Calendário POESIA
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No importa se a estao doano muda...Se o sculo vira, se o milnio outro.
Se a idade aumenta...Conserva a vontade de viver,No se chega a parte algumasem ela.
Fernando PessoaSalvador Dali
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FevereiroS T Q Q S S D
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Como te amo? No sei de quantos modosvrios
!u te adoro, mulher de olhos a"uis e castos#
$mo%te com o &ervor dos meus sentidos gastos#
$mo%te com o &ervor dos meus preitos dirios.
' puro o meu amor, como os puros sacrrios#
' no(re o meu amor, como os mais no(res&astos#
' grande como os mares alt)ssonos e vastos#
' suave como o odor de l)rios solitrios.
FernandoPessoa
Picassoli
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Maro
*uando vier a Primavera,Se eu + estiver morto,$s ores oriro da mesma maneira! as rvores no sero menos verdes
que na Primavera passada.$ realidade no precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme$o pensar que a minha morte notem import-ncia nenhuma
$l(erto Caeiro
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27 28 29 30 31/ui, Nuno 0., 1essa
Salvador Dali
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Abril
2odos os pssaros, todos os pssaros
$sas a(riam, erguiam cantos,
De $mor cantavam.
2odos os homens, todos os homens,De almas a(ertas, de olhos erguidos,
De $mor cantavam.
Jos Gomes Ferreira
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Maio
Chamo%2e porque tudo est ainda no princ)pio
! suportar o tempo mais comprido.
Peo%2e que venhas e me d3s a li(erdade,
*ue um s4 de 2eus olhares me puri5que e aca(e.
6 muitas coisas que no quero ver.
Peo%2e que se+as o presente.Peo%2e que inundes tudo.
! que o 2eu reino antes do tempo venha
! se derrame so(re a 2erra !m Primavera &ero"precipitado.
Sophia de Mello Breyner Andresen
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Junho
7amos viver no Nordeste,$narina.Dei8arei aqui meus amigos,meus livros, minhas rique"as,minha vergonha.
Dei8ars aqui tua 5lha, tuaav4, teu marido, teu amante.$qui &a" muito calor.No Nordeste &a" calor tam(m.9as l tem (risa:7amos viver de (risa, $narina.
9anuel 0andeira
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Julho
Sou um guardador de rebanhos.O rebanho os meus ensamen!os" os meus ensamen!os s#o !odossensa$es.%enso &om os olhos e &om os ouvidos" &om as m#os e os s" &om o nari' e a bo&a.
%ensar uma (or v)*la e &heir*la" &omer um +ru!o saber*lhe o sen!ido.%or isso -uando num dia de &alorMe sin!o !ris!e de go'*lo !an!o" me dei!o ao &omrido na erva" +e&ho os olhos -uen!es
Sin!o !odo o meu &oro dei!ado narealidadeSei a verdade e sou +eli'.
Alber!o Caeiro
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Agos!o
No entardecer dos dias de 7ero, ;s ve"es,$inda que no ha+a (risa nenhuma, parece*ue passa, um momento, uma leve (risa...9as as rvores permanecem im4veis!m todas as &olhas das suas &olhas
! os nossos sentidos tiveram uma iluso,2iveram a iluso do que lhes agradaria...$h, os sentidos, os doentes que veem eouvem!leva%te num v=o espiritual,!squece o teu amor, ri do teu mal,lhando%te a ti pr4pria com desdm.
S4 grande e per&eito o que nos vemDo que em n4s Divino e imortal