CAMILO EMMANUEL VIANA AMOR DIVINO ELABORAÇÃO DE … Emmanel Viana Amor... · A bacia...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA E AQUICULTURA
CAMILO EMMANUEL VIANA AMOR DIVINO
ELABORAÇÃO DE UM CATÁLOGO DE ESPÉCIES DE
PEIXES COM OCORRÊNCIA NO ESTUÁRIO DO RIO VAZA-
BARRIS, SERGIPE.
São Cristóvão - SE
2015
CAMILO EMMANUEL VIANA AMOR DIVINO
ELABORAÇÃO DE UM CATÁLOGO DE ESPÉCIES DE
PEIXES COM OCORRÊNCIA NO ESTUÁRIO DO RIO VAZA-
BARRIS, SERGIPE.
Trabalho apresentado ao Departamento
Engenharia de Pesca e Aquicultura como
requisito à conclusão do Curso de
Engenharia de Pesca da Universidade
Federal de Sergipe para obtenção do grau
de bacharel em Engenharia de Pesca. Sob
a orientação do Prof. Dr. Roberto Schwarz
Junior.
São Cristóvão - SE
2015
Dedico este trabalho em especial a meus pais, minha filha, minha sobrinha (in memorian) e a meus
irmãos como também a todos que vêm na Engenharia de Pesca uma oportunidade para mudar mundo.
“Seja humilde, pois até o sol
com toda sua grandeza se põe e
deixa a lua brilhar”. Bob
Marley
RESUMO
Pouco se conhece sobre a composição, abundância e estrutura da ictiofauna Do que diz
respeito ao estuário do Rio Vaza-Barris, fazendo-se necessário a condução de um
acompanhamento sistematizado deste ecossistema no que diz respeito ao levantamento e a
dinâmica de ocorrência de peixes, fornecendo subsídios para o entendimento da utilização
destas áreas pela comunidade e para implantação de possíveis planos de manejo. A falta de
informações acerca da ictiofauna marinha e estuarina do estado de Sergipe remete à
necessidade da criação de um banco de dados e de um acervo visual das espécies com
ocorrência nestes ecossistemas. O plano de trabalho visou a criação de um acervo
informativo-visual das espécies capturadas no estuário do Rio Vaza-Barris durante um ano de
amostragens ictiofaunísticas realizadas ao longo de todo o sistema estuarino, desde sua porção
inferior até sua porção superior. Dessa forma, este estudo buscou de forma inédita fazer um
acompanhamento no sistema estuarino do Rio Vaza-Barris, catalogando as espécies de peixes
que vivem nesse habitat, armazenando e disponibilizando dados que permitam melhores
informações para manejo, seja de pesca, programas de turismo ou mesmo para embasar
políticas públicas de preservação ambiental. Os resultados demonstram que foram capturadas
cem espécies, distribuídas quinze ordens, quarenta e uma famílias e setenta gêneros.
PALAVRAS-CHAVES: rio Vaza-Barris. Catálogo. Ictiofauna. Estuário.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Mapa da localização dos pontos de amostragem da ictiofauna no estuário do rio Vaza-Barris,
Sergipe. .................................................................................................................................... 3
Figura 2: Amostragem com a rede de arrasto do tipo “picaré” junto à margem no estuário do rio Vaza-
Barris (Coleta realizada em 22/12/2011).................................................................................... 4
Figura 3: Embarcações utilizados no deslocamento para os pontos amostrais. ............................ 5
Figura 4: Exemplares capturados em um arrasto experimental ................................................... 5
Figura 5: Acondicionamento dos exemplares em sacos plásticos ............................................... 6
Figura 6: Identificação das amostras para posterior análise. ....................................................... 6
Sumário
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
2 METODOLOGIA ................................................................................................................ 3
2.1 ÁREAS DE ESTUDO ..................................................................................................... 3
2.2 PROGRAMA DE AMOSTRAGEM ................................................................................ 4
2.3 PROCESSAMENTO DO MATERIAL EM LABORATÓRIO ........................................ 7
2.4 ELABORAÇÃO DO CATÁLOGO. ................................................................................ 8
3 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 9
3.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 9
3.2 Objetivo específico .......................................................................................................... 9
4 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 10
5 RESULTADOS .................................................................................................................. 11
Achirus declivis (Chabanaud, 1940).................................................................................... 11
Achirus lineatus (Linnaeus, 1758) ....................................................................................... 12
Albula vulpes (Linnaeus, 1758) .......................................................................................... 13
Alphestes afer (Bloch, 1793) .............................................................................................. 15
Aluterus schoepfii (Walbaum, 1792) ................................................................................... 16
Anchoa parva (Meek & Hildebrand, 1923) .......................................................................... 17
Anchoa tricolor (Spix & Agassiz, 1829) .............................................................................. 18
Anchoa januaria (Steindachner, 1879) ............................................................................... 19
Anchovia clupeoides (Swainson, 1839) ................................................................................ 20
Anchoviella lepidentostole (Fowler, 1911) ........................................................................... 21
Astroscopus y-graecum (Cuvier, 1829) ................................................................................ 22
Atherinella brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1825) ................................................................ 23
Bairdiella ronchus (Cuvier, 1830) ...................................................................................... 24
Bathygobius soporator (Valenciennes, 1837) ...................................................................... 25
Carangoides bartholomaei (Cuvier, 1833).......................................................................... 26
Caranx crysos (Mitchill, 1815) ........................................................................................... 27
Caranx hippos (Linnaeus, 1766) ......................................................................................... 28
Caranx latus Agassiz 1831 ................................................................................................. 30
Centropomus parallelus (Poey, 1860) ................................................................................ 31
Centropomus undecimalis (Bloch, 1792) ............................................................................ 32
Cetengraulis edentulus (Cuvier, 1829) ............................................................................... 34
Chaetodipterus faber (Broussonet, 1782) ........................................................................... 35
Chilomycterus spinosus spinosus (Linnaeus, 1758) .............................................................. 36
Chloroscombrus chrysurus (Linnaeus, 1766) ...................................................................... 37
Citharichthys arenaceus Evermann & Marsh,1900 ............................................................. 38
Citharichthys macrops Dresel, 1885 ................................................................................... 39
Citharichthys spilopterus Günther, 1862............................................................................. 40
Colomesus psittacus (Bloch & Schneider, 1801) ................................................................. 41
Ctenogobius shufeldti (Jordan e Eigenmann,1887)............................................................... 42
Ctenogobius boleosoma (Jordan & Gilbert, 1882).............................................................. 43
Ctenogobius smaragdus (Valenciennes, 1837)..................................................................... 44
Ctenogobius stigmaticus (Poey, 1860) ................................................................................ 45
Cynoponticus savanna (Bancroft, 1831) ............................................................................. 46
Cynoscion leiarchus (Cuvier, 1830).................................................................................... 47
Cynoscion microlepidotus (Cuvier, 1830) ........................................................................... 48
Dactylopterus volitans (Linnaeus, 1758)............................................................................. 50
Diapterus olisthostomus (Goode and Bean, 1882) ............................................................... 51
Diapterus auratus Ranzani, 1842 ....................................................................................... 52
Diapterus rhombeus (Cuvier, 1829) .................................................................................... 53
Diplectrum radiale (Quoy & Gaimard, 1824) ..................................................................... 54
Elops saurus Linnaeus, 1766 .............................................................................................. 55
Erotelis smaragdus (Valenciennes, 1837) ........................................................................... 57
Etropus crossotus Jordan & Gilbert, 1882 .......................................................................... 58
Eucinostomus argenteus Baird & Girard, 1855 ................................................................... 59
Eucinostomus gula (Quoy & Gaimard, 1824) ...................................................................... 60
Eucinostomus melanopterus (Bleeker, 1863) ...................................................................... 61
Fistularia petimba Lacepède, 1803 ..................................................................................... 62
Genyatremus luteus (Bloch, 1790) ...................................................................................... 63
Gobionellus oceanicus (Pallas, 1770) ................................................................................. 64
Gobionellus stomatus Starks, 1913 ..................................................................................... 65
Hemiramphus brasiliensis (Linnaeus, 1758) ....................................................................... 66
Hippocampus reidi Ginsburg, 1933 .................................................................................... 68
Lagocephalus laevigatus (Linnaeus, 1766) ......................................................................... 70
Lutjanus analis (Cuvier, 1828) ........................................................................................... 71
Lutjanus griseus (Linnaeus, 1758) ...................................................................................... 73
Lutjanus jocu (Bloch & Schneider, 1801) ........................................................................... 75
Lutjanus synagris (Linnaeus, 1758) .................................................................................... 76
Lycengraulis grossidens (Spix & Agassiz, 1829) ................................................................ 77
Menticirrhus littoralis (Holbrook, 1847)............................................................................. 78
Mugil curema Valenciennes, 1836 ...................................................................................... 79
Mugil curvidens Valenciennes, 1836 .................................................................................. 80
Mugil gaimardianus Desmarest, 1831 ................................................................................ 81
Mugil platanus Gunther, 1880 ............................................................................................ 82
Notarius grandicassis (Valenciennes, 1840) ....................................................................... 84
Oligoplites palometa (Cuvier, 1832) ................................................................................... 85
Oligoplites saurus (Bloch & Schneider, 1801) .................................................................... 86
Ophichthus parilis (Richardson, 1848) ............................................................................... 87
Ophichthus gomesii (Castelnau, 1855) ................................................................................ 88
Opisthonema oglinum (Lesueur, 1818) ............................................................................... 89
Paralichthys brasiliensis (Ranzani, 1842) ........................................................................... 90
Peprilus paru (Linnaeus, 1758) .......................................................................................... 91
Platanichthys platana (Regan, 1917) .................................................................................. 92
Polydactylus oligodon (Günther, 1860) .............................................................................. 93
Polydactylus virginicus (Linnaeus, 1758) ........................................................................... 94
Pomacanthus paru (Bloch, 1787) ....................................................................................... 95
Pomadasys crocro (Cuvier, 1830) ...................................................................................... 96
Prionotus punctatus (Bloch, 1793) ..................................................................................... 97
Pseudocaranx dentex (Bloch & Schneider, 1801) ............................................................... 98
Rypticus randalli Courtenay, 1967 ..................................................................................... 99
Scorpaena Isthmensis Meek & Hildebrand, 1928 ............................................................... 100
Selene vomer (Linnaeus, 1758) ......................................................................................... 101
Sparisoma radians (Valenciennes, 1840) .......................................................................... 102
Sphoeroides greeleyi Gilbert, 1900 ................................................................................... 103
Sphoeroides spengleri (Bloch, 1785) ................................................................................ 104
Sphoeroides testudineus (Linnaeus, 1758) ........................................................................ 105
Sphyraena guachancho Cuvier, 1829 ............................................................................... 107
Stephanolepis hispidus (Linnaeus, 1766) .......................................................................... 108
Strongylura marina (Walbaum, 1792) .............................................................................. 109
Strongylura timucu (Walbaum, 1792) ............................................................................... 110
Symphurus tessellatus (Quoy & Gaimard, 1824) ............................................................... 111
Syngnathus folletti Herald, 1942 ....................................................................................... 112
Syngnathus pelagicus Linnaeus, 1758............................................................................... 113
Synodus foetens (Linnaeus, 1766) ..................................................................................... 114
Thalassophryne nattereri Steindachner, 1876 ................................................................... 115
Trachinotus carolinus (Linnaeus, 1766) ........................................................................... 116
Trachinotus falcatus (Linnaeus, 1758) .............................................................................. 118
Trachinotus goodei Jordan & Evermann, 1896 ................................................................. 119
Trinectes microphthalmus (Chabanaud, 1928) .................................................................. 121
6 DISCUSSÃO .................................................................................................................... 122
7 CONCLUSÕES ................................................................................................................ 124
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GERAIS ............................................................. 125
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DOS RESULTADOS ......................................... 129
1
1 INTRODUÇÃO
Os estuários são definidos como ambientes altamente produtivos em função de um
grande aporte de nutrientes nestes sistemas, caracterizando-os como importantes zonas de
berçários de diversas espécies de peixes (LONGHURST e PAULY, 1987; SHERIDAN, 1992;
COSTA et al., 1994, KENNISH, 1986). A grande produtividade primária de sistemas
estuarinos se deve em parte à grande abundância de componentes fotossintetizantes
representados pelo abundante fitoplâncton, além de algas e raízes fixas ao sedimento, bem
como gramíneas aquáticas e ao aporte continental e material alóctone.
Como ecótones, ambiente de transição entre dois biomas diferentes, o ecossistema
marinho e continental, os estuários acabam servindo de abrigo para uma infinidade de
espécies de peixes que procuram suas águas para reprodução, crescimento e também
alimentação, seja como migrantes anádromos ou catádromos (peixes visitantes), bem como de
espécies caracteristicamente residentes (KENNISH, 1986).
A eficiência com a qual os hábitats estuarinos contribuem com o recrutamento e
manutenção de estoques pesqueiros é pouco compreendida, dada a complexidade de ciclos de
vida de muitas das espécies que encontramos nestes ambientes (SECOR e ROOKER, 2000).
A bacia hidrográfica do Rio Vaza-Barris, a qual tem sua origem na região nordeste da
Bahia, faz limites com a bacia do Rio São Francisco (norte e oeste) e com a bacia do Rio
Itapicuru (sul). No Estado de Sergipe, a bacia costeira do rio Vaza-Barris, tem uma área de
115 km2, ocupa posição geográfica na periferia oriental atlântica, e abrange os municípios de
Aracaju , Itaporanga d’Ajuda e São Cristóvão (FONTES et. al, 2010). O rio Vaza-Barris
atravessa o estado e deságua no oceano Atlântico formando um amplo estuário, próximo ao
povoado Mosqueiro, separando os municípios de Aracaju e Itaporanga d’Ajuda (SANTOS e
ANDRADE, 1998 in VASCO et. al, 2010).
Esse sistema estuarino, local de estudo, possui cerca de 20 Km de extensão e é
alimentado por alguns afluentes, destacando-se na margem direita o rio Tejupeba e os riachos
água Boa e Paru, e, pela margem esquerda, o rio Santa Maria (CRA, 2010).
Existem varias comunidades pesqueiras locais, Areia Branca, Ilha de Men de Sá, entre
outras, que são formadas por famílias de pescadores que estão à beira do Rio Vaza-Barris há
décadas, concentrados principalmente na comunidade conhecida como Mosqueiro, onde
muitos têm na pesca a possibilidade de trabalho (NUNEZ, 2010). Este povoado localiza-se
próximo à foz e representa o limite sul da área de expansão urbana de Aracaju, município a
que pertence, e tem passado de um povoado de pescadores a local de residência de parte da
2
população de classe média alta da capital, que usa o estuário para lazer.
Vários povoados e pequenos aglomerados populacionais são distribuídos em ambas as
margens estuarinas (SIQUEIRA, et. al, 2010). Os pescadores artesanais do povoado em sua
grande maioria pescam para própria subsistência, e vendem o excedente (NUNEZ, 2010). As
comunidades locais aprenderam a tirar parte do seu sustento pelo que esse estuário tem a
oferecer, como a pesca artesanal, a carcinicultura, abastecimento doméstico, irrigação e
recreação.
Por apresentarem uma diversidade de ambientes rasos e protegidos, estuários tornam-
se locais favoráveis para a utilização por parte dos peixes como berçário durante as fases
iniciais de desenvolvimento, oferecendo assim além do alimento, proteção contra predadores
junto a áreas rasas como planícies de maré, bem como vegetações de marisma e manguezal.
Além disso, sabe-se que diversas espécies de peixes utilizam os estuários como locais de
alimentação e reprodução, dentre estas, algumas espécies de importância econômica, que
passam a ser alvo de pescarias realizadas nos estuários ao longo de toda a costa brasileira, o
que ressalta a importância destes ecossistemas na manutenção da atividade pesqueira nas
regiões costeiras.
Sistemas estuarinos com tais características e dinâmicas abrigam um grande número
de espécies de peixes por representar uma importante área de refúgio, principalmente nas
fases juvenis, que encontram no estuário um ambiente rico em nutrientes e nas zonas rasas e
vegetadas das planícies de maré e manguezais, importantes locais para proteção contra
predadores.
Pouco se conhece sobre a composição, abundância e estrutura da ictiofauna no que diz
respeito ao estuário do Rio Vaza-Barris e alguns outros estuários do estado de Sergipe e isso
representa uma lacuna no que concerne ao estudo destes ecossistemas em toda a costa
brasileira. Dessa forma, este estudo busca de forma inédita fazer um acompanhamento
sistematizado da ictiofauna no sistema estuarino do rio Vaza-Barris, catalogando as espécies
de peixes que vivem nesse habitat, armazenando e disponibilizando dados que permitam
melhores informações para manejo, seja de pesca, programas de turismo ou mesmo para
subsidiar políticas públicas de preservação ambiental.
3
2 METODOLOGIA
2.1 ÁREA DE ESTUDO
A área de estudo abrange cerca de 20 quilômetros desde a foz do rio Vaza-Barris até a
região mais interna do estuário. As amostragens foram realizadas em seis pontos, inicialmente
posicionados em mapa do local que posteriormente foram georreferenciados em coleta piloto
(Figura 1). O padrão de distribuição segue o gradiente de transição do estuário inferior, para o
estuário médio e superior.
Figura 1: Mapa da localização dos pontos de amostragem da ictiofauna no estuário do rio Vaza-
Barris, Sergipe.
Na porção inferior do estuário foi amostrados dois pontos, um em uma praia próxima à
desembocadura do estuário (ponto1 da figura 1), muito próximo a bancos arenosos que
compõem a barra de acesso do sistema estuarino. Um segundo ponto da porção inferior do
4
estuário localiza-se em uma planície de maré na desembocadura de um pequeno rio de maré
localizado à margem direita do estuário no sentido inferior/superior (ponto2 da figura 1).Os
pontos 3 e 4 ficam localizados na porção do estuário médio. E os pontos 5 e 6 na porção do
estuário superior
2.2 PROGRAMA DE AMOSTRAGEM
Em cada ponto amostral foram realizados mensalmente, dois arrastos manuais de 30
metros na zona marginal do estuário junto às áreas de mangue. Os arrastos foram realizados
seguindo-se um único ciclo de maré semidiurno, com início das atividades em geral
ocorrendo no horário de pico da primeira baixa-mar do dia, realizando-se assim 12 arrastos na
maré baixa e 12 arrastos na maré cheia, totalizando-se assim 24 amostras/mês, feitas em um
único dia. Para tanto foi utilizada uma rede de arrasto do tipo “picaré” Modelo Trawl de 30m
de comprimento, malha 5mm entre nós (1cm esticado), altura armada 2,8m, boca do saco com
3m x 5 metros de comprimento (Figura 2).
O deslocamento entre os pontos amostrais foi realizado através de fretamento da
Figura 2:Amostragem com rede de arrasto do tipo “picaré” junto à margem no estuário do rio
Vaza-Barris (Coleta realizada em 22/12/2011).
5
Para o deslocamento no rio foi utilizado a embarcação “Paraíso I” pertencente à frota
do povoado de Mosqueiro, utilizada atualmente para o transporte de turismo, e mais uma
embarcação de pequeno porte que auxiliou no acesso aos locais mais rasos, como mostra a
figura 3.
Após o término de cada arrasto foi feito o recolhimento da rede e os peixes capturados
foram armazenados em sacos plásticos devidamente identificados (com informações da coleta
como hora, maré seca ou cheia, identificação do ponto, se era o primeiro ou segundo arrasto
do ponto) e acondicionados em gelo para posteriormente serem analisados em laboratório
(Figuras 4, 5 e 6).
Figura 3: Embarcações utilizados no deslocamento para os pontos amostrais.
Figura 4: Exemplares capturados em um arrasto experimental
6
Figura 5: Acondicionamento dos exemplares em sacos plásticos
após o término da amostragem.
Figura 6: Identificação das amostras para posterior análise.
7
2.3 PROCESSAMENTO DO MATERIAL EM LABORATÓRIO
Em laboratório os peixes foram identificados até o nível de espécie utilizando-se os
trabalhos de FIGUEIREDO (1977), FIGUEIREDO & MENEZES (1978, 1980, 2000),
MENEZES & FIGUEIREDO (1980, 1985), BARLETTA & CORRÊA (1992) e MENEZES
et al. (2003). De cada espécie, considerando-se um total de 30 exemplares por amostra,
quando havia, foram obtidos os dados de comprimento total (em mm - da ponta do focinho
até a extremidade posterior da nadadeira caudal), comprimento padrão (em mm – da ponta do
focinho até o final da coluna vertebral, no caso dos teleósteos), peso (em g) e, através de uma
abertura longitudinal na região ventral, foi feita a identificação macroscópica do sexo e do
estágio de maturidade gonadal, seguindo-se a escala de Vazzoler (1996). Os demais (nos
casos em que são capturados mais de 30 exemplares de uma espécie por amostra) foram
contabilizados e pesados aferindo-se a biomassa total. Para elaboração do catálogo os peies
foram elencados de acordo com a sua família e ordem taxonômica e ordenados em ordem
alfabetica
Parte do material identificado foi fixada em formol 10%, conservada em álcool 70% e
depositada em coleção no Laboratório de Ictiologia Estuarina e Marinha, DEPAQ - UFS
8
2.4 ELABORAÇÃO DO CATALOGO.
As espécies foram listadas em ordem alfabética. Para a elaboração do catálogo, foi
feita uma extensiva revisão bibliográfica sobre as características bio-ecológicas das espécies,
considerando as seguintes informações:
(1) Classificação taxonômica: identificação até o nível de espécie dos exemplares
capturados, enquadrando-os nas respectivas ordens, famílias e gêneros além das informações
merísticas e morfométricas que as definem.
(2) Informações de ocorrência e distribuição da espécie: em escala global e regional,
com dados de captura, distribuição e abundância das mesmas, quando disponíveis.
(3) Hábitos e habitats: informações gerais acerca de habitats e ocorrência, associadas
aos hábitos das espécies, dentre estes, hábitos alimentares, de distribuição na coluna d'água e
comportamento.
(4) Importância para a pesca: caracterização quanto ao potencial de captura e uso da
espécie como recurso pesqueiro comercial, recreativo/esportivo, de subsistência, para
aquariofilia.
(7) Outras informações: dados adicionais das espécies quanto a presença de toxinas,
risco de acidentes (ictiismo), bioindicadoras de qualidade ambiental, e demais informações
relevantes.
(8) O layout contém no lado superior direito da página, uma foto representativa da
espécie.
9
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
O plano de trabalho visa à criação de um catálogo informativo-visual das espécies
capturadas no estuário do Rio Vaza-Barris, Sergipe durante um ano de amostragens
ictiofaunísticas realizadas ao longo de todo o sistema estuarino, desde sua porção inferior até
sua porção superior.
3.2 Objetivo específico
Caracterizar qualitativamente a diversidade ictiofaunística do estuário do rio Vaza-
Barris;
Fazer uma extensa revisão bibliográfica sobre a ocorrência de peixes no estuário
estudado;
Criar um banco de dados informativo sobre a ocorrência das espécies capturadas;
10
4 JUSTIFICATIVA
A falta de informações acerca da ictiofauna marinha e estuarina do estado de Sergipe
remete à necessidade da criação de um banco de dados e de um acervo visual das espécies
com ocorrência nestes ecossistemas, concentrando e disponibilizando informações ora
dispersas em um único trabalho de forma prática e rápida, pois levantamentos e catalogações
da ictiofauna do estuário do rio Vaza-Barris são incipientes, e, considerando-se a importância
de se conhecer a diversidade ictiofaunística de tal sistema estuarinos para planos de manejo da
pesca e conservação, a condução de levantamentos desta natureza tornam-se imprescindíveis.
11
5 RESULTADOS
Considerando-se a metodologia de amostragem utilizada neste estudo, foram
capturadas cem espécies, distribuídas quinze ordem, quarenta e uma famílias e setenta
gêneros que serão descritas a seguir:
Achirus declivis (Chabanaud, 1940) Características gerais: É uma espécie que faz parte da
ordem dos Pleuronectiformes da família dos Achiridae.
Seu olho fica do lado direito. Possuem uma cor marrom
que se estende até as nadadeiras dorsal e anal. Não
possuem espinhos dorsais nem anais; Raios dorsais
(total): 55-60; Raios anais: 43-46; nadadeira peitoral do
lado dos olhos: 3-4 raios. Pode atingir um comprimento
total de 18 cm.
Distribuição: Atlântico ocidental: dos Estados Unidos na Florida até Santa Catarina, Brasil e
também em Trinidad, Jamaica, e Suriname.
Alimentação: Principalmente de peixes Teleósteos, Amphipodes, Polychaetas,
e Gammarida.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: Encontrados em águas marinhas e salobras na região tropical. Possuem
hábitos demersais, ou seja, apesar terem capacidade de natação, passa a maior parte do tempo
associado ao substrato. Bastante comuns em águas estuarinas.
Nomes comuns: Solha-redonda, Tapa; no Brasil.
Referências: 208, 88, 101. Foto: Macieira, R.M.
12
Achirus lineatus (Linnaeus, 1758) Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Pleuronectiformes pertencente à família
dos Achiridae. Sua região caudal é escura do "lado
cego" do corpo. Seus olhos são do lado direito do
corpo que é completamente coberto por escamas e
a coloração do lado dos olhos é amarronzada com
manchas escuras e linhas difusas. Possuem
nadadeiras peitorais. Não possuem espinho dorsal nem anal; Raios dorsais (total): 52-58;
Raios anais: 39-44. Apresenta em seu ciclo de vida a forma planctônica e sua taxa de
crescimento é relativamente baixa. Pode atingir um comprimento total de 23 cm, porém é
mais comumente encontrado com 17 cm. É comum na aquariofilia.
Distribuição: Atlântico ocidental: Florida, EUA e norte do Golfo do México até o norte da
Argentina.
Alimentação: Alimenta-se de vermes, crustáceos e pequenos peixes.
Reprodução: A reprodução ocorre durante todo o ano, pelo menos em algumas partes da área
de sua distribuição geográfica.
Habitat e Hábito: Essa espécie pode ser encontrada em águas marinhas e salobra. Vivem em
estuários de fundo não consolidado (onde pode se esconder e deixar apenas os olhos
expostos), associados a recifes ou não. Podem ser encontrados em profundidades de até 20 m.
Nomes comuns: Linguado, solha redonda. Brasil /Lined sole. USA
Referências: 101, 66, 166, 148. Foto: Sazima, Ivan.
13
Albula vulpes (Linnaeus, 1758) Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Albuliformes, pertencente à família
Albulidae. Corpo alongado e fusiforme, prateado
com nadadeiras escuras e base peitoral amarela,
uma das características mais marcantes é a boca
inferior e nariz cônico que se projeta a um terço
do seu comprimento para além da mandíbula.
Não possuem espinhos dorsais nem anais. Raios dorsais (total): 15-19; Raios anais: 7-9;
Vértebras: 69 – 74; Raios branquiostegais 12-14. Pode atingir um comprimento máximo de
104 cm, mas é mais comumente encontrado com 35 cm. Maior peso já publicado foi de 10 kg.
É uma espécie apreciada na pesca esportiva por conta da sua velocidade e disposição; já como
alimento não é muito apreciada, devido à presença de pequenos ossos na sua carne. Ao
consumi-lo deve-se ter cuidado com o envenenamento por ciguatera. A FAO possui registro
de dados de captura desde o ano de 1973, no qual produziu uma média de 175 t/ano, sendo
que nos últimos cinco anos a FAO estima que houve uma produção média de 750 t/ano.
Distribuição: Habita águas tropicais e temperadas quentes em todo o mundo. Atlântico
ocidental: Carolina do Norte, EUA para a Flórida, Bahamas, Golfo do México, Antilhas e
Caribe para o Brasil e Canadá.
Alimentação: Alimentam-se de vermes bentônicos, pequenos peixes, crustáceos e moluscos.
Além de ingerirem matéria orgânica. Possuem dentes granulares, formando placas, que
cobrem a língua e mandíbula superior. Moedores semelhantes também estão presentes na
garganta, ele usa esses dentes modificados para moer suas presas: especialmente moluscos e
crustáceos.
Reprodução: Atingem a maturidade sexual por volta dos 25 cm. São dioicos, possuem
fertilização externa e não apresentam cuidado parental. Em alguns lugares chegam a desovar
o ano todo.
Habitat e Hábito: Espécie encontrada em águas marinhas e salobras. Podem ser encontrados
em profundidades de até 84 m. Vivem em águas tropicais, perto da costa, comumente
encontrados na zona intertidal, áreas de mangue, bocas de rio e águas adjacentes. Juvenis
podem formar grandes cardumes de indivíduos de tamanho semelhante, enquanto os
indivíduos mais maduros nadam em pequenos grupos ou pares. Podem tolerar águas pobres
em oxigênio.
14
Nomes comuns: Álbula, Bicudo, Juruma, Obarana, Robalo-da-pedra, Ubarana-mirim. Brasil /
Bonefish. USA e África do sul.
Referências: 237, 276, 284, 240, 79, 160, 261, 91, 124, 101, 222. Foto: Patzner, Robert A.
15
Alphestes afer (Bloch, 1793) Características gerais: Espécie
pertencente à ordem dos Perciformes, da
família dos Serranidae. Espinhos dorsais:
11, raios dorsais: 17 – 20, espinhos anais:
3, raios anais: 9 – 10. Possuem manchas
laranja e manchas marrom-escuras que
tendem a formar faixas transversais no
corpo, as nadadeiras peitorais possuem
faixas verticais características. Possuem um evidente espinho achatado direcionado para
frente no ângulo inferior do pré-opérculo. Suas escamas são ctenoides e pequenas. Podem
chegar a um comprimento máximo de 33 cm. O peso máximo já publicado foi de 1,30kg. Não
possui um alto valor comercial devido ao seu pequeno porte, porém sua carne é de boa
qualidade, mas deve-se ter cuidado com envenenamento por ciguatera. Tem sido
comercializado por aquariofilistas.
Distribuição: Bermuda, sul da Flórida (EUA), Golfo do México, Bahamas, Cuba, Antilhas,
Panamá, Venezuela, e Brasil do norte até o estado de Santa Catarina.
Alimentação: Se alimentam de crustáceos bentônicos. hábito alimentar noturno.
Reprodução: É uma espécie hermafrodita sequencial. Nessa espécie ocorre a protogenia, sua
fertilização é externa e não existe cuidado parental.
Habitat e Hábito: Espécie marinha, associada a recifes de corais e podem ser encontrados em
profundidades de até 30 m. É uma espécie sedentária durante o dia, esconde-se em fendas ou
entre algas, a noite se torna mais ativa. É uma espécie de hábito solitário.
Nomes comuns: Mutton hamlet. USA / badejo, peixe-gato, garoupa-gato, pirapiranga. Brasil.
Referencias: 64, 172, 270, 261, 263, 182, 205. Foto: Duarte, Luís Orlando.
16
Aluterus schoepfii (Walbaum, 1792) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem
dos Tetraodontiformes, pertencentes à familia dos
Monacanthidae. Possuem dois espinhos dorsais, em que o
primeiro é bastante desenvolvido e o segundo muito
rudimentar. Osso pélvico sem espinho exrteno, o que o
diferencia de outras espécies da mesma família. Seu olho
é pequeno, sua pele é muito aspera e recoberta por minusculos espinhos; raios das nadadeiras
anal (35-41 raios), dorsal (32-39 raios) e peitoral (11-14) não são ramificados. Apresentam
seis dentes na maxila superior e até seis na inferior. Seu corpo é comprimido lateralmente, sua
boca é pequena e terminal. Sua coloração é acizentado a morrom, com manchas claras
grandes. Pode chegar a medir 60 cm. Podem viver de 4 a 15 anos. São raramente
consumidos, quando o fizer tomar cuidado com intoxicação por ciguatera. Comercializado
como um peixe do aquário no Brasil, e capturado pela pesca de subsistência. Instrução
normativa do IBAMA nº56 define um limite de captura para esta espécie de 1000
indivíduos/ano/empresa.
Distribuição: no Atlântico ocidental, da Nova Escócia a Santa Catarina, sendo mais
abundante, aqui no Brasil, no nordeste.
Alimentação: Alimentam-se de invertebrads bentônicos e algas. Considerado “urubu do
mar”, “peixe come lixo”.
Reprodução: Larvas planctônicas; geralmente desovam entre abril e maio, e no mês de
outubro a depender do lugar.
Habitat e Hábito: Ocorre em climas subtropicais. São facilmente encontrados em áreas de
pedras ou corais, mas também em fundos arenosos ou lamosos, em profundidades de até 900,
sendo mais abundante em 50 m. Os juvenis podem ser encontrados juntos a sargassos
flutuantes.
Nomes comuns: Cabrinha, Orange filfisk, Trekkervis, Orange Fiiefish, Viilakala, Peixe-
porco, Peixe-gatilho-liso.
Referências: 140, 64, 101, 275, 205. Foto Johnson, L.
17
Anchoa parva (Meek & Hildebrand, 1923) Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Clupeiformes pertencentes à família dos
Engraulidae. Possui menos de 60 rastros no
primeiro arco branquial, a origem da nadadeira anal
se encontra sob a base da nadadeira dorsal. A
extremidade posterior da maxila ultrapassa muito a
margem posterior da orbita. Não possui espinhos
dorsal nem anal; Raios anais: 17 - 22. Podem atingir um comprimento total de 6 cm.
Distribuição: Cuba, Jamaica, Porto Rico, Colômbia, Venezuela, Brasil.
Alimentação: não encontrados ou inexistentes.
Reprodução: São dioicos, fertilização externa, não apresentam cuidado parental. Sua desova
pode acontecer, em alguns lugares, durante todo o ano.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, doce e salobras. Possuem
hábito pelágico-nerítico, e podem ser encontrados em profundidades de até 50m.
Nomes comuns: anchoveta, manjuba. Brasil / Little anchovy USA
Referências: 286, 101. Imagem: FAO.
18
Anchoa tricolor (Spix & Agassiz, 1829) Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Clupeiformes da família dos
Engraulidae. Possui a faixa lateral do corpo bem
nítida, seu focinho é longo e pontudo, não
possuem espinhos dorsais nem anais; Raios anais:
16 - 19. Podem chegar a um comprimento total de 11,8 cm, porém é comumente encontrado
com 6,5 cm. Desempenham um importante papel na cadeia alimentar dos oceanos, servindo
de forragem para muitas espécies de peixes e aves marinhas. A captura desta espécie se
reserva a lugares específicos, e ocorre com redes de emalhar minúsculas, onde depois de
capturados são cozidos e secos. A FAO não possui dados de captura nem de produção.
Distribuição: Atlântico Sudoeste: Ceará, Brasil para o sul ao Mar de La Plata, Argentina.
Alimentação: Alimentam-se de pequenos crustáceos e algas planctônicas.
Reprodução: Os adultos são normalmente encontrados em alto mar, aproximando-se da costa
na época de reprodução.
Habitat e Hábito: É uma espécie pelágica costeira, que concentra-se em grandes cardumes
em regiões semi-abertas, como baías e estuários, que tem influência de águas marinhas.
Também podem ser encontrados em águas salobras. Pode ser encontrado em profundidade de
até 50 m.
Nomes comuns: Piquitinga. USA / enchoveta, manjuba-branca, tungão. Brasil
Referências: 286, 27, 101. Foto: Carvalho Filho, Alfredo.
19
Anchoa januaria (Steindachner, 1879) Características gerais: Esta espécie pertence à
ordem Clupeiformes (mesma ordem das
sardinhas) e faz parte da família dos Engraulidae
(encontram-se nessa família as manjubas). É um
peixe de pequeno porte, de corpo comprimido e
alongado; sua boca é muito pequena, sua maxila é
prolongada muito além da margem superior da
orbita. Dentes presentes, porém muito pequenos que se assemelham a uma serrilha. Não
possuem espinhos nas nadadeiras. Possuem uma faixa lateral prateada, entretanto pouco
evidente, em cada lado do corpo, contudo não apresentam linha lateral. Focinho curto
rombudo. Nadadeira caudal furcada. Raios da: nadadeira Dorsal: 14-15; nadadeira Anal: 21-
24; Peitoral nadadeira: 12-13. Não é interessante para pesca comercial. Atinge até 9 cm de
comprimento, comumente encontrado por volta dos 5,5 cm de comprimento.
Distribuição: Presente desde a Venezuela até o Rio Grande do Sul.
Alimentação: Se alimentam de zoobentos, diatomáceas, copépodes, gastrópodes
planctônicos, pequenos vermes. Tem hábitos alimentares diurnos e explora diferentes estratos
da coluna d'água durante os períodos frio e quente.
Reprodução: É essencial águas de salinidade baixa para que ocorra sua reprodução, se
necessário migrando rio acima, geralmente a relação sexual é bem equilibrada em suas
populações.
Habitat e Hábito: Formam cardumes e habitam águascosteiras de baixas salinidades. Podem
ser encontrados em profundidades de até 50 m.
Nomes comuns: Sardel brazilská, Anchovy, Rio anchovy, Arenque, Enchoveta, Manjuba,
Manjuba-branca, Manjubinha.
Referências: 286, 27, 101, 93, 258, 46, 145, Foto Carvalho Filho, Alfredo
20
Anchovia clupeoides (Swainson, 1839) Características gerais: Esta espécie
pertence à ordem dos Clupeiformes, da
família dos Engraulidae. É muito parecido
com o Cetengraulis eduntulus, mas se difere
pela posição mais anterior da nadadeira anal
que tem origem sob a metade anterior da
base na nadadeira dorsal. Os jovens apresentam faixas laterais prateada no corpo. Possuem
focinho curto e pontudo, não possuem espinhos dorsais nem anais Raios anais: 25 - 32. Pode
atingir um comprimento total de até 30 cm, porém é mais comumente encontrado com 17 cm.
Segundo a FAO não há dados de captura nem produção.
Distribuição: Ocorre do Caribe e Panamá ao sudeste do Brasil.
Alimentação: Alimenta-se de gastrópodes, filtrando plânctons, nematódeos, diatomáceos.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: Habitam águas marinhas e salobras. São encontrados na costa formando
grandes cardumes e também em estuários, manguezais e lagoas. Possui hábito bentopelágico.
Podem ser encontrados em profundidade de até 50 m. São oceanódromos.
Nomes comuns: Arenque, boca torta, manjuba, pilombeta, sardinha verdadeira. Brasil /
Zabaleta, anchovy USA.
Referências: 237, 286, 194, 101. Foto: Krumme, Uwe.
21
Anchoviella lepidentostole (Fowler, 1911) Características gerais: Esta espécie faz
parte da ordem dos Clupeiformes,
pertencente à família dos Engraulidae.
Possui o corpo moderadamente alongado e
comprimido, acinzentado. A nadadeira
caudal possui a margem enegrecida. O
focinho é proeminente arredondado, a ponta da mandíbula inferior estende-se até a metade do
focinho. Não possui linha lateral. Não possuem espinhos dorsais nem anais; Raios dorsais
(total): 14-17; Raios anais: 19-26. Possui uma faixa lateral prateada no corpo muito nítida e
larga. O comprimento máximo é de 11,6 cm, porém é mais comumente encontrado com 9 cm.
Distribuição: Ocorre em toda costa atlântica da América do sul. No Atlântico Ocidental:
delta do Orinoco na Venezuela, ao sul de Ponta da Cotinga, litoral do Paraná do Brasil. Possui
alta importância comercial no sudeste do Brasil.
Alimentação: Alimenta-se de larvas de crustáceos e pequenos invertebrados.
Reprodução: São peixes anádromos, que penetram no estuário e água doce para se
reproduzir. Estudos de maturidade indicam a maturidade sexual por volta dos 6 cm. Em
alguns lugares desovam nos meses de março e junho. Ambos os sexos na maturidade têm uma
grande quantidade de gordura visceral e intermuscular. São dioicos, possuem fertilização
externa e não apresentam cuidado parental.
Habitat e Hábito: Peixes encontrados em águas doce, salobra e marinha. Possui hábito
pelágico-nerítico, podem ser encontrados em profundidades deaté50m. Esta espécie forma
cardumes e são muitos comuns na linha costeira
Nomes comuns: Don-don, manjuba, manjubinha, sardinha selvagem. Brasil
Referências: 237, 225, 286, 57,101. Foto: Krumme, Uwe.
22
Astroscopus y-graecum (Cuvier, 1829) Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Perciformes, pertencente à família
Uranoscopidae. Possi o corpo castanho-escuro
coberto com manchas brancas que aumentam
gradualmente de tamanho no sentido da cabeça
para a parte traseira do corpo. Há três listras
escuras, horizontais na cauda. Suas nadadeiras peitorais permitem que o peixe se enterre em
questão de segundos. O corpo é projetado de modo que os olhos, narinas, a boca e a maioria
dos órgãos fiquem acima da areia. Diferente de outros peixes que forçam a passagem da água
pela boca para respirar, este usa as narinas. Espinhos dorsais (total): 4; raios dorsais (total):
12-13; espinhos anais 0; Raios anais: 12. Possui três listras escuras horizontais na cauda.
Possui órgãos elétricos localizados em uma bolsa especializada por trás dos olhos. Pode
descarregar até 50 volts. O órgão de descarga elétrica depende das temperaturas. Possui
também uma glândula de veneno. Atinge um comprimento total de 44 cm, porém é mais
comumente encontrado com 35 cm. Não há registro de captura nem aquicultura.
Distribuição: Ocorre no Oceano Atlântico Ocidental da Carolina do Norte (EUA) e norte do
Golfo do México, ao sul da costa norte da América do Sul.
Alimentação: Peixe carnívoro que se alimenta de peixes menores. Não utilizam o órgão
elétrico para capturar presas, apenas para afastar predadores. Ele se camufla na areia e captura
pequenos peixes que nadam próximo.
Reprodução: Fiel à sua natureza bentônica desova no fundo junto ao sedimento durante o
inicio do verão. Os ovos são transparentes e pequenos que tendem a subir para superfície.
Habitat e Hábito: É uma espécie marinha, associada a recifes de corais e pode ser
encontrado em profundidades de até 100m. Habita fundos lodoso, arenoso e com cascalho.
Espécie bentônica. Os espécimes vivos da espécie devem ser manuseados com cuidado
devido à presença de glândulas venenosas e capacidade de gerar eletricidade.
Nomes comuns: Southern stargazer. USA / Aniquim, Mira céu. Brasil
Referências: 55, 33, 240, 172, 204, 262, 101, 110. Foto: Vaske Jr., Teodoro.
23
Atherinella brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1825) Características gerais: Faz parte da
ordem dos Atheriniformes pertencente
à família dos Atherinopsidae. Possui
uma boca pequena e pode atingir um
comprimento total de 16 cm, porém é
mais comumente encontrado com 12 cm.
Distribuição: Atlântico Ocidental: costa norte/nordeste da América do Sul.
Alimentação: Apresenta hábito alimentar oportunista. Alimenta-se de copépodes,
macroalgas, protozoários, ovos de invertebrados, diatomáceas, insetos terrestres e detritos
vegetais.
Reprodução: Apresentam um envoltório espessado, incomum aos teleósteos, localizado entre
a membrana vitelina e as células foliculares. O envoltório é constituído por vários filamentos
dispostos em vários sentidos, sugerindo a função de fixação do folículo ovariano no ambiente.
O desenvolvimento gonodal para ambos os sexos ocorre a partir do mês de junho, com maior
desenvolvimento em outubro, seguido de uma diminuição nos valores médios mensais do
Índice Gônodo-Somático entre os meses de novembro e janeiro.
Habitat e Hábito: Espécie de água marinha e salobra. Possui hábito bentopelágico. É
encontrado sobre fundos não consolidados, em lagoas litorâneas de água salobra ou
hipersalinos e áreas protegidas do mar aberto, estuários.
Nomes comuns: Charuto, manjuba-verde, peixe-rei, pititinga. Brasil
Referências: 57, 228, 97, 101. Foto: Timm, Cláudio Dias.
24
Bairdiella ronchus (Cuvier, 1830) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem
dos Perciformes, e pertence à família dos Scianidae.
Diferem dos demais grupos de Perciformes principalmente
pelas seguintes características: parte espinhosa anterior da
nadadeira dorsal contínua com a parte mole posterior
havendo entre ambas um entalhe profundo. Possuem a
bexiga natatória dividida em câmara anterior e posterior bem desenvolvida, funcionando
como órgão de ressonância para as vibrações produzindo um som bastante característico.
Nadadeira dorsal 10 a 11 espinhos, posterior 1 espinho e 20 a 26 raios, nadadeira anal 2
espinhos e 7 a 9 raios, sendo o segundo espinho muito forte e bem desenvolvido, possui linha
lateral. Não possuem barbilhões na mandíbula, corpo prateado, ambas as maxilas com dentes
cônicos e pequenos, a margem do pré-opérculo possui espinhos, boca obliqua e subterminal.
Podem chegar a medir 35 cm, porém é mais comumente encontrado com 25 cm. Sua cor é
acizentada na região dorsal, e ventralmente é prateado. Ele é capturado como bycatch e
comercializados onde há sua ocorrência. Porém quando se tenta obter dados sobre sua
comercialização pelo mundo, este se torna mais escasso, provavelmente devido ao seu
pequeno tamanho. Associado a pesca esportiva no Paraná, BR.
Distribuição: Distribui-se do Caribe ao sul do Brasil. Sua população da Colômbia está
experimentando declínio devido à pesca com dinamite.
Alimentação: Alimentam-se de crustáceos, poliquetas e outros peixes.
Reprodução: São ovíparos. Atingem a maturidade por volta dos 16 cm. Sua reprodução
acontece no final da primavera e inicio do verão.
Habitat e Hábito: Pode sem encontrados em águasmarinha, salobra. De hábito demersal.
Podem ser encontrados em profundidade de até 40 m, sobre fundo de areia e lama. São peixes
costeiros geralmente encontrados próximos a desembocaduras dos rios, ou no próprio
estuário.
Nomes comuns: Ground croaker, Ground drummer, Mamselle rouio Bororó, Canganguá,
Congoá, Mirucaia, Pescada-aratanha, Corvina espinosa.
Referências: 95, 101, 60, 59, 36, 63, 279. Foto: Krumme, U.
25
Bathygobius soporator (Valenciennes, 1837) Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Perciformes pertencente à família dos
Gobiidae. São peixes de pequeno porte. Espinhos
dorsais (total): 7; raios dorsais (total): 9; espinhos
anais 1; Raios anais: 8. Olhos na posição superior.
A papila urogenital é alongada nos machos e
bulbosos nas fêmeas. Podem chegar a medir 15
cm. É uma espécie apreciada entre os aquariofilistas.
Distribuição: Atlântico Leste: Senegal a Angola e ilhas de alto mar. Atlântico Ocidental:
Florida nos EUA, Bermudas e Bahamas para Santa Catarina e no Mar do Mediterrâneo.
Alimentação: Peixes menores. Quando em aquário se alimenta de alimentos vivos (artêmias,
pequenos peixes, camarões), ração, congelados, patês, vôngole, camarão fresco/seco. Deve ser
evitado com peixes muito menores, pois irá devorá-los.
Reprodução: São dioicos e possuem fertilização externa. O goby fêmea põe os ovos em uma
superfície dura abrigada, geralmente o interior de conchas vazias, o macho depõe seu esperma
no mesmo local para formar um grande aglomerado de 800 a 1.000 ovos.
Habitat e Hábito: É uma espécie que pode ser encontrada em águas marinhas, salobras e
doce. Possuem hábitos demersais e residentes (não migratório). Podem ser encontrados em
profundidades de até 16m e numa grande diversidade de ambientes desde os fundos lamosos
das regiões estuarinas até em fundos rochosos em águas tipicamente marinhas de salinidade
alta.
Nomes comuns: Amborê, Cunduda, Maria-da-toca, moré-garoupa. Brasil / Frillfingoby. USA
Referências: 200, 240, 227, 269, 128, 101. Foto: Nunes, Jorge Luiz Silva.
26
Carangoides bartholomaei (Cuvier, 1833) Características gerais: Esta espécie faz parte
da ordem Perciformes, pertencente à família
Carangidae. Foi originalmente descrita como
Caranx bartholomaei pelo francês famoso
taxonomista Georges Cuvier em 1833. Este
nome foi mais tarde mudado para o atual em
vigor Carangoides bartholomaei. Possuem o
dorso azul-esverdeado com a lateral e ventre
amarelado. Suas nadadeiras são amarelas. O
final da maxila superior não alcança a margem
anterior do olho. Peitoral longa, ultrapassando a origem da anal. Penduculo caudal com um
par de quilhas dérmicas. Espinhos dorsais (total): 8-9, raios dorsais (total): 25-28; Espinhos
anais 2-3; Raios anais: 22-25. Os juvenis têm cerca de 5 barras escuras verticais no corpo. Os
olhos têm pálpebras adiposas bem desenvolvidas. Ambas as maxilas superior e inferior
contêm faixas estreitas de dentes viliformes. Pode ser distinguida das espécies proximamente
relacionadas pelo comprimento da mandíbula, bem como as contagens dos raios nas
barbatanas. Espécimes mais velhos tendem a ser cada vez mais amarelo. Pode chegar a atingir
14 kg, porém é mais comumente encontrado 2,5 kg, podendo chegar a medir cerca de 100 cm.
Possui um baixo valor comercial, mas é bastante apreciado na pesca esportiva. Ao se
alimentar da sua carne, tomar cuidado com envenenamento por ciguatera.
Distribuição: Atlântico ocidental: Massachusetts (EUA) e Bermuda, através do Golfo do
México e do Caribe para São Paulo, Brasil.
Alimentação: Alimenta- se de pequenos peixes.
Reprodução: Atinge a maturidade sexual em momentos diferentes em locais diferentes.
Estudo feito em Cuba mostra que machos atingem a maturidade aos 30 cm e fêmeas com 32
cm, já na Jamaica os machos atingem a maturidade sexual aos 23 cm. A desova ocorre em
mar aberto de fevereiro a outubro.
Habitat e Hábito: Espécie encontrada em águas marinhas, associados ou não a recifes de
corais. Quando juvenil se associa a águas- vivas, banco de algas ou sargaço flutuante. Pode
ser solitário ou formar pequenos cardumes em recifes de alto mar, afastados da costa ou ao
redor de ilhas. Pode ser encontrados em profundidades de até 50 m.
Nomes comuns: Guarajuba, Xarelete-azul, Xerelete-amarelo. Brasil / Yellowjack. USA
Referências: 172, 64, 111, 107.Foto: Randall, John E.
27
Caranx crysos (Mitchill, 1815) Características gerais: Esta espécie pertence à
ordem do Perciformes, da família dos Carangidae.
A depender do lugar do ambiente em que vive,
destaca-se mais a coloração prateado ou
amarelado, sendo a região dorsal verde azulada.
Juvenis apresentam 7 faixas verticais escuras. No
sudeste brasileiro em certas épocas, é capturado em grandes quantidades. Espinhas dorsais
(total): 9; raios dorsais (total): 23; espinhos anais 3; Raios anais: 19. Maxila termina abaixo do
meio do olho. 45-46 escamas ao longo de parte reta da linha lateral. Quando encontrado no
mercado pode ser comercializado fresco, congelado ou salgado. Outro interesse por esta
espécie é por pescadores esportistas e exibições em aquários públicos.
Distribuição: Atlântico Leste: Senegal a Angola, incluindo o Mediterrâneo ocidental, Pedras
de São Paulo e Ilha de Ascensão. No Atlântico Ocidental: Nova Scotia, Canadá para o Brasil,
incluindo o Golfo do México e o Caribe. Também encontrado na Argentina.
Alimentação: Alimenta-se de peixes, camarões e outros invertebrados. São capazes de se
alimentar durante a noite, à mesma intensidade que o dia.
Reprodução: Dioicos e não apresentam cuidado parental e os ovos são pelágicos. Geralmente
apresentam um pico de desova por ano, atingindo a maturidade por volta dos 26 cm. A desova
acontece de junho a agosto, em mar aberto, como aponta estudos feitos na Jamaica e EUA.
Porém no Litoral sul da Paraíba, PB outro estudo mostrou que a desova ocorre durante todo o
ano.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, associados ou não a recifes de
corais, em profundidade de até 100 m. Pode chegar a um comprimento total de até 70 cm,
porém é comum ser encontrado por volta dos 40 cm. O maior peso já publicado desta espécie
foi de 5.1kg, e o indivíduo mais velho foi diagnosticado com 11 anos. Esta espécie costuma
formar cardumes não muito longe da costa. Espécimes mais jovens encontrados em
associação com sargassum ou como mangues.
Nome comum: Blue runner, Golden jack, Hardtail, Chumberga, Carapau, Xaréu amarelo
Referências: 155, 203, 52, 134, 101, 165, 51, 240, 276, 261, 57. Foto: Randall, John E.
28
Caranx hippos (Linnaeus, 1766) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem
dos Perciformes, da família dos Carangidae. Há uma
mancha preta oval nas nadadeiras peitorais. Os juvenis
têm cinco barras escuras em seus corpos. Essas barras
pretas vão se tornando cada vez menos nítidas com o
crescimento do espécime até que desapareça. Possuem
três pares de pequenos dentes viliformes localizados dorsalmente. Ventralmente possui um
único par de pequenos dentes triangulares, e em conjunto com a bexiga gasosa produz um
som de "coaxar" quando capturado.
Apresentam uma mancha negra ovalada no opérculo ao nível do olho e outra, na região
anterior da peitoral. Única espécie que possui a região ventral adiante das nadadeiras pélvicas
nuas com exceção de um pequeno conjunto mediano de escamas. Maxila terminando
aproximadamente abaixo da extremidade posterior do olho. Espinhos dorsais (total): 9; raios
dorsais (total): 19-21; espinhos anais 3; Raios anais: 15 - 17. Scutes 25-42; Podem atingir um
comprimento total de até 124 cm, mas é mais comumente encontrado com 75 cm. O maior
peso já publicado foi de 32 kg, mas normalmente é encontrado com 7 kg.
Existem dados de captura desta espécie desde os anos 50, com uma produção média anual de
16 mil toneladas e nos últimos cinco anos essa média anual de produção se manteve por volta
dos 6,5 mil toneladas. E os dados de produção aquícola em 2002, uma pequena produção de 2
toneladas. Pouco se produziu nos anos seguintes (houve anos com 0 de produção) e no ano de
2011 produziu-se apenas 5 t. É um peixe famoso na pesca desportiva, com a captura
recreacional da espécie muitas vezes superior a capturas comerciais. São pescados
comercialmente ao longo do ano em alguns lugares específicos, como Golfo do México e sul
da Flórida. Ao consumi-lo tem que tomar cuidado com o envenenamento por ciguatera.
Distribuição: Atlântico Leste: Portugal para Angola, incluindo o Mediterrâneo ocidental e no
Atlântico Ocidental: Nova Scotia, Canadá e norte do Golfo do México ao Uruguai.
Alimentação: Alimenta-se de pequenos peixes, camarões e invertebrados.
Reprodução: Atingem a maturidade por volta dos 66 cm. Os ovos são pelágicos. Estudos de
maturidade indicam diferentes Lm pra cada região, na Índia, por exemplo, Lm = 22 cm e na
Jamaica Lm=66 cm. Estudos de desova realizados em Cuba mostram que a desova ocorre
entre Abril e Maio.
Habitat e Hábito: São encontrados em regiões oceânicas, estuarinas ou ambientes fluviais a
depender do estágio da sua vida. Tanto os adultos e juvenis são geralmente encontradas em
29
cardumes. No entanto, indivíduos maiores podem ser encontrados nas águas de natação
sozinhos. Juvenis são abundantes em estuários de água salobra com fundos lodosos, perto de
praias de areia e nos leitos de algas marinhas. É um predador diurno.
Nomes comuns: Cabeçudo, Carango, Xaréu, Xaréu-roncador, Xexém. Brasil/
Caranguecrevalle. França / Crevallejack, Horsecrevalle. USA
Referências: 57, 253, 179, 28, 264, 266, 106, 101, 112. Foto: Flescher, Don
30
Caranx latus Agassiz 1831 Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Perciformes pertencentes à família dos
Carangidae. Suas nadadeiras são enegrecidas ao
contrário do tom amarelo do C. hippos. Corpo
azulado dorsalmente e prateado ou amarelo
abaixo, nadadeira caudal amarela. Os espécimes
jovens possuem faixas verticais escuras.
Espinhos dorsais (total): 8-9 (os espinhos são
graduados e ligados por uma membrana), raios dorsais (total): 20-22; Espinhos anais 2-3;
Raios anais: 16 - 17. Podem atingir um comprimento total de 101 cm, mas é mais comumente
encontrado com 60 cm. O maior peso já publicado foi de 13.4kg. Se for consumi-lo deve-se
ter cuidado com o envenenamento por ciguatera. O carácter curioso do xaréu leva-o a
aproximar-se frequentemente dos mergulhadores.
Distribuição: Atlântico ocidental: Nova Jersey (EUA), Bermuda, e norte do Golfo do México
para o sudeste do Brasil e também no Atlântico Leste: Rochas de São Paulo, Ilha de Ascensão
e dois registros confirmados desde o Golfo da Guiné.
Alimentação: Alimentam-se de camarões, peixes e invertebrados.
Reprodução: São dioicos, possuem fertilização externa e não apresentam cuidado parental.
Atingem a maturidade com um comprimento de 37 cm. Os são ovos pelágicos. Em Cuba
desovam de junho a agosto.
Habitat e Hábito: Pode ser encontrada em águas marinha, salobra e doce. Podem estar
associados a recifes de coroais ou não. Podem chegar a profundidades de até 140 m, mas
geralmente são encontrados até 20m. É uma espécie pelágica e forma cardumes.
Os juvenis podem ser encontrados ao longo da costa em praias arenosas ou fundos lodosos e
são comuns em estuários. E podem penetrar rios para procurar alimento e escapar de
predadores.
Nomes comuns: Caraximbó, Guarassuma, Xarelete, Xaréu-preto, Xixarro. Brasil / Horse eye
jack, Horse-eye trevally, Jurel. USA
Referências: 264, 127, 101, 287, 57, 64, 51, 172. Foto: Estrada Anaya, Rafael.
31
Centropomus parallelus (Poey, 1860) Características gerais: Esta espécie faz
parte da ordem dos Perciformes pertencente
à família Centropomidae. Seu corpo é mais
alto e menos escuro na parte dorsal e linha
lateral menos pigmentada que o C.
undecimalis além de ter menor porte. Pode
chegar a um comprimento total de 72 cm, mas é mais comumente encontrado com 25 cm. Sua
carne é bastante apreciada. Geralmente encontrado com 1,5kg. Para distingui-los de outras
espécies muito parecida usa-se a contagem de escamas ao longo da linha lateral.
Esse peixe é muito apreciado entre os pescadores esportivos, principalmente durante os meses
de reprodução, época em que costumam formar grandes cardumes. Há muitos estudos
relativos a índices de crescimento e desempenho zootécnico, visto o grande potencial dessa
espécie para maricultura.
Distribuição: Atlântico Ocidental: desde o sul da Flórida (EUA) e da costa do Golfo do
México até Florianópolis, Brasil.
Alimentação: Possuem hábito alimentar preferencialmente ictiófago, mas também se
alimentam de crustáceos e pequenos caranguejos.
Reprodução: São peixes anfídromos. A sua reprodução dá-se entre Maio e Agosto, com pico
em Maio e Junho. São dioicos, possuem fertilização externa e não apresenta cuidado parental.
Outros estudos mostram que comprimento total de primeira maturação sexual esta por volta
de 280 mm.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, salobras e doce. É uma
espécie demersal. Habita águas costeira e estuarina. Preferem águas de salinidades menores.
Muito raramente podem ser encontrados em lagoas hipersalinas. São encontrados em fundos
não consolidados. Ocorre em associação com o C. undecimalis.
Nomes comuns: Camorim-corcunda, peba, pena, savela, branco, amarelo, robalo peba. Brasil
/ Fat snook, Little snook, Small scale fat snook. USA
Referências: 237, 101, 121, 64, 32, 47, 273, 243. Foto: Krumme, Uwe.
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Centropomus undecimalis (Bloch, 1792) Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Perciformes, pertencente à família
Centropomidae. Podem ser confundidos com os C.
parallelus, porém difere-se pelo corpo mais baixo e
mais alongado e linha lateral enegrecida. Seu corpo é
prateado, mas escuro dorsalmente. Espinhos dorsais (total): 8-9, raios dorsais (total): 10;
espinhos anais 3; Raios anais: 6. São heterotérmicos e possuem simetria bilateral. Pode atingir
um comprimento total de até 140 cm, mas é mais comumente encontrado com 50 cm. O maior
peso já publicado foi de 24.3 kg. A maior idade já publicada foi de 7 anos. Excelente espécie
para pesca esportiva e uma carne de excelente flavour. Enquanto a pesca comercial do robalo
é ilegal em todo Texas e Flórida, eles são peixes valorizados pelos pescadores esportistas em
toda a sua distribuição geográfica conhecida. Eles são conhecidos como fortes lutadores
quando fisgado.
Há dados globais de pesca desta espécie desde os anos 50, no qual os valores médios de
toneladas produzidas na primeira década foram de aproximadamente 1000 toneladas. Já nos
últimos cinco anos (2007 a 2011) essa média de produção ficou por volta dos 1300 toneladas
anuais. Existem dados de produção aquícola desta espécie que datam o ano de 1994 com uma
modesta produção média de 306 toneladas anuais até o ano de 1996 e dai em diante não há
mais registros. FAO.
Distribuição: Atlântico ocidental: sul da Flórida (EUA), costa sudeste do Golfo do México, a
maior parte das Antilhas e da costa caribenha da América Central e do Sul, e se estende para o
sul até o Rio de Janeiro, Brasil, também na Carolina do Norte e Texas, EUA.
Alimentação: Alimentam-se de outros peixes principalmente da família Gobiidae, Gerreidae,
Engraulidae e também crustáceos.
Reprodução: Atingem a maturidade sexual com um comprimento de 42 cm. A época de
desova varia de lugar para lugar, como por exemplo, de maio a setembro na Guiana Francesa,
já em Cuba ocorre de agosto a dezembro. Em alguns lugares pode chegar a desovar duas
vezes por ano, não apresentam cuidado parental.
Apesar de o robalo ocupar tanto água doce e salgada, eles desovam em água salgada, porque o
esperma só pode tornar-se ativo em condições salinas. São frequentemente observados
reunidos na foz dos rios, baías e canais em épocas de desova. Espécimes fêmeas são
geralmente maiores que os machos da mesma idade.
33
Habitat e Hábito: Pode ser encontrada em águas marinha, doce ou salobra, em profundidades
de até 22m. Habita águas costeiras, estuarina, lagoas, baías, manguezais e rios. Nadam em
cardumes.
Nomes comuns: Bicudo, cambriaçu, camurim branco, robalão, robalo-flecha. Brasil/
Common snook, Sergeant fish, Thinsnook. USA.
Referências: 237, 130, 172, 101, 121, 156, 151, 240, 166, 146, 212. Foto: Ueberschaer,
Bernd.
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Cetengraulis edentulus (Cuvier, 1829) Características gerais: Pertencente à ordem dos
Clupeiformes representantes da família do
Engraulidae, é uma espécie de pequeno porte, boca
ampla, dentes pequenos, maxilar prolongado e
nadadeiras sem espinhos. Quando adulto seu corpo é
prateado; quando jovem possuem apenas uma faixa prateada. Não possuem espinhos dorsais
nem anais, sua nadadeira anal possui de 18 a 24 raios. Seu nariz é pequeno e pontudo. Possui
8 raios branquiostegais. Possuem pontos escuros na superfície superior da cabeça e focinho, e
uma série de grandes pontos pretos ao longo da base da nadadeira anal. Podem chegar a medir
17 cm. Era uma espécie pouco explorada comercialmente, porém da década de 80 pra cá esta
sendo explorada para confecção de farinha de peixe e consumo humano. Explorada
comercialmente na região de principalmente em Florianópolis, SC. Vem sofrendo intensiva
pesca nos últimos anos devido ao incentivo do governo federal para captura de exemplares
que são industrializado e comercializado no nordeste do Brasil visando suprir deficiências na
pesca da sardinha. Seu interesse comercial esta voltado para indústria de pescado em
conserva.
Distribuição: Pode ser encontrado no Caribe, Cuba, Costa Rica, Colômbia, Venezuela,
Panamá e na costa Brasileira de norte à Santa Catarina.
Alimentação: É um filtrador típico que se alimenta tanto de fitoplâncton como de
zooplâncton. Desempenha importante papel na cadeia alimentar dos oceanos servindo de
forragem a muitas espécies de peixes e aves marinhas, e pelo fato de ser um dos principais
contribuintes no fluxo de energia ao longo da cadeia por serem os maiores consumidores de
zooplâncton e fitoplâncton principalmente de diatomáceas pelágicas e bentônicas.
Reprodução: Sua desova ocorre de outubro a janeiro com picos de desova em novembro.
Seus ovos possuem a forma oval, e são desovados na linha costeira até 1,5 km e este
fenômeno dura cerca de 2,5 a 5 horas; a eclosão acontece cerca de 22 horas depois de
fertilizados. É uma espécie dioica, e a fertilização ocorre externamente. Não praticam cuidado
parental. Comprimento da primeira maturação 112 mm machos e 118 mm para fêmeas.
Habitat e Hábito: Possuem hábitos costeiros e preferem águasde baixa salinidade, formando
cardumes. Podem ser encontrados em profundidades de até 10 m.
Nomes comuns: Zaran, Anchovy, Atlantic Anchoveta, Sardine, Toothless anchovy, Anchois
queue jaune, Manjuba-savelha, Sardinha verdadeira, Sardinha-boca-torta, Xangô.
Referências: 101, 144, 286, 27, 260,267. Foto: Krumme, Uwe
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Chaetodipterus faber (Broussonet, 1782)
Características gerais: Esta espécie pertence à
ordem dos Perciformes, da família dos
Ephippidae. Podem chegar a um comprimento
total de 91 cm, porém é mais comumente
encontrando por volta dos 50 cm. O maior peso
já publicado foi 9 kg. Suas duas nadadeiras
dorsais são claramente separadas e possui o
focinho achatado. A primeira nadadeira dorsal é espinhosa e a segunda raiada. Escamas
ctenoides. Nadadeira caudal truncada nos exemplares jovens e lunada ou marginada nos
adultos. Espinhos dorsais (total): 9; raios dorsais (total): 21-24; espinhos anais 3; Raios anais:
17 - 18. Boca pequena e terminal, com dentes diminutos em forma de cerdas. Não possuem
dentes no vomer e palatinos. A coloração do seu corpo é cinza prateada com barras
enegrecidas. Não existe pesca direcionada para o comércio dessa espécie.
Distribuição: Atlântico Ocidental: Massachusetts, EUA e norte do Golfo do México até o
Rio Grande do Sul, Brasil.
Alimentação: Alimenta-se de invertebrados bentônicos como crustáceos, moluscos,
anelídeos, cnidários, bem como de plâncton.
Reprodução: Na Carolina do Sul, EUA um estudo indica um pico sazonal claro por ano de
atividade reprodutiva, que vai de Março a Setembro, com uma média de tamanho da primeira
maturação sexual de 10 cm.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras, associados ou não a
recifes de corais, em profundidades de até 35 m. toleram uma ampla gama de habitats e são
abundantes em águas costeiras e rasas, de manguezais, praias de areia e locais próximos a
naufrágios ou portos. Os Juvenis dessa espécie são comuns em estuários e frequentemente
encontrado em lagoas de água muito rasa. Adultos podem formar cardumes muito grandes.
Nomes comuns: Paru, Tareira, Atlantic spadefish, Moonfish.
Referências: 237, 130, 240, 142, 101, 166, 231, 261, 28. Foto: Krumme, Uwe.
36
Chilomycterus spinosus spinosus (Linnaeus, 1758) Características gerais: Esta espécie pertencente à
ordem Tetraodontiformes da família dos
Diodontidae. Possuem o corpo coberto por
espinhos longos e móveis. Não possuem espinhos
dorsais nem anais; Raios dorsais (total): 10-12;
Raios anais: 10 - 11; peitoral 21-23. Ao contrário
do C. antillarum, suas manchas não formam
hexágonos. Pode atingir um comprimento total de
25 cm. É a única espécie do gênero presente no Brasil. Não possui nenhuma importância
comercial.
Distribuição: desde a Venezuela até a Argentina.
Alimentação: não encontrados ou inexistentes.
Reprodução: São dioicos, possuem fertilização externa e não há cuidado parental.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrado em águas estuarinas. Possuem hábito demersal.
Podem ser encontrados em profundidades de até 190 m.
Nomes comuns: Baiacu, Baiacu de espinho, Peixe ouriço.
Referências: 101, 36. Foto: Wirtz, Peter.
37
Chloroscombrus chrysurus (Linnaeus, 1766) Características gerais: É um peixe teleósteo, que
faz parte da ordem Perciformes e pertencente à
família dos Carangidae. É um peixe de pequeno
porte, possui uma cor azul metálico no lado dorsal,
e ventral prateado, seu pedúnculo caudal possui
um ponto preto. Seu perfil dorsal é mais curvado
do que o ventral. Espinhos dorsais (total): 9; raios dorsais (total): 25-28; espinhos anais 3;
Raios anais: 25 - 28. Pode atingir um comprimento máximo de 65 cm, mas é mais comumente
encontrado com 25 cm.
Desde 1950 há registros de captura comercial dessa espécie, e de 2006 a 2011 a produção
ficou em torno de 18 mil toneladas e 25 mil toneladas. Pode ser comercializado fresco ou
salgado. É considerada uma das mais abundantes espécies de Carangidae no Brasil, sendo que
suas larvas são encontradas entre 15 e 40 m de profundidade. Estudos de produção pesqueira
no Brasil mostram que nas regiões Sul e Sudeste apesar da pesca não ser direcionada, existe a
capturada como fauna acompanhante.
Distribuição: É encontrado em países como Angola, Bermuda, Brasil, Congo, Costa do
Marfim, Estados Unidos, Suriname.
Alimentação: Alimenta-se de invertebrados zooplanctônicos, tais como crustáceos e
moluscos.
Reprodução: Atingem a maturidade com cerca de 10 cm.
Habitat e Hábito: É uma espécie restrita a águas tropicais e temperadas. Pode ser encontrado
em águas marinhas e salobras (juvenis). São raramente encontrados em ambientes de mar
aberto. Comumente associados com objetos flutuantes.
São associados às zonas neríticas e podem ser encontrados em profundidades de até 55m.
Preferem fundos inconsolidados da plataforma continental (juvenis são comuns em estuários).
Formam cardumes e habitam águas litorâneas com preferência de baias e regiões estuarinas.
Nomes comuns: Folha-do-mangue, garapau, juva, palombet. Brasil.
Referências: 130, 75, 264, 101, 261, 57, 86, 45, 246. Foto: Krumme, Uwe.
38
Citharichthys arenaceus Evermann & Marsh,1900 Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Pleuronectiformes pertencente à família
Paralichthyidae. São peixes de pequeno porte. Os
membros deste grupo são conhecidos como "lefteye
solhas" porque ambos os olhos e pigmentação estão
do lado esquerdo do corpo. Sua linha lateral é quase
reta sem arco pronunciado. Ambas as maxilas
possuem uma única fileira de dentes fixos. Possuem escamas ctenoides. Não possuem
espinhos dorsais nem anais; Raios dorsais (total): 75-82; Raios anais: 56-62. O maior
exemplar já registrado foi de 20 cm.
Distribuição: Atlântico Ocidental: sudeste da Flórida, EUA, e no Brasil.
Alimentação: A dieta baseia-se em crustáceos, peixes, Gastrópodes e Polychaeta. Seu hábito
alimentar não é especializado.
Reprodução: A época de desova pode variar com os fatores ambientais de cada lugar, e
provavelmente é a temperatura da água o fator que regula esse ciclo. Populações no Brasil
desova de março a maio e novembro, a temporada na Carolina do Norte é restrito a fevereiro e
março, e os peixes em Porto Rico desovam de novembro a maio.
Após a desova, as larvas se estabelecem em habitats costeiros por cerca de 40-50 dias.
Dependendo da temperatura da água e de outros fatores.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, salobras e doce. Possuem
hábitos demersais em mares tropicais. Ocorrem em baías, lagoas, águas costeiras rasas e
estuários. É uma espécie eurialina e pode suportar variações na salinidade. Já foram
encontrados indivíduos em salinidades de 0,9 a 35.
Populações podem ser encontradas numa variedade de habitats costeiros rasos e também a
uma profundidade de 75 m. Devido às suas grandes tolerâncias ambientais, prospera em
várias latitudes e tipos de habitats.
Nomes comuns: Sandwhiff, linguado, solha.
Referências: 6, 162, 281, 61, 101. Foto: Vaske Jr., Teodoro.
39
Citharichthys macrops Dresel, 1885 Características gerais: Esta espécie pertence à ordem
dos Pleuronectiformes e fazem parte da família
Paralichthyidae. Os linguados que pertencem a esta
família tem os olhos do lado esquerdo do corpo.
Possuem a nadadeira caudal totalmente separada da
dorsal (74-85 raios) e anal (56-64). Sua nadadeira pélvica tem as bases curtas e quase
simétricas; suas nadadeiras peitorais possuem raios ramificados. Sua boca é protrátil, grande e
assimétrica. Ambas as maxilas possuem dentes fixos. Eles passam por uma profunda
transformação durante seu desenvolvimento: suas larvas e juvenis são bilateralmente
simétricos, mas logo um dos olhos migra para o lado esquerdo do corpo, e então o peixe passa
a “deitar sobre o lado que não tem olhos”. Possuem manchas escuras pelo corpo. A coloração
se restringe a lado dos olhos. Sua linha lateral é quase reta. Suas escamas são ctenoides. São
considerados de pequeno porte, atingem até 20 cm. Não é explorado economicamente, mas
aparece frequentemente associado ao bycacth da pesca de arrasto do camarão. Inserida na
Lista de espécies que estão no Processo de Avaliação do Estado de Conservação das Espécies
de Peixes Ósseos Marinhos e Estuarinos (Actinopterygii) Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade –( ICMBio).
Distribuição: Pode ser encontrados da Carolina do Norte até a costa do estado de Santa
Catarina.
Alimentação: São predadores ativos. Alimenta-se de crustáceos bentônicos, pequenos peixes
(Calonoide, Cyclopoide, Penaeidae).
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: Possui hábito bentônico, vivendo junto ao sedimento geralmente
enterrados. Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras, associados a recifes de
corais e em estuários associado ao fundo lodoso. Pode ser encontrados em profundidades de
até 90 m. sendo mais comum em profundidades de até 40 m.
Nomes comuns: Spotted whiff, Lenguado manchado, Linguado.
Referências: 8, 240, 101, 173. foto: Martins, Itamar Alves
40
Citharichthys spilopterus Günther, 1862 Características gerais: Fazem parte da ordem dos
Pleuronectiformes e pertencem a família
Paralichtyidae. Olhos e pigmentação estão do lado
esquerdo do corpo, nadadeiras dorsais e anais
separados. Seus olhos são grandes. A linha lateral
é quase em linha reta e a boca relativamente
grande estendendo-se até o meio dos olhos ou mais
posteriormente. Em ambas as maxilas há uma única fileira de dentes fixos. Possuem escamas
ctenoides. Não possuem espinhos dorsais nem anais; Raios dorsais (total): 74-84; Raios anais:
52-63. Pode atingir um comprimento total de 20 cm, mas é mais comumente encontrado com
15 cm. Possui pequeno valor comercial e não há dados de captura nem produção na FAO, sua
pesca é restrita a regiões especificas.
Distribuição: Atlântico Ocidental: Nova Jersey, EUA, para as Antilhas e no Brasil em todo o
litoral.
Alimentação: Alimenta-se principalmente de zooplâncton e zoobentos, Mysidacea,
Polychaeta e Amphipoda.
Reprodução: Populações no Brasil desova de março a maio e novembro, a temporada
Carolina do Norte é restrito a fevereiro e março, e os peixes Porto Rico desovam de novembro
a maio. As fêmeas geralmente migram para águas mais profundas para desovar, retornando
para áreas rasas no final da temporada.
Habitat e Hábito: É uma espécie que pode ser encontrada em águas marinhas, salobra e
doce. Possuem hábito demersal. Podem ser encontrados em profundidades de até 75 m.
Ocorre em fundos lodosos da costa, também em estuários de água salobra e lagoas
hipersalinas.
Nomes comuns: Língua-de-vaca, linguado, solha. Brasil / Baywhiff USA
Referências: 57, 240, 101, 272, 162, 136. Foto: Sazima, Ivan.
41
Colomesus psittacus (Bloch & Schneider, 1801) Características gerais: Esta espécie faz
parte da ordem dos Tetraodontiformes,
pertencente à família dos Tetraodontidae.
Possuem uma base peitoral e pedúnculo
caudal coberta com espinhos, dentes
fundidos em placas sendo esta uma em cada
mandíbula, narina com duas aberturas. A coloração do dorso é verde-escuro com seis barras
pretas transversais e seu ventre é branco. Não possuem espinhos dorsais nem anais; Raios
dorsais (total): 11-12; Raios anais: 11. Quando perturbado se infla de água (ou ar) para
parecem maiores e afastar predadores.
Diferente da outra espécie do mesmo gênero (Colomesus asellus) o C. psittacus é raramente
mantido em aquários. Ele não é uma espécie disciplinada e pode ser agressivo com outros de
sua própria espécie, sendo mantidos isolados. Pode atingir um comprimento total de 29 cm,
mas é mais comumente encontrado com 25 cm. É uma espécie que não possui importância
comercial. Não há dados de captura nem produção na FAO.
Distribuição: Atlântico ocidental: Golfo de Paria (formado pelo rio Orinoco, Venezuela) até
o litoral da região Nordeste do Brasil.
Alimentação: São carnívoros e se alimentam de moluscos e crustáceos, quebrando-os com
seus dentes poderosos.
Reprodução: Estudos mostram que a primeira maturação (L50) das fêmeas se da por volta de
10,79 cm para os machos e 13,37 cm, o tipo de desova é parcelada com desenvolvimento
assincrônico, a fecundidade da espécie é elevada estimada em 3.715 ovócitos, apta a se
reproduzir durante todo o ano.
Habitat e Hábito: É uma espécie que pode ser encontrada em águas marinha, salobra e doce.
Possuem hábito demersal e podem ser encontrados em profundidades de até 40 m. São
solitários, às vezes se juntam em dois ou três, mas nunca formam cardumes. Habitam águas
costeiras rasas de fundos não consolidados.
Nomes comuns: Baiacu, baiacu de camisa, baiacu-de-agua-doce, baiacu-xaréu, baiacu-
listado. Brasil
Referências: 57, 166, 169, 276, 101, 259. Foto: Krumme, Uwe.
42
Ctenogobius shufeldti (Jordan e Eigenmann,1887) Características gerais: Fazem parte da ordem dos
Perciformes, pertencente à família Gobiidae.
Possuem cinco manchas escuras quadradas ao
longo da lateral do seu corpo. Corpo com 34-40
fileiras transversais de escamas, nadadeira dorsal
com 6 espinhos e 12 raios, nadadeira anal 13 raios.
Podem atingir um comprimento total de 8 cm, porém são mais comumente encontrados com
cerca de 4 cm.
Distribuição: América do Norte: Carolina do Norte até o sul da Flórida e Texas, nos EUA e
na América do Sul: Venezuela e Brasil.
Alimentação: São onívoros, se alimentam tanto de invertebrados quanto vegetais. Crustáceos
bentônicos (notadamente Ostracoda e Tanaidacea) além de algas e outros vegetais também
fazem parte da sua dieta.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: Espécie encontrada em águas doces e salobras. Habita águas de baixa
salinidade como em baías e estuários.
Nomes comuns: Freshwater goby, American freshwater goby. EUA
Referências: 240, 101, 261, 289, 151. Foto: Grammer, Gretchen L.
43
Ctenogobius boleosoma (Jordan & Gilbert, 1882) Características gerais: Pertencente à ordem dos
Perciformes, da família dos Gobiidae. Possui o
corpo fusiforme. Cerca de cinco manchas escuras
redondas ou alongadas ao longo da lateral, alguns
com marcas diagonais que se estende para cima
para formar formas de V. Corpo com 29 a 34 fileiras transversais de escamas. Nadadeira
dorsal com seis espinhos e usualmente 11 raios; anal em geral com 12 raios. Possuem uma
mancha ovalada, maior que o olho acima da base da nadadeira peitoral. Podem atingir um
tamanho máximo de 7,5cm, mas normalmente é encontrado com 4 cm.
Distribuição: Atlântico Ocidental: Carolina do Norte (EUA), Bahamas, e norte do Golfo do
México até o Rio de Janeiro, Brasil.
Alimentação: Alimentam-se principalmente de pequenos animais, como crustáceos e
ostracodermes.
Reprodução: A desova ocorre durante o ano todo em países como Venezuela. Já nos EUA a
desova se concentra nos meses de junho a agosto. São dioicas e possuem fertilização externa.
Os ovos se desenvolvem no fundo, possuem a forma ovoide e é pegajoso, geralmente amarelo
ou laranja e têm grandes quantidades de protoplasma e pouca gema.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, doce e salobra. Encontram-se
associados a recifes de coral, fundo macio e estuários. É uma espécie eurialina, variando de
água salobra (quase entrando água doce) para hipersalinas. É uma espécie anfídroma.
Nomes comuns: Dartergoby, EUA /Amoré, Brasil.
Referências: 192, 240, 261, 256, 107, 101, 55, 69. Foto: Sazima, Ivan.
44
Ctenogobius smaragdus (Valenciennes, 1837) Características gerais: Esta espécie pertence à ordem
dos Perciformes e faz parte da família dos Gobiidae.
Olhos no posição superior. Não possuem linha lateral.
Possuem dentes cônicos. A região da nuca é escamada.
Segunda nadadeira dorsal com 12 raios. Sua nadadeira
dorsal possui 6 espinhos, anal 12 raios. Apresenta uma
macha ovalada acima da nadadeira peitoral. Há círculos claros envolvidos por um anel escuro
na cabeça. Maior comprimento 15 cm. Espécie euri-halina, suportam salinidades que vão de 0
a 43 ppt. É vendido no comércio do aquário.
Distribuição: Pode ser encontrado desde a Carolina do Sul até litoral de São Paulo.
Alimentação: não encontrados ou inexistentes.
Reprodução: A papila urogenital é alongada nos machos e bulbosa nas fêmeas.
Habitat e Hábito: Vivem em águas rasas de fundo lodosos e águas turvas, em contato direto
com o substrato. Possuem o hábito de se enterrarem. Podem ser encontrados em águas
marinhas, salobra ou até mesmo doce.
Nomes comuns: Emerald Goby, Amoré, Maria da toca, Esmeralda cabezona.
Referências:221, 78, 64, 101, 55. Foto Macieira, Raphael M.
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Ctenogobius stigmaticus (Poey, 1860) Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Perciformes pertencente à família dos
Gobiidae. Possuem um corpo fusiforme que é
característico dessa espécie e usado na
identificação. Possuem quatro ou cinco barras verticais escuras na parte inferior da face,
sendo 3 sob o olho e uma no opérculo. Linha mediana lateral do corpo com cerca de 5
manchas irregulares, sendo a última na base da caudal, 6 faixas verticais estreitas claras no
corpo. Todas as nadadeiras mais ou menos pigmentadas. Espinhas dorsais (total): 6 Raios
dorsais (total): 12; espinhos anais 0; Raios anais: 13. Pode atingir um comprimento máximo
de até 8 cm. Segundo a FAO não existem dados de captura nem de aquicultura.
Distribuição: Carolina do Norte até Santa Catarina.
Alimentação: não encontrados ou inexistentes.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat: Vivem em águas marinhas. Possuem hábito demersal. São encontrados em fundos
lodosos de águas costeiras rasas e às vezes em zonas intertidais. É uma espécie eurialina.
Nomes comuns: Marked Goby. USA/ Amoré, Maria-da-toca. Brasil/ Esmeralda. Cuba
Referências: 240,101, 55. Foto: Macieira, Raphael M.
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Cynoponticus savanna (Bancroft, 1831) Características gerais: Esta espécie pertence à ordem
dos Anguilliformes e faz parte da família
dos Muraenesocidae. Muito se assemelham aos
Congrídeos, possuem aberturas branquiais bem
desenvolvidas, nadadeiras caudal ligada às nadadeiras
dorsal e anal. Suas narinas posteriores estão situadas acima do lábio superior, em frente aos
olhos. Possuem dentes vomerianos situado no céu da boca, e por sinal muito bem
desenvolvidos, de formato caniniformes. Suas fendas branquiais estão situadas abaixo da
base nadadeiras peitorais (17 raios); as narinas posteriores são ovaladas e se situam em frente
aos olhos. Todos os seus dentes são bem desenvolvidos, em ambas as maxilas e os
vomerianos. Os dentes do vômer são numerosos e organizados em várias séries, sendo a do
meio mais desenvolvida que as laterais. Possui a cauda longa, quase duas vezes mais longa
que o resto do corpo. A linha lateral possui 43 poros até o nível da abertura anal. Possui o
corpo marrom-escuro dorsalmente, e mais claro ventralmente. As nadadeiras dorsal e anal têm
margens negras. Podem chegar a medir mais de 1,5 m. mais comumente encontrada com 50
cm. Não é comum a pesca comercial. Mas quando há, é comercializado fresco, em mercados
específicos. É capturado em rede de arrasto, linha de mão. Esta é a única espécie da família no
qual foi reportada o fenômeno do albinismo. Lista de espécies inseridas no Processo de
Avaliação do Estado de Conservação das Espécies de Peixes Ósseos Marinhos e Estuarinos
(Actinopterygii) Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio.
Distribuição: É encontrada no Atlântico ocidental, das Antilhas até o Brasil.
Alimentação: Carnívoro. Alimenta-se principalmente em animais bentônicos e pequenos
peixes.
Reprodução: suas larvas possuem a forma leptocephalus .
Habitat e Hábito: Bentônica. Podem ser encontrados na plataforma continental até 100 m de
profundidade, em litoral que possua fundos rochosos, ambientes estuarinos e baías.
Nomes comuns: Guayana pike-conger, Pike, Sapphire Eel, Morena Arenera, Congro.
Referências: 57, 101, 240, 49, 276, 191, 9. Foto Matsuura, Keiichi.
47
Cynoscion leiarchus (Cuvier, 1830) Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Perciformes, da família dos Sciaenidae.
Podem chegar a medir 90 cm, porém é mais
comumente encontrado com 35 cm. O maior peso
já publicado foi de 2 kg. Espinhos dorsais (total):
11; raios dorsais (total): 20-24; espinhos anais 2; Raios anais: 8 - 10. Comercializado tanto
fresco como salgado, sua carne é considerada de excelente flavour. Suas escamas são
cicloides. Seu corpo é prateado com o dorso acinzentado. As nadadeiras são claras, exceto a
dorsal espinhosa, que é escura, bem como a margem da caudal. Abundante no Nordeste do
Brasil. Geralmente são capturadas com redes de cerco, espera e arrastos de praia. Parece ser
mais abundante na região norte do Brasil, pois aparece com frequência no mercado de Belém,
PA.
Distribuição: Atlântico Ocidental: Panamá para Santos, Brasil.
Alimentação: não encontrados ou inexistentes.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras em profundidades
de até 25 m. Possuem hábito demersal. Encontrado sobre fundos inconsolidados de lama e
areia nos estuários dos rios. Possuem a bexiga natatória bem desenvolvida funcionando como
órgão de ressonância para as vibrações produzidas por músculos especiais a ela ligado.
Formam cardumes. Demersais, frequentam as águas rasas próximas às costas, baías e
enseadas, e locais pedregosos como corais.
Nomes comuns: Marmota, Cambucu, Pescada-branca.
Referências: 51, 57, 171, 249, 59, 101.. Foto: Carvalho Filho, Alfredo.
48
Cynoscion microlepidotus (Cuvier, 1830) Características gerais: Esta é uma espécie que faz parte
da ordem dos Perciformes, e pertencem à família dos
Sciaenidae. São peixes que possuem uma grande
importância comercial. Possui uma parte espinhosa
anterior da nadadeira dorsal contínua com a parte mole
posterior, havendo entre ambos um entalhe profundo. Sua linha lateral se estende até a
margem posterior da nadadeira caudal. Possui a bexiga natatória bem desenvolvida, no qual
funciona como órgão de ressonância que através das vibrações produzida por músculos
especiais a ela ligados produzem um som característico. Não possuem barbilhões em sua
mandíbula, sua boca é muito inclinada, e a mandíbula é mais saliente que a maxila superior.
Seu pré-opérculo não possui espinhos. Seus olhos são relativamente grandes. Seu corpo é
comprimido. Possui pequenos dentes na maxila que se distribui em faixas de formato cônico,
com exceção dos dentes na ponta da maxila superior que são caniniformes. Suas escamas são
cicloides. Em sua nadadeira dorsal possui 1 espinho e a presença de 20 a 25 raios. A
nadadeira anal possui 2 espinhos e de 8 a 10 raios. A nadadeira dorsal é coberta com pequenas
escamas da base até a metade de sua altura e possui 10 espinhos na sua porção anterior, e 1 na
posterior. A nadadeira peitoral possui de 18 a 21 raios. A nadadeira caudal tem formado
romboidal. Sua cor é acizentada no dorso, prateado nos lados e ventralmente. Nadadeiras
peitorais, pélvicas, anal e caudal são amarelada. Constituem importante parcela de captura
comercial, no Maranhão é a terceira espécie mais capturada, com 2.742 ton/ano. Pode ser
capturada com anzol e redes-de-arrasto. Em certos mercados sua bexiga natatória é vendida
separadamente. Muito comum no mercado da região norte sendo vendido fresco e salgado.
Capturado principalmente pelas redes de arrasto. Pode atingir até 1 m e pesar cerca de 3 a 4
kg. Porém mais comumente encontrado com 50 cm. Bioindicador de presença de metais em
estuários.
Distribuição: Pode ser encontrado desde o golfo da Venezuela ao litoral sudeste do Brasil.
Alimentação: Alimenta-se de peixes e crustáceos.
Reprodução: São peixes dioicos, com fecundação externa e não apresentam dimorfismos
sexual evidentes. Esta espécie apresenta desova assincrônica com dois picos anuais: um
período de atividade reprodutiva mais forte entre dezembro e abril e outro mais fraco entre
junho e agosto. Machos alcançam a primeira maturação com comprimentos inferiores aos das
fêmeas. Primeira maturação de 260 a 297 mm.
49
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em profundidades de até 30 m. Relacionado a
ambientes estuarinos, pode ser facilmente encontrado próximo à desembocadura dos rios em
fundo de lama ou areia. É uma espécie demersal.
Nomes comuns: Smallscale weakfish, Acoupa doré, Corvina uçu, Dente-de-cão, Pescada,
Pescada-amarela, Pescada-bicuda, Pescada-dentão.
Referências: 38, 195, 2, 59, 57, 101 Foto Carvalho Filho, A.
50
Dactylopterus volitans (Linnaeus, 1758) Características gerais: É um peixe teleósteo da
ordem dos Scorpeniformes, da família dos
Dactilopteridae. Possuem dentes presentes nas
maxilas, mas não no palato. Espinhas dorsais
(total): 7; raios dorsais (total): 8; espinhos anais 0;
Raios anais: 6. Nadadeira peitoral muito grande em
forma de leque, com seis raios dianteiros separados
como pequenos lóbulos. Estes são os peixes
conhecidos como "falsos voadores", pois apesar do
grande desenvolvimento das suas nadadeiras
peitorais, não são utilizadas para o planeio fora da água. Segundo a FAO, de 2004 pra 2010
foram capturados em media 4 toneladas por ano.
Podem atingir um comprimento máximo de 50 cm, mas é mais comumente encontrado com
38 cm. O maior peso já publicado foi de 1,8 kg. Possuem o corpo cilíndrico e robusto de cor
variável, geralmente marrom, com dorso manchado de azul e ventre claro, cabeça com
espinhos e nadadeiras peitorais muito desenvolvidas.
Distribuição: Atlântico Leste: Canal Inglês de Angola, incluindo o Mediterrâneo, Madeira e
Açores e no Atlântico Ocidental: Canadá, e de Massachusetts, EUA e no Golfo do México até
a Argentina.
Alimentação: São carnívoros e alimentam-se principalmente de crustáceos bentônicos,
especialmente caranguejos, moluscos, vermes e pequenos peixes.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat: Espécie encontrada em águas marinha e salobra. Associados a fundos de areia,
cascalho e recifes. Podem ser encontrados em profundidade de até 100 metros.
Nomes comuns: Flyinggurdnard, USA / Coió, falso voador, peixe voador. Brasil.
Referências: 247, 248, 18, 156, 255, 261, 262, 101. Foto: Randall, John E.
51
Diapterus olisthostomus (Goode and Bean, 1882) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem
dos Perciformes e pertence à família dos Gerreidae. Seu
corpo é comprimido, romboide, sem estrias longitudinais
escuras e prateado. Nadadeiras dorsal e anal (3 espinhos e
8 raios) com a base revestida de escamas, sendo que a
dorsal possui de 9 a 10 espinhos. Menos abundante que o D. rhombeus. Podem atingir até 35
cm mas é mais comumente encontrado com 20 cm. Capturado em alguns lugares para servir
de alimento a outros peixes.
Distribuição: pode ser encontrado desde a Flórida ao sudeste do Brasil.
Alimentação: Possuem a boca muito protrátil, a qual se estende em forma de tubo durante a
alimentação. Alimentam-se de invertebrados aquáticos, microalgas e restos vegetais.
Reprodução: A desova acontece nas partes mais fundas.
Habitat e Hábito: são peixes costeiros, vivem predominantemente no estuário.
Nomes comuns: Caratinga, Carapicu.
Referências: 101, 120. Imagem: FAO
52
Diapterus auratus Ranzani, 1842 Características gerais: Esta espécie pertence à
ordem dos Perciformes da família dos Gerreidae.
Podem chegar a um comprimento máximo de 34
cm, porém são mais comumente encontrados por
volta dos 20 cm. O maior peso já publicado foi de
680 g. Nadadeira anal com e espinhos e 8 raios.
Nadadeira dorsal possui um espinho.
Distribuição: Atlântico ocidental: Carolina do Norte, EUA e Antilhas Maiores de São Paulo,
Brasil.
Alimentação: Boca com uma grande capacidade protusiva com a qual consegue se alimentar
dos organismos da infauna. Os juvenis alimentam-se principalmente de material vegetal com
alguns nematoides, copépodes, e ostracodes.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras, de hábito demersal.
Habita águas costeiras rasas, especialmente riachos, mangues e lagoas, mas também
encontrado em terreno de areia com vegetação em áreas marinhas típicas.
Nomes comuns: Caratinga, Carapicu, Carapeba-branca, Irish pompano, Mojarra
Referências: 51, 57, 155, 101. Foto: Duarte, Luís Orlando.
53
Diapterus rhombeus (Cuvier, 1829) Características gerais: Fazem parte da
ordem dos Perciformes, pertencente à
família Gerreidae. Boca protrátil,
estendendo-se em forma de tubo durante a
alimentação. Possuem 2 espinhos e 9 raios
na nadadeira anal, são prateados-escuro
dorsalmente, e mais claro ventralmente.
Nadadeira dorsal anterior com a margem superior enegrecida, os jovens apresentam traços
verticais escuros na lateral do corpo. Podem atingir um comprimento total de 40 cm, mas é
mais comumente encontrado aos 30 cm. São bastante frequentes nos estuários da costa
brasileira e de importância econômica no litoral pernambucano. Comercializado fresco. O
Diapterus rhombeus é um importante constituinte da fauna ictiológica de diversos ambientes
costeiros do Brasil, no entanto, estudos focados na espécie são escassos.
Distribuição: Atlântico Ocidental: sul do Golfo do México, América Central e Antilhas até o
Brasil.
Alimentação: Apresenta uma dieta diversificada, sendo os principais itens, poliquetas,
crustáceos, anfípodes e camarões.
Reprodução: A desova ocorre em locais mais profundos e os jovens se desenvolvem mais
próximo à superfície. Estudos de maturidade afirmam que essa espécie fica madura
sexualmente por volta dos 12 cm e a desova pode ocorrer durante todo o ano. Estudos no
litoral pernambucano indicam que esta espécie possui desova parcelada com dois picos de
desova no segundo semestre do ano.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinha e salobra em profundidades de
até 70 m. Possuem hábito demersal. Podem ser encontrados em fundos de lama ou areia. Os
juvenis são comuns em lagoas hipersalinas e em água salobra de estuários.
Nomes comuns: Carapeba, Peixe-prata. Brasil / Caitipamojarra, Silver perch. USA
Referências: 51, 101, 57, 229, 96, 82, 25.. Foto: Duarte, Luís Orlando.
54
Diplectrum radiale (Quoy & Gaimard, 1824) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem
dos Perciformes, e pertence à família dos Serranidae.
Possui um grupo de espinhos fortes divergentes na
margem posterior do pré-opérculo. Sua nadadeira dorsal
possui 10 espinhos e 12 raios, a nadadeira anal possui 7 raios. Seu corpo possui duas faixas
longitudinais escuras que podem se reduzir a duas séries de manchas. Podem chegar a medir
26 cm. Mais comumente encontrado com 20 cm. Importante em comércios locais. Capaz de
tolerar ambiente com pouco oxigênio. Muito comum sua ocorrência em bycath na pesca do
camarão. A carne é de boa qualidade. Comercializado fresco ou congelado.
Distribuição: Pode ser encontrado desde a Flórida até o Uruguai.
Alimentação: Alimentam-se principalmente de zooplâncton, peixes e crustáceos, mas
também algas filamentosas.
Reprodução: São hermafroditas simultâneos. A primeira maturação acontece por volta dos
120 mm. Desova parcelada durante todo o ano.
Habitat e Hábito: de hábitos costeiros. Pode ser encontrada em profundidades de até 60 m.
Encontrados em regiões estuarinas.
Nomes comuns: Aguavina, Jacundá, Margarida, Michole-da-areia, Peixe-aipim, Papa-terra.
Referências: 10, 101, 130, 57, 276, 104, 31. Foto Matsuura, Keiichi
55
Elops saurus Linnaeus, 1766 Características gerais: Fazem parte da ordem dos
Elopiformes, pertencente à família Elopidae.
Possui uma grande nadadeira caudal,
profundamente bifurcada. O corpo é áspero com
pequenas e finas escamas prateadas. Suas
nadadeiras são amareladas. Como um peixe predador, este peixe possui dentes pequenos e
afiados. Não possuem espinhos dorsais nem anais; Raios dorsais (total): 21-26; Raios anais:
14-17; Vértebras: 73-85. Possui escamas pequenas, mais de 100, na linha lateral.
Podem atingir um comprimento total de 100 cm, mas é mais comumente encontrado com 60
cm. O maior peso já publicado foi de 10,1kg. É famoso pelo seu hábito de pular ao longo da
superfície da água e por saltar muito durante sua pescaria. Embora não sejam muito
procurados como uma espécie comestível, devido à sua estrutura óssea, existe a pesca
comercial moderada na Flórida. Pode ser comercializado fresco, salgado e congelado, mas
considerada uma carne de segunda linha.
Existem dados de captura dessa espécie desde a década de 50, no qual nos primeiros anos
manteve uma média de produção anual por volta dos 350 t. Nos últimos anos de 2009 a 2011
essa média se manteve por volta das 80 t anuais.
Distribuição: Atlântico Ocidental: Estados Unidos, Bermuda, e norte do Golfo do México ao
sul do Brasil e também na China, Taiwan e Vietnã.
Alimentação: Alimentam-se principalmente de zooplâncton, crustáceos, insetos e pequenos
peixes.
Reprodução: A desova ocorre durante todo o ano em algumas regiões. A desova ocorre no
mar, as larvas vão à deriva em direção à costa, onde eles se abrigam e crescem. Durante os
primeiros estágios de maturação há um estágio de leptocephalus. Os ovos são pelágicos.
Alguns indivíduos com mais de 2-3 anos foram coletados em pesquisas realizadas em Tampa
Bay e no "Indian River Lagoon" e quase todos os peixes costeiros desta idade eram imaturos
reprodutivamente, sugerindo que essa espécie deixa os estuários somente após 2-3 anos para
desovar no mar.
Habitat e Hábito: São encontrados em águas marinhas e salobras. Podem chegar a
profundidades de até 50m. Ocorrem em áreas neríticas rasas, sobre fundos lodosos e em
estuários de água salobra. Os juvenis são comuns em lagoas e baías hipersalinas. Formam
grandes cardumes próximos à costa. Possuem uma ampla tolerância a variação de salinidade.
56
Nomes comuns: Barana, juruma, tubarana, ubarana. Brasil / John, ladyfish, skipjack,
tenpounder. USA
Referências: 54, 64, 237, 101, 283, 156, 261, 28, 160, 123, 125, 190. Foto: Christie, Barrett
L.
57
Erotelis smaragdus (Valenciennes, 1837) Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Perciformes, pertencente à família
Eleotridae. Como nos gobiideos há uma papila
urogenital alongada nos machos e bulbosos nas
fêmeas. Espinhos dorsais (total): 6; raios dorsais (total): 11; espinhos anais 1; Raios anais: 9.
Podem atingir um comprimento total de 20 cm.
Distribuição: Atlântico ocidental: Bahamas, sudeste da Flórida e no norte do Golfo do
México nos EUA para o Brasil.
Alimentação: não encontrados ou inexistentes.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras. Possuem hábito
demersal. Habitam o baixo curso dos rios sempre nas proximidades do mar. Encontrado em
zonas de manguezal.
Nomes comuns: Amoré, Moréia-do-mangue-negra, Peixe-macaco. Brasil / Emeraldsleeper.
USA
Referências: 240, 101. Foto: Macieira, Raphael M.
58
Etropus crossotus Jordan & Gilbert, 1882 Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Pleuronectiformes, pertences à família
Paralichthyidae. Os peixes dessa família sofrem
uma profunda transformação durante seu
desenvolvimento. As larvas e jovens são
bilateralmente simétricos, mas um dos olhos migra
para o lado oposto do corpo, e o peixe muda sua
posição de natação como se estivesse deitado.
Atinge um comprimento máximo de 20 cm. Pode chegar a viver cerca de um ano. Segundo a
FAO não existem dados de captura nem de produção.
Distribuição: Atlântico desde Baía de Chesapeake (USA), Golfo do México, América
Central, incluindo Trinidad, Venezuela, até o litoral Sul do Brasil.
Alimentação: Alimentam-se basicamente de poliquetas, crustáceos Decápodes, Stomatopoda,
Amphipodes e em algumas épocas do ano Isopodes.
Reprodução: A primeira maturação ocorre por volta dos 8 cm. A espécie estudada completa
todo o seu ciclo de vida em estuário, e ocorre tanto em regiões tropicais e regiões subtropicais
e temperadas, portanto a época de reprodução pode variar de lugar para lugar. Um estudo no
Complexo Estuarino de Paranaguá, Estado do Paraná mostra que o período reprodutivo foi de
Outubro a Janeiro.
Habitat e Hábito: Pode ser encontrado em águas marinha e salobra. É uma espécie de hábito
demersal. É comum em estuários. Frequentemente ocorrem em águas pouco profundas em
fundos de areia, com conchas e predominam em substratos biodetríticos, como baias e
estuários. Pode ser encontrados em profundidades de até 30 m. É uma espécie subtropical:
11°C a 31°C.
Nomes comuns: Linguado.
Referências: 237, 57, 101, 235, 218, 143, 122. Foto: Martins, Itamar Alves.
59
Eucinostomus argenteus Baird & Girard, 1855 Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Perciformes, pertencente à família dos
Gerreidae. Possuem a ponta da nadadeira dorsal
escura. Espinhos dorsais (total): 9; raios dorsais
(total): 10; Espinhos anais 3; Raios anais: 8.
Podem atingir um comprimento total de 20 cm,
mas é mais comumente encontrado com 15 cm. Pode ser comercializado fresco, mas não é
muito apreciado como alimento, pode ser transformado em farinha de peixe ou usado como
isca viva na pesca. Ele distingue-se de outros membros da família Gerreidae pelo cone
interhaemal, uma estrutura em forma de cone incomum formada a partir das duas primeiras
pterigióforos anais que envolve a extremidade posterior da bolsa de ar, o focinho tem distinta
pigmentação em forma de V e a nadadeira dorsal é transparente.
Distribuição: Pacífico Oriental: do sul da Califórnia, EUA ao sul do Peru, incluindo as ilhas
Galápagos e no Atlântico Ocidental: Nova Jersey, EUA e Bermuda através do Golfo do
México e Caribe a sudeste Brasil.
Alimentação: É uma espécie onívora. Alimenta-se de formas bentônicas usando sua boca
altamente protrátil para capturar os invertebrados da infauna como bivalves, poliquetas e
crustáceos.
Reprodução: A época da desova ocorre durante os meses mais quentes, de dezembro a junho,
em águas brasileiras.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinha, salobra e doce. Podem chegar a
uma profundidade de até 12m. São encontrados sobre fundos inconsolidados de baías e áreas
costeiras rasas, muitas vezes, ao longo das praias de areia. Juvenis são encontrados em lagoas
de manguezais e estuários.
Nomes comuns: Carapicu-pena, carapipiacuaçu, carapeba, escrivão. Brasil / Spotfinmojarra
USA.
Referências: 152, 91, 101, 240, 229, 131, 37, 41, 183. Foto: Martin, Louanna.
60
Eucinostomus gula (Quoy & Gaimard, 1824) Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Perciformes, pertencente à família dos
Gerreidae. Possui a boca protrátil, olhos muito
grandes, nadadeira peitoral longa e a caudal
furcada. Espinhos dorsais (total): 9; raios dorsais
(total): 10; Espinhos anais 3; Raios anais: 7. Os
espécimes jovens apresentam manchas e faixas
escuras diagonais nos flancos. Podem alcançar um comprimento máximo de 23 cm, porém é
mais comumente encontrado com 15 cm e chegam a pesar 400g.
Distribuição: Atlântico Ocidental: Massachusetts, EUA e Bermuda para a Argentina,
incluindo o Golfo do México e o Mar do Caribe.
Alimentação: Alimentam-se de pequenos invertebrados bentônicos, Polychaetas,
Scaphopoda, Foraminífera, Moluscos, Bivalves.
Reprodução: Geralmente ficam maduros sexualmente por volta dos 11 cm. Em alguns
lugares a desova ocorre de abril a agosto em outros parece desovar durante todo o ano, no
entanto, a alta temporada é nos meses mais quentes de verão em águas brasileiras.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, doce e salobras, em
profundidades de até 55 m. Associados ou não a recifes de corais. Preferem águas rasas,
sendo especialmente abundantes sobre fundos de lama no mangue ou riachos. Os indivíduos
maiores também podem ocorrer em fundos de areia com vegetação em áreas marinhas. Entra
na água doce em regiões calcárias. Pode formar cardumes.
Nomes comuns: Carapau, carapim, carapicu. Brasil / silverjenny. USA
Referências: 130, 101, 57, 229, 51, 240, 251, 131. Foto: Vaske Jr., Teodoro.
61
Eucinostomus melanopterus (Bleeker, 1863) Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Perciformes, pertencente à família
Gerreidae. Possuem um padrão de pigmentação
em preto e branco nas pontas das espinhas dorsais
que distingue esta espécie de outras do mesmo
gênero. Boca muito protrátil, estendendo-se com forma de tubo durante a alimentação. Muito
parecido com E. argenteus, porém possui menos rastros e uma faixa branca separando a ponta
negra da nadadeira dorsal espinhosa da parte basal desta nadadeira. Pode atingir um
comprimento total de 30 cm, mas é mais comumente encontrado com 23 cm.
Distribuição: Atlântico Leste: Mauritânia a Angola e no Atlântico Ocidental: Bermuda e
Flórida, EUA para o Brasil, não foi encontrado no Bahamas.
Alimentação: Alimenta-se de peixes, camarões, moluscos, zooplâncton e detritos, incluindo
outros crustáceos e poliquetas bentônicos.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, salobras e doce. Podem chegar
a uma profundidade de até 25 m. Possuem hábitos demersais. Uma espécie costeira que pode
ser encontrada em estuários, rios e lagoas costeiras, sobre fundos de areia ou lama. Forrageia
durante o dia, em pequenos grupos, pairando perto do fundo e caça suas presa no substrato
peneirando o sedimento com a boca através de suas aberturas operculares. É frequentemente
encontrada junto com E.argenteus, porém menos abundante.
Nomes comuns: Cacundo, carapicu, escrivão, riscador. Brasil / Flag fin mojarra USA.
Referências: 253, 101, 237. Foto: Freitas, Rui Patrício.
62
Fistularia petimba Lacepède, 1803 Características gerais: Esta é uma espécie da ordem
dos Syngnathiformes, o qual pertence à família
dos Fistulariidae. Caracterizado por possuírem o
corpo muito alongado, sem escamas. Sua boca é
pequena e está situada na extremidade de um longo
tubo ósseo. Possuem dentes pequenos, nadadeiras sem
espinhos e de poucos raios. A crista óssea anterior no crânio é fortemente serrilhada. Sua
coloração é marrom-claro, com faixas escuras transversais. Pode chegar a medir 2 m,
entretanto são mais comumente encontrados com 1 m. Lista de espécies inseridas na Oficina
de Avaliação do Estado de Conservação das Espécies de Actinipterygii Marinhos, que se
realizará entre 10 a 14 de setrembro de 2012, Iperó-SP.
Distribuição: Japão, Atlântico, Índico e Pacífico, e Havaí. Eles também são comuns nas
águas em torno de Taiwan.
Alimentação: Alimenta-se de pequenos peixes perto do fundo, lulas e crustáceos, sugando
presas pelo focinho tubular longo. É um predador furtivo, usando sua aparência esbelta para
perseguir cardumes de peixes, aproximando-se lentamente até perto o suficiente para
arremessar-se para frente e aproveitar presa inocente.
Reprodução: São ovíparos, dioicos. Seus ovos são grandes (1,5-2,1 mm de diâmetro),
pelágicos. As larvas eclodem com saco vitelino a 6-7 mm. Juvenis: são encontrados em
estuários e ambientes lamacentos.
Habitat e Hábito: De hábito bentopelágico. Comum em águas marinhas e ambientes
estuarinos. Associado a fundo lodosos, e recife de corais, pode ser encontrado em
profundidades de até 200 m. mais comumente encontrado até os primeiros 50 m.
Nomes comuns: Geriffelde fluitbek, Bambo, Taringongoh terusang, Trompeta, Cornetfish,
Flutemouth Lacepede's cornetfish, Red cornetfish, Agulhão-trombeta.
Referências: 291, 101, 187, 102, 248, 43, 288. Foto Randall, J.E
63
Genyatremus luteus (Bloch, 1790) Características gerais: Espécie pertence à
ordem dos Perciformes, da família
Haemulidae. Possuem dentes cilíndricos na
parte basal e incisiformes na parte terminal,
distribuídos em uma série externa mais
desenvolvida e uma faixa interna irregular
constituída por dentes menores, em ambas
as maxilas. Corpo ovalado e alto. Boca pequena, a extremidade posterior do maxilar
ultrapassa ligeiramente a vertical que passa pela margem anterior da órbita. Possui uma
coloração escura dorsalmente e amarelada ventralmente. Espinhos dorsais (total): 13; raios
dorsais (total): 12; espinhos anais 3; Raios anais: 11. Pode atingir um comprimento total de 37
cm, porém é mais comumente encontrado com 25 cm. Maior peso publicado foi de 800g. É
comercializado fresco. E muito capturado por pescadores esportivos. Alta exploração
comercial.
Distribuição: Atlântico Ocidental da Colômbia até o Brasil.
Alimentação: É uma espécie onívora e oportunista, se alimentando dos itens mais abundantes
no ambiente como algas, Crustáceos (Decápode, Isópode, Tanaidacea e Amphipoda), Bivalvia
e Echinodermata.
Reprodução: Um estudo na Venezuela indica que a presença de indivíduos em estágio de
maturidade avançado entre janeiro e junho mostra que a maior atividade reprodutiva desta
espécie ocorre durante este período.
Habitat: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras. Possuem hábito demersal e
pode chegar à profundidade de até 40 m. Encontrado principalmente em estuários de água
salobra e áreas adjacentes, com fundos de areia ou lama.
Nomes comuns: Caicanha, coró, roncador. Brasil.
Referências: 51, 57, 101, 71, 7, 132. Foto: Krumme, Uwe.
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Gobionellus oceanicus (Pallas, 1770) Características gerais: Fazem parte da ordem dos
Perciformes, pertencente à família Gobiidae.
Possuem olhos na posição superior, a papila
urogenital é alongada nos machos e bulbosos nas
fêmeas. A área pré-dorsal é escamada até a
margem das órbitas e com escamas no opérculo, mas que se diferencia pelo alto número de
fileiras laterais de escamas no corpo, 60 ou mais. Seus dentes são cônicos. Corpo com uma
mancha ovalada característica, localizada na linha mediana lateral acima da metade posterior
da nadadeira peitoral. Região anterior do primeiro espinho dorsal com 2 a 4 manchas escuras.
Espinhos dorsais (total): 6; raios dorsais (total): 14-15; Espinhos anais 0; Raios anais: 15.
Podem atingir um comprimento total de 30 cm, mas é mais comumente encontrado com cinco
cm.
Distribuição: Atlântico Ocidental: em águas tropicais, incluindo o Golfo do México.
Alimentação: detritívoros, consumidor primário de primeira ordem que se alimentam de
restos orgânicos, além de diatomáceas, crustáceos (copépodes) e moluscos
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: É uma espécie que pode ser encontrada em águas marinhas, doce e
salobra. Possuem hábito demersal. São encontrados em fundos de lama ou areia, em águas
turvas e salobras típicas de estuários.
Nomes comuns: Corongo, boca-de-fogo, milongo, moré. Brasil.
Referências: 185, 101, 240, 278. Foto: Noble, Brandi.
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Gobionellus stomatus Starks, 1913 Características gerais: Fazem parte da ordem dos
Perciformes, pertencente à família Gobiidae. Os
gobiideos e eleotridideos são parentes próximos. E
há uma diferença marcante entre eles. Nos
gobiideos a distância entre a extremidade posterior
da segunda nadadeira dorsal e a base da nadadeira caudal é menor que o comprimento da base
da segunda nadadeira dorsal. A papila urogenital é alongada nos machos e bulbosos nas
fêmeas. Dentes cônicos. Nadadeira dorsal com 6 espinhos e 13 raios, anal com 14 raios.
Corpo com cerca de 60 fileiras transversais de escamas e com cerca de 6 manchas laterais,
sendo três localizadas sob a segunda dorsal. Seus olhos se situam na posição superior. Podem
atingir um comprimento total de 13 cm. É uma espécie endêmica do Brasil.
Alimentação: não encontrados ou inexistentes.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: É uma espécie encontrada em águas salobras. Possuem hábitos demersais
e vivem em águas rasas. Sempre em contato direto com o substrato onde comumente se
enterram
Nomes comuns: Amoré, peixe flor.
Referências: 101. Foto: Macieira, Raphael M.
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Hemiramphus brasiliensis (Linnaeus, 1758) Características gerais: Fazem parte da ordem dos
Beloniformes, pertencente à família dos
Hemiramphidae. Possui uma coloração no dorso
azulado e no ventre esbranquiçado. O lobo
superior da caudal, parte da dorsal e ponta da
mandíbula são alaranjados em espécimes vivos. Apresenta uma faixa escura no flanco
superior que vai da base da peitoral à base da caudal. Seu corpo é alongado e fino, sua
mandíbula possui o formato de bico (agulha), nadadeiras dorsal e anal são posicionadas mais
posteriormente, sua caudal é furcada com o lobo inferior mais desenvolvido. Raios dorsais
(total): 13-14; Raios anais: 12 – 13.
São facilmente atraídos pela luz, e em lugares específicos, onde há pesca com intuito de
comer esses peixes, é muito comum a pesca noturna com luz artificial e redes. Podem chegar
a medir cerca de 55 cm, mas são comumente encontrados com 35 cm. O maior peso já
publicado foi de 200g. Devem ser consumidos com cautela, pois há relatos de envenenamento
por ciguatera.
Sua maior importância é ser usado como isca para pesca esportiva em mar aberto, na pesca do
marlim, por exemplo, e também é utilizado como comida de peixe (produção de rações e
farinhas). Existem dados de captura desde a década de 60, que manteve índices médios de
captura até a década de 80 por volta 650 toneladas anuais. Desde 2009 a 2011 essa média
representa valores na casa das 1600 toneladas anuais. Porém deve-se levar em consideração o
pequeno porte e peso médio por indivíduo por volta dos 100g.
Distribuição: Atlântico Ocidental: Massachusetts, EUA e norte do Golfo do México para o
Brasil, incluindo o Mar do Caribe, ausente em Bermuda e no Atlântico Leste: Cabo Verde e
Dakar, Senegal para Luanda, Angola. No Brasil é menos comum no sul.
Alimentação: Alimenta-se principalmente de algas marinhas e peixes pequenos.
Reprodução: Estudos indicam que esta espécie alcança, que no Rio Grande do Norte, Brasil,
a maturidade por volta dos 20 cm, a fecundidade média é cerca de 3100 ovócitos maduros e
que possui dois picos reprodutivos, primeiro de janeiro a março e o segundo de maio a julho.
Para a mesma espécie nas águas costeiras do sul da Flórida, foi registrada uma fecundidade de
1164 ovócitos, prolongado período de desova, que atingiu o pico no final da primavera e
início do verão.
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Habitat e Hábito: São encontrados em águas marinhas e estuarinas. Podem chegar a
profundidades de até 5 m. Ocupa a linha costeira e são nectônicos. Formam grandes
cardumes.
Nomes comuns: Agulha-preta, agulhinha, peixe-agulha, balão, ballyhoo, halfbeak.
Referências: 18, 253, 57, 101, 67, 77, 216, 189. Foto: Vaske Jr., Teodoro.
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Hippocampus reidi Ginsburg, 1933 Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem dos
Syngnathiformes e pertence à família dos Syngnathidae. Seu
corpo é envolvido por uma série de anéis ósseos articulados.
Nadadeira dorsal constituída apenas por raios moles, aberturas
branquiais reduzidas. Existe uma bolsa incubadora situada na
parte ventral onde se desenvolvem os ovos resultantes da
desova realizada pela fêmea. Após a eclosão os jovens são
eliminados pelo macho através de uma fenda da bolsa
incubadora. Possui uma cauda preênsil, sua cabeça forma um
ângulo aproximadamente reto em relação ao eixo longitudinal do corpo. Nadadeira dorsal
com 16 a 19 raios. Ausência de nadadeiras pélvicas. Manchas escuras arredondadas dispersas
pelo corpo, contrastando com o fundo claro. Acredita-se que não existam predadores de
cavalo-marinho. Podem atingir 18 cm. Sua captura está ligado ao aquarismo, medicina
tradicional chinesa (há mais de 600 anos tratando asma, artrite, bócio, impotência, distúrbios
renais, enfermidades dérmicas, gastrite), pesca acidental (bycatch) comércio de curiosidades,
confecção de amuletos, suvenir. Encontram-se globalmente ameaçados, em consequência de
um intenso comércio envolvendo pelo menos 77 nações, da degradação de seus ambientes
costeiros preferenciais (ex., manguezais e recifes) e da captura acidental em redes de pesca.
Está incluída na Lista Vermelha da World Conservation Union, e todos os representantes do
gênero Hippocampus foram incluídos no Apêndice II da CITES (Convention on International
Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora). O comércio internacional é
monitorado através de um sistema de licenciamento (CITES II, desde 5.15.04) e se aplica um
tamanho mínimo de 10 centímetros.
Distribuição: Ocorre nos EUA, Bahamas, Bermudas, Caribe e no litoral brasileiro.
Alimentação: Alimentam-se de crustáceos, pequenos peixes, anfípodes. Ingeridos por sucção
através do focinho longo e tubular. São conhecidos como "predadores de emboscada", ficam
parados e à espera em vez de sair buscando ativamente presas. Hábito alimentar apenas
durante as horas de luz dia. Eles não têm dentes e o alimento é engolido inteiro, passando
rapidamente através do sistema digestivo, que não possui estômago.
Reprodução: Ovovivíparas. Diâmetro do ovo 1,2 milímetros. Período de gestação duas
semanas, dependendo da temperatura da água; jovens cerca de sete milímetros no nascimento.
Apresentam comportamento de cuidado parental exercido exclusivamente pelos indivíduos
machos. A fêmea deposita até 1.600 ovos na bolsa dos machos, onde ocorre a fecundação. O
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macho da a luz a minúsculos cavalos marinhos que já possuem a forma do adulto. A idade
média de primeira maturação para a espécie foi estimada em aproximadamente 7 meses, e a
idade média da primeira reprodução em aproximadamente 10 meses. Atinge a maturidade por
volta dos 8 cm, são dioicos, apresentam dimorfismo sexual (o macho possui uma bolsa
incubadora). Provavelmente formam casais monogâmicos: quando um dos indivíduos morre o
outro demora a achar um novo parceiro. A bolsa incubadora serve, também, para
osmorregulação e oxigenação dos filhotes.
Habitat e Hábito: Esses peixes habitam águas litorâneas rasas (principalmente em ambientes
protegidos de correntes muito fortes), marinha ou salobra, associada a recifes e mangues. É
uma espécie não migratória. Pode ser encontrado em profundidade de até 55 m. Sua cauda
preênsil permite a utilização de variados componentes do ambiente como substratos de apoio,
tais como raízes de mangue, fanerógamas marinhas, algas, esponjas, ostras, tunicados e
cnidários ou até mesmo substratos artificiais, bem como livres em bancos de areia e lama.
Tem movimentos lentos, e para compensar se camuflam no meio ambiente através do seu
colorido e capacidade de mudar de cor de acordo com as condições locais.
Nomes comuns: Longsnout seahorse, Seahorse, Cavalo-marinho, Caballito de mar.
Referências: 172, 101, 107, 36, 177, 214, 198, 83, 157, 245, 4, 44.
70
Lagocephalus laevigatus (Linnaeus, 1766) Características gerais: Fazem parte da ordem dos
Tetraodontiformes, pertencentes à família
Tetraodontidae. Não possui escamas nem
nadadeiras pélvicas. Seu dorso varia entre cinza
esverdeado e cinza escuro com as laterais prateadas e o ventre branco. Corpo alongado e
claviforme. Sua boca é relativamente pequena e em posição terminal, com dentes fusionados
em cada maxila. Possuem apenas uma dorsal. A nadadeira caudal é lunada, possuem
projeções espiniformes cobrindo todo o abdome. Os jovens apresentam de 5 a 8 faixas
transversais evidentes em sua lateral. Não possuem espinhos dorsais nem anais; Raios dorsais
(total): 13-15; Raios anais: 12 – 13. Caudal: 11 raios.
Nadam lentamente apenas com as dorsais, anais e peitorais. Só utilizam a caudal para atacar
ou fugir. Podem atingir um comprimento máximo de até 100 cm, mas é mais comumente
encontrado com 60 cm. O maior peso já publicado foi de 5,2kg, um recorde mundial da pesca.
Sua carne é apreciada em algumas regiões e é valorizada comercialmente. Existem estudos
que indicam que os graus de toxidade são letais em apenas algumas épocas do ano como no
inverno, porém há poucos relatos de intoxicação e morte pela tetraodontoxina.
Distribuição: Atlântico Ocidental: desde a Nova Inglaterra nos Estados Unidos até a
Argentina. Já no Atlântico Oriental ocorre da Mauritania à Nambia e em algumas partes do
Indo-Pacífico e Índico, no Brasil ocorrem em todo o litoral.
Alimentação: Alimentam-se de Moluscos, Polychaetas, Crustáceos e principalmente peixes
Teleósteos.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: Encontrados em águas marinhas e salobras. Possuem hábito pelágico
nerítico e podem ser encontrados em profundidades de até 180m. Habita área costeira de
fundos de areia ou lama, geralmente são encontrados sozinhos. Os adultos são pelágicos, mas
vivem perto das margens continentais, já os jovens são comumente encontrados na zona
litorânea e em estuários.
Nomes comuns: Baiacu-ara, peixe-balão, baiacu branco. Brasil / Smooth puffer. USA
Referências: 26, 240, 101, 58, 257. Foto: Alvheim, Oddgeir.
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Lutjanus analis (Cuvier, 1828) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem
dos Perciformes, e pertence à família dos Lutjanidae. É
um peixe de corpo alongado, mais ou menos
comprimido, coberto por escamas ctenoides e cabeça
caracteristicamente triangular. Parte posterior da
nadadeira dorsal e anal com escamas em sua base.
Possuem de 10 a 11 espinhos dorsais, e 13 a 14 raios dorsais. 3 espinhos anais e de 7 a 8 raios.
Possuem a boca terminal e entre esta e os olhos não se encontram escamas. Possui uma
mancha negra em sua lateral, situada abaixo dos primeiros raios da nadadeira dorsal. Os
dentes da maxila superior são mais desenvolvidos que a inferior. Placas de dentes do vômer
mais ou menos triangular. Possui uma coloração brilhante prateada, sendo mais escuro
dorsalmente e avermelhadas ventralmente. Possui uma estria azulada irregular próximo ao
olho. Nadadeira caudal furcada. Podem medir até 94 cm, o maior peso já publicado para esta
spp foi de 15,7 kg. Podem viver até 29 anos. São encontrados em profundidades de até 95 m.
Considerado um peixe de ótimo flavour, comercializado fresco ou congelado, comercializado
no mercado da aquariofilia, comum sua pesca esportiva. São importantes para pesca
comercial. São capturados com linha de fundo, espinhel de fundo, redes de emalhes, pesca de
mergulho e armadilhas. Ao consumi-la ter cuidado com a intoxicação por ciguatera. Espécie
estudada para fins de cultivo em viveiros. Cultivos experimentais no Caribe e na Colômbia
vêm demonstrando o potencial desta espécie para a piscicultura marinha.
Distribuição: Ocorrem desde os EUA até o sudeste do Brasil com grande importância
comercial pela qualidade da carne e valor de mercado.
Alimentação: São carnívoros. Alimenta-se durante o dia e a noite de peixes, camarões,
caranguejos, cefalópodes, e gastrópodes.
Reprodução: São dioicos. Atingem a maturidade sexual por volta dos 52 cm. Não possuem
cuidado parental. Formam cardumes para fins reprodutivos, com as fêmeas desovando varias
vezes durante o período reprodutivo. Os ovos são pelágico e esféricos. Ficam incubados entre
17 e 27 horas. Fertilização externa.
Habitat e Hábito: São encontradas em fundos de areias, lamosos (quando juvenis), recifes de
corais, baías, estuários. Quando pequenos formam cardumes. Possui hábitos tanto diurno
quanto noturno. Adultos ocorrem na plataforma continental, na quebra do talude, os jovens
ocorrem em estuários.
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Nomes comuns: Mutton snapper, Sorbe, Caranho-verdadeiro, Ariocó, Cioba, Ciobinha,
Vermelho-de-fundo, Vermelho-cioba, Pargo criollo, caranha.
Referências: 153, 56, 101, 114, 155, 64, 50, 56, 205, 5, 135. Foto Patzner, Robert A.
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Lutjanus griseus (Linnaeus, 1758) Características gerais: Faz parte da ordem dos
Perciformes da família dos Lutjanidae. Possui um
corpo relativamente fino, uma boca grande e um
focinho pontiagudo. A nadadeira anal é
arredondada e as nadadeiras peitorais curtas, não
alcançando a nadadeira anal. Ambas as mandíbulas
têm uma estreita faixa de dentes viliformes, enquanto a mandíbula superior contém quatro
dentes caninos fortes, duas das quais são ampliadas e fáceis de ver. Espinhos dorsais (total):
10; Raios dorsais (total): 13-14; Espinhos anais 3; Raios anais: 7 – 8.
Podem atingir um comprimento máximo de 89 cm, mas é mais comumente encontrado com
40 cm. Idade máxima já registada foi de 21 anos. Peso máximo já publicado foi de 20.0 kg.
Muito popular na pesca esportiva, também é pescada comercialmente. Comercializado fresco
e congelado, comido frito, grelhado, e cozido. Ao consumi-lo tem que ter cuidado com o
envenenamento ciguatera. Tem sido criados em cativeiro. Segundo a FAO desde 2001 existe a
captura comercial dessa espécie e hoje em dia há uma pesca de aproximadamente 200
toneladas/ano. Quanto à produção em aquicultura a FAO não tem dados.
Distribuição: Atlântico Oeste: Massachusetts, EUA e Bermuda até o Rio de Janeiro, Brasil,
incluindo Golfo do México e Mar do Caribe.
Alimentação: Alimentam-se principalmente à noite de pequenos peixes, camarões,
caranguejos, gastrópodes, cefalópodes e alguns itens planctônicos. As larvas alimentam-se de
zooplâncton, os juvenis se alimentam durante o dia de crustáceos e peixes pequenos e, em
menor grau de poliquetas e moluscos.
Reprodução: Não apresentam dimorfismo sexual. Atingem a maturidade sexual por volta
dos 32 cm, aos 2 anos de idade. São dioicos, possuem fertilização externa, não apresentam
cuidado parental. A desova ocorre em um pico sazonal anual, durante o verão, perto da época
da lua cheia, na Flórida. Quando em cultivo necessitam de injeção de hormônio para melhorar
os resultados de desova. Ainda é necessário mais estudos acerca do cultivo e desenvolvimento
de técnicas que garantam os lucros com essa atividade.
Habitat e Hábito: Encontrados em águas marinha e doce. Podem estar associadas a recifes.
Pode ser encontrados em profundidades de até 180 m. Adultos habitam águas costeiras, bem
como no mar em torno dos recifes de corais, áreas rochosas, estuários, manguezais, e às vezes
no curso inferior dos rios (especialmente os juvenis). Muitas vezes, formam cardumes. Tanto
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os adultos e juvenis foram encontrados em lagos de água doce e rios no sul da Flórida, uma
clara indicação de que a espécie é tolerante a uma ampla gama de níveis de salinidade.
Nomes comuns: Gray snapper, Mangrove snapper. USA/ Caranha, caranha-de-viveiro,
caranhota. Brasil.
Referências: 5, 43, 51, 172, 202, 139, 90, 268, 238, 101.Foto: Flescher, Don.
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Lutjanus jocu (Bloch & Schneider, 1801) Características gerais: Fazem parte da ordem dos
Perciformes, pertencente à família dos Lutjanidae.
Seu corpo é amarronzado na parte superior e na
inferior avermelhada. Abaixo do olho há uma faixa
triangular e uma série de pontos azulados da
maxila superior até a margem do opérculo. A
curvatura superior é mais acentuada que a inferior. Nadadeira caudal emarginada, levemente
furcada. Nadadeiras peitorais longas, que atingem o nível do ânus. Apresentam dentes bem
desenvolvidos em ambas as maxilas. Um dos pares de caninos na mandíbula superiores
notavelmente grandes, visíveis, mesmo quando a boca está fechada. Espinhos dorsais (total):
10; raios dorsais (total): 14-15; espinhos anais 3; Raios anais: 8. Pode atingir um
comprimento total de 128 cm, mas é amis comumente encontrado com 60 cm. O maior peso
já publicado foi de 28,6 kg. Sua carne é considerada de boa qualidade, pescadores esportivos
e submarinos são muito atraídos por esta espécie. Possui um alto interesse comercial. Ao ser
consumido tem-se que ter cuidado com a ciguatera.
Distribuição: Massachusetts, EUA, até São Paulo, Brasil, também ocorre no Golfo do
México e Mar do Caribe.
Alimentação: Alimentam-se principalmente de peixes e invertebrados bentônicos, incluindo
camarões, caranguejos, gastrópodes e cefalópodes.
Reprodução: São dioicos, possuem fertilização externa e não apresentam cuidado parental.
Estudos de maturidade indicam que essa espécie fica madura sexualmente por volta dos 35
cm. A época de desova está concentrada de março a junho.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, salobras e doce (um dos
únicos lutjanids que pode ser encontrado em água doce). Podem estar associados ou não a
recifes de corais, podendo chegar a profundidades de até 40m. São nectônicas. Vivem em
fundos rochosos ou coralinos quando adultos. Enquanto jovens habitam águas nas zonas
entre-marés, baias e estuários. Geralmente são solitários. São predadores vorazes.
Nomes comuns: Caranha, bauna-de-fogo, carapitanga, dentão, sioba, siririca, vermelha.
Brasil / Dog snaper, Jocu. USA.
Referências: 5, 98, 107, 101. Foto: Krumme, Uwe.
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Lutjanus synagris (Linnaeus, 1758) Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Perciformes, pertencente à família dos
Lutjanidae. Há uma estreita faixa de dentes
viliformes em cada maxila, apresentam uma
mancha negra bem evidente lateralmente no corpo
acima da linha lateral, logo abaixo dos primeiros
raios da dorsal. Espinhos dorsais (total): 10; raios
dorsais (total): 12-13; espinhos anais 3; Raios
anais: 8-9.
Podem atingir um comprimento total de 60 cm, mas é mais comumente encontrado com 25
cm. O maior peso já publicado foi de 3,5kg. A maior idade já publicada foi de 10 anos. Sua
carne é muito apreciada e possui um alto valor comercial. Existem dados de captura desde a
década de 60 com médias anuais de produção em torno de 1500 t/ano, de 2005 a 2011 essa
média de produção anual manteve-se perto dos 3500 t/ano. É de alto interesse econômico.
Comercializado como alimento, e muito procurado pelos pescadores esportistas.
Distribuição: Atlântico ocidental: Bermuda e Carolina do Norte, EUA, para o sudeste do
Brasil, incluindo Golfo do México e Mar do Caribe.
Alimentação: São predadores oportunistas que se alimentam a noite de pequenos peixes,
caranguejos, camarões, vermes, gastrópodes e cefalópodes.
Reprodução: Atinge a maturidade por volta dos 25 cm. A depender do lugar podem chegar a
desovar durante todo o ano, mas comumente sua desova esta associada a épocas mais quentes.
Os ovos eclodem depois de 23 horas a 26 ° C.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas chegando a profundidades de
até 400 m, mas é mais comum nos primeiros 70 m. Os adultos são encontrados em todos os
tipos de fundo, mas, principalmente, em torno dos recifes de corais e em áreas arenosas com
vegetação. Forman grandes cardumes, principalmente em épocas reprodutivas. Quando se
estabelecem em algum lugar permanecem na mesma área por toda sua vida.
Nomes comuns: Ariacó, Baúna, Caranho-vermelho, Carapitanga, Ciobinha. Brasil / Lane
snapper, Mexican snapper, Red tailed snapper, Spot snapper. USA.
Referências: 5, 51, 101, 181. Foto: Martins, Itamar Alves.
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Lycengraulis grossidens (Spix & Agassiz, 1829) Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem do Clupeiformes, da família dos
Engraulidae. Seus dentes mandibulares são
grandes e espaçados. Em indivíduos menores que
10 cm há uma faixa lateral prateada que com o desenvolvimento do espécime expande-se para
a região ventral. Não possuem espinhos anais nem dorsais. Raios dorsais (total): 13-14; Raios
anais: 21 – 28. Podem chegar a um comprimento total de 23 cm. Considerada de alta
importância econômica como alimento (lugares específicos), isca e ecologicamente como
espécie forrageira na cadeia trófica de peixes.
Distribuição: Atlântico ocidental: Belize, em direção do Golfo da Venezuela e Trinidad sul
até Argentina.
Alimentação: O hábito alimentar desta espécie é essencialmente piscívoro, apresentando
variações em sua dieta, representadas por crustáceos e insetos Em água doce, alimenta-se
principalmente de pequenos peixes, camarões, copépodes e também larvas de insetos. No
mar, alimenta-se de peixes e crustáceos.
Reprodução: Dependendo das condições de cada ambiente podem chegar a desovar durante
todo o ano como mostrou um estudo na Lagoa dos Patos, Rio Grande. Já em La Plata,
Argentina os meses de atividade reprodutiva foram apenas em Outubro e Novembro. Outro
estudo na Bacia do Rio Uruguai Médio, Pampa Brasileiro apontou os meses de Outubro a
Dezembro como período reprodutivo.
Habitat e Hábito: São muitos comuns em rios costeiros podendo ser encontrados em águas
marinhas, salobras e doce em profundidade de até 40 m. De hábito pelagico-neritico
(associado à coluna d’água na zona da plataforma continental) e anádromos (que se
reproduzem em água doce mas se desenvolvem até a forma adulta no mar). Formam
cardumes.
Nomes comuns: Arenque-branco, Mussolina, Sardinha manjuba, Sardinha-branca, Atlantic
sabertooth anchovy.
Referências: 21, 101, 168, 290, 226, 237, 57. Foto: Vianna, Marcelo.
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Menticirrhus littoralis (Holbrook, 1847) Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Perciformes e pertence à família dos
Sciaenidae. Diferem dos demais grupos de
Perciformes principalmente pelas seguintes
características: parte espinhosa anterior da
nadadeira dorsal contínua com a parte mole posterior havendo entre ambas um entalhe
profundo. Possui apenas um barbilhão na ponta da mandíbula. Sua nadadeira anal possui um
espinho. Em sua forma adulta não possui bexiga natatória. A parte anterior da nadadeira
dorsal possui de 10 a 11 espinhos, posterior com 1 espinhos e 19 a 26 raios. Nadadeira anal
com 1 espinho e de 6 a 8 raios. Nadadeira caudal possui a margem superior em forma de “S”.
Suas escamas são ctenoides. A diferenciação morfológica em relação à espécie M.
americanous pode ser realizada pelo tamanho das escamas da região peitoral se comparadas
às da região da linha lateral, no padrão de coloração e no comprimento das nadadeiras
pélvicas em relação às peitorais. Coloração: dorso e lateral do corpo acizentado e parte ventral
esbranquiçada. Pode atingir até 45 cm. Mais comumente encontrado com 30 cm. Maior peso
já publicado 1,4 kg. Encontrados em profundidades de até 10 m. Considerado de carne com
bom flavour. Apreciado na pesca esportiva.
Distribuição: Pode ser encontrado desde os EUA até o sul do Brasil.
Alimentação: Boca subterminal, voltada para baixo o que proporciona uma habilidade para a
exploração de organismos presentes na infauna, poliqueta, misidáceo, pequenos bivalve.
Alimenta-se organismos bentônicos: vermes e crustáceos. Durante a alimentação ingere parte
do sedimento, por isso é conhecido como papa-terra. A estratégia alimentar da espécie está
relacionada com a quebra das ondas e a suspensão de pequenos crustáceos dos quais se
alimenta.
Reprodução: Atingem a maturidade por volta dos 23 cm.
Habitat e Hábito: Oceanadroumus. Podem ser encontrados em fundos de areia e lama, mas
principalmente em fundos de areia. Prefere águas mais quentes e rasas. De hábitos demersais.
Podem ser encontrados tanto em águas marinhas como salobras. De hábitos costeiros
encontrados na plataforma continental, zona de arrebentação, estuários e próximo à
desembocadura de grandes rios sobre fundo de areia ou lama.
Nomes comuns: Golf-trommefisk, Gulf kingcroaker, Betara branca, Judeu, Papa-terra,
Pescadinha papaterra, Curvina.
Referências: 15, 101, 105, 197, 35, 237, 59, 155, 261, Foto Duarte, Luis Orlando.
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Mugil curema Valenciennes, 1836 Características gerais: Fazem parte da ordem dos
Mugiliformes, pertencente à família Mugilidae.
Difere de outras tainhas por não ter listras
horizontais. Pigmento no olho limitado à parte
superior da íris. Os juvenis podem ser distinguidos pela contagem de elementos (espinhos e
raios) na nadadeira anal (12 para a tainha branca e 11 de tainha listrada). Seu dorso é azulado
e suas laterais prateadas, os juvenis apresentam mancha amarela atrás do opérculo. Espinhos
dorsais (total): 4-5; raios dorsais (total): 8-9; espinhos anais 3; Raios anais: 9 - 10.
Normalmente 38 ou 39 escamas na linha lateral.
Podem atingir um comprimento máximo de 90 cm, mas é mais comumente encontrado com
30 cm. O maior peso já publicado foi de 680 g. Vivem cerca de 20 anos e a taxa de
crescimento em juvenis é moderada (30-40 cm em 4 anos Existem dados de captura dessa
espécie desde o ano de 2005 com índices de captura médio anual de 3700 t.). É uma fonte de
proteína animal importante sendo suas principais formas de comercialização fresco e salgado.
É um peixe de importância comercial em todo o mundo e inclusive na pesca recreativa.
Distribuição: Atlântico Ocidental: Nova Escócia para Argentina, no Atlântico Leste: Senegal
à Namíbia e no Pacífico Oriental: Golfo da Califórnia ao Chile.
Alimentação: Alimentam-se de algas microscópicas ou filamentosas e pequenos juvenis de
organismos planctônicos.
Reprodução: Atingem a maturidade sexual com 18,5 cm. Geram vários milhões de ovos que
são oceânicos e não adesivos. A desova pode variar de acordo com cada lugar, no Golfo do
México, por exemplo, ocorre de fevereiro a março, já em Cuba ocorre durante todo o ano e no
Brasil ocorre de março a agosto. São hermafroditas e liberam seus óvulos e espermatozoides
simultaneamente.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinha, salobra e doce. Podem estar
associados ou não a recifes de corais. São encontrados em profundidades de até 15 m.
Habitam as costas arenosas, mas também ocorre em fundos lodosos de lagoas salobras e
estuarinas. Às vezes penetram os rios. Os juvenis são comuns em águas costeiras e estuarinas
e são conhecidos por encontrar o seu caminho para os estuários e lagoas costeiras. Adultos
formam cardumes.
Nomes comuns: Parati, sauna, tainha, Silver mullet, White mullet.
Referências: 237, 101, 172, 141, 166, 3, 30. Foto: Isaac, Victoria J.
80
Mugil curvidens Valenciennes, 1836 Características gerais: Podem ser facilmente
reconhecidas pelos dentes, pois é a única espécie
que possui a ponta dos dentes caracteristicamente
curva para dentro da boca formando um ângulo
quase reto em relação ao corpo do dente.
Nadadeira anal com 3 espinhos e 8 raios. Atinge
um tamanho máximo de 10 cm, menor porte que outras espécies do mesmo gênero. Por
atingirem pequenos tamanhos não há interesse comercial. Duas ou mais espécies de Mugi
podem ser facilmente confundidas e tratadas como se representassem uma só.
Distribuição: Das Antilhas ao sudeste do Brasil e aparentemente é uma espécie rara e pouco
conhecida.
Alimentação: É uma espécie vivípara. Alimentam-se principalmente de plantas e detritos.
Reprodução: São dioicos, ocorre fertilização externa e não apresentam cuidado parental.
Estudos de reprodução no estado de Alagoas, Brasil mostra que a maior atividade reprodutiva
é no 1° trimestre do ano. Os machos apresentam valores de Índice gonodossomático menores
que as fêmeas. Fazem a desova total.
Habitat e Hábito: Espécie marinha. Hábito demersal. Habitam águas costeiras, geralmente
encontradas em até 2 m de profundidade.
Nomes comuns: Parati, Brasil - Dwarfmullet, EUA.
Referências: 127, 271, 57, 101, 36, 133, 211, 274. Foto: Wirtz, Peter.
81
Mugil gaimardianus Desmarest, 1831 Características gerais: Esta espécie
pertence à ordem dos Mugiliformes, da
família dos Mugilidae. São encontradas em
águas marinhas e salobras, associados ou
não a recifes de corais de mares tropicais.
Podem chegar a um comprimento de 67 cm. Sem importância comercial (não é espécie alvo
de pescarias). Assemelha-se muito a seus parentes do mesmo gênero. Uma maneira de fácil
identificação é a cor vermelha em olhos de espécimes vivos. Outro modo de diferencia-la da
M. curema é através do tipo de escamas, na M.gaimardianus são ctenoides e na outra cicloide.
Distribuição: Atlântico ocidental: a partir da costa leste da Flórida, EUA, e Cuba para a costa
norte da América do Sul.
Alimentação: não encontrados ou inexistentes.
Reprodução: Ovíparos. Os ovos são pelágicos e não adesivo.
Habitat e Hábito: não encontrados ou inexistentes.
Nomes comuns: Redeye Mullet, Tainha-olho-de-fogo.
Referências: 193, 101, 36. Imagem: 101.
82
Mugil platanus Gunther, 1880 Características gerais: Essa espécie faz parte
da ordem dos Mugiliformes e pertence à
família Mugilidae. Possuem o corpo quase
cilíndrico anteriormente. Há duas nadadeiras
dorsais bem separadas, a primeira com 4
espinhos, e a segunda com 1 espinho e de 7 a 8
raios. A nadadeira anal possui 3 espinhos e de 8 a 9 raios. Boca pequena, dentes muito
pequenos. Olho parcialmente recoberto por uma pálpebra adiposa. Muito parecida com a M.
liza porém tem 35 ou mais escamas em series laterais. Tem uma importância comercial muito
grande na maior parte do Brasil. Pode atingir 1 m de comprimento e 6 kg de peso, porém são
comumente encontrados com 50 cm. A rede do tipo “emalhe de cerco” é a mais utilizada
pelos pescadores para capturar a tainha. O cardume é cercado pela rede e os pescadores, no
centro do circulo formado, batem seus remos na superfície da água. O ruído faz com que os
peixes fujam para as bordas do círculo, onde são emalhados. Sua ova é consumida como
caviar.
Distribuição: Distribuição Brasil, Uruguai e Argentina;
Alimentação: O hábito alimentar de M. platanus se diferencia de acordo com a fase de seu
ciclo de vida, passando de planctófagos a iliófagos; detritívoros, iliófagos, herbívoros,
onívoros, fitáfogos e zooplanctófogos
Reprodução: Ovas (gônadas femininas) produzem os óvulos necessários para reprodução da
espécie, podendo produzir aproximadamente dois milhões e setecentos mil óvulos minúsculos
cada um contendo aproximadamente 0,46mm. A reprodução é bissexuada. Os indivíduos
fêmea e macho possuem gônadas diferenciadas. A fecundação ocorre com a liberação dos
óvulos no mar, que se encontram ao acaso com o esperma do macho e daí ocorre a
fertilização. Muitos deles servem de alimento para os outros peixes, muitos são mortos pelas
mudanças de temperatura, também podem ser jogados na beira da praia pela força das
correntes. Esses enormes riscos de destruição juntamente com a dificuldade de assegurar que
cada óvulo é fertilizado após a liberação, faz com que um grande número de óvulos seja
produzido pela fêmea. Deixa o estuário, procurando o oceano para desovar. A maioria das
fêmeas desovam pela primeira vez quando tem cerca de 31 cm e todas já desovam aos 45 cm.
Habitat e Hábito: São peixes costeiros, formam cardumes, encontrados em ambientes
estuarinos, praias arenosas e desembocaduras de rios. É uma das espécies pelágicas mais
abundantes em regiões costeiras de água rasa e em estuários.
83
Nomes comuns: Brasiliansk multe, Fantail mullet, Cacatão, Cambiro, Tainha, Tainhota,
parati.
Referências: 201, 101, 233, 94, 74, 11, 99, 215, 280, 119. Foto Roselet, Fabio Felipe Gabriel
84
Notarius grandicassis (Valenciennes, 1840) Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Siluriformes e pertence à família dos
Ariidae. São peixes sem escamas, de pele de couro.
Possui três pares de barbilhões na região rostral, dois
pares no maxilar inferior, um par na extremidade
posterior da maxila. Narinas anteriores muito próximas das posteriores, provida de uma
válvula. Nadadeira peitorais e dorsal com um espinho poderoso anteriormente. Possui relativa
importância econômica nos comércios locais. Placa dorsal pequena, em forma de crescente.
Dentição do palato muito característica: duas pequenas placas de dentes circulares no vômer
separado na linha mediana e contínuas, às placas de dentes palatinos. Lábio superior espesso e
mais largo na parte anterior. Corpo escuro na parte dorsal, e branco na parte ventral. Podem
atingir até 63 cm, mais comumente encontrados com 40 cm. Achados em profundidades de
até 20 m. Ele é capturado na pesca artesanal e também como bycatch nas pescarias das
piramutaba e camarão-rosa, principalmente para a subsistência e consumo local.
Comercializado fresco.
Distribuição: América do Sul: rios e estuários do Golfo da Venezuela a foz do rio Amazonas,
e muito abundando no Nordeste.
Alimentação: carnívora, com preferência para os crustáceos.
Reprodução: Reprodução parece ocorrer entre maio e junho. A fêmea põe os ovos para fora
(cerca de 20-30) com um diâmetro de 10-12 mm. O macho guarda os ovos durante 10-12 dias
até à eclosão.
Habitat e Hábito: comumente encontrados em águas marinhas e salobras.
Nomes comuns: Catfish, Thomas sea catfish, Kawari-hamagigi, Bagre branco, Bagre
yurupiranga, Bagre-cabeçudo, Bagre-beiçudo, Cambéu, Cambéua.
Referências: 57, 101, 24, 276, 170. Foto Kolding, Jeppe
85
Oligoplites palometa (Cuvier, 1832) Características gerais: Pertence à ordem dos
Perciformes da família dos Carangidae. Possuem
glândulas venenosas em espinhos dorsais e anal.
Primeira nadadeira dorsal com 4 a 5 (muito
raramente 5) espinhos. Podem saltar para fora da
água. Podem atingir um comprimento total de 50 cm, porém é mais comumente encontrado
com 35 cm. Maior peso já publicado foi de 900g. Não há dados de produção nem captura.
Distribuição: Atlântico ocidental: Lago Izabal, Guatemala até São Paulo, Brasil.
Alimentação: Espécie carnívora. Alimenta-se principalmente de escamas tiradas de peixes
maiores, também de crustáceos bentônicos e planctônicos, peixes e poliquetas.
Reprodução: Ocorrem entre os meses de Outubro e Novembro.
Habitat e Hábito: São encontrados em água marinha, salobra e doce sobre fundos lodosos.
Possuem hábitos bentopelágicos. Podem chegar a profundidades de até 45m.
Nomes comuns: Salteira, guarivira, tibiro-amarelo. Brasil / Maracaibo leatherjack. USA.
Referências: 23, 51, 57, 101, 42, 89, 252. Foto: Krumme, Uwe.
86
Oligoplites saurus (Bloch & Schneider, 1801) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem
dos Perciformes da família dos Carangidae. Seu corpo é
azulado na região dorsal, nadadeiras peitoral e caudal
amareladas. Maxila superior com duas séries distintas de
dentes, às vezes com um a fileira adicional de dentes
minúsculos anteriormente. Seus espinhos da primeira
dorsal são escuros, os espinhos dorsal e anal estão ligados a glândulas venenosas que podem
causar sérios ferimentos, o que é considerado perigoso. Possuem escamas pequenas, mas
visível, cônicos, embutido na pele. O final da maxila superior estende-se até a margem
posterior do olho. Espinhas dorsais (total): 5 (raramente 6); raios dorsais (total): 19-21;
Espinhos anais 2-3; Raios anais: 18 – 21. Para se locomover faz movimentos com o corpo e a
nadadeira caudal. É a menor espécie do gênero. Pode atingir um comprimento máximo de 35
cm, mas é mais comumente encontrado com 25 cm. O maior peso já publicado foi de 287g.
Geralmente comercializado fresco e salgado (seco), mas a carne não é muito apreciada. É uma
espécie de alta importância comercial, e também se considera um peixe desportivo e é
utilizado como isca ocasionalmente. Geralmente é pescado na fauna acompanhante de outra
espécie alvo.
Distribuição: No Atlântico Ocidental, podem ser encontrados a partir de Maine (EUA) para o
norte do Golfo do México, ao sul do Uruguai, incluindo a maioria das Índias Ocidentais. No
Oceano Pacífico, a partir da Califórnia (EUA) e do México ao sul para o Equador e no Brasil
é encontrado em toda a costa.
Alimentação: São carnívoros. Alimentam-se de peixes (principalmente membros da família
Engraulidae) e crustáceos quando adultos e de escamas de outros peixes quando jovens.
Reprodução: Desovam em águas costeiras rasas.
Habitat e Hábito: Encontrados em águas marinha e salobra. Às vezes estão associados a
recifes de corais. Habita águas costeiras e pode suportar menores índices de salinidade.
Encontrados perto da costa, geralmente ao longo das praias arenosas, em baías e enseadas,
entram em estuários e água doce. Prefere água turva. São pelágicos, nadam bem próximo a
superfície da água. Os espécimes juvenis podem ser vistos flutuando de cabeça para baixo na
superfície. Nadam em cardumes e frequentemente pulam para fora d’água.
Nomes comuns: Leatherjacket. EUA/ Carpin. Espanha / Cavaco, guaravira, pamparrona,
solteira. Brasil.
Referências: 57, 101, 23, 159, 265, 174, 16. Foto: Robertson, Ross.
87
Ophichthus parilis (Richardson, 1848) Características gerais: Esta espécie pertence à ordem
do Anguillifores, e faz parte da família dos
Ophichthidae. Diferenciam-se dos demais anguiliformes
por possuírem a narina posterior situada no lábio
superior, ao nível da abertura bucal. Narina anterior
tubular, dirigida para baixo. Aberturas branquiais bem
desenvolvidas e geralmente em fendas oblíquas. Se enterram no sedimento pela cauda, saindo
a noite a procura de alimento. Maxila superior mais longa. Muito parecida com O. gomesii
mas com um prolongamento filiforme na narina bem definido. Podem chegar a medir 1 m.
Distribuição: Ocorre desde o caribe até o sudeste brasileiro, muito comum no nordeste.
Alimentação: não encontrados ou inexistentes.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: hábito noturno. Encontradas perto da costa e em estuários.
Nomes comuns: Tentacle-nose eel, Cobra-do-mar, Jucutuca, Porongo,
Referências: 101. Foto: Carvalho Filho, Alfredo
88
Ophichthus gomesii (Castelnau, 1855) Características gerais: Pertencente à ordem
dos Anguilliformes da família dos Ophichthidae.
Possuem a narina posterior situada no lábio
superior ao nível da abertura bucal. As narinas
anteriores são tubulares sem prolongamento
filiforme (característica da espécie). A maxila
superior é mais longa que a inferior. Possui os
olhos situados no meio da maxila superior. Possuem poros na cabeça enegrecidos,
diferentemente do colorido geral do corpo. Podem atingir um comprimento máximo de 92 cm,
mas são mais comumente encontrados com 50 cm. Raramente são consumidos e por isso tem
uma importância comercial muito baixa.
Distribuição: Atlântico Oeste: Massachusetts, EUA e norte do Golfo do México ao sul do
Brasil, ausentes nas Bahamas e mais ilhas do Caribe e também no Noroeste do Atlântico:
Canadá.
Alimentação: não encontrados ou inexistentes.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: Habitam águas marinhas. Possuem hábito demersal. Podem ser
encontrados em profundidade de até 450 m, porém é mais comumente nos primeiros 90 m.
São encontrados em fundos inconsolidados, águas estuarina e também podem viver em poços
e lagoas. Ocorrem em baías e enseadas, perto da costa em praias arenosas e raramente em
regiões de pedras. Enterram-se na areia por meio da cauda, saindo à noite para se alimentar.
Nomes comuns: Shrimpe el, USA / Moréia, Muçum. Brasil.
Referências: 20, 101, 64, 29, 255, 277. Foto: Carvalho Filho, Alfredo.
89
Opisthonema oglinum (Lesueur, 1818) Características gerais: Esta espécie pertence à
ordem dos Clupeiformes, da família dos
Clupeidae. Podem chegar a um comprimento total
de 38 cm, porém é mais comumente encontrado
por volta dos 20 cm. O maior peso já publicado foi
de 375 g. Não possui espinhos dorsais nem anais; Raios dorsais (total): 19-21; Raios anais: 23
– 24. O último raio filamentoso da nadadeira dorsal distingue esta espécie de todas as outras
espécies do atlântico ocidental. Sua coloração é prateada com as costas azuladas ou
esverdeadas, e 6-7 estrias longitudinais escuras nos flancos. Possui uma mancha negra
arredondada na parte superior da margem da câmara branquial, seguida de outras menores.
Pode ser encontrado no mercado fresco, congelado ou salgado, e é também usado na indústria
de produção de farinha de peixe. É notória a importância comercial dos integrantes dessa
família, e não poderia deixar de ser diferente com O. oglinum. Também pode ser usada na
maricultura como espécie forrageira.
Distribuição: Em toda costa do Atlântico ocidental desde a Nova Inglaterra até a argentina.
Alimentação: Espécie com dietas praticamente restritas a Diatomacea e Copepoda, mas
também, mesmo que pouco, alimentam-se de pequenos peixes, caranguejos e camarões.
Reprodução: Estudos na Venezuela indicam que a desova ocorre entre Março e Junho.
Outros estudos relatam que, no Golfo do México, Florida e Ceará os indivíduos se tornam
maduros sexualmente com cerca de 13 cm.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, associados ou não a recifes de
corais em profundidades de até 5 m. Preferem zonas costeiras rasas, e formam cardumes. Não
penetram água doce.
Nomes comuns: Caiçara, Manjuba-lombo-azul, Sardinha bandeira, Atlantic thread herring.
Referências: 57, 101, 240, 172, 285, 62, 175. Foto: Carvalho Filho, Alfredo.
90
Paralichthys brasiliensis (Ranzani, 1842) Características gerais: Espécie pertence à ordem
dos Pleuronectiformes, da família Paralichthyidae.
Possuem nadadeiras peitorais estreitas e com
manchas escuras arredondadas; nadadeira peitoral
com faixas escuras transversais curvas. Possuem
escamas cicloides. Não possuem espinhos dorsais
nem anais; Raios dorsais (total): 68-72; Raios anais: 52-54. Olhos do lado esquerdo do corpo.
Ambos os olhos estão no mesmo lado, o peixe passa por uma transformação e movimentação
de órgãos e veias dessa região durante o seu desenvolvimento. Em seguida o peixe "vira" com
o lado dos olhos para cima, a região para quais os olhos migraram é de uma cor marrom-
esverdeada com manchas que tendem a desaparecer, e a região inferior é esbranquiçada.
Obviamente a tonalidade e coloração geral do peixe vão mudar de acordo com o substrato no
qual está inserido. A maxila superior ultrapassa a margem posterior dos olhos, a nadadeira
dorsal tem sua origem acima da margem anterior do olho superior. Cauda truncada
duplamente emarginada.
Podem atingir um comprimento total de até 100 cm, mas é comumente encontrado com 40
cm. O maior peso já publicado foi de 12 kg. É muito apreciada entre os pescadores esportivos,
tanto de linha e molinete, quanto a pesca submarina. Apesar de sua carne ser muito apreciada,
ter um alto valor e o comércio dessa espécie ser bastante ativo, a FAO não possui dados de
captura nem de aquicultura.
Distribuição: Ocorre em todo litoral brasileiro.
Alimentação: Alimentam-se de peixes, caranguejos, camarões e invertebrados bentônicos.
Reprodução: A reprodução ocorre durante o verão.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas salgada e salobra. Possuem hábito
demersal. Podem ser encontrados em profundidades de até 40m. Habita áreas costeiras, baías
e estuários. Podem viver em fundos arenoso, lamacentos ou rochosos. Vivem no fundo,
enterrado na areia.
Nomes comuns: Linguado-preto, Brasil. Lenguado basileño, Epanha.
Referências: 53, 48, 101. Imagem: Menezes, Naercio A.
91
Peprilus paru (Linnaeus, 1758) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem
dos Perciformes, e pertence à família dos Stromateidae. A
nadadeira dorsal ( 2 a 4 espinhos e de 38 a 47 raios)
anterior é contínua com a dorsal posterior. Ausência de
nadadeira pélvica. Corpo alto, ovalado e muito
comprimido. Nadadeira dorsal e anal (2 a 3 espinhos e 35
a 45 raios) com lobo anterior bem desenvolvido. Focinho rombudo. Escamas cicloides.
Possuem dentes na maxila, porém são fracos. Focinho curto, olhos coberto por focinho
adiposo, nadadeiras dorsal e anal cobertas por escamas, nadadeira anal furcada, escamas
pequenas que se soltam facilmente inclusive recobrindo o opérculo. Corpo escuro
dorsalmente e prateado lateral e ventralmente. Podem atingir 30 cm, sendo comumente
encontrado com 20 cm. Podem ser encontrados em profundidade 136 m. Capturados
principalmente com redes de arrasto e também de cerco. Comercializado fresco e congelado.
Sua carne é bastante apreciada. Tamanhos mínimos permitidos para recursos pesqueiros do
sudeste e sul do Brasil - SINDIPI (sindicato das indústrias de pesca do Itajaí): 15 cm. O
curioso é que peixes juvenis possuem associação com medusas e os adultos podem utilizar
cnidários como item alimentar, a exemplo de peixes pequenos, vermes e crustáceos. Outra
curiosidade é que estes peixes são comumente capturados em currais e apresentam grande
importância comercial por possuir uma saborosa carne.
Distribuição: Ocorrem desde os EUA até a argentina, sendo muito abundante no litoral
brasileiro.
Alimentação: Adultos se alimentam principalmente de medusas, peixes pequenos, crustáceos
e vermes enquanto que os juvenis se alimentam de plâncton.
Reprodução: A desova ocorre na região pelágica.
Habitat e Hábito: Formam cardumes e vivem em águas da plataforma continental, baías,
enseadas e estuários. De hábitos bentopelágico.
Nomes comuns: Amerikansk smørfisk, Butterfish, Canguiro, Feijão, Gordinho, Maria
redonda, Pampo, Paru, Saia-de-velha.
Referências: 101, 64, 57, 137, 224, 50, 34. Foto Flescher, Don
92
Platanichthys platana (Regan, 1917) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem do
Clupeiformes, e pertence à família dos Clupeidae, no qual
pertencem também as sardinhas. São tipicamente peixes de
pequeno porte, de corpo comprimido lateralmente e
prateado. Com uma quilha ventral mediana formada por
escamas modificadas. De boca pequena, muito inclinada. A
mandíbula ultrapassa a maxila superior. Possuem dentes pequenos. Não possuem linha
lateral. Possuem uma faixa lateral. Nadadeira anal com 17 a 23 raios. Nadadeira pélvica com
7 raios. Considerada a menor das sardinhas do nosso litoral. Medindo atá 9 cm de
comprimento. Comumente encontrado com 5 cm.
Distribuição: América do Sul: a norte do Rio de Janeiro, Brasil para o Uruguai e Argentina.
Alimentação: Planctofagos.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: Formam cardumes e habitam águas costeira, baías e estuários. Águas
salobras. São tipicamente pelágicos. Podem ser encontrados em profundidade de até 50 m.
Nomes comuns: Sardinha, Mandufia, River Plate sprat.
Referências: 285, 101, Imagem FAO.
93
Polydactylus oligodon (Günther, 1860) Características gerais: Essa espécie faz parte da ordem
dos Perciformes, e pertence à família dos Polynemidae.
Possuem duas nadadeiras dorsais bem separadas: a
primeira constituída de espinhos e a segunda por raios
moles. Possuem raios isolados, filamentosos, abaixo dos
raios normais ligados por uma membrana da nadadeira peitoral, no qual possuem função tátil.
Corpo comprimido e alongado, boca inferior. Focinho mais longo que a mandíbula. Nadadeira
dorsal anterior com 9 espinhos flexíveis. Nadadeira dorsal posterior 1 espinho e 12 raios; anal
3 espinhos 12 a 14 raios. Peitoral 16 raios superiores e 7 inferiores livres e filamentosos.
Dentes viliriformes. Corpo prateado, nadadeira dorsal e caudal pálidas, com margem
enegrecida. Pélvica e anal escura e margens claras. Sem muita importância comercial, porém
a carne é de boa qualidade e há um consumo de subsistência. Alcançam cerca de 45 cm.
Comumente encontrado com 20 cm. Maior peso a publicado 620 g.
Distribuição: Pode ser encontrado desde a Flórida até o Atlântico Sul, na Argentina.
Alimentação: não encontrados ou inexistentes.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: associados a águas salobra e marinha. Ocorrem na zona do surf, em fundos
arenosos e lamosos como estuários. Hábitos noturnos e diurnos. Demersal.
Nomes comuns: Little-scale threadfin, Tsumaguro-tsubamekonoshiro, Barbudo, Parati-
barbudo, Barbudo de escamas pequeñas, Barbudo siete barbas.
Referências: 240, 230,155, 101. Foto Johnson, Louis
94
Polydactylus virginicus (Linnaeus, 1758) Características gerais: Fazem parte da ordem dos
Perciformes pertencente à família Polynemidae.
Possuem duas nadadeiras dorsais bem separadas, a
primeira constituída por espinhos e a segunda por
raios moles. O que os diferencia de outras espécies
é a presença de raios isolados filamentosos. Espinhos dorsais (total): 8-9, raios dorsais (total):
11; espinhos anais 3; Raios anais: 12 – 14. Chega a um comprimento total de 33 cm, porém é
mais comumente encontrado com 20 cm. Apanhado por acaso por redes de cerco e redes de
arrasto e é de pouca importância comercial
Distribuição: No Oceano Atlântico ocidental, desde Nova Jersey, EUA, para Salvador,
Brasil. No entanto, a espécie não ocorre no norte nem oeste Golfo do México.
Alimentação: Alimentam-se durante a noite de crustáceos, vermes marinhos, materiais
vegetais e poliquetas.
Reprodução: Parece ter uma época de desova prolongada porque os jovens são comumente
encontrados durante todo o ano
Habitat e Hábito: É uma espécie encontrada em águas marinhas e salobras em profundidades
de até 55 m, possui hábitos demersais. Encontrado em fundos de areia e lama das águas
costeiras, estuários e manguezais. Jovens formam cardumes perto das desembocaduras dos
rios.
Nomes comuns: Barbudinho, barbudo, barbudo-amarelo. Brasil / Barbu USA.
Referências: 130, 206, 101, 230. Foto: Carvalho Filho, Alfredo.
95
Pomacanthus paru (Bloch, 1787) Características gerais: Esta espécie pertence à ordem dos
Perciformes, e faz parte da família dos Pomacanthidae.
Possui forma ovalada do corpo. E um espinho bem forte
no pré-opérculo. A boca é pequena, protrátil, com dentes
em forma de cerdas. Nadadeira dorsal anteriormente
constituída por 10 espinhos e de 29 a 31 raios. Nadadeira
anal com três espinhos e de 22 a 24 raios. Os raios mais anteriores da dorsal e anal são
prolongados. Escamas ctenoides. São peixes brilhantes, com preto predominante, exceto as do
abdômen que são amareladas. Ponta da mandíbula esbranquiçada, todas as nadadeiras são
escuras. A nadadeira caudal é arredondada posteriormente. As margens das escamas são
amareladas. A mandíbula inferior se projeta além da maxila superior. Existe um espinho
proeminente no canto do osso pré-opérculo. Atingem cerca de 60 cm, comumente encontrado
com 28 cm. Podem viver até 10 anos. Eles são conhecidos como "estações de limpeza", no
qual removem ectoparasitas de uma grande variedade de peixes, incluindo carangas, moreias,
etc. É um peixe muito territorial. Se outros peixes-anjo se aproximarem, muito de perto, eles
são rapidamente expulsos. Porém ele também é muito curioso e nada perto de mergulhadores
e praticantes de mergulho. É comercializado fresco em Cingapura e Tailândia. No Brasil seu
valor comercial é voltado para aquariofilia, devido a suas cores chamativas.
Distribuição: Encontradas no Atlântico ocidental desde a Flórida, EUA, Golfo do México,
o Caribe, até o sudeste do Brasil, Ilha de Ascensão, rochas de São Paulo.
Alimentação: Como um onívoro, este peixe se alimenta de uma grande variedade de algas e
invertebrados. Alimentam-se principalmente de esponjas, bem como tunicados, zoantídeos,
corais, gorgônias e algas. Esponjas-vaso muitas vezes mostram cicatrizes em forma de V das
mordidas do angelfish.
Reprodução: A maturidade sexual se da por volta dos 25 cm. Desova ocorre de abril a
setembro, Os ovos pelágicos são esféricos e transparentes com um diâmetro de 0,9
milímetros. Ovos eclodem cerca de 15-20 horas após a fertilização.
Habitat e Hábito: Espécie marinha associada a recifes de corais. Pode ser encontrado em
profundidade de até 100 m. Normalmente habita áreas com recifes de corais, pedras, rasas, e
nadam em pares.
Nomes comuns: Angelfish, French angel, Kihoshi-yakko, Frade, Paru-da-pedra, Peixe-anjo,
Isabelita.
Referências: 186, 56, 101, 39, 231, 186, 178, 109. Foto Patzner, R.
96
Pomadasys crocro (Cuvier, 1830)
Características gerais: Fazem parte da ordem dos Perciformes,
pertencente à família Haemulidae. Possui a nadadeira dorsal
com 13 espinhos e 12 - 13 raios. Seu focinho é cônico. Pode
atingir um comprimento total de 38 cm. Mas é mais comumente
encontrado com 25 cm. O maior peso publicado foi de 1,9 kg. É
um peixe comercializado fresco. É utilizada em pesquisa de avaliações de crescimento da
tilápia com dietas a base dessa espécie.
Distribuição: Atlântico Ocidental: sul da Flórida, nordeste do Golfo do México, ao longo do
Mar do Caribe em direção ao sul para o Brasil.
Alimentação: Alimenta-se de crustáceos e pequenos peixes.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, doces e salobras. De hábitos
demersais e podem ser encontrados em profundidades de até 120 metros. Habita rios e riachos
de baixa para alta velocidade de corrente. São encontrados ao longo das costas arenosas e
sobre fundos de lama em águas rasas, bastante comum em lagoas salobras associadas ao
mangue. Mais comumente nas desembocaduras dos rios.
Nomes comuns: Burro grunt, USA / coró amarelo, coró-bicudo, Ticopá. Brasil.
Referências: 237, 240, 51, 42, 71, 250, 101. Foto: Caio Ribeiro Pimentel
97
Prionotus punctatus (Bloch, 1793) Características gerais: Pertencente à ordem
dos Scorpaeniformes, da família dos Triglidae.
Possuem uma placa de dentes palatinos bem
desenvolvidos, geralmente maiores que a placa
de dentes vomerianos. Possuem manchas
escuras arredondadas presentes principalmente
nas partes dorsal e lateral superior do corpo. Espinhos dorsais (total): 9-10; raios dorsais
(total): 112; espinhos anais 1; Raios anais: 10. Podem atingir um comprimento total de 40 cm.
Esta espécie é utilizada em estudos que tem por finalidade aumentar o conteúdo de proteínas
para melhorar a qualidade proteica de produtos de panificação. Os resultados desses estudos
indicam um aumento relativo na quantidade de proteínas e também uma margem de aceitação
pelos consumidores alta: 74%. É uma espécie abundante e frequente nas pescarias
comerciais, sendo encontrada predominantemente até 80 m.
Distribuição: Atlântico ocidental: da América Central (Belize) à Argentina. Na costa do
Brasil foi coletada desde Recife até o Rio Grande do Sul.
Alimentação: Alimenta-se de camarões, caranguejos, outros crustáceos e peixes pequenos.
Reprodução: Alguns estudos indicam que alcançam a maturidade sexual por volta dos 21
cm. Utiliza baías e estuários durante parte do ciclo de vida, principalmente durante a
primavera e o verão, devido à presença de águas mais quentes, ideais para a desova.
Habitat e Hábito: Podem ser encontradas em águas marinha e salobra. Possuem hábito
demersal, geralmente são encontrados em profundidades de 70 m em fundos de areia, lama e
perto de zonas estuarinas. Ocasionalmente ocorrem ao longo de recifes.
Nomes comuns: Bluewingsearobin, EUA/ Peixe-cabra, Cascudo, Voador de pedra, Brasil.
Referências: 3, 103, 101, 199,227. Foto: Martins, Itamar Alves.
98
Pseudocaranx dentex (Bloch & Schneider, 1801) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem
dos Perciformes da família dos Carangidae. Possui uma
coloração azul esverdeada acima e abaixo branco
prateado, lateral do corpo com listra amarela e o
opérculo com mancha preta. Espinhas dorsais (total): 9;
raios dorsais (total): 25-26; espinhos anais 3; Raios
anais: 21 - 22; Vértebras: 25.
Podem atingir um comprimento máximo de até 122 cm, porém é comumente encontrado com
40 cm. O maior peso já publicado foi de 18,1 Kg. O espécime mais velho foi registrado com
49 anos. Segundo a FAO há registro de aquicultura dessa espécie desde a década de 70,
principalmente no Japão. Sempre houve a captura. Este peixe é muito apreciado pelos
pescadores esportistas.
Distribuição: Atlântico Oeste: Carolina do Norte, EUA e Bermuda para o sul do Brasil, no
Atlântico Leste: Mediterrâneo, Açores, Madeira, Canárias, Cabo Verde, Ascensão e Santa
Helena Island e no Indo-Pacífico: África do Sul, Japão, Hawaii, Austrália, Nova Zelândia e
Ilhas Norfolk.
Alimentação: Alimentam-se de peixes, moluscos e crustáceos, plâncton por ram-filtragem e
sucção, e de invertebrados bentônicos.
Reprodução: Torna-se maduro por volta dos 32 cm. Os ovos são pelágicos. São dioicos,
possuem fertilização externa e não apresentam cuidado parental. São geralmente desovadores
parciais, liberando ovos em pequenos lotes, a intervalos ao longo de um período de várias
semanas. Desovam geralmente nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro.
Habitat e Hábito: São encontrados em águas marinha e salobra. Geralmente estão associados
a recifes de corais, podem ser encontrados em até 238 m de profundidade. Juvenis geralmente
habitam estuários, baías e águas rasas da plataforma continental, enquanto os adultos formam
cardumes próximos ao leito do mar, na plataforma continental.
Nomes comuns: Guellyjack, Toothed trevally, White trevally.USA / Garapoá, Xareu,Xaréu-
branco. Brasil.
Referências: 263, 264, 207, 101, 150, 219, 232, 282, 188, 164, 12, 116, 1. Foto: Carvalho
Filho, Alfredo.
99
Rypticus randalli Courtenay, 1967 Características gerais: Fazem parte da ordem dos
Perciformes pertencente à família Grammistinae.
Possuem uma boca com pequenos dentes,
nadadeira dorsal com 3 (raramente 2) espinhos e
23-25 raios, nadadeira anal com 15-16 raios e
nadadeira peitoral com 15-16 raios. Única espécie
do gênero que possui apenas 2 espinhos visíveis
externamente em cada opérculo o mais inferior mais longo. Seu corpo é marrom, a parte
superior um pouco mais escura, nadadeiras peitorais acinzentadas com a margem posterior
enegrecida, dorsal, anal e caudal com o mesmo colorido de corpo e com as margens distais
enegrecidas. Podem chegar a atingir até 20 cm. É conhecida como peixe-sabão devido à
grande quantidade de muco que produzem quando confinados ou perturbados e que se tornam
escorregadios . Este muco contém uma substancia tóxica que causa a morte de outros peixes e
a hemólise das células sanguíneas de mamíferos. Não apresenta nenhuma importância
comercial.
Distribuição: Atlântico Ocidental da Jamaica até o litoral do Estado de São Paulo.
Alimentação e Reprodução: Deve-se considerar a inexistência de registro na literatura sobre
qualquer aspecto da historia de vida de Rypticus randalli.
Habitat e Hábito: São encontrados em águas marinhas e salobras em fundos de areia ou
lama. Possuem hábitos demersais.
Nomes comuns: Peixe sabão, badejo-sabão.
Referências: 101. Foto: Martin, Louanna.
100
Scorpaena Isthmensis Meek & Hildebrand, 1928 Descrição: Essa espécie pertence à ordem dos
Scorpaeniformes da família dos Scorpaenidae.
Possuem a nadadeira dorsal anterior com uma
mancha escura nítida situada entre o terceiro e o
sexto espinho. Possuem um padrão colorido
diferenciado. Sua nadadeira dorsal possui 12
espinhos e 9 raios, a nadadeira peitoral 17 – 19 raios e a anal possui 3 espinhos e 5 raios.
Possuem 13 -15 rastros no primeiro arco branquial, diâmetro do olho 0,9 – 1,5 vezes de
comprimento do focinho.
Seu corpo é marrom claro e a cabeça um pouco mais escura. Possui uma mancha escura
verticalmente alongada atrás do opérculo, estendendo-se aproximadamente do meio da base
da dorsal anterior até pouco abaixo da linha lateral. É uma espécie popular entre os
aquariofilistas, alcançando cerca de 25 cm de comprimento. No comércio aquarista indivíduos
entre 10 e 15 cm são mais comuns.
Distribuição: Ocorre do Panamá ao Rio de Janeiro, Brasil.
Alimentação: Quando em aquário costuma-se alimenta-los com Artêmias viva, pedaços de
peixe, camarão e carne.
Habitat e Hábito: São espécies marinhas, demersais, e geralmente associada a fundos de
pedra e coral. Vivem na zona tropical. Pode ser encontrado em profundidades até de 110 m.
Nomes comuns: Smooth-cheek scorpionfish (EUA),Mamangá,Peixe pedra, Beatinha (Brasil).
Referencias: 276, 101, 240. Foto: Martins, Itamar Alves.
101
Selene vomer (Linnaeus, 1758) Características gerais: Esta espécie pertencente à
ordem dos Perciformes, da família Carangidae.
Corpo prateado com dorso e cabeça azulado.
Espécimes jovens apresentam quatro ou cinco
faixas verticais. Muito comprimido lateralmente.
Nadadeiras pélvicas reduzidas. Espinhos dorsais
(total): 9; raios dorsais (total): 23; Espinhos anais
3; Raios anais: 18. Pode atingir um comprimento
total de até 48 cm, mas é mais comumente encontrado por volta dos 35 cm. Maior peso já
publicado foi de 2,1kg (peso oficial, sendo que há relatos de vendedores de peixes em
mercados públicos do Paraná que é comum encontrar essa espécie com 5 a 7 kg).
Possui uma carne de excelente sabor, porém tem que ter cuidado com o envenenamento por
ciguatera. Não é importante na pesca comercial (exceto em alguns mercados locais). No
entanto, são muito procurados para exibições em grandes aquários públicos devido à sua
forma interessante e aparência vistosa. Muito procurado também por pescadores esportistas.
A FAO tem dados de produção referentes aos anos de 2008 e 2009, cerca de 20 toneladas em
média por ano.
Distribuição: Atlântico ocidental: Canadá até a Flórida, EUA, ao longo das costas da
América Central e do Sul para o Uruguai, incluindo Bermuda e Golfo do México.
Alimentação: Alimenta-se de pequenos caranguejos, camarões, peixes e vermes.
Reprodução: Pouco se sabe sobre seu ciclo reprodutivo. O que se sabe é que ele desova na
coluna d’água.
Habitat e Hábito: Essa espécie pode ser encontrada em águas marinhas e salobras. Tem
hábitos demersais e podem ser encontrados em profundidades de até 50 metros. Geralmente
encontrados sobre fundos duros ou areia. Juvenis podem ser encontrados em áreas estuarinas
e praias de areia. Encontrados em cardumes pequenos ou apenas formando pares.
Nomes comuns: Peixe-galo, galo de penacho, galo verdadeira. Brasil / Dollarfish, Horsehead,
Lookdown. USA.
Referências: 28, 51, 57, 101, 70, 172. Foto: Carvalho Filho, Alfredo.
102
Sparisoma radians (Valenciennes, 1840) Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Perciformes, da família dos Scaridae.
Chegam a medir cerca de 20 cm. Espinhos dorsais
(total): 9; raios dorsais (total): 10; espinhos anais
3; Raios anais: 9. Membrana da ponta dos
espinhos da dorsal com mais de 1 cirro. Caudal
arredondada. Placa dentária da maxila superior
com 1 a 4 caninos laterais exceto em exemplares muito pequenos. Machos adultos com uma
faixa negra na margem da caudal uma barra enegrecida ao longo de toda a base da nadadeira
peitoral e um a estria azulada do ângulo da boca ao olho.
Distribuição: Ocorre nos dois lados do Atlântico. Do lado ocidental: Bermuda, Flórida
(EUA), Bahamas, e no leste do Golfo do México através da América Central para Santa
Catarina, Brasil
Alimentação: Herbívoro, alimenta-se de forma contínua, com intensidade de alimentação
quase constante, durante o dia. Sua dieta constitui-se principalmente de epífitas e lâminas de
ervas marinhas, deixando marcas de mordidas crescentes.
Reprodução: São protogínicos, ou seja os órgãos sexuais femininos são os primeiros a
atingirem a maturidade e a tornarem-se ativos. No processo de crescimento, as
gónadas convertem-se em masculinas e tornam-se ativas mais tarde. Este tipo
de hermafroditismo incompleto verifica-se em muitas espécies de peixes, como as garoupas.
Quando em vida aprensentam dimorfismo sexual: as fêmeas com uma estria clara
acompanhando a margem do opérculo e uma aérea avermelhada atrás da peitoral.
Habitat e Hábito: São encontrados em águasmarinhas e salobras, associados a recifes de
corais ou bancos de gramas marinhas, em profundidades de até 12 m. Encontrada
principalmente em leitos de algas marinhas em águas rasas, protegidas.
Nomes comuns: Bodião-verde, Bucktooth parrotfish.
Referências: 172, 101, 107, 240, 239. Foto: Victor, Benjamin C.
103
Sphoeroides greeleyi Gilbert, 1900 Características gerais: Esta espécie pertence à
ordem dos Tetraodontiformes, da família dos
Tetraodontidae. Podem chegar a medir cerca de 20
cm. Não possuem espinhos anais, dorsais nem
nadadeiras pélvicas. Raios dorsais (total): 8; Raios
anais: 7. Possuem os dentes fundidos, formado por
quatro placas. Tem a capacidade de inflar o corpo como forma de defesa através da ingestão
de água ou ar. Peixes desta família possuem a tetrodotoxina, uma potente toxina encontrada
na pele, fígado e gônadas, que atua como ferormonio. Por este motivo não são apreciados para
o consumo, mas de grande importância no equilíbrio trófico de ecossistemas aquáticos.
Estudos de maturidade demonstram que, geralmente ficam maduros sexualmente por volta
dos 7 cm.
Distribuição: Atlântico ocidental: Honduras para Santa Catarina, Brasil.
Alimentação: São carnívoros, alimentam-se principalmente de invertebrados marinhos,
crustáceos e moluscos.
Reprodução: O período reprodutivo estende-se de Agosto a Janeiro. A espécie apresenta
desova do tipo parcelada.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras, e podem estar
associados a recifes de corais, em águas tropicais. Encontrado sobre fundos inconsolidados,
geralmente com vegetação. Prefere águas turvas. Hábito bentônico. É comum no litoral
brasileiro, habitando baías e estuários de águas pouco profundas.
Nomes comuns: Baiacu mirim, Baiacu-pinima, Caribbean puffer.
Referências: 184, 101, 254, 231, 107, 57. Foto: Sazima, Ivan.
104
Sphoeroides spengleri (Bloch, 1785) Descrição: Esta espécie pertence ordem dos
Tetraodontiformes, da família dos
Tetraodontidae. Possuem espinhos presentes
nas partes superior e inferior do corpo. Raios da
nadadeira anal 7-8; nadadeira caudal truncada
ou ligeiramente arredondada. Raios dorsais (total): 9. Possuem 11 – 14 manchas bem
definidas pretas e redondas na cabeça e no lado inferior do corpo. Duas barras escuras na
nadadeira caudal. Possuem uma linha de pontos pretos ao longo da lateral do corpo. Não
possuem nadadeira adiposa. Cor: verde escura ao marrom-amarelada. Atinge um
comprimento máximo de 30 cm.
Possuem uma característica curiosa: se inflar com água ou ar, principalmente quando se
sentem ameaçados ou sob forte estresse. Possuem também uma toxina poderosa, a chamada
Tetrodotoxina (TTX), que é encontrada principalmente nas vísceras e pode ser também
secretada pela pele. Por conta disso é um peixe pouco recomendado para criar em aquários,
porque se assustado lança sua toxina podendo matar todos os peixes ao seu redor. Essa toxina
também é capaz de matar um homem. Essa espécie é considerada uma das espécies mais
venenosa do Atlântico, devida à quantidade de TTX em seus tecidos.
Distribuição: Desde Massachusetts (EUA) até Santa Catarina.
Alimentação: Se alimentam de algas, vermes, plâncton, peixes, moluscos e crustáceos e
equinodermos.
Reprodução: Sabe-se apenas que ela acontece entre o final da primavera e o outono. Os ovos
são depositados em depressões.
Habitat e Hábito: São encontradas em águas marinhas e salobras. É uma espécie bentônica,
abundante em todos os habitats costeiros, onde exista cobertura adequada como sargaços,
recifes e mangues. Essa espécie em particular prefere recifes rochosos. Podem ser
encontrados em profundidade de até 70 m.
Nomes comuns: Baiacu-pinima, baiacus-pintados, baiacu mirin Bandtail puffer
Referências: 107, 248, 244, 261, 101. Flescher, Don.
105
Sphoeroides testudineus (Linnaeus, 1758) Características gerais: Fazem parte da ordem dos
Tetraodontiformes da família Tetraodontidae. Seu
corpo é esverdeado dorsalmente e branco
ventralmente, parte posterior com série de linhas
claras e arcos sugerindo círculos concêntricos, com
linhas que se cruzam. Nenhum outro baiacu tem
esse padrão de cores. Corpo alongado e claviforme, boca pequena com dentes muito fortes.
Nadadeira dorsal única e caudal truncada. Sua maxila é modificada, constituída por duas
placas superiores e duas inferiores. Corpo desprovido de escamas, mas com projeções
espinhosas embutidas na pele. Não possuem espinhos anais nem dorsais; Raios dorsais (total):
11-12Raios anais: 11. Pode atingir um comprimento total de 38,8 cm, mas é mais comumente
encontrado com 20 cm. O maior peso já publicado foi de 400 g. É a espécie mais comum
dessa ordem no litoral brasileiro. No Brasil possui baixo valor comercial devido à presença de
uma toxina fatal, essa toxina também é utilizada para sacrificar animais. Já no Japão é
consumido e tem um alto valor.
Distribuição: Atlântico Ocidental: EUA ao sudeste do Brasil.
Alimentação: Alimentam-se principalmente de bivalves, gastrópodes, foraminíferos e
diversos outros invertebrados bentônicos especialmente crustáceos, que esmaga com os dentes
poderosos.
Reprodução: São dioicos, possuem fertilização externa e não possuem cuidado parental. A
época da desova vai variar muito de lugar para lugar, na Flórida, por exemplo, é do final da
primavera ao início do outono. Outro estudo no estado do Paraná, Brasil mostra a época da
desova entre os meses de setembro a janeiro. O comprimento médio da primeira maturação é
de 13 cm. Estudos relacionam a tetrodotoxina com o ciclo reprodutivo, no qual a fêmea
consegue atrair os machos.
Habitat e Hábito: Encontrados em águas marinha e salobra. São nectônicos costeiros de
águas rasas. Podem ser encontrados em profundidades de até 48m. Comumente encontrados
em baías, enseadas de maré e águas costeiras protegidas e estuários. Esconde-se na areia, ou
inflam quando perturbados.
Nomes comuns: Baiacu, baiacu-mirim, baiacu-franguinho. Brasil / Checkeredpuffer. EUA.
Referências: 64, 166, 172, 220, 242, 257, 101, 261. Foto: Macieira, Raphael M.
106
Sphyraena barracuda (Edwards, 1771)
Características gerais: Esta espécie pertencente à
ordem dos Perciformes da família dos
Sphyraenidae. Distinguidos pela dupla nadadeira
caudal com pontas claras sobre cada lóbulo, e a
presença de algumas manchas pretas espalhadas
nas laterais inferiores. Tem a área interorbital côncava, a extremidade posterior do maxilar
estendendo-se além da margem anterior do olho e os raios posteriores da segunda nadadeira
dorsal e anal mais curtos que os raios anteriores, quando distendidos sobre a parede do corpo.
Boca grande que contém dois conjuntos de dentes afiados, um dos conjuntos é formado por
pequenos dentes, localizados ao longo do exterior da mandíbula e o segundo é um conjunto de
dentes maiores que perfuram e rasgam as presas. Espinhas dorsais (total): 6; Raios dorsais
(total): 9; Espinhos anais: 1; Raios anais: 10.
Podem atingir um comprimento total de 200 cm, mas é mais comumente encontrado com 140
cm. O maior peso já publicado foi de 50 kg. Sua carne é considerada de qualidade razoável.
Possui uma pequena importância comercial devido a sua irregularidade no fornecimento. É
comercializado fresco ou salgado (seco). São muito apreciados por pescadores esportivos.
Raramente ataca os seres humanos, mas quando ocorre é através de uma rápida batida feroz,
que, apesar de grave, raramente é fatal.
Distribuição: Atlântico Ocidental: estende-se de Massachussetts, ao sul do Brasil, Mar
Vermelho e costa leste da África, em todo o Mar do Caribe. Serra Leoa, Costa do Marfim,
Togo, Nigéria, Senegal.
Alimentação: Seu corpo lhe proporciona vantagem ao caçar. Alimentam-se de peixes,
cefalópodes e às vezes camarões. É um predador carnívoro oportunista e extremamente voraz.
Reprodução: Alcança a maturidade com cerca 66 cm. São dioicos, possuem fertilização
externa e não apresentam cuidado parental. Os ovos, pelágicos, são liberados e fertilizados em
águas abertas e dispersas pelas correntes.
Habitat e Hábito: São encontrados em águas marinha e salobra. Geralmente associado a
recifes de corais. Podem ser encontrados em até 100 metros de profundidade, mas geralmente
é encontrado nos primeiros 30 metros. Os juvenis ocorrem nos manguezais, estuários e zonas
de recife rasas, já os adultos ocorrem em uma ampla gama de habitats tanto ambientes
fechados como no mar aberto. Possuem hábito diurno e solitário, mas também pode ser
encontrado em pequenos cardumes.
Nomes comuns: Great barracuda. USA / Barracuda, Carama, Guarana, Gaviana. Brasil.
Referências: 240, 210, 80, 167, 115, 81, 231, 51, 101. Foto: Randall, John E.
107
Sphyraena guachancho Cuvier, 1829 Características gerais: Esta espécie
pertencente à ordem dos Perciformes e faz parte
da família dos Sphyraenidae. Estão na família
das barracudas. Possuem duas nadadeiras
dorsais bem separadas, sua boca é ampla com
dentes caninos poderosos distribuídos no pré-maxilar, mandíbula e palato. O focinho é
pontudo e a mandíbula prolonga-se além da maxila superior. Seu corpo é alongado levemente
comprimido. Nadadeira dorsal anterior com 5 espinhos fortes, nadadeira anal com 2 espinhos
pouco desenvolvidos e flexíveis com 7 a 8 raios. Nadadeira caudal é bifurcada. Região
interorbital convexa. Parte dorsal do corpo acinzentada, lateral e ventre prateado. Margens da
nadadeira pélvicas e anal enegrecidas. Raios médios da nadadeira caudal com a ponta negra.
Pode chegar a medir 2 m, entretanto é mais comumente encontrado com 70 cm. Maior peso já
publicado 1,8kg. Sua carne é considerada de sabor razoável, apreciado na pesca esportiva
(Iscas artificiais, como plugs e colheres, e iscas naturais, peixes pequenos) e caça submarina.
Distribuição: Podem ser encontrados no atlântico oriental e ocidental, desde a Nova
Inglaterra até a Argentina.
Alimentação: São peixes carnívoros, predadores ávidos. Alimenta-se de peixes,
principalmente, pertencentes às famílias Engraulidae, Clupeidae, Lutjanidae e Synodontidae e
também de lulas da família Loliginidae, e crustáceos.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: É uma espécie que forma cardumes em águas costeiras de pouca
profundidade, e águas de estuário. Sendo que os indivíduos maiores são solitários. Nadam
sempre à meia água, bem próximo à superfície. Encontrados em profundidades de até 100 m.
Nomes comuns: Bicuda, Bicuda-negra, Barracuda, Guachancho-barracuda, Lizi, Tenaga-
kamasu, Corama, Goirana, Pescada-bicuda.
Referências: 81, 56, 248, 236, 101, 57, 76, 73. Foto Flescher, Don
108
Stephanolepis hispidus (Linnaeus, 1766) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem
dos Tetraodontiformes, e pertence à família dos
Monocanthidae. Apresentam 2 espinhos dorsais, sendo o
primeiro muito desenvolvido e o segundo rudimentar,
pele áspera, recoberta por minúsculos espinhos. São
peixes de corpo muito comprimido lateralmente, boca
pequena, nadadeira dorsal posterior com 29 a 35 raios, anal com 30 a 35 raios, peitoral com
12 a 14 raios. Os machos possuem o segundo raio da dorsal muito prolongado. Não possuem
as nadadeiras pélvicas. Corpo marrom claro, com manchas escuras irregulares, caudal com
duas faixas transversais escuras. Podem chegar até 27,5 cm. Importante para o comercio
aquariofilistas.
Distribuição: Pode ser encontrado desde a Nova Escócia até Uruguai, Comum em todo litoral
brasileiro. E das ilhas Canárias até a Angola.
Alimentação: onívoro. Alimentam-se de invertebrado bentônicos e algas
Reprodução: Atingem a maturidade aos 14 cm.
Habitat e Hábito: Vivem em áreas de pedra, recifes de coral, algas, fundos lodosos e
arenosos. Podem ser encontrados em até 290 m de profundidade, entretanto é mais
comumente achado até os 70 primeiros metros. Solitário, eventualmente circula em pares.
É capaz de grande mimetismo de cor e forma, permanecendo imóvel, discretíssimo. Quando
assustado movimenta-se de forma ligeira em busca de novo refúgio e volta a se imobilizar. À
noite, quando dorme, flutua a mínima distância do fundo, tanto sobre pedras e corais,
como sobre trechos de areia.
Nomes comuns: Cabrinha, Common filefish, Planehead Fiiefish, Taiseiyou-kawahagi,
Esfaldado, Peixe porco, Esfaldado, Peixe-porco-galhudo.
Referências: 255, 101, Foto Carvalho Filho, A.
109
Strongylura marina (Walbaum, 1792) Características gerais: Esta espécie
pertence à ordem dos Beloniformes, da
família dos Belonidae. Podem chegar a
medir cerca de 60 cm. O maior peso já
publicado foi de 2.3kg. Raios dorsais (total):
14-17; Raios anais: 16 - 20. Seu corpo é coberto por escamas muito pequenas. Possui um
pigmento preto atrás dos olhos, não se estendendo abaixo do meio do olho. Espécie muito
parecida com outras do mesmo gênero como que S. notata e S. timucu, Algumas maneiras de
diferencia-las são por ter menos raios anais, menos escamas pré-dorsal e um exame interno
revela menos vértebras
É muito rápido e voraz, o que o torna uma espécie muito apreciada entre os pescadores
esportistas. Em algumas regiões é apreciada como alimento, e é comercializado fresco. O bico
inferior é mais longo que o superior. As mandíbulas possuem dois tipos de dentes: uns
pequenos e pontiagudos e outros maiores e bem separados entre si.
Distribuição: Atlântico Ocidental: Maine, EUA e norte do Golfo do México para o Brasil.
Ausente da Bahamas e Antilhas.
Alimentação: Possui mandíbulas, superior e inferior, alongadas em um bico pontiagudo
armados com centenas de dentes pequenos e afiadas, isso faz com que alimentar-se de
pequenos peixes se torne mais fácil.
Reprodução: São ovíparos. Seus ovos possuem filamentos que, uma vez depositados sob o
fundo, se adere a plantas ou outras superfícies. Estudos em Delaware Bay, Estados Unidos
indicam que, baseado na grande presença de larvas, os meses de atividade reprodutiva vai de
junho a agosto. Já outro estudo no Texas, mostra que o pico da atividade reprodutiva é no mês
de fevereiro.
Habitat e Hábito: Formam pequenos cardumes. Podem ser encontradas em águas marinhas,
doce ou salobra, associados ou não a recifes, na zona costeira. Inclusive nas margens dos
manguezais nadando sobre e em torno de pradarias marinhas
Nomes comuns: Swordfish, Agulhão, Agulheta-verde.
Referências: 57, 101, 256, 261, 156, 22, 117. Foto: Vaske Jr., Teodoro.
110
Strongylura timucu (Walbaum, 1792) Características gerais: Espécie pertencente à
ordem dos Beloniformes, e a família Belonidae.
Possui o pedúnculo caudal sem quilha lateral,
maxila exposta posteriormente, opérculos com
escamas, parte dorsal totalmente escura. Raios
dorsais: 15-17; Raios anais: 16 – 20. Para
diferenciar essa espécie de outras de mesmo gênero é preciso contar as escamas da série pré-
dorsal. A S. timucu tem cerca de 120 a 180 escamas. Pode atingir um comprimento total de
até 61 cm, mas é mais comumente encontrado com 35 cm.
Distribuição: Atlântico Ocidental: sudeste da Flórida (EUA), Bahamas, e nordeste do Golfo
do México para o Brasil.
Alimentação: Alimenta-se principalmente de pequenos peixes.
Reprodução: São ovíparos. Seus ovos se desenvolvem no fundo e são caracterizados por
possuírem tentáculos de fixação, por isso podem ser encontrados associados a objetos na
água. São dioicos, possuem fecundação externa, não apresenta cuidado parental.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas, salobras e doce em
profundidades de até 3 m. Podem estar associados ou não a recifes de corais. Adultos podem
ser encontrados em recifes, lagoas, ou em água doce, já juvenis são comumente encontrados
entre algas flutuantes. Durante o dia são predadores ativos de pequenos peixes e camarões, à
noite indivíduos jovens fica próxima à superfície e quando perturbados mergulham e se
escondem entre as folhas da vegetação.
Nomes comuns: Agulha, agulhão, timbucu, timucu. Brasil.
Referências: 252, 240, 98, 101, 57, 172, 36. Foto: Sazima, Ivan.
111
Symphurus tessellatus (Quoy & Gaimard, 1824) Características gerais: Fazem parte da ordem dos
Pleuronectiformes, pertencentes à família
Cynoglossidae. O que diferencia as espécies dessa
família é que seu corpo é lanceolado, em forma de
língua, e os olhos são do lado esquerdo e muito
próximos um do outro. Os raios das nadadeiras
dorsais e anais, posteriormente, são ligados de forma continua a nadadeira caudal. Não
possuem nadadeiras peitorais, não possuem linha lateral, nem espinhos anais e dorsais e
possuem apenas uma nadadeira pélvica. Raios dorsais (total): 91-102; Raios anais: 77-86.
Difere-se da S. plagusia por não apresentar a saliência carnosa na margem superior da
mandíbula e pelo seu colorido. Suas faixas transversais escuras do tronco são mais largas e
bem evidentes com uma mancha negra nítida na margem posterior-inferior do opérculo.
Podem atingir um comprimento total de 22 cm.
Distribuição: desde o Caribe até o Uruguai.
Alimentação: carnívoros de primeira ordem, se alimentando de invertebrados bentônicos
(crustáceos, cnidários, equinodermatas, moluscos e vermes)
Reprodução: sabendo-se que o clima é um fator que determina a época reprodutiva, em
alguns lugares pode-se acontecer no outono, no Paraná, em outros no verão, Santa Catarina.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras, em baía em
enseadas. Possuem hábito demersal. Podem ser encontrados em profundidades de até 86 m,
mas são mais comumente encontrados até 50 m.
Nomes comuns: Língua-de-mulata.
Referências: 25, 101, 223. Foto: Carvalho Filho, Alfredo.
112
Syngnathus follett Herald, 1942 Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Syngnathiformes e pertence à família
Syngnathidae. Corpo envolvido por uma série de
anéis ósseos articulados, nadadeira dorsal constituída
apenas por raios moles. Aberturas branquiais
reduzida. Peixes-cachimbo são espécies pouco
conhecidas da família Syngnathidae, os quais têm
sido amplamente ameaçados por atividades antrópicas. Muito valorizado no mercado
aquariofilistas, como ingrediente da tradicional medicina chinesa, mercado de curiosidades e
confecção de amuletos. Isso resultou na inclusão na IUCN, Lista vermelha de Animais
Ameaçados. Corpo amarelado, com faixas escuras. Cauda com 35 a 41 aneis. Comprimento
do focinho cerca de 2 vezes o comprimento da cabeça. Podem medir até 20 cm de
comprimento, sendo comuns tamanhos por volta dos 15 cm.
Distribuição: Comum em todo litoral brasileiro.
Alimentação: carnívoros diurnos com uma dieta composta principalmente organismos
planctônicos, e pequenos crustáceos, através da sucção do focinho tubular.
Reprodução: Ovovíparo. Reproduz-se no verão. Possuem dimorfismo sexual, e os machos
nutrem suas crias dentro do corpo em uma bolsa incubadora. Esta bolsa incubadora, nos
machos, situa-se na parte ventral onde se desenvolvem os ovos resultantes da desova realizada
pelas fêmea. As bolsas são ainda locais de osmorregulação e oxigenação. Após a eclosão, os
neonatos, são eliminados pelo macho através de uma fenda. Apresenta comportamento de
cuidado parental.
Habitat e Hábito: Fêmeas são mais móveis e ativas do que os machos. Habita regiões
estuarinas e oceânicas, em fundos de areia, cascalho ou lodo, sendo encontrados também em
pradarias de algas. Presentes em águas litorâneas, de pouca profundidade, até 30 m.
Nomes comuns: Southern pipefish, peixe-cachimbo.
Referências: 36, 126, 84, 101. Foto Macieira, R.M.
113
Syngnathus pelagicus Linnaeus, 1758 Descrição: Esta espécie faz parte da
ordem Syngnathiformes da família
dos Syngnathidae. Possui um corpo alongado,
fino, reto e um focinho tubular longo (maior que
50% do comprimento da cabeça), boca pequena,
cauda não enrolada, nadadeira caudal presente, nadadeiras pélvicas e anais ausentes, corpo
com placas blindadas, formando anéis ao redor do corpo, cor acastanhada. Raios dorsais
(total): 28-31. Comprimento máximo: 18,1 cm.
São dioicos, a fertilização ocorre na bolsa incubadora ou estrutura similar (encontrada sob a
cauda), presente no macho que é quem carrega os ovos até o momento do nascimento.
Apresentam dimorfismo sexual quando são adultos. Os machos possuem a bolsa incubadora e
as fêmeas possuem ovopositor.
Distribuição: Maine (EUA), Bermudas e norte do Golfo do México até a Argentina. Nova
Escócia até a Colômbia. (Altantico ocidental)
Alimentação: Informações básicas da dieta permanecem largamente desconhecidas.
Habitat e Hábito: Geralmente associado ao sargaço.
Reprodução: O macho carrega os ovos em uma bolsa incubadora. São ovovivíparos.
Nomes comuns: Sargassum pipefish, Peixe-cachimbo.
Referências: 261, 36, 101, 75. Foto: Joán Irán Hernandez.
114
Synodus foetens (Linnaeus, 1766) Características gerais: Esta espécie faz parte da ordem dos
Aulopiformes, e pertence à família dos Synodontidae. De
corpo alongado, boca grande, dentes numerosos e bem
desenvolvidos. Há uma pequena nadadeira dorsal adiposa,
sobre a nadadeira anal. Nadadeiras pélvicas originadas logo
adiante da dorsal. Sem faixas escuras no corpo. Pode chegar
a medir 48 cm, mais comumente encontrado com 30 cm, maior peso já publicado 900 g.
Espaço interorbital espaço côncavo. Focinho triangular, pontudo, projetado além da ponta da
mandíbula, possui dentes afiados, presentes na mandíbula superior e língua. Suas escamas são
pequenas. Seu interesse é voltado ao comercio aquariofilistas, ou pesca de subsistência.
Distribuição: Podem ser encontrados desde a Nova Inglaterra ao Estado de Santa Catarina.
Alimentação: predador voraz que se esconde em baias rasas e águas costeiras;
Principalmente piscivorous, também inclui camarões, caranguejos e cefalópodes. Usa a
técnica do “ataque surpresa” no qual permanece enterrado esperando suas presas.
Reprodução: Ovíparos. Larvas recém-nascidas são encontradas perto da superfície em
profundidades até 46 m. Reproduz-se durante todo o ano. Os juvenis são pelágicos, e
coletados em oceano aberto, porém próximo ao litoral.
Habitat e Hábito: hábito bentônico, solitário. Utilizam o estuário como local de recrutamento
e de crescimento. Encontrados em ambientes de fundo arenosos e lodosos. Habitam águas de
até 200 m de profundidade. Vivem sobre o fundo, apoiados sobre as nadadeiras pélvicas à
espera das presas.
Nomes comuns: Gallwasp, Inshore lizardfish, Anolis des plages, Lagartixa, Lagarto-do-mar,
Peixe-lagarto, Tira-vira, Doncella.
Referências: 172, 155, 101, 57, 276, 160, 209, 149, 138, 241. Foto Sampaio, Cláudio Luis
Santos.
115
Thalassophryne nattereri Steindachner, 1876 Características gerais: Fazem parte da ordem
Batrachoidiformes, representante da família
Batrachoididae. Corpo sem escamas, e olhos
localizados no dorso. Os espinhos dorsais e
operculares possuem glândulas de veneno. O
colorido do corpo é homogêneo e sem barras
verticais. Espinhos dorsais (total): 2; raios mole
dorsal (total): 20-29; espinhos anais: 0; raios moles anais: 19. Podem chegar a alcançar 14 cm
de comprimento. Seu veneno é amplamente estudado em pesquisas no combate de alergias, e
outros. Como por exemplo: "Avaliação do papel da nattectina, toxina do veneno de
Thalassophryne nattereri, na resposta imune inata e específica” e “Anafilaxia induzida em
camundongos pelo veneno do peixe Thalassophryne nattereri." Quando em contato com o
veneno as manifestações clínicas observadas são dor, edema local, isquemia transitória,
parestesia, equimose e sensação de queimação local. O tratamento se constitui de anti-
inflamatórios e analgésicos equimose.
Distribuição: Atlântico Ocidental, de Tobago até São Paulo, Brasil.
Alimentação: É uma espécie carnívora.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras. São numerosos nas
zonas estuarinas do litoral brasileiro. Permanecem imóveis no fundo de areia ou lama e seu
veneno é injetado na carne da vítima quando a pressão é aplicada sobre a glândula. Possuem
hábito demersal. Pode ser encontrado em profundidades de até 60 m. Estão associados a águas
costeiras.
Nomes comuns: niquim
Referências: 163, 276, 101.Foto: Carvalho Filho, Alfredo.
116
Trachinotus carolinus (Linnaeus, 1766) Características gerais: Esta espécie pertence à
ordem dos Perciformes e faz parte da família dos
Carangidae. Presença de dois espinhos destacados.
Corpo alto, focinho rombudo, primeira nadadeira
dorsal com 6 espinhos curtos e fortes; segunda dorsal
com 1 espinho e 22 a 27 raios. Anal com 20 a 24
raios. Podem chegar a medir 64 cm. Boca subterminal e protuberante que facilita a captura
das presas no substrato, a nadadeira caudal fortemente furcada para facilitar o deslocamento e
maior rapidez natatória na zona de arrebentação e as brânquias amplamente espaçadas que
permitem a passagem dos grãos de areia e podem reter as presas maiores.Mais comumente
encontrado por volta dos 40 cm. Maior peso já publicado 3,8 kg. As maxilas contêm dentes
muito pequenos, mas não há dentes presentes na língua. Escamas são muito pequenas, lisas e
parcialmente encravadas (difícil remoção). Vivem cerca de três a quatro anos, atingindo pesos
de 2,2-3,6 kg, embora Pompano com mais de 1,8 kg são raramente pego. Tem um corpo
prateado com uma tonalidade verde-azulado no lado dorsal. Nadadeiras anal e caudal são
geralmente amarelo. Existem estudos que tentam viabilizar seu cultivo em ambientes
confinados. Possuem alta taxa de sobrevivência em cativeiro, são robustas ao manejo e
possuem comportamento extremamente ativo. Pescado comercialmente em todos os seus
locais de ocorrência, admirado na pesca esportiva. Carne muito apreciada. Podem chegar a
altíssimos preço/quilo no EUA.
Distribuição: Podem ser encontrados desde os EUA até o Rio Grande do Sul. Também
ocorre na Argentina.
Alimentação: Predadores. Alimentam-se de peixes, crustáceos e invertebrados.
Reprodução: Os machos atingem a maturidade sexual em aproximadamente 1 ano de idade,
quando eles atingem 35,6 centímetros. As fêmeas atingem a maturidade entre as idades de 2-
3, quando chegar a 30 - 39,9 centímetros. Estimativas de fecundidade variam de 133.000 -
800.000 ovos por temporada, dependendo do tamanho do corpo.
Habitat e Hábito: costeiros, comum na zona de arrebentação e quando juvenis em estuários.
Bentopelágico. Oceanódromos. Encontrado em profundidade de até 70 m. São encontrados
em águas rasas de praias arenosas, com ação de ondas e processo de mistura intenso. Nadam
em altas velocidades.
117
Nomes comuns: Butterfish, Carolina pompano, Cobbler, Common pompano, Florida
pompano, Carangue france, Cangueiro, Palombeta, Pampo-amarelo, Pampo-da-espinha-mole,
Pampo-real.
Referências: 237, 101, 240, 155, 85, 56, 202, 68, 14, 19, 213, 180, 87, 161, 129, 100.
Foto Flescher, Don.
118
Trachinotus falcatus (Linnaeus, 1758) Características gerais: Fazem parte da ordem
dos Perciformes, da família dos Carangidae.
Possuem uma ampla mancha amarelo-alaranjado
no abdômen na frente da nadadeira anal e
nadadeiras peitorais enegrecidas. Corpo
proporcionalmente mais alto que o das demais
espécies do gênero. Possui o dorso escuro, cinza-azulado. O final da maxila superior atinge o
meio do olho, os raios anteriores da dorsal e da anal são prolongados atingindo no máximo o
inicio do pendulo caudal. Sua cauda é profundamente bifurcada e alongada, o nome "falcatus"
vem do formato de foice que sua nadadeira dorsal apresenta. Apresentam dentes na língua,
projetados para esmagar moluscos e crustáceos. Espinhas dorsais (total): 6-7; raios dorsais
(total): 17-21; Espinhos anais 2-3; Raios anais: 16 – 19. É a maior espécie do gênero, podendo
alcançar 1,2 m de comprimento, mas é mais comumente encontrado com 94 cm. O peso
máximo publicado foi de 36 kg e a idade máxima já publicada foi de 23 anos. É uma espécie
muito apreciada entre os pescadores esportivos. Importante na pesca comercial, em 2002
rendeu 10,4 toneladas, contra 68 mil toneladas em 2000.
Distribuição: Ocorrem nos mares tropicais e subtropicais, de Massachusetts, EUA até a
região sudeste do Brasil, incluindo o Golfo do México e Bahamas.
Alimentação: Os adultos alimentam-se de moluscos, caranguejos, camarões e pequenos
peixes, já os juvenis alimentam-se de invertebrados bentônicos. Também se alimentam de
crustáceos, anfípodes, copépodes, poliquetas e insetos.
Reprodução: São dioicos, fazem fertilização externa e não possuem cuidado parental.
Atingem a maturidade por volta dos 54 cm. Fazem a desova no mar e a época pode variar de
lugar para lugar, mas geralmente ocorre entre maio e agosto.
Habitat e Hábito: Podem ser encontrados em águas marinhas e salobras. Possuem hábitos
demersal e costeiro de águas rasas (mais comum na zona de arrebentação). Podem se associar
a recifes de corais. Podem ser encontrados em até 30 m de profundidade.
Nomes comuns: Permit, USA. / pampo-galhudo, pampo-gigante, sernambiquara, Brasil.
Referências: 23, 57, 72, 101, 231, 261, 51, 110. Foto: Wirtz, Peter.
119
Trachinotus goodei Jordan & Evermann, 1896 Descrição: Esta espécie faz parte da ordem
dos Perciformes, da família dos
Carangidae. Espinhos dorsais (total): 7-8;
raios dorsais (total): 19-20; Espinhos anais
2-3; Raios anais: 16 - 18. Nadadeiras dorsal
(a primeira dorsal com 6 espinhos curtos e
fortes, o primeiro coberto por uma pele e a
segunda nadadeira dorsal com um espinho e 19 a 20 raios) e anal (com 2 espinhos destacados
seguidos de um espinho e 16 a 18 raios), tem lobos anteriores escuros muito longos. O que
diferencia essa espécie de outras do mesmo gênero é que esta possui no corpo faixas escuras
verticais estreitas. As faixas mais anteriores são 3 ou mais vezes maiores que o diâmetro da
órbita. Pode chegar a um comprimento máximo de 50 cm, porém é muito comum ser
encontrado com 35 cm. O maior peso publicado foi de 560g. Como os humanos se alimentam
desse peixe, é necessário que se tenha cuidado com o envenenamento por ciguatera. O maior
interesse por essa espécie é na pesca esportiva.
Distribuição: Desde Massachusetts (EUA), passa pelo Golfo do México e vai até a
Argentina. (Oceano Atlântico Oeste). É uma espécie comum no sudeste do Brasil e prefere
águas rasas de praias desprotegidas.
Alimentação: Sua alimentação é baseada em pequenos peixes, crustáceos, vermes,
poliquetas, poupas de insetos e moluscos. Buscam seus alimentos em torno dos recifes de
corais rasos, arenosos e em torno de macrófitas, e em particular na zona de surf.
Habitat e Hábito: É uma espécie marinha, associada a recifes de corais pode ser encontrada
em profundidades de até 12 m. Possui hábito costeiro e é comum na zona de arrebentação.
Reprodução: Pouco se sabe sobre a reprodução do Trachinotus Goodei, porém sabe-se que
eles migram da zona costeira onde vivem para dentro do oceano para desovar e isso ocorre
durante todas as estações do ano, exceto no inverno. Os juvenis têm mostrado taxas de
crescimento elevadas em experimentos maricultural.
Nomes comuns: Nos EUA pode ser conhecido como: Banner pompano, Gafftopsail,
Palometa. No Brasil é conhecido como: Galhuda, galhudinho, jiriquiti, pampo, pampo
malhado, pampo mirim.
Referências: 51, 172, 101, 57, 240, 77, 66, 261. Foto: Estrada Anaya, Rafael.
120
Trachinotus marginatus Cuvier, 1832
Características gerais: Esta espécie faz parte da
ordem dos Perciformes, da família Carangidae.
Possuem os lados do corpo com 4 a 6 manchas
ovaladas curtas, sobre a linha lateral, a primeira sob
a dorsal espinhosa e a última no pedúnculo caudal.
Nadadeira dorsal com 19 a 21 raios e anal com 17 a
18. Pode atingir um comprimento total de 45 cm.
Distribuição: É encontrado desde o sudeste do Brasil até o norte da Argentina, com alguns
relatos no México.
Alimentação: não encontrados ou inexistentes.
Reprodução: A época de atividade reprodutiva é de Novembro a Fevereiro. A ocorrência de
desova total, o curto período reprodutivo e a maturidade sexual precoce mostram que a
espécie tem uma estratégia de reprodução oportunista.
Habitat e Hábito: São encontrados em águas marinhas. Possuem hábito bentopelágico
(flutua na coluna de água um pouco acima do fundo do mar). Os juvenis desta espécie são
amplamente distribuídos na zona de arrebentação de praias arenosas ao passo que os adultos
são encontrados em águas mais profundas
Nomes comuns: Plata pompano, Southern pompano. USA / Pampo-malhado, pampo-pintado,
solteira. Brasil.
Referências: 13, 101. Foto: Carvalho Filho, Alfredo.
121
Trinectes microphthalmus (Chabanaud, 1928) Características gerais: Fazem parte da ordem
Pleuronectiformes, da família dos Achiridae. Essa
espécie possui os olhos muito pequenos e situados
no lado direito do corpo, nadadeiras sem espinhos,
corpo com contorno arredondado. Espinhos
dorsais (total): zero; Raios dorsais (total): 48-53;
espinhos anais zero; Raios anais: 34 - 37. Pode
atingir um comprimento máximo de 8,5 cm. Apesar de sua carne ser de boa qualidade, não há
exploração comercial, devido ao pequeno porte.
Distribuição: Atlântico Ocidental: Trinidad e Tobago para o sul do Brasil.
Alimentação: não encontrados ou inexistentes.
Reprodução: não encontrados ou inexistentes.
Habitat e Hábito: São encontrados em águas marinhas salobras. Possuem hábito demersal.
Ocorrem em fundos arenosos do ambiente marinho, áreas estuarinas onde possam ficar
enterrados ou camuflados.
Nomes comuns: Linguado.
Referências: 101. Foto: Macieira, Raphael M.
122
6 DISCUSSÃO
A ocorrência de manguezais no estuário do rio Vaza-Barris está associada à planície
de maré (fluviomarinha), à presença dos rios que percorrem terrenos de baixo declive e à ação
das marés semidiurnas que, ao vencerem a corrente fluvial a partir da foz sobem em caudal
contínuo, penetrando nos tributários e elevando o nível das águas estuarinas (FONTES, et. al,
2010).
No estuário inferior, onde se faz marcante a influência marinha, o vale é bastante
amplo, ocupando toda a seção estuarina. A hidrodinâmica com a ação das ondas e das
correntes litorâneas e de maré presentes nesta porção mais aberta do estuário inibe o
desenvolvimento dos manguezais, acarretando mobilidade significativa dos bancos arenosos
(FONTES, et. al, 2010).
No estuário superior por sua vez observa-se um aumento dos processos deposicionais,
o que causa um maior assoreamento do ambiente. A passagem de um regime fluvial para uma
zona de maré dinâmica e de salinidade provoca modificações importantes nas condições
hidrodinâmicas que vão influenciar na dinâmica sedimentar e também na diversidade
ictiofaunistica (FONTES, et. al, 2010).
Observa-se assim, que nas porções mediana e superior do estuário os canais fluviais
vão ficando mais estreitos e rasos, adquirem formas mais estabilizadas em resposta ao maior
preenchimento sedimentar, típico do padrão tidal. O efeito das correntes de maré de sizígia na
preamar se faz marcante e tem maior penetração em direção a montante, apresentando teores
salinos elevados já próximos à confluência com o rio Paramopama, distribuindo a carga
sedimentar existente em bancos e ilhas arenosas (Caramindó, Veiga, Mem de Sá, Grande,
Pequena, Góis, Saco, Gameleira, Cabras, Nova, Vargem, Jibóia, Fundão, Abrete e Urubu),
assemelhando-se a um delta estuarino (FONTES, op. cit.).
Diversos estudos ao longo de toda a costa brasileira têm concentrado esforços para
avaliar a utilização dos ambientes estuarinos pela ictiofauna destacando-se os trabalhos de
RAMOS & VIEIRA (2001), que compararam, quanto a composição específica e abundância,
as comunidades de peixes de zonas rasas dos cinco estuários do Rio Grande do Sul, ainda sob
a influência do clima subtropical e micro-marés, destacam-se também, no Rio Grande do Sul,
os trabalhos publicados na Lagoa dos Patos-RS por GARCIA et al. (2003; 2004). HOSTIM-
SILVA et. al. (2002), que estudaram a ictiofauna do rio Itajaí-Açú, em Santa Catarina,
ARAÚJO (2009) que estudou a estrutura, dinâmica espacial e sazonal de áreas rasas da Baía
da Babitonga, também em Santa Catarina, os trabalhos de VENDEL e CHAVES (2006),
123
BOUCHEREAU e CHAVES, 2003, CHAVES e VENDEL (2001) na Baía de Paranaguá,
Paraná, e também neste estado, no complexo estuarino de Paranaguá os trabalhos de
SANTOS et. al. (2002), ABILHÔA (1998), CUNHA (1999), NARDI (1999), PINHEIRO
(1999); FAVARO et al., (2001); GODEFROID et al., 2001, SPACH et. al, (2006),
HACKRADT et. al, (2009).
Levantamentos gerais da ictiofauna foram realizados no complexo estuarino-lagunar
de Cananéia-Iguape, estado de São Paulo por SADOWSKI (1975), ZANI-TEIXEIRA (1983),
SILVA (1996). Na Baía de Santos, destacam-se os trabalhos de GIANNINI e PAIVA-FILHO
(1990) que estudaram a ocorrência e distribuição de cienídeos e PAIVA-FILHO et. al., (1987)
que estudaram a ictiofauna do complexo baía-estuário de Santos e São Vicente. No estado do
Rio de Janeiro, mais especificamente na baía de Sepetiba, destacam-se os trabalhos de
PESSANHA et. al (2003) e ARAÚJO et. al. (1998). Ainda no litoral sudeste, destacam-se os
trabalhos de FONSECA (2003), que avaliou a distribuição espacial e temporal da ictiofauna
na Baía de Vitória – ES.
Na região nordeste, trabalhos envolvendo a ictiofauna em regiões estuarinas foram
realizados por CARVALHO-FILHO e ROCHA (2007) no estuário do rio Almada, em Ilhéus,
BA e OLIVEIRA-SILVA et. al (2008) na Baía de Todos os Santos. Ainda na região nordeste,
destacam-se os trabalhos realizados por PAIVA et. al (2008) no estuário do rio Formoso, em
Pernambuco, BASILIO et. AL (2009) que analisaram a ictiofauna do rio Curu, no litoral
cearense, além do trabalho de CASTRO (2001), que buscou descrever a diversidade de peixes
em igarapés do estuário do rio Paciência, no estado do Maranhão.
No estado de Sergipe, em especial no que diz respeito ao estuário do Rio Sergipe,
destacam-se os trabalhos de ALCÂNTARA (2006), ALCÂNTARA (2004), ALCÂNTARA
(1989), ALCÂNTARA (1985). No extremo norte por sua vez, sob a influência do clima
equatorial e macromarés, podem ser citados os trabalhos referentes à ictiofauna do sistema
estuarino do Rio Caeté – PA realizados por KRUMME et al., 2004; BARLETTA et al., 2005.
124
7 CONCLUSÕES
Os resultados demonstram que o sistema estuarino estudado suporta uma grande
diversidade de espécies no que diz respeito à ictiofauna de zonas rasas, mais conhecidas como
planícies de maré, em especial no que diz respeito à utilização destes ambientes como
importantes locais de berçários para uma grande quantidade de espécies de peixes marinhos e
estuarinos.
No presente trabalho foi utilizada uma rede de arrasto manual do tipo “picaré” em
áreas marginais. Este método tende a selecionar espécimes jovens, com pouca mobilidade,
pequenos e de hábitos bentônicos. Porém também foram observados exemplares adultos, e de
algumas espécies com maior capacidade natatória que normalmente escapariam da rede. O
arrasto foi conduzido de forma lenta devido à dificuldade de locomoção em áreas com fundo
de lama, o que também pode influenciar na diversidade e quantidade de peixes que são
capturados.
Sobre algumas espécies observadas ocorre ainda uma escassez de publicações, em
especial quanto à alimentação e reprodução, o que dificulta a compilação de informações,
evidenciando-se assim uma maior necessidade de pesquisa de base em ictiologia. A área
bastante grande e complexa do estuário permite uma ampla diversidade de habitats, por isso é
evidente a importância de fazer uma malha amostral que possa englobar a maior gama desses
microambientes, tanto temporal como espacialmente. O presente estudo limitou-se ao estudo
das áreas marginais, o que pode refletir na limitação quanto ao elenco de espécies que podem
potencialmente estar presentes nos demais habitats estuarinos.
Obviamente a diversidade tende a ser muito maior, pois a diversificação da
metodologia empregada pode ampliar o elenco das espécies capturadas. Apesar disso
podemos concluir que trabalhos desta natureza podem contribuir com informações, até então
inexistentes, sobre a composição específica da ictiofauna no sistema estuarino do rio Vaza-
Barris, importante ecossistema costeiro da região.
125
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GERAIS
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Pós-Graduação em Ecologia e Conservação) - Setor de Ciências Biológicas, Universidade
Federal do Paraná, Curitiba.
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