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DIRETORIA DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO – DE SUPERINTENDÊNCIA DE PROJETOS E CONSTRUÇÃO DE TRANSMISSÃO – SPT DEPARTAMENTO DE PROJETO E CONSTRUÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO – DLT DIVISÃO DE PROJETO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO - DEPL ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS FERRAGENS E ACESSÓRIOS DE CABOS CONDUTORES E PÁRA-RAIOS E FIOS CONTRAPESOS PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO ET- DLT – 034/2005 – Rev. 1

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DIRETORIA DE ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO – DE

SUPERINTENDÊNCIA DE PROJETOS E CONSTRUÇÃO DE TRANSMISSÃO – SPT

DEPARTAMENTO DE PROJETO E CONSTRUÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO – DLT

DIVISÃO DE PROJETO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO - DEPL

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

FERRAGENS E ACESSÓRIOS DE CABOS CONDUTORES E PÁRA-RAIOS

E FIOS CONTRAPESOS PARALINHAS DE TRANSMISSÃO

ET- DLT – 034/2005 – Rev. 1

Ferragens e Acessórios de Cabos Condutores e Pára-raios e Fios Contrapesos para Linhas de Transmissão

ET-DLT-034/2005 – rev. 1

Revisão Data AlteraçõesRev. 1 Maio/2008

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Í N D I C E

1.0 PROJETO, FABRICAÇÃO E ENTREGA...................................................................41.1 REQUISITOS GERAIS PARA PROJETO E FABRICAÇÃO.........................................41.2 NORMAS........................................................................................................................ 61.3 REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA PROJETO E FABRICAÇÃO...............................91.4 ENTREGA..................................................................................................................... 21

2.0 DESENHOS E INFORMAÇÕES TÉCNICAS A SEREM FORNECIDOS..............242.1 GENERALIDADES...................................................................................................... 242.2 DESENHOS E INFORMAÇÕES TÉCNICAS REQUERIDAS COM A PROPOSTA. .242.3 DESENHOS E INFORMAÇÕES TÉCNICAS REQUERIDOS APÓS A ASSINATURA DO INSTRUMENTO CONTRATUAL.................................................................................. 28

3.0 REQUISITOS DE ENSAIOS DE TIPO......................................................................293.1 GENERALIDADES...................................................................................................... 293.2 RELAÇÃO DOS ENSAIOS DE TIPO..........................................................................293.3 CONSIDERAÇÕES E DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS DE TIPO..................................30

4.0 REQUISITOS COMPLEMENTARES REFERENTES À SUBMISSÃO DE PROPOSTA E ÀS ETAPAS SEGUINTES.........................................................................434.1 ABREVIATURAS, UNIDADES E IDIOMA................................................................434.2 REUNIÕES.................................................................................................................... 444.3 DESENHOS.................................................................................................................. 454.4 CRONOGRAMA........................................................................................................... 464.5 FABRICAÇÃO.............................................................................................................. 464.6 ENSAIOS DE TIPO...................................................................................................... 474.7 VARIAÇÕES ÀS ESPECIFICAÇÕES......................................................................494.8 ORDEM DE PRECEDÊNCIA....................................................................................... 494.9 PROPRIEDADE DOS DOCUMENTOS.......................................................................50

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1.0 PROJETO, FABRICAÇÃO E ENTREGA

1.1 REQUISITOS GERAIS PARA PROJETO E FABRICAÇÃO

1.1.1 Generalidades

1.1.1.1 O projeto e a fabricação das ferragens e acessórios para os cabos condutor e pára-raios e aterramento deverão ser realizados de acordo com os requisitos destas Especificações e das Condições Específicas do Fornecimento, quando houver.

1.1.1.2 O projeto e a fabricação dos componentes das ferragens deverão ser realizados de acordo com os requisitos gerais dos desenhos das Condições Específicas do Fornecimento. Os desenhos apresentados são de conjuntos de ferragens codificados, ora em uso na CHESF, cujos componentes são preferidos, em função de limitação de itens de estoque. Esses desenhos não se destinam a definir o formato ou projeto de qualquer componente do conjunto de ferragens, exceto para os requisitos de dimensões, limitações, resistência mecânica e exigências especialmente anotadas nos desenhos e/ou nas Condições Específicas do Fornecimento.

1.1.1.3 No projeto das ferragens, acessórios e material de aterramento, o Proponente deverá levar em consideração as características específicas da(s) Linha(s) de Transmissão e condições locais, como indicado nas Condições Específicas do Fornecimento.

1.1.1.4 As ferragens, acessórios e material de aterramento fornecidos de acordo com estas Especificações, deverão satisfazer os mais altos padrões de engenharia, projeto e qualidade de fabricação requeridos para materiais de Linhas de Transmissão de Energia Elétrica.

1.1.1.5 As ferragens, acessórios e material de aterramento fornecidos para o cabo pára-raios OPGW deverão observar as condições de não afetar a unidade óptica e preservar o raio mínimo de curvatura do cabo.

1.1.2 Requisitos

1.1.2.1 Corona e Tensão de Rádio Interferência (TRI)

a) Os conjuntos de ferragens das cadeias de suspensão e ancoragem do condutor e acessórios deverão atender aos requisitos de corona e TRI quando ensaiados de acordo com o item 3.3.3.1.

b) Os projetos dos conjuntos de ferragens das cadeias de suspensão e ancoragem do condutor deverão ser elaborados com a finalidade de também proteger os isoladores contra corona e TRI, destacando-se atenção especial para a distribuição de tensões elétricas impostas aos primeiros isoladores lado linha. Para isto, são fornecidas nas Condições Específicas do Fornecimento as principais características dos isoladores, para consideração no projeto das ferragens em questão.

c) O projeto dos conjuntos de ferragens das cadeias de ancoragem do condutor deverá incluir dispositivos para controle do gradiente e para atender aos requisitos de arcos de potência (item 1.1.2.3).

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d) Poderão ser previstos pelo Fornecedor anéis ou outro dispositivo de proteção nas cadeias de suspensão do condutor, para controle do gradiente e para atender aos requisitos de arcos de potência (item 1.1.2.3). Entretanto, a preferência da CHESF é por conjuntos de suspensão com concepção simples e com um mínimo de acessórios.

1.1.2.2 Manutenção em Linha Viva

a) O projeto dos conjuntos de ferragens das cadeias do condutor deverá incluir características que permitam a manutenção em linha viva.

b) Caso a CHESF julgue conveniente ou por solicitação do Proponente, serão fornecidos desenhos de ferramental e resumo de procedimento em uso pela CHESF.

c) Caso o conjunto de ferragem da cadeia do condutor inclua acessórios de proteção que dificultem a manutenção em linha viva, os mesmos deverão ser de fácil remoção com bastões e ferramental adequado.

d) O projeto dos conjuntos de suspensão vertical do condutor deverá ser tal que as porcas dos parafusos e dispositivos de travamento sejam acessíveis do lado da estrutura.

e) Os grampos de suspensão do condutor deverão ser projetados de modo a permitir a separação do cabo através da utilização de ferramentas para linha viva.

1.1.2.3 Arco de Potência

a) Os conjuntos de ferragens e/ou os componentes das ferragens das cadeias do condutor, bem como acessórios e conectores dos circuitos de aterramento, deverão ser projetados de modo a resistir aos efeitos das correntes de arco de potência com características conforme estabelecido nas Condições Específicas do Fornecimento e no item 3.3.3.2.

b) Os dispositivos para proteção contra arcos de potência deverão suportar estes arcos com o mínimo de danos, admitindo-se que permaneçam em funcionamento sem prejuízo de desempenho eletromecânico até que possam ser substituídos. Para esta eventualidade, é preferível que a sua troca não implique no desengate dos componentes vitais da cadeia.

c) Caso sejam adotadas massas de sacrifício integrantes dos componentes, como alargamento de pinos, ombreiras, etc, as mesmas deverão ser dimensionadas para resistir, sem redução da capacidade mecânica da peça, a 10 arcos de potência, equivalentes à série especificada e à corrosão subseqüente durante 1 ano, sob as condições ambientais previstas.

d) Os dispositivos de proteção deverão respeitar rigorosamente as distâncias elétricas mínimas exigidas para coordenação de isolamento. Estas distâncias deverão ser consideradas 20% maiores na hipótese dos arcos de potência alterarem a forma das proteções, resultando em pontas elétricas.

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e) Caso o projeto da cadeia do condutor inclua dispositivos de proteção contra arcos de potência que exijam substituição após a ocorrência do arco, o fornecimento deverá incluir, obrigatoriamente, um excesso de 5% destes dispositivos.

1.1.2.4 Identificação dos Componentes

a) Cada componente das ferragens deverá ter as seguintes marcas de identificação:

Marca do Fabricante; Carga de ruptura; Engate, conforme Norma (para as peças com concha e/ou bola).

b) Todas as marcas de identificação deverão ser estampadas, fundidas ou forjadas. Todas as letras, números e outras marcas nos produtos acabados deverão ser duráveis, distintas e legíveis.

c) No caso de elementos pré-formados, a identificação constará no código de cores da marca central e em etiqueta indelével, resistente à água, firmemente fixada.

1.2 NORMAS

Deverão ser aplicadas as edições mais recentes das seguintes Normas, incluindo as Normas complementares:

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 6916 - Ferro Fundido Nodular ou Ferro Fundido com Grafita Esferoidal.

NBR 7095 - Ferragens Eletrotécnicas para Linhas de Transmissão e Subestações de Alta Tensão e Extra Alta Tensão.

NBR 7107 - Cupilha para Concha de Engate Concha e Bola.

NBR 7108 - Vínculos de Ferragens Integrantes de Isoladores de Cadeia – Dimensões.

NBR 7876 - Linhas e Equipamentos de Alta Tensão. Medição de Radiointerferência na Faixa de 0,15 a 30 MHz.

NBR 9893 - Cupilha para Pinos ou Parafusos de Articulação.

ASTM - American Society for Testing and Materials

A 6 - Standard Specification for General Requeriments for Rolled Structural Steel Bars, Plates, Shapes and Sheet Piling.

A 47 - Standard Specification for Ferritic Malleable Iron Castings.

A 48 - Standard Specification for Gray Iron Castings.

A 123 - Standard Specification for Zinc (Hot-Dip Galvanized) Coatings on Iron and Steel Products.

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A 143 - Standard Practice for Safeguarding Against Embritllement of Hot-Dip Galvanized Structural Steel Products and Procedures for Detecting Embritllement.

A 148 - Standard Specification for Steel Castings, High Strengh, for Structural Purposes.

A 153 - Standard Specification for Zinc Coating (Hot Dip) on Iron and Steel Hardware.

A 283 - Standard Specification for Low and Intermediate Tensile Strenght Carbon Steel Plates.

A 307 - Standard Specification for Carbon Steel Bolts and Studs, 60.000 psi Tensile Strenght.

A 325M - Standard Specification for Structural Bolts, Steel, Heat Treated 830 Mpa Minimum Tensile Strenght (Metric).

A 354 - Standard Specification for Quenched and Tempered Alloy Steel Bolts, Studs, and Other Externally Threaded Fasteners.

A 370 - Standard Tests Methods and Definitions of Mechanical Testing of Steel Products.

A 449 - Standard Specification for Quenched and Tempered Steel Bolts and Studs.

A 536 - Standard Specification for Ductile Iron Castings.

A 563 - Standard Specification for Carbon and Alloy Steel Nuts.

A 668 - Standard Specification for Steel Forgings, Carbon and Alloy, for General Industrial Use.

B 85 - Standard Specification for Aluminum Alloy Die Castings.

B 210 - Standard Specification for Aluminum and Aluminum-Alloy Drawn Seamless Tubes.

B 211 - Standard Specification for Aluminum and Aluminum-Alloy Bar, Rod and Wire.

B 221 - Standard Specification for Aluminum and Aluminum Alloy Extruded Bars, Rods, Wire, Profiles and Tubes.

B 233 - Standard Specification for Aluminum 1350 Drawing Stock for Electrical Purposes.

B 242 - Standard Guide for Preparation of High-Carbon Steel for Electroplating.

NEMA - National Electrical Manufacturers Association

CC1 - Electrical Power Connection for Substations.

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107 - Methods of Measurement of Radio Influence Voltage (RIV) of High Voltage Apparatus.

ANSI - American National Standards Institute

C 29.1 - Test Methods for Electrical Power Insulators.

C 119.4 - American National Standard for Electric Connectors – Connectors for Use Between Aluminum-to-Aluminum or Aluminum-to-Cooper Bare Overhead Conductors.

IEC - International Electrotechnical Commission

60060-1 - High-Voltage Tests Techniques – Part 1: General Definitions and Test Requirements.

60060-2 - High-Voltage Tests Techniques – Part 2: Measuring Systems.

60120 - Dimensions of Ball and Socket Couplings of String Insulator Units.

60372 - Locking Devices for Ball and Socket Couplings of String Insulator Units - Dimensions and Tests.

60471 - Dimensions of Clevis and Tongue Couplings of String Insulator Units.

ASME - American Society of Mechanical Engineers

B 1.1 - Unified Inch Screw Threads.

B 18.2.1 - Square and Hex Bolts and Screws, Inch Series.

B 18.2.2 - Square and Hex Nuts.

B 18.5 - Round Head Bolts (Inch Series).

B 18.21.1 - Lock Washers (Inch Series).

B 18.22M - Metric Plain Washers.

1.3 REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA PROJETO E FABRICAÇÃO

1.3.1 Requisitos Comuns a Diversos Componentes

1.3.1.1 Todos os materiais ferrosos deverão ser galvanizados, salvo quando indicado de outro modo. Todos os componentes de ferragens que exijam galvanização por imersão a quente, deverão estar de acordo com as Normas ASTM A 123, A 143 e A 153.

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1.3.1.2 Antes e após a galvanização, todas as peças deverão apresentar um acabamento

externo uniforme, sem fendas, rebarbas e outros defeitos, os quais possam alterar os comportamentos elétrico e mecânico, inclusive do cabo pára-raios OPGW.

1.3.1.3 As seguintes classes de material deverão estar de acordo com a Norma ASTM A 153:

Classe A - Peças de ferro fundido e chapas trabalhadas;Classe B - Peças em aço forjado, pesos adicionais e luvas;Classe C - Arruelas lisas e arruelas de pressão.

1.3.1.4 Somente será permitida solda em locais onde as juntas não estejam sujeitas a esforços mecânicos.

1.3.1.5 Parafusos, pinos e porcas deverão ser sempre usados com contrapinos ou arruelas de pressão. Os parafusos e pinos deverão ter cabeças hexagonais com porcas hexagonais, ou ser do tipo francês e apresentar facilidade para montagem e desmontagem com ferramentas usuais.

1.3.1.6 Para o cabo pára-raios OPGW, nas fixações por parafusos deverão ser previstos meios que evitem seu afrouxamento devido à vibração, através do emprego de arruelas de pressão, molas prato, contraporcas, contrapinos e outros dispositivos adequados. O torque de aperto dos parafusos deverá ser obrigatoriamente indicado.

1.3.1.7 Todos os furos em peças de chapa de aço com espessura igual ou inferior a 17,5 mm (11/16”) poderão ser feitos em uma só operação. Furos em peças com espessura superior a 17,5 mm deverão ser broqueados ou subperfurados e alargados até o diâmetro final. Os furos deverão ser cilíndricos, bem acabados e normais ao plano da peça, com as bordas sem rebarbas ou rasgos. Os furos alargados ou mandrilhados não deverão mostrar marcas da perfuração.

1.3.1.8 As peças fundidas deverão apresentar características uniformes, livres de fendas, falhas e rugosidades, e não deverão apresentar bolhas de ar, encolhimentos, endurecimento local e porosidades.

1.3.1.9 As peças forjadas deverão ser qualitativamente uniformes, sem cantos vivos, fendas, rugas ou dobras. Não deverão conter soldas e deverão estar livres de vazios, escamas, porosidades, ou outros defeitos como lascas, crostas, depósitos, fissuras, bolhas, endurecimento local, esponjosidade ou excessivas inclusões não metálicas.

1.3.1.10 Todas as partes de aço rosqueadas deverão ser galvanizadas após a confecção da rosca, sendo removido o excesso de zinco. Todas as porcas e contraporcas deverão ser repassadas após a galvanização, de modo a serem rosqueadas nos parafusos sem o auxílio de chave. Os parafusos deverão estar livres de rebarbas, fissuras, rugas, escamas, superfícies irregulares e outros defeitos que afetem suas características de serviço.

1.3.1.11 Os contrapinos e cupilhas deverão ser fabricados com fio de aço inoxidável AISI 304, com seção aproximadamente semicircular. O aço inoxidável deverá ter dureza Rockwel B88 a C30.

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1.3.1.12 Os contrapinos e cupilhas deverão ser do tipo autotravante, e projetados de tal modo que não seja necessário dobrar suas pontas após a instalação.

1.3.1.13 Se necessário, porcas anticorona deverão ser utilizadas.

1.3.1.14 O diâmetro nominal dos contrapinos não deverá ser inferior a 1/4 do diâmetro do respectivo pino, não podendo, porém, ser superior a 6,3 mm. Os contrapinos com menos de 6,3 mm de diâmetro deverão ter um comprimento de 9,5 mm a 12,7 mm maior que o diâmetro do pino. Os contrapinos com 6,3 mm de diâmetro deverão ter um comprimento de 15,9 mm a 19 mm maior que o diâmetro do pino. O comprimento de um contrapino é medido do lado inferior do olhal até a extremidade da perna menor. Os furos para os contrapinos deverão ser 0,4 a 0,8 mm maiores do que o diâmetro nominal do contrapino. Os furos para os contrapinos deverão estar isentos de rebarbas e excessos de galvanização.

1.3.1.15 O comprimento rosqueado dos pinos de engate e a posição das manilhas e cavalotes deverão ser determinados de tal forma que, quando a cabeça do pino estiver em contato com o corpo da manilha ou cavalote, sejam verificadas as seguintes condições:

a) A porca não deverá manter-se em contato com a manilha ou cavalote, quando atarrachada até o final da parte rosqueada do pino;

b) Com a porca em contato com o contrapino, a distância entre esta e a manilha ou cavalote não deverá ser superior a 6,3 m ou 9,5 mm, para pinos de diâmetro até 25 mm ou maiores, respectivamente;

c) A instalação e a retirada do contrapino possa ser efetuada facilmente;

d) O corpo das manilhas ou cavalotes deverá ser de aço forjado em peça única;

e) As roscas dos pinos não deverão encostar nos furos da manilha ou cavalote. Os furos para os pinos deverão ter um diâmetro com 1,59 mm maior que o diâmetro dos mesmos.

1.3.2 Requisitos de Elementos Pré-formados

1.3.2.1 Os pré-formados deverão ser obtidos através de processo de formação helicoidal de varetas constituídas de material semelhante ao da camada externa do cabo a que se destinam.

1.3.2.2 O diâmetro do helicóide deverá ser ligeiramente inferior ao do cabo no qual o pré-formado será aplicado.

1.3.2.3 O número de varetas deverá ser compatibilizado com o fechamento periférico, sem separação apreciável entre as varetas do conjunto.

1.3.2.4 O sentido da heliformação deverá ser inverso ao do encordoamento da camada externa dos cabos condutores e pára-raios tradicional. Para o cabo pára-raios OPGW, o sentido da heliformação deverá ser o mesmo do encordoamento da camada externa do cabo. Para todos os cabos, o passo da heliformação deverá estar entre 75% e 150% dos valores limites normalizados para o cabo considerado.

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1.3.2.5 As varetas deverão manter suas características mecânicas e dimensionais após 3 reaplicações sucessivas, com os cuidados adequados para condições de campo.

1.3.2.6 O conjunto deverá ter características eletromecânicas compatíveis com as do cabo a que se destina, particularmente quanto a dureza, resistência a abrasão, a corrosões e a fadiga.

1.3.2.7 As armaduras aplicadas em condutores deverão ter desempenho de corona e TRI compatível com o das cadeias. Para isto, o acabamento das pontas deverá ser obrigatoriamente do tipo bico-de-papagaio para LT’s com tensões nominais acima de 230 kV.

1.3.2.8 Para o cabo pára-raios OPGW, as varetas deverão ter suas extremidades com acabamento tipo bola ou lixado.

1.3.2.9 O uso de armaduras pré-formadas nos grampos de suspensão, passagem e ancoragem passante é obrigatório, tendo em vista a prevenção de danos ao cabo devido à concentração de esforços mecânicos nestes pontos.

1.3.3 Requisitos de Elementos Especiais

1.3.3.1 Os elementos elastoméricos deverão ter capacidades elétricas e mecânicas compatíveis com as dos componentes a que pertencem, em particular no que se refere a resistência elétrica, resistências a altas temperaturas (arcos de potência e curto-circuito), resistência a fadiga, solicitações dinâmicas, flexões e abrasões.

1.3.3.2 Os elementos elastoméricos deverão apresentar alta resistência a intemperismo, ozônio, atmosfera salina e atmosfera industrial. Sua composição química deverá estar de acordo com as Normas aplicáveis para o produto escolhido e sua composição polimérica deverá ser estável, externa e internamente, quando submetida às condições acima. Sua fabricação deverá garantir uma seção homogênea e contínua, livre de inclusões, bolhas e porosidades, defeitos superficiais, rebarbas, etc.

1.3.3.3 Porcas autotravante dotadas de buchas em anel de polímero sintético deverão ser dimensionadas de forma a conter firmemente a bucha, sem risco de deslocamento durante o emporcamento.

As buchas deverão ser preferencialmente em nylon, atendendo aos requisitos dos elementos elastoméricos acima mencionados. Deverão suportar no mínimo 3 reaplicações, mantendo a resistência ao deslizamento entre 1 e 2 daN.m para diâmetros até M12 e entre 2 e 3 daN.m para diâmetros superiores.

1.3.4 Requisitos de Ferragens Componentes das Cadeias do Condutor e dos Conjuntos do Cabo Pára-Raios

1.3.4.1 Balancins

1.3.4.1.1 Generalidade

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Os balancins dos conjuntos de ferragens de suspensão para feixes de condutores poderão ser empregados de dois modos, conforme definido nas Condições Específicas do Fornecimento, quais sejam:

Em feixe convencional; Em feixe expandido.

1.3.4.1.2 Requisitos

a) Os balancins dos conjuntos de ferragens de ancoragem para condutor singelo ou dos conjuntos de ferragens de suspensão para condutores em feixe convencional deverão ser fabricados em aço forjado ou chapas de aço, em peça única, sem possuir conexões com solicitação mecânica entre suas partes.

Os balancins para feixe expandido poderão ser compostos por múltiplas peças, inclusive perfis metálicos.

b) Os balancins dos conjuntos de ferragens de suspensão para condutor singelo ou para condutores em feixe convencional deverão ser projetados de modo a acomodar pesos adicionais, devendo ter superfícies lisas e sem cantos vivos. Se forem usados parafusos curvos na conexão das ferragens, os furos dos balancins deverão ser arredondados, de tal modo a corresponder à curvatura do parafuso.

c) O projeto dos balancins dos conjuntos de ferragens de suspensão deverá levar em consideração o ângulo máximo dos grampos de suspensão, devendo o espaçamento especificado entre subcondutores, quando for o caso, manter-se constante.

d) Os balancins deverão ser projetados a fim de facilitar a montagem e desmontagem com ferramentas normais e de linha viva.

e) A carga de ruptura dos balancins deverá ser igual ou maior que 110% do valor da

carga mínima de ruptura da cadeia.

1.3.4.2 Conexões Tipos Concha, Boleto e Garfo

a) As ferragens com concha, boleto e garfo deverão ser fabricadas em aço e forjadas em uma única peça.

b) Antes da galvanização, todas as rebarbas na haste e na superfície de contato deverão ser removidas, sem reduzir as dimensões além do permitido nos requisitos do projeto.

c) Para as conexões tipo garfo-Y, os pinos deverão possuir curvatura uniforme, a fim de que o ponto de aplicação da carga coincida com o centro dos garfos. A forma do pino e os furos para o mesmo serão de modo que as superfícies internas da cabeça do pino e da porca sejam paralelas à face do garfo.

d) A cupilha da concha deverá ser projetada de acordo com os requisitos da Norma IEC 60372. O olhal da cupilha deverá estar do lado oposto da abertura da concha e esta deverá ser projetada com um tamanho tal que proporcione uma blindagem completa do contrapino.

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e) O comprimento rosqueado dos pinos de engate dos garfos deverão atender às mesmas condições exigidas para as manilhas e cavalotes (item 1.3.4.3.b).

f) As dimensões e tolerâncias dos boletos e conchas deverão estar de acordo com os engates padronizados dos isoladores indicados nas Condições Específicas do Fornecimento, devendo, após o processo de galvanização, ser verificadas com calibres idênticos aos indicados nas Normas correspondentes.

g) As conchas fundidas deverão, antes da galvanização, possuir contornos uniformes. As superfícies de contato das conchas deverão ser uniformes em toda a sua circunferência, sem apresentar depressões nem protuberâncias. O contorno interno da concha deverá ser concêntrico com o eixo dos engates, sendo admitida uma tolerância de 1,25 mm. Os eixos das superfícies de contato da concha deverão ser coaxiais com os eixos dos engates.

1.3.4.3 Manilhas e Cavalotes

a) Os corpos das manilhas e cavalotes deverão ser de aço, forjado em peça única.

b) O comprimento rosqueado dos pinos de engate das manilhas e cavalotes deverá ser determinado de tal forma que, quando a cabeça do pino estiver em contato com a manilha ou cavalote, sejam verificadas as seguintes condições:

A porca não deverá manter-se em contato com a manilha ou cavalote, quando atarraxada até o final da parte rosqueada do pino;

Com a porca em contato com o contrapino, a distância entre esta e a manilha ou cavalote não deverá ser superior a 6,3 mm e 9,5 mm, para pinos de diâmetro até 25 mm e maiores, respectivamente;

A instalação e retirada do contrapino possam ser efetuadas facilmente.

1.3.4.4 Grampos de Suspensão

a) Todos os grampos de suspensão de um mesmo conjunto de ferragens deverão ser idênticos.

b) Para os cabos de alumínio, o berço e a calha dos grampos de suspensão deverão ser constituídos em liga de alumínio. Caso os grampos de suspensão sejam do tipo fundido, os moldes deverão ser metálicos.

c) Os grampos de suspensão não deverão danificar ou deformar os cabos de modo a prejudicar o desempenho ou resistência dos mesmos. O projeto deverá considerar que as armaduras pré-formadas serão usadas em todos os grampos de suspensão.

d) Com a finalidade de evitar danos ao cabo, o berço e a calha deverão ter formato adequado, evitando ângulos vivos e pequenos raios de curvatura na saída do grampo. O berço do grampo deverá ter um comprimento adequado com raio longitudinal suficientemente grande de modo a evitar concentração de esforços de flexão.

e) As calhas dos grampos de suspensão deverão ser projetadas de modo a exercer pressão máxima no centro, com esta diminuindo gradualmente à medida que se aproxima das bordas.

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f) Tanto o berço como a calha deverão ser projetados de modo a exercer uma pressão circular uniforme no cabo, sem diminuição de pressão nas proximidades dos furos dos parafusos do grampo.

g) Para os cabos condutores e pára-raios OPGW, a CHESF dá preferência ao uso de grampo do tipo armado com coxim de elastômero, conforme requisitos apresentados nos itens 1.3.2 e 1.3.3, produzido em liga de alumínio de alta resistência mecânica e à corrosão.

h) As varetas pré-formadas do grampo de suspensão deverão ter um passo adequado para evitar solicitações de natureza mecânica ou elétrica capazes de porem em risco a eficiência do cabo pára-raios OPGW.

i) Caso os grampos de suspensão dos cabos condutores e pára-raios OPGW não sejam do tipo preferido pela CHESF (item 1.3.4.4.g), isto é, sejam do tipo convencional, deverão obrigatoriamente ser triarticulados.

j) Os grampos de suspensão deverão ter liberdade de oscilação de no mínimo 30º em relação ao eixo longitudinal, no plano vertical.

k) Os grampos de suspensão deverão ser projetados para um ângulo de saída de no mínimo 20º para grampos de condutores e de 15º para grampos de cabos pára-raios.

l) No plano do quadruplicador ou duplicador, da cadeia do condutor, os grampos deverão ter liberdade de oscilação igual ao semi-ângulo entre as pencas da cadeia em “V”.

m)Os grampos de suspensão deverão ter um momento de inércia mínimo e um grau de liberdade máximo com relação às oscilações longitudinais e transversais dos cabos.

n) O eixo de oscilação longitudinal do grampo deverá ser tão próximo quanto possível do eixo do cabo.

o) Os grampos de suspensão deverão ter uma carga de ruptura mínima e resistência mínima ao escorregamento do cabo igual a 60% e 25%, respectivamente, do valor nominal da carga de ruptura do cabo.

p) Os componentes do grampo deverão ser projetados de modo a manter a pressão de aperto de projeto.

q) Os grampos de suspensão com aperto por parafusos devem transferir o mínimo de compressão aos cabos na região próxima ao ponto de saída.

r) Para os grampos de suspensão do condutor, as porcas dos respectivos parafusos deverão estar localizadas na parte superior do grampo e embutidas no corpo do mesmo, ou então providas de dispositivo anticorona.

1.3.4.5 Pesos Adicionais

a) Os pesos adicionais são previstos nas cadeias de suspensão do condutor. Os pesos deverão ser instalados no corpo do balancim ou nos grampos de suspensão, de acordo com as Condições Específicas do Fornecimento.

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b) Os pesos adicionais deverão ser de ferro fundido ou de aço. O peso total por cadeia deverá ser conforme as Condições Específicas do Fornecimento.

1.3.4.6 Grampos de Ancoragem a Compressão para os Cabos Condutor e Pára-Raios Tradicional

a) Os grampos de ancoragem dos cabos CAA deverão ser constituídos de um corpo com olhal ou garfo de aço, de uma luva de compressão de alumínio-liga com lingüeta para “jumper” e um terminal de “jumper” com lingüeta e luva de compressão de alumínio-liga.

b) Para cabos de aço galvanizado, os grampos de ancoragem deverão ser fabricados de aço galvanizado, com uma luva de alumínio-liga que será comprimida sobre a luva de aço galvanizado.

c) Para os cabos CAL ou de aço revestido de alumínio, o terminal de compressão

poderá ser de aço ou de alumínio-liga.

d) Os materiais empregados na fabricação das peças deverão apresentar propriedades físicas, tais como dureza e coeficiente de expansão térmica, similares às dos materiais nos quais serão comprimidas.

e) Deverão ser evitadas excessivas pressões junto à saída do cabo do grampo, a fim de evitar danos ao condutor devido a oscilações ou vibrações.

f) Os grampos de ancoragem deverão ter uma carga de ruptura e uma resistência ao escorregamento igual a 100% e 90%, respectivamente, do valor nominal da carga de ruptura do cabo.

g) Os grampos de ancoragem deverão ser apropriados para instalação com compressores hidráulicos.

h) A resistência elétrica do terminal do “jumper”, quando comprimido sobre o cabo, não deverá exceder a resistência de comprimento idêntico de cabo.

i) Os grampos de ancoragem deverão ser projetados de modo a distribuir uniformemente o fluxo de corrente em torno da área de contato entre o corpo comprimido e as camadas do cabo.

j) Os grampos de ancoragem deverão ser projetados para serem aprovados nos ensaios de elevação de temperatura e de resistência elétrica descritos na Norma NEMA CC1-Parte 3 e no ensaio de ciclo térmico, conforme a Norma ANSI C 119.4.

k) O terminal do “jumper” deverá ter um ângulo de saída de 30º.

l) As peças a serem comprimidas terão marcas indicando as áreas que serão comprimidas.

m) Para cada conjunto de ancoragem a compressão, deverá ser fornecido composto antioxidante para as junções. Tal composto deverá:

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conter elementos inibidores da oxidação; ser eletricamente eficiente propiciando conexões de baixa resistência; manter a viscosidade entre 0 ºC e 100 ºC e ser insolúvel na presença da água; não ser tóxico, quando em contato direto com a pele; ser quimicamente inerte.

n) Deverá ser fornecido, sem ônus, um jogo completo de matrizes adequado para os grampos de ancoragem a compressão.

1.3.4.7 Grampo de Ancoragem Passante para o Cabo Pára-Raios OPGW

a) O grampo de ancoragem para o cabo pára-raios OPGW deverá ser do tipo passante, aparafusado (com armadura pré-formada) ou pré-formado, sendo os materiais de contato com o cabo constituído de alumínio de alta resistência mecânica e à corrosão.

b) O grampo deverá apresentar uma extensão em contato com cabo suficiente para não provocar tensões excessivas na camada externa deste. O aperto do grampo deverá ser do tipo circunferencial, sem criar pontos de concentração de esforços e sem causar danos no elemento metálico.

c) As cargas de ruptura e de escorregamento do grampo de ancoragem deverão ser, no mínimo, de 100% e 90%, da carga de ruptura do cabo, respectivamente.

d) A superfície interna do grampo de ancoragem, na extremidade junto ao cabo, deverá ter a forma adequada para evitar o amassamento ou o corte dos fios da camada externa do cabo.

e) Após a fixação do grampo de ancoragem, o cabo pára-raios OPGW não deverá apresentar alterações nas suas características mecânicas, principalmente relacionadas com a penetração de umidade.

1.3.4.8 Grampo de Passagem para o Cabo Pára-Raios OPGW

A finalidade do grampo de passagem é fazer o cabo pára-raios OPGW passar por uma estrutura de ancoragem, entre 2 grampos de ancoragem, observando seu raio mínimo de curvatura, além de aterrá-lo na estrutura. Deverá possuir características semelhantes aos grampos de suspensão.

1.3.4.9 Dispositivos de Ajustes de Flechas

a) Quando previstos nos desenhos das Condições Específicas do Fornecimento, os conjuntos de ferragens de ancoragem do condutor deverão incluir meios para ajuste de flecha entre os subcondutores do feixe.

b) Os dispositivos ajustáveis do tipo esticadores ou de barras reguláveis deverão ter comprimento de ajuste mínimo de acordo com as Condições Específicas do Fornecimento.

c) O dispositivo tipo chapa única deverá ter um curso de ajuste de 75 mm.

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d) A extensão máxima do passo deverá ser de 25 mm para o do tipo barras reguláveis e 6,5 mm para o do tipo chapa única.

e) As roscas dos parafusos dos esticadores deverão ser feitas por laminação. Deverão ser previstos contrapinos nas extremidades internas de cada parafuso.

1.3.4.10 Elos e Olhais

Os elos e olhais deverão ser de aço forjado. Antes da galvanização, todas as rebarbas nas áreas de contato deverão ser removidas, sem no entanto reduzir as dimensões além do permitido nos requisitos de projeto. As paredes dos elos deverão ser de forma toroidal nas áreas de contato com manilhas e “adoçadas” ou escariadas no contato dos olhais com os pinos. Os diâmetros dos elos deverão admitir no mínimo 3 mm de folga sobre a seção passante do engate. Os olhais deverão ter folga máxima de 6 mm em relação ao diâmetro dos pinos a que se destinam.

1.3.4.11 Anéis ou Raquetes

a) Os anéis ou raquetes para proteção de corona, TRI e arco de potência deverão ser de liga de alumínio ou de aço galvanizado.

b) Os anéis ou raquetes tubulares deverão ser perfeitamente vedados, de modo a evitar a penetração de umidade.

c) A fixação dos anéis ou raquetes às ferragens das cadeias de ancoragem deverá possibilitar a manutenção em linha viva, bem como a fácil montagem e desmontagem dos mesmos.

d) Os anéis ou raquetes deverão ser suficientemente resistentes de forma a evitar danos nos mesmos ou falhas na fixação devido às oscilações nos condutores.

1.3.5 Acessórios dos Cabos

1.3.5.1 Luvas de Emenda

a) As luvas de emenda tipo compressão para os cabos CAA e aço galvanizado deverão ser compostas de duas partes, consistindo de uma luva interna de aço galvanizado e de uma luva externa de alumínio-liga.

b) Para os cabos de aço revestido de alumínio ou cabos CAL a luva de emenda deverá ser de alumínio-liga.

c) As emendas pré-formadas para os cabos CAA serão em 3 partes: a primeira, em varetas de aço galvanizado ou aluminizado recobrindo a alma; a segunda, recompondo a seção de alumínio do cabo e, a terceira, unindo externamente as partes inteiras do cabo, serão de alumínio-liga.

d) Para os demais cabos tradicionais as emendas pré-formadas serão em camada única, constituídas de varetas de alumínio-liga para os cabos CAL e de aço revestido de alumínio ou galvanizado para os cabos destes materiais.

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e) A resistência elétrica da emenda não poderá ser maior que a correspondente a um mesmo comprimento do cabo.

f) As emendas à compressão deverão ser projetadas de modo a evitar quaisquer concentrações de esforços nos cabos em suas extremidades.

g) As emendas deverão ter carga de ruptura e de escorregamento igual a 100% e 90%, respectivamente, das cargas de ruptura dos cabos aos quais se destinam.

h) As luvas de emenda deverão ser projetadas para distribuir uniformemente o fluxo de corrente em torno da superfície de contato entre o corpo sob compressão e as camadas externas do cabo.

i) As emendas deverão ser projetadas para suportar os ensaios de resistência elétrica e de elevação de temperatura descritos na Norma NEMA CC1-Parte 3, e o ensaio de ciclo térmico segundo a Norma ANSI C 119.4.

j) As luvas a compressão deverão ter marcas que indiquem as áreas a serem comprimidas, e as emendas pré-formadas deverão ter marca a tinta indelével no centro das varetas.

k) Deverão ser fornecidos, sem ônus, um jogo completo de matrizes e a quantidade de composto antioxidante adequada para as luvas de emenda a compressão. O composto deverá satisfazer os requisitos do item 1.3.4.6.m.

l) As emendas pré-formadas, caso solicitado nas Condições Específicas do Fornecimento, deverão ser fornecidas com capacidade de lançamento sob tração, passando sem danos nas roldanas.

1.3.5.2 Luvas de Reparo Para Cabos Condutor e Pára-Raios Tradicional

a) As luvas de reparo a compressão para cabos CAA ou CAL deverão ser constituídas de um corpo tubular de alumínio e de uma calha. O corpo e o batoque deverão ser intertravados para propiciar um aperto permanente no cabo e deverão ser de comprimento adequado (cerca de 25 vezes o diâmetro do cabo).

b) A resistência elétrica da parte em que a luva de reparo a compressão é instalada não deverá ser superior ao correspondente comprimento do cabo.

c) Os reparos pré-formados deverão ser de alumínio ou de alumínio-liga de composição adequada.

d) Os reparos pré-formados deverão ser projetados para reforçar o condutor quando este tiver sido avariado ou quando no máximo 3 fios da camada externa estiverem rompidos.

e) O reparo pré-formado, quando instalado sobre três fios rompidos da camada externa do cabo, deverá restaurar a resistência elétrica do mesmo a um valor igual ou menor do que a resistência do cabo não avariado.

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1.3.5.3 Reparos Pré-formados para o Cabo Pára-Raios OPGW

Os reparos pré-formados para o cabo pára-raios OPGW deverão ser de alumínio, ou de uma liga de alumínio, ou aço revestido de alumínio, devendo ser projetados para reforçar o cabo quando este tiver sido avariado ou quando no máximo 3 fios da camada externa estiverem rompidos.

O reparo pré-formado, quando instalado sobre 3 fios rompidos da camada externa do cabo, deverá restaurar a resistência elétrica do cabo a um valor igual ou menor que a resistência do cabo não avariado.

1.3.6 Dispositivo de Sinalização Aérea

1.3.6.1 O dispositivo de sinalização aérea deverá ser de forma esférica, com aproximadamente 60 cm de diâmetro. As esferas deverão ser pigmentadas na cor “laranja FAB” (código Munsell 2.5-YR-6/14 ou BSI 557) e adequadas para uso externo contínuo, em clima tropical úmido, sem desbotar, descascar ou rachar sob alta incidência de raio ultravioleta. Deverão ser fabricados de material leve e resistente, de preferência em fibra de vidro, com a superfície livre de imperfeições. Ficarão presas ao cabo pára-raios de tal forma que não se movimentem ao longo do cabo, nem causem danos ao mesmo, como decorrência desta fixação. As esferas deverão estar providas de um número adequado de furos de drenagem, posicionados de tal maneira que impeçam o acúmulo de água. A área de contato entre o dispositivo de fixação aos cabos e o corpo da esfera deverá ser suficientemente grande e conectada de tal forma que a esfera não se desloque ou desprenda do dispositivo de fixação dos cabos, quando solicitada em qualquer direção por força de até 35 daN.

1.3.6.2 Adicionalmente, para o cabo pára-raios OPGW, o dispositivo de sinalização aérea deverá ser fabricado em fibra de vidro ou polietileno, com garras de alumínio aprofundadas para encaixe nos cabos, mantendo as áreas de contato com as mesmas intactas, e parafusos de aço galvanizado a quente, com porca e arruela de pressão, para fixação das garras entre si e para fixação das garras às semi-esferas. Poderá ser utilizada, também, fixação no cabo OPGW através de pré-formados.

1.3.6.3 Para o cabo pára-raios tradicional, o Proponente poderá apresentar, também, Proposta alternativa opcional de dispositivo de sinalização em forma de placa quadrada de 0,6 m de lado, com fixação rotulada nos cabos pára-raios, de forma a girar até 120º para cada lado, sob ação do vento. Deverá suportar, sem desgaste, 10.000.000 ciclos de giro entre as posições limites, sem desgaste que comprometa a operação para forças de vento acima de 5 N. Não poderá sofrer corrosão em atmosfera de agressividade moderada e deverá ter as demais características similares às das esferas acima especificadas.

1.3.6.4 Abraçadeira de Fixação do Cabo Pára-Raios OPGW a Estrutura da LT ou Pórtico da SE

a) A abraçadeira é necessária para fixar o cabo OPGW à estrutura ou ao pórtico desde o topo destes até a caixa de emenda. Deverá ser de material resistente à corrosão ou degradação, de forma a garantir a vida útil do cabo.

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b) A estrutura ou o pórtico não deverá sofrer perfurações para a instalação das abraçadeiras.

1.3.7 Material de Aterramento

1.3.7.1 Acessórios do Fio Contrapeso

a) O elemento de conexão do fio contrapeso à estrutura deverá ser constituído de um conector adequado ao fio contrapeso especificado nas Condições Específicas do Fornecimento. Deverá ser apropriado para conexão através de um furo na estrutura, resistente a corrosão quando enterrado em solo moderadamente agressivo e sem induzir qualquer corrosão no elemento de aço zincado da estrutura.

b) No caso de estrutura de concreto, o conector que liga o contrapeso ao cabo de descida no poste será para instalação aérea, do tipo especificado nas Condições Específicas do Fornecimento.

c) A emenda do fio contrapeso deverá ser do tipo sem tensão, a compressão, em tubo de cobre eletrolítico com espera central.

1.3.7.2 Acessórios de Aterramento do Cabo Pára-Raios

a) O cabo pára-raios e o cabo de ligação à estrutura (cabo de aterramento) deverão ser do mesmo material ou revestidos de material que evite a formação de pilha galvânica, interligados por conector paralelo de 3 parafusos antitorque (“break-way”) imediatamente à frente da armadura pré-formada.

b) Deverá ser utilizado um conector para a ligação do cabo de aterramento a um furo na estrutura, do tipo presilha de dois elementos, com arruela de pressão e parafuso adequado às dimensões indicadas nas Condições Específicas do Fornecimento (diâmetro do furo e espessura do perfil).

c) Os conectores dos “jumpers” dos cabos pára-raios deverão ser do tipo paralelo de 3 parafusos antitorque.

d) Todos os conectores de pára-raios deverão ter características elétricas similares às do cabo onde instalados, podendo ser submetidos a ensaios de tipo de curto-circuito durante a aplicação de arcos de potência às cadeias (item 3.3.3.2), como parte do circuito de aterramento da estrutura modelo.

e) Estes conectores deverão suportar atmosfera de agressividade moderada, salvo contrariamente indicado nas Condições Específicas do Fornecimento, sem apresentar corrosão ou induzi-la no cabo.

1.4 ENTREGA

1.4.1 Embalagem

1.4.1.1 Os produtos deverão ser preparados e embalados de maneira a protegê-los contra danos e corrosão durante o transporte, manuseio e armazenamento externo por longo tempo (2 anos). Deverão ser utilizados acolchoamentos, calços, ou espaçadores para

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separar as peças empilhadas ou alojadas, para impedir deslocamentos.

1.4.1.2 As embalagens deverão ser adequadas para condições tropicais de alta temperatura, umidade, chuvas torrenciais e ambientes propícios à formação de fungos. Os processos de tropicalização deverão estar de acordo com a melhor prática do gênero. As embalagens não deverão permitir acúmulo d’água no interior das mesmas.

1.4.1.3 Se for usado transporte marítimo, as caixas deverão ser colocadas em estrados descartáveis de madeira, adequados para manuseio com empilhadeiras comuns. Os estrados deverão suportar adequadamente a carga e manterem-se rígidos durante o transporte e manuseio.

1.4.1.4 As embalagens deverão propiciar proteção adequada contra aspersão de água salgada e avaria por produtos químicos.

1.4.1.5 Estopas ou outros materiais absorventes não deverão ser utilizados em nenhuma embalagem a ser transportada por via marítima.

1.4.1.6 A CHESF poderá exigir um revestimento plástico na embalagem para propiciar uma proteção maior durante o transporte ou durante períodos prolongados de armazenagem, especialmente no caso de transporte oceânico, se mencionado nas Condições Específicas do Fornecimento.

1.4.1.7 As embalagens também deverão ser apropriadas para transporte por caminhão através de estradas não pavimentadas e terrenos acidentados.

1.4.1.8 No caso de feixes de condutores, deve ser observado o seguinte:

a) Os conjuntos de ferragens das cadeias de suspensão e de ancoragem dos condutores, para uma torre, excluindo os grampos de suspensão e de compressão, armaduras pré-formadas, prolongadores, anéis e raquetes, deverão ser embalados em uma caixa que não exceda as seguintes dimensões: 600 mm x 600 mm x 120 mm. Assim, cada caixa deverá conter 3 jogos de ferragens de suspensão do condutor ou 6 jogos de ferragens de ancoragem.

b) Os grampos de suspensão do condutor deverão ser embalados em sacos de

polietileno, selados, contendo 6 unidades. Grupos de 6 unidades deverão ser embalados em caixas contendo 12 grampos de suspensão (grupo de 2 x 6 unidades). As armaduras pré-formadas deverão ser embaladas em caixas de papelão com 12 jogos de armaduras. Cada caixa de papelão deverá ser protegida por caixas protetoras de madeira, adequadas.

c) Os prolongadores, para uma torre, deverão ser adequadamente enfeixados e amarrados, e embalados em caixas de 36 unidades. Os anéis e raquetes deverão ser embarcados juntos, em caixas separadas contendo o número de anéis e raquetes necessários para 1 torre.

d) Os conjuntos de grampos a compressão deverão ser embalados em caixas contendo 24 unidades.

1.4.1.9 No caso de condutores singelos, os seus conjuntos de suspensão e ancoragem, bem como os conjuntos de suspensão e ancoragem dos cabos pára-raios e restantes

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acessórios, deverão ser embalados por itens em caixas com um peso bruto entre 50 e 200 kg. O uso de pequenas caixas separadas e de recipientes para embarque deverá ser evitado sempre que possível.

1.4.1.10 Todos os componentes individuais como, por exemplo, manilhas e grampos, deverão ser embalados já montados.

1.4.1.11 Os procedimentos especificados nos itens 1.4.1.8, 1.4.1.9 e 1.4.1.10 deverão ser seguidos também para fornecimento de componentes para um mesmo conjunto por vários Subfornecedores. Esses componentes deverão ser combinados de modo a serem agrupados como especificado.

1.4.1.12 O Fornecedor será responsável e compensará todas e quaisquer avarias e perdas ocorridas no carregamento e transporte resultantes de embalagem defeituosa.

1.4.2 Identificação da Embalagem

1.4.2.1 Todas as caixas deverão ser identificadas com uma etiqueta de alumínio, fixada firmemente, contendo as informações adiante, claramente impressas ou pintadas, na seguinte ordem:

Nome CHESF; Nome do Fornecedor; Número do Instrumento Contratual e seu item; Nome do item e quantidade na embalagem; Porto de embarque; Destino (Cidade – Estado – Almoxarifado); Número do volume; Peso bruto, em kg; Peso líquido, em kg; Dimensões do volume, em metros.

1.4.2.2 Poderão ser requeridas indicações adicionais para material importado. As indicações adicionais constarão no Instrumento Contratual ou em comunicação separada.

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2.0 DESENHOS E INFORMAÇÕES TÉCNICAS A SEREM FORNECIDOS

2.1 GENERALIDADES

2.1.1 Os desenhos a serem fornecidos à CHESF deverão ser elaborados de acordo com os requisitos do item 4.3.

2.1.2 Nos desenhos detalhados requeridos no item 2.2.3, além dos requisitos específicos de cada conjunto ou componente em particular, deverão também ser indicados:

a) Materiais usados, junto com referência às Normas aplicáveis empregadas para sua seleção e fabricação. Não será aceita pela CHESF uma marca comercial em lugar do requerido neste item;

b) Método de fabricação e, quando aplicável, tratamento térmico, acabamento e proteção contra corrosão;

c) Peso total do conjunto e de cada componente;

d) Dimensões com tolerâncias aplicáveis necessárias para avaliação do projeto;

e) Torque de instalação para as conexões aparafusadas;

f) Marcas de identificação como exigido no item 1.1.2.4;

g) Tipo de rosca para os componentes rosqueados;

h) Número de catálogo ou código do Fabricante;

i) Número do Instrumento de Licitação e número do item da Tabela de Quantidades Estimadas de Materiais a Serem Fornecidos, conforme as Condições Específicas do Fornecimento.

2.2 DESENHOS E INFORMAÇÕES TÉCNICAS REQUERIDAS COM A PROPOSTA

2.2.1 O Proponente deverá incluir na Proposta, desenhos e dados técnicos certificando que o material satisfaz os requisitos destas Especificações e das Condições Específicas do Fornecimento.

2.2.2 Em adição aos desenhos e informações requeridos adiante, o Proponente deverá apresentar qualquer outro dado que considere necessário para assegurar à CHESF que o material atende aos requisitos para os quais se destina.

2.2.3 Desenhos Requeridos

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Os seguintes desenhos deverão ser apresentados, contendo as informações adiante, além daquelas solicitadas no item 2.1.2:

a) Desenho detalhado de cada conjunto de ferragens, incluindo:

Vistas frontal e lateral do conjunto, com as seções necessárias. A escala mínima deverá ser 1:5;

Ângulos de liberdade de movimento em todos os eixos de articulação; Distância entre o subcondutor superior e o boleto do primeiro isolador (inferior)

da cadeia (vertical ou “V”); Distâncias entre partes energizadas e aterradas da estrutura; Dimensões características do acoplamento às estruturas, isoladores e cabos; Lista de material, indicando o número do desenho detalhado ou número de

catálogo, material, carga de ruptura e peso de cada componente do conjunto de ferragens.

b) Desenho detalhado de cada componente do conjunto de ferragens, incluindo:

Vistas em pelo menos duas posições e as necessárias seções do componente. A escala mínima deverá ser 1:2;

Carga de ruptura do componente, em daN; Cargas máximas normais ao plano dos balancins; Detalhes do contrapino e da cupilha na escala 2:1, indicando o tipo do aço

inoxidável.

c) Desenho detalhado de cada grampo de suspensão, na escala 1:1, incluindo:

Cabo aplicável e respectiva armadura; Vistas em planta e lateral e seções transversal e longitudinal, mostrando os

detalhes da curva para o berço do grampo e para os dispositivos de aperto, em relação ao cabo e armadura no ângulo de incidência máxima;

Detalhes dos acessórios dos pesos adicionais, se requisitados (para os grampos de suspensão do condutor);

Detalhes dos dispositivos de aperto; Ângulos de liberdade de movimento em todos os eixos; Carga de ruptura vertical e resistência ao escorregamento.

d) Desenho detalhado de cada acessório a compressão, inclusive terminais de compressão, na escala 1:1, incluindo:

Vistas em planta e lateral, seções e comprimentos antes e após a compressão; Detalhes das matrizes para compressão; Número, diâmetro e comprimento dos parafusos para o terminal do “jumper”

dos grampos de ancoragem; Cargas de ruptura e escorregamento; Detalhes e dimensões do engate; Detalhes e ângulo do terminal do “jumper”.

e) Desenho detalhado de cada conjunto de armaduras pré-formadas, em escala adequada, incluindo:

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Comprimento do passo, peso de uma única vareta e número de varetas existentes em um conjunto;

Seções das armaduras aplicadas sobre o cabo, com indicação do diâmetro total do conjunto;

Detalhe da extremidade da vareta, descrevendo o acabamento (inclusive planos/raios de desbaste).

f) Desenho detalhado de cada componente de ferragens de aterramento, na escala 1:1, incluindo:

Vistas em planta, frontal e lateral e as seções necessárias do componente detalhando o berço de acomodação do(s) cabo(s);

Combinações de cabos e chapas aplicáveis; Acabamento/recobrimento ou pastas antioxidantes necessários à inibição de

corrosão galvânica, conforme o caso; Ampacidades em regime de curto-circuito compatível com o cabo.

g) Desenhos de detalhes das esferas de sinalização e placas de sinalização, se propostas (item 1.3.6.3), em escala adequada, incluindo:

Detalhe de como conectá-las ao cabo (leito e aperto); Indicação da cor (Munssell); Indicação da resistência garantida à carga de vento máximo e resistência ao

escorregamento.

2.2.4 Outras Informações Técnicas Requeridas

a) Descrição e justificativa técnica do projeto proposto para os conjuntos de ferragem e componentes, fornecendo informações completas de seu projeto e fabricação, incluindo certificados de ensaios de corona e TRI e medição da distribuição de tensão, como também desempenho nos ensaios de curto-circuito;

b) Cargas máximas que podem ser aplicadas sem causar qualquer deformação permanente aos balancins de suspensão, em uma direção normal ao plano dos balancins;

c) Justificativa técnica do projeto dos grampos de suspensão, mostrando os cálculos numéricos e/ou experiência de campo usadas no estabelecimento dos seguintes dados:

Resposta do grampo às oscilações do cabo; Comprimento e diâmetros do berço do grampo e distância do eixo do cabo aos

eixos de articulação; Raio de curvatura adotado, para a parte central e para as extremidades do

grampo, considerando-se os ângulos de saída especificados; Curvas de torque de aperto versus pressão nos fios do cabo e varetas de

armadura, com valores de torque variando de 50% a 200% do valor recomendado, indicando desvio padrão, obtidas em amostras de produção em série, para a carga de escorregamento adotada;

Minimizações dos efeitos de corona e TRI, para os grampos de suspensão do condutor.

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d) Justificativa técnica para as previsões feitas para os serviços em linha viva caso sejam contrárias à prática normal corrente utilizada pela CHESF;

e) Perdas ferromagnéticas estimadas para os grampos de suspensão do condutor, para correntes variando na faixa de 200 A a 1.000 A, acompanhadas de justificativa;

f) Informações concernentes ao tipo de composto antioxidante para os acessórios a compressão: propriedades físicas, composição química e quantidade requerida para cada acessório, etc;

g) Catálogos e literatura técnica relacionados com o material a ser fornecido,

incluindo detalhes que possam ser úteis para montagem e manutenção;

h) Descrição detalhada da embalagem proposta, mostrando como as peças serão protegidas contra umidade, salinidade, corrosão química, choques mecânicos e manuseio inadequado;

i) Cópia das Normas que se propõe a seguir, se diferirem das relacionadas no item 1.2, indicando países e empresas de energia elétrica que as usam;

j) Cronograma de barras do fornecimento, inclusive serviços; k) Relação dos Subfornecedores, com respectivos materiais e serviços.

2.2.5 Características Técnicas Garantidas

2.2.5.1 O Proponente deverá apresentar uma tabela, com as características para os conjuntos de ferragens de suspensão e ancoragem do condutor e cabo pára-raios, e emendas. As seguintes características, onde aplicáveis, deverão constar da tabela e ser garantidas:

Carga de ruptura; Carga de deformação; Carga de escorregamento; Desempenho de corona; Desempenho da TRI; Distribuição de potencial; Resistência a arco de potência ou corrente de curto-circuito.

2.2.5.2 Para o desempenho de corona e TRI deverá ser considerada a máxima tensão em V para os gradientes de tensão na superfície do condutor, ou tensões aplicadas, indicadas nas Condições Específicas do Fornecimento.

2.2.5.3 O desempenho de corona será avaliado em função do máximo gradiente de tensão na superfície do condutor ou como a máxima tensão fase-terra, em que não haverá corona positivo nas ferragens.

2.2.5.4 A distribuição de potencial será a máxima tensão esperada em qualquer dos primeiros isoladores lado linha (20% do total), em percentual da tensão aplicada à cadeia.

2.3 DESENHOS E INFORMAÇÕES TÉCNICAS REQUERIDOS APÓS A ASSINATURA DO INSTRUMENTO CONTRATUAL

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Após a assinatura do Instrumento Contratual, deverão ser fornecidos:

a) Desenhos e informações técnicas descritos no item 2.2, revisados de acordo com observações feitas pela CHESF;

b) Desenhos e dados necessários para complementar as informações fornecidas junto com a Proposta;

c) Especificação dos compressores para uso nos elementos a compressão, com indicação das pressões recomendadas;

d) Programação detalhada para a realização dos ensaios de tipo e indicação do laboratório referente a cada um desses ensaios, conforme item 3.1.6;

e) Quaisquer outros desenhos e dados técnicos referentes ao fornecimento, exigidos pela CHESF.

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3.0 REQUISITOS DE ENSAIOS DE TIPO

3.1 GENERALIDADES

3.1.1 O Proponente deverá apresentar Certificados de ensaios de tipo dos mesmos ensaios aqui estabelecidos, efetuados em produtos idênticos aos propostos, em laboratórios oficiais. Caso os relatórios de ensaios de tipo não sejam apresentados ou não sejam aprovados, caberá à empresa contratada a realização de todos os ensaios de tipo sem ônus para a CHESF.

Observação: Os ensaios de controle de qualidade, de rotina e de aceitação serão realizados conforme as Normas Brasileiras. Complementarmente, se necessário, serão utilizadas Normas internacionais.

3.2 RELAÇÃO DOS ENSAIOS DE TIPO

3.2.1 Ensaios nos Conjuntos de Ferragens das Cadeias do Condutor, dos Cabos Pára-Raios e nos Componentes

Inspeção visual (item 3.3.1); Cargas de ruptura e de deformação dos componentes dos conjuntos (item 3.3.2.2); Carga dos conjuntos (item 3.3.2.3); Cargas verticais dos grampos de suspensão dos cabos condutor e pára-raios

tradicional (item 3.3.2.4); Carga de escorregamento versus torque de aperto dos grampos de suspensão dos

cabos condutor e pára-raios tradicional (item 3.3.2.5); Cargas de ruptura e de escorregamento dos grampos de ancoragem dos cabos

condutor e pára-raios tradicional (item 3.3.2.6); Corona, TRI, medição da distribuição de tensão, tensão suportável e disruptiva de

impulso atmosférico a seco, tensão suportável e disruptiva de impulso de manobra sob chuva e a seco e tensão suportável e disruptiva a freqüência industrial sob chuva nas cadeias do condutor (item 3.3.3.1);

Arco de potência para as cadeias do condutor (item 3.3.3.2); Elevação de temperatura (item 3.3.3.3); Resistência elétrica (item 3.3.3.4); Ciclo térmico (item 3.3.3.5); Perdas ferromagnéticas (item 3.3.3.6); Ensaios em componentes rosqueados (item 3.3.2.8); Resistência à ruptura vertical dos grampos de suspensão do cabo pára-raios OPGW

(item 3.3.2.12); Resistência ao escorregamento dos grampos de suspensão do cabo pára-raios

OPGW (item 3.3.2.13); Resistência ao escorregamento dos grampos de ancoragem do cabo pára-raios

OPGW (item 3.3.2.14); Resistência à ruptura dos grampos de ancoragem do cabo pára-raios OPGW (item

3.3.2.15).

3.2.2 Ensaios nos Acessórios dos Cabos Condutor e Pára-Raios

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Inspeção visual (item 3.3.1); Cargas de ruptura e de escorregamento (cabos condutor e pára-raios tradicional)

(item 3.3.2.6); Ensaios de tensão e torção em elementos pré-formados (item 3.3.2.7); Corona e TRI, para os acessórios do condutor (item 3.3.3.1); Elevação de temperatura (item 3.3.3.3); Resistência elétrica (item 3.3.3.4); Ciclo térmico (item 3.3.3.5); Desempenho dos acessórios do cabo pára-raios quanto a sobrecorrente de curto-

circuito avaliado através do ensaio de arco de potência (item 3.3.3.2).

3.2.3 Ensaios nas Ferragens de Aterramento

Inspeção visual (item 3.3.1); Ensaios em componentes rosqueados (item 3.3.2.8); Desempenho quanto a sobrecorrente de curto-circuito avaliado através do ensaio de

arco de potência (item 3.3.3.2).

3.2.4 Ensaios nas Cupilhas e nos Contrapinos

Inspeção visual (item 3.3.1); Dobramento nas cupilhas (item 3.3.2.9); Desempenho nas cupilhas (item 3.3.2.10); Dureza nos contrapinos (item 3.3.2.11);

3.3 CONSIDERAÇÕES E DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS DE TIPO

3.3.1 Inspeção Visual

Este ensaio deverá incluir as seguintes verificações, onde aplicáveis:

Acabamento, qualidade da superfície e aparência externa dos componentes e proteção contra corrosão;

Verificação das dimensões; Montagem, encaixe e alinhamento de todo o conjunto; Ensaios de “passa” e “não passa” para as ferragens de concha e boleto. Os boletos

deverão ser verificados com os calibres “passa” em pelo menos duas direções, uma das quais deverá ser ao longo da linha de junção da peça e a outra a 90º dessa linha. Os gabaritos “não passa” não deverão passar em nenhuma direção;

Os calibres deverão ser os mesmos normalizados aplicáveis para os correspondentes isoladores.

3.3.2 Ensaios Mecânicos

3.3.2.1 Definições

Para fins destas Especificações, considera-se:29

a) Carga de Ruptura

A máxima carga que pode ser aplicada ao conjunto ou componente sem que ocorra ruptura de peça ou redução no valor da carga aplicada;

b) Carga de deformação

A máxima carga que pode ser aplicada ao conjunto ou componente, sem que ocorra:

Deformação permanente além de 1 mm/dm nas peças sujeitas a flexão, ou 1 mm nas peças sujeitas a esmagamento;

Puncionamento em seções tracionadas sujeitas a fadiga; Rachaduras ou falhas incipientes; Impedimento de desmontagem ou remontagem manual dos conjuntos (poderão

ser usadas ferramentas manuais para remover contrapinos e desapertar porcas); Desprendimento ou trinca na camada superficial de proteção anticorrosiva.

3.3.2.2 Ensaio de Cargas de Ruptura e de Deformação dos Componentes dos Conjuntos

a) As cargas de ensaio deverão ser aplicadas às peças da mesma maneira e direção que ocorrem normalmente em condições reais de operação. Em particular, para os balancins, a carga vertical deverá ser aplicada estando os balancins com seus engates presos por meio de cordoalhas na direção das cadeias de isoladores. Também deverá ser simulada a falha de uma das pernas de isoladores em uma cadeia em “V”, suportando a resultante total do(s) condutor(es), sem deformação para a carga máxima de trabalho dos isoladores, e sem ruptura para a carga máxima especificada nas Condições Específicas do Fornecimento.

b) A CHESF poderá requisitar, a seu critério, ensaios a fim de confirmar as cargas máximas normais ao plano dos balancins indicadas no projeto.

c) As cargas limites de deformação deverão ser mantidas 5 minutos, antes da retirada para exame. Após o exame serão aplicadas as cargas de ruptura especificadas pelo Fornecedor as quais deverão ser mantidas durante 5 minutos. Depois, as peças deverão ser ensaiadas até falhar.

3.3.2.3 Ensaio de Carga dos Conjuntos

a) Após a galvanização, deverá ser ensaiado um conjunto completo de cada tipo de cadeia listada nas Condições Específicas do Fornecimento, excluindo grampos, de maneira a simular condições de serviço e verificar a concordância com os requisitos de cargas especificados.

b) O conjunto a ser ensaiado deverá ser primeiro submetido durante 5 minutos a uma carga igual a 66% do valor da carga mínima de ruptura nominal do mesmo, como limite sem deformação. Esta carga deverá ser mantida constante durante a acomodação das peças.

Atingido o estágio acima, a carga deverá ser mantida por 5 minutos e, em seguida, retirada para verificações referentes a deformações, conforme item 3.3.2.1.b.

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c) Em seguida ao ensaio acima, será realizado o ensaio de carga de ruptura do conjunto.

A carga de ruptura nominal do conjunto deverá ser atingida gradualmente sendo, então, mantida 5 minutos, devendo ser observado o item 3.3.2.1.a. Em seguida, deverá ser aumentada até a ocorrência de falha. Os valores obtidos deverão ser anotados, inclusive em caso de eventual colapso precoce.

3.3.2.4 Ensaio de Cargas Verticais dos Grampos de Suspensão dos Cabos Condutor e Pára-Raios Tradicional

a) Este ensaio deverá ser feito prendendo o grampo pelo seu garfo de suspensão e segurando por meio de um pedaço de 10 m do cabo condutor ou do cabo pára-raios tradicional, com as respectivas armaduras pré-formadas, dependendo do grampo que esteja sendo ensaiado.

b) As pontas do cabo deverão ser fixadas por terminais a compressão para aplicação da tração necessária no mesmo.

c) O berço do grampo deverá estar deslocado acima do eixo das fixações, de tal forma que o ângulo do cabo com este eixo seja igual ao limite especificado como ângulo de saída.

d) Deverá ser aplicada, por 5 minutos, tração, tal que a resultante medida na vertical atinja o limite especificado para não ocorrência de deformação; após sua retirada, o exame visual deverá comprovar ausência de deformações significativas, massas concentradas, trincas, danos ao acabamento superficial ou dificuldade de retirada/reinstalação manual, inclusive no cabo.

e) Após a reinstalação e reconferido o ângulo, a tração deverá ser aumentada lentamente até que a resultante medida na vertical atinja o limite especificado para não ocorrência ruptura (mínimo de 60% da carga de ruptura do cabo ao qual o grampo será aplicado). Após 5 minutos de carga mantida, sem aparecimento de ruptura, a carga deverá ser aumentada até ocorrer o colapso do material, anotando-se todos os valores significativos, tipo e localização das falhas.

3.3.2.5 Ensaio de Carga de Escorregamento versus Torque de Aperto dos Grampos de Suspensão dos Cabos Condutor e Pára-Raios Tradicional

A curva de carga de escorregamento versus torque de aperto dos parafusos do grampo de suspensão deverá ser determinada por meio do seguinte procedimento:

a) Um pedaço do condutor ou cabo pára-raios maior que 10 m deverá ser inserido no grampo de tal modo que emerja de uma das extremidades do grampo uma cauda com não menos do que 5 m após a extremidade da armadura.

O grampo deverá ser preso pelo seu engate a um dispositivo, de modo a simular a ligação normal do grampo à cadeia.

b) As porcas deverão ser apertadas com chave torquimétrica de disparo, usando valores de 40% até 200%, com degraus de 20%, do valor de torque recomendado

31

pelo Fornecedor, sem o uso de qualquer método especial para aumentar a pressão de aperto. Para cada valor de torque de porca, a carga de ensaio deverá ser gradualmente aumentada até que ocorra o escorregamento do cabo. Um gráfico será obtido, em particular com o torque recomendado pelo Fornecedor repetido duas vezes.

c) O valor de tração de escorregamento a ser registrado será o maior em que se mantiver a carga por 1 minuto. Antes de mudar-se o torque, deverão ser registrados eventuais deslocamentos que, se maiores que 50 mm, exigirão a reinstalação centrada.

O torque recomendado será aceito se não permitir o escorregamento contínuo com a tração “EDS” do cabo, podendo ocorrer com tração superior.

3.3.2.6 Ensaio de Cargas de Ruptura e de Escorregamento dos Grampos de Ancoragem e dos Acessórios dos Cabos Condutor e Pára-Raios Tradicional

a) Os grampos de ancoragem e os acessórios deverão ser ensaiados com um comprimento de cabo não menor que 10 m, através do qual a carga deverá ser aplicada. Para as luvas de compressão, o cabo deverá estender-se por 5 m de cada lado.

b) A carga de escorregamento especificada deverá ser mantida durante 5 minutos, não devendo ocorrer escorregamento do cabo.

3.3.2.7 Ensaios de Tensão e Torção em Elementos Pré-formados

a) As armaduras, emendas ou reparos pré-formados deverão ser submetidos a ensaios de tensão e de torção em torno de um mandril com um diâmetro igual à metade do diâmetro do cabo para o qual foram projetados. Nenhuma fratura ou qualquer outra alteração deverá ocorrer na superfície dos elementos ensaiados.

b) As emendas pré-formadas de tração total deverão ser ensaiadas de modo semelhante ao descrito no item 3.3.2.6.

3.3.2.8 Ensaios em Componentes Rosqueados

a) As peças que têm dispositivos de fixação com componentes rosqueados, exceto grampos de suspensão, deverão ser ensaiadas para torque de reutilização e torque de falha. Torque de reutilização é definido como o valor limite no qual qualquer componente passe a apresentar deformação permanente (inclusive deformações de roscas suficientemente grandes para impedir o rosqueamento manual). Torque de falha é definido como o valor no qual qualquer componente apresenta fraturas.

b) O torque mínimo deverá estar de acordo com a tabela seguinte, aplicável a parafusos e porcas de aço galvanizado:

Diâmetro Nominalda Rosca

Torque de Reutilização(kg.cm)

Torque de Falha(kg.cm)

3/8” 288 403½” 690 980

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5/8” 1380 1840¾” 2420 3110

3.3.2.9 Ensaio de Dobramento nas Cupilhas

a) Este ensaio deverá ser efetuado numa amostra formada por uma parte retilínea ou quase retilínea da cupilha.

b) Uma das extremidades deverá ser inserida em um torno, cujas garras deverão ser cobertas de um pedaço de aço que possua um raio de curvatura de acordo com a seguinte tabela:

Acoplamento Padrão Raio (mm)16 mm (IEC 60120) 318 mm (ANSI C 29.2) 324 mm (IEC 60120) 5

c) A peça sob ensaio deverá ser dobrada a um ângulo de 90º por meio de uma marreta de madeira, e depois desencurvado até a sua posição original.

d) Essas operações deverão ser feitas 2 vezes. Após essas 2 operações de dobramento, a amostra sob ensaio deverá ser examinada. Não deverão estar presentes fendas ou rachaduras na zona de dobramento.

3.3.2.10 Ensaio de Desempenho nas Cupilhas

a) Uma força, na direção do eixo longitudinal da cupilha, deverá ser aplicada no olhal da mesma quando instalada no orifício da concha padrão do Fornecedor.

b) Esta força deverá ser gradualmente aumentada até que a cupilha se mova da posição de travada para a posição de destravada.

c) A força necessária para fazer a cupilha mover-se para a sua posição de destravada deverá ser no mínimo 5 daN e no máximo 50 daN.

d) O ensaio deverá ser repetido 3 vezes, e os valores da força necessária para o travamento da cupilha deverão permanecer dentro da faixa de 5 a 50 daN.

3.3.2.11 Ensaio de Dureza nos Contrapinos

Este ensaio deverá ser realizado pelo método Rockwell. Deverá ser efetuado um conjunto de 3 medições nas superfícies planas de cada contrapino que esteja sendo ensaiado. O valor mínimo de dureza deverá ser de B88 a C30.

33

3.3.2.12 Ensaio de Resistência à Ruptura Vertical dos Grampos de Suspensão do Cabo Pára-Raios OPGW

Este ensaio deverá ser feito prendendo-se o grampo pelo seu garfo de suspensão e segurando-o por meio de uma barra de aço, com a respectiva armadura pré-formada (quando aplicáveis), passando ao longo do berço do mesmo. A barra de aço deverá ter o mesmo diâmetro que o cabo OPGW. A curvatura da barra deverá ser igual à curvatura do corpo do grampo.

A carga de ruptura vertical dos grampos deverá ser no mínimo de 60% da carga de ruptura do cabo OPGW.

A carga de ruptura especificada pelo Fornecedor deverá ser mantida durante 5 minutos. Depois, a peça deverá ser ensaiada até falhar.

3.3.2.13 Ensaio de Resistência ao Escorregamento dos Grampos de Suspensão do Cabo Pára-Raios OPGW

O ensaio deverá ser realizado com o grampo conectado ao cabo ao qual ele se destina, perfazendo um ângulo máximo de saída de 7,5 ± 2,5º com a horizontal.

A carga deverá ser aplicada gradualmente até atingir o valor da carga de escorregamento do grampo, sendo mantida durante 5 minutos para verificar a ocorrência do escorregamento.

A carga de escorregamento do grampo de suspensão deverá ser conforme especificado.

3.3.2.14 Ensaio de Resistência ao Escorregamento dos Grampos de Ancoragem do Cabo Pára-Raios OPGW

Os grampos deverão ser ensaiados com o comprimento de cabo não menor que 8 m, sendo 4 m para cada lado do grampo, através do qual a carga deverá ser aplicada.

A carga de escorregamento do grampo de ancoragem especificada deverá ser mantida 5 minutos sem escorregamento do cabo. O grampo também não deverá apresentar quaisquer deformações.

O ensaio deverá ser efetuado com o grampo conectado ao cabo ao qual ele se destina.

3.3.2.15 Ensaio de Resistência à Ruptura dos Grampos de Ancoragem do Cabo Pára-Raios OPGW

O ensaio deverá ser realizado com o grampo conectado ao cabo ao qual ele se destina, perfazendo um ângulo máximo de saída de 7,5 ± 2,5º com a horizontal.

O grampo deverá ser submetido a uma carga, aumentada gradativamente, até atingir 100% do valor referente à ruptura do cabo OPGW. Essa carga deverá ser mantida durante 5 minutos. Posteriormente a carga deverá ser aumentada até o rompimento do grampo.

3.3.3 Ensaios Elétricos34

3.3.3.1 Ensaios de Corona, TRI, Medição da Distribuição de Tensão nos Isoladores do Lado Linha (até 20% do total), Tensão Suportável e Disruptiva de Impulso Atmosférico a Seco, Tensão Suportável e Disruptiva de Impulso de Manobra sob Chuva e a Seco e Tensão Suportável e Disruptiva a Frequência Industrial sob Chuva nas Cadeias do Cabo Condutor.

3.3.3.1.1 Preparação dos Ensaios

a) Os tipos de cadeias a serem ensaiadas, com ou sem pesos adicionais, estão definidos nas Condições Específicas do Fornecimento.

b) Para estes ensaios, a cadeia será instalada em uma estrutura modelo (metálica ou de concreto) cuja parte superior terá dimensões reais, as quais serão informadas previamente pela CHESF.

c) As cadeias de suspensão deverão ter uma carga vertical de aproximadamente 200 kg de modo a propiciar bom contato elétrico entre os engates.

d) Para as cadeias de ancoragem, os condutores poderão ser montados verticalmente; estas cadeias deverão incluir as pontes elétricas (lado fonte) e os cabos pára-raios, na mesma disposição das estruturas reais, e aterrados no solo. A distância mínima entre os grampos de ancoragem e os toróides de blindagem da ponta dos cabos será de 4 m para 230 kV e 6 m para 500 kV.

e) Todos ou parte dos isoladores de cada tipo de cadeia, a critério da CHESF, serão primeiro submetidos e aprovados, unitariamente, no ensaio de TRI.

f) Os isoladores a serem ensaiados consistirão de itens da linha de fabricação e não serão polidos ou preparados antes do ensaio, mas somente limpos com pano livre de impurezas, para remover qualquer sujeira ou graxa. Além destes isoladores, poderão ser utilizados, em ensaios comparativos, isoladores semelhantes poluídos, de forma a simular sua condição normal em operação, se exigido e descrito nas Condições Específicas do Fornecimento.

g) Tubos de alumínio ou cabos com o mesmo diâmetro do condutor ± 5% serão usados para simular o condutor ou feixe de condutores especificado.

h) O menor comprimento do condutor simulado será de 8 m para as cadeias de suspensão de 230 kV, 6 m para as cadeias de ancoragem de 230 kV e 8 m para as cadeias de 500 kV.

i) A menor distância entre o condutor simulado e os objetos aterrados (com exceção da estrutura modelo e do plano de terra) será maior que 10 m.

j) As seguintes condições atmosféricas que ocorram durante os ensaios serão registradas nos relatórios:

Temperatura (bulbos seco e úmido); Umidade; Pressão atmosférica.

k) Ensaios em instalações externas não serão permitidos.

35

3.3.3.1.2 Preparação e Seleção das Ferragens e Isoladores para os Ensaios de Corona, TRI e Medição da Distribuição de Tensão

a) Ferragens

A ferragem será limpa a seco para remover a poeira. Todos os contrapinos dos grampos de suspensão serão montados com suas

extremidades livres voltadas para o centro do feixe. A parte do grampo com marcas em alto relevo será montada com as marcas

voltadas para o centro do feixe. Os grampos, principalmente em suas extremidades, deverão ser livres de

arranhões ou outros defeitos originados por manuseio ou transporte impróprios, porém terão acabamento de qualidade industrial.

b) Isoladores

Os isoladores deverão ser limpos a seco antes da montagem. Os 10 primeiros isoladores do lado linha deverão satisfazer os seguintes

requisitos:

- Serem isentos de pinos tortos ou descentralizados, porosidade, rachaduras ou umidade do cimento;

- Terem a superfície do cimento perpendicular ao dielétrico e no nível especificado;

- Se especificado, terem a luva de zinco conforme indicado nas Condições Específicas do Fornecimento;

- Ser o vidro isento de bolhas e defeitos superficiais.

3.3.3.1.3 Critérios

a) A simulação monofásica no laboratório, para os ensaios de corona, TRI e medição da distribuição de tensão dos conjuntos completos de cadeias de isoladores, deverá reproduzir os valores dos gradientes de tensão máximos nas superfícies dos condutores do circuito trifásico real, considerando a fase de maior gradiente na definição da tensão de ensaio, salvo indicação diferente expressa nas Condições Específicas do Fornecimento.

b) Os valores dos gradientes de tensão máximos na superfície (kV/cm, rms) correspondendo à extinção visual do corona e à TRI aceitável, estão indicados nas Condições Específicas do Fornecimento.

c) A CHESF prefere que sejam adotadas as tensões de ensaio indicadas nas Condições Específicas do Fornecimento, onde os valores calculados já consideram a simulação monofásica em função da altura de instalação dos grampos em relação ao piso do laboratório.

3.3.3.1.4 Instruções para os Ensaios de Corona, TRI e Medição da Distribuição de Tensão, usando Dispositivo de Calibração da Tensão de Ensaio

a) A critério da CHESF, e para dirimir dúvidas sobre os resultados, a determinação da tensão fase-terra a ser usada nos ensaios para reproduzir os gradientes de tensão

36

da linha de transmissão trifásica especificada nas Condições Específicas do Fornecimento, poderá ser feita no laboratório, usando dispositivos de calibração.

b) O dispositivo de calibração consiste de uma esfera de aço presa a uma braçadeira através da qual a esfera é sobreposta à superfície do condutor de ensaio, à máxima distância do eixo do condutor, e não entre o encordoamento. A esfera deverá ser posicionada no ponto de máximo gradiente, devidamente afastada tanto da cadeia quanto dos toróides anticorona e outros objetos (energizados ou aterrados) do ambiente.

c) O dispositivo de calibração deverá ser instalado no condutor de ensaio após a esfera ter sido limpa com um pano livre de impurezas. A fixação não poderá apresentar saliência próxima à esfera, que ficará no máximo a 2 mm da superfície do condutor.

d) A tensão aplicada deverá ser lentamente aumentada até que ocorra corona positivo no dispositivo de calibração. Esta tensão deverá ser anotada.

O procedimento acima deverá ser feito por 3 vezes. O valor de tensão a ser considerado será o valor médio das 3 tensões anotadas.

e) O ensaio deverá ser repetido com a mesma esfera instalada em feixe de condutor, se for o caso, idêntico ao do ensaio anterior, porém dentro de uma gaiola de Faraday aterrada, cilíndrica, coaxial e de diâmetro mínimo de 1 m. A distância da esfera para as extremidades deverá ser de pelo menos 2 vezes o diâmetro da gaiola. Após 3 aplicações, a média das tensões de aparecimento do corona permitirá o cálculo do gradiente de calibração.

f) O fator de calibração FC é dado por: FC = TCE/GC, sendo: TCE: Tensão de Corona positivo na Esfera; GC: Gradiente de Calibração.

g) A multiplicação do gradiente indicado nas Condições Específicas do Fornecimento pelo fator de calibração resulta na tensão de ensaio que deverá ser aplicada ao condutor a fim de obter esse gradiente.

3.3.3.1.5 Ensaio de Corona

a) A tensão de extinção de corona a 60 Hz será determinada visual e fotograficamente no laboratório totalmente escuro.

b) Após decorrerem alguns minutos para que os olhos dos observadores se adaptem à escuridão, a tensão aplicada deverá ser aumentada até que o corona positivo seja percebido. Após fotografado, a tensão será aumentada até que o ponto emissivo fique completamente visível e, se conveniente, até que o corona surja em outro ponto.

c) A tensão deverá ser mantida neste valor durante 1 minuto e então gradualmente diminuída até que ocorra completa extinção do corona, quando se fará nova fotografia.

37

d) O procedimento acima deverá ser feito por 3 vezes e os valores de tensões a serem considerados deverão ser a média aritmética de cada 3 valores de tensões obtidos.

e) A cadeia completa sob ensaio será considerada aprovada se as tensões de extinção de corona forem iguais ou maiores que os valores especificados nas Condições Específicas do Fornecimento.

f) As fotos deverão ser feitas com câmara e lentes adequadas, sobre tripé, com tempo de exposição mínima de 60 segundos, em filme de baixa granulometria, a cores. Para cada ponto de tomada de foto escura, deverá ser produzida uma foto com o ambiente iluminado o suficiente para serem vistos também a cadeia e a estrutura modelo.

g) Os negativos de cada foto deverão ser gravados também com a tensão aplicada à cadeia na ocasião do registro.

3.3.3.1.6 Ensaio de TRI

a) A cadeia deverá ser instalada da mesma maneira descrita para os ensaios de corona e, de preferência, usando-se a mesma montagem.

b) As medições deverão ser feitas usando um circuito normativamente e internacionalmente aceito (NEMA 107).

c) Inicialmente, o valor de ruído ambiente para a tensão mais elevada prevista e para 1 MHz será determinado com a cadeia e o feixe de condutores, se for o caso, desligados do circuito de medição.

d) Será determinada a impedância do circuito de medição. Depois de energizada a cadeia, a tensão aplicada deverá ser aumentada em degraus até ser atingida a máxima tensão fase-terra indicada nas Condições Específicas do Fornecimento. Esta tensão será mantida por 1 minuto e depois aumentada em degraus até que o valor de incidência de corona seja alcançado, sendo, então, diminuída gradativamente.

e) A diferença entre 2 degraus sucessivos será de 5% para tensões superiores a 90% da tensão nominal de ensaio. Para tensões menores que esta, os degraus poderão ser de 30% da tensão nominal de ensaio indicada nas Condições Específicas do Fornecimento.

f) Em cada degrau ascendente ou descendente, o valor correspondente de TRI será lido. O procedimento acima deverá ser repetido para obter-se 2 gráficos de TRI versus tensão aplicada (mV/kV).

A curva TRI característica para cada ciclo de medição será desenhada em papel monologarítmico (TRI na escala logarítmica).

g) Os resultados dos ensaios de TRI deverão concordar com os seguintes requisitos:

Os máximos valores de TRI em função das tensões aplicadas deverão estar dentro dos limites estabelecidos nas Condições Específicas do Fornecimento;

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O joelho da curva TRI versus tensões deverá estar acima do valor limite indicado nas Condições Específicas do Fornecimento.

3.3.3.1.7 Ensaio de Medição da Distribuição de Tensão nos Isoladores do Lado Linha

a) Deverá ser realizado nos mesmos arranjos de montagem (circuitos, estrutura modelo, distâncias e cuidados) e nos mesmos protótipos de cadeias (ferragens e isoladores) dos ensaios de corona e TRI acima especificados, e preferencialmente antes destes.

b) Deverá ser realizado nos primeiros isoladores do lado fase (até 20% do número total da cadeia), em igual quantidade por penca para cadeias “V” e/ou duplas.

c) Deverá ser utilizado um par de esferas normalizadas e com a superfície perfeita e limpa, com espaçamento calibrado de forma a centelhar, quando aplicada ao primeiro isolador, com tensão aplicada à cadeia entre 40% e 80% da tensão de ensaio especificada nas Condições Específicas do Fornecimento para os ensaios de corona e TRI (em condições normais, em torno de 1 mm para cada 40 kV desta tensão).

d) O procedimento do ensaio consiste na determinação do valor médio de 5 aplicações de tensão de centelhamento diretamente sobre as esferas posicionadas no isolador sob ensaio (calibração das esferas) e posterior determinação do valor médio de 5 aplicações de tensão na cadeia até a disrupção nas esferas calibradas. O percentual de tensão no isolador é determinado pela relação entre esses valores médios.

e) Entre a calibração e a medida, a posição das esferas não poderá ser alterada, embora se permita a pesquisa da disposição que melhor satisfaça.

f) O protótipo de cadeia será aprovado se a tensão percentual não superar 7,8% nas cadeias de 500 kV ou 11,3% nas cadeias de 230 kV. Além disso, a média dos isoladores medidos não poderá exceder 90% do limite individual.

3.3.3.1.8 Ensaio de Tensão Suportável e Disruptiva de Impulso Atmosférico a Seco

O ensaio deverá ser realizado de acordo com as Normas IEC 60060-1 e 60383-2.

3.3.3.1.9 Ensaio de Tensão Suportável e Disruptiva de Impulso de Manobra sob Chuva e a Seco

O ensaio deverá ser realizado de acordo com as Normas IEC 60060-1 e 60383-2.

3.3.3.1.10 Ensaio de Tensão Suportável e Disruptiva a Freqüência Industrial sob Chuva

O ensaio deverá ser realizado de acordo com as Normas IEC 60060-1 e 60383-2.

3.3.3.2 Ensaio de Arco de Potência

a) Para este ensaio, a cadeia será instalada em uma estrutura modelo (metálica ou de concreto) cuja parte superior terá dimensões reais, as quais serão informadas previamente pela CHESF.

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As cadeias de suspensão deverão ter uma carga vertical de aproximadamente 200 kg de modo a propiciar bom contato elétrico entre os engates.

b) A corrente de curto-circuito deverá ser iniciada por meio de um fio fusível colocado entre as partes energizada e aterrada da cadeia ou entre a parte energizada da cadeia e o modelo de estrutura, escolhendo-se a menor distância. Se esta distância ocorrer entre o primeiro e o último isolador, o fio será conectado a cada 4 isoladores.

c) Os valores e durações das correntes, o número de aplicações e as condições de alimentação e circuitos de retorno deverão ser como especificado nas Condições Específicas do Fornecimento.

d) O seguinte critério deverá ser usado para aprovação dos conjuntos de ferragens de cadeias no ensaio de arco de potência:

Os componentes de ferragens não deverão apresentar danos que possam acarretar a ruptura das cadeias;

A carga de ruptura das ferragens das cadeias não deverá ser reduzida para menos de 90% do valor garantido para os conjuntos de ancoragem e 60% para os de suspensão, no ensaio mecânico de ruptura;

A carga de ruptura dos isoladores não deverá ser reduzida para menos de 80% da carga mecânica nominal, no ensaio mecânico de ruptura;

Os isoladores de disco poderão sofrer desvitrificação; serão admitidos desprendimentos de cimento, redução no diâmetro do pino ou quebra dos dielétricos dos isoladores, desde que no ensaio mecânico de ruptura os resultados sejam iguais ou superiores aos valores acima citados;

Os componentes das ferragens não deverão apresentar danos que possam prejudicar o seu uso. Poderão ser aceitos leves danos superficiais;

As raquetes e anéis das cadeias não deverão sofrer perfurações; As armaduras pré-formadas não deverão apresentar danos que possam requerer

sua substituição; As raízes do arco não poderão fixar-se em pontos vitais da cadeia, tais como

pinos e campânulas dos isoladores, grampos, etc.

3.3.3.3 Ensaio de Elevação de Temperatura

Os acessórios e grampos ligados ao condutor e ao cabo pára-raios deverão ser submetidos a ensaios de temperatura de acordo a Norma NEMA CC1-Parte 3.

3.3.3.4 Ensaio de Resistência Elétrica

Os acessórios e grampos dos cabos condutores e pára-raios CAA deverão ser submetidos a ensaios de resistência elétrica de acordo com a Norma NEMA CC1-Parte 3.

3.3.3.5 Ensaio de Ciclo Térmico

Os acessórios a compressão e os conjuntos de ancoragem a compressão deverão ser submetidos a ensaios de ciclo térmico de acordo com a Norma ANSI C 119.4.

3.3.3.6 Ensaio de Perdas Ferromagnéticas

40

O Fornecedor deverá realizar ensaios adequados para confirmar que as perdas ferromagnéticas dos grampos de suspensão não excedem 30 W, com 1.000 A eficazes e 60 Hz.

3.3.4 Amostras para os Ensaios de Tipo

Os ensaios de corona, TRI, medição da distribuição de tensão e arco de potência deverão ser efetuados em amostras dos conjuntos do condutor especificados nas Condições Específicas do Fornecimento.

Os outros ensaios de tipo serão efetuados em 3 unidades de cada tipo de material a ser fornecido.

O ensaio de inspeção visual será efetuado em todas as peças submetidas aos ensaios de tipo.

41

4.0 REQUISITOS COMPLEMENTARES REFERENTES À SUBMISSÃO DE PROPOSTA E ÀS ETAPAS SEGUINTES

4.1 ABREVIATURAS, UNIDADES E IDIOMA

4.1.1 Definições e Conceitos

Os seguintes termos e expressões usados nos documentos de Proposta e de Instrumento Contratual têm seus significados apresentados a seguir, exceto quando o texto especifica um significado diverso:

CHESF

COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO, empresa brasileira de economia mista, criada pelo Decreto-Lei N 8031, de 03 de outubro de 1945, com sede à Rua Delmiro Gouveia, 333 – CEP: 50761-901 – Bonji, Recife-PE.

Proponente

É qualquer firma ou grupo de firmas pré-qualificado que irá submeter uma Proposta para fornecimento dos materiais, equipamentos e serviços abrangidos por esta concorrência.

Proposta ou Oferta Básica

É a apresentada perfeitamente e estritamente de acordo com as Especificações Técnicas e Comerciais, Condições Específicas do Fornecimento e Cartas Circulares emitidas pela CHESF.

Proposta Alternativa Opcional

É a submetida por opção do Proponente, a qual apresenta variações em relação à Proposta Básica em aspectos técnicos e/ou comerciais. Cada Proposta Alternativa Opcional submetida deverá apresentar, em separado, um “FORMULÁRIO DE PROPOSTA” completamente preenchido.

Condições Específicas do Fornecimento

É um documento emitido pela CHESF, para suplementar estas Especificações Técnicas, contendo os requisitos técnicos específicos para esta Licitação.

Fornecedor

É o Proponente selecionado pela CHESF a quem o fornecimento dos materiais e serviços serão adjudicados através de um Instrumento Contratual, incluindo-se, sob a designação “Fornecedor”, seus representantes legais, sucessores e agentes.

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Subfornecedor

É qualquer pessoa, firma ou companhia contratada pelo Fornecedor e aceita pela CHESF para o fornecimento de qualquer parte dos materiais ou serviços objeto da concorrência.

Fornecimento e Serviços

É tudo o que deva ser executado pelo Fornecedor, descrito nos documentos de concorrência e documentos contratuais, permanentes ou temporários, incluindo o fornecimento de instalações, materiais e mão-de-obra.

Desenhos de Instrumento Contratual

É um documento de concorrência ou de Instrumento Contratual, apresentado pela CHESF ou pelo Proponente para fins de concorrência, ou feito durante o cumprimento do Instrumento Contratual, em qualquer caso devidamente aprovado pela CHESF.

Sempre que se fizer referência nas Especificações Técnicas: “de acordo com os desenhos”, esta deverá ser interpretada como: “de acordo com os desenhos aprovados”.

4.1.2 Unidades

Todas as unidades de medida empregadas deverão ser do Sistema Métrico ou estar de acordo com o Decreto-Lei N 63.233, de 12 de setembro de 1966.

4.1.3 Idioma

As Propostas deverão ser em português e a documentação de consorciado estrangeiro, se for o caso, deverá ser traduzida para o português por tradutor juramentado.

Todos os manuais de instruções, bem como os desenhos definitivos, legendas e relatórios de ensaios emitidos pelo Fornecedor devem ser redigidos no idioma português.

Todos e quaisquer erros gramaticais ou ortográficos cometidos pelo Proponente ou Fornecedor, que possam conduzir a uma interpretação errônea da Proposta ou de qualquer correspondência posterior, estarão sujeitos às penalidades legais.

A critério da CHESF, o Proponente ou Fornecedor deverá providenciar intérprete da língua portuguesa, para entendimentos com os representantes da CHESF.

4.2 REUNIÕES

Todas as reuniões sobre quaisquer assuntos relacionados ao fornecimento abrangido por estas Especificações serão registradas através de atas assinadas por todos os participantes.

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A responsabilidade da preparação da ata será da entidade em cujas dependências se realizar a reunião.

4.3 DESENHOS

4.3.1 Generalidades

Os desenhos deverão estar de acordo com as Normas Brasileiras pertinentes e com os requisitos exigidos pela CHESF.

O programa computacional usado pelo Fornecedor na elaboração dos desenhos deverá ser compatível com o utilizado pela CHESF, informado nas Condições Específicas do Fornecimento.

4.3.2 Identificação

Todos os desenhos entregues pelo Fornecedor à CHESF deverão ser numerados e possuir as seguintes inscrições:

COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO - CHESF Número e item do Instrumento Contratual ET/DLT - (número e data das Especificações Técnicas) Nome(s) da(s) Linha(s) de Transmissão

O modelo padronizado da CHESF será entregue ao Fornecedor.

4.3.3 Aprovação

Todos os desenhos submetidos à aprovação da CHESF deverão ser enviados por meio eletrônico. Além disso, cópias em papel deverão ser remetidas aos escritórios da CHESF, da seguinte forma:

a) 2 cópias durante os procedimentos que antecedem a aprovação do material nos ensaios de tipo;

b) 4 cópias após a aprovação nos ensaios de tipo.

Uma das cópias em papel de cada desenho recebida pela CHESF para aprovação será devolvida ao Fornecedor com a indicação “APROVADO COM RESSALVAS” ou “APROVADO PARA FABRICAÇÃO DO PROTÓTIPO”, dentro de 20 dias após seu recebimento pela CHESF.

O desenho “APROVADO COM RESSALVAS” será remetido de volta ao Fornecedor, o qual providenciará as modificações ou correções.

Todas as revisões dos desenhos deverão ser claramente identificadas pelo Fornecedor, de forma a facilitar sua análise pela CHESF. Todos os desenhos deverão ter uma tabela descrevendo as revisões e assinalando as suas datas.

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Dentro de 10 dias após o recebimento dos desenhos remetidos pela CHESF, o Fornecedor deverá submeter os desenhos revisados à aprovação da CHESF, por meio eletrônico e 2 cópias em papel, adicionais.

Se um desenho revisado, entretanto, não estiver de acordo com os requisitos das Especificações, o Fornecedor será responsabilizado por todos os atrasos nos trabalhos e prazos de entrega do material causados por esta discordância, e pelas penalidades correspondentes.

Se um desenho revisado não for aprovado pela CHESF, os procedimentos supra citados serão repetidos até sua aprovação final.

Após o recebimento, pelo Fornecedor, dos desenhos “APROVADO PARA FABRICAÇÃO DO PROTÓTIPO”, poderão ser feitos os ensaios dos materiais conforme requerido nestas Especificações.

Se o protótipo não for aprovado nos ensaios e o projeto venha a ser modificado, todos os procedimentos acima serão repetidos.

Quando o protótipo for aprovado satisfatoriamente nos ensaios, o Fornecedor, no prazo de 8 dias, deverá enviar à CHESF os desenhos por meio eletrônico, caso os mesmos tenham sido alterados. Além disso, deverão ser enviadas as 4 cópias previstas, que serão carimbadas “APROVADO PARA FABRICAÇÃO EM SÉRIE”, sendo uma cópia devolvida ao Fornecedor.

A aprovação dos desenhos pela CHESF não será considerada como uma verificação completa, mas indicará, somente, que o método geral adotado é satisfatório. A aprovação pela CHESF dos desenhos de fabricação não eximirá o Fornecedor das responsabilidades para com a precisão dos mesmos e adequação do produto fornecido.

4.4 CRONOGRAMA

O Fornecedor deverá, dentro de 10 dias após a data de assinatura do Instrumento Contratual, submeter à aprovação da CHESF um cronograma claro e detalhado, contendo as etapas de projeto, fabricação, ensaios e entrega dos produtos, o qual deverá estar em conformidade com o cronograma de entrega requerido.

Qualquer modificação posteriormente introduzida neste cronograma aprovado deverá ser submetida à aprovação prévia da CHESF.

4.5 FABRICAÇÃO

4.5.1 Início de Fabricação

A fabricação do material objeto destas Especificações deverá ter início somente após o Fornecedor haver recebido os respectivos desenhos aprovados para fabricação em série. Qualquer trabalho feito pelo Fornecedor antes que o mesmo tenha recebido esses desenhos aprovados, será de seu inteiro risco, exceto se especificamente solicitado por escrito pela CHESF.

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4.5.2 Modificações Durante a Fabricação

Qualquer modificação no projeto original que eventualmente se fizer necessária por razões técnicas, durante a fabricação, deverá ser informada previamente à CHESF, e a execução do projeto alterado somente poderá ser iniciada após a aprovação por escrito da CHESF.

4.6 ENSAIOS DE TIPO

Considerando-se que os resultados dos ensaios são influenciados pela precisão das ferramentas, formas, forja, matrizes, etc, os ensaios de tipo a serem realizados antes da produção em série dos componentes, deverão ser feitos em amostras produzidas com as mesmas ferramentas da fabricação em série.

Os ensaios deverão ser realizados de acordo com os requisitos dos itens 3.2 e 3.3. Se o Fornecedor propuser um procedimento equivalente para qualquer ensaio em particular, este deverá primeiro ser aprovado pela CHESF.

Os procedimentos dos ensaios de tipo, quando acordados pelo Fornecedor com o laboratório, deverão ser completamente caracterizados em programação, detalhes de montagem, circuitos, procedimentos, etc, para apresentação prévia à CHESF.

Qualquer alteração significativa em um protótipo, em decorrência de não aprovação em um ensaio, poderá resultar na repetição de outros ensaios já realizados, caso a CHESF julgue que seus resultados possam ser influenciados pela referida alteração. Todas as despesas decorrentes serão de inteira responsabilidade do Fornecedor, conforme item 4.6.1.4.

4.6.1 Condições Básicas

4.6.1.1 Notificação

O Fornecedor deverá notificar a CHESF, por escrito, com 14 dias de antecedência, a data em que qualquer material estará pronto para ensaios de tipo requeridos pela CHESF, indicando o local, como estipulado no Instrumento Contratual. A CHESF confirmará o acompanhamento ou não dos ensaios pelo seu representante.

4.6.1.2 Providências a serem tomadas pelo Fornecedor

a) O Fornecedor planejará e providenciará manutenção, mão-de-obra, materiais, energia elétrica, combustível, armazéns, utensílios, máquinas e instrumentos, em suas dependências ou em outro local, que possam ser necessários para a realização dos ensaios dos materiais.

b) A escolha do laboratório para os ensaios de tipo deverá ser de responsabilidade do Fornecedor, ficando, entretanto, condicionada à aprovação da CHESF.

c) O Fornecedor deverá fornecer no laboratório, os protótipos dos materiais para os ensaios de tipo requeridos. Os custos dos protótipos, do transporte dos mesmos até

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o laboratório e despesas com este deverão ser incluídos nos preços unitários dos ensaios apresentados na Proposta.

d) O Fornecedor deverá tornar disponíveis para o representante da CHESF, todas as informações necessárias para que este avalie as instalações e os instrumentos relacionados com os ensaios, além de manuais e informações técnicas sobre os produtos, que sejam úteis para a realização dos ensaios.

e) O Fornecedor providenciará para que os ensaios sejam efetuados durante horas normais de trabalho. Os ensaios além das horas normais de trabalho somente serão aceitos quando, por razões técnicas, for impossível levá-los a cabo durante as horas normais de trabalho. O Fornecedor deverá notificar a CHESF, com pelo menos 30 dias de antecedência, sobre qualquer imperfeição e/ou insuficiência de seus equipamentos de ensaios, de tal forma que a CHESF, se possível, possa utilizar seus próprios recursos na resolução do problema.

4.6.1.3 Documentação Técnica

O Fornecedor deverá apresentar à CHESF, dentro de um prazo não inferior a 45 dias antes da realização dos ensaios, as seguintes informações:

a) Um conjunto de diagramas (elétricos, mecânicos, etc.) para execução dos ensaios, quando aplicável;

b) Uma lista completa de todos os equipamentos e instrumentos de medição a serem utilizados nos ensaios, indicando as seguintes características, quando aplicável:

Tipo e Fabricante; Classe de Precisão; Classe de Tensão; Sensibilidade; Certificado de Aferição emitido por instituição credenciada, dentro de um prazo

máximo de 6 meses, antecedentes ao início dos ensaios.

c) Uma lista parcial para cada ensaio, indicando quais instrumentos e equipamentos deverão ser utilizados em cada ensaio particular;

d) Uma descrição simplificada, porém clara e precisa, dos procedimentos relativos a cada um dos ensaios.

4.6.1.4 Repetição de Ensaio

A repetição de qualquer ensaio, que venha a ser necessária por deficiência nos equipamentos de ensaios ou falha de projeto ou do material ensaiado, será inteiramente por conta do Fornecedor. Além disso, se esta repetição acarretar despesas adicionais de mão-de-obra, viagem e estada de inspetores da CHESF, estas serão reembolsadas pelo Fornecedor à CHESF após a comprovação das mesmas.

4.6.2 Relatórios dos Ensaios e Avaliação

4.6.2.1 Modelos de Relatórios de Ensaios

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O Fornecedor deverá entregar à CHESF, em tempo hábil, o modelo do relatório a ser usado em cada ensaio, para conhecimento e eventual alteração que venha a ser solicitada pela mesma.

4.6.2.2 Entrega dos Relatórios de Ensaios

A cada ensaio corresponderá um relatório, que deverá ser assinado pelos representantes da CHESF e pelo Fornecedor, presentes ao ensaio.

O Fornecedor deverá enviar à CHESF, por meio eletrônico, o relatório de ensaio dentro de 30 dias após a execução do ensaio.

Qualquer atraso na entrega à CHESF dos relatórios de ensaios, constituirá motivo para suspensão dos pagamentos relativos ao produto ensaiado, até que os referidos relatórios sejam entregues.

4.6.2.3 Avaliação dos Resultados de Ensaios

A avaliação dos resultados de ensaios será feita, sempre que possível, por comparação.

As seguintes regras deverão ser seguidas para comparação:

a) Os valores garantidos pelo Fornecedor na sua Proposta;b) Os valores e tolerância estipulados nestas Especificações e nas Condições

Específicas do Fornecimento.

Se o critério comparativo acima especificado conduzir a conflito ou discrepância durante a avaliação dos resultados dos ensaios, prevalecerá a decisão do representante da CHESF e a mesma será comunicada por escrito ao Fornecedor.

4.7 VARIAÇÕES ÀS ESPECIFICAÇÕES

O Proponente deverá especificar claramente na Proposta Básica (ou na Proposta Alternativa Opcional) as variações a estas Especificações, indicando as cláusulas correspondentes e justificando tais variações, se houver.

À CHESF reserva-se o direito de aprovar, ou não, tais variações.

4.8 ORDEM DE PRECEDÊNCIA

As discrepâncias serão ajustadas à seguinte ordem de prioridade:

a) Correspondências da CHESF ou Atas de Reunião;b) Condições Específicas do Fornecimento;c) Especificações Técnicas;d) Normas Brasileiras;e) Normas e Recomendações Internacionais;f) Documento de Referência.

Qualquer suplemento terá precedência sobre o documento original.48

4.9 PROPRIEDADE DOS DOCUMENTOS

Todos os desenhos, Especificações e possíveis revisões, modificações ou adendos que fizerem parte do fornecimento, tornar-se-ão e permanecerão propriedade da CHESF.

A CHESF terá o direito de usar os desenhos, cálculos, tabelas e outros documentos desenvolvidos pelo Fornecedor, em qualquer ocasião futura, sem qualquer solicitação, inclusive para realização de concorrência entre quaisquer fornecedores, sem obter permissão para tal uso, do Fornecedor atual e inicial neste trabalho. Nenhuma declaração, etiquetas ou marcas que possam existir nos documentos deverão limitar os direitos da CHESF.

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