BrazilExplore Magazine - Ed097
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Transcript of BrazilExplore Magazine - Ed097
Nº97 – September – Year 9
Brazil Explore | Nº97 – September l – Year 9 | w
ww
.brazilexplore.com
$ 3.99
Brazil Explore Magazine | 7
CEO Marcelo Gòmez
CFO Adriana S. Saraiva Gòmez
Art Eduilson Wessler Coan
Photography Adrianno SantosLas Vegas (702) 878-7007 | San Francisco (415)577-4436 | New York (718) 932-7169
www.brazilexplore.com | [email protected] Angeles: PhoNe: (310) 837 4299 | FAx: (310) 837-4294
10826 Venice Blvd # 105 - Culver City, CA - 90232 - USA
To open up the month of September, an article by Clara
Benjamin about the 2010 U.S. Census and how much
of this population map would be a representative of
the Brazilian community. In Culture the sound of Paulo
Calado’s music, and the success behind his company,
Malagueta Productions, by Manoela Maia. In Sport
we bring you Eric Marinho and Capoflex – a blend of
capoeira movements and aerobics – that he created
and promotes himself through video-classes. In Inter-
view, Gleidson Martins tells the story of businessman
Luciano Faria’s life. And, to wrap it all in a nice bow, in
partnership with Abril Publishing, we present Economy
with “The New Boundaries of the Millions,” the great
Brazilian business that made a difference in our home
country and beyond. Have fun and enjoy!
Para abrir o mês de setembro, uma matéria especial
sobre o Censo americano de 2010 e de que forma a
comunidade brasileira pode ajudar na montagem desse
mapeamento populacional, por Clara Benjamin. Em
Cultura, o som do músico Paulo Calado e o sucesso
por trás da sua empresa Malagueta Productions, por
Manoela Maia. Em Esporte, trazemos Eric Marinho e a
Capoflex – uma mistura de movimentos e golpes da ca-
poeira com a aeróbica – criada e divulgada por ele em
forma de vídeo-aula. Em Entrevista, a história de vida
do empresário Luciano Faria, por Gleidson Martins. E,
para finalizar, em parceria com a Editora Abril, em Eco-
nomia apresentamos “A nova fronteira dos milhões”, os
grandes mercados brasileiros que explodiram no País e
no exterior. Divirta-se e aproveite!
What ’s Up Braz i l? ...................................08Sharing Thoughts with the Community
Immigra t ion ................................................10 USA Service Consultant George Castro
Rec ipe ............................................................19Rich Coconut Dessert
I n te r v iew ......................................................20 Luciano Faria
Cu l ture ...........................................................22Paulo Calado
Economy .......................................................24The New Billion-dollar Boundaries
Spor t ...............................................................30Eric Marinho
P ro f i le .............................................................32 Kiko Sales
Spec ia l ...........................................................44 2010 American Census
Trade ...............................................................48Expansion in US-Brazil Trade
Soc ia l Co lumn ...........................................49União 2009
Editor ´s Letter
Marketing Milena MelloPortuguese Editor Andréa Eirado English Editor Edi PollardEnglish Translator Romina Mello
Franchise Antônio Cajueiro (Las Vegas)Gleidson Martins (San Francisco)Josimar Moreira (New York) Journalists Bruno Romani Alexandre Anan Gayre Patriota Giselle Pekelman
Clara Benjamin Maria Isabel Martins Gleidson Martins Una Proença Manoela Maia Granja Fernanda Melazo Warner Filho Tatiana Megann Moreno Carolina Cavalieri Aryadne Oliveira
Editorial
24
S E P T E M B E R 2 0 0 9What´s Up Brazil?
8 | Brazil Explore Magazine
Nova lei esteNde beNefícios a trabalhadores brasileiros No exterior
A lei nº 11.962, em vigor desde o último dia 6 de julho, criou uma série de obrigações para empresas brasileiras que têm funcionários no exterior. A partir da referida data, os funcionários de empresas brasileiras no exterior terão boa parte dos benefícios pagos aos trabalhadores contratados no Brasil - como o recolhimento de contribuições ao INSS e ao FGTS. Antes, apenas empresas que prestam serviços de engenharia, que tradicionalmente enviam profissio-nais para fora do país, tinham regras claras para esses contratos. A nova lei confere o mesmo tratamento às demais empresas.
Fonte: Ministério das Relações Exteriores
capoeiristas aNd frieNds of saN diego!O “Portuguese Learning Center” adaptou um curso de verão para os amantes da capoeira. O curso básico da língua portuguesa, da história do Brasil e das letras de músicas vão ajudar aos estudantes a aprender e enten-der melhor a arte da capoeira. Serão quatro aulas de uma hora e trinta minutos cada uma. Material incluso no preço do curso.
Portuguese Learning Center - Point Loma, San DiegoTel: (619)519-9042 [email protected] www.learningportugues.com
Colaboração: Rosalva Silva
brasileiros expõem No los aNgeles muNicipal art gallery
atriz brasileira estreia* comédia ‘lol! latiNa oN the loose!’
De 25 de setembro a 11 de outubro (sexta-feira e sába-do às 20hs, domingo às 15hs), com o patrocínio do Consulado Brasileiro de Los Angeles, Mina Oliveira, atriz carioca, estreia* sua peça LOL! LATINA ON THE LOOSE, no Festival “Faces of the World”, no Los Angeles Theater Center (LATC). O espetáculo retrata de maneira irreveren-te a experiência da autora em terras estrangeiras: Suíça, El Salvador e Estados Unidos, onde reside atualmente. A peça não só retrata varias situações engraçadas fami-liares que envolvem todos os brasileiros que deixaram a “pátria amada”, como também revela situações íntimas do diário de viagem da autora, segredos que nem o seu famoso tio, Stepan Nercessian, ou seu pai, o premiado cineasta Xavier de Oliveira, sabiam.Endereço:Los Angeles Theatre Center (LATC) - Theater 2
514 S. Spring Street
Los Angeles, CA 90013
Informações: Tickets a venda no Supermercado Brazil (310) 837-4291
ou pelo site www.brazilianshop.com
Armênia Nercessian (em português)
Tel: (310)403 2744
E-mails: [email protected] / [email protected]
http://www.thelatc.org
Flávia Monteiro
Os artistas brasileiros Flávia
Monteiro, Andréa Nantes e Olavo
Multini estão expondo suas
obras de arte no Los Angeles
Municipal Art Gallery, localizado
na 4804 Hollywood Blvd, Los
Angeles, CA 90027-5302, entre
os dias 13 de agosto e 27 de
setembro. Compareçam!
Olavo Multini Andrea Nantes
Brazil Explore Magazine | 9
UP
coNgressistas de illiNois assiNam carta pediNdo lei de imigração
No dia 3 de agosto, sete congressistas do estado ame-ricano de Illinois assinaram uma carta pedindo que o presidente Obama realize a reforma na imigração ainda este ano. Sob a liderança do congressista Luis Gutierrez, os congressistas Mike Quigley, Danny Davis, Bobby Rush, Jan Schakowsky, Jesse Jackson Jr. e Phil Hare assinaram a carta que insiste que é necessária uma lei que ajude a manter as famílias unidas, que proteja os tra-balhadores e que também gere condições de imigração seguras.
Colaboração: Ana Oliveira
E-mail: [email protected]
Tel: (973)274-1929
laNçameNto da carteira de matrícula coNsular (cmc) Nos estados uNidos Foi lançado em 3 de setembro, no Consulado-Geral do Brasil em Chicago, a Carteira de Matrícula Consular (CMC), em cerimônia oficial presidida pelo Subsecretário-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior, Embaixador Oto Agripino Maia. Trata-se de um docu-mento de registro consular e de identificação concedido pelas autoridades brasileiras gratuitamente a todo e qual-quer cidadão brasileiro residente nos EUA, sem restrições de qualquer natureza. A iniciativa insere-se no contexto das medidas de modernização do Serviço Consular bra-sileiro. Fonte: Ministério das Relações Exteriores
celebraNdo o rio
No dia 29 de setem-bro, às 19 horas, a entidade filantrópica BrazilFoundation realizará o 7º Jantar Anual Beneficente – Celebrando o Rio, no Cipriani, localizado
na 42nd Street, Manhattan, em Nova Iorque. O jantar é o principal evento de arrecadação de recursos da entidade e atrai personalidades importantes de vários setores. Os recursos arrecadados no evento financiam projetos no Brasil. Os ingressos individuais custam US$500 e US$1,000 e mesas a partir de US$ 12,500. As doações podem ser deduzidas do imposto de renda americano.
Informações:
Juliana Luppi
Tel: (212)244-3663 / Fax: (212) 244-4334
E-mail: [email protected]
www.brazilfoundation.org
cte capoeiragem las vegas
De 9 a 11 de outubro, Las Vegas dará as boas-vindas ao 1º Festival CTE Capoeiragem, dirigido pelo Contra-
mestre Dilaho e supervisionado pelo Mestre Balão. O evento terá workshops de capoeira, dança, maculele, roda, entre outras atividades, e será realiza-da, também, na ocasião a ceri-mônia de batizado dos alunos do 1º USA CTE Capoeiragem.
Para outras informações:
http://www.lasvegascapoeira.com/
Colaboração: Rosalva Silva
coNcurso raWUm sonho é feito de imagens. É assim que o Hollywood Brazilian Film Festival quer apostar nos talentos do nosso país. Pegue uma câmera, mesmo que a de um aparelho celular, e grave de um a três minutos, com imagens do Brasil que você gostaria que o mundo conhecesse. O vencedor do melhor vídeo terá sua obra abrindo o festival de 2010 e ganhará um mês de estudos na New York Film Academy, em Los Angeles. Participe e use suas imagens para fazer o seu sonho acontecer. Para outras informações, visite o site: www.hbrfest.com
eduardo meNdoNça: embaixador musical
O presidente Obama criou o MusicianCorps, um programa nacional para levar artistas para servir comuni-
dades de baixa-renda e escolas. O Music National Service (MNS) é o mais novo departamento nacional dedicado a apoiar e expandir o uso da música para atingir objetivos cívicos e sociais. Eduardo Mendonça é um dos quatro músicos de Seattle que irá repre-sentar o estado de Washington neste plano piloto federal que será administrado pelo Arts Corps, uma das mais respeitadas agência de artes de Seattle. Mendonça ocupará posição no Seattle Center, onde atuará como uma espécie de “embaixador musical”, responsável pelo engajamento de adolescentes junto ao Departamento de Parques e Recreação propor-cionando maior participação da comunidade em festivais musicais, como também utilizar recursos do campus do Seattle Center. O “Serve America Act” foi assinado por Obama no dia 21 de Abril de 2009.
Foto: Eduardo Mendonça, em 4 de julho, quando recebeu o
prêmio “2009 Spirit of Liberty Award”.
* Nova grafia de acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em vigor a partir de 1º de janeiro de 2009.
iMiGraÇÃo
George Castro | Especialista em Imigração Americana | www.imigrarusa.comEnvie suas dúvidas e comentários para o e-mail: [email protected]
Entre as muitas perguntas que recebo por e-mail sobre imigração, há algumas que se repetem com certa fre-quencia*. Assim, selecionei algumas delas que possam responder às perguntas que alguns leitores da Brazil Explore possam ter. Vale lembrar que as informações a seguir são apenas de caráter informativo e não substi-tuem a consulta com um advogado.
Eu sou cidadã americana. Meus pais estão me visi-tando nos Estados Unidos como turistas (visto B1/B2). Posso aplicar para o green card deles enquan-to estão nos Estados Unidos?Nada impede que um cidadão brasileiro naturalizado americano aplique para o green card de seus pais enquanto presentes nos Estados Unidos. O mesmo se aplica para filhos menores de 21 anos ou cônjuges. Entretanto, vale lembrar que não é apropriado utilizar o visto de turista (B1/B2) para entrar nos Estados Unidos com a intenção de imigrar. Mas se entrar no país para passear e, posteriormente, mudar de ideia* e decidir ficar, daí não há violação no uso do visto.
Eu entrei nos Estados Unidos com o visto B1/B2 e agora desejo mudar meu visto para o de “estu-dante” (F-1). Posso fazer isso nos Estados Unidos ou tenho que voltar ao Brasil e aplicá-lo através do Consulado americano?Uma pessoa visitando os Estados Unidos pode, se desejar, aplicar para mudança de status a fim de obter o visto de estudante. O primeiro passo é a escolha de uma escola credenciada pelo “Department of State” que possa emitir o formulário I-20, documento neces-sário entre outros para a aplicação do visto F-1 nos Estados Unidos ou no Brasil.
Trabalhei com o visto H-1B por um ano (era válido por três anos) e fui demitido. Quais são minhas opções?Quando um trabalhador estrangeiro, com o visto H-1B, é demitido antes do término do período de validade do visto, o empregador é responsável pelos custos de transporte para o retorno do estrangeiro ao seu país de origem. Assim, sendo demitido, você poderá requerer que seu ex-empregador pague sua passagem de avião para retornar ao Brasil. Por outro lado, se você desejar procurar outro empregador que lhe peticione o visto H-1B, desde que certos requisitos sejam atendidos, você poderá fazê-lo por um tempo razoável.
Vivo nos Estados Unidos há mais de cinco anos
ilegalmente e agora preciso ir ao Brasil, pois minha
mãe está muito doente. Se eu tentar voltar, terei
problemas para entrar no país?
Quando um imigrante permanece nos Estados Unidos
ilegalmente por mais de 180 dias, mas menos de um
ano, e deixa o país, ele fica proibido de retornar aos
Estados Unidos por três anos. Se a permanência ilegal
foi por mais de um ano, e o imigrante deixou o país, ele
fica proibido de retornar por 10 anos. Assim, se você
deixar os Estados Unidos, correrá o risco de não con-
seguir retornar ao país, mesmo tendo um visto ainda
válido no seu passaporte.
Estou em processo de deportação, mas resolvi não
comparecer às audiências. Isso vai me prejudicar
numa eventual anistia?
Possivelmente sim. Se você for intimado a compare-
cer numa Corte Imigratória e simplesmente ignorar tal
intimação, o processo prosseguirá e o juiz decretará
sua deportação. Nas várias propostas de reforma da
imigração anteriores havia cláusulas dizendo que se
você tivesse sido deportado e não houvesse deixado o
país, não poderia se beneficiar de uma eventual anistia
imigratória. Assim, ignorar um processo de deportação
não parece ser a melhor estratégia.
A reforma da imigração vai mesmo sair? Devo espe-
rar ou simplesmente retornar ao Brasil?
O presidente Obama tem reiterado seu desejo de
reformar o processo imigratório americano. Foi essa
uma das promessas feitas durante sua campanha polí-
tica e, invariavelmente, ele tem mencionado em seus
discursos seu apoio pela reforma. Assim, penso que
não se trata mais de perguntar “se” vai sair, mas sim
“quando”. Como Obama tem uma agenda bastante
cheia no momento, principalmente com seu projeto de
reforma do sistema de saúde, é quase seguro afirmar
que a reforma imigratória não sairá neste ano. Quem
sabe no ano que vem.
perguntas frequentes* sobre imigração
* Nova grafia de acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em vigor a partir de 1º de janeiro de 2009.
Giro com o Tuka de Oliveiraestá Na hora de subir o morro...A segunda edição da festa Favela Chic, realizada no dia 22 de agosto, no Project One, em San Francisco, teve como
inspiração a cidade do Rio de Janeiro, para ser mais exato, as favelas da Cidade Maravilhosa. Sob o comando do
empresário Lallo Lemos, que se revelou DJ, o som foi de animadas músicas brasileiras, o que contribuiu para o
público cair na pista, em outras palavras, mexer o esqueleto. Além de apreciar uma boa música, a festa contou com a
apresentação do carnaval brasileiro e exposição de artes, como a obra de Marilyn Monroe, feita com gliter e o Cristo
Redentor, em giz.
Adriana
Apresentação
Camila e Aliqueia
Carlos, Kyle e Tim
Carol e Noivo
Carol, Marina, Karine, Rovenia, Sabrina e Tais
Cristobal e Roger
DJ Douglas e esposa
DJ KBLO
Fernanda
George e BettyMarilyn Monroe
Oksana
Sabrina e Mauro
Tuka, Camila, Mateus e Russi
Tuka e Rodrigo Santoro
Toni e Carol
Cristo
14 | Brazil Explore Magazine
Brazil Explore Magazine | 19
Quindim
IngredIents:
9 egg yolks
3 whole eggs
2-1/3 cups of sugar
2oz of butter
1 12-ounce package of shredded coconut
How to PrePare:
Beat egg yolks then add 3 whole eggs. Slowly
add sugar and butter. Fold in shredded coco-
nut. Grease very small individual tins, or a regu-
lar round cake pan with butter. Dust with sugar.
Pour in mixture and bake in preheated oven at
350 degrees for 50 minutes. Place pan or tins
in another pan with about an inch of hot water
while baking. Individual tins will require less time
to bake it. Chill. When very cool, turn over onto
a round dish.
This is a beautiful dessert with a clear yellow
color on top and coconut on the bottom.
IngredIentes:
9 gemas
3 ovos inteiros
2-1/3 xícaras de açúcar
60g de manteiga
340g de coco ralado
Modo de PreParo:
Bata as gemas e, em seguida, os três ovos
inteiros. Adicione açúcar e manteiga deva-
gar. Coloque o pacote de coco ralado. Unte
forminhas individuais ou uma fôrma de bolo
redonda. Polvilhe com açúcar. Despeje a mis-
tura e asse a 175ºC por 50 minutos. Cozinhe
em banho-maria com cerca de dois dedos de
água quente para assar. Fôrmas individuais
levam menos tempo. Deixe esfriar. Quando já
estiver bem frio, desenforme em uma travessa
redonda.
Essa é uma linda sobremesa, de cor amarela
por cima e coco no fundo.
CULINÁRIA
Qui
ndim
(R
ich
Coc
onut
Des
sert
)
“Editor's note: Some ingredients are only familiar to Brazilians. They should be available in Brazilian markets.”
Source: Taste of Brazil by Gary Neeleman and Rose Neeleman
20 | Brazil Explore Magazine
ENtREvIstA
From construction site to office suite
by Gleidson Martins
The beginning of Luciano Faria’s life in the United States
was no different than that of many others who come here.
In 1988, he came to the country to do a horse dressage
course in Texas. In six months he was supposed to go
back to Brazil, but he had not even taken the course. He
soon moved to Marin County and has now already been
in America for 21 years. He got hooked up in construction
and two years later his first daughter was born in his first
marriage. Today he has four children with his wife Rosilene
Resende, a businesswoman herself. Our interviewee has
his own business and talks about the challenges he had
during a big financial crisis.
1 – You left goiás to go to texas. Before finishing the
horse dressage course, you landed in Marin County.
what made you change your mind?
Well, I had to go back to Brazil after a semester, but I liked
this place so much, so I did not even hesitate. I got my
start in this country by building houses, then I delivered
pizza. Brazilians have driving in their blood.
2 – But then you lost your driver’s license after too
many traffic tickets…
(Laughing) I took the experience I had from working at
pizza places and delivering and started making pizza,
since I could no longer drive. I became a manager within
two years, after my English improved.
3 – It was around this time that the United states had
its worst crisis ever. are we reliving the past in terms
of an economic recession?
When the country was sinking into crisis, every Brazilian
Brazil Explore Magazine | 21
was suffering as well, but it was even worse for immigrants.
Was it coincidental that the senior George Bush was
president? But regarding financial crises, the current one,
in my opinion, beats the past one.
4 – some people say that Brazilians can deal with a
crisis like no one else. Based on this thought, you as
a manager rented the kitchen of the pizza place you
were working at and started making Brazilian food.
why did you stop?
I rented Rocco’s kitchen (the pizza place he worked at
and of which he is now a partner) in August of 1999.
During that time I made an offer to the owner to become
a partner, it was already 2001. Two years later we decided
to cease our doors, because the new enterprise was
interfering with the pizza business. Another fact is that the
cooker, Mrs. Alda, was having health problems and had to
go back to Brazil for treatment.
5 – You manage a total of 36 employees at your own
business. what are the biggest challenges?
A great businessman is one who always believes he can
improve. With that in mind, I attend conventions whenever
I can, such as the Pizza Show in Las Vegas. I always come
back with a thousand ideas. It is not easy to manage a
team, independent of their ethnicity.
6 – among many significant moments in your life you
highlight the birth of your children and september 11,
2001. two distant points, but also connected ones,
birth and death. what impression does it leave?
I will never forget the day my kids were born, of course,
but I had never seen a nation so united as I did after the
attack on the Twin Towers, it was an impact answering
to such a terrible thing. I was not discriminated against
for being Brazilian, the way I saw some Middle Easterners
were. Once, when I was on my way to Indianapolis to
see the Formula 1, an Arabic man boarded the plane and
many Americans started to say: “He cannot travel with
us.” That happened thirteen days after 9/11, and I will
never forget it.
7 – now after years of experience, do you feel more
confident?
When you are younger, you are automatically a little bit
anxious, as well. Over the years in my career I got many
job proposals, but I did not want to take the risk. Before
you ask me why, I can tell you that I was afraid. During
my adolescence, my father went through a big financial
crisis. At the time, I did not know what was going on.
I only learned all about it when I was living here. I have
learned so many lessons from my dad. He is, along with
my mother, my biggest idol.
8 – You do have an achiever’s spirit, made evident
by the limo company that you opened but sold soon
after. did a crisis force your hand?
Seven months after opening, I sold it because the failure
of some banks and big companies had a direct effect on
my business, the exact opposite of what happens in the
food sector, even though that also suffered a significant
drop in sales.
9 – are pizza places doing well?
(He answers smiling.) Rocco’s is the only one in Marin
County to offer Brazilian sandwiches.
10 – what are you expecting of the United states’
new administration?
I believe that Barack Obama is organizing the house,
although he is inherited a big debt from the last
administration, and it is still too early to see changes. The
bubble effect played out during the younger Bush’s tenure,
when we had money but no solid base, which brought us
to the current crisis. It is the opposite of what I want to see
in the coming years.
11 – are you thinking about retirement?
The only thing I know is that I want to retire in 15 years,
and enjoy life next to my safe port, my wife and kids.
22 | Brazil Explore Magazine
CULtURA
À frente da Malagueta Productions
❧ Ahead of Malagueta Productionsby Manoela Granja Maia
O mundo artístico entrou cedo na vida de Paulo Calado.
Ainda adolescente, aos 16 anos, já se apresentava pro-
fissionalmente em palcos brasileiros. Mas a vida dele não
era cercada do glamour que geralmente envolve os astros
da música. A rotina era de trabalho duro, gerenciando
todas as frentes de serviço e funções administrativas da
empresa da família.
Há 10 anos, ele seguiu o caminho traçado por milhares de
brasileiros. Veio em busca de uma vida nova nos Estados
Unidos. Mas, diferente de tantos outros imigrantes, que
deixam o Brasil para trás em busca de oportunidades no
exterior, a decisão de Paulo veio vestida de um profun-
do sentimento de perda. Ele queria novos ares, superar
a morte da filha de apenas dois anos. “Estava passando
The artistic world entered Paulo Calado’s life early on. He
was only 16 when he started performing on Brazilian stag-
es. Despite this, he was not enmeshed in the glamorous
world of music stars. Instead, he worked hard managing
his family’s company.
Ten years ago, he followed the path of many other Brazil-
ians and came to the United States to begin a new life.
But Paulo did not only come to find new opportunities, his
decision was also motivated by a deep feeling of loss. He
wanted a new environment to help him recover from the
death of his two-year-old daughter. “I was going through
a hard time,” he says. “Some friends that were living here
in America invited me over. I decided to take the risk and
refresh my ideas and goals.”
Brazil Explore Magazine | 23
por um período difícil da minha vida pessoal. Foi quando
amigos que moravam aqui me fizeram o convite e eu deci-
di arriscar para refrescar as ideias* e os objetivos”, revela.
O recomeço na América foi uma experiência como a de
quase todas as pessoas que buscam a sorte em território
americano. Trabalho pesado, horas a fio. Durante cinco
anos, Paulo trabalhou em uma empresa especializada na
construção de piscinas. Na época, era a única companhia
do ramo na região. O brasileiro viajou bastante por vários
estados da costa leste americana, trabalhando pesado
para garantir o lazer dos clientes.
A válvula de escape estava onde ele mais se sentia à von-
tade: nos palcos da noite de Nova Jersey, onde se apre-
sentava quase todos os fins de semana. Às vezes, até em
dias úteis, após uma jornada intensa de trabalho. “Apesar
de amar música, era muito cansativo. Eu tinha que tocar
até as três da manhã e as seis já estava saindo de casa
para trabalhar na construção”, conta.
A rotina de enfrentar o sol e a chuva na montagem das
piscinas chegou ao fim quando ele arrumou outro empre-
go, em um escritório de uma empresa especializada em
mudanças. Na nova função, em frente ao computador,
sala com ar-condicionado, ele pôde sentir o conforto da
recompensa depois de tanto esforço.
Hoje, além de vocalista e guitarrista, Paulo é proprietário da
Malagueta Productions. A empresa, considerada um suces-
so, trouxe para a América atrações como Chiclete com Ba-
nana, Aviões do Forró e Rick e Renner. “Consegui conquistar
o meu espaço ao longo desses dez anos com muito orgulho.
Ganhei vários prêmios como, por exemplo, de melhor Banda
Brasileira de 2008, dado pelo Brazilian Awards”, conta.
Para os brasileiros que vivem nos EUA, Paulo diz que não
se deve nunca desistir de suas metas e sonhos, por mais
loucos que eles possam parecer. “Às vezes, subestima-
mos nossos instintos, e ali se vão oportunidades de fazer
várias coisas que poderiam ter dado certo”, conclui.
The new beginning was an experience similar among
those seeking their fortune in America: long hours of hard
work. For five years Paulo worked in a swimming pool
construction company. At the time, it was the only com-
pany in the business. Paulo traveled a lot through many of
America’s east coast states, working hard to guarantee his
customer’s enjoyment.
He could only truly unwind on the stages of New Jersey,
where he performed almost every weekend. Sometimes,
even on business days, after a long journey. “Even though
I love music, it was exhausting. I had to play until 3:00 and
by 6:00a.m. I was on the way to my construction job,”
Paulo says.
The rain-or-shine routine of building swimming pools end-
ed when he got an office job for a moving company. He
was now in front of a computer in an air-conditioned office.
The comfort felt like a reward after so much hard work.
Nowadays, besides being a lead singer and guitar play-
er, Paulo owns Malagueta Productions. The company is
considered a success and has already brought big attrac-
tions to the United States, such as Chiclete com Banana,
Aviões do Forró, and Rick & Renner. “I took over my space
along these 10 years with a lot of pride. I won a lot of
prizes too, for example the best Brazilian Band of 2008,
by the Brazilian Awards,” he says.
Offering a piece of advice to Brazilians living in the U.S.,
Paulo says they should never give up their goals and
dreams, even though they seem crazy sometimes. “We
underestimate our instincts sometimes and miss opportu-
nities to nail many things.”
* Nova grafia de acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em vigor a partir de 1º de janeiro de 2009.
24 | Brazil Explore Magazine
❧ The New Billion-Dollar Boundaries
ECoNomIA
by Daniel Biaseto / Veja / Editora Abril
As novas fronteiras dos
bilhões
24 | Brazil Explore Magazine
Brazil Explore Magazine | 25
O Brasil entrou em um ciclo de desenvolvimento sus-
tentável inédito em sua história e agora se posiciona
como protagonista global. Nós listamos os oito gran-
des negócios brasileiros no exterior e, em reportagem
especial, contamos como funcionam os oito mais dinâ-
micos polos* do crescimento interno.
O Brasil passou por um ajuste profundo – e por ve-
zes doloroso – em sua economia ao longo dos últimos
quinze anos. O país abriu-se à concorrência internacio-
nal, equilibrou as contas públicas, privatizou estatais e,
acima de tudo, debelou a inflação. Empresas fecharam
as portas. Quem sobreviveu, no entanto, emergiu mais
forte e competitivo. Como consequência*, o país expe-
rimenta hoje a euforia de crescer no ritmo mais acelera-
do desde o “milagre econômico” dos anos 70 – e cres-
cer de maneira sustentável, apesar da crise econômica
mundial. Nesta reportagem especial, mostramos os
desdobramentos dessa transformação. Primeiro, lis-
tamos oito grandes negócios internacionais realizados
por megacorporações brasileiras – e o seu significado
estratégico. São histórias de empresas vencedoras,
que se tornaram líderes globais em sua área de atu-
ação – em geral, na chamada “velha economia”, ou
seja, setores industriais tradicionais, sobretudo, ligados
aos recursos naturais. O negócio que melhor simboli-
za esse fenômeno foi o anúncio, no ano passado, da
criação da maior fabricante de cervejas do planeta,
comandada por executivos brasileiros. Na sequência*,
tratamos a fundo das transformações internas por que
passa o país. Durante seis meses, uma equipe de oito
repórteres reuniu dados e estatísticas e fez dezenas de
entrevistas. Percorreu 45 mil quilômetros Brasil aden-
tro – porque agora o interior influencia os rumos do
crescimento – e identificou os oito motores que fizeram
o país avançar.
os oIto mAIoREs NEgóCIos
Comprar para não ser comprado: esse é o desafio das
megaempresas brasileiras que atuam globalmente em
setores nos quais só haverá lugar para duas ou três gi-
gantes. Desde 2002, algumas delas, na disputa pela li-
derança, se lançaram em operações ousadas que lhes
deram musculatura para enfrentar o ímpeto concentra-
dor do mercado. Abaixo, os negócios bilionários que
precederam a criação da maior cervejaria do planeta.
Brazil entered into a never-seen self-sustainable devel-
opment cycle, and now takes a leading role in a global
context. We list the eight big Brazilian foreign invest-
ments and, in a special article, tells how the eight most
dynamic internal growing centers work.
Brazil’s economy has gone through a deep adjustment
– and sometimes a painful one –during the last fifteen
years. The country opened up to international com-
petition, balanced public bills, put federal and states’
companies on the auction block and, above everything,
quenched inflation. Companies closed their doors, but
the survivors came up stronger and more competitive.
The country is now growing faster than it was during
the “economical miracle” of the ’70s – and growing in a
sustainable way, despite the economic crisis.
In this special article, we show the results of this trans-
formation. First, it lists the eight new foreign businesses
started by Brazilian mega corporations – and their stra-
tegic meaning. They are stories of wining enterprises
that became global leaders in their acting area – gener-
ally called the “old economy,” or traditional industrial ar-
eas, but above all, they are connected to Brazil’s natu-
ral resources. What most symbolized this phenomenon
was the creation of the planet’s largest beer factory,
which is headed by Brazilian executives.
Next, we talk about the country’s internal transforma-
tion. For six months, a crew of eight journalists gath-
ered data and statistics and did many interviews.
Finally, we went to check out the results of the new
development. The crew traversed 45,000 kilometers
of Brazilian countryside because now it influences the
direction of current growth, and they identified the eight
engines that make the country move forward.
thE EIght bIggEst dEALs
To buy in order not to be bought: this is the challenge
of the Brazilian mega-companies that act internationally
in areas where there is only room for two or three gi-
ants. Since 2002, some of them, in competing for lead-
ership, started ambitious operations that gave them
strength to fight the concentrating drive of the market.
Below are listed the billion-dollar deals that preceded
the creation of the planet’s biggest beer brewery.
26 | Brazil Explore Magazine
PEtRóLEo
Petrobras & Perez Companc
Valor do negócio: 1 bilhão de dólares
data: Julho de 2002
Com a crise na Argentina, a Petrobras aprovei-
tou para arrematar a Perez Companc, a maior
empresa do setor de energia do país vizinho,
especializada em exploração de petróleo. O
negócio multiplicou por quatro a produção in-
ternacional da estatal brasileira: de 58 mil barris
de petróleo para 246 mil barris diários.
CImENtos
Camargo Corrêa & Loma negra
Valor do negócio: 1 bilhão de dólares
data: abril de 2005
A aquisição da empresa de cimento argentina
Loma Negra dobrou a capacidade de produção
do grupo brasileiro. A Loma Negra detém uma
participação de 48% do mercado argentino e
possui 16 fábricas de cimento e seis centros de
produção de concreto. A Camargo Corrêa pas-
sou a ser o terceiro maior produtor de cimento
da América do Sul.
oIL
Petrobras & Perez Companc
Value of the deal: $1billion
date: July, 2002
With the crisis in Argentina, Petrobras bought
Perez Companc, Argentina’s biggest energy
company, which specializes in the exploration of
oil. The business quadrupled international pro-
duction of the Brazilian federal company from
58,000 to 246,000 barrels daily.
CEmENt
Camargo Corrêa & Loma negra
Value of the deal: $1billion
date: April, 2005
The purchasing of the Argentinean cement
company Loma Negra doubled the production
capacity of the Brazilian group. Loma Negra has
a 48% share of the Argentinean market, sixteen
cement factories and six concrete production
centers. Camargo Corrêa became the third big-
gest cement manufacturer in South America.
ECoNomIA
1
2
Brazil Explore Magazine | 27
ARtIgos têxtEIs
Coteminas & springs
Valor do negócio: 620 milhões de dólares
data: outubro de 2005
A união da Coteminas, do vice-presidente
José Alencar, com a americana Springs resul-
tou na Springs Global, líder mundial na con-
fecção de artigos têxteis para cama, mesa e
banho. Para a empresa brasileira, o negócio
representou a possibilidade de ampliar o seu
acesso a mercados protegidos por cotas e
barreiras tarifárias.
bANCos
Itaú & BankBoston
Valor do negócio: 3,5 bilhões de dólares
data: maio de 2006
O Itaú bateu outros pretendentes e conquis-
tou a carteira de clientes do BankBoston no
Brasil, no Chile e no Uruguai. Nos EUA, o
BankBoston havia sido comprado pelo Bank
of America, que decidiu se desfazer dos ati-
vos na América do Sul. Na transação, o ban-
co brasileiro incorporou 360 mil clientes e 205
agências.
tExtILE ARtICLEs
Coteminas & springs
Value of the deal: $620 million
date: October 2005
The union of Coteminas, of the vice-president
José Alencar, with American Springs resulted
in Springs Global, worldwide leader in the
production of textile articles for bed, kitchen
and bath. To the Brazilian company, the busi-
ness represented the possibility of expanding
its access to markets protected by quotas
and charge barriers.
bANks
Itaú & BankBoston
Value of the deal: $3.5 billion
date: May 2006
Itaú beat other competitors to snap up Bank-
Boston clients in Brazil, Chile and Uruguay.
In the United States, BankBoston was pur-
chased by Bank of America, which decided
to relinquish actives in South America. In the
process of transition, the Brazilian bank incor-
porated 360,000 clients and 205 branches.
3
4
28 | Brazil Explore Magazine
ECoNomIA
mINERAção
Vale & Inco
Valor do negócio: 18 bilhões de dólares
data: agosto de 2006
A compra da canadense Inco elevou a Vale ao
posto da segunda maior companhia do setor
de mineração do mundo. Valendo-se do pre-
ço elevado dos minérios, a empresa fez outras
grandes aquisições nos últimos anos (levou a
canadense Canico Resource, por 675 milhões
de dólares, e a australiana AMCI, por 660 mi-
lhões)
CARNE bovINA
JBs-Friboi & swift
Valor do negócio: 1,4 bilhão de dólares
data: maio de 2007
A JBS-Friboi abriu capital na Bovespa, em
março de 2007, levantando 1,6 bilhão de dó-
lares. Dois meses depois, comprou a america-
na Swift, com unidades nos Estados Unidos
e na Austrália. Tornou-se a maior empresa de
produção de carne bovina do mundo, com ca-
pacidade de abate de 47.100 cabeças por dia
(ou uma a cada dois segundos).
mININg
Vale & Inco
Value of the deal: $18 billion
date: August, 2006
The purchase of Canadian Inco raised Vale
to the position of the world’s second big-
gest mining company. Taking advantage
of the high costs of the ores, the company
also made other deals (it bought the Cana-
dian Canico Resource for $675 million, and
the Australian AMCI, for $660 million).
bEEf
JBs-Friboi & swift
Value of the deal: $1.4 billion
date: May, 2007
JSB-Friboi opened in the capital at Boves-
pa in March of 2007, raising 1.6 billion reais
(Brazilian currency). Two months later, they
bought American company Swift, with units
in the United States and Australia. It be-
came the world’s biggest beef production
company, with a slaughtering capacity of
47,100 animals per day (or one every two
seconds).
5
6
Brazil Explore Magazine | 29
7
8
Aço
gerdau & Chaparral steel
Valor do negócio: 4,2 bilhões de dólares
data: julho de 2007
A Gerdau construiu um pequeno império do
aço na América do Norte, onde estão 38% de
sua produção. Em 2007, fechou a compra da
Chaparral Steel. Em seguida, levou a também
americana Macsteel por 1.4 bilhão de dólares.
A Gerdau é agora a maior produtora mundial
de aços longos especiais, utilizados na indústria
automobilística.
CERvEjA
InBev & anheuser-Buch
Valor do négocio: 52 bilhões de dólares
data: julho de 2008
A compra da americana Anheuser-Busch, dona
da marca Budweiser e líder nos Estados Uni-
dos, pela belgo-brasileira InBev deu origem a
um conglomerado que produzirá 35 de cada
100 litros de cerveja consumidos no mundo.
Fonte: Thomson, Reuters, Ernst & Young e KPMG
stEEL
gerdau & Chaparral steel
Value of the deal: $4.2 billion
date: July 2007
Gerdau built a small steel empire in North
America, where it represents 38% of steel
production. In 2007, they bought Chaparral
Steel. After that, they also closed the deal with
American Macsteel for $1.4 billion. Gerdau is
now the world’s biggest manufacturer of spe-
cial long steel, used in the automobile industry.
bEER
InBev & anheuser-Busch
Value of the deal: 52 billion dollars
date: July, 2008
The purchase of American company Anheus-
er-Busch, owner of the brand Budweiser, and
leader in the United States by the Belgian-
Brazilian InBev created a conglomerate that
will produce 35 of every 100 liters of beer con-
sumed in the whole world.
Source: Thomson, Reuters, Ernst & Young and KPMG
* Nova grafia de acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em vigor a partir de 1º de janeiro de 2009.
30 | Brazil Explore Magazine
EsPoRtE
Capoflex: a malhação com ginga brasileira❧ Capoflex: workout with a
brazilian “ginga”by Aryadne Oliveira
Do not be scared and do not be shy. Work out both your mind and body. Listen to the music, feel the movements, understand how your body works and have fun! That is all that Capoflex, the new cardio with Brazilian style, asks of you. It is the next big thing in terms of American workout videos.
Capoflex was created by Bahia native and ten-year expatri-ate Eric Marinho to show the benefits of capoeira to ev-eryone, including athletes. Together with producers Lamarr Williams and Rick Watson, Marinho adapted capoeira’s movements and swings to the cardio exercise. He says Ca-poflex is a dream come true for offering the public a flexible
Deixe o medo e a timidez para trás. Procure exercitar com determinação o seu corpo e a sua mente. Concentre-se. Escute a música, sinta os seus movimentos, compreenda o funcionamento do seu corpo e divirta-se. Essas são as únicas exigências ao praticante da Capoflex, o novo estilo de aeróbica com “jeitinho brasileiro” que promete estourar no mercado de vídeo-aula norte-americano.
Idealizada para difundir mundo afora os benefícios do treinamento da capoeira para qualquer pessoa, inclusive atletas, a Capoflex foi criada pelo capoeirista Eric Mari-nho, baiano, radicado nos Estados Unidos há dez anos. Em parceria com os produtores Lamarr Williams e Rick
Brazil Explore Magazine | 31
Watson, Eric adaptou movimentos e golpes da capoeira à aeróbica, de forma acessível e de fácil execução. O jovem empreendedor conta que a Capoflex é a realização do sonho de oferecer ao público uma malhação flexível sem dissociá-la da sua raiz que é a capoeira. “A Capoflex é um estilo brasileiro de exercício aeróbico”, afirma.
Alma da capoeira, a ginga é o movimento básico da Capo-flex e que dita o ritmo da aula. Nos 50 minutos de intenso treinamento corporal, o praticante trabalha os grandes gru-pos musculares, queimando de 500 a 850 calorias. Nos pri-meiros 15 minutos, a respiração já está acelerada e um forte calor percorre o interior do seu corpo.
Apesar de parecer árduo, é possível manter a sincronia da coreografia com segurança e sem a exigência de habili-dade aprimorada. Para tanto, a estrutura da aula é dividi-da em três partes ininterruptas: aquecimento, introdução à ginga e o trabalho aeróbico principal: uma sequencia* contínua de socos e chutes, como a meia–lua, a bênção e o martelo. Os membros superiores e inferiores são traba-lhados ativamente, enfatizando a flexão abdominal – ideal para acabar com as gordurinhas localizadas e obter uma barriga-tanquinho. Os exercícios de resfriamento corporal apontam para o fim da aula, que é concluída com um revigorante alongamento.
A Capoflex é sem contra-indicação e destinada a jovens e adultos, desde que realizem prévia avaliação física. Os DVDs custam $12.99 e são comercializados no site www.capoflex.com. Os exercícios podem ser realizados em es-paços suficientes para a livre movimentação dos braços e pernas. Use roupas leves e confortáveis. Tênis, se prefe-rir. Não se alimente antes da ginga começar, mas depois, beba bastante água.
Contato: www.capoflex.com
workout, without dissociating it from its original roots. “Ca-poflex is a Brazilian-style cardio workout,” he says.
Ginga, the soul of capoeira, is the basic movement of Ca-poflex and it helps settle the rhythm of the class. During 50 minutes of intense body training, you work out the big mus-cle groups, burning from 500 to 850 calories. During the first 15 minutes, you will breathe faster and feel hot flashes all through your body.
Even though it seems hard, it is possible to keep a syn-chronized choreography with no refined abilities. To main-tain that pace, the class is divided into three unstoppable parts: warm up, introduction to the ginga and the main car-dio workout: a sequence of punches and kicks such as the half-moon, the blessing and the hammer. Both experts and beginners are well worked out, especially the abdomen. It provides a great burn to eliminate localized fat and to reveal your six-pack. Cool-down exercises indicate that class is
ending and it concludes with a refreshing stretch.
Capoflex has no side-effects and it is intended for kids, teens and young adults, after a physical evaluation. You can get the DVDs online at www.capoflex.comfor $12.99. The exercises can be done in spaces big enough to freely move your arms and legs. Wear comfortable clothes and tennis shoes, if you prefer. Do not eat shortly before the ginga starts, but make sure you drink a lot of water afterwards!
Contact: www.capoflex.com
* Nova grafia de acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em vigor a partir de 1º de janeiro de 2009.
32 | Brazil Explore Magazine
PERfIL
Da importação de CD à divulgação da música brasileira❧ From Importing CDs to Promoting Brazilian Music
by Manoela Maia Granja
Journalist and businessman Kiko Sales came to the land
of Uncle Sam 25 years ago. “All my friends called me cra-
zy. They thought it was insane to quit a good job like I had
to come here,” he says. “I got the idea when a close friend
invited me to move to London. The initial plan was to live in
America for a year, learn English and then go to England.
Obviously that never happened. I got here, fell in love and
ended up staying.”
He remembers the year that he decided to become a busi-
nessman. “When I got here I saw an incredible market to
be explored,” he says. “In 1989, I opened the Central do
Brasil, the first store with Brazilian products in New Jersey.
Kiko Sales chegou aos Estados Unidos há 25 anos. Jorna-
lista e empresário, ele conta os detalhes de como decidiu
deixar o Brasil e vir morar na terra do Tio Sam. “Todos os
meus amigos me chamaram de louco. Achavam maluquice
minha largar um emprego bom como o que eu tinha na
época para vir para cá”, diz. A idéia surgiu quando um ami-
go próximo o chamou para morar em Londres. O projeto
inicial era morar na América por um ano para aprender a
língua inglesa e depois seguir para a Inglaterra. “Óbvio que
não foi isso que aconteceu. Cheguei aqui, me apaixonei e
acabei ficando”, ressalta o brasileiro.
Ele relembra o ano em que resolveu virar empresário. “Che-
32 | Brazil Explore Magazine
Brazil Explore Magazine | 33
guei aqui e vi que tinha um mercado incrível a ser explora-
do. Em 1989, decidi abrir a Central do Brasil, a primeira loja
com produtos brasileiros em Nova Jersey”. No início, nós
vendíamos cerca de 200 mil CDs por ano, mas isso mudou
muito com a crise. Mesmo em tempos difíceis, continuo
desenvolvendo projetos, seja fazendo turnês de artistas
ou lançamentos de livros. Apesar de ter entrado no ramo
dos negócios, o jornalismo não ficou de lado. De vez em
quando, ele escreve artigos para
jornais brasileiros. “É uma paixão
que mato as saudades quando os
meus amigos, donos de jornais,
me pedem para escrever algo
sobre os Estados Unidos”, desa-
bafa.
Segundo Kiko, a música brasilei-
ra se confunde com a história da
Central do Brasil. “Fui o primeiro
distribuidor de música brasileira
na América, do LP ao CD. A ven-
da, no início, se deu apenas para
lojas brasileiras, mas, aos poucos,
chegamos às lojas hispânicas,
portuguesas, bolivianas e ameri-
canas de grandes nomes, como a Virgin. Hoje, assim como
aconteceu com o LP, o CD está morrendo. O download
está tomando conta. No Brasil, tem a pirataria física do pro-
duto; o que não acontece nos EUA. Aqui tem a pirataria
certificada, autorizada. E isso não é bom; prejudicou-nos
bastante.
No currículo, Kiko traz a vinda de bandas brasileiras para
os EUA: Daniel, Cheiro de Amor, Moraes Moreira, Kleiton &
Kledir, Jorge Aragão, entre outras. Em 2003, com o dólar
muito baixo, o empresário fez o contrário. “Fiz o meu pri-
meiro show no Brasil. Levei o Billy Paul para o Canecão, no
Rio de Janeiro. Foi um sucesso”. Agora, a turnê promovi-
da por Kiko se expandiu para São Paulo e Belo Horizonte.
“Este ano estou programando outras bandas para levar ao
Brasil. Uma vez que o CD está desaparecendo, para con-
tinuar trabalhando e vivendo da música como eu faço há
20 anos, estou considerando essas modificações no meu
negócio”, revela.
Ao fazer uma retrospectiva de sua carreira, Kiko diz que
não se arrepende de nada. Quando o assunto é voltar para
o Brasil, ele diz que é complicado por causa da adaptação
dos filhos pequenos. O ideal é poder estar nos dois países.
Eu estou bem aqui. Acho que mesmo os EUA em crise,
ainda é dez vezes melhor do que o Brasil em ascensão.
“Não podemos esquecer que os EUA têm a melhor econo-
mia do mundo”, finaliza.
At first we used to sell around 200,000 CDs per year, but
that is changed a lot with the crisis. Even at the bad time,
I always keep developing projects, planning artists’ tours
and book releases.” Even though he is part of the busi-ness world, he has not forgotten journalism. Every now and then he writes articles for Brazilian papers. “It is a pas-sion that I return to when my friends who own newspapers ask me to write something about the United States.”
According to Sales, Brazilian music is entwined with the story of Central do Brasil. “I was the first distributor of Bra-zilian music in America, from the LP to the CD. The sales started at first in Brazilian stores, but little by little we got to Hispanic, Portuguese, Bolivian and even big American stores such as Virgin. Nowadays, much the same way it happened with the LP, the CD is dying and the download is taking its place. “Brazilian bootleggers still engage in physical piracy,” he says, which does not happen here. “Then again, in US there is a certified form, an authorized piracy. And that is no good. It is harmed us a lot.”
Sales’ resume shows that he is brought a lot of Brazilian bands to the US: Daniel, Cheiro de Amor, Moraes Moreira, Kleiton & Kledir, Jorge Aragão and many others. In 2003, when the dollar was low, he did the opposite. “I held my first concert in Brazil. I carried Billy Paul to Canecão in Rio de Janeiro. It was a success.” Now the tours he pro-motes have grown to São Paulo and Belo Horizonte. “I am planning to take other bands to Brazil now that the CD is disappearing, so I can keep living from music, the way I have been for the past 20 years. I am considering these modifications to my business.”
Sales has no regrets when looking back on his career. When the subject is returning to Brazil, he says it is complicated, because he has children and the adjustment could be hard. The ideal would be to live in both places. “I am fine here. I think that a United States in crisis is still ten times bet-ter then a growing Brazil. We cannot forget that the United States has the best economy in the world.”
Brazil Explore Magazine | 33
34 | Brazil Explore Magazine
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Brazil Explore Magazine | 43
San Franciscoby Gleidson Martins [email protected]
Saúde: sem ela não somos ninguém.
Signo: virgem.
Moda: procuro sempre estar na moda.
Amor: é química; a força que move o mundo.
Vida: está sempre nos pregando surpresas.
Sexo: para ser consumado com a pessoa certa.
Melhor sexo foi: quando não sabia o que eu estava
fazendo.
Dorme como: de camisola.
Melhor parte do seu corpo: minha barriga sarada; não
tem nenhuma onda de gordura (risos).
Melhor parte do corpo dele: nariz (principalmente
se for de italianos); está bom, há outras partes mais
interessantes, mas vamos pular essas.
Balada ou cinema: balada.
Praia ou montanha: pode ser piscina?
Pior cantada: aquela do tipo ‘te conheço de algum lugar’.
Gosta de ser cantada ou prefere cantar: gosto de
cantar; acredito que seja uma questão de talento.
Brasil: tudo de bom, porém administrado erroneamente.
Estados Unidos: muito bom; país de oportunidades.
Futuro: para os valentes.
Papo Aberto com Sheila C. Reacer
em Focco
Sheila é daquelas pessoas iluminadas, que sorri
com os olhos, o que a torna uma pessoa especial e
agradável. Divorciada há poucos meses, ela chegou
aos Estados Unidos em 1988. “Logo quando saí
do avião, em Nova Iorque, sabia que jamais voltaria
a viver no Brasil, e, acredite, tudo o que a gente
diz acontece, a palavra tem poder”. Embora seu
sonho fosse maior: estudar na famosa Universidade
de Harvard, foi em Boston, para onde se mudou
e residiu por 10 anos, que a assistente pessoal
aprendeu o idioma deste país. Mas, cansada do
intenso frio, Sheila se mudou para a Flórida, lugar
de onde sente muita saudade, pois é lá que está
grande parte de seus amigos. “Na Flórida encontrei
o calor humano”. Ela trabalhou e viajou muito pelo
país. Missão cumprida, eis que a jovem de sorriso
irradiante resolveu se mudar para San Francisco,
onde fixou residência por três anos e trabalhou ao
lado de uma grande amiga, para o site Brasiltvnews.
com. Atualmente, minha entrevistada mora em Los
Angeles. Ao lado, um pouco mais dessa mulher
determinada.
44 | Brazil Explore Magazine
ESPECIAL
Porque é crucial preencher o questionário do Censo 2010?
by Clara Benjamin
❧ Why is it CRUCIAL for us to fill out the Census 2010 questionnaire?
Os brasileiros podem até questionar se o Censo das comu-
nidades produzido pelo governo americano reflete correta-
mente a população de imigrantes brasileiros no País, mas
quem é realmente responsável por este número?
Os questionários do Censo, que somente são reali-
zados a cada dez anos, não refletem corretamente a
nossa realidade porque muitos de nós não estamos
respondendo a esses questionários. Eu estou nos
Estados Unidos há mais de dez anos, e já conheci
tantos brasileiros ao longo desse tempo que às vezes
eu penso que estamos tomando conta desse país. Eu
reconheço facilmente meus queridos conterrâneos...
Brazilians may question the accuracy of U.S. gover-
nment community census correctly reflecting the
Brazilian immigrant population, but who is really res-
ponsible for these numbers?
The census questionnaires, which are only conduc-
ted once every ten years, do not correctly reflect our
reality because many of us are not responding these
questionnaires. I have been in the U.S. for more than
ten years now and have met so many Brazilians throu-
ghout these years that sometimes I think we are taking
over this country. I have come to find it easy nowadays
to recognize my fellow countrymen, our accents are
Brazil Explore Magazine | 45
nosso sotaque é, de certa maneira, o mesmo, assim
como o modo de nos vestirmos, ou, até mesmo, o jeito
como espirramos.
Piadinhas a parte, nós nunca saberemos ao certo
quantos somos porque alguns de nós vivem à sombra
da ilegalidade. De acordo com o Consulado Brasileiro,
há mais de um milhão de brasileiros vivendo nos
Estados Unidos atualmente, mas apenas um terço
desse número é computado. Dois anos atrás, em 2007,
o governo americano contou 342 mil brasileiros, o que
fez de nossa comunidade a 24ª maior em número de
imigrantes nos Estados Unidos.
Mas, se os Estados Unidos contassem os estimados
mais de um milhão de brasileiros, que nosso consulado
afirma ser, pularíamos para o 5º lugar. Então, por que
há quase dois terços de brasileiros não computados?
A cada dez anos, o governo dos Estados Unidos
conduz uma pesquisa à qual é chamada de Censo.
Eu conversei com Denise Galera, que é uma imigrante
brasileira há mais de 20 anos e está auxiliando super-
visores do Censo a encontrar parceiros na busca de
educar as pessoas quanto à importância de preencher
o questionário. “O Censo é uma contagem de todos
que moram nos Estados Unidos, cidadãos ou não;
os dados são usados para determinar lugares para
somehow the same, and so is the way we dress and
even the way we sneeze.
Jokes aside, we will never really know how many of us
are here because some of us live in the shadows due
to our illegal status. According to the Brazilian embas-
sy, there are more than one million Brazilians currently
living in the United States, but only one third of this
number is accounted for. Two years ago, in 2007, the
U.S. government accounted for 342,000 Brazilians
making our immigrant community the twenty-fourth
largest immigrant population in the U.S.
612 567
637,967
686,120
744,540
840,197
940,031
1,016,207
1,053,978
1,098,664
1,469,946
1,648,025
1,870,796
11,424,600
Jamaica
Germany
Guatemala
Dominican Republic
Canada
Cuba
Korea
El Salvador
Vietnam
India
Philippines
China
Mexico
United States Top 25 Places of Birth for the Foreign Born PopulationsB05006. PLACE OF BIRTH FOR THE FOREIGN-BORN POPULATION - Universe: FOREIGN-BORN POPULATION EXCLUDING POPULATION BORN AT SEAData Set: 2005-2007 American Community Survey 3-Year EstimatesSurvey: American Community Survey
321,151
342,732
355,293
374,792
383,060
384,891
389,159
406,476
413,749
487,597
504,750
584,735
612,567
Iran
Brazil
Japan
England
Ecuador
Peru
Russia
Honduras
Italy
Poland
Haiti
Colombia
Jamaica
76,934
69,634
35,787
29,699
24,239
Massachusetts Florida New Jersey California New York
Top 5 States by Persons Born in BrazilS0201. Selected Population Profile in the United States Country of Birth: BrazilData Set: 2005-2007 American Community Survey 3-Year EstimatesSurvey: American Community Survey
46 | Brazil Explore Magazine
However, if the U.S. accounted for the over one million
estimated Brazilians, which our Embassy claims, we
would jump to fifth. So why are almost two thirds of all
Brazilian immigrants not accounted for?
Every 10 years, the U.S. government conducts what
they call a census. I talked to Denise Galera, who has
been a Brazilian immigrant for over 20 years and is
assisting census supervisors in reaching out to part-
ners in order to educate people about the importance
of filling out this questionnaire. “The census is a count
of everyone residing in the United States, citizens or
not, the data are used to determine locations for scho-
ols, hospitals, new housing developments and other
communities’ facilities,” she explains.
The questionnaire is pretty simple and easy to res-
pond to with only 10 questions about households’ key
demographic information such as if the house unit is
rented or owned; names, gender and ages of occu-
pants; and the address of the residence. This informa-
tion is used to better serve communities because the
government will use this data to distribute over $400
billion according to Alexandra Barker, another Brazilian
immigrant who is a Media Partnership Specialist in the
Boston region. She gives the example of the education
system. If a neighborhood has 200 children going to
the local school, but only 100 are accounted for during
the census, the amount of money allocated to that
neighborhood will only serve those 100 children, which
would result in a less efficient school system, not to
mention how the food condition and extra-curricular
activities would be affected.
Because a large number of Brazilian immigrants do
not have legal status, this might come as a concern.
Galera explains that there are no questions on the
census form about legal status; the information is
only used for statistical purposes. “All Census Bureau
employees swear under oath that they will not disclose
any information about individuals or businesses. The
penalty for disclosing confidential census information
is up to five years in prison and/or a fine of up to
$250,000, and this is the law, Title 13, U.S. Code,”
she assures.
The big difference between the Census here and in
Brazil is the fact that American households will recei-
ve these forms in the mail, when Census partners
in Brazil go door-to-door to collect the information.
Heloisa Galvão, a Brazilian leader among the com-
ESPECIAL
escolas, hospitais, desenvolvimento de novas casas e
outras instalações”, explica.
O questionário é simples e fácil de responder; são ape-
nas 10 questões sobre informações familiares demo-
gráficas-chave, como se a casa é própria ou alugada,
nomes, sexo e idade dos moradores, e o endereço da
residência. Essa informação é usada para melhor servir
à comunidade, porque o governo usará essa informação
para distribuir mais de U$400 bilhões de dólares, de
acordo com Alexandra Barker, outra imigrante brasileira
que é Especialista em Parcerias de Mídia na região de
Boston. Ela cita como exemplo o sistema educacional.
Se um bairro tem 200 crianças que frequentam* à escola
local, mas apenas 100 foram contadas pelo Censo, o
dinheiro direcionado para aquela vizinhança só ajudará
as 100 crianças contadas, resultando em um sistema
educacional menos eficiente, sem mencionar o quanto
as condições alimentares e as atividades extracurricula-
res* seriam afetadas.
O fato de um grande número de brasileiros não estar
legal no país, pode ser preocupante. Galera explica que
não existem perguntas no Censo sobre status; a infor-
mação só é usada para fins estatísticos. “Todo o corpo
de empregados do Censo faz juramento de que não
revelará nenhuma informação sobre nenhum indivíduo
ou empresa; a pena por revelar informação confidencial
do Censo é de até cinco anos e/ou multa de até U$250
mil dólares, de acordo com a lei, Título 13, Código dos
EUA”, assegura.
A grande diferença entre o Censo daqui e o do Brasil é
o fato de que os lares americanos recebem essa infor-
mação por correio, enquanto no Brasil ele acontece
de porta em porta. Heloísa Galvão, uma líder brasileira
na comunidade da Costa Leste, diz que é o momento
de mostrarmos quem realmente somos. “Nós deve-
Brazil Explore Magazine | 47
* Nova grafia de acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em vigor a partir de 1º de janeiro de 2009.
mos responder, como BRASILEIROS, e não devemos
responder as questões oito e nove no questionário
como latinos, caso contrário, o dinheiro vai para essa
respectiva comunidade. Na realidade, eu acho que o
momento nunca esteve tão certo para saírmos das
sombras com segurança”.
Já que a reforma imigratória não tem sido discutida
pelo governo Obama, isso acaba sendo uma manei-
ra para este país ver o quão poderosa, envolvida e
influente não só nossa comunidade é, mas também,
toda a nação imigrante americana. E se eles se derem
conta disso, uma reforma imigratória pode vir mais
rápido do que a gente pensa. A mensagem final aqui
é que muitos brasileiros reclamam que os dados que
o governo americano tem sobre a nossa comunidade
não refletem a nossa realidade. Se esses números não
refletem nossa realidade é porque muitos de nós não
estamos respondendo a esses questionários. E como
isso só acontece a cada dez anos... eu não sei o que
muitos de vocês pensam sobre ficar invisíveis por
tanto tempo novamente. Vamos fazer nossa parte e
mostrar a eles quem realmente somos.
munity in the East Coast, says that the time is now
for us to show who we really are. “We need to answer
as BRAZILIANS, we should not respond to ques-
tions eight and nine on the questionnaire as Latin,
or otherwise the money goes to that community. In
reality, I think the time has never been so right for us
to come out of the shadows safely.”
Since an immigration reform is not really being discus-
sed by the Obama government right now, this comes
as a way for this country to see how powerful, invol-
ved and influential not only our community is, but the
U.S. immigrant nation as a whole. And if they realize
that, an immigration reform might come sooner than
we think. The bottom line message here is that a lot
of Brazilians have been complaining that the data the
U.S. government has about our community does not
reflect our reality. The fact that these results do not
reflect our reality is because a lot of us are not res-
ponding to these questionnaires. So, since this only
happens every 10 years, I do not know how many of
you feel about being invisible for that long again. Let’s
do our part and show them who we really are.
76,934
69,707
61,720
55,921
41,37939,612
34 897
Massachusetts Top 10 Places of Birth for the Foreign Born PopulationB05006. PLACE OF BIRTH FOR THE FOREIGN-BORN POPULATION - Universe: FOREIGN-BORN POPULATION EXCLUDING POPULATION BORN AT SEAData Set: 2005-2007 American Community Survey 3-Year EstimatesSurvey: American Community Survey
34,897 34,185
26,28523,421
Brazil China Portugal Dominican Republic
Salvador
161,982
113,436
101,923
84,94080,754
68,553 66,718 65 696
New Jersey Top 15 Places of Birth for the Foreign Born PopulationB05006. PLACE OF BIRTH FOR THE FOREIGN-BORN POPULATION - Universe: FOREIGN-BORN POPULATION EXCLUDING POPULATIONBORN AT SEAData Set: 2005-2007 American Community Survey 3-Year EstimatesSurvey: American Community Survey
66,718 65,696
57,05153,591
49,90346,545
38,734 37,110 35,787
28,71328,008
24,054
21,881 21,517
18,79417,685 17,487 17,218
Connecticut Top 10 Places of Birth For The Foreign Born PopulationB05006. PLACE OF BIRTH FOR THE FOREIGN-BORN POPULATION - Universe: FOREIGN-BORN POPULATION EXCLUDING POPULATION BORN AT SEAData Set: 2005-2007 American Community Survey 3-Year EstimatesSurvey: American Community Survey
13,408
Poland Jamaica India Mexico Italy Canada China Brazil Ecuador Colombia
706,530
Florida Top 12 Places of Birth for the Foreign Born PopulationB05006. PLACE OF BIRTH FOR THE FOREIGN-BORN POPULATION - Universe: FOREIGN-BORN POPULATION EXCLUDING POPULATIONBORN AT SEAData Set: 2005-2007 American Community Survey 3-Year EstimatesSurvey: American Community Survey
301,168
233,282
199,412175,316
113,02998,956
83,779 78,839 74,344 74,032 69,634
Cuba Mexico Haiti Colombia Jamaica Canada Nicaragua Dominican Republic
Venezuela Peru Honduras Brazil
48 | Brazil Explore Magazine
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In 2001, Goldman Sachs pushed Brazil into the limelight when the American investment banking firm coined the BRIC acronym, a club of fast-growing developing eco-nomies that Brazil entered along with Russia, India and China. Since then, South America’s largest economy and the world’s tenth continues to bloom as an agricultural and industrial powerhouse.
Between 2004 and 2008, Brazil’s economy averaged a 4.8 percent growth. This is a phenomenal achievement when compared with the average snail’s-pace of 2.5 percent from previous decades. The collapse of the global financial market in September 2008 finally slowed the South American giant in its race forward, yet the World Bank estimates that Brazil’s economic growth will only slip about 0.5 percent in 2009 from 5.1 percent in 2008.
Brazil’s advances in important economic, social and envi-ronmental policies have resulted in macroeconomic stability, reduction in poverty and expansion of its domestic market. Increased production and high prices for its agricultural and mineral products have accelerated export growth, resulting in trade surpluses. An expanding presence in world markets led to increased participation in the World Trade Organization and other international forums.
Based on export figures published by Brazil’s Secretariat of Foreign Trade (SECEX), the United States was Brazil’s largest single-country trading partner until it was recently surpassed by China. Foreign trade statistics compiled by the U.S. Cen-sus Bureau for the period between 1985 and 2008 reveal steady increases in U.S.-Brazil trade until 2003 when trade exploded. Over the last six years, U.S. imports from and ex-ports to Brazil soared by 70 and 188 percent respectively. With this expansion of commerce, Brazil has risen to the ten-th position among U.S. trading partners.
Civilian aircraft, engines, equipment and parts topped America’s exports to Brazil in 2008. In descending order, other main exports included organic chemicals, computer accessories, plastic materials, telecommunications equi-pment, chemical fertilizers, semiconductors, metallurgical grade coal, pharmaceutical preparations and petroleum pro-ducts.
In addition to pharmaceutical preparations, other American consumer products have achieved success on the Brazilian market. Over the period between 2004 and 2008, the pro-ducts with the highest export growth included gems and dia-
Expansion in U.S.-Brazil Trade!
monds (438%); artwork, antiques, stamps, etc. (318%); texti-le, apparel and household goods (292%); records, tapes and disks (188%); rugs (187%); toiletries and cosmetics (180%); non-textile apparel and household goods (173%) and books and printed matter (150%).
Crude oil surpassed all U.S. imports from Brazil. Other top Brazilian imports in 2008 comprised of, in descending order, civilian aircraft, semi-finished iron and steel mill products, pulpwood and wood pulp, automotive engines and engi-ne parts, green coffee, other petroleum products, industrial engines, pumps, compressors and generators, automotive parts and accessories, and other farm products (tobacco, waxes, nonfood oils).
Among consumer products, footwear held thirteenth posi-tion among US imports from Brazil in 2008. Falling by 53 percent over the period of 2004 to 2008, Brazilian footwear has steadily lost ground in the U.S. market. Brazilian consu-mer products with growth over the same period include me-dical, dental and pharmaceutical preparations (309%); fruits and preparations, including frozen juices (195%); soft beve-rages, processed coffee and other beverages (115%); toys, shooting and sporting goods, and bicycles (63%); precious, semi-precious and imitation gemstones (58%) and toiletries and cosmetics (54%).
Following the September 2008 collapse, the flow of goods between the two trading partners slowed in 2009. U.S. trade figures for the first four months of 2009 indicated contrac-tions of 17 percent in exports to Brazil and 32 percent in Brazilian imports. With the prospects of global economic re-covery in the years ahead, U.S.-Brazil trade should return to 2008 levels and continue its expansion.
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CoLUnA SoCIAL
Dia da Uniãoby Sergio Souza
Dia 15 de agosto ficará marcado na comunidade cristã
brasileira como o dia da União. Vários membros de igrejas
locais da área de Los Angeles decidiram juntar-se para
uma noite de Louvor e Adoração, independente da igreja
da qual pertencem, na Igreja Emmanuel, em Burbank.
“União 2009”, como o evento foi denominado, teve a
liderança vocal de Danilo Quintelha e Tharcila Antunes,
com canções em português e inglês, cantos de Louvor
e Adoração e a apresentação de um pequeno skit teatral
que levou o público presente a reagir calorosamente com
aplausos. Os organizadores do evento anunciaram a von-
tade de uma nova edição do projeto “União” e a criação de
um website para informar sobre o andamento do projeto
(www.projetouniao.com).
Brazil Explore Magazine | 49
Nº97 – September – Year 9
Brazil Explore | Nº97 – September l – Year 9 | w
ww
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