COLÉGIO ESTADUAL SENADOR CORREIA · 10.3.7.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LABORATÓRIO DE...
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COLÉGIO ESTADUAL SENADOR CORREIA
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
PONTA GROSSA
2010
I. APRESENTAÇÃO 10
1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO 13
1.1. ASPECTOS HISTÓRICOS DO COLÉGIO 13
1.2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO 14
1.3. ESPAÇO FÍSICO 16
1.4. PRÉDIO ESCOLAR 17
1.5. EQUIPAMENTOS 17
1.6. BIBLIOTECA 17
2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR 17
2.1.MODALIDADE DE ENSINO 17
2.2.ORGANIZAÇÃO DO TEMPO, ESPAÇO E FAZER PEDAGÓGICO 18
2.3.PARECER E RESOLUÇÃO DO CREDENCIAMENTO DA INSTITUIÇÃO 19
2.3.1.ENSINO FUNDAMENTAL 19
2.3.2.EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 19
2.3.3. CELEM 20
2.3.4.TÉCNICO EM PUBLICIDADE 20
3. ASPECTOS QUANTITATIVOS 20
3.1.QUADRO DEMONSTRATIVO DE PESSOAL 21
3.1.2.TÉCNICO ADMINISTRATIVO, PEDAGOGO E APOIO 21
3.1.3.CORPO DOCENTE 23
II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 27
4.OBJETIVO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 27
4.1.OBJETIVOS GERAIS 27
4.2.OBJETIVOS ESPECÍFICOS 27
4.3.PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR 29
4.4.PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO. 30
III. ATO SITUACIONAL 32
3
5.PERFIL 32
5.1.PAPEL DA ESCOLA NA REALIDADE 32
5.2.PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR 32
6.MODALIDADES QUE O COLÉGIO OFERECE. 33
6.1.ENSINO FUNDAMENTAL 33
6.2.ENSINO MÉDIO – CURSO TÉCNICO EM PUBLICIDADE - EIXO PROFISSIONAL, PRODUÇÃO CULTURAL E DESING – INTEGRADO
34
6.3.TÉCNICO EM ARTE SUBSEQUENTE 34
6.4.EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) 35
6.5.CURSO CELEM – ESPANHOL 36
6.6.SALA DE RECURSOS 36
6.7.SALA DE APOIO – LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA 41
7. REFLEXÃO TEÓRICO-PRÁTICA 41
IV. ATO CONCEITUAL 42
8.CONCEPÇÕES 43
8.1. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE 43
8.2.CONCEPÇÃO DE HOMEM 43
8.3.CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO 44
8.4.CONCEPÇÃO DE ESCOLA 45
8.5.CONCEPÇÃO DE ESCOLA DEMOCRÁTICA 45
8.6.CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA 46
8.7.CONCEPÇÃO CURRICULAR 48
8.8.PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM 48
9.AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 49
9.1.DADOS ESTATÍSTICOS REFERENTES AO APROVEITAMENTO DOS ALUNOS 50
4
10.PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO
54
10.1.MATRIZ DO ENSINO FUNDAMENTAL 55
10.1.1. PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL 56
10.1.1.1.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTES 56
10.1.1.2. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS 63
10.1.1.3. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 73
10.1.1.4.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO 78
10.1.1.5.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA 81
10.1.1.6. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA HISTÓRIA 90
10.1.1.7.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA 95
10.1.1.8.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA 116
10.1.1.9.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LEM
125
10.2.MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM PUBLICIDADE 135
10.2.1.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA EDUCAÇÃO FÍSICA 136
10.2.2.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA 140
10.2.3.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA GEOGRAFIA 144
10.2.4.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA HISTÓRIA 148
10.2.5.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À PUBLICIDADE
153
10.2.6.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
157
10.2.7.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA 164
10.2.8.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MÍDIAS EM PUBLICIDADE 169
10.2.9.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA 172
10.2.10.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE RELAÇÕES INTERPESSOAIS
176
10.2.11.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA 179
10.3.MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM ARTE DRAMÁTICA – ATOR CÊNICO
185
10.3.1.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE IMPROVISAÇÃO TEATRAL 186
10.3.2.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE TÉCNICA DE EXPRESSÃO 189
5
VOCAL
10.3.3.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INTERPRETAÇÃO TEATRAL 191
10.3.4.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ILUMINAÇÃO, CENOGRAFIA E SONOPLASTIA
193
10.3.5.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INDUMENTÁRIA E CARACTERIZAÇÃO
196
10.3.6.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DO TEATRO 197
10.3.7.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LABORATÓRIO DE MONTAGEM TEATRAL
200
10.3.8.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ORGANIZAÇÃO E PRODUÇÃO TEATRAL
202
10.3.9.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EXPRESSÃO CORPORAL 204
10.3.10.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LITERATURA DRAMÁTICA 207
10.3.11.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS DO TRABALHO
210
10.3.12.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DE ARTE 212
10.4.MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II, PRESENCIAL DA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
216
10.4.1.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA 217
10.4.2.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE 226
10.4.3.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA -LEM
232
10.4.4.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 236
10.4.5.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA 240
10.4.6.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NATURAIS 253
10.4.7.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA 258
10.4.8.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA 262
10.4.9.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO 268
10.5.MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE ENSINO MÉDIO, PRESENCIAL DA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 271
10.5.1.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA 272
10.5.2.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LEM. 283
6
10.5.3.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE 290
10.5.4.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA 293
10.5.5.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA 296
10.5.6.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 302
10.5.7. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA 305
10.5.8. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA 309
10.5.9.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA 315
10.5.10.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA 320
10.5.11.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA 326
10.5.12.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA 330
V. ATO OPERACIONAL 334
11. A ESCOLA QUE DESEJAMOS 334
12. CONCEPÇÃO DE CULTURA AFRO 335
13. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 337
14. CONCEPÇÃO DO ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL
338
15. CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA E CULTURA DO PARANÁ 339
16. PLANOS DE AÇÃO E CARACTERIZAÇÃO 339
16.1. PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO ESCOLAR 339
16.2. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA 341
16.3. O PROFESSOR ENQUANTO EDUCADOR 343
16.4. ALUNO CRÍTICO E REFLEXIVO 344
16.5. FUNCIONÁRIO PARCEIRO 344
17. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DA ESCOLA 345
17.1. INSTÂNCIAS COLEGIADAS 346
17.2. CONSELHO ESCOLAR 346
17.3. APMF (ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS 347
17.4. GRÊMIO ESTUDANTIL 348
17.5. CONSELHO DE CLASSE 348
7
18. PROJETOS QUE O COLÉGIO PRETENDE DESENVOLVER 349
18.1. ESTUDOS DOS DOCUMENTOS LEGAIS (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ECA E REGIMENTO ESCOLAR
349
18.2. PROJETO COM O TEMA: INCLUSÃO SOCIAL E CULTURA NEGRA 350
18.3.PROJETO DE INTEGRAÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PROFISSONALIZANTE AO MUNDO DO TRABALHO
350
19. PROJETOS MAIS EDUCAÇÃO – VIVA A ESCOLA 351
19.1. TEATRO – MAIS EDUCAÇÃO 351
19.2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL – MAIS EDUCAÇÃO 353
19.3. VIVENDO O VOLEIBOL – MAIS EDUCAÇÃO 355
19.4. XADREZ NA ESCOLA – MAIS EDUCAÇÃO 357
19.5. PRESERVAÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL – MAIS EDUCAÇÃO 360
19.6. CONTANDO E CANTANDO A CIDADE DE PONTA GROSSA 362
20.REFERÊNCIAS 364
8
APRESENTAÇÃO
“Caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho
pelo qual se pôs a caminhar.”
(PAULO FREIRE)
O presente Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Senador
Correia – Ensino Fundamental, Médio e Profissional vem atender o disposto no
Art. 12 da LDB e os princípios da Secretaria de Estado da Educação e
Superintendência da Educação sob a Instrução nº 006/2010 – SUED/SEED.
O Projeto Político Pedagógico apresenta a linha mestra de ação do
estabelecimento de ensino, evidenciando a organização do trabalho
pedagógico escolar como um todo, em suas especificidades, níveis e
modalidades.
A reformulação desse projeto tem a finalidade de apresentar as linhas
norteadoras revelando a necessidade de construir uma educação básica
voltada para a cidadania e para a garantia do aluno do acesso a construção
dos conhecimentos indispensáveis para a sua formação.
A proposta pedagógica do Colégio tem como finalidade a preparação
ativa e transformadora das várias instâncias da vida social, passando pelo
cuidado na formação das novas gerações e pressupondo o desenvolvimento
da prática educativa.
Assim, entendemos esse colégio como uma instituição educacional cuja
tarefa extrapola os limites da escola convencional, embora não pretenda cobrir
todas as instâncias educacionais existentes na sociedade.
Considerando os desafios educacionais contemporâneos no sentido de
garantir o acesso e a permanência do aluno na escola, bem como sua
formação dentro de parâmetros de atendimento às necessidades da vida, o
Colégio Senador Correia procura responder às novas exigências do momento
histórico.
O Colégio Estadual Senador Correia deve oportunizar condições de
escolaridade acrescida de atividades educativas ligadas às áreas de esporte,
cultura, meio ambiente e saúde, desenvolvidas através de projetos específicos
os quais pretendem atingir toda a clientela escolar.
10
A escola de hoje deve ser um espaço que haja como uma instituição
aberta, que atue ao lado das outras instituições sociais, formando com elas um
sistema de comunicação e cooperação.
O ponto de partida da tarefa educativa é a realidade do aluno, que deve
ser trabalhada no sentido da sua superação dialética, ou seja, a incorporação
do ‘’velho’’ na articulação de uma nova configuração do conhecimento e da
prática.
Assim, pretendemos a formação da pessoa, entendida como o ser
humano em todas as suas dimensões, sujeito de múltiplas determinações, o
que implica compreendê-lo na sua totalidade, situado histórica e socialmente.
Nossa tarefa educativa é o pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e também sua qualificação para o
mercado de trabalho.
Entendemos que é primordial que haja a valorização do educando
enquanto pessoa que tem saberes, sentimentos, valores, responsabilidades,
direitos e deveres, enquanto cidadão capaz de conviver de maneira crítica e
participativa numa sociedade com influências de outras culturas, e marcada por
diferenças de classes e grupos sociais.
Para tanto, a cidadania é construída mediante todo o processo em que o
indivíduo se percebe como sujeito de uma sociedade. O que fundamenta a
formação da pessoa e do cidadão é a idéia de trabalho como ação humana que
modifica o meio natural e social e é entendido como princípio educativo,
possibilitando a descoberta do novo, renovando saberes que transformam a
prática.
Caberá aos profissionais do Colégio Estadual Senador Correia, dar
condições para o aluno formar-se e construir-se, permitindo que o mesmo
compreenda a sua realidade e sua participação no meio onde vive. Para isso,
devemos oferecer oportunidades para que o educando perceba que o
conhecimento se dá através da integração dos conteúdos curriculares e de
outras oportunidades educativas. É esse o corpo de conhecimentos que o
instrumentaliza para compreensão e modificação da realidade.
Desenvolver essa proposta implica, também, em estabelecer um
trabalho coletivo que busca oferecer oportunidades de educação diferenciada,
interativa e com vistas à construção de um espaço democrático. Estabelecer
11
esse trabalho implica criar condições de efetiva participação, ou seja, garantir o
conhecimento da proposta e seu entendimento como processo de construção
participativa. Assim a definição de papéis e funções tem como pré-requisito o
envolvimento de todos como autores da proposta e, em conseqüência, em
assumir conjunto da responsabilidade pela sua concretização.
As experiências vivenciadas indicam a necessidade de traçarmos novos
caminhos e diretrizes que propiciem maior envolvimento das pessoas
envolvidas no processo pedagógico.
Neste sentido, a construção da proposta pedagógica deve nortear
nossas ações para que possamos proporcionar um ensino de boa qualidade.
As constantes transformações na sociedade provocam mudanças na
estrutura de funcionamento do processo de ensino, nesse sentido torna-se
necessário elaborar um Projeto Político Pedagógico que corresponda ao nível
de aspiração da comunidade, que garanta a qualidade de ensino, condição
fundamental para a formação integral do ser humano.
A elaboração desta proposta, de cunho político pedagógico, resultado de
nossas discussões e reflexões, estrutura-se a partir da delimitação do que
pretendemos no Colégio Estadual Senador Correia enquanto totalidade que se
concretiza nas diferentes ações que desenvolvemos.
Diante do exposto até aqui, percebemos nossa opção por uma
perspectiva democrática e humanista de educação. Nessa perspectiva, o
conhecimento individual é entendido como resultado da relação entre a história
individual. A partir dessa concepção, nosso objetivo, enquanto profissionais,
pode ser sumarizado nos seguintes termos: fornecer instrumentos para que o
aluno possa construir seu próprio conhecimento a partir da compreensão da
sua história, da história do bairro em que vive e da sociedade.
O saber sistematizado que o homem adquire exerce um papel
fundamental, pois permite ampliar a sua compreensão da realidade. Assim,
enquanto atividades escolares buscaram ampliar a visão de mundo, levando o
aluno a um melhor entendimento e enfrentamento dos acontecimentos que o
rodeiam.
Para concretizar a proposta de ensino de boa qualidade que abordamos
nesse documento, apresentamos o que vamos fazer, em termos de objetivos e
linhas de procedimento.
12
O Projeto Político Pedagógico que estamos apresentando resulta da
soma de esforços coletivo entre profissionais comprometidos com a educação
e com a qualidade do ensino de modo a atender as necessidades
socioeconômicas, históricas e culturais que caracterizam a sociedade atual.
1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
COLÉGIO ESTADUAL SENADOR CORREIA – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO E PROFISSIONAL – Código 00211.
1.1. ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA
O Colégio Estadual Senador Correia, Ensino Fundamental e Médio,
pioneiro da instrução pública no município, foi criado pela Lei nº 1.201, de 28
de março de 1912.
Nasceu da fusão de duas escolas isoladas, recebendo a denominação
de Grupo nº 2 e, no mesmo ano pelo Decreto nº 324 de 13 de abril, passou a
denominar-se Casa Escolar Senador Correia. Ainda, nesse mesmo ano,
iniciou-se a construção do prédio, na Praça Roosevelt, e o Colégio foi instalado
oficialmente em 18 de maio de 1942.
A história do Colégio e a de Ponta Grossa desenvolvem-se
entrelaçadas, pois durante 15 anos foi a única escola oficial do estado na
cidade, visto que a fundação do Colégio Normal Primário ocorreu apenas em
1924, e a fundação da Escola Estadual Regente Feijó, em 1927.
O Colégio Senador Correia recebeu esta denominação como uma justa
homenagem a um paranaense nascido em Paranaguá, chamado Manoel
Francisco Correia, eleito Senador do Império pela província do Paraná.
Dedicado à causa da instrução pública, promoveu conferências, palestras
sobre ensino, fundou institutos, bibliotecas, museus e escolas. Foi
cognominado “o Fundador de Escolas”, razão plenamente suficiente para
receber esta justa homenagem.
O colégio, por ser pioneiro da instrução pública no município, foi
responsável pela educação de inúmeras gerações de ponta-grossenses e que,
13
por suas ações na comunidade, enaltecem o Colégio onde realizaram seus
estudos.
Até o ano de 1992, funcionaram duas classes de pré-escolas, as quais
foram desativadas em função da municipalização do ensino desencadeada em
Ponta Grossa a partir de 1993.
O Colégio, situado no centro da cidade, funciona num prédio construído
na década de 60, em substituição ao prédio original datado do início do século.
O prédio de dois andares contém 12 salas de aula, todas com boa
iluminação e grandes janelas de vidro. Dispomos ainda de biblioteca,
laboratório, sala de vídeo, arquivo morto, almoxarifado, cozinha, dispensa,
salas destinadas à Direção, Secretaria, Equipe Pedagógica e sala para guardar
material de Educação Física. Possui, também, um auditório com capacidade
para 300 pessoas, um gabinete odontológico, sala de professores, sala de
funcionários e 18 instalações sanitárias para alunos, alunas e professores.
1.2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
O Colégio Estadual Senador Correia, é uma escola ampla, que conta
com 2.689,50 m2. Possui doze salas de aulas, em pleno funcionamento. Em
sua maioria são salas espaçosas, ventiladas, com piso em taco de madeira,
iluminadas e acortinadas. O número de carteiras é suficiente para favorecer a
clientela dos três períodos e atende o total de alunos matriculados.
O Colégio também conta com quatro salas especiais, onde funcionam:
Laboratório de Informática, Laboratório de Ciências/Biologia, Biblioteca e Sala
de Jogos. As salas são utilizadas para os fins os quais se destinam e
diariamente estão funcionando nos três turnos.
O Laboratório de Informática é utilizado seguindo um cronograma de
agendamentos com vistas à oportunidade de desenvolver as diferentes
habilidades tecnológicas nos alunos. Já o Laboratório de Ciências/Biologia
serve para que os alunos possam se integrar, juntamente com os professores
nas experiências trabalhadas e também ampliar seus conhecimentos sobre os
conteúdos trabalhados.
14
A biblioteca é considerada um espaço pedagógico centralizador da
cultura, onde os educandos podem promover estudos de instrumentalização
acerca das diferentes áreas do conhecimento.
A sala de jogos destina-se ao trabalho com alunos que possuem
dificuldades de aprendizagem e necessitam de um acompanhamento, bem
como para promover recursos diferenciados para os professores para o
trabalho de sua disciplina.
O Colégio possui um amplo pátio interno o qual é utilizado como espaço
para recreação, aulas de Educação Física, direcionamento de trabalhos
coletivos e também refeitório. Na quadra de esportes externa praticam-se as
atividades da disciplina de Educação Física.
Possui também sala de direção, secretaria e sala de professores que
são utilizadas para os determinados fins.
A cantina escolar conta com espaço para manipulação e preparação de
alimentos como também de uma sala para depósito da merenda escolar.
O colégio conta também com dezoito instalações sanitárias para alunos,
alunas e professores com adaptação para o portador de necessidade especial.
As instalações do banheiro são revestidas com azulejos, favorecendo sua
limpeza e higiene.
O auditório do colégio tem capacidade para 300 pessoas e possui um
espaço bem agradável e amplo para o direcionamento de palestras, oficinas,
reuniões, apresentações artísticas e treinamento de representações teatrais do
Curso de Arte Dramática.
Este estabelecimento de ensino é mantido pelo Governo do Estado do
Paraná e tem como recursos o Fundo Rotativo, para a manutenção das
despesas. O ambiente da instituição é composto por um espaço organizado de
forma a propiciar um ambiente agradável e acolhedor, o que torna favorável à
aprendizagem e integração do aluno.
15
1.3. ESPAÇO FÍSICO
- 13 salas de aula;
- 01 sala de Direção;
- 01 sala de Secretaria;
- 01 Biblioteca;
- 01 sala de Informática;
- 01 sala para Laboratório de Ciências/Biologia;
- 01 sala de Jogos;
- 01 sala de Professores;
- 01 sala de Equipe Pedagógica;
- 01 cozinha;
- 01 sala para depósito para merenda escolar;
- 01 auditório de capacidade para 300 pessoas;
- 06 sanitários femininos;
- 06 sanitários masculinos;
- 01 sanitário para alunos especiais;
- 01 sanitário para professores;
- 04 sanitários no auditório;
- 01 pátio interno;
- 01 quadra de esportes;
- 01 almoxarifado;
- 01 sala para guardar materiais de Educação Física;
- 01 sala de Recursos.
1.4 PRÉDIO ESCOLAR
- Área do terreno: 2.277.00 m2
- Área construída: 2.689,50 m2
1.5. EQUIPAMENTOS
- 11 televisões com entrada para pendrive;
- 20 computadores no laboratório de informática;
16
- 04 retro projetores;
- 01 projetor de slides;
- 01 spyn-light;
- 03 aparelhos de DVD;
- 03 rádios;
- 05 computadores;
- Aparelhos diversos do laboratório de Ciências;
- 03 impressoras a laser;
- 06 computadores para uso da secretaria e equipe administrativa;
- 01 caixa de som com amplificador;
- 01 mesa de som com dois microfones;
- Diversos jogos pedagógicos para o ensino da leitura e da matemática.
1.6. BIBLIOTECA
- Aproximadamente 5000 livros em seu acervo.
2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
2.1. Modalidade de Ensino
- Ensino Fundamental de 5.a a 8.a série
- Educação de Jovens e Adultos – Ensino Fundamental e Médio (EJA)
- Ensino Médio Técnico em Publicidade Integrado
- Técnico em Arte Dramática Subsequente
- Celem – Espanhol básico
2.2. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO, DO ESPAÇO E DO FAZER
PEDAGÓGICO
O Colégio Estadual Senador Correia, destaca a autonomia do professor
enquanto compromisso e cumplicidade com os alunos, estabelecendo assim
um voto de confiança na capacidade de todos para aprender.
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Diante disso, sabemos que a autonomia também pode ser construída a
partir de qualificação permanente, onde a escola organizará mecanismos de
divulgação de informações recebidas a respeito dos cursos de capacitação
para que os professores estejam sempre informados sobre os mesmos.
Salientamos que a formação continuada é instituída também pela
organização da hora-atividade que é destinada a assuntos educacionais de
interesse da comunidade como: estudos, reflexões sobre os conteúdos
curriculares, elaboração de projetos, trocas de experiências, correção de
tarefas e também atendimento aos alunos e pais.
No colégio, à hora-atividade é organizada de acordo com as orientações
do NRE, possibilitando o encontro interdisciplinar entre as disciplinas afins, de
modo que favoreça o bom rendimento escolar do aluno e propiciando um
trabalho compartilhado e coletivo.
O acompanhamento das atividades executadas durante a hora-atividade
é de responsabilidade da equipe pedagógica e o gestor escolar. O quadro de
distribuição da hora-atividade está sempre exposto na sala dos professores,
equipe pedagógica, sala da direção e secretaria, para que todos possam se
organizar quanto à preparação das atividades escolares.
Este trabalho sistemático, porém organizado e intencionalmente coletivo
visa desenvolver a construção da identidade e da autonomia dos alunos bem
como trabalhar com o desenvolvimento integral e harmônico do educando.
Nesta busca constante, o colégio está aberto para a comunidade e, isto
se concretiza afetivamente na ação da escola como um todo, direção, equipe
pedagógica, secretaria, biblioteca, funcionários, ação do professor, dos alunos
e dos pais, na contextualização dos conteúdos elencados e nos objetivos a
serem atingidos.
2.3. PARECER E RESOLUÇÃO DO CREDENCIAMENTO DA INSTITUIÇÃO
2.3.1. ENSINO FUNDAMENTAL
Resolução de Autorização de Funcionamento do Estabelecimento:
Resolução n.º 1406 – DOE 30/12/1975.
18
Resolução de Reconhecimento do Estabelecimento:
Resolução n.º 2684 – DOE 07/12/1981.
Resolução de Renovação de Reconhecimento do Curso:
Resolução n.º 2475 – 02/10/2003.
2.3.2. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Resolução de Autorização de Funcionamento do Curso Técnico em
Artes Cênicas: Resolução n.º 230/09.
Resolução de Autorização de Funcionamento do Curso Técnico em
Publicidade – Processo em andamento.
2.3.3. CELEM
Resolução de Autorização de Funcionamento dos Cursos do CELEM:
Resolução n.º 3977/2006 – DOE 24/08/06.
2.3.4. TÉCNICO EM PUBLICIDADE INTEGRADO
Reconhecimento e processo em andamento.
3. Aspectos Quantitativos
TURNO NÚMERO DE TURMASManhã 13Tarde 06Noite 07
TURNO NÚMERO DE ALUNOSManhã 434
19
Tarde 206Noite 221
TURNO NÚMERO DE PROFESSORESManhã 23Tarde 14Noite 17
TURNO NÚMERO DE PROFESSOR
PEDAGOGOManhã 02Tarde 02Noite 02
TURNO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS
ADMINISTRATIVOMANHÃ 3TARDE 3NOITE 3
TURNO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS
SERVIÇOS GERAISMANHÃ 3TARDE 3NOITE 3
3.1. QUADRO DEMONSTRATIVO DE PESSOAL
3.1.2. TÉCNICO ADMINISTRATIVO, PEDAGOGO E APOIO
NOME FUNÇÃOMarcia Terezinha Costa DireçãoVera Marli Viezer Calil Diretor Auxiliar
Maristela Batista da Cunha
Fischer
Secretária
Rosângela do Rocio Bueno Apoio Técnico
AdministrativoClaiton José Martiniak Apoio Técnico
AdministrativoRosana Senger Kochmann Apoio Técnico
Administrativo
20
Sirlei Dolizete Miguel Apoio Técnico
AdministrativoMaria Luiza Moro Batista Técnico PedagógicoMaria Aparecida Furmann
Zappe
Técnico Pedagógico
Ignes Amorim Figueiredo Técnico PedagógicoLeonilda Catarina Ahren Técnico PedagógicoDenise Machado Sguario Técnico Pedagógico
Ieda Mari de Medeiros Coordenador de
CursoEnilce do Rocio Mauda Coordenador de
CursoGerse Maria Lopes Auxiliar de serviços
geraisAmélia Gonçalves de Deus Auxiliar de serviços
geraisAcir José Coito Auxiliar de serviços
geraisRosani Eunice da Silva Auxiliar de serviços
geraisRoseane Edvigens Ramos Auxiliar de serviços
geraisSilvia Maria Martins dos
Santos
Auxiliar de serviços
geraisElenir Rocio Ribeiro Auxiliar de serviços
gerais
21
3.1.3. CORPO DOCENTE
NOME DISCIPLINA QUE ATUAFabio Martins Arte
Ieda Mari de Medeiros ArtePaulo Henrique de
Ramos
Arte
Cleisiara Vecchia ArteLiliane Margraf Ciências
Scheyla Mara Silvério CiênciasAndrea Valéria Xavier Ciências
Ana Paula Silveira CiênciasMaria Virginia Bourguig Ciências
Joziane das Graças CiênciasLuiz Alberto Guimarães Ciências
Gilberto Garcia dos
Santos
Ciências
Cesar Amauri Silva Educação FísicaMarilis Balzer Maciel Educação FísicaZulmara de Fátima
Ribeiro
Educação Física
Vera Marli Viezer Calil Educação FísicaRicardo Correa Machado Educação Física
Lindacir Aparecida da
Silva
Ensino Religioso
Maria Elisete Coelho
Vieira
Ensino Religioso
Solange de Lurdes Torres Ensino ReligiosoDalmo João Salles Geografia
Roseli Bidas Vicente GeografiaMarilvia Chimaleski
Pereira
Geografia
Roberto Meira Pinto GeografiaCaroline da Silva Paz GeografiaMarines da Conceição Geografia
Erickson Fernando Telle GeografiaDouglas Cassins Moreira Geografia
Lindacir Aparecida da
Silva
História
Solange de Lurdes Torre HistóriaLuciane de Abreu
Francisquini
História
Maria Elisete Coelho
Vieira
História
22
Marisa Pereira Barabach HistóriaVera Teresinha Nunes História
Lucilene Palinski de
Macedo
L.E.M. – Inglês
Luciane de Cássia
Andrade
L.E.M. – Inglês
Luciana Teixera Jacob L.E.M. – InglêsCleisiara Vecchia L.E.M. – Inglês
Flavia Vanessa Starke Língua Espanhola –
CELEMAmarili Sequeira
Nogueira
Língua Espanhola –
CELEMEliana Vieira Machado Língua Espanhola –
CELEMMari Ester Nascimento Língua PortuguesaRegina Janiaki Copes Língua Portuguesa
Maria de Lourdes Bertol Língua PortuguesaLuciana Teixeira Jacob Língua Portuguesa
Luciane de Cássia
Andrade
Língua Portuguesa
Edilene de Fátima
Pistuache
Língua Portuguesa
Stefan Wolcz Filho Língua PortuguesaVera Lucia Mazur Benass Língua Portuguesa
Rosana de Fátima
Chibinski
Matemática
Valquíria Glinski MatemáticaTânia Beatriz Gabardo Matemática
Eliana Guimarães
Szumsk
Matemática
Mariana da Silva
Nogueira
Matemática
Marselha Aparecida
Wiecheteck Gobel
Matemática
Rosangêla Teixeira dos
Santos
Matemática
Luciane de Cássia
Andrade
Sala de apoio – Língua
PortuguesaArlene Cristiane Martin Sala de apoio –
MatemáticaPatrícia Jardim Strack Química
Mileide Aparecida Ribeiro Introdução a publicidade
23
Mileide Aparecida Ribeiro Mídias em publicidadeCezar Luis Panazzolo Filosofia
Patricia dos Santos SociologiaMileide Aparecida Ribeiro Relações interpessoais
Clice Isabel Sabino
Demengeon
Apoio em sala de aula
com alunos com TGDElisângela Mauda História da Arte
Carlos Alexandre Martin História do TeatroCarlos Alexandre Martin Literatura DramáticaRegiane Patricia Kusnic Expressão CorporalJosé Fernando de Meira Expressão CorporalCarlos Alexandre Martin Iluminação, cenografia e
sonoplastiaRegiane Patricia Kusnic Improvisação teatralCarlos Alexandre Martin Indumentária e
caracterizaçãoCarlos Alexandre Martin Interpretação teatralJosé Fernando de Meira Interpretação teatralRegiane Patricia Kusnic Interpretação teatralJosé Fernando de Meira Laboratório de montagem
teatralRegiane Patricia Kusnic Organização e produção
teatralElisângela Mauda Técnica de expressão
vocalCarlos Alexandre Martin Fundamentos do trabalhoMônica Rodrigues Diniz Ciências SociaisPatrícia Vanat Koscians Química
João Luiz Schirlo FísicaAna Claudia Marochi BiologiaRejane da Silva Vier Sala de Recursos
Sofia Maria Alexandre Sociologia
24
II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4. OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
4.1. OBJETIVOS GERAIS
- Planejar o desenvolvimento da escola como condição indispensável para que
os objetivos que se tem sejam traçados.
- Conquistar maior autonomia para a unidade escolar, abrindo possibilidades
para a realização de experiências inovadoras, ousadas e desafiadoras.
- Apresentar resultados de melhoria na qualidade do ensino e na formação de
seres humanos mais autônomos.
- Compartilhar responsabilidades no coletivo escolar.
- Expressar reflexões e decisões a partir de um processo participativo de todos
os profissionais da escola.
- Instrumentalizar para a concretização da gestão democrática.
4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Explicitar os fundamentos teórico-metodológicos, os objetivos, o tipo de
organização, as formas de implementação e a avaliação da instituição.
- Definir a efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do
cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo.
- Instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico que desvele os
conflitos e contradições.
- Construir planejamentos nos diversos contextos de um processo participativo.
25
- Analisar situações vivenciadas no dia a dia do cotidiano escolar.
- Pautar as ações na gestão democrática, com princípios de igualdade e
liberdade.
- Reavaliar constantemente as reflexões e questões de interesse comum,
revendo pressupostos do fazer pedagógico.
- Possibilitar o uso pedagógico das novas tecnologias de informação e de
comunicação na ação docente.
- Subsidiar a elaboração e execução de projetos, comprometendo-se com o
desenvolvimento profissional, com a ampliação do horizonte cultural e a
formação permanente dos docentes.
- Favorecer a participação da comunidade na gestão democrática da escola,
integrando as diversas associações existentes, buscando caminhos para a
resolução de problemas.
- Possibilitar uma formação pedagógica e social, de forma que o aluno possa
atuar como cidadão e como profissional consciente e responsável, pautando-se
nos princípios da ética, da democracia, do respeito mútuo, justiça, participação,
responsabilidade, diálogo e solidariedade.
4.3. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR
A sociedade contemporânea inserida no processo de globalização
evidencia transformações e conflitos que trazem novos desafios para a
educação. Para o enfrentamento desses desafios, faz-se necessária uma
escola que contemple no seu processo educativo uma consciência e uma ação
política capaz de transpor os paradigmas de alienação e fortalecer a ação
reflexiva e transformadora do processo econômico, cultural, político e social.
26
Precisamos reconhecer as suas características, refletir acerca de novas
estratégias políticas de resistência e construir uma sociedade sem exclusões,
que defenda e promova a dignidade humana, fundamentada no
desenvolvimento, na justiça e na igualdade. Uma sociedade justa deve:
- Oportunizar as condições reais de exercício da cidadania;
- Ser dialética na construção dos sujeitos;
- Atender as necessidades básicas do desenvolvimento humano,
respeitando o pluralismo de concepções.
A escola que estamos construindo tem como função social a educação
de homens e mulheres críticos, capazes de refletir, analisar e interpretar a
realidade, buscando soluções para os problemas que se fazem presentes na
comunidades em que se encontram inseridos.
Mediante essas considerações, podemos definir a postura de nossa
escola como a de trabalhar no sentido de formar cidadãos conscientes,
capazes de compreender e criticar a realidade, atuando na busca da superação
das desigualdades e dos respeito ao ser humano.
Nos aspectos relacionados à dimensão pedagógica, a intenção da nossa
escola é a de formar cidadãos participativos, responsáveis, compromissados,
críticos e criativos.
Acreditamos também que a escola deve funcionar como um local de
produção e socialização cultural, valorizando saberes e estimulando a criação
de novos saberes, visando o pleno desenvolvimento.
A preocupação com a formação cidadã, humana e abrangente vem de
encontro à realidade que enfrentamos, pois muitos dos problemas sociais e
educacionais que nos deparamos, contrapõe-se a problemas vigentes na
sociedade.
As dificuldades encontradas na sociedade refletem questionamentos que
por vezes chegam a levantar questões que abalam as estruturas da escola. Por
isso, a escola necessita definir com clareza e exatidão seu projeto de educação
o qual deve trabalhar a formação do cidadão de forma interdisciplinar,
abrangendo os eixos do processo Educativo e enfrentando os desafios e as
exigências da sociedade.
A escola é o espaço privilegiado para a ocorrência de relações entre os
homens e suas diferentes visões de mundo. Na escola queremos discutir
27
saberes científicos que parta da realidade concreta do aluno, das suas
experiências de vida que façam despertar a curiosidade a capacidade de
reflexão. Saberes que garantam a promoção integral do aluno e possibilite sua
intervenção no contexto em que vive com habilidade para propor mudanças.
4.4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
A escola necessita definir suas finalidades em busca da formação
integral do aluno com vistas ao desenvolvimento harmônico de sua
personalidade, evidenciando técnicas modernas de aprendizagem, integrando-
o ao meio, objetivando seu crescimento e dando-lhe oportunidade de tornar-se
um cidadão consciente e crítico.
O Colégio Senador Correia buscará ministrar seu ensino com base nos
princípios estabelecidos na Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional nº 9394/96, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei
Complementar 07/77 – Estatuto do Magistério, Deliberação n.º 16/99 –
Conselho Estadual de Educação, Diretrizes Curriculares Estaduais e Lei nº
10.639/03.
De acordo com o Art. 206 da Constituição Federal, o ensino será
ministrado com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e
o saber;
III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e, coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino;
IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V – valorização dos profissionais do ensino, garantindo, na forma da lei, planos
de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso
exclusivamente por concurso público de provas e títulos, assegurado regime
jurídico único para todas as instituições mantidas pela União;
VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII – garantia de padrão de qualidade;
28
De acordo com os princípios elencados acima, faz se necessário
constantemente refletir coletivamente em torno do Projeto Político Pedagógico
que deve ser vivenciado por todos e em todos os momentos. Sendo uma ação
intencional e planejada, busca direcionamentos com sentidos explícitos e
compromissos definidos;
Portanto, o Projeto Político Pedagógico apresenta-se de forma
inacabada e deve estar em permanente discussão e reflexão dos problemas
vivenciados na escola.
Nesse sentido, a caminhada do trabalho de nossa instituição irá se
respaldar nas inúmeras relações que podem ser estabelecidas com os
professores, alunos e os conteúdos de aprendizagem através de atividades
planejadas.
De uma maneira geral o trabalho pedagógico terá como pressupostos
alguns eixos básicos: desenvolver a criatividade, construir competências,
relacionar o conteúdo adquirido ao seu cotidiano, possibilitar a resolução de
problemas e tornar os conteúdos meios.
Desta forma, concluímos que o ensino deve ser uma tarefa coletiva e
compartilhada, onde a reflexão dever ser a razão da escolha, corrigindo-se
rumos a cada passo dado.
III. ATO SITUACIONAL
Levando em consideração que a educação vincula-se diretamente a
uma visão de sociedade, de homem, de cultura e de conhecimento, temos, as
seguintes visões sobre a nossa realidade.
5. PERFIL
5.1. PAPEL DA ESCOLA NA REALIDADE BRASILEIRA
A escola surgiu a partir da necessidade de transmitir conhecimentos
acumulados pela humanidade, onde com o decorrer do tempo foi assumindo
um papel mais significativo e amplo, estendendo-se à educação de valores e
até a apropriação do saber acumulado.
29
Hoje, a escola tem sido vista com grande expectativa para enfrentar
grandes desafios da era globalizada.
5.2. PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR
A escola está situada na área central de Ponta Grossa, porém, atende
alunos oriundos de várias regiões/bairros da cidade, caracterizando uma
clientela bastante variada e heterogênea.
Enfatizamos que uma parcela dos alunos mora com o pai, a mãe e os
irmãos. Mas a grande maioria dos alunos vem de uma constituição familiar
desestruturada, em que os pais são separados, convivendo apenas com avós,
tios ou outros responsáveis. Observa-se também que uma parcela de alunos
vive alternando suas moradias, oram moram com pai, ora moram com a mãe,
ora moram com avós e assim sucessivamente.
As famílias podem ser consideradas, em sua maioria, de classe média
baixa, sendo humildes, com poucos conhecimentos e bastante dificuldades
financeiras. O nível de escolaridade dos pais pode ser considerado regular,
pois a maioria cursou o Ensino Fundamental, sendo alguns até analfabetos.
Com relação aos alunos, observa-se principalmente que estes em sua
maioria não possuem nenhuma perspectiva de vida e que também não tem
acesso ao saber universalizado, convivendo com estruturas mínimas de acesso
ao conhecimento fora da escola.
Destacamos através dos levantamentos realizados que muitas famílias
também são mantidas não somente pelo pai, mas também pelas mães que em
sua maioria trabalham fora.
Em suma, nossa clientela pode ser considerada bastante diversificada e
nossa instituição também possui um espaço onde se efetivará o trabalho
comprometido com a diversidade respeitando a individualidade e as diferenças.
30
6. MODALIDADES QUE O COLÉGIO OFERECE
6.1. ENSINO FUNDAMENTAL
Nesta modalidade de ensino, o colégio tem como proposta uma
educação voltada ao desenvolvimento cognitivo, físico, afetivo, social, ético e
estético do aluno. Nosso objetivo é formar alunos que tenham a capacidade de
analisar, refletir e criticar as situações da realidade em que vivem,
transformando-a
Sendo assim, diante do que está proposto na Lei de Diretrizes e Base da
Educação Nacional (9394/96), o ensino fundamental deve desenvolver o pleno
domínio da leitura, escrita e cálculo; formando para a compreensão do
ambiente natural, social, político, tecnológico, artístico e dos valores que
fundamentam a sociedade.
6.2. ENSINO MÉDIO – CURSO TÉCNICO EM PUBLICIDADE – EIXO
PROFISSIONAL, PRODUÇÃO CULTURAL E DESING – INTEGRADO
Nesta modalidade de ensino, o colégio visa aperfeiçoar as relações que
podem se estabelecer entre trabalho, cultura, ciência e tecnologia como
princípios que sintetizam o processo de formação.
O curso pretende enaltecer e evidenciar as atividades profissionais
dedicada à difusão pública de idéias associadas a empresas, produtos ou
serviços, especificamente a propaganda comercial.
Os componentes curriculares integram-se e articulam-se garantindo que
os saberes científicos e tecnológicos sejam à base da formação técnica.
6.3. CURSO TÉCNICO EM ARTE DRAMÁTICA - SUBSEQUENTE
O curso Arte Dramática subsequente visa à concepção de uma
formação técnica que articule trabalho, cultura, ciência e tecnologia como
princípios que devem transversalizar todo o desenvolvimento curricular.
A proposta pretende proporcionar uma formação na qual teoria e prática
possibilitem aos alunos compreenderem a realidade para além de sua
31
aparência. Os conteúdos não têm fins em si mesmo porque se constituem em
síntese da apropriação histórica da realidade material, social e cultural do
homem.
A organização dos conhecimentos do Curso enfatiza a formação
humana na qual o aluno, como sujeito histórico produz sua existência pelo
enfrentamento consciente da realidade dada, produzindo valores de uso,
conhecimentos e cultura por sua ação criativa.
Em síntese, o aluno ao concluir o curso deve dominar o conhecimento
científico e tecnológico construídos historicamente que irão garantir sua
inserção no mundo social e do trabalho de forma crítica, com autonomia
intelectual e moral; e, conhecimentos técnicos que lhe permite desenvolver a
atividade de interpretação na linguagem teatral, com conhecimento de:
construção cênica, iluminação, sonoplastia, figurino, maquiagem,
caracterização e produção.
6.4. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)
O Curso de Educação de Jovens e Adultos tem o objetivo de educar e
instruir uma clientela com condições sociais e econômicas muito especiais,
assegurando-lhes melhores oportunidades no mercado de trabalho e também
para exercer sua cidadania, tornando-se capaz de auxiliar na transformação da
sociedade.
A oferta da Educação de Jovens e Adultos busca dar continuidade aos
estudos visando oportunidades apropriadas e considerando as características,
interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-
pedagógicas coletivas e ou individuais.
A educação de adultos compreende a educação formal e permanente, a
educação não formal e toda a gama de oportunidades de educação informal e
ocasional existentes em uma sociedade educativa e multicultural, na qual se
reconhecem os enfoques baseadas na prática.
Neste sentido, para que se considere a EJA como uma modalidade de
educativa, faz-se necessário buscar uma concepção mais ampla das
dimensões tempo/espaço de aprendizagem, na qual educadores e educandos
estabeleçam uma relação mais dinâmica com o entorno social.
32
Para tanto, a EJA tem como finalidade e objetivos o compromisso com a
formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo que os educandos
venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com
comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da
autonomia intelectual e moral.
A EJA deve ter uma estrutura flexível e ser capaz de contemplar
inovações que tenham conteúdos significativos. Nesta perspectiva, há um
tempo diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos. Os
limites e as possibilidades de cada educando devem ser respeitados.
6.5. CURSO CELEM ESPANHOL
O Curso denominado CELEM sob a resolução de autorização n.º
3977/2006 – DOE 24/08/06 busca demonstrar que a Língua Espanhola é muito
importante devido às relações culturais e às relações que estão presentes
entre os países do Mercosul.
O Curso CELEM – Língua Espanhola, atende os alunos matriculados na
escola e também a comunidade em geral, oportunizando a participação dos
alunos da escola pública.
6.6. SALA DE RECURSOS
Partindo da etimologia da palavra “Inclusão”, ou seja, o ato de “Incluir”,
que segundo dicionário FERREIRA (1989, p. 410) significa: “Compreender,
abranger... conter em si, fazer tomar parte; inserir, introduzir...”,
Compreendemos a necessidade de reflexão sobre a temática. Falar
sobre Inclusão é trazer a discussão uma carga enorme de responsabilidades,
principalmente no que diz respeito à inclusão de seres humanos.
O tema Inclusão e Diversidade é atualmente fonte de inúmeros debates
no âmbito educacional, no entanto, ainda há uma visão equivocada de que
necessidades educacionais especiais referem-se apenas a educandos
portadores de deficiência, seja ela mental, física, auditiva ou visual. Nessa
perspectiva erroneamente entende-se que apenas educandos com deficiência
estariam a margem do sistema educacional, desconsiderando assim diferentes
33
segmentos sociais que também se encontram marginalizados e excluídos em
nossas escolas.
Entendemos que a visão que norteia os inúmeros debates educacionais
que constituem a cerca dessa temática, é que são as diferenças que
constituem os seres humanos, como o multiculturalismo e as complexas
transformações sociais e econômicas.
Na educação assume-se a construção de um espaço de conhecimento e
diálogo, onde as diferenças não sejam consideradas uma forma explícita de
exclusão, mas sim se complementem e contribuam para o processo de
desenvolvimento.
As políticas adotadas pela SEED PR, são de reconhecimento das
diferenças e trabalho de inclusão daqueles que sofreram ou sofrem qualquer
forma de exclusão, seja ela física ou simbólica.
Analisando o histórico da inclusão social das pessoas com necessidades
educacionais especiais das áreas física, visual, auditiva e intelectual, é
impossível desconsiderar os inúmeros avanços alcançados ao longo de
inúmeros anos de luta e conquistas , a considerar que até o séc. XIX os “
retardados” assim como eram denominados eram vistos como criaturas
malignas e aberrações da natureza. Até meados do séc. XX, os mesmos
passaram por um período de exclusão, sendo considerados indignos de
educação escolar. A partir do séc. XX as pessoas com necessidades especiais
eram segregadas e recebiam atendimento isolado. Apenas a partir da década
de 70 é que se passa a pensar em integração e finalmente na segunda metade
da década de 80 surge a palavra Inclusão, a qual está presente atualmente em
inúmeras discussões e também no dia a dia de nossas escolas.
A Inclusão de alunos com Necessidades Educacionais Especiais, na
rede regular de ensino é uma política que vem sendo desenvolvida desde a
década de 90, principalmente com a LDB ( Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional) 9394/96, que estabelece que o atendimento aos
educandos com necessidades educacionais especiais seja preferencialmente
na rede regular de ensino.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB
9394/96 em seu artigo 58: “ Entende-se por Educação Especial, para efeitos
34
desta lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na
rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.
§ 1º Haverá quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola
regular, para atender às peculiaridades da clientela da educação especial.”
No Estado do Paraná, a forma de trabalho adotada e a posição
assumida é da “Inclusão Responsável,” onde inúmeras medidas estão sendo
desenvolvidas, medidas estas pioneiras no Brasil no que tange a Inclusão de
educandos com necessidades educacionais especiais na rede regular de
ensino.
Portanto, ao reconhecer a importância de fazer-se cumprir tal condição
nossa instituição contempla a Inclusão de alunos com necessidades especiais
de modo que não apenas possamos receber os alunos, mas sim que
possamos nos preparar para atender as diferenças.
Embora essa tarefa não seja uma tarefa fácil, pois ainda existem
inúmeras barreiras a serem transpostas, não somente arquitetônicas, mas
também de velhos paradigmas a serem quebrados, percebemos que já
avançamos nessa caminhada.
Compactuamos com FREIRE (1997, p. 39 ) quando ele afirma que:
“Faz parte igualmente do pensar certo a rejeição mais
decidida a qualquer forma de discriminação. A prática
preconceituosa de raça, de classe, de gênero ofende a
substantividade do ser humano e nega radicalmente a
democracia”.
Consideramos o pensamento apresentado por Freire como ponto de
partida para o nosso trabalho com os educandos com necessidades
educacionais especiais em nossa instituição, pois compreendemos que em
uma sociedade onde inúmeras são as diferenças, não podemos fechar os
nossos olhos e acreditar em uma escola homogênea onde todos aprendem ao
mesmo modo e tempo, pensam e sentem os mesmos sentimentos. Há que se
considerar as potencialidades e necessidades de cada ser e buscar
desenvolver cada uma delas, atendendo devidamente e propiciando as
condições necessárias para que o trabalho aconteça.
35
Na Deliberação 02/03 do Sistema de Ensino do Estado do Paraná em
seu artigo 9 fundamenta-se que: “O estabelecimento de ensino regular de
qualquer nível ou modalidade garantirá em sua proposta pedagógica o acesso
e o atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais”.
Para tanto, nossas instituições vem ao longo dos anos buscando
algumas adaptações com a construção de rampas na entrada e acesso ao
primeiro piso e banheiros, com intuito de eliminar as barreiras arquitetônicas
nas instalações, embora saibamos da necessidade de melhorias e adequação
das mesmas.
Atualmente contamos com professor habilitado e especializado para
atuar em Sala de Recursos que atende a alunos com necessidades
educacionais especiais e professor habilitado e especializado para atuar com
Apoio em Sala de Aula aos alunos com Transtornos Globais do
Desenvolvimento no Ensino Fundamental, sendo estes programas de
atendimento uma grande conquista para a instituição e para a comunidade
escolar, mesmo porque apresentamos significativo números de alunos que
necessitam dos mesmos.
De acordo com a Instrução n.º 013/08 da SEED “ A Sala de Recursos é
um serviço especializado de natureza pedagógica que complementa o
antendimento educacional realizado em Classes Comuns do Ensino
Fundamental ”. Em que são atendidos “... alunos egressos de Escolas
Especiais e/ ou Salas de Recursos das séries iniciais do Ensino Fundamental.
Da classe comum, com atraso acadêmico significativo decorrente da
deficiência Mental/ Intelectual. Da classe comum com Transtornos Funcionais
Específicos, com avaliação no contexto escolar, realizada por equipe
multiprofissional.
De acordo com a Instrução n.° 010/08 – SUED/ SEED – “ o programa
de Apoio em Sala de Aula para atendimento com alunos com Transtornos
Globais do Desenvolvimento, também ofertado em nossa instituição, o
professor de Apoio é um profissional especializado, que atua no contexto de
sala de aula, nos estabelecimentos de Ensino Fundamental, Ensino Médio e
Educação de Jovens e Adultos. É assegurado o professor de Apoio à alunos
com Transtornos Globais do Desenvolvimento que apresentam: alterações
qualitativas das interações sociais recíprocas, na comunicação, um repertório
36
de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se neste
grupo alunos com Autismo, Síndromes de Espectro do Autismo e Psicose
Infantil, que apresentam dificuldades de adaptação escolar e de aprendizagem,
associados ou não à limitações no processo do desenvolvimento
biopsicossocial que requeiram apoio e atendimento especializado intensos e
contínuos, com acompanhamento nas atividades escolares em classe comum,
oportunizando autonomia, independência e valorizar as idéias dos alunos
desafiando-os a empreenderem o planejamento de suas atividades, priorizando
a necessidade e/ou especificidade de cada aluno, atuando como mediador do
processo ensino-aprendizagem com estratégias funcionais, adaptações
curriculares, metodológicas, dos conteúdos, objetivos, de avaliação,
temporalidade e espaço físico, de acordo com as peculiaridades do aluno e
com vistas ao progresso global, para potencializar o cognitivo, emocional e
social, promovendo a interação entre esses alunos e os demais educandos da
comunidade escolar.
Acreditamos que a inclusão de alunos com necessidades educacionais
especiais atualmente não é uma utopia, mas algo presente e que vem sendo
conquistado de maneira efetiva, embora tenhamos a consciência de que ainda
temos muito a caminhar nesse sentido, buscando desenvolver atividades de
reflexão e estudo como forma de aperfeiçoamento dos profissionais da
educação, ou seja, da escola como um todo, para fazer da Inclusão não
apenas uma palavra a ser dita, mas efetiva em nossa instituição.
Com o pensamento direcionado à substantividade do ser humano seria
uma contraposição conceber a aprendizagem e o desenvolvimento de algo.
Em suma, acreditamos também que ao efetivarmos a inclusão de
alunos com necessidades necessidades educacionais especiais como uma
prática possível em nossa instituição estaremos nos propondo a fazer com que
essa prática seja desenvolvida realmente em um trabalho comprometido com o
desenvolvimento desses alunos e respeitando sua individualidade.
Contudo, consideramos que as atividades citadas desenvolvidas em
nossa instituição contemplam a inclusão e podem ser consideradas iniciativas
significativas e que acima de tudo visam o desenvolvimento integral de nossos
educandos sem qualquer distinção efetivando-a como uma escola engajada na
proposta de inclusão responsável.
37
Para tanto a sala de recursos é uma modalidade da Educação Especial
que tem por objetivos atender educandos que estão regularmente matriculados
de 5.ª a 8.ª série cujo desenvolvimento requer atendimento complementar
diferenciado, de forma a subsidiar com metodologias e atividades diversificadas
e extracurriculares o processo ensino aprendizagem.
A sala de recursos é parte integrante da escola e segue as mesmas
normas e diretrizes do estabelecimento de ensino.
6.7. SALA DE APOIO – LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA
É uma modalidade de projeto que dá suporte aos alunos de 5.ª série que
apresentam dificuldades nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.
As aulas são realizadas no período contrário ao ensino regular e são
diferenciadas no quesito metodologia, pois pretendem motivar, mobilizar e
despertar os alunos que apresentam baixo rendimento nas disciplinas de
Língua Portuguesa e Matemática, com vistas ao melhor desempenho nessas
áreas do conhecimento.
7. REFLEXÃO TEÓRICO PRÁTICA
Diante do perfil da sociedade em que vivemos, cercada por constantes
contradições entre os aspectos relacionados à globalização e seus reflexos
perante a sociedade, a escola pública assume um papel primordial diante das
injustiças sociais, da exclusão e da desagregação de valores.
Percebemos diante desta caracterização que o grande desafio da escola
pública é a garantia e a permanência dos alunos na escola. Para tanto, muitos
são os problemas enfrentados para o cumprimento desta missão, as quais
destacamos: condições sócio-econômicas, diferenças culturais, étnicas, raciais,
religiosas e conflito de valores.
Outra dificuldade enfrentada na escola é a grande rotatividade de alguns
professores devido a licenças médicas, cursos de capacitação, licenças
especiais, entre outros. Esta realidade muitas vezes causa prejuízos ao
processo de ensino aprendizagem e a própria organização da escola.
38
A inconstância e a rotatividade dos professores também dificultam a
própria incorporação e efetivação do Projeto Político Pedagógico da escola,
pois, em sua maioria, os profissionais que são adequados à instituição não
conseguem incorporar as considerações da proposta pedagógica.
A participação dos pais em atividades e reuniões promovidas pela
escola está se tornando a cada dia mais complicada e desafiadora. Os
responsáveis, devido à falta de tempo e também a pouca tolerância para lidar
com seus filhos no que se refere a limites, acabam deixando para a escola o
papel de “educar”. Neste contexto, o desafio da escola é ainda maior e
desafiador.
Vale destacar que o papel da educação é transmitir conhecimentos
formais que foram constituídos ao longo da história, evidenciando assim, o
homem como um sujeito histórico.
Neste sentido, a escola necessita estar consciente de seu papel na
sociedade assumindo sua função de educar.
Para tanto, a especificidade da proposta curricular deve contemplar o
educando como um ser humano, social e histórico, valorizando a cultura, a
diversidade e a ciência.
IV. ATO CONCEITUAL
As concepções de homem, sociedade, educação, escola, ensino-
aprendizagem, avaliação, cultura afro, escola democrática, formação
continuada, concepção curricular entre outros, norteiam os rumos que nossa
instituição quer seguir para um desenvolvimento de educação.
Essas visões constituem a essência de nosso trabalho pedagógico,
político e social. Em um visual abrangente, envolve a concepção que temos
em relação ao que queremos e desejamos.
39
8. CONCEPÇÕES
8.1. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Atualmente temos vivenciado no cotidiano de nossa sociedade a
ausência de valores, a impunidade, o materialismo, o consumismo, a violência,
a miséria a injustiça, as desigualdades sociais e outras tantas situações que
repercutem na sociedade.
Segundo Dalben (2004, p. 55):
“A sociedade tem apresentado um ritmo acelerado de transformações,
com a sociedade vivendo uma dinâmica muito acentuada de alterações, num
processo frenético. (...) Mais do que nunca, são exigidas dos sujeitos uma
participação intensa e efetiva, transparências em seus posicionamentos e a
explicitação dos objetivos das suas decisões.”
A sociedade com a qual sonhamos é diferente desta que estamos
vivenciando e com a qual temos que conviver.
Neste sentido, nós educadores precisamos ter total clareza na condução
do trabalho pedagógico da sala de aula para garantir a apropriação do saber e
ainda transmitir valores que necessitam ser resgatados, educando para a
cidadania e o bem viver. Nesta dinâmica, temos o desafio de superar as
relações de dominação que impedem os sujeitos de conquistarem a cidadania
plena. Para tanto, precisamos lutar por uma sociedade em que a igualdade e a
dignidade humana sejam bandeiras mestras.
8.2. CONCEPÇÃO DE HOMEM
Nossa escola pensa na formação do homem integral, em que se
privilegie todas as suas dimensões.
Nesse sentido, acreditamos que o homem pode se transformar num
sujeito ético e construtor da democracia e da justiça social. Para tanto,
necessita ser atendido em toda a sua dimensão e deve dispor de recursos que
satisfaçam suas necessidades, para que analise, compreenda e intervenha na
realidade, buscando transformá-la para o bem comum.
40
“(...) isto porque o homem não se faz homem naturalmente; ele não
nasce sabendo ser homem, vale dizer, ele não nasce sabendo sentir, pensar,
avaliar, agir. Para saber pensar e sentir; para saber querer, agir ou avaliar, é
precisa aprender, o que implica o trabalho educativo.” (Saviani, 1997, p.11)
Pensando no homem como um ser histórico, observa-se que este pode
escrever sua história de maneira crítica e construtiva, traçando metas e
buscando alcançá-las.
8.3. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
O desafio da educação e a proposta de educação para todos, através
das políticas de educação e nas ações educativas, levando em conta as
peculiaridades de cada aluno, em seus diferentes contextos. Sendo assim, vale
a afirmação de Pinto (2004):
“A educação é o processo pelo qual a sociedade forma seus membros à
sua imagem e em funções de seus interesses”.
Para tanto, acreditamos que a educação possui uma função social
permanente, onde todos educam e são educados, contribuindo na construção
de uma sociedade mais justa e igualitária. A escola também deve conceber a
educação como um processo para o desenvolvimento integral do ser humano.
A efetivação da educação possibilita assim ao educando perceber-se
como agente transformador numa atitude de liberdade, visão crítica e
humanitária. “(...) A educação, portanto, não transforma de modo direto e
imediato e sim de modo indireto e mediato, isto é, agindo sobre
os sujeitos da prática”. (Saviani, 1995, p. 85).
Nesse sentido, a educação deve agir sobre os sujeitos da prática com a
finalidade de formar cidadãos capazes de analisar, compreender e intervir na
realidade, visando o bem estar do homem, no plano pessoal e coletivo. O
processo educacional deve oportunizar o conhecimento científico e cultural,
visando uma formação consciente dos direitos e deveres no preparo da vida
em sociedade.
41
8.4. CONCEPÇÃO DE ESCOLA
“Sabemos que a escola que está aí não é a que merecemos, nem
tampouco aquela com que sonhamos; assim como temos convicção de que a
construção dessa nova escola exige de nós uma tomada de posição, exige de
nós uma ação.” (Vale, 1996, p. 103)
Conforme a citação acima, acreditamos que de uma maneira geral a
escola está em constante busca para efetivar um ensino de boa qualidade.
Nesse sentido, a escola é o local privilegiado para promover o
conhecimento sistematizado, oportunizando o espaço físico adequado e
contribuindo para que ocorra a aprendizagem.
A escola deve tornar-se um espaço de criação, valorizando a existência
de diferentes culturas, despertando assim no aluno o espírito de pesquisa, de
busca de ter prazer no aprender e no conhecer coisas novas, proporcionando
Para tanto, faz-se necessário que a escola objetive qualidade, torne-se
espaço de formação cultural, tecnológica e científica, efetivando-se como
formadora de cidadãos críticos e conscientes do seu papel na sociedade.
8.5. CONCEPÇÃO DE ESCOLA DEMOCRÁTICA
Acreditamos em escola democrática na medida em que esta garanta a
qualidade, o acesso e a permanência de forma gratuita para todos os alunos,
independente da raça, ideologia, cor, etnia, religião ou grupo social, e para os
alunos portadores de qualquer tipo de deficiência.
Para tanto, a gestão democrática é um princípio importante para que a
escola seja um espaço permanente de debate, diálogo e reflexão, buscando
sempre a liberdade de expressão, o acesso à pesquisa, a arte e ao saber. Que
a escola democrática possa contribuir para o processo de construção da
cidadania plena.
Senso assim, esta instituição desenvolve uma gestão democrática
centrada nos valores e princípios democráticos. O trabalho a ser desenvolvido
na escola deve visar o cumprimento da função social e política da educação,
que é a formação social do cidadão
42
8.6. FORMAÇÃO CONTINUADA
Considerando as inúmeras transformações que permeiam a
sociedade atual decorrente da globalização, assumimos enquanto profissionais
da educação uma postura de comprometimento social, que deve estar atrelada
a capacidade também de desenvolvimento no sentido de acompanhar tais
transformações.
Segundo Freire (1997, P.55) “Como professor crítico, sou um aventureiro
responsável, predisposto à mudanças, a aceitação do diferente. Nada do que
experimentei em minha atividade docente deve necessariamente repetir-se.”
“...Na verdade, o inacabamento do ser ou sua inclusão é próprio da experiência
vital.”
Portanto, enquanto seres em constante transformação,
consequentemente assumimos nossa capacidade de estarmos em constante
aperfeiçoamento. Para tanto, é importante que estejamos dispostos a buscar
além do que nos é proporcionado estando sempre abertos a inovações.
Nesse sentido, juntos a equipe técnico pedagógica e corpo docente do
Colégio Estadual Senador Correia vem demonstrando uma constante
preocupação com a formação de seus profissionais, uma vez que
compreendemos essa formação como um processo contínuo e permanente.
Compactuamos o pensamento de Candau (2003, p.51) de que: “A busca
da construção da qualidade de ensino de uma escola de primeiro e segundo
graus comprometida com a formação para a cidadania exigem
necessariamente repensar a formação de professores, tanto no que se refere à
formação inicial, como a formação continuada”.
Uma vez que enquanto instituição comprometida com a qualidade de
ensino, deparamo-nos com a necessidade de um trabalho direcionado à
formação de nossos profissionais. Para tanto, buscamos desenvolver projetos
integrados que direta ou indiretamente contribuem para a formação continuada,
além dos momentos de capacitação promovidos pela Secretaria de Estado da
Educação que proporcionam a troca de experiências e integração entre os
membros da escola.
Partilha-se das idéias de Bicudo Junior (1999, P.23) de que “A formação
precisa intencionalmente possibilitar o desenvolvimento do professor como
43
pessoa, como profissional e como cidadão”. “(...) Construir uma proposta de
formação que atenda a esses propósitos exige, antes de mais nada, conhecer
e analisar a atuação profissional do professor.”
Embora percebamos as dificuldades enfrentadas pela escola na
estruturação dos horários devido a inúmeros fatores organizacionais,
compreendemos a importância do momento da hora atividade no sentido de
possibilitar momentos de troca entre os profissionais que direta ou
indiretamente auxiliam no processo de formação continuada.
Pretendemos enquanto escola firmar estratégias para o processo de
formação de nossos profissionais, pois compreendemos que assim como a
educação, a formação dos profissionais é um processo contínuo e infinito.
Desejamos atingir um patamar em que haja a conscientização de nossos
profissionais sobre a importância do processo de formação continuada.
Nossa proposta visa também à organização e estruturação das
atividades desenvolvidas no sentido de avançar as discussões nela
apresentadas como um todo para a sua efetivação contribuindo
significativamente para a formação de nossos profissionais e
conseqüentemente assegurando o pleno desenvolvimento do nosso trabalho.
8.7. CONCEPÇÃO CURRICULAR
Quando discorremos sobre currículo, associamos a plano e proposta
pedagógica ou até mesmo uma organização de atividades distribuídas no
espaço e tempo da escola. Em verdade, currículo tem sentido e significado
mais amplo e está diretamente relacionado à experiência coletiva e cultural de
cada comunidade escolar.
A organização deste currículo deve refletir as práticas sócio-culturais
pensando na construção de uma proposta curricular voltada para a interação
entre as diversas culturas e saberes, pois são eles que promovem sua
ressignificação.
Desta forma, um currículo constitui-se de saberes populares e
acadêmicos bem como na transmissão de bens culturais científicos ou não,
abordando assim temas de interesses ou necessidades dos alunos e da
comunidade escolar.
44
8.8. CONCEPÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM
A concepção sobre o ato de ensinar e aprender vem ao longo dos anos
sofrendo e recebendo interferências de diversos segmentos da sociedade.
Hoje, o professor deve ser aquele que ensina o aluno a aprender e a
ensinar a outrem o que aprendeu. O ensinar do professor deve ser ativo, no
qual o aluno é sujeito da ação e não sujeito paciente.
O processo de ensino aprendizagem é composto de duas partes,
ensinar que exprime uma atividade e aprender que envolve grau de realização
de uma determinada tarefa com sucesso.
Sendo assim, no processo pedagógico, alunos e professores são
sujeitos e devem atuar de forma consciente. Não se trata apenas de sujeitos,
mas de seres humanos com culturas e histórias particulares de vida.
O processo de ensino aprendizagem também envolve um conteúdo que
é também produção e produto, pois todo ato educativo parte de um
conhecimento que é prévio e de senso comum para logo em seguida se tornar
formal e sistematizado.
Assim, cabe ao professor o desafio de tornar as práticas educativas mais
condizentes com a realidade e evidenciar teorias capazes de abranger o
indivíduo como um todo, promovendo o conhecimento e a educação.
9. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
O ato de avaliar exige a definição de onde se quer chegar com
estabelecimento dos critérios, para em seguida escolher os procedimentos.
O valor da avaliação reside no fato do aluno poder tomar conhecimento
de seus avanços e dificuldades, pois a dinâmica da avaliação diz respeito a um
processo amplo e abrangente que abarca todas as ações desenvolvidas na
ação pedagógica, assim como todos os sujeitos envolvidos. Portanto deve
estar claro para aquele que avalia que ele também é parte integrante do
processo avaliativo uma vez que foi o responsável pela mediação no processo
de ensino aprendizagem. Logo, quando se lança o olhar para avaliar alguém ou
alguma ação no âmbito de uma instituição escolar, lança-se também o olhar
45
sobre si próprio. Ao avaliar deve-se ter em mente o processo como um todo,
bem como aquele a quem se está avaliando.
Dentro deste processo, compreendemos a avaliação como um dos
aspectos do ensino, pelo qual o professor estuda e interpreta dados da
aprendizagem do aluno, diagnosticando se houve apropriação do
conhecimento, como também analisando sua própria prática pedagógica.
De acordo com Luckesi (2003):
“A avaliação é um processo dinâmico, podendo ser instrumento que
auxilia o professor na seleção e intervenção pedagógica e permite ao aluno
uma tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades.”
Partimos então do pressuposto de que a avaliação da aprendizagem é
um instigante objeto de pesquisa para o próprio desenvolvimento profissional
do professor. A avaliação reflete sobre o significado dos erros e acertos dos
alunos, preocupando-se em compreender os diferentes processos e os alunos
utilizam ao apropriar-se os conhecimentos e ao inquietar-se frente o resultado
obtido. É importante refletir sobre a relação entre suas propostas didáticas e a
real aprendizagem do aluno, superando assim a dificuldade encontrada.
9.1. DADOS ESTATÍSTICOS REFERENTES AO APROVEITAMENTO DOS
ALUNOS
ÍNDICES DE APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO DO ANO DE 2009
ENSINO FUNDAMENTAL
SÉRIE 5.ª 6.ª 7.ª 8.ª
TOTAL DE ALUNOS 229 213 158 167
APROVADOS 145 143 105 112
REPROVADOS 51 43 34 41
DESISTENTES 33 27 19 14
TOTAL DE ALUNOSAPROVADOS
46
REPROVADOS
DESISTENTES
PERCENTUAL DE RESULTADO FINAL DO ANO LETIVO DE 2009
SÉRIE 5.ª 6.ª 7.ª 8.ª
TOTAL DE ALUNOS 229 213 158 167
APROVADOS 63,3 67,1 66,4 67,0
REPROVADOS 22,2 20,1 24,5 24,5
DESISTENTES 14,4 12,6 12,0 8,3
PERCENTUAL DE RESULTADO FINAL DO ANO LETIVO DE 2009
TOTAL DE ALUNOS767
APROVADOS 65,8
REPROVADOS 22,0
DESISTENTES 12,1
ENSINO PROFISSIONAL - SUBSEQUENTE – 1.º Semestre
RESULTADO FINAL
TOTAL DE ALUNOS 26
APROVADOS 10
REPROVADOS 04
DESISTENTES 12
PERCENTUAL DE RESULTADO FINAL DO ANO LETIVO DE 2009
TOTAL DE ALUNOS100
APROVADOS 38,4
REPROVADOS 15,3
DESISTENTES 46.1
47
ENSINO PROFISSIONAL - SUBSEQUENTE – 1.º SEMESTRE
TOTAL DE ALUNOS 30
APROVADOS 08
REPROVADOS 04
DESISTENTES 18
PERCENTUAL DE RESULTADO FINAL DO ANO LETIVO DE 2009
TOTAL DE ALUNOS100
APROVADOS 26,6
REPROVADOS 13,3
DESISTENTES 60,0
ENSINO PROFISSIONAL - SUBSEQUENTE – 2.º SEMESTRE
TOTAL DE ALUNOS 11
APROVADOS 10
REPROVADOS 01
DESISTENTES 0
PERCENTUAL DE RESULTADO FINAL DO ANO LETIVO DE 2009
TOTAL DE ALUNOS100
APROVADOS 90,9
REPROVADOS 9,0
DESISTENTES 0
Analisando os resultados apresentados acima, podemos constatar que
os índices variam conforme o turno e também de acordo com a modalidade de
ensino.
48
Observamos que os resultados apresentados no ano de 2009
avançaram as expectativas do ano de 2008 no sentido do aumento do
percentual de aprovação de alunos do Ensino Fundamental.
Já no Ensino Profissionalizante, os índices variam por conta da
caracterização da clientela e do próprio período. A desistência dos alunos é
alta devido a fatores profissionais que levam ao cansaço físico, questões
econômicas e também a não identificação com as características do curso.
Os fatores que causam a evasão no Ensino Fundamental estão
relacionados a questões como gravidez precoce, defasagem idade/série,
transferência de moradia, conflitos familiares, repetência, morte na família,
problemas de saúde, falta de imposição de limites dos pais ou responsáveis,
desestruturação da família, drogas, atos infracionais, violência e negligência da
família e até trabalho infantil.
Detectado as causas da evasão, a escola está estabelecendo metas
para a redução destes índices, tais como: estabelecimento um ambiente de
respeito para os alunos se sentirem acolhidos, acompanhamento diário da
presença dos alunos, encaminhamento de relatórios ao Conselho Tutelar,
Preenchimento da ficha FICA, promoção de cooperação e solidariedade entre
os alunos, promoção de reuniões informativas aos responsáveis, palestras
orientativas aos alunos e também o projeto desenvolvido no período
contraturno.
Quanto ao rendimento do processo de ensino aprendizagem, podemos
perceber que existe uma variação pequena de percentual entre as séries e que
o maior índice de reprovação ocorre com os dois últimos anos do Ensino
Fundamental.
Não podemos também deixar de analisar os indicativos do IDEB de 2009
quando apenas alcançamos a meta projetada para o ano e não aumentamos
quanto desejaríamos.
Sendo assim, o coletivo escolar está constantemente revendo os
percentuais de análise de resultados e promovendo discussões com
professores com o objetivo de estar melhorando a prática e o fazer pedagógico
com vistas a melhorias dos índices quantitativos.
49
10.1. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL
E MÉDIO
10.1.1 PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
A modalidade de ensino do Ensino Fundamental tem como proposta
uma educação que contemple o desenvolvimento cognitivo, físico, afetivo,
social, ético e estético. O objetivo é formar o cidadão crítico, reflexivo e atuante
que questione e transforme a realidade a qual faz parte.
Diante do que propõe a Lei de Diretrizes e Bases n.º 9394/96, o ensino
fundamental deve desenvolver o pleno domínio da leitura, escrita e cálculo;
formar para a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político,
da tecnologia, das artes e dos valores que fundamentam a sociedade; levar o
educando a aquisição de atitudes e valores como os vínculos familiares e a
solidariedade humana.
10.1.1.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTES
JUSTIFICATIVA
O ensino da Arte tem por objetivo estudar a diversidade cultural e as
diversas formas de expressões e produções humanas, assim o estudo das
artes visa organização e interpretação dos signos verbais, objetivando ampliar
a visão do aluno para que possa compreender as construções simbólicas de
outros sujeitos pertencentes as mais diversas realidades culturais.
OBJETIVOS
- Compreender os elementos que estruturam e organizam a música e sua
relação com o movimento artístico no qual se originam.
- Desenvolver a formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e
harmônicos.
- Compreender as diferentes formas musicais populares, suas origens e
práticas contemporâneas.
51
- Analisar as diferentes formas musicais no cinema e na mídias, sua função
social e ideológica.
- Perceber a música como fator de transformação social.
- Identificar os elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua
relação com o movimento artístico.
- Compreender os elementos que estruturam e organizam o teatro e sua
relação com os movimentos artísticos nos quais se originam.
- Identificar as diferentes formas de representação presentes no cotidiano,
suas origens e práticas contemporâneas.
- Apropria-se prática e teoricamente das tecnologias e modos de composição
da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
- Perceber as diferentes formas de manifestação popular, suas origens e
práticas contemporâneas.
- Compreender a dança enquanto fator de transformação social.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
5.ª série/6.º ano
Conteúdos estruturantes
- Elementos formais;
- Composição;
- Movimentos e períodos.
- Conteúdos básicos
Concepção de arte;
- Letra bastão: maiúscula e minúscula;
- Cor;
- Textura;
- Ponto;
- Linha;
- Técnicas de desenho;
- Desenho livre, dirigido, memorização e de observação;
- Teatro;
52
- Folclore;
- Música;
- Altura;
- Duração;
- Timbre;
- Dança;
- Ritmo;
- Arte Greco-romana;
- Arte pré-histórica;
- Arte africana;
- Iniciação a leitura de obras de arte;
- Paisagem campestre, marítima e urbana.
6.ª série/7.º ano
Conteúdos estruturantes
- Elementos formais;
- Composição;
- Movimentos e períodos.
Conteúdos básicos
- Concepção de arte;
- Ponto;
- Linha;
- Forma;
- Textura;
- Perspectiva;
- Paisagem campestre, marítima e urbana;
- Arte popular;
- Arte indígena;
- Arte abstrata;
- Folclore;
- Música;
- Dança;
53
- Movimento corporal;
- Arte africana;
- Mestres da pintura paranaense;
- Mestres da pintura brasileira;
- Escultura;
- Poesia;
- Iniciação a leitura de imagens;
- Teatro popular.
7.ª série/8.º ano
Conteúdos estruturantes
- Elementos formais;
- Composição;
- Movimentos e períodos.
Conteúdos básicos
- Ponto;
- Cor;
- Linha;
- Forma;
- Textura;
- Música;
- Melodia;
- Harmonia;
- Técnicas de desenho;
- Indústria cultural;
- Arte moderna;
- Arte contemporânea;
- Impressionismo;
- Expressionismo;
- Cubismo;
- Palavras ilustrativas;
- Onomatopéias;
54
- Balões;
- História em quadrinhos;
- Logotipo;
- Propaganda;
- Mestres da pintura brasileira (vida e obras);
- Folclore.
8.ª série/9.º ano
Conteúdos estruturantes
- Elementos formais;
- Composição;
- Movimentos e períodos.
Conteúdos básicos
- Concepção de arte;
- Letra bastão: maiúscula e minúscula;
- Linha;
- Forma;
- Textura;
- Cor;
- Estilo abstracionista;
- Arte popular;
- Arte moderna;
- Arte contemporânea;
- Realismo;
- Vanguardas;
- Cubismo;
- Futurismo;
- Dadaísmo;
- Teatro do oprimido;
- Surrealismo;
- Folclore;
- Música popular brasileira;
55
- Pintura grafitte;
- Dança Moderna;
- Arte indígena;
- Arte africana;
- Mestres da pintura brasileira;
- Leitura de obras de arte.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade
contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos
tecnológicos na arte.
Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e
recursos tecnológicos.
Percepção de modos de fazer dança, através de diferentes mídias.
AVALIAÇÃO
A avaliação para a disciplina de arte deverá ser diagnóstica, processual
contínua e cumulativa. Pretende se avaliar todos os momentos da prática
pedagógica, utilizando se de técnicas, procedimentos e de elementos artísticos
relativos à Música, às Artes Visuais, ao Teatro e à Dança. Observando se
assim:
a assiduidade, pontualidade, participação em trabalhos artísticos individuais e
em grupo, pesquisas bibliográficas e de campo, debates em forma de
seminários, simpósios, avaliações teóricas, práticas com registros em forma de
relatórios, gráficos, portfólio, áudio visual entre outros.
REFERÊNCIAS
ABRAHÃO, Luz M.; GONÇALVES, Aurélio T.; MELO, Everaldo. Integrando as
artes. Vol. 4; 1ª Ed São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1984.
Arte Br, Patrocínio PETROBRÁS. Realização: A Arte na Escola.
56
BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em ação: Arte. 1ª. Ed Uberlândia:
Clarando, 2003.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
PROENÇA, Graça. História de Arte. 1ª. Ed São Paulo, Ática 1997.
VALADARES, Solange; DINIZ, Célia. A Arte no Cotidiano Escolar. 1.ª Ed São
Paulo; Ática, 1999.
Vida e obra dos maiores pintores brasileiros, Ed CEDIC.
10.1.1.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
JUSTIFICATIVA
O Plano de Trabalho Curricular da disciplina de Ciências no Colégio
Estadual Senador Correia é norteado pelas Diretrizes Curriculares da
Educação Básica que além de elencar os conteúdos a serem trabalhados, as
estratégias de ação, instrumentos de avaliação, direcionar os objetivos
pretendidos no processo ensino e aprendizagem, transpassa a filosofia, a
corrente pedagógica que estrutura a disciplina de Ciências Naturais no Estado
do Paraná. Considera a realidade da comunidade escolar, adequando os
conteúdos, os contextualizando para que tornem-se significativos, destaca e
tenta atender as reais necessidades pedagógicas, respeitando o ritmo de
aprendizagem dos alunos, ou seja, os sujeitos do processo da aprendizagem.
Portanto, um dos objetivos da aplicação das Diretrizes Curriculares é
favorecer a reflexão, relação e análise crítica do conhecimento sistematizado,
do cotidiano e da realidade social, a qual passa a ser referencial do processo
de ensino e aprendizagem. Sendo ponto relevante valorizar a situação
existencial do aluno, respeitar os seus saberes adquiridos e suas experiências
vivenciadas em outras instâncias sociais.
57
O objeto de estudo da disciplina de Ciências é o conhecimento científico
resultante dos fenômenos observados na Natureza, fundamentados nas
referências de diversas áreas de conhecimento como a Biologia, Física,
Química, Geologia e Astronomia. Para que tais fenômenos e conhecimentos
sejam trabalhados e realmente aprendidos há necessidade de uma
sistematização, de uma integração conceitual e a compreensão que a ciência é
um fazer humano, portanto, apresenta uma perspectiva histórica que repercute
social, econômica, ética, religiosa e politicamente em todos os contextos.
Para atingir tal objetivo a disciplina de Ciência deve ser estruturada de
forma a se conhecer a história da ciência, os métodos científicos empregados
na construção do saber, as relações conceituais, interdisciplinares e
contextuais associadas. Para tanto, a aprendizagem deve ser efetiva,
proporcionar uma visão não fragmentada dos mais variados objetos de
estudos, aplicando-se ao contexto social e desdobrando-se em leitura de
mundo. Evita-se trabalhar a disciplina centrada em termos e conceitos
extremamente técnicos o que conduz a aprendizagem de memorização das
informações, portanto, preocupa-se apenas com a especificidade, o
detalhamento do conteúdo em detrimento da real compreensão do conceito ou
processo científico. Permanecendo a idéia que os conteúdos são úteis apenas
para a obtenção de aprovação nas atividades avaliativas, como se o
conhecimento fosse algo descartável. Desta forma, surge a dificuldade de
relacionar os conteúdos estudados com situações e fatos os quais se deparam
em seu cotidiano. Os conhecimentos, os saberes científicos adquiridos não são
utilizados como instrumentos de compreensão de situações que extrapolam o
ambiente escolar, não geram aprendizado significativo e sim conhecimento
“bancário.”
O conhecimento pressupõe interpretação, ou seja, é muito mais que a
transferência de informação; mera memorização, ele emerge de novos
significados, ocorre a organização e ressignificação das idéias. Desta forma,
um dos principais objetivos do ensino que é a promoção da aprendizagem
efetiva, que interage e produz mudança nos indivíduos e no próprio
conhecimento se dará pela valorização dos saberes pré-adquiridos pelos
alunos, pela organização, interação das informações e permitirá uma visão
mais ampla dos objetos de estudo que
58
... nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos vão se
transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do
saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do
processo. Só assim podemos falar realmente de saber ensinado, em
que o objeto ensinado é apreendido na sua razão de ser e, portanto,
apreendido pelos educandos. (FREIRE, 1996, p.26)
OBJETIVOS
- Desenvolver a capacidade de questionar processos naturais e tecnológicos,
apresentando interpretações e prevendo evoluções, bem como o raciocínio e a
capacidade de aprender;
- Entender e aplicar métodos e procedimentos próprios das Ciências Naturais;
- Fazer uso dos conhecimentos das Ciências Naturais para explicar o mundo
natural e para planejar, executar e avaliar intervenções práticas;
- Interpretar e criticar resultados a partir de experimentos e demonstrações;
- Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio, diversidade da vida.
- Compreender a constituição da atmosfera, do Planeta Terra, dos sistemas
orgânicos, da constituição da matéria, das formas de energia e da evolução
dos seres vivos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
As Diretrizes Curriculares de Ciências são norteadas por cinco
conteúdos estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural
de integração conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental.
São eles:
- Astronomia
- Matéria
- Sistemas Biológicos
- Energia
- Biodiversidade
59
Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a
partir de critérios que levam em consideração o desenvolvimento cognitivo do
estudante, o número de aulas semanais, as características regionais, entre
outros, devem ser abordados considerando aspectos essenciais no ensino de
Ciências; a história da ciência, a divulgação científica e as atividades
experimentais.
A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a
formação de conceitos científicos escolares no processo ensino-aprendizagem
da disciplina de Ciências e de seu objeto de estudo (o conhecimento científico
que resulta da investigação da Natureza), levando em consideração que, para
tal formação conceitual, há necessidade de se valorizar as concepções
alternativas dos estudantes em sua zona cognitiva real e as relações
substantivas que se pretende com a mediação didática.
Para tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos
estruturantes (relações conceituais), relações entre os conceitos científicos e
conceitos pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares), e
relações entre esses conceitos científicos e as questões sociais, tecnológicas,
políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se
constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências
para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos
científicos escolares.
Todos esses elementos podem auxiliar na prática pedagógica dos
professores de Ciências, ao fazerem uso de problematizações,
contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas,
atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos
instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.
5.ª série/6.º ano
Conteúdos Estruturantes
- Astronomia;
- Matéria;
- Sistemas biológicos;
- Energia;
60
- Biodiversidade;
- Conteúdos básicos
Universo;
- Sistema solar;
- Movimentos terrestres;
- Movimentos celestas;
- Astros;
- Constituição da material;
- Níveis de organização;
- Formas de energia;
- Conversão de energia;
- Transmissão de energia;
- Organização dos seres vivos;
- Ecossistemas;
- Evolução dos seres vivos.
6.ª série/7.º ano
Conteúdos Estruturantes
- Astronomia;
- Matéria;
- Sistemas ecológicos;
- Energia;
- Biodiversidade.
Conteúdos básicos
- Movimentos terrestres;
- Movimentos celestas;
- Constituição da material;
- Célula;
- Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
- Formas de energia;
- Transmissão de energia;
61
- Origem da vida;
- Organização dos seres vivos;
- Sistemática.
7.ª série/8.º ano
Conteúdos Estruturantes
- Astronomia;
- Sistemas biológicos;
- Energia;
- Biodiversidade.
- Conteúdos básicos
- Origem e Evolução do Universo;
- Constituição da material;
- Célula;
- Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
- Formas de energia;
- Evolução dos seres vivos.
8.ª série/9.º ano
Conteúdos Estruturantes
- Astronomia;
- Sistemas biológicos;
- Matéria;
- Energia;
- Biodiversidade.
Conteúdos Básicos
- Astros;
- Gravitação Universal;
- Morfologia e Fisiologia dos Seres vivos;
- Mecanismos de herança genetica;
62
- Propriedades da Matéria;
- Formas de energia;
- Conservação de energia;
- Interações Ecológicas.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná para a disciplina de
Ciências demonstram a preocupação com a seleção dos conteúdos
específicos, os quais devem ser selecionados a partir de vários critérios,
valorizando a realidade da clientela da escola, principalmente o que diz
respeito ao desenvolvimento cognitivo e de aprendizagem dos alunos. Mas, a
linha mestra da seleção deve priorizar: a valorização do saber construído
historicamente (História da Ciência), bem como o saber/conhecimento já
existente do aluno, a divulgação científica e as atividades experimentais.
A visão da disciplina e os conteúdos devem ser entendidos como
expressão complexa dos conhecimentos científicos, da realidade social e do
cotidiano. Que os conteúdos sejam abordados de forma consistente, crítica,
contextualizada, histórica e interdisciplinar, relacionando ciência, tecnologia e
sociedade, favorecendo a aprendizagem significativa da disciplina. Para tanto,
é necessário à vinculação direta entre as relações conceituais,
interdisciplinares e contextuais.
Para que a Aprendizagem Significativa torne-se prática e realmente
contribua no processo ensino aprendizagem, além de novas metodologias,
recursos didáticos, há necessidade de repensar as concepções de
conhecimento. Que deve ser vista como uma rede que se estabelecem
relações entre significados, em permanente processo de transformação, onde
um significado se transforma e novas possibilidades de compreensão surgem.
De acordo com Krasilchik (2008, p.11) é a “alfabetização científica”1 , processo
contínuo de construção de conhecimentos científicos que contribuem para que
1 De acordo com Biological Science Curriculum Study, 1993, um dos modelos do conceito de alfabetização biológica admite quatro níveis: 1. Nominal - quando o estudante reconhece os termos, mas não sabe seu significado biológico. 2. Funcional - quando os termos memorizados são definidos corretamente, sem que os estudantes compreendam seu significado. 3. Estrutural 4. Multidimensionais, descritos no texto.
63
o indivíduo utilize o que aprendeu em suas tomadas de decisões individual e
coletiva. Um dos modelos da “alfabetização científica” admite quatro níveis,
dentre os quais considera que o nível estrutural, o aluno explica
adequadamente os conceitos científicos baseando-se em experiências
pessoais. No nível multidimensional, o aluno aplica o conhecimento,
relacionando-o com conhecimentos de outras áreas para resolver problemas
reais, indicando uma aprendizagem significativa.
O aluno pode ter diferentes tipos de relação com o estudo do conteúdo.
Memorizar fatos, informações de forma desconexa para atender as mínimas
exigências escolares, o que demonstra envolvimento superficial com o estudo.
Ou atingir um envolvimento profundo, que além de compreender os conceitos
básicos da Ciência, o aluno será capaz de adquirir e avaliar informações,
aplicando seus conhecimentos na vida diária. Afim de que os conhecimentos
escolares sejam utilizados como recursos, ferramentas nas mais variadas
situações, os alunos precisam valorizar, compreender estes conceitos. Assim a
aprendizagem desenvolve-se num processo de negociação de significados e
gera novas formas de compreender, interpretar, questionar, discordar, propor,
interagir idéias, incentivando a leitura reflexiva de sua realidade. A relação com
o conteúdo estudado reporta as principais condições para que ocorra a
aprendizagem significativa.
A aprendizagem significativa, ou seja, o conhecimento significativo requer
duas condições básicas: o material a ser aprendido deve ser apresentado com
uma linguagem e exemplos que digam respeito aos conhecimentos prévios dos
alunos, ou seja, ser potencialmente significativo e ter um significado lógico na
estrutura cognitiva. O material deve ser potencialmente significativo, já que só
podemos aprender a partir daquilo que já conhecemos. A aprendizagem é mais
efetiva quando se percebe que uma informação poderá ser utilizada
posteriormente, que se comparada com conhecimentos anteriores e se
relevante pode se transformar em um novo conhecimento que poderá ser
usado com sucesso em outras situações.
A disposição do aluno para aprender está relacionada ao significado
psicológico de caráter tipicamente idiossincrático (pessoal ou cultural). Os
resultados da aprendizagem dependem não só do ensino ministrado, mas dos
objetivos, das motivações e dos conhecimentos que o aluno traz para a escola.
64
O aluno deve escolher aprender significativamente, incorporar novos
significados em seus conhecimentos anteriores mais do que simplesmente
memorizar definições, conceitos ou proposições. Condição que o professor não
tem interferência direta, apenas indireta, através de estratégias de ensino e
avaliação que motivem e encorajem os alunos a relacionar idéias que eles já
possuem com novas idéias, mostrando a relevância da construção deste
conhecimento e conduza a aprendizagem significativa.
Para tal, deverão ser incorporados na prática pedagógica da disciplina
de Ciências a organização de conteúdos e atividades que trabalhem a história
da ciência, a divulgação científica e a atividade experimental permeados por
uma abordagem problematizadora, uma relação contextual, relação
interdisciplinar, de pesquisa, leitura científica, atividades em grupo, recursos
instrucionais e lúdicos.
AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua, formativa, processual e cotidiana, valorizando
também o conhecimento dialético. O processo de avaliação será realizado em
função dos objetivos propostos para cada conteúdo específico, levando em
consideração a realização das atividades, de leitura de textos indicados, dos
questionamentos e contribuições produzidos pelo aluno, da sua participação
individual e coletiva. Sendo assim a seleção de conteúdos é indissociável dos
critérios de avaliação, da expectativa de aprendizagem. Ao trabalhar
determinados conteúdos serão distintos quais serão os instrumentos mais
adequados e apropriados para avaliar a compreensão de tais informações para
cada turma, investigando qual será o método avaliativo mais indicado, até
mesmo para superar dificuldades que surjam.
Para tal a avaliação se pautará:
- Acompanhamento do percurso do estudo do aluno, verificando suas
interações, contribuições, dúvidas, reflexões, resolução e problemas,
etc;
- Produção de trabalhos escritos, que possibilitem sínteses dos
conhecimentos trabalhados;
- Demonstração de compreensão do tema estudado;
65
- Domínio da terminologia e dos conceitos;
- Poder de argumentação que justifica o que afirma ou nega;
- Organização das informações/conhecimentos estudados;
- Demonstração de originalidade, criatividade na resposta;
- Elaboração pessoal, crítica e fundamentada com base nos
conhecimentos estudados/aprendidos;
- Riqueza e pertinência das idéias;
- Qualidade das intervenções que provocam, estimulam a interação, a
cooperação e o crescimento do grupo;
- Senso de responsabilidade na realização e entrega das atividades
pedidas.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. 36ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. 4ªed.rev.e ampl.,
2ªreimpr. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
10.1.1.3. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
JUSTIFICATIVA
É necessário procurar entender a dialética de desenvolvimento a
aperfeiçoamento do corpo na história e na sociedade brasileira, para que a
Educação física saia de sua condição passiva de coadjuvante do processo
educacional, para ser parte integrante deste, buscando colocá-la em seu
verdadeiro espaço: o de área do conhecimento. Quando discutimos, hoje, a
Educação Física dentro da tendência Histórica-Crítica, verificamos que em sua
ação pedagógica, ela deve buscar elementos (chamados aqui de pressuposto
66
do movimento) da Ciência da Motricidade Humana (conforme proposta do
filósofo português: Professor Manuel Sérgio). Esta ciência trata de
compreender são e explicação do movimento humano e há dificuldade de
compreender e aprender os elementos buscados nesta ciência, uma vez que
as raízes históricas da Educação Física brasileira, estão postas dentro de um
regime militar rígido e autoritário , visando fins elitistas e hegemônicos. Por
outro lado, na dinâmica da sociedade capitalista, ela sempre esteve atrelada ás
relações capital x trabalho para dominação das classes trabalhadoras.
Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, cultura
corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao
conhecimento e á reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas
corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir
com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo,
reconhecendo-se como sujeito , que é produto , mas também agente histórico,
político, social e cultural.
OBJETIVOS
- Adotar uma postura ativa de praticidade de atividades físicas, consciente da
importância das mesmas na vida do cidadão.
- Adotar hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais,
relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde.
- Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática de
jogos e dos desportos, buscando encaminhar os conflitos de forma não violenta
, pelo diálogo.
- Participar das atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e
construtivas com os outros reconhecendo e respeitando características físicas
e de desempenho de todos, sem discriminar por características pessoais,
físicas, sexuais ou sociais.
- Reconhecer o surgimento de cada esporte e identificar algumas regras.
- Estabelecer relação entre jogos populares e esporte.
- Conhecer aspectos históricos das ginásticas e das práticas corporais.
- Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes.
67
- Conhecer a difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no
contexto brasileiro.
- Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos
adaptados ou criados, sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro.
- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das
diferentes formas de luta.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
5.ª série/6.º ano
Conteúdos estruturantes
- Esporte;
- Jogos e brincadeiras;
- Ginástica;
- Lutas;
- Dança.
Conteúdos básicos
- Esportes coletivos e individuais;
- Jogos e brincadeiras populares;
- Brincadeiras e cantigas de roda;
- Jogos de tabuleiro;
- Jogos cooperativos;
- Danças folclóricas;
- Danças de rua;
- Danças criativas;
- Ginástica rítmica;
- Ginástica geral.
6. série/7.º ano
Conteúdos estruturantes
- Esporte;
68
- Jogos e brincadeiras;
- Ginástica;
- Lutas;
- Dança.
Conteúdos básicos
- Coletivos individuais;
- Esportes coletivos e individuais;
- Jogos e brincadeiras populares;
- Brincadeiras e cantigas de roda;
- Jogos de tabuleiro;
- Jogos cooperativos;
- Danças folclóricas;
- Danças de rua;
- Danças criativas;
- Ginástica rítmica;
- Ginástica geral.
7.ª série/8.º ano
Conteúdos estruturantes
- Esporte;
- Jogos e brincadeiras;
- Ginástica;
- Lutas;
- Dança.
Conteúdos básicos
- Esportes coletivos radicais;
- Jogos de tabuleiro;
- Jogos dramáticos;
- Jogos cooperativos;
- Danças criativas;
- Danças circulares;
69
- Ginástica rítmica;
- Ginástica geral;
- Lutas com instrumento mediador.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal ,
deve estar articulada ao projeto político-pedagógico , pois tem seu objeto de
estudo e ensino próprios, e trata de conhecimentos relevantes na escola .
Considerando o exposto, defende-se que as aulas de Educação física não são
apêndices das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento
subordinado e compensatório para as “durezas” das aulas em sala.
“Devemos entender que o movimento que a criança realiza num jogo,
tem repercussões sobre todas as dimensões de seu comportamento
e mais, que esta atividade veicula a faz a criança introjetar
determinados valores e normas de comportamento. Portanto, aquela
ideia de que atuando sobre o física estamos automaticamente e
magicamente atuando sobre as outras dimensões , precisa ser
superada para que estas possam ser levadas efetivamente em
consideração na ação pedagógica , através da estabelecimento de
estratégicas que objetivem conscientemente o desenvolvimento num
determinado sentido , deste outros aspectos e dimensões dos
educandos.” (Bracht , 1992 , p.66)
AVALIAÇÃO
A avaliação deve se caracterizar como um processo contínuo,
permanente e cumulativo, o professor organizará e reorganizará o seu trabalho,
sustentado nas diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os
jogos e brincadeiras, a dança e a luta. A avaliação deve, ainda, estar
relacionado aos encaminhamentos metodológicos, constituindo-se na forma de
resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o processo de
aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o
trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo
pedagógico, com o objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que
reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constadas.
70
REFERÊNCIAS
BENJAMIN, W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo:
Summus, 1984.
BRACHT, V. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre:
Magister, 1992.
______ ___. A constituição das teorias pedagógicas da educação física.
In.: Caderno CEDES, Campinas, v.19, n. 48, 1999.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São
Paulo: Cortez, 1992.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
MARCELLINO, N. C. Estudos do lazer: uma introdução. 3 ed. Campinas:
Autores Associados, 2002.
SOARES, C. L. Educação Física escolar: conhecimento e especificidade.
In: Revista Paulista de Educação Física, supl. 2, São Paulo, 1996, p. 06-12.
10.1.1.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO
RELIGIOSO
JUSTIFICATIVA
O Ensino Religioso na Escola Fundamental pública está fundamentado
nas concepções teórico-metodológicas presentes nas Diretrizes Curriculares
Estaduais. É disciplina de oferta obrigatória para o estabelecimento de ensino
público e de matrícula facultativa para o aluno, pois é parte integrante da
formação básica do cidadão. Constitui-se, assim, disciplina dos horários
71
normais das escolas públicas de Educação Básica, assegurado o respeito à
diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de
proselitismo.
OBJETIVOS
- Estabelecer discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica.
- Desenvolver uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural.
- Reconhecer que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade
de cada grupo social.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Paisagem religiosa;
- Universo simbólico religioso;
- Texto sagrado.
5.ª série/6.º ano
Conteúdos básicos
- Organizações religiosas;
- Lugares sagrados;
- Textos sagrados orais ou escritos;
- Símbolos religiosos.
6.ª série/7.º ano
Conteúdos básicos
- Temporalidade sagrada;
- Festas religiosas;
- Ritos;
- Vida e morte.
72
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso, que no passado versava sobre a prática de uma
única religião, atualmente é compreendida como educação da cultura religiosa
dos brasileiros, de um sagrado heterogêneo mas que se inter-relaciona e que
merece ser respeitado, que orienta e organiza aspectos da tradição deste povo.
Isto é reconhecido no artigo quinto da Constituição de 1988.
A disciplina deverá enfocar as diversas manifestações religiosas a fim de
ampliar o horizonte de possibilidades de compreensão do sagrado, viabilizando
uma melhor compreensão social e cultural da diversidade religiosa, dando
ênfase a sociedade brasileira. Tais conhecimentos são organizados nos
conteúdos estruturantes e básicos da disciplina de Ensino Religioso e
estudados à partir de uma perspectiva laica, aconfessional com uma linguagem
pedagógica e não religiosa, adequada ao universo escolar.
Desta forma, a disciplina do Ensino Religioso contribuirá para superar
desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito constitucional de
liberdade de crença e expressão e, por conseqüência, o direito à liberdade
individual e política, atendendo aos objetivos da Educação Básica que,
segundo a LDB 9394/96, é o desenvolvimento da cidadania.
AVALIAÇÃO
Tendo em vista que o Ensino Religioso como disciplina tem a função de
proporcionar ao educando a possibilidade de refletir sobre vários aspectos da
existência, entre eles o transcendente, levá-los a questionar sobre o sentido da
vida, descobrindo seu comprometimento com a comunidade, em estado
consciente de sua participação no todo, a avaliação se restringe à observação
nas mudanças comportamentais, através de gestos, palavras, significados em
sua vivência e convivência.
73
REFERÊNCIAS
BACHA FILHO, Teófilo. O ensino religioso nas escolas públicas do Estado
do Paraná. Processo n.º 1299/02.2002, Curitiba: CEE, 2002.
BIACA, Valmir et al. O sagrado no ensino religioso: caderno pedagógico do
Ensino Fundamental. Curitiba: SEED – PR. 2006 p.136.
BIEDERMANN, H. Dicionário ilustrado de símbolos. São Paulo:
Melhoramentos, 1993.
BUCE, M. O livro ilustrado dos símbolos. São Paulo: Publifolha, 2001.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
PEIRANO, M. Rituais ontem e hoje. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
ROCHA, E. O que é mito. São Paulo: Brasiliense, 1999.
VIEIRA, E. Os ritos na formação ao professor de ensino religioso. Curitiba:
PUCPR, 2006;
10.1.1.5. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
JUSTIFICATIVA
A Geografia agora intitulada Geografia Crítica, se redefine como ciência
social, envolvendo-se com análises da interdependência entre sujeito humano
e objetos de seu interesse.
Essa Geografia abandona a visão puramente descritiva e de
memorização para pensar o espaço enquanto uma totalidade, buscando ir
além do simples modelo de denúncia. Passa a ser a ciência do presente,
inspirada na realidade contemporânea.
74
O conceito adotado para o objeto de estudo da Geografia é o espaço
geográfico e para orientar o pensamento geográfico e a análise dos conteúdos
geográficos devemos ter em mente alguns questionamentos tais como: Onde?
por quem? Por que aqui e não em outro lugar? Por que esse lugar é assim?
Por que as coisas estão dispostas dessa maneira? Qual a significação desse
ordenamento espacial? Quais as consequências desse ordenamento espacial?
Tanto no Ensino Fundamental como no Ensino médio ( observando-se o
grau de complexidade) a Geografia se propõe a ampliar o conhecimento
anteriormente estruturado, viabilizando assim a formação do cidadão do
próximo milênio, aprimorando como pessoa humana, capaz de agir crítica e
eticamente.
Em poucas palavras podemos dizer que a proposta de Ensino da
Geografia, sendo a condução do aluno para que esse aprenda a conhecer,
aprenda a fazer, aprenda a conviver e aprenda a ser, constitue-se um
instrumento essencial, através da imensa gama de conhecimentos que a
ciência geográfica manipula, podemos levar os alunos a estabelecer
comparações, perceber impasses, contradições tanto em nível local quanto
global, problematizar fatos buscando suas conclusões, rompendo de vez com a
fragmentação factual e descontextualizada.
Essa visão de conjunto, esse pensar o espaço enquanto totalidade, que
tão bem a Geografia pode oportunizar, acaba fortalecendo a
interdisciplinaridade, o trabalho coletivo, tornando a aprendizagem um
processo de construção muito significativo.
Os conteúdos de Geografia apresentam a análise do espaço geográfico
de acordo com diferentes dimensões: a dimensão econômica e da produção n
espaço, a dimensão sócio ambiental, a dinâmica cultural demográfica e as
questões políticas.
Essas dimensões devem estar inter relacionadas para o espaço
geográfico torne-se significativo e compreensível.
A Geografia é, pois valioso “veículo”que nos permite transitar pelas
diversas escalas de manifestação dos fenômenos. É, portanto, um poderoso
instrumento de formação da cidadania, pois nos situa no mundo e permite que
compreendamos as conexões entre o mundo e qualquer uma das suas partes
estimulando a criticidade de nossa visão.
75
A temática da história e cultura afro-brasileira e africana fica
contemplada nessa disciplina como está previsto na lei 10639/03.
OBJETIVOS
- Reconhecer o processo de formação e transformação das paisagens
geográficas.
- Entender que o espaço geográfico é composto pela materialidade e pelas
ações sociais, econômicas, culturais e políticas.
- Identificar as formas de apropriação da natureza a partir do trabalho e suas
consequências econômicas, socioambientais e políticas.
- Preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social do espaço.
- Empreender um ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos
específicos da geografia, para que possa ler e interpretar criticamente o
espaço.
- Utilizar a linguagem cartográfica para representar e interpretar informações
em linguagem cartográfica, observando a necessidade de indicações de
direção, distância, orientação e proporção para garantir a legitimidade da
informação.
- Conhecer e valorizar os modos de vida de diferentes grupos sociais, como se
relacionam e constituem o espaço e a paisagem no qual se encontram
inseridos.
- Adotar uma atitude responsável em relação ao meio ambiente com a
finalidade que todos tenham uma vida plena num ambiente preservado e
saudável.
- Reconhecer e comparar o papel da sociedade e da natureza na construção
de diferentes paisagens urbanas e rurais.
- Saber utilizar os procedimentos básicos de observação, descrição, registro,
comparação, análise e síntese na coleta e tratamento da informação, seja
mediante fontes escritas ou imagéticas.
- Conhecer e compreender algumas das conseqüências das transformações da
natureza causadas pelas ações humanas, presentes na paisagem local,
urbanas e rurais.
- Identificar as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais.
76
-Reconhecer a configuração do espaço de circulação de mão-de-obra,
mercadorias e sua relação com os espaços produtivos brasileiros.
- Estabelecer a relação entre o processo de industrialização e urbanização.
- Analisar as transformações na dinâmica da natureza decorrentes do emprego
de tecnologias de exploração e produção.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- A dimensão econômica do espaço geográfico
Análise das relações de produção capitalista materializadas no espaço
geográfico como subsídio para o entendimento das questões sócio ambientais,
políticas, econômicas e culturais que caracterizam as sociedades na
atualidade.
- Dimensão política do espaço geográfico
Podemos por meio desse estudo compreender como as relações de
poder determinam as fronteiras, construindo e destruindo, configurando
diversas parcelas do espaço geográfico, em qualquer escala, nos diferentes
tempos históricos.
- Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Análise da constituição geográfica das diferentes sociedades,
reconhecer os fenômenos que imprimem novas marcas nos territórios
(deslocamentos de indivíduos, instituições, capitais e informações) e como se
dão as relações políticas, econômicas e sociais em virtude dessa dinâmica.
- A dimensão socioambiental do espaço geográfico
Abrange a interdependência das relações entre sociedade, ambientes
físicos, químicos e biológicos, aspectos econômicos, sociais e culturais.
Deve-se partir da análise do espaço geográfico levando-se em
consideração os elementos que influenciam e garantem a vida no planeta
Terra, como esses elementos estão sendo utilizados pelas sociedades e como
77
essas sociedades organizam-se ( social, política e culturalmente) em
decorrência das influências desses mesmos elementos.
Conteúdos básicos
5.ª série/6.º ano
- Paisagem, espaço e lugar;
- O trabalho e a transformação do espaço geográfico;
- Orientação no espaço geográfico;
- Localização no espaço geográfico;
- Os continentes;
- Ilha oceânicas e continentais;
- Oceanos e mares;
- A água nos continentes;
- As principais formas de relevo terrestre;
- Os processos de formação e transformação do relevo;
- Relevo brasileiro;
- Importância dos rios e as bacias hidrográficas;
- Clima;
- Climas da terra e do Brasil;
- Grandes paisagens vegetais da terra;
- Vegetação brasileira;
- O espaço rural e suas paisagens;
- Problemas ambientais do campo;
- O espaço urbano e suas paisagens;
- Os principais problemas urbanos do Brasil;
- Atividades econômicas e recursos naturais;
- O extrativismo;
- A agricultura;
- A pecuária;
- Da máquina a vapor ao robô;
- Tipos de indústria;
- Comércio e prestação de serviços;
78
6.ª série/7.º ano
- Formação do território brasileiro;
- Localização do território brasileiro;
- Regionalização do território;
- Brasil: regiões e políticas regionais;
- Quantos somos e onde vivemos;
- Diversidade da população brasileira;
- Os movimentos migratórios no Brasil;
- Urbanização e industrialização do Brasil;
- Rede urbana, problemas sociais e ambientais urbanos;
- O uso da terra no meio rural;
- Concentração de terras e os conflitos do campo;
- Região norte, sudeste, sul e centro-oeste.
7.ª série/8.º ano
- Regionalização pelo nível de desenvolvimento;
- Países do norte e do sul;
- Regionalização de acordo com o IDH;
- A economia mundial atual;
- As transnacionais;
- Os financiadores da economia mundial;
- Os blocos econômicos;
- Localização e a regionalização;
- Formação histórica do continente;
- Relevo e hidrografia;
- Clima e vegetação;
- População;
- Atividades do setor primário;
- Desenvolvimento do setor terciário;
- Crescimento do setor terciário;
- Estados Unidos: território e população;
- Estados Unidos: potência econômica e militar;
- Canadá: o maior país da América;
- México: entre os países ricos e pobres;
79
- América Central: istmica e insular;
- América Andina: Chile, Bolívia e Peru;
- Venezuela, Equador e Colômbia;
- Guiana, Suriname e Guiana Francesa;
- Paraguai, Uruguai e Argentina: características gerais;
- O Brasil no mundo globalizado.
8.ª série/9.º ano
- A globalização e seus efeitos;
- A economia européia;
- União Européia;
- A CEI;
- A economia do continente asiático;
- A economia africana;
- Rússia/transição;
- China, a economia que cresce;
- O Japão e os tigres asiáticos;
- Índia em desenvolvimento;
- População da Ásia;
- A população européia;
- A África e sua população;
- Estado, Território e Nação;
- As grandes guerras e a Guerra Fria;
- O Terrorismo;
- A crise do socialismo;
- Quadro natural e os problemas ambientais da Europa;
- Quadro natural e regionalização da África;
- Problemas ambientais do século XXI;
- Economia versus meio ambiente.
80
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Com a Geografia pretendemos o entendimento de como e por que
determinados fenômenos se produzem no espaço e como são suas relações
com os processos econômicos, sociais, culturais e políticos. Buscamos no
processo esclarecer que esses fenômenos não ocorrem de forma aleatória e
sim foram sendo considerados ao longo do tempo reforçando a importância do
processo histórico e das singularidades da cada lugar nas análises feitas.
Para que esses objetivos se efetivem, a leitura a interpretação do espaço
geográfico faz-se necessária; o que nos remete ao uso da linguagem
cartográfica, reforçamos aqui que essa linguagem não deve ser usada como
mero instrumento de localização e ilustração, mas como fonte de pesquisa e
investigação, instrumento de reflexão aprofundada e análise relacional das
diferentes escalas geográficas.
Saber ler o mundo para compreender a realidade e entender o conceito
em que as relações sociais se desenvolvem implica em partir do cotidiano dos
alunos, tornando relevante o conhecimento. Nesse caso aproveitamos os
conhecimentos já adquiridos anteriormente, partimos da realidade dos alunos
buscando nas discussões sua veracidade e mudanças conceituais. O diálogo
nesse processo é essencial, as trocas de experiências são enriquecedoras. A
problematização surge então, como metodologia ideal para a abordagem dos
conceitos ou temas geográficos pois implica em expor as contradições, buscar
explicações e relações e construir conceitos.
Procurando evitar omissões e simplificações, sempre que possível,
buscamos a conexão da Geografia com outros campos do conhecimento
promovendo diálogos e atitudes transdisciplinares.
Caberá ao professor ensinar os conhecimentos científicos fazendo com
que os alunos ultrapassem o senso-comum ampliando as condições de análise
e interpretação da realidade sócio espacial.
Para tanto o professor precisa partir de uma situação problematizadora
estimulando o raciocínio, a reflexão e a crítica. A contextualização ocorre na
seqüência expandindo a análise da realidade de vivência do aluno para situá-lo
historicamente em diferentes escalas geográficas.
81
O processo de aprendizagem se dará de forma dialogada, possibilitando
o questionamento e a participação dos alunos visando desenvolver uma
argumentação consciente e crítica dos fatos trabalhados.
AVALIAÇÃO
A avaliação será feita de forma diagnóstica, continua, somativa. Para
tanto os instrumentos empregados constarão de provas individuais, pesquisas
de campo, trabalhos individuais ou em grupos, interpretação de textos,
entrevistas, análise de fotografias, confecção e interpretação de mapas, tabelas
gráficos, cartazes, relatórios e demais atividades que possibilitem aos alunos a
interação/participação ativa nas discussões desenvolvidas.
A Recuperação Paralela será realizada sempre que fizer necessária,
acontecerá sempre ao longo do processo, quando os resultados obtidos
indicarem a necessidade de uma reavaliação ou caso haja grandes
dificuldades apresentadas pelos alunos.
REFERÊNCIAS
Projeto Araribá: geografia / obra coletiva. Editora Moderna, São Paulo, 2006 –
7.ª e 8.ª do ensino fundamental.
CORRÊA, Diamantino Alves. Geografia ciência do espaço. São paulo,1998.
LEINZ, V. Amaral, S.E. Geologia Geral. São Paulo: Editora Nacional, 1989.
MAGNOLI,Demátrio. União Européia: história e geopolítica. São Paulo:
Moderna, 2004
MOREIRA, Igor. O espaço geográfico e a Geografia do Brasil. São Paulo:
Moderna, 1994.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
82
VESENTINI, José William. Geografia Crítica. Campinas: Papirus, 1984.
Revista Veja – Editora Abril.
Folha de São Paulo.
Gazeta do povo e outros jornais.
10.1.1.6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA
JUSTIFICATIVA
Concebemos história como o estudo da experiência humana no passado
e no presente. A história busca compreender as diversas maneiras como
homens e mulheres viveram e pensaram suas vidas e sua sociedade, através
do tempo e do espaço. Ela permite que as experiências sociais sejam vistas
como um constante processo de transformação; um processo que assume
formas muito diferenciadas e que é produto das ações dos próprios homens.
O estudo da história é fundamental para perceber o movimento e a
diversidade, possibilitando comparações entre grupos sociais nos diversos
momentos da história. Por isso a história ensina o respeito pela diferença,
contribuindo para o entendimento do mundo que vivemos e do mundo que
gostaríamos de viver.
Dessa forma o objeto de estudo da disciplina de História serão os
processos históricos relativos às ações e relações humanas praticadas o
decorrer do tempo, bem como, os sentidos que os sujeitos deram às mesmas,
tendo ou não consciência dessas ações.
OBJETIVOS
- Ampliar a capacidade de conhecer para a compreensão de relações sociais
econômicas existentes no seu próprio tempo e reconhecer a presença de
outros tempos no seu dia a dia.
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- Dimensionar as relações sociais, econômicas, políticas e culturais que
vivenciam enriquecendo seu repertório histórico, com informações de outras
localidades.
- Relação entre a sociedade, a cultura e a natureza, em diferentes momentos
da história brasileira, em diferentes momentos da história dos povos
americanos, e em diferentes momentos da história de povos do mundo.
- Caracterizar a distinção das relações sociais de trabalhos e diferentes
realidades históricas brasileiras, em diferentes momentos da história dos povos
americanos e em diferentes momentos da história de povos do mundo.
- Constituição do território da nação do Estado brasileiro, confrontar, lutas,
guerras e revoluções.
- Formação da cidadania e cultura no mundo contemporâneo, problematizando
questões de cidadania e cultura no Brasil e no mundo.
- Perceber as relações de dominação e resistência presentes nas sociedades.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Relações de trabalho
- Relações de poder
- Relações culturais
5.ª série/6.º ano
Conteúdos básicos
- Introdução aos estudos históricos: conceitos, fontes e tempo;
- As origens do ser humano: papel do ser humano e teoria sobre a vida
humana;
- Povoamento da América: teorias da chegada do homem à América, Primeiros
americanos e o ser humano no Brasil;
- Antigas civilizações: Mesopotâmia, Egito, China, Índia, Grécia e Roma.
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6.ª série/7.º ano
Conteúdos básicos
- Formação da Europa Feudal: povos germânicos, francos, carolíngios e
feudalismo;
- O mundo além da Europa: islamismo, império árabe, renascimento comercial
e urbano;
- A reforma protestante;
- Formação das monarquias nacionais;
- Mercantilismo;
- As grande navegações;
- Civilizações pré-colombianas;
- Expansão colonial.
7.ª série/8.º ano
Conteúdos básicos
- Absolutismo;
- Revolução Inglesa;
- Revolução industrial;
- Iluminismo;
-Revolução Francesa;
- Período Napoleônico;
- Independência das treze colônias;
- Independências das colônias espanholas na América;
- Independência do Brasil;
- Primeiro Império;
- Unificação da Itália e da Alemanha;
- Período Regencial;
- Segundo Reinado.
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8.ª série/9.º ano
Conteúdos básicos
- Proclamação da República do Brasil;
- Primeira Guerra Mundial;
- Revolução Russa;
- Período entre guerras;
- Segunda Guerra Mundial;
- Guerra Fria;
- Mudanças culturais no pós-guerra;
- Transformações do Brasil na década de 1920;
- Populismo;
- Ditadura militar no Brasil;
- A redemocratização do Brasil;
- A nova ordem mundial.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos
às ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva
significação atribuída pelos sujeitos tendo ou não consciência dessas ações.
A produção do conhecimento requer um método específico, baseado na
explicação e interpretação de fatos do passado, construída a partir dos
documentos e experiências vivenciadas a diversidade sociais, culturais e
políticas dos sujeitos e suas relações.
AVALIAÇÃO
A avaliação é a investigação do aprendizado histórico do aluno. É um
processo em que diversos momentos o estudante poderá compreender se
aprendeu e como aprendeu sobre os temas trabalhados.
Nos critérios de avaliação pretende-se verificar o aprendizado dos
conteúdos sugeridos, através do planejamento de situações diferenciadas de
avaliação.
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Para tanto, a avaliação se dará a partir de três aspectos: a investigação
e a apropriação de conceitos; a compreensão das relações da vida humana e o
aprendizado dos conteúdos básicos.
Nas avaliações serão exploradas diferentes modalidades: leitura,
interpretação, análise de narrativas historiográficas, mapas, pesquisas,
sistematização de conceitos históricos entre outros.
REFERÊNCIAS
BERUTTI, Flávio. História. Vol. 5, 6, 7. Editora Saraiva, 2002.
FERNANDES, Velocino Bruck. O Paraná é assim. Gráfica da Assembléia do
Paraná. S/D.
MONTELLATO, Andreia, CABRINI, Conceição; JUNIOR, História temática.
Vol. 5675. Ed. Scipione, 2004.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
PILETTI, Nelson & Claudino. História e vida integrada. São Paulo, Ática,
2005;
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS
www.scipione.com.br
www.formatoeditorial.com.br
www.editorasaraiva.com.br
www.portalafro.com.br
www.diaadiaeducaçao.pr.gov.br
87
10.1.1.7. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA
PORTUGUESA
JUSTIFICATIVA
Pensar o ensino da Língua Portuguesa exige a busca de pressupostos
teóricos que além de explicar as relações entre o ensinar e o aprender, possam
também elucidar que o domínio da língua tem estreita relação com a
possibilidade de plena participação do sujeito na vida social, pois é por meio
dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende
pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento.
A melhoria da qualidade de educação no país passa pela melhoria da
qualidade do trabalho docente com a Língua Portuguesa, pois existe uma
relação muito forte entre fracasso escolar e domínio da leitura e da escrita. A
questão sobre a relação do ensino da Língua Portuguesa e a produção do
fracasso escolar tem sido ponto de discussão de inúmeros trabalhos científicos,
desde a década de 80.
No ensino fundamental essa discussão tem como eixo a questão da
leitura e da escrita.
A produção científica na área tem avançado no sentido de que não é
mais possível optar por um ensino da Língua voltado à teoria gramatical ou o
reconhecimento de algumas formas da língua padrão, mas ao domínio efetivo
do falar, ler e escrever. Isso implica num grande esforço de revisão das
práticas tradicionais de ensino da Língua Portuguesa.
Na década de 80, começaram a circular, entre educadores, livros e
artigos que discutiam a mudança na forma de compreender aspetos
importantes do processo de ensino da leitura e da escrita em que este
processo já era concebido como complexo e multidimensional.
Nesse sentido, o ensino da língua não pode ser visto como um fim em
si mesmo, mas como uma importante condição de formar o cidadão crítico que
tenha a leitura e a escrita como práticas do seu cotidiano. Isso exige tomar a
língua portuguesa em uma perspectiva de letramento em que os alunos, desde
muito cedo, são envolvidos pelos mais diferentes escritos, interagindo com
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textos reais e significativos em que as muitas razões para ler e para escrever
estejam presentes.
Esse novo entendimento do processo de aquisição da leitura e da
escrita exige novas proporções para o encaminhamento pedagógico. A
primeira delas é que a leitura e escrita sejam entendidas como práticas sociais.
Dessa forma, o professor ao organizar a sua prática pedagógica em
sala de aula, não pode ignorar que esse trabalho assume feições particulares,
dependendo da resposta que se dá às questões: para quê e porque ensinamos
o que ensinamos? Para quê e porque os alunos aprendem o que aprendem?
Respostas a essas questões remetem a reflexões sobre a relação
entre linguagem e conhecimento, envolvendo tanto uma concepção de
linguagem quanto uma concepção de educação.
Decorrem daí a relação dos conteúdos ensinados, o enfoque que se dá
a esses conteúdos, as estratégias de trabalho com os alunos, a bibliografia
utilizada, o sistema de avaliação, o relacionamento professor/aluno.
Tudo isso representam atividades concretas em sala de aula que, de
certa forma, deixam transparecer o caminho que se optou no ensino da língua.
Um ponto precisa estar claro aos professores no processo de ensino: é de
suma importância que o professor torne suas aulas um espaço favorável ao
desenvolvimento intelectual e crítico dos alunos. Assim na prática pedagógica
cotidiana da sala de aula é importante alguns procedimentos:
- Leitura de textos dos mais diversos gêneros;
- Produções coletivas e individuais de textos (escritos e orais);
- Atividades que possibilitem o desenvolvimento da leitura e da
escrita;
- Atividades de análise linguística;
- Atividades de compreensão de leitura.
Essa proposta do trabalho com a Língua Portuguesa assume a posição
teórica em que a língua não é vista apenas como um trabalho escolar, mas
como um trabalho histórico e social, o que implica partir do pressuposto que a
língua se realiza no uso, nas práticas sociais, e que os sujeitos se apropriam
dos conteúdos, transformando-os em conhecimento próprio, por meio da ação
sobre eles. Essa postura teórica exige a organização do trabalho docente de
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forma que o aluno possa expandir sua capacidade de uso da língua e adquirir
outras que não possui em situações linguisticamente significativas.
Disso decorre que os conteúdos de Língua Portuguesa, no ensino
fundamental, devem ser selecionados em função do desenvolvimento de
quatro habilidades linguísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever. Para
desenvolver essa competência linguística nos alunos a unidade básica de
ensino é o texto. Pode se afirmar que texto é o produto da atividade discursiva
oral ou escrita que forma um todo significativo e acabado, qualquer que seja a
sua extensão.
Essa posição teórica exige que o trabalho docente se organize em
torno de três eixos:
- Leitura de textos;
- Produção de textos;
- Reflexão sobre a língua;
No tratamento didático é fundamental que o professor:
- Considere os conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao
que se pretende ensinar;
- Considere o nível de complexidade dos diferentes conteúdos como
definidor do grau de autonomia possível dos alunos, na realização das
atividades;
- Considere o nível de aprofundamento possível de cada conteúdo, em
função das possibilidades de compreensão dos alunos nos diferentes
momentos do seu processo de aprendizagem.
Língua oral: usos e formas
Eleger a língua oral como conteúdo escolar exige o planejamento da
ação pedagógica de forma a garantir, na sala de aula, atividades sistemáticas
de fala, escuta e reflexão sobre a língua.
Assim, o trabalho com a língua oral deve acontecer no interior de
atividades significativas como: seminários, debates, dramatizações, relatos de
experiências pessoais, comentários de filmes, textos lidos, eventos,
brincadeiras, simulação de programas de rádio e televisão e outros tantos usos
públicos da língua oral.
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A produção oral pode acontecer nas mais diversas circunstancias,
dentro dos mais diversos projetos. O importante é ter claro, que além das
atividades de produção oral o professor ou professora precisa organizar
situações contextualizadas de escuta, em que o ouvir atentamente, o ficar
quieto, esperar a vez de falar e respeitar a fala do outro tenham função e
sentido, e não sejam apenas solicitações ou exigências do professor ou
professora.
Língua escrita: usos e formas
A leitura e a escrita aparecem como objetivos prioritários nos anos
iniciais do ensino fundamental. Apesar de apresentados de forma segmentada
(em dois blocos) é necessário que se compreenda que leitura e escrita são
práticas complementares, fortemente relacionadas. São práticas que
possibilitam ao aluno construir seu conhecimento sobre os procedimentos mais
adequados para lê-los e escrevê-los e sobre circunstâncias de uso da escrita.
Prática de leitura
O trabalho com a leitura tem como finalidade a formação de leitores
competentes que realizam um trabalho ativo de construção do significado do
texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento prévio sobre o assunto,
sobre o autor, de tudo o que se sabe sobre a língua. Portanto, não se trata
simplesmente de extrair informações da escrita, decodificando letra por letra,
palavra por palavra.
Trata-se de uma atividade que implica, necessariamente,
compreensão, na qual os sentidos começam a ser constituídos antes da leitura
propriamente dita. A leitura sempre envolve a compreensão do texto escrito.
Para tornar os alunos bons leitores, é imprescindível a formação do
gosto e do compromisso com a leitura, o que implica dizer, que é muito mais do
que desenvolver a capacidade de ler. Para que isso aconteça são necessárias
determinadas condições:
- dispor de uma biblioteca na escola;
- dispor de um acervo na classe com livros e outros materiais de
leitura;
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- organizar momentos de leitura livre em que o professor também
leia;
- planejar atividades diárias garantindo que as horas de leitura
tenham a mesma importância que as demais;
- possibilitar aos alunos a escolha de suas leituras;
- possibilitar aos alunos o empréstimo de livros na escola;
- quando houver oportunidade de sugerir títulos para serem
adquiridos pelos alunos, optar sempre pela variedade;
- construir uma política de formação de leitores na qual todos
possam contribuir com sugestões para desenvolver uma prática
constante de leitura que envolva o conjunto da unidade escolar;
- desenvolver projetos didáticos que tenham a leitura como eixo.
O trabalho com a leitura precisa ser diário e há inúmeras possibilidades
para isso, pois a leitura pode ser realizada:
- de forma silenciosa, individualmente;
- em voz alta (individualmente ou em grupo) quando fizer sentido
dentro da atividade;
- pela escuta de alguém que lê.
Sabemos que a leitura é um processo interno, mas o professor deve ter
clareza de que o processo de leitura deve ser ensinado e aprendido. O
processo de leitura deve garantir que o leitor compreenda o texto e possa ir
construindo uma ideia sobre o seu conteúdo, extraindo dele o que lhe
interessa, em função dos seus objetivos. Os objetivos da leitura são elementos
que devem ser levados em conta quando se trata de ensinar os alunos a ler e a
compreender.
Prática de produção de textos
O trabalho com a produção de textos tem como finalidade formar
leitores competentes capazes de produzir textos coerentes, coesos e eficazes.
Um escritor competente é alguém que planeja o discurso e
consequentemente o texto em função do seu objetivo e do leitor a quem se
destina; é alguém que sabe elaborar um resumo ou tomar notas durante uma
exposição oral; que sabe esquematizar suas anotações para estudar um
assunto; que sabe expressar por escrito seus sentimentos, experiências ou
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opiniões. Um escritor competente é, também, capaz de olhar para o próprio
texto como um objeto e verificar se está confuso, ambíguo, redundante,
obscuro ou incompleto. Ou seja: é capaz de revisá-lo e reescrevê-lo até
considerá-lo satisfatório para o momento.
Para tornar os alunos bons produtores de textos é fundamental
implementar na sala de aula, ou mesmo na escola, uma prática continuada de
produção de textos que atenda às seguintes condições:
- oferecer textos escritos impressos de boa qualidade;
- solicitar aos alunos que produzam textos;
- propor situações de produção de textos, em pequenos grupos, nos
quais os alunos compartilhem as atividades, embora realizando
diferentes tarefas: produzir propriamente, grafar e revisar;
- conversar com os alunos explicitando as dificuldades do processo
de produção, pois é fundamental que eles saibam que escrever,
ainda que seja graficamente para muitos, não é fácil para ninguém;
- propor projetos que ofereçam reais condições de produção de
textos escritos.
É fundamental que professor e alunos partilhem a crença de que se
aprende a escrever, escrevendo. Para aprender a escrever, é necessário ter
acesso à diversidade de textos escritos, testemunhar a utilização que se faz da
escrita em diferentes circunstâncias, defrontar-se com as reais questões que a
escrita coloca a quem se propõem produzi-la, arriscar-se a fazer como
consegue e receber ajuda de quem já sabe.
Análise e reflexão sobre a língua
O trabalho de análise e reflexão sobre a língua, também denominado
de “análise linguística” tem como finalidade o desenvolvimento da competência
dos alunos enquanto falantes, ouvintes, leitores e escritores. Essa competência
se constrói no uso e através da reflexão sobre a língua em uso.
A expressão “análise linguística” refere-se precisamente a um conjunto
de atividades que toma a língua como objeto de reflexão e estudo. Essas
atividades apóiam-se em dois fatores:
- a expressão humana de refletir, analisar, pensar sobre os fatos e
os fenômenos da linguagem;
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- a propriedade que a linguagem tem de poder referir-se a si mesma,
de falar sobre a própria linguagem.
O objetivo principal dessa atividade é melhorar a capacidade de
compreensão e expressão dos alunos, em situações de comunicação tanto
escrita quanto oral.
O trabalho didático de análise linguística se organiza tendo como ponto
de partida a exploração ativa e a observação de regularidades e irregularidades
no funcionamento da linguagem decorrentes do uso que os alunos fazem da
língua.
No processo de ensino as atividades de análise linguística, devem anteceder
as práticas de reflexão metalinguística (estudo da gramática propriamente dito)
para que essas possam ter algum significado para os alunos.
OBJETIVOS
- Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos na sua vida escolar.
- Compreender o significado das ciências, das artes e das letras, o processo
histórico de transformação da sociedade e da cultura, bem como da
importância da Língua Portuguesa como instrumento de comunicação, de
acesso ao conhecimento e de exercício da cidadania plena.
- Considerar a Língua Portuguesa como fonte de legitimação de acordos e
condutas sociais e como representação simbólica de experiências humanas
manifestas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social.
- Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos e
contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com
as condições de produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores,
participantes da criação e propagação de idéias e escolhas, tecnologias
disponíveis).
- Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de
significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.
- Articular as redes de diferenças e semelhanças entre a linguagem oral e
escrita e seus códigos sociais, contextuais e lingüísticos.
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- Recuperar, pelo estudo do texto literário, as formas instituídas de construção
do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as
classificações preservadas e divulgadas no eixo temporal e espacial.
- Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da
linguagem.
- Refletir juízos de valor, tanto sócio-ideológicos (preconceituosos ou não)
quanto histórico-culturais (inclusive estéticos), associados à linguagem e à
língua, reafirmando sua identidade pessoal e social.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
5.ª série/6.º ano
Conteúdo estruturante
- Discurso como prática social
Conteúdos básicos
Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme
suas esferas sociais de circulação, o Projeto Político Pedagógico, a Proposta
Pedagógica Curricular, o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade
com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a
série.
Leitura
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
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- Léxico;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
Escrita
- Tema do texto ;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto,
- Informatividade;
- Argumentatividade;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Divisão do texto em parágrafos;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
- Processo de formação de palavras;
- Acentuação gráfica;
- Ortografia;
- Concordância verbal/nominal.
Oralidade
- Tema do texto;
- Finalidade;
- Argumentetividade;
- Papel do locutor e interlocutor;
- Elementos extralingüísticos:entonação, pausas, gestos...;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações lingüísticas;
- Marcas lingüísticas: coesão,coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
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6.ª série/7.º ano
Conteúdo estruturante
- Discurso como prática social
Conteúdos básicos
Leitura
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Informatividade;
- Aceitabilidade;
- Situacionalidade;
- Intertextualidade;
- Informações explícitas e implícitas;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Repetição proposital de palavras;
- Léxico;
- Ambigüidade;
- Marcas lingüísticas: coesão,coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Escrita
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Informatividade;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
97
- Processo de formação de palavras;
- Acentuação gráfica;
- Ortografia;
- Concordância verbal/nominal.
Oralidade
- Tema do texto;
- Finalidade;
- Papel do locutor e interlocutor;
- Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações lingüísticas;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.
7.ª série/8.º ano
Conteúdo estruturante
- Discurso como prática social
Conteúdos básicos
Leitura
- Conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
- Situacionalidade;
- Intertextualidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito).
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- Semântica:
- Operadores argumentativos;
- Ambigüidade;
- Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
- Expressões que denotam ironia e humor no texto.
Escrita
- Conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Informatividade;
- Intertextualidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
- Concordância verbal e nominal;
- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
seqüenciação do texto;
- Semântica:
- Operadores argumentativos;
- Ambigüidade;
- Significado das palavras;
- Sentido conotativo e denotativo;
- Expressões que denotam ironia e humor no texto.
Oralidade
- Conteúdo temático;
- Finalidade;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
- Papel do locutor e interlocutor;
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- Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
- Elementos semânticos;
- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito
8.ª série/9.º ano
Conteúdo estruturante
- Discurso como prática social
Conteúdos básicos
Leitura
- Conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
- Situacionalidade;
- Intertextualidade;
- Temporalidade;
- Discurso ideológico presente no texto;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
- Partículas conectivas do texto;
- Progressão referencial no texto;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
- Semântica:
100
- Operadores argumentativos;
- Polissemia;
- Sentido conotativo e denotativo;
- Expressões que denotam ironia e humor no texto;
Escrita
- Conteúdo temático;
- Interlocutor
- Finalidade do texto;
- Informatividade;
- Situacionalidade;
- Intertextualidade;
- Temporalidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
- Partículas conectivas do texto;
- Progressão referencial no texto;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.);
- Sintaxe de concordância;
- Sintaxe de regência;
- Processo de formação de palavras;
- Vícios de linguagem;
- Semântica:
- Operadores argumentativos;
- Modalizadores;
- Polissemia.
Oralidade
- Conteúdo temático ;
- Finalidade;
- Aceitabilidade do texto;
- Informatividade;
101
- Papel do locutor e interlocutor;
- Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas.
ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO
EXEMPLOS DE GÊNEROS
COTIDIANA AdivinhasÁlbum de FamíliaAnedotasBilhetesCantigas de RodaCarta PessoalCartãoCartão PostalCausosComunicadoConvitesCurriculum Vitae
DiárioExposição OralFotosMúsicasParlendasPiadasProvérbiosQuadrinhasReceitasRelatos de Experiências VividasTrava-Línguas
LITERÁRIA / ARTÍSTICA AutobiografiaBiografiasContosContos de FadaContos de Fada ContemporâneosCrônicas de FicçãoEsculturaFábulasFábulas ContemporâneasHaicaiHistórias em QuadrinhosLendasLiteratura de CordelMemórias
Letras de MúsicasNarrativas de AventuraNarrativas de EnigmaNarrativas de Ficção CientíficaNarrativas de HumorNarrativas de TerrorNarrativas FantásticasNarrativas MíticasParódiasPinturasPoemasRomancesTankasTextos Dramáticos
CIENTÍFICA ArtigosConferênciaDebatePalestraPesquisas
Relato HistóricoRelatórioResumoVerbetes
ESCOLAR AtaCartazesDebate RegradoDiálogo/Discussão ArgumentativaExposição OralJúri SimuladoMapasPalestraPesquisas
Relato HistóricoRelatórioRelatos de Experiências CientíficasResenhaResumoSeminárioTexto ArgumentativoTexto de OpiniãoVerbetes de Enciclopédias
IMPRENSA Agenda CulturalAnúncio de EmpregoArtigo de Opinião
FotosHoróscopoInfográfico
102
CaricaturaCarta ao LeitorCarta do LeitorCartumChargeClassificadosCrônica JornalísticaEditorialEntrevista (oral e escrita)
MancheteMapasMesa RedondaNotíciaReportagensResenha CríticaSinopses de FilmesTiras
PUBLICITÁRIA AnúncioCaricaturaCartazesComercial para TVE-mailFolderFotosSlogan
MúsicasOutdoorParódiaPlacasPublicidade ComercialPublicidade InstitucionalPublicidade OficialTexto Político
POLÍTICA Abaixo-AssinadoAssembléiaCarta de EmpregoCarta de ReclamaçãoCarta de SolicitaçãoDebate
Debate RegradoDiscurso Político “de Palanque”FórumManifestoMesa RedondaPanfleto
JURÍDICA Boletim de OcorrênciaConstituição BrasileiraContratoDeclaração de DireitosDepoimentosDiscurso de AcusaçãoDiscurso de Defesa
EstatutosLeisOfícioProcuraçãoRegimentosRegulamentosRequerimentos
PRODUÇÃO E CONSUMO BulasManual TécnicoPlacas
Regras de JogoRótulos/Embalagens
MIDIÁTICA BlogChatDesenho AnimadoE-mailEntrevistaFilmesFotoblogHome Page
Reality ShowTalk ShowTelejornalTelenovelasTorpedosVídeo ClipVídeo Conferência
103
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
No processo de ensino-aprendizagem, é importante salientar o contato
com a linguagem nas diferentes esferas sociais, para o entendimento do texto
ser eficiente, bem como seus sentidos, suas intenções e visões de mundo.
A língua não se apresenta apenas no eixo da escrita, mas também nos
eixos da oralidade e da leitura.
A escola, por ser democrática e garantir a socialização do conhecimento,
deve, então, acolher alunos das mais diversas variações lingüísticas.
O ponto de partida deve ser sempre os conhecimentos lingüísticos os
alunos para promover situações que os incentivem a falar, ou seja, fazer uso
da variedade que eles empregam em suas relações sociais.
Em sala de aula, a oralidade deve ser trabalhada através de recitação de
poesias, jograis, dramatização, debates, interpretação de músicas e criação de
discursos.
Em relação à escrita, ressalta-se que as condições em que a produção
acontece determinam o texto. É importante também que o professor
desenvolva uma prática escolar que tenha em vista o leitor, que tenha um
destinatário e finalidades, para então se decidir o que será escrito.
Cada gênero discursivo tem suas peculiaridades: a composição, a
estrutura e o estilo variam conforme a produção de cada texto.
O aperfeiçoamento da escrita ocorre a partir da produção de diferentes
gêneros, por meio das experiências sociais, tanto singular quanto
coletivamente vividas.
É preciso o envolvimento dos alunos com os textos que produzem e que
eles assumam a autoria do que escrevem. Quando escrevem, eles dizem de si,
de suas leituras de mundo. A produção escrita possibilita que o sujeito tenha
auto-crítica, posicione-se em seu texto, interagindo com as práticas de
linguagem da sociedade.
Compreende-se a leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que
envolve demandas sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e
ideológicas de determinado momento. Nela, o indivíduo busca experiências,
seus conhecimentos prévios, sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as
várias vozes que o constituem.
104
A leitura se efetiva no ato da recepção, configurando o caráter individual
que ela possui. Depende de fatores lingüísticos e não lingüísticos: o texto é
uma potencialidade significativa, mas necessita de mobilização do universo de
conhecimento do leitor, num tempo e espaço. O leitor, convocado pelo texto,
participa da elaboração dos significados, confrontando-os com o próprio saber,
com a experiência de vida.
É na dimensão discursiva que a leitura deve ser experienciada. O
reconhecimento das vozes sociais e das ideologias presentes no discurso
auxiliar na construção de sentido de um texto e na compreensão das relações
de poder a ele inerentes.
AVALIAÇÃO
É indispensável que a avaliação em Língua Portuguesa seja um
processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao
desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
Ela deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo
ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática
pedagógica. Assim, a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez
que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas
também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.
Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o
novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a
aprendizagem. O verdadeiro sentido da avaliação é acompanhar o
desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e
mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar
problemas e fazer emergir novas práticas educativas.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras
no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
105
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes,
2003.
BAKTHIN, M. Marxismo e Filosofia da linguagem. 4. ed. São Paulo: Hucitec,
1998.
COLOMER, T.; CAMPS, A. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto
Alegre: ArtMed, 2002.
FREIRE, P. A importância do Ato de Ler: em três artigos que se
complementam. São Paulo: Cortez: Autores Associados. (Coleção Polêmicas
do Nosso Tempo, vol. 4), 1982.
GERALDI, J.W. Portos de passagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes,
1993.
_____________. O texto na sala de aula. Leitura e produção. Cascavel:
Assoeste, 1984.
GUIMARÃES, E. Texto, discurso e ensino. São Paulo: Contexto, 2009.
JOLIBERT, J. Formando crianças leitoras. Trad. MAGNE, B. C. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1994.
MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão.
São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
MENEGASSI, R. J. (org). Leitura e ensino. Maringá: EDUEM, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica. Paraná, 2009.
SILVA, E.T. da. A produção da leitura na escola. Pesquisas X Propostas.
São Paulo: Ática, 1995.
SILVA, E. T. da. De olhos abertos: reflexões sobre o desenvolvimento da
leitura no Brasil. São Paulo: Ática, 1999.
106
SMITH, F. Compreendendo a leitura: uma análise psicolingüística da leitura e
do aprender a ler. Porto Alegre: Artes Médicas Sul Ltda, 1989.
SMITH, F. Leitura Significativa. Trad. NEVES, B. A. 3 ed. Porto Alegre: Artes
Médicas Sul Ltda, 1999.
SMOLE, K. S.; DINIZ, I. M. (Orgs.) Ler, escrever e resolver problemas:
habilidades básicas para aprender matemática. Porto Alegre: Artmed, 2001.
SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte:
Autêntica, 1998.
SOLÉ, I. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998.
TEBEROSKY, A. Compreensão de leitura: a língua como procedimento.
Porto Alegre: Artmed, 2003.
10.1.1.8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
JUSTIFICATIVA
A Matemática comporta um amplo campo de relações, regularidades e
coerências que despertam a curiosidade e instigam a capacidade de
generalizar, projetar, prever e abstrair, favorecendo a estruturação do
pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico. Faz parte da vida de
todas as pessoas nas experiências mais simples como contar, comparar e
operar sobre quantidades. Nos cálculos relativos a salários, pagamentos e
consumo, na organização de atividades como agricultura e pesca, a
Matemática se apresenta como um conhecimento de muita aplicabilidade.
Também é um instrumental importante para diferentes áreas do conhecimento,
por ser utilizada em estudos tanto ligado às ciências da natureza como às
ciências sociais e por estar presente na composição musical, na coreografia,
na arte e nos esportes.
107
Essa potencialidade do conhecimento matemático deve ser explorada,
da forma mais ampla possível, no ensino fundamental.
Para tanto, é importante que a Matemática desempenhe, equilibrada e
indissociavelmente, seu papel na formação de capacidades intelectuais, na
estruturação do pensamento, na agilização do raciocínio dedutivo do aluno, na
sua aplicação a problemas, situações da vida cotidiana e atividades do mundo
de trabalho e no apoio à construção de conhecimentos em outras áreas
curriculares.
OBJETIVOS
- Ler, interpreter e até produzir textos relacionados à Matemática.
- Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas como tabelas, gráficos,
diagramas presentes em veículos de comunicação e a análise crítica bem
como a valorização de informações de diferentes origens.
- Observar e estabelecer conexões existentes entre diferentes tópicos de
Matemática e conhecimentos aplicados em outras áreas.
- Utilizar forma adequada e investigativa os recursos tecnológicos, como
calculadora e o computador.
- Desenvolver estratégias de resolução de problemas para desenvolver a
capacidade de raciocínio lógico.
- Analisar e aprender as influências de fatores sócio-culturais sobre o ensino, a
aprendizagem e o desenvolvimento através da Etnomatemática.
- Compreender por meio da leitura o problema matemático.
- Elaborar um plano que possibilite a solução dos problemas.
- Encontrar meios diversos para a resolução de um problema matemático.
- Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições
particulares.
- Pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos
problemas.
108
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
5.ª Série/6.º Ano
Conteúdos estruturantes
- Números e algebra;
- Grandezas e medidas;
- Geometrias;
- Tratamento da informação.
Conteúdos básicos
- Sistemas de numeração;
- Números Naturais;
- Múltiplos e divisores;
- Potenciação e radiciação;
- Números fracionários;
- Números decimais;
- Medidas de comprimento;
- Medidas de massa;
- Medidas de área;
- Medidas de volume;
- Medidas de tempo;
- Medidas de ângulos;
- Sistema monetário;
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Dados, tabelas e gráficos;
- Porcentagem.
6.ª Série/ 7.º Ano
Conteúdos estruturantes
- Números e algebra;
- Grandezas e medidas;
109
- Geometrias;
- Tratamento da informação.
Conteúdos básicos
- Números Inteiros;
- Números Racionais;
- Equação e Inequação do 1º grau;
- Razão e proporção;
- Regra de três simples;
- Medidas de temperatura;
- Medidas de ângulos;
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometrias não-euclidianas;
- Pesquisa Estatística;
- Média Aritmética;
- Moda e mediana;
- Juro simples.
7.ª Série/8.º Ano
Conteúdos estruturantes
- Números e álgebra;
- Grandezas e medida;
- Geometria;
- Tratamento da informação.
Conteúdos básicos
- Números Racionais e Irracionais;
- Sistemas de Equações do 1º grau;
- Potências;
- Monômios e Polinômios;
- Produtos Notáveis;
- Medidas de comprimento;
110
- Medidas de área;
- Medidas de volume;
- Medidas de ângulos;
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometrias não euclidianas;
- Gráfico e Informação;
- População e amostra.
8.ª Série/ 9.º Ano
Conteúdos estruturantes
- Números e álgebra;
- Grandezas e medidas;
- Funções;
- Geometrias;
- Tratamento da informação.
Conteúdos básicos
- Números Reais;
- Propriedades dos radicais;
- Equação do 2º grau;
- Teorema de Pitágoras;
- Equações Irracionais;
- Equações Biquadradas;
- Regra de Três Composta;
- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
- Trigonometria no Triângulo Retângulo;
- Noção intuitiva de Função Afim;
- Noção intuitiva de Função Quadrática;
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
111
- Geometrias não euclidianas;
- Noções de Análise Combinatória;
- Noções de Probabilidade;
- Estatística;
- Juros Compostos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os conteúdos básicos do Ensino Fundamental deverão ser abordados
de forma articulada, que possibilitem uma intercomunicação e complementação
dos conceitos pertinentes à disciplina de Matemática. As tendências
metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática sugerem
encaminhamentos metodológicos e servem de aporte teórico para as
abordagens dos conteúdos propostos neste nível de ensino, numa perspectiva
de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquiridos em séries
anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências
provenientes das vivências dos alunos deverão ser aprofundados e
sistematizados, ampliando-os e generalizando-os. É importante a utilização de
recursos didático-pedagógicas e tecnológicos como instrumentos de
aprendizagem.
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências
metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente,
das quais destacamos:
Resolução de problemas: Trata-se de uma metodologia pela qual o
estudante tem oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos
em novas situações, de modo a resolver a questão proposta. As etapas da
resolução de problemas são: compreender o problema; destacar informações,
dados importantes do problema, para a sua resolução; elaborar um plano de
resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova estratégia,
se necessário, até chegar a uma solução aceitável.
Etnomatemática: O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar
questões de relevância social que produzem o conhecimento matemático. O
trabalho pedagógico deverá relacionar o conteúdo matemático com essa
112
questão maior – o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e
relações de produção e trabalho.
Modelagem Matemática: A modelagem matemática tem como
pressuposto a problematização de situações do cotidiano. Ao mesmo tempo
em que propõe a valorização do aluno no contexto social, procura levantar
problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida. Por meio da
modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles físicos, biológicos e
sociais, constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas
de mundo.
Mídias Tecnológicas: Os recursos tecnológicos, como o software, a
televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre outros, têm
favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas de
resolução de problemas. O trabalho com as mídias tecnológicas insere
diversas formas de ensinar e aprender, e valoriza o processo de produção de
conhecimentos.
História da Matemática: É importante entender a história da Matemática
no contexto da prática escolar como componente necessário de um dos
objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que os estudantes compreendam
a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade. A história
deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da
Matemática. Assim, pode promover uma aprendizagem significativa, pois
propicia ao estudante entender que o conhecimento matemático é construído
historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais.
Investigações Matemáticas: Na investigação matemática, o aluno é
chamado a agir como um matemático, não apenas porque é solicitado a propor
questões, mas, principalmente, porque formula conjecturas a respeito do que
está investigando. Assim, “as investigações matemáticas envolvem,
naturalmente, conceitos, procedimentos e representações matemáticas, mas o
que mais fortemente as caracteriza é este estilo de conjecturateste-
demonstração”. Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as
coisas acontecem de forma diferente do que na resolução de problemas e
exercícios. Enfim, investigar significa procurar, conhecer o que não se sabe,
que é o objetivo maior de toda a ação pedagógica.
113
AVALIAÇÃO
A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-
aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram
espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno
com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão
alcançada por ele.
No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da
observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar
oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento.
Tais oportunidades devem incluir manifestação escritas, orais e de
demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como
materiais manipuláveis, computador e calculadora.
O professor deve considerar as noções que o estudante traz,
decorrentes da sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos
conhecimentos abordados nas aulas de Matemática.
A avaliação será: diagnóstica, contínua, permanente e cumulativa.
Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a
pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da
aprendizagem.
REFERÊNCIAS
Almanaque Abril 2009. Edição 35. São Paulo: Editora Abril S.A., 2009.
GIRASSOL EDIÇÕES. 1.000 Testes e jogos de inteligência. Girassol Brasil
Edições Ltda., 2000.
IMENES, L. M.; LELLIS, M. Microdicionário de Matemática. São Paulo:
Editora Scipione, 2001.
IMENES, L. M.; LELLIS, M. Os números na história da civilização. Coleção
Vivendo a Matemática. 12. ed. São Paulo: Editora Scipione, 2000.
114
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
SOUZA, A. F.; RAFFA, I.; SOUZA, S. S. F. Matemática: primeiros passos. Vol.
01 – Números, operações, espaços e formas. São Paulo: Editora Giracor,
2008.
SOUZA, A. F.; RAFFA, I.; SOUZA, S. S. F. Matemática: primeiros passos. Vol.
02. – Grandezas, medidas e tratamento da informação. São Paulo: Editora
Giracor, 2009.
TOLEDO, M.; TOLEDO, M. Didática de Matemática – como dois e dois, a
construção da Matemática. São Paulo: FTD, 1997.
10.1.1.9. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA
ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
JUSTIFICATIVA
O mundo mudou, houve a globalização da economia, da cultura e do
conhecimento. Tudo está acessível, por conta dos avanços tecnológicos, a
quem precise de informações das mais variadas. Não há mais barreiras nem
distâncias entre os povos do mundo que impeçam a comunicação e a difusão
das novidades.
A globalização mundial é um fato. Para que ninguém fique à margem
dos benefícios que ela traz ao homem e também para que todos possam
enfrentar a competitividade do mundo, garantir as oportunidades de trabalho,
condições mais justas de vida, é preciso que a escola principalmente a escola
pública, dê a sua clientela não só conhecimento em todas as áreas, como
também instrumente o aluno com a possibilidade de ir construindo o
conhecimento ao longo da sua vida em todos os sentidos. Só assim ele poderá
enfrentar com maior igualdade de condições as dificuldades do meio social
nem sempre justo e sobreviver nessa sociedade dominada pela minoria
elitizada, detentora do comando político, econômico e cultural.
115
Mais do que nunca, é hoje verdadeira a afirmação de que o homem é
um animal de relações. Ele sobrevive e cresce através da interação com o
outro, com a sua realidade, com as diversas outras realidades, consigo mesmo
e na sua vivência dentro da aldeia global em que se transformou o mundo de
hoje.
Ora, a linguagem humana se dá pelo mais complexo e mais perfeito
instrumento de comunicação, a linguagem (oral, escrita e leitura). Portanto, a
importância de oportunizar o aprendizado de outra língua além da língua
materna é garantir ao indivíduo o seu direito de integrar-se mais perfeitamente
à vida atual, dar-lhe melhores instrumentos para continuar a construção do seu
conhecimento e para atingir os maiores objetivos do ser humano na sua
existência: o direito à justiça, ao trabalho, em igualdade de condições.
O estudo de qualquer língua estrangeira de interesse da comunidade
onde vive o indivíduo é importante. O conhecimento de outra língua tem o
objetivo de colocar o indivíduo em contato com outra maneira de se comunicar,
diferente da sua, mas, como a língua materna, um fenômeno vivo, dinâmico e
bem estruturado. Compreender que os outros homens, embora possuam
hábitos, língua e modos de ver o mundo diferentes dos seus, não são
essencialmente melhores ou piores que ele próprio. São apenas diferentes,
mas ainda assim, seres humanos na sua forma mais básica. Também, em
confronto com a língua do outro, fica mais fácil entender a sua própria língua,
igualmente um fenômeno bem estruturado e dinâmico, uma das línguas mais
faladas no mundo inteiro. Isto é valorizá-la, bem como à própria cultura.
A aprendizagem da Língua Inglesa apresenta algumas vantagens sobre
outros idiomas estrangeiros, quais sejam: o inglês foi tacitamente eleito como a
língua da comunicação universal. Está à volta de todos em marcas de
produtos, na divulgação de notícias, de recentes avanços científicos,
tecnológicos e culturais. Está nas propagandas, nas músicas, em rádios e na
TV, em filmes e desenhos. Em alimentos, refrigerantes, produtos de higiene.
Em roupas, calçados e nos eletrodomésticos, está em quase tudo. E desse
modo, desde muito pequenos os alunos entram em contato com essa
verdadeira invasão do inglês em suas vidas.
116
OBJETIVOS
- Utilizar-se da Língua Inglesa para reconhecer outras culturas ampliando seus
horizontes.
- Valorizar a cultura nacional através da análise e compreensão de outras
culturas.
- Possibilitar aos alunos a ampliação de conhecimentos básicos em uma língua
estrangeira para que exerçam sua cidadania no mundo globalizado em que
estão inseridos.
- Perceber o papel da Língua Inglesa com a possibilidade de acesso a
informações.
- Perceber a importância de se aprender uma (ou mais) Língua Estrangeira
Moderna considerando a pluralidade lingüística do mundo em que vivemos e
percebendo-se como parte integrante desse mundo.
- Considerar o estudo de Língua Estrangeira Moderna - Inglês como meio de
penetração na cultura dos países que falam esta língua, podendo, dessa
maneira tecer um paralelo com sua própria cultura.
- Ampliar as possibilidades de comunicação reconhecendo nas formas falada e
escrita as idéias principais e os conteúdos das mensagens.
- Desenvolver a capacidade de leitura como fonte de informação, prazer e
acesso ao mundo da tecnologia, do trabalho e dos estudos avançados.
- Utilizar todas as habilidades comunicativas (ouvir, falar, ler e escrever) em
Língua Estrangeira - Inglês, ampliando-as de modo criativo, em situações reais
de comunicação.
- Demonstrar compreensão geral de tipos de textos variados, apoiando em
elementos icônicos (gravuras, tabelas, fotografias, desenhos) e/ou em palavras
cognatas.
- Aprender uma Língua Estrangeira de forma viva, dinâmica e enriquecedora.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
As Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna do Estado do
Paraná colocam como conteúdo estruturante o discurso como prática social
pois, como afirma Bakhtin (1996, p.65), “...o essencial na tarefa de codificação
117
não consiste em reconhecer a forma utilizada, mas compreendê-la num
contexto concreto preciso, compreender sua significação numa enunciação
particular.”
5.ª série/6.º ano
Conteúdo estruturante
- Discurso como prática
Conteúdos básicos
Leitura
- Identificação do tema;
- Intertextualidade;
- Intencionalidade;
- Léxico;
- Coesão e coerência;
- Funções das classes gramaticais no texto;
- Elementos semânticos;
- Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);
- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística.
- Acentuação gráfica;
- Ortografia.
Escrita
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Intencionalidade do texto;
- Intertextualidade;
- Condições de produção;
- Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
- Léxico;
118
- Coesão e coerência;
- Funções das classes gramaticais no texto;
- Elementos semânticos;
- Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística;
- Ortografia;
- Acentuação gráfica.
Oralidade
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.
- Pronúncia.
6.ª série/7.º ano
Conteúdo estruturante
- Discurso como prática social
Conteúdos básicos
Leitura
- Identificação do tema;
- Intertextualidade;
- Intencionalidade;
- Léxico;
- Coesão e coerência;
- Funções das classes gramaticais no texto;
- Elementos semânticos;
- Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);
119
- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística;
- Acentuação gráfica;
- Ortografia.
Escrita
- Tema do texto ;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Intencionalidade do texto;
- Intertextualidade;
- Condições de produção;
- Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
- Léxico;
- Coesão e coerência;
- Funções das classes gramaticais no texto;
- Elementos semãnticos;
- Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);
- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística;
- Ortografia;
- Acentuação gráfica.
Oralidade
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.
– Pronúncia.
–
120
7.ª série/8.º ano
Conteúdo estruturante
- Discurso como prática social
Conteúdos básicos
Leitura
- Identificação do tema;
- Intertextualidade;
- Intencionalidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Léxico;
- Coesão e coerência;
- Funções das classes gramaticais no texto;
- Elementos semãnticos;
- Recursos estilísticos( figuras de linguagem);
- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística;
- Acentuação gráfica;
- Ortografia.
ESCRITA
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Intencionalidade do texto;
- Intertextualidade;
- Condições de produção;
- Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
- Vozes sociais presentes no texto;
- Léxico;
- Coesão e coerência;
121
- Funções das classes gramaticais no texto;
- Elementos semânticos;
- Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);
- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística;
- Ortografia;
- Acentuação gráfica.
8.ª série/9.º ano
Conteúdo estruturante
- Discurso como prática social
Conteúdos básicos
Oralidade
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Variações linguísticas;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
- Adequação da fala ao contexto;
- Pronúncia.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Todo o material elaborado para o ensino da Língua Estrangeira tem
como pressuposto que a linguagem não é um simples conteúdo escolar, mas
uma atividade humana, histórica e social. Portanto, seu estudo deve contribuir
de alguma forma, para auxiliar a solução desde pequenos problemas
cotidianos até a compreensão das dificuldades que afetam a sociedade como
122
um todo e, também, propiciar o acesso ao bens culturais acumulados pela
humanidade.
Considerando que ser usuário de uma segunda língua é uma das
condições para uma efetiva participação social, a finalidade do ensino da
Língua Estrangeira deve visar, prioritariamente, ao desenvolvimento da
capacidade de produzir e interpretar textos orais e escritos, à medida que estes
auxiliem o educando a ler o mundo em que vive, a analisar o que dele se diz e
se pensa e a expressar uma visão fundamentada e coerente dessa leitura e
interpretação. Para isso, é necessário oferecer ao aluno, muitas e diferentes
oportunidades de desenvolver as quatro habilidades lingüísticas básicas- falar
e ouvir, ler e escrever num contexto de reflexões e de análise que não deixe de
enfatizar o universo de emoções, conhecimentos e satisfação pessoal que tais
atividades possam oferecer.Para tanto, todos os conteúdos descritos acima
serão abordados dentro de um contexto que terá o texto sempre como suporte.
AVALIAÇÃO
A avaliação será de foram continuada, por cada produção textual ou oral
apresentada; avaliações estas que serão reduzidas a uma nota a cada registro
de notas (média e soma das avaliações contínuas aos trabalhos e exercícios
propostos).
A avaliação, portanto, será um processo contínuo e priorizará a
qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno no
decorrer de cada bimestre.
Os estudos de recuperação paralela serão realizados durante as aulas,
no decorrer de cada bimestre, através de avaliações diversificadas, havendo
uma nova avaliação para cada prova em que o aluno não obtiver pelo menos
60% da nota proposta.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, HELOÍSA L.G. DE; GRAZZIOTTIN, JOSÉ ANDRADE. Educação
a Distância. Curitiba, Ed. Educarte, 2001.
123
KLASSEN, SUSANA. Discovery. São Paulo, Ed. FTD, 2003.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
ROLIM, MIRIAM. Insights into English. São Paulo, Ed. FTD, 2002.
SILVA, ANTÔNIO. Essential English. São Paulo, Ed. Ibep – 2005.
124
10.2. MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM PUBLICIDADE
A implantação do curso ocorreu neste ano, por isso, contemplamos
apenas as disciplinas referentes ao 1.º Ano.
Matriz CurricularEstabelecimento: Colégio Estadual Senador CorreiaMunicípio: Ponta GrossaCurso: Técnico em PublicidadeForma: INTEGRADA Ano de implantação: 2010Turno: MANHÃ Carga Horária: 4000 horas/aula – 3333
horasMódulo: 40 Organização: SERIADADISCIPLINAS SÉRIES Hora
Aula
Hora
1ª 2ª 3ª 4ª1 ARTE 2 80 672 BIOLOGÍA 2 2 160 1233 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2 320 2674 FILOSOFIA 2 2 2 2 320 2675 FÍSICA 2 2 160 1336 GEOGRAFIA 2 2 160 1337 HISTÓRIA 2 2 160 1338 INTRODUÇAO À PUBLICIDADE 3 2 200 1679 LEGISLAÇÃO APLICADA A PUBLICIDADE 2 3 200 16710 LEM: INGLÊS 2 2 160 13311 LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA 3 3 2 2 400 33312 MATEMÁTICA 3 2 2 2 360 30013 MÍDIAS EM PUBLICIDADE 2 2 160 13314 PESQUISA E MÉTODO EM PUBLICIDADE 2 3 200 16715 PRODUÇÃO EM PUBLICIDADE 2 2 3 280 23316 PSICOLOGIA DA COMUNICAÇÃO E
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
3 120 100
17 QUÍMICA 2 2 160 13318 RELAÇÕES INTERPESSOAIS 2 80 6719 SOCIOLOGIA 2 2 2 2 320 267TOTAL 25 25 25 25 4000 3333
125
10.2.1. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
JUSTIFICATIVA
Entendendo a Educação Física como uma área do conhecimento da
cultura corporal de movimento esta deve dar oportunidade a todos os alunos
para que desenvolvam suas potencialidades de forma democrática e não
seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos.
Os processos de ensino e aprendizagem devem considerar as
características dos alunos em todas as suas dimensões (cognitiva, corporal,
afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social).
O aluno deverá aprender para além das técnicas de execução, a cumprir
regras e estratégias, apreciá-los criticamente, analisá-los esteticamente,
avaliá-los esticamente, ressignificá-los e recriá-los.
Portanto é tarefa da Educação Física garantir o acesso dos alunos às
práticas da cultura corporal, contribuindo para a construção de um estilo
pessoal de praticá-las e oferecer instrumentos para que sejam capazes de
apreciá-las criticamente.
OBJETIVOS
- Compreender a função social do esporte.
- Vivenciar atividades esportivas.
- Apropriar-se acerca das diferenças entre esporte e lazer.
- Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no
esporte.
- Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando
alternativas de superação.
- Organizar atividades e dinâmicas de grupo que possibilitem aproximação e
considerem individualidades.
- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das
diferentes manifestações das lutas.
126
- Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões
culturais, por meio da dança.
- Discutir e argumentar sobre apropriação das danças pela indústria cultural.
- Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática de
jogos, lutas e dos desportos, buscando encaminhar os conflitos de forma não
violenta, pelo diálogo.
- Participar das atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e
construtivas com os outros reconhecendo e respeitando características físicas
e de desempenho de todos, sem discriminar por características pessoais,
físicas, sexuais ou sociais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Esporte: coletivos e individuais;
- Jogos e brincadeiras: tabuleiro, dramáticos e cooperativos;
- Dança: folclóricas, salão, rua, criativas, circulares;
- Ginástica: rítmica, condicionamento físico, ginástica circense, geral;
- Lutas: de aproximação e capoeira;
Conteúdos básicos
- Futebol;
- Voleibol;
- Basquetebol;
- Handebol;
- Futebol de salão;
- Atletismo;
- Tênis de mesa;
- Dama;
- Trilha;
- Xadrez;
- Improvisação;
- Imitação;
- Mímica;
127
- Cadeira livre;
- Dança da cadeira;
- Futpar;
- Volençol;
- Valsa;
- Merengue;
- Samba;
- Forró;
- Quadrilha;
- Folclóricas;
- Sagradas;
- Alongamentos;
- Ginástica aeróbica;
- Ginástica localizada;
- Step;
- Rolamentos;
- Malabares;
- Pular corda;
- Judô;
- Jiu-jitsu;
- Sumô;
- Karatê;
- Taekwondo;
- Regional.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Sendo a cultura corporal o objeto de estudo da Educação Física por
meio dos conteúdos estruturantes esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e
brincadeiras a disciplina tem a função social de contribuir para que os alunos
se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma
expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas
corporais.
Desta forma desenvolvemos uma metodologia tendo como eixo central a
construção do conhecimento pela práxis.
128
A abordagem dos conhecimentos devem inserir questões envolvendo as
diversas dimensões sociais em jogos que requeiram maior capacidade de
abstração por parte do aluno.
AVALIAÇÃO
Os critérios de avaliação foram estabelecidos considerando o
comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico. Por
exemplo, se os alunos entregam as atividades propostas pelo professor, se
houve assimilação dos conteúdos, respeitando o grupo e propondo soluções
para as divergências, e se o aluno se mostra envolvido nas atividades tanto
práticas como teóricas.
Neste sentido, a avaliação caracteriza-se como um processo contínuo,
permanente e cumulativo, onde o professor organizará e reorganizará o seu
trabalho.
REFERÊNCIAS
BARRETO, D. Dança: ensino, sentidos e significados na escola. Campinas:
Autores Associados, 2004.
BENJAMIN, W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo:
Summus, 1984.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São
Paulo: Cortez, 1992.
DAOLIO, J. Educação física brasileira: autores e atores da década de 80.
97f. Tese (Doutorado em Educação Física) - Programa de Pós-Graduação da
Universidade Estadual de Campinas, Campinas: UNICAMP, 1997.
ESCOBAR, M. O. Cultura corporal na escola: tarefas da educação física.
In: Revista.
129
HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-
escola à universidade. 20 ed. Porto Alegre: Mediação, 2003.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
10.2.2. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA
JUSTIFICATIVA
A filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A
filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado,
fechado em si mesmo. Ela é, antes de tudo, uma prática de vida que procura
pensar os acontecimentos além de sua pura aparência. Assim, ela pode se
voltar para qualquer objeto. Pode pensar a ciência, seus valores, seus
métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar a arte; pode pensar
o próprio homem em sua vida cotidiana. Diz-se que a filosofia incomoda certos
indivíduos e instituições porque questiona o modo de ser das pessoas, das
culturas, do mundo. Isto é, questiona a prática política, científica, técnica, ética,
econômica, cultural e artística.
Desse modo, compreender a importância do ensino da filosofia no
Ensino Médio é entendê-la como um conhecimento que contribui para a
formação do aluno. Cabe a ela indagar a realidade, refletir sobre as questões
que são fundamentais para os homens, em cada época.
A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa,
sistemática e deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para
alcançar a radicalidade do problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação
do Colégio, a busca pelo ensino da reflexão filosófica, instrumentalizando os
alunos para estarem aptos a compreender e atuar em sua realidade.
OBJETIVOS
130
- Compreender a complexidade do mundo contemporâneo, sua múltiplas
particularidades e especializações.
- Construir espaços de problematização a fim de articular os problemas da
vida atual com as respostas e formulações da história da Filosofia e com a
criação de conceitos.
- Confrontar diferentes pontos de vista e concepções de maneira a perceber a
diversidade de problemas e de abordagens.
- Elaborar de forma problematizadora, suas próprias questões e tentativas de
respostas.
- Conhecer o contexto histórico e político do surgimento da Filosofia e o que
ele significou para a cultura helênica.
- Compreender a apreensão da realidade pela sensibilidade.
- Perceber que o conhecimento não é apenas resultado da atividade
intelectual, mas também da imaginação, da intuição e da fruição, que
contribuem para constituir sujeitos críticos e criativos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Mito e Filosofia
- O conhecimento
Conteúdos básicos
- Saber mítico;
- Saber filosófico;
- Relação Mito e Filosofia;
- Atualidade do mito;
- O que é Filosofia?;
- O Deserto do Real;
- Ironia e Filosofia;
- Possibilidade do conhecimento;
- As formas de conhecimento;
- O problema da verdade;
- A questão do método;
131
- Conhecimento e lógica;
- Perspectivas do Conhecimento.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Nos dias atuais e na atual polêmica mundial na qual vivemos, a Filosofia
muito tem a contribuir na discussão e problematização dos conceitos que foram
criados ao longo da história.
Neste sentido, a disciplina de Filosofia no Ensino Médio buscar somar e
dividir conhecimentos e questionamentos com as outras disciplinas do
currículo. Busca também fazer com que o estudante amplie e desenvolva seu
próprio pensamento.
Para tanto, os encaminhamentos metodológicos da disciplina estão
baseados em leitura, discussão, argumentação e exposição de idéias. Explora-
se também mecanismos de escrita, aula expositiva e pesquisas direcionadas.
AVALIAÇÃO
A avaliação será continua e de forma individual e coletiva. Faremos
construção e interpretação de textos com base nos conteúdos de Filosofia,
trabalhos escritos e de exposição, provas, debates e relatórios individual.
A disciplina de Filosofia como prática e discussão e também como
construção de conceitos encontra seu sentido na experiência de pensamento
filosófico. Sendo assim, o professor considerará as posições dos alunos, pois o
que entrará em questão é a argumentação e a identificação das posições.
Para tanto, a avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o
conhecimento, por meio da análise comparativa do que o aluno pensava antes
e do que pensa após o estudo.
REFERÊNCIAS
APPEL, E. Filosofia nos vestibulares e no ensino médio. Cadernos PET-
Filosofia 2, Curitiba, 1999.
132
ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da Filosofia no Ensino Médio
como experiência filosófica. Cadernos CEDES. Campinas. n. 64, 2004.
BORNHEIM, G. O sujeito e a norma. In. NOVAES, A. Ética. São Paulo:
Companhia das Letras, 1997.
BRASIL. Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia. Orientações
curriculares do ensino médio. [S.n.t.].
CORBISIER, R. Introdução à filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira,1986, v.1.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34,
1992. (Coleção Trans).
FAVARETTO, C.F. Notas sobre o ensino da filosofia. In: ARANTES, P. E. et
all (Org.). A filosofia e seu ensino. Petrópolis/São Paulo: Vozes/Educ, 1995.
FERRATER MORA. Dicionário de filosofia São Paulo: Loyola, 2001.
FILOSOFIA. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. 336 p. (Livro Didático
Público)
GALLO, S.; KOHAN, W. O. (Orgs). Filosofia no ensino médio. Petrópolis:
Vozes, 2000.
KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1985.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
133
10.2.3. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
JUSTIFICATIVA
O ensino de Geografia no ensino médio deverá fornecer subsídios aos
alunos para que possam interpretar o mundo ao seu redor, compreendendo o
espaço em que vivem, sendo homem e a natureza os principais elementos
deste estudo, mantendo assim uma interdependência, uma articulação entre o
ser humano e seus interesses nesse espaço levando os alunos a refletirem
sobre sua realidade local, integrando o conhecimento à experiência de vida.
No decorrer do ano letivo de 2010 será feito o estudo geográfico do
mundo atual, onde os alunos serão conduzidos a perceberem a identidade da
Geografia como área do conhecimento e a possibilidade que oferece para a
compreensão critica da realidade, tendo em vista o exercício pleno da
cidadania, bem como a conhecerem diferentes questionamentos e atividades
criativas, buscando-se desenvolver são só os temas geográficos, mas
estimulando situações em que a sociabilidade e o respeito mútuo estarão em
evidencia.
Uma atenção especial deverá ser dada ao reconhecimento dos
problemas ecológicos que afetam o Planeta Terra, analisando-os e buscando
alternativas para solucioná-los, assumindo posturas coerentes com um
pensamento critico.
Vale ainda lembrar que um enfoque especial será dado à linguagem
cartográfica e à interdisciplinaridade.
OBJETIVOS
- Compreender que a ciência geográfica é responsável pelas transformações
que são produzidas no espaço com base nas atividades humanas, criando e
recriando novos espaços.
- Compreender a evolução da geografia.
- Compreender o papel das ONGS.
- Conhecer as três revoluções industriais.
134
-Perceber a desigualdade na distribuição espacial das indústrias e os fatores
locacionais.
- Compreender a industrialização em países desenvolvidos e
subdesenvolvidos.
- Identificar os principais tipos de indústrias.
- Conhecer o processo de urbanização e hierarquia das cidades.
- Identificar as novas tecnologia e alterações no espaço urbano e rural.
- Identificar problemas os problemas ambientais globais decorrentes da forma
de exploração e uso dos recursos naturais.
- Compreender a importância da tecnologia na produção econômica,nas
comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço
geográfico.
- Reconhecer a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das
atividades produtivas, nos deslocamentos de população e na distribuição da
população.
- Reconhecer as influências das manifestações culturais dos diferentes grupos
étnicos no processo de configuração do espaço geográfico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Espaço e representação.
- Dinâmica do espaço.
- Dinâmica populacional.
- Distribuição da indústria nas diversas escalas.
- A Revolução técnica científica.
- Urbanização e hierarquia das cidades.
- Mobilidade urbana e transporte.
- Apropriação do espaço urbano.
Conteúdos básicos
- Conceitos e formações socioespaciais.
- Teorias demográficas.
- Distribuição da população.
135
- Revolução tecnológica.
- Impacto na produção.
- Habitação, infra-estrutura.
- Território marginal e seus problemas.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia de encaminhamento da disciplina de Geografia deve
permitir aos alunos a apropriação dos conceitos fundamentais de maneira a
compreender o processo de produção e transformação do espaço geográfico.
Os conteúdos devem ser trabalhados de uma maneira dinâmica e sempre
interligando com a realidade próxima e distante dos alunos.
A necessidade de contextualizar os conteúdos é muito mais do que
relacioná-lo à realidade vivida do aluno, é, situá-lo historicamente e nas
relações políticas, sociais, econômicas, culturais nas manifestações concretas.
Também se faz necessário, estabelecer relações interdisciplinares sem
perder a especificidade da Geografia.
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação se dará de maneira a acompanhar a
aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.
A avaliação da disciplina de Geografia deve considerar que os alunos
têm diferentes ritmos de aprendizagem e que as atividades desenvolvidas
possam possibilitar aos alunos a apropriação dos conteúdos e posicionamento
crítico frente aos diferentes contextos sociais.
O processo deve considerar, a mudança de pensamento e atitude do
aluno, contribuindo para a formação do aluno crítico, que deve atuar em seu
meio natural e cultural.
Portanto, destacam-se como os principais critérios de avaliação em
Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das
relações socioespaciais para compreensão e intervenção na realidade.
136
Sendo assim, a avaliação é considerada parte do processo pedagógico
e, por isso, deve tanto acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear
o trabalho do professor.
REFERÊNCIAS
ATLAS geográfico escolar, IBGE, RJ: IBGE, 2002.
ALMEIDA, L. M. A.; RIGOLIN, T. Geografia, SP: Ática, 2005, p. 447.
BOING, A. In. Expoente (org). Geopolítica, 2007.
CARLOS, Ana Fani A.(org.), Novos Caminhos da geografia, São Paulo:
Contexto, 2005.
CORRÊA, R. L. O espaço urbano, SP: Ática, 1995.
HESBAERT, R. O mito da desterritorialização, RJ: Bertrand Brasil, 2004.
JOLY, F. A cartografia, Campinas: Papirus, 1990.
LACOSTE, Y. A geografia isso serve, em primeiro lugar para fazer a
guerra, Campinas: Papirus, 1988.
MOREIRA, R. O que é geografia, SP: Brasiliense, 1994, p. 48.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
137
10.2.4. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
JUSTIFICATIVA
Considerando que devemos sempre refletir a respeito de nossa prática
docente, faz-se necessário elaborar e planejar o plano anual de trabalho,
porém convém lembrar que ele é flexível podendo se reestruturado,
reformulado em qualquer momento da sua aplicação.
Para tanto, o ensino da História se faz necessário visto que é de extrema
importância as reflexões a respeito dos contextos históricos em que os saberes
foram produzidos. Destaca-se também os processos históricos relativos às
ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a significação
atribuída pelos sujeitos.
OBJETIVOS
- Construir a identidade pessoal e social do educando na dimensão histórica à
partir do reconhecimento do papel do indivíduo nos processos históricos
simultaneamente como sujeito e como produto dos mesmos.
- Identificar processos históricos.
- Reconhecer criticamente as relações de poder existentes, bem como intervir
no mundo histórico em que vive, de modo a se fazerem sujeitos da própria
história.
- Estabelecer comparações entre passado e presente, com referência a uma
diversidade de períodos, culturas e contextos sócio-históricos.
- Compreender que um acontecimento histórico é produzido com base no
método da problematização de distintas fontes documentais e textos
historiográficos.
- Entender que a História é tanto um estudo da continuidade como de mudança
e da simultaneidade.
– Compreender que um acontecimento histórico pode responder a uma
multiplicidade de causas.
–
138
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Relações de trabalho;
- Relações de poder;
-Relações culturais.
Conteúdos básicos
- Trabalho escravo, servil;
- Assalariado e Trabalho livre;
- Economia predatória e Produtora na Pré História (coletivismo primitivo);
- A escravidão na Antiguidade Clássica (Egito, Grécia e Roma);
- A escravidão na América Espanhola;
- A escravidão no Brasil;
- A servidão na Idade Média;
- A escravidão na nos dias atuais;
- Resistência à escravidão (comunidades quilombolas do Brasil e Paraná);
- Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: a mão de obra no
contexto de consolidação do capitalismo nas sociedades brasileira e
estadunidense;
- A construção do trabalho assalariado;
- Urbanização e Industrialização;
- As civilizações do Oriente próximo (primeiras civilizações da Antiguidade);
- Idade Média: Renascimento comercial e urbano;
- A Revolução Industrial;
- O Fordismo, o Taylorismo e o Toyotismo;
- O imperialismo na África e na Ásia;
- A África atual e o Apartheid;
- O Neocolonialismo;
- Formação da sociedade colonial brasileira;
- O trabalho na sociedade contemporânea;
- Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna;
- A industrialização e a urbanização no Brasil durante a Primeira República;
- O anarquismo no Brasil;
139
- Leis trabalhistas e sindicalismo no Brasil;
- Urbanização e industrialização no Paraná (Primeiras vilas e cidades);
- Fundação de Ponta Grossa;
- Industrialização de Ponta Grossa na década de 1970;
- O Estado e as Relações de Poder;
- O Império Romano;
- Estados teocráticos da Antiguidade Clássica;
- A Igreja Medieval;
- Relações culturais na sociedade Medieval européia (camponeses, artesões,
mulheres, hereges e outros;
- Formação das Monarquias Nacionais;
- O iluminismo e os depósitos esclarecidos;
- O iluminismo no Brasil;
- A reforma Protestante e a Contra-Reforma;
- O Renascimento cultural europeu;
- Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna;
- Globalização e Neocolonialismo.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Este plano de trabalho docente foi elaborado com os conteúdos básicos
podendo ser acrescentado outros conteúdos que serão articulados com os
conteúdos estruturantes tendo por base as Diretrizes Curriculares da Educação
Básica elaborada pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
Os conteúdos estruturantes são as relações de trabalho, relações de
poder e as relações culturais, os quais se desdobram em conteúdos básicos
por fim, em específicos.
Para o Ensino Médio, os conteúdos básicos são os temas históricos
baseados nas ações humanas que constituíram os processos históricos do
presente, tais como a fome, desigualdade e exclusão social, confrontos
identitários (individual, social, étnica, sexual, de gênero, de idade, de
propriedade, de direitos, regionais e nacionais).
140
AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada objetivando três aspectos:
- A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes;
- A compreensão das relações da vida humana (conteúdos estruturantes);
- O aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.
Para tanto, deverá ser recorrido a diferentes atividades, tais como:
leitura, interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas,
documentos históricos, produção de narrativas históricas, pesquisas
bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, produção de trabalhos
referentes à publicidade.
REFERÊNCIAS
COTRIM, Gilberto. História para o Ensino Médio: Brasil e Geral. 1.ª Ed. São
Paulo: Saraiva, 2002.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA: História, Secretaria
de Estado da Educação do Paraná. Governo do Paraná, 2008.
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História: Novo Ensino Médio. São Paulo: Àtica,
2002.
MARTINS, ROMÁRIO. História do Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2006.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
SERIACOPI, Gislaine Campos Azevedo. História/Ensino Médio. 1.ª Ed. São
Paulo: Ática, 2005.
WACHOVICZ, Rui Chistovan. Historia do Paraná. 7ª Ed. Curitiba: Ed. Gráfica
Vicentina Ltda, 1995.
141
10.2.5. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À
PUBLICIDADE
JUSTIFICATIVA
O publicitário é responsável pela criação e planejamento de campanhas
publicitárias. Sua atividade envolve, dentre outras coisas, o contato com os
clientes para coleta de informações sobre o produto, o planejamento da
campanha com a seleção dos veículos de comunicação mais adequados, a
criação das peças publicitárias e a elaboração dos respectivos layouts, além de
trabalhos de pesquisa e acompanhamento.
É um campo bastante generoso no que diz respeito à identificação do
profissional com a área que ele tenha mais afinidade e capacidade. É um
profissional que está sempre atualizado em relação aos principais
acontecimentos culturais, sociais, políticos e econômicos.
Essa disciplina desempenha um papel central na formação desse
profissional, pois é um dos primeiros espaços de contato com a sua área de
atuação específica. Ela apresenta a atividade publicitária, a agência de
publicidade em suas diversas ramificações e o histórico da profissão no Brasil e
no Paraná. Dessa forma, o aluno terá contato com as principais ferramentas e
as diferentes formas utilizadas pelos meios de comunicação e agências de
publicidade, na elaboração de campanhas e anúncios publicitários.
OBJETIVOS
- Perceber o histórico da publicidade da propaganda no Brasil.
- Identificar o estudo evolutivo e comparativo da publicidade em relação às
técnicas e influências recebidas ao longo da história.
- Compreender os diferentes conceitos e características da propaganda e da
publicidade.
- Conhecer as características básicas de uma agência de publicidade.
- Entender as relações entre cliente/agência e fornecedores.
142
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Conceitos de Publicidade;
- Comunicação;
- Comunicação em Publicidade;
- Conceitos de propaganda;
- Conceitos e princípios de marketing;
- Ferramentas do marketing;
- Marketing Direto;
- Merchandising;
- E-Commerce;
- O cliente;
- Conveniências do cliente;
- Definição de necessidades, desejos e satisfação;
- Processo de decisão de compra.
Conteúdos básicos
- O que é publicidade, onde surgiu, qual o propósito inicial, qual o propósito
hoje. Como e quais as ferramentas para se fazer publicidade;
- História da Comunicação, Conceitos, Principais formas de comunicação,
Processo de Comunicação, Comunicação de Massa;
- Objetivos da Comunicação na Publicidade, métodos de escrita, formas de
dizer subentendendo, análise de comunicação em publicidade;
- O que é propaganda. Como fazer propaganda. História. Principais
propagandas já feitas. Propaganda de sucesso;
- O que é Marketing, Como surgiu, evolução do marketing. Principais
campanhas de Marketing no Brasil e no Mundo. Função do marketing na
sociedade;
- Meios e formas de se fazer marketing;
- Conceito, surgimento, função e resultados;
- Conceitos, função do merchandising na sociedade hoje. Aplicação na
Publicidade;
- Conceito e aplicação na publicidade hoje;
143
- Conhecendo o cliente, suas características. Como trabalhar com os clientes.
Como vender seu produto. Subjetividades de cada cliente. Análise de
consumidor e cliente;
- O que o cliente deseja, como parecer conveniente ao cliente, como adaptar a
atmosfera para agradar o cliente;
- Como se define as necessidades humanas. Como se forma o desejo de
consumir um objeto, quais as formas de atingir a satisfação dos clientes.
Tempo de satisfação humana;
- Processo de Compras: desde a necessidade até a decisão de comprar. Os
caminhos que levam a compra, como acelerar uma compra.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A base desse curso técnico é a conversa, o debate. A disciplina serve
para conceituar uma idéia universal, mas o debate, a exemplificação é o que
vai mudar o campo de percepção dos alunos. Aliado a isso, atividades em aula,
trabalhos práticos, aplicação de vídeos e palestras com profissionais da área
ajudarão, neste primeiro ano, a desenvolver uma capacidade crítica referente
ao que eles já conhecem e entendem por publicidade.
AVALIAÇÃO
Avaliação teórica abordando os conteúdos ministrados em cada
bimestre. Trabalhos periódicos (trabalhos de pesquisa ou de caráter prático e
experimental indicados a partir das aulas).
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Ivan; PEREZ, Clotilde (Org.). Hiperpublicidade: fundamentos e
interfaces (vol.1). São Paulo: Thomson Learning, 2007.
BARBOSA, Ivan; PEREZ, Clotilde (Org.). Hiperpublicidade: atividades e tendências
(vol.2). São Paulo: Thomson Learning, 2007.
144
BERTOMEU, João Vicente Cegato. Criação na propaganda impressa. 1.ª ed.
São Paulo: Futura, 2001.
BIGAL, Solange. O que é Criação Publicitária (ou O Estético na
Publicidade). 2a. edição. São Paulo: Nobel, 1999.
CARVALHO, Gilmar. O Gerente endoidou: ensaios sobre publicidade e
propaganda. Fortaleza: Omni Editora, 2008.
CASAQUI, Vander. História da propaganda brasileira: dos fatos à
linguagem. In: Hiperpublicidade: fundamentos e interfaces. São Paulo:
Thomson Learning, 2007.
CORRÊA, Roberto. Contato imediato com planejamento de propaganda.
São Paulo: Global, 2002.
KLEIN, Naomi. Sem logo: A tirania das marcas em um planeta vendido. Rio
de Janeiro: Record, 2002.
LUPETTI, Marcelia. Administração em Publicidade. São Paulo, Thomson
Learning, 2003.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
PINHO, J. B. Trajetória da Publicidade no Brasil: das origens à maturidade
técnico-profissional. In: Trajetória e Questões Contemporâneas da
Publicidade Brasileira. São Paulo: INTERCOM, 1998, 2ª edição.
145
10.2.6. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
PORTUGUESA
JUSTIFICATIVA
O processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa tem sido
um desafio permanente para nós professores e educadores. Por ser a
ferramenta básica para a construção e elaboração de conhecimentos em todas
as áreas do saber, é um dos elementos centrais da formação do aluno. Não é
possível aprender as diversas ciências sem o domínio da leitura e da escrita
em língua materna.
A necessidade de formação de um aluno com adequadas habilidades
para ler, escrever e se expressar oralmente é uma imposição do século XXI.
Isso se deve tanto ao fato de que a informação circula incessantemente e deve
ser apreendida, compreendida e, sobretudo, filtrada, como ao fato de que as
pessoas são cada vez mais solicitadas a se expor publicamente, seja pela fala
ou por documentos escritos.
O sujeito capaz de ler e interpretar adequadamente um texto torna-se
mais apto ao exercício de sua cidadania, mais crítico e assim, mais preparado
para intervir na sociedade, além de ser capaz de estabelecer parâmetros de
avaliação para a imensa quantidade de informação que está ao seu alcance.
O mundo mudou, as crianças e os jovens que freqüentam a escola
mudaram, transformou-se profundamente a relação com o conhecimento e é
impossível não pensar no ensino e na aprendizagem da Língua Portuguesa
dentro desse novo cenário. Refletir sobre práticas de ensino de leitura e escrita
na era da informação deve ser exercício constante, seja esta informação
transmitida por meio impresso ou eletrônico, nas mais diversas mídias.
O domínio do idioma materno em sua modalidade escrita não se tornou
algo desatualizado ou fora de moda, em virtude das inovações tecnológicas.
Ler e escrever são habilidades essenciais à vida dos nossos alunos, membros
da comunidade global e cidadãos em formação.
146
OBJETIVOS
- Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos na sua vida escolar.
- Compreender o significado das ciências, das artes e das letras, o processo
histórico de transformação da sociedade e da cultura, bem como da
importância da Língua Portuguesa como instrumento de comunicação, de
acesso ao conhecimento e do exercício da cidadania plena.
- Considerar a Língua Portuguesa como fonte de legitimação de acordos e
condutas sociais e como representação simbólica de experiências humana nas
formas de sentir, pensar e agir na vida social.
- Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos e
contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com
as condições de produção/recepção.
- Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de
significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.
- Articular as redes de diferenças e semelhanças entre a linguagem ora e
escrita e seus códigos sociais, contextuais e linguísticos.
- Recuperar, pelo estudo do texto literário, as formas instituídas de construção
do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as
classificações preservadas e divulgadas no eixo temporal e espacial.
- Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da
linguagem.
- Refletir juízos de valor, tanto sócio-ideológicos quanto histórico-culturais
associados à linguagem e a língua, reafirmando sua identidade pessoal e
social.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
As Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa do Estado do Paraná
coloca como conteúdo estruturante o discurso como prática social.
Neste parâmetro, Bakhtin destaca que o essencial na tarefa de
codificação não consiste em reconhecer a forma utilizada, mas compreendê-la
147
num contexto concreto preciso, compreender sua significação numa
enunciação particular.
O objetivo principal do ensino de Língua Portuguesa é formar indivíduos
capazes de analisar o discurso social para que sejam transformadores de sua
própria realidade. Não é difícil entender a língua como um instrumento social,
libertador e principalmente modificador.
Os elementos lingüísticos que serão utilizados para esse propósito são
os eixos norteadores de ensino da língua: Leitura, Compreensão, Produção de
texto e Oralidade.
Leitura
- Identificação do tema
- Interpretação textual,
Observando:
- conteúdo temático
- interlocutores
- fonte
- intertextualidade
- informatividade
- intencionalidade
- marcas lingüísticas
- ideologia
- papéis sociais representados
- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
- Inferências
- As particularidades ( lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal
e informal.
-Texto verbal e não verbal, midiático, infográfico, etc
- Relação dialógica entre os textos
- Informações implícitas em textos
- Estética do texto literário
- Contexto de produção da obra literária
- Diálogo da literatura e as outras artes e áreas do saber
148
Oralidade
- Adequação ao gênero:
Conteúdo temático
- Elementos composicionais
- Procedimentos e marcas lingüísticas típicas da conversação ( entonação,
repetições, pausas...)
- Coerência global do discurso oral
- Variedades lingüísticas
- Intencionalidade do texto oral
- Papel do locutor e do interlocutor:
- Participação e cooperação
- Particularidades de pronúncia de algumas palavras
- Elementos extralingüísticos:
- Entonação, pausas, gestos...
- Materialidade fônica dos textos poéticos
Escrita
- Adequação ao gênero:
Conteúdo temático
- Elementos composicionais
- Marcas lingüísticas
- Argumentação
- Coerência e coesão textual
- Organização de idéias/ parágrafos
- Resumos
- Refacção textual
- Finalidade do texto
- Paráfrases de textos
Análise Linguística
Perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
- Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno
- Expressividade e função referencial dos vocábulos ( adjetivos, advérbios,
pronome, substantivos...) no texto
149
- Pontuação e recursos gráficos ( aspas , negrito, itálico, etc) e seus efeitos de
sentido no texto
- Acentuação gráfica
- Figuras de pensamento e de linguagem
- Gírias, estrangeirismos, neologismos
- Linguagem técnica/digital
- Concordância verbal e nominal
- Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes do texto
- Conotação e denotação
- Vícios de linguagem
- Operadores argumentativos e os efeitos de sentido
- Coordenação e subordinação nas orações do texto
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino de Língua Portuguesa deve inserir-se numa perspectiva
interacionista e discursiva de trabalho com a linguagem, o que significa que a
abordagem não é apenas expositiva ou transmissiva. O aluno deve ser
convocado a ter uma postura ativa diante do conhecimento, manifestando-se,
estabelecendo relações, realizando inferências, ativando conhecimentos
prévios, participando de discussões e posicionando-se.
Uma abordagem interacionista acredita e prevê que a construção do
conhecimento se dá não por meio de cópias da lousa, mas por meio de trocas
intersubjetivas, seja entre os próprios alunos, seja entre professor e aluno. O
professor na condição de mediador, não deve fornecer respostas prontas e
sim, confrontar perguntas com novas perguntas, oferecer comparações,
alternativas, sugerir hipóteses, negociar sentidos. Nos estudos literários e de
reflexão sobre a língua o trabalho do professor deve desafiar seus alunos, na
medida do possível, a acionar seus conhecimentos prévios e cotejá-los com
aquilo que o professor lhes devolve. É o que propõem, em outras palavras, os
PCN.
A prática de leitura é o elemento central em torno do qual devem ser
pensadas e organizadas as atividades de trabalho com a língua materna.
Encarar o texto como centro do sistema tem sua justificativa: é nele que a
150
linguagem se materializa, adquire variadas configurações e, assim, exerce sua
função social. Para que o aluno produza um bom texto, a escrita deve estar
articulada à prática da leitura e as reflexões linguísticas que ela suscitou.
Tomar o texto como objeto de estudo é, portanto, uma necessidade
metodológica para um ensino que pretenda ser significativo e formador,
evitando a mera exposição de conteúdos estanques, saberes fragmentados,
classificações e terminologias desconectas de um contexto de uso.
Sendo assim, a prática da análise linguística também deverá tomar o
texto como ponto de partida para a exploração das propriedades da língua e de
seu funcionamento. As questões gramaticais serão apresentados e
desenvolvidos em razão de sua relevância na composição do texto lido.
As crianças e os jovens que estão na sala de aula fazem parte de uma
geração em que as informações são interligadas, é a geração que convive com
o hipertexto, flashes e pop-ups, com a rapidez da mudança, a instantaneidade
e o caráter de conceitos.
No trabalho em sala de aula com a língua não menos importante é a
oralidade, que compreende um leque muito grande de manifestações, com
estrutura e características próprias, que devem ser exploradas com os alunos
para que ele perceba uma série de aspectos que entram em jogo em cada
gênero de interação oral nos diversos contextos.
AVALIAÇÃO
A avaliação está sendo entendida aqui como um dos aspectos do ensino
pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu
próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados, e o seu
desempenho, em diferentes situações de aprendizagem.
Preponderarão na avaliação os aspectos qualitativos da aprendizagem,
considerada a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos conteúdos.
A avaliação será de forma continuada, por cada produção textual ou oral
apresentada; avaliações estas que serão reduzidas a uma nota a cada registro
de notas (média e soma das avaliações contínuas aos trabalhos e exercícios
propostos).
151
A avaliação, portanto, será um processo contínuo e priorizará a
qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno no
decorrer de cada bimestre.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. M. (1934-35/1975) O discurso no romance. In : Questões de
Literatura e de Estética- a teoria do romance, p. 71- 210. São Paulo: Hucitec/
EdUNESP, 1988.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 5.
ed., 1997. Lingüística Aplicada – Universidade Estadual de Campinas, São
Paulo,
1995.
FARACO, Carlos Alberto. Linguagem & Diálogo: as idéias lingüísticas do
círculo de Bakhtin. 1.ª Ed. Curitiba: Criar edições, 2003.VI .p.136.
FERREIRA, A.B.H. Miniaurélio Século XXI: o minidicionário de língua
portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2001.
KOCK, I.G.V. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2002.
ORLANDI, E.P. Análise de discurso: princípios e procedimentos.
Campinas, SP: Pontes, 6.ª ed., 2005.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
RAJAGOPALAN, K. Por uma lingüística crítica. Linguagem, identidade e
a questão ética. São Paulo: parábola Editorial, 2003.
SOARES, M. (1998). Letramento- um tema em três gêneros. Belo Horizonte:
Ceale/ Autêntica.
152
10.2.7. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
JUSTIFICATIVA
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº
9394/96), o Ensino Médio tem como finalidades centrais não apenas a
consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos durante o
nível fundamental, no intuito de garantir a continuidade de estudos, mas
também a preparação para o trabalho e para o exercício da cidadania, a
formação ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e a compreensão
dos processos produtivos.
O ensino de matemática pode contribuir para que os alunos
desenvolvam habilidades relacionadas à representação, compreensão,
comunicação, investigação e, também à contextualização sociocultural.
OBJETIVOS
- Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e
transformar o mundo a sua volta.
- Perceber que a disciplina estimula o interesse, a curiosidade, o espírito da
investigação e o desenvolvimento da capacidade de resolver problemas.
- Resolver situações problema adotando estratégias, desenvolvendo formas de
raciocínio e processos como intuição, dedução, analogias e estimativas.
- Utilizar conceitos e procedimentos matemáticos, bem como recursos
tecnológicos disponíveis diante de uma situação problema.
- Interagir com os colegas de modo cooperativo, aprendendo a trabalhar em
conjunto na busca da situação.
- Comunicar-se matematicamente, oral ou por escrito.
- Encontrar meios diversos para a resolução de um problema matemático;
– Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições
particulares
–
153
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Números e álgebra;
- Grandezas e medidas;
- Funções;
- Geometrias;
- Tratamento da informação.
Conteúdos básicos
- Teoria dos conjuntos;
- Subconjuntos;
- Operações;
- Diagramas;
- Sistemas de Coordenadas Cartesianas;
- Plano Cartesiano;
- Intervalos;
- Funções;
- Domínio e imagem;
- Gráficos;
- Função crescente e decrescente;
- Função composta e função inversa;
- Função 1º grau;
- Gráficos;
- Sinais da Função;
- Inequação do 1º grau;
- Função 2º grau;
- Gráficos;
- Zeros da Função;
- Ponto de máximo e ponto de mínimo;
- Sinais da função;
- Inequação do 2º grau;
- Potenciação;
- Propriedades de potenciação;
154
- Função Exponencial;
- Equação exponencial;
- Gráficos;
- Domínio;
- Função Logarítmica;
- Equação Logarítmica;
- Gráficos;
- Domínio;
- Propriedades;
- Trignometria;
- Função Seno, Cosseno e Tangente;
- Gráficos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Abordaremos os conteúdos matemáticos desafiando os alunos a partir
de situações problemas, quando os mesmos terão oportunidade de aplicar
conhecimentos previamente adquiridos em situações novas.
Na resolução de exercícios os alunos utilizam mecanismos que a levam
a soluções de forma imediata.
Ao registrarmos questões de relevância social, permitimos o exercício da
critica e a análise da realidade priorizando e valorizando a historia dos
estudantes através do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais.
Através da modelagem matemática podemos abordar fenômenos diários
sejam eles físicos, biológicos e sociais, contribuindo para análise e
compreensões diversas do mundo.
O trabalho realizado utilizando-se das mídias tecnológicos valoriza o
processo de produção de conhecimentos.
Através da historia da matemática possibilitamos ao estudante
compreender a evolução dos conceitos.
Sendo assim, a abordagem dos conteúdos específicos transita por todas
as tendências da Educação Matemática através dos conteúdos estruturantes
que organizam os campos de estudo, podendo ser tratado em diferentes
155
momentos e quando situações de aprendizagem necessitam, podendo ser
retomados e aprofundados a qualquer tempo.
AVALIAÇÃO
No método tradicional de ensino da avaliação é tida como um processo
de troca, uma verificação, isto é, o aluno devolve o que recebeu.
Contudo é imprescindível que a avaliação seja continua e priorize o
desempenho do aluno ao longo do ano letivo. Destaca-se a avaliação
formativa, mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula, já que a mesma de
ênfase ao aprender. Considera-se que os alunos possuem ritmos e processos
de aprendizagem diferentes e avaliação contínua.
Compreendendo e respeitando as diferenças é que promovemos uma
ação de qualidade para todos os alunos.
Sendo assim, utilizamos de alguns critérios específicos:
- Participação dos alunos nos trabalhos em grupo e individual;
- Resolução de atividades propostas;
- Realização de pesquisas;
- Testes e avaliações.
REFERÊNCIAS
BOYER, C.B. História da Matemática. São Paulo, Edgar Blucher, 1996.
DANTE, Luis Roberto. Matemática. São Paulo: Ática, 2000.
GOULART, C. Márcio. Matemática no Ensino Médio. 3ª Edição; São Paulo,
2008.
IEZZI, Gelsom. Fundamentos de matemática elementar. São Paulo: Atual,
2000.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
156
10.2.8. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MÍDIAS EM
PUBLICIDADE
JUSTIFICATIVA
Nos últimos anos, o mundo dos meios de comunicação sofreu uma
revolução sem precedentes em sua história que, tradicionalmente, está
acostumada a reviravoltas periódicas. No início, tínhamos o predomínio da TV
e do rádio, meios de comunicação de massa por excelência. Depois de algum
tempo, a comunicação passou a focalizar a segmentação, principalmente com
o crescimento constante do número de revistas direcionadas a determinados
públicos leitores.
Recentemente, com o surgimento dessa ferramenta fantástica que é a
internet, a comunicação fragmentou-se em centenas de milhares de domínios,
conseguindo atingir e interligar um número ilimitado de pessoas ao redor do
globo.
De forma sucinta, pode-se afirmar que o profissional de mídia deve ser
um especialista em comunicação e conhecer a essência de cada um dos meios
disponíveis, para aproveitar o que eles têm de melhor a oferecer na veiculação
de uma mensagem e, conforme a verba disponível, montar o mix mais eficaz
para atender aos objetivos de marketing e de comunicação do produto.
OBJETIVOS
- Proporcionar aos alunos ferramentas de pesquisa para a composição de um
olhar crítico das mídias escritas e audiovisuais.
- Refletir sobre os paradigmas científicos.
- Desenvolver uma leitura crítica do mundo, assim com uma leitura reflexiva
sobre as mídias impressas e mídias audiovisuais.
- Identificar os principais termos da cibercultura e do campo das novas mídias,
assim como as principais ferramentas usadas.
- Perceber que a Publicidade deve estar atenta ao ambiente criado pelas novas
mídias, que cada vez mais influência a opinião do consumidor e as decições a
serem tomadas pelo mercado.
157
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Conceito de mídia;
- Conhecendo as mídias impressas e a forma de publicidade para elas;
- Conhecendo as mídias sonoras;
- Publicidade em mídias sonoras;
- Mídias de rua;
- Mídias audiovisuais;
- Internet;
- Mídias institucionais;
- Fazendo publicidade.
Conteúdos básicos
- História e principais descrições;
- Estado das principais mídias impressas, suas características e funções e o
tipo de publicidade veiculado nelas;
- Estudo das principais mídias sonoras, suas características e funções;
- Aprendizado de como fazer publicidade para mídias sonoras, formatos,
audiência, publico;
- Aplicação dos conceitos de publicidade em Mídias de rua como outdoor,
busdoor, etc.
- Estudo das Mídias audiovisuais e suas principais características;
- Estudo da Internet e suas principais características;
- Estudo das mídias institucionais. Diversidade de ramos. Aplicação em
empresas e demais segmentos;
- Aplicação dos primeiros conceitos de comunicação e publicidade nas diversas
mídias.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A base desse curso técnico é a conversa, o debate. A disciplina serve
para conceituar uma idéia universal, mas o debate, a exemplificação é o que
vai mudar o campo de percepção dos alunos. Aliado a isso, atividades em aula,
158
trabalhos práticos, aplicação de vídeos e palestras com profissionais da área
ajudarão, neste primeiro ano, a desenvolver uma capacidade crítica referente
ao que eles já conhecem e entendem por publicidade.
AVALIAÇÃO
Avaliação teórica abordando os conteúdos ministrados em cada
bimestre. Trabalhos periódicos (trabalhos de pesquisa ou de caráter prático e
experimental indicados a partir das aulas).
REFERÊNCIAS
DORDOR, Xavier. Mídia/ Mídia Alternativa. São Paulo: Nobel, 2007.
JONES, John Philip. A publicidade como negócio. São Paulo:Nobel, 2002.
NETO, Ângelo F. Midialização: o poder da mídia. São Paulo:Nobel, 2006.
OGDEN, James R. Comunicação integrada de marketing. São
Paulo:Prentece
Hall, 2002.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
SANT´ANNA, Armando. Propaganda: teoria, prática, técnica. São
Paulo:Pioneira,1998.
TAMANAHA, Paulo. Planejamento de mídia. São Paulo: Prentice Hall, 2006.
VERONEZZI, José C. Mídia de A a Z. São Paulo: Flight, 2005.
ZENLTER, Herbert. Gerenciamento de mídia. São Paulo: Nobel, 2001.
159
10.2.9. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA
JUSTIFICATIVA
O essencial da disciplina de Química é desenvolver a visão científica de
fatos cotidianos, proporcionando uma iniciação na alfabetização científica e
tecnológica dos educandos, viabilizando a concreta aplicabilidade dos
conhecimentos científicos em situações problema e, o senso de investigação
científica e experimentação.
Na relação com as ciências de referência, é importante destacar que as
disciplinas escolares, apesar de serem diferentes na abordagem, estruturam-se
nos mesmos princípios epistemológicos e cognitivos, tais como os mecanismos
conceituais e simbólicos. Esses princípios são critérios de sentido que
organizam a relação do conhecimento com as orientações para a vida como
prática social, servindo inclusive para organizar o saber escolar.
OBJETIVOS
- Estabelecer o conceito científico partindo do conhecimento prévio dos alunos
e de suas concepções espontâneas.
- Construir e reconstruir significados dos conceitos científicos.
- Perceber e entender como a Química está presente e é usada no cotidiano.
- Conhecer qual o objeto de estudo da Química.
-Demonstrar um conhecimento dos conceitos apresentados e resolver os
problemas utilizando várias correlações.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Matéria e sua natureza;
- Biogeoquímica;
- Química sintética;
- Matéria e sua natureza;
160
Conteúdos básicos
- Constituição da matéria;
- Estados de agregação;
- Natureza elétrica da matéria;
- Do Macroscópico ao Microscópico;
- Propriedades físicas da matéria;
- Substâncias e misturas;
- Introdução ao conceito de reação química;
- Átomos e moléculas;
- Estrutura atômica;
- Modelo atômico de Rutherford;
- Átomos neutros e íons;
- Modelo atômico de Borh;
- Modelo atômico de subníveis de energia;
- Tabela periódica dos elementos;
- Breve historia da tabela periódica;
- Estrutura da tabela periódica;
- Configuração eletrônica e a tabela periódica;
- As ligações químicas;
- Ligação iônica;
- Ligação covalente e ligação metálica;
- Substâncias inorgânicas;
- Ácidos e bases;
- Sais e forças de eletrólitos;
- Óxidos: Definição, nomenclatura e classificação;
- Óxidos e poluição atmosférica;
- Substâncias inorgânicas;
- Ácidos e bases;
- Sais e forças de eletrólitos;
- Óxidos: Definição, nomenclatura e classificação;
- Óxidos e poluição atmosférica;
– Reações químicas.
–
161
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Utilização de aulas expositivas, buscando um encaminhamento
investigativo e dialógico; proposição de situações problemas, nas quais a
disciplina de Química tornar-se-á elemento participante do construto do
educando perante o conhecimento real; resolução de exercícios em grupos,
buscando a constante interação dos mesmos e realização de aulas práticas
através de experiências.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os
condicionantes do diagnóstico e da continuidade.
A avaliação não tem finalidade em si mesma, mas deve subsidiar e
redimensionar o curso da ação do professor, em busca de melhorar o processo
educativo.
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos
científicos. Desta forma, pretende-se valorizar o conhecimento prévio dos
alunos e também estabelecer novos conceitos que destaquem os
conhecimentos químicos necessários para a compreensão da leitura de
mundo.
A avaliação da disciplina não desarticula teoria da prática, mas
considera as estratégias empregadas pelos alunos na articulação e análise dos
experimentos com os conceitos químicos.
REFERÊNCIAS
AXT, R. O papel da experimentação no ensino de ciências. In: MOREIRA,
M.
AXT, R.Tópicos em ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991.
CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2. ed. São Paulo: Moderna,
2004.
162
CHASSOT, A. Para que(m) é útil o ensino. Canoas: Ed. da Ulbra, 1995.
GOODSON, I. F. Currículo: teoria e história. São Paulo: Vozes, 1995.
NANNI, R. A natureza do conhecimento científico e a experimentação no
ensino de ciência. Revista Eletrônica de Ciências: v.26, Maio 2004.
ROCHA, G. O. A pesquisa sobre currículo no Brasil e a história das
disciplinas escolares. In: Santos, E. H. ; Gonçalves, L. A. O. (org.). Currículo
e Políticas Públicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
ROSITO, B. A . O ensino de ciências e a experimentação. In
Construtivismo e
ensino de ciências: reflexões epistemológicas e metodológicas. 2.ed.
Porto
Alegre: EDIPUCRS, 2003.
VIDAL, B. História da química. Lisboa: Edições 70, 1986.
163
10.2.10. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE RELAÇÕES
INTERPESSOAIS
JUSTIFICATIVA
Uma boa relação interpessoal é nutritiva quando ajuda a nos constituir
como pessoa, e que faz parte da competência dos profissionais e do ambiente
de trabalho saber lidar com as questões interpessoais. uma política de
interpessoais confortáveis ajuda os profissionais a permanecer nela, mas há
necessidade de políticas sociais mais amplas que sustentem essa
permanência. Levar os profissionais a definir objetivos comuns e a persegui-los
em conjunto é tarefa que não será atingida se não houver a constituição de um
grupo coeso, embora a coesão seja um processo lento e difícil. As habilidades
de relacionamento interpessoal - o olhar atento, o ouvir ativo, o falar autentico –
podem ser desenvolvidas, e que nesse exercício profissional vai fazendo uma
revisão de suas concepções. Essas concepções necessitam ser continuamente
pensadas se realmente se deseja formar cidadãos críticos. E cidadania tem
tudo a ver com relações entre pessoas. Como diz Milton Santos (1998), “ser
cidadão é viver valorando as relações interpessoais, as relações com a
comunidade, os problemas nacionais.” A disciplina de Relações Interpessoais
aprimora nos futuros profissionais relacionamento com as diferentes pessoas.
Mostra como ter um bom convívio nos principais locais onde atuará e
sobretudo, na vida. Trabalha a percepção, o pré-conceito, as personalidades, a
empatia e as principais formas de tratamento que envolvem o ser humano.
OBJETIVOS
- Compreender os aspectos fundamentais da mudança pessoal e organizacional.
- Demonstrar os fatores da mudança pessoal e organizacional.
- Analisar os pontos do desenvolvimento pessoal e organizacional.
- Perceber o conhecimento de seus limites e suas potencialidades a partir da
percepção e conscientização da diversidade humana.
164
- Identificar a diferença entre grupo, equipe e sua importância na dinâmica
profissional.
- Potencionalizar a importância da motivação nas relações de trabalho.
- Perceber a importância da liderança como meio de crescimento e motivação.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
Conteúdos estruturantes
- Conceito de Relações Interpessoais e Humanas;
- Personalidade e empatia;
- Relacionamento Interpessoal no dia-a-dia;
- O indivíduo em grupo;
- Interação e conflitos;
- Valores humanos;
- Ética pessoal e profissional;
- Cidadania;
- Regras de etiqueta;
- Apresentação pessoal.
Conteúdos básicos
- Estudo do que é e os conceitos;
- Estudo da personalidade como entender as pessoas e a si mesmo;
- Aplicação de conceitos que melhoram o relacionamento;
- Como se portar e se relacionar em grupo;
- Estudo das pessoas e o motivo de conflitos, solução de conflitos, bem como
métodos eficazes de interação;
- Estudo dos valores pessoais e aceitação dos valores alheios;
- Estudo da ética e aplicação de ética em empresas;
- Estudo e aplicação da cidadania;
- Estudo das principais regras de etiqueta aplicáveis;
- Estudo da apresentação das pessoas. Dicas de apresentação pessoal,
higiene e postura.
165
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A base dos encaminhamentos do curso técnico é a conversa, o debate.
A disciplina serve para conceituar uma idéia universal, mas o debate, a
exemplificação é o que vai mudar o campo de percepção dos alunos. Aliado a
isso, atividades em aula, trabalhos práticos, aplicação de vídeos e palestras
com profissionais da área ajudarão, neste primeiro ano, a desenvolver uma
capacidade crítica referente ao que eles já conhecem e entendem por
publicidade.
AVALIAÇÃO
Avaliação teórica abordando os conteúdos ministrados em cada
bimestre. Trabalhos periódicos (trabalhos de pesquisa ou de caráter prático e
experimental indicados a partir das aulas).
REFERÊNCIAS
CRIVELARO, Rafael; TAKAMORI, Jorge YUKIO. Dinâmica das Relações
Interpessoais. 1.ed. Nova. Campinas: Alínea, 2005.
DEL PRETTE, Zilda A. Pereira; DEL PRETTE, Almir. Psicologia das Relações
Interpessoais: Vivências para o Trabalho em Grupo. Petrópolis: Vozes,
2001.
166
10.2.11. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA
JUSTIFICATIVA
Os objetivos do ensino de Sociologia no Ensino Médio podem ser
divididos em duas classes: os que são específicos para a disciplina e os que
não se restringem a ela, indo ao encontro dos que foram traçados para o
Ensino Médio a partir da Lei nº 9394/96.
A finalidade da matéria se dá ao colocar no universo educacional a
problematização da vida do próprio aluno, sua existência real num mundo real,
com suas implicações nos diversos campos da vida: ético-moral, sociopolítico,
religioso, cultural e econômico, numa forma interdisciplinar, principalmente no
que tange a união com as disciplinas humanísticas para ajudar na formação do
jovem naquilo que mais lhe é característico, o questionamento.
Partindo desta idéia, a sociologia pode dar para o desenvolvimento do
pensamento critico, não porque teria um conteúdo, mas porque a sociologia
tem a contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico, não porque
teria um conteúdo, mas porque a sociologia tem a contribuir para o
desenvolvimento do pensamento crítico, ao lado de outras disciplinas, pois
promove o contato do aluno com sua realidade e, além disso, estabelecendo
um confronto com realidades distantes e culturalmente diferentes. É justamente
nesse movimento de distanciamento do olhar sobre nossa própria realidade e
de aproximação sobre realidades outras que desenvolvemos uma
compreensão de outro nível e critica.
No mundo contemporâneo, cerceado pelas tecnologias, nas relações de
trabalho e nas relações culturais, a informação tornou-se elemento estratégico
para o mundo. Mas esta, ainda é um dado bruto que deve ser transformado em
conhecimento através da capacidade processamento da mesma, ou seja, em
capacitar de raciocínio, de questionamento, do confronto de outras fontes e
experiências, por fim, habilidades que se adquire ao ser treinado a ver os
mesmo panoramas a partir de diferentes perspectivas.
Essa, portanto, é a habilidade que se adquire por excelência com o
estudo das ciências humanas e, em especial, com a filosofia e a sociologia. É
da essência destes campos de conhecimento a tarefa de desenvolver o
167
pensamento, sem nenhuma utilidade ou objetivo prático a curto prazo, mais
que isso, a preocupação se dá em educar o olhar e processar tanto
informações como saberes já produzidos.
Como apresentado nos PCN´s (p. 38) o ensino de Sociologia é
construído [enfatizando-se] dois eixos fundamentais em torno dos quais vêm se
construindo grande parte da tradição sociológica: a relação entre indivíduo e
sociedade, a partir da influencia da ação individual sobre os processos sociais,
bem como a importância do processo inverso e a dinâmica social, pautada em
processos que envolvem, ao mesmo tempo, porém em graduações variadas, a
manutenção da ordem ou, por outro lado, a mudança social.
Colocado desta forma, o conhecimento sociológico beneficia o aluno na
medida em que lhe permitirá uma análise mais acurada da realidade que o
cerca e na qual está inserido. Mais que isto, constitui uma contribuição decisiva
para a formação da pessoa humana, já que nega o individualismo e demonstra
claramente nossa dependência em relação ao todo, isto é, à sociedade na qual
estamos inseridos.
As mudanças propostas pela LDB de 1996 e pelos PDNs implicam um
profundo reordenamento político-pedagógico fundado na construção e
implantação de um projeto pedagógico (organização curricular, orientação
metodológica, organização administrativa, recursos, etc.) que se paute
efetivamente pelos seguintes princípios: Flexibilidade, Autonomia, Identidade,
Diversidade, Interdisciplinaridade e Contextualização, partindo desses
princípios, o objetivo do Ensino Médio está expresso no vinculo dessa etapa da
educação escola “com o mundo do trabalho e a prática social”.
Nesse sentido, os trabalhos devem ser para a “preparação básica para o
trabalho” e para o “exercício da cidadania”, que seriam os dois grandes eixos
norteadores que definem o novo sentido para o antigo 2º grau. Essas
orientações estariam norteadas pelos quatro piares da educação como propõe
a UNESCO: o aprender a conhecer, o aprender a fazer, o aprender a conviver
e o aprender a ser.
No caso da sociologia, isso pode ser conseguido por meio de uma
tomada de consciência sobre como a nossa personalidade está relacionada à
linguagem, aos gestos, às atitudes, aos valores, à nossa posição na estrutura
social fundamentos por ações pedagógicas que busquem desvelar e discutir
168
narrativas sociais, sejam elas cientificas, literárias e outras implicações, seus
dilemas, o que falam da heterogeneidade cultural e da estrutura social. Ensinar
sociologia é, antes de tudo, desenvolver uma nova postura cognitiva no
indivíduo.
OBJETIVOS
- Contribuir para a mudança de atitudes e desenvolvimento do pensamento
reflexivo, criativo e instigante.
- Possibilitar condições para que o estudante estabeleça relações entre o
conhecimento teórico e as práticas sociais.
- Perceber os direitos e deveres do cidadão como parte de uma construção
social.
- Elaborar hipóteses sobre as práticas sociais, exercitando análises,
interpretações, sínteses, servindo-se dos conhecimentos sociológicos.
- Perceber-se como um ser eminentemente social.
- Compreender a organização e a influência das instituições e grupos sociais
em seu processo de socialização e as contradições deste processo.
- Refletir sobre as ações individuais e perceber que as ações em sociedade
são interdependentes.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- O processo de socialização e as instituições sociais;
- Cultura e Indústria cultural;
- Trabalho, produção e classes sociais;
- Poder, política e ideologia.
- Direito, cidadania e movimentos sociais.
Conteúdos básicos
- Conceituações e concepções básicas da Sociologia;
- Fatores do Surgimento da Sociologia;
169
- A análise social como ciência em suas diversas concepções humana, social e
reconhecimento da sociedade moderna;
- Análise do filme: Tempos Modernos;
- Os pensadores fundadores da Sociologia;
- Formação do ser humano enquanto ser social;
- Relações sociais que os homens estabelecem, valores, condutas, status e
normatizações;
- Trabalho enquanto fenômeno histórico e seu enraizamento no modelo de
sociedade atual;
- Trabalho e a relação com os modos de produção historicamente colocados na
historia e na sociedade atual;
- Trabalho enquanto característica do capitalismo;
- Capitalismo e mudança social, camadas e mudança social;
- A Cultura como herança social.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os conteúdos de Sociologia serão tratados de maneira articulada, visto
que os conteúdos estruturantes e os básicos não devem se desconectar.
O foco da disciplina de Sociologia é o estudo das relações que se
estabelecem na sociedade e nos seus diversos grupos.
No contexto da disciplina faz-se necessário analisar o contexto histórico,
refletindo sobre o surgimento e também sobre as teorias sociológicas.
O tratamento dos conteúdos de Sociologia fundamenta-se em teorias
originárias diferentes, com seu potencial explicativo atrelado a posicionamentos
ideológico-políticos, no sentido de visões de mundo presentes nas
interpretações.
Para o ensino da Sociologia, o professor deve deixar de lado as sínteses
das teorias e verdadeiramente tratar com objetivos pedagógicos os assuntos
abordados.
170
AVALIAÇÃO
A avaliação da disciplina de Sociologia deve considerar a concepção
formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com
os critérios propostos.
A disciplina visa melhorar o senso crítico e a conquista de uma maior
participação na sociedade.
Com base no diálogo, leitura teórica, leitura ilustrada, a avaliação
constitui-se um processo de crescimento da percepção da realidade à volta do
aluno.
Enfim, considerar-se-ão os seguintes critérios: apreensão dos conceitos
básicos da ciência, articulados com a prática social, a clareza e a coerência na
exposição das idéias sociológicas e a mudança na forma de olhar e
compreender os problemas sociais.
REFERÊNCIAS
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil, São Paulo: Nacional,
2002.
HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia das Letras,
1997.
MARTINS, Carlos B. O que é sociologia. São Paulo: Nova Cultural, 1986.
PRADO Jr. Caio. Evolução Política do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1977.
BOBBIO, Norberto. Direita e Esquerda. São Paulo: UNESP 1995.
DE MASI, Domenico. O futuro do Trabalho. RJ: José Olimpio, 1999.
MARX Karl. Marx. São Paulo: Abril Cultural, 1978. Coleção os Pensadores.
171
SASTRE, G. Temas Transversais em Educação - Bases para uma formação
integral. São Paulo: Ática, 1997.
WEBER, Max . Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro, RJ, Zahar, 1971.
WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo
Pioneira, 1967.
172
10.3. MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM ARTE DRAMÁTICA
– ATOR CÊNICO
MATRIZ CURRICULAR ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SENADOR CORREIAMUNICÍPIO: PONTA GROSSA NRE: PONTA GROSSACURSO: TÉCNICO EM ARTE DRAMÁTICA – ATOR CÊNICOFORMA: SUBSEQUENTE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010TURNO: 05 (noite) C H: 1.220 h/a - 1017 horasMÓDULO: 20 ORGANIZAÇÃO: SEMESTRAL
DISCIPLINASSemestres
H/A Horas1° 2° 3°T P T P T P
EXPRESSAO CORPORAL 2 2 1 1 120 100
FUNDAMENTOS DO TRABALHO 2 40 33
HISTORIA DA ARTE 4 80 67
HISTÓRIA DO TEATRO 4 3 140 117
ILUMINAÇÃO, CENOGRAFIA E SONOPLASTIA
2 2 80 67
IMPROVISAÇÃO TEATRAL 1 1 1 1 80 67
INDUMENTÁRIA E CARACTERIZAÇÃO 1 1 1 1 80 67
INTERPRETAÇÃO TEATRAL 2 2 2 2 2 2 240 200
LABORATÓRIO DE MONTAGEM TEATRAL
1 3 1 3 160 133
LITERATURA DRAMATICA 2 2 80 67
ORGANIZAÇÃO E PRODUÇÃO TEATRAL
2 40 33
TÉCNICA DE EXPRESSÃO VOCAL 1 1 1 1 80 67
TOTAL 20 22 19 1220 1017
173
10.3.1. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE IMPROVISAÇÃO
TEATRAL
JUSTIFICATIVA
Entender a importância do jogo teatral para a cena, bem como promover
a integração do grupo buscando a troca do jogo cênico.
Essa disciplina pretende desenvolver e estruturar idéias artísticas como
a noção do texto, a criação e espontaneidade por parte dos alunos e a
integração com segurança na participação do jogo teatral. Os alunos poderão
através do embasamento da disciplina desenvolver a criatividade nas
atividades corporais.
OBJETIVO
- Buscar o desenvolvimento da criatividade por meio dos jogos teatrais que
irão demonstrar a espontaneidade do aluno no fazer teatral.
CONTEÚDOS BÁSICOS
1.º SEMESTRE
Conteúdos básicos
- Jogos de improviso;
- Concentração;
- Criação de personagem;
- Uso da voz e corpo;
- Criação;
- Improvisação corporal;
- Análise de personagem;
- Caracterização física;
- Expressividade do ator;
- Predisposição orgânica para o jogo teatral;
- Presença cênica;
174
- Consciência corporal.
2.º SEMESTRE
Conteúdos básicos
- Jogos de improviso;
- Concentração;
- Criação de personagem;
- Uso da voz e corpo;
- Criação;
- Improvisação corporal.
Conteúdos básicos
- Análise de personagem;
- Caracterização física;
- Expressividade do ator;
- Predisposição orgânica para o jogo teatral;
- Presença cênica;
- Consciência corporal.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O processo ensino aprendizagem da arte mais especificadamente teatro
passará por três processos: O sentir, o perceber, e o transformar. Isso se dara
por meio de leitura, fazer artístico e troca de conhecimentos entre alunos e
professor fazendo com que o aprendizado saia do senso comum se dirigindo
para um conhecimento empírico trazendo como principalmente o ator como
forma de criação.
AVALIAÇÃO
A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não
há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia
175
da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais
simples as mais elaboradas.
A avaliação deve ajudar o professor a planejar a continuidade do seu
trabalho e ao mesmo tempo estimular o aluno a vencer obstáculos buscando o
fazer artístico da melhor forma possível interpretando e criando e interagindo
com questões mais contemporâneas trazendo um pensamento critico para o
teatro.
REFERÊNCIAS
BOAL, Augusto. O arco-íris do desejo: método Boal de teatro e terapia. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.
CHACRA, Sandra. Natureza e sentido da improvisação teatral. São Paulo:
Perspectiva, 2005.
KOUDELA, Ingrid Dormien. Texto e jogo: uma didática brechtiana.
São Paulo: Perspectiva, 1999.
____. Brecht: um jogo de aprendizagem. São Paulo: Perspectiva e EDUSP,
1991.
____. Jogos Teatrais. São Paulo: Perspectiva, 1984 (4 ed. 1998).
____. Texto e jogo. São Paulo: Perspectiva, 1999.
LOPES, Joana. Pega teatro. Campinas: Papirus, 1989.
ROUBINE, Jean-Jacques. A linguagem da encenação teatral: 1880 - 1980.
Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
SLADE, Peter. O jogo dramático infantil. São Paulo: Summus,
1978.
SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 1982.
176
10.3.2. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE TÉCNICA DE
EXPRESSÃO VOCAL
JUSTIFICATIVA
Pretende-se por meio desta disciplina desenvolver a consciência do
aparelho fonador para a utilização do mesmo no fazer teatral.
OBJETIVOS
- Desenvolver recursos vocais para a interpretação cênica, reconhecendo o
aparelho fonador e aprimorando a percepção sonora vocal através de
exercícios e práticas vocais.
- Observar e perceber seus limites, tendo consciência de suas possibilidades
vocais.
CONTEÚDOS BÁSICOS
- Desenvolver a percepção individual da voz;
- Desenvolver a dicção na voz falada e cantada;
- Aprimorar a leitura de notação musical aplicada à voz;
- Desenvolver o controle das estruturas respiratórias aplicadas ao uso vocal;
- Conhecer o repertório vocal.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A disciplina de caráter teórico e prático, divide-se em três etapas.
Inicialmente será abordada a parte teórica, juntamente com a aplicação das
teorias na voz falada. Nas etapas seguintes os conteúdos terão um enfoque
prático, a fim de desenvolver os recursos da voz cantada. No final de cada
etapa será realizada uma avaliação, descrita posteriormente em item
específico.
177
AVALIAÇÃO
A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não
há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia
da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais
simples as mais elaboradas.
A avaliação deve ajudar o professor a planejar a continuidade do seu
trabalho e ao mesmo tempo estimular o aluno a vencer obstáculos buscando o
fazer artístico da melhor forma possível interpretando e criando e interagindo
com questões mais contemporâneas trazendo um pensamento critico para o
teatro.
REFERÊNCIAS
BEUTTENMULLER, Glorinha. Expressão vocal e corporal. Enelivros, 1992.
QUINTEIRO, Eudosia Acuna. Estética da voz. Editora Plexus, 2007.
GAYOTTO, Lucia Helena. Voz partitura da ação. Editora Summus, 2002.
MARIZ, Vasco. A canção popular brasileira. Rio de Janeiro: Francisco Alves,
2002.
MARSOLA, Mônica; BAÊ, Tutti. Canto – uma expressão. Rio de Janeiro:
Vitale, 2000.
10.3.3. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INTERPRETAÇÃO
TEATRAL
JUSTIFICATIVA
Pretende-se que o aluno por meio desta disciplina possa experimentar e
criar através da interpretação teatral. O aluno buscará a experiência de criar e
aprender a dar vida a personagens assim como compreender os teóricos
178
teatrais, novas estéticas tendo como base a formação do ator para ingressar no
mercado profissional.
A disciplina visa oferecer o embasamento teórico-prático para a iniciação
e a interpretação através de jogos dramáticos, exercícios práticos e leitura de
textos teatrais. Por ser o primeiro contato com a interpretação, buscamos
inserir conceitos fundamentais para todo o percurso do aluno-ator, como a
necessidade da disciplina pessoal com pontualidade e frequência e o empenho
na realização dos exercícios e no cumprimento das tarefas.
OBJETIVO
- Compreender os teóricos teatrais, novas estéticas tendo como base a
formação do ator para ingressar no mercado profissional.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Conteúdos básicos
- Estudos teórico/ prático de técnicas teatrais promovendo o conhecimento das
potencialidades expressivas no trabalho do autor;
- Jogos de concentração e presença cênica;
- Teóricos Brecht e Artaud;
- Brecht teoria teatral, estética e linha de pesquisa;
- Trabalho de cena;
- Teórico Artaud, pesquisa e estética;
- Emoção, espaço e criação;
- Processo criativo e colaborativo;
- Criatividade corporal e vocal;
- Percepção de criação;
- Estudo e compreensão do teórico e suas praticas;
- Criação de personagem;
- Criação em espaços alternativos;
- Estudo e compreensão do teórico e suas praticas;
- Criação de personagem;
- Emoção e percepção de interpretação.
179
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O processo ensino aprendizagem da arte mais especificadamente teatro
passará por três processos: O sentir, o perceber, e o transformar. Isso se dará
por meio de leitura, fazer artístico e troca de conhecimentos entre alunos e
professor fazendo com que o aprendizado saia do senso comum se dirigindo
para um conhecimento empírico trazendo como principalmente o ator como
forma de criação.
AVALIAÇÃO
A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não
há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia
da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais
simples as mais elaboradas.
A avaliação deve ajudar o professor a planejar a continuidade dos seu
trabalho e ao mesmo tempo estimular o aluno a vencer obstáculos buscando o
fazer artístico da melhor forma possível interpretando e criando e interagindo
com questões mais contemporâneas trazendo um pensamento critico para o
teatro.
REFERÊNCIAS
DORMIEN Koudela, Ingrid. Texto e jogo. Editora Perspectiva, 2001.
GUINSBURG, J. Da cena em cena. Editora perspectiva, 1998.
SOPLIN, Viola. Improvisação para o teatro. Editora Perspectiva, 2007.
VIRMAUX, Alain. Artaud e o teatro. Editora Perspectiva, 2001
180
10.3.4. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE
ILUMINAÇÃO/CENOGRAFIA E SONOPLASTIA
JUSTIFICATIVA
Esta disciplina visa promover a compreensão da estética da luz, da
sonoplastia e da cenografia, buscando desenvolver no aluno o conhecimento
artístico do som, das formas e das cores para a utilização desses no
enriquecimento da produção teatral.
OBJETIVOS
- Buscar o conhecimento da utilização da luz, do som e das formas
geométricas e o uso desses conhecimentos no fazer teatral.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Conteúdos básicos
- Iluminação, Sonoplastia e cenografia.
- Eletricidade, voltagem e amperagem;
- Consoles de comando, rack de luz, cabos DMX;
- Mesa de som, caixas acústicas, cabos e plugs de som, players musicais,
editores de som;
- Sensibilidade e criação para iluminar um espetáculo;
- Sensibilidade, criatividade na hora de compor ou de escolher uma musica
para um espetáculo.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Partindo do processo de ensino e de amostragem de tudo ou pelo
menos de parte de equipamentos que envolvem o processo de criação técnica
de uma peça de teatro os alunos serão instigados a criar utilizando essas
ferramentas.
181
AVALIAÇÃO
A avaliação será continua, levando o professor ao bom desenvolvimento
do seu trabalho, tendo como resultado alunos mais conscientes em relação a
importância do trabalho técnico a ser realizado em uma montagem, bem assim
passando a ter consciência e respeito por todos os profissionais que se
envolvem em um processo do trabalho teatral.
Será realizada uma montagem teatral onde os alunos serão avaliados na
produção técnica.
REFERÊNCIAS
GRIFFITHS, T. R. A iluminação. Cadernos de teatro, número 113, pág. 8. Ed.
Do Tablado. Rio de Janeiro. RJ.
INSTITUTO BRASILEIRO DE ARTE E CULTURA – CENTRO TÉCNICO DE
ARTES CÊNICAS. Oficina arquitetura cênica, projeto resgate e
desenvolvimento de técnicas cênicas. Coordenação José Carlos Serroni;
colaboração Alberto Egurza e outros. Rio de Janeiro. RJ: IBAC, 1993.
PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Léo Christiano Editorial LTDA.
Rio de Janeiro. RJ, 1998.
RATTO, Gianni. Antitratado de cenografia, variações sobre o mesmo tema.
2ª Edição. Ed. SENAC. São Paulo. 2001.
ROSENTHAL, J., VERTEUBARER, L. A história da iluminação. Cadernos de
teatro. Editora do Tablado. Rio de Janeiro.
ROUBINE, Jean-Jacques. A linguagem da encenação teatral. Jorge Zahar
Editor. Rio de Janeiro. RJ, 1998.
SARAIVA, Hamilton. Eletricidade básica para o teatro. Dep. De
documentação e Divulgação. Brasília. 1977.
182
SARAIVA, Hamilton. A evolução estética da iluminação cênica: Uma
introdução. Cadernos de Teatro, número 131 e 132, p. 19. Editora do Tablado.
Rio de Janeiro. RJ, 1992.
SERRONI, J. C. Teatros: uma memória do espaço cênico no Brasil. São Paulo:
Senac, 2002.
WILSON, E. A iluminação. Cadernos de teatro, número 85, p. 01. Editora do
Tablado. Rio de Janeiro. RJ. S/ano.
10.3.5. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INDUMENTÁRIA E
CARACTERIZAÇÃO
JUSTIFICATIVA
A disciplina de indumentária, visa a compreensão do aluno na estética
do mundo da moda no passar dos anos, aliando isso a textos e concepções
teatrais contemporâneas.
OBJETIVO
- Buscar o conhecimento da história da moda em relação a maquilagem,
roupas e cabelos de diversas épocas formando no aluno um repertório para a
criação de figurinos no teatro.
CONTEÚDOS E BÁSICOS
Conteúdos básicos
- A história da maquilagem, do vestuário, o traje no teatro;
- A maquilagem na criação de uma personagem;
183
- Qual a função do figurino?;
- O figurino complementando a linguagem cênica;
- Adereços cênicos;
- Teoria da cor pigmento e da cor luz;
- História da maquilagem e sua evolução, e inter-relação com outros elementos da
linguagem cênica;
- A ação da cor luz incidente na cor pigmento;
- A moda;
- Tipos de tecidos;
- Os cosméticos;
- Técnicas de maquilagem.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O processo metodológico aplicado será através do conhecimento das
artes em uma abrangência aplicando ao teatro, partindo do que cada aluno
definiu pela sua cultura e elencou como importante para poder conceber sua
arte, assim tendo um aluno criativo.
AVALIAÇÃO
A avaliação será continua, levando o professor ao bom desenvolvimento
do seu trabalho, tendo como resultado alunos que com uma visão critica e um
compreendi mento amplo na interpretação do desenvolvimento histórico/ de
figurinos e maquiagens nas artes cênicas.
REFERÊNCIAS
KOHLER, Carl. História do vestuário. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1993.
LEITE, Adriana & GUERRA, Lisette. Figurino: uma experiência na televisão.
São Paulo : Paz e Terra, 2002.
LURIE, Alisson. A linguagem das roupas. Rio de Janeiro : Rocco, 1997.
184
10.3.6. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DO
TEATRO
JUSTIFICATIVA
Conhecer a história do teatro, nas diferentes culturas pelo mundo e suas
linguagens.
Fazer com que o aluno compreenda a evolução do teatro através da
história em seus principais períodos, tendo assim contato com autores,
encenadores e estéticas que compõem as transições do teatro e suas histórias.
OBJETIVO
- Compreender a história do teatro e analisar sua profissão conseguindo
através disso articular o conhecimento adquirido na dupla relação entre o teatro
e a sociedade.
CONTEÚDOS E BÁSICOS
Conteúdos básicos
- Pré-história;
- Até os dias atuais;
- Gêneros, tendências, autores;
- O teatro na Pré-História, o teatro no Oriente e no Ocidente;
- As tendências contemporâneas, manifestações regionais;
- História do Teatro no Brasil Colônia até a década de 60;
- A história do teatro brasileiro dos anos 70 aos dias atuais;
- O início do teatro no Brasil Colônia, João Caetano o primeiro ator brasileiro,
Martins Pena, Arthur Azevedo, as Cia, teatrais do sec. XX, o teatro nos anos de
chumbo;
- O teatro brasileiro na abertura política, principais companhias
contemporâneas e os movimentos de cada década.
185
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O processo metodológico aplicado será através do conhecimento das
artes em uma abrangência aplicando ao teatro, partindo do que cada aluno
definiu pela sua cultura e elencou como importante para poder conceber sua
arte, assim tendo um aluno criativo.
Será levada à sala de aula livros e textos com conteúdo da história do
teatro, notebook conectado a internet para termos um acesso imediato de
qualquer duvida que surja e até mesmo para realização de pesquisas
imediatas.
Os alunos participarão o tempo todo da aula essa será sempre em forma
de debate referente ao texto lido e uma conversa entre amigos quebrando a
barreira do professor/aluno
E assim construirmos um aprendizado coletivo com respeito a cada
cultura existente e a cada ser pensante em sala de aula.
AVALIAÇÃO
A avaliação será continua, levando o professor ao bom desenvolvimento
do seu trabalho, tendo como resultado alunos com um conhecimento
histórico/crítico/ estético do teatro.
REFERÊNCIAS
BERTHOLD, Margot. História mundial do teatro. Editora Perspectiva, 2ª edição, 2005.
CARLOS, Manoel. OFF-Uma história de teatro. Editora Globo, 1ª edição, 2004.
CACCIAGLIA, Mario. Pequena história do teatro no Brasil. Editora Globo, 1986.
PRADO, Décio de Almeida. História concisa do teatro. Editora Edusp, 1999, 1ª edição.
CAFEZEIRO, Edwaldo. História do teatro. Editora Edusp, 1999, 1ª edição.
186
GASSNER, John. Mestres do teatro I e II. Editora Perspectiva, 2000.
ALMEIDA Prado, Décio de. Apresentação do teatro brasileiro. Editora Perspectiva, 2002.
10.3.7. MATRIZ CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LABORATÓRIO DE MONTAGEM TEATRAL
JUSTIFICATIVA
Transformar o texto em ação, reunindo todos os elementos em um corpo
orgânico de acordo com universo de realização do espetáculo.
É por meio do laboratório de montagem teatral que o aluno colocará em
prática todos os conhecimentos adquiridos em cada disciplina do curso dentro
de estéticas e formas variadas do fazer teatral.
OBJETIVO
- A disciplina tem por objetivo a apresentação de projetos juntamente com
peças visando compreender autores, tendo a demonstração do trabalho
desenvolvido individualmente ou coletivo por meio da interpretação e outros
elementos cênicos.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Conteúdos básicos
- Métodos e técnicas de atuação, normas de montagem dramáticas de texto,
corporal e vocal;
- Definição do texto (peça);
- Estudo de mesa;
- Pesquisa, contexto e forma estética;
- Ensaios;
- Composição de personagens ou personas;
- Estudo estético;
- Figurino;
187
- Cenário;
- Iluminação e sonoplastia;
- Espaço cênico;
- Apresentação;
- Concentração;
- Entendimento estético;
- Conclusão de pesquisa do gênero;
- Construção da personagem;
- Percepção, organização e leitura;
- Cristalização da emoção das personagens;
- Trabalho e pesquisa em grupo.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O processo ensino aprendizagem da arte mais especificadamente teatro
passará por três processos: o sentir, o perceber, e o transformar. Isso se dará
por meio de leitura, fazer artístico e troca de conhecimentos entre alunos e
professor fazendo com que o aprendizado saia do senso comum se dirigindo
para um conhecimento empírico trazendo como principalmente o ator como
forma de criação.
AVALIAÇÃO
A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não
há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia
da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais
simples as mais elaboradas.
A avaliação deve ajudar o professor a planejar a continuidade do seu
trabalho e ao mesmo tempo estimular o aluno a vencer obstáculos buscando o
fazer artístico da melhor forma possível interpretando e criando e interagindo
com questões mais contemporâneas trazendo um pensamento critico para o
teatro.
188
REFERÊNCIAS
STANISLAVISKI, Constantin. A construção da personagem. Civilização
brasileira, 1999.
BALL, David. Para trás e para gente. Perspectiva, 2003.
CHACRA, Sandra. A natureza e o sentido da improvisação teatral.
Perspectiva, 1997.
10.3.8. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ORGANIZAÇÃO E
PRODUÇÃO TEATRAL
JUSTIFICATIVA
A disciplina tem como foco a formação do aluno como produtor,
oferecendo uma experiência com marketing, elaboração de projetos, onde
encontrará na profissão uma base para vender seu próprio trabalho.
OBJETIVOS
- Compreender a atuação do produtor em um espetáculo teatral, visando
também à elaboração de projetos.
- Compreender o estudo e a atuação de produção dentro de um espetáculo
teatral, juntamente com outros elementos que formam a produção cênica.
CONTEÚDOS BÁSICOS
1.º SEMESTRE
Conhecimentos básicos
- Conhecimento de leis e projetos que regem a produção teatral assim como
sua função dentro de um espetáculo;
- Leis de incentivo;
- Projetos culturais;
189
- Normas e projetos de elaboração de projetos;
- Captação de recursos;
- Sindicatos e organização de categoria;
- Função de produção e produtor.
2.º SEMESTRE
Conteúdos básicos
- Elaboração de projetos e normas;
- Noções básicas da produção teatral (empresa cooperativa, incentivo fiscal e
divulgação);
- Prestação de contas;
- Atuação na montagem teatral como produtor.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O processo ensino aprendizagem da arte mais especificadamente teatro
passará por três processos: O sentir, o perceber, e o transformar. Isso se dara
por meio de leitura, fazer artístico e troca de conhecimentos entre alunos e
professor fazendo com que o aprendizado saia do senso comum se dirigindo
para um conhecimento empírico trazendo como principalmente o ator como
forma de criação.
AVALIAÇÃO
A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não
há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia
da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais
simples as mais elaboradas.
A avaliação deve ajudar o professor a planejar a continuidade dos seu
trabalho e ao mesmo tempo estimular o aluno a vencer obstáculos buscando o
fazer artístico da melhor forma possível interpretando e criando e interagindo
com questões mais contemporâneas trazendo um pensamento critico para o
teatro.
190
REFERÊNCIAS
DIREÇÃO TEATRAL, 3ª Edição, 1997.
BELGADO, Maria M. Diálogos no pIano: vinte e seis diretores falam de
teatro. 1999.
ROUBINE, Jean-Jacques. A linguagem da encenação teatral. Perspectiva;
1998.
MEICHES, Mauro. Sobre o trabalho do ator. Editora Objetiva; 1999.
SILVA, Armando Sérgio da. Oficina: do teatro ao TE-ATO. Perspectiva, 2003.
10.3.9. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EXPRESSÃO
CORPORAL
JUSTIFICATIVA
Entender o corpo buscando a consciência corporal, tendo como foco a
criatividade e construção de movimento.
Reconhecer a importância do corpo na ação dramática, buscando
teorias corporais e teóricos da dança e do teatro.
Compreender o corpo como forma artística, dialogando com dança e
teatro, conscientizando – se de sua importância para a comunicação teatral.
A disciplina de Expressão Corporal, visa a compreensão do aluno na
estética corporal buscando a consciência artística por meio da expressão,
unindo texto, pesquisas corpóreas e interpretação sendo de suma importância
para a formação e profissão do ator .
OBJETIVO
- Buscar a consciência corporal de forma artística tendo como compreensão os fundamentos teóricos da dança e do teatro.
191
CONTEÚDOS BÁSICOS
1.º Semestre
Conteúdos básicos
- Postura;
- Noção de movimento;
- Movimento e coreografia;
- Qualidade do movimento;
- Execução de níveis de tensão;
- Raias labanianas;
- Fluência;
- Peso;
- Velocidade;
- Energia;
- Importância como forma artística;
- Consciência corporal;
- Poder dramático e símbolo dos gestos;
- Criação corporal;
- Conhecimento das dinâmicas de movimento;
- Execução de movimento;
- Consciência corporal.
2.º Semestre
Conteúdos básicos
- Ação cotidiana e extra cotidiana;
- Execução de movimentos variados;
- Estudo do teórico Eugênio Barba;
- Presença cênica;
- Movimento de repetição;
- Linguagem corporal;
- Estudo da teórica Pina Bausch;
- Métodos e recursos de criação;
192
- Métodos de criação não verbal;
- Imaginação e criação;
- Movimento livre conceitual;
- Gesto pelo gesto;
- Criação do corpo, voz e texto;
- Performance.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O processo ensino aprendizagem da arte mais especificadamente teatro
passará por três processos: O sentir, o perceber, e o transformar. Isso se dará
por meio de leitura, fazer artístico e troca de conhecimentos entre alunos e
professor fazendo com que o aprendizado saia do senso comum se dirigindo
para um conhecimento empírico trazendo como principalmente o ator como
forma de criação.
AVALIAÇÃO
A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não
há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia
da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais
simples as mais elaboradas.
A avaliação deve ajudar o professor a planejar a continuidade do seu
trabalho e ao mesmo tempo estimular o aluno a vencer obstáculos buscando o
fazer artístico da melhor forma possível interpretando e criando e interagindo
com questões mais contemporâneas trazendo um pensamento critico para o
teatro.
REFERÊNCIAS
BONFITTO, Matteo. O ator compositor. Editora perspectiva, 2007.
ROMANO, Lúcia. Teatro do corpo manifesto: Teatro físico. Editora
Perspectiva, 2005.
193
WEIL, Pierre. O corpo fala. Editora Vozes, 204.
SHINCA, Marta. Psicomotricidade-ritmo e expressão corporal. Editora
Manole, 1ª edição, 2006.
10.3.10. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LITERATURA
DRAMÁTICA
JUSTIFICATIVA
Fornecer conhecimento sobre dramaturgia contemporânea, treinar a
análise do texto para teatro estimulando a articulação do texto teatral e
sociedade exercitando a pesquisa documental sobre textos autores e
espetáculos.
Desenvolver a compreensão das linguagens contemporâneas
proporcionando assim o contato dos alunos com os novos estilos dramáticos e
o exercício criativo.
Aprimorar a leitura critica e sobre as novas tendências contemporâneas
de forma interdisciplinar.
OBJETIVO
- Proporcionar ao aluno o contato com os diversos gêneros que compõem a
literatura dramática, para que o mesmo possa ter um desenvolvimento crítico
aumentando a qualidade de seu desempenho profissional.
CONTEÚDOS BÁSICOS
1.º SEMESTRE
Conteúdos básicos
- O que é literatura dramática e sua importância na formação do ator;
- O gênero dramático na Grécia, Idade Média e o Classicismo francês;
194
- Aspectos estruturais do texto dramático, diferenças da literatura dramática e
da literatura em prosa;
- As tragédias gregas e suas regras Aristotélicas;
- A Commédiadell’ Arte e suas contribuições na evolução do texto,
Shakespeare e o teatro - Elisabetano, O texto Iluminista e a volta das regras
aristotélicas no Classicismo Frances.
- O texto dramático contemporâneo.
- A desconstrução do texto Dramático, Adaptação e construção dramatúrgica,
exercícios criativos, análise critica.
2.º SEMESTRE
Conteúdos básicos
- Introdução a Semiótica da comunicação, Semiótica do texto dramático;
- Os signos teatrais, a semiologia aplicada ao texto dramático;
- Construção de roteiros, introdução a linguagem dramática em outras mídias.
- O texto dramático no cinema e na teledramaturgia, cyber-dramaturgia.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O processo ensino aprendizagem da disciplina de Literatura dramática
será mediado por conhecimentos informativos e também com metodologia que
instigue a pesquisa como meio de estruturar o processo de ensino
aprendizagem.
Isso se dará por meio de leitura, do fazer artístico e também da troca de
conhecimentos entre alunos e professor fazendo com que o aprendizado se
afaste do senso comum e se estabeleça para um conhecimento mais formal e
coeso.
AVALIAÇÃO
A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não
há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia
195
da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais
simples as mais elaboradas.
A avaliação deve ajudar o professor a planejar a continuidade do seu
trabalho e ao mesmo tempo estimular o aluno a vencer obstáculos buscando o
fazer artístico da melhor forma possível interpretando e criando e interagindo
com questões mais contemporâneas trazendo um pensamento critico para o
teatro.
REFERÊNCIAS
Teoria Literária – Operadores do texto Dramático. A poética de Aristóteles,
Mestres do teatro I e II.
PALLOTINI, Renata. Introdução à dramaturgia. São Paulo: Ática, 1998.
RYNGAERT, Jean-Pierre. Introdução à Análise do Teatro. São Paulo.
Martins Fontes: 1999.
UBERSFELD, Anne. Para ler o teatro. São Paulo. Perspectiva: 2005.
10.3.11. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS
DO TRABALHO
JUSTIFICATIVA
Essa disciplina visa o conhecimento das leis que regem o trabalho na
nossa sociedade no decorrer da história.
OBJETIVO
- Buscar o conhecimento dos direitos e deveres do ator tendo por base as
diretrizes das leis trabalhistas.
196
CONTEÚDOS BÁSICOS
Conteúdos básicos
A perspectiva ontológica do trabalho,
O trabalho como sobrevivência,
A perspectiva histórica do trabalho;
O trabalho humano;
Perspectiva histórica;
Exploração da mais valia;
Produção de cultura e humanização;
Diferentes modos de produção;
Industrialismo alienação e exploração da mais valia.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A partir da historia do trabalho podendo ter uma reflexão sobre o valor
do trabalho artístico de uma forma geral e direcionada para as artes cênicas.
Será levado para sala de aula textos sobre a história das leis trabalhistas
e leis que regem o trabalho do ator e notebook conectado a internet.
AVALIAÇÃO
A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não
há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia
da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais
simples as mais elaboradas.
A avaliação deve ajudar o professor a planejar a continuidade do seu
trabalho e ao mesmo tempo estimular o aluno a vencer obstáculos buscando o
fazer artístico da melhor forma possível interpretando e criando e interagindo
com questões mais contemporâneas trazendo um pensamento critico para o
teatro.
197
REFERÊNCIAS
FROMM, E. Conceito marxista de homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
GRAMSCI, A. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1978.
HOBSBAWM, E. A era dos extremos - O Breve Século XX - 1914-1991. São
Paulo: Editora da UNESP, 1995.
NEVES, L.M. W. Brasil 2000: nova divisão do trabalho na educação. São
Paulo: Xamã, 2000.
NOSELLA, P. Trabalho e educação. ln: Frigotto, G. (Org.). Trabalho e
conhecimento: dilemas na educação trabalhador. 4 ed. São Paulo:Cortez,
1997.
10.3.12. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DA
ARTE
JUSTIFICATIVA
Esta disciplina visa à compreensão da Arte e suas linguagens
juntamente à evolução do homem e suas manifestações culturais,
possibilitando ao aluno uma visão crítica e elaborada da Arte na história.
OBJETIVO
– Possibilitar ao educando uma aprendizagem de forma interpretativa,
analítica e crítica às diversas manifestações artísticas do ser humano ao
longo de sua história, os movimentos artísticos e o contexto histórico
social, fundamentando a prática artística através do conhecimento
teórico.
–
198
CONTEÚDOS BÁSICOS
Arte na sociedade ocidental
- A arte na Pré-História;
- A arte no Egito;
- Arte da civilização egéia;
- A arte na Grécia;
- A arte em Roma;
- A arte cristã primitiva;
- A arte bizantina;
- A arte da Europa Ocidental no início da Idade Média;
- A arte românica;
- A arte gótica;
- O Renascimento na Itália;
- A arte pré-colombiana;
- O Barroco na Itália;
- O Barroco na Espanha e o Romantismo;
- O Realismo;
- O movimento das Artes e Ofícios e o Art Noveau;
- O impressionismo;
- Principais movimentos artísticos do século XX;
- A arte da sociedade industrial;
Arte no Brasil
- A arte da Pré-História Brasileira;
- A arte dos índios brasileiros;
- O Barroco no Brasil;
- A influência da Missão Artística Francesa;
- A pintura brasileira acadêmica e a superação do academicismo;
- A arte brasileira no final do Império e começo da república;
- O Brasil começa a viver o século XX: o Movimento Modernista;
- Artistas e movimentos após a Semana de Arte Moderna;
- A arte brasileira contemporânea;
- A moderna arquitetura brasileira.
199
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O trabalho metodológico da disciplina Historia do Teatro visa promover
um enriquecimento acerca da parte que aborda as questões mais históricas
que contribuíram na construção e na caminhada da arte no ocidente e no
Brasil.
A disciplina promoverá o trabalho voltado à pesquisa e também a
construção de conceitos sobre os conhecimentos específicos da matéria em
destaque.
AVALIAÇÃO
A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não
há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia
da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais
simples as mais elaboradas.
A avaliação deve contribuir com o processo de formação do aluno e
também enquanto validação do trabalho do professor no cumprimento dos
objetivos propostos.
Neste sentido, a avaliação será contínua e processual, abordando
questões específicas da disciplina que foram trabalhadas ao longo da
caminhada do processo de ensino aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BRONOWSKI, J. A Escalada do Homem. São Paulo: Martins Fontes, 1983.
CAVALCANTI, Carlos. História da Arte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1970.
CHIPP, H.B. Teorias da Arte Moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
COLI, Jorge. O que é Arte. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.
200
GOMBRICH, E.H. A História da Arte. Rio de Janeiro: Editora Guanabara,
1978.
MACRONE, Michael. Isso é Grego para Mim! São Paulo: Rotterdan Editores,
1994.
MANDEL, Gabriele. Como Reconhecer a Arte Islâmica. São Paulo: Martins
Fontes, 1985.
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 1994.
REVISTA NOVA ESCOLA, nº 121, Abril/1999, Editora Abril.
REVISTA PROBLEMAS BRASILEIROS. Edição maio/junho 2000.
201
10.4. MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE ENSINO FUNDAMENTAL –
FASE II, PRESENCIAL, DA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARAEDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Senador Correia – Ensino Fundamental, Médio e ProfissionalENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: Ponta Grossa NRE: Ponta GrossaANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2009 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS
DISCIPLINASTotal deHoras
Total dehoras/aula
LÍNGUA PORTUGUESA 226 272
ARTES 54 64
LEM – INGLÊS 160 192
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 226 272
CIÊNCIAS NATURAIS 160 192
HISTÓRIA 160 192
GEOGRAFIA 160 192
ENSINO RELIGIOSO* 10 12
Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
202
10.4.1. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
PORTUGUESA
JUSTIFICATIVA
Pensar o ensino da Língua Portuguesa exige a busca de pressupostos
teóricos que além de explicar as relações entre o ensinar e o aprender, possam
também elucidar que o domínio da língua tem estreita relação com a
possibilidade de plena participação do sujeito na vida social, pois é por meio
dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende
pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento.
A melhoria da qualidade de educação no país passa pela melhoria da
qualidade do trabalho docente com a Língua Portuguesa, pois existe uma
relação muito forte entre fracasso escolar e domínio da leitura e da escrita. A
questão sobre a relação do ensino da Língua Portuguesa e a produção do
fracasso escolar tem sido ponto de discussão de inúmeros trabalhos científicos,
desde a década de 80.
No ensino fundamental essa discussão tem como eixo a questão da
leitura e da escrita.
A produção científica na área tem avançado no sentido de que não é
mais possível optar por um ensino da Língua voltado à teoria gramatical ou o
reconhecimento de algumas formas da língua padrão, mas ao domínio efetivo
do falar, ler e escrever. Isso implica num grande esforço de revisão das
práticas tradicionais de ensino da Língua Portuguesa.
Na década de 80, começaram a circular, entre educadores, livros e
artigos que discutiam a mudança na forma de compreender aspetos
importantes do processo de ensino da leitura e da escrita em que este
processo já era concebido como complexo e multidimensional.
Nesse sentido, o ensino da língua não pode ser visto como um fim em
si mesmo, mas como uma importante condição de formar o cidadão crítico que
tenha a leitura e a escrita como práticas do seu cotidiano. Isso exige tomar a
língua portuguesa em uma perspectiva de letramento em que os alunos, desde
muito cedo, são envolvidos pelos mais diferentes escritos, interagindo com
203
textos reais e significativos em que as muitas razões para ler e para escrever
estejam presentes.
Esse novo entendimento do processo de aquisição da leitura e da
escrita exige novas proporções para o encaminhamento pedagógico. A
primeira delas é que a leitura e escrita sejam entendidas como práticas sociais.
Dessa forma, o professor ao organizar a sua prática pedagógica em
sala de aula, não pode ignorar que esse trabalho assume feições particulares,
dependendo da resposta que se dá às questões: para quê e porque ensinamos
o que ensinamos? Para quê e porque os alunos aprendem o que aprendem?
Respostas a essas questões remetem a reflexões sobre a relação
entre linguagem e conhecimento, envolvendo tanto uma concepção de
linguagem quanto uma concepção de educação.
Decorrem daí a relação dos conteúdos ensinados, o enfoque que se dá
a esses conteúdos, as estratégias de trabalho com os alunos, a bibliografia
utilizada, o sistema de avaliação, o relacionamento professor/aluno.
Tudo isso representam atividades concretas em sala de aula que, de
certa forma, deixam transparecer o caminho que se optou no ensino da língua.
Um ponto precisa estar claro aos professores no processo de ensino: é de
suma importância que o professor torne suas aulas um espaço favorável ao
desenvolvimento intelectual e crítico dos alunos.
Essa proposta do trabalho com a Língua Portuguesa assume a posição
teórica em que a língua não é vista apenas como um trabalho escolar, mas
como um trabalho histórico e social, o que implica partir do pressuposto que a
língua se realiza no uso, nas práticas sociais, e que os sujeitos se apropriam
dos conteúdos, transformando-os em conhecimento próprio, por meio da ação
sobre eles. Essa postura teórica exige a organização do trabalho docente de
forma que o aluno possa expandir sua capacidade de uso da língua e adquirir
outras que não possui em situações linguisticamente significativas.
Disso decorre que os conteúdos de Língua Portuguesa, no ensino
fundamental, devem ser selecionados em função do desenvolvimento de
quatro habilidades linguísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever. Para
desenvolver essa competência linguística nos alunos a unidade básica de
ensino é o texto. Pode se afirmar que texto é o produto da atividade discursiva
204
oral ou escrita que forma um todo significativo e acabado, qualquer que seja a
sua extensão.
Essa posição teórica exige que o trabalho docente se organize em
torno de três eixos:
- Leitura de textos;
- Produção de textos;
- Reflexão sobre a língua;
No tratamento didático é fundamental que o professor:
- Considere os conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao
que se pretende ensinar;
- Considere o nível de complexidade dos diferentes conteúdos como
definidor do grau de autonomia possível dos alunos, na realização das
atividades;
- Considere o nível de aprofundamento possível de cada conteúdo, em
função das possibilidades de compreensão dos alunos nos diferentes
momentos do seu processo de aprendizagem.
OBJETIVOS
- Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos na sua vida escolar.
- Compreender o significado das ciências, das artes e das letras, o processo
histórico de transformação da sociedade e da cultura, bem como da
importância da Língua Portuguesa como instrumento de comunicação, de
acesso ao conhecimento e de exercício da cidadania plena.
- Considerar a Língua Portuguesa como fonte de legitimação de acordos e
condutas sociais e como representação simbólica de experiências humanas
manifestas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social.
- Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos e
contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com
as condições de produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores,
participantes da criação e propagação de idéias e escolhas, tecnologias
disponíveis).
205
- Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de
significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.
- Articular as redes de diferenças e semelhanças entre a linguagem oral e
escrita e seus códigos sociais, contextuais e lingüísticos.
- Recuperar, pelo estudo do texto literário, as formas instituídas de construção
do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as
classificações preservadas e divulgadas no eixo temporal e espacial.
- Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da
linguagem.
- Refletir juízos de valor, tanto sócio-ideológicos (preconceituosos ou não)
quanto histórico-culturais (inclusive estéticos), associados à linguagem e à
língua, reafirmando sua identidade pessoal e social.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Língua oral: uso e formas
Eleger a língua oral como conteúdo escolar exige o planejamento da
ação pedagógica de forma a garantir, na sala de aula, atividades sistemáticas
de fala, escuta e reflexão sobre a língua.
Assim, o trabalho com a língua oral deve acontecer no interior de
atividades significativas como: seminários, debates, dramatizações, relatos de
experiências pessoais, comentários de filmes, textos lidos, eventos,
brincadeiras, simulação de programas de rádio e televisão e outros tantos usos
públicos da língua oral.
A produção oral pode acontecer nas mais diversas circunstancias,
dentro dos mais diversos projetos. O importante é ter claro, que além das
atividades de produção oral o professor ou professora precisa organizar
situações contextualizadas de escuta, em que o ouvir atentamente, o ficar
quieto, esperar a vez de falar e respeitar a fala do outro tenham função e
sentido, e não sejam apenas solicitações ou exigências do professor ou
professora.
206
Língua escrita: uso e formas
A leitura e a escrita aparecem como objetivos prioritários nos anos
iniciais do ensino fundamental. Apesar de apresentados de forma segmentada
(em dois blocos) é necessário que se compreenda que leitura e escrita são
práticas complementares, fortemente relacionadas. São práticas que
possibilitam ao aluno construir seu conhecimento sobre os procedimentos mais
adequados para lê-los e escrevê-los e sobre circunstâncias de uso da escrita.
Prática de leitura
O trabalho com a leitura tem como finalidade a formação de leitores
competentes que realizam um trabalho ativo de construção do significado do
texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento prévio sobre o assunto,
sobre o autor, de tudo o que se sabe sobre a língua. Portanto, não se trata
simplesmente de extrair informações da escrita, decodificando letra por letra,
palavra por palavra.
Trata-se de uma atividade que implica, necessariamente,
compreensão, na qual os sentidos começam a ser constituídos antes da leitura
propriamente dita. A leitura sempre envolve a compreensão do texto escrito.
Para tornar os alunos bons leitores, é imprescindível a formação do
gosto e do compromisso com a leitura, o que implica dizer, que é muito mais do
que desenvolver a capacidade de ler. Para que isso aconteça são necessárias
determinadas condições:
- Dispor de uma biblioteca na escola;
- Dispor de um acervo na classe com livros e outros materiais de leitura;
- Organizar momentos de leitura livre em que o professor também leia;
- Planejar atividades diárias garantindo que as horas de leitura tenham a
mesma importância que as demais;
- Possibilitar aos alunos a escolha de suas leituras;
- Possibilitar aos alunos o empréstimo de livros na escola;
- Quando houver oportunidade de sugerir títulos para serem adquiridos
pelos alunos, optar sempre pela variedade;
- Construir uma política de formação de leitores na qual todos possam
contribuir com sugestões para desenvolver uma prática constante de leitura
que envolva o conjunto da unidade escolar;
207
- Desenvolver projetos didáticos que tenham a leitura como eixo.
O trabalho com a leitura precisa ser diário e há inúmeras possibilidades
para isso, pois a leitura pode ser realizada:
- de forma silenciosa, individualmente;
- em voz alta (individualmente ou em grupo) quando fizer sentido
dentro da atividade;
- pela escuta de alguém que lê.
Sabemos que a leitura é um processo interno, mas o professor deve ter
clareza de que o processo de leitura deve ser ensinado e aprendido. O
processo de leitura deve garantir que o leitor compreenda o texto e possa ir
construindo uma ideia sobre o seu conteúdo, extraindo dele o que lhe
interessa, em função dos seus objetivos. Os objetivos da leitura são elementos
que devem ser levados em conta quando se trata de ensinar os alunos a ler e a
compreender.
Prática de produção de textos
O trabalho com a produção de textos tem como finalidade formar
leitores competentes capazes de produzir textos coerentes, coesos e eficazes.
Um escritor competente é alguém que planeja o discurso e
consequentemente o texto em função do seu objetivo e do leitor a quem se
destina; é alguém que sabe elaborar um resumo ou tomar notas durante uma
exposição oral; que sabe esquematizar suas anotações para estudar um
assunto; que sabe expressar por escrito seus sentimentos, experiências ou
opiniões. Um escritor competente é, também, capaz de olhar para o próprio
texto como um objeto e verificar se está confuso, ambíguo, redundante,
obscuro ou incompleto. Ou seja: é capaz de revisá-lo e reescrevê-lo até
considerá-lo satisfatório para o momento.
Para tornar os alunos bons produtores de textos é fundamental
implementar na sala de aula, ou mesmo na escola, uma prática continuada de
produção de textos que atenda às seguintes condições:
- oferecer textos escritos impressos de boa qualidade;
- solicitar aos alunos que produzam textos;
208
- propor situações de produção de textos, em pequenos grupos, nos
quais os alunos compartilhem as atividades, embora realizando diferentes
tarefas: produzir propriamente, grafar e revisar;
- conversar com os alunos explicitando as dificuldades do processo de
produção, pois é fundamental que eles saibam que escrever, ainda que seja
graficamente para muitos, não é fácil para ninguém;
- propor projetos que ofereçam reais condições de produção de textos
escritos.
É fundamental que professor e alunos partilhem a crença de que se
aprende a escrever, escrevendo. Para aprender a escrever, é necessário ter
acesso à diversidade de textos escritos, testemunhar a utilização que se faz da
escrita em diferentes circunstâncias, defrontar-se com as reais questões que a
escrita coloca a quem se propõem produzi-la, arriscar-se a fazer como
consegue e receber ajuda de quem já sabe.
Análise e reflexão sobre a língua
O trabalho de análise e reflexão sobre a língua, também denominado
de “análise linguística” tem como finalidade o desenvolvimento da competência
dos alunos enquanto falantes, ouvintes, leitores e escritores. Essa competência
se constrói no uso e através da reflexão sobre a língua em uso.
A expressão “análise linguística” refere-se precisamente a um conjunto
de atividades que toma a língua como objeto de reflexão e estudo. Essas
atividades apóiam-se em dois fatores:
- a expressão humana de refletir, analisar, pensar sobre os fatos e os
fenômenos da linguagem;
- a propriedade que a linguagem tem de poder referir-se a si mesma, de
falar sobre a própria linguagem.
O objetivo principal dessa atividade é melhorar a capacidade de
compreensão e expressão dos alunos, em situações de comunicação tanto
escrita quanto oral.
O trabalho didático de análise linguística se organiza tendo como ponto
de partida a exploração ativa e a observação de regularidades e irregularidades
no funcionamento da linguagem decorrentes do uso que os alunos fazem da
língua.
209
No processo de ensino as atividades de análise linguística, devem
anteceder as práticas de reflexão metalinguística (estudo da gramática
propriamente dito) para que essas possam ter algum significado para os
alunos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Assim na prática pedagógica cotidiana da sala de aula é importante
alguns procedimentos:
- Leitura de textos dos mais diversos gêneros;
- Produções coletivas e individuais de textos (escritos e orais);
- Atividades que possibilitem o desenvolvimento da leitura e da escrita;
- Atividades de análise linguística;
- Atividades de compreensão de leitura.
AVALIAÇÃO
É indispensável que a avaliação em Língua Portuguesa seja um
processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao
desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
Ela deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo
ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática
pedagógica. Assim, a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez
que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas
também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.
Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o
novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a
aprendizagem. O verdadeiro sentido da avaliação é acompanhar o
desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e
mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar
problemas e fazer emergir novas práticas educativas.
210
REFERÊNCIAS
ANTUNES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras
no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes,
2003.
BAKTHIN, M. Marxismo e Filosofia da linguagem. 4. ed. São Paulo: Hucitec,
1998.
COLOMER, T.; CAMPS, A. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto
Alegre: ArtMed, 2002.
FREIRE, P. A importância do Ato de Ler: em três artigos que se
complementam. São Paulo: Cortez: Autores Associados. (Coleção Polêmicas
do Nosso Tempo, vol. 4), 1982.
GERALDI, J.W. Portos de passagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes,
1993.
_____________. O texto na sala de aula. Leitura e produção. Cascavel:
Assoeste, 1984.
GUIMARÃES, E. Texto, discurso e ensino. São Paulo: Contexto, 2009.
JOLIBERT, J. Formando crianças leitoras. Trad. MAGNE, B. C. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1994.
MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão.
São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
MENEGASSI, R. J. (org). Leitura e ensino. Maringá: EDUEM, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica. Paraná, 2009.
211
10.4.2. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE
JUSTIFICATIVA
A arte é parte da produção cultural que acontece continuamente na
sociedade e se torna indispensável para união do indivíduo como um todo, pois
ela acontece em um ambiente cultural no qual o ser humano articula o visível e
o invisível. Da íntima relação entre o mundo visível, natureza e criações
humanas, ao mundo invisível calcado na experiência humana do mundo que o
artista fala por meio da obra, tecendo uma rede de significações, comunicando
algo para outro humano, pois, cumpre seu papel de dar expressão aos
sentimentos mais subjetivos de um indivíduo, reflete a infinita capacidade
humana para a associação, circulação de idéias e experiências.
A arte é criada e interpretada num contexto cultural, contexto esse que
articula a cultura familiar, a cultura local, e a cultura geral e o conhecimento que
se tem da linguagem artística em especial.
O papel social da arte como transformadora do ser humano, na medida
em que amplia horizontes de compreensão e simbolização das coisas do
mundo, que é algo presente no cotidiano e não é privilégio único de ambientes
especiais.
Todo esse processo nos aproxima de outras questões que interessam
especialmente ao ensino da arte no EJA, compreender como a arte está
inserida no mercado de trabalho atual, seus usos, mecanismos de
profissionalização, as relações existentes entre artista e mercado, são
questões importantes para compreender o papel dela na sociedade.
OBJETIVOS
- Compreender os elementos que estruturam e organizam a música e sua
relação com o movimento artístico no qual se originam.
- Desenvolver a formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e
harmônicos.
- Compreender as diferentes formas musicais populares, suas origens e
práticas contemporâneas.
212
- Analisar as diferentes formas musicais no cinema e nas mídias, sua função
social e ideológica.
- Perceber a música como fator de transformação social.
- Identificar os elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua
relação com o movimento artístico.
- Compreender os elementos que estruturam e organizam o teatro e sua
relação com os movimentos artísticos nos quais se originam.
- Identificar as diferentes formas de representação presentes no cotidiano, suas
origens e práticas contemporâneas.
- Apropria-se prática e teoricamente das tecnologias e modos de composição
da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
- Perceber as diferentes formas de manifestação popular, suas origens e
práticas contemporâneas.
- Compreender a dança enquanto fator de transformação social.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Elementos formais;
- Composição;
- Movimentos e períodos.
- Conteúdos básicos
- Concepção de arte;
- Letra bastão: maiúscula e minúscula;
- Cor;
- Textura;
- Ponto;
- Linha;
- Técnicas de desenho;
- Desenho livre, dirigido, memorização e de observação;
- Teatro;
- Folclore;
- Música;
213
- Altura;
- Duração;
- Timbre;
- Dança;
- Ritmo;
- Arte greco-romana;
- Arte pré-histórica;
- Arte africana;
- Iniciação a leitura de obras de arte;
- Paisagem campestre, marítima e urbana.
- Concepção de arte;
- Ponto;
- Linha;
- Forma;
- Textura;
- Perspectiva;
- Paisagem campestre, marítima e urbana;
- Arte popular;
- Arte indígena;
- Arte abstrata;
- Folclore;
- Música;
- Dança;
- Movimento corporal;
- Arte africana;
- Mestres da pintura paranaense;
- Mestres da pintura brasileira;
- Escultura;
- Poesia;
- Iniciação a leitura de imagens;
- Teatro popular.
- Ponto;
- Cor;
- Linha;
214
- Forma;
- Textura;
- Música;
- Melodia;
- Harmonia;
- Técnicas de desenho;
- Indústria cultural;
- Arte moderna;
- Arte contemporânea;
- Impressionismo;
- Expressionismo;
- Cubismo;
- Palavras ilustrativas;
- Onomatopéias;
- Balões;
- História em quadrinhos;
- Logotipo;
- Propaganda;
- Mestres da pintura brasileira (vida e obras);
- Folclore.
- Elementos formais;
- Composição;
- Movimentos e períodos.
- Concepção de arte;
- Letra bastão: maiúscula e minúscula;
- Linha;
- Forma;
- Textura;
- Cor;
- Estilo abstracionista;
- Arte popular;
- Arte moderna;
- Arte contemporânea;
- Realismo;
215
- Vanguardas;
- Cubismo;
- Futurismo;
- Dadaísmo;
- Teatro do oprimido;
- Surrealismo;
- Folclore;
- Música popular brasileira;
- Pintura grafitte;
- Dança Moderna;
- Arte indígena;
- Arte africana;
- Mestres da pintura brasileira;
- Leitura de obras de arte.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os trabalhos realizados com os alunos serão referentes ao sentir e
perceber ao teorizar e ao trabalho artístico, será abordado além da produção
pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também formas e
imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades contemporâneas.
A metodologia empregada para o ensino da arte, deve levar em
consideração os conhecimentos trazidos de sua realidade.
No sentido de obter êxito nas propostas acima, utilizar-se de diversos
recursos, visando a composição de desenhos, esculturas, pinturas e imagens
virtuais como vídeo, televisão, TV pen drive, rádio, trabalhos práticos tais como
esculturas, artes cênicas e coreografias.
AVALIAÇÃO
A avaliação deverá ser diagnóstica, processual, contínua e cumulativa. A
fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários
vários instrumentos de verificação tais como:
- trabalhos artísticos individuais e em grupo;
216
- pesquisas bibliográficas e de campo;
- debates em forma de seminários e simpósios;
- provas teóricas e práticas;
- registros em forma de relatório, gráficos, portfólio, áudio visual e outros.
REFERÊNCIAS
BOAL, A. Jogos para atores e não atores. Rio de Janeiro: Civilização
Brsileira, 1998.
BOSI, A. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991.
FISCHER, E. A necessidade da Arte. Rio de Janeiro: Guanabara Koogon,
2002.
MORAES, J. J. O que é música! São Paulo: Brasiliense, 1983.
Caderno metodológico para o professor. São Paulo: Unitrabalho – Fundação
Interuniversitária de Estudos e Pesquisas sobre o trabalho; Brasília, DF: MEC,
2007.
10.4.3. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
JUSTIFICATIVA
As sociedades contemporâneas não sobrevivem de modo isolado;
relacionam-se, atravessam fronteiras geopolíticas e culturais, comunicam-se e
buscam entender-se mutuamente. Nesta concepção a comunicação é a
essência da humanidade e a aprendizagem de uma Língua Estrangeira
Moderna (LEM), no caso o inglês, é primordial, pois o domínio de idiomas
significa crescimento, melhores condições de acompanhar as rápidas
mudanças que vêm ocorrendo no mundo. A EJA (Educação de Jovens e
Adultos), numa perspectiva educacional-cultural-linguística, deve catalizar a
217
vivência, experiência e conhecimento de mundo que o jovem e adulto traz,
promovendo e expandindo a integração desse jovem por meio dos estudos que
possibilitam o desenvolvimento de habilidades que a LEM pode realizar.
OBJETIVOS
- Utilizar-se da Língua Inglesa para reconhecer outras culturas ampliando seus
horizontes.
- Valorizar a cultura nacional através da análise e compreensão de outras
culturas.
- Possibilitar aos alunos a ampliação de conhecimentos básicos em uma língua
estrangeira para que exerçam sua cidadania no mundo globalizado em que
estão inseridos.
- Perceber o papel da Língua Inglesa com a possibilidade de acesso a
informações.
- Perceber a importância de se aprender uma (ou mais) Língua Estrangeira
Moderna considerando a pluralidade lingüística do mundo em que vivemos e
percebendo-se como parte integrante desse mundo.
- Considerar o estudo de Língua Estrangeira Moderna - Inglês como meio de
penetração na cultura dos países que falam esta língua, podendo, dessa
maneira tecer um paralelo com sua própria cultura.
- Ampliar as possibilidades de comunicação reconhecendo nas formas falada e
escrita as idéias principais e os conteúdos das mensagens.
- Desenvolver a capacidade de leitura como fonte de informação, prazer e
acesso ao mundo da tecnologia, do trabalho e dos estudos avançados.
- Utilizar todas as habilidades comunicativas (ouvir, falar, ler e escrever) em
Língua Estrangeira - Inglês, ampliando-as de modo criativo, em situações reais
de comunicação.
- Demonstrar compreensão geral de tipos de textos variados, apoiando em
elementos icônicos (gravuras, tabelas, fotografias, desenhos) e/ou em palavras
cognatas.
- Aprender uma Língua Estrangeira de forma viva, dinâmica e enriquecedora.
218
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
O conteúdo estruturante da disciplina de Língua Estrangeira Moderna,
Língua Inglesa, é o discurso enquanto prática social, efetivado por meio das
práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita.
Conteúdos básicos
- Cognatos e falsos cognatos;
- Inferência de significados a partir do contexto;
- Saudações;
- Pronomes Pessoais;
- Verbo “To Be” (ser/estar);
- Profissões;
- Identificação de informações específicas em textos (scanning);
- Adjetivos;
- Peças de vestuário;
- Tempos verbais: presente simples e contínuo;
- Pronomes Demonstrativos;
- Preposições;
- Números cardinais e ordinais;
- Horas;
- Tempos verbais: passado simples regular e irregular;
- Identificação de diferentes textos: narrativo, descritivo, informativo;
- Futuro simples e imediato.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino de inglês já passou por diversas metodologias e constatou-se
que nas aulas de línguas não se pode fazer uso apenas de uma, pois cada um
aprende de uma maneira diferente. Portanto o professor deve mesclar os
métodos, ou abordagens, para que o objetivo principal seja alcançado. Lakomy
(2008, p. 84) explica:
219
[…] a sala de aula é uma comunidade de aprendizagem que tem o
professor como coordenador que deve estimular o conhecimento por
meio das várias teoria da aprendizagem e refletir sobre como geris
esse espaço para que seus alunos obtenham o maior benefíco
possível.
Portanto, deve-se conduzir o jovem e o adulto a descobrir sua forma de
aprender e incentivá-los a seguir pelo caminho escolhido.
AVALIAÇÃO
Conforme as Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos
(2006, p. 42) “a avaliação é um meio e não um fim em si”. Entende-se, desta
maneira, que a avaliação precisa ser uma processo contínuo, diagnóstico e
dialético, que deve ser tratada como parte integrante das relações do processo
de ensino-aprendizagem.
A avaliação não deve ser um processo meramente técnico, mas sim, ter
critérios claros e objetivos. Pilleti (1993, p. 90) expõe que:
A avaliação é um processo continuo de pesquisas que visa interpretar
os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista
mudanças esperadas no comportamento, propostas nos objetivos, a
fim de que haja condições de decidir sobre alternativas do
planejamento do trabalho do professor e da escola como um todo.
A avaliação é o meio que permite verificar até que ponto os objetivos
estão sendo alcançados, identificando os problemas e reformulando o trabalho
docente. Para que os discentes sejam avaliados serão realizados trabalhos de
pesquisa, testes orais e escritos, produções escritas, entre outras.
REFERÊNCIAS
Caderno Metodológico. Coleção – Cadernos de Eja. MEC, 2007.
LAKOMY, Ana Maria. Teorias Cognitivas da aprendizagem. 2 ed. IBPEX:
Curitiba, 2008.
220
PARANÁ, Secretaria do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação de Jovens e Adultos. SEED. Curitiba, 2006.
PILLETI, Claudino. Didática geral. 16 ed. Ática: São Paulo, 1993.
10.4.4. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
JUSTIFICATIVA
É necessário procurar entender a dialética de desenvolvimento a
aperfeiçoamento do corpo na história e na sociedade brasileira, para que a
Educação física saia de sua condição passiva de coadjuvante do processo
educacional, para ser parte integrante deste, buscando colocá-la em seu
verdadeiro espaço: o de área do conhecimento. Quando discutimos, hoje, a
Educação Física dentro da tendência Histórica-Crítica, verificamos que em sua
ação pedagógica, ela deve buscar elementos (chamados aqui de pressuposto
do movimento) da Ciência da Motricidade Humana (conforme proposta do
filósofo português: Professor Manuel Sérgio). Esta ciência trata de
compreender são e explicação do movimento humano e há dificuldade de
compreender e aprender os elementos buscados nesta ciência, uma vez que
as raízes históricas da Educação Física brasileira, estão postas dentro de um
regime militar rígido e autoritário , visando fins elitistas e hegemônicos. Por
outro lado, na dinâmica da sociedade capitalista, ela sempre esteve atrelada ás
relações capital x trabalho para dominação das classes trabalhadoras.
Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, cultura
corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao
conhecimento e á reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas
corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir
com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo,
reconhecendo-se como sujeito , que é produto , mas também agente histórico,
político, social e cultural.
221
OBJETIVOS
- Adotar uma postura ativa de praticidade de atividades físicas, consciente da
importância das mesmas na vida do cidadão.
- Adotar hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais,
relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde.
- Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática de
jogos e dos desportos, buscando encaminhar os conflitos de forma não violenta
, pelo diálogo.
- Participar das atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e
construtivas com os outros reconhecendo e respeitando características físicas
e de desempenho de todos, sem discriminar por características pessoais,
físicas, sexuais ou sociais.
- Reconhecer o surgimento de cada esporte e identificar algumas regras.
- Estabelecer relação entre jogos populares e esporte.
- Conhecer aspectos históricos das ginásticas e das práticas corporais.
- Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes.
- Conhecer a difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no
contexto brasileiro.
- Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos
adaptados ou criados, sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro.
- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das
diferentes formas de luta.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Esporte;
- Jogos e brincadeiras;
- Ginástica;
- Lutas;
- Dança.
222
Conteúdos básicos
- Esportes coletivos e individuais;
- Jogos e brincadeiras populares;
- Brincadeiras e cantigas de roda;
- Jogos de tabuleiro;
- Jogos cooperativos;
- Danças folclóricas;
- Danças de rua;
- Danças criativas;
- Ginástica rítmica;
- Ginástica geral.
- Coletivos individuais;
- Esportes coletivos e individuais;
- Jogos e brincadeiras populares;
- Brincadeiras e cantigas de roda;
- Jogos de tabuleiro;
- Jogos cooperativos;
- Danças folclóricas;
- Danças de rua;
- Danças criativas;
- Ginástica rítmica;
- Ginástica geral;
- Esportes coletivos radicais;
- Jogos de tabuleiro;
- Jogos dramáticos;
- Jogos cooperativos;
- Danças criativas;
- Danças circulares;
- Ginástica rítmica;
- Ginástica geral;
– Lutas com instrumento mediador.
–
223
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal,
deve estar articulada ao projeto político-pedagógico, pois tem seu objeto de
estudo e ensino próprios, e trata de conhecimentos relevantes na escola .
Considerando o exposto, defende-se que as aulas de Educação física não são
apêndices das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento
subordinado e compensatório para as “durezas” das aulas em sala.
“Devemos entender que o movimento que a criança realiza num jogo,
tem repercussões sobre todas as dimensões de seu comportamento e mais,
que esta atividade veicula a faz a criança introjetar determinados valores e
normas de comportamento. Portanto, aquela ideia de que atuando sobre a
física estamos automaticamente e magicamente atuando sobre as outras
dimensões , precisa ser superada para que estas possam ser levadas
efetivamente em consideração na ação pedagógica, através da
estabelecimento de estratégicas que objetivem conscientemente o
desenvolvimento num determinado sentido , deste outros aspectos e
dimensões dos educandos.” (Bracht , 1992 , p.66)
AVALIAÇÃO
A avaliação deve se caracterizar como um processo contínuo,
permanente e cumulativo, o professor organizará e reorganizará o seu trabalho,
sustentado nas diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os
jogos e brincadeiras, a dança e a luta. A avaliação deve, ainda, estar
relacionado aos encaminhamentos metodológicos, constituindo-se na forma de
resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o processo de
aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o
trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo
pedagógico, com o objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que
reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constadas.
224
REFERÊNCIAS
BENJAMIN, W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo:
Summus, 1984.
BRACHT, V. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre:
Magister, 1992.
______ ___. A constituição das teorias pedagógicas da educação física.
In.: Caderno CEDES, Campinas, v.19, n. 48, 1999.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São
Paulo: Cortez, 1992.
MARCELLINO, N. C. Estudos do lazer: uma introdução. 3 ed. Campinas:
Autores Associados, 2002.
SOARES, C. L. Educação Física escolar: conhecimento e especificidade.
In: Revista Paulista de Educação Física, supl. 2, São Paulo, 1996, p. 06-12.
10.4.5. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
JUSTIFICATIVA
A Matemática comporta um amplo campo de relações, regularidades e
coerências que despertam a curiosidade e instigam a capacidade de
generalizar, projetar, prever e abstrair, favorecendo a estruturação do
pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico. Faz parte da vida de
todas as pessoas nas experiências mais simples como contar, comparar e
operar sobre quantidades. Nos cálculos relativos a salários, pagamentos e
consumo, na organização de atividades como agricultura e pesca, a
Matemática se apresenta como um conhecimento de muita aplicabilidade.
Também é um instrumental importante para diferentes áreas do conhecimento,
225
por ser utilizada em estudos tanto ligadas às ciências da natureza como às
ciências sociais e por estar presente na composição musical, na coreografia,
na arte e nos esportes.
Essa potencialidade do conhecimento matemático deve ser explorada,
da forma mais ampla possível, no ensino fundamental.
Para tanto, é importante que a Matemática desempenhe, equilibrada e
indissociavelmente, seu papel na formação de capacidades intelectuais, na
estruturação do pensamento, na "agilização" do raciocínio dedutivo do aluno,
na sua aplicação a problemas, situações da vida cotidiana e atividades do
mundo de trabalho e no apoio à construção de conhecimentos em outras áreas
curriculares.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA), como modalidade educacional
que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidades e objetivos o
compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de
modo que os educandos aprimorem sua consciência crítica, e adotem atitudes
éticas e compromisso político, para o desenvolvimento da sua autonomia
intelectual.
O papel fundamental da construção curricular para a formação dos
educandos desta modalidade de ensino é fornecer subsídios para que se
afirmem como sujeitos ativos, críticos, criativos e democráticos. Tendo em vista
esta função, a educação deve voltar-se a uma formação nas quais os
educandos possam: aprender permanentemente; refletir de modo crítico; agir
com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida
coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das
mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais
com agilidade e rapidez, a partir do uso metodologicamente adequado de
conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos (Kuenzer, 2000,
p.40).
A coleção Cadernos de EJA veio para apoiar o trabalho dos educadores
de Jovens e Adultos nas instituições de ensino público e privados de todo o
país. A coleção compreende 27 cadernos (13 do aluno, 13 do professor e 1
guia metodológico dirigido ao professor).
226
São 27 cadernos que reúnem conteúdos fundamentais para a formação
integrada e interdisciplinar, ao mesmo tempo em que informam cativam os
leitores.
Temas da Coleção:
• Cultura e Trabalho
• Diversidades e Trabalho
• Economia Solidária
• Emprego e Trabalho
• Globalização e Trabalho
• Juventude e Trabalho
• Meio Ambiente e trabalho
• Mulher e Trabalho
• Qualidade de Vida
• Consumo e Trabalho
• Segurança e Saúde no Trabalho
• Tecnologia e Trabalho
• Tempo Livre e Trabalho
• Trabalho no Campo
Os Eixos Articuladores do Currículo na EJA são:
- CULTURA
- TRABALHO
- TEMPO
Os Conteúdos Estruturantes, Básicos e Específicos da Disciplina de
Matemática do Ensino Fundamental encontram-se nas Diretrizes.
OBJETIVOS
- Ler, interpreter e até produzir textos relacionados à Matemática.
227
- Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas como tabelas, gráficos,
diagramas presentes em veículos de comunicação e a análise crítica bem
como a valorização de informações de diferentes origens.
- Observar e estabelecer conexões existentes entre diferentes tópicos de
Matemática e conhecimentos aplicados em outras áreas.
- Utilizar forma adequada e investigativa os recursos tecnológicos, como
calculadora e o computador.
- Desenvolver estratégias de resolução de problemas para desenvolver a
capacidade de raciocínio lógico.
- Analisar e aprender as influências de fatores sócio-culturais sobre o ensino, a
aprendizagem e o desenvolvimento através da Etnomatemática.
- Compreender por meio da leitura o problema matemático.
- Elaborar um plano que possibilite a solução dos problemas.
- Encontrar meios diversos para a resolução de um problema matemático.
- Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições
particulares.
- Pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos
problemas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
5.ª Série/6.º Ano
- Números e álgebra;
- Grandezas e medidas;
- Geometrias;
- Tratamento da informação.
6.ª Série/ 7.º Ano
- Números e álgebra;
- Grandezas e medidas;
- Geometrias;
- Tratamento da informação.
228
7.ª Série/8.º Ano
- Números e álgebra;
- Grandezas e medidas;
- Geometrias;
- Tratamento da informação.
8.ª Série/ 9.º Ano
- Números e álgebra;
- Grandezas e medidas;
- Funções;
- Geometrias;
- Tratamento da informação.
CONTEÚDOS BÁSICOS
5.ª Série/6.º Ano
- Sistemas de numeração;
- Números Naturais;
- Múltiplos e divisores;
- Potenciação e radiciação;
- Números fracionários;
- Números decimais;
- Medidas de comprimento;
- Medidas de massa;
- Medidas de área;
- Medidas de volume;
- Medidas de tempo;
- Medidas de ângulos;
- Sistema monetário;
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Dados, tabelas e gráficos;
- Porcentagem.
229
6.ª Série/7.º Ano
- Números Inteiros;
- Números Racionais;
- Equação e Inequação do 1º grau;
- Razão e proporção;
- Regra de três simples;
- Medidas de temperatura;
- Medidas de ângulos;
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometrias não-euclidianas;
- Pesquisa Estatística;
- Média Aritmética;
- Moda e mediana;
- Juros simples.
7.ª Série/8.º Ano
- Números Racionais e Irracionais;
- Sistemas de Equações do 1º grau;
- Potências;
- Monômios e Polinômios;
- Produtos Notáveis;
- Medidas de comprimento;
- Medidas de área;
- Medidas de volume;
- Medidas de ângulos;
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometrias não euclidianas;
- Gráfico e Informação;
- População e amostra.
230
8.ª Série/ 9 º Ano
- Números Reais;
- Propriedades dos radicais;
- Equação do 2º grau;
- Teorema de Pitágoras;
- Equações Irracionais;
- Equações Biquadradas;
- Regra de Três Composta;
- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
- Trigonometria no Triângulo Retângulo;
- Noção intuitiva de Função Afim;
- Noção intuitiva de Função Quadrática;
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometrias não euclidianas;
- Noções de Análise Combinatória;
- Noções de Probabilidade;
- Estatística;
- Juros Compostos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos do
Paraná),fundamentam-se nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica da
disciplina, no caso matemática, nas Diretrizes Curriculares da Educação de
Jovens e Adultos e nos 27 Cadernos da Coleção da EJA.
A proposta metodológica das práticas pedagógicas da EJA deve
considerar os 3 eixos articuladores propostos para as Diretrizes Curriculares:
Cultura, Trabalho e Tempo, os quais deverão estar inter-relacionados.
Como eixo principal, a cultura norteará a ação pedagógica, haja vista
que dela emanam as manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo.
Portanto, é necessário manter o foco na diversidade cultural, percebendo,
compartilhando e sistematizando as experiências vividas pela comunidade
231
escolar, estabelecendo relações a partir do conhecimento que esta detém, para
a (re) construção de seus saberes.
O trabalho, outro eixo articulador, ocupa a base das relações humanas
desenvolvidas ao longo da vida. É fruto da atividade humana intencional que
busca adaptar-se ás necessidades de sobrevivência.
A escola deve ter como princípio metodológico o eixo mediador, tempo,
que consiste em valorizar os diferentes tempos necessários à aprendizagem do
educando da EJA. Assim, devem ser considerados os saberes adquiridos na
informalidade das suas vivências e do mundo trabalho, face a diversidade de
suas características, como aquela típicas dos movimentos sociais, das
comunidades indígenas, dos educandos privados de liberdade, das
comunidades ribeirinhas, dos portadores de necessidades especiais, dos
trabalhadores sazonais. Portanto, considerar o tempo também como um dos
eixos implica compreender suas variantes: o tempo escolar e o tempo
pedagógico.
Os educandos da EJA trazem consigo um legado cultural –
conhecimentos construídos a partir do senso comum e um saber popular, não-
científico, constituída no cotidiano, em suas relações com o outro e com o meio
– os quais devem ser considerados na dialogicidade das práticas educativas.
Portanto, o trabalho dos educadores da EJA é buscar de modo contínuo o
conhecimento q dialogue com o singular e o universal, o mediato e o imediato,
de forma dinâmica e histórica.
Os Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental deverão ser abordados
de forma articulada, que possibilitem uma intercomunicação e complementação
dos conceitos pertinentes à disciplina de Matemática. As tendências
metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática sugerem
encaminhamentos metodológicos e servem de aporte teórico para as
abordagens dos conteúdos propostos neste nível de ensino, numa perspectiva
de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquiridos em séries
anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências
provenientes das vivências dos alunos deverão ser aprofundados e
sistematizados, ampliando-os e generalizando-os. É importante a utilização de
recursos didático-pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de
aprendizagem.
232
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências
metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente,
das quais destacamos:
- Resolução de problemas: Trata-se de uma metodologia pela qual o
estudante tem oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos
em novas situações, de modo a resolver a questão proposta. As etapas da
resolução de problemas são: compreender o problema; destacar informações,
dados importantes do problema, para a sua resolução; elaborar um plano de
resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova estratégia,
se necessário, até chegar a uma solução aceitável.
- Etnomatemática: O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar
questões de relevância social que produzem o conhecimento matemático. O
trabalho pedagógico deverá relacionar o conteúdo matemático com essa
questão maior – o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e
relações de produção e trabalho.
- Modelagem Matemática: A modelagem matemática tem como
pressuposto a problematização de situações do cotidiano. Ao mesmo tempo
em que propõe a valorização do aluno no contexto social, procura levantar
problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida. Por meio da
modelagem matemática, fenômenos diários,sejam eles físicos, biológicos e
sociais, constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas
de mundo.
- Mídias Tecnológicas: Os recursos tecnológicos, como o software, a
televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre outros, têm
favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas de
resolução de problemas. O trabalho com as mídias tecnológicas insere
diversas formas de ensinar e aprender, e valoriza o processo de produção de
conhecimentos.
- História da Matemática: É importante entender a história da Matemática
no contexto da prática escolar como componente necessário de um dos
objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que os estudantes compreendam
a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade. A história
deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da
Matemática. Assim, pode promover uma aprendizagem significativa, pois
233
propicia ao estudante entender que o conhecimento matemático é construído
historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais.
- Investigações Matemáticas: Na investigação matemática, o aluno é
chamado a agir como um matemático, não apenas porque é solicitado a propor
questões, mas, principalmente, porque formula conjecturas a respeito do que
está investigando. Assim, “as investigações matemáticas envolvem,
naturalmente, conceitos, procedimentos e representações matemáticas, mas o
que mais fortemente as caracteriza é este estilo de conjecturateste-
demonstração”. Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as
coisas acontecem de forma diferente do que na resolução de problemas e
exercícios. Enfim, investigar significa procurar, conhecer o que não se sabe,
que é o objetivo maior de toda a ação pedagógica.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-
aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram
espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno
com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão
alcançada por ele.
No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da
observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar
oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento.
Tais oportunidades devem incluir manifestação escritas, orais e de
demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como
materiais manipuláveis, computador e calculadora.
A avaliação é um meio e não um fim em si. É um processo contínuo,
diagnóstico, dialético e deve ser tratada como integrante das relações de
ensino-aprendizagem.
A avaliação será significativa se estiver voltada para a autonomia dos
educandos.
O professor deve considerar as noções que o estudante traz,
decorrentes da sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos
conhecimentos abordados nas aulas de Matemática.
234
A avaliação será: diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente e
permanente. Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente
superem a pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino
e da aprendizagem.
Cada vez mais, o sistema educacional deve estar orientado para ser
agente concretizador de mudanças comprometidas com os interesses das
classes populares, as quais buscam uma progressiva autonomia com
participação, especialmente para que se reduza a exclusão social.
Refletir sobre a prática de avaliação atual requer um olhar crítico e uma
projeção de metas definidas pela comunidade escolar conforme um processo
gradual de mudanças que tenha como fim o aperfeiçoamento da avaliação
escolar, devendo se respeitar os tempos individuais e a cultura de cada
educando para que, com isso, ele seja sujeito nas relações sociais. Essa
expectativa de reformular a prática de fato e de direito implica algumas
reflexões no tocante ao que se têm e ao que se almeja conseguir.
Pautados no princípio da educação que valoriza a diversidade e
reconhece as diferenças, o processo avaliativo como parte integrante da práxis
pedagógica deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos,
considerando o seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel, na
formação da cidadania e na construção da autonomia.
REFERÊNCIAS
Almanaque Abril 2009. Edição 35. São Paulo: Editora Abril S.A., 2009.
Almanaque Abril 2010. Edição 36. São Paulo: Editora Abril S.A., 2010.
ANDRINI, A. Praticando Matemática 5ª, 6ª, 7ª e 8ª série. São Paulo: Editora
do Brasil S.A., 1989.
Coleção Cadernos da EJA. Impressão GOVERNO DO PARANÁ – MEC,
Brasília, 2007.
Temas da Coleção:
235
Cultura e Trabalho
Diversidades e Trabalho
Economia Solidária
Emprego e Trabalho
Globalização e Trabalho
Juventude e Trabalho
Meio Ambiente e trabalho
Mulher e Trabalho
Qualidade de Vida
Consumo e Trabalho
Segurança e Saúde no Trabalho
Tecnologia e Trabalho
Tempo Livre e Trabalho
Trabalho no Campo
Coleção Investigação Matemática. 1.ed. São Paulo: Editora Scipione, 2001.
GIRASSOL EDIÇÕES. 1.000 Testes e jogos de inteligência. Girassol Brasil
Edições Ltda., 2000.
IMENES, L. M.; LELLIS, M. Microdicionário de Matemática. São Paulo:
Editora Scipione, 2001.
IMENES, L. M.; LELLIS, M. Os números na história da civilização. Coleção
Vivendo a Matemática. 12. ed. São Paulo: Editora Scipione, 2000.
KUENZER, Acacia. Ensino Médio construindo uma proposta para os que
vivem do trabalho. São Paulo: Cortez.
PARANÁ. Secretaria de Educação - SEED. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica - Matemática. Curitiba: 2008.
PARANÁ. Secretaria de Educação - SEED. Diretrizes Curriculares da
Educação de Jovens e Adultos. Curitiba: 2006.
236
SILVA, J. D., FERNANDES; V. S.; MABELINI, O. D. Coleção Caderno do
Futuro de Matemática 5ª, 6ª, 7ª e 8ª série. São Paulo: Editora IBEP.
TOLEDO, M.; TOLEDO, M. Didática de Matemática – como dois e dois, a
construção da Matemática. São Paulo: FTD, 1997.
10.4.2. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
NATURAIS
JUSTIFICATIVA
O ensino de Ciências Naturais vem por profundas transformações nas
últimas décadas. Tradicionalmente priorizam-se a descrição dos fenômenos
naturais e transmissão de definições, regras, nomenclaturas e fórmulas, muitas
vezes sem se estabelecerem vínculo com a realidade do estudante, o que
dificulta a aprendizagem. As discussões acumuladas sobre o ensino de
Ciências apontam para um ensino mais atualizado e dinâmico, mais
contextualizado, onde são priorizados temas relevantes para o aluno, ligados
ao meio ambiente, à saúde de à transformação científico-tecnológica do mundo
e à compreensão do que é Ciências e Tecnologia.
Busca-se a promoção da aprendizagem significativa tal que ela se
integre efetivamente à estrutura de conhecimento dos alunos e não aquela
realizada exclusivamente por memorização, cuja função é ser útil na hora da
prova. A aprendizagem significativa é uma teoria da Psicologia desenvolvida
com base em diversos estudos teóricos e práticos. Ela afirma que toda a
aprendizagem real tem por base conhecimentos anteriores, que são
modificados, ampliados ou renegados mediante a aquisição de nova
informações e de nova reflexões sobre um determinado conteúdo.
No caso de Ciências Naturais, esses conteúdos são temas ou problemas
relativos aos fenômenos naturais e às transformações promovidas pela ação
humana da natureza. A mesma tendência vem sendo conferida no campo EJA,
com novas propostas de modo que a área de Ciências possa colaborar com a
melhoria da qualidade de vida do estudante e a ampliação da compreensão do
mundo de que participa profundamente marcado pela Ciência e Tecnologia.
237
É preciso selecionar temas e problemas relevantes para o grupo de
alunos, de modo que eles sejam motivados a refletir sobre as suas próprias
concepções. Essas concepções podem ter diferentes origens: na cultura, na
religião ou no misticismo, nos meios de comunicações e ainda na história de
vida do indivíduo, sua profissão, sua família etc.
São explicações muitas vezes arraigadas e preconceituosas, chegando
a constituir obstáculos à aprendizagem científica. Os estudos, as discussões e
a atuação do professor devem ajudar os alunos a perceber e modificar suas
explicações. Portanto, é essencial oferecer oportunidades para que
desenvolvam o hábito de refletir sobre o que expressam oralmente o por
escrito. Sob condução do professor, os alunos questionam-se e contrapõem as
observações de fenômenos, estabelecendo relações entre informações. Assim
podem tornar-se indivíduos mais conscientes de suas opiniões mais flexíveis
para altera-las e mais tolerantes com opiniões diferentes das suas. Essas
atitudes colaboram para que o aluno cuide melhor de si e de seus familiares,
permanecendo atento à prevenção de doenças, às questões ambientais, e se
utilize das tecnologias existentes na sociedade de forma também mais
consciente.
OBJETIVOS
- Desenvolver a capacidade de questionar processos naturais e tecnológicos,
apresentando interpretações e prevendo evoluções, bem como o raciocínio e a
capacidade de aprender;
- Entender e aplicar métodos e procedimentos próprios das Ciências Naturais;
- Fazer uso dos conhecimentos das Ciências Naturais para explicar o mundo
natural e para planejar, executar e avaliar intervenções práticas;
- Interpretar e criticar resultados a partir de experimentos e demonstrações;
- Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio, diversidade da vida.
- Compreender a constituição da atmosfera, do Planeta Terra, dos sistemas
orgânicos, da constituição da matéria, das formas de energia e da evolução
dos seres vivos.
238
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- O homem na natureza;
- Ciências da humanidade;
- Um mundo de contradições.
Conteúdos básicos
Astronomia
- O universo e o sistema solar;
- Movimentos terrestre.
A estrutura da Terra
- Litosfera ou crosta terrestre;
- Hidrosfera;
- A atmosfera;
- A química e o meio ambiente;
- A física e o meio ambiente;
Biodiversidade
- Os seres vivos no ecossistema;
- Características dos seres vivos;
- Organizando a diversidade;
- Reinos da natureza;
- Reino Monera;
- Reino protista;
- Reino fungi;
- Reino plantae;
- Reino animália.
Organismo humano
- Células;
- Divisão das células;
- Os tecidos.
239
Integração do organismo
- Sistema nervoso;
- Os órgão dos sentidos;
- Coordenação hormonal;
- Sistema locomotor;
- Alimentos e digestão;
- Respiração;
- Circulação;
- Transfusão e grupos sanguíneos;
- Circulação linfática;
- Excreção;
- Sistema reprodutor humano.
- Evitando destruição do nosso organismo: primeiros socorros.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
- Exposição participada
- Trabalho em grupo
- Debate
- Seminário
- Pesquisa
- Exercícios e atividades
AVALIAÇÃO
A avaliação sempre representou um grande desafio ao educador uma
vez que ela pode traduzir um resultado nem sempre favorável ao trabalho
realizado e geralmente é traumática para o discente. Por outro lado se sabe
que a avaliação está sempre presente na vida humana. Espera-se que se torne
parte de um processo que permita aos participantes crescer e não apenas
encontrar culpados, pois o que se deve fazer é construir uma nova realidade.
Conforme afirma Dias Sobrinho (2000:80) “é não só possível como
também desejável a combinação de metodologias, de origem racional e
240
positiva, como os de orientação qualitativa e sentido social e político”. Embora
tratem da educação superior pode-se dizer que esta é uma excelente regra
que vale para qualquer tipo de avaliação.
O processo avaliativo, como é de ciência dos educadores, vem sendo
incrementado por novos modelos e metodologias que buscam transformar a
avaliação que para muitos é um meio de repressão num mecanismo de análise
de todo o processo de aprendizagem, servindo de termômetro para todos os
envolvidos. Porém não podemos ficar apenas no termômetro que sinaliza o
problema, mas no medicamento que cura e melhor ainda, no que previne para
que não precisemos medicar.
A avaliação em ciências, como em qualquer disciplina curricular é uma
constante e se constituirá dos seguintes elementos:
- Uso de vídeo, DVDs de conteúdo didáticos (TV Escola):
- Utilização da sala de informática e dos recursos de software e
hardware disponíveis:
- Leitura e interpretação de textos complementares ao livro didático:
- Elaboração de esquemas-resumos e gráficos representativos:
- Organização de trabalhos
- Elaboração e explicação oral de trabalho
- Correlação interdisciplinar em determinados assuntos:
- Provas escristas.
REFERÊNCIAS
ANDREOLLI, Francisco. Ciências: Ambiente. São Paulo: Ed. Do Brasil, 1989.
BARROS, Carlos; Paulino, Wilson Roberto. O meio ambiente. 52 ed. São
Paulo: Ática 1998.
_________.Os seres vivos. 52. ed. São Paulo: Ática, 1998.
_________.O corpo humano. 52 ed. São Paulo: Ática 1998.
CRUZ, Daniel. Ciência e Educação ambiental. São Paulo: Ática, 1995.
241
SOBRINHO, Jose Dias. A avaliação da educação superior. Petrópolis:
Vozes. 2000.
10.4.7. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
JUSTIFICATIVA
Concebemos história como o estudo da experiência humana no passado
e no presente. A história busca compreender as diversas maneiras como
homens e mulheres viveram e pensaram suas vidas e sua sociedade, através
do tempo e do espaço. Ela permite que as experiências sociais sejam vistas
como um constante processo de transformação; um processo que assume
formas muito diferenciadas e que é produto das ações dos próprios homens.
O estudo da história é fundamental para perceber o movimento e a
diversidade, possibilitando comparações entre grupos sociais nos diversos
momentos da história. Por isso a história ensina o respeito pela diferença,
contribuindo para o entendimento do mundo que vivemos e do mundo que
gostaríamos de viver.
Dessa forma o objeto de estudo da disciplina de História serão os
processos históricos relativos às ações e relações humanas praticadas o
decorrer do tempo, bem como, os sentidos que os sujeitos deram às mesmas,
tendo ou não consciência dessas ações.
OBJETIVOS
- Ampliar a capacidade de conhecer para a compreensão de relações sociais
econômicas existentes no seu próprio tempo e reconhecer a presença de
outros tempos no seu dia a dia.
- Dimensionar as relações sociais, econômicas, políticas e culturais que
vivenciam enriquecendo seu repertório histórico, com informações de outras
localidades.
242
- Relação entre a sociedade, a cultura e a natureza, em diferentes momentos
da história brasileira, em diferentes momentos da história dos povos
americanos, e em diferentes momentos da história de povos do mundo.
- Caracterizar a distinção das relações sociais de trabalhos e diferentes
realidades históricas brasileiras, em diferentes momentos da história dos povos
americanos e em diferentes momentos da história de povos do mundo.
- Constituição do território da nação do Estado brasileiro, confrontar, lutas,
guerras e revoluções.
- Formação da cidadania e cultura no mundo contemporâneo, problematizando
questões de cidadania e cultura no Brasil e no mundo.
- Perceber as relações de dominação e resistência presentes nas sociedades.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Relações de trabalho;
- Relações de poder;
- Relações culturais.
Conteúdos básicos
- Introdução aos estudos históricos: conceitos, fontes e tempo;
- As origens do ser humano: papel do ser humano e teoria sobre a vida
humana;
- Povoamento da América: teorias da chegada do homem à América, Primeiros
americanos e o ser humano no Brasil;
- Antigas civilizações: Mesopotâmia, Egito, China, Índia, Grécia e Roma.
- Formação da Europa Feudal: povos germânicos, francos, carolíngios e
feudalismo;
- O mundo além da Europa: islamismo, império árabe, renascimento comercial
e urbano;
- A reforma protestante;
- Formação das monarquias nacionais;
- Mercantilismo;
- As grande navegações;
243
- Civilizações pré-colombianas;
- Expansão colonial;
- Absolutismo;
- Revolução Inglesa;
- Revolução industrial;
- Iluminismo;
-Revolução Francesa;
- Período Napoleônico;
- Independência das treze colônias;
- Independências das colônias espanholas na América;
- Independência do Brasil;
- Primeiro Império;
- Unificação da Itália e da Alemanha;
- Período Regencial;
- Segundo Reinado;
- Proclamação da República do Brasil;
- Primeira Guerra Mundial;
- Revolução Russa;
- Período entre guerras;
- Segunda Guerra Mundial;
- Guerra Fria;
- Mudanças culturais no pós-guerra;
- Transformações do Brasil na década de 1920;
- Populismo;
- Ditadura militar no Brasil;
- A redemocratização do Brasil;
- A nova ordem mundial.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos
às ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva
significação atribuída pelos sujeitos tendo ou não consciência dessas ações.
244
A produção do conhecimento requer um método específico, baseado na
explicação e interpretação de fatos do passado, construída a partir dos
documentos e experiências vivenciadas através de diversidade sociais,
culturais e políticas dos sujeitos e suas relações.
AVALIAÇÃO
A avaliação é a investigação do aprendizado histórico do aluno. É um
processo em que diversos momentos o estudante poderá compreender se
aprendeu e como aprendeu sobre os temas trabalhados.
Nos critérios de avaliação pretende-se verificar o aprendizado dos
conteúdos sugeridos, através do planejamento de situações diferenciadas de
avaliação.
Para tanto, a avaliação se dará a partir de três aspectos: a investigação
e a apropriação de conceitos; a compreensão das relações da vida humana e o
aprendizado dos conteúdos básicos.
Nas avaliações serão exploradas diferentes modalidades: leitura,
interpretação, análise de narrativas historiográficas, mapas, pesquisas,
sistematização de conceitos históricos entre outros.
REFERÊNCIAS
BERUTTI, Flávio. História. Vol. 5, 6, 7. Editora Saraiva, 2002.
FERNANDES, Velocino Bruck. O Paraná é assim. Gráfica da Assembléia do
Paraná. S/D.
MONTELLATO, Andreia, CABRINI, Conceição; JUNIOR, História temática.
Vol. 5675. Ed. Scipione, 2004.
PILETTI, Nelson & Claudino. História e vida integrada. São Paulo, Ática,
2005;
245
10.4.8. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
JUSTIFICATIVA
A finalidade do ensino da Geografia no Ensino Fundamental é fornecer
aos alunos subsídios necessários para a interpretação do mundo, tendo como
elementos centrais deste estudo o homem e a natureza e a interdependência e
articulação entre eles. O objetivo principal da disciplina é o estudo do espaço
geográfico, do homem e do meio ambiente, em seus mais variados aspectos
sociais, econômicos, ecológicos e culturais, bem como das relações sociais e
dos processos de transformações do mundo e da sociedade.
Deste modo, o ensino da geografia visa colaborar para a formação de
cidadãos reflexivos e portadores de uma consciência crítica, sendo assim,
sujeitos capazes de viabilizar alternativas aos problemas enfrentados pela
sociedade, buscando um mundo mais justo, mais humano e mais fraterno, para
com isso proporcionar ao aluno a possibilidade de interação com o seu mundo
através do conhecimento geográfico, fornecendo elementos essenciais para a
compreensão da realidade e para que possa compatibilizar o conhecimento
com as demais disciplinas, contribuindo assim, para uma educação holística.
O ensino da disciplina de geografia nas séries inicias da Educação de
Jovens e Adultos (EJA), possui um conteúdo programático, que segundo Brasil
(1998) visa o desenvolvimento de habilidades importantíssimas para a
formação dos sujeitos, pois contribui para o conhecimento dos lugares, das
regiões e do Mundo, bem como a compreensão dos mapas e um conjunto de
destrezas de investigação e resolução de problemas, na sala de aula e fora
dela. Através do estudo da geografia, os alunos estabelecem contato com as
diferentes sociedades e culturas num contexto espacial, ajudando-os a
perceber de que forma os espaços se relacionam entre si.
Brasil (1998) aborda o desenvolvimento das habilidades relativas a
geografia, isto é, da capacidade de integrar num contexto espacial os vários
elementos do lugar, região e Mundo, mas além disso, os alunos
compreenderão melhor as desigualdades entre os espaços geográficos, a inter-
relação entre estes e tomarão mais consciência dos problemas provocados
pela intervenção do Homem no meio ambiente.
246
A Geografia traz uma contribuição importante para a formação da
cidadania, principalmente no que se refere ao âmbito da educação ambiental.
A procura de respostas para questões geográficas implica investigar a
localização, situação, interação, distribuição espacial e diferenciação de
fenômenos à superfície da Terra.
A disciplina de Geografia nas suas diferentes vertentes encerra
saberes culturais, científicos e tecnológicos que colaboram, com as outras
disciplinas, para que os alunos adquiram conhecimentos que os preparem para
compreender e analisar problemas complexos relevantes para a vida num
Mundo de múltiplas relações.
OBJETIVOS
- Perceber a identidade da geografia como área do conhecimento e a
possibilidade que oferece para a compreensão crítica da realidade, tendo em
vista o exercício pleno da cidadania.
- Ampliar a visão de mundo respeitando as diferenças econômicas, sociais e
culturais entre os povos.
- Construir o conhecimento pelo aprendizado da cidadania, a partir de
situações em que o cerca.
- Ler imagens, dados e documentos de diferentes fontes de informação, de
modo a interpretar, analisar e relacionar informações sobre diferentes tipos de
espaço.
- Debater temas propostos expondo seu posicionamento pessoal.
- Analisar e interpretar tabelas e gráficos para facilitar o entendimento sobre
determinados temas.
- Reconhecer os problemas ecológicos que afetam o planeta Terra, analisando
e formando pensamento crítico buscando alternativas para solucioná-los.
- Destacar as características dos seres vivos, principalmente sua origem e
evolução.
- Identificar os fenômenos físicos, suas características, bem como sua
influência na vida humana.
- Compreender e aplicar em sua vida os conceitos básicos da geografia.
- Perceber a importância dos fenômenos físicos na vida do ser humano.
247
- Caracterizar a grande diversidade sócio-cultural existente no Planeta Terra.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Dimensão econômica do espaço geográfico;
- Dimensão política do espaço geográfico;
- Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico;
- Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
Conteúdos básicos
- Os movimentos da Terra no Universo e suas influências (Rotação e
Translação);
- O ambiente urbano e rural e suas relações;
- A produção da agricultura e pecuária;
- As propriedades rurais e a produção agropecuária;
- Formação e transformações das paisagens naturais;
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- Movimentos sócio-ambiental;
- A definição de indústria e a produção industrial;
- Os bens de consumo em nosso dia-a-dia;
- Os recursos naturais;
- Os recursos naturais renováveis e não renováveis;
- O lixo como matéria prima;
- A dinâmica da água no planeta;
- O comércio em suas implicações sócio-ambientais;
- A história geológica da Terra;
- O êxodo rural;
- A geografia do Paraná;
- Urbanização e favelização;
- Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no espaço
geográfico;
- Histórias das migrações mundiais;
- Formações e conflitos étnicos, religiosos e raciais;
248
- Consumo e consumismo;
- A divisão política do território brasileiro;
- A divisão regional do Brasil;
- As 5 regiões brasileiras e suas características;
- Altitudes, hidrografia e coordenadas geográficas;
- Clima e vegetação;
- O comércio mundial e as implicações socioespaciais;
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração de produtos;
- O espaço em rede: produção, transporte, e comunicações na atual
configuração territorial.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Durante as aulas de Geografia serão utilizadas diversas técnicas como
a de exposição oral dos conteúdos, leituras e estudos dirigidos, gincanas
internas, saídas de campo com o objetivo de desenvolver noções de
observação e análise de lugares, onde serão solicitados relatórios ou trabalhos
em grupo. Também serão desenvolvidas atividades como confecção de
cartazes, caça-palavras, palavras cruzadas, atividades como mapas, jogos de
perguntas relacionadas ao conteúdo ministrado, trabalhos em equipes,
pesquisas em bibliografia específica e atividades que estimulem a criatividade
e a reflexão a respeito do espaço geográfico, tais como: apresentações,
paródias e jogos com temas relacionados à disciplina.
AVALIAÇÃO
A avaliação será feito de várias formas. Primeiramente observando o
comportamento, empenho e dedicação dos alunos em quaisquer atividades
desenvolvidas em sala de aula, o qual terá um peso para a avaliação final.
Provas bimestrais referente ao conteúdo aplicado neste período, e
esporadicamente mini-provas com o conteúdo trabalhado em aulas anteriores
próximas ou até mesmo com o conteúdo trabalhado no mesmo dia da mini-
249
prova, antes do início da mesma. Será também avaliado o desempenho
através de trabalhos, tanto em grupo como individuais, exercícios diversos
entre outros.
REFERÊNCIAS
ADAS, Melhem. Noções Básicas de Geografia. 5ª edição. Editora Moderna,
2006.
ARAÚJO, Regina Guimarães, Raul Borges RIBEIRO, Wagner COSTA.
Construindo a Geografia. São Paulo: Ed. Moderna, 1999.
CASTELLAR, S. & MAESTRO, V. Geografia 5ª Série. 2ª edição. Quinteto
Editorial. São Paulo, 2002.
CASTELLAR, S. & MAESTRO, V. Geografia 6ª Série. 2ª edição. Quinteto
Editorial. São Paulo, 2002.
FILIZOLA, Roberto. Geografia do Brasil. Povos e territórios. 2ª edição.
Editora IBEP, 2005.
LUCCI, Elian Alabi, Geografia Geral e do Brasil. Editora Saraiva.
LUCCI, Elian Alabi, O Homem no Espaço Global. Editora Saraiva.
MAGNOLI, Demétrio, O Mundo Contemporâneo. 1ª edição. Editora Saraiva,
2008
MOREIRA, João Carlos & SENE, Eustáquio de. Trilhas da Geografia: A
Geografia no dia-a-dia. 5ª Série. 3ª edição. São Paulo: Ed. Scipione, 2008
MOREIRA, João Carlos & SENE, Eustáquio de. Trilhas da Geografia: O
passado e o presente na Geografia. 6ª Série. 3ª edição. São Paulo: Ed.
Scipione, 2008.
250
10.4.9. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
JUSTIFICATIVA
O Ensino Religioso na Escola Fundamental pública está fundamentado
nas concepções teórico-metodológicas presentes nas Diretrizes Curriculares
Estaduais. É disciplina de oferta obrigatória para o estabelecimento de ensino
público e de matrícula facultativa para o aluno, pois é parte integrante da
formação básica do cidadão. Constitui-se, assim, disciplina dos horários
normais das escolas públicas de Educação Básica, assegurado o respeito à
diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de
proselitismo.
OBJETIVOS
- Estabelecer discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica.
- Desenvolver uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural.
- Reconhecer que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade
de cada grupo social.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Paisagem religiosa;
- Universo simbólico religioso;
- Texto sagrado.
Conteúdos básicos
- Organizações religiosas;
- Lugares sagrados;
- Textos sagrados orais ou escritos;
- Símbolos religiosos.
- Temporalidade sagrada;
- Festas religiosas;
251
- Ritos;
- Vida e morte.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso, que no passado versava sobre a prática de uma
única religião, atualmente é compreendida como educação da cultura religiosa
dos brasileiros, de um sagrado heterogêneo mas, que se inter-relaciona e que
merece ser respeitado, que orienta e organiza aspectos da tradição deste povo.
Isto é reconhecido no artigo quinto da Constituição de 1988.
A disciplina deverá enfocar as diversas manifestações religiosas a fim de
ampliar o horizonte de possibilidades de compreensão do sagrado, viabilizando
uma melhor compreensão social e cultural da diversidade religiosa, dando
ênfase a sociedade brasileira. Tais conhecimentos são organizados nos
conteúdos estruturantes e básicos da disciplina de Ensino Religioso e
estudados a partir de uma perspectiva laica, aconfessional com uma linguagem
pedagógica e não religiosa, adequada ao universo escolar.
Desta forma, a disciplina do Ensino Religioso contribuirá para superar
desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito constitucional de
liberdade de crença e expressão e, por conseqüência, o direito à liberdade
individual e política, atendendo aos objetivos da Educação Básica que,
segundo a LDB 9394/96, é o desenvolvimento da cidadania.
AVALIAÇÃO
Tendo em vista que o Ensino Religioso como disciplina tem a função de
proporcionar ao educando a possibilidade de refletir sobre vários aspectos da
existência, entre eles o transcendente, levá-los a questionar sobre o sentido da
vida, descobrindo seu comprometimento com a comunidade, em estado
consciente de sua participação no todo, a avaliação se restringe à observação
nas mudanças comportamentais, através de gestos, palavras, significados em
sua vivência e convivência.
252
REFERÊNCIAS
BACHA FILHO, Teófilo. O ensino religioso nas escolas públicas do Estado
do Paraná. Processo n.º 1299/02.2002, Curitiba: CEE, 2002.
BIACA, Valmir et al. O sagrado no ensino religioso: caderno pedagógico do
Ensino Fundamental. Curitiba: SEED – PR. 2006 p.136.
BIEDERMANN, H. Dicionário ilustrado de símbolos. São Paulo:
Melhoramentos, 1993.
BUCE, M. O livro ilustrado dos símbolos. São Paulo: Publifolha, 2001.
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de
Ensino Religioso para a Educação Básica. Curitiba: 2006.
PEIRANO, M. Rituais ontem e hoje. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
ROCHA, E. O que é mito. São Paulo: Brasiliense, 1999.
VIEIRA, E. Os ritos na formação ao professor de ensino religioso. Curitiba:
PUCPR, 2006.
253
10.6. MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE ENSINO MÉDIO,
PRESENCIAL, DA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Senador Correia – Ensino
Fundamental, Médio e ProfissionalENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Ponta Grossa NRE: Ponta GrossaANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2009 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS
DISCIPLINASTotal deHoras
Total dehoras/aula
LÍNGUA PORT. ELITERATURA
174 208
LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64
FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208
QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128
BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128
GEOGRAFIA 106 128
TOTAL 1200 1440
Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a
254
10.5.1. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
PORTUGUESA E LITERATURA
JUSTIFICATIVA
Nas décadas de 70 e 80, a Língua Portuguesa era trabalhada com
exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de
leitura. A partir de 1980, houve um avanço nos estudos sociológicos da
linguagem sob a influência de Bakhtin. Em 1990, trabalhou-se com habilidades
e competências.
As transformações dos estudos da língua e da linguagem, no Brasil e no
exterior, assim como dos estudos especificamente vinculados ao processo de
ensino e de aprendizagem da Língua Portuguesa como língua materna,
provocaram, nos últimos anos, a reflexão e o debate acerca da necessária
revisão dos objetos de ensino em nossas salas de aula.
Em síntese, deve-se assinalar que uma análise discursiva integradora
das diferentes dimensões envolvidas na produção de sentidos pode permitir
que os alunos construam uma consciência lingüística e metalingüística
essencial para sua formação. Vale ressaltar que essa consciência só se
alcança em razão de o aluno ser orientado nas práticas de ensino e de
aprendizagem, para uma atuação ativa no trabalho com o texto, a qual requer a
contínua transformação de saberes (textuais, pragmáticos e conceituais, além
dos especificamente lingüísticos) relativos às diferentes dimensões envolvidas
em um texto ao atualizar determinado gênero.
Hoje, a finalidade do ensino da Língua Portuguesa tem sido tratada em
diversas propostas curriculares, criando situações nas quais os alunos ampliem
o domínio ativo do discurso nos diversos tipos de situações comunicativas,
sobretudo nas instâncias públicas de uso da linguagem, de modo a possibilitar
sua inserção efetiva no mundo da escrita, ampliando suas possibilidades de
participação social no exercício da cidadania. O perfil que se traça para o aluno
do Ensino Médio, na disciplina Língua Portuguesa, prevê que esse, ao longo de
sua formação, deva:
- Conviver de forma não só crítica, mas também lúdica, com situações de
produção e leitura de textos, atualizados em diferentes suportes e sistemas de
255
linguagem – escrito, oral, imagético, digital etc., de modo que conheça, use e
compreenda a multiplicidade de linguagens que ambientam as práticas de
letramento multissemiótico em emergência em nossa sociedade, geradas nas
(e pelas) diferentes esferas das atividades sociais – literária, científica,
publicitária, religiosa, jurídica, burocrática, cultural, política, econômica,
midiática, esportiva etc.
- No contexto das práticas de aprendizagem da lingua(gem), conviver com
situações de produção escrita, oral e imagética, de leitura e escuta, que lhe
propiciem uma inserção em práticas de linguagem em que são colocados em
funcionamento textos que exigem da parte do aluno conhecimentos distintos
daqueles usados em situações de interação informais, sejam elas face a face
ou não. Dito de outra forma, o aluno deverá passar a lidar com situações de
interação que se revestem de uma complexidade que exigirá dele a construção
de saberes relativos ao uso de estratégias (lingüística, textual e pragmática)
por meio das quais se procura assegurar a autonomia do texto em relação ao
contexto de situação imediato;
- Construir habilidades e conhecimentos que o capacitem a refletir sobre os
usos da língua(gem) nos textos e sobre fatores que concorrem para sua
variação e variabilidade, seja a lingüística, seja a textual, seja a pragmática.
Nesse trabalho de análise, o olhar do aluno, sem perder de vista a
complexidade da atividade de linguagem em estudo, deverá ser orientado para
compreender o funcionamento sociopragmático do texto – seu contexto de
emergência, produção, circulação e recepção; as esferas de atividade humana
(ou seja, os domínios de produção discursiva); as manifestações de vozes e
pontos de vista; a emergência e a atuação dos seres da enunciação no arranjo
da teia discursiva do texto; a configuração formal (macro e micro estrutural); os
arranjos possíveis para materializar o que se quer dizer; os processos e as
estratégias de produção de sentido. O que se prevê, portanto, é que o aluno
tome a língua escrita e oral, bem como outros sistemas semióticos, como
objeto de ensino/estudo/aprendizagem, numa abordagem que envolve ora
ações metalíngüísticas (de descrição e reflexão sistemática sobre aspectos
lingüísticos), ora ações epilingüísticas (de reflexão sobre o uso de um dado
recurso lingüístico, no processo de enunciação e no interior da prática em que
256
ele se dá), conforme o propósito e a natureza da investigação empreendida
pelo aluno e dos saberes a serem construídos.
A gramática será trabalhada de forma contextualizada, pois entende-se
que uma língua se aprende pelo uso e pela constância da leitura. Além disso,
os alunos devem tomar conhecimento de tais conteúdos de forma a atribuir-
lhes um significado prático.
A Literatura é um reflexo do homem e da sociedade, voltada para o
questionamento da realidade. Fazendo-se a integração entre Literatura,
História e Arte, contribui-se para a sensibilização do aluno, o que favorece
também a formação dos seu senso crítico.
A intertextualidade será trabalhada como um conjunto de alusões que
um texto faz a outros textos já escritos, às idéias já existentes ou aos motivos
culturais já desenvolvidos por outros escritores ou pela cultura popular.É
importante ter claro que, quanto maior o contato com a linguagem na
diversidade textual, mais possibilidades se tem de entender o texto como
material verbal carregado de intenções e de visões de mundo e, portanto,
refletir sobre o uso que faz da linguagem nos diferentes contextos e situações.
OBJETIVOS
- Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos na sua vida escolar.
- Compreender o significado das ciências, das artes e das letras, o processo
histórico de transformação da sociedade e da cultura, bem como da
importância da Língua Portuguesa como instrumento de comunicação, de
acesso ao conhecimento e de exercício da cidadania plena.
- Considerar a Língua Portuguesa como fonte de legitimação de acordos e
condutas sociais e como representação simbólica de experiências humanas
manifestas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social.
- Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos e
contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com
as condições de produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores,
participantes da criação e propagação de idéias e escolhas, tecnologias
disponíveis).
- Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de
257
significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.
- Articular as redes de diferenças e semelhanças entre a linguagem oral e
escrita e seus códigos sociais, contextuais e lingüísticos.
- Recuperar, pelo estudo do texto literário, as formas instituídas de construção
do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as
classificações preservadas e divulgadas no eixo temporal e espacial.
- Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da
linguagem.
- Refletir juízos de valor, tanto sócio-ideológicos (preconceituosos ou não)
quanto histórico-culturais (inclusive estéticos), associados à linguagem e à
língua, reafirmando sua identidade pessoal e social.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Leitura
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto ;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Contexto de produção da obra literária;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,travessão, negrito);
Progressão referencial;
Partículas conectivas do texto;
Relação de causa e conseqüência entre partes e elementos do texto;
Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem;
sentido conotativo e denotativo;
258
Escrita
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Vozes sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão referencial;
Partículas conectivas;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
-sentido conotativo e denotativo;
- figuras de linguagem;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.);
Vícios de linguagem;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência.
Oralidade
Conteúdo temático;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas ...;
259
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas lingüísticas: coesão,coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Leitura
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Contexto de produção da obra literária;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Progressão referencial;
Partículas conectivas do texto;
Relação de causa e conseqüência entre partes e elementos do texto;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- figuras de linguagem; sentido conotativo e denotativo;
Escrita
Conteúdo temático;
Interlocutor;
260
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Vozes sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão referencial;
Partículas conectivas;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
-sentido conotativo e denotativo;
- figuras de linguagem;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classesgramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.);
Vícios de linguagem;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência.
Oralidade
Conteúdo temático;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial,corporal e gestual,
pausas ...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
261
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto
(uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrita.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
LEITURA
- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
- Inferências a partir de pistas textuais;
- Discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade,
informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;
- Contextualização: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; Referente à
obra literária, exploração dos estilos do autor, da época, momento de produção
da obra e dialogo com o momento atual, bem como com outras áreas do
conhecimento;
- Textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos,
fotos, imagens, mapas e outros;
- Relação do tema com o contexto atual;
- Socialização das idéias dos alunos sobre o texto;
- Entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que
denotam ironia e humor;
- Leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada
gênero;
- Percepção dos recursos utilizados para determinar causa e conseqüência
entre as partes e elementos do texto.
- Análises para estabelecer a progressão referencial do texto;
– Leituras para a compreensão das partículas conectivas;
–
262
ESCRITA
- Produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,
temporalidade e ideologia;
- Uso adequado de palavras e expresssões para estabelecer a referência
textual;
- Utilização adequada das partículas conectivas;
- Ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
- Acompanhamento da produção do texto;
- Uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que denotam ironia e humor;
- Produções que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada
gênero;
- Utilização de recursos de causa e conseqüência entre as partes e elementos
do texto;
- Reescrita textual: revisão dos argumentos/das idéias, dos elementos que
compõe o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há
uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem
está apropriada, se há continuidade temática, etc.);
- Analisar se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade
temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
- Conduzir, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos.
ORALIDADE
- Apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração
a:
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
- Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e
sobre a utilização dos recursos de causa e conseqüência entre as partes e
elementos do texto;
- Contexto social de uso do gênero oral selecionado;
- Apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade em
seu uso formal e informal;
263
- Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralingüísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas e outros;
- Análise dos recursos da oralidade por meio de seminários, telejornais,
entrevistas, reportagens, entre outros;
- Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes (ex:
diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc.), afim de perceber
a ideologia dos discursos dessas esferas.
AVALIAÇÃO
A avaliação está sendo entendida aqui como um dos aspectos do ensino
pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu
próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados, e o seu
desempenho, em diferentes situações de aprendizagem.
Preponderarão na avaliação os aspectos qualitativos da aprendizagem,
considerada a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos conteúdos.
A avaliação será de forma continuada, por cada produção textual ou oral
apresentada; avaliações estas que serão reduzidas a uma nota a cada registro
de notas (média e soma das avaliações contínuas aos trabalhos e exercícios
propostos).
A avaliação, portanto, será um processo contínuo e priorizará a
qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno no
decorrer de cada bimestre.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. M. (1934-35/1975) O discurso no romance. In : Questões de
Literatura e de Estética- a teoria do romance, p. 71- 210. São Paulo: Hucitec/
EdUNESP, 1988.
264
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 5.ª ed.,
1997. Lingüística Aplicada – Universidade Estadual de Campinas, São Paulo,
1995.
FARACO, Carlos Alberto. Linguagem & Diálogo: as idéias lingüísticas do
círculo de Bakhtin. 1.ª Ed. Curitiba: Criar edições, 2003.VI .p.136.
FERREIRA, A.B.H. Miniaurélio Século XXI: o minidicionário de língua
portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2001.
KOCK, I.G.V. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2002.
ORLANDI, E.P. Análise de discurso: princípios e procedimentos.
Campinas, SP: Pontes, 6.ª ed., 2005.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
RAJAGOPALAN, K. Por uma lingüística crítica. Linguagem, identidade e
a questão ética. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
10.5.2. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
JUSTIFICATIVA
No mundo globalizado em que estamos inseridos se faz necessário que
o individuo aprenda, conheça e utilize uma Língua Estrangeira que o faça
perceber outras culturas, ampliando seus horizontes, valorizando sua própria
cultura através da analise e compreensão de outras, para que possa interagir
na sociedade tornando-se um cidadão critico.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCEs) do
Estado do Paraná o “currículo documento deve ser objeto de análise contínua
265
dos sujeitos da educação, principalmente a concepção de conhecimento que
ele carrega. Cada uma destas matrizes dá ênfase a diferentes saberes a serem
socializados pela escola, tratando o conhecimento escolar sob óticas diversas”.
(DCEs p. 16, 17). Para a seleção do conhecimento, que é tratado, na escola,
por meio dos conteúdos das disciplinas concorrem tantos fatores ditos
externos, como aqueles determinados pelo regime sócio-político, religião,
família, trabalho quanto às características sociais e culturais do público escolar,
além dos fatores específicos do sistema como os níveis de ensino entre outros.
Para a Disciplina de Língua Estrangeira Moderna (LEM) a proposta
adotada pelas DCEs está baseada na corrente sociológica e nas teorias do
círculo de Bakhtin, que concebem a língua como discurso, estabelecendo os
objetivos de ensino de uma Língua Estrangeira Moderna resgatando a função
social e educacional desta disciplina na Educação Básica (DCEs p.53). A partir
daí a LEM apresenta-se como espaço para ampliar o contato com outras
formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de construção
da realidade.
O ensinar e aprender uma Língua Estrangeira Moderna é também
ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é
formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os
diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de
proficiência atingido (DCEs p. 55). A LEM tem como objetivos, levar os
educandos a analisarem as questões sociais-políticas-econômicas da nova
ordem mundial, desenvolver uma consciência crítica a respeito do papel das
línguas na sociedade e fazer uso da língua em situações significativas.
O ensino de LEM deve contemplar os discursos sociais que a compõem,
ou seja, aqueles manifestados em forma de textos diversos efetivados nas
práticas discursivas (Bakhtin, 1988, DCEs, p.57). [...]ao conceber a língua
como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma LEM, permite-se aos
sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes ativos
do mundo (DCEs, p.57).
O trabalho com a LEM fundamenta-se na diversidade de gêneros
textuais e busca alargar a compreensão dos diversos usos da linguagem, bem
como a ativação de procedimentos interpretativos alternativos no processo de
construção de significados possíveis pelo leitor (DCEs, p. 58). Ao interagir com
266
diversos textos, o educando perceberá que as formas linguísticas não são
sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são
flexíveis e variam conforme o contexto e a situação em que a prática social de
uso da língua ocorre.
As aulas de LEM devem contemplar a leitura, a escrita e a oralidade.
Sendo que, o objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que
permita ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade, já na oralidade, o
objetivo é expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos
e a escrita deve ser vista como uma atividade significativa. Outro aspecto
importante com relação ao ensino de LEM é que ele será, necessariamente
articulado com as demais disciplinas do currículo para relacionar os vários
conhecimentos (DCEs, p. 67).
A avaliação da aprendizagem em LEM está articulada aos fundamentos
teóricos e explicitados nas DCEs e na LDB n. 9394/96. Busca-se em LEM
superar a concepção de avaliação como mero instrumento de mediação da
apreensão de conteúdos. Na Educação Básica a avaliação de determinada
produção em LEM considera o erro como efeito da própria prática, ou seja,
como resultado do processo de aquisição de uma nova língua (DCEs, p. 70).
A avaliação, enquanto relação dialógica, concebe o conhecimento como
apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo de ação-
reflexão-ação, que se passa na sala de aula através da interação
professor/aluno, carregado de significados e de compreensão. A avaliação
deve estar articulada com os objetivos e conteúdos definidos a partir das
concepções e encaminhamentos metodológicos das DCEs (DCEs, p. 71).
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para
cada série da etapa final do Ensino Fundamental e Ensino Médio, considerados
imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas
disciplinas da Educação Básica.
No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão abordagens
diversas a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo
estruturante. Quando necessário, serão desdobrados em conteúdos
específicos, sempre considerando-se o aprofundamento a ser observado para
a série e etapa de ensino (DCEs, p. 75). Na disciplina de LEM, o Conteúdo
Estruturante é o Discurso como prática social e é a partir dele que advêm os
267
conteúdos básicos. Caberá ao professor selecionar um texto significativo
pertencente a um gênero, que deve ser compreendido em sua esfera de
circulação. Para selecionar os conteúdos específicos, é fundamental considerar
o objetivo de ensino e o gênero escolhido. (DCEs, p.76).
OBJETIVOS
- Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural.
- Perceber possibilidades de construção de significados em relação ao mundo
em que vive.
- Compreender os significados sociais como maneira de transformar a prática
social.
- Reconhecer que a Língua Estrangeira se configura como espaço de interação
entre professores e alunos.
- Analisar as questões sociais-políticas-econômicas da nova ordem mundial e
suas implicações.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
Conteúdo estruturante
- Discurso como prática social
Conteúdos básicos
LEITURA
- Identificação do tema;
- Intertextualidade;
- Intencionalidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Léxico;
- Coesão e coerência;
- Marcadores do discurso;
- Funções das classes gramaticais no texto;
268
- Elementos semânticos;
- Discurso direto e indireto;
- Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
- Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);
- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística.
- Acentuação gráfica;
- Ortografia.
ESCRITA
- Tema do texto ;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Intencionalidade do texto;
- Intertextualidade;
- Condições de produção;
- Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
- Vozes sociais presentes no texto;
- Vozes verbais;
- Discurso direto e indireto;
- Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
- Léxico;
- Coesão e coerência;
- Funções das classes gramaticais no texto;
- Elementos semânticos;
- Recursos estilísticos( figuras de linguagem);
- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística;
269
- Ortografia;
- Acentuação gráfica.
ORALIDADE
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Variações linguísticas;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
- Adequação da fala ao contexto;
- Pronúncia
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Todo o material elaborado para o ensino da Língua Estrangeira tem
como pressuposto que a linguagem não é um simples conteúdo escolar, mas
uma atividade humana, histórica e social. Portanto, seu estudo deve contribuir
de alguma forma, para auxiliar a solução desde pequenos problemas
cotidianos até a compreensão das dificuldades que afetam a sociedade como
um todo e, também, propiciar o acesso ao bens culturais acumulados pela
humanidade.
Considerando que ser usuário de uma segunda língua é uma das
condições para uma efetiva participação social, a finalidade do ensino da
Língua Estrangeira deve visar, prioritariamente, ao desenvolvimento da
capacidade de produzir e interpretar textos orais e escritos, à medida que estes
auxiliem o educando a ler o mundo em que vive, a analisar o que dele se diz e
se pensa e a expressar uma visão fundamentada e coerente dessa leitura e
interpretação. Para isso, é necessário oferecer ao aluno, muitas e diferentes
oportunidades de desenvolver as quatro habilidades lingüísticas básicas- falar
e ouvir, ler e escrever num contexto de reflexões e de análise que não deixe de
enfatizar o universo de emoções, conhecimentos e satisfação pessoal que tais
270
atividades possam oferecer.Para tanto, todos os conteúdos descritos acima
serão abordados dentro de um contexto que terá o texto sempre como suporte.
AVALIAÇÃO
A avaliação será de foram continuada, por cada produção textual ou oral
apresentada; avaliações estas que serão reduzidas a uma nota a cada registro
de notas (média e soma das avaliações contínuas aos trabalhos e exercícios
propostos).
A avaliação, portanto, será um processo contínuo e priorizará a
qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno no
decorrer de cada bimestre.
Os estudos de recuperação paralela serão realizados durante as aulas,
no decorrer de cada bimestre, através de avaliações diversificadas, havendo
uma nova avaliação para cada prova em que o aluno não obtiver pelo menos
60% da nota proposta.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
COOK, G. Applied linguistics. Oxford: Orford University Press. 2003.
FARACO, C. A. Português: língua e cultura – manual do professor.
Curitiba: Base, 2005.
PARANÁ, SECRETARIA DO ESTADO DO. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica. Curitiba, PR: SEED, 2008.
PICANÇO, D. C. L. A língua estrangeira no país dos espelho. In: Educar em
Revista, Curitiva, 2002.
271
10.5.3. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE
JUSTIFICATIVA
O ensino da Arte tem por objetivo estudar a diversidade cultural e as
diversas formas de expressões e produções humanas, assim o estudo das
artes visa organização e interpretação dos signos verbais, objetivando ampliar
a visão do aluno para que possa compreender as construções simbólicas de
outros sujeitos pertencentes as mais diversas realidades culturais.
OBJETIVOS
- Valorizar o interesse e empenho em relação aos trabalhos artísticos;
- Respeitar e compreender a diversidade de manifestações artísticas, tanto na
escola, como em diferenças culturais;
- Cooperar nas propostas que envolvem a arte e os trabalhos coletivos;
- Respeitar o patrimônio cultural;
- Reconhecer os obstáculos como parte integrante do processo criador;
- Ampliar a visão de mundo do aluno, para que possa compreender as
construções simbólicas de outros sujeitos, pertencentes as mais diversas
realidades culturais;
- Levar ao conhecimento dos alunos os elementos básicos da linguagem.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos Estruturantes
- Elementos formais;
- Composição;
- Movimentos e periódicos.
Conteúdos básicos
- Altura;
- Duração;
272
- Timbre;
- Intensidade;
- Densidade;
- Ritmo;
- Melodia;
- Harmonia;
- Gêneros;
- Técnicas: vocal, instrumental e eletrônica;
- Música popular, brasileira, paranaense;
- Ponto;
- Linha;
- Textura;
- Volume;
- Cor;
- Abstrato;
- Semelhanças;
- Contrates;
- Simetria;
- Deformação;
- Técnicas de pintura;
- Arte: ocidental, oriental, africana, brasileira, paranaense e pontagrossense;
- Personagens;
- Expressões;
- Ação;
- Espaço;
- Técnicas de teatro;
- Gêneros: comédia, drama e épico;
- Produção;
- Teatro: medieval, brasileiro, paranaense, popular.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade
contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos
tecnológicos na arte.
273
Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e
recursos tecnológicos.
Percepção de modos de fazer dança, através de diferentes mídias.
AVALIAÇÃO
A avaliação para a disciplina de arte deverá ser diagnóstica, processual
contínua e cumulativa. Pretende se avaliar todos os momentos da prática
pedagógica, utilizando se de técnicas, procedimentos e de elementos artísticos
relativos à Música, às Artes Visuais, ao Teatro e à Dança. Observando se
assim:
A assiduidade, pontualidade, participação em trabalhos artísticos
individuais e em grupo, pesquisas bibliográficas e de campo, debates em forma
de seminários, simpósios, avaliações teóricas, práticas com registros em forma
de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual entre outros.
REFERÊNCIAS
ABRAHÃO, Luz M.; GONÇALVES, Aurélio T.; MELO, Everaldo. Integrando as
artes. Vol. 4; 1ª Ed São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1984.
Arte Br, Patrocínio PETROBRÁS. Realização: A Arte na Escola.
BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em ação: Arte. 1ª. Ed Uberlândia:
Clarando, 2003.
PARANÁ, Secretaria da Educação do Estado do Paraná. Diretrizes
curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.
Curitiba, 2008.
PROENÇA, Graça. História de Arte. 1ª. Ed São Paulo, Ática 1997.
VALADARES, Solange; DINIZ, Célia. A Arte no Cotidiano Escolar. 1.ª Ed São
Paulo; Ática, 1999.
274
Vida e obra dos maiores pintores brasileiros, Ed CEDIC.
Secretaria de Estado da Educação, SEED Artes e Artes, Curitiba, 2008.
10.5.4. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA
JUSTIFICATIVA
A filosofia sempre esteve presente na vida humana, seja ela percebida
ou não. Ela, desde Sócrates até os dias atuais, busca entender o homem, o
mundo e Deus. Esses três problemas são refletidos interligados buscando a
compreensão do todo.
Quando nos propomos a refletir sobre estas e outras questões filosóficas
em qualquer espaço e sociedade temos em mente promover o fortalecimento
para que o homem por si mesmo possa justifica-se frente a si e ao mundo, e
também estabelecer suas escolhas e posturas.
Nesta perspectiva, a disciplina de Filosofia se justifica, na medida em
que visa garantir, dentro da especificidade da disciplina, a reflexão de um
campo de conhecimento culturalmente reconhecido, evitando a
descaracterização de seu âmbito teórico , trabalhar no sentido de um
adequação dos temas e da linguagem filosófica à realidade vivida pelo aluno,
para que este adquira os instrumentos necessários de reflexão de questões
não somente universais, mas também de questões inerentes à sua realidade
sócio-cultural.
OBJETIVOS
- Refletir sobre o conceito de Filosofia.
- Distinguir a Filosofia como um movimento dinâmico, com rupturas e
permanências através do tempo.
- Reconhecer as apropriações da filosofia antiga e suas adequações ao
contexto histórico da época.
275
- Perceber as diferentes preocupações do homem moderno e suas formas de
pensar o mundo hodierno.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
- O que é filosofia? Onde surgiu para que serve?
- Diferenciar mito de filosofia, conhecer alguns filósofos da antiguidade.
- Filosofia Antiga, (confusionismo, epicurismo, Platão, Aristoteles filosofia
Patristica(Agostinho, Thomas de Aquino).
- Filosofia medieval, filosofia da Renascença(Maquiavel, Montaigne, Erasmo,
Tomás Morus)(Ética, Ética e Política).
- Filosofia Moderna, Filosofia das Luzes e Filosofia Contemporânea ou pós-
moderna´(existencialismo, ateísmo, políticas governamentais, meio ambiente).
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Sendo assim, o encaminhamento metodológico se dará por meio de
atividades diversas e avaliações contínuas, sendo elas formais (provas) ou não
(participação individual, interesse, etc...) que privilegiem a construção do
conhecimento filosófico.
AVALIAÇÃO
A metodologia da disciplina de Filosofia pretende instigar e fomentar o
desejo de conhecer e descobrir dos alunos. Outrossim também destacará o
trabalho de pesquisa e reflexão contínua sobre os assuntos trabalhados.
A estratégia para o ensino de filosofia define-se em torno da idéia de
articular a experiência cotidiana dos alunos aos grandes temas e textos da
tradição filosófica.
Dessa maneira, pretende-se um ensino de filosofia que contribua tanto
para a ampliação de conhecimentos quanto para formação da consciência
crítica do aluno.
276
A condução e a estruturação do conhecimento se darão por meio de
reflexão partilhada e também sistematizada do que foi abordado.
REFERÊNCIAS
CHAUI, M. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1984.
ENGELS, F., MARX, K. Manifesto do Partido Comunista.
FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: NAU,
2003.
MAAR, W.L. O que é política. São Paulo: Brasiliense, 1991.
_____________. Filosofia Moderna. s.r
MORUS, Thomas. Utopia. s.r
MARQUES, A. as revoluções cientificas de Thomas Kuhn. s.r.
MAQUIAVEL. O Príncipe. s.r.
NIETZSCHE. F. Ecce Homo: de como a gente se torna o que a gente é.
Tradução de Marcelo Backes. Porto Alegre: L & PM. 2009.
____________. Da utilidade e do inconveniente da História para a vida.
São Paulo: Escala, 2008.
ORWELL, George. A revolução dos bichos. São Paulo: Globo, 1994.
PLATÃO. O banquete. s.r
_________. A República. s.r
277
SOFOCLES. FILOCTETES. Tradução de José Ribeiro Ferreira. Coimbra:
Fundação Calouste Gulbenkian, 1997.
10.5.5. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA
JUSTIFICATIVA
A sociologia, desde a sua constituição como conhecimento
sistematizado, tem contribuído para a ampliação do conhecimento dos homens
sobre sua própria condição de vida e fundamentalmente para a análise das
sociedades, ao compor, consolidar e alargar um saber especializado pautado
em teorias e pesquisa que esclarecem muitos dos problemas da vida social.
Seu objetivo é o conhecimento e a explicação da sociedade através da
compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em
grupos, das relações que se estabelecem no interior e entre esses diferentes
grupos, bem como a compreensão das conseqüências dessas relações para
indivíduos e coletividades. A sociologia, como saber “científico”, afirmou-se no
contexto do desenvolvimento e consolidação do capitalismo, sendo assim, traz
a especificidade de simultaneamente “fazer parte” e “procurar explicar” a
sociedade capitalista como forma de organização social. Essa condição acaba
por inscrever a sociologia num registro emancipatório, ou seja, de servir à
libertação dos grupos humanos das inúmeras formas de dominação e ilusão.
O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia se fundamenta e
sustenta-se em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas.
Três diferentes linhas teóricas clássicas, sistematizadas por Émile
Durkheim, Karl Marx e Max Weber alicerçaram durante todo o século XX, e
ainda fundamentam concepções sociológicas contemporâneas (Antonio
Gramsci, Pierre Bourdieu e Florestan Fernandes). Linhas teóricas que, cada
uma a seu modo, elegem conteúdos, temáticas, problemáticas, metodologias
concernentes ao contexto histórico em que foram forjadas, mas que
respondem, num campo de interlocução, aos conteúdos, temáticas,
problemáticas metodologias engendrados na realidade contemporânea.
278
É importante ter a clareza de que a história da sociologia como disciplina
acadêmica e escolar não está desvinculada dos fundamentos teóricos (e
metodológicos) que a constituem como um campo científico mais abrangente.
O conhecimento dessas (e outras) concepções é de importância, central
na construção do pensamento sociológico, especialmente no contexto escolar,
porque não só possibilita ao professor refletir e orientar sua ação pedagógica,
como também possibilita ao aluno de Ensino Médio ter acesso a
conhecimentos elaborados de forma rigorosa, complexa e crítica, acerca da
realidade social na qual está inserido. Mas, principalmente, possibilita a ambos
(professor e aluno, cada um no seu nível de compreensão), uma alteração
qualitativa da sua prática social.
A sociedade brasileira, com suas acentuadas desigualdades sociais,
econômicas, políticas e culturais permite questionar muito da sociologia
clássica e moderna a partir do resgate dos seus conteúdos críticos. Categorias
como coerção, coesão, racionalidade, interação, hegemonia, classe social,
reprodução, violência simbólica, diversidade, desigualdade, apresentam como
possibilidades de explicação e emancipação das relações, processos e
estruturas de dominação política e apropriação econômica que articulam as
desigualdades e os antagonismos que caracterizam a realidade brasileira e sua
inserção no mundo contemporâneo.
Ao descartar a neutralidade, a imparcialidade, o descompromisso, o
conformismo
OBJETIVOS
- Contribuir para a mudança de atitudes e desenvolvimento do pensamento
reflexivo, criativo e instigante.
- Possibilitar condições para que o estudante estabeleça relações entre o
conhecimento teórico e as práticas sociais.
- Perceber os direitos e deveres do cidadão como parte de uma construção
social.
- Elaborar hipóteses sobre as práticas sociais, exercitando análises,
interpretações, sínteses, servindo-se dos conhecimentos sociológicos.
- Perceber-se como um ser eminentemente social.
279
- Compreender a organização e a influência das instituições e grupos sociais
em seu processo de socialização e as contradições deste processo.
- Refletir sobre as ações individuais e perceber que as ações em sociedade
são interdependentes.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- O processo de socialização e as instituições sociais;
- Cultura e Indústria cultural;
- Trabalho, produção e classes sociais;
- Poder, política e ideologia.
- Direito, cidadania e movimentos sociais.
Conteúdos básicos
- Conceituações e concepções básicas da Sociologia;
- Fatores do Surgimento da Sociologia;
- A análise social como ciência em suas diversas concepções humana, social e
reconhecimento da sociedade moderna;
- Análise do filme: Tempos Modernos;
- Os pensadores fundadores da Sociologia;
- Formação do ser humano enquanto ser social;
- Relações sociais que os homens estabelecem, valores, condutas, status e
normatizações;
- Trabalho enquanto fenômeno histórico e seu enraizamento no modelo de
sociedade atual;
- Trabalho e a relação com os modos de produção historicamente colocados na
historia e na sociedade atual;
- Trabalho enquanto característica do capitalismo;
- Capitalismo e mudança social, camadas e mudança social;
- A Cultura como herança social.
280
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os conteúdos de Sociologia serão tratados de maneira articulada, visto
que os conteúdos estruturantes e os básicos não devem se desconectar.
O foco da disciplina de Sociologia é o estudo das relações que se
estabelecem na sociedade e nos seus diversos grupos.
No contexto da disciplina faz-se necessário analisar o contexto histórico,
refletindo sobre o surgimento e também sobre as teorias sociológicas.
O tratamento dos conteúdos de Sociologia fundamenta-se em teorias
originárias diferentes, com seu potencial explicativo atrelado a posicionamentos
ideológico-políticos, no sentido de visões de mundo presentes nas
interpretações.
Para o ensino da Sociologia, o professor deve deixar de lado as sínteses
das teorias e verdadeiramente tratar com objetivos pedagógicos os assuntos
abordados.
AVALIAÇÃO
A avaliação da disciplina de Sociologia deve considerar a concepção
formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com
os critérios propostos.
A disciplina visa melhorar o senso crítico e a conquista de uma maior
participação na sociedade.
Com base no diálogo, leitura teórica, leitura ilustrada, a avaliação
constitui-se um processo de crescimento da percepção da realidade à volta do
aluno.
Enfim, considerar-se-ão os seguintes critérios: apreensão dos conceitos
básicos da ciência, articulados com a prática social, a clareza e a coerência na
exposição das idéias sociológicas e a mudança na forma de olhar e
compreender os problemas sociais.
281
REFERÊNCIAS
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil, São Paulo: Nacional,
2002.
HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia das Letras,
1997.
MARTINS, Carlos B. O que é sociologia. São Paulo: Nova Cultural, 1986.
PRADO Jr. Caio. Evolução Política do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1977.
BIROU, Alain. Dicionário das Ciências Sócias. Lisboa: Dom Quixote, 1982.
BOBBIO, Norberto. Direita e Esquerda. São Paulo: UNESP 1995.
DE MASI, Domenico. O futuro do Trabalho. RJ: José Olimpio, 1999.
DURKHEIM, ÉMILE. As regras do método sociológico. São Paulo: Abril
Cultural, 1973.
MARX Karl. Marx. São Paulo: Abril Cultural, 1978. Coleção os Pensadores.
PARANÁ, SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO. Diretrizes
Curriculares da Educação Básica. Curitiba, 2008.
SASTRE, G. Temas Transversais em Educação - Bases para uma formação
integral. São Paulo: Ática, 1997.
WEBER, Max . Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro, RJ, Zahar, 1971.
WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo
Pioneira, 1967.
282
10.5.6. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
JUSTIFICATIVA
Entendendo a educação física como uma área do conhecimento da
cultura corporal de movimento, esta deve dar oportunidade a todos os alunos
para que desenvolvam suas potencialidades de forma democrática e não
seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos.
Os processos de ensino e aprendizagem devem considerar as
características dos alunos em todas as suas dimensões (cognitivas, corporal,
afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social).
O aluno deverá apreender para além das técnicas de execução, a
discutir regras e estratégias, apreciá-las criticamente, avaliá-las eticamente.
Portanto é tarefa da educação física garantir o acesso dos alunos às praticas
da cultura corporal, contribuindo para a construção de um estilo pessoal de
praticá-las e oferecer instrumentos para que sejam capazes de apreciá-las.
OBJETIVOS
- Compreender a função social do esporte.
- Vivenciar atividades esportivas.
- Apropriar-se acerca das diferenças entre esporte e lazer.
- Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no
esporte.
- Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando
alternativas de superação.
- Organizar atividades e dinâmicas de grupo que possibilitem aproximação e
considerem individualidades.
- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das
diferentes manifestações das lutas.
- Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões
culturais, por meio da dança.
- Discutir e argumentar sobre apropriação das danças pela indústria cultural.
283
- Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática de
jogos, lutas e dos desportos, buscando encaminhar os conflitos de forma não
violenta, pelo diálogo.
- Participar das atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e
construtivas com os outros reconhecendo e respeitando características físicas
e de desempenho de todos, sem discriminar por características pessoais,
físicas, sexuais ou sociais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos Estruturantes
- Esportes;
- Jogos;
- Dança;
- Ginásticas;
- Lutas.
Conteúdos básicos
- Esportes coletivos e individuais.
- Futebol;
- Vôlei;
- Basquete;
- Futsal;
- Atletismo;
- Tênis de mesa;
- Natação;
- Xadrez.
- Jogos: Dama; Trilha; Xadrez;
- Dança: Quadrilha; Folclórica;
- Ginástica: Geral; Alongamento; Aeróbica; Localizada;
– Lutas: Judô; Sumô; Karatê.
–
284
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Sendo a cultura corporal objeto de trabalho de estudo por meio dos
conteúdos estruturante, esportes, dança, ginástica, lutas, jogos, a educação
física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos
capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal
consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
AVALIAÇÃO
Os critérios foram estabelecidos considerando o comprometimento e
envolvimento dos alunos no processo pedagógico.
O aluno deve entregar-se às atividades propostas assimilando os
conteúdos, respeitando o grupo propondo soluções para possíveis
divergências.
A avaliação caracteriza-se como um processo contínuo permanente e
cumulativo, sendo organizado e flexível mediante a necessidade do trabalho.
REFERÊNCIAS
BARRETO, D. Dança: ensino, sentidos e significados na escola. Campinas:
Autores Associados, 2004.
BENJAMIN, W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo:
Summus, 1984.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São
Paulo: Cortez, 1992.
DAOLIO, J. Educação física brasileira: autores e atores da década de 80.
97f. Tese (Doutorado em Educação Física) - Programa de Pós-Graduação da
Universidade Estadual de Campinas, Campinas: UNICAMP, 1997.
285
ESCOBAR, M. O. Cultura corporal na escola: tarefas da educação física.
In: Revista.
HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-
escola à universidade. 20 ed. Porto Alegre: Mediação, 2003.
PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes
Curriculares da Educação Básica. Curitiba, PR: SEED, 2008.
10.5.7. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
JUSTIFICATIVA
O estudo da matemática procura atender o aluno para que o mesmo
tenha conhecimento para utilizá-lo em sua vida cotidiana, assim como aplicá-lo
em outras áreas.
OBJETIVOS
- Conheça e utilize corretamente a linguagem matemática;
- Desenvolver a capacidade de analisar, relacionar, comparar, abstrair e
generalizar;
- Desenvolver hábitos de estudo, de rigor, precisão e de concisão;
- Desenvolva habilidades específicas para medir e comparar grandezas,
calcular, construir e consultar tabelas e gráficos;
- Adquira conhecimentos básicos, afim de, possibilitar sua integração na
sociedade em que vive;
- Despertar nos alunos a curiosidade e o interesse pela matemática que está
presente em todas as situações de seu cotidiano, na escola, no lazer, em sua
casa.
286
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
- Teoria dos conjuntos;
- Subconjuntos;
- Operações;
- Diagramas;
- Sistemas de Coordenadas Cartesianas;
- Plano Cartesiano;
- Intervalos;
- Funções;
- Domínio e imagem;
- Gráficos;
- Função crescente e decrescente;
- Função composta e função inversa;
- Função 1º grau;
- Gráficos;
- Sinais da Função;
- Inequação do 1º grau;
- Função 2º grau;
- Gráficos;
- Zeros da Função;
- Ponto de máximo e ponto de mínimo;
- Sinais da função;
- Inequação do 2º grau;
- Potenciação;
- Propriedades de potenciação;
- Função Exponencial;
- Equação exponencial;
- Gráficos;
- Domínio;
- Função Logarítmica;
- Equação Logarítmica;
- Gráficos;
- Domínio;
287
- Propriedades;
- Trignometria;
- Função Seno, Cosseno e Tangente;
- Gráficos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Abordaremos os conteúdos matemáticos desafiando os alunos a partir
de situações problemas, quando os mesmos terão oportunidade de aplicar
conhecimentos previamente adquiridos em situações novas.
Na resolução de exercícios os alunos utilizam mecanismos que a levam
a soluções de forma imediata.
Ao registrarmos questões de relevância social, permitimos o exercício da
critica e a análise da realidade priorizando e valorizando a historia dos
estudantes através do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais.
Através da modelagem matemática podemos abordar fenômenos diários
sejam eles físicos, biológicos e sociais, contribuindo para análise e
compreensões diversas do mundo.
O trabalho realizado utilizando-se das mídias tecnológicos valoriza o
processo de produção de conhecimentos.
Através da historia da matemática possibilitamos ao estudante
compreender a evolução dos conceitos.
Sendo assim, a abordagem dos conteúdos específicos transita por todas
as tendências da Educação Matemática através dos conteúdos estruturantes
que organizam os campos de estudo, podendo ser tratado em diferentes
momentos e quando situações de aprendizagem necessitam, podendo ser
retomados e aprofundados a qualquer tempo.
AVALIAÇÃO
No método tradicional de ensino da avaliação é tida como um processo
de troca, uma verificação, isto é, o aluno devolve o que recebeu.
Contudo é imprescindível que a avaliação seja continua e priorize o
desempenho do aluno ao longo do ano letivo. Destaca-se a avaliação
288
formativa, mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula, já que a mesma de
ênfase ao aprender. Considera-se que os alunos possuem ritmos e processos
de aprendizagem diferentes e avaliação contínua.
Compreendendo e respeitando as diferenças é que promovemos uma
ação de qualidade para todos os alunos.
Sendo assim, utilizamos de alguns critérios específicos:
- Participação dos alunos nos trabalhos em grupo e individual;
- Resolução de atividades propostas;
- Realização de pesquisas;
- Testes e avaliações.
REFERÊNCIAS
BOYER, C.B. História da Matemática. São Paulo, Edgar Blucher, 1996.
DANTE, Luis Roberto. Matemática. São Paulo: Ática, 2000.
GOULART, C. Márcio. Matemática no Ensino Médio. 3ª Edição; São Paulo,
2008.
IEZZI, Gelsom. Fundamentos de matemática elementar. São Paulo: Atual,
2000.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Curitiba, PR: SEED, 2008.
10.5.8. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA
JUSTIFICATIVA
Houve uma época em que as pessoas viviam e aprendiam por meio da
convivência, não existiam escolas que ensinassem como fazer uma
ferramenta, aprendiam à medida que presenciavam.
289
Esses padrões persistiram por muito tempo, transmitidos de geração a
geração. No entanto, embora não seja uma tarefa fácil, houve a necessidade
de mudanças que implicavam uma reeducação, tornou-se necessário aprender
a aprender.
“Aprender a aprender”, ensina Paulo Freire. “Saber pensar”,
complementa Pedro Demo. Como, porém, “aprender a aprender” e “saber
pensar”? Os caminhos são inúmeros. Entretanto, todos eles, não importam os
atalhos ou percursos realizados, o fundamental é manter a curiosidade pelo
conhecimento, ensinar a fazer perguntas, a pensar, a desenvolver argumentos,
sejam eles contrários ou favoráveis ao tema em estudo.
“O ponto principal é reconhecer a real possibilidade de entender o
conhecimento científico e a sua importância na formação dos alunos,
uma vez que ele contribui efetivamente para a ampliação da
capacidade de compreensão e atuação no mundo em que vivemos”
(BIZZO, 2002, p.11).
A divulgação do conhecimento científico na mídia faz com que o cidadão
comum, seja ele criança, jovem ou adulto, tome contato cada vez mais
freqüente com o mundo da ciência, sem se dar conta do papel estratégico que
ela ocupa nas sociedades modernas. Questões de natureza polêmica como os
alimentos geneticamente modificados, os transgênicos; a clonagem terapêutica
ou reprodutiva, bem como discussões relacionadas ao meio ambiente ocupam
o imaginário popular construindo conhecimentos a partir de fragmentos de
informações com qualidade às vezes duvidosa e quase sempre destituída de
seu contexto sócio-econômico e político.
Presencia-se, nas escolas de Ensino Médio, uma aversão referente à
disciplina de Química. Alunos sem interesse e sem motivação, professores
frustrados, livros didáticos ultrapassados, os quais focam apenas em fórmulas
e conceitos distantes da realidade do aluno.
Isso se dá ao fato de que, tendo em vista a prática desenvolvida no
processo de ensino-aprendizagem, que sempre segue da mesma forma, é uma
prática bancária. Nessa perspectiva, segundo Paulo Freire (1983), o “saber” é
uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber. Doação que
se funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão – a
absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos de alienação da
290
ignorância, a qual se encontra sempre no outro. Nessa prática bancária, são
depositados, transferidos e transmitidos valores e conhecimentos para os
alunos e eles não desenvolvem a consciência crítica para transformação do
seu mundo. A linguagem utilizada é inadequada, não é uma linguagem
científica, os termos usados são ”apelidos” para as palavras, assim não
aprendem nem o significado, nem a pronuncia de palavras na linguagem
científica e, reproduzirão esses “apelidos” para o resto de suas vidas,
mostrando assim uma precariedade em conceitos. Assim com base nesse
relato, grande parte dos educandos acaba evadindo-se do ambiente escolar,
pois não compreende o porquê estuda e o para que estuda. Passado os anos,
a necessidade de estar em constante crescimento, mercado profissional
competitivo, entre outros, faz com que esses alunos retornem a escola.
O ensino de Ciências Naturais vem passando por profundas
transformações nas últimas décadas. Tradicionalmente priorizam-se a
descrição dos fenômenos naturais e a transmissão de definições, regras,
nomenclaturas e fórmulas, muitas vezes sem se estabelecerem vínculos com a
realidade do estudante, o que dificulta a aprendizagem. As discussões
acumuladas sobre o ensino de Ciências apontam para um ensino mais
atualizado e dinâmico, mais contextualizado, onde são priorizados temas
relevantes para o aluno, ligados ao meio ambiente, à saúde e à transformação
científico-tecnológica do mundo e à compreensão do que é Ciência e
Tecnologia. Busca-se a promoção da aprendizagem significativa tal que ela se
integre efetivamente à estrutura de conhecimentos dos alunos e não aquela
realizada exclusivamente por memorização, cuja função é ser útil na hora
da prova.
A mesma tendência vem sendo conferida no campo da EJA, com novas
propostas, de modo que a área de Ciências possa colaborar com a melhoria da
qualidade de vida do estudante e a ampliação da compreensão do mundo de
que participa, profundamente marcado pela Ciência e pela Tecnologia. Os
cursos de Educação de Jovens e Adultos têm se caracterizado pela presença
de alunos que, em sua maioria, desejam se capacitar para a luta por
(melhores) empregos dentro do excludente mercado de trabalho atual.
Portanto, é essencial oferecer oportunidades para que desenvolvam o
hábito de refletir sobre o que expressam oralmente ou por escrito. Sob a
291
condução do professor, os alunos questionam-se e contrapõem as
observações de fenômenos, estabelecendo relações entre informações. Assim,
podem tornar-se indivíduos mais conscientes de suas opiniões, mais flexíveis
para alterá-las e mais tolerantes com opiniões diferentes das suas.
OBJETIVOS
- Oferecer uma sólida base de conhecimentos ao aluno, capacitando-o a
resolver problemas no contexto de Química;
- Estimular o desenvolvimento do espírito científico e reflexivo e ético;
- Criar mecanismos para estimular o senso crítico do aluno;
- Conscientizar o aluno dos problemas mundiais referentes à natureza e
estimulá-lo a adquirir um senso de preservação da vida e do meio ambiente.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Matéria e sua natureza;
- Biogeoquímica;
- Química sintética.
Conteúdos básicos
- Matéria;
- Constituição, estados, naturez elétrica, estudo dos metais, tabela periódica;
- Solução;
- Substância simples e composta;
- Misturas;
- Separação;
- Concentração;
- Temperatura e pressão;
- Densidade;
- Velocidade das reações;
- Reações químicas;
- Lei das reações;
292
- Condições e fatores;
- Equilíbrio químico;
- Relações matemáticas;
- Deslocamento de equilíbrio;
- Ligação química;
- Propriedade dos materiais;
- Tipos de ligações químicas;
- Ligações de hidrogênio;
- Ligações polares e apolares;
- Reações químicas;
- Calorias;
- Equações termoquímicas;
- Lei de Hess;
- Entropia e energia livre;
- Calorimetria;
- Radiotividade;
- Modelos atômicos;
- Elementos químicos;
- Cinética das reações;
- Gases;
- Estados físicos;
- Propriedade dos gases;
- Modelo de partículas;
- Misturas gasosas;
- Lei dos gases;
- Funções químicas;
- Funções orgânicas e inorgânicas.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia da disciplina de Química deve partir do conhecimento
prévio dos educandos, no qual se incluem as idéias pré-concebidas ou as
concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito
científico.
293
Os encaminhamentos também estarão baseados na utilização de
modelos, os quais servirão para explicar determinadas ocorrências e
fenômenos químicos.
A experimentação também será utilizada como mecanismo para melhor
compreender os fenômenos e para apreender conceitos e relações,
estabelecendo ligação entre teoria e prática.
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação da disciplina de Química será concebido de
forma processual e formativo, uma vez que deve-se observar a continuidade do
diagnóstico.
Deve-se valer como principal critério de avaliação a construção e a
formação de conceitos científicos, partindo da consideração dos
conhecimentos prévios e do contexto social do aluno.
Neste sentido a avaliação será validada através de várias expressões:
leitura e interpretação de textos, leitura e interpretação da tabelas periódica,
pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de
seminários, entre outros.
REFERÊNCIAS
BELTRAN, N. O.; CISCATO, C. A. M. Química. São Paulo: Cortez, 1991.
CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2. Ed. São Paulo: Moderna,
2004.
PARANÁ, SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes
Curriculares da Educação Básica. Curitiba, 2008.
RUSSEL, J. B. Química geral. São Paulo: McGraw-hill, 1986.
SANTOS, W. L. P. MÓL, G. S. Química e sociedade: cálculos, soluções e
estética. São Paulo: Nova Geração, 2004.
294
VIDAL, B. História da química. Lisboa: Edições 70, 1986.
10.5.9. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA
JUSTIFICATIVA
Antigos registros históricos já mostravam que os seres humanos se
preocupavam em entender e explicar o mundo no qual viviam. Ao longo do
tempo, temos organizado muito desse entendimento e tentado, com ele
construir nosso mundo.
Uma sociedade se caracteriza por uma visão de mundo que inclui
conhecimento, hábitos e costumes, mitos e crenças. Também, caracteriza-se
pelo modo de produção que determina as relações entre os homens, suas
condições de vida, em cuja base está o trabalho.
A ciência surge na tentativa de decifrar o universo físico, a qual é
determinada pela necessidade humana de resolver problemas práticos e
demandas materiais em determinada época; logo é histórica e constitui visão
de mundo. Ciência significa “conhecimento”. Ela resulta de um processo de
observação, estudo e tentativa de explicar e fazer ciência tem que ser por meio
de muitas atividades.
A Física pode ser considerada a base de todas as outras ciências e da
tecnologia, pois estuda os componentes básicos de um determinado fenômeno
e as leis que governam suas intenções.
Através da Física, dentro de uma perspectiva histórico-crítica, podemos
formar sujeitos por meio de conteúdos que o levem a compreensão do
universo, sua evolução, suas transformações e as interações que nele se
apresenta.
OBJETIVOS
- Estabelecer relações entre a Física e outros campos do conhecimento.
- Considerar que a ciência atual rompe com o imediato e com o perceptível.
- Compreender os conceitos físicos essenciais.
295
- Desenvolver a capacidade de elaborar relatórios físicos a partir de conceitos e
teorias físicas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
Conteúdos estruturantes
- Movimento;
- Termodinâmica;
- Eletromagnetismo;
- Introdução à Física e grandezas físicas;
- Movimento uniforme e movimento variado;
- Leis de Newton e Gravitação Universal;
- Princípio da conservação da energia;
- Hidrostática e hidrodinâmica.
Conteúdos básicos
- Aspectos históricos, divisão e aplicações da Física;
- Grandezas físicas;
- Notação científica;
- Unidades fundamentais do sistema internacional de unidades;
- Conceitos: referencial e trajetória;
- Velocidade escalar média e movimento retilíneo uniforme (MRU);
- Aceleração escalar e movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV);
- Aceleração da gravidade;
- Queda livre e lançamento vertical para cima;
- Movimento circular uniforme (MCU);
- Impulso de uma força;
- Quantidade movimento;
- 2.ª Lei de Newton;
- Força Peso;
- Força centrípeda;
- Força de atrito;
- 1.ª e 3.ª Leis de Newton;
296
- Equilíbrio de translação e rotação;
- Gravitação: Lei da gravitação universal e Leis de Kepler;
- Energia: Formas, transformações e conservação;
- Trabalho mecânico;
- Máquinas simples;
- Densidade;
- Peso específico;
- Pressão atmosférica;
- Pressão hidrostática;
- Teorema de Steven;
- Teorema de Pascal;
- Teorema de Arquimedes;
- Matéria, temperatura e calor;
- Diferentes escalas de temperatura;
- Processos de transferência de calor;
- Capacidade térmica;
- Calor específico;
- Mudanças de estado físico;
- A utilização das máquinas térmicas;
- Lei Zero da termodinâmica;
- Primeiro princípio da termodinâmica;
- Segundo princípio da termodinâmica;
- Entropia;
- Elementos e classificação das ondas;
- Acústica;
- Classificação do som;
- Qualidades fisiológicas do som;
- Reflexão do som;
- Carga Elétrica;
- Lei de Coulumb;
- Campo elétrico;
- Potencial elétrico;
- Capacitores;
- Corrente elétrica;
297
- Resistência elétrica;
- Potência elétrica
- Circuitos elétricos;
- Conceitos de magnetismo;
- Força magnética;
- Campo magnético;
- Indução eletromagnética;
- Fluxo magnético;
- Lei de Faraday;
- Lei de Lenz;
- Ondas eletromagnéticas;
- Relatividade restrita;
- Efeito fotoelétrico;
- Laser;
- Aplicações: medicina, leitura de CD e DVD, código de barras.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Procurar observar que os alunos chegam a escola trazendo um
conhecimento prévio e conceitos próprios que devem ser levados em conta no
processo pedagógico. Utilizar-se da produção de textos, leitura e interpretação
de textos científicos de revistas, jornais, interpretação de manuais de aparelhos
em geral para introdução ao estudo de determinados conteúdos onde o
importante será a discussão das idéias.
Utilização da experimentação como demonstrações, observações e
laboratorial para permitir ao aluno, diferentes e concomitantes formas de
percepção qualitativa e quantitativa, de manuseio, de observação, de confronto
de dúvida, de construção conceitual.
Serão em certos momentos realizadas aulas dialógicas, nas quais o
professor deve instigar o diálogo sobre o objeto em estudo.
Os recursos audiovisuais, da mesma forma que o trabalho experimental
envolve períodos de discussão que ampliará e facilitará a construção dos
conceitos.
A informática será utilizada como fonte de dados e informações.
298
A utilização de charges como forma de estimular o aluno proporcionando
novas formas de estudar o conteúdo da disciplina de Física.
AVALIAÇÃO
A avaliação deverá levar em conta os pressupostos teóricos adotados
nas Diretrizes Curriculares. Ao considerar importantes os aspectos históricos,
conceituais e culturais, a evolução das idéias em Física e a não-neutralidade
da ciência, a avaliação se verifica pelo progresso do estudante quanto a esses
aspectos. Avaliar é considerar a apropriação dos objetos da física pelos
estudantes.
A avaliação terá um caráter diversificado e verificará aspectos como a
compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um texto, seja
ele literário ou científico, para uma opinião que leve em conta o conteúdo físico,
a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro
evento que envolva a Física.
No entanto, a avaliação não poderá ser usada para classificar os alunos
com uma nota, com o objetivo de testar o aluno ou mesmo puni-lo, mas sim, de
auxiliá-lo na aprendizagem. Ou seja, trata-se de torná-la como instrumento
para intervir no processo de aprendizagem do estudante, cuja finalidade é
sempre seu crescimento.
REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da rede
pública de educação básica do Estado do Paraná: Física. Curitiba:
SEED/DEM, 2009.
299
10.5.10. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA
JUSTIFICATIVA
Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa verdade
absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e
aprendizagem de Ciências no contexto escolar, de modo que o modelo
tradicional de ensino dessa disciplina, no qual se prioriza a memorização dos
conteúdos, sem a devida reflexão, seja superado por um modelo que
desenvolva a capacidade dos educandos de buscar explicações científicas
para os fatos, através de posturas críticas, referenciadas pelo conhecimento
científico. Nessa perspectiva, a disciplina de Biologia tem como fundamento o
conhecimento científico proveniente da ciência construída historicamente pela
humanidade. Os fatos cotidianos e os conhecimentos adquiridos ao longo da
história podem ser entendidos pela interação das várias áreas do
conhecimento, revelando a importância da Química, da Física, da Biologia, da
Astronomia e das Geociências, que se complementam para explicar os
fenômenos naturais e as transformações e interações que neles se
apresentam. Os fenômenos não são explicados apenas por um determinado
conhecimento, portanto, é importante estabelecer as relações possíveis entre
as disciplinas, identificando a forma com que atuam as dimensões desses
conhecimentos, pois o diálogo com as outras áreas do conhecimento gera um
movimento de constante ampliação da visão a respeito do que se estuda ou se
conhece.
Outro aspecto a ser desenvolvido pelo ensino de Biologia na EJA é a
reflexão sobre a importância da vida no Planeta. Isso inclui a percepção das
relações históricas, biológicas, éticas, sociais, políticos e econômicas, assim
como, a responsabilidade humana na conservação e uso dos recursos naturais
de maneira sustentável, uma vez que dependemos do Planeta e a ele
pertencemos. O caminho evolutivo da ciência promoveu o avanço tecnológico
que deve ser discutido no espaço escolar, de tal maneira que o educando
possa compreender as mudanças ocorridas no contexto social, político e
econômico e em outros meios com os quais interage, proporcionando-lhe
também o estabelecimento das relações entre o conhecimento trazido de seu
300
cotidiano e o conhecimento científico e, partindo destas situações,
compreender as relações existentes, questionando, refletindo, agindo e
interagindo com o sistema.
É importante que o educando tenha acesso ao conhecimento científico a
fim de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os seres
vivos e o universo, numa concepção flexível e processual, por meio do saber
questionador e reflexivo. Da mesma forma, se faz necessário possibilitar ao
educando perceber os aspectos positivos e negativos da ciência e da
tecnologia, para que ele possa atuar de forma consciente em seu meio social e
interferir no ambiente, considerando a ética e os valores sociais, morais e
políticos que sustam a vida.
O conjunto de saberes do educando deve ser considerado como ponto
de partida para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações
com o mundo do trabalho e com outras dimensões do meio social.
As Ciências Naturais são compostas de um conjunto de explicações com
peculiaridades próprias e de procedimentos para obter essas explicações sobre
a natureza e os artefatos materiais. Seu ensino e sua aprendizagem serão
sempre balizados pelo fato de que os sujeitos já dispõem de conhecimentos
prévios a respeito do objeto de ensino. A base de tal assertiva é a constatação
de que participam de um conjunto de relações sociais e naturais prévias a sua
escolaridade e que permanecem presentes durante o tempo da atividade
escolar.
Dessa forma, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de
Biologia na EJA, possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos
prévios, a construção do conhecimento científico, por meio de análise, reflexão
e ação, para que possa argumentar e se posicionar criticamente.
Sendo assim, como o próprio nome diz Biologia (Bios=vida;
logos=estudo) é o estudo da vida em todos os aspectos. O estudo da vida
neste sentido envolve as relações e implicações do desenvolvimento dos seres
vivos.
Para os alunos da EJA, a dinâmica proposta ultrapassa a linha temporal
da série. Para eles, o conteúdo de Biologia terá uma dimensão muito mais
abrangente e próxima do real. Trabalhar estes conteúdos com alunos adultos
301
significa fazer a relação entre a teoria e a prática com o objetivo de facilitar e
melhorar a sua vida.
OBJETIVOS
- Desenvolver no educando a capacidade de observar a natureza, formulando
idéias a respeito dos fenômenos naturais fazendo a sistematização das
informações adquiridas e, a partir disto, construir modelos explicativos mentais
ou reais a afim de colaborar com o desenvolvimento sustentável e
compreender-se como parte integrante do mundo natural.
- Contribuir para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e atuantes.
- Proporcionar o entendimento do objeto de estudo o fenômeno vida em toda
sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres vivos, no
funcionamento dos mecanismos biológicos, nos estudo da biodiversidade no
âmbito dos processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e
relações ecológicas, e das implicações dos avanços biológicos no fenômeno
vida.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
Conteúdos básicos
- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;
- Características gerais dos seres vivos;
- Bioquímica;
- Substâncias inorgânicas: água e sais minerais;
-Substâncias orgânicas: carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas, ácidos
nucléicos.
- Citologia;
- Microscopia;
- Teoria celular;
- Diversidade e organização das células: procariontes e eucariontes;
autotróficas e heterotróficas;
- Organização de uma célula;
- Membrana: composição, especializações e transportes;
302
-Citoplasma: características, organelas citoplasmáticas processos vitais
(respiração, fotossíntese e quimiossíntese);
- Núcleo: características e função;
- Reprodução;
- Reprodução humana: sistema reprodutor masculino e feminino;
- Fecundação;
- Histologia humana;
- Como surgem os tecidos;
- Tipos de tecidos humanos;
- Vírus;
- Características gerais;
- Estrutura e reprodução;
- Viroses;
- Reino Monera;
- Reino Protista;
- Reino Fungi;
- Reino Metaphyta;
- Reino Metazoa;
- Introdução à genética;
- Leis de Mendel;
- Ecologia;
- Estruturas dos ecossistemas;
- Fluxo de energia;
- Ciclos biogeoquímicos;
- Interações biológicas.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para as aulas de Biologia serão desenvolvidas metodologias que
privilegiem a observação e a pesquisa, desenvolvendo nos educandos o gosto
pela ciência despertando a curiosidade e o interesse pela vida.
Desta forma, segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná
(2008, p.63) “Pretende-se discutir o processo de construção do pensamento
biológico presente na história da ciência e reconhecê-la como uma construção
303
humana, como luta de idéias, solução de problemas e proposição de novos
modelos interpretativos, não enfatizando somente seus resultados.”
Sendo assim a escolha das metodologias deve privilegiar a discussão e
interação entre o social e conteúdo científico. O professor deverá tomar o
cuidado para não deixar de considerar a bagagem do educando. Ainda fazendo
referência as Diretrizes Curriculares: “Como recurso para diagnosticar as idéias
primeiras do aluno é recomendável favorecer o debate em sala de aula, pois
ele oportuniza análise e contribui para a formação de um sujeito investigativo e
interessado, que busca conhecer e compreender a realidade. Dizer que o aluno
deva superar suas concepções anteriores implica promover ações pedagógicas
que permitam tal superação.”
Portanto, as metodologias utilizadas serão:
- problematização;
- aula expositiva dialogada;
- pesquisa em livro e na internet;
- atividades de fixação em sala de aula;
- leitura direcionada.
AVALIAÇÃO
A avaliação da disciplina de Biologia se dará a partir da consideração de
que o processo remete tanto ao fazer do professor quanto ao envolvimento do
educando.
Considerar-se-á também a idéia de que o erro e a dúvida constituem-se
importantes elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado
pelo professor entre o conhecimento e o aluno.
Desta forma, a avaliação será um instrumento analítico do processo de
ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações pedagógicas
pensadas e implementadas ao longo do ano.
REFERÊNCIAS
ARROYO, M. G. A função do ensino de Ciências. Em aberto, Brasília, n. 40,
out/dez.1988.
304
FREIRE, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1990.
FUTUYMA, D. J. Biologia evolutiva. Ribeirão Preto: Sociedade Brsileira de
Genética/CNPq, 1993.
KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo:
EDUSP, 1987.
PRETTO, N. D. L. A ciência nos livros didáticos. Campinas: Editora da
Unicamp, 1985.
PARANÁ, SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes
Curriculares da Educação Básica. Curitiba, 2008.
10.5.11. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
JUSTIFICATIVA
Considerando que devemos sempre refletir a respeito de nossa prática
docente, faz-se necessário elaborar e planejar o plano anual de trabalho,
porém convém lembrar que ele é flexível podendo se reestruturado,
reformulado em qualquer momento da sua aplicação.
OBJETIVOS
- Construir a identidade pessoal e social do educando na dimensão histórica à
partir do reconhecimento do papel do indivíduo nos processos históricos
simultaneamente como sujeito e como produto dos mesmos. Deseja-se que, ao
final da disciplina de História, os alunos tenham condições de identificar
processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder neles
existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem, de modo a
se fazerem sujeitos da própria História.
305
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Este plano de trabalho docente foi elaborado com os conteúdos básicos
podendo ser acrescentado outros conteúdos que serão articulados com os
conteúdos estruturantes tendo por base as Diretrizes Curriculares da Educação
Básica elaborada pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
Os conteúdos estruturantes são as relações de trabalho, relações de
poder e as relações culturais, os quais se desdobram em conteúdos básicos
por fim, em específicos.
Para o Ensino Médio da EJA, os conteúdos básico são os temas
históricos baseados nas ações humanas que constituíram os processos
históricos do presente, tais como a fome, desigualdade e exclusão social,
confrontos identitários (individual, social, étnica, sexual, de gênero, de idade,
de propriedade, de direitos, regionais e nacionais)
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Relações de trabalho, Relações de poder e Relações culturais
Conteúdos básicos
- Economia predatória e Produtora na Pré História (coletivismo primitivo);
- A escravidão na Antiguidade Clássica (Egito, Grécia e Roma);
- A escravidão na América Espanhola;
- A escravidão no Brasil;
- A servidão na Idade Média;
- A escravidão na nos dias atuais;
- Resistência à escravidão (comunidades quilombolas do Brasil e Paraná);
- Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: a mão de obra no
contexto de consolidação do capitalismo nas sociedades brasileira e
estadunidense;
- A construção do trabalho assalariado.
- Urbanização e Industrialização.
- As civilizações do Oriente próximo (primeiras civilizações da Antiguidade);
306
- Idade Média: Renascimento comercial e urbano;
- A Revolução Industrial;
- O Fordismo, o Taylorismo e o Toyotismo;
- O imperialismo na África e na Ásia;
- A África atual e o Apartheid;
- O Neocolonialismo;
- Formação da sociedade colonial brasileira;
- O trabalho na sociedade contemporânea;
- Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna;
- A industrialização e a urbanização no Brasil durante a Primeira República;
- O anarquismo no Brasil;
- Leis trabalhistas e sindicalismo no Brasil;
- Urbanização e industrialização no Paraná (Primeiras vilas e cidades);
- Fundação de Ponta Grossa;
- Industrialização de Ponta Grossa na década de 1970.
- O Império Romano;
- Estados teocráticos da Antiguidade Clássica;
- A Igreja Medieval;
- Relações culturais na sociedade Medieval européia (camponeses, artesões, -
mulheres, hereges e outros;
- Formação das Monarquias Nacionais;
- O iluminismo e os depósitos esclarecidos;
- O iluminismo no Brasil;
- A reforma Protestante e a Contra-Reforma;
- O Renascimento cultural europeu;
- Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna;
- Globalização e Neocolonialismo.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os encaminhamentos da disciplina de História estão associados a
elaboração de pesquisas, levantamento de hipóteses e leitura interpretativa.
307
A disciplina também pressupõe uma metodologia expositiva em que os
relatos e explanações possam vir a enriquecer informações e conhecimentos
sobre os processos da História.
AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada objetivando três aspectos:
- A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos
estudantes;
- A compreensão das relações da vida humana (conteúdos
estruturantes);
- O aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.
Para tanto, deverá ser recorrido a diferentes atividades, tais como:
leitura, interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas,
documentos históricos, produção de narrativas históricas, pesquisas
bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, produção de trabalhos
referentes a publicidade.
REFERÊNCIAS
COTRIM, Gilberto. Historia para o Ensino Médio: Brasil e Geral. 1ª Ed. São
Paulo: Saraiva, 2002.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA: História, Secretaria
de Estado da Educação do Paraná. Governo do Paraná, 2008.
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História: Novo Ensino Médio. São Paulo: Àtica,
2002.
MARTINS, ROMÁRIO. História do Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SERIACOPI, Gislaine Campos Azevedo. História/Ensino Médio. 1ª Ed. São
Paulo: Ática, 2005.
308
WACHOVICZ, Rui Chistovan. Historia do Paraná. 7ª Ed. Curitiba: Ed. Gráfica
Vicentina Ltda, 1995.
10.5.12. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
JUSTIFICATIVA
O ensino de Geografia no ensino médio deverá fornecer subsídios aos
alunos para que possam interpretar o mundo ao seu redor, compreendendo o
espaço em que vivem, sendo homem e a natureza os principais elementos
deste estudo, mantendo assim uma interdependência, uma articulação entre o
ser humano e seus interesses nesse espaço levando os alunos a refletirem
sobre sua realidade local, integrando o conhecimento à experiência de vida.
No decorrer do ano letivo de 2010 será feito o estudo geográfico do
mundo atual, onde os alunos serão conduzidos a perceberem a identidade da
Geografia como área do conhecimento e a possibilidade que oferece para a
compreensão critica da realidade, tendo em vista o exercício pleno da
cidadania, bem como a conhecerem diferentes questionamentos e atividades
criativas, buscando-se desenvolver são só os temas geográficos, mas
estimulando situações em que a sociabilidade e o respeito mútuo estarão em
evidencia.
Uma atenção especial deverá ser dada ao reconhecimento dos
problemas ecológicos que afetam o Planeta Terra, analisando-os e buscando
alternativas para solucioná-los, assumindo posturas coerentes com um
pensamento critico.
Vale ainda lembrar que um enfoque especial será dado à linguagem
cartográfica e à interdisciplinaridade.
309
OBJETIVOS
- Compreender que a ciência geográfica é responsável pelas transformações
que são produzidas no espaço com base nas atividades humanas, criando e
recriando novos espaços.
- Compreender a evolução da geografia.
- Compreender o papel das ONGS.
- Conhecer as três revoluções industriais.
- Perceber a desigualdade na distribuição espacial das indústrias e os fatores
locacionais.
- Compreender a industrialização em países desenvolvidos e
subdesenvolvidos.
- Identificar os principais tipos de indústrias.
- Conhecer o processo de urbanização e hierarquia das cidades.
- Identificar as novas tecnologia e alterações no espaço urbano e rural.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Conteúdos estruturantes
- Espaço e representação.
- Dinâmica do espaço.
- Dinâmica populacional.
- Distribuição da indústria nas diversas escalas.
- A Revolução técnica científica.
- Urbanização e hierarquia das cidades.
- Mobilidade urbana e transporte.
- Apropriação do espaço urbano.
Conteúdos básicos
- Conceitos e formações socioespaciais.
- Teorias demográficas.
- Distribuição da população.
- Revolução tecnológica.
- Impacto na produção.
310
- Habitação, infra-estrutura.
- Território marginal e seus problemas.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia de encaminhamento da disciplina de Geografia deve
permitir aos alunos a apropriação dos conceitos fundamentais de maneira a
compreender o processo de produção e transformação do espaço geográfico.
Os conteúdos devem ser trabalhados de uma maneira dinâmica e sempre
interligando com a realidade próxima e distante dos alunos.
A necessidade de contextualizar os conteúdos é muito mais do que
relacioná-lo à realidade vivida do aluno, é, situá-lo historicamente e nas
relações políticas, sociais, econômicas, culturais nas manifestações concretas.
Também se faz necessário, estabelecer relações interdisciplinares sem
perder a especificidade da Geografia.
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação se dará de maneira a acompanhar a
aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.
A avaliação da disciplina de Geografia deve considerar que os alunos
têm diferentes ritmos de aprendizagem e que as atividades desenvolvidas
possam possibilitar aos alunos a apropriação dos conteúdos e posicionamento
crítico frente aos diferentes contextos sociais.
O processo deve considerar a mudança de pensamento e atitude do
aluno, contribuindo para a formação do aluno crítico, que deve atuar em seu
meio natural e cultural.
Portanto, destacam-se como os principais critérios de avaliação em
Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das
relações sócio-espaciais para compreensão e intervenção na realidade.
Sendo assim, a avaliação é considerada parte do processo pedagógico
e, por isso, deve tanto acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear
o trabalho do professor.
311
REFERÊNCIAS
ATLAS geográfico escolar, IBGE, RJ: IBGE, 2002.
ALMEIDA, L. M. A.; RIGOLIN, T. Geografia, SP: Ática, 2005, p. 447.
BOING, A. In. Expoente (org). Geopolítica, 2007.
CARLOS, Ana Fani A.(org.), Novos Caminhos da geografia, São Paulo:
Contexto, 2005.
CORRÊA, R. L. O espaço urbano, SP: Ática, 1995.
HESBAERT, R. O mito da desterritorialização, RJ: Bertrand Brasil, 2004.
JOLY, F. A cartografia, Campinas: Papirus, 1990.
LACOSTE, Y. A geografia isso serve, em primeiro lugar para fazer a
guerra, Campinas: Papirus, 1988.
MOREIRA, R. O que é geografia, SP: Brasiliense, 1994, p. 48.
312
V. ATO OPERACIONAL
O ato operacional define e delimita as mudanças significativas a serem
alcançadas, definindo as linhas de ação e a reorganização do trabalho
pedagógico da escola nas perspectivas administrativa, pedagógica, financeira e
político-educacionais.
11. A ESCOLA QUE DESEJAMOS
A escola que queremos deveria ser a instituição, que apoiada pela
sociedade, quebrasse todos os paradigmas a que está atrelada, prevalecendo
o espaço institucional onde o conhecimento seria a linha mestra.
A escola dos sonhos é aquela que consegue acompanhar a evolução
histórica e reinventar uma nova realidade. Para que este processo ocorra faz-
se necessário analisar o currículo, repensar a forma de organizar o tempo e o
espaço da escola, reavaliar os papéis da gestão, do professor, da equipe
pedagógica e do aluno, transpor os muros das relações escola X comunidade e
acima de tudo construir elos que transponham limites entre dados, informação
e conhecimento.
O desejo de uma nova ótica educacional deve conceber a educação
como a maneira pela qual o ser humano é despertado para a descoberta de
suas habilidades, desenvolvendo-as.
A escola que queremos deve encarar o aluno como ator principal de sua
aprendizagem e de sua educação, além de ser o responsável pela construção
de sua vida, vendo o professor como aquele que o ajuda, incentiva, provoca e
o orienta.
Quanto à organização do tempo e do espaço, a escola ideal deveria
servir às necessidades de aprendizagem dos alunos, criando ambientes
diversificados e agradáveis que venham promover o desenvolvimento dos
mesmos. Deveria também interagir criativamente com o mundo que a circunda,
fazendo uso das tecnologias de informação e comunicação.
Em suma, a escola que queremos deve ser uma instituição voltada ao
contexto social, com ações que promovam a cidadania, a autonomia, a
313
participação, a democratização do poder, da liberdade e da expressão, da
identidade cultural, da atitude e da postura crítica.
12. CONCEPÇÃO DE CULTURA-AFRO
Combater o racismo, o preconceito e outras posturas é de
responsabilidade da sociedade como um todo e não deve ser compreendida
enquanto tarefa exclusiva da escola.
Trabalhar pelo fim da desigualdade racial e social em todos os setores
da sociedade, construindo uma visão mais otimista, compete a todos os
cidadãos e também à escola.
Neste sentido, à escola cabe trabalhar com as diferenças, reconhecendo
a diversidade, a valorização das pessoas negras e suas visões de mundo, a
crença na importância de uma educação que não negue sua participação
histórica na sociedade.
Diante disso, a Lei n.º 10.639/03, que destaca e estabelece a inserção
dos conteúdos de História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos
escolares, veio elucidar uma nova dinâmica dentro da organização do currículo
e também da própria história brasileira.
Sendo assim, o trabalho com a diversidade cultural deve ser ministrado
no âmbito de todo o currículo, e em especial nas áreas de Artes, Literatura e
História Brasileira.
Em nossa escola, estamos caminhando a ponto de não substituir os
enfoques das diferentes áreas do conhecimento, mas sim, de ampliar o foco
das disciplinas no sentido de trabalhar com as questões elencadas abaixo.
Língua Portuguesa e Literatura
- Pesquisas relacionadas a língua padrão, com destaque aos países que falam
a nossa língua;
- Trabalho com o termo “negro” de maneira pejorativa;
- Pesquisas sobre obras literárias de escritores negros;
- Discussões sobre letras de músicas relacionadas à questão racial;
- Trabalho com produções de poesia acerca do assunto;
- Trabalho com construções de paródias.
314
História
- Analisar a contribuição dos africanos e dos afrodescendentes na constituição
da nação brasileira;
- Pesquisar e analisar as contradições que existem sobre o negro e o
continente africano;
- Estudo sobre os reinos africanos, povos escravizados trazidos para o Brasil, o
fim do tráfico negreiro e sobre a data do dia nacional da consciência negra.
Geografia
- Caracterização da população brasileira e a miscigenação de povos;
- A contribuição do negro na construção da nação brasileira;
- A colonização da África pelos europeus;
- Estudos das organizações espaciais das aldeias africanas;
- Análise de dados do IBGE;
- Localização de países no mapa.
Ensino Religioso
- Pesquisa sobre a influência das tradições religiosas afros na cultura do Brasil.
- Estudo sobre as religiões africanas presentes no Brasil.
Arte
- Pesquisas sobre danças e religiosidade;
- Análise da contribuição artística da cultura africana na formação da música
popular brasileira;
- Cantores e compositores brasileiros que são negros;
- Poética musical envolvendo a temática do negro.
Ciências
- Pesquisa sobre as teorias antropológicas;
- Estudo das características biológicas dos diversos povos;
- Análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos africanos (epidemia,
saúde, doenças, condições de higiene).
315
Educação Física
- Pesquisa sobre as práticas corporais da cultura negra;
- Influências da cultura negra (danças, brincadeiras, brinquedos, manifestações
corporais e jogos).
Matemática
- Análise de dados do IBGE sobre a composição da cultura brasileira;
- Pesquisas sobre dados específicos da nossa cidade acerca da população
negra.
13. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Com a promulgação da LEI n.º 9.795 que institui a política nacional de
educação ambiental, o Colégio Senador Correia passou a refletir com toda a
comunidade escolar sobre as questões que envolvem o desenvolvimento com
sustentabilidade visando superar os dramas da desigualdade e da exploração
humana.
Neste sentido, buscamos integrar a matéria ao currículo, despertando a
reflexão das questões ambientais que se apresentam nas diferentes áreas do
conhecimento, visando não só a transformação da realidade em que estamos
inseridos, mas também na mediação da aprendizagem e na introdução de
práticas comprometidas com os interesses da comunidade.
Acreditamos que a escola deve possibilitar o trabalho com quesitos
teóricos práticos da educação ambiental visto que a dinâmica estudada e
vivenciada venha a efetivar a necessidade constante de conscientização das
pessoas na visão da melhoria da qualidade de vida.
Diante disso, destacamos que o ser humano é aquilo que ele vivencia.
Os frutos que tivemos foram e são colhidos dentro e fora da escola, com as
ações dos alunos. Não ações induzidas, mas ações que surgiram de valores
adquiridos com o trabalho da educação ambiental.
Neste sentido, o colégio contempla a educação ambiental em seus
diferentes aspectos, tanto na educação formal como na não formal. As
disciplinas buscam aliar-se no sentido de discutir e ampliar as questões
ambientais, promovendo a integração entre as disciplinas.
316
Destacamos também que a Educação Ambiental é trabalhada no Projeto
Mais Educação financiado pelo Governo Federal no período contraturno. Tal
projeto desenvolve atividades voltadas a orientação das relações do homem
com o meio ambiente, bem como, a promoção de ações individuais e coletivas
que auxiliem a construção de práticas voltadas para a conservação do meio
ambiente e a qualidade de vida de toda a comunidade escolar.
14. CONCEPÇÃO DO ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS
INDÍGENAS DO BRASIL
Ao pensarmos em educação indígena, temos que primeiramente
refletirmos sobre a própria história brasileira visto que, os indígenas
construíram e fizeram parte desta. Na caminhada da história da educação, os
indígenas também assumiram papéis importantes e primordiais na
consolidação da época vivida.
O pensar sobre a cultura dos povos indígenas resgata princípios
históricos e analisa os diferentes olhares sobre os mesmos. Portanto, as
reflexões devem buscar a valorização, o respeito a diversidade e a constituição
de processos educativos inclusivos.
Sabe-se então que existem fundamentos legais que estão presentes na
Constituição de 1988, e que destacam os direitos indígenas: o reconhecimento
e a garantia de seus territórios, de suas formas de organização social e de sua
produção sociocultural, o ensino ministrado nas línguas indígenas e o
reconhecimento dos processos próprios de aprendizagem.
A educação escolar indígena é uma inovação na educação brasileira e
sua implementação como política de garantia de direitos exige ainda um novo
pensar sobre a formulação de políticas, programas e ações específicas.
15. CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA E CULTURA DO PARANÁ
O ensino de conteúdos da disciplina de História do Paraná nos níveis
Fundamental e Médio se tornou obrigatório na rede estadual com o objetivo de
formar cidadãos conscientes de sua identidade e potencial, valorizando o
espaço onde vivem.
317
A disciplina deverá permanecer como parte diversificada do currículo,
em mais de uma série ou seus conteúdos distribuídos em outras matérias.
Em nosso colégio, destacamos o trabalho semanal do hasteamento da
bandeira e o canto do hino do Paraná nas comemorações internas e também
festivas realizadas pelo nosso estabelecimento. Constantemente, contamos
com a colaboração do 2.º Agrupamento de Bombeiros, os quais nos convidam
também para participar de seus momentos cívicos.
16. PLANOS DE AÇÃO
16.1. PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO ESCOLAR
A presença e o trabalho da direção da escola alicerça-se na idéia de que
a organização da instituição nos âmbitos administrativos e pedagógicos deve
se constituir por meio do trabalho coletivo e participativo.
Dentre as atribuições que são fundamentais para o desenvolvimento do
trabalho coletivo, as mais evidentes precisam envolver o incentivo às iniciativas
inovadoras, elaboração das estratégias para ações cotidianas e de longo prazo
visando a melhoria da escola, gerenciamento de recursos financeiros e
humanos, garantia do direito de participação da comunidade na escola,
identificação da escola e busca de soluções das mesmas.
Considerando as especificações elencadas acima, a direção voltará
suas ações para:
- Envolver a comunidade escolar para que esta Proposta Pedagógica seja uma
concreta e viva dentro da instituição;
- Estimular o estudo do Regimento Escolar, mantendo-o acessível a todos para
que as ações sejam respaldadas;
- Proporcionar a participação comprometida e efetiva da APMF e Conselho
Escolar, evidenciando a importância de cada instância para o fortalecimento
escolar.
- Estimular as ações do Grêmio Estudantil;
- Planejar junto com APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil no sentido
de estabelecer parcerias com outros segmentos da sociedade com vistas a
318
amparar necessidades surgidas, no sentido de assistência a parte física e
humana.
- Acompanhar o processo avaliativo da escola, provocar a reflexão na e sobre
essa ação, para que todos compreendam sua importância não apenas para o
desenvolvimento do aluno, mas como suporte para a melhoria na qualidade do
ensino;
- Socializar as informações recolhidas nas reuniões, encontros, simpósios e
cursos bem estimular a participação de professores e funcionários nos
mesmos;
- Amparar e incentivar os projetos dos professores, disponibilizando aos
mesmos, espaços e matérias necessários;
- Trazer a comunidade para participar dos eventos organizados pela escola.
Basicamente, a direção coloca em ação o processo de tomada de
decisões na organização e coordena os trabalhos, de modo que sejam
executadas da melhor maneira possível.
Ao gestor educacional cabe articular a comunidade educativa na
execução do projeto político pedagógico, incrementando a gestão participativa
da ação pedagógico-administrativa, conduzindo a gestão da escola em seus
aspectos administrativos, econômicos, jurídicos, sociais e educacionais.
O gestor escolar deve ser um líder pedagógico que apóia o
estabelecimento das prioridades, avaliando, participando na elaboração de
programas de ensino e de desenvolvimento, incentiva sua equipe a descobrir o
que é necessário para dar um passo a frente, auxiliando os profissionais a
melhor compreender a realidade educacional em que atuam, auxiliando os
profissionais a melhor compreender a realidade educacional em que atuam,
cooperando na solução de problemas pedagógicos, estimulando os docentes a
debaterem em grupo, a refletirem sobre sua prática pedagógica e a
experimentarem novas possibilidades.
16.2. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
“Diante do colar – belo como um sonho –admire,
sobretudo, o fio que unia as pedras e se imolava anônimo
para que todos fossem um...”
319
D. Helder Câmara
A conquista do sentido político e pedagógico da equipe pedagógica deve
transcender as funções burocráticas, disciplinadoras e fragmentadas do
processo pedagógico. Para tal, exige-se a reflexão e a tomada de consciência
do seu legítimo papel na escola.
Cabe a toda comunidade escolar ter clareza sobre as especificidades e
generalidades da função pedagógica, uma vez que, na maioria das situações o
pedagogo acaba por assumir outras funções e negligenciando as suas
obrigações.
Neste sentido, ao pedagogo cabe compreender a natureza do trabalho
coletivo na escola e também perceber a necessidade de pensar a educação no
processo de contradição. O pedagogo deve pensar o papel da escola e mediar
as relações pedagógicas: professor, aluno, currículo, metodologia, processo de
avaliação, processo de ensino aprendizagem e organização curricular.
Sendo assim, a equipe pedagógica deve coordenar a organização do
trabalho pedagógico, bem como a implementação das Diretrizes Curriculares
definidas neste Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar.
Nesta dinâmica, segue elencado abaixo as especificidades de trabalho
da equipe pedagógica:
- Orientação com a comunidade escolar na construção do processo
pedagógico;
- Participação na organização do trabalho escolar;
- Orientação na construção coletiva e na efetivação da Proposta Curricular do
estabelecimento;
- Coordenar o processo de elaboração dos planos de trabalho docente junto ao
coletivo de professores;
- Coordenar reuniões pedagógicas para o aprimoramento teórico-metodológico
do trabalho escolar, conforme calendário escolar;
- Desenvolver um trabalho de acompanhamento pedagógico frente aos alunos;
- Desenvolver um trabalho de articulação do processo educativo e o corpo
docente;
- Estabelecer diálogo entre escola e família;
320
- Organizar a realização dos Conselhos de Classe de forma a garantir um
processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico;
- Acompanhar a hora atividade dos professores do estabelecimento de ensino;
- Subsidiar e acompanhar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento
do Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a
comunidade escolar;
- Acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino;
- Orientar, acompanhar e vistar periodicamente os livros de Registro de Classe;
- Organizar os registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
- Sugerir a equipe docente alternativas de atividades que favoreçam melhorias
na aprendizagem nos aspectos detectados e observados como dificuldade;
- Coletar, analisar e divulgar os resultados de desempenho dos alunos visando
à correção e intervenção pedagógica necessária.
Para tanto, o fazer pedagógico da equipe pedagógica do Colégio
Estadual Senador Correia será respaldado em três pilares: prevenir, cooperar e
o intervir com vistas ao desenvolvimento integral e harmônico do aluno e ao
bom desenrolar das atividades dentro do ambiente escolar.
16.3. O PROFESSOR ENQUANTO EDUCADOR
Analisando e pensando acerca dos termos professor e educador,
podemos destacar que a função de professor está ligada a questões mais
técnicas e que a de educador vai mais além.
A dinâmica do ofício do professor muitas vezes está articulada a
questões de vencer o currículo, deixando de lado fatores ligados aos objetivos
propostos.
Nos dias de hoje, evidenciamos que a função da escola é a de formar
cidadãos, os quais só poderão ser formados com a articulação de um educador
consciente, que não destaque apenas a instrução formal e conteudista, mas
que, saiba trabalhar com quesitos voltados a formação do ser humano.
Sabemos que encontramos muitos professores, muitos..., mas professor
é profissão, não é algo que se define por dentro, por amor. Educador, ao
321
contrário, não é profissão, é vocação. E toda vocação nasce de um grande
amor, de uma esperança e de muitos desejos.
Segundo Rubem Alves,
Os educadores são como as velhas árvores. Possuem uma face, um
nome, uma “estória” a ser contada. Habitam um mundo em que o que
vale é a relação que os ligam aos alunos, sendo que cada aluno é
uma “entidade” “sui generis”, portador de um nome, também de uma
“estória”, sofrendo tristezas e alimentando esperanças. E a educação
é algo para acontecer neste espaço invisível e denso, que se
estabelece a dois...
Os professores são habitantes de um mundo diferente, onde o educador
pouco importa, pois o que interessa é um crédito cultural que o aluno adquire
numa disciplina, para fins institucionais, não fazendo diferença para quem
ministra a mesma.
Já o educador, este constrói, habita um mundo em que a interioridade
faz a diferença, em que as pessoas se definem por suas visões e esperanças.
Colabora na missão da humanidade de guiar as gerações futuras não só no
conhecimento científico, mas também nos padrões morais que devem reger a
sociedade.
Sendo assim, o Colégio Estadual Senador Correia pretende estar
motivando e mobilizando os profissionais da educação para que os mesmos
mantenham a chama da esperança acessa e transponham o amor da profissão
para os alunos, de maneira a colaborar com a formação do ser integral.
16.4. ALUNO CRÍTICO E REFLEXIVO
A capacidade de reflexão e crítica leva a capacidade de autonomização.
Esta deve ser entendida como a dimensão de liberdade em que é tida como
responsabilidade e capacidade de tomar as decisões certas no momento certo.
Diante desta consideração, o aluno crítico e reflexivo é aquele que
reflete sobre o que faz, sua própria atividade e o que é como aprendente, que
faz parte da sua função de aluno e aprendiz.
Neste sentido, o ideário de aluno crítico e reflexivo deve partir do
trabalho efetivo e comprometido de todos os envolvidos no ambiente escolar,
322
pois o pensamento reflexivo e crítico pode não surgir espontaneamente e seu
desenvolvimento precisa ser estimulado.
16.5. O FUNCIONÁRIO PARCEIRO
Sabemos que hoje em dia muitos conceitos que antes estavam
interligados somente a grandes empresas, estão chegando também no campo
educacional. Tais conceitos vieram apresentar às escolas um novo visual e um
novo encarar das questões que constroem o ambiente escolar.
A idéia de tornar os funcionários parceiros e colaboradores no sentido
literal do termo faz reforçar a idéia da própria redemocratização do ensino,
onde todos os envolvidos na esfera educacional fazem parte do processo.
Neste sentido, tanto direção, equipe pedagógica, alunos, professores,
funcionários e responsáveis fazem parte desta grande comunidade escolar.
Para tanto, os funcionários compõem este cenário dentro do ambiente
escolar e realmente agem como parceiros no cumprimento de suas funções e
atribuições.
Destacamos também que as formações continuadas planejadas pela
SEED e executadas pela equipe pedagógica sempre são bem aceitas e
consequentemente bem aproveitadas pelos funcionários.
Sendo assim, o Colégio Estadual Senador Correia respeita e valoriza
cada funcionário seja no exercício legal de sua função como também no
compartilhar das tarefas e serviços.
17. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DA ESCOLA
A avaliação institucional do Projeto Político Pedagógico será realizada
uma vez ao ano pelos membros da comunidade escolar, juntamente com
APMF e Conselho Escolar. Será analisado o que foi alcançado, as dificuldades
encontradas, o setor de menor produtividade, a construção da prática
democrática, as necessidades do grupo e o que for sugerido e destacado
nestes órgãos.
323
Pensando a avaliação como um fator de maior compreensão da
realidade da escola, necessitamos verificar os dados que facilitam ou
comprometem os avanços na qualidade do ensino.
Para tanto, estaremos verificando e avaliando os seguintes fatores:
condições físicas e matérias da escola, ambiente educativo, mecanismos de
decisões colegiadas, aproveitamento escolar do aluno, acesso e permanência
do educando, respeito à diversidade, análise da prática pedagógica dos
profissionais, prática docente, gestão democrática, participação da
comunidade, entre outros.
Depois da avaliação dos itens, será elaborado um relatório que servirá
de referencial e subsídio para que nossa realidade escolar se modifique e
melhore.
Diante disso, também podemos afirmar que o Projeto Político
Pedagógico não é algo pronto e acabado, mas que deve constantemente ser
repensado, discutido e se necessário reestruturado.
17.1. INSTÂNCIAS COLEGIADAS (APMF, CONSELHO ESCOLAR E
GRÊMIO ESTUDANTIL)
A instituição desenvolve uma gestão democrática centrada nos valores e
princípios democráticos. O trabalho visa o cumprimento da função social e
política da educação escolar, que é a formação social do cidadão participativo,
responsável, crítico e criativo, através da produção e socialização do saber
historicamente construído e acumulado pela humanidade.
Busca-se também constituir um processo pedagógico dinâmico onde
ocorra o envolvimento harmonioso entre o corpo docente, discente,
funcionários e comunidade em geral, baseada na conjunção da liberdade e co-
responsabilidade nas decisões a serem tomadas com relação à melhoria do
processo ensino-aprendizagem.
A participação melhora a qualidade das decisões tomadas na área da
educação e têm um papel fundamental na democratização da gestão.
324
17.2. CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa,
consultiva e fiscalizadora sobre a organização do trabalho pedagógico e
administrativo do estabelecimento de ensino. Este órgão também segue as
determinações legais vigentes e as orientações da Secretaria do Estado da
Educação do Paraná.
A escolha dos membros do Conselho ocorre através de reuniões ou
convocações nas quais se apresentam voluntários com a possibilidade de
efetiva participação, representatividade, compromisso e responsabilidade com
os interesses de toda a comunidade escolar.
Ao Conselho Escolar são atribuídas várias funções que estão elencadas
no Regimento Escolar, e que apresentam um importante papel no debate sobre
os problemas do colégio bem como suas possíveis soluções. Destaca-se
também as ações do Conselho enquanto instância deliberativa e com poder de
decisão frente ao processo democrático de divisão de direitos e
responsabilidades.
17.3. APMF (ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS)
A associação é constituída pelo corpo docente, técnico administrativo,
professores, funcionários e pais de alunos do estabelecimento de ensino. As
atividades da associação de Pais, Mestres e Funcionários estão regidas por
estatuto próprio e pelos dispositivos legais.
Neste sentido, a APMF é uma aliada nas ações administrativas e
pedagógicas, pois, contribuem para a resolução de problemas os quais
apresentam maiores chances de obterem resultados positivos.
O elo de ligação entre pais, professores e funcionários com a
comunidade, prima também pela busca de soluções equilibradas para os
problemas coletivos do cotidiano escolar, dando suporte a Direção e Equipe,
visando o bem estar e formação integral dos alunos.
Normalmente os membros da APMF se reúnem mensalmente e
discutem questões visando facilitar os novos encaminhamentos das ações
325
pertinentes, bem como a apresentação das prestações de contas e intenções
das aquisições futuras.
Atualmente a APMF do Colégio Estadual Senador Correia consta com
seus membros em todas as decisões e a está em pleno desenrolar de suas
atividades, estando efetivamente em exercício até a conclusão de seus
trabalhos no ano de dois mil e onze, quando completa dois anos da eleição.
17.4. GRÊMIO ESTUDANTIL
O grêmio estudantil é uma organização sem fins lucrativos que
representa o interesse dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais,
educacionais, desportivos e sociais.
Cabe ao grêmio estudantil visar à integração e representações dos
estudantes, defendendo os direitos e interesses, cooperando para melhorar a
escola e a qualidade do ensino.
A esta organização também cabe incentivar e promover atividades de
diferentes instâncias bem como realizar intercâmbio e colaboração de caráter
cultural e educacional com outras instituições.
O Grêmio Estudantil do Colégio Estadual Senador Correia segue as
orientações da SEED, com estatuto próprio e atas de regulamentação.
17.5. CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada
turma, tendo por objetivo avaliar o processo de ensino aprendizagem na
relação professor/aluno e os procedimentos adequados a cada situação.
O Conselho de Classe serve como instrumento de avaliação e pode se
constituir como espaço de discussão dos problemas e possibilidades de
avanço aos alunos, com vistas a intervenções adequadas e planejadas. É um
momento privilegiado para redefinir práticas pedagógicas com o objetivo de
superar a fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas diferenciadas
de ensino que realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem.
326
A reunião do Conselho de Classe será participativa, ou seja, terá a
participação do diretor, diretor auxiliar, equipe pedagógica, professores e
representantes dos alunos.
No processo de organização do Conselho de Classe serão definidos
critérios qualitativos que possam sustentar a função deliberativa e orientar a
prática pedagógica.
A organização dos conselhos se dará todo o final de bimestre e
seguindo as datas demarcadas no calendário escolar. A presença dos
componentes será obrigatória e deverá ser feita através de convocação.
Ao longo do processo, acontecerá o pré-conselho, que será realizado
nas horas atividades dos professores, em ficha própria para levantar problemas
e possíveis soluções de maneira a tornar o conselho mais produtivo.
Após a realização do Conselho de Classe será elaborado um documento
Ata onde, todos os professores deverão ler e assinar, pois nesta ata estarão
registrados os encaminhamentos sugeridos e discutidos no dia do Conselho.
18. PROJETOS QUE O COLÉGIO PRETENDE DESENVOLVER
18.1. ESTUDOS DOS DOCUMENTOS LEGAIS (CONSTITUIÇÃO, ECA E
REGIMENTO ESCOLAR)
Objetivos:
- Reconhecer os direitos humanos e o exercício dos direitos e deveres da
cidadania.
- Identificar as normas e leis estabelecidas dentro da escola.
- Agir com responsabilidade no cumprimento de suas atribuições enquanto
aluno.
Clientela:
- Alunos de 8.ª séries e 1.º Ano do Ensino Médio Profissionalizante.
Responsável:
- Equipe pedagógica e professores da disciplina de História.
327
18.2. PROJETO COM O TEMA: INCLUSÃO SOCIAL E CULTURA NEGRA
Objetivos:
- Combater as formas de preconceito e discriminação visando promover a
igualdade entre os desiguais.
Clientela:
- Alunos matriculados no Ensino Fundamental (5.ª a 8.ª séries
Responsável:
- Equipe pedagógica e professores.
18.3. PROJETO DE INTEGRAÇÃO DOS ALUNOS DO
PROFISSIONALIZANTE AO MUNDO DO TRABALHO
Objetivos:
- Integrar-se ao mundo do trabalho.
- Conhecer outras realidades.
- Valorizar o mercado de trabalho.
Clientela:
- Alunos do Ensino Médio Profissionalizante.
Responsável:
- Equipe pedagógica, professores, coordenação e empresários do ramo.
328
19. PROJETOS VIVA ESCOLA – MAIS EDUCAÇÃO
19.1. TEATRO – MAIS EDUCAÇÃO
JUSTIFICATIVA
As possibilidades do teatro como um instrumento pedagógico são
muitas. O teatro educativo, teatro na educação, ou ainda, teatro pedagógico,
consiste em trazer para o espaço escolar as técnicas do teatro e aplicá-la na
comunicação do conhecimento. Na escola, esteja o aluno como espectador,
ator ou autor, o teatro é um poderoso instrumento para gravar na sua memória
um determinado tema, ou para simplesmente levá-lo, através de um impacto
emocional, do lúdico, a refletir sobre valores morais.
O teatro favorece ao educador, perceber traços da personalidade do
aluno, seu comportamento individual e coletivo e seu desenvolvimento. Tal
situação permite ao educador, um melhor direcionamento para a aplicação do
seu trabalho pedagógico. O teatro na escola, através de uma linguagem
simples e de fácil acesso, vem mostrar cada vez mais que é possível formar e
informar através do lúdico, do imaginário, mais que isso, que é possível criar e
interpretar com muito pouco, divertir e ensinar a todos. Neste sentido justifico o
Projeto Teatro na Escola tendo como enfoque a melhoria do ensino-
aprendizagem em suas diferentes áreas do saber.
CONTEÚDOS
O uso do Teatro como instrumento pedagógico, pode-se afirmar que é
tão antigo quanto seu uso na encenação dramática, pois "O homem primitivo
dramatizava os fatos e os fenômenos da natureza para melhor compreendê-
los" (REVERBEL, 2006, p.16). Mesmo que não o fizesse com esse propósito,
essa pratica apresenta indícios de que, se percebia tratar-se de uma maneira
mais eficaz de facilitar o entendimento de certos fatos e talvez com fins
educativos. O berço do Teatro Ocidental, assim como, de muitas outras
idealizações, foi a Grécia a partir do século VI a.C., nos gêneros tragédia e
comédia. As tragédias gregas tinham um cunho moral, um caráter educativo,
329
gerido sempre pelo poder dos deuses, em articulação, principalmente, com
mensagens sobre o respeito que os homens deviam a esses deuses. Essa
idéia original, de caráter educativo do Teatro, ainda é válida na Educação
formal nos dias de hoje, pois está presente em propostas educacionais atuais,
como as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná.
OBJETIVOS
- Oportunizar aos alunos do Colégio Estadual Senador Correia o conhecimento
teórico-prático da linguagem artística teatral, estabelecendo vínculos com os
conhecimentos adquiridos nas demais disciplinas.
- Conhecer teoricamente sobre a História do Teatro.
- Praticar as diversas técnicas de teatro.
- Estimular a percepção e sensibilidade dos alunos, através dos exercícios de
jogos dramáticos, improvisação teatral espontânea e planejada, também como
interpretação teatral.
- Enriquecer nas atividades escolares e no seu desempenho em sala de aula.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O Projeto será desenvolvido de forma teórico-prática, através de estudo
histórico do teatro e suas técnicas, utilizando a TV pendrive, livros, vídeos,
cartazes e a sala de informática. As atividades práticas serão desenvolvidas
sempre após os estudos teóricos.
INFRAESTRUTURA
O Projeto se desenvolverá nas dependências do colégio (saguão, salas
de aula, auditório) e eventualmente no Teatro Opera, que fica a 300 metros do
Colégio.
RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se que ao final do Projeto os alunos possam perceber a
330
importância do Teatro para o enriquecimento das tarefas escolares com
sugestões de atividades dramáticas que estimulam o crescimento intelectual e
emocional dos alunos. E também registrar o desenvolvimento da percepção,
através dos exercícios de improvisações espontâneas.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO
Os alunos que farão parte do Projeto serão escolhidos conforme suas
necessidades de sociabilização e interpretação de textos e criatividade. Os
mesmos também serão consultados a respeito do gosto pelo teatro, deixando
ele a vontade para optar para fazer parte do Projeto.
19.2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL – MAIS EDUCAÇÃO
JUSTIFICATIVA
Muitos dados têm apontado que a maior crise que o planeta tem
enfrentado diz respeito as questões ambientais. Percebe-se uma certa
urgência por parte da sociedade em apresentar instrumentos que minimizem
essa problemática. Nesse sentido, compreende-se que se faz necessário por
parte das escolas, promover e estimular um processo de reflexão e tomada de
consciência dos alunos. Dessa forma, é de suma importância, desenvolver uma
proposta voltada para a temática da educação ambiental, visto que, um dos
maiores desafios enfrentados pela realidade escolar atual, é a construção de
um sujeito histórico capaz de pensar e agir criticamente na sociedade,
colaborando com a emancipação e a transformação social.
CONTEÚDOS
As relações entre as sociedades humanas e a natureza ao longo da
história. 0 conhecimento e o reconhecimento da importância da Legislação
Ambiental para a preservação do meio ambiente. A intervenção humana sobre
331
a natureza e o meio ambiente. Agenda 21 como compromisso assumido e
instrumento necessário para mudar a vida e as condições do meio ambiente.
OBJETIVO
- Proporcionar aos alunos do Colégio Senador Correia um trabalho rico e
significativo, voltado para as questões de educação ambiental, levando-os a
compreender os valores que orientam a relação do homem com o meio
ambiente, bem como, a promoção de ações individuais e coletivas que auxiliem
a construção de práticas voltadas para a conservação do meio ambiente e a
qualidade de vida de toda a comunidade escolar.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A proposta que hora se apresenta será desenvolvida por meio de várias
possibilidades de trabalho, envolvendo uma ação consciente por parte dos
alunos e professores participantes da proposta, no sentido de aliar
conhecimento e mudança. As atividades pretendidas são: aulas expositivas
com a utilização de vários recursos audiovisuais, construção de maquetes,
exposição dialogada, palestras, desenvolvimento de oficinas, saídas de campo,
construção de agenda local 21, encontros periódicos, entrevistas, oficinas,
entre outras.
INFRAESTRUTURA
Salas de aula, auditório, laboratório de informática.
RESULTADOS ESPERADOS
Com essa proposta espera-se que os alunos e professores sintam-se
mobilizados a discutir, refletir e a tomar decisões práticas relacionadas a
temática.
332
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO
O desenvolvimento da proposta acontecerá em contra-turno e procurar-
se-á atender os alunos que apresentarem mais necessidade em permanecer
na escola.
19.3. VIVENDO O VOLEIBOL – MAIS EDUCAÇÃO
JUSTIFICATIVA
A educação física bem como todos os desportos são amplamente
reconhecidos como indispensáveis e valiosos agentes educativos. Acreditando
que a prática de um desporto planejado auxiliará no desempenho escolar da
criança, pois ela estará desenvolvendo aspectos básicos de sua formação.
Estruturará também seu desenvolvimento cognitivo, psicomotor e afetivo,
proporcionando condições de se tomar uma pessoa independente, crítica e
consciente na sociedade. Diferentes trabalhos científicos e projetos sociais
ligados ao esporte mostram que a atividade física, em especial no que diz
respeito aos adolescentes e crianças, tem um fator motivador extremamente
positivo; assim, se bem trabalhado o projeto extrapola e muito a esfera da
competição, sendo seus efeitos sentidos no dia a dia destes jovens
constituindo-se em um fator importante de inclusão social.
CONTEÚDOS
Devemos ter conhecimento de que a prática do voleibol é uma atividade
que fará com que haja uma disciplina, coleguismo, sociabilidade, espírito de
equipe e união entre todos. Que o manejo correto da bola, bem como as
limitações que poderá ser exercido o jogo, fará com que haja um espírito
esportivo entre os participantes.
333
OBJETIVO
- Através do voleibol teremos como objetivos ligados diretamente ao praticante,
o desenvolvimento físico, técnico, tático, psicológico, moral e social. Auxiliando
também, no desenvolvimento das capacidades físicas e perceptuais envolvidas
na execução dos fundamentos, entre estes podemos destacar: a coordenação,
o ritmo, o equilíbrio, a agilidade, a força, a velocidade, a flexibilidade, a
resistência cardiorespiratória, a percepção espacial, a precisão de gestos, a
orientação de respostas, o tempo de reação e a destreza de movimentos.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Será oferecido conforme a necessidade dos alunos, respeitando sempre
as diferenças e os limites de cada um. Iremos partir primeiramente de um
princípio lúdico, depois partindo para os movimentos necessários, para que os
alunos entendam e tenham a participação.
INFRAESTRUTURA
Espaço físico da escola, em especial a quadra de esportes.
RESULTADOS ESPERADOS
Levar o aluno ao conhecimento da necessidade de uma prática
esportiva para que a mesma possa lhe proporcionar, saúde e equilíbrio, bem
como uma relação consciente com o seu próprio corpo e o espírito de equipe.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO
Em turno ao contrário das aulas – a participação dos alunos deverá ser
opcional.
334
19.4. XADREZ NA ESCOLA – MAIS EDUCAÇÃO
JUSTIFICATIVA
Ao desejarmos formar indivíduos transformadores, críticos e
emancipados, precisamos reconhecer que é necessário ensinar algo mais que
o conhecimento sobre as diversas disciplinas. Segundo as Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná é necessário articular este conhecimento
com o cotidiano, preparando-os para tomarem decisões e enfrentarem as
situações do dia a dia. Neste sentido acreditamos que o jogo de xadrez passa
a ser uma ferramenta de grande valor pedagógico, pois contribui para uma
educação integral e de qualidade, desenvolvendo no aluno a criatividade,
estimulando o raciocínio lógico e contribuindo para uma educação voltada a
interação social na busca da formação integral da criança. As características
desse jogo que também é ciência, esporte e arte, estão diretamente
relacionadas com a formulação de estratégias para a solução de problemas
práticos, favorecendo o desenvolvimento do raciocínio de forma simples e
eficaz, assim como a incorporação de valores humanos. Neste sentido, justifico
a presente proposta demonstrando que o jogo de xadrez na escola não será
apenas mais uma opção de lazer para nossos alunos, mas a possibilidade de
valorizar o seu raciocínio através de uma atividade lúdica, contribuindo para
uma educação integral e de qualidade.
CONTEÚDOS
Avaliação diagnóstica sobre os conhecimentos que os alunos trazem do
xadrez; Histórico e Lendas do Xadrez; Confecção do jogo de xadrez;
conhecimento das peças do jogo; O tabuleiro; Iniciando uma partida; Jogos de
xadrez; Rei afogado; registro de uma posição; Como anotar; Condução do rei
para o xeque-mate; Promoção ou coroação, em passant; O xeque.; O xeque-
mate; O roque: roque pequeno; roque grande; Torneio, Xadrez Humano,
Encenação do jogo de xadrez e suas regras.
335
OBJETIVOS
- Oportunizar aos alunos do Colégio Estadual Senador Correia, a
aprendizagem e a prática do jogo de xadrez, estabelecendo vínculos entre os
conhecimentos e experiências enxadrísticas e a vida cotidiana, individual e
social.
- Facilitar o aprendizado do xadrez através de programas de computador, de
forma simples e atrativa.
- Desenvolver no estudante sua capacidade de atenção, memória, raciocínio
lógico, inteligência e imaginação.
- Proporcionar ao aluno a oportunidade de analisar, avaliar e propor
alternativas de solução às situações da vida diária.
- Estimular a auto-estima, a competição saudável, o trabalho em equipe.
- Proporcionar a aquisição de valores morais para a formação de melhores
cidadãos.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O programa será desenvolvido de forma teórico-prático, através do
estudo histórico do xadrez utilizando a TV pendrive e de confecção de material
(tabuleiros, peças), assim como, a utilização da informática como recurso de
aprendizagem favorecendo a assimilação dos conhecimentos. As aulas serão
teóricas de forma expositiva, utilizando-se de painéis, pesquisas, e prática
através dos computadores e tabuleiros de mesa. A proposta consiste em
desenvolver os conteúdos do xadrez de forma lúdica e cooperativa,
despertando nos alunos valores fundamentais para o seu desenvolvimento com
respeito ao próximo, saber ganhar e perder, paciência, generosidade,
dedicação, etc.
INFRAESTRUTURA
O programa será desenvolvido no colégio, em sala de aula disponível,
no auditório e também no laboratório de informática. Utilizando-se de materiais
próprios para o jogo de xadrez.
336
RESULTADOS ESPERADOS
Esperamos que ao final do programa os alunos estejam motivados a
continuar praticando este jogo, percebendo os benefícios que o xadrez
proporciona no desenvolvimento cognitivo, pessoal, social, psíquico, moral e
afetivo, integrando os conhecimentos adquiridos com a vivência do dia a dia.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO
O desenvolvimento da proposta será em contra turno em horário
diferente ao das atividades escolares de forma optativa, privilegiando alunos
com dificuldades na aprendizagem da disciplina de Matemática, problemas de
relacionamento ou por outras razões, investigadas ela equipe pedagógica.
19.5. PRESERVAÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL – MAIS EDUCAÇÃO
JUSTIFICATIVA
Hoje estamos vivemos um momento de grande preocupação em
preservar a memória buscando resgatar valores e conceitos de uma identidade
local. Partindo desse pressuposto, entendemos ser necessário formar
indivíduos transformadores, conscientes da prática da sua cidadania através da
preservação do patrimônio público. Patrimônio este inserido no seu cotidiano
pela escola (móveis e imóveis) que é um bem comum à sociedade
pontagrossense. Necessário sendo então uma intervenção para que esse bem
social seja preservado. Intervenção esta que será feita através do projeto
“Preservação histórico-cultural” do Colégio Estadual Senador Correia, onde se
buscará criar uma cultura embasada em conhecimento do que é patrimônio e
sua importância para a sociedade.
337
CONTEÚDOS
Pesquisa da história da fundação da cidade de Ponta Grossa, das
imediações onde o colégio está situado, sua organização e implantação nessa
região da cidade, também a história do nome dado a essa instituição escolar,
seu contexto histórico na época em que foi nomeado. Importância dessa escola
na comunidade, devido à sua posição geográfica, bem como a da sua
preservação enquanto Patrimônio Público, isto através de textos informativos,
pesquisas, visitas a museus, prédios tombados como patrimônio histórico.
Além da questão histórico-cultural, buscar-se-á elementos que resgatem as
atividades culturais desenvolvidas pela comunidade escolar em anos
anteriores.
OBJETIVOS
- Conscientizar sobre a importância da escola, bem como sua estrutura física e
a preservação da mesma para a posteridade.
- Desenvolver nos alunos a consciência de que o colégio é de todos e sua
preservação e cuidados são importantes.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O trabalho será desenvolvido a partir de elementos teóricos que
subsidiem o tema proposto através de acervo fotográfico e de imagem,
pesquisa de campo com entrevistas às pessoas que já passaram pela escola,
leitura de textos que mostrem a importância da preservação histórica e
ambiental. Revitalização do espaço físico com a tentativa de restauração de
alguns móveis, com plantio de flores em floreiras, colocação de novas cortinas
nas salas de aula e no auditório, bem como a melhoria do ambiente externo,
isto com plantio de árvores ornamentais, onde os alunos envolvidos no projeto
serão responsáveis pelo cuidado e manutenção.
338
INFRAESTRUTURA
Espaço físico da escola e entorno.
RESULTADOS ESPERADOS
Espera-se que a comunidade escolar se conscientize da importância da
instituição para o desenvolvimento do ser humano enquanto cidadão e que a
mesma seja responsável pela integridade do espaço físico e humano. Que haja
cuidados mínimos com o ambiente interno e externo da escol, também que
cresça a consciência ecológica da preservação do meio ambiente a partir do
espaço em que vivem parte da vida.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO
Em turno contrário ao de sua matrícula e que seja opção do participante,
atendendo às necessidades especiais do educando.
19.6. CONTANDO E CANTANDO A CIDADE DE PONTA GROSSA EM
VERSOS – MAIS EDUCAÇÃO
JUSTIFICATIVA
A preocupação com o ensino da leitura, oralidade e escrita norteia os
documentos que orientam o ensino de Língua Portuguesa. Assim a escola
busca possibilitar aos alunos um ensino diferente daquele proveniente do
ensino clássico, no qual os aspectos gramaticais preponderavam, hoje
estimula-se um estudo que os torne capazes de interagir em situações do seu
cotidiano, tornando melhor a sua comunicação com o mundo. Esta proposta
visa fazer ao mesmo tempo um resgate da história da cidade e desenvolver no
aluno a leitura, oralidade e a escrita através dos contos, crônicas e poesia e
também tem o objetivo de despertar ou aprofundar no aluno o gosto e o
interesse por estes gêneros literários. Esta proposta é uma estratégia para
fazer com que o aluno desenvolva o espírito de cooperação e a sua
339
sensibilidade ao interpretar diversos gêneros textuais também a sua
criatividade ao produzir seus textos.
CONTEÚDOS
- No cotidiano da vida das pessoas, a fala e a prática discursiva mais utilizada.
- Ouvir e contar fatos relacionados à história da cidade; nas diversas épocas da
nossa história; Identificar e acolher democraticamente as variações lingüísticas,
promovendo situações que os incentivem a falar, privilegiando a oralidade no
ensino da língua materna.
- Registrar os fatos de forma escrita, refletindo sobre os mesmos e usando a
linguagem adequada em diferentes situações.
- Reestruturar textos os produzidos, reconhecendo que a norma padrão além
de variante de prestígio social e de usos das classes dominantes, e fator de
agregação social e cultural e, portanto e de direito de todos os cidadãos.
OBJETIVOS
- Trabalhar a leitura, oralidade e a escrita através de diversos gêneros textuais,
desenvolvendo atividades que despertem a curiosidade, o interesse pela
história da cidade proporcionando reflexões a partir das pesquisas realizadas.
- Despertar e aprofundar o gosto e o interesse por diversos gêneros textuais,
como o conto a crônica e a poesia através da análise de vídeos, filmes e
documentários relacionando aspectos históricos da cidade.
- Realizar pesquisas em Iivros, internet e fotos.
- Produzir e interpretar poemas, crônicas e contos a partir das pesquisas
realizadas.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Um dos fatores que motivou a elaboração deste projeto foi a constatação
de que o ensino da Língua Portuguesa, nem sempre o conto, a crônica e a
poesia recebem o valor que lhe é devido. Exposição de fotos antigas e atuais
da cidade, no sentido de mobilizar aos alunos para a importância da
340
participação nesse trabalho. Reflexões sobre as mudanças ocorridas a partir do
desenvolvimento da cidade. Levar à escola personalidades de destaque no
contexto social da cidade, para que relatem fatos da sua trajetória de vida e de
aspectos pitorescos da cidade. Apresentação de filmes, documentários que
tragam a história de Ponta Grossa. Pesquisas em livros, internet, fotos, postais,
jornais e álbuns da história de Ponta Grossa. Visita a locais importantes que
contam aspectos da históri Ada cidade de Ponta Grossa. Leitura e
interpretação de poemas como forma de os alunos conhecerem este gênero de
texto. Produção de textos literários relacionados à história da cidade: poemas,
paródias e outras letras de músicas. No mês de setembro, mês do aniversário
da cidade, organizar uma exposição com os textos e fotos produzidas. Ao final
do ano, lançamento de livros com apresentação aos responsáveis dos textos
produzidos e ilustrados pelos alunos.
INFRAESTRUTURA
Sala de aula e laboratório de informática.
RESULTADOS ESPERADOS
Melhor desenvolvimento na leitura, escrita, oralidade, capacidade
reflexiva, maior conhecimento e valorização da história da cidade, e através
destas atividades o resgate de valores como o respeito, solidariedade,
tornando-os pessoas mais sensíveis.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO
Turma com vinte alunos de sétima e oitava séries que apresentam
defasagem na aprendizagem em relação à oralidade, leitura e escrita.
20. REFERÊNCIAS
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2007.
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