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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNI FMU CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA UMA NOVA PROPOSTA DE DETECÇÃO DE TALENTOS: ANALISAR AS FORMAS, MÉTODOS E TÉCNICAS MAIS UTILIZADAS PARA DETECÇÃO DE TALENTOS NA GINÁSTICA OLÍMPICA. LOURENÇO RITLI FILHO Nº31 / 1414-B DICIPLINA: TCC PROF a : SANDRA MAHECHA MATSUDO PROF a : MARIA REGINA FERREIRA BRANDÃO SÃO PAULO 4/10/03

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SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO pg. 01

1.1. Definição do Problema pg. 01

1.2. Justificativa pg. 02

1.3. Objetivo pg. 02

II. REVISÃO DE LITERATURA pg. 03

2.1. Ginástica Olímpica pg. 03

2.2. Aptidão Física pg. 03

2.3. Habilidades Motoras pg. 05

2.4. Talento Esportivo pg. 09

2.4.1. Detecção de Talentos pg. 11

2.4.2. Seleção de Talentos pg. 12

2.4.3. Promoção de Talentos pg. 13

III. MÉTODOLOGIA pg. 15

3.1. Amostra pg. 15

3.2. Procedimento pg. 15

3.3. Analise dos Dados pg. 16

IV. RESULTADOS E DISCUSS ÃO pg. 17

V. CONCLUSÃO pg. 23

VI. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA pg. 24

VI. ANEXO pg. 27

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RESUMO

O objetivo deste trabalho foi verificar a opinião dos técnicos e professores de Ginástica Olímpica sobre as técnicas, métodos e formas mais utilizadas na detecção de talentos, para assim ter a possibilidade de formar um parâmetro cientifico na detecção de talentos, minimizando a perda de futuros potenciais que estão sendo perdidos por falta da não utilização de critério cientifico adequados a modalidade. A metodologia utilizada foi uma entrevista com seis perguntas sobre detecção de talentos, onde os professores e técnicos tiveram a possibilidade de dar a sua opinião sobre a detecção de talentos, quais as características mais importantes em uma criança, qual a idade correta que ela consiga realizar um movimento da Ginástica Olímpica, como selecionar uma equipe de alto nível para o treinamento e os pontos mais importantes na detecção de talentos atualmente em nosso pais. Foram entrevistados 10 técnicos e professores de Ginástica Olímpica, na faixa etária dos 30 ate os 55 anos (x 38,3 / s 9,03), de ambos os sexos , sendo 5 homens e 5 mulheres de nível social (médio – alto), com mais de dez anos de pratica na modalidade. As entrevistas foram feitas nos locais de trabalho e durante o período de aula ou treino, ou seja em ginásios e academias especializadas e clubes com estrutura apropriada para a pratica da Ginástica Olímpica. Os resultados indicam que, na maioria das vezes, as crianças são selecionadas apenas por suas capacidades físicas (força, flexibilidade, etc.), (30,43 %), e por sua disponibilidade de horário (17,39 %), alguns técnicos também observam alguns movimentos característicos como a estrela no solo (17,39 %), apoios invertidos (13,04 %) e os rolamentos (13,04 %), mas preferem os movimentos de sustentação do corpo (21,73 %), sendo que crianças entre 4 e 5 anos já são capazes de realizar esses movimentos, mas a execução varia muito de criança para criança (23,07 %), alem dessas respostas sobre como, o que e de qual forma detectar um talento, os entrevistados responderam que não existe nenhum processo de detecção de talentos no pais (25,0 %), essa seleção é individual de cada técnico ou professor. A conclusão indica que não existe detecção de talentos no pais, apesar dos talentos serem detectados a partir da observação dos técnicos e professores, isto é, a partir de procedimentos subjetivos e empíricos, o que freqüentemente da origem a erros, deve-se depois comprovar o processo de detecção de talentos, selecionando estratégias cientificas adequadas, sem no entanto subestimar o papel dos técnicos e professores e da observação pedagógica.

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I. INTRODUÇÃO

1.1- DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Quando falamos em talento esportivo, utilizamos as palavras qualidade,

capacidade e grande potencial, o talento por sua vez, pode ser encontrado em qualquer

área, na música, na matemática, na arte de pintar quadros, etc, sendo assim necessita ter

certas capacidades e características para atingir diferentes níveis de desempenho, assim

diferenciando uns dos outros.

É de vital importância que professores e treinadores conheçam seus alunos e

reconheçam que eles tenham um conjunto diferente de capacidades físicas, mentais,

emocionais e sociais.

Para planejar o aprendizado de habilidades motoras e sessões de treinamento, é

preciso ter o maior número de diferenças individuais, algumas dessas diferenças

individuais são fáceis de detectar, outras não, onde a busca do talento esportivo é

interminável.

O talento esportivo, é evidenciado através das capacidades físicas (força,

flexibilidade, velocidade de reação, agilidade, etc.), medidas de composição corporal

(altura, estatura, envergadura, dobras cutâneas, peso corporal, circunferências, etc.) e

principalmente por pessoas especialistas na área, que muitas vezes podem levar ao erro,

pois o talento esportivo não é apenas constituído de capacidades e características do

esporte, mas um conjunto de variáveis multifatoriais, onde a técnica é uma delas.

O estudo da técnica como seleção e não predição de talentos é mais utilizado

para esportes coletivos, como o Futebol, onde o número de erros e acertos esta sendo

considerado como técnica, para esportes individuais como a Ginástica Olímpica, ainda

não foram realizados estudos para analisar a técnica.

Na Ginástica Olímpica o talento é detectado pelas mesmas variáveis já estudadas

anteriormente (capacidades físicas, medidas de composição corporal e análise de

professores e técnicos especialistas da modalidade), o estudo da técnica vai demonstrar

uma grande importância no processo de detecção, seleção e promoção de futuros

talentos da Ginástica Olímpica. Assim demonstrando que um talento não é identificado,

apenas pelas variáveis já estudadas, mas sim por suas habilidades motoras já adquiridas,

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durante o decorrer da sua vida, demonstrando assim uma técnica ao executar qualquer

habilidade motora.

1.2- JUSTIFICATIVA

Sendo a Ginástica Olímpica um esporte de alta intensidade de treinamento, sinto

que é um grande desafio a todos nós técnicos e professores, achar uma criança entre mil,

que se encaixa dentro do perfil ideal da Ginástica Olímpica, através de testes com um

padrão de cientificidade comprovados, e não identificadas ao acaso.

Por não haver mudanças nos poucos trabalhos publicados sobre detecção de

talentos da Ginástica Olímpica, este trabalho levantou as variáveis mais importantes na

detecção de talentos ainda não estudadas. Junto com a opinião dos técnicos e

professores da modalidade.

Demonstrar que crianças com as Capacidades Físicas e a Composição Corporal

não muito adequada ou seja, não estando dentro do perfil ideal para treinamento de

Ginástica Olímpica, pode desenvolver um potencial elevado, podendo ser um talento

que esta sendo desperdiçado.

1.3- OBJETIVO

Este trabalho vê como objetivo verificar a opinião dos professores e técnicos, em

relação as técnicas, métodos e formas mais utilizadas na detecção de talentos da

Ginástica Olímpica.

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II- REVISÃO DE LITERATURA

2.1- GINÁSTICA OLÍMPICA

Atualmente a ginástica olímpica é considerada como um dos mais belos e

completos desportos, tendo evoluído a cada ano com a hegemonia dos paises do leste

europeu. O estágio em que se encontra a ginástica olímpica internacional faz como que

suas competições se transformem em exibições de destreza, harmonia e perfeição dos

movimentos, e a cada competição evoluem não só os ginastas, mas também os árbitros

que acompanham a criação de novos movimentos e combinações inéditas, um autêntico

acompanhamento de ampliação dos limites humanos e cada prova disputada (DIANNO

1988).

A ginástica olímpica feminina vem se tornando nos últimos anos como uma das

modalidades que mais atraem a atenção de pessoas ligadas ao meio esportivo e

expectadores em todo o mundo. Esta simpatia pela modalidade provavelmente se deve à

crescente evolução da ginástica e o crescimento do grau de dificuldade dos exercícios.

Transformando as competições de ginástica olímpica feminina no mais completo

espetáculo de destreza, harmonia, raça e perfeição dos movimentos, resultando numa

evolução, ano após ano da modalidade em si, ampliando os limites do corpo humano

(DIANNO e RIVET 1989).

Segundo DIANNO e RIVET (1989) as ginastas geralmente parecem mais jovens

do que indica a sua idade cronológica. Esta aparência é caracterizada pelo tipo físico das

mesmas e pode ser explicada pela maturação tardia das ginastas. Portanto o tipo físico

das ginastas pode ser explicado pela maturação tardia e esse atraso na puberdade deve-

se à seleção natural que as características da modalidade exercem sobre as ginastas.

2.2.- APTIDÃO FÍSICA

Muitas pessoas confundem atividade física, exercício físico e aptidão física são

palavras que as vezes, são utilizadas com o mesmo significado mas, elas tem conceitos

distintos. CASPERSEN et al. (1985), citado por COLANTONIO et al. (1999),

propuseram definições amplamente aceitas. Atividade física é um termo amplo que

significa qualquer movimento corporal produzido por músculos esqueléticos que resulta

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em gasto energéticos maior do que os níveis de repouso. Exercício físico é toda a

aptidão física que é planejada estruturada e repetitiva que tem por objetivo a melhoria e

a manutenção de uma ou mais componentes da aptidão física. Aptidão física é uma série

de atributos que as pessoas tem ou alcançam que se relacionam com a habilidade de

realizar os movimentos. Para solucionar o problema da identificação das aptidões

associadas ao desempenho esportivo, o investigador tem recorrido, fundamentalmente,

em trabalhos que se apóiam numa perspectiva taxionômica. A perspectiva taxionômica

refere-se a um sistema elaborado de classificação da estrutura das aptidões envolvidas

em diferentes tarefas motoras. A noção básica explícita na classificação das tarefas deve

ser proveniente do estudo dos padrões de aptidões subjacentes. Por exemplo, o

desempenho no cavalo com alças exige força, coordenação multisegmentar, equilíbrio,

controle estático e dinâmico, em que cada uma destas aptidões contribui com uma dada

proporção para o desempenho do atleta. MAIA (1996) e SCHMIDT (1982), citado por

(LANARO e BÖHME 2001).

Segundo ZABALA e PEREZ (1990) é necessário relembrar que as qualidades

físicas de uma criança são variáveis dependentes da idade cronológicas; mas é

importante considerar a interação com os parâmetros orgânico-funcionais, metabólicos,

psicológicos e sócio-econômicos que incidem em um grau mais ou menos significativo

sobre a resultante final quando esta é a variável de medição.

Alem dessas variáveis é importante lembrar que o Brasil se caracteriza por ser

um pais de imigrantes, cuja população não pode ser ainda considerada como

iminentemente brasileira. Encontra-se em sua quarta geração, com uma miscigenação de

raça portuguesa segundo (SILVA et al 1997).

Já para NASCIMENTO, et al (1989) os constantes investimentos em

equipamentos e materiais esportivos, tem favorecido muito os recordes, mas sem

dúvida a aptidão física é o fator primordial para o sucesso do atleta.

Para PEREIRA e MATSUDO (1987) pelo tempo de prática dessa, também se

pode traduzir através das características de aptidão física os prováveis efeitos da

atividade física sobre a estrutura humana.

Estudos têm demonstrado que as ginastas possuem um tipo físico bastante

característico da modalidade e geralmente tem-se encontrado em ginastas, altura inferior

em relação à não desportistas da mesma idade, assim como valores também inferiores

de peso e gordura sub-cutânea (DIANNO e RIVET 1990).

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Para FALLS e HUMPHREY (s/d) citado por DIANNO e RIVET (1990),

verificaram que certos tipos de corpo podem ser requisitados para a prática da ginástica

olímpica e CARTER (s/d) também citado por DIANNO e RIVET (1990), afirma que

diferentes tipos físicos são necessários para diferentes esportes olímpicos.

A obtenção de indicadores referenciais relacionados à aptidão física,

possibilita o acompanhamento e a evolução no treinamento de crianças e adolescentes

praticantes de ginástica, observando-se a possibilidade de evolução das crianças e

jovens ao alto desempenho esportivo, de forma a estimar quais serão aqueles com

maiores chances de atingir um alto nível de desempenho (LANARO e BÖHME 2001).

2.3.- HABILIDADES MOTORAS

Entender como os seres humanos desenvolvem as habilidades motoras, através

da vida, é a questão central dos estudiosos da área de desenvolvimento motor. Estes

buscam identificar, definir e entender as mudanças que ocorrem com o movimento que

se torna mais complexo à medida que se desenvolve.

Ao longo do tempo, os estudos, na área do desenvolvimento motor, sofreram

grandes mudanças, que ora estão centrados no produto,onde o foco é a performance; ora

se concentram no processo e o foco se volta para os mecanismos básicos de mudanças

do comportamento motor, segundo ISAYAMA e GALLARDO (1998). Para

CONNOLLY (2000), fala que a habilidade refere-se a uma capacidade praticada que a

criança apresenta na execução de uma série de tarefas, e o movimento corresponde as

mudanças espaciais no tempo real; ele envolve energia e seu gasto, controle e produção

de força. E desenvolvimento motor são as mudanças nas ações habilidosas, em padrões

de movimento, que acontecem ao longo da vida.

Já para MONOEL (1999) desenvolvimento motor refere-se às mudanças em

classes gerais do comportamento motor (locomoção, estabilidade e manipulação)

condicionadas pelo histórico de vida do individuo. As mudanças ocorrem numa escala

de tempo de meses, anos ou décadas, sendo que habilidades motoras é um processo

continuo no qual ordem e desordem se complementam.

Um dos aspectos mais característicos da habilidade motora é a sua natureza

seriada. FITTS e POSNER (1967), citado por PÚBLIO e TANI (1993), isto é, ela

envolve, com freqüência de movimentos num padrão espacial e temporal adequado para

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que o objetivo possa ser alcançado. Por exemplo, a cortada em voleibol envolve a

execução seqüencial dos seus componentes – posição de expectativa, deslocamento,

impulsão, preparação para o ataque, ataque, finalização do ataque e aterrissagem – num

padrão espacial e temporalmente organizado em relação à demanda ambiental. Para

MAGILL (1989) citado por PELLEGRINI (2000) aprendizagem refere-se a uma

mudança na capacidade do individuo executar uma tarefa, mudança esta que surge em

função da prática e é inferida de uma melhoria relativamente permanente no

desempenho.

Partindo da descrição do comportamento motor antes, durante e após a prática

como um primeiro referencial. O que vemos quando um aprendiz tenta pela primeira

vez ou nas primeiras tentativas de execução de uma tarefa “nova” para ele. Que

mudanças observamos na medida em que a prática progride e qual o comportamento de

um habilidoso nesta tarefa. Estamos falando das mudanças externas, diretamente

observadas. PELLEGRINI (2000) divide o comportamento motor em três níveis:

• Inexperiente (novato) – nas primeiras tentativas, busca descobri qual é a tarefa, o

que deve fazer para realizá-la, ou seja, busca identificar as características

invariantes, a estrutura da tarefa; nesta busca o executante parece

descoordenado, com movimentos desnecessários e sem fluência.

• Intermediário – tentativa a tentativa vai eliminando os movimentos

desnecessários, e com isso descobre como economizar energia e tempo; a

seqüência de movimentos ganha progressivamente fluência e harmonia; sua

atenção se dirige aos estímulos relevantes e busca atender a detalhes

anteriormente não percebidos.

• Avançado (“expert”) – o executante tem certeza de como alcançar a meta da

ação, com um mínimo gasto de energia e/ou tempo; graça, beleza e eficiência

estão presentes neste estágio; o executante precisa de um mínimo de atenção

para realizar a tarefa (automatização).

Essa natureza seriada da habilidade motora estabelece, portanto, como questão

central para a sua aquisição, a aprendizagem não só dos componentes mas também da

interação entre eles. Sob o ponto de vista de ensino, algumas alternativas para este tipo

de habilidade podem ser pensadas, como por exemplo: a) ensinar os componentes

separadamente um a um para depois integrá-los numa série completa; b) ensinar o

primeiro componente e depois ir acrescentando os outros componentes, aumentando a

seqüência ate completar a série; c) ensinar o primeiro e o segundo componentes

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separadamente e depois combinadamente, seguido do terceiro separadamente para então

acrescentá-lo à combinação e assim sucessivamente ate completar a série; e d) ensinar a

série completa desde o início da aprendizagem (PÚBLIO E TANI 1993).

Segundo CANFIELD (1995-2000) habilidades motoras (termo estabelecido na

temática) são fatores do movimento humano e, somente para este propósito, não são

diferentes de padrões e destrezas motoras. O conceito de movimento, não sendo

inequívoco, permite especular a existência de uma distinção entre movimento e ação.

Assim sendo quando maior a exigência de precisão em uma tarefa motora menor e a

velocidade de movimento observada, segundo TEIXEIRA (2000). Esta relação foi

inicialmente modelada por FITTS (1954) citado por TEIXEIRA (2000), que

demonstrou que o tempo de movimento em tais tarefas é uma função linear do

logaritmo do dobro da amplitude de movimento dividida pela largura do alvo. Esta

proposição, a qual veio a ser conhecida como Lei de Fitts, tem recebido amplo suporte

empírico em diferentes tipos de tarefa envolvendo velocidade e precisão de movimentos

tais como contatar um alvo físico com a mão ou estilete.

A aprendizagem de qualquer habilidade motora requer a seleção de informações

que podem estar contidas no meio ambiente e/ou fornecidas pelo professor ou técnico.

Para que esta informação seja retirada, para posterior interpretação e possível

armazenamento na memória de longa duração, o processo da atenção é fundamental.

LADEWIG (2000). O funcionamento do sistema postural que também é uma habilidade

motora, envolve a necessidade coordenar e controlar os segmentos corporais com base

nas informações sensoriais, ou seja a manutenção de uma posição corporal desejada

envolve a coordenação e controle dos segmentos corporais com relação aos outros

segmentos corporais e a coordenação e controle desses segmentos corporais com

relação ao meio ambiente, segundo (BARELA 2000).

Durante o processo da aprendizagem de qualquer atividade, passamos por

estágios em que ocorrem diversas mudanças, entre elas, nas exigências nos processos da

atenção. Estas mudanças vão desde o momento em que estamos sendo expostos pela

primeira vez à atividade e não temos a menor idéia do que fazer primeiro, até o

momento em que já conseguimos realizar a atividade quase sem nenhum esforço

cognitivo. Sendo que o grau de dificuldade e complexidade da tarefa é que ditarão a

quantidade de pratica necessária para que possamos realizar a tarefa “sem pensar”.

Entenda-se “sem pensar”, a realização de uma atividade, a execução de um movimento

automaticamente, ou o “processo automático” definido por SCHNEIDER e SHIFFRIN

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(1977) citados por LADEWIG (2000), como sendo “rápido, paralelo, basicamente sem

esforço e com possibilidades de não sofrer interferência de atividades paralelas”.

Os métodos mais populares para transmitir informações acerca da meta e da

seqüência apropriada para a ação são as instruções verbais e a demonstração. O

professor deve suplementar a instrução verbal com a demonstração (modelo),

videoteipe, filme ou fotografia da ação a ser aprendida. É preciso também que o

professor dirija a atenção do aluno aos aspectos importantes da “performance” que

observa. Ainda se deve alternar curtos períodos de prática com demonstrações,

permitindo descanso enquanto nova informação é enfatizada a partir do modelo. A

demonstração facilita a instrução, pois dizer simplesmente “faça isso” e em seguida

demonstrar, minimiza instruções complexas. Assim, o motivo principal do emprego da

demonstração é a transmissão de informações acerca da meta a ser atingida na ação. A

demonstração mostra particularidades úteis para a aprendizagem de uma habilidade,

reduzindo dessa forma a incerteza sobre como deve ser realizada. NEWELL (1981);

SCHMIDT (1991) citado por (TONELLO e PELLEGRINI 1998).

Para TONELLO e PELLEGRINI (1998) de acordo com o tipo de informação

contida na demonstração, pode-se ter o modelo real ou simulado. O modelo real se

caracteriza pela apresentação exata da tarefa, da maneira como ela será praticada,

portanto, com a utilização de todos os agentes externos requeridos pela tarefa, como por

exemplo, a bola (em esportes como voleibol, futebol, handebol), a música para a dança,

a trave, as barras, as argolas, entre outros, para a ginástica artística.

É de vital importância que professores ou treinadores conheçam seus alunos e

reconheçam que este tem um conjunto diferente de capacidades físicas, mentais

emocionais e sociais. Deve-se, assim, acomodar um inerível número de diferenças

individuais quando se planejam o aprendizado de habilidade e as sessões de

treinamento. Algumas dessas diferenças individuais são fáceis de detectar, outras não.

Mas constitui vantagem para você, conscientizar-se do maior número possível de fatores

(GALLAHUE e OZMUN s/d).

Para CANFIELD (2000) não se quer dizer que somente algumas ações humanas

são passíveis de investigação cientifica. A questão é que nem todas as questões sobre as

ações humanas são questões cientificas, abertas à investigação empírica. Entretanto, é

importante reconhecer que nem todas as questões sobre o comportamento são empíricas.

Para cada ação humana é possível, em princípio, proporcionar explicações em termos de

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causas e razões, e somente o primeiro tipo de explicação esta dentro da província da

ciência.

2.4.- TALENTO ESPORTIVO

Para LANARO e BÖHME (2001) questões relacionadas ao talento e mais

especificamente ao talento esportivo parecem não estar ainda bem esclarecidas em

nosso país, procurou-se, definir, conceituar e esclarecer o que é talento no sentido geral

do termo. Posteriormente procurou-se abordar mais diretamente as questões

relacionadas ao entendimento de talento esportivo, e as possibilidades de diagnóstico e

prognóstico do talento, ou seja, a detecção, seleção e promoção ao alto nível de

desempenho.

Segundo WEINEKE (1999) citado por MATARUNA (2000), talentoso é aquele

que, com disposição, prontidão para o desempenho e possibilidades, apresenta um

desempenho acima da média comprovada para aquela faixa etária (desempenho este

comprovado por competições). Este resultado é obtido graças ao acompanhamento de

um treinamento - orientação intencional, ativa e pedagógica – que visa o

desenvolvimento do desempenho. Já para HAHN (1988), citado por BENDA s/d,

talento é uma atitude acentuada a uma direção (superando a média normal) que ainda

não esta completamente desenvolvida. O talento existe em qualquer campo de ação, não

de limitando ao esporte. Encontram-se talentos na música, na ciência, na oratória, nas

artes, nos cálculos matemáticos. De uma forma geral, o talento esportivo é a

denominação dada a uma pessoa na qual aceita-se, com base em seu

comportamento/atitudes ou com fundamento em suas condições de comportamento

herdadas e adquiridas, que possui uma aptidão especial ou uma grande aptidão para o

desempenho esportivo segundo CARL (1988), também citado por (BENDA s/d).

KANE e FISHER (1979) citado por HEBBElLINCK (1989), afirmam que

crianças dotadas ou talentosas representam uma fonte valiosa de nossa sociedade e que

existe uma crescente consciência de que a partir do momento que elas tem necessidades

educacionais especiais e possivelmente psicológicas, é importante que estas sejam

identificadas e adequadamente satisfeitas.

O nível de desempenho de um talento esportivo, depende dos traços individuais

e dos programas que objetivam identificar, estimular e recompensar a aprendizagem e o

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treinamento. Desta forma, a possibilidade de sucesso de um indivíduo em qualquer

esporte depende de seu potencial genético, da metodologia de aprendizagem e

treinamento durante os diferentes estágios do seu desenvolvimento. BOMPA (1994),

citado por LANARO e BÖHME (2001). CSIKSZENTMIHALYI, et al (1997), citados

por VIEIRA e VIEIRA (2001), apontam três elementos fundamentais que devem

caracterizar um talento: a) traços individuais: em partes inerentes e em parte

desenvolvidos com o crescimento da pessoa; b) domínios culturais: referem-se aos

sistemas das regras que definem a freqüência de performance como significante e

valorosa; c) campo social: pessoas e instituições cuja tarefa é decidir quando uma certa

performance é considerada de valor ou não.

Para MATSUDO (1996) citado por LANARO e BÖHME (2001), as

dificuldades encontradas nas questões do talento esportivo, quase sempre estão

relacionadas à falta de conhecimento e aceitação pelos técnicos esportivos, das

pesquisas e metodologias desenvolvidas pelos teóricos, com o intuito de auxiliar no

diagnóstico e predição do desempenho de atletas.

O talento não pode ser detectado com base na aptidão demonstrada em um único

teste motor e ou mensuração, mas a identificação de talentos é parte de um processo de

desenvolvimento, que se torna aparente durante as etapas de treinamento, testagem e

mensuração sistemática, concomitantemente com uma participação real em competições

esportivas, detecção, seleção e promoção de talentos esportivos segundo (LANARO e

BÖHME 2001).

A expressão ou a confirmação do talento implica em um forte empenho na

preparação esportiva, e esta não se realiza sem um conjunto de condições sociais que

suportam o envolvimento das crianças e jovens no esporte e na preparação esportiva

visando o alto rendimento. O ambiente familiar e o empenho dos pais para a experiência

desportiva dos filhos parece ser, entre essas condições sociais, uma das principais.

Dessa forma, ginastas, nadadores e tenistas, além da sua origem social ser

habitualmente mais favorecida, recebem maiores incentivos dos pais, que os

acompanham em todos os passos da sua formação esportiva.

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2.4.1- DETECÇÃO DE TALENTOS ESPORTIVOS

Segundo LANARO e BÖHME (2001) os estudos realizados sobre detecção de

jovens talentosos para a prática desportiva ainda são pouco prestigiados por dirigentes

das entidades esportivas. Estes preferem dar maior atenção ao atleta em formação e ao

já formado. Excetuando-se algumas raras exceções, a detecção e seleção de jovens para

o esporte têm sido feita de modo empírico, através da abnegação de uma minoria;

entretanto, completamente despreparada para cumprir a finalidade a que se propõem.

Para BÖHME (1995) citado por BENDA (s/d), a determinação do talento

esportivo baseia-se nas evidências abstratas e discussões teóricas que resultam na

descrição e identificação de possíveis condições e características que possam identificar,

caracterizar as pessoas como talento esportivo dentro da população.

Os aspectos psíco-culturais envolvidos no processo prematuro de especialização

e competição esportiva com crianças ainda não preparadas para atividades esportivas

que exijam grandes responsabilidades ou pressões, assim como os pressupostos para a

adoção de critérios e idades para o início em um treinamento esportivo regular e a

participação em competições federadas. Um terceiro aspecto a ser considerado refere-se

à proposta na literatura quanto ao processo de aquisição de habilidades motoras gerais

(todas as formas de manipulação, locomoção e não-locomoção) ser estimulado na

criança antes das habilidades motoras específicas relacionadas com o esporte, assim

como, as implicações de uma iniciação esportiva inadequada, acontecendo de forma

prematuramente especializada, conforme as características e necessidades de cada faixa

etária (ARENA e BÖHME 2000).

Para MATSUDO (1996) citado por BENDA s/d, como uma alternativa para

predizer o talento. É feita uma comparação, naquele aspecto especifico avaliando, entre

o atleta de alto rendimento e o adulto que compõe a população geral. Chega-se então a o

desvio “Z”, ou seja, o quanto o atleta se afasta da média da população para cada fator.

Esta comparação é realizada, também, entre as crianças que compõem a população geral

e o futuro talento esportivo. Se encontrar um “Z” semelhante entre o atleta e o talento,

este deverá ser selecionado.

Reforçando as argumentações acima, SMOLEYSKIY e GAVERDOYSKIY

(1996) citado por LANARO e BÖHME (2001), sugerem que a orientação dos jovens no

treinamento regular deve estar relacionada com a avaliação de seu estado de saúde para

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descobrir possíveis contra-indicações. Há uma lista das enfermidades e dos estados

patológicos, sob os quais não se deve praticar esportes tais como: atraso no

desenvolvimento físico, desvio da coluna vertebral, doenças do sistema cardiovascular,

problemas no trato gastrintestinal, tuberculose e anomalias de visão.

2.4.2.- SELEÇÃO DE TALENTOS ESPORTIVOS

Para BÖHME (1995) citado por LANARO e BÖHME (2001), seleção de

talentos esportivos é a denominação dada aos meios utilizados para a determinação dos

indivíduos que tem condições de serem admitidos no nível superior de treinamento

sistematizado em uma especialidade esportiva, objetivando um alto nível de

desempenho esportivo na modalidade para a qual possui predisposição motora e

psíquica.

Segundo LANARO e BÖHME (2001) um critério se seleção cada vez mais

predominante é o desempenho em competições, no qual é possível verificar o nível de

desenvolvimento esportivo físico, técnico e tático, em interação com a personalidade

(aspectos psicológicos) do atleta, podendo dessa forma ser observado o resultado

individual dentro do perfil de exigência requerido para a modalidade.

A falta de estudos que estabeleçam com mais segurança padrões de referência

das variáveis envolvidas em determinados desportos, em diferentes idades, somados à

falta de oportunidade da prática da atividade esportiva, conduz à necessidade de se

buscar estratégias planejadas na seleção do talento, enquanto a democratização da

prática esportiva for um sonho de poucos. OLIVEIRA, et al (1989), citados por

(LANARO e BÖHME 2001).

Para exemplificarmos um correto processo de seleção, citamos o caso de

Cristina Cretu, uma das estrelas da ginástica romena, que foi uma das 20 ginastas

selecionadas, de um grupo de 5.000 inscritos. Ela conseguiu passar com sucesso por um

processo de seleção, testes de velocidade, força abdominal, flexibilidade e endurance. A

seleção de talentos desta forma passa a ser também um problema de estatística, onde os

métodos de seleção com relevância e valor prognóstico deveriam apresentar uma

porcentagem mais baixa possível de previsões falso-positivas ou negativas.

BORRMANN (1980), citado por (LANARO e BÖHME 2001).

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2.4.3.- PROMOÇÃO DE TALENTOS ESPORTIVOS

Por “promoção de talentos esportivos”, pode-se entender como um processo de

acompanhamento do desenvolvimento do atleta, no qual deve-se levar em consideração

os índices morfológicos, nível de preparação física especial, nível de preparação técnica,

nível de preparação tática, nível de preparação psicológica, possibilidades funcionais do

organismo e os resultados obtidos em competições. BÖHME (1994), citado por

(LANARO e BÖHME 2001).

Segundo LANARO e BÖHME (2001) a promoção prematura de atletas a níveis

mais elevados de treinamento deve ser vista com cautela. As previsões de aptidão física

são consideradas em geral válidas, por dois a quatro anos, devendo ser consideradas

como um processo evolutivo sob constante avaliação, análise e revisão.

Já para CRECO (1997) citado por BENDA s/d, propõe um sistema de formação

esportiva. Neste, basicamente, o objetivo final do talento esportivo e da criança

“normal” não é o alto rendimento, mas uma fase de recreação e saúde. O talento

esportivo teria um caminho diferente a percorrer, passando pela fase de alto nível, mas

com uma estrutura psicofísica suficiente para chegar à fase de recreação e saúde após

encerrar a sua carreira competitiva, o que não deve significar o sedentarismo.

Tendo em vista a dificuldade para a promoção de talentos FILIN (1996) citado

por LANARO e BÖHME (2001), propõem que no processo de promoção de talentos

esportivos deve-se levar em consideração os seguintes componentes: índices

morfológicos; nível de preparação técnica, tática, psicológica; possibilidade de

recuperação depois de grandes cargas físicas e psicológicas. A principal forma de

promoção são as competições. Por isso deve-se levar em conta não só os resultados e o

seu desempenho em competições durante os últimos 2-3 anos, mas também o nível de

desenvolvimento no decorrer das sessões regulares de cada estágio de treinamento, em

correspondência com os principais componentes da preparação física, técnica, tática e

psicológica no tipo de desporto em questão.

A trajetória de desenvolvimento de um talento pode apresentar uma seqüência

progressiva de objetivos, que inicialmente devem ser adequados aos níveis de

desenvolvimento da criança e, posteriormente, do atleta. Os atributos psicológicos

pessoais do atleta, como determinação, concentração, dedicação e motivação para

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prática esportiva possivelmente serão características evidenciadas desde a infância até a

vida adulta para (LANARO e BÖHME 2001).

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III- MÉTODOLOGIA

3.1.- AMOSTRA

Foram entrevistados 10 técnicos e professores de Ginástica Olímpica, na faixa

etária dos 30 anos até os 55 anos de idade (x 38,3 / s 9,03), de ambos os sexos, sendo 5

homens e 5 mulheres de nível social (médio – alto), com mais de dez anos de pratica na

ginástica olímpica, os técnicos são de diversos clubes e entidades: 3 técnicos do clube

Mesc de São Bernardo do Campo, 2 da Uni Fmu, 1 do Centro Educacional da Mooca, 1

do Centro de treinamento de Santo André, 1 da Academia Wachiton de Ginástica

Olímpica em Bauru (SP), 1 do Centro de Excelência em Curitiba (CBG) e 1 técnico

Norte Américo de cidade de Dallas.

3.2.- PROCEDIMENTO

Para este trabalho foi realizada uma entrevista com 6 perguntas especificas

(anexo 1). Esta entrevista foi elaborada especificamente para este trabalho, constando de

perguntas abertas, os técnicos e professores deram a própria opinião na elaboração das

respostas. O objetivo da entrevista e levantar a forma os elementos e os pontos mais

importantes para detectar um talento da ginástica olímpica. Cada questão contem um

objetivo especifico: 1) – qual é a forma, método ou técnica que será utilizada para

detectar um futuro talento . 2) – quais são as características mais importantes em uma

criança que futuramente possa ser ginasta. 3) – quais os movimentos característicos da

Ginástica Olímpica mais importantes que as crianças possam realizar durante uma aula

de Educação Física. 4) – com quantos anos uma criança é capaz de realizar movimentos

característicos da Ginástica Olímpica. 5) – quais são os pontos avaliados em um

processo de detecção de talentos, afim de montar uma única equipe para um futuro

treinamento. 6) – opinião sobre o processo de detecção de talentos atualmente.

As entrevistas foram feitas nos locais de trabalho, durante o período de aula ou

treino, Ginásios e academias especializadas e clubes com estrutura apropriada para a

pratica da Ginástica Olímpica. A entrevista foi gravada em fita cassete e as respostas

foram anotadas na folha de entrevista.

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3.3.- ANALISE DOS DADOS Os dados foram analisados através de freqüência e porcentagem de respostas,

assim analisados quantitativamente os textos disertativos obtidos nas entrevistas.

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IV- RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados são apresentados com base na opinião de cada técnico, professor

de Ginástica Olímpica, as respostas foram avaliadas através da freqüência de respostas e

da porcentagem e apresentadas em tabelas.

TABELA 1. Freqüência e porcentagem das variáveis sobre a seleção de crianças

talentosa para o treinamento.

VARIÁVEIS f %

Capacidades Físicas 7 30,43

Disponibilidade de Horário 4 17,39

Aspectos Cognitivos 3 13,04

Biótipo 3 13,04

Composição Corporal 2 8,69

Aspectos Psicológicos 2 8,69

Genética 1 4,34

Por Observação 1 4,34

Os resultados indicam que a seleção das crianças é feita através das capacidades

físicas (30,43 %), e a disponibilidade de horário para o treinamento (17,39 %). Mas para

MARQUES (1991) citado por LANARO e BÖHME (2001), reporta que se

tradicionalmente a detecção dos talentos deve se efetuar sobretudo a partir da

observação pelos treinadores da criança nas competições, isto é, a partir de

procedimentos subjetivos e empíricos, o que freqüentemente dará origem a erros, deve-

se depois comprovar o processo de detecção e seleção de talentos, selecionando

estratégias cientificas adequadas, sem no entanto subestimar o papel dos treinadores e

da observação pedagógica, e não apenas as capacidades físicas.

A tabela dois demonstra as características mais importantes de uma criança

durante um processo de detecção de talentos, quais são as variáveis que um técnico

pode usar quando pretende realizar um teste de detecção de talentos.

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TABELA 2. Freqüência e porcentagem das variáveis sobre as principais características

observadas em uma criança para detecção de talentos na Ginástica Olímpica.

VARIÁVEIS f %

Capacidades Físicas 8 29,62

Aspectos Cognitivos 6 22,22

Biótipo 6 22,22

Outras Respostas * 4 14,81

Aspectos Psicológicos 1 3,70

Composição Corporal 1 3,70

Idade 1 3,70

* Outras Respostas: Agressão, Ambição e Musculatura definida.

As capacidades físicas continuam sendo o aspecto mais importante em uma

criança, um ótimo exemplo é o desempenho no cavalo com alças exige força,

coordenação multisegmentar, equilíbrio, controle estático e dinâmico segundo MAIA

(1996) e SCHMIDT (1982), citados por LANARO e BÖHME (2001). Para DIANNO e

RIVET (1989), estudos anteriores com ginastas brasileiras, encontrou-se um alto valor

de força, especialmente de membros inferiores e abdominais, o que mostra que é uma

característica da modalidade, também verificada em um estudo com ginastas

canadenses.

Os aspectos cognitivos como a capacidade de reprodução, a criança assiste um

determinado vídeo de Ginástica Olímpica ou observa um movimento realizado por um/a

ginasta e consegue reproduzi-lo é uma variável de grande importância , alguns técnicos

falou sobre o biótipo, ombros mais largos, quadril mais estreito, braços e pernas longas,

alguns técnicos falam que o biótipo das crianças da Ginástica Olímpica é em forma de

Y, essas estão sendo as características mais observadas por alguns técnicos.

A tabela três vai explicar os movimentos que os especialistas da área, observam

em uma criança quando elas estão em uma aula de Educação Física ou fazendo uma

brincadeira sem estar em um processo de detecção de talentos. Os movimentos que

possam ser um indicador do talento esportivo na Ginástica Olímpica.

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TABELA 3. Freqüência e porcentagem das variáveis sobre os movimentos

característicos da Ginástica Olímpica que uma criança consiga executar em uma aula de

educação física de acordo com a opinião dos profissionais de Ginástica Olímpica

entrevistados.

VARIÁVEIS f %

Movimentos de Sustentação do Corpo 5 21,73

Estrela 4 17,39

Movimentos Ligados as Capacidades Físicas 4 17,39

Apoio Invertido 3 13,04

Outras Respostas ** 3 13,04

Rolamentos 2 8,69

Movimentos Ligados a Técnica * 1 4,34

Movimentos Naturais 1 4,34

* Movimentos ligados a técnica: movimentos mais estilizados (com ponta de pé, e todo

o corpo alongado).

** Outras Respostas: crianças saltitantes, conjunto de movimentos, andar sobre as mãos

e movimentos coordenados.

Os únicos movimentos característicos da Ginástica Olímpica que foram

observados foi a estrela (17,39 %), o apoio invertido (13,04 %) e os rolamentos (13,04

%). Mas movimentos ligados a sustentação do corpo são de grande importância (21,73

%) como BARELA (2000), fez um estudo sobre o funcionamento do sistema postural

que também é uma habilidade motora, que envolve a necessidade coordenar e controlar

os segmentos corporais com base nas informações sensoriais, ou seja a manutenção de

uma posição corporal desejada envolve a coordenação e controle dos segmentos

corporais com relação aos outros segmentos corporais e a coordenação e controle desses

segmentos corporais com relação ao meio ambiente, este estudo mostrou que a postura e

a sustentação do corpo são de grande importância na avaliação de futuros ginastas.

A tabela quatro demonstra qual é a idade aproximada que uma criança é capaz

de realizar os movimentos característicos da modalidade, sendo que nenhuma criança é

ou foi atleta de Ginástica Olímpica.

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TABELA 4. Freqüência e porcentagem das variáveis sobre a idade que a criança é

capaz de executar movimentos característicos da Ginástica Olímpica.

VARIÁVEIS f %

Depende de Cada Criança 3 23,07

Entre 4 e 5 anos 3 23,07

A partir dos 5 anos 2 15,38

A partir dos 6 anos 1 7,69

Entre 6 e 7 anos 1 7,69

A partir dos 10 anos 1 7,69

Qualquer Faixa Etária 1 7,69

Outras Respostas * 1 7,69

* Outras Respostas: depende da motivação, depende da maturidade e depende do nível

do movimento.

As respostas indicam que as crianças entre 4 e 5 anos já são capazes de executar

movimentos característicos da modalidade, mas a grande maioria respondeu que

depende de cada criança, assim como para SCHNEIDER e SHIFFRIN (1977) citados

por LADEWIG (2000), este estudo fala que durante o processo da aprendizagem de

qualquer atividade, passamos por estágios em que ocorrem diversas mudanças, entre

elas, nas exigências nos processos da atenção. Estas mudanças vão desde o momento

em que estamos sendo expostos pela primeira vez à atividade e não temos a menor idéia

do que fazer primeiro, até o momento em que já conseguimos realizar a atividade quase

sem nenhum esforço cognitivo. Sendo que o grau de dificuldade e complexidade da

tarefa é que ditarão a quantidade de pratica necessária para que possamos realizar a

tarefa “sem pensar”. Entenda-se “sem pensar”, a realização de uma atividade, a

execução de um movimento automaticamente, ou o “processo automático” concluindo a

finalização do processo de aprendizagem. Outros estudos concluiram que o

comportamento motor antes, durante e após a prática como um primeiro referencial. O

que vemos quando um aprendiz tenta pela primeira vez ou nas primeiras tentativas de

execução de uma tarefa “nova” para ele. Que mudanças observamos na medida em que

a prática progride e qual o comportamento de um habilidoso nesta tarefa. Estamos

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falando das mudanças externas, diretamente observadas. PELLEGRINI (2000), divide o

comportamento motor em três níveis: Inexperiente ou novato, Intermediário e Avançado

ou expert. Estes estudos mostram a importância da evolução dos movimentos, partindo

dos níveis mais básicos, ate os níveis mais complexos.

A tabela cinco vai mostrar os testes ou as variáveis que os especialistas utilizam

em um programa de detecção de talentos, como eles fazem para selecionar os melhores

dos melhores ou os mais preparados dos menos preparados.

TABELA 5. Freqüência e porcentagem das variáveis a serem priorizados em um

programa de detecção de talentos nacional na Ginástica Olímpica.

VARIÁVEIS f %

Testes Físicos 4 16,66

Testes Cognitivos 3 12,05

Testes de Habilidades Técnicas 3 12,05

Facilidade de Locomoção 3 12,05

Outras Respostas * 3 12,05

Capacidade de Assimilação e Reprodução 2 8,33

Genética 2 8,33

Testes Psicológicos 2 8,33

Observação do Técnico 2 8,33

* Outras Respostas: idades mais próximas, apoio da família, facilidade de locomoção

concentração, vontade e é impossível realizar esta seleção de talentos.

Os testes físicos continuam sendo uma das variáveis mais utilizadas na detecção

de talentos. Segundo BERGAMO e PAES (2002) a detecção do talento deve se dar

pelas múltiplas possibilidades da criança desempenhar suas habilidades técnicas, táticas

e afetivas, portanto, a nossa proposta é a da busca pelo talento múltiplo. Essa proposta

se caracteriza pela formação global da criança, sendo que o trabalho com as capacidades

motoras deverá ser reconsiderado, reestruturado e re elaborado periodicamente,

adequando-se às mudanças biológicas e psicológicas da criança, para que o ensino

possa levar o praticante sentir sua adaptabilidade e facilidade nas realizações das tarefas

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motoras. Para MATARUNA (2000) o talento pode ser identificado durante um

treinamento ou por outros dados, aspectos biológicos, do individuo. “(...) Não basta

somente identificar o talento, mas cabe ao técnico saber aproveitá-lo (...)”.

A tabela seis demonstra se há ou não a um processo de detecção de talentos no

Brasil, ou de qual forma é feito esse processo.

TABELA 6. Freqüência das variáveis analisadas no processo de detecção de talentos da

Ginástica Olímpica atualmente.

VARIÁVEIS f %

Não Existe Processo 5 25,0

Parâmetros Individuais 5 25,0

Testes Físicos 3 15,0

Ao Acaso 2 10,0

Medidas Antropométricas 1 5,0

Biótipo 1 5,0

Testes Cognitivos 1 5,0

Realização de um Movimento 1 5,0

Outras Respostas * 1 5,0

* Outras Respostas: testes desafiadores.

A resposta dos entrevistados indica que não existe nenhum processo de detecção

de talentos e quando existe são todos testes individuais de cada técnico, professor ou

arbitro, não existindo uma padronização na detecção de talentos atualmente. Para

minimizar o problema do prognóstico, os pesquisadores da área procuram definir

critérios para a determinação de talento esportivo. Porém, a definição de critérios

também se apresenta como um problema da área (BÖHME 1995 citado por BENDA

s/d).

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V - CONCLUSÃO O principal objetivo deste trabalho foi verificar a opinião dos técnicos e

professores, sobre o processo de detecção de talentos na Ginástica Olímpica. Todos os

resultados obtidos neste trabalho demonstraram que não existe um processo de detecção

de talentos no pais, mas existe uma avaliação empírica e subjetiva de cada técnico em

particular, o único lugar onde é feito um tipo de detecção de talentos é no Centro de

Excelências em Curitiba, mas o teste inicial utilizado nesse processo é a observação e a

confiança nos olhos de técnicos experientes da Ucrânia. Este trabalho obteve outras

respostas como: as capacidades físicas, a disponibilidade de horário, os aspectos

cognitivos, movimentos de sustentação do corpo, estrela (movimento característico da

Ginástica Olímpica), não existe uma idade correta para uma criança realizar

movimentos característicos da modalidade, é estimado entre 4 e 5 anos, mas depende de

cada criança, estas foram outras respostas obtidas neste trabalho, assim sendo são

pontos importantes se algum técnico ou professor busca a detecção de talentos.

Uma sugestão para um próximo trabalho é descobrir se todas as crianças que não

foram selecionadas em um processo deste tipo, possam se tornar ginastas do mesmo

nível que as selecionadas, isto significa que um talento não é apenas características

físicas observáveis, mas uma criança pode ter todos os planos mentais (coordenação de

membros superiores e inferiores, consciência corporal adequada a sua faixa etária, etc...)

e ser capaz de realizar movimentos da modalidade mesmo sem ter a primeiro momento

as características físicas ideais da Ginástica Olímpica, características essas que possam

ser treinadas a curto e médio prazo, ou ainda, um futuro trabalho pode se basear na

avaliação da técnica de execução de alguns movimentos característicos da Ginástica

Olímpica, em diferentes faixas etárias, esse tipo de teste não vai descartar as crianças

talentosas e sim conseguir trazer mais crianças para a pratica da Ginástica Olímpica.

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VI- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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22- SILVA, L.A.P.; et al. Aquisição Física-Monotora de Base: Como estão crianças

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23- TEIXEIRA, L.A; Sobre a Generalidade de estratégias de controle sensório- motor :

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24- TONELLO, M.G.M.; PELLEGRINI, A..M. A Utilização de Demonstração para a

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25- VIEIRA, L.F; VIEIRA , J.L.L : Talentos esportivos: estudo dos atributos pessoais

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VI- ANEXO

ENTREVISTA: DETECÇÃO DE TALENTOS

1) Como você técnico, professor ou arbitro faria par selecionar as crianças mais

talentosas para um futuro treinamento?

2) O que ou quais características chamam sua atenção em uma criança que

possa vir a ser sua ginasta?

3) Quais os movimentos que executados por uma criança te leva a crer que ela

possa vir a ser uma criança talentosa para a ginástica olímpica?

4) Com quantos anos você supõe que uma criança é capaz de executar

movimentos próprios ou característicos da ginástica olímpica?

5) HIPOTESE: Foi elaborado um programa para detecção de talentos a nível

nacional, onde 5000 crianças foram selecionadas por suas capacidades

físicas (força, flexibilidade, etc...), e suas medidas antropométricas (estatura,

peso, dobras cutâneas, etc...). A sua proposta é montar uma única equipe

para treinamento visando o alto rendimento. Como você técnico, professor

ou arbitro faria para selecionar essa equipe.

6) Qual a sua opinião sobre o processo de detecção de talentos na ginástica

olímpica atualmente.