avaliação comparativa das variáveis força e flexibilidade
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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA NÚCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
AVALIAÇÃO COMPARATIVA DAS VARIÁVEIS FORÇA E FLEXIBILIDADE DOS IDOSOS PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA E MUSCULAÇÃO DO
SESC DE PORTO VELHO - RO
Frederico Carvalho Aldunate
PORTO VELHO 2008
FREDERICO CARVALHO ALDUNATE
AVALIAÇÃO COMPARATIVA DAS VARIÁVEIS FORÇA E FLEXIBILIDADE DOS IDOSOS PRATICANTES DE HIDROGINASTICA E MUSCULAÇÃO DO
SESC DE PORTO VELHO - RO
Monografia de Graduação apresentada ao Departamento de Educação Física, Núcleo de Saúde da Universidade Federal de Rondônia (RO), como requisito para obtenção do título de Licenciado em Educação Física, sob a orientação da Professora Ms. Angeliete Garcez Militão.
PORTO VELHO 2008
Dedico este trabalho aos meus pais, João Eduardo Farinas Aldunate e Maria do Carmo de Carvalho Aldunate que se tornam pessoas inspiradoras na minha vida por novas inspirações.
AGRADECIMENTOS
Á Deus, de onde vem minhas forças para realização de meus objetivos. Aos meu Pai: João Eduardo Farinas Aldunate e a minha mãe: Maria do Carmo
Carvalho Aldunate, pelos anos de dedicação, educação, apoio, amor e
incentivo.
Aos meus irmãos J. Eduardo Jr., Janaína, L. Gustavo, Gabriela e Rafael, que
sempre acreditaram e acreditam na minha capacidade de superar barreiras.
A Lane minha noiva, de modo especial, que acreditou em mim, e que sempre
esteve do meu lado contribuindo, com seus conselhos, com sua paciência, seu
carinho e amor.
Aos idosos que contribuíram na realização deste trabalho.
Ao SESC de Porto Velho-RO, que abriu as portas para realização desta
Pesquisa.
Ao professor Hélio Franklim de Almeida que contribuiu nos resultados e
cálculos do teste “T”, e sugestão deste trabalho.
Aos professores: Ivete de Aquino Freire e Ramón Nunes Cárdenaz que muito
contribuem para minha formação acadêmica durantes as aulas da graduação e
de terem aceito fazer parte da banca de minha defesa de minha pesquisa.
Ao professor Julio Militão pelo grande apoio .
A todos os professores, em especial a minha professora e orientadora
Angeliete Garcez Militão, que com sua paciência e compreensão, acreditou em
meu trabalho.
Aos amigos professores do SESC que me apoiaram e ajudaram na realização
deste estudo.
Aos amigos da graduação que compartilharam as experiências da vida
acadêmica.
Aos amigos, que me ajudaram nos momentos difíceis, compartilhando palavras
de animo e incentivo.
E a todos que de forma direta ou indiretamente contribuíram para a realização
deste sonho.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO____________________________________________ 9 1.1 Formulação do Problema.___________________________________ 9 1.1 Justificativa. _____________________________________________ 10 1.3 Objetivos._______________________________________________ 11 1.3.1. Objetivo Geral._________________________________________ 11 1.3.2 Objetivos Específicos____________________________________ 11 1.4 Delimitação do estudo _____________________________________ 11 1.5 Estrutura do trabalho.______________________________________ 12 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA________________________________ 13 2.1 Envelhecimento___________________________________________ 13 2.1.1 Alterações Relacionadas ao Processo de Envelhecimento_______ 14 2.1.1.1 Alterações Antropométricas_______________________________ 15 2.1.1.2 Alterações Fisiológicas no Sistema Nervoso__________________ 15 2.1.1.3 Alterações no Sistema Cardiovascular______________________ 16 2.1.1.4 Alteração Respiratória___________________________________ 17 2.1.1.5 Alterações no Sistema Muscular___________________________ 17 2.2 Atividade Física__________________________________________
18
2.2.1 Hidroginástica e Envelhecimento___________________________ 19 2.2.2 Musculação e Envelhecimento_____________________________ 20 2.2.3 Parâmetros Neuromusculares_____________________________ 22 2.3.3.1 Flexibilidade e Envelhecimento___________________________ 23 2.3.3.2 Força e Envelhecimento._______________________________ 24
3 METODOLOGIA___________________________________________ 26 26
3.1 Caracterização da pesquisa_________________________________
3.2 População e amostra______________________________________ 26 3.2.1 Procedimentos para seleção da amostra______________________
26
3.3 Descrição do desenho de estudo_____________________________ 27
3.4 Controle do estudo________________________________________ 27
3.4.1 Seleção e treinamento do quadro de avaliadores_______________ 27
3.5. Variáveis de estudo_______________________________________ 28
3.5.1. Força muscular dos membros superiores____________________ 28
3.5.2. Força muscular dos membros inferiores______________________ 29
3.5.3.Flexibilidade das regiões tóraco-lombar e pélvica_______________ 30
3.6. Analise dos dados________________________________________ 31
4. ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS__________________ 32
4.1. Análise comparativa do SGA1 e SGB1________________________ 32
4.2 Análise comparativa do SGA2 e SGB2________________________ 33
5. CONCLUSÂO____________________________________________ 35
6. REFERÊNCIAS___________________________________________ 37
RESUMO
AVALIAÇÃO COMPARATIVA DAS VARIÁVEIS FORÇA E FLEXIBILIDADE DOS IDOSOS PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA E MUSCULAÇÃO DO
SESC DE PORTO VELHO – RO
Autor: Frederico Carvalho Aldunate. Orientadora: Prof. Ms. Angeliete Garcez Militão. O envelhecimento é um processo lento, progressivo, individual e inevitável, que promove um declínio das funções fisiológicas, provocando uma diminuição nos níveis de força muscular e flexibilidade. Que são dois dos principais componentes relacionados a aptidão física. O Exercício Físico é a principal maneira de retardar esse processo. Entre os exercícios mais procurados pelos idosos estão a hidroginástica e a musculação. Diante disto, o presente estudo tem por objetivo verificar quais das modalidades contribuem mais para o desenvolvimento da flexibilidade e força dos idosos praticantes de hidroginástica e musculação do SESC de Porto Velho. A pesquisa teve caráter descritivo causal comparativo, a amostra foi composta por 29 idosos de ambos os sexos, na faixa etária de 60 a 80 anos de idade, que praticam hidroginástica ou musculação a pelo menos 4 meses. Foram realizados 3 testes: flexão de cotovelo; sentar e levantar, ambos de Rikli e Jones apud Matsudo (2005); e sentar e alcançar de Wells e Dilon (1952). Os resultados foram processados e analisados utilizando-se o pacote estatístico computadorizado STATIS for windows versão 7. Constatou-se que neste estudo os resultados não apresentaram diferenças significativas entre todas as variáveis. Contudo observou-se que o grupo praticante de musculação teve um melhor desempenho nos testes.
Palavras-chaves: Idosos; Musculação; Hidroginástica; Força; e Flexibilidade.
ABSTRACT
COMPARATIVE EVALUATION OF VARIABLE POWER AND FLEXIBILITY OF ELDERLY PRACTICING WATER BODYBUILDING AND DO SESC OF
PORTO VELHO - RO
Author: Frederico Carvalho Aldunate. Guideline: Teacher Ms. Angeliete Garcez Militão.
Aging is a slow, progressive, individual and inevitable, which promotes a decline of physiological functions, causing a decrease in the levels of muscular strength and flexibility. What are two major components related to physical fitness. Exercise is the primary way to slow this process. Among the exercises are in the water and the elderly are listening. Facing this, this study aims to determine which of the methods contribute more to the development of flexibility and strength of older practitioners of body water and the SESC de Porto Velho. The study was causal comparative descriptive character, the sample was composed of 29 elderly of both sexes, aged from 60 to 80 years of age, who do water aerobics or weight training at least 4 months. 3 tests were performed: the elbow flexion, and sit up, both of Matsudo apud Rikli and Jones (2005), and sit and reach of Wells and Dilon (1952). The results were processed and analyzed using the computerized statistical package for windows version 7 STATES. It was found that the results in this study showed no significant differences between all variables. However it was observed that the group practicing the body had a better performance in tests. Keywords: Elderly; Water; Strength; and Flexibility.
1. INTRODUÇÃO 1.1 Formulação do Problema
O Serviço Social do Comércio (SESC) de Rondônia é uma entidade
voltada para o bem-estar social de sua clientela. Atua nas áreas de educação,
lazer, cultura e assistência à saúde. Desenvolve vários projetos sociais, dentre
eles a criação do grupo da terceira idade. O referido grupo teve seu início em
1991 com 18 idosos, e hoje possui mais de 500 idosos com idade mínima de
60 anos. A instituição oferece para essa população, vários programas de
exercícios físicos entre esses, hidroginástica e musculação.
Atualmente, são amplamente divulgados os efeitos deletérios no sistema
neuromuscular e esquelético, em função do processo de envelhecimento, tais
como: a diminuição da integridade dos ossos, bem como o decréscimo da
flexibilidade e também a redução da força muscular que comprometem o
controle neuromotor. Assim, em combinação, essas perdas afetam a habilidade
na performance das atividades da vida diária em indivíduos idosos, como
caminhar e subir escadas (BROWN et al apud RABELO e OLIVEIRA, 2003).
Segundo Campos (2004), a fraqueza músculo-esquelética tem sido uma
das maiores causas de incapacidade nas populações, predispondo os idosos a
quedas e limitando as atividades do dia a dia. A falta de condicionamento físico,
a inatividade física ou a doença crônica resulta numa diminuição da força,
potência, resistência, flexibilidade e amplitude de movimento, promovendo um
decréscimo dos aspectos neuromusculares e das habilidades de executar as
atividades rotineiras.
O uso da musculação em idosos para minimizar os declínios de força,
flexibilidade e outros fatores relacionados com a idade, resulta em melhoria e
qualidade de vida. Existem várias publicações sobre os benefícios do
treinamento resistido para pessoas acima de sessenta anos de idade. Vários
desses estudos demonstram que, inclusive pessoas acima de noventa anos,
podem obter ganhos de força muscular e capacidade funcional tornando-se
mais independentes (CAMPOS, 2004).
A Hidroginástica de acordo com Bonachela et al (apud PASSOS e
OLIVEIRA, 2003) é um programa ideal de condicionamento que leva o
indivíduo a uma boa forma física, melhorando a saúde e bem estar físico e
mental. O autor acima citado coloca que a prática da hidroginástica na terceira
idade, de forma metódica e com freqüência regular é capaz de promover
modificações morfológicas, sociais e fisiológicas, melhorando as funções
orgânicas e psíquicas.
Sander et al (apud RABELO; MARQUES e DANTAS, 2003), afirmam
que os exercícios aquáticos em idosos podem ajudar a diminuir a dor,
aumentar a força e a extensão do movimento, melhora a habilidade na
execução das atividades da vida diária (AVD). Além de serem seguros e
apropriados para os adultos, especialmente os mais velhos.
Diante do acima exposto acima tem-se como pergunta norteadora desta
pesquisa: Quais das modalidades, hidroginástica e musculação, praticadas
pelos idosos do SESC de Porto Velho, contribuem mais para o
desenvolvimento da flexibilidade e força destes?
1.2 Justificativa
O processo de envelhecimento caracteriza-se por um declínio das
funções fisiológicas, responsável por uma diminuição da resistência do corpo
humano, que resulta num declínio funcional. Responsável pelo desempenho
das atividades cotidianas e pelo grau de independência, que compromete a
saúde e a qualidade de vida do idoso.
Mudanças fisiológicas que ocorrem com o avanço da idade são
variáveis, e incluem redução na massa muscular, força, potência muscular,
flexibilidade do tecido conjuntivo, equilíbrio e flexibilidade muscular. Essas
mudanças implicam no desempenho funcional exigido para a vida de forma
independente e contribuem para o aumento da fragilidade e risco de quedas e
fraturas do idoso.
A força e a flexibilidade são uns dos principais componentes na função
músculo-esquelético da aptidão física relacionada à saúde. Os fatores que
agem sobre estes componentes sofrem grandes desgastes com o processo de
envelhecimento e podem comprometer o bom desempenho do aparelho
locomotor (BALSAMO e SIMÃO 2007).
Os idosos hoje têm mudado o seu comportamento, procuram praticar mais
exercícios físicos, tem consciência da importância destes para a sua saúde.
Procuram e questionam os professores com relação às modalidades
oferecidas, e quais as que devem praticar para melhorar a sua saúde.
A literatura mostra que a flexibilidade e a força muscular são muito
importantes para a qualidade de vida dos idosos. Tendo em vista que as
modalidades mais procuradas no SESC de Porto Velho são a musculação e a
hidroginástica. Esse estudo se torna relevante, pois fornece aos profissionais
de educação física mais uma informação cientifica para que possam usar de
acordo com seus objetivos.
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo geral:
Comparar a contribuição das modalidades, hidroginástica e musculação
para o desenvolvimento da flexibilidade e força dos idosos praticantes
de hidroginástica e musculação do SESC de Porto Velho.
1.3.2 Objetivos específicos:
Verificar o nível de força e flexibilidade dos idosos praticantes de
hidroginástica do SESC de Porto Velho;
Identificar o nível de força e flexibilidade dos idosos praticantes de
musculação do SESC de Porto Velho;
Comparar o nível de força e flexibilidade dos idosos praticantes de
musculação e hidroginástica do SESC de Porto Velho.
1.4 Delimitação do estudo
Este estudo se propõe a investigar as variáveis força e a flexibilidade
dos idosos que praticam no mínimo há quatro meses as modalidades de
musculação e hidroginástica no SESC de Porto Velho, bem como, comparar
quais das modalidades contribui mais para o desenvolvimento dessas
variáveis.
1.5 Estrutura do trabalho
O primeiro capítulo deste estudo contém uma introdução, onde foi
contextualizado o problema, a justificativa e os objetivos da pesquisa. O
segundo capítulo trata sobre a fundamentação teórica necessária a análise e
discussão dos resultados obtidos. Este, por sua vez, foi dividido em três partes
principais: a primeira aborda sobre o envelhecimento; a segunda sobre
atividade física para idosos com ênfase nas modalidades hidroginástica e a
musculação e a terceira parte relata sobre os parâmetros neuromusculares
abordando a flexibilidade e a força. O terceiro capítulo apresenta o aspecto
metodológico, quanto a característica da pesquisa, população, procedimentos,
instrumentos de pesquisa e tabulação dos dados. O quarto e quinto capítulos
apresentam respectivamente: analise e discussão dos resultados e conclusão.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Envelhecimento
Segundo Pereira e Dantas (apud PASSOS e OLIVEIRA, 2003), o
envelhecimento é um processo que afeta todos os indivíduos de forma lenta e
gradativa. Gerado por fatores biológicos e sócio-ambientais, diferente de
indivíduo para indivíduo. Leva a um desequilíbrio biológico e surgimento de
restrições para execução de atividades da vida diária.
O processo de envelhecimento caracteriza-se por um declínio das
funções fisiológicas. E provoca uma diminuição da resistência do corpo
humano, que resulta num declínio funcional. Responsável pelo desempenho
das atividades cotidianas e pelo grau de independência, que compromete a
saúde e a qualidade de vida do idoso (ZAWADSKI, 2007),
Com o avançar da idade, segundo McArdle (apud NAKAGAVA e
RABELO, 2007, p 4):
“Ocorre uma queda da função do sistema nervoso central implicando
num declínio de 37% no número de axônios medulares e num declínio
de 10% na velocidade de condução nervosa, e conseqüentemente
numa queda do desempenho neuromuscular. Observa-se também,
uma redução de 40 a 50% da massa muscular entre os 25 e 80 anos
de idade, ocasionada pela perda de unidades motoras e atrofia das
fibras musculares, principal responsável pela redução da força
contrátil do músculo”.
Segundo Campos ( 2004, p 81), a Organização Mundial de Saúde
(OMS) tem o seguinte sistema de classificação cronológica relacionada ao
envelhecimento :
Indivíduos entre 45 – 59 anos, são chamados “Meia Idade”; Indivíduos entre 60 – 74 anos, são chamados “Idosos”; Indivíduos entre 75 - 90 anos, são chamados “ Velhos”; Indivíduos acima de 90 anos, são chamados “Muito velhos”.
O acelerado ritmo do crescimento da população idosa é um fato que vem
acontecendo no mundo inteiro, inclusive no Brasil. A expectativa de vida dos
brasileiros que em 1900 não alcançava os 35 anos de idade, em 1950 atingiu
43 anos, em 2000 é de 68 anos, com previsão de atingir 80 anos em 2025
(IBGE apud FIEDLER, 2003-4, p. 4).
“A população de idosos representa um contingente de quase 15
milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade (8,6% da
população brasileira). Nos próximos 20 anos, a população idosa do
Brasil poderá ultrapassar os 30 milhões de pessoas e deverá
representar quase 13% da população ao final deste período. Em
2000, segundo o censo, a população de 60 anos ou mais de idade
era de 14.536.029 de pessoas, contra 10.722.705 em 1991. O peso
relativo da população idosa no início da década representava 7,3%,
enquanto em 2000, essa proporção atingia 8,6%. A proporção de
idosos vem crescendo mais rapidamente que à proporção de
crianças. Em 1980, existiam cerca de 16 idosos para cada 100
crianças; em 2000 essa relação praticamente dobrou, passando para
30 idosos por 100 crianças. A queda da taxa de fecundidade ainda é a
principal responsável pela redução do número de crianças, mas a
longevidade vem contribuindo progressivamente para o aumento de
idosos na população”.
2.1.1 Alterações Relacionadas ao Processo de Envelhecimento
O Envelhecimento é um processo altamente individual. Em que, pode-se
envelhecer de maneira diferente de outros da mesma idade, influenciados
significativamente por outros fatores (ARAGÃO e DANTAS, 2003). Com o
envelhecimento ocorrem alterações fisiológicas: diminuição da força muscular;
diminuição da massa óssea e muscular, maior índice de fadiga; diminuição do
fluxo sangüíneo cerebral; diminuição da flexibilidade e agilidade; diminuição da
mobilidade articular, do equilíbrio e da coordenação motora (RALELO e
OLIVEIRA 2003).
A capacidade física e performance esportiva decrescem durante o
processo de envelhecimento. Geralmente, as alterações negativas
relacionadas com a idade começam a aparecer a partir dos trinta anos de idade
(LEITE 1996).
Campos (2004), diz que as mudanças na capacidade física influenciam,
além da performance esportiva, a capacidade de realizar tarefas da vida diária
como caminhar, subir escada, carregar uma sacola de compras entre outras.
2.1.1.1 Alterações Antropométricas
Uma das mais evidentes alterações que acontecem com o aumento da
idade cronológica é a mudança nas dimensões corporais. Com o processo do
envelhecimento, ocorrem mudanças principalmente na estatura, no peso e na
composição corporal. A estatura sofre diminuição em função da compressão
vertebral, do estreitamento dos discos e da hipercifose (Leite, 1996).
Observam-se ainda, diminuição da massa livre de gordura, incremento de
gordura corporal e diminuição da densidade óssea. Com essas mudanças no
peso e na estatura, o índice de massa corporal (IMC) também se modifica com
o transcorrer dos anos (BALSAMO e SIMÃO 2007).
De acordo com Robergs e Roberts (apud DANTAS et al, 2003), as
alterações da composição corporal com a idade podem ser dramáticas,
podendo o idoso, por volta dos 75 anos, ter uma composição típica de 8% de
osso, 15% de músculo e 40% de tecido adiposo, comprometendo
significativamente a autonomia funcional e a qualidade de vida.
Segundo Lorda Paz (apud ZANINI, 2003 p 9):
“A estatura diminui começando entre 50 e 55 anos devido à
compressão das vértebras e aos achatamentos dos discos
intervertebrais, de três a quatro centímetros, há uma constante perda
de equilíbrio devido as mudanças motoras, ombros se curvam,
cabeça se inclina para diante, a curvatura dorsal acentua-se, ocorre
um flexionamento dos joelhos, os ossos passam de um estado
consistente para um estado esponjoso, a descalcificação que
caracteriza a osteoporose”.
2.1.1.2 Alterações Fisiológicas no Sistema Nervoso
O envelhecimento promove uma série de alterações anatômicas e
químicas no encéfalo e medula, e são observadas nas pessoas ao longo dos
anos e muitas vezes, levam a mudanças sensoriais, intelectuais, e
psicológicas, além de instabilidade emocional e alterações de humor (LEITE
1996).
O volume do cérebro diminui cerca de 2% a cada dez anos depois dois
cinqüenta, e o peso do cérebro decai cerca de 15% do volume máximo exigido
por volta dos oitenta anos. Portanto, nos primeiros 50 anos perde-se mais
substância cinzenta que branca e na segunda metade da vida esta se reverte
(LIMA; OSELLA e OLIVEIRA 2003). Desta forma, Rabelo e Oliveira (2003)
complementam colocando que:
“A redução nos níveis de catecolaminas, dopamina e noradrenalina
em várias regiões do encéfalo, em especial no tronco encefálico e
em regiões onde terminam os axônios dopaminérgicos e
noradrenérgicos, tem merecido especial atenção dos pesquisadores,
uma vez que essas alterações na estrutura química cerebral
conduzem a um comprometimento no aspecto psicomotor das
pessoas. E que esta redução dos neurotransmissores leva a uma
diminuição da velocidade da condução nervosa que afeta a resposta
motora”.
2.1.1.3 Alterações no Sistema Cardiovascular
As alterações anatômicas no sistema cardiovascular incluem um
aumento na quantidade de tecido fibroso nas estruturas do coração, miocárdio
e válvulas, um aumento de lipofuscina nas fibras miocárdicas (uma alteração
sem significado funcional evidente) e uma diminuição na elasticidade da aorta e
seus ramos principais, acompanhado por um aumento de diâmetro e
comprimento. O débito cardíaco em repouso cai com a idade,
aproximadamente na proporção da redução no consumo máximo de oxigênio
basal de maneira a ficar inalterada a diferença média de oxigênio arteriovenoso
(LEITE 1996).
A partir dos 25 anos, observa-se um decréscimo do VO2 máx de 8 a
10% a cada década, cerca de 1% ao ano, embora alguns estudo demostrem
que os exercícios físicos com características aeróbicas minimizam este
processo (Rabelo e Oliveira, 2003). Para Campos (2004), os principais fatores
que contribuem para uma redução progressiva da capacidade aeróbica são a
diminuição da massa muscular e do débito cardíaco, como também fatores
hereditários.
2.1.1.4 Alteração Respiratória
De acordo os autores Mazzeo et al. (1996); Faro Jr. et al (1996);
Robergs (1996); Matsudo et al. (apud RABELO e OLIVEIRA, 2003), algumas
das alterações descritas na literatura e que pode ocorrer com a diminuição do
condicionamento físico são: diminuição da capacidade vital, diminuição do
volume respiratório forçado, aumento no volume residual, aumento da
ventilação durante o exercício, menor mobilidade da parede toráxica,
diminuição da capacidade de difusão pulmonar, perda da elasticidade do tecido
pulmonar e decréscimo da ventilação respiratória máxima.
2.1.1.5 Alterações no Sistema Muscular
A diminuição da integridade dos ossos, bem como o decréscimo da
flexibilidade e também a redução da força muscular comprometem o controle
neuromotor. Assim, em combinação, essas perdas afetam a habilidade na
performance das atividades da vida diária em indivíduos idosos (RABELO e
OLIVEIRA, 2003).
O sistema neuromuscular chega ao seu ponto máximo entre 20 e 30
anos de idade, e a força máxima permanece estável com perdas pouco
significativas. Com aproximadamente 60 anos começa a ficar aparente a perda
da força máxima muscular, nesta idade a perda fica em torno de 30 a 40%,
depois disto tende a reduzir 10% por década (NÓBREGA et al apud FIEDLER
2003-4).
De acordo com Zawadski (2007), a atrofia muscular pode ser resultado
de uma redução gradativa do número e do tamanho das fibras musculares,
especialmente as do tipo II B. A perda das fibras musculares compromete a
capacidade funcional das unidades motoras de produzir força, o que pode
interferir na realização das atividades comuns da vida diária (FLECK e
KRAEMER, 2006).
Segundo Lexell (apud RABELO e OLIVEIRA, 2003), um dos maiores
fatores que leva a alterações estruturais e funcionais no músculo esquelético,
apresentado pelo envelhecimento, é a degeneração progressiva do sistema
nervoso, especialmente após os 60 anos. Rabelo e Oliveira (2003),
acrescentam ainda que uma série de alterações anatômicas e químicas,
observada no encéfalo e na medula, nas quais interferem na capacidade
motora. Contribui na redução da destreza e dos reflexos, principalmente na
perda da coordenação medula-cérebro-vestíbulo responsável pela
bipedestação.
Com o envelhecimento, a unidade motora é afetada, em especial o
neurônio motor inferior e, conseqüentemente, as fibras musculares inervadas
por esses neurônios estão comprometidas. O progressivo processo de
degeneração do sistema nervoso, afeta as unidades motora, compromete a
quantidade e a habilidade das proteínas contráteis que é a principal causa da
sarcopenia (LEXELL apud RABELO e OLIVEIRA, 2003).
2.2 Atividade Física
A atividade física é definida como qualquer movimento corporal
produzido pela musculatura esquelética, que resulte em gasto energético
(PITANGA, 2005).
De acordo com Powers e Howley (2005), a atividade física é qualquer
forma de atividade muscular. Portanto, resulta no gasto energético proporcional
ao trabalho muscular e está relacionada à aptidão física. O exercício físico
representa um subgrupo da atividade física planejado com o objetivo de
melhorar ou manter à aptidão física.
A participação de um programa de atividade física tem sido considerada
um fator determinante na manutenção, promoção e recuperação de funções
orgânicas e musculares. Torna-se fundamental a sistematização de exercícios
físicos que respeitem as limitações do idoso (McARDLE apud PASSOS e
OLIVEIRA, 2003).
De acordo com estudos científicos a prática de um programa de
exercícios físicos pode constituir um componente fundamental para promoção
da saúde do idoso, inibindo o aparecimento de muitas das alterações orgânicas
que se associam ao processo degenerativo e melhorando a qualidade de vida
(RABELO e OLIVEIRA, 2003).
Através da prática regular de exercício físico vários são os objetivos
alcançados e todos esses benefícios estão diretamente relacionados com a
saúde e qualidade de vida do idoso (PINTO; ARAÚJO; COSTA et al, 2008).
Segundo a literatura existem varias formas de praticar atividade física entre
elas entrar num programa de exercícios físicos. Os mais procurados pelos
idosos ou mais citado na literatura são a hidroginástica e a musculação.
2.2.1 Hidroginástica e Envelhecimento
De acordo com Kruel (apud PASSOS e OLIVEIRA, 2003), a
hidroginástica é uma forma de condicionamento físico constituída de exercícios
aquáticos específicos. Baseados no aproveitamento da resistência da água
como sobrecarga, realizada de maneira agradável e recreativa. Segundo
Bonachela (2004), a hidroginástica é um programa ideal de condicionamento,
que levará o indivíduo a uma boa forma física, que tem como objetivo melhorar
a saúde, o bem-estar físico e mental.
Hidroginástica localizada é um conjunto de exercícios físicos, executados
com ou sem material em piscina, que tem como objetivo aumentar a força e
resistência muscular. Melhorar a capacidade cardiorrespiratória e a amplitude
articular, utiliza-se a água como sobrecarga, que visa a uma melhor qualidade
de vida dos praticantes (BONACHELA 2004). A água e o exercício físico
formam uma combinação saudável, proporcionando ao praticante uma
acentuada melhora na capacidade funcional e aumento dos músculos
(PASSOS e OLIVEIRA 2003).
A prática da hidroginástica na terceira idade, de forma metódica e com
freqüência regular, é capaz de promover modificações morfológicas, sociais,
fisiológicas, melhorando as funções orgânicas e psíquicas (PASSOS e
OLIVEIRA 2003). Os exercícios na água basicamente não oferecem riscos na
sua execução, propiciando melhor aquisição da condição aeróbica, melhor
amplitude de movimentos articulares, fortalecimento da musculatura
enfraquecida, equilíbrio postural e coordenação geral (RABELO, MARQUES e
DANTAS 2003).
Segundo Rabelo, Marques e Dantas (2003), os exercícios aquáticos em
idosos podem ajudar a diminuir a dor, aumenta a força e a extensão do
movimento, melhora a habilidade na execução das atividades da vida diária
(AVD). Sendo seguros e apropriados para os adultos, especialmente os mais
velhos.
Efeitos dos exercícios aquáticos sobre o processo de envelhecimento
segundo BONACHELA, (200,p 205.) 4são:
Aumento da performance psicomotora; Melhora da coordenação motora; Aumento da qualidade e precisão nos movimentos; Aumento da massa muscular, força, resistência, flexibilidade; Aumento da densidade óssea; Melhora no deslocamento e equilíbrio, durante o ato de andar; Diminuição da freqüência de quedas; Diminuição das dores articulares; Diminuição das dores na coluna vertebral; Aumento da potência aeróbica; Aumento da vascularização do miocárdio; Aumento do consumo máximo de oxigênio; Controle da pressão arterial; Diminuição da fadiga;
Fortalecimento da musculatura do coração.
Em um estudo realizado por Moura (2008), em Porto Velho com idosas
praticantes de hidroginástica, aonde foi avaliado o nível de flexibilidade através
do teste de “sentar e alcançar”, contatou-se uma média de 30,37 cm e no grupo
de idosas sedentárias foi de 17,73 cm.
Godói e Rodrigues (2005) realizou um estudo dos efeitos da prática de
hidroginástica em idosas, e verificou-se que houve um aumento de 40% do
grau de flexibilidade,
Alves et al (2004), realizou uma pesquisa com 37 idosas em Recife
aonde foram submetidas a duas aulas semanais de hidroginástica durante 3
meses, em que foi avaliado a força de resistência dos membros superiores e
inferiores. A média da força dos MMS no pré-teste foi de 12,2, e no MMI foi de
8,7 e no pós testes a força dos MMS passou para 21,6 e no MMI para 14,9.
2.2.2 Musculação e Envelhecimento
Treinamento de força é uma forma de exercício que requer que a
musculatura corporal se mova contra uma força oponente (FLECK e
KRAEMER 2006).
De acordo com Simão (2007), treinamento de força é definido como um
método especializado de condicionamento que envolver o uso progressivo de
resistência para aumentar a capacidade de um indivíduo em exercer ou resistir
a força.
O treinamento de força, também conhecido como treinamento contra
resistência ou treinamento com pesos, tornou-se uma das formas mais
populares de exercício para melhorar a aptidão física de um indivíduo e para o
condicionamento de atletas (FLECK e KRAEMER 2006).
Segundo CAMPOS (2004), o uso da musculação em idosos para
minimizar os declínios de força, flexibilidade e outros fatores relacionados com
a idade, resulta em melhoria e qualidade de vida. Há centenas de publicações
sobre os benefícios do treinamento resistido para pessoas acima de sessenta
anos de idade, e vários desses estudos demostram que, inclusive pessoas
acima de noventa anos, podem obter ganhos de força muscular, capacidade
funcional tornando-se mais independentes.
De acordo com Simão e Fleck (2008), os benefícios do treinamento de
força para os idosos, em termos de condicionamento e saúde, igualam-se, ou
mesmo superam, os obtidos pelos jovens. A capacidade fisiológica de
apresentar os benefícios da musculação é mantida praticamente por toda a
vida.
Segundo Fleck e Kraemer (2006), os benefícios de um programa de
treinamento de força em adultos mais velhos (60 anos ou mais) são: aumento
da força muscular, maior resistência e capacidades musculares, maior
flexibilidade, aumento da capacidade de resistência cardiovascular, aumento da
massa muscular e óssea, aumento da energia e disposição nas atividades da
vida diária.
De acordo com Campos (2004), um programa de musculação bem
elaborado pode resultar em inúmeros benefícios para os idosos como: aumento
da massa muscular, hipertrofia das fibras musculares, aumento da densidade
óssea e melhora da flexibilidade, melhora da performance tanto nas atividades
da vida diária quanto nas atividades que exijam força muscular.
Ainda Campos (2004, p 87), cita outros benefícios da musculação para
com a pessoa idosa:
Pequeno aumento da potência muscular; Aumento da fibras musculares tanto do tipo I como do tipo II; Pequeno aumento da área de secção transversal do músculo; Diminuição dos níveis de dor; Diminuição de gordura intra-abdominal;
Motilidade gastrointestinal; Melhora dos fatores neurais; Diminuição da porcentagem de gordura; Diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares; Diminuição dos riscos de desenvolvimento de diabetes; Diminuição de lesões causadas por quedas; Aumento da capacidade funcional; Melhoria da postura; Aumento da motivação e melhora da auto-imagem; Aumento da agilidade Aumento da resistência.
Após curtos períodos de Treinamento com pesos, modificações
significantes na força muscular são observadas em crianças, adultos e idosos,
Westcott e Baechle (2001), realizou uma pesquisa sobre os efeitos do
treinamento de força em idosos, e depois de dois meses de treinamento,
observou um aumento de 43% na força muscular e 16% na flexibilidade
articular.
Brandon et al (apud Dias; Gurjão e Marucci, 2006), submeteram 43
indivíduos, com média de idade de 72 anos, a 16 semanas de Treinamento de
força. Os resultados indicaram aumento de 51,7% na força máxima de MMI. E
em outro estudo realizado por Pedro e Amorim (2008), em que foi avaliado a
força dos MMI e MMS entre idosos praticantes e não praticantes de
musculação, e verificou-se que houve um resultado diferentes e significativos
entre os idosos treinados e sedentários.
2.2.3 Parâmetros Neuromusculares
Parâmetros neuromusculares são aqueles que, em decorrência do
catabolismo celular, reúnem os componentes que traduzem a eficiência
sistêmica do organismo em promover a vida de relação do sujeito com os
fenômenos do entorno, através da ação dos sistemas neuro-muscular e outros
adjacentes (ALMEIDA e SAMPEDRO 1997).
Os parâmetros neuromusculares são considerados importantes
componentes motores na preservação do melhor estado funcional, e esta
relacionado na realização de qualquer esforço físico na função músculo-
esquelética, que tem direta relação com um melhor nível de aptidão física e
saúde dos indivíduos (GUEDES, 2004). Os componentes neuromusculares
mais importante para o idoso, segundo a literatura são: flexibilidade e força.
2.3.3.1 Flexibilidade e Envelhecimento.
Flexibilidade é a capacidade dos homens de executar movimentos com
grande amplitude pendular e é determinada segundo ( BARBANTI apud
GUADAGNINE e OLIVOTO 2004. p 26) pelos seguintes fatores:
formas de superfície articulares;
comprimento de elasticidade dos músculos, tendões e ligamento que envolvem as articulações
irritabilidade dos músculos;
condicionamento biomecânico;
idade;
fatores psíquicos.
Segundo Alter (apud GUADAGNINE e OLIVOTO, 2004) a flexibilidade é
a amplitude de movimento disponível em uma articulação ou grupo de
articulações, referindo-se a extensibilidade dos tecidos periarticulares para
permitir movimento normal ou fisiológico de uma articulação ou membro.
A flexibilidade consiste na capacidade de amplitude de uma ou múltiplas
articulações em realizar tarefas específicas. Brown e Miller (apud DIAS;
GURJÃO e MARUCCI, 2006) observaram, em 304 mulheres com idade entre
20 e 70 anos, redução progressiva na flexibilidade de quadril, na ordem de
23%.
A flexibilidade é uma importante variável relacionada à saúde e ao
desempenho atlético, sendo específica para cada articulação e movimento. A
flexibilidade é influenciada por aspectos como idade, sexo e grau de
treinamento ( SIMÃO e FLECK, 2008). É uma qualidade física importante não
só para atletas e pessoas que praticam atividade física regulamente, mas
também para o desempenho de tarefas cotidianas (PASSOS e OLIVEIRA,
2003).
De acordo com Passos e Oliveira (2003), a flexibilidade é um dos
principais componentes na função músculo-esquelética da aptidão física
relacionada a saúde. Os fatores que agem sobre a flexibilidade sofrem grandes
desgastes com o processo de envelhecimento, e pode comprometer o bom
desempenho do aparelho locomotor.
Vale, Silva e Dantas (2003) revelam que a perda da flexibilidade causada
pelo envelhecimento acontece fundamentalmente pelo decréscimo da
elasticidade muscular. Os ligamentos, os tendões e os músculos são menos
elásticos e flexíveis nos idosos, devido ao conteúdo de água diminuído,
orientação cristalina aumentada, calcificação e substituição de fibras elásticas
por fibras colágenas.
A redução da flexibilidade gera situações de desequilíbrio e instabilidade.
Com isso promove riscos de quedas e lesões nos gerontes. Estes, talvez, seja
um dos maiores problemas da senescência encontrados nos últimos tempos
(DANTAS et al, 2003).
2.3.3.2 Força e Envelhecimento.
Fleck e Kraemer (2006) dizem que força é a quantidade máxima de força
que um músculo ou grupo muscular pode gerar em um padrão específico de
movimento em determinada velocidade específica. Corroborando com estes,
Powers e Howley (2005), conceituam força muscular como sendo a força
máxima que pode ser gerada por um músculo ou por um grupo muscular.
Já Wilmore e Costill (apud TOSETI e PAIÃO, 2006), afirmam que força
muscular é a capacidade do músculo exercer tensão contra uma sobrecarga,
com produção e gasto energético, sem a necessidade da produção de
movimento. A geração de força e o seu desenvolvimento dependem
principalmente de fatores como: quantidades de unidades motoras ativadas;
tipo das unidades motoras ativadas; tamanho do músculo; cumprimento do
músculo ativado; velocidade da ação muscular.
De acordo com Kraemer et al (apud SIMÃO e FLECK, 2008) após os 30
anos, estima-se que a perda de força seja de 1% por ano até os 60 anos, de
15% por década entre os 60 e os 70 anos e, daí em diante, 30% por década.
O avanço da idade esta associado a uma redução da massa muscular
(sarcopenia), que por vez, resulta em uma perda de força muscular (SIMÃO,
2007). Esta perda é em grande parte devido à atrofia e possível perda das
fibras tipo II, fibras rápidas (CAMPOS, 2004).
Com o envelhecimento, ocorre uma redução da massa corporal magra e
um aumento do percentual de gordura, produzindo outros efeitos negativos
sobre a composição corporal do indivíduo (SIMÃO e FLECK, 2008).
Segundo Rabelo e Oliveira (2003), com o avanço da idade, o volume
muscular e a área transversal do músculo diminuem e, conseqüentemente,
afetam a força muscular.
Frontera et al (apud DIAS; GURJÃO e MARUCCI, 2006), observaram,
em idosos, por meio de estudo longitudinal, declínio anual da força entre 2,0 a
2,5%, para membros inferiores. Da mesma forma, Harries e Bassey
observaram redução de 15% por década na força muscular durante a sexta e a
sétima década de vida, e declínio mais acentuado, cerca de 30%, em idades
mais avançadas.
3. METODOLOGIA
3.1 Caracterização da pesquisa
Este estudo caracteriza-se como descritivo de caráter causal
comparativo. Segundo Rudio (apud MILITÃO, 2001), a pesquisa é descritiva
quando busca conhecer o fenômeno, analisá-lo, interpretá-lo e descrevê-lo sem
interferir na sua realidade e é causal comparativo quando o pesquisador parte
da observação do fenômeno e verifica as semelhanças e diferenças que existe
entre duas situações. Nesta pesquisa identificou-se a força e flexibilidade dos
idosos praticantes de musculação e hidroginástica e comparou-se os
resultados sem interferir no processo.
3.2 População e amostra
A população deste estudo foi composta por idosos de ambos os sexos com
faixa etária de 60 a 80 anos que praticam hidroginástica ou musculação no
SESC de Porto Velho no mínimo a quatro meses. Sendo selecionados 10
praticantes femininos da modalidade hidroginástica, 09 praticantes femininos
da modalidade musculação e 05 praticantes masculinos de cada modalidade.
3.2.1 Procedimentos para seleção da amostra
Inicialmente, fez-se um prévio contato verbal com os responsáveis por
cada modalidade no SESC de Porto Velho. Em seguida, de posse de um
documento emitido pelo Departamento de Educação Física da Universidade
Federal de Rondônia – UNIR (anexo 1) retornou-se ao SESC para oficializar a
intenção de pesquisa. Realizou-se uma palestra com os idosos interessados
em participar desta investigação, para explicar detalhes metodológicos da
mesma, sendo que, ao término todos os idosos assinaram um termo de
consentimento livre e esclarecido (anexo 2), concordando em participar desta
pesquisa.
3.3 Descrição do desenho de estudo
Para a realização da pesquisa, foi formado um grupo de estudo (GE),
composto por 29 idosos praticantes de hidroginástica e musculação de ambos
os sexos os quais foram posteriormente divididos em 2 subgrupos: a) subgrupo
A (SGA), composto por 15 idosos praticantes de hidroginástica que foi
subdividido em (SGA1) 5 idosos e (SGA2) 10 idosas e b) subgrupo B (SGB),
composto por 14 idosos praticantes de musculação, que foi subdividido em
(SGB1) 5 idosos e (SGB2) 9 idosas conforme demonstra o quadro 1.
Quadro 1: Demonstrativo do desenho do estudo
GRUPO DE ESTUDO SUBGRUPOS PROCEDIMENTOS
GE
SGA
SGA1
0
SGA2
SGB
SGB1
SGB2
3.4 Controle do estudo
3.4.1 Seleção e treinamento do quadro de avaliadores
Com o objetivo de minimizar e até mesmo evitar possíveis falhas durante
o processo da coleta de dados, foi convidado a participar da coleta de dados
desta pesquisa, 02 professores de educação física do SESC e um acadêmico
do curso de educação física todos devidamente familiarizados com os
protocolos de mensuração utilizados neste estudo. Dessa forma, assegurou-se
a qualidade do quadro de avaliadores/colaboradores que atuaram nesta
investigação.
3.5. Variáveis de estudo 3.5.1. Força muscular dos membros superiores
Para verificar a força dos membros superiores utilizou-se o teste de
flexão do cotovelo descrito por Rikli e Jones (1999) com a adaptação dos
halteres sugerido por Matsudo (2005), devido a dificuldade de encontrar peso
de mão ou alteres de 2, 27 Kg para mulheres e 3,63 Kg para os homens.
O material utilizado foi: 2 cronômetros digitais da marca Cássio, com
precisão em décimos de segundo; 1 cadeira com encosto reto sem braço; 1
halteres de 2, Kg para mulheres e 1 halteres de 4 Kg para homens.
Procedimento do teste: O idoso ficou sentado em uma cadeira, com as
costas retas no encosto e pés totalmente apoiado no chão, com o lado
dominante do corpo perto da extremidade lateral da cadeira. O peso foi
segurado de lado com a mão dominante fechada. O teste começou com o
braço do idoso estendido para baixo ao lado da cadeira, perpendicular ao chão.
Ao sinal dado pelo 1º avaliador de “Atenção, já” o idoso virou a palma da mão
para cima flexionou o braço, completando totalmente o ângulo de movimento,
voltando depois a posição inicial com o cotovelo totalmente estendido. O 1º
avaliador ficou ajoelhado próximo ao idoso, do lado dominante, colocou os
dedos no meio da região bicipital do idoso para impedir que o braço se
movesse e assegurara-se que o movimento completo de flexão fosse
executado e colocou a outra mão atrás do cotovelo para prevenir que o braço
realizasse movimentos oscilando para trás. O idoso foi encorajado a executar o
maior número possível de movimentos de flexão dentro do prazo de 30
segundos. Antecedendo a realização do teste, o 1º avaliador forneceu
explicações detalhadas sobre o protocolo a ser utilizado e permitiu algumas
tentativas para a familiarização mecânica do movimento pelo idoso. O número
total de movimentos de flexão dentro do prazo de 30 segundos foi anotado pelo
2º e 3º avaliadores.
Para esse teste os valores padrões de referências (repetições) para a
população americana em média desvio padrão são de acordo com Rikli e
Jones (1999) apud Matsudo (2005) :
Quadro 2: Demonstra os valores padrões de referência para população americana em média e desvio padrão para o teste flexão de cotovelo.
Idade 60-64 65-59 70-74 7 5-79 80-84 85-89 90-94
Mulher x 16,1 15,2 14,5 14,0 13,0 12,2 10,9
s 4,6 4,3 4,4 4,4 4,1 3,8 3,8
Homem x 19,0 18,4 17,4 16,2 16,0 13,6 12,0
s 4,7 5,3 5,0 4,6 4,3 4,3 3,5
3.5.2. Força muscular dos membros inferiores
Para verificar a força dos membros inferiores utilizou-se o teste de
levantar da cadeira em 30 segundos. De acordo com Rikli e Jones (1999) apud
Matsudo (2005) este teste tem sido recomendado como alternativa prática para
medir indiretamente a força dos membros inferiores devido a correlação
moderadamente alta com o teste de 1 RM.
O material utilizado foi: 2 cronômetros digitais da marca Cássio, com
precisão em décimos de segundo; 1 cadeira com encosto reto sem braço.
Procedimento do teste: o teste teve inicio com o idoso sentado no meio
da cadeira, com as costas retas e os pés apoiados no chão. Os braços ficaram
cruzados contra o tórax. Ao sinal dado pelo 1º avaliador de Atenção, “já” o
idoso se levantou, ficando totalmente em pé e então retornou a uma posição
completamente sentada. O idoso foi encorajado a sentar-se completamente o
maior número possível de vezes em 30 segundos. Antecedendo a realização
do teste, o 1º avaliador forneceu explicações detalhadas sobre o protocolo a
ser utilizado e permitiu algumas tentativas para a familiarização mecânica do
movimento pelo idoso. O número total de movimentos de flexão dentro do
prazo de 30 segundos foi anotado pelo 2º e 3º avaliadores.
Para esse teste os valores padrões de referências (repetições) para a
população americana em média e desvio padrão são de acordo com Rikli e
Jones (1999) apud Matsudo (2005) :
Quadro 3: Demonstra os valores padrões de referência para população americana em média e desvio padrão para o teste de sentar e levantar da cadeira.
Idade 60-64 65-59 70-74 75-79 80-84 85-89 90-94
Mulher x 14,5 13,5 12,9 12,5 11,3 10,2 8,0
s 4,0 3,5 3,6 3,8 4,2 4,0 5,1
Homem x 16,4 15,2 14,5 14,0 12,4 11,1 9,7
s 4,3 4,5 4,2 4,3 3,9 4,6 3,8
3.5.3.Flexibilidade das regiões tóraco-lombar e pélvica
Foi aplicado o teste de flexibilidade proposto por Wells & Dillon (1952),
com a finalidade de verificar a flexibilidade ativa das regiões tóraco-lombar e
pélvica. O material utilizado foi o banco de Wells, confeccionado em madeira,
medindo 30x30x30 centímetros. Na parte superior foi acoplada uma escala
métrica de 54 centímetros.
Procedimento do teste: O teste teve início com o idoso sentado ao chão,
joelhos completamente estendidos, pés com a região plantar apoiada no banco
de Wells, braços horizontalizados com a mão dominante se sobrepondo a
outra. Quando o idoso se sentiu pronto realizou a flexão do tronco à frente de
forma suave, gradativa e contínua atingindo com os dáctilos o ponto mais
eqüidistante possível na régua do banco de Wells. Foram utilizados 3
avaliadores. O 1 º avaliador posicionou-se estrategicamente de modo a manter
as pernas do idoso totalmente estendidas, o 2º e 3º avaliadores posicionaram-
se lateralmente em relação à escala métrica para demarcar e anotar com
exatidão a marca alcançada durante a realização do teste. Antecedendo a
realização do teste, o 1º avaliador forneceu explicações detalhadas sobre o
protocolo a ser utilizado e permitiu algumas tentativas para a familiarização
mecânica do movimento pelo idoso. Foram realizadas duas tentativas
seguidas, considerando-se como resultado final, a melhor marca atingida pelo
avaliando, estes valores foram expressos em centímetros.
Quadro 4: Referencia de classificação dos resultados de acordo com a idade
para homens e mulheres conforme protocolo de Wells & Dillon (1952).
CLASSIFICAÇÃO
HOMENS MULHERES
IDADE EM ANOS
35
36 - 49 50 35 36 - 49 50
CENTÍMETROS
EXCELENTE 43 40 34 46 44 6
BOM 39-40 34-40 30-34 41-46 37-44 31-36
MÉDIO 34-38 26-33 24-29 37-40 33-36 26-30
FRACO 25-33 22-25 20-24 28-36 26-32 22-25
MUITO FRACO
3.6. Analise dos dados
Neste estudo os dados foram analisados através dos seguintes
procedimentos: a) inicialmente para estabelecer as características físicas da
amostra, foi realizada a estatística descritiva (média e desvio padrão); b)
posteriormente, utilizou-se o teste “t” de Student para amostras independentes
para detectar possíveis diferenças estatisticamente significativas entre os
subgrupos de estudo.
Os dados foram processados e analisados utilizando-se o pacote
estatístico computadorizado STATIS for windows versão 7.
4. ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS
Apresentam-se nesse capítulo os resultados da investigação, assim
como sua análise para a resposta à pergunta: Quais das modalidades,
hidroginástica ou musculação praticadas pelos idosos do SESC de Porto Velho
contribuem mais para o desenvolvimento da flexibilidade e força destes. Para
isso formou-se um grupo de estudo composta por 29 idosos com idade de 60 a
80 anos. Deste grupo formou-se dois subgrupos de estudo, os quais foram
nominados como: a) SGA para a amostra composta por 15 idosos praticantes
de hidroginástica, que foram subdividido em SGA1 composto por 5 idosos e
SGA2 composto por 10 idosas e b) SGB para a amostra formada por 14
idosos praticantes de musculação que foram subdivididos em SGB1 composto
por 5 idosos e SGB2 composto por 09 idosas.
4.1. Análise comparativa do SGA1 e SGB1.
TABELA 1. Idosos Praticantes de musculação e hidroginástica
VARIÁVEIS
GE
SGA1 SGB1 T P
Força Rep MS 18,8 ± 2,77 22,0 ± 4,6 -1,454 0,138
Força Rep MI 16,6 ± 2,30 20,2 ± 5,12 -1,423 0,192
Flexibilidade
(cm) 19,2 ± 7,5 26,0 ± 0,69 --1,423 0,176
* P<0,05
A tabela 1 representa a média e desvio padrão dos testes de força
repetitiva dos membros inferiores, superiores e de flexibilidade em centímetros
dos idosos do sexo masculino praticantes de hidroginástica e musculação do
SESC - Porto Velho.
Nota-se que não houve diferenças significativas entre todas as variáveis
após a aplicação do teste T, apesar de que a tabela 1 mostra que os idosos
praticantes de musculação atingiram índice maior do número de repetição na
flexão do braço e no teste sentar e levantar da cadeira.
A tabela 1 também mostra que a flexibilidade dos idosos praticantes de
hidroginástica apresentou média do grau de flexibilidade de 19,2 cm, segundo
Wells & Dillon (1952), tem classificação de muito fraco. Os idosos praticantes
de musculação apresentam média do grau de flexibilidade de 26,0 cm tendo
classificação de fraco.
Levando-se em conta que a classificação da tabela de flexibilidade é
igual para todos os indivíduos a partir de 50 anos de idade, isso pode ter
prejudicado os resultados, uma vez que é sabido que a flexibilidade diminui
com a idade.
A média de idade dos idosos praticantes de hidroginástica é de 70,4
anos e a dos idosos praticantes de musculação é de 65,6 anos. Isso, pode ter
influenciado para que os resultados dos idosos praticantes de musculação
tenham sido melhores, mesmo não sendo estatisticamente significativos.
4.2 Análise comparativa do SGA2 e SGB2.
TABELA 2. Idosas Praticantes de musculação e hidroginástica
VARIÁVEIS
GE
SGA2 SGB2 T P
Força Rep MS 15,6 ± 2,63 18,3 ± 3,35 -1,986 0,0632
Força Rep MI 14,4 ± 2,22 15,4 ± 4,47 -0,529 0,603
Flexibilidade
(cm) 24,4 ± 6,11 27,7 ± 7,57 -1,074 0,297
*P<0,05
A tabela 2 representa a média e desvio padrão dos testes de força
repetitiva dos membros inferiores, superiores e de flexibilidade em centímetros
dos idosos do sexo feminino praticantes de hidroginástica e musculação do
SESC - Porto Velho. Observou-se que não houve diferenças significativas entre
todas as variáveis após a aplicação do teste T.
Apesar dos resultados não terem sido estatisticamente significativos,
observa-se na tabela 2 que as idosas praticantes de musculação obtiveram
melhores resultados. Inclusive na classificação do grau de flexibilidade foram
classificadas como médio e as praticantes de hidroginástica foram classificadas
como fraca conforme demonstra o quadro 4.
Pesquisa realizada por Moura (2008) mostrou que a média do grau de
flexibilidade de idosas praticantes de hidroginástica do SEST/SENAT foi
30,37cm classificadas como médio. Diferente dos resultados da presente
pesquisa.
Esses resultados podem ter sido influenciados pelo fator idade, uma vez
que a média de idade das praticantes de hidroginástica da presente pesquisa é
70,6 anos e de Moura (2008) foi 64 anos, e da musculação foi 65,6 anos, o
resultado surge que mais que a modalidade, a idade parece influenciar para o
grau de flexibilidade, já que na pesquisa de Moura (2008) os resultados das
idosas praticantes de hidroginástica que tinham média de idade semelhante as
praticantes de musculação obtiveram classificação médio.
Em relação ao teste de força repetitiva dos MMS e MMI, a tabela 2
também mostrou um resultado maior dos números de repetições das idosas
praticantes de musculação. Que obtiveram média de repetição de 18,3 para
MMS e 15,4 para MMI. Já as idosas praticantes de hidroginástica conquistaram
uma média de 15,6 para MMS e 14,4 para MMI. Assim como na flexibilidade, a
força também diminui com a idade, tendo em vista que os idosos praticantes de
musculação são mais novos.
5. CONCLUSÂO E SUGESTÕES
O processo de envelhecimento caracteriza-se por um declínio das
funções fisiológicas, que provoca uma diminuição da resistência do corpo
humano. Esse declínio funcional é responsável pelo desempenho das
atividades cotidianas e pelo grau de independência, no qual compromete a
saúde e a qualidade de vida do idoso.
A força e a flexibilidade são uns dos principais componentes na função
músculo-esquelético da aptidão física relacionada à saúde. Os exercícios
físicos podem contribuir para minimizar o declínio destas variáveis tão
importantes para a autonomia dos idosos.
Essa pesquisa teve como objetivo comparar a contribuição das
modalidades, hidroginástica e musculação para o desenvolvimento da
flexibilidade e força dos idosos praticantes de hidroginástica e musculação do
SESC de Porto Velho.
O resultado desta pesquisa mostrou que não existe diferença
estatisticamente significativa da força e flexibilidade dos idosos praticantes de
musculação e hidroginástica. No entanto quando comparada com a
classificação da flexibilidade de acordo com o protocolo de Wells & Dillon
(1952) verificou-se que os idosos praticantes de musculação tiveram uma
escala maior.
A flexibilidade que os homens obtiveram na modalidade hidroginástica foi
classificada como muito fraca, enquanto que os das mulheres foram
classificadas como fracas. Baseado na mesma padronização observou-se que
os homens praticantes de musculação alcançaram níveis superiores de
flexibilidade em comparação com os praticantes de hidroginástica, porém ainda
não satisfatórios, no qual obteve classificação como fraco. As mulheres
praticantes de musculação que tiveram resultado superior as das praticantes
de hidroginástica, obtiveram classificação média.
A média do nível de força dos praticantes masculinos de hidroginástica
dos membros superiores e inferiores foram 18,8 e 16,6 e dos praticantes de
musculação foi 22,0 e 20,2.
As idosas praticantes de hidroginástica obtiveram força dos membros
superiores e inferiores respectivamente 15,6 e 14,4 e das praticantes de
musculação 18,3 e 15,4. Apesar da média do nível de força ter sido maior nos
praticantes de musculação o teste “T” não identificou diferenças
estatisticamente significante.
Sugerimos que outras pesquisas sejam realizadas, abrangendo um
maior contingente de idosos e com idades divididas de cinco em cinco anos
conforme protocolo de Rikli e Jones apud Matsudo (2005) para padronização
americana da variável.
6. REFERÊNCIAS
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