Catarina cirurgia
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ESCOLA DE ENFERMAGEM CATARINA DE SIENACURSO: TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL –TSB
Disciplina: Cirurgia Odontológica
Carga Horária: 20 Hrs
NOÇÕES DE CIRURGIA ODONTOLÓGICA
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APRESENTAÇÃO
• Regis de Souza Valentim;
• Administrador de Empresas – UnP (2011);
• Cirurgião-Dentista – UFRN (2014);
• Cirurgião-Dentista da ESF I no Paraná-RN;
• Coordenador de Saúde Bucal;
• Atualmente faço capacitação no Atendimento a pacientes com necessidades especiais – UNA-SUS/UFPE.
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CIRURGIA: ETIMOLOGIA DA PALAVRA
Cirurgia provém do latim chirurgia, que o tomou do grego kheirourgia, de kheír, mão + érgon, trabalho. etimologicamente, portanto, cirurgia significa trabalho manual, arte, ofício, no qual se empregam as mãos para a sua execução;
Além disso, a cirurgia se relaciona com o conhecimento das doenças e cujo tratamento exige uma intervenção manual e/ou uso de instrumentos.
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CIRURGIA X MEDICINA
Das doenças tratadas pelo cirurgiões dentistas, poucas se curam só com o uso das mãos e dos instrumentos, sendo também necessário o uso de medicamentos, de cuidados com a higiene, repouso, etc.;
A partir disso podemos entender que a cirurgia e a medicina dependem uma da outra e que apresentam muitos pontos em comum.
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CIRURGIA X MEDICINA
A cirurgia buco-maxilo-facial é a especialidade odontológica que mais se aproxima da área médica, portanto deve ser cercada de cuidados:
• Contaminação do campo cirúrgico;
• Preparo físico e psicológico do paciente e;
• Preparo do ambiente onde será realizada a cirurgia.
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CIRURGIA AMBULATORIAL
A cirurgia praticada no consultório é classificada como uma cirurgia de nível ambulatorial, ou seja:
• Sem recursos de anestesia geral;
• Nem de monitoração cardíaca;
• Nem equipamentos de reanimação ou de manutenção respiratória.
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DESENVOLVIMENTO DA CIRURGIA
• A cirurgia limita ou elimina as doenças nas quais os tratamentos clínicos não são eficazes;
• A cirurgia possui especialidades que intervém de maneira manual ou instrumental segundo a necessidade do tipo de doença ou afecção.
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FASES CIRÚRGICAS
• Há três fazes da cirurgia que devem ser destacadas, são elas:
o Fase pré-operatória: nesta etapa será realizado o preparo do ambiente, o preparo do paciente, paramentação da equipe e montagem da bandeja ou mesa cirúrgica;
o Fase intermediária: fase da cirurgia propriamente dita;
o Fase pós-operatória: limpeza do ambiente cirúrgico e recuperação do paciente.
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TRABALHO EM EQUIPE
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FASE PRÉ-OPERATÓRIA
• Uma vez decidido a realização da cirurgia no próprio consultório odontológico, ou seja, à nível ambulatorial, as primeiras medidas devem ser tomadas;
• Isso se inicia com a preparação do ambiente onde a cirurgia será realizada.
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PREPARO DO AMBIENTE
Os materiais para o revestimento de paredes, pisos e tetos de ambientes de áreas críticas e semicríticas devem ser resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes.
Devem ser sempre priorizados materiais de acabamento que tornem as superfícies monolíticas, ou seja, não possuam ranhuras ou perfis estruturais aparentes, mesmo após o uso e limpeza frequente.
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PREPARO DO AMBIENTE
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PREPARO DO PACIENTE
• Deve-se demostrar tranquilidade e segurança ao paciente, fazendo com que o mesmo se sinta seguro;
• Os exames pré-operatórios (exame de sangue, radiografia, autorização médica)devem ser avaliados pelo cirurgião, e em seguida esses exames devem ser arquivados, pois se tratam de documentos jurídicos e que fazem parte do prontuário médico-odontológico do paciente.
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MEDICAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
• Analgesia preemptiva: A analgesia preemptiva consiste na instituição de um regime analgésico previamente ao estímulo nociceptivo, com o objetivo de prevenir a hiperalgesia e a subsequente amplificação da dor;
Profilaxia Antibiótica: pode ser definida como o uso de medicamentos em pacientes sem evidência de infecção com o intuito de prevenir infecções tanto localmente quanto à distância.
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PROFILAXIA ANTIBIÓTICA - INDICAÇÕES
pacientes com cardiopatias específicas para prevenir a ocorrência de endocardite infecciosa;
pacientes com substituição articular total, realizada nos últimos dois anos, pacientes com algum grau de imunodepressão (diabéticos, desnutridos, em tratamento com imunossupressores, etc);
pacientes que fazem uso deválvulas cardíacas, para
prevenir infecções em tais próteses.
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PROFILAXIA ANTIBIÓTICA – PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS QUE NECESSITAM
extrações dentárias; procedimentos periodentais incluindo cirurgia, escarificação e
nivelamento de raiz, sondagem e manutenção; colocação de implante dentário ou reimplante de dentes avulsos; instrumentação ou cirurgia endodôntica (canal de raiz), somente
além do ápice; colocação inicial de bandas (mas não de “brackets”) ortodônticas; injeções intraligamentares de anestésico local; limpeza profilática de dentes ou implantes, quando se espera
sangramento; todo procedimento que ocasione grande sangramento.
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PROFILAXIA ANTIBIÓTICA – PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS QUE NÃO NECESSITAM dentística restauradora (restaurações ou reposição de dentes
ausentes) com ou sem cordão de retração; injeções de anestésico local (não intraligamentar); tratamento endodôntico intracanal; colocação de diques de borracha; remoção pós-operatória de sutura; colocação de aparelhos ortodônticos removíveis; ajuste do aparelho ortodôntico; mudança da dentição primária; colocação de “brackets” ortodônticos.
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DIETA E ESTADO EMOCIONAL
• Dieta: o principal problema com relação a dieta diz respeito ao jejum prolongado, o que pode deixar o paciente a uma crise de hipoglicemia, chegando a desmaiar;
• Estado emocional: a grande maioria dos pacientes se apresentam muito receosos com relação ao atendimento odontológico, o que pode fazer com que o mesmo apresente um quadro hipertesnsivo.
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CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL
• Um quadro hipertensivo durante ou após a cirurgia odontológica, pode favorecer uma hemorragia considerável, de grandes proporções;
• Por isso a PA do paciente deve sempre ser verificada antes do procedimento, se alta, aguardar um pouco e pedir calma ao paciente. Se persistir, a cirurgia deve ser suspensa, e o paciente deve procurar ajuda médica.
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ANTISSEPSIA EXTRA E INTRAOAL
• Intraoral: pede-se ao paciente para bochechar por 30 segundos clorexidina 0,12%;
• Extraoral: utiliza clorexidina 0,2% ou PVPI a 10%.
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PARAMENTAÇÃO
• Antes do início da intervenção cirúrgica, o assistente, o cirurgião ou qualquer outra pessoa que por ventura venha a estar presente na sala já deve estar de gorro, máscara, luvas e óculos de proteção.
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MONTAGEM DA MESA CIRÚRGICA
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EXAME CLÍNICO
ANESTESIA
SINDESMOTOMIA/DIÉRESE
EXÉRESECURETAGEM E LIMAGEM
IRRIGAÇÃO
SÍNTESE
MATERIAL AUXILIARSUGADORES E AFASTADORES
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MONTAGEM DA MESA CIRÚRGICA
• Tudo que será necessário na hora do procedimento cirúrgico deve está na mesa cirúrgica, à mão do cirurgião-dentista e do auxiliar. Já que os dois vão estar paramentados e não poderão tocar em nada que não esteja estéril, como também não podem deixar o paciente sozinho.
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FASE INTERMEDIÁRIA OU OPERATÓRIA
• Representa um conjunto de procedimentos executados durante o ato cirúrgico com técnica e instrumental adequados, são divididos didaticamente em manobras de:
o diérese;
o exérese e;
o Síntese.
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MANOBRAS DE DIÉRESE
• São manobras que visam romper a integridade do tecido e separar planos anatômicos, possibilitando o cirurgião atingir a região de interesse, essas manobras são:
o Incisão;
o Divulsão.
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MANOBRAS DE DIÉRESE
• Incisão: é executada com bisturi ou tesoura, rompendo a integridade do tecidos. As lâminas de bisturi utilizadas são as de número 11, 12 e 15 acopladas a um cabo de bisturi número 3.
![Page 34: Catarina cirurgia](https://reader035.fdocuments.net/reader035/viewer/2022081516/55c93972bb61ebcd3f8b4574/html5/thumbnails/34.jpg)
MANOBRAS DE DIÉRESE
• Divulsão: é a separação dos planos anatômicos, ou seja, na cirurgia odontológica, o descolamento da gengiva do tecido ósseo, por exemplo. Pode ser realizada com sindesmótomo, ou terousa.
![Page 35: Catarina cirurgia](https://reader035.fdocuments.net/reader035/viewer/2022081516/55c93972bb61ebcd3f8b4574/html5/thumbnails/35.jpg)
MANOBRAS DE EXÉRESE
![Page 36: Catarina cirurgia](https://reader035.fdocuments.net/reader035/viewer/2022081516/55c93972bb61ebcd3f8b4574/html5/thumbnails/36.jpg)
MANOBRAS DE SÍNTESE
• Estão relacionados com o ato da sutura, reaproximando os planos anatômicos, separados durante a cirurgia. São utilizados o porta-agulhas, fio de sutura, pinça e tesoura.
![Page 37: Catarina cirurgia](https://reader035.fdocuments.net/reader035/viewer/2022081516/55c93972bb61ebcd3f8b4574/html5/thumbnails/37.jpg)
FASE PÓS OPERATÓRIA (FINAL DO ATO CIRÚRGICO)
• Assim que a cirurgia acabar o assistente deve remover os resíduos da cuspideira, jogar os materiais contaminados em local adequado e limpar manchas de sangue do rosto do paciente;
• A lâmina de bisturi deve ser removida do cabo com o auxílio de um porta-agulha, assim como a agulha da sutura e a agulha da seringa carpule.
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FASE PÓS OPERATÓRIA (FINAL DO ATO CIRÚRGICO)
![Page 39: Catarina cirurgia](https://reader035.fdocuments.net/reader035/viewer/2022081516/55c93972bb61ebcd3f8b4574/html5/thumbnails/39.jpg)
![Page 40: Catarina cirurgia](https://reader035.fdocuments.net/reader035/viewer/2022081516/55c93972bb61ebcd3f8b4574/html5/thumbnails/40.jpg)
FASE PÓS OPERATÓRIA (FINAL DO ATO CIRÚRGICO)
• Após o fim da cirurgia e depois de realizada a sutura e toda a limpeza da cavidade bucal do paciente, uma gaze úmida em soro deve ser posicionado no local da cirurgia, e pede-se que o paciente morda a gaze. Isso evita que continue sangrando, e estando úmida, evita que o coágulo seja perturbado quando da sua remoção;
• Marcar o dia da retirada do pontos para uma semana após a cirurgia.
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