2 respiratório para produzir água e ATP.
Para que essas reações ocorram, há necessidade da utilização de compostos intermediários: NAD, FAD, Coenzima Q e citocromos.
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Mitocôndria
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Cadeia respiratória A cadeia respiratória é formada por um complexo
protéico:
Complexo I : NADH Q oxidorredutase
Complexo II: Succinato Q redutase
Complexo III: Citocromo C oxidorredutase
Complexo IV: Citocromo C oxidase
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Cadeia respiratória Fosforilação oxidativa
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Complexo I Transferência de dois elétrons do NADH para o
primeiro complexo .
Os elétrons são transferidos para a Coenzima Q (ou ubiquinona)
A Coenzima Q reduzida (ou seja, que carrega os elétrons) sai do complexo I para entregar os elétrons para o complexo III.
O Complexo I bombeia 4 íons H+ para fora da membrana mitocondrial pela alteração conformacional da ptn.
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Complexo II
Complexo formado pela succinato desidrogenase, aderida à membrana mitocondrial interna.
Os elétrons são transportados pelo FADH2 são transferidos para o II complexo
A coenzima Q retira os elétrons do II complexo e entrega para o III complexo
O II complexo não bombeia H+ para fora da membrana.
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Complexo III
A coenzima Q que transporta os elétrons do I e II complexo os entrega para o III complexo.
O citocromo C, outro intermediário, recebe os elétrons e os envia para o IV complexo.
O III complexo bombeia 4 íons H+ para fora da membrana.
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Complexo IV
Moléculas de cit C ligam-se ao complexo para transferir elétrons para reduzir uma molécula de oxigênio à H2O
4 cit c com elétrons + 4 H+ + O2 2 H2O
O IV complexo bombeia 2 H+
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ATP Sintase
Proteína transmembrana bombeadora de prótons e produtora de ATP.
Os prótons (H+) que foram bombeados para fora da membrana através do I, III e IV complexo, por diferença de concentração, tendem a voltar para o espaço intramembranar.
O processo de retorno dos prótons H+ ocorre através da ATP sintase.
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ATP Sintase
O retorno desses prótons movimenta a ATP sintase gerando energia para promover a ligação de uma molécula de ADP e um fosfato, produzindo ATP.
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ATP Sintase
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ATP Sintase Uma molécula de NADH que inicia a cadeia respiratória
pelo I complexo, promove o bombeamento de 10 H+
O retorno desses 10 prótons gera ~ 3 ATPs
ADP + Pi + 10H+ ATP + H2O
Uma molécula de FADH2 que inicia a cadeia respiratória pelo II complexo, promove o bombeamento de 6 H+
O retorno desses prótons gera ~ 2 ATPs.
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Regulação da transferência de elétrons Razão ATP/ADP na matriz mitocondrial
Quanto maior a concentração de ATP, menor a velocidade da CR
Quanto maior a concentração de ADP, maior a velocidade da CR.
Razão NAD+/ NADH
Quanto maior a concentração de NAD+, menor a velocidade da CR
Quanto maior a concentração de NADH, maior a velocidade da CR.
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Estudo dirigido
O que é bioenergética?
Como são realizadas as transformações energéicas?
Qual o primeiro princípio da termodinâmica?
Qual o segundo princípio da termodinâmca?
O que é entropia?
O que e uma reação endotérmica?
O que é uma reação exotérmica
O que é acoplamento de reação?
O que é cadeia respiratória?Qual é o objetivo no transporte de elétrons?
Quais são os compostos intermediários encontrados na cadeia respiratória?
Qual a função da ubiquinona ou CoQ?
Qual a função do cit c?
O que ocorre no IV complexo da cadeia respiratória?
O que é ATP sintase? O que movimenta essa enzima?
Quantos ATPs são produzidos via NADH? E via FADH2?
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Referência bibliográfica FERREIRA, Carlos Parada; JARROUGE, Márcio
Georges; MARTIN, Núncio Francisco. Bioquímica Básica. 9.Ed. São Paulo:Editora MNP, 2010. 356 p.
MOTTA, Valter T. Bioquímica. 2.Ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2001. 488p.
STRYER, L. Bioquímica. 6ª Ed.Rio do Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.