Aula 1 - proposta da disciplina
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O QUE ESTUDAM OS BIOGEÓGRAFOS ?
Porque temos espécies semelhantes convivendo num mesmo habitat?
PERGUNTAS BIOGEOGRÁFICAS
Porque temos espécies aparentadas vivendo em habitats semelhantes mas disjuntos?
Andasonia spBaobá
O Baobá pode armazenar até 100 mil litros de água em seu tronco
Ceiba glazioviiBarriguda
Família Malvaceae
Comparando diferentes paisagens percebemos diferenças na distribuição dos seres vivos?
Como explicar a diversidade da vida e sua espacialidade?
Como tempo e espaço se combinam na formação de padrões na natureza?
PERGUNTAS BIOGEOGRÁFICAS
“Uma anta pode ensinar cientístas?”1
1. Revista Ciência Hoje, 2014. V. 53
Tapirus kabomani
Tapirus terrestris
Hypocnemis subflava no canto esquerdo e H. peruviana no lado direito
São duas espécies bem diferentes de pássaros que desenvolveram o mesmo tipo de canto de territorialidade, ou seja protegem uma área que funciona, dentre outras coisas, como seu nicho alimentar.
Alimentam-se de vegetais ou pequenos animais que habitam essa localidade.
Normalmente, o que é encontrado são padrões de cantos diferentes para cada espécie. Machos da mesma espécies tendem a competir por territórios, pois como tal, acupam exatamente mesmo nicho ecológico.
Neste caso, as duas espécies de pássaros ocupam habitats diferentes. A Hypocnemis subflava prefere áreas de bambuzais, enquanto a Hypocnemis peruviana prefere áreas de floresta densa e alta.
São duas espécies bem diferentes de pássaros que desenvolveram o mesmo tipo de canto de territorialidade, ou seja protegem uma área que funciona, dentre outras coisas, como seu nicho alimentar.
Alimentam-se de vegetais ou pequenos animais que habitam essa localidade.
Normalmente, o que é encontrado são padrões de cantos diferentes para cada espécie. Machos da mesma espécies tendem a competir por territórios, pois como tal, acupam exatamente mesmo nicho ecológico.
Neste caso, as duas espécies de pássaros ocupam habitats diferentes. A Hypocnemis subflava prefere áreas de bambuzais, enquanto a Hypocnemis peruviana prefere áreas de floresta densa e alta.
São duas espécies bem diferentes de pássaros que desenvolveram o mesmo tipo de canto de territorialidade, ou seja protegem uma área que funciona, dentre outras coisas, como seu nicho alimentar.
Alimentam-se de vegetais ou pequenos animais que habitam essa localidade.
Normalmente, o que é encontrado são padrões de cantos diferentes para cada espécie. Machos da mesma espécies tendem a competir por territórios, pois como tal, acupam exatamente mesmo nicho ecológico.
Neste caso, as duas espécies de pássaros ocupam habitats diferentes. A Hypocnemis subflava prefere áreas de bambuzais, enquanto a Hypocnemis peruviana prefere áreas de floresta densa e alta.
Como explicar as transformações que ocorreram outras épocas da história da vida no planeta Terra?
Como praticar a conservação da biodiversidade e da sociodiversidade?
Como planejar a utilização dos recursos ecossistêmicos sem destruí-los?
Como diferentes sociedades pensam e classificam os seres vivos?
Como conservar os fragmentos de ambientes intensamente humanizados?
OUTRAS PERGUNTAS BIOGEOGRÁFICAS…
As análises palinológicas realizadas revelam mudanças climáticas e vegetacionais na paisagem da atual área urbana de Ponta Grossa (PR). A baixa porcentagem de pólen de Araucaria nas amostras datadas de > 40.000 e 43.600 anos A.P. associada à altos valores percentuais de pólen de Poaceae (Gramineae) sugere a existência de vegetação de campos úmidos nessa região, durante o período anterior à época do último máximo glacial do hemisfério norte.
Como explicar as transformações que ocorreram outras épocas da história da vida na Terra?
Uma grande mudança vegetacional e climática ocorreu na região por volta de 21.400 anos A.P. devido ao aumento expressivo nos valores de porcentagem e concentração de pólen de Araucaria e um pequeno descréscimo de pólen herbáceo.Esses resultados sugerem não somente um aumento da vegetação da floresta de Araucaria como também a presença da vegetação de campos durante essa época. Os dois tipos modernos e predominantes de vegetação da região de Ponta Grossa coexistiram durante os últimos 40.000 anos.
Como explicar as transformações que ocorreram outras épocas da história da vida na Terra?
DISJUNÇÃO
Phylogenetic relationships within theAraucariaceae inferred from rbcL gene sequences (after Kershaw and Wagstaff 2001).
Distribution of Araucaria, with numbers of species (de Laubenfels1988).
Araucaria bidwilli
Dr. Alfred Usteri, 1911
?
ou
Envolve teorias e conceitos da:
BotânicaZoologiaEcologiaAntropologiaBiologia da ConservaçãoGeografia da Conservação, entre outros.
Do campo específico da Geografia:
Relacionar a espacialidade dos seres vivos com atributos físicosdo ambiente e o modo como as sociedades humanas atuamsobre esses atributos.
BIOGEOGRAFIA é a dimensão espacial da evolução
ANOS
MILHÕES
DE
ANOS
Fonte: Furlan, 1992
Escala Secular
Escala Milenar
Escala Evolutiva - Filogenética
Biogeo Ecológica
Bigeo Pós-Pleistocênica
Biogeografia Histórica
Bacia de S.PauloRegional
ContinentalGlobal
DIVISÃO ESPAÇO TEMPORAL DOS ESTUDOS BIOGEOGRÁFICOS
0,1
1
10
100
500
12000
4 x 104104103102Su
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BIOGEOGRAFIA E ABORDAGENS DE ESTUDO
Algumas “escolas” (campos)
Fitogeografia
espacialidade
das plantas
Zoogeografia
espacialidade dos
animais
Biogeografia Histórica:
padrões e processos de
distribuição pretéritas
Biogeografia Ecológica:
padrões e processos de
distribuição atuais
Biogeografia Dispersionista:
padrões e processos de dispersão
Biogeografia Vicariância:
padrões e processos evolutivos /
história da área / barreiras
Panbiogeografia: Utiliza taxons
endêmicos e não endêmicos.
Baseia-se na filogênese, mas
também, na análise do padrão
espacial e temporal.
Biogeografia Cladistica:
classificação da biota baseada em
ancestrais comuns, utilizando a
similaridade da forma
BIOGEOGRAFIA E ABORDAGENS DE ESTUDO
Biogeografia Analítica:
padrões e processos
integrados
Biogeografia Regional:
estuda o padrão em escala
regional
Biogeografia Taxonômica:
Biogeografia de vários taxons
Biogeografia Aplicada:
Aplicação da Biogeografia para o
manejo e conservação da biota,
comunidades, ecossistemas e paisagens
BIOGEOGRAFIA E ABORDAGENS DE ESTUDO
Possibilitar ao aluno trabalhar conceitos que auxiliem a compreensão da distribuição dos seres vivos no tempo e no espaço;
Discutir o caráter interdisciplinar da Biogeografia, promovendo um encontro entre as abordagens Geográficas e Ecológicas;
Possibilitar ao aluno a análise, discussão e interpretação das teorias, métodos e técnicas de interpretação biogeográficas através do desenvolvimento de projeto didático;
Dar oportunidade aos alunos de vivenciarem, por meio de trabalhos práticos de campo, as relações entre a Biogeografia e a Conservação da Natureza.
OBJETIVOS GERAIS DO CURSO
Tema 1 - Introdução a História da BiogeografiaA biogeografia pré-darwinistaWallace, Darwin e a Biogeografia modernaBiogeografia Histórica, Ecológica e Cultural
Tema 2 – Teorias BiogeográficasTeoria dos Redutos e Refúgios Ecológicos do QuaternárioTeoria da Biogeografia de IlhasEcologia da Paisagem e Desenhos de Conservação
Conteúdos das aulas teóricas:
Centro de Origem e Dispersão: ideia de que o mundo e os seres vivos tem uma origem definida
num espaço e num tempo
Tema 1 - Introdução a História da Biogeografia
CENTROS DE ORIGEM E DISPERSÃO
HumboldtDe CandoleMartiusSpixRugendasSaint Hilaire
Johann Baptist von Martius
História Natural
Distinção entre as biotas regionais;
Origem e expansão das espécies;
Fatores responsáveis pelas diferenças
de número e tipo de espécies entre
biotas locais e regionais.
Explicação da Lei de Buffon:
Dispercionismo (Darwin - Lamark)
Extensionismo (Lyell)
TEORIA DA EVOLUÇÃO - centros de
origem e dispersão
Lamark / Darwin / Wallace / Darlington / Mayr /Hooker / Sclater
MODERNO
VICARIÂNCIA - renovação da
biogeografia - sistemática
filogenética e tectônica de placas
Nelson & Platinick / Wiley
Tema 3 – Conservação BiogeográficaDomínios morfoclimáticos e a Conservação BiogeográficaÁreas protegidas no Brasil (Lei Florestal/ SNUC) Proteção da
Biodiversidade no Estado de São Paulo (Representatividade, Projeto Biota FAPESP, SIGAP)
Paradigma do Desmatamento e a Conservação de Florestas Tropicais. Planejamento sistemático da conservação e domínios Brasileiros Unidades de Conservação e Planos de Manejo
Florestas culturais e Unidades de conservação de uso sustentável
Tema 4 – Estudos para a Conservação no contexto da Paisagem Territorialidade e Governança em Áreas Protegidas: O caso da
comunidade do Marujá no PE Ilha do Cardoso (Cananéia – SP) Cartografia dos níveis hierárquicos dos Manguezais: uma visão
sistêmica Corredores ecológicos e desenhos de Conservação Permeabilidade da Paisagem e conservação
Conteúdos das aulas teóricas:
Parque Estadual Carlos Botelho
Euterpe edulis – palmito jussara
PROJETO DE ESTUDO DE CAMPO
• O trabalho de campo em Biogeografia: as formas de abordagem
• Apresentação dos temas para trabalho de campo e formação dos grupos
• Discussão dos temas de pesquisa propostos
• Instruções para a pesquisa bibliográfica
ESTUDOS DA VEGETAÇÃO
• Técnicas de estudo da vegetação: observação e descrição da
vegetação
coleta e herborização
decifrando a planta
levantamento florístico e fitossociológico parcelas fixas
levantamento florístico e fitossociológico quadrante centrado
desenho do perfil da vegetação
Desenho do perfil diagrama
Cartografia Geobotânica
Abrigo meteorológico
Termômetro de bulbo seco e bulbo
úmido
Termômetro de solo
Termômetro de Máxima e Mínima
MICROCLIMA
Registrador eletrônico (Dataloger)
Parque Estadual da Ilha do Cardoso (PEIC - Cananéia)Parque Estadual da Ilhabela (PEIb - Ilhabela)
ÁREA DE ESTUDO
UNIDADES DE CONSEVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL E DE USO SUSTENTÁVEL
Ambiente Urbano – São Paulo
Cumprir três metas:
Aprofundar a compreensão de conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais;
Utilizar metodologia e técnicas de estudo em diferentes abordagens Biogeográficas;
Utilizar a cartografia e o trabalho com dados para representar o estudo realizado.
TEORIA E PRÁTICA – ESTUDO DE CAMPODIDÁTICA DE PROJETOS
Escolha de um temaElaboração de uma bibliografia sobre a área de estudo e
do tema Pré-projeto/plano de trabalho, desenvolvido em oficina
de projetoRoteiro de estudo de campo com técnicas e material de
apoioTrabalho de campo propriamente ditoAnálise, discussão e interpretação dos dadosApresentação dos resultados em plenária de sala de aula
para discussão coletivaTrabalho final (Painel e relatório)
Etapas do Projeto:
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CONTI, José B. e FURLAN, Sueli A. Geoecologia: o clima, os solos e a biota in ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2000.
BROWN, James H. e GIBSON, A. C. Biogeography. EUA. Mosby Company, 1983.
BROWN, James H. e LOMOLINO, Mark V. Biogeografia. (2ª. Ed) FUNPEC Ed. 2006. Ribeirão Preto – São Paulo.
VENTURI, Luis B. (org.) Praticando Geografia. São Paulo: Ed. Sarandi, 2011.
ZUNINO, M. & ZULLINI, A. Biogeografia. Fondo de Cultura Economica, 2007.
Outros autores: Andrewartha e Birch, 1954; MacArthur & Wilson; 1963, 1972; May, 1976; Krebs, 1972; Dansereau, 1957; Rizzini, 1982; Cox, 1976; Tivy, 1971, 1982