Cadeia transportadora de elétrons e fosforilação Oxidativa.pdf
-
Upload
diessyca-masson-massonzinha -
Category
Documents
-
view
84 -
download
9
Transcript of Cadeia transportadora de elétrons e fosforilação Oxidativa.pdf
CADEIA TRANSPORTADORA
DE ELÉTRONS E
FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA
Profª: Stéphani Caroline Beneti
Bioquímica Geral
1
Oxidação de Coenzimas e Síntese de ATP
Os processos de oxidação da glicose, aminoácidos e ácidos
graxos levam a produção de acetil-CoA, que no ciclo de
Krebs, é totalmente oxidada a CO2
O CK constitui o estágio final e máximo de oxidação dos
átomos de carbono que compõe os carboidratos, proteínas
e lipídeos
A oxidação destes compostos é acompanhada da redução
de grande quantidade das coenzimas NAD+ e FAD
2
3
Etapa/Reação Mols de
NADH
Mols de
FADH2
Glicólise
Gliceraldeído 3-P 1,3-Bifosfoglicerato
2 -
Piruvato Acetil-CoA 2 -
Ciclo de Krebs
Isocitrato α-cetoglutarato
α-cetoglutarato Succinil-CoA
Succinato Fumarato
Malato Oxalacetato
2
2
-
2
-
-
2
-
Total 10 2
Produção de 4 mols de ATP: 2 mols de saldo da glicólise e 2 mols
produzidos como GTP no ciclo de Krebs (2 moléculas de piruvato)
Ao longo da degradação da glicose, a maior parte da energia
disponível é armazenada em coenzimas reduzidas
Estas coenzimas devem ser reoxidadas por duas vezes
◦ Voltando a forma oxidada, passam a participar outra vez das vias de
degradação dos nutrientes
◦ A partir da oxidação destas coenzimas que a energia nelas
conservadas pode ser empregada pelas células para sintetizar ATP
As células aeróbias produzem a maior parte do seu ATP por
oxidação das coenzimas pelo oxigênio (“respiração celular”)
4
A respiração celular é efetuada por uma cadeia de
transporte de elétrons (“cadeia respiratória”), à qual está
intimamente associada a síntese de ATP
Esta síntese consiste na fosforilação do ADP:
◦ ADP + Pi ATP
Por utilizar a energia derivada da oxidação das coenzimas, é
denominada fosforilação oxidativa
5
Nos organismos aeróbios, a oxidação das coenzimas é feita
por transferência de elétrons para o oxigênio
Recebendo elétrons o oxigênio liga-se a prótons formando
água
Este processo libera grande quantidade de energia
Do ponto de vista meramente quantitativo, a energia
liberada na oxidação de um mol de NADH permite a
síntese de alguns mols de ATP.
A questão fundamental é: como aproveitar esta energia?
6
Como a energia é aproveitada?
A estratégia adotada pelas células consiste em transformar a
energia contida nas coenzimas reduzidas em um gradiente de
prótons e utilizar este gradiente para promover a síntese de ATP.
A primeira parte deste processo, ou seja, a produção do
gradiente de prótons, é conseguida pela transferência dos
elétrons das coenzimas para o oxigênio, através de passagens
intermediárias por vários compostos, que constituem uma cadeia
de transporte de elétrons.
Para cumprir esta função, os compostos selecionados são
organizados de acordo com seus potenciais de óxido-redução.
7
Assim, os elétrons partem da coenzima reduzida, que tem potencial de
óxido-redução menor que os componentes da cadeia de transporte de
elétrons, e percorrem uma sequência de transportadores com
potenciais de óxido-redução crescentes, até atingirem o oxigênio, que
tem o maior potencial de óxido-redução.
Ao mesmo tempo que as passagens de elétrons se processam, forma-se
um gradiente de prótons, ou seja, estabelece-se uma concentração de
prótons diferente de cada lado da membrana onde ocorre o transporte
de elétrons.
A síntese de ATP é possível porque aproveita a energia potencial
contida no gradiente de prótons. Esta síntese consiste na fosforilação
do ADP (ADP + Pj ATP) e, por utilizar a energia derivada da
oxidação das coenzimas, é denominda à fosforilação oxidativa.
8
Cadeia Transportadora de Elétrons
Mitocondrial Estes componentes, agrupam-se em quatro complexos (I, II, III e IV)
Sem fazer parte de complexos, aparecem ainda dois componentes da cadeia
de transporte de elétrons: a coenzima Q (CoQ), que conecta os
Complexos I e II ao Complexo III, e o citocromo c, que conecta o
Complexo III ao Complexo IV. Dois elétrons presentes no NADH são
transferidos desta coenzima para o Complexo I, do Complexo I para a
coenzima Q, depois para o Complexo III, citocromo c, Complexo IV e
finalmente para o oxigênio.
Os elétrons presentes no succinato e em outros substratos têm uma
entrada especial na cadeia de transporte de elétrons: são transferidos ao
Complexo II e deste para a coenzima Q; deste ponto em diante, seguem o
caminho comum: Complexo III, citocromo c, Complexo IV e oxigênio
9
10
C: Citocromo c
Q: Coenzima Q
11
Composição dos complexos da cadeia transportadora de elétrons
Componentes
Transportadores de
elétrons
Número aproximados
de polipeptídeos
Complexo I
(NADH-CoQ redutase)
FMN
Centros Fe-S
26
Complexo II
(Succinato-CoQ redutase)
FAD
Centro Fe-S
Citocromo b
5
Complexo III
(CoQ-citocromo c
redutase)
Citocromo b e c1
Centro Fe-S
10
Complexo IV
(Citocromo c oxidase)
Citocromo a e a3
Íons de cobre
6 – 13
Os grupos prostéticos dos complexos atuam como centros
de óxido-redução
Com exceção da coenzima Q, todos os componentes da
cadeia de transporte de elétrons são proteínas. A estas
proteínas estão associados grupos prostéticos, como FAD,
FMN e centros ferro-enxofre (centros Fe-S).
12
O Complexo I oxida o NADH, transferindo
seus elétrons para a coenzima Q
Este complexo também é chamado NADH-ubiquinona
óxido-redutase
A flavina mononucleotídeo (FMN) é um derivado da
riboflavina capaz de receber 2 prótons e dois elétrons,
passando à forma reduzida FMNH2
Os elétrons do FMNH2 são transferidos para uma
sequência de centros Fe-S e entregues a coenzima Q,
deixando o complexo I 13
NADH + H + FNM NAD+ + FMNH2
(Complexo I) (Complexo I)
Complexo I
Complexo II
Denominado de succinato desidrogenase (mesmo do CK)
A enzima acopla a oxidação do succinato a fumarato na
matriz mitocondrial, com redução da coenzima Q na
membrana interna da mitocôndria
Segunda porta de entrada de elétrons na cadeia respiratória
A coenzima Q recebe os elétrons provenientes dos
complexos I e II
Outras vias de transferência de elétrons convergem para
CoQ, nestas vias o substrato é oxidado por uma
desidrogenase, com redução de FAD a FADH2 (ex. reação
de β-oxidação de ácidos graxos)
Os elétrons das diferentes procedências percorrem, a partir
da coenzima Q, um caminho comum até o oxigênio
16
Complexo II também
chamado de succinato
desidrogenase. A enzima
succinato desidrogenase faz
parte do complexo
Grupo prostéticos: FAD e
centros Fe-S
Elétrons são transferidos do
succinato ao FAD, aos centros
Fe-S e depois para a
ubiquinona (Q).
Outras desidrogenases: acil-CoA desidrogenase da β-oxidação transfere os elétrons
para a enzima transferidora de eletrons (ETF) que tem o FAD como grupo prostético
e depois para a ETF: ubiquinona oxidoredutase e finalmente para a ubiquinona.
Complexo III transfere elétrons da
Coenzima Q para o citocromo c Complexo III, ou citocromo bc1 ou ubiquinona-citocromo c
óxido redutase, catalisa a transferência de elétrons da
ubiquinona ao citocromo c, acompanhada de movimentação
de prótons
Conhecido também como citocromo bc1: possui dois
citocromos
Tipo b e um citocromo c1
Transfere elétrons da CoQ reduzida para o citocromo c1 a
partir de um centro [2Fe-2S], e para o citocromo b
18
Transp. de elétrons no complexo III: o ciclo Q
• A função é permitir que uma molécula de CoQH2 reduza duas moléculas de
citocromo, por meio de uma bifurcação do fluxo de elétrons da CoQH2 para os
citocromos c1 e b, permitindo o bombeamento de prótons da matriz para o espaço
intermembrana
• A CoQH2 transfere um dos elétrons para a proteína Fe-S liberando dois prótons no
espaço intermembrana e produzindo CoQ-
• A proteína Fe-S reduz o citocromo c1, enquanto a CoQ transfere os elétrons restantes
para o citocromo b, produzindo uma CoQ oxidada.
• A CoQ oxidada recebe o elétron novamente do citocromo b, revertendo-se à forma
CoQ-
• No ciclo 2, outra CoQH2 reduzida, provinda do complexo I repete as etapas anteriores
• Esse segundo elétron reduz a CoQ- produzido no primeiro ciclo, produzindo CoQH2
• Para cada 2 CoQH2 que entram no ciclo Q, uma CoQH2 é regenerada 20
O Ciclo Q pode ser resumido:
21
Complexo IV (Citocromo c oxidase)
Único transportador de elétrons no qual o ferro heme possui
um ligante livre que pode reagir com O2. A citocromo c oxidase
catalisa oxidações de quatro moléculas de citocromo c (Cyt c)
reduzidas consecutivamente e a concomitante redução
tetraeletrônica de uma molécula de O2
4 cit c(Fe2+) + 4H+ + O2 4 cit c(Fe3+) + 2 H2O
O complexo IV possui 4 centros redox: citocromo a, citocromo
a3, um átomo de cobre conhecido como CuB e um par de
átomos de cobre conhecido como centro CuA, além de um
Mg2+ e um Zn2+
22
A redução do O2 a 2 H2O ocorre no complexo binuclear
citocromo a3-CuB e envolve 4 transferências de e-
consecutivas dos sítios do CuA e cit a
2 prótons são translocados
A utilização de oxigênio pelo complexo IV responde por
cerca de 95% de todo o oxigênio consumido pelo
organismo humano, a produção de H2O neste processo
chega a 300mL diário, referido como água metabólica
23
Complexo IV: transfere eletrons para
o oxigênio. Também é chamado de
citocromo c oxidase. Apresenta dois
citocromos do tipo a (a e a3) e dois
íons cobre, cada qual associado a um
dos dois citocromos. Estados de
oxidação do cobre: Cu+2 e Cu+1. O
complexo IV é responsável pela
doação de quatro eletrons para a
molécula de oxigênio, que ligando-se
aos prótons do meio converte-se em
H2O.
Animais que hibernam e animais que
passam longos períodos sem ingerir
água (camelos) utilizam a água
metabólica.
Cadeia transportadora de elétrons
A retirada de prótons da matriz mitocondrial contribui
para o estabelecimento do gradiente de prótons.
GRADIENTE DE PRÓTONS força próton motriz.
Fosforilção oxidativa
A síntese endergônica do ATP a partir de ADP e Pi na mitocôndria é
catalisada por uma ATP-sintase (ou complexo V), dirigida pelo processo de
transporte de elétrons
A energia livre liberada pelo transporte de elétrons através dos Complexos
I – IV deve ser conservada em uma forma que a ATP-sintase possa utilizá-la
– é a energia de acoplamento
A teoria quimiosmótica:
◦ A energia livre do transporte de elétrons é conservada pelo bombeamento de
H+ da matriz mitocondrial para o espaço intermembrana, criando um gradiente
eletroquímico de H+ através da MMI. O potencial eletroquímico desse gradiente
é aproveitado para a síntese de ATP
Processo análogo ocorre em bactérias, cuja maquinaria transportadora de
elétrons está localizada na membrana plasmática
O transporte de elétrons gera
gradiente de prótons
O gradiente eletroquímico formado é chamado de força
próton-motriz.
Constituída por dois componentes:
◦ Gradiente de pH
◦ Gradiente elétrico
O retorno dos prótons para o interior da mitocôndria é
um processo espontâneo, a favor do gradiente
eletroquímico, que libera energia capaz de sintetizar ATP
Nucleotídeos: transporte energia
NADH + H+
NAD+
Succinato Fumarato
Matriz
ADP + Pi
ATP
H2O
1/2 O2 +
2H+
Cit c Espaço
intermembran
a
F1
F0
H+
4H+ 2H+
4H+
P O
H H H H
O
N
N
NH2
N
N
H
O
O
H
CH2 P O H
O
O-
O
O-
O
ADP
HPO4 2-
+
P O
H H H H
O
N
N
NH2
N
N
H
O
O
H
CH2 P O P O
O-
O
O-
O
O-
O
-O
ATP +
H2O
Ligações
fosfoanidrido
Ligações
fosfoéster
O gradiente
eletroquímico de
prótons gerado
durante o transporte
de elétrons é usado
para síntese de ATP
através do complexo
ATPsintase
Matriz
Espaço
intermembrana
H+ H+
H+ H+
H+ H+
H+ H+
H+
Fo
F1
A síntese de ATP
Como a membrana interna é impermeável a prótons, estes
só podem voltar à matriz e desfazer o gradiente através de
sítios específicos na membrana interna, constituídos pelo
complexo sintetizados de ATP: a ATP sintase.
A maior parte das determinações experimentais indica que
cerca de 3 prótons são necessários por ATP sintetizado.
A ATP sintase
Compreende dois
componentes:
F1: contém os
sítios de síntese
de ATP
Fo: contém o
canal através do
qual os prótons
retornam à
matriz.
Matriz
Espaço
intermembranas
O ATP é
sintetizado
quando os
prótons
retornam à
matriz
mitocondrial.
NADH NAD+
4H+
Succinato Fumarato
4H+
½ O2 H2
O
2H+
NADH NAD+
4H+
Succinato Fumarato
4H+
½ O2 H2O
2H+
H+
H+
H+
H+
H+
H+
H+
3H+
ADP + Pi
ATP
Potencial
químico
pH
( alcalino interior)
Síntese de ATP
dirigida pela
força próton-
motriz
Potencial
elétrico
( negativo interior)
FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA DO ADP
Adenina nucleotídeo translocase e fosfato translocase
A produção de ATP acontece interligada a processos de transporte
A maior parte do ATP
gerado na matriz
mitocondrial pela
fosforilação oxidativa é
utilizado no citosol
A MMI contém um
translocador de ADP-ATP
(ou adeninanucleotídeo
translocase) que
transporta o ATP para fora
da matriz em troca do
ADP produzido no citosol
– sistema antiporte
Acoplamento do transporte de
elétrons a síntese de ATP
O ajuste da produção de ATP ao seu gasto é possível
porque o transporte de elétrons e a síntese de ATP são
processos intimamente acoplados
◦ Só há oxidação de coenzimas (NADH e FADH2) se houver
síntese de ATP
O mecanismo de coordenação das velocidades do
transporte de elétrons e da síntese de ATP chama-se
controle respiratório
34
O controle respiratório foi originalmente definido como a
estimulação do consumo de oxigênio (respiração) por
mitocôndrias isoladas, exercida por adição de ADP, seguida
de seu decréscimo, à medida que a ADP era convertida em
ATP
Este fenômeno pode ser explicado pela teoria
quimiosmótica:
◦ A maior disponibilidade de ADP estimula a ATP sintase,
resultando em diminuição do gradiente eletroquímico graças à
passagem de H+ através da enzima
35
Teoria Quimiosmótica
A maior disponibilidade de ADP estimula a ATP sintase,
resultando em diminuição do gradiente eletroquímico graças à
passagem de H+ através da enzima
A diminuição do gradiente estimula as bombas de prótons da
cadeia de transporte de elétrons (Complexo I, III e IV), que é
acelerada
Quando a célula realiza processos que consomem energia,
transformando ATP em ADP, aumenta a síntese de ATP e
oxidação de coenzimas
Quando o consumo de ATP é reduzido o transporte de prótons
pela ATP sintase diminui
36
Rendimento Energético
O cômputo da quantidade de total de ATP resultante da
oxidação da glicose é facilitado pela análise das etapas que o
processo se divide:
◦ I) Glicose a piruvato
◦ II) 2 piruvato a 2 acetil-CoA
◦ III) 2 acetil-CoA pelo CK
◦ IV) NADH e FADH2 pela cadeia de transp. de elétrons e fosforilação
oxidativa
1 mol de NADH oxidado, permite sintetizar 3 moles de ATP
1 mol de NADH oxidado, permite sintetizar 3 moles de ATP
Fosforilação no
nível do substrato
A Oxidação completa de 1 mol de GLICOSE a CO2
e H2O produz 38 moles de ATPs
IV- 10NADH e 2FADH2 pela cadeia e PO – 34 ATP
I – Glicose a 2 piruvatos – 2NADH, 2ATP
II- 2 piruvato a 2 Acetil-CoA – 2NADH
III- 2 Acetil-CoA pelo ciclo de Krebs – 6NADH,
2FADH2, 2GTP
Total: 10NADH, 2FADH2 ,2ATP, 2GTP
Glicose + 6O2 + 38 ADP + 38Pi 6CO2 + 6H2O + 38 ATP
Estequiometria da síntese de ATP
Produção de ATP na oxidação completa de glicose
Processo Produto ATP final
Glicólise 2 NADH (citosólico) 6
2 ATP 2
Oxidação do piruvato (2 por glicose)
2 NADH (mitocondrial) 6
Oxidação de acetil-CoA no ciclo de Krebs
6 NADH (mitocondrial) 18
(2 por glicose) 2 FADH2 4
2 ATP ou GTP 2
Produção total por glicose
38
METABOLISMO DOS LIPÍDEOS
40
-oxidação dos Ácidos Graxos
É a maneira pela qual os ácidos graxos são aproveitados
como fonte de energia para o corpo
A finalidade primordial é produzir acetil-CoA para o ciclo
de Krebs e equivalentes para serem reduzidos na cadeia de
transporte de elétrons
41
Via catabólica de degradação de ácidos graxos para
produção de energia:
Ocorre na matriz mitocondrial, após a ativação e a entrada
dos ácidos graxos na mitocôndria
Pode ser dividida em 3 fases:
◦ A ativação do ácido graxo
◦ A BETA - oxidação propriamente dita
◦ A respiração celular
42
Ativação Dos Ácidos Graxos
A ativação dos ácidos graxos consiste na entrada destes na mitocôndria, na
forma de ACIL-CoA.
O processo depende:
◦ Da ligação do ácido graxo com a Coenzima A, formando o Acil-CoA no citosol.
A reação é catalizada pela enzima Acil-CoA Sintetase, localizada na membrana
mitocondrial externa
◦ Do transporte do radical acila através da MMI, do citosol para a matriz, mediado
pelo carreador específico carnitina. A transferência do radical acila da CoA para
a carnitina é catalizada pela enzima carnitina-Acil-Transferase I
◦ Do lado da matriz mitocondrial, a carnitina doa novamente o radical acila para a
CoA, regenerando o Acil-CoA no interior da mitocôndria. A reação é catalisada
pela arnitina-Acil-Transferase II, localizada na face interna da MMI, e é exatamente
o inverso da descrita acima.
43
-Oxidação do Ácido Graxo:
Consiste na quebra por oxidação do ácido graxo sempre
em seu carbono b , convertendo-o na nova carbonila de um
ácido graxo agora 2 carbonos mais curto.
O processo é repetitivo, e libera à cada quebra:
◦ 1 NADH + H+
◦ 1 FADH2
◦ 1 Acetil CoA
São 4 as enzimas envolvidas em cada etapa de oxidação da
via.
44
45
Respiração Celular
A síntese de ATP acoplada à -oxidação vem:
◦ Do transporte de elétrons do NADH e do FADH2 formados no
processo pela cadeia respiratória;
◦ Da oxidação dos radicais acetil dos Acetil-CoA no ciclo de Krebs.
Exemplo: A oxidação do acido palmitico com 16 carbonos rende para a
célula, em ATPs:
◦ 8 Acetil-CoA = 96 ATPs (12 : 1)
◦ 7 NADH + H+ = 21 ATPs (3 : 1)
◦ 7 FADH2 = 14 ATPs (2 : 1)
◦ Total = 131 ATPs
Subtraindo-se 1 ATP gasto na ativação, tem-se 130 ATPs/mol de ácido
graxo
46
Lipogênese
Processo de biossíntese dos ácidos graxos
Também podemos chamar de “fabricação” de triglicerídeos
a partir dos ácidos graxos prontos
A biossíntese dos ácidos graxos só ocorre nos tecidos
hepáticos e adiposo
47
48
Gli
TG
Diidroxiacetona
Fosfato