Chutando a Escada - Fichamento Cap4

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Chutando a escada Lições para o presente - CHANG cap 4 p.208 - 232 Introdução - Segundo Chang (2004) as Políticas e instituições utilizadas pelos países atualmente desenvolvidos, quando estavam em fases iniciais de desenvolvimento, diferem significativamente das que normalmente se supõe que eles utilizaram e por ele recomendados atualmente (Chang, p.207) Repensando Politicas Econômicas para o desenvolvimento Quando se analisa historicamente o dsenvolvimento de países variados, parecem haver alguns ponto de convergência em alguns casos bem-sucedidos desde os mais classicos do Reino Unido até os caso asiáticos mais recentes. Trata-se do problema da passagem de um exportador de commodities para atividades de maior valor agregado. Essa transição, que constitui a chave do processo de desenvolvimento econômico, não ocorre de maneira natural e nos últimos séculos se evidenciou bastante comum nos países em desenvolvimento, inclusive um problema bastante atual no Brasil (Chang, 2004, p.208). Essa dificuldade decorre do fato de existir discrepâncias entre o retorno social e indivudual de investimento em indústrias de produtos de maios vaor agregado, Chang (2004) concorda com a ideia de que os riscos de investimentos devem ser socializados, admitindo a possibilidade de tratar do prolema envolvendo as Instituições em tais projetos, mas afirmando que seria mais eficaz uma política de intervenção mais focada e ágil, visto que

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Chutando a escada

Lições para o presente - CHANG cap 4 p.208 - 232

Introdução

- Segundo Chang (2004) as Políticas e instituições utilizadas pelos países atualmente desenvolvidos, quando estavam em fases iniciais de desenvolvimento, diferem significativamente das que normalmente se supõe que eles utilizaram e por ele recomendados atualmente (Chang, p.207)

Repensando Politicas Econômicas para o desenvolvimento

Quando se analisa historicamente o dsenvolvimento de países variados, parecem haver alguns ponto de convergência em alguns casos bem-sucedidos desde os mais classicos do Reino Unido até os caso asiáticos mais recentes. Trata-se do problema da passagem de um exportador de commodities para atividades de maior valor agregado. Essa transição, que constitui a chave do processo de desenvolvimento econômico, não ocorre de maneira natural e nos últimos séculos se evidenciou bastante comum nos países em desenvolvimento, inclusive um problema bastante atual no Brasil (Chang, 2004, p.208).

Essa dificuldade decorre do fato de existir discrepâncias entre o retorno social e indivudual de investimento em indústrias de produtos de maios vaor agregado, Chang (2004) concorda com a ideia de que os riscos de investimentos devem ser socializados, admitindo a possibilidade de tratar do prolema envolvendo as Instituições em tais projetos, mas afirmando que seria mais eficaz uma política de intervenção mais focada e ágil, visto que a implantação de novas instituiçõs costuma levar tempo. A intervenção Estatal com objetivo de socializar os riscos, principalmente na forma de políticas ICT (Industriais, Comerciais e Tecnológicas), não implica que só haja uma forma de fazê-los. Os países bem-sucedidos, são, tipicamente os que foram capazes de adaptar o foco de suas políticas às mudanças da situação interna e externamente (Chang, 2004, p.208).

A implantação de políticas Intervencionistas não significa que o sucesso dos países que implnatá-las estará garantido. o Estado deve ter disposição e capacidade para implementar

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tais políticas que devem levar em consideração sobretudo as especificidades de cada país e sua dinâmica para com os outros países de maneira detalhada. (Chang, 2004, p.210)

- Chang ainda faz uma crítica aos economistas do chamado mainstrean (italico) ao afirmar que as reformas políticas neoliberais se mostraram incapazes de cumprir a sua grande promessa: o crescimento econômico. Os países e desenvolvimento, cresceram muito mais rapidamente no período em que aplicaram políticas intervencionistas, entre 1960-1980, do que nas duas décadas seguintes quando passaram a adotar políticas neoliberais. (Chang, 2004, p.214)

Pensar - POde colocar a tabela da pag 221

Repnesando o Desenvolvimento Institucional

- Segundo o autor o processo de desenvolvimento institucional, assim como o papel que ele tem no desenvolvimento econômico em geral, é uma questão ainda pouco compreendida. Questões como:

i) Até que ponto será benéfico manter um Banco Cetral dependente, será que os agentes teriam de fato mais autonomia caso fosse independente?

ii) Que tipo de burocracia é boa para o desenvolvimento?

iii) O que é de fato um Estado Democrático?

Vários outros questionamentos envolvendo instituições estão por ser estudadas. Não se sabe ainda que variedade de que instituição é necessário para cada tipo de país. Entretanto Chang demosntra em seu livro que não há apenas um caminho a ser seguido , não existe um conjunto de instituições da "melhor prática". (Chang, 2004, p.215). O aprimoramento da qualidade das instituições parece estar historicamente relacionado ao melhor desempenho do crescimento e pode ser observado em evidências contemporâneas. (Chang, 2004, p.216)

- A chamada Idade de Ouro do Capitalismo (1950-1973) é atribuída pela maioria dos economistas à introdução de melhores instituições no pós-guerra como as instituições

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orçamentárias keynesianas. Aceita-se amplamente que os atuais países desenvolvidos cresceram mais rapidamente, em função de melhores instituições proporcionando-lhes maior estabilidade macroecônomica e financeira , melhor alocação de recursos e relativa paz social. (Chang, 2004, p.217)

- Chang faz duas ressalvas em relação a tarefa de melhorar a qualidade das instituições os países em atual fase de desenvolvimento:

i) devemos compreender que se trata de um processo demorado - prazos de 5 a 10 anos que são dados atualmente aos países em desevolvimento para que suas instituições se enquadrem no "padrão global", são inadequados. Nesse sentido é necessário fazer uma análise mais apurada que determine o tempo necessário para que se desenvolvam as instituições nos países em desenvolvimento. (Chang, 2004, p.220);

ii) só faz sentido um esforço para desenvolver as instituições desde que estejam associadas às políticas adequadas, só assim produzirão crescimento. (Chang, 2004, p.220). Os benefícios potenciais do desenvolvimento institucional só podem ser realizados plenamente se estiverem combinados com as políticas "certas" (p. 223)

O autor argumenta que os países em desenvolvimento devem explorar ao máximo a vantagem de ser retardatários e tratar de chegar ao mais alto nível possível de desenvolvimento insttucional. Ademais, é bem possível que os níveis mais elevados de desenvolvimento institucional sejam o motivo pelo qual os atuais países em desenvolvimento conseguiram, nas décadas de 1960 e 1970, quando aplicaram políticas keynesianas, chegar a índices de crescimento muito mais altos do que conseguiram os países desenvolvidos quando estavam em estágios comparáveis de desenvolvimento. (Chang, 2004, p.228)

Observaçõs finais

- Chang sugere que os países desenvolvidos ao tentarem impor certas instituições que eles mesmo não aplicaram em suas respectivas fases de desenvolvimento, estão tomando atitude de "chutar a escada" pela qual eles subiram ao patamar de desenvolvidos, impossibilitando, de acordo com seus interesses, que os atuais países emergentes subam ao mesmo patamar. (Chang, 2004, p.229)

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- Seja qual for a intenção desse "chutar a escada", o fato é que nas ultimas três décadas as políticas e instituições aconselhadas ou impostas pelos países hegmônicos não conseguiirarm gerar o promeidodinamismo do crescimento nos países em desenvolvimento, pelo contrário em alguns desses países o cescimento desapareceu. (Chang, 2004, p.230)

- Chang finaliza propondo algumas ideias para solucionar o problema apresentado em sua obra:

i) Maior divulgação dos fatos históricos ligados ao proesso de desenvolvimento dos países desenvolvidos, dando uma base para que os países em desenvolvimento possam se apoiar; (Chang, 2004, p.231)

ii) Mais esforço intelectual para melhor compreender o papel das instituições no desenvolviento econômico, removendo mitos e teorias excessivamente abstratas;

iii) Estimular o aprmoramento institucional, sobretudo diante do enorme potencial de crescimento que uma combinação de boas políticas e boas instituições podem gerar.

iv) Investigar exatamente quais instituições são necessárias ou benéficas para que tupo de país, tendo em conta o o estágio de desenvolvimento e as condições econômicas, políticas e até culturais específicos.

- A tragédia do nosso tempo está na incapacidade dos países desenvolvidos entenderem que está no momento de repensar que políticas e instituições ajudarão os atuais países em desenvolimento a crescer mais depressa; isso também trará maiores benefícios para os países desenvolvidos, em termos de comércio internacional, oportunidades de investimeneto, dentre outros que só serão possíveis quando perceberem que estão deixando passar ganhos maiores e a mais longo prazo por buscarem de maneira ambiciosa os menores e de curto prazo. (Chang, 2004, p.232).a